FAZENDA SANTA IZABEL A AGRICULTURA EM BUSCA DA EFICIÊNCIA Claudio Antônio Pinheiro Machado Eduardo Eugênio Spers "Acabou o romance : Não existe mais poesia em agricultura". Roberto Rodrigues Introdução Quando o Engenheiro Agrônomo e líder rural Roberto Rodrigues sentenciou o fim da poesia em agricultura, sobraram motivos para reflexão. A frase dita naquela manhã de primavera de 1994, após vistoriar os efeitos da forte geada seguida de seca que atingiu seus canaviais, poderia ser encarada como um desabafo momentâneo, consequência de adversidades que de tempos em tempos a natureza impõe aos agricultores. Mas estes fatos não foram isolados. A realidade apontava para um cenário mais complexo, que se somavam aos fatores naturais inerentes à agricultura. O processo de globalização, o plano de estabilização econômica e a velocidade das mudanças tecnológicas, entre outros fatores, acabaram por fazer com que Roberto acelerasse as mudanças em curso nos seus negócios agrícolas, envolvendo a produção de cana-de açúcar, soja e laranja em Jaboticabal/SP, e investimentos em Balsas/Ma. Como líder rural de expressão nacional, que em diversas ocasiões apregoava a necessidade da busca de eficiência no setor agrícola, o desafio estava em associar o discurso como representante classista à prática como produtor rural, e o conflito estava em associar a paixão pela atividade agrícola com o pragmatismo das decisões empresariais. A sequência deste caso irá descrever como estão sendo encarados tais desafios e conflitos, apresentando uma evolução da saga desta tradicional 1 família de produtores rurais, culminando com a chegada da terceira geração de agrônomos na direção dos negócios, através de Paulo Rodrigues, filho de Roberto. O relato das atividades dos Rodrigues extrapola, - pela visibilidade à que a família se expõe dentro do meio rural, - a simples atividade de um produtor. Torna-se um referencial para discussão da própria agricultura brasileira, e como consequência, os caminhos que estão norteando seus principais atores. 2. A Trajetória Empresarial da Família Rodrigues O núcleo principal das propriedades agrícolas da família Rodrigues é composto de 4 fazendas na região de Jaboticabal, próximas à Usina São Martinho, segunda maior usina de açúcar e álcool do país. O total das áreas é de 2.498,50 hectares, ocupadas principalmente pelas culturas de cana de açúcar, soja e laranja. Não poderia haver situação mais privilegiada: áreas de terras excepcionalmente produtivas, numa região com índices econômicos e sociais muito superiores à média brasileira, infraestrutura comparável à de países de primeiro mundo e, se não bastassem todos estes atributos, dentro de um país com natural vocação para a atividade agrícola. Além do núcleo paulista, Roberto possui atualmente investimentos em terras na região de Balsas no Estado do Maranhão, em sociedade com o produtor Ivan Aidar, com área total de 11.577 hectares (divididos em proporções iguais entre os dois sócios), com cerca de 5.500 hectares já abertos, especialmente com soja e arroz (anexo 1). A Fazenda Santa Izabel, em Jaboticabal, principal propriedade agrícola da família, foi adquirida em 1947 pelo Eng. Agrônomo Antônio José Rodrigues Filho, pai de Roberto e então gerente agrícola da Usina São Martinho. As outras 3 fazendas que se somam atualmente ao patrimônio familiar na região são respectivamente as Fazendas Bela Vista (adquirida em 1967), Morumbi (1973) e São Vicente (1977). A divisão de áreas e proprietários atualmente é a seguinte: 2 Fazenda Santa Izabel - 1.108,8 hectares. Fazenda São Vicente - 307,8 hectares Fazenda Bela Vista - 605,2 hectares Fazenda Morumbi - 476,7 hectares. Total núcleo Jaboticabal - 2.498,50 hectares As Fazendas Santa Izabel, São Vicente e Bela Vista se dividem em partes iguais entre Roberto Rodrigues e sua irmã, Anita Rodrigues, sendo que as duas primeiras tem o usufruto do pai, Eng. Agrônomo Antônio Rodrigues. A Fazenda Morumbi pertence unicamente a Roberto Rodrigues. A sede administrativa e operacional de todas as propriedades se concentra na Fazenda Santa Izabel. A composição do faturamento e culturas entre as propriedades do núcleo de Jaboticabal, no ano de 1995 é apresentada na tabela 1. Tabela 1 - Núcleo Jaboticabal Faturamento (US$) por Atividade/Fazenda. S. Izabel Bela Vista Morumbi São Vicente Total Cana 972.939,85 524.813,36 515.972,42 - 2.013.725,63 Laranja - - - 355.032,17 355.032,17 Soja 189.809,22 128.696,11 158.653,61 110.311,62 587.470,55 Diversos 37.181,27 53.447,67 16.946,94 5.068,38 112.644,26 Total 1.199.930,34 706.957,13 691.572,96 470.412,18 3.068.872,61 Cultura Fonte: Fazenda Santa Izabel As sucessões de comando das fazendas deram-se basicamente a partir do engajamento de seus membros em várias atividades junto a entidades de classe e governamentais. O Eng. Antonio Rodrigues se destacou como líder de expressão nacional, assumindo diversos cargos públicos, entre eles a Prefeitura de Guariba/SP, por duas vezes a Secretaria da Agricultura de São Paulo em 1964 e 1967, tendo chegado ao cargo de Vice-Governador do Estado de São Paulo entre 1970-74. Além destes cargos, ocupou a presidência da OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e OCB (Organização das Cooperativas do Brasil). 3 Em função destas atribuições de Antônio Rodrigues, o controle integral das atividades das fazendas foi delegado às mãos do filho Roberto, que até 1985 morava na Fazenda Santa Izabel e comandava o rumo dos negócios da família, ao mesmo tempo em que também se destacava como uma liderança na região, tendo sido presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana da Região de Guariba (COPLANA). A partir de 1985, Roberto passou a assumir diversas funções que o colocaram como um líder rural à nível nacional, seguindo trajetória semelhante ao pai. Entre as posições ocupadas por Roberto, destacaram-se a presidência da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), a Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, a presidência da Sociedade Rural Brasileira e atualmente a presidência para a América Latina da Aliança Cooperativa Internacional. Neste período em que Roberto teve seu tempo cada vez mais dedicado a estas atividades, as fazendas foram gerenciadas por 3 grupos que se formaram entre os funcionários: O gerente administrativo, gerente operacional e em menor nível, o administrador da Fazenda Santa Izabel. A ausência de comando mais direto de um membro da família representou um processo de formação de grupos isolados entre os gerentes responsáveis, formando feudos próprios de poder. O processo de informação entre os grupos e a família foi se tornando crescentemente truncado, representando até certo ponto a redução do controle por parte dos proprietários, principalmente em função da descontinuidade causada pela baixa eficiência na comunicação. No início da década de 90, inicia-se na prática o engajamento da terceira geração dos Rodrigues nas atividades das fazendas. Paulo Rodrigues, filho mais velho de Roberto completa seu curso de Engenharia Agronômica em Piracicaba e retorna à Santa Izabel, inicialmente assumindo posição na área técnica. A partir de então, algumas mudanças passam a ser introduzidas gradualmente. A trajetória de Paulo através dos anos de atividade à frente da gerência técnica culminou em 1995 com a sua chegada à frente de todas as atribuições executivas das propriedades. O poder de decisão passa crescentemente às suas mãos, tanto no que se refere a decisões de caráter técnico como 4 administrativas, incluindo-se investimentos, embora todas as decisões estratégicas sejam tomadas em conjunto com o pai, Roberto. A maior autonomia de Paulo foi acompanhada de decisões de impacto, com cortes de funcionários e redefinição de uso dos fatores de produção (desmobilização de ativos e eliminação de atividades secundárias exploradas nas propriedades, como café, figo, gado de leite, equinos e pomares entre outros). Nas gerações que se sucedem no comando das propriedades pela família Rodrigues, mantém-se a ênfase em 3 pilares básicos: tecnologia, investimento em recursos humanos e questão ambiental. Roberto ressalta o processo cíclico e gradual das transformações na agricultura, e a cultura que se constrói dentro de uma família de produtores, transferindo-se de geração para geração princípios e conhecimentos que se acumulam e evoluem. Na questão tecnológica, destaca-se além do pioneirismo na produção de soja 1 em áreas de renovação de canaviais , a utilização pioneira entre produtores de cana de defensivos e outros insumos, prática de rotação de culturas, adubação orgânica, experimentação e seleção de variedades. A busca de inovação, procurando estar na fronteira do conhecimento técnico tem sido uma constante na família. Na área de recursos humanos, é dada ênfase especial na formação educacional dos funcionários e seus filhos. Foi criado um programa de educação que permite aos filhos de empregados estudarem até completarem o nível universitário, independente de área de interesse ou necessidade de vínculo posterior com a atividade agrícola das fazendas. Permite-se assim a chance real de escalada social pelos funcionários. 1 A cana é uma planta semi-perene, ou seja, após implantada possibilita sua exploração por alguns anos, sem a necessidade de novos plantios. Após alguns anos, no entanto, variando em média de 3 a 5 anos , ocorre a necessidade de replantio, sendo esta a fase da reforma dos canaviais. A soja é então plantada, aproveitando-se o espaço entre o último corte do canavial e o novo plantio de cana. Este sistema se difundiu em São Paulo a partir da iniciativa de Roberto Rodrigues, se generalizando na área de influência da COPLANA ( Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba), denominando-se Sistema COPLANA ou cultivo mínimo no binômio soja-cana. - ver Atualidades Agronômicas (jul/ago 75), Editora CQ Ltda. 5 Até a presente data, 12 filhos de empregados possuem diplomas de nível superior nas áreas de Direito, Medicina, Engenharia Agronômica, Odontologia, Administração de Empresas, Assistência Social, Biologia, Pedagogia e Biomédicas, custeados pelas Fazendas, além de 9 profissionais formados em cursos técnicos de nível médio. Existem ainda 8 estudantes cursando faculdades de Jornalismo, Arquitetura, Direito e Engenaria Agronômica, e 3 em cursos técnicos profissionalizantes. A questão ambiental também é outra preocupação real existente. Algumas iniciativas pioneiras entre produtores de cana-de-açúcar foram introduzidas, como a utilização de torta de mamona como adubo nitrogenado em 1971, e projeto de recomposição da mata ciliar em curso há 10 anos, coordenado pela esposa de Roberto, Eloísa, também agrônoma. São plantadas anualmente 15.000 árvores de essências nativas, com mudas desenvolvidas em viveiro próprio para recomposição das matas, com planejamento baseado em levantamento florístico da região. A transição atual dos Rodrigues no comando de suas propriedades, embora não represente conflitos em termos de objetivos empresariais, ocorre em um contexto de importantes mudanças estruturais na agricultura em geral. A exemplo de outros setores da economia, alguns produtores rurais estão passando a se preocupar com ajustes necessários na busca de eficiência e competitividade de suas fazendas, conceitos que passaram a se disseminar principalmente após o processo de abertura econômica iniciada em 1990 e a estabilização da economia a partir de 1994 (plano real). Com isto, cresce também em complexidade o gerenciamento de uma propriedade agrícola, demandando mais tempo e atribuições específicas. A decisão da sucessão e as medidas tomadas nas propriedades foram antecipadas, conforme destacou Roberto, pelos fatores extremamente adversos para a agricultura representadas pela forte geada e seca de 1994, que somadas à fase delicada que se seguiu à implantação do plano real levou a necessidade de rápidos ajustes na forma de condução dos negócios agrícolas. As aplicações financeiras à época de taxas de inflação elevada possibilitavam a obtenção de retornos que mascaravam o real desempenho da atividade 6 produtiva. Com o plano de estabilização, tal fonte de retorno se esgotou, ao mesmo tempo em que os preços agrícolas se mantiveram em níveis baixos e os preços de insumos (fertilizantes, defensivos) e mão-de-obra se elevaram. A geada de 1994 também representou forte impacto nas fazendas, obrigando a realização de colheita antecipada da cana, com perda de massa, além de elevar o custo pela contratação de pessoal. Seguiu-se à geada uma forte seca, e como resultado, a produção de cana, principal atividade explorada nas fazendas se reduziu drasticamente. Para se avaliar os impactos, a produtividade dos canaviais caiu de 90,98 ton/ha para 75,84 ton/ha, no período subsequente (safra 95/96). 3. As principais atividades exploradas (Núcleo Jaboticabal): Cana, Soja e Laranja O faturamento total em todas as propriedades do núcleo de Jaboticabal é da ordem de 3 milhões de dólares/ano (base 1995), conforme mostra o anexo 2A, que apresentam a divisão do faturamento pelas principais atividades, a partir de 1990. A seguir será apresentado um breve perfil das atividades nas propriedades. Cana-de-açúcar A atividade de cana-de-açúcar representa aproximadamente 2/3 do faturamento total do núcleo de Jaboticabal. Tomando-se como referência o ano de 1995, do faturamento de US$ 3,07 milhões, a cultura de cana de açucar representou US$ 2.01 milhões (anexo 2 A). A distribuição por unidades produtivas em 1995 foi: Fazenda Santa Izabel Fazenda Bela Vista Fazenda Morumbi Total cana(1995) - US$ 973 mil (48,3%) US$ 525 mil (26,1%) US$ 516 mil (25,6%) US$ 2,01 milhões (100,0%) 7 O anexo 3 apresenta a evolução das safras de cana no período 1986-1996 e ressalta, no período, a evolução do ágio no preço final recebido. O ágio no preço da cana é o diferencial de qualidade em relação ao padrão estabelecido, em função dos teores de brix, pureza, redutores e PC (índice de açúcar). É de fundamental importância, representando uma entrada de receita direta. As variedades plantadas, tratos culturais, procedimentos de colheita e fatores climáticos são os fatores-chave na determinação da qualidade final do produto. A Fazenda realiza a própria colheita, pois assim consegue obter um produto de qualidade superior, já que pode selecionar os talhões que estão na época ideal de corte. O ágio obtido pela produção de cana nas propriedades apresentou uma curva ascendente nos últimos 10 anos, à exceção basicamente do período recente, como reflexo da seca e geada de 1994, tendo sido superior ao ágio médio recebido pelos produtores no estado de São Paulo (anexo 3). Em termos de produtividade, a média das propriedades gira em torno de 90 toneladas/hectare, sendo superior à média da região de Ribeirão Preto (85 2 ton/ha) e do estado de São Paulo (80 ton/ha). Portanto, ganhos expressivos de produtividade não são esperados, uma vez que o patamar alcançado já é elevado. Uma forte tendência para os próximos anos é a mecanização da colheita de cana. A mecanização possibilita vantagens em termos de rendimento e diminuição de custos de mão-de-obra, além de aspectos ambientais, por 3 possibilitar o corte de cana crua, evitando-se as queimadas . Por outro lado, a implantação deste sistema requer maior escala de produção para se tornar economicamente viável. Estima-se que a produção mínima necessária para colheita mecanizada gire em torno de 100 mil toneladas/ano (Coplana). A colheita mecanizada implica também em uma readaptação de todo o sistema de produção, em termos de novas variedades, épocas de colheita, entre outros fatores. Com produção anual média acima das 100 mil toneladas/ano, em termos econômicos as fazendas já alcançam escala para introdução de colheita mecanizada. 2 Segundo informações da COPLANA. No processo de colheita tradicional manual, a cana é queimada antes do corte para se ter um aumento do rendimento, facilitando o trabalho dos cortadores. 3 8 As áreas das Fazendas têm localização privilegiada, bastante próximas às Usinas São Martinho (segunda maior usina de açúcar e álcool do país) e São Carlos, que recebem toda a produção, em proporção respectivamente de 70% e 30%. Esta localização permite um baixo custo de transporte na entrega da cana, que é um dos principais componentes do custo, conforme mostra o anexo 4. Um comparativo de custos de produção entre a Fazenda Santa Izabel e dos demais produtores da região é mostrada no anexo 5. No setor canavieiro como um todo, o perfil do suprimento de cana às usinas se modificou nas últimas décadas. Atualmente, em média no Brasil, 70% da cana é proveniente das áreas próprias das usinas ou arrendadas, e apenas 30% 4 provêem de fornecedores . Com isto, as Usinas conseguem maior garantia de suprimento e redução de custos. O baixo preço pago pela cana de fornecedores tem feito com que pequenos, médios e até grandes produtores não consigam ter condições de arcar com os custos da atividade, acabando por arrendar as suas terras às usinas. No caso específico das áreas da fazenda Santa Izabel, pode ser feita uma comparação aproximada entre a opção de arrendar ou produzir, com base em parâmetros atuais, conforme apresentada no anexo 18. Como tendências gerais do setor, permanece entre todos os envolvidos no sistema canavieiro a incerteza com relação ao futuro, atrelado fortemente aos 5 próprios aos rumos do Proálcool. e a desregulamentação prevista para 1997. Os anexos 6A e 6B mostram a evolução dos preços, produção, área plantada e produtividade da cana no Brasil e Estado de São Paulo. Soja A produção de soja representa cerca de 20% do faturamento global do núcleo de Jaboticabal. Em 1995, o faturamento obtido com o produto foi da ordem de US$ 587 mil. 4 Segundo informe setorial divulgado pelo BNDES, em 10/95. Para maiores detalhes sobre as tendências do setor, A Gazeta Mercantil publicou em 24/04/96 um relatório sobre a indústria do açúcar e álcool, com o sugestivo titulo “Maior produção é a única certeza”, onde é previsto aumento de 10% na produção de cana no Centro-Sul em 1996, chegando a 226 milhões de toneladas. 5 9 O plantio de soja nas propriedades se iniciou já na década de 70, com a utilização de variedades precoces, em áreas de renovação de canaviais, introduzidas por Roberto. A partir de 1990, crescentemente foram incorporadas áreas de terceiros. Em 1995, para o total de 1.435,60 ha de áreas plantadas com soja, 1.059,74 foram em áreas arrendadas junto à usinas da região, representando cerca de 74% em área (anexo 7). Os anexos 8A e 8B apresentam a evolução do preço, área, produção e produtividade da soja no Brasil. As áreas para plantio de soja são negociadas junto às usinas, de acordo com programação de reforma dos canaviais. A definição das áreas é feita entre os meses de julho e agosto, e a partir de setembro se iniciam os trabalhos para o plantio, sendo que a devolução das terras ocorre até o final de março, quando as usinas iniciam o plantio da cana. O contrato que tem vigorado com mais frequência define o pagamento à usina de 20% da produção de soja obtida. Outra opção que Paulo deseja implementar com mais frequência é em termos de um contrato de risco, tendo sido já realizadas algumas negociações desta forma. Neste contrato, é calculada a quantidade de soja que cubra os custos. Acima desta quantidade, metade da soja é dividida com a usina, até um limite. O que passar deste limite, 15% será destinada à Usina. Outra variável é o prazo: quanto mais cedo entregarem as terras de volta à Usina, mais recebem, dentro de uma escala, pois assim a Usina pode realizar o plantio da cana mais cedo. A cana é plantada na região até 30 de março. A soja tem para o núcleo de Jaboticabal o papel de cultura subsidiária nas áreas de produção da cana, representando uma redução em até 50% nos custos de formação dos canaviais, segundo Paulo, além de diminuir a incidência de pragas e melhorar a conservação do solo, entre outros benefícios. As variedades plantadas são precoces, com ciclos curtos, permitindo que a colheita da soja se dê em tempo para que se possa realizar o plantio de cana, até final de março. As variedades de soja utilizadas são a IAC Foscarin 31 e a Primavera Ocepar 3. A produção é vendida para a Cooperativa de Guariba e Cargill. Em termos de tend6encia do setor, a produção norte-americana é uma das principais variáveis a serem consideradas na formação dos preços, em 10 contrapartida ao acréscimo no consumo de carnes em países emergentes (especialmente China). A eventual retirada gradativa de subsídios na agricultura norte-americana também poderia concorrer para a manutenção dos preços em patamares relativamente elevados, em relação aos anos recentes. Laranja A produção de laranja representa cerca de 12% do faturamento das propriedades do núcleo de Jaboticabal. Toda a produção está concentrada na Fazenda São Vicente. O faturamento da produção de laranja representou US$ 355 mil em 1995 (anexo 2), tendo sido reduzida a área plantada de 274,84 hectares para 185,87 (anexo 9), embora a produção tenha se elevado, pelo aumento na produtividade. A fazenda fornece a produção de laranja para a empresa Cambuhy Citrus, localizada em Matão/SP. A evolução de preços, produção, área e produtividade da laranja no Brasil é apresentada nos anexos 10A e 10B. Em termos gerais do setor, a conjuntura de preços favoráveis dos anos anteriores não existe mais, potencializando os conflitos de interesse (distribuição de margens) entre produtores-indústria, após a extinção do contrato padrão vigente no setor. A resolução do CADE que extinguiu este contrato afasta a indústria de envolvimento com a colheita. A base da produção citrícola brasileira é voltada para o mercado de exportação, na forma de suco concentrado, especialmente o mercado norte-americano. Ocorre que no momento, os Estados Unidos passam a ser exportadores de suco, após a recomposição de suas áreas de produção, e no Brasil em anos recentes foram implantados muitos pomares, pela euforia dos preços elevados. A expectativa para os próximos anos é portanto da elevação de oferta de suco no mercado mundial, e baixos preços para o produtor. 4. As mudanças em Curso no Núcleo de Jaboticabal (Santa Izabel) O núcleo paulista das propriedades da família vem passando por uma série de mudanças, especialmente a partir de 1995. A terceirização tem sido uma 11 prioridade para as fazendas em quase todos os setores, administrativo, jurídico e operacional. a) Reestruturação Administrativa A mais importante mudança na área administrativa foi a ascenção de Paulo Rodrigues ao cargo de diretor executivo das propriedades, e a reordenação de atribuições nos níveis de gerência e inferiores. As propriedades passaram a ter dois diretores (Roberto e Paulo). Os anexos 11 A e 11 B apresenta os organogramas antigo e atual da estrutura organizacional. Tal mudança na prática representou um maior controle direto das fazendas pela família. Ocorreu também a eliminação de uma gerência, diminuindo-se o escopo horizontal da administração. As atribuições passaram a ser definidas não mais em termos de propriedades, mas de produtos (cana/soja/laranja) e serviços. A reestruturação ainda está em curso, e prevê-se no futuro a eliminação de um nível completo do organograma. Até 1990, cada uma das 4 fazendas tinha os seus próprios encarregados. A partir de então, passou-se a definir os encarregados por atividade ao invés de áreas. Assim, passou-se a ter um encarregado técnico para cana e soja e um encarregado para laranja, possibilitando maior racionalização dos serviços. b) Desmobilização de Ativos A partir de 1994, foi feita uma forte desmobilização de máquinas e equipamentos. A tabela 2 compara a frota existente em dezembro de 92 e a previsão para dezembro de 96, projetando-se novas desmobilizações que deverão ocorrer ainda. Tabela 2 - Núcleo Jaboticabal - Comparativo de Frota Dez/92 Dez/96 (projeção) Trator Pneu < 90 HP 30 10 Trator Pneu 90 a 120 HP 02 04 Trator Pneu > 120 HP 00 01 Trator Esteira 04 01 12 Colhedora Cereais 03 03 Caminhões Leves 05 02 Caminhões 20 07 Ônibus 03 00 Utilitários 11 08 Outros 02 00 Total 80 (100%) 36 (45%) Fonte - Fazenda Santa Izabel A diminuição e terceirização da frota segue a lógica de que se tratam de ativos que podem ser facilmente substituídos por serviços de terceiros, especialmente na entrega de cana e transporte de pessoal (caminhões e ônibus). No caso de tratores e equipamentos, a utilização de máquinas mais modernas e o uso mais racional, com a disponibilização para todas as propriedades possibilitou a forte desmobilização. O total da frota será reduzida de 80 para 36 até dezembro de 96. Diminuiu-se já fortemente o número de tratores de baixa potência, tratores de esteira, caminhões e utilitários, eliminando-se por completo a frota de ônibus. No anexo 12, onde são apresentados os resultados financeiros das propriedades, pode-se observar a forte desmobilização ocorrida em 1994, da ordem de US$ 181 mil. d) Corte de Funcionários O processo de ajuste ao qual foram submetidas as propriedades representou a diminuição em 32% do número funcionários, passando de 134 para 93 nos mais diversos níveis e setores dentro das fazendas. A tabela 3 apresenta a comparação do número de funcionários em dezembro de 94 e abril de 96, para as diversas categorias. Pode-se observar a forte diminuição no número de funcionários ligados a serviços gerais e operadores, em função principalmente da desmobilização das máquinas e do rearranjo organizacional das atividades das fazendas. Tabela 3 - Núcleo Jaboticabal - Comparativo do Número de Funcionários Setores Dez/94 Abr/96 Diretoria 1 2 13 Gerência 3 2 Chefe de Seção 9 4 Escritório 5 5 Setor Manutenção 9 6 Encarregado turma 2 1 Operadores 31 21 Serviços Gerais 66 44 Segurança 7 7 Assist. Social 1 1 Total 134 (100%) 93 (68%) Fonte - Fazenda Santa Izabel e) A Redefinição do Escopo das Atividades Produtivas Até 1995, além dos carros-chefe representados pelas culturas de cana-deaçucar, soja e em menor escala a laranja, uma série de outras atividades eram desenvolvidas nas propriedades : criação de gado, equinos, figo, café, búfalos, arroz, feijão, milho e outros. A partir de 1995, houve uma drástica mudança, com a eliminação várias atividades, que ficaram reduzidas basicamente à cana, soja e laranja, possibilitando maior concentração e eficiência. A tabela 4 apresenta quadro comparativo de atividades de produção desenvolvidas em 1990 e 1996. 1990 1996 cana - de - açucar cana - de - açucar soja soja laranja laranja milho milho reflorestamento reflorestamento pecuária de corte/leite pecuária de corte arroz feijão café figo seringueira 14 goiaba suinocultura psicultura equinocultura Fonte - Fazenda Santa Izabel Embora todas as atividades desenvolvidas além de cana, soja e laranja, fossem marginais, com pouca representatividade em relação ao faturamento global das fazendas, acabavam por representar um grande desgaste em termos administrativos, desviando tempo e recursos para estas atividades. f) O Sistema de Informação/Acompanhamento Orçamentário/Financeiro Um fator que tornou-se um motivo de forte preocupação por parte dos diretores foi a descontinuidade durante a década de 80 e início de 90, em todo o processo de informação administrativo/financeiro das propriedades, especialmente em relação aos planos orçamentários e indicadores financeiros. Esta descontinuidade se deveu ao gap de informatização, ocorrido em função das dificuldades na implantação e condução do sistema iniciado em meados da década de 80. A tentativa de implantação de um sistema de informações gerenciais informatizado, com assessoria de empresa especializada em implantação de softwares não foi bem sucedida, e além da sua ineficácia, perdeu-se o antigo sistema de informação e controle. Tal fator só não foi, segundo Paulo, mais grave em função da idoneidade dos envolvidos na administração, e da continuidade no processo de produção, que não foi diretamente afetado pela precária estrutura de informações gerenciais. Tal precariedade não permite ainda a apuração de dados financeiros detalhados e, assim, dadas estas limitações, ficam inviabilizadas análises mais aprofundadas quanto a índices de desempenho econômico-financeiro das atividades. O anexo 12 apresenta alguns dados financeiros apurados, com destaque para as relações entre o resultado operacional e o patrimônio total do núcleo de Jaboticabal, que chega a US$ 13,62 milhões. 15 A partir de junho de 1995, foi elaborado um plano orçamentário para o ano agrícola 95/96, que vem sendo corrigido ao longo dos meses. Anteriormente, os planos elaborados eram basicamente corrigidos ano a ano apenas pela inflação, o que gerava distorções nos números, transformando-se num instrumento de baixa utilidade. A informatização das atividades das fazendas passou por etapas turbulentas, com o ineficaz apoio de consultoria em software desenvolvido para as propriedades e a demissão da programadora da própria Santa Izabel responsável pela implantação dos sistemas. Desde então, foi tomada a decisão de oferecer treinamento em cursos de informática para um grupo de funcionários-chave dentro das fazendas, e a implantação de programas básicos existentes no mercado, ao invés de programas específicos gerados para as fazendas. g) A Reorganização Societária Entre as importantes mudanças em curso na estrutura das propriedades agrícolas da família Rodrigues está a reorganização societária. A sociedade, composta por Roberto Rodrigues, Anita Rodrigues e o pai, Antonio Rodrigues deverá ser redefinida, a partir de avaliação patrimonial realizada. Com a ascenção da nova geração ao comando da empresa, tal decisão foi acelerada, como forma de permitir uma gestão mais eficaz, visando manter a agilidade no processo de tomada de decisões. A reorganização societária é encarada como fundamental para a sequência administrativa, pois a forma atual acaba por gerar alguns problemas que se refletem em uma maior complexidade contábil e gerencial. Assim, por exemplo, as compras efetuadas são lançadas apenas para uma propriedade, embora possam ser utilizadas em todas. A Fazenda Santa Izabel, por exemplo é fortemente onerada em custos, que na realidade se distribuem por todas as propriedades. 16 Estes fatores estão sendo tratados de forma a evitar que futuramente se tornem potenciais focos de conflito, na medida em que novas gerações passam a assumir o controle dos negócios. A Definição de Novos Investimentos A viabilidade de produção de laranja nas propriedades está sendo colocada em discussão. Não apenas em função da conjuntura desfavorável, em termos do preço do produto, mas principalmente pelo fato de a atividade citrícola demandar uma estrutura produtiva específica, que difere bastante em termos de técnicas de produção em relação às culturas de soja e de cana. A maior importância proporcional das culturas de cana e soja nas propriedades em relação à cultura de laranja é expressiva, e esta última acaba desviando a atenção administrativa e recursos que poderiam estar sendo canalizados para as duas atividades principais. Em termos de expansão e novos negócios, algumas alternativas são discutidas atualmente, a partir de algumas premissas. Aposta-se alto no know how em termos de produção de cana e soja pelo grupo familiar. Assim, os Rodrigues rejeitam veementemente a idéia de passarem a arrendar suas terras para usinas de açúcar da região. Ao contrário, Paulo acredita que a lógica produtiva seja exatamente o inverso: O "negócio" das usinas é a produção de açucar e álcool. O "negócio" da Santa Izabel é a produção de cana. Com esta premissa, Paulo aposta que no médio prazo as usinas se concentrarão em suas atividades principais, em função da própria reestruturação que elas estão passando em busca de aumento de competitividade, abrindo assim espaço para produtores profissionais, sendo imaginável até que estes passem a arrendar terras das próprias usinas para plantio, invertendo o processo. 17 Esta percepção de Paulo não é compartilhada de forma generalizada pelos agentes do setor, que acreditam que a tendência seja do aumento da integração 6 das usinas para trás, aumentando o fornecimento próprio. Paulo acredita que aumentando sua produção, arrendando novas áreas para plantio de cana, com o aumento da escala de produção e diluição dos custos, ele tornaria mais viável e competitiva a sua atividade, aumentando com isto a eficiência produtiva, inclusive com a introdução da colheita mecânica. A família, que já vem arrendando terras de usinas e de outros produtores da região para plantio de soja, acredita estar habilitada a desenvolver este tipo de relação de parceria, além da perspectiva de atuar na prestação de serviços para terceiros 7 . Além destas possibilidades, existe a preocupação no sentido de se buscar de alguma maneira agregar valor aos produtos cana e soja nas propriedades, explorando algum nicho específico de mercado, suficientemente grande para a escala do negócio familiar e suficientemente pequeno para não entrar em concorrência com seus clientes atuais. Estuda-se por exemplo a implantação de destilaria de bebidas especiais, e a produção de soja-semente e soja para consumo humano. Já existe acordo de parceria em desenvolvimento com uma empresa de sementes de Matão/SP (Semel), para multiplicação de sementes de soja específicas para áreas de renovação de canaviais. O preço obtido pela sojasemente é em torno de 10%, maior que a soja-grão. Outro acordo sendo desenvolvido é junto à cooperativa de Guariba, para desenvolvimento de material e comercialização de soja para consumo humano, visando o mercado 6 A revista Agroanalysis traz em edição especial de março de 95 uma série de depoimentos sobre o setor sucroalcooleiro e a tendência da diminuição no número de fornecedores de cana para as usinas. 7 Esta discussão pode ser encarada a partir da análise dos custos envolvidos, não só de produção mas também de transação. Se , por exemplo, as usinas tivessem a garantia de fornecimento da cana nas especificações desejadas, e com um número grande de produtores fornecedores nestas condições, poderia ser mais fácil para elas comprarem no mercado, ao invés de produzirem. Ao contrário, se as usinas correrem o risco de ficar nas mãos de poucos produtores, sem garantia de fornecimento nos padrões desejados, e que eventualmente poderiam impor preços e condições, a tendência será delas mesmas aumentarem sua produção prórpria. Com a desregulamentação do setor e o fim dos preços tabelados, estas questões assumirão maior importância. (Para maior aprofundamento teórico, ver Oliver Williamson - The New Instituitions of Capitalism, Free Press, 1985). 18 japonês. Todas estas estratégias se referem ao núcleo de fazendas de Jaboticabal, e estão nas fases de estudos e testes. Um capítulo a parte nos negócios da família é a expansão das atividades no rumo da fronteira agrícola, na busca de diversificação. 5. A Expansão dos Negócios: O Rumo da Fronteira Agrícola A origem dos negócios no Maranhão se deu a partir de investimentos anteriores dos sócios Roberto e Ivan, em terras no triângulo mineiro, visando a exploração pecuária. A partir de 1990, os sócios passaram a questionar a viabilidade destes investimentos, concluindo pela melhor oportunidade que representava a abertura de novas fronteiras agrícolas na região de Balsas no Maranhão. A partir de então, as áreas do triângulo foram vendidas. Foram investidos já cerca de US$ 3 milhões entre aquisições de terras, máquinas, desmatamento, entre outros (anexo 13). A sedução por Balsas foi justificada pela sua importante posição estratégica, viabilizada pela ferrovia Norte-Sul, servindo como corredor de exportação de commodities através do porto de Itaqui (São Luiz do Maranhão) a custos muito mais baixos comparados à região Centro-Sul, além da possibilidade de terras 8 baratas , com disponibilidade próxima de insumo básico para a região: o calcáreo. Estima-se que tais fatores representem um custo de produção 15 % mais baixo em comparação à região de Ribeirão Preto. A motivação cresceu pela oportunidade representada pelo início das atividades profissionais dos filhos de ambos, que passariam a gerenciar o novo negócio. Neste mesmo período a CAROL (Cooperativa Agrícola de Orlândia) desenvolvia um programa de prospecção na região, visando a oportunidade de trabalhos para levar filhos de produtores para regiões de fronteira agrícola. 8 Considerando o valor do investimento com aquisição de terras realizado na região de Balsas (anexo 13), o valor médio pago foi de aproximadamente US$ 110,00 /ha. Para efeito comparativo, de acordo com avaliação patrimonial das fazendas de Jaboticabal, o valor médio nestas áreas é de US$ 4.850,00/ha. (incluindo benfeitorias). 19 Assim, a aquisição de terras na região de Balsas surgiu como alternativa de diversificação, baseando-se em promessas de investimentos de grandes empresas e desenvolvimento de infraestrutura básica na região, e com isto a própria valorização da terra. Em fevereiro de 1994 foram adquiridos 5.000 hectares, sendo posteriormente incorporados mais 6.577 hectares, totalizando 11.577 ha. As áreas são compostas pela Fazenda Serra Vermelha (9.727 ha) e Fazenda Serra dos Gerais (1.850 ha). A estrutura gerencial tem com responsável pela área administrativa Fábio Aidar e como responsável técnico Paulo Rodrigues, que acumula esta função com a direção executiva das propriedades de São Paulo. O processo de abertura das áreas prevê um módulo inicial de 5.500 hectares, organizando-se um sistema de produção para este módulo na busca de ganhos de qualidade e experiência. Os planos para a continuidade dos investimentos na área contemplam a possibilidade de exploração pecuária, visando o mercado da orla do Nordeste, e a implantação de uma empresa comercial importadora/exportadora, permitindo a compra e exportação de grãos de outros produtores da região. O plantio na fazenda de Balsas é centralizado na soja. A cultura de soja é encarada como principal, e não subsidiária como no núcleo de Jaboticabal. O faturamento obtido da safra 95/96 de soja, com área de 3.111 hectares alcançou cerca de US$ 1,47 milhões e o de arroz em 1.510 hectares chegou a cerca de US$ 630 mil (anexo 13). Uma evolução da produção, área e produtividade do Núcleo de Balsas é apresentada no anexo 14. Dados de produção, área e produtividade da cultura do arroz são apresentados nos anexos 15A e 15B. As Tabelas 5 e 6 apresentam dados sobre o número de funcionários e o número de máquinas das propriedades de Balsas. Tabela 5 - Núcleo Balsas/MA Gerência 2 Encarregado 2 20 Auxiliar campo 2 Escritório 2 Manutenção 5 Operador 19 Serviços Gerais 12 Vigia 2 Total 46 Fonte - Fazenda Serra Vermelha Tabela 6: Núcleo Balsas/MA - Relação de Máquinas Trator Esteira 1 Trator > 120 HP 5 Trator 90 a 120 HP 4 Trator < 90 HP 4 Colhedora Cereais 5 Utilitários 4 Caminhões leves 2 Outros 1 Total 24 Fonte - Fazenda Serra Vermelha A profissionalização da gestão, com a consolidação e melhoria do sistema técnico e administrativo na propriedade de Balsas é a principal meta a ser atingida, para posterior ampliação dos negócios na área. Atualmente, o tempo de dedicação dos responsáveis ( Fábio Aidar e Paulo Rodrigues) com as fazendas é muito elevado. Com isto, a atividade de Paulo à frente das fazendas em Jaboticabal e como responsável técnico em Balsas acaba por ser altamente desgastante e cada vez mais difícil, dado o aumento da complexidade administrativa, em função da própria dinâmica que está sendo implementada. 6. Desafios Este caso expõe a saga da família Rodrigues no comando de suas atividades agrícolas, podendo servir também como pano de fundo para discussão de aspectos inerentes a agricultura em geral, pela característica particular que 21 envolve não só a atividade do empresário Roberto Rodrigues, mas também do líder rural Roberto Rodrigues. O processo pelo qual passa atualmente esta família de produtores é ilustrativo de uma situação que crescententemente chega ao chamado setor "dentro da porteira". A necessidade de busca de maior eficiência nas atividades produtivas é cada vez mais forte, ao mesmo tempo em que ocorre o aumento na complexidade de gerir estas atividades. As ações em curso nas fazendas já se tornam irreversíveis, devendo se acentuar ainda ao longo dos próximos anos. Os desafios básicos passam pelo aprimoramento da estrutura administrativa e produtiva das propriedades, na correta definição do escopo de atividades e prospecção de negócios lucrativos e sustentáveis, dentro das competências existentes ou que possam ser criadas. A estrutura societária que será revista deverá permitir que o processo administrativo tenha maior flexibilidade, permitindo explorar algumas vantagens que unidades empresariais familiares possuem quanto à maior rapidez e autonomia decisória. Neste contexto se processa a transição de comando nas fazendas da família, ao mesmo tempo em que ocorre a expansão de atividades para região de fronteira agrícola. Propõe-se para discussão aspectos que envolvam as decisões estratégicas que estão sendo estudadas por Roberto e Paulo Rodrigues. Deve ser destacado que este caso se realiza exatamente em meio ao processo de tomada de decisões no âmbito da família, e portanto, as dúvidas e desafios estarão sendo compartilhados em tempo real com os grupos que discutirão as questões propostas. QUESTÕES PROPOSTAS 1) Roberto Rodrigues é constantemente indagado sobre o seguinte ponto: É mais vantajoso ser produtor em Balsas/Ma ou em Jaboticabal/SP? Ou seja, dado o preço da terra muito mais barato em regiões de fronteira, com perspectivas de grande desenvolvimento, não seria interessante desmobilizar-se de suas terras em São Paulo e investir fortemente no 22 Maranhão? Na posição de Roberto, o que você faria: manteria a estrutura atual, melhorando a eficiência de produção em São Paulo e investindo gradualmente no Maranhão ou, alternativamente, se decidiria por seguir de vez para área de fronteira agrícola ? 2) Roberto e Paulo Rodrigues têm a intuição de que como produtores de cana especializados na região de Jaboticabal, podem ser tão ou mais eficientes que as usinas, e de que portanto, no médio prazo seria mais vantajoso produzir, ao invés de arrendar suas áreas para as usinas da região, embora possuam poucos parâmetros reais para este tipo de comparação. Ou seja, para eles a estratégia mais adequada seria buscar aumentar a escala de produção de cana, arrendando novas áreas para plantio e diluindo custos. A alternativa seria arrendar as áreas próprias para as usinas. Qual a sua percepção a respeito? 3) Baseando-se na premissa de que os Rodrigues possuem expertise na produção, especialmente de soja e cana na região de Jaboticabal, dispondo também de equipamentos e pessoal habilitado nas propriedades, devem partir para algum tipo de empreendimento de prestação de serviços e consultoria a outros produtores e mesmo usinas de cana da região ? 4) Como estratégias para as atividades do núcleo de Jaboticabal, deve-se buscar alguma forma de agregar valor aos produtos na propriedade, visando nichos específicos, como destilarias de produtos especiais, sojasemente e soja para consumo humano? Tal estratégia é factível? 23 Notas técnicas para fins educacionais Uso do Caso Em disciplinas que tratam do gerenciamento da atividade agrícola, bem como do papel do setor no agribusiness. Conceitos e Teorias Envolvidas Para a análise as relações entre proprietário e funcionários, conflitos de interesse e distribuição de margens (p. 4), consultar teoria sobre agency : Demsetz, H. The Structure of Ownership and the Theory of the Firm. Journal of Law & Economics, vol XXVI, June 1983. Demsetz, H. e Lehn, K. The Structure of Corporate Ownership: Causes and Consequences. Journal of Political Economy, vol 93, n. 6, 1985. Fama, E. F. and Jensen, M. C. Separation of Ownership and Control. Journal of Law & Economics, vol XXVI, June 1983. Com relação a complexidade e tamanho ideal da empresa agrícola (integração horizontal e vertical), p. 13, consultar a teoria sobre escopo ou tamanho ideal da firma: Riordan, M. e Williamson, O. 1985. Asset Specificity and Economic Organization. International Journal of Industrial Organization, 365378. Grossman, S. e Hart, O. 1986. The Costs and Benefits of Ownership: A Theory of Vertical and Lateral Integration. Journal of Political Economics, August 94: p. 691-719. Williamson O. The Economic Institution of Capitalism. Economic Press, 1985, p. ?. Mensuração dos custos e gerenciamentos agrícolas: Pinazza, Luiz Antonio. PENSA - Estudo de Caso Agrindus, EC-006/1995. Hoffman, R. et alli. Administração da Empresa Agrícola. Editora Pioneira, ano ?, p.?. 24 Referências Utilizadas no Texto AGRIANUAL 96 - Anuário Estatístico da Agricultura Brasileira. FNP Consultoria & Comércio, 1996, 392pp. Agroanalysis, Edição especial sobre o setor Sucroalcooleiro, março de 1995, p. 1-24. BNDES - Informe setorial divulgado em 10/95. COPLANA - Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba. Departamento Agrícola. Gazeta Mercantil - 05/10/89 - “Os Produtores rurais estão Excluídos do Debate Ambiental” - Roberto Rodrigues. Gazeta Mercantil - 24/04/96 - “Relatório da Gazeta Mercantil - Indústria do Açúcar e do Álcool”. Guia Rural - 11/88, 11/89 e 02/90. Artigos assinados por Roberto Rodrigues. Rodrigues, Roberto. O Sistema Coplana ou Cultivo Mínimo no Binômio SojaCana-de-Açúcar. Atualidades Agronômicas. Editora CQ Ltda, julho/agosto o de 75, n . 15, ano III, p. 4-8. Para saber mais sobre a região de fronteira agrícola de Balsas/MA Rede Globo - Vídeos do Globo Rural apresentados em 30/06 e 07/07 de 1996. 25 ANEXO 2A: 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996* 1997** cana 2.072 2.133 2.143 1.996 2.516 2.014 2.300 2.700 Núcleo Jaboticabal : Demonstrativo de faturamento ' em dólares por cultura - 1990 a 1995 (em U$ 1.000) % laranja % soja % diversos % 85,8 232 9,6 73,0 3,0 38,3 1,6 88,1 169 7,0 80,0 3,3 39,3 1,6 84,5 239 9,4 132,9 5,2 21,5 0,8 79,9 283 11,3 188,7 7,6 28,9 1,2 76,9 116 3,5 403,3 12,3 234,9 7,2 65,6 355 11,6 587,5 19,1 112,6 3,7 68,7 300 9,0 700,0 20,9 50,0 1,5 71,4 330 8,7 720,0 19,0 30,0 0,8 total 2.415,5 2.421,1 2.536,8 2.496,2 3.270,5 3.068,9 3.350,0 3.780,0 4.000.000,00 3.500.000,00 3.000.000,00 US$ 2.500.000,00 2.000.000,00 1.500.000,00 1.000.000,00 500.000,00 0,00 diversos 1990 1991 1992 1993 1994 Anos 1995 1996* 1997** soja laranja cana Fonte : Fazenda Santa Izabel * estimativa ** projeção 26 ANEXO 2B: Faturamento da Cana-de-açúcar 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Faturamento total (U$ 1.000) 2.071,96 2.133,15 2.143,27 1.995,70 2.516,29 2.013,73 Produção Produtividade Faturamento Preço Recebido (1.000 ton) (ton/ha) (US$/ha) Santa Izabel Média SP* 138,81 87,61 1307,76 14,93 10,56 137,72 91,57 1346,38 15,49 9,59 145,09 90,87 1425,01 14,77 9,49 126,94 83,58 1249,88 15,72 9,49 138,36 89,54 1656,73 18,19 11,72 141,65 90,98 1303,20 14,22 13,00 Fonte : Fazenda Santa Izabel e Agrianual 96* **Estimativa 27 ANEXO 3 : Núcleo Jaboticabal : Cana safras 86/87 a 95/96 Safra Produção (1.000 ton*) 128,08 135,46 139,92 138,81 137,72 145,09 126,94 138,36 141,65 112,22 1986/1987 1987/1988 1988/1989 1989/1990 1990/1991 1991/1992 1992/1993 1993/1994 1994/1995 1995/1996 Produtividade (ton/ha)* 81,54 98,40 93,59 87,61 91,57 90,87 83,58 89,54 90,98 75,84 Ágio (%) Santa Izabel* Estado de SP** 11,44 14,90 17,86 19,34 24,28 25,00 22,22 21,54 27,54 19,53 32,10 25,86 28,76 23,11 26,19 22,44 27,88 26,42 23,29 - Evolução do ágio - Safra 86/87 a 95/96 35 30 ágio (%) 25 20 15 10 5 19 95 /1 99 6 19 94 /1 99 5 19 93 /1 99 4 19 92 /1 99 3 19 91 /1 99 2 19 90 /1 99 1 19 89 /1 99 0 19 88 /1 98 9 19 87 /1 98 8 19 86 /1 98 7 0 Santa Izabel* Estado de SP** Anos Fonte : Fazenda Santa Izabel*, ORPLANA** e AIAA**(Associação das Ind. do Açúcar e do Álcool) 28 ANEXO 4 : Participação das Operações de Colheita, no preço da Cana-de-açúcar KM ( Raio ) 1 Corte % *15,75 **15,09 15,75 15,09 15,75 15,09 15,75 15,09 15,75 15,09 15,75 15,09 15,75 15,09 1 5 5 10 10 15 15 20 20 25 25 30 30 Carregamento % 5,21 Transporte % 4,51 5,21 8,04 5,21 12,20 5,21 16,61 5,21 20,69 5,21 24,91 5,21 29,31 Total % (cana 18 meses) Total % (demais cortes) *25,47 **24,81 29,00 28,34 33,16 32,50 37,57 36,91 41,65 40,99 45,87 45,21 50,27 49,61 Relação entre custo e distância média da produção Custo em porcentagem de tonelada de cana 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 1 5 10 15 20 25 Distância média custo 30 cana 18 meses custo demais cortes Fonte : Coplana (Cooperativa dos Plantadores de Cana de Guariba) Obs: Porcentagem baseada no preço da cana no campo com transporte. * Cana de 18 meses ** Demais cortes 29 ANEXO 5 : Comparação entre custos de produção Implantação do canavial (em US$/ha) Operações = Insumos = Arrendamento = Total = Tratos culturais da cana soca (em US$/ha) Operações = Insumos = Arrendamento = Total = Custo de colheita de cana Queima = (em % sobre valor da ton de cana no campo) Corte = Carregamento= Transporte = Total = Plantio de soja em área de reforma de canavial Operações = (em U$/ha) Insumos = Total = Fazenda Santa Izabel* 507,52 573,50 0,00 1.081,02 186,15 105,91 0,00 292,06 2,48 (2) 15,30 3,92 7,51 (3) 29,21 122,13 120,28 242,41 COPLANA** 509,82 509,82 793,45 793,45 0,00 327,36 1.303,27 1.630,63 107,34 107,34 175,55 175,55 0 327,36 282,89 610,25 15,75 (4) 15,75 5,21 5,21 8,04 (5) 12,2 29,00 33,16 (1) (1) (4) (6) Fonte: Fazenda Santa Izabel */ COPLANA ** - Custo padrão estimado para a região de Guariba. Obs: Há diferenças na construção da planilha de custo entre a Santa Izabel e a COPLANA. (1) Total com arrendamento. (2) Inclui transporte de pessoal. (3) Distância média de 8 km. (4) Cana de 18 meses. (5) Distância média de 5 km. (6) Distância média de 10 km. 30 ANEXO 6A : Cana-de-açúcar - Preços mensais pagos ao produtor no Estado de São Paulo 1985-94, US$/ton ANO 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Média Jan 7,45 8,40 7,99 8,23 8,83 11,26 9,36 9,70 8,66 10,16 13,16 9,38 Fev 9,42 7,28 8,25 8,13 8,96 10,58 11,30 9,45 9,16 11,26 13,25 9,73 Mar 9,00 6,82 7,64 7,83 8,96 13,15 10,89 9,19 8,80 11,25 12,49 9,64 Abr 7,96 6,82 6,74 7,63 8,87 11,90 9,93 9,20 8,76 11,26 12,74 9,26 Maio Jun Jul Ago 7,19 9,16 8,43 7,82 6,82 6,82 6,82 6,82 9,69 9,05 7,93 7,56 8,01 8,80 8,21 8,54 8,62 8,04 7,53 8,34 10,93 9,99 8,56 9,69 9,17 9,15 9,20 9,30 9,42 9,75 10,01 9,99 8,67 9,34 9,62 10,67 10,42 10,92 11,68 12,14 12,91 13,44 9,26 9,50 8,80 9,09 Set Out 7,65 9,23 6,82 6,77 8,11 8,50 8,58 8,10 9,53 9,35 10,97 10,04 9,62 8,90 10,13 9,73 9,97 9,98 12,62 12,90 9,40 9,35 Nov 8,48 7,41 8,72 8,06 10,09 10,31 8,98 8,45 10,16 12,97 Dez Média Média* 7,59 8,28 11,53 8,56 7,18 9,81 8,49 8,22 10,83 7,98 8,17 10,34 10,63 8,98 10,84 9,37 10,56 12,10 9,33 9,59 10,50 8,82 9,49 10,15 10,14 9,49 9,86 13,08 11,72 11,84 13,00 12,82 9,36 9,40 9,52 10,97 GRÁFICO DOS PREÇOS MÉDIOS ANUAIS DEFLACIONADOS 13,50 13,00 12,50 12,00 11,50 11,00 10,50 10,00 9,50 9,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte : Agrianual 96 (Associação das Indústrias de Açúcar e de Álcool do Estado de São Paulo). Obs: Preço pago ao produtor na esteira. *Média anual em dólares deflacionados segundo Índice de Preços no Varejo (CPI-U) / The Economist 31 ANEXO 6B : Cana-de-açúcar - Produção, Área Plantada e Produtividade 1985 produção (t) Brasil área plantada (ha) produtividade (t/ha) São Paulo produção (t) área plantada (ha) produtividade (t/ha) 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 247.200.489 239.178.319 268.503.707 258.412.865 252.642.628 262.674.150 260.887.893 271.211.395 244.796.961 291.949.838 3.912.065 3.951.842 4.308.675 4.117.375 4.075.839 4.287.625 4.210.954 4.199.415 3.868.325 4.348.894 63 61 62 63 62 61 62 65 63 67 125.872.013 116.280.842 130.420.000 135.399.355 126.024.835 137.835.000 136.200.000 145.500.000 148.647.000 174.100.000 1.666.176 1.680.276 1.727.000 1.785.355 1.703.903 1.811.980 1.852.400 1.889.500 1.895.750 2.173.200 76 69 76 76 74 76 74 77 78 80 Comparativo da Produtividade 85 São Paulo Produtividade 80 75 70 Brasil 65 60 55 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Anos Fonte: Agrianual 96 - dados do IBGE, CONAB, IEA 32 ANEXO 8A : Soja - Preços mensais no Estado de São Paulo 1985-94, US$/saca de 60 kg ANO 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Média Jan 11,29 9,90 9,00 15,08 15,08 12,63 9,19 11,75 12,37 12,77 12,48 9,38 Fev 11,01 9,94 7,74 14,15 14,15 11,04 10,02 10,55 11,07 12,15 12,44 9,73 Mar 10,18 9,33 7,78 13,95 13,95 10,86 10,03 10,19 10,07 11,52 9,65 9,64 Abr 9,82 9,34 7,34 13,89 13,89 9,77 9,95 9,41 9,65 10,58 9,14 9,71 Maio 8,98 9,24 7,84 13,31 13,31 10,55 9,85 9,72 9,80 10,91 9,71 9,26 Jun 8,55 9,24 8,37 10,91 10,91 9,85 9,62 10,28 9,86 11,63 9,53 9,50 Jul 9,39 9,16 8,62 10,49 10,49 9,94 9,12 10,22 12,54 11,49 9,20 8,80 Ago 9,60 9,29 10,26 8,42 8,42 10,10 10,10 11,02 12,81 11,52 Set 9,10 9,32 11,98 9,72 9,72 9,86 11,10 12,45 11,77 11,90 Out 9,68 9,35 11,97 9,91 9,91 9,90 11,98 11,74 11,89 12,39 Nov 10,86 9,45 12,02 10,25 10,25 10,16 10,05 11,86 12,71 12,62 9,09 9,40 9,35 9,36 Dez 10,38 9,57 14,12 11,06 11,06 9,32 9,53 11,79 12,93 12,50 Média Média* 9,90 13,78 9,43 12,88 9,75 12,85 11,76 17,90 11,76 14,20 10,33 11,84 10,05 10,99 10,92 11,68 11,46 11,89 11,83 11,95 10,31 10,17 9,40 9,39 10,97 GRÁFICO DOS PREÇOS MÉDIOS ANUAIS DEFLACIONADOS 19,00 18,00 17,00 16,00 15,00 14,00 13,00 12,00 11,00 10,00 9,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte : Agrianual 96 - dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola) *Média anual em dólares deflacionados segundo Índice de Preços no Varejo (CPI-U) / The Economist 33 ANEXO 8B : Soja - Produção, área plantada e produtividade 1985 Brasil 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 13.241.734 17.027.600 18.127.675 23.905.997 20.179.052 15.308.316 19.354.000 23.139.000 25.011.400 26.194.300 área plantada (ha) 10.102.268 9.250.927 9.163.700 10.681.133 12.245.893 11.533.038 9.749.038 9.581.200 10.793.000 11.486.700 11.678.700 1,80 1,43 1,86 1,70 1,95 1,75 1,57 2,02 2,14 2,18 2,24 produção (t) 963.300 909.200 923.400 1.001.900 1.348.400 969.000 967.500 841.200 1.155.500 1.265.200 1.200.500 área plantada (ha) 494.000 476.000 461.700 512.500 594.000 582.000 500.000 465.500 532.500 575.100 563.600 1,95 1,91 2,00 1,95 2,27 1,66 1,94 1,81 2,17 2,20 2,13 produtividade (t/ha) Maranhão 1987 18.178.262 produtividade (t/ha) São Paulo 1986 produção (t) produção (t) área plantada (ha) produtividade (t/ha) 9.000 13.600 8.800 29.200 37.200 6.700 8.300 25.300 91.200 138.200 201.700 10.000 8.700 8.500 16.200 21.900 16.000 4.600 21.100 42.700 62.800 91.700 0,90 1,56 1,04 1,80 1,70 0,42 1,80 1,20 2,14 2,20 2,20 2,50 São Paulo Produtividade 2,00 Brasil 1,50 1,00 Maranhão 0,50 0,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Anos Fonte: Agrianual 96 - dados do IBGE, CONAB, IEA e DERAL 34 ANEXO 7: Núcleo Jaboticabal - Evolução da produção, Área e Produtividade da Soja - Safras 91/92 a 95/96 Safra ano 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 Área (ha) Produção (sc 60kg) Produtividade (sc 60kg/ha) Produtividade (ton/ha) Área (ha) Produção (sc 60kg) Produtividade (sc 60kg/ha) Produtividade (ton/ha) Área (ha) Produção (sc 60kg) Produtividade (sc 60kg/ha) Produtividade (ton/ha) Área (ha) Produção (sc 60kg) Produtividade (sc 60kg/ha) Produtividade (ton/ha) Área (ha) Produção (sc 60kg) Produtividade (sc 60kg/ha) Produtividade (ton/ha) Próprias 184 5.913 32 1,92 301 9.726 32 1,94 296 13.436 45 2,72 238 9.308 39 2,35 376 15.289 41 2,44 Arrendadas Total Geral 318 502 7.062 12.974 22 26 1,33 1,55 422 723 11.824 21.551 28 30 1,68 1,79 661 958 27.963 41.399 42 43 2,54 2,59 989 1.226 36.754 46.061 37 38 2,23 2,25 1.060 1.436 40.490 55.779 38 39 2,29 2,33 Evolução Plantio de Soja 1.600,00 1.400,00 1.200,00 Áreas (ha) 1.000,00 800,00 600,00 400,00 200,00 0,00 Arrendada (ha) 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 Próprias (ha) Fonte : Fazenda Santa Izabel 35 ANEXO 9 : Núcleo Jaboticabal - Produção de Laranja São Vicente Cx /Plantas / Safra 91/92 a 95/96 Safra 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 Plantas 59.223 59.223 59.223 59.223 46.018 Produção (cx) 126.340,00 123.342,40 125.241,20 94.643,50 165.705,80 Área (ha) 274,84 274,84 274,84 274,84 185,87 Caixas/Planta 2,13 2,08 2,11 1,60 3,60 Produção (cx) por safras 170.000,00 160.000,00 150.000,00 Produção 140.000,00 130.000,00 120.000,00 110.000,00 100.000,00 90.000,00 80.000,00 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 Safras Fonte : Fazenda Santa Izabel Comentário: O aumento expressivo da produção na safra se deu pela reforma parcial dos pomares, com eliminação de plantas improdutivas, elevando assim a produtividade. 36 ANEXO 10 A : Laranja - Preços para Indústria (preço na árvore) 1985-95, US$/cx. 40,8 kg ANO 1985/86 1986/87 1987/88 1988/89 1989/90 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 Exportações ton. Suco Concentrado 803.068 754.968 663.600 730.114 954.888 973.436 918.216 1.174.513 1.146.717 US$/Caixa Preço Corrigido* 3,56 1,08 2,12 3,74 3,53 1,11 2,13 0,34 0,70 4,86 1,42 2,68 4,52 4,04 1,21 2,28 0,35 0,71 Preços corrigidos por ano 6,00 5,00 Preço Corrigido 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 1985/86 1986/87 1987/88 1988/89 1989/90 1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 Ano Fonte : Associtrus. *Valores em dólares deflacionados segundo Índice de Preços no Varejo (CPI-U) / The Economist 37 ANEXO 10 B : Laranja - Produção, Área Plantada e Produtividade 1985 produção (t) Brasil área plantada (ha) produtividade (t/ha) São Paulo produção (t) área plantada (ha) produtividade (t/ha) 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 11.726.802 11.033.916 12.138.855 12.468.258 14.687.671 14.452.070 15.670.970 16.221.721 14.831.740 14.393.055 663.063 707.822 725.560 805.632 882.632 912.996 983.407 988.974 796.801 896.075 17,69 15,59 16,73 15,48 16,64 15,83 15,94 16,40 18,61 16,06 9.680.652 8.861.666 10.004.779 10.262.175 12.233.100 11.933.630 13.038.720 13.979.020 11.999.630 11.389.125 503.656 541.855 562.948 640.350 698.580 722.850 789.329 783.674 584.627 668.461 19,22 16,35 17,77 16,03 17,51 16,51 16,52 17,84 20,53 17,04 Comparativo de Produtividade 21,00 São Paulo Produtividade 20,00 19,00 18,00 Brasil 17,00 16,00 15,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Anos Fonte: Agrianual 96 - dados do IBGE, CONAB, IEA e DERAL 38 ANEXO 12 : Núcleo Jaboticabal - Fluxo de Caixa Fazendas Santa Izabel, Bela Vista, Morumbi e São Vicente Período : 1990 a 1995 (em US$ 1000) Item 1- Receitas Operacionais 2- Despesas Operacionais 3- Resultado Operacional 4- Resultado Financeiro * 5- Resultado do Exercício 6- Investimentos 7- Desmobilizações 8- Investimentos Líquidos 9- Saldo Final 10- Retorno Operacional sobre Patrimônio** 11- Resultado Operacional sobre Receita Operacional 1990 2.410 1.731 679 1.495 2.173 28 5 23 1991 2.421 2.167 254 1.177 1.431 110 110 1992 2.522 2.098 424 2.677 3.101 279 15 265 1993 2.483 1.894 588 3.006 3.594 122 14 109 1994 3.089 2.350 739 2.372 3.111 189 181 8 1995 3.013 2.598 415 1.240 1.655 91 56 35 2.150 1.321 2.836 3.486 3.103 1.620 4,98% 1,87% 3,11% 4,32% 5,42% 3,04% 28,16% 10,50% 16,80% 23,69% 23,92% 13,76% * Como o Resultado Financeiro inclui correção monetária, as variações ao longo dos anos não representam ganho ou perda de eficiência. Está sendo utilizado como parâmetro para medição de eficiência o Resultado Operacional. ** Está sendo considerado o valor patrimonial de 1995 para todos os anos. Patrimônio Total - Núcleo Jaboticabal Item 1- Terras/Benfeitorias*** 2- Máquinas/Equipamentos 3- Recursos Disponíveis Valor (US$1000) 12.110 700 810 4- Total 13.620 Fonte: Avaliação Patrimonial - data-base para 31/12/95 *** O valor das culturas não está incluído. 39 ANEXO 13: Núcleo Balsas - Investimentos, Custeio e Faturamento Bruto (em U$) INVESTIMENTOS TERRAS DESMATAMENTO TOPOGRAFIA CALAGEM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS BENFEITORIAS (acampamento provisório) TOTAL INVESTIMENTOS CUSTEIO MÃO-DE-OBRA OUTROS TOTAL/ha TOTAL ha TOTAL SOJA (ha) Safra 94/95 INSUMOS OUTROS TOTAL/ha TOTAL ARROZ (ha) INSUMOS OUTROS TOTAL/ha TOTAL TOTAL CUSTEIO FATURAMENTO BRUTO SOJA (ha) PRODUTIVIDADE (saco 60kg/ha) PREÇO (saco 60kg) TOTAL/ha TOTAL ARROZ (ha) PRODUTIVIDADE (saco 60kg/ha) PREÇO (saco 60kg) TOTAL/ha TOTAL TOTAL FATURAMENTO RESULTADO RECEITA OPERACIONAL DESPESA OPERACIONAL RESULTADO OPERACIONAL RETORNO OPERACIONAL SOBRE PATRIMÔNIO* RESULTADO OPER. SOBRE RECEITA OPER. 89,37 143,77 233,13 2.998,00 698.923,74 1.875,00 150,43 26,12 176,55 331.031,25 1.123,00 84,73 16,63 101,35 113.816,05 1.143.771,04 safra 94/95 1.875,00 36,00 10,67 384,12 720.225,00 1.123,00 29,17 11,70 341,29 383.268,67 1.103.493,67 safra 94/95 1.103.493,67 1.143.771,04 (40.277) -1,26% -3,65% 1.270.000,00 214.800,00 43.379,00 674.252,50 972.000,00 12.000,00 3.186.431,50 Safra 95/96 86,74 98,90 185,64 4.621,00 857.842,44 3.111,00 186,93 30,04 196,98 612.804,78 1.510,00 102,03 36,37 132,40 199.924,00 1.670.571,22 safra 95/96 3.111,00 34,83 13,54 471,64 1.467.272,04 1.510,00 35,33 11,81 417,21 629.987,10 2.097.259,14 safra 95/96 2.097.259,14 1.670.571,22 426.687,92 13,39% 20,35% Fonte : Fazenda Serra Vermelha * O valor total dos investimentos foi considerado como o patrimonio da fazenda para as duas safras. 40 ANEXO 14 : Núcleo Balsas/Maranhão - Evolução da Produção, Área e Produtividade Produto Soja Arroz Sorgo Milho Feijão Total Produção (ton) Área (ha) Produtividade (ton/ha) Produção (ton) Área (ha) Produtividade (ton/ha) Produção (ton) Área (ha) Produtividade (ton/ha) Produção (ton) Área (ha) Produtividade (ton/ha) Produção (ton) Área (ha) Produtividade (ton/ha) Produção (ton) Área (ha) 94/95 4.057,00 1.875,10 2,16 1963,00* 1.123,00 1,75 3,00 2,00 1,50 6.023,00 3.000,10 95/96 6.499,00 3.110,92 2,09 3.199,00 1.510,00 2,12 159,00** 106,00 1,50 9,00** 8,00 1,12 9.866,00 4.734,92 96/97*** 8.400,00 3.500,00 2,40 3.300,00 1.500,00 2,20 720,00 400,00 1,80 240,00 50,00 4,80 75,00 50,00 1,50 12.735,50 5.500,00 Fonte : Fazenda Serra Vermelha * Valor Bruto (sem descontos de impureza e unidades) ** Estimativa *** Projeção 41 ANEXO 15 A : Arroz - Preços médios mensais recebidos pelos produtores no Estado de Goiás, 1985-95, em casca, US$/sc 60 kg ANO 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Média Jan 9,28 10,76 8,06 6,49 8,46 10,96 10,71 8,82 9,35 11,51 13,48 10,35 Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago 10,18 9,61 10,12 9,44 9,00 9,11 9,36 9,83 9,39 8,67 8,67 8,67 8,96 9,03 6,90 6,32 6,40 6,10 6,40 6,01 6,01 5,98 6,46 7,26 8,12 8,74 9,09 8,68 8,00 8,00 8,66 9,36 9,51 7,59 6,69 11,36 8,03 6,77 10,35 10,00 8,90 8,81 10,14 9,77 9,01 8,89 8,21 7,71 9,78 7,52 6,72 6,31 6,61 6,67 8,10 9,34 8,19 8,32 8,09 8,10 8,29 8,76 9,52 9,71 8,79 8,23 7,95 7,98 8,90 10,20 12,86 11,45 9,91 9,38 9,58 8,77 8,43 8,70 8,70 8,79 9,08 Set 8,56 9,03 6,31 8,74 7,11 10,73 10,82 9,93 8,89 11,02 Out 10,35 8,95 6,70 9,11 7,24 11,00 9,82 10,23 9,27 11,89 9,40 9,70 Nov 10,66 8,86 6,70 9,32 7,22 10,23 10,49 10,13 9,55 12,57 Dez Média Média* 10,22 9,66 13,44 8,59 9,12 12,45 6,53 6,54 8,61 9,04 8,09 10,23 9,09 8,08 9,75 9,05 9,68 11,09 8,38 9,48 10,37 9,68 8,34 8,92 10,86 8,93 9,28 12,40 10,10 10,20 11,42 11,26 9,80 9,71 9,25 11,36 GRÁFICO DE PREÇOS MÉDIOS ANUAIS DEFLACIONADOS 14,00 13,00 12,00 11,00 10,00 9,00 8,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte : Agrianual 96 (Conjuntura Agropecuária CONAB/ FGV). *Média anual em dólares deflacionados segundo Índice de Preços no Varejo (CPI-U) / The Economist 42 ANEXO 15 B : Arroz - Produção, Área Plantada e Produtividade 1986 Brasil 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 9.819.950 10.570.784 11.748.001 11.083.632 7.966.039 9.991.540 10.102.308 9.831.027 10.523.443 11.091.200 área plantada (ha) 5.547.005 6.037.370 5.973.611 5.349.785 4.179.003 4.213.071 4.613.350 4.363.800 4.391.225 4.214.400 produtividade (t/ha) Maranhão 1987 produção (t) produção (t) área plantada (ha) produtividade (t/ha) 1,77 1,75 1,97 2,07 1,91 2,37 2,19 2,25 2,40 2,63 1.040.400 685.600 1.229.300 1.007.600 414.200 985.600 416.100 534.000 837.900 992.300 867.000 919.000 932.900 933.000 690.400 770.000 730.000 600.000 630.000 661.500 1,20 0,75 1,32 1,08 0,60 1,28 0,57 0,89 1,33 1,50 Comparativo de Produtividade 3,00 Brasil Produtividade 2,50 2,00 Maranhão 1,50 1,00 0,50 0,00 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Anos Fonte: Agrianual 96 - dados de IBGE, CONAB, IEA e DERAL 43 ANEXO 16 : Potencial de redução de custos agrícolas - médio prazo Melhorias Manejo de variedades Utilização de mudas sadias Planejamento da lavoura Erradicação de ervas daninhas Calagem Aplicação de vinhaça Rastelo rotativo Outras técnicas Fonte: Copersucar. Potencial de redução de custos (%) 9,8 3,9 3,4 2,1 1,6 1,5 1,5 2,3 ANEXO 17 : Núcleo Jaboticabal Comparativo entre arrendamento e produção de cana Implantação Ano 1 a 5 Total Média Anual Custos* U$/ha/ano 1081 292 2541 424 Colheita** U$/ha/ano Receitas*** Resultado Operacional Média (U$/ha/ano) (U$/ha/ano) -1081 402 1396 702 2012 6980 2427 335 1163 405 * Considerando apenas os custos operacionais. ** O valor das despesas de colheita é o valor médio dos anos 1 a 5 (5 cortes). *** O valor das receitas é a média de 5 cortes, com base nos resultados dos últimos 5 anos das propriedades. Comentários: O resultados operacional médio (obtido com a produção de cana) é de US$405,00/ha, enquanto que o valor do arrendamento da região fornecido pela COPLANA é de US$327,00. Deve ser destacado, no entanto, que não estão sendo considerados custos administrativos e a remuneração dos fatores de produção. Os custos de produção estão representados apenas pelos custos operacionais. Assim, o resultado final das atividades de produção de cana é menor que o valor de US$405,00/ha, e eventuais comparações a partir dos dados obtidos terão uma série de ressalvas. 44 ANEXO 19A: Preços de lavouras no Brasil, 1985-95 US$/ha (dólares deflacionados por ha) 1985 2º sem Maranhão Goiás São Paulo 1986 1º sem 1987 1988 2º sem 1º sem 2º sem 1º sem 1989 2º sem 1º sem 1990 2º sem 1º sem 1991 2º sem 1º sem 1992 2º sem 1º sem 1993 2º sem 1º sem 1994 2º sem 1º sem 1995 2º sem 1º sem 88 150 202 134 143 101 50 112 80 170 142 131 80 63 60 71 62 69 156 100 691 1.399 2.399 986 639 403 418 1.447 560 1.562 1.006 1.235 529 671 652 1.120 1.088 1.311 2.532 1.300 1.743 3.118 5.735 2.255 2.153 1.648 1.217 3.917 1.462 3.007 2.118 2.458 1.373 1.620 1.445 1.996 1.735 2.597 5.176 3.500 Comparativo de preços de terras de lavouras no Brasil 7000 6000 US$/ha deflacionados 5000 4000 Maranhão São Paulo Goiás 3000 2000 1000 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 0 * Valorização Anual Média (% ao ano), apresentada pelos preços em US$ oficial/ha, deflacionados para dezembro de 1994 pelo CPI-U (Índice de Preços ao Varejo dos EUA), no período de 1985 a 1995. Fonte: Agrianual 96 - IBRE-FGV e FNP 45 ANEXO 19B: Hectares adquiridos no MA por hectare em SP, 1985-95 1985 2º sem Maranhão Goiás São Paulo 1986 1º sem 1987 1988 2º sem 1º sem 2º sem 1º sem 1989 2º sem 1º sem 1990 2º sem 1º sem 1991 2º sem 1º sem SP/ GO (em ha) 1º sem 1993 2º sem 1º sem 1994 2º sem 1º sem 1995 2º sem 1º sem 88 150 202 134 143 101 50 112 80 170 142 131 80 63 60 71 62 69 156 100 691 1.399 2.399 986 639 403 418 1.447 560 1.562 1.006 1.235 529 671 652 1.120 1.088 1.311 2.532 1.300 1.743 3.118 5.735 2.255 2.153 1.648 1.217 3.917 1.462 3.007 2.118 2.458 1.373 1.620 1.445 1.996 1.735 2.597 5.176 3.500 20 21 28 17 15 16 24 35 18 18 15 2,5 2,2 2,4 2,3 3,4 4,1 2,9 2,7 2,6 1,9 2,1 SP/ MA (em ha) 1992 2º sem 19 17 26 24 28 28 38 2 2,6 2,4 2,2 1,8 1,6 2 33 35 2 2,7 SP/MA e SP/GO (em ha) 40 35 SP/MA e SP/GO (ha) 30 25 SP/ MA (em ha) 20 SP/ GO (em ha) 15 10 5 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 0 * Valorização Anual Média (% ao ano), apresentada pelos preços em US$ oficial/ha, deflacionados para dezembro de 1994 pelo CPI-U (Índice de Preços ao Varejo dos EUA), no período de 1985 a 1995. Fonte: Agrianual 96 - IBRE-FGV e FNP 46