Perguntas mais frequentes de 2015 - Bloqueio de anúncios
Sumário
O que é bloqueio de anúncios?
3
Quem bloqueia anúncios?
4
Por que anúncios são bloqueados?
4
Como podemos aprimorar a experiência do consumidor?
5
Quais empresas de bloqueio de anúncios mais se destacam?
6
Que modelos de negócio as empresas de bloqueio de anúncios usam para ganhar
dinheiro?
7
Eles podem bloquear todos os tipos de anúncios?
7
Quais as opções para os editores?
8
E quanto à telefonia móvel?
9
Em longo prazo, qual o plano do setor para o bloqueio de anúncios?
10
Em suma, qual a posição da IAB do Reino Unido em relação ao bloqueio de anúncios?
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Onde posso obter mais informações?
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2 - Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
Perguntas
O que é bloqueio de anúncios?
Bloqueador de anúncios é um software que geralmente vem como uma extensão do
navegador ou um aplicativo que pode ser baixado pelos consumidores para remover
anúncios. Consumidores escolhem usá-los por diversos motivos, mas principalmente
porque sentem que a experiência online é interrompida por anúncios que piscam, brilham,
causam potencial lentidão no carregamento da página ou oneram um plano de dados
móveis.
Bloqueadores de anúncios usam o que está efetivamente pré-determinado nas listas
negras para identificar quais tipos de anúncios são bloqueados e que editores são
afetados. Em grande parte, o layout de uma página da internet parece inalterado quando a
publicidade é removida; são sobram espaços onde o anúncio deveria ter sido exibido.
A Internet Advertising Bureau (IAB) do Reino Unido acredita em uma internet financiada
por anúncios. Bloqueadores de anúncios são uma ameaça para isso. A pesquisa verificou
que mais da metade dos usuários da Internet no Reino Unido não entende que ser exposto
à publicidade online lhes permite desfrutar de conteúdos e serviços com pouco ou
nenhum custo. Sem publicidade, conteúdos e serviços digitais podem desaparecer; os
consumidores poderão ter de pagar por conteúdo – como notícias e entretenimento – que
atualmente recebem gratuitamente.
Portanto, à medida que o bloqueio de publicidade se torna dominante, trabalhamos para
garantir o apoio aos membros na identificação das atitudes dos consumidores em relação
à publicidade digital; usamos essas ideias para trabalhar junto ao setor, de modo a
responder ao desafio do bloqueio de anúncios.
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Quem bloqueia anúncios?
Em junho de 2015, a IAB realizou um estudo quantitativo de grande escala e descobriu que
15% da população adulta online do Reino Unido usa bloqueadores de anúncios. O número
é superior entre os homens e indivíduos entre 18 e 24 anos. Um quinto dos entrevistados
tinha baixado software de bloqueio de anúncios; a grande maioria alega ter procedido
dessa maneira porque acreditam que anúncios são muito intrusivos.
A tendência de grupos etários mais jovens bloquearem anúncios pode apontar para um
provável aumento no comportamento de bloqueio de anúncios futuramente, na medida
em que essa população envelhece. Por isso a IAB planeja realizar mais pesquisas para
controlar a extensão e a motivação por trás do bloqueio de anúncios.
Por que anúncios são bloqueados?
Em termos simples, as pessoas bloqueiam anúncios porque acreditam serem invasivos. A
IAB acredita que o setor de publicidade digital deve levar a sério esse feedback; é
necessário encontrar formas mais sustentáveis de simplificar o valor de troca de conteúdos
e serviços gratuitos/de baixo como retorno à exposição à publicidade.
Mais da metade (56%) dos entrevistados não estava ciente de que bloquear anúncios
significa que os sites podem perder rendimentos. Há uma expectativa em relação a
conteúdo gratuito e ausência de anúncios; nossa pesquisa também revelou que, mesmo
sabendo que anúncios financiam conteúdo, os consumidores ainda não mudariam o
comportamento.
O mesmo estudo da IAB mostrou que a principal motivação para bloquear anúncios foi o
fato de interromperem o que as pessoas estão fazendo. Essa pesquisa mostrou que outros
motivos para bloquear anúncios seriam o fato das pessoas pensarem que anúncios causam
lentidão na experiência na internet e que os anúncios digitais não são percebidos como
relevantes para o indivíduo. Outras fontes também informaram que os consumidores
estão preocupados com o custo dos planos de dados móveis, bem como com a velocidade
de carregamento da página e a necessidade de preservar a vida útil da bateria dos
dispositivos. Muitas vezes – especificamente em um ambiente móvel –, a velocidade é
ditada pela quantidade de conteúdo de uma página. Anúncios envolvendo imagens ou
vídeo em movimento podem aumentar significativamente o tempo de download.
4 - Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
Como podemos aprimorar a experiência do consumidor?
Em última análise, a IAB acredita que, ao oferecer anúncios "mais enxutos" e de melhor
qualidade, todos ficarão satisfeitos. O setor de publicidade digital deve aprimorar a
experiência do usuário para alinhar mais estreitamente as expectativas dos consumidores
aos formatos de publicidade digital que alimentam conteúdos e serviços.
Evidentemente, o número de anúncios em uma página tem um impacto direto sobre a
velocidade de carregamento. Empresários de mídia devem levar em consideração exibir
nas páginas um menor número de anúncios, porém de melhor qualidade. Anúncios que
piscam, tomam posse da tela, reproduzem vídeos automaticamente (especificamente
aqueles com o som ligado) ou causam impacto mais de uma vez no consumidor, de forma
desproporcional, na medida que eles fazem pesquisas na internet, correm o risco de ter
um efeito negativo sobre a experiência de navegação.
Anunciantes, editores e terceiros também podem aumentar a chance de ter uma
experiência de qualidade, evitando o uso excessivo de cookies e o monitoramento de
terceiros, proporcionando aos consumidores maior escolha quando se trata de experiência
online. A corrida por dados ou percepções pode impedir a divulgação de conteúdos.
Anunciantes e parceiros de publicidade precisam usar dados de forma eficaz – senão
correm o risco de priorizar a publicidade em vez da velocidade com que o conteúdo é
divulgado.
Além do mais, é possível carregar o anúncio somente quando a unidade de anúncio é
visualizada. Essa, por sua vez, ajuda o percentual de visibilidade.
Em última análise, os editores devem assumir o controle e a responsabilidade das
experiências do site. Ao acompanhar a experiência de pesquisa e consulta trans-setorial do
usuário, a IAB trabalhará em direção a uma meta de longo prazo de padrões de melhores
práticas.
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Quais empresas de bloqueio de anúncios mais se destacam?
Operando a partir da Alemanha, o Eyeo´s Adblock Plus é atualmente o software de
bloqueio de anúncios mais conhecido. Criado em 2006, o software teve início como uma
extensão gratuita do navegador; baseia-se em uma iniciativa de código aberto que usa um
filtro padrão conhecido como lista de "anúncios aceitável" – um conjunto de critérios
desenvolvidos pelo AdBlock Plus para identificar anúncios não intrusivos. Os consumidores
podem criar seus próprios filtros e adicioná-los ao software.
O Adblock Plus não deve ser confundida com o AdBlock, que foi a primeira extensão de
bloqueio de anúncios amplamente utilizada, criada em 2002 por Henrik Aasted Sørensen,
estudante de tecnologia de internet e ciências da computação de Copenhague.
O mais novo em cena é o Shine, um bloqueador de anúncios para celular e inicializador
israelense, cujos acionistas incluem a Horizon Ventures, fundo de investimento de Li KaShine, a pessoa mais rica da Ásia. Roi Carthy, diretor de marketing, disse que dezenas de
milhões de assinantes de telefonia móvel em todo o mundo optarão pelo bloqueio de
anúncios até o final do ano – ao descrever o processo de eliminação de anúncios intrusivos
como um "direito do consumidor".
6 - Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
Que modelos de negócio as empresas de bloqueio de anúncios usam para ganhar
dinheiro?
Existem vários tipos de software de bloqueio de anúncios no mercado; eles ganham
dinheiro de diferentes maneiras. Alguns, como o AdBlock, oferecem o produto de graça e
pedem doações a quem quiser baixá-lo e usá-lo. Outro método que vêm crescendo em
popularidade são os aplicativos pagos disponíveis em lojas de aplicativos Apple e Android,
especialmente a primeira, o lançamento do iOS 9. Incluem: AD Shield, Crystal e Purify; para
baixar o software todas cobram valores diferentes, que variam de 79p a £2.29
Particularmente o Adblock Plus, maior bloqueador de anúncios no mundo, obtém
rendimentos como organização com fins lucrativos ao cobrar grandes editores para que
seus anúncios figurem em listas brancas. Todos os empresários de mídia que pretendem
ter anúncios na lista branca de usuários do Adblock Plus devem atender aos critérios sob a
iniciativa "anúncios aceitáveis".
O Adblock Plus indica que cerca de 10% dos 700 empresários de mídia com os quais
trabalha se classificam como "grandes editores" e, portanto, pagam por anúncios
aceitáveis. Os 90% restantes de "pequenos" e "médios" empresários de mídia não são
cobrados, embora no momento não esteja claro que critérios são usados para definir
pequeno, médio e grande porte. Cabe ressaltar que os usuários do Adblock Plus ainda
preservam a capacidade de bloquear os anúncios da lista branca, se desejado. O Adblock
Plus indica que, atualmente, cerca de 5 a 10% dos usuários selecionam essa opção.
Para obter mais informações sobre o Adblock Plus, visite o site:
https:IIadblockplus.orgIenIabout
Eles podem bloquear todos os tipos de anúncios?
Não no momento, no Reino Unido. Propagandas exibidas como banners, unidades de
processamento móveis e banners verticais nos navegadores de desktop e móveis são os
formatos mais comuns de propaganda digital. A maior parte da publicidade em aplicativos
e nas páginas da internet não tende a ser captada por bloqueadores de anúncios, visto que
a maioria dos softwares de bloqueio de anúncios intercepta chamadas de servidores de
anúncios de terceiros. No entanto, com o advento de empresas de bloqueio de anúncios
em celulares como a Shine, que opera em nível de rede móvel, a publicidade em
aplicativos também poderia ser afetada.
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Quais as opções para os editores?
A regra número um – também fator de higiene para todos os editores – é respeitar o
usuário e oferecer uma experiência organizada e de qualidade. Além disso, alguns editores
optam por usar software que detecta bloqueadores de anúncios como uma forma de
comunicar aos consumidores os efeitos do uso de software de bloqueio de anúncios, o que
leva os consumidores a desbloqueá-los para acessar o conteúdo. Outra opção que alguns
editores estão experimentando é redirecionar os usuários para uma página de assinatura
ou doação.
Empresas que oferecem esses serviços aos editores incluem: SourcePoint, PageFair,
Yavli e Secret Media. Elas permitem que um editor decida como apresentar a mensagem a
um visitante da internet que tenha um bloqueador de anúncios instalado. Por exemplo, o
editor poderia dizer ao visitante: "Nossos anúncios pagam o seu conteúdo; favor
desabilitar o bloqueador de anúncios", poderia permitir que o usuário selecionasse
uma experiência de publicidade (diga-se três anúncios para três histórias) ou sugerir que o
usuário pague a assinatura. O The Guardian, por exemplo, optou por uma mensagem
educada, que informa ao usuário ter detectado a presença de software de bloqueio de
anúncios; ele lembra que a publicidade financia seu conteúdo. Ele sugere que o software
de bloqueio de anúncios não está ativado no site; o usuário deve pensar em assinar a
publicação.
Software antibloqueio de anúncios também existem, sob a forma de empresas como a
AdDefend. Isso inverte a escolha do usuário de internet em desativar os anúncios de forma
eficaz, contornando o bloqueador de anúncios e substituindo o mesmo – contudo,
acreditamos que essa abordagem prejudica a relação entre o editor e o leitor; poderá a
resultar em uma corrida às armas tecnológicas sem fim entre empresas de bloqueio de
anúncios e editores. A pergunta que também deve ser feita é se um anúncio exibido por
essa empresa tem qualquer valor.
Editores e empresários de mídia precisam considerar as opções com cuidado, pois a
resposta não é "um tamanho único". Escolher a melhor resposta ao bloqueio de anúncios
também apresenta um desafio técnico e de comunicação.
8 - Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
E quanto à telefonia móvel?
O mercado de bloqueio de anúncios ainda é muito novo, mas progressos recentes
demonstram que não ele se restringe ao ambiente de trabalho.
A decisão da Apple de permitir o bloqueio de anúncios no navegador móvel Safari para
usuários que atualizaram para o iOS 9, sistema operacional mais recente, fez com que uma
infinidade de desenvolvedores trouxesse software de bloqueio de anúncios para a App
Store da empresa. A rápida popularidade de aplicativos como o Purify, o Crystal e o Peace,
todos aplicativos pagos, mostra que a demanda do consumidor por software de bloqueio
de anúncios agora também se estende à publicidade móvel.
Marco Arment, co-fundador do Tumblr, estava por trás da Peace. Ao preço de $2,99, o
aplicativo subiu para o topo da tabela de aplicativos pagos quase imediatamente após o
lançamento. A popularidade levou a Arment a retirar o aplicativo depois de apenas dois
dias, ressaltando que, ao passo que bloqueadores de anúncios beneficiam algumas
pessoas, eles prejudicam outras, sendo que o sistema, no geral, precisa ser repensado.
Há também rumores de um plano de carreira da operadora de telefonia móvel para
permitir o bloqueio de anúncios em redes inteiras com a colaboração da Shine. Isso
impediria que anúncios fossem carregados em páginas da internet em dispositivos móveis,
bem como em aplicativos, embora não fosse interferir na publicidade nas páginas, como
aquela usada pelo Facebook e pelo Twitter. O argumento de usuários de telefonia móvel
para bloquear anúncios pode ser atraente, dado que o bloqueio de anúncios em celulares
permite que as páginas da internet carreguem muito mais rápido nesses dispositivos,
potencialmente economiza o dinheiro dos usuários nos planos de dados e preserva a vida
útil da bateria.
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Em longo prazo, qual o plano do setor para o bloqueio de anúncios?
De acordo com um relatório da Adobe e PageFair, 198 milhões de pessoas no mundo usam
bloqueadores de anúncios. Bloqueio de anúncios é um assunto internacional e requer uma
abordagem global trans-setorial. Felizmente, a IAB está representada em 43 países e
possui 73 escritórios em todo o mundo. Isso proporciona uma plataforma global.
Junto aos nossos parceiros em todo o mundo, estabeleceremos os parâmetros de boas
práticas para a experiência do usuário. Para isso, continuaremos a ter um diálogo
construtivo com as empresas de bloqueio de anúncios e obteremos a contribuição delas à
medida que desenvolvemos novos padrões no setor.
Forneceremos recursos didáticos voltados ao consumidor e entraremos em acordo quanto
à recomendação de uma linguagem acessível ao consumidor para anúncios do editor;
faremos o possível para elevar o perfil do (muitas vezes não reconhecido) valor de troca
entre publicidade e conteúdo financiado por anúncios. É importante selar esse
compromisso de forma transparente.
Além disso, continuaremos a monitorar o mercado de bloqueadores de anúncios, o público
bloqueado e as estatísticas de experiência do consumidor ao trabalhar com a YouGov, a
comScore e outras empresas de pesquisa para fornecer dados quantitativos em grande
escala.
Trabalhamos em direção a um ecossistema online de maior escolha – que delega poderes
aos consumidores e revitaliza e fortalece o setor de publicidade digital. Felizmente, os
principais anunciantes possuem boas maneiras de encontrar novas formas criativas e de
engajar clientes online.
10 - Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
Em suma, qual a posição da IAB do Reino Unido em relação ao bloqueio de anúncios?
A IAB acredita em uma internet financiada por anúncios. Nosso objetivo é ajudar a tornar
mais eficientes todas as formas de publicidade digital, de grande valor para os interesses
das pessoas. Queremos ajudar as marcas a atingir o público e proporcionar rendimentos
aos editores para que possam continuar a desenvolver conteúdos, serviços e aplicativos
amplamente disponíveis, a um custo adequado. Acreditamos que o bloqueio de anúncios
prejudica essa abordagem.
Onde posso obter mais informações?
Visite o site da IAB do Reino Unido para obter mais informações: www.iabuk.netIadblocking
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Siga-nos: @iabbrasil
Email: [email protected]
Visite nossa página: www.iabbrasil.net
Publicado em outubro de 2015
Este material é uma tradução do documento “Adblocking FAQ”, realizado pelo IAB UK.
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