Santiago Caminhos do Alto Minho
Santiago Routes of the Alto Minho
Introdução
Introduction
Vou falar-vos dos Caminhos de Santiago
no Alto Minho, da homogeneidade da
cultura minhota nos usos,nos costumes,
nas tradições, nos valores sociais e morais,
no turismo.
Vou falar-vos do Minho esta província onde
há riso e cor, alegria no ar, sons de bronze
que espalham, entre a natureza telúrica e
esfusiante do verde, uma religiosidade e
um não sei quê de místico e sagrado que
nos faz esquecer uma vida de taleigas e
sonhar com graças e deleites com que a
terra mãe maravilhosa, caprichosamente
a quis dotar. È a rapariga fresca de carnes
que cultiva a terra, segura a rabiça do
arado, trata do governo da casa e já mãe,
com filhos agarrados à saia, educa-os, levaos ao serviço militar, faz deles homens de
antes quebrar que torcer.
É o «homem da terra» e «o homem do
mar» que em Âncora, em frágeis masseiras
arrisca a vida lavrando os campos do mar;
ou os homens do Soajo que nas verandas
e nas inverneiras, com velhos hábitos de
pastorícia, sonha sempre com as distâncias,
o salto na fronteira, o caminho dos Brasis,
ou mais perto, a travessia dos Pirineus até
essa velha Europa que o entusiasma, o
fascina e o perde.
Mas é esse essencialmente o homem
religioso que através de séculos, nas velhas
rotas do Caminho de Santiago, costrói
pequenas ermidas românicas, lindas
catedrais, ou a capelinha minúscula do
seu patrono a quem confia os gados e as
gentes, as sementeiras e a felicidade do lar.
Falar de Turismo Religioso, sem englobar
o Minho, é não entender a alma do nosso
Povo.
I am going to tell you about the Routes of
Santiago in the Alto Minho, of the uniformity
of the Minhoto culture in its uses, its customs,
its traditions, and its social and moral values
within the tourism industry.
I am going to speak to you about Minho,
a province where there exists laughter
and color, joy in the air, sounds of bronze
that extend themselves in between the
fascinating nature beaming among the
greens, a religiousness, and a certain
something mystical and sacred that makes
us forget a lifetime of babble and makes us
dream of the graces and pleasures bestowed
generously upon us by mother earth. It is
the young girl who harvests the land, who
holds the end of the plough, who takes care
of the home for she is a mother, with children
grabbing her skirt. She educates them, takes
them to military service, and makes them
into honest men.
He is the “man of the land” and “the man of
the sea” that in Âncora, while sailing the sea
risks his life in the kneading troughs working
the fields of the sea; or the men of Soajo who,
enduring the harshness of the seasons dream
of distances, the faraway border, the routes
to Brazil, or even closer, the Pyrenees crossing
leading to that old Europe that enthuses
them, fascinates them, and transport them to
a land of fantasy.
It was mainly this religious man that over
the centuries, on the old paths of the
Routes of Santiago, constructs Romanesque
hermitages, beautiful cathedrals, small
chapels dedicated to the patron in whom he
trusts his cattle and loved ones, his sowed
fields and the happiness of his home.
To speak of religious tourism,
without including Minho, would be a
misunderstanding of our people´s soul.
Alto Minho :: Alto Minho
Viana e o seu Distrito (realidade física, demográfica,
sócio-económica e cultural), que Alexandre
Herculano apelidou de Alto Minho em 1846 no
seu I Tomo da História de Portugal e, quinze anos
depois Camilo Castelo Branco retomava em Doze
Casamentos Felizes, este Alto Minho Turístico que
engloba os dez Concelhos do (Distrito) – Viana do
Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença,
Paredes de Coura, Monção, Melgaço, Ponte da Barca,
Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e também, três
Concelhos do Distrito de Braga, respectivamente,
Esposende, Terras de Bouro e Barcelos, com os seus
3 000 Kms2 e cerca de 500 000 habitantes, ocupa
um lugar de destaque na procura turística nacional
e internacional não só pelas suas extraordinárias
belezas, como pelas potencialidades turísticas
oriundas de uma riqueza etnográfica, gastronómica,
artesanal e cultural que lhe permite, desde já,
oferecer um produto turístico compósito que
implicando uma estreita articulação entre todos os
Concelhos, determina a necessidade de uma filosofia
de venda subordinada ao princípio das “multidestination holidays”.
Situado entre dois grandes centros urbanos, as Áreas
Metropolitanas do Porto e de Vigo (Galiza), o Alto
Minho é, de facto, uma zona de eleição neste recanto
do Noroeste Peninsular.
Viana and its district (physical,
demographic, socio-economic,
and cultural), that Alexandre
Herculano called Alto Minho in
1846 during his I Tomo da História
de Portugal and 15 years after
Camilo Castelo Branco resumed
in Doze Casamentos Felizes, this
touristic Alto Minho included the
10 municipalities of the (District)
– Viana do Castelo, Caminha, Vila
Nova de Cerveira, Valença, Paredes
de Coura, Monção, Melgaço,
Ponte da Barca, Arcos de Valdevez,
Ponte de Lima, along with three
municipalities of the district of
Braga, respectively Esposende,
Terras de Bouro and Barcelos. Its
3 000 km2 and approximately
500 000 inhabitants, occupy
a prominent space in terms
of the search for national and
international tourism not only for
their extraordinary landscapes, but
also for their touristic potentials
coming from a rich ethnography,
gastronomy, artistic background,
and culture that permits the offer
of a touristic product that implies
a narrow articulation between
all populations. It determines
the necessity for a philosophy of
sale subordinated to the multidestination holiday principle.
Situated between two grand urban
centers, the Metropolitan areas of
Porto and Vigo (Galiza) Alto Minho
is, indeed, a favorable place among
this Northwestern Peninsular
retreat.
Santiago
Santiago
Santiago foi durante a
Idade Média, a zona mais
antiga, mais concorrida e
mais celebrada de todo o
noroeste peninsular.
Santiago was during the
Middle Ages, the most
ancient, most popular, and
most renowned city on
the North Western peninsula.
Perhaps only Jerusalem and
Rome held a higher importance in
terms of grand centers for Christianity
and places of pilgrimage.
Jerusalém, Roma, quíça,
mais importantes como
grandes centros de
cristandade e locais de
peregrinações.
Santiago, porém,
assemelhando-se a essa
grandeza, ultrapassou-a
e foi até superior porque
teve o condão de erguer
nestas paragens ignotas
a que os romanos
apelidavam de «finisterra»,
um só caminho, uma só
estrada, um só roteiro.
A Galiza alumiou então
ao mundo uma nova
estrutura espiritual, que
em breve se transformou
numa aculturação de
ideias, de costumes e
técnicas, de civilizações.
Foi pelo Caminho de
Santiago que circularam
rainhas e príncipes,
pintores e artistas,
trovadores e jograis, as
cantigas milagreiras, os
romances heróicos, as
narrativas e as lendas que
encheram a geografia
literária medieval.
Toda a paisagem física,
monumental e humana
rimou pelo eco dos
peregrinos, pela andadura
dos viajantes, pelos
bordões dos romeiros.
However, Santiago
resembling this
magnificence,
surpassed it and
became even more
superior because it
was able to inspire
in these remote areas
(which the Romans
called Finisterre) a single
path, a single road, a single
route.
The Galicia showed the world a new
structural spirit that would soon
transform itself into a collection
of ideas, customs, and civilization
techniques. The Santiago Route was
followed by queens and princes,
painters and artists, troubadours and
jesters, the miraculous songs, the heroic
romances, the narratives and legends
that filled the geographic medieval
literature.
The monumental physical landscape
reverberated to the eco of the pilgrims,
the steps of the travelers, and the
tapping of their staffs. Through desolate
hills, bridges and valleys, along the
French Route, the Portuguese Route
or the Route extending from Puente
La Reina to Santiago, a new Europe
and a new society was built. Moreover,
a new ecumenical spirit was given to
people whose only source of support
was a scallop shell, a pouch, a staff, and
Por montes inóspitos, pontes e vales,
pelo «caminho francês», pelo «caminho
português» ou pela «via de prata»
construiu-se uma nova Europa, uma nova
sociedade. Mais ainda, deu-se um espírito
ecuménico a uma humanidade que só
tinha como ponto de apoio uma vieira,
uma sacola e um cajado e, quíça, uma fé
imensa nesses caminhares inseguros até à
morada eterna.
E porque Santiago neste aspecto foi
universal, numa Idade Média recém-saída
dos fantasmas do Séc. X, por isso mesmo,
e porque nos julgamos participantes deste
fenómeno criativo e comunitário, aqui
trazemos uma pequena síntese do que
foi e do que é este movimento cultural
agora, também, europeu, da revitalização e
consagração dos Caminhos de Santiago.
«O Caminho de Santiago significou
na história do Ocidente uma das mais
importantes vias de peregrinações
e intercâmbios da cultura. Todos os
países da Europa medieval contribuíram
activamente para a sua criação e
na realidade nenhuma nação lhe é
históricamente estranha. O Caminho de
Santiago foi um crisol em que se fundiram
o sentir e o pensamento de muitos
homens e de onde nasceu constituído o
espírito ocidental» (Fraga Iribarne).
a strong faith in the journey ahead through
dangerous routes in order to reach the
Eternal Destination.
Due to the fact that Santiago was universal
in this aspect, that the Middle Ages and
the 10th Century had recently escaped the
mentality of ghosts and spirits, and because
we consider ourselves active participants
in this phenomenon, we bring a small
summary of what was and what is this
cultural movement today, also European,
and of the revitalization and consecration of
the Santiago Routes.
In Occidental History, the Route of Santiago
was one of the most important paths for
pilgrims and cultural exchanges. All of the
countries in Medieval Europe contributed
actively towards its creation and in reality;
there is a small piece of each nation within
it. The Route of Santiago was a melting pot
where men´s emotions and thoughts came
together and gave birth to the Western
Spirit.
The Medieval
Tradition
A Tradição Medieval
Segundo a tradição, Tiago, irmão de João, morreu à espada
em Jerusalém, na perseguição desencadeada contra os
chefes da Igreja por Herodes Agripa. De acordo a mais
apurada cronologia, o seu martírio ocorreu no ano de
42. No séc. IX (814), o bispo Téodomiro de Iria, descobriu
milagrosamente o corpo do Apóstolo e o rei Afonso III, o
Casto, edificou uma Igreja e um mosteiro sobre o sepulcro
do Santo.
Segundo outra tradição, Santiago, o Maior, pregou o
Evangelho na Hispânia e tendo regressado a Jerusalém, aí
sofreu o martírio. Depois, teria sido trasladado para Jope e
dali por mar, para Iria (actualmente Padron, na Galiza).
Outro testemunho, diz-nos que após a sua morte, o seu
corpo foi recolhido por Atanásio e Teodósio e levado no
“barco da pedra”que navegaria para a Lusitânia. Chegados
a Iria Flávia (Ria de Arosa), uma “villae” onde vivia a Rainha
Lupa, os discípulos suplicaram-lhe, para deixar sepultar o
seu Mestre.
A Rainha fingiu ceder ao seu pedido e disse-lhes: - Ide
àquele monte e buscai dois bois que atrelarais a este
meu carro e levai vosso Amigo e vosso Mestre para o
sepultardes onde queirais! Sabia Lupa que não havia bois
mas sim touros bravos naquele pousio. Primeiro, apareceulhes um dragão que os atacou. Mas ao fazerem o sinal
da cruz, o dragão desfez-se. E, milagre, os touros bravos
quedaram em bois mansos.
According to the tradition,
James, brother of John,
was killed by sword during
the chase for the Church
Leaders by Herod Agrippa.
Based on the most exact
chronology, his martyrdom
took place in the year 42.
In the 9th century (814),
Bishop Teodomiro of Iria,
discovered the corpses
of the apostle and of
King Alphonse II, the Pure
and later constructed a
monastery upon the saint´s
grave.
According to another
tradition, St. James the
Great preached the
Gospel in Spain and was
martyred upon his arrival in
Jerusalem. After this, he was
transferred to Jope and then
by sea to Iria (current patron
of the Galicia).
Another version tells us that
after His death, His body
was taken by Atanásio and
Teodósio and taken by boat
“barco da pedra” heading
towards Lusitania. Upon
their arrival in Iria Flávia (Ria
de Arosa), a village where
there lived Queen Lupa, the
disciples begged for her to
allow them to bury their
Master.
The Queen pretended to
attend to their plea and said
to them: - “Go to that hill,
bring two oxen and harness
them to my cart and take
Ficou a Rainha convencida
da missão religiosa que
traziam os discípulos e
depois de colocarem o
corpo no carro deixaram
que os bois seguissem
o seu caminho. Onde
eles parassem, aí seria
sepultado.
Ao lugar chamaramlhe, então, de «Liberum
Donum» ou «Libre-Don»
em recordação desta
oferta. Aqui construiram
os discípulos uma capela e
aqui viveram e morreram
junto ao túmulo do
Apóstolo.
Posteriormente, segundo
refere a tradição, um
eremita de San Fliz
(Plágio) explicou ao Bispo
Teodomiro de Iria que
durante a noite tinha
observado uma chuva de
estrelas com resplendores
que partiriam da pequena
capela. O Bispo foi, então,
com uma numerosa
comitiva e encontrou num
sepulcro de mármore as
relíquias do Apóstolo. E
nessa mesma hora, se
iniciou a construção da
futura igreja e catedral.
Também, nos elementos
que compõem o relato
de Pseudo Turpin - Liber
Sancti Iacobi - se conta o
seguinte: (...) «e olhando
Carlos Magno para o
céu viu um caminho de
estrelas que começava
no mar da Frisía e ia pela
Alemanha e pela França e
pelo meio de Gasconha e
de Navarra e pela Espanha
your Friend, your
Master and bury him
wherever you please!”
Lupa was well
aware that there were
no oxen but instead wild
bulls on that hill. First they
were attacked by a dragon
but as they made the
sign of the cross and the
dragon disappeared and
miraculously, the wild
bulls became tame.
The queen was
convinced of the
religious mission the
disciples had at
hand and with this they
placed the body on the
cart and let the oxen take
their course. The body
would be buried wherever
the oxen stopped. This
place was later designated
as “Liverum Donum” in
memory of this gift. Here
the disciples built a chapel
where they lived and died
next to the tomb of the
Apostle.
According to the legend,
a hermit from San Fliz
explained to Bishop
Teodomiro of Iria that
during the night he had
observed rays of light
beaming in the sky that
were coming from the
chapel. The Bishop then
went to that very spot,
accompanied by many and
found in a marble tomb the
relics of the Apostle.
Among the elements that
compose the writing of
Pseudo Turpin – Liber Sancti
Iacobi – the following is
adiante e terminava na Galiza
onde estava sepultado o corpo
de Tiago».
Então, Tiago apareceu em
sonhos a Carlos Magno para lhe
explicar o simbolismo da Via
Láctea e recomendar-lhe que
deveria seguir aquele caminho
para que pudesse venerar as
suas relíquias e libertar os seus
caminhos dos muçulmanos.
Adrede fez Carlos Magno.
Tomou Pamplona, venerou
Santiago na sua Catedral e
deitou ao mar, em terras da
Galiza, as suas lanchas!
E assim, diz a lenda, se chamou
Compostela - campo (campus)
+ estrelas (stella) - a este local.
A estrela teria aqui a mesma
função mitológica quando
o nascimento do Menino
em Belém, chamando à
atenção «urbi et orbi» deste
acontecimento e trazendo até
ao estábulo onde a criança
(Deus) nasceu, em prestação de
cultos, as mais variadas gentes.
said: (…) “And as Charles the Great was looking at the
sky he saw a path of stars that originated from the Frisía
Ocean and travelled through Germany and France and
through the middle of Gascony and of Navarre, and
into Spain and ended in Galicia where the body of Saint
James was buried”.
Saint James appeared in dreams to Charles the Great
and explained to him the symbolism of the Milky Way
and recommended that he follow the path so that
he could see the relics, worship them, and free His
path of the Muslims. Charles the Great did just this. He
conquered Pamplona, worshipped Saint James in his
cathedral and launched his boats at sea into the Galician
lands.
According to the legend this place was called
Compostela (campus) (place) + (stella) (star). The star
would hold the same mythological function as it did in
the birth of Jesus in Bethlehem, drawing attention to
this event and bringing to the stable where Christ was
born, in worship, many different people.
Os Caminhos
Portugueses
THE PORTUGUESE
ROUTES
Muito se tem falado ultimamente (1º
Congresso Internacional dos Caminhos
Portuguêses de Santiago de Compostela),
sobre o “Caminho Português” das
peregrinações a Santiago, a exemplo do
que já se fez com o “Caminho Francês”,
aliás, considerado o Primeiro Itinerário
Cultural Europeu pelo Conselho da Europa;
a “Rota Jacobeia do Mar de Arousa”; o
“Caminho do Norte”; a “Via de Plata”; o
“Caminho Inglês”; o “Caminho a Finisterra”;
o “Caminho Astur-Galaico do Interior”.
Much has been said recently (1st
International Congress of the Portuguese
Routes of Santiago de Compostela), about
the Portuguese Path of pilgrimage to
Santiago, mirroring what has been done
with the Caminho Francês otherwise
considered as the First Cultural European
Itinerary of Europe, the “Rota Jacopbeia do
Mar de Arousa”, the “Caminho do Norte”,
the “Via de Plata”, the “Caminho Inglês”, the
“Caminho a Finisterra”, and the “Caminho
Atur- Galaico do Interior”.
E em boa hora, pois, despertou corpos
e espíritos adormecidos, congregou
um amplo espaço de religiosidade
e de saberes que se multiplicam em
descobertas de antigos itinerários e
caminhos, de igrejas e albergarias, de
cultos e peregrinações, de motivos
turísticos que não só o religioso, como a
eles se refere o Livro V do LIBER SANCTI
IACOBI, um autêntico Guia do Peregrino,
e obra que já no séc.XII tratava do
“Marketing” do Santuário.
This has all come in good time because it
arose dormant bodies and spirits, assembled
a space of religiousness and of knowledge
that multiplies itself with the discovery of
ancient itineraries and paths, of churches
and inns, of cultures and pilgrimages, of
touristic stimulants other than religion, as
referred to in the 5th book of LIBER SANCTI
IACOBI, a true guide of the pilgrim and work
that spoke of the marketing of the sanctuary
as early as the 12th century.
A compilação que fizemos de “Caminhos
de Santiago Portuguêses” e que saiu
apoiada pelo ICEP - Secretaria de Estado
do Turismo e ainda, pelo FEOGA (100.000
brochuras e 20.000 cartazes) traduzido
para espanhol, inglês, francês e alemão
The compilation we made of “Caminhos de
Santiago Portugueses” which was supported
by ICEP (Portuguese Investment Trade and
Tourism Board) and by FEOGA (100 000
brochures and 20 000 posters translated into
Spanish, English, French, and German based
itself upon itineraries of famous pilgrims:
baseou-se nos itinerários de “peregrinos”
ilustres: o geógrafo árabe El Idrisi (séc. XII);
do clérigo italiano Confalonieri (1594); do
nobre polaco Sobieski (1611); do italiano
Lafi, três vezes peregrino a Santiago - 1666
/ 1670 e 1673; do italiano Albani (1745),
sem faltar a nossa Rainha Santa Isabel
(1325); D. Manuel I (1502) e todos os outros
motivos que nos falam de Santiago: igrejas
e capelas românicas do Minho, igrejas
e paróquias cujo patrono é Santiago
(25 de Julho); albergarias e hospitais
que acolhiam peregrinos; os “votos” de
Santiago instituidos por Ramiro I; criação
de ordens militares (Santiago de Espada);
as tradições populares, os símbolos
jacobeus, a heráldica.
Como mapa, seguimos a distribuição
feita por Baquero Moreno, dos caminhos
portuguêses a Santiago, utilizados na Baixa
Idade Média, com as alterações julgadas
importantes adaptando onde foi preciso
as redes medievais com as estradas reais
e, agora, os novos acessos a Santiago de
Compostela, e ainda com as achegas que,
com certeza advirão das “conclusões”
deste III Encontro sobre os “Caminhos
Portuguêses a Santiago”, em boa hora
levados a efeito pela Câmara Municipal de
Valença.
the geographer EL Idrisi (12th century);
the Italian clergyman Confalonieri (1594);
the noble polish man Sobieski (1611); the
Italian Lafi, three time pilgrim to Santiago
– 1666/1670 and 1673; the Italian Albani
(1745); without forgetting our Queen Saint
Isabel (1325); D. Manuel (1502) and all the
other motives which speak to us of Santiago:
Romanesque churches and chapels of
Minho, churches and parishes whose
patron saint is Santiago (25 of July); inns and
hospitals that took in pilgrims; the wishes
of Santiago instituted by Ramiro I, creation
of military orders (Sword of Santiago); the
popular traditions; the Jacobean symbols,
the heraldry.
Just as done with a map, we follow the
distribution designed by Baquero Moreno
of the Portuguese paths to Santiago, used
in the late Middle Ages with the important
alterations adapting military networks with
royal streets where necessary. Now the new
access routes to Santiago de Compostela
along with the additions will lead us to
the conclusions of this third meeting of
“Caminhos Portugueses a Santiago” and will
in turn be taken to the Town Hall of Valença.
Os circuitos
The organized tours
Podemos dizer que são itinerários que se,
por vezes, coincidem com os anteriores
“caminhos” tem a finalidade de “informar”
os peregrinos e turistas de que estão
num circuito dos “Caminhos de Santiago”,
sendo necessário,muitas vezes, saírem
da via rápida ou da estrada nacional para
poderem, caso o pretendam, percorrer o
“verdadeiro” Caminho Medieval ou visitar
a igreja românica ou a igreja cujo patrono
é Santiago.
It is possible for us to say that these are
itineraries that sometimes coincide with
other past “routes” that have the finality of
“informing” the pilgrims and tourists that
they are on one of the organized tours
pertaining to “Caminhos de Santiago”. It is
often necessary for people to exit highways
or main roads in order for them to able to
follow the “true” Medieval Path or visit the
Romanesque church or the church whose
patron saint is Santiago.
É o que aparece, por exemplo, nas
autopistas do circuito do “Caminho
Francês” com a sinalização “Caminho de
Santiago”; repusemos idêntica sinalização
que nos foi autorizada pela Xunta de Galiza
em 1992 (simbologia) e que também está a
ser utilizada nas nossas estradas nacionais,
por gentil deferência da Junta Autónoma
das Estradas (Direcções de Estradas
Distritais de Viana do Castelo, Braga, Porto,
Vila Real, Bragança).
It is what is seen in the organized tour of the
highways of “Caminho Francês” for example
along with the signalization “Caminho de
Santiago”, we duplicated that exact symbol
as authorized by the Town Hall of the Galicia
in 1992 (symbology) and that is also used on
our main roads with respect by the “Junta
Autónoma das Estradas.” Para esse efeito consideramos sete
“caminhos” envolvendo a área geográfica
do Minho.
For this reason we consider seven “routes”
components of the geographical area of the
Minho region.
Caminho do Noroeste - Esposende, Viana
do Castelo, Vila Praia de Âncora, Moledo,
Caminha, Seixas, V. N. Cerveira e Valença;
Northwestern Route - Esposende, Viana
do Castelo, Vila Praia de Âncora, Moledo,
Caminha, Seixas, V. N. Cerveira, and Valença;
Caminho do Lima - Pedra Furada,
Barcelinhos, Barcelos, Cossourado, Ponte de Lima, Romarigães, S. Bento da
Porta Aberta (Paredes de Coura) e Valença;
Lima Route - Pedra Furada, Barcelinhos,
Barcelos, Cossourado, Ponte de Lima,
Romarigães, S. Bento da Porta Aberta
(Paredes de Coura), and Valença;
Caminho do Norte - Barcelos, Fragoso,
Deocriste; Geraz do Lima, Passagem,
Orbacém, Vilar de Mouros, V. N. Cerveira e
Valença;
Northern Route - Barcelos, Fragoso,
Deocriste; Geraz do Lima, Passagem,
Orbacém, Vilar de Mouros, V. N. Cerveira and,
Valença;
Caminho de Celanova - Santo Tirso,
Guimarães, Briteiros, Braga, São Frutuoso
de Montélios, Prado, Ponte de Lima, Ponte
da Barca, Arcos de Valdevez, Lindoso e
Madalena;
Celanova Route- Santo Tirso, Guimarães,
Briteiros, Braga, São Frutuoso de Montélios,
Prado, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos
de Valdevez, Lindoso, and Madalena;
Caminho da Geira Romana - Braga, Prado,
Rendufe, Caldelas, Terras de Bouro, Gerês,
Albergaria e Portela do Homem;
Caminho de Lamego - Amarante,
Felgueiras, Guimarães e Braga.
Rota Marítima - Portos marítimos e
fluviais de Esposende, Viana do Castelo,
Caminha e Valença.
North-Eastern Route - Braga, Prado,
Rendufe, Caldelas, Terras de Bouro, Gerês,
Albergaria, and Portela do Homem;
Lamego Route - Amarante, Felgueiras,
Guimarães, and Braga.
Sea Route – with the harbors and sea and
river ports of Esposende, Viana do Castelo, Caminha, and Valença. (choose
three)
Edição e produção Publisher and production
Região de Turismo do Alto Minho 2007
Tradução Translation
Silvy Ferreira
10.000 exemplares samples
Coordenação Coordination
Leonel Franco, Nuno Ferreira, Paulo Carrança
Fotografias Photos
Região de Turismo do Alto Minho
Gualberto Boa-Morte
Miguel Antunes
Textos Texts
Francisco Sampaio
ARCOS DE VALDEVEZ Tel. 258 510 260 | Fax 258 510 269
BARCELOS Tel. 253 811 882 | Fax 253 822 188
CAMINHA Tel. 258 921 952 | Fax 258 921 932
ESPOSENDE Tel. 253 961 354 | Fax 253 961 354
MELGAÇO Tel. 251 402 440 | Fax 251 402 437
MONÇÃO Tel. 251 652 757 | Fax 251 652 751
PAREDES DE COURA Tel. 251 783 592 | Fax 251 783 592
PONTE DA BARCA Tel. 258 452 899 | Fax 258 452 899
PONTE DE LIMA Tel. 258 942 335 | Fax 258 942 308
TERRAS DE BOURO‑GERÊS Tel. 253 391 133 | Fax 253 391 282
VALENÇA Tel. 251 823 329 | Fax 251 823 374
VIANA DO CASTELO Tel. 258 822 620 | Fax 258 827 873
VILA NOVA DE CERVEIRA Tel. 251 708 023 | Fax 251 708 024
VILA PRAIA DE ÂNCORA Tel. 258 911 384 | Fax 258 911 338
Região de Turismo do Alto Minho - Portugal
Castelo de Santiago da Barra - 4900-360 Viana do Castelo
Tels. 258 820 270 /1 /2 /3 - Fax 258 829 798
Email: [email protected]
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Design, Graphic art and printing
Gráfica Casa dos Rapazes - Viana do Castelo
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Brochura dos Caminhos de Santiago