RESIDÊNCIA MÉDICA 2016
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01. Este caderno de provas contém 30 questões de múltipla escolha com 5 alternativas dispostas em ordem numérica, com apenas
uma alternativa correta.
02. Confira seu caderno quando o Fiscal de Sala autorizar, pois não lhe será entregue outro, exceto no caso do item 3.
03. Se houver falhas: folhas em branco, páginas trocadas, falta de questão, má impressão, levante o braço. O Fiscal de Sala trocará
seu caderno.
04. Confira se o caderno de questões corresponde ao PROGRAMA para o qual se inscreveu.
INSTRUÇÕES E CUIDADOS NO PREENCHIMENTO DA FOLHA DE RESPOSTAS
Como preencher:
01. Confira cuidadosamente seus dados na Folha de Respostas, assine-a, e
comunique ao Fiscal de Sala em caso de alguma divergência, não faça qualquer
alteração em sua folha.
02. Use caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
03. As Folhas de Respostas preenchidas a lápis, não serão aceitas.
04. Preencha todos os espaços corretamente, a Leitora Óptica é sensível a marcas
escuras.
05. Ao terminar, verifique se todas as respostas foram marcadas, mais de uma
resposta marcada ou rasurada, invalidará a questão.
06. Leia atentamente as instruções na Folha de Respostas.
07. Valem, exclusivamente, as respostas corretamente assinaladas na Folha de
Respostas.
08. Tempo para realização da prova: 2 horas
ATENÇÃO:
01. Use para rascunho as partes em branco do caderno.
02. Não será permitido qualquer outro material sobre a carteira, que não seja o da prova.
PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO
nº Insc. _____________
_______________________________________________________________________________________________
Nome por extenso
ÁREA DE ATUAÇÃO EM GASTROENTEROLOGIA CLÍNICA E
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO
PROGRAMA: ENDOSCOPIA DIGESTIVA
Este gabarito será destacado somente pelo Fiscal de Sala no momento da entrega da Prova
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Área de Atuação em Gastroenterologia Clínica e Cirurgia do Aparelho Digestivo – Endoscopia Digestiva (Cód. 975)
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01. Uma das complicações da úlcera duodenal é a perfuração. Podemos afirmar:
(A) Mais da metade dos casos de perfuração ocorre em pacientes sem o diagnóstico prévio de
úlcera duodenal.
(B) A perfuração da úlcera duodenal manifesta-se em torno de 5% dos pacientes sem o diagnóstico
prévio de úlcera duodenal.
(C) A perfuração da úlcera duodenal ocorrerá sempre como o primeiro sintoma.
(D) A úlcera duodenal que perfura na sua evolução natural, apresenta sempre manifestações
clínicas prévias.
(E) A perfuração da úlcera duodenal só ocorre em pacientes com mais de dois anos de
manifestações clinicas prévias.
02. A colecistojejunostomia ou colecistoduodenostomia tem por finalidade a drenagem da via biliar
através da vesícula biliar. A indicação desta operação se faz:
(A) Nos casos de obstrução da via biliar no colédoco e no hepático.
(B) Nos casos de obstrução da via biliar na junção colédoco-cística.
(C) Nos casos de obstrução da via biliar no colédoco próximo à papila (colédoco distal).
(D) Nos casos de obstrução na bifurcação dos ductos hepáticos.
(E) Nos casos de obstrução do duodeno.
03. Coledocolitíase pós-colecistectomia é uma das complicações da colecistectomia por litíase.
(A) Não ocorre nas colecistectomias onde se faz a exploração radiológica da via biliar intraoperatória.
(B) Ocorre apenas nos pacientes que apresentam uma história clínica de icterícia.
(C) A coledocolitíase pós-colecitectomia não tem qualquer relação com a operação.
(D) Ocorre apenas nos casos de coledocolitíase múltipla diagnosticada no pré-operatório.
(E) Ocorre em 1% a 2% dos pacientes submetidos à colecistectomia.
04. A apendicite aguda ocorre em aproximadamente 7% da população em geral e uma das
complicações graves é a perfuração do apêndice. Podemos dizer que:
(A) Aumenta muito com a idade de 80 anos ou mais.
(B) O risco de ocorrer apendicite aguda diminui para cerca de 2% após a idade de 50 anos.
(C) Aumenta com a idade igual ou superior a 80 anos, porém com menor probabilidade de
perfuração.
(D) A idade do paciente não altera a ocorrência da doença e não altera a ocorrência de perfuração.
(E) O quadro clínico não altera o padrão de sinais e sintomas em relação à idade do paciente.
05. A regra de Goodsall é usada para predizer o curso de uma fístula anorretal baseada na
localização da abertura externa, pois essa informação é muito importante no estabelecimento do
planejamento cirúrgico. Segundo esta regra a abertura externa da fístula deverá estar:
(A) Lateral direita ou esquerda a uma linha imaginária longitudinal que divide o orifício anal em duas
partes iguais.
(B) Em um dos quadrantes de duas linhas imaginárias perpendiculares que divide o orifício anal em
quatro quadrantes.
(C) Aproximadamente 1 cm da borda anal.
(D) Anterior ou posterior a uma linha imaginária transversal que divide o orifício anal em duas partes
iguais.
(E) Entre 1 a 2 cm da borda anal lateralmente à direita ou à esquerda.
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06. Os principais objetivos do tratamento operatório da pancreatite crônica alcoólica são:
(A) Retardar a evolução da doença e manter o paciente sem dor.
(B) Retardar a evolução da doença e tratar as complicações sistêmicas.
(C) Não retardar a evolução da doença, porém evitar as complicações locais .
(D) Prevenção das complicações sistêmicas da doença.
(E) Reduzir a dor intratável e tratar algumas complicações locais da doença.
07. A duodeno-pancreatectomia com preservação do piloro está indicada no tratamento de câncer
da cabeça do pâncreas. A reconstrução do trânsito gastrintestinal é feita:
(A) Estômago com o intestino delgado.
(B) Estômago e bulbo duodenal com o intestino delgado.
(C) Estômago com o duodeno remanescente.
(D) Estômago com a via biliar remanescente.
(E) Estômago com a via biliar e intestino delgado.
08. Um paciente com 65 anos apresenta dor abdominal aguda difusa, variando de intensidade,
características e localização. Não apresenta antecedente semelhante. Nega alteração do ritmo
intestinal e urinário. Cardiopata com história prévia de insuficiência cardíaca congestiva, ainda em
tratamento. Ao exame físico apresenta em bom estado geral, corado, hidratado, anictérico,
eupneico, sem taquicardia e normotenso. Abdome distendido ++/++++, simétrico, discretamente
doloroso à palpação superficial, descompressão brusca não dolorosa. Ruídos hidro-aéreos
presentes e discretamente aumentados. O diagnóstico clínico mais provável (hipótese diagnóstica)
é:
(A) Abdome agudo por apendicite aguda incipiente.
(B) Abdome agudo por peritonite.
(C) Abdome agudo vascular por isquemia mesentérica.
(D) Abdome agudo obstrutivo por tumor colorretal obstrutivo.
(E) Doença diverticular complicada com diverticulite aguda.
09. O pólipo adenomatoso gástrico apresenta risco de evoluir para malignidade. Esse fato ocorre:
(A) Sem relação com o tamanho do pólipo.
(B) Em aproximadamente 10 % a 20% dos casos, sendo crescente com o aumento do tamanho do
pólipo.
(C) Dependente apenas do tamanho do pólipo.
(D) Independente do grau de atipia da mucosa do pólipo.
(E) Se o pólipo for menor que 2 cm de diâmetro.
10. A reconstrução do trato gastrintestinal pós-gastrectomia total pode ser realizada com a
anastomose esofagojejunal em Y de Roux (por enteroentero-anastomose término-lateral), que é uma
operação muito realizada. A enteroentero-anastomose se faz:
(A) Deve ser realizada a mais ou menos 5 cm distante da anastomose esofagojejunal.
(B) Independentemente da distância da anastomose esofagojejunal.
(C) A cerca de 80 cm de distância da anastomose esofagojejunal.
(D) Acima de 100 cm de distância da anastomose esofagojejunal.
(E) Aproximadamente 40 cm distante da anastomose esofagojejunal.
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11. Paciente masculino de 60 anos de idade, em ótimas condições gerais apresentou um quadro
clínico de náuseas e vômitos alimentares e biliosos, sem febre e sem alteração do hábito intestinal.
Relata epigastralgia em queimação esporadicamente. Exame físico: bom estado geral, corado,
hidratado, anictérico. Abdome flácido, não doloroso, com sinais do “vascolejo” e “patinhação”
positivos no epigástrio. Descompressão brusca não dolorosa e ruídos hidroaéreos presentes e
normais. Restante: nada digno de nota. Rx simples do abdome: distensão gástrica com muito líquido
no seu interior e pneumocolangiograma. A hipótese diagnóstica mais provável:
(A) Fístula colecisto-duodenal por colecistopatia calculosa com obstrução duodenal por cálculo
biliar.
(B) Fístula colédoco-duodenal por úlcera duodenal perfurada e obstrução pilórica.
(C) Fístula colédoco-duodenal distal peri-ampular(ou papilar) por provável neoplasia.
(D) Fístula colecisto-cólica com passagem de cálculo biliar para o colon, obstruído por este cálculo.
(E) Fístula colecisto-gástrica com obstrução pilórica.
12. Paciente masculino de 42 anos de idade apresenta-se ao Pronto Socorro com quadro clínico de
dor e contratura da parede abdominal, mais acentuado na fossa ilíaca direita há duas horas.
Antecedente de epigastralgia em queimação há 3 anos que melhorava com ingestão de inibidor de
bomba protônica. Ao exame físico encontra-se em bom estado geral, corado, hidratado e
taquicárdico. Abdome plano, em contratura. Ao toque retal palpa-se líquido na pelve. O diagnóstico
clínico mais provável é:
(A) Apendicite aguda.
(B) Diverticulite aguda.
(C) Migração de litíase renal.
(D) Úlcera péptica duodenal ou pilórica perfurada.
(E) Perfuração de divertículo do sigmóide.
13. Homem de 37 anos, previamente hígido, com história de icterícia há 2 semanas, colúria,
desconforto leve em andar superior do abdome, artralgia leve e alguma inapetência. Exame físico
sem estigmas de hepatopatia crônica, vigil, orientado, sem flapping. Abdome normotenso, indolor,
sem visceromegalias. Ultrassonografia de abdome com fígado heterogêneo, sem lesões focais, sem
dilatação de vias biliares. Baço normal. Exames laboratoriais: AST 1319 U/L, ALT 1215 U/L, BT 17
md/dl, BD 14 mg/dl, FA 168 (130) U/L, gamaGT 89 (60) U/L, TAP 27%/RNI 2,86, albumina 3,5 g/dl,
anti HCV não reagente, anti HAV total reagente, HBsAg reagente, anti HBc total reagente, anti HBc
IgM reagente, HBeAg reagente, anti HBe não reagente, anti HBs não reagente, alfafetoproteína 27
U/ml. Sobre o caso acima pode-se afirmar, EXCETO:
(A) O diagnóstico mais provável é o de hepatite aguda B, embora possa tratar-se de reativação de
hepatite crônica.
(B) A insuficiência hepática aguda grave ocorre em menos de 1% dos casos e costuma ser tardia,
geralmente após 6 semanas de evolução, principalmente nos indivíduos mais jovens.
(C) A chance da hepatite aguda B evoluir para forma crônica em adultos imunocompetentes é de
cerca de 5%.
(D) As manifestações extra-hepáticas na hepatite aguda B são pouco frequentes e ocorrem por
deposição de imunocomplexos.
(E) No caso acima a terapia antiviral com análogos núcleos(t)ídeos estaria indicada com o objetivo
de suprimir a viremia, promover melhora bioquímica e funcional e reduzir o risco de hepatite
fulminante.
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14. A disseminação metastática linfonodal do câncer da vesícula biliar ocorre na seguinte ordem:
(A) Linfonodos císticos e em seguida aos proximais na “porta hepatis”.
(B) Linfonodos peri-coledocianos e em seguida aos proximais na “porta hepatis”.
(C) Linfonodos císticos, “porta hepatis” e em seguida aos celíacos.
(D) Linfonodos císticos e em seguido aos póstero-superiores e pancreático-duodenais.
(E) Linfonodos císticos, peri-coledocianos, retro-portais e celíacos.
15. A colangite aguda obstrutiva resulta da combinação de obstrução da via biliar principal e
microorganismos (bactérias) na via biliar. Podemos dizer que a obstrução da via biliar principal:
(A) Causa aumento da pressão intra-ductal e estase biliar com proliferação bacteriana (bactibilia).
(B) Causa bacteremia por refluxo direto para as artérias hepáticas e supra-hepáticas.
(C) Causa Bacteremia secundária somente à drenagem pelo sistema linfático peri-hepático.
(D) Promove aumento da pressão intra-ductal, porém a bacteremia ocorre por infiltração intra-mural
das vias biliares.
(E) Não promove o refluxo e por isso não tem importância no desenvolvimento da bacteremia.
16. São causas e fatores de risco para ocorrência de pancreatite aguda, EXCETO:
(A) Abuso de álcool, traumatismo abdominal, infecções virais.
(B) Hipercalcemia, hipertrigliceridemia, intoxicação por organofosforados.
(C) Disfunção do esfíncter de Oddi, cálculos e microcálculos biliares, doença vascular isquêmica.
(D) Câncer de pâncreas, coledococele, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada.
(E) Hepatite auto imune, cirrose hepática, hipocalcemia.
17. Homem de 54 anos, com diagnóstico de cirrose por HCV e álcool, com ascite grau 3 e edema de
membros inferiores há mais de 1 ano, em diureticoterapia. Exames da última consulta: bilirrubinas
2,4 mg/dl, com bilirrubina direta 1,6 mg/dl, RNI 1,68, albumina sérica 2,9 mg/dl, creatinina sérica 1,1
mg/dl, uréia 43 mg/dl, Na 132 mEq/L, K 4,1 mEq/L, Na urinário 23 mEq em 24h. Dá entrada no
pronto socorro com história de queda do estado geral, febre não aferida e redução do volume
urinário há 4 dias. Ao exame clínico, desidratado, com ascite tensa, FC 92, PA 90 x 60 mmHg.
Exames da urgência revelaram: leucócitos 9400/mm3, com 9% de bastões, PCR 54 mg/L,
bilirrubinas 4,1 mg/dl, creatinina 2,3 mg/dl, uréia 93 mg/dl. Sobre o quadro acima pode-se afirmar,
EXCETO:
(A) A conduta terapêutica inicial compreenderia a retirada dos diuréticos, tratamento de provável
quadro infeccioso e expansão plasmática com albumina na dose de 1 g/Kg de peso por 2 dias
consecutivos, com reposição de cristalóides se necessário, seguida de terapia de manutenção
com albumina.
(B) Caso não haja melhora da função renal com adequada expansão plasmática, deve-se
considerar o diagnóstico de síndrome hepatorrenal.
(C) A lesão renal aguda é relativamente comum, ocorrendo em cerca de 20% dos pacientes
cirróticos hospitalizados, sendo a etiologia mais comum a pré-renal, não responsiva à expansão
plasmática.
(D) Caso não haja melhora da função renal com adequada expansão plasmática, um importante
diagnóstico diferencial da síndrome hepatorrenal a ser considerado é a necrose tubular aguda
(NTA).
(E) Pacientes com cirrose têm risco para depleção do volume intravascular secundária a
sangramento gastrointestinal, uso de diuréticos e diarréia induzida por lactulose.
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18. O meio mais efetivo para prevenir a hemorragia recidivante de varizes esofágicas e/ou gástricas
por hipertensão portal é:
(A) “Shunt” portossistêmico intra-hepático transjugular.
(B) Administração intermitente de Terlipressina.
(C) Tratamento endoscópico por esclerose das varizes.
(D) “Shunt” cirúrgico portossistêmico.
(E) Tratamento endoscópico por ligadura elástica das varizes.
19. De acordo com o tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais podemos concluir que:
(A) A budesonida pode ser utilizada em casos leves de doença de Crohn localizada no íleo distal.
(B) A ciclosporina constitui opção terapêutica eficaz no tratamento de indução e manutenção a longo
prazo de casos graves de Retocolite Ulcerativa.
(C) Não há benefício da associação de tratamento oral e tópico com aminossalicilatos em pacientes
com Retocolite Ulcertaiva.
(D) A profilaxia de eventos tromboembólicos com heparina nos pacientes hospitalizados por
atividade inflamatória da doença deve ser evitado na vigência de sangramento.
(E) O uso de biológicos deve ser evitado no início do tratamento, sendo reservado para casos que
não responderam previamente a outros imunossupressores.
20. No estudo da constipação intestinal podemos dizer que:
(A) O tempo de trânsito colônico, apesar de contribuir para a sua classificação, pouco auxilia no seu
tratamento.
(B) O abuso de alguns laxativos de ação irritativa não pode ser considerado como causa agravante
da constipação intestinal.
(C) A pseudo-obstrução intestinal é uma síndrome clínica, consequente a um distúrbio na função
motora gastrointestinal e pode ser crônica com períodos de agudização.
(D) É mais frequente nos indivíduos do sexo masculino após 55 anos de idade.
(E) O tratamento deve ser sempre medicamentoso, não dependendo da causa da constipação,
gravidade dos sintomas e comprometimento da qualidade de vida.
21. A hemorragia digestiva alta é uma perda sanguínea originada de uma fonte localizada
proximalmente ao ângulo de Treitz e pode ser classificada em varicosa e não varicosa. O médico
assistente deve estimar rapidamente a fonte de sangramento e sua gravidade. Indique a alternativa
INCORRETA:
(A) De maneira geral, um aspirado gástrico positivo com sangue é um bom indicador de
sangramento gastrointestinal alto, enquanto que um negativo é insuficiente para descartar um
sangramento agudo.
(B) A estratificação de risco para mortalidade em hemorragia digestiva alta varicosa e não varicosa
é dependente da realização da endoscopia digestiva alta nas primeiras 12 horas.
(C) As escalas de Rockall e de Glasgow-Blatchford são efetivas na predição de risco de morte por
hemorragia digestiva alta.
(D) Bloqueadores de bomba de prótons reduzem os estigmas endoscópicos de risco de
ressangramento e a necessidade de intervenção endoscópica, sem reduzir mortalidade,
necessidade de transfusão, necessidade de cirurgia ou taxas de ressangramento.
(E) Somatostatina e vasopressina, em hemorragia varicosa, estão associadas com a redução de
transfusões e de mortalidade, e apresentam efetividade semelhante à da escleroterapia de
emergência.
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22. Sobre as doenças vasculares hepáticas pode-se afirmar, EXCETO:
(A) A forma crônica é a mais comumente encontrada em pacientes com síndrome de Budd-Chiari.
(B) A síndrome de Budd-Chiari está frequentemente associada a condições protrombóticas, sendo a
causa mais comum doenças mieloproliferativas.
(C) A anticoagulação está recomendada para todos os casos de trombose portal aguda não
relacionada à cirrose e deve ser considerada em todo paciente cirrótico com trombose portal
aguda não tumoral.
(D) São alterações sugestivas de trombose aguda de veia porta: transformação cavernomatosa,
presença de circulação colateral e focos de calcificação.
(E) São sinais sugestivos de trombose tumoral de veia porta: calibre da veia porta maior que 2 cm e
contrastação endoluminal durante a fase arterial da injeção de contraste.
23. Sobre os tumores hepáticos pode-se afirmar, EXCETO:
(A) Os sítios mais comuns de metástase hepática do carcinoma hepatocelular são o sistema
nervoso central, ossos, pulmão e linfonodos intra-abdominais, nesta ordem.
(B) O carcinoma fibrolamelar ocorre geralmente em indivíduos jovens. Não tem associação com
cirrose, tem crescimento geralmente lento, sendo que os pacientes geralmente se apresentam
com dor ou massa abdominal e com níveis de alfafetoproteína normais.
(C) São fatores de risco para o colangiocarcinoma: colangite esclerosante primária, doença de
Caroli, cistos de colédoco e cirrose hepática.
(D) São fatores prognósticos no carcinoma hepatocelular: o tamanho do tumor, o número de lesões,
a presença de invasão macrovascular, o grau de diferenciação e nível de fator de crescimento
endotelial vascular (VEGF).
(E) A localização mais frequente dos colangiocarcinomas é a peri-hilar.
24. Assinale a alternativa INCORRETA:
(A) A infecção por Clostridium difficile recorrente é definida como retorno dos sintomas dentro de 8
semanas após o tratamento inicial com sucesso.
(B) O transplante de microbiota fecal nos casos de infecção pelo Clostridium difficile podem atingir
taxas de sucesso acima de 90%, em pacientes não responsivos ao uso de vancomicina.
(C) É comprovado o benefício na utilização de probióticos para prevenção de infecção pelo
Clostridium difficile e deve ser sempre realizado.
(D) Pacientes portadores de doença inflamatória intestinal apresentam maior risco de infecção por
Clostridium difficile, mesmo na ausência de internação hospitalar recente ou uso prévio de
antibióticos.
(E) A ausência de pseudomembranas no exame de colonoscopia não exclui o diagnóstico da
infecção por Clostridium difficile.
25. Homem de 75 anos, trazido ao Pronto Socorro após ser encontrado inconsciente em casa. Está
sonolento e não responsivo, hipotenso, com PA 70 x 40 mmHg. Estudos laboratoriais iniciais
revelaram AST 4570 U/L, ALT 3190 U/L, FA 165 U/L (VR 130), gama GT 159 U/L (VR 60), BT 2,5,
BD 1,9, DHL 2970, TAP 70%, RNI 1,30. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?
(A) Hepatite alcoólica.
(B) Hepatite isquêmica.
(C) Overdose de paracetamol.
(D) Vasculite mesentérica.
(E) Hepatite aguda viral fulminante.
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26. A respeito da Doença Celíaca é CORRETO afirmar:
(A) A apresentação clínica mais comum da doença em adultos jovens é a forma típica com quadro
de diarreia crônica, perda de peso, anemia e distensão abdominal.
(B) Pacientes muito sintomáticos e com tempo prolongado da doença, apresentam maior incidência
de adenocarcinoma de intestino delgado.
(C) Devido a baixa prevalência conhecida de doença celíaca em parentes de primeiro grau, não há
indicação para triagem desta doença nos familiares imediatos.
(D) A biópsia da mucosa do bulbo e duodeno ou do jejuno proximal, combinados com uma resposta
clínica pela retirada do glúten da dieta, continua sendo o padrão-ouro para o diagnóstico da
doença celíaca.
(E) Alterações macroscópicas encontradas durante a realização de endoscopia digestiva alta em
pacientes com sintomas típicos descartam a necessidade de realização de biópsias para estudo
histológico.
27. A vigilância colonoscópica é uma ferramenta fundamental na prevenção do câncer colorretal.
Indique a alternativa INCORRETA.
(A) Pólipos hiperplásicos e pólipos sésseis serrilhados não necessitam de seguimento
colonoscópico, pelo fato de não apresentarem risco para desenvolvimento de neoplasia.
(B) São achados que indicam risco aumentado de câncer colorretal: adenoma com tipo histológico
viloso, adenoma com displasia de alto grau, adenoma ≥10mm, 3 ou mais adenomas.
(C) A colonoscopia virtual pode ser utilizada como complemento no rastreamento do câncer
colorretal quando a colonoscopia usual não for possível ou quando for incompleta.
(D) Familiares de primeiro grau de pacientes com adenomas de alto risco ou câncer colo-retal tem
risco aumentado de desenvolver adenomas de alto risco e câncer colorretal.
(E) Fatores ligados ao exame colonoscópico como qualidade de preparo, dificuldade em examinar o
cólon proximal, experiência do endoscopista e polipectomias incompletas ou em múltiplos
fragmentos podem estar relacionadas com o chamado câncer de cólon de intervalo.
28. Mulher de 62 anos, obesa, tem diagnóstico prévio de cálculo em vesícula biliar. Dá entrada em
pronto socorro com dor abdominal náuseas e vômitos. A dosagem de amilase sérica está elevada
em 4 vezes o valor normal. Os critérios de APACHE II e Ranson requerem a coleta de um grande
número de variáveis clínicas e laboratoriais ao longo de 48 horas.
No momento da admissão e durante as primeiras 24 horas, as variáveis que compõem o Índice de
Gravidade a Beira do Leito na Pancreatite Aguda (BISAP) que apontam para maior gravidade e
mortalidade são:
(A) Hipercalcemia e leucocitose superior a 16000/mm3.
(B) Transaminases elevadas, icterícia e febre.
(C) Idade maior do que 60 anos, estado mental comprometido e derrame pleural.
(D) Hiperglicemia superior a 200 mg% e dor abdominal intensa e persistente.
(E) Dor abdominal persistente, hipoalbuminemia e creatinina maior do que 2,5 mg/dL.
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29. Em relação a pancreatite crônica é CORRETO afirmar que:
(A) A dor crônica nesta doença é causada principalmente por cálculos no ducto pancreático, sendo
a cirurgia a primeira opção no tratamento da dor decorrente de pancreatite crônica.
(B) Nestes pacientes a colangiopancreatografia endoscópica é o principal exame de imagem para
confirmar o diagnóstico.
(C) A reposição com capsulas contendo enzimas digestivas deve ser feita 2 horas após cada
refeição apenas para os pacientes com diarreia crônica.
(D) Medicamentos opióides estão formalmente contraindicados para o tratamento da dor em
pacientes com pancreatite crônica.
(E) Nestes pacientes com diabetes, há um risco maior de hipoglicemia durante o tratamento com
insulina em função do comprometimento da síntese de glucagon.
30. Em relação a doença do refluxo gastroesofágico, é correto afirmar, EXCETO:
(A) Sexo masculino, obesidade, Barrett longo e biópsia com displasia de alto grau são fatores de
risco para o adenocarcinoma em pacientes portadores de esôfago de Barrett.
(B) Alendronato, sais de ferro e aspirina podem causar lesão direta da mucosa do esôfogo e
esofagite.
(C) Pacientes com sintomas típicos com uma frequencia mínima de 2 vezes por semana, e com
duração de pelo menos 4 a 8 semanas, devem ser considerados como portadores de doença do
refluxo gastresofágico (DRGE).
(D) Rastreamento para esôfago de Barrett por meio de endoscopia digestiva alta é efetivo e deve
ser feito para todos os pacientes portadores de doença do refluxo gastroesofágica.
(E) A classificação de Los Angeles é a mais frequentemente utilizada para descrever a esofagite
erosiva em endoscopia digestiva.
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