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VIDA DA PARÓQUIA
1. ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO ELIAS E DO ALEXANDRE
Foi de beleza, encanto, alegria e fé a ordenação sacerdotal do
P. Elias e do P. Alexandre. A celebração realizou-se ao ar livre,
frente à Igreja de Santa Catarina, cidade de Assomada, na Ilha de
Santiago. Presentes algumas dúzias de padres da Diocese, mais
dois de Coimbra, das Paróquias de S- José e de S. João Baptista,
onde os dois estagiaram. Cerca de uma centena de jovens actuaram no Coro, quase outros tantos acólitos e mais de cinco mil pessoas viveram cantaram, rezaram, durante mais de quatro horas.
Sem cansaço, nem pressas. Em todos os rostos, estampada a
alegria. Bem marcantes, as palavras do Bispo, D. Arlindo. A fazer a
actualização das leituras, a propor caminhos de realização sacerdotal, no espírito de serviço, em comunhão fraterna
do presbitério, em diálogo aberto com o Bispo.
Impressionante o testemunho dos novos que, além de agradecerem a Deus, à Igreja, às suas famílias e amigos, à comunidade
paroquial onde os dois nasceram, cresceram e descobriram a sua
vocação, deixaram claro o seu compromisso de servir a Deus e à
Igreja com todas as suas forças e de ânimo alegre. A comitiva de
Coimbra, na foto, acompanhou o nosso Elias, que vai continuar a
trabalhar na paróquia do Tarrafal, rejubilou com a sua alegria,
deixou-lhe o abraço, a amizade e o compromisso de oração da
nossa comunidade paroquial de S. José pela fidelidade no exercício do seu ministério.
PARÓQUIA CELEBRA OITENTA E UM ANOS - DOMINGO, DIA 14 de Julho
Foram ricas as celebrações dos cinquenta anos da Igreja de S. José e os oitenta anos da criação da Paróquia.
Durante todo o ano, tivemos como lema «Somos uma Igreja de Pedras Vivas». Procurámos sentir-nos parte integrante desta Igreja, como «pedras vivas» e não apenas como consumidores de alguns serviços que a Paróquia presta.
Além da marca material, ficaram a assinalar estas datas festivas a Eucaristia de Acção de Graças do dia do Padroeiro – S. José, presidida pelo nosso Bispo, o lançamento dos desdobráveis sobre a história e a arte da Igreja, o concerto musical… Outro ponto alto foi a celebração dos oitenta anos da Paróquia, em 15 de Julho, novamente com a Eucaristia presidida pelo nosso Bispo D. Virgílio, o almoço/convívio, A tuna Académica e o Grupo das Concertinas da
Lousã, que animaram a tarde festiva.
Ficou por concluir a promessa, dentro das comemorações festivas, da oferta de uma carrinha de apoio ao serviço
dos sem-abrigo, obra meritória dos nossos vicentinos e do Centro de Acolhimento João Paulo II.
Hoje, sentimo-nos felizes por concretizar um sonho e uma promessa: O serviço dos mais pobres, os sem-abrigo,
torna-se mais eficiente, a oferecer um conjunto de serviços a que eles não têm habitualmente acesso.
É DIA DE FESTA PARA TODOS NÓS. Festa que é abraço aos que mais precisam, festa que é a nossa resposta
ao convite de Jesus ao doutor da Lei: «Vai e faz o mesmo».
www.igrejasaojose.com.pt
e-mail: [email protected]
aróquia de S. José
Coimbra
DÉCIMO QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM
“VAI E FAZ O MESMO”
Moisés falou ao povo: «Escutarás a voz do Senhor teu Deus,
cumprindo os seus preceitos e mandamentos e converter-teás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a
tua alma. Este mandamento não está acima das tuas forças
nem fora do teu alcance… Esta palavra está perto de ti, está
na tua boca e no teu coração, para que a possas pôr em
prática».
Deuteronómio 30,10-14
REFRÃO:
PROCURAI, POBRES, O SENHOR E ENCONTRAREIS A VIDA.
Cristo Jesus é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de
toda a criatura; porque n’Ele foram criadas todas as coisas
no céu e na terra: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a
cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos
céus.
Colossenses 1,15-20
Um doutor da lei perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber como herança a vida
eterna?» Jesus disse-lhe: «Que está escrito na lei? Como lês tu?» Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com
todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo
como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele perguntou: «E quem é o meu
próximo?» Jesus disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe
tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia pelo mesmo
caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita… viu-o e passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas
deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia
seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei
quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» O
doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: «Então vai e faz o mesmo».
Evangelho de S. Lucas 10,25-37
Encontramos desculpas para todas as nossas falhas: «Não sabia… Não tive tempo…»
Moisés deixou bem claro: “Esta lei não está acima das tuas forças nem fora do teu alcance…
Ela está na tua boca e no teu coração para que a possas por em prática”.
Não foi por desconhecimento da lei que o sacerdote e o levita passaram à frente…
Nem foi por conhecer bem a lei que o samaritano teve compaixão daquele homem…
É o coração que dita os sentimentos, que leva a olhar o próximo como a nós mesmos…
Em Cristo encontramos a imagem do Deus invisível, a incarnação do AMOR DE DEUS.
“Por Ele foram reconciliadas todas as coisas, estabelecendo a paz pelo sangue da sua cruz.”
Vamos para férias. Graças a Deus. Mas… continuamos a ser chamados a olhar o irmão:
O que não pode ter férias… O que não consegue sequer pagar a renda da casa…
O que nem sequer tem pão para si e para os seus…
Com Cristo e em Cristo, façamos das nossas férias
um tempo de encontro mais íntimo com Deus, um tempo de maior serviço aos irmãos.
Folha Paroquial - n.º 15336
ANO XXXVII
14 de Julho de 2013
IN MEMORIAM
Encíclica Lumen Fidei: a fé em linguagem acessível
PADRE ANTÓNIO ANTUNES PINTO
Por Sergio Mora
Foi já na reforma que o P. Pinto veio para S. José. Como Missionário
Espiritano, o P. Pinto fundou uma missão em Angola, missão que dotou
de Igreja, Casa Paroquial e infra-estruturas necessárias ao seu bom
funcionamento. Para tal, criou uma fábrica de blocos para construção;
uma serração para as madeiras, que era movida a água de uma barragem também por ele construída. Ainda como missionário, acompanhou
D. Moisés Alves de Pinho a algumas sessões do Concílio Ecuménico
Vaticano II. Aceitou depois o convite do Sr. D. Manuel de Jesus Pereira
para trabalhar na sua Diocese de Bragança-Miranda. Foi pároco e capelão do complexo agro-industrial do Cachão, onde desenvolveu uma destacada actividade pastoral. Desde que chegou a S. José, sempre esteve
disponível para colaborar em qualquer serviço que fosse necessário.
Mesmo quando já não podia assumir um serviço sozinho, nunca deixou,
até oito dias antes da sua morte, de vir concelebrar todos os dias nas
missas paroquiais. E quando a saúde não lhe permitia vir à Igreja, logo
pedia que lhe levassem a Sagrada Comunhão. Recordo o dia em que,
mal chegado do Hospital o fui visitar. Logo que me viu, perguntou: Trazme Nosso Senhor?» »Trago, sim, Senhor Padre:» Logo levantou os
braços num gesto largo e exclamou: «Que maravilha, o Senhor vem a mim». São apenas algumas recordações do
grande e bom amigo, sr. Padre Pinto, a quem agradeço a amizade, a colaboração, o testemunho de fé e de serviço.
O Senhor o recompense na alegria eterna da casa do Pai.
UNIDADE MÓVEL DO
CENTRO DE ACOLHIMENTO JOÃO PAULO II
A Unidade Móvel de Intervenção Directa é um Projecto que visa apoiar pessoas em situação de risco, em
condição de sem-abrigo e pessoas idosas, através da intervenção social directa. Pretende-se ir ao encontro da
população abrangida suprindo as suas necessidades mais básicas a nível de alimentação, saúde e higiene; minimizando situações de isolamento social e sentimentos de solidão; promovendo a sua integração e (re) inserção
social; e estimulando e apoiando num percurso individualizado de integração social. Neste sentido, vamos procurar
trabalhar com uma equipa multidisciplinar( Assistentes Socais, Enfermeiros, Médicos, Psicólogos,...)
Com a Unidade Móvel pretende-se prestar atendimento personalizado e fazer despiste de doenças, medição
de glicemia, colesterol, pressão arterial junto de pessoas sem-abrigo e população de risco apoiadas pela Equipa
de Intervenção Directa “Mão Amiga”.
Pretende-se, também, ir ao encontro da população idosa, responder aos seus anseios, proporcionando melhor
qualidade de vida, bem-estar e, consequente integração social dos idosos. Tem-se, também, como intuito levar
refeições a casa dos idosos( situações pontuais e devidamente avaliadas) e prestar acompanhamento médico,
bem como assegurar a toma da medicação.
Lumen Fidei, a primeira encíclica do papa Francisco, foi apresentada hoje numa lotada Sala de
Imprensa do Vaticano.
O papa explica “em linguagem acessível o que é a
fé”, comentou o cardeal Ouellet, destacando que se
trata de “uma encíclica que tem muito de Bento XVI
e tudo do papa Francisco”.
Ouellet disse ainda “que faltava um pilar à trilogia
de Bento XVI sobre as virtudes teologais. A providência quis que a coluna faltante fosse um presente
do papa emérito ao seu sucessor e, ao mesmo
tempo, um símbolo de unidade, pois, ao assumir e
completar a obra iniciada pelo seu predecessor, o
papa Francisco dá testemunho com ele da unidade
da fé”. E opinou: “É uma encíclica que apresenta de
verdade a fé cristã como luz proveniente da escuta da palavra de Deus na história”.
O cardeal, que também é presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, citou um trecho da encíclica: “A fé não é uma luz que dissolve todas as nossas trevas, mas a lâmpada que guia os nossos passos na noite,
e o que nos basta para o caminho”.
A fé é uma abertura ao amor de Cristo, prosseguiu Ouellet, e estende o eu às dimensões de um nós, que, na
Igreja, não é somente humano, mas propriamente divino, com uma participação na Trindade de Deus. “A encíclica
se vincula de maneira inteiramente natural ao nós, à família, que é o lugar por excelência da transmissão da fé”.
A Lumen Fidei considera que o fiel se encontra “envolvido na verdade por ele confessada” e, por este mesmo
fato, é transformado “e introduzido em uma história de amor que dilata o seu ser, tornando-o membro de uma
grande comunhão”.
“Acolhemos com grande alegria e gratidão esta confissão de fé integral, na forma de catequese a quatro mãos,
dos sucessores de Pedro. Eles expõem juntos a fé da Igreja, na sua beleza, que é confessada no interior do corpo
de Cristo como comunhão concreta dos fiéis”.
Dom Rino Fisichella enfatizou “o binómio luz e amor”, que “nos mostra o caminho que o papa Francisco propõe à Igreja para recuperar a sua missão no mundo de hoje”.
A Lumen Fidei, prosseguiu o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, “é
uma encíclica com uma forte conotação pastoral, em que o papa Francisco, com a sua sensibilidade de pastor,
consegue traduzir muitas questões de carácter perfeitamente teológico em temáticas que podem ajudar na reflexão e na catequese. Por isso é importante o convite conclusivo da encíclica: não deixemos que nos roubem a
esperança”.
Fisichella recordou que “a Lumen Fidei é publicada no Ano da Fé, na data de 29 de junho. Ela mostra o estilo e
as peculiaridades a que Francisco nos acostumou nestes primeiros meses do seu pontificado, em especial com as
suas homilias quotidianas”, em que “voltam sempre à tona três verbos que o papa usou na sua primeira homilia:
caminhar, construir, confessar”.
Fisichella lembrou o que foi reiterado pelo papa a respeito do Concílio Vaticano II: “um concílio sobre a fé”. Ele
falou também do catecismo, que é “um instrumento válido através do qual a Igreja cumpre a sua obra de transmissão da fé”, bem como do “grande valor da profissão de fé do Credo”.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, dom Müller, por sua vez, ressaltou que a encíclica Lumen
Fidei nos convida a reconhecer que “a fé, graças à luz que vem de Deus, ilumina todo o caminho e toda a existência do homem. Ela não nos separa da realidade, mas nos permite entender todo o seu significado mais profundo,
descobrir o quanto Deus nos ama”.
Dom Müller classificou como “afortunado” o fato de o texto ter sido “escrito pela mão de dois pontífices”, revelando, apesar das diferenças de estilo, “a substancial continuidade do magistério de Bento XVI na mensagem do
papa Francisco”.
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2013_07_14_FolhaSJosé