O TEMPO DA QUARESMA E DA PÁSCOA
No Tempo da Quaresma e da Páscoa, também chamado de Ciclo Pascal,
celebramos o grande mistério de nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
“No primeiro período da vida da Igreja a Páscoa foi o centro único da pregação,
da celebração e da vida cristã. O culto cristão nasce da Páscoa e para celebrar a Páscoa”
(Augé, 2005).
A partir do século IV, por influência da comunidade de Jerusalém, se passou a
celebrar cada momento da paixão, morte e ressurreição. Com isso, nasceu a Semana
Santa, antecedida pela Quaresma.
O Ciclo da Páscoa é formado pela Quaresma, Semana Santa, Tríduo Pascal,
Páscoa (com a oitava), domingos da Páscoa, Ascensão no 7º domingo da Páscoa,
Pentecostes. Portanto, o Ciclo Pascal vai da Quaresma até a solenidade de Pentecostes.
A data da Páscoa é móvel, pois segue o calendário lunar. Por determinação do
Concílio de Niceia, em 325, a Páscoa é celebrada no primeiro Domingo depois da
primeira lua cheia da primavera, do hemisfério Norte. Para nós, no hemisfério Sul, é
outono.
O TEMPO DA QUARESMA
O Tempo da Quaresma tem por finalidade preparar os cristãos para celebrar
intensamente a Páscoa de Jesus Cristo, a Festa das festas, o Domingo dos domingos.
Por isso, a Quaresma não é uma simples preparação para a Páscoa, “mas
progressivo caminho de fé fundado na escuta da Palavra e nos sinais sacramentais
realizados na assembleia litúrgica. Este caminho tem como meta a Vigília pascal, na
qual a comunidade cristã „revive a Páscoa do Senhor na escuta da Palavra e na
participação nos sacramentos‟” (Augé, 2005). Portanto, “a Quaresma é o caminho que
nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado” (CF 2012).
O Prefácio da Quaresma I apresenta, de forma resumida, o caminho ou o sentido
espiritual do Tempo da Quaresma: “Vós concedeis aos cristãos esperar com alegria,
cada ano, a festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do
amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida
nova e nos tornaram filhas e filhos vossos” (Missa Romano).
O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa,
antes da Missa da Ceia do Senhor.
São quarenta dias de preparação espiritual para o encontro celebrativo da Páscoa
do Senhor. Com o tempo, recebeu o nome de Quaresma, palavra que vem do latim
“quadragésima”. O número 40 é simbólico. Recorda muitos acontecimentos bíblicos: os
40 dias de Jesus jejuando no deserto, antes de iniciar o seu ministério público, os 40
anos de caminhada do povo de Deus no deserto, os 40 dias que Moisés passou no monte
Sinai, os 40 dias de caminhada do profeta Elias até o monte Horeb...
O caminho quaresmal de preparação espiritual para a Páscoa começa com o gesto
de penitência da imposição das cinzas na Quarta-feira de Cinzas. As cinzas simbolizam
nossa fragilidade humana e a nossa condição de criaturas pecadoras. Simbolizam ainda
a dor, o arrependimento, o desejo de conversão. Tudo isso está presente nas duas frases
bíblicas que podem ser usadas no momento de colocar as cinzas na cabeça: “Converteivos e crede no Evangelho” e “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”.
A Quarta-feira de Cinzas é também dia de jejum e abstinência de carne. Da
mesma forma, a Sexta-feira Santa. “Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que
tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os
maiores de idade (quem completou 18 anos) até os sessenta anos começados”. “A
abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência,
caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia”
(CNBB. Guia Litúrgico-Pastoral).
“Os domingos deste tempo são chamados 1º, 2º, 3º, 4º e 5º domingos da
Quaresma. O 6º domingo, com o qual se inicia a Semana Santa, é chamado „Domingo
de Ramos e da Paixão do Senhor‟” (NALC nº 30).
A cor litúrgica da Quaresma é o roxo. É uma cor que nos convida ao
recolhimento, à conversão e à penitência. No 4º domingo pode-se usar a cor rosa por
causa da antífona de entrada da Missa, que convida: “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos,
vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a
abundância de suas consolações”.
O clima quaresmal de despojamento e recolhimento transparece na ausência do
Aleluia e do Glória, na sobriedade da ornamentação sem flores e dos instrumentos
musicais somente para acompanhar o canto.
Durante a Quaresma, a Igreja no Brasil promove, desde 1964, a Campanha da
Fraternidade. Neste ano, o tema proposto é “Fraternidade e Saúde Pública”, com o lema
“Que a saúde se difunda sobre a terra (cf. Eclo 38,8)”. Embora seja caminho de
evangelização e promoção humana que ajuda a viver mais intensamente a Quaresma, a
Campanha da Fraternidade não pode se sobrepor ao espírito da caminhada quaresmal e
nem à Liturgia quaresmal.
ESPIRITUALIDADE QUARESMAL
a) Caminho de conversão
O tempo quaresmal é como um caminho de conversão. “Converter-se é uma
escolha que comporta uma mudança radical do modo de pensar e de viver, trata-se de
adquirir um modo de pensar e de viver segundo o Evangelho” (Augé, 2005). É o que
nos recordam as palavras pronunciadas no momento da imposição das cinzas:
“Convertei-vos e crede no Evangelho”.
A conversão cristã é, sobretudo, uma conversão para Deus, como se revela nas
escolhas de Jesus (cf. Mt 4,1-11), pois, do contrário, não se pensa de acordo com Deus,
mas segundo os homens (cf. Mt 16,21-23). É a conversão para Deus que leva a uma
mudança do coração, da vida, da conduta prática. Em síntese, a verdadeira conversão
conduz para o amor a Deus, a vida e aos irmãos.
A Quaresma é tempo próprio para avaliar nossas opções de vida e recolocá-la nos
trilhos da salvação. É tempo de aprofundar a fé e crescer na vivência comunitária.
O Diretório sobre piedade popular e liturgia, no nº 125, afirma: “o povo cristão
percebe claramente que durante a Quaresma é preciso orientar os ânimos para as
realidades que verdadeiramente contam; que se exige empenho evangélico e coerência
de vida, traduzida em boas obras, em formas de renúncia àquilo que é supérfluo e de
luxo, em manifestações de solidariedade com os sofredores e os necessitados”.
b) Escuta da Palavra de Deus
A liturgia dos dois primeiros domingos da Quaresma nos convida a nos abrirmos à
escuta da Palavra de Deus. Conforme o Evangelho do primeiro domingo, Jesus vence as
tentações de Satanás com a Palavra de Deus (cf. Mt 4,1-11; Mc 1,12-15; Lc 4,1-13). E
no segundo domingo, o domingo da Transfiguração, ouvimos a voz do Pai que diz:
“Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” (Mc 9,7).
A espiritualidade quaresmal se caracteriza por uma escuta mais atenta e
prolongada da Palavra de Deus. É esta Palavra que ilumina a nossa vida, faz ver os
pecados, chama à conversão e incute confiança na misericórdia de Deus.
A Palavra de Deus nos leva a viver com mais intensidade e profundidade nossa
relação interpessoal com Deus e os irmãos. Como aos discípulos de Emaús, A Palavra
de Deus faz arder o nosso coração e nos faz voltar pelo caminho do amor.
Por isso suplicamos: “Concedei-nos escutar com mais frequência a vossa palavra,
nesta quaresma, para louvarmos a Cristo, nossa Páscoa, com maior piedade e devoção,
na grande solenidade que se aproxima” (Liturgia das Horas, Laudes, terça-feira da 2ª
semana da Quaresma).
c) Renovação espiritual através do jejum, da oração e da caridade
A Quaresma é tempo especial de renovação espiritual através de três práticas
significativas: o jejum, a oração e a esmola (caridade, misericórdia). Essas três práticas
são também chamadas de obras da penitência quaresmal e exercícios quaresmais de
conversão.
Essa prática quaresmal como caminho de renovação espiritual transparece na
Oração do dia, do 3º domingo da Quaresma: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de
toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o
pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência
de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia” (Missal Romano).
São Pedro Crisólogo nos diz: “O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá
vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem
pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada
fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia”
(Liturgia das Horas, terça-feira da 3ª semana da Quaresma).
O jejum
Algumas orações litúrgicas do Tempo da Quaresma falam dos frutos do jejum.
Entre elas, a Oração do dia da Quarta-feira de Cinzas: “Concedei-nos, ó Deus todopoderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos
fortaleça no combate contra o espírito do mal”. E o Prefácio da Quaresma III: “Vós
acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e a abstinência que
praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia,
repartindo o pão com os necessitados” (Missal Romano).
O jejum e a abstinência devem expressar a íntima relação que há entre este sinal
externo penitencial e a conversão interior, a renovação espiritual. Devem conduzir à
vida nova, em Cristo. É inútil abster-se de alimentos se não se abstiver do vício e do
pecado.
O jejum é um gesto de liberdade e de respeito em relação aos bens deste mundo. É
pela ação de comer e beber que o ser humano mais se apodera e se apropria das coisas.
E, muitas vezes, se deixa escravizar por elas. Por isso, o alimento torna-se símbolo de
tudo aquilo que envolve o ser humano. “A atitude de liberdade e de respeito diante do
alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e
o pode escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, ideias, apegos e assim por
diante” (Beckhäuser, 2000).
Ao jejuar, fazemos espaço em nós. E assim abrimos espaço para Deus e para o
próximo. Abrimos espaço para os valores do Reino de Deus. Descobrimos a
necessidade da vida que vem de Deus: “Não se vive somente de pão, mas de toda
palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).
O jejum nos ajuda a vencer o egoísmo e a cultivar o bem. Reforça o autodomínio.
Contesta o desperdício e a onda consumista. Leva a partilhar com quem precisa de
nossa solidariedade.
A oração
A oração é uma comunicação com Deus. Por ela, abrimos o nosso coração para a
sua vontade. Dizemos sim ao seu projeto de vida. Acolhemos o abraço de Deus que quer
fazer de nós novas criaturas. Por isso, a oração é expressão máxima de nossa conversão.
Durante a Quaresma a Igreja nos pede para nos exercitarmos mais intensamente
na oração, a fim de que toda a nossa vida se transforme em oração, ou seja, em louvor a
Deus. Nossa comunhão com Deus deve repercutir na nossa relação com o próximo e
com o mundo.
A oração pessoal e comunitária “que se externa na expressão do louvor, da ação
de graças e da súplica, deve ser a concretização do „sacrifício do espírito‟, isto é, da
plena oferta de si a Deus” (Bergamini, 2000).
Tertuliano (século III), no Tratado sobre a oração, afirma: “ela perdoa os pecados,
afasta as tentações, faz cessar as perseguições, reconforta os de ânimo abatido, enche de
alegria os generosos, conduz os peregrinos, acalma as tempestades, detém os ladrões, dá
alimento aos pobres, ensina os ricos, levanta os que caíram, sustenta os que vacilam,
confirma os que estão de pé” (Liturgia das Horas, quinta-feira da 3ª semana da
Quaresma). A partir disso, podemos concluir que a oração provoca grandes
transformações em nossa vida que se propaga como uma onda de salvação.
A caridade
Na Bíblia, a esmola tem o mesmo sentido de caridade, de misericórdia para com
os necessitados. A caridade mostra a nossa conversão em relação ao próximo. Ela
celebra o nosso relacionamento humano com o próximo.
Não há verdadeira conversão a Deus sem conversão ao próximo, ou seja, ao amor
fraterno (cf. 1Jo 4,20-21). O próprio jejum perde o seu sentido se não for acompanhado
por uma atitude de justiça e de caridade (cf. Is 1,16-17; 58,6-7).
“Dar esmola significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, dar sem
egoísmo, sem pedir recompensa, em atitude de compaixão” (Beckhäuser, 2000).
Somos convidados a abrir nosso coração ao próximo, a servi-lo com generosidade
e desprendimento. Pela esmola, doamos gratuitamente bens materiais, mas também o
tempo, a presença, o acolhimento, a aceitação, o serviço, as qualidades... A esmola
recorda a generosidade de Cristo que deu a sua vida por nós.
Em um de seus Sermões quaresmais, o papa São Leão Magno (século V) nos diz:
“Para praticar o bem da caridade, amados filhos, todo tempo é próprio. Contudo, estes
dias da Quaresma, a isso nos exortam de modo especial. Se desejamos celebrar a Páscoa
do Senhor com o espírito e o corpo santificados, esforcemo-nos o mais possível por
adquirir essa virtude que contém em si todas as outras e cobre a multidão dos pecados”
(Liturgia das Horas, terça-feira da 4ª semana da Quaresma).
d) Renovação das promessas batismais
A Quaresma tem um sentido batismal. Isso aparece mais claramente nas leituras
do Ano A. Nos primeiros séculos, a Quaresma era um tempo de preparação mais intensa
para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia) na
Vigília Pascal.
Para nós, já batizados, a Quaresma é também tempo de preparação para renovar as
promessas batismais na Vigília Pascal. Por isso, o chamado à conversão, ao
aprofundamento da fé à luz do Evangelho, ao reavivamento do “primeiro amor”.
Como batizados, temos consciência de que ainda não chegamos à plenitude do
ideal cristão. Embora santificados pelo batismo, pela fé e pelas boas obras que já
fazemos, encontramo-nos ainda a caminho, em processo de conversão.
Além disso, muitas vezes não fomos fiéis à “aliança batismal”, afastando-nos ou
até mesmo negando nossa vocação e missão de batizados. Não correspondemos
devidamente à proposta do amor de Deus em Jesus Cristo. Por isso, na Quaresma, temos
sempre uma nova oportunidade para retomar ou fortificar os compromissos do batismo,
a fim de sermos verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo.
Com a Oração do dia, do sábado da 5ª semana da Quaresma, pedimos: “Ó Deus,
vós sempre cuidais da salvação dos homens e nesta quaresma nos alegrais com graças
mais copiosas. Considerai com bondade aqueles que escolhestes, para que a vossa
proteção paterna acompanhe os que se preparam para o batismo e guarde os que já
foram batizados” (Missa Romano).
QUARTA-FEIRA DE CINZAS – ANO B
22 de fevereiro de 2012
Irmãos e Irmãs! Sejam bem-vindos! Estamos iniciando a Quaresma, tempo de
preparação para a celebração do mistério pascal de Jesus.
A Palavra de Deus, as orações, as cinzas nos levam a experimentar a bondade do
Senhor, como reza a antífona da entrada da Missa: “Ó Deus, vós tendes compaixão de
todos e nada do que criastes desprezais: perdoais nossos pecados pela penitência porque
sois o Senhor nosso Deus” (Missal Romano).
Que a prática quaresmal do jejum, da oração e da caridade seja verdadeiro
caminho de conversão e nos ajude a fazer de nossa vida uma oferta agradável a Deus.
Neste dia, com toda a Igreja no Brasil, também iniciamos a Campanha da
Fraternidade, com o tema “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se
difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8).
1º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B
26 de fevereiro de 2012
Estamos na Quaresma, tempo de preparação para celebrar a vitória de Jesus sobre
o pecado e a morte, o mistério pascal.
Neste primeiro domingo da Quaresma, depois de passar pelas tentações do
deserto, Jesus inicia a sua missão fazendo-nos um forte convite: “Convertei-vos e crede
no Evangelho”. Somos chamados a fazer um caminho de conversão através da escuta da
Palavra de Deus, da oração, da penitência e da caridade.
Ao celebrar esta Eucaristia, pedimos a graça de crescer na fé e no conhecimento
de Jesus Cristo e de sempre corresponder ao seu amor, sendo fiéis aos compromissos do
nosso Batismo.
Com desejo de sempre estar em comunhão com Deus e com os irmãos, iniciemos
esta celebração do mistério pascal com o canto.
2º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B
04 de março de 2012
Estamos no segundo domingo da Quaresma. Aos poucos, vamos nos
aproximando da solene celebração da Paixão do Senhor. Caminhamos na fé e na
esperança de que nada nos separará do amor de Cristo, que por nós morreu e
ressuscitou.
Em nossa caminhada pascal, neste domingo da Transfiguração, somos convidados
a subir a montanha com Jesus para fazermos a experiência da amizade e da intimidade
com Ele. Com a Transfiguração, Jesus nos mostra que, para além da cruz está a manhã
da ressurreição, a vitória da vida sobre a morte.
Diante de tantas coisas que mexem com o nosso coração e desafiam a nossa fé,
suplicamos: “Lembrai-vos, Senhor, de vossa misericórdia e de vosso amor, pois são
eternos. Nossos inimigos não triunfem sobre nós: libertai-nos, ó Deus, de toda
angústia!” (Antífona da entrada da Missa – MR).
Com a disposição de viver e trabalhar para “que a saúde se difunda sobre a terra”,
iniciemos esta celebração com o canto.
3º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B
11 de março de 2012
Sejam bem-vindos a esta casa do Senhor para celebrar o mistério eucarístico,
neste 3º domingo da Quaresma. Nesta casa, fazemos a experiência da bondade do Pai e
contemplamos a sua glória, por Cristo.
A liturgia deste domingo nos leva a acompanhar Jesus em Jerusalém, onde Ele faz
um gesto de purificação do templo e anuncia a sua morte e ressurreição.
Somos chamados a ser o novo templo de Deus, construído sobre Jesus Cristo,
morto e ressuscitado. Mas ainda, “a cada momento, precisamos ser purificados de tudo
aquilo que não nos deixa oferecer sacrifícios agradáveis ao Senhor” (Roteiros
homiléticos 2012).
A antífona da entrada da Missa nos dá o verdadeiro sentido do culto e da
caminhada quaresmal: “Quando reconhecerdes a minha santidade, eu vos reunirei de
todas as nações. Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados de todas as
faltas. Dar-vos-ei um espírito novo, diz o Senhor” (Missal Romano).
4º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B
18 de março de 2012
Estamos no domingo da alegria, pois a festa da nossa salvação se aproxima. O
profeta Isaías, conforme a antífona da entrada da Missa, nos convida: “Alegra-te,
Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria!
Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (cf Is 66,10-11).
A liturgia deste 4º domingo da Quaresma “nos apresenta o anúncio da paixão e da
entrega de Jesus como prova do seu amor à humanidade” (Roteiros homiléticos 2012).
Ao celebrar a Eucaristia, neste dia do Senhor, acolhemos o Filho de Deus que
ilumina as nossas trevas e reaviva a esperança de um mundo novo mais fraterno.
Atraídos e salvos pela sua cruz e ressurreição, caminhamos para a plena comunhão, na
vida eterna.
No espírito da Campanha da Fraternidade, nos alegramos com todo o trabalho da
Igreja em favor da saúde e da vida em abundância.
5º DOMINGO DA QUARESMA – ANO B
25 de março de 2012
Irmãos e irmãs! Sejam todos bem-vindos! Com o desejo de ver Jesus e celebrar o
mistério de sua presença, vimos ao seu encontro, atraídos pelo seu amor salvador.
A Páscoa está próxima. Por isso, a liturgia nos apresenta Jesus falando da sua
hora, a hora de sua morte e glorificação. Ele é como o grão de trigo que morre para
produzir muito fruto.
Pela sua morte, Jesus salva a humanidade da perdição. “Ele decide livremente
morrer como gesto de doação plena de si mesmo ao Pai e aos homens, unicamente por
amor” (José H. Motta).
A antífona da entrada da Missa de hoje nos anima a celebrar a Páscoa de Jesus: “A
mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do
homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro” (Missal
Romano).
Mons. José Wilmar Dalla Costa
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