Fatores de risco dos pacientes com diagnóstico de Bronquiolite internados no CHEV e o papel
do Vírus Sincicial Respiratório como fator preditivo.
Sousa Maraly O.S1., Oliveira Camila C1., Abreu Karina M.2
1 Médica Residente em Pediatria do Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos,
São Paulo – SP.
2 Médica Assitente do Serviço de Pediatria do Complexo Hospitalar Professor Edmundo
Vasconcelos, São Paulo – SP.
Resumo
Bronquiolite aguda é uma doença do trato respiratório inferior, auto limitada, mais
prevalente entre os lactentes, causada principalmente pelo Virus Sincicial Respiratório (VSR).
Esta doença é caracterizada clinicamente por febre, tosse, coriza, sibilância e desconforto
respiratório. Em alguns casos, a bronquiolite pode evoluir com manifestações graves, levando
os pacientes a internação hospitalar com necessidade de suporte ventilatório e cuidados
intensivos. A identificação dos pacientes que tendem potencialmente a evoluir com formas
graves é ainda um desafio. Alguns trabalhos tentam identificar fatores prognósticos; contudo,
estudos feitos com base na população brasileira ainda são escassos.
O objetivo do presente estudo é avaliar algumas características clínicas e laboratoriais
pré determinadas como percentil de peso na admissão hospitalar, presença de complicações
durante a internação, identificação do vírus sincicial respiratório no swab de vias aéreas
superiores na admissão hospitalar, necessidade do uso de antibiótico ao longo da internação,
níveis de saturação sanguínea de oxigênio na admissão hospitalar, febre na admissão
hospitalar (temperatura axilar > 37.8 graus Célsius), marcadores laboratoriais de atividade
inflamatória sistêmica nos exames de admissão hospitalar: níveis séricos de Proteina C Reativa
e relação neutrófilos / linfócitos de pacientes internados com diagnóstico de bronquiolite no
serviço de pediatria do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos buscando fatores
preditores de gravidade nesta população.
Extraímos dados dos prontuários dos pacientes internados com diagnóstico de
bronquiolite no período de 01/01/2013 a 30/06/2014 no Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos. Estes dados foram colhidos e organizados em uma planilha com o uso do
Software Microsoft Excel (versão 2010). Realizamos uma análise multivariada utilizando um
modelo de regressão logística para testar a influência de tais características em relação ao
desfecho gravidade (internação hospitalar por período superior a 7 dias ou necessidade de
internação em unidade de terapia intensiva). Para a execução da análise estatística utilizamos
o software MedCalc versão 12.7.00.
Identificamos 4 variáveis que apresentaram relação estatística significativa com os
desfecho estudado: ausência de complicações ao longo da internação (OR= 0,0765, P=0,0413),
detecção de VSR no swab de vias aéreas superiores (OR= 6,0092, P=0,0147), SpO2 em níveis
normais na admissão hospitalar (OR= 0,8700, P=0,0431), percentil de peso adequado para a
idade na admissão hospitalar (OR= 0,9827, P=0,0280).
Lactentes internados com diagnóstico de bronquiolite que apresentam positividade para
VSR e que não tenham os fatores protetores descritos (ausência de complicações ao longo do
tratamento, SpO2 em níveis normais na admissão hospitalar, percentil de peso adequado para
a idade) podem ser considerados como pacientes de risco para bronquiolite grave.
Palavras – chave: bronquiolite, vírus sincicial respiratório, fatores de risco, pneumonia.
Introdução
A broquiolite aguda é a infecção do trato respiratório inferior mais comum em crianças
menores de dois anos de idade [1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9]. O agente etiológico mais comum é o
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em aproximadamente 75% dos casos, predominando nos
meses de inverno em 40% dos casos [1, 2, 4, 10]. Essa condição clínica também pode ser
causado por outros agentes como: Parainfluenza, Influenza A e B, Rhinovírus, Adenovírus,
Metapneumovírus e Bocavírus humano [11, 12].
Essa doença caracteriza-se clinicamente por febre e coriza que progridem em quatro a
seis dias, evoluindo com tosse , sibilância e desconforto respiratório [5, 10, 13]. O quadro
geralmente é auto limitado, com duração de aproximadamente uma semana. Contudo, alguns
casos apresentam maior gravidade, necessitando de internação hospitalar prolongada [11, 13].
O diagnóstico desta condição é baseado nestes achados clínicos e o tratamento visa medidas
de suporte clínico como hidratação, suporte ventilatório e tratamento do broncoespasmo [2,
5, 12, 14]. Alguns pacientes desenvolvem infecções bacterianas secundárias necessitando de
antibioticoterapia [4, 12, 15, 16].
Estudos visam determinar o perfil clínico dos pacientes que tendem a desenvolver
manifestação grave da bronquiolite, entretanto estes estudos não exibem um consenso
quanto a estes fatores [1, 3, 17]. Alguns destes fatores incluem: presença de comorbidades
(doença pulmonar crônica, cardiopatias congênitas e imunodeficiências), baixo peso ao nascer,
nascidos nos meses frios, desnutrição, exposição ao tabaco, gemelaridade e desmame precoce
[1, 5, 17, 18].
No Brasil não existem dados epidemiógicos confiáveis e estudos que descrevam o
comportamento populacional da bronquiolite, assim como os fatores de risco para o
desenvolvimento das formas mais graves nesta população.
Objetivo
O objetivo deste estudo é avaliar algumas características clínicas e laboratoriais pré
determinadas de pacientes internados com diagnóstico de bronquiolite no serviço de pediatria
do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos buscando fatores preditores de gravidade.
Materiais e Métodos
O presente trabalho trata-se de um estudo coorte retrospectivo que foi realizado com
base na extração de dados dos prontuários dos pacientes internados com diagnóstico de
bronquiolite no período de 01/01/2013 a 30/06/2014 no Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos. Todos os pacientes que possuem registros completos das variáveis e desfechos
avaliados neste estudo foram incluídos neste trabalho. Pacientes cujos prontuários
apresentam informações incompletas foram automaticamente excluídos.
Consideramos bronquiolite grave quando o paciente necessita de internação hospitalar
por tempo prolongado (superior a 7 dias) ou internação em terapia intensiva durante algum
momento do seu tratamento.
Dentro desse contexto foram avaliadas as seguintes variáveis: percentil de peso na
admissão hospitalar, presença de complicações durante a internação, identificação do agente
etiológico no swab de vias aéreas superiores na admissão hospitalar (vírus sincicial respiratório
– VSR), necessidade do uso de antibiótico ao longo da internação, níveis de saturação
sanguínea de oxigênio na admissão hospitalar, febre na admissão hospitalar (temperatura
axilar > 37.8 graus Célsius), marcadores laboratoriais de atividade inflamatória sistêmica nos
exames de admissão hospitalar (níveis séricos de Proteina C Reativa (PCR) e relação neutrófilos
/ linfócitos (RNL) [19, 20, 21].
Os dados dos pacientes foram colhidos e organizados em uma planilha com o uso do
Software Microsoft Excel (versão 2010). Para a execução da análise estatística avaliamos as
variáveis em questão buscando correlacioná-las com os desfechos: Internação prolongada e
necessidade de cuidados de terapia intensiva. As análises em questão foram efetuadas com o
uso do software MedCalc versão 12.7.00.
Análises Estatísticas e Resultados:
No estudo foram incluídos 124 pacientes com idade média de 8,6 meses (±6,42), sendo
64 do sexo masculino (51,6%)
e 60 do sexo feminino (48,3%). Somente 4 pacientes
apresentavam comorbidades, sendo 1 deles portador de trissomia do cromossomo 21, 1
portador de alergia a proteína do leite de vaca, 1 portador de citomegalovirus e 1 portador de
doença do refluxo gastro-esofágico.
Dos 124 pacientes estudados 83 (66,9%) apresentaram complicações ao longo de sua
internação, sendo que 80 /83 evoluíram com pneumonia (96,3%), 1/83 (1,2%) com otite média
aguda, 1/83 (1,2%) com conjuntivite, 3/83 (3,6%) com infecção do trato urinário, 2/83 (2,4%)
com coqueluche, 2/83 (2,4%) e com sinusite. Devemos ressaltar que alguns pacientes
apresentaram mais de uma complicação ao longo de sua internação. Nenhum caso de óbito foi
observado na amostra estudada.
Entre o grupo total dos lactentes tivemos 18 com necessidade de internação em UTI
(14,5%), sendo o tempo médio de permanência em ambiente de terapia intensiva de 5,2 dias
(±4,75), 82 doentes utilizaram antibióticos ao longo de sua internação (66,1%) e o tempo
médio de internação hospitalar foi de 8,5 dias (±3,79). Dentre os 124 lactentes estudados 85
(68,5%) apresentaram tempo de internação superior a 7 dias.
Da amostra em estudo, 100% da população foi submetida ao swab nasal para pesquisa
de VSR, dos quais 62 pacientes (50%) tiveram resultado positivo. Os doentes exibiam na
admissão uma média de nível sérico de PCR de 21,5UI/L (±37,96) e a média da RNL foi de 2,16
(±3,08), 73 pacientes apresentavam temperatura axilar > 37,8 graus Celsius na admissão
(58,8%), sendo a SpO2 média aferida no momento da internação de 92,8% (±4,74).
identificados, foram
feitos
-se os outliers.
e o Tempo de inter
medindo-se o coefici
in
Um test
a regress
estudo. Foram realizadas 2 análises, sendo a primeira com a inclusão de todos os pacientes
(n=124) e a segunda com a exclusão dos outliers (n=122).
A inclusão de todos os pacientes mostra um coeficiente de correlação de Pearson (r) =
0,1373
(P=0,1284 e intervalo de confiança de 95% - CI 95% - 0,04000 a 0,3062), não
demonstrando desta forma uma correlação estatísticamente significativa entre estas duas
variáveis. Entretanto, quando repetimos esta análise com a exclusão dos outliers verificamos
que r = 0,2425 ( P=0,0071 e CI 95% 0,06768 a 0,4029), o que reflete um baixo grau de
interdependência positiva entre as variáveis; porém, não podemos afirmar que exista uma
relação causal entre as mesmas.
Para avaliar se há relação causal entre tempo de internação prolongado e a RNL,
“
”
ô
adoção do limite 7 dias como definição de internação prolongada. Quando usamos este
artifício, é possível a realização de regressão logística com a finalidade de estudar esta relação.
Ao efetuar a regressão logística avaliando a variável RNL e desfecho tempo de internação
prolongado, observamos um valor de coeficiente = 0,14974, erro padrão = 0,12168, P= 0,2184,
constante = 0,4912, Odds Ratio (OR) = 1,1615 (CI 95% 0,9151 a 1,4744). Sendo assim, não há
uma relação com relevância estatística entre esta variável e o desfecho escolhido.
Para analisar a variável RNL e desfecho necessidade de internação em UTI utilizamos
novamente a regressão logística pois estávamos mais uma vez diante de uma variável
dicotômica. Nesse caso, obtivemos valores de coeficiente= -0,0081614, erro padrão=
0,087945, P= 0,9261, constante= -1,7556, OR= 0,9919 (CI 95% 0,8348 a 1,1785). Isso nos
mostra que não houve uma relação causal entre a elevação da RNL e o desfecho estudado.
As 6 variáveis restantes (complicações, identificação do VSR, necessidade do uso de
antibióticos, níveis séricos da PCR, percentil de peso, níveis de SpO2, febre) foram estudadas
em uma análise multivariada, adotando-se os desfechos necessidade de internação em UTI e
tempo de internação prolongado.
Para avaliarmos o papel desse conjunto de variáveis com relação ao desfecho
“
U I”
í
. Com a finalidade de
facilitar a execução dessa análise estabelecemos o valor de PCR = 21 UI/L como um valor de
referência transformando a variável em dicotômica, ou seja, passamos a ter dois grupos de
pacientes, aqueles com PCR > 21UI/L e aqueles com valores menores ou iguais a 21 UI/L. Os
valores obtidos com a análise encontra-se nas Tabelas 1 e 2. O modelo matemático criado foi
avaliado através da aplicação de um teste de Hosmer e Lemeshow revelando uma boa
modelagem estatística (P=0,6176).
As variáveis que apresentaram significância estatística foram: ausência de complicações
ao longo do período de internação (OR= 0,0765, CI 95% 0,0065 to 0,9039 P= 0,0413),
isolamento do VSR nas secreções de vias aéreas superiores (OR= 6,0092, CI 95%= 1,4219 to
25,3960, P= 0,0147) e níveis de SpO2 na admissão hospitalar ( OR= 0,8700, CI 95%= 0,7602 to
0,9957, P= 0,0431).
Ao analisarmos as mesmas variáveis, poré
h
“
”, utilizando uma nova regressão logística, verificamos que a única variável que
mostrou uma significância estatística foi valor do percentil de peso para a idade (OR= 0,9827,
CI 95% 0,9676 to 0,9981, P= 0,0280) presentes nas tabelas 3 e 4. O modelo matemático
novamente foi testado, mostrando boa adequação estatística (Hosmer e Lemeshow P=
0,4689).
Para avaliar valores de cutoff das variáveis quantitativas contínuas percentil de peso,
temperatura axilar e nível sérico de PCR
em UTI”
“
h
“
” empregamos estudos de curva ROC (receiver operating
characteristic curve). Os valores de cutoff tiveram significância estatística para percentil de
peso em relação a internação prolongada, sendo este valor menor ou igual a 15 (sensibilidade
(s) = 24,7%, especificidade (e)= 94,8%, P= 0,0373, área sob a curva (a) = 0,601), Gráfico 1, PCR
em relação a internação prolongada sendo o valor de cutoff > 41UI/L (s = 41,2%, e = 79,5%, p=
0,0135, a= 0,631), Gráfico 2. As demais análises não tiveram significância estatística e não
convém serem descritas.
Discussão:
Em nosso estudo buscamos identificar características clínicas e laboratoriais de
pacientes internados com diagnóstico de bronquiolite que funcionem como preditores de
evolução grave. Para isso assumimos que pacientes graves são aqueles que permanecem
internados por um período superior à 7 dias ou pacientes que em algum momento de sua
internação necessite de cuidados de terapia intensiva.
Desta forma, conseguimos estabelecer correlação estatística entre 4 variáveis com
desfecho gravidade:
1) Ausência de complicações ao longo da internação: Os pacientes que não evoluiram com
complicações ao longo de sua internação hospitalar apresentaram uma relação de
proteção quando avaliados em relação ao desfecho necessidade de cuidados de
terapia intensiva (OR= 0,0765, P=0,0413).
2) Detecção de VSR no swab de vias aéreas superiores: Os pacientes que tiveram o VSR
identificados como agente etiológico da bronquiolite aguda em swab de vias aéreas
colhido no momento da admissão hospitalar tiveram uma correlação positiva em
relação ao desfecho gravidade aumentando em 6 vezes as chances de necessidade de
cuidados de terapia intensiva (OR= 6,0092, P=0,0147).
3) SpO2 em níveis normais na admissão hospitalar: Pacientes com SpO2 normal na
admissão hospitalar apresentaram menores chances de necessidade de cuidados de
terapia intensiva ao longo de sua internação (OR= 0,8700, P=0,0431).
4) Percentil de peso adequado para a idade na admissão hospitalar: Pacientes com
percentil de peso normal para a idade apresentaram menor chance de permanecer
internados por mais de 7 dias (OR= 0,9827, P=0,0280).
Estabelecemos valores de cutoff para as variáveis percentil de peso, temperatura axilar e
nível sérico de PCR através da análise de curva ROC. Encontramos correlação estatística entre
percentil de peso e internação prolongada e níveis séricos de PCR na admissão hospitalar e
internação prolongada; contudo, a área sob a curva é muito próxima a 0,5, não podendo
assim, considerarmos tais variáveis como fatores preditivos de prognóstico.
Conforme descrito acima, a presença do VSR como agente etiológico aumenta as chances
do paciente evoluir de maneira grave. Esse mesmo achado foi descrito pelo estudo de
Rodriguez et al (2014) [5], em que se demonstrou que a presença do VSR em crianças
internadas com bronquiolite aguda aumenta a necessidade de suporte ventilatório, eleva o
tempo de hospitalização e consequentemente a necessidade de permanência em UTI.
Segundo Pickles et al [22] a positividade para VSR em swab de vias aéreas de crianças com
bronquiolite aguda aumenta em 6 vezes as chances de internação hospitalar, sendo um fator
preditor de gravidade.
Em uma revisão sistemática que visa estabelecer preditores para bronquiolite aguda Luo et
al [17] menciona que alguns dos estudos avaliados relacionam carga viral elevada na secreção
nasal com aumento das chances de internação em UTI.
Em nosso estudo encontramos 3 variáveis que quando presentes atuam como fatores de
proteção contra o desfecho gravidade: ausência de complicações, valores de SpO2 normais e
percentil de peso em relação a idade adequado.
As complicações que encontramos em nossa amostra foram de caráter infeccioso, como:
pneumonia, otite, conjuntivite, infecção do trato urinário, coqueluche e sinusite. Entre elas, a
mais incidente foi a pneumonia. No presente estudo, a ausência de complicações diminui as
chances de evolução grave. Ainda em sua revisão sistemática Luo et al [17] refere que a
presença de pneumonia, manifestando-se com consolidação pulmonar pode ser considerada
uma variável preditora de gravidade.
Nosso estudo demonstrou ainda que presença de valores normais de SpO2 na admissão
hospitalar destes pacientes e adequação do percentil de peso em relação a idade
representaram fatores de proteção contra gravidade na bronquiolite aguda. Alguns autores
sugerem que níveis de SpO2 abaixo de 92% na admissão hospitalar destes pacientes está
correlacionada com desfecho grave; porém, este fator não se correlaciona diretamente com o
tempo de internação [23, 24, 25, 26, 27]. Não encontramos estudos que tragam uma
correlação direta entre percentil de peso na admissão hospitalar e manifesção de bronquiolite
aguda grave.
Conclusão:
Em nosso estudo verificamos que a presença de VSR no swab de vias aéreas superiores foi
um fator preditivo de manifestação de bronquiolite aguda grave na população estudada. Além
disso, a presença de SpO2 em valores normais na admissão hospitalar, associada a ausência de
complicações ao longo a internação hospitalar e percentil de peso adequado à idade
funcionaram como fatores de proteção nesta mesma população. Portanto, pacientes com
positividade para VSR e que não tenham os fatores protetores descritos podem ser
considerados como pacientes de risco para bronquiolite grave.
Referências
1) Suzanne E, Zentz DNP. (2011) Care of Infants and Children with Bronchiolitis: A
Sistematic Review. Journ of Pediatr Nursing; 26, 519-529.
2) De Carvalho WB, Johnston C, Fonseca MC. (2007) Acute bronchiolitis, an uptodate
review. Rev. Assoc. Med. Bras; 53 (2).
3) Murray J, Bottle A, Sharland M, Modi N, Aylin P, Majeed A, Saxena S. Risk Factors for
Hospital Admission with RSV Bronchiolitis in England: A Population-Based Birth Cohort
Study. Plos one/fev 2014 – 52. Issue 2. e89186.
4) Pinto A L, Pitrez P M, Gerhardt M, Ferlini R, Barbosa C D, Daros I, Jones M H, Stein R T,
Marostica P J. (2012). Azithromycin Therapy in Hospitalized Infants wthi Acote
Bronchiolitis is Not Associated with Better Clinical Outcomes: A Randomized, DoubleBlinded, and PlaceboControlled Clinical Trial. Journ of Pediatrics 2012; 161: 1104-8. 161
(6). 1104 – 1109.
5) Rodriguez D A, Martinez C E R, Cárdenas A C, Qualiguy I E, Mayorga L Y, Falla L M, Nino
G. Predictors of Severity and Mortality in Children Hospitalized with Respiratory
Syncytial Virus Infection in a Tropical Region. Pediatrc Pulmonol. 2014 March; 49 (3):
269 – 276. Dói: 10.1002/ppul.22781.
6) Marlais M, Evans J, Abrahamson E. Clinical Predictors of Admission in Infants with Acute
Brochiolitis. November 25, 2014 – published by group.bmj.cm Arch Dis Chid 20011; 96:
648-652, doi: 10.1136/adc.2010.201079.
7) Ohler K H, Pham J T. Comparison oh the Timing of Inicial Prophylactic Palivizumab Dosing
on Hospitalization of Neonates for Respiratory Syncytial Virus. Am J Health-Syst Pharm
– vol 70, aug 1, 2013: 1342-1346. Doi: 10.2146/ajhpl 20526.
8) Simões E A F, Carbonell X. Imact of Severe Disease Caused by Respiratory Syncytial Virus
in Children Living in Developed Countries. Pediatr Infect Dis J, 2003; 22: S13-20. Vol 22.
Nº 2.
9) Chowdhury M M, Mckenzie S A, Pearson C C, Carr S, Pao C, Shah A R, Reus E, Eliahoo J,
Gordon F, Balnd H, Habibi P. Heliox Therapy in Bronchiolitis: Phase III Multicenter
Double – Blind Randomized Controlled Trial. Pediatrics 2013; 0031-4005. ISSN: 10984275. Doi: 10;1542/peds.2012-1317.
10) Caswell M D, Do, Herbert L, Munce Jr.Respiratory Syncytial Virus Infection in Children.
American Academy of Family Physicians. Jan 15, 2011. Vol 83, nº 2. 141 – 146.
11) Mação P, Dias A, Azevedo L, Jorge A, Rodrigues C. (2011), Broquiolte Aguda: Estudo
Prospecivo. Acta Med Port 2011; 24 (S2): 407-412.
12) Ferronato A E, Gilio A E, Derraro A A, Paulis M. Etiological Diagnosis Reduces the Use of
Antibiotics in Infants With Bronchiolitis. CLINICS 2012; 67 (9): 1001-1006.
13) American Academy of Pediatrcs Subcommitee on Diagnosis and Managemet of
bronchiolitis. Diagnosis and management of Bronschiolitis, Pediatrics 2006; 118: 177493.
14) Blanken M O, Koffijberg H, Nibbelke E E, Rovers M M, Bont L. Propective Validation of
Prognostic Model for Respiratory Syncytial Virus Bronchiolitis in Late Preterm INfants: A
Multicenter Birth Cohort Study. Mach 2013 / 8 (3) / e59161. Plos One.
15) Hasegawa K, Tsugawa Y, Brown D, Jonathan M, Mansbach, Junior C. (2013) Trends in
Bronchiolitis Hospitalizations in the United States, 2000-2009. Pediatriccs; peds.20123877, 28 março de 2013.
16) Bandeira A, Vieira C, Gomes L, Reis G, Guedes M. (2005). Abordagem Diagnóstica e
terapêutica das Bronquioltes – uma revisão bibliográfica. Nascer e Crescer: ver do
Hospital de Crianças Maria Pia 2005, vol XIV, nº 4. 14 (4): 286 – 291.
17) Luo G, Nkoy F L, Gesland P H, Glasgow T F, Stone B L. A Systemtic Review of Predictive
Modeling For Bronchiolitis. 2014 Elsevier Ireland Ltd. 1386-5056.
18) Semple M G, Robinson D C T, Pista S, Smyth R L. Household tabacco Smoke and
Admission Weight Predict Severe Bronchiolitis in INfants Independent of Deprivation:
Prospective Cohort Study. July 2011. 6 (7). e22425. Plos One.
19) Jones MH e tal. Bronquiolite Aguda: tratamento e prevenção. 31 de janeiro de 2011.
Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
20) Kushner G. I. Acute-phase proteins and other systemic responses to inflammation. New
England Journal of Medicine 1999;340 (6): 448–54.
21) Zahorec R. Ratio of neutrophil to lymphocyte counts – rapid and sim- ple parameter of
systemic inflammation and stress in critically ill. Bratislavske Lekarske Listy 001;102(1):5–
14.
22) Pickles J R, DeVicenzo J. VSR and its Propensity for Causing Bronchiolitis. J Pathol 2014 Oct,
10. Doi: 1002 / path, 4462. [Epub ahead of print].
23) Smyth R L e al. Bronchiolitis. Lancet 2006; 368: 312 – 22.
24) Walsh P e al. A avaliable clinical model to predict the need for admission and length of stay
in children with acute bronchiolitis. Eur J Emeg Med 2004; 11: 265 – 72.
25) Volts S et al. Clinical predictors of the severity of bronchiolitis. Eur J Emeg Med 2006; 13:
134 – 8.
26) Damore D e al. Prospective multicenter bronchiolitis study: predicting intensive care unit
admissions. Acad Emer Med 2008: 887 – 94.
27) Mansbach J M. prospective multicenter study os bronchiolitis: predicting safe discharges
from the emergency departamento. Pediatrics 2008; 121: 680 – 8.
Coeficiente
Ausência
P
de -2,57109
1,26025
0,0413
1,79329
0,73536
0,0147
administração 2,16332
1,19566
0,0704
complicações
Isolamento VSR
Não
de ATB
PCR > 21UI/L
0,51802
0,72541
0,4752
Percentil de peso
-0,013076
0,010348
0,2064
0,068841
0,0431
Elevação dos níveis -0,13926
de SpO2
Ausência de febre
0,53620
0,66195
0,4179
Constante
10,1755
-
-
Tabela 1: Coeficientes e Erros Padrão da regressão logística que avalia a relação entre as
h “I
U I”
Odds ratio
CI 95%
Ausência de complicações
0,0765
0,0065 to 0,9039
Isolamento VSR
6,0092
1,4219 to 25,3960
Não administração de ATB
8,7000
0,8351 to 90,6317
PCR > 21UI/L
1,6787
0,4050 to 6,9576
Percentil de peso
0,9870
0,9672 to 1,0072
Elevação dos níveis de SpO2
0,8700
0,7602 to 0,9957
Ausência de febre
1,7095
0,4671 to 6,2564
Tabela 2: Odds ratio e intervalos de confiança com 95% regressão logística que avalia a relação
h “I
U I”
Coeficiente
Ausência
P
de 0,086338
0,68569
0,8998
0,44790
0,9605
0,71758
0,0572
complicações
Isolamento VSR
Não
-0,022157
administração -1,36487
de ATB
PCR > 21UI/L
0,64650
0,56325
0,2511
Percentil de peso
-0,017420
0,0079259
0,0280
0,051763
0,4290
Elevação dos níveis -0,040944
de SpO2
Ausência de febre
0,74128
0,48980
0,1302
Constante
5,6751
-
-
Tabela 3: Coeficientes e Erros Padrão da regressão logística que avalia a relação entre as
h “I
”
Odds ratio
CI 95%
Ausência de complicações
1,0902
0,2843 to 4,1799
Isolamento VSR
0,9781
0,4066 to 2,3531
Não administração de ATB
0,2554
0,0626 to 1,0425
PCR > 21UI/L
1,9089
0,6329 to 5,7574
Percentil de peso
0,9827
0,9676 to 0,9981
Elevação dos níveis de SpO2
0,9599
0,8673 to 1,0624
Ausência de febre
2,0986
0,8035 to 5,4810
Tabela 4: Odds ratio e intervalos de confiança com 95% regressão logística que avalia a relação
entre as variáveis
h “I
”
Gráfico 1: Curva ROC do percentil de peso x tempo de internação prolongada. O valor de cutoff
foi menor ou igual a 15.
Gráfico 2: Curva ROC do percentil de peso x tempo de internação prolongada. O valor de cutoff
foi maior que 41UI/L.
Download

Fatores de risco dos pacientes com diagnóstico de