CPV O cursinho que mais aprova na GV FGV Administração 04/junho/2006 LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO 1 Leia o texto com atenção e responda às questões. Amor de Salvação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Escutava o filho de Eulália o discurso de D. José, lardeado de facécias, e, por vezes, atendível por umas razões que se lhe cravavam fundas no espírito. As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas. Já ele se temia de responder coisa de fazer rir o amigo. Violentava sua condição para o igualar na licença da idéia, e, por vezes, no desbragado da frase. Sentia-se por dentro reabrir em nova primavera de alegrias para muitos amores, que se haviam de destruir uns aos outros, a bem do coração desprendido salutarmente de todos. A sua casa de Buenos Aires aborreceu-a por afastada do mundo, boa tãosomente para tolos infelizes que fiam do anjo da soledade o despenarem-se, chorando. Mudou residência para o centro de Lisboa, entre os salões e os teatros, entre o rebuliço dos botequins e concurso dos passeios. Entrou em tudo. As primeiras impressões enjoaram-no; mas, à beira dele, estava D. José de Noronha, rodeado dos próceres da bizarriz (sic), todos porfiados em tosquiarem um dromedário provinciano, que se escondera em Buenos Aires a delir em prantos uma paixão calosa, trazida lá das serranias minhotas. Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, que já muito a medo lhe segredava os seus antigos ditames, que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. É verdade que às vezes duas imagens lagrimosas se lhe antepunham: a mãe, e Mafalda. Afonso desconstrangia-se das visões importunas, e a si se acusava de pueril visionário, não emancipado ainda das crendices do poeta inesperto da prosa necessária à vida. 17 Escrever, porém, a Teodora, não vingaram as sugestões de D. José. Porventura, outras mulheres 18 superiormente belas, e agradecidas às suas contemplações, o traziam preocupado e algum tanto 19 esquecido da morgada da Fervença. 20 Mas, um dia, Afonso, numa roda de mancebos a quem dava de almoçar, recebeu esta carta de 21 Teodora: 22 23 24 25 26 27 28 29 “Compadeceu-se o Senhor. Passou o furacão. Tenho a cabeça fria da beira da sepultura, de onde me ergui. Aqui estou em pé diante do mundo. Sinto o peso do coração morto no seio; mas vivo eu, Afonso. Meus lábios já não amaldiçoam, minhas mãos estão postas, meus olhos não choram. O meu cadáver ergueu-se na imobilidade da estátua do sepulcro. Agora não me temas, não me fujas. Pára aí onde estás, que as tuas alegrias devem ser muito falsas, se a voz duma pobre mulher pode perturbá-las. Olha... se eu hoje te visse, qual foste, ao pé de mim, anjo da minha infância, abraçava-te. Se me dissesses que a tua inocência se baqueara à voragem das paixões, repelia-te. Eu amo a criança de há cinco anos, e detesto o homem de hoje. 30 31 32 33 34 35 Serena-te, pois. Esta carta que mal pode fazer-te, Afonso? Não me respondas; mas lê. À mulher perdida relanceou o Cristo um olhar de comiseração e ouviu-a. E eu, se visse passar o Cristo, rodeado de infelizes, havia de ajoelhar e dizer-lhe: Senhor! Senhor! É uma desgraçada que vos ajoelha e não uma perdida. Infâmias, uma só não tenho que a justiça da terra me condene. Estou acorrentada a um dever imoral, tenho querido espadaçá-lo, mas estou pura. Dever imoral... por que, não, Senhor! Vós vistes que eu era inocente; minha mãe e meu pai estavam convosco.” Camilo Castelo Branco. Amor de Salvação. São Paulo: Martin Claret. 2003, pp. 94-95 CPV fgv061fjunhoadm 1 2 fgv - 04/06/2006 CPV o cursinho que mais aprova na GV 16. O texto trata essencialmente: a) Das relações de Afonso com a família. b) De Afonso de Teive e suas relações com seus amigos e com Teodora. c) Do retorno de Afonso a Buenos Aires. d) Da vida pregressa de Teodora. e) Das provocações que Afonso fazia a seus amigos. Resolução: O texto informa que Afonso de Teive estivera em Buenos Aires a fim de redimir-se de uma “paixão calosa” e evitar os escarnecedores comentários dos amigos. Ao retornar a Lisboa, retoma o contato diretamente com os amigos e indiretamente com Teodora, ao receber desta uma carta. Exatamente esses contatos constituem assunto predominante do texto. Pode-se apontar como elementos ilustrativos do texto que consubstanciam a alternativa “B” como correta: o diálogo entre Afonso de Teive e os amigos (próceres), entre os quais D. José de Noronha; e a carta enviada por Teodora. Alternativa B 17. Afonso repelia a visão da mãe e de Mafalda (L. 13-16) porque: a) Teodora não se dava bem com elas. b) O convívio com o grupo de D. José o induzia a abandonar os valores familiais. c) Elas queriam impedi-lo de ser o poeta que a sociedade lisboeta apreciava. d) Ele censurava o comportamento inoportuno de ambas. e) Outras mulheres, mais belas, ocupavam o seu pensamento. Resolução: Os valores familiares faziam Afonso de Teive sentir-se constrangido perante os amigos. Assim, ele preferia ignorar tais valores por serem julgados provincianos por seus pares. Alternativa B 18. Na carta dirigida a Afonso, nota-se que Teodora procura: a) Persuadi-lo e apela para emoções, sentimentos e valores culturais. b) Irritá-lo, apóia-se na lógica e argumenta com relações de causa e efeito. c) Dissuadi-lo e utiliza argumentos que têm por base generalizações. d) Intimidá-lo, e sua argumentação baseia-se em fatos concretos. e) Castigá-lo e argumenta com linguagem lógica e impessoal. CPV fgv061fjunhoadm Resolução: Fica patente que a intenção de Teodora é persuadir, convencer Afonso de Teive. Nota-se claramente, como Teodora se vale de sentimentos e emoções (“...Sinto o peso do coração morto no seio (...) meus olhos não choram”); e valores culturais como a religiosidade “Compadeceu-se o Senhor (...) anjo da minha infância (...) À mulher perdida relanceou o Cristo um olhar de comiseração (...)”). Nota-se, ainda, o predomínio da função emotiva ou expressiva da linguagem. Alternativa A 19. Observe o período abaixo (L. 2-3): I. Já ele se temia de responder coisa de fazer rir o amigo. Compare-o com: II. Já ele se temia de responder, coisa de fazer rir o amigo. Dessa comparação, pode-se entender que: a) Entre eles, não há diferença de sentido: ambos são ambíguos. b) No período I, a personagem temia rir de algo que alguém lhe dissesse. No II, ocorre o contrário. c) No período I, a personagem temia responder algo que pudesse fazer os outros rir do amigo. No II, temia pôrse a rir do amigo. d) No período I, a personagem temia responder alguma coisa que fizesse o amigo rir. No período II, sabia que seu medo de responder faria o amigo rir. e) O período I é ambíguo. O II, não. Resolução: No período I, o trecho “coisa de fazer rir o amigo” funciona como objeto direto do verbo “responder”. Assim, compreende-se que a personagem tinha medo de responder ao amigo alguma coisa que fizesse este rir. No período II, o verbo “responder” é intransitivo, e “coisa de fazer rir e amigo” refere-se à atitude da personagem de temer responder ao amigo, o que poderia provocar o riso deste. Alternativa D 20. Observe a oração abaixo (L. 2): As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas. A leitura do texto permite notar que, nesse caso, o pronome lhe refere-se a: a) b) c) d) e) Eulália. Mafalda. D. José de Noronha. Teodora. Afonso de Teive. Resolução: Na oração As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas, o pronome lhe substitui do texto a expressão “o filho de Eulália”, sujeito da primeira oração (O filho de Eulália escutava o discurso de D. José, na ordem direta do discurso). Pelo contexto, é possível perceber que o filho de Eulália é, na verdade, Afonso de Teive. Alternativa E CPV o cursinho que mais aprova na GV 21. “Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.” (L. 1213). Assinale a alternativa que corresponde ao sentido dessa frase e, ao mesmo tempo, respeita a norma culta da língua portuguesa. a) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...) do que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. b) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) ao invés de expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. c) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...) a expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. d) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...) sem expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. e) Ora, Afonso de Teive queria antes renegar da virtude, (...) por expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. Resolução: A frase apresenta a preferência de Afonso de Teive por uma atitude (“renegar da virtude”), em detrimento de outra (“expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate”). Na alternativa C, encontramos o sentido da frase original preservado, bem como o uso correto do verbo preferir, classificado como transitivo direto e indireto, com objeto indireto regido pela preposição a. Alternativa C 22. Na mesma passagem, “Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, que já muito a medo lhe segredava os seus antigos ditames, que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.” (L. 12-13), a oração em destaque tem valor: a) Comparativo. b) Causal. c) Temporal. d) Concessivo. e) Consecutivo. Resolução: A oração em destaque compara o que Afonso de Teive queria (“renegar da virtude”) com o que procurava evitar (“expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate”). Alternativa A 23. A propósito do trecho “Compadeceu-se o Senhor. Passou o furacão. Tenho a cabeça fria da beira da sepultura, de onde me ergui.” (L. 22-23), pode-se dizer que: a) Teodora diz que Deus havia tido dó de seus sofrimentos. Assim, o termo Senhor é sujeito de compadeceu-se. b) A autora da carta dirige-se a Deus; assim, a função sintática de Senhor é vocativo. c) Teodora havia falecido. O autor recorre a um artifício para dar-lhe voz. d) Teodora declara já ter conseguido retomar completamente o controle de sua vida porque tinha sofrido demais. e) Em passou o furacão, identifica-se a figura chamada silepse. CPV fgv061fjunhoadm Fgv - 04/06/2006 3 Resolução: No trecho em destaque, a oração “Compadeceu-se o Senhor” foi apresentada na ordem inversa do discurso. Ao reescrevê-la na ordem direta, temos: “O Senhor compadeceu-se”. Nessa construção, fica evidente que Deus havia se compadecido dela, isto é, havia tido dó de Teodora. Além disso, é possível identificar a expressão “O Senhor” como sujeito do verbo pronominal “compadecer-se”, o que legitima a alternativa A como resposta. Alternativa A 24. Certas características da visão que o Romantismo tem da mulher estão presentes na carta enviada por Teodora a Afonso de Teive. Assinale a alternativa que confirma essa afirmação. a) b) c) d) e) Objetividade e fragilidade. Sentimentalismo e religiosidade. Depressão e agressividade. Espontaneidade e altivez. Senso de humor e rebeldia. Resolução: Sentimentalismo e religiosidade são características atribuídas à figura da mulher no período romântico. A primeira pode ser verificada nos trechos: “Sinto o peso do coração morto no seio...” e “Eu amo a criança de há cinco anos...”. Do mesmo modo, a religiosidade está presente em: “À mulher perdida relanceou o Cristo um olhar de comiseração e ouviu-a” e “Dever moral... por que, não, Senhor! Vós vistes que eu era inocente...”. Alternativa B TEXTO 2 Leia o texto abaixo. Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil. — Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor. Não é outra coisa um filho que me faz isto... Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por ele, e sacudiu-mos na cara. — Vês, peralta? é assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas? Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma. Machado de Assis 4 fgv - 04/06/2006 CPV o cursinho que mais aprova na GV 25. A primeira frase desse excerto tornou-se uma das mais conhecidas pelos leitores da obra machadiana. A julgar por essa afirmação e pela personagem mencionada, podemos reconhecer ali parte do romance denominado: a) Memorial de Aires. b) Dom Casmurro. c) Helena. d) Memórias Póstumas de Brás Cubas. e) A Mão e a Luva. Resolução: O trecho destacado faz parte do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o que se pode deduzir pela referência à famosa personagem em questão, Marcela, personagem de índole questionável, com quem Brás Cubas se relacionou antes de ir estudar em Coimbra. Alternativa D 26. O principal efeito artístico encontrado na primeira frase do excerto pode ser comparado, mais propriamente, ao que aparece na frase: a) Lançou ao mar o tridente e a âncora. b) Emitiu algumas palavras e outras sonoridades estranhas. c) Pediu um refrigerante e o almoço. d) Trabalhou o barro e o ferro. e) Comeu toda a macarronada e minha paciência. Resolução: A alternativa E apresenta linguagem denotativa (“comeu toda a macarronada...”) seguida de linguagem conotativa (“... e minha paciência” — metáfora) assim como a primeira frase do excerto: “... durante quinze meses” — linguagem denotativa — “... e onze contos de réis” — linguagem conotativa (metáfora) — à qual o enunciado faz referência. Alternativa E 28. Principalmente a partir da publicação dessa obra, duas características passam a ser reconhecidas no estilo de seu autor. Assinale a alternativa que as contém. a) Ambigüidade e delicadeza na descrição dos caracteres. b) Humor escancarado e crítica à família tradicional brasileira. c) Ironia e análise da condição humana. d) Crítica ao comportamento do indivíduo como sujeito e não como objeto da sociedade. e) Análise da alma do indivíduo, desconsiderando a sociedade. Resolução: Machado de Assis foi um arguto observador das relações humanas e seus jogos de poder, interesse, vaidade e até loucura. Lançou sobre o tema um olhar amargo, mas também falsamente displicente, nisso consistindo sua ironia: situações moralmente aberrantes foram tratadas por ele como corriqueiras e admissíveis, quando não, louváveis. O significado dos eventos, no discurso, é negado ou invertido. Por isso, Brás Cubas não diz que Marcela o quis por interesse, mas que o amor durou “onze contos de réis”, convertendo o dinheiro em medida de tempo, ao fim do qual um romance naturalmente morreria. Alternativa C Abaixo, encontra-se a letra de uma canção brasileira: 4 Graus, de Raimundo Fagner e Dedé Evangelista. TEXTO 3 Leia o texto abaixo. 4 Graus 27. Segundo muitos autores, a obra de que foi retirado esse excerto é considerada marca, no Brasil: a) Do início do Romantismo. b) Da base em que se apoiou o desenvolvimento do estilo romântico. c) De reminiscências do estilo barroco. d) Da fonte em que iriam beber os participantes da Semana de 22. e) Do início do Realismo. Resolução: Publicado em 1881, o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é considerado a obra que marcou, no Brasil, o início do Realismo. Os autores realistas, ao buscarem desenvolver a complexidade psicológica de seus personagens e esmiuçarem a análise dos relacionamentos humanos, dissecando suas contradições e imperfeições, desvencilhavam-se do estilo romântico, em voga até então, que, por meio da estereotipação de tipos e comportamentos sociais, apresentava uma sociedade idealizada, alheia à realidade. Alternativa E CPV fgv061fjunhoadm Céu de vidro azul fumaça Quatro Graus de latitude Rua estreita, praia e praça Minha arena e ataúde Não permita Deus que eu morra Sem sair desse lugar Sem que um dia eu vá embora Pra depois poder voltar Quero um dia ter saudade Desse canto que eu cantei E chorar se der vontade De voltar pra quem deixei De voltar pra quem deixei. http://fagner.letras.terra.com.br/letras/253766/, em 10 de maio de 2006 CPV o cursinho que mais aprova na GV 29. No primeiro verso da canção, um recurso de estilo se destaca. Trata-se da: a) b) c) d) e) Metáfora. Metonímia. Sinédoque. Catacrese. Antonomásia. Resolução: A alternativa A é a única que apresenta o recurso estilístico presente no verso “céu de vidro azul fumaça”, pois a metáfora evidencia uma relação de semelhança entre dois elementos de naturezas distintas (“céu” e “vidro”), a fim de estabelecer uma analogia implícita entre as características dos dois termos em questão. Alternativa A Fgv - 04/06/2006 COMENTÁRIO DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA A prova de Língua Portuguesa e Literatura da FGV/Administração/ junho/2006 privilegiou questões de Interpretação de Texto que exigiam domínio e habilidade de leitura e vocabulário. As questões de Gramática demandaram conhecimento teórico e contextualizado de fenômenos lingüísticos. Já as de Literatura prenderam-se a aspectos factuais da História da Literatura, averiguando conhecimentos de estéticas, obras e autores consagrados. DISTRIBUIÇÃO DAS QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA Gramática 26,6% Literatura 33,4% 30. A segunda estrofe do poema-canção faz referência a outro poema. É ele: a) b) c) d) e) Poema de Sete Faces, de Drummond. Romance das Palavras Aéreas, de Cecília Meireles. Quem Matou Aparecida?, de Ferreira Gullar. Poema em Linha Reta, de Álvaro de Campos. Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Resolução: Na segunda estrofe do poema-canção em destaque, os versos “Não permita Deus que eu morra / Sem sair desse lugar” fazem referência explícita aos versos “Não permita Deus que eu morra / Sem que volte para lá” do poema Canção de Exílio de Gonçalves Dias. Alternativa E CPV fgv061fjunhoadm 5 Interpretação 40%