CPV O cursinho que mais aprova na GV
FGV — Administração
— 04/junho/2006
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 1
Leia o texto com atenção e responda às questões.
Amor de Salvação
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Escutava o filho de Eulália o discurso de D. José, lardeado de facécias, e, por vezes, atendível por umas
razões que se lhe cravavam fundas no espírito. As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas. Já
ele se temia de responder coisa de fazer rir o amigo. Violentava sua condição para o igualar na licença
da idéia, e, por vezes, no desbragado da frase. Sentia-se por dentro reabrir em nova primavera de
alegrias para muitos amores, que se haviam de destruir uns aos outros, a bem do coração desprendido
salutarmente de todos. A sua casa de Buenos Aires aborreceu-a por afastada do mundo, boa tãosomente para tolos infelizes que fiam do anjo da soledade o despenarem-se, chorando. Mudou
residência para o centro de Lisboa, entre os salões e os teatros, entre o rebuliço dos botequins e
concurso dos passeios. Entrou em tudo. As primeiras impressões enjoaram-no; mas, à beira dele,
estava D. José de Noronha, rodeado dos próceres da bizarriz (sic), todos porfiados em tosquiarem um
dromedário provinciano, que se escondera em Buenos Aires a delir em prantos uma paixão calosa,
trazida lá das serranias minhotas. Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, que já muito
a medo lhe segredava os seus antigos ditames, que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate. É
verdade que às vezes duas imagens lagrimosas se lhe antepunham: a mãe, e Mafalda. Afonso
desconstrangia-se das visões importunas, e a si se acusava de pueril visionário, não emancipado ainda
das crendices do poeta inesperto da prosa necessária à vida.
17 Escrever, porém, a Teodora, não vingaram as sugestões de D. José. Porventura, outras mulheres
18 superiormente belas, e agradecidas às suas contemplações, o traziam preocupado e algum tanto
19 esquecido da morgada da Fervença.
20 Mas, um dia, Afonso, numa roda de mancebos a quem dava de almoçar, recebeu esta carta de
21 Teodora:
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“Compadeceu-se o Senhor. Passou o furacão. Tenho a cabeça fria da beira da sepultura, de onde me
ergui. Aqui estou em pé diante do mundo. Sinto o peso do coração morto no seio; mas vivo eu, Afonso.
Meus lábios já não amaldiçoam, minhas mãos estão postas, meus olhos não choram. O meu cadáver
ergueu-se na imobilidade da estátua do sepulcro. Agora não me temas, não me fujas. Pára aí onde
estás, que as tuas alegrias devem ser muito falsas, se a voz duma pobre mulher pode perturbá-las.
Olha... se eu hoje te visse, qual foste, ao pé de mim, anjo da minha infância, abraçava-te. Se me
dissesses que a tua inocência se baqueara à voragem das paixões, repelia-te. Eu amo a criança de há
cinco anos, e detesto o homem de hoje.
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Serena-te, pois. Esta carta que mal pode fazer-te, Afonso? Não me respondas; mas lê. À mulher perdida
relanceou o Cristo um olhar de comiseração e ouviu-a. E eu, se visse passar o Cristo, rodeado de
infelizes, havia de ajoelhar e dizer-lhe: Senhor! Senhor! É uma desgraçada que vos ajoelha e não uma
perdida. Infâmias, uma só não tenho que a justiça da terra me condene. Estou acorrentada a um
dever imoral, tenho querido espadaçá-lo, mas estou pura. Dever imoral... por que, não, Senhor! Vós
vistes que eu era inocente; minha mãe e meu pai estavam convosco.”
Camilo Castelo Branco. Amor de Salvação. São Paulo: Martin Claret. 2003, pp. 94-95
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16. O texto trata essencialmente:
a) Das relações de Afonso com a família.
b) De Afonso de Teive e suas relações com seus amigos e
com Teodora.
c) Do retorno de Afonso a Buenos Aires.
d) Da vida pregressa de Teodora.
e) Das provocações que Afonso fazia a seus amigos.
Resolução:
O texto informa que Afonso de Teive estivera em Buenos Aires a
fim de redimir-se de uma “paixão calosa” e evitar os escarnecedores
comentários dos amigos. Ao retornar a Lisboa, retoma o contato
diretamente com os amigos e indiretamente com Teodora, ao receber
desta uma carta. Exatamente esses contatos constituem assunto
predominante do texto.
Pode-se apontar como elementos ilustrativos do texto que
consubstanciam a alternativa “B” como correta: o diálogo entre
Afonso de Teive e os amigos (próceres), entre os quais D. José de
Noronha; e a carta enviada por Teodora.
Alternativa B
17. Afonso repelia a visão da mãe e de Mafalda (L. 13-16)
porque:
a) Teodora não se dava bem com elas.
b) O convívio com o grupo de D. José o induzia a
abandonar os valores familiais.
c) Elas queriam impedi-lo de ser o poeta que a sociedade
lisboeta apreciava.
d) Ele censurava o comportamento inoportuno de ambas.
e) Outras mulheres, mais belas, ocupavam o seu
pensamento.
Resolução:
Os valores familiares faziam Afonso de Teive sentir-se
constrangido perante os amigos. Assim, ele preferia ignorar tais
valores por serem julgados provincianos por seus pares.
Alternativa B
18. Na carta dirigida a Afonso, nota-se que Teodora procura:
a) Persuadi-lo e apela para emoções, sentimentos e valores
culturais.
b) Irritá-lo, apóia-se na lógica e argumenta com relações
de causa e efeito.
c) Dissuadi-lo e utiliza argumentos que têm por base
generalizações.
d) Intimidá-lo, e sua argumentação baseia-se em fatos
concretos.
e) Castigá-lo e argumenta com linguagem lógica e
impessoal.
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Resolução:
Fica patente que a intenção de Teodora é persuadir, convencer
Afonso de Teive. Nota-se claramente, como Teodora se vale de
sentimentos e emoções (“...Sinto o peso do coração morto no
seio (...) meus olhos não choram”); e valores culturais como a
religiosidade “Compadeceu-se o Senhor (...) anjo da minha
infância (...) À mulher perdida relanceou o Cristo um olhar de
comiseração (...)”). Nota-se, ainda, o predomínio da função
emotiva ou expressiva da linguagem.
Alternativa A
19. Observe o período abaixo (L. 2-3):
I. Já ele se temia de responder coisa de fazer rir o amigo.
Compare-o com:
II. Já ele se temia de responder, coisa de fazer rir o amigo.
Dessa comparação, pode-se entender que:
a) Entre eles, não há diferença de sentido: ambos são
ambíguos.
b) No período I, a personagem temia rir de algo que alguém
lhe dissesse. No II, ocorre o contrário.
c) No período I, a personagem temia responder algo que
pudesse fazer os outros rir do amigo. No II, temia pôrse a rir do amigo.
d) No período I, a personagem temia responder alguma
coisa que fizesse o amigo rir. No período II, sabia que
seu medo de responder faria o amigo rir.
e) O período I é ambíguo. O II, não.
Resolução:
No período I, o trecho “coisa de fazer rir o amigo” funciona como
objeto direto do verbo “responder”. Assim, compreende-se que a
personagem tinha medo de responder ao amigo alguma coisa que
fizesse este rir.
No período II, o verbo “responder” é intransitivo, e “coisa de
fazer rir e amigo” refere-se à atitude da personagem de temer
responder ao amigo, o que poderia provocar o riso deste.
Alternativa D
20. Observe a oração abaixo (L. 2):
As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas.
A leitura do texto permite notar que, nesse caso, o pronome
lhe refere-se a:
a)
b)
c)
d)
e)
Eulália.
Mafalda.
D. José de Noronha.
Teodora.
Afonso de Teive.
Resolução:
Na oração As réplicas saíam-lhe frouxas e mesmo timoratas, o
pronome lhe substitui do texto a expressão “o filho de Eulália”,
sujeito da primeira oração (O filho de Eulália escutava o discurso
de D. José, na ordem direta do discurso). Pelo contexto, é possível
perceber que o filho de Eulália é, na verdade, Afonso de Teive.
Alternativa E
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21. “Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude, (...)
que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.” (L. 1213). Assinale a alternativa que corresponde ao sentido
dessa frase e, ao mesmo tempo, respeita a norma culta da
língua portuguesa.
a) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...)
do que expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
b) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude,
(...) ao invés de expor-se à irrisão de pessoas daquele
quilate.
c) Ora, Afonso de Teive preferia renegar da virtude, (...) a
expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
d) Ora, Afonso de Teive antes queria renegar da virtude,
(...) sem expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
e) Ora, Afonso de Teive queria antes renegar da virtude,
(...) por expor-se à irrisão de pessoas daquele quilate.
Resolução:
A frase apresenta a preferência de Afonso de Teive por uma
atitude (“renegar da virtude”), em detrimento de outra (“expor-se
à irrisão de pessoas daquele quilate”). Na alternativa C,
encontramos o sentido da frase original preservado, bem como o
uso correto do verbo preferir, classificado como transitivo direto
e indireto, com objeto indireto regido pela preposição a.
Alternativa C
22. Na mesma passagem, “Ora, Afonso de Teive antes queria
renegar da virtude, que já muito a medo lhe segredava os
seus antigos ditames, que expor-se à irrisão de pessoas
daquele quilate.” (L. 12-13), a oração em destaque tem valor:
a) Comparativo.
b) Causal.
c) Temporal.
d) Concessivo.
e) Consecutivo.
Resolução:
A oração em destaque compara o que Afonso de Teive queria
(“renegar da virtude”) com o que procurava evitar (“expor-se à
irrisão de pessoas daquele quilate”).
Alternativa A
23. A propósito do trecho “Compadeceu-se o Senhor. Passou
o furacão. Tenho a cabeça fria da beira da sepultura, de
onde me ergui.” (L. 22-23), pode-se dizer que:
a) Teodora diz que Deus havia tido dó de seus sofrimentos.
Assim, o termo Senhor é sujeito de compadeceu-se.
b) A autora da carta dirige-se a Deus; assim, a função
sintática de Senhor é vocativo.
c) Teodora havia falecido. O autor recorre a um artifício
para dar-lhe voz.
d) Teodora declara já ter conseguido retomar
completamente o controle de sua vida porque tinha
sofrido demais.
e) Em passou o furacão, identifica-se a figura chamada
silepse.
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Resolução:
No trecho em destaque, a oração “Compadeceu-se o Senhor” foi
apresentada na ordem inversa do discurso. Ao reescrevê-la na
ordem direta, temos: “O Senhor compadeceu-se”.
Nessa construção, fica evidente que Deus havia se compadecido
dela, isto é, havia tido dó de Teodora. Além disso, é possível
identificar a expressão “O Senhor” como sujeito do verbo
pronominal “compadecer-se”, o que legitima a alternativa A como
resposta.
Alternativa A
24. Certas características da visão que o Romantismo tem da
mulher estão presentes na carta enviada por Teodora a
Afonso de Teive. Assinale a alternativa que confirma essa
afirmação.
a)
b)
c)
d)
e)
Objetividade e fragilidade.
Sentimentalismo e religiosidade.
Depressão e agressividade.
Espontaneidade e altivez.
Senso de humor e rebeldia.
Resolução:
Sentimentalismo e religiosidade são características atribuídas à
figura da mulher no período romântico. A primeira pode ser
verificada nos trechos: “Sinto o peso do coração morto no seio...”
e “Eu amo a criança de há cinco anos...”. Do mesmo modo, a
religiosidade está presente em: “À mulher perdida relanceou o
Cristo um olhar de comiseração e ouviu-a” e “Dever moral...
por que, não, Senhor! Vós vistes que eu era inocente...”.
Alternativa B
TEXTO 2
Leia o texto abaixo.
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis;
nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos,
sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias
de um capricho juvenil.
— Desta vez, disse ele, vais para a Europa; vais cursar uma
universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem
sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto
de espanto:
— Gatuno, sim senhor. Não é outra coisa um filho que me faz
isto...
Sacou da algibeira os meus títulos de dívida, já resgatados por
ele, e sacudiu-mos na cara. — Vês, peralta? é assim que um
moço deve zelar o nome dos seus? Pensas que eu e meus avós
ganhamos o dinheiro em casas de jogo ou a vadiar pelas ruas?
Pelintra! Desta vez ou tomas juízo, ou ficas sem coisa nenhuma.
Machado de Assis
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25. A primeira frase desse excerto tornou-se uma das mais
conhecidas pelos leitores da obra machadiana. A julgar
por essa afirmação e pela personagem mencionada,
podemos reconhecer ali parte do romance denominado:
a) Memorial de Aires.
b) Dom Casmurro.
c) Helena.
d) Memórias Póstumas de Brás Cubas.
e) A Mão e a Luva.
Resolução:
O trecho destacado faz parte do romance Memórias Póstumas de
Brás Cubas, o que se pode deduzir pela referência à famosa
personagem em questão, Marcela, personagem de índole
questionável, com quem Brás Cubas se relacionou antes de ir
estudar em Coimbra.
Alternativa D
26. O principal efeito artístico encontrado na primeira frase do
excerto pode ser comparado, mais propriamente, ao que
aparece na frase:
a) Lançou ao mar o tridente e a âncora.
b) Emitiu algumas palavras e outras sonoridades
estranhas.
c) Pediu um refrigerante e o almoço.
d) Trabalhou o barro e o ferro.
e) Comeu toda a macarronada e minha paciência.
Resolução:
A alternativa E apresenta linguagem denotativa (“comeu toda a
macarronada...”) seguida de linguagem conotativa (“... e minha
paciência” — metáfora) assim como a primeira frase do excerto:
“... durante quinze meses” — linguagem denotativa — “... e onze
contos de réis” — linguagem conotativa (metáfora) — à qual o
enunciado faz referência.
Alternativa E
28. Principalmente a partir da publicação dessa obra, duas
características passam a ser reconhecidas no estilo de seu
autor. Assinale a alternativa que as contém.
a) Ambigüidade e delicadeza na descrição dos caracteres.
b) Humor escancarado e crítica à família tradicional
brasileira.
c) Ironia e análise da condição humana.
d) Crítica ao comportamento do indivíduo como sujeito e
não como objeto da sociedade.
e) Análise da alma do indivíduo, desconsiderando a
sociedade.
Resolução:
Machado de Assis foi um arguto observador das relações humanas
e seus jogos de poder, interesse, vaidade e até loucura. Lançou
sobre o tema um olhar amargo, mas também falsamente displicente,
nisso consistindo sua ironia: situações moralmente aberrantes
foram tratadas por ele como corriqueiras e admissíveis, quando
não, louváveis. O significado dos eventos, no discurso, é negado
ou invertido.
Por isso, Brás Cubas não diz que Marcela o quis por interesse,
mas que o amor durou “onze contos de réis”, convertendo o
dinheiro em medida de tempo, ao fim do qual um romance
naturalmente morreria.
Alternativa C
Abaixo, encontra-se a letra de uma canção brasileira: 4 Graus,
de Raimundo Fagner e Dedé Evangelista.
TEXTO 3
Leia o texto abaixo.
4 Graus
27. Segundo muitos autores, a obra de que foi retirado esse
excerto é considerada marca, no Brasil:
a) Do início do Romantismo.
b) Da base em que se apoiou o desenvolvimento do estilo
romântico.
c) De reminiscências do estilo barroco.
d) Da fonte em que iriam beber os participantes da Semana
de 22.
e) Do início do Realismo.
Resolução:
Publicado em 1881, o romance Memórias Póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis, é considerado a obra que marcou,
no Brasil, o início do Realismo. Os autores realistas, ao buscarem
desenvolver a complexidade psicológica de seus personagens e
esmiuçarem a análise dos relacionamentos humanos, dissecando
suas contradições e imperfeições, desvencilhavam-se do estilo
romântico, em voga até então, que, por meio da estereotipação de
tipos e comportamentos sociais, apresentava uma sociedade
idealizada, alheia à realidade.
Alternativa E
CPV
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Céu de vidro azul fumaça
Quatro Graus de latitude
Rua estreita, praia e praça
Minha arena e ataúde
Não permita Deus que eu morra
Sem sair desse lugar
Sem que um dia eu vá embora
Pra depois poder voltar
Quero um dia ter saudade
Desse canto que eu cantei
E chorar se der vontade
De voltar pra quem deixei
De voltar pra quem deixei.
http://fagner.letras.terra.com.br/letras/253766/,
em 10 de maio de 2006
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29. No primeiro verso da canção, um recurso de estilo se
destaca. Trata-se da:
a)
b)
c)
d)
e)
Metáfora.
Metonímia.
Sinédoque.
Catacrese.
Antonomásia.
Resolução:
A alternativa A é a única que apresenta o recurso estilístico presente
no verso “céu de vidro azul fumaça”, pois a metáfora evidencia
uma relação de semelhança entre dois elementos de naturezas
distintas (“céu” e “vidro”), a fim de estabelecer uma analogia
implícita entre as características dos dois termos em questão.
Alternativa A
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COMENTÁRIO DA
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA
A prova de Língua Portuguesa e Literatura da FGV/Administração/
junho/2006 privilegiou questões de Interpretação de Texto que exigiam
domínio e habilidade de leitura e vocabulário. As questões de
Gramática demandaram conhecimento teórico e contextualizado de
fenômenos lingüísticos. Já as de Literatura prenderam-se a aspectos
factuais da História da Literatura, averiguando conhecimentos de
estéticas, obras e autores consagrados.
DISTRIBUIÇÃO DAS
QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Gramática
26,6%
Literatura
33,4%
30. A segunda estrofe do poema-canção faz referência a outro
poema. É ele:
a)
b)
c)
d)
e)
Poema de Sete Faces, de Drummond.
Romance das Palavras Aéreas, de Cecília Meireles.
Quem Matou Aparecida?, de Ferreira Gullar.
Poema em Linha Reta, de Álvaro de Campos.
Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.
Resolução:
Na segunda estrofe do poema-canção em destaque, os versos
“Não permita Deus que eu morra / Sem sair desse lugar” fazem
referência explícita aos versos “Não permita Deus que eu morra
/ Sem que volte para lá” do poema Canção de Exílio de Gonçalves
Dias.
Alternativa E
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5
Interpretação
40%
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Língua Portuguesa