Caracterização Geotécnica de Materiais Inconsolidados Arenosos do Distrito Federal Utilizados como Material de Construção João Carlos de Oliveira Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás, Coordenação de Construção Civil, Goiânia, GO Newton Moreira de Souza Universidade de Brasília, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília, DF RESUMO: No Distrito Federal existem inúmeras áreas de extração de materiais inconsolidados arenosos, que compreendem: as areias de alteração de quartzitos e metarritmitos arenosos, denominadas comercialmente de areias rosas; as areias finas argilosas, denominadas comercialmente de areias saibrosas ou saibros e as areias de rio ou lavadas. No presente artigo são apresentados os resultados de um estudo realizado com setenta e uma amostras desses materiais arenosos, coletados em vinte e quatro áreas de extração, localizadas em diferentes regiões do Distrito Federal, com intuito de determinar suas características, similaridades e diferenças, a partir da realização de ensaios de laboratório. No estudo foram realizados ensaios de caracterização, avaliação expedita dos minerais e forma dos grãos e classificação expedita MCT. PALAVRAS-CHAVES: Materiais Inconsolidados Arenosos, Areias do Distrito Federal, Caracterização Geotécnica, Classificações Geotécnicas. 1 INTRODUÇÃO O Distrito Federal localiza-se no planalto central do Brasil, possui uma área de 5.814 km2, cujos limites estão definidos ao norte pelo paralelo 15º 30’ S, ao sul pelo paralelo 16º 03’ S, a oeste pelo rio Descoberto e a leste pelo rio Preto (CODEPLAN, 1971). A vegetação que cobre cerca de 90% da área do Distrito Federal é o cerrado, que compreende árvores e arbustos de porte reduzido, gramíneas, ervas esparsas e até árvores de porte elevado. A região é drenada por rios que pertencem a três das principais bacias fluviais do Brasil: Bacia do Paraná (Rios São Bartolomeu e Descoberto), Bacia do São Francisco (Rio Preto) e Araguaia Tocantins (Rio Maranhão). A região possui relevo com altitudes entre 750 e 1400 m (SEMATEC, 1991). A atual demanda de materiais inconsolidados arenosos, ou areias, que vem sendo acelerada em função da crescente expansão urbana, faz com que sejam despendidos esforços no sentido de conhecer melhor o seu potencial, a fim de racionalizar as suas aplicações. As areias de rio ou lavadas, por exemplo, são exploradas em pequenas quantidades e não suprem a necessidade do consumo local, precisando ser trazidas de distâncias superiores a 100 km. Neste trabalho são apresentados os resultados obtidos em ensaios realizados com areias de alteração de quartzitos e metarritmitos arenosos, denominadas comercialmente de areias rosas; areias finas argilosas, denominadas comercialmente de areias saibrosas ou saibros e areias de rio ou lavadas. Os objetivos do estudo foram de caracterizar e classificar geotecnicamente os materiais inconsolidados arenosos do Distrito Federal utilizados como material de construção, verificar a homogeneidade desses materiais dentro dos seus grupos comerciais, verificar se há influência da localização da área de extração nas características dos materiais e fornecer subsídios para um trabalho de mapeamento dos materiais naturais de construção do Distrito Federal. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Amostragem A coleta de amostras foi realizada em 24 áreas de extração distribuídas espacialmente ao longo do Distrito Federal - DF, a partir de um cadastro obtido junto à Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – SEMATEC - DF. A partir das coordenadas geográficas obtidas junto ao já referido cadastro e de um aparelho de GPS procedeu-se à localização das áreas. As amostras foram coletadas em 24 áreas de extração, abrangendo as várias regiões do DF. Dessas áreas, 11 se encontravam ativas, ou seja, em pleno funcionamento, 10 estavam inativas, devido a total exploração ou paralisação dos serviços e 03 iniciando a exploração, não constando no cadastro inicialmente adotado. Dos areais visitados, alguns apresentam ocorrência somente de areia rosa, outros só de saibros e alguns de ambos. O perfil do terreno das áreas de extração, normalmente, é representado por uma camada superficial de solo orgânico, seguida por uma camada de saibro e/ou areia rosa. As areias de alteração, que comercialmente são denominadas de areias rosas, devido à predominância da cor rosa avermelhada, também ocorrem nas cores amarela, branca e cinza. Em algumas das áreas de extração, essas areias passam por um processo de lavagem a fim de reduzir a quantidade de finos, que são retirados suspensos na água; durante o processo o material também é passado por uma peneira para eliminar fragmentos de rocha que porventura estejam impregnando a amostra (Fig. 1). Devido a esse processo, as areias rosas lavadas são comercializadas com um preço diferenciado. provenientes de dragagem, embora essa atividade esteja restrita pela SEMATEC. Ao todo foram coletadas e analisadas 71 amostras, sendo 39 de areias de alteração de quartzito ou metarritmito (areias rosas), 08 de areias lavadas ou de rio e 24 de areias finas argilosas (saibros ou areias saibrosas). As amostras, com aproximadamente 6 kg cada, foram coletadas nas faces das escavações ou nas pilhas, quando se tratavam de areias lavadas. A amostragem dentro de uma determinada área foi feita levando-se em conta a observação de aspectos dos materiais como a cor, a textura, a plasticidade, a umidade, a profundidade, a posição da amostra no perfil do terreno e outros. Em todos os locais onde foram coletadas as amostras foi feita a leitura das coordenadas utilizando o GPS, para confirmação das coordenadas inicialmente listadas. De uma forma geral, foi observado que nas áreas de extração não são seguidas a contento as recomendações da SEMATEC com relação a realização das escavações, à recuperação das mesmas e não degradação do meio ambiente (Fig. 2). Figura 2. Área de extração de areia rosa - Santa Maria-DF 2.2 Figura 1. Processo de lavagem das areias rosas às As amostras de areia de rio foram coletadas margens do Rio São Bartolomeu, Programa de Ensaios Com todas as amostras coletadas foram realizados os ensaios de caracterização de massa específica dos grãos, passantes na peneira Nº 10, análise granulométrica por peneiramento e sedimentação, limite de liquidez e limite de plasticidade, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (1984a, 1984b, 1984c, 1984d, 1986). As frações retidas nas peneiras dos ensaios de granulometria por peneiramento foram utilizadas na identificação expedita dos minerais e morfometria dos grãos. As frações referentes ao peneiramento fino (peneiras # 1,19mm, 0,59mm, 0,42mm, 0,25mm, 0,15mm e 0,075mm) foram analisadas utilizando um microscópio estereoscópico de luz refletida (lupa binocular), com ampliações de 6,4 a 80 vezes. As frações relativas ao peneiramento grosso (retidas acima da peneira Nº 10 ou # 2,0 mm), que de uma forma geral se apresentaram em pequena quantidade, foram analisadas a olho nu ou com o auxílio de uma lupa manual. Na pesquisa foram utilizados microscópios estereoscópicos das marcas MST 131 – PZO – WARSZAWA, do laboratório de geotecnia da UnB (Fig. 3), e WILD M 3B, associado ao programa Quantimet 600 de FURNAS S. A., para registro das imagens dos grãos em computador. Também foram realizados os ensaios da classificação expedita MCT, com o uso de anéis de pvc e um penetrômetro portátil, de acordo com Nogami & Villibor (1994). umidades higroscópicas maiores, variando de 0 a 2,2%. Os pesos específicos dos grãos (γs) das areias de alteração de quartzito ou metarritmito, naturais ou lavadas, variaram de 26,2 a 27,5 kN/m3; as areias de rio apresentaram uma faixa de variação menor, de 26,9 a 27,4 kN/m3 e as areias saibrosas ou saibros apresentaram uma faixa de variação de 25,7 a 27,4 kN/m3. Com relação à granulometria, as areias de alteração de quartzito e/ou metarritmito, naturais ou lavadas, mostraram-se bastante uniformes e compreendidas, quase que na totalidade (77 a 94%), entre as peneiras Nº 40 = 0,42 mm e Nº 200 = 0,075 mm; o maior percentual de grãos ocorreu entre as peneiras Nº 60 = 0,25 mm Nº 100 = 0,15 mm (37 a 52 %). Um detalhe que diferencia as amostras, umas das outras, é o percentual de grãos passantes na peneira Nº 200, que apresenta uma grande faixa de variação (Fig. 4). 100 90 80 % Passa 70 60 50 40 30 20 10 0 0,001 0,01 0,1 1 10 100 Diâmetro dos grãos (mm) Figura 4. Curvas granulométricas típicas - areias rosas Figura 3. Microscópio estereoscópico de luz refletida (lupa binocular) 3 APRESENTAÇÃO RESULTADOS: E ANÁLISE DOS 3.1 Caracterização Convencional: As areias de alteração de quartzito ou metarritmito, naturais ou lavadas e as areias lavadas de rio apresentaram umidades higroscópicas baixas, variando de 0 a 0,3%. Já as areias saibrosas ou saibros, que possuem maiores percentuais de argila, apresentaram As amostras de areias de rio, apresentaram curvas granulométricas contínuas; das seis amostras estudadas, duas apresentaram textura fina e quatro textura grossa; as duas amostras de areia fina foram agrupadas juntamente com as areias rosas. As areias saibrosas ou saibros apresentaram granulometrias bastante diversificadas umas das outras, variando desde areias finas argilosas até propriamente as argilas (Fig. 5). dos grãos, a cor e o brilho dos minerais identificados, além das massas específicas dos grãos, determinadas na caracterização convencional. 100 90 80 % Passa 70 60 Tabela 1. Granulometrias: areias rosas naturais x areias rosas lavadas 50 40 30 20 10 0 0,001 0,01 0,1 1 10 100 Amostra Nome comercial # Nº 40 0,42 92 99 # Nº 100 0,15 36 62 # Nº 200 0,075 9 28 A03 A01 Areia rosa lavada Areia rosa A21 A20 A22 Areia rosa lavada Areia rosa-amostra 1 Areia rosa-amostra 2 97 99 95 32 17 15 8 6 6 A25 A23 A24 Areia rosa lavada Areia rosa-amostra 1 Areia rosa-amostra 2 98 95 93 24 34 60 4 11 12 A27 A26 Areia rosa lavada Areia rosa 97 99 31 42 6 17 A45 A43 Areia rosa lavada Areia rosa 95 97 24 68 6 19 A62 A60 A61 Areia rosa lavada Areia rosa-amostra 1 Areia rosa-amostra 2 96 96 96 24 29 35 6 10 16 Diâmetro dos grãos (mm) Figura 5. Curvas granulométricas típicas - areias saibrosas ou saibros Com relação à plasticidade, das 71 amostras caracterizadas, 52 (26 de areias rosas naturais, 12 de areias rosas lavadas, 8 de areias de rio e seis de areias saibrosas ou saibros) apresentaram-se não plásticas (IP = NP); as demais, ou seja, 19 amostras (18 de areias saibrosas ou saibros e 1 de areia de alteração amarela), apresentaram IP variando de 7 a 28%, WL variando de 21 a 58% e índice de atividade (A) variando de 0,35 a 1,96. A Tabela 1 apresenta uma comparação entre as granulometrias das areias de alteração de quartzito ou metarritmito, naturais e lavadas, coletadas dentro de áreas iguais, com o intuito de avaliar o efeito produzido pelo processo de lavagem em relação à redução dos finos. Podese observar pelos resultados que ocorreu uma redução sensível no percentual de finos dos materiais, com exceção da amostra A21 que apresentou uma pequena elevação nesse valor. Isso pode ter ocorrido pelo fato das amostras de areia rosa lavada terem sido coletadas, em alguns dos casos, nas pilhas e não no local de lavagem e deposição, o que pode ter gerado um certo acúmulo de finos no local amostrado. 3.2 Identificação Expedita dos Minerais e Morfometria Na identificação expedita dos minerais e morfometria foram levadas em conta as seguintes características: a cor predominante das amostras, a forma ou esfericidade dos grãos, o arredondamento ou angularidade das arestas Nas observações de forma ou esfericidade considerou-se como esféricos ou de alta esfericidade os grãos que mostraram-se equidimensionais e de baixa esfericidade os grãos que se mostraram bastonados, discoidais ou laminados. O arredondamento ou angularidade foi determinado em comparação com os seis grupos de graus de arredondamento propostos por Shepard, extraído de Suguio (1980). Na identificação expedita dos minerais foram levados em conta os seguintes aspectos: os grãos de quartzo apresentam hábitos maciços ou prismáticos, fratura conchoidal ou concóide, cor incolor, brilho vítreo, às vezes gorduroso. As micas apresentam hábito foliáceo, tabular, laminar, terroso; as muscovitas apresentam cor incolor, branca-prateada, brilho vítreo, nacarado, clivagem basal; as cloritas apresentam cor verde, brilho vítreo, fosco, clivagem basal; as biotitas apresentam cor preta, marrom-escura, brilho sub-metálico, perláceo, clivagem basal. A determinação das percentagens dos grãos encontrados foi feita a partir da contagem dos mesmos em relação a um número total focado pela lupa binocular. Pôde-se observar que nas frações mais grossas (acima da peneira Nº 40 ou 0,42 mm de abertura) ocorre um grande número de conglomerados (grãos de quartzo com cimento alumi-ferruginoso), grumos alumi-ferruginosos e fragmentos de quartzito ou metarritmito; entretanto, essas frações representam um pequeno percentual em relação à amostra total. Nas frações mais finas, abaixo de 0,42 mm, ocorre a predominância de grãos de quartzo. (Fig. 6). Figura 6. Areia rosa, fração entre 0,25 e 0,15 mm Imagem na lupa binocular (ampliação de 16x) A partir das imagens na lupa binocular pôdese constatar o seguinte: - As areias de alteração de quartzito ou metarritmito possuem de 95% a 100% dos seus grãos constituídos de quartzo e o restante de minerais alumi-ferruginosos, na forma de grumos ou cimentando os grãos de quartzo, formando conglomerados; os grãos de quartzo de uma forma geral são incolores, brilho vítreo, esfericidade média e são angulares a muito angulares; - As areias de rio apresentam cerca de 90 a 100% dos grãos constituídos de quartzo e cerca de 10% constituídos de mica e minerais alumiferruginosos; os grãos de quartzo possuem esfericidade média, são sub-angulares, incolores, esbranquiçados ou branco leitosos, brilho vítreo ou gorduroso; os grãos de mica tem baixa esfericidade (discoidais ou laminados), são sub-arredondados ou arredondados, cor verde ou prateada e brilho opaco ou vítreo; - As areias finas argilosas (saibros) apresentam cerca de 50 a 100% dos grãos constituídos por quartzo e o restante por minerais ferruginosos e torrões de finos; os grãos de quartzo, de uma forma geral, são sub-angulares, apresentam um esfericidade média, são incolores e possuem brilho vítreo; os grumos ferruginosos ou torrões de finos apresentam esfericidade média a alta, são sub-arredondados a arredondados e têm brilho opaco. 3.3 Classificações Geotécnicas Após a realização da caracterização e feita a classificação textural ou granulométrica das amostras, procedeu-se a realização das classificações geotécnicas utilizando o Sistema Unificado de Classificação dos Solos – SUCS (ASTM,1985), o sistema HRB-AASHTO (ASTM,1988), a metodologia da IAEG – Associação Internacional de Geologia de Engenharia – IAEG (1981) e de acordo com a Metodologia Expedita MCT. As classificações geotécnicas mostraram que há uma grande homogeneidade entre as areias rosas, naturais ou lavadas, e areias de rio; segundo o sistema unificado de classificação dos solos as mesmas pertencem aos grupos SP – Areia mal graduada, SM – Areia siltosa, ou pela junção desses dois grupos, ou seja, SP-SM – Areia mal graduada com silte; As areias saibrosas ou saibros apresentaramse bastante heterogêneas, abrangendo os seguintes grupos do sistema unificado de classificação dos solos: SC – Areia argilosa, ML – Silte arenoso, MH – Silte elástico e CL – Argila magra arenosa; Segundo a classificação expedita MCT, as areias de alteração ou areias rosas, naturais ou tratadas e as areias de rio enquadram-se como não lateríticos; as areias saibrosas ou saibros enquadram-se tanto nos grupos dos solos lateríticos quanto dos não lateríticos, o que implica em uma maior variabilidade de comportamento; 4 CONCLUSÕES As areias de alteração ou areias rosas apresentaram características bastante similares, independentemente da localização da área de extração; suas distribuições granulométricas são uniformes ou homogêneas, compreendidas, quase que na totalidade, entre as peneiras Nº 40 (#0,42 mm) e Nº 200 (#0,075 mm); essa similaridade pode ser justificada pela coincidência das áreas de extração com as unidades litológicas dos quartzitos e metarritmitos arenosos do grupo Paranoá; o principal fator que diferencia uma amostra da outra é o percentual de grãos que passa na peneira Nº 200 (#0,075 mm); As argilas arenosas ou areias finas argilosas, comercialmente denominadas de saibros, apresentaram-se bastante variáveis, tanto em relação à granulometria, quanto à plasticidade, não sendo possível observar nenhum padrão de comportamento; As areias de rio se distinguiram das demais principalmente com relação à textura; as areias médias e grossas apresentaram grandes percentuais de grãos maiores que 2mm (pedregulho); A avaliação expedita da mineralogia e morfometria revelou que o mineral predominante nos materiais incosolidados arenosos é o quartzo, que chega a compor 100% dos grãos de determinadas amostras; os grãos de quartzo, de uma forma geral, possuem esfericidade média, são angulares a muito angulares, são incolores e tem brilho vítreo; também foi observada a ocorrência de grumos alumi-ferruginosos nas diversas frações granulométricas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT: (1984a). Grãos de Solos que Passam na Peneira de 4,8 mm – Determinação da Massa Específica. Norma Brasileira NBR 6508, Rio de Janeiro, RJ, 8 p. (1984b). Solo – Determinação do Limite de Liquidez. Norma Brasileira NBR 6459, Rio de Janeiro, RJ, 6 p. (1984c). Solo – Determinação do Limite de Plasticidade. Norma Brasileira NBR 7180, Rio de Janeiro, RJ, 3 p. (1984d). Solo – Análise Granulométrica. Norma Brasileira NBR 7181, Rio de Janeiro, RJ, 13 p. (1986). Amostras de Solo - Preparação Para Ensaios de Compactação e Ensaios de Caracterização. Norma Brasileira NBR 6457, Rio de Janeiro, RJ, 9 p. ASTM (1985). Standard Test Method for Classification Soils for Engineering Purposes. Designation D 248785, 1989 Annual Book of ASTM Standards, Philadelphia, United States, Volume 04.08, pp. 288297. ASTM (1988). Standard Practice for Classification of Soils and Soil-Aggregate Mixtures for Highway Construction Purposes. Designation D 3282-88, 1989 Annual Book of ASTM Standards, Philadelphia, United States, Volume 04.08, pp. 401-406. CODEPLAN (1971). Diagnóstico do Espaço Natural do Distrito Federal. Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central - CODEPLAN. Edição CODEPLAN, 388 p. IAEG (1981). Rock and soil description and classification for engineering geological mapping report by the IAEG commission on engineering geological mapping. International Association of Engineering Geological and the Environment, Bulletin of the International of Engineering Geology, Nº 24, Ashen/Essen, Germany, pp. 235-274. NOGAMI, J. S. & VILLIBOR, D. F. (1994). identificação expedita dos grupos da classificação MCT para solos tropicais. X COBRAMSEF – Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, Foz do Iguaçu, Brasil. SEMATEC (1991). Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal. Mapa Ambiental do Distrito Federal, Brasília, DF. SUGUIO, K. (1980). Rochas Sedimentares: Propriedades - Gênese - Importância Econômica. Editora Edgar Blucher Ltda, São Paulo, SP, pp. 17-109