DIAGNÓSTICO SOBRE PRAIAS ARENOSAS
Coordenadores:
A. Cecília Z. Amaral1
Eloisa H. Morgado do Amaral1
Fosca P. Pereira Leite1
Norton M. Gianuca2
1
Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP – Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Oceanografia, Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG, CP
474, 96201-900, Rio Grande, RS – Brasil. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
As praias constituem sistemas dinâmicos, onde elementos básicos como ventos, água e
areia interagem, resultando em processos hidrodinâmicos e deposicionais complexos (Brown &
McLachlan, 1990), e compreendem uma porção subaérea (supra e mediolitoral) e outra
subaquática que inclui a zona de arrebentação e se estende até a base orbital das ondas (Wright
& Short, 1983). A dinâmica costeira, que condiciona a construção geomorfológica da linha da
costa, é a principal responsável pelo desenvolvimento das praias arenosas e pelos processos de
erosão e deposição que as mantêm em constante alteração. A morfologia dos perfis praiais em
uma determinada região é função do nível energético das ondas, uma vez que essa energia é
liberada nas zonas costeiras. Neste sentido, quanto ao grau de exposição, as praias podem ser
identificadas desde muito expostas a muito protegidas, sendo a variabilidade física resultante da
combinação de parâmetros básicos como característica das ondas e granulometria do sedimento
(McLachlan, 1980). Destes dependem a morfologia do fundo, o padrão de circulação e a dinâmica
de correntes (Villwock, 1987). De acordo com o grau de intensidade destes fatores, as praias
podem ser classificadas quanto à morfodinâmica em dois estados extremos, dissipativos e
refletivos, e quatro intermediários (Short & Wright, 1983). Conhecimentos complementares podem
ser obtidos em Calliari & Klein (1993), Bentes et al. (1997) e Hoefel (1998).
Vários motivos justificam o marcado interesse pelo conhecimento da fauna de praias.
Muitas espécies têm importância econômica direta, como é o caso dos crustáceos e moluscos
utilizados na alimentação humana ou como isca para pesca, a estes somados os poliquetas, que
também constituem rica fonte de alimento para alguns organismos, principalmente peixes,
crustáceos e aves (Amaral et al., 1994). Além disso, diversos estudos têm demonstrado a
relevância da utilização de comunidades bentônicas na avaliação da qualidade ambiental.
A heterogeneidade ambiental, responsável pela distribuição diferencial de populações
bentônicas, possui um importante componente temporal, com padrões localizados de sucessão
associados com as alterações provocadas pelas propriedades do sedimento e da água intersticial
que, juntamente com a disponibilidade de alimento, são considerados determinantes da estrutura
espaço-temporal da macrofauna (Probert, 1984). A diversidade ou abundância de espécies estão
diretamente relacionadas com fatores associados à morfodinâmica, como inclinação da praia e
tamanho das partículas do sedimento. Quase sempre, quanto maior o tamanho do grão, mais
íngreme o perfil da praia (Villwock, 1994). Quanto maior o diâmetro do grão e a declividade, menor
a diversidade e a abundância específica (McLachlan, 1983).
A macrofauna da zona entremarés de praias pode ser caracterizada como uma comunidade
com baixa diversidade, reduzida riqueza e elevada dominância numérica de poucas espécies,
quando comparada com a de regiões submersas.
A fauna de praias é composta por animais permanentes, normalmente com distribuição
agregada que, conforme o modo de vida, compõem a epifauna (epipsamon ou epipsamose) e a
infauna (endopsamon ou endopsamose) e, com relação ao tamanho, a macrofauna, meiofauna e
microfauna. Além dessa categoria, devem ser incluídos organismos que visitam temporariamente
a praia e/ou dela dependem como essencial fonte de alimento. A macrofauna está representada
pela maioria dos grupos taxonômicos como Cnidaria, Turbellaria, Nemertinea, Nematoda,
Annelida, Mollusca, Echiura, Sipuncula, Crustacea, Pycnogonida, Brachiopoda, Echinodermata e
Hemichordata. Entre estes, os numericamente mais importantes são Polychaeta, Mollusca e
Crustacea (Brown & McLachlan, 1990).
ESTADO DO CONHECIMENTO
Após o trabalho pioneiro realizado por Dansereau (1947) sobre a macrofauna de praias do
estado do Rio de Janeiro, alguns estudos foram efetuados entre as décadas de 60 e 70 em outros
pontos do litoral brasileiro, e a partir de então vários trabalhos foram realizados. No entanto, o
conhecimento atual da macrofauna bentônica de praias da costa brasileira é ainda insatisfatório.
Desta forma, o propósito deste trabalho é fornecer uma caracterização geral das diferentes
regiões e uma síntese sobre a fauna de invertebrados comumente encontrada em praias
brasileiras. As informações e os dados aqui contidos foram obtidos da literatura pertinente
relacionada na bibliografia, bem como nas coletâneas publicadas por Amaral et al., 1996; Lana et
al., 1996; Amaral & Morgado, 1999. Importante ressaltar que, devido à escassez de dados e à
dominância de estuários em algumas regiões, foram também incluídas informações sobre a fauna
destes ambientes, embora suas características morfodinâmicas, sedimentológicas e outras, não
permitam que sejam considerados como praias arenosas no sentido clássico do termo.
CARACTERIZAÇÃO DA COSTA BRASILEIRA E DA FAUNA DE PRAIAS
Os padrões biogeográficos básicos da costa brasileira referidos por Kempf (1970) reúnem:
Zona Tropical delimitada ao norte pela influência terrígena do Rio Amazonas e ao Sul pela
isoterma de 20oC, onde podem ocorrer corais hermatípicos e pradarias de fanerógamas; Zona
Equatorial e uma Zona Subtropical ao sul.
Silveira (1964), com base em critérios oceanográficos, climáticos e continentais dividiu a
costa brasileira em cinco setores: norte, nordeste, leste, sudeste e sul.
Devido às dificuldades para a obtenção de dados precisos sobre a ocorrência das espécies
mencionadas na literatura consultada, optou-se por utilizar os limites estabelecidos por Silveira
para os setores norte e, em parte, para o nordeste, mantendo-se para os demais as clássicas
divisões regionais brasileiras: Norte - Amapá, Pará e Maranhão; Nordeste - do Maranhão à Bahia;
Sudeste - Espirito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo; Sul - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul (Tabela I - IV).
A costa norte e nordeste recebe ondas geradas pelos ventos alísios de NE, enquanto que a
costa leste, sudeste e sul é submetida à ação das ondas provenientes de SE geradas pelos ventos
da tempestuosa zona subpolar do Atlântico Sul. Com relação às marés, a costa norte e parte da
nordeste tem regime de macromarés (amplitude > 4 m), parte da nordeste e leste exibem
mesomarés (entre 2-4 m) e a costa sudeste e sul possue micromarés (< 2 m) (Villwock, 1994).
Como será apresentado a seguir, estes fatores são decisivos na caracterização das regiões e da
biodiversidade faunística.
Norte - Litoral Amazônico ou Equatorial
O setor norte, que se estende do Cabo Orange (AP) até a Baía de São Marcos (MA)
apresenta relevo suave, onde se desenvolvem extensas planícies de maré lamosas e arenolamosas dominadas por manguezais de grande envergadura. A ocorrência de cordões litorâneos
arenosos sugere a ação eventual de grandes tempestades que erodem e retrabalham a parte mais
interna dessas planícies, constituindo praias arenosas recobertas por deposição lamosa. O trecho
mais próximo à Baía de São Marcos é extremamente afetado pela imensa contribuição do sistema
Rio Amazonas e de outros rios de grande porte, responsáveis pelos inúmeros estuários
controlados pelas altas marés e pelas numerosas reentrâncias maranhenses.
A fauna das praias dessa região é quase que totalmente desconhecida. Os poucos estudos
encontrados constam de relatórios, resumos e tese (Ferreira, 1989) sobre estuários e de um artigo
de Costa & Mello (1983) sobre moluscos. O poliqueta Namalycastis abiuma é uma das espécies
conhecidas para essa região.
Nordeste
A região nordeste aqui considerada corresponde ao trecho Baía de São Marcos (MA) à
Baía de Todos os Santos (BA) e aquela inserida no setor leste, que se estende da Baía de Todos
os Santos a Cabo Frio (RJ).
A plataforma continental estreita e rasa da costa nordeste, com largura variando de 15 a 75
km e profundidade máxima de 70m, é quase que totalmente recoberta por sedimentos biogênicos
carbonáticos (areias e cascalhos, consistindo principalmente de algas calcárias).
A parte semi-árida que se estende até o Cabo do Calcanhar (RN) é marcada pela presença
de pequenos rios onde se desenvolvem planícies costeiras com sistemas de lagunas e estuários,
e manguezais instalados em suas margens. As barreiras arenosas mostram cristas de praias
quase sempre remobilizadas pelos fortes e persistentes ventos de NE, responsáveis pelos
gigantescos campos de dunas. A costa Nordeste Oriental ou Barreiras caracteriza-se pela
presença de falésias e franjas de recifes de arenitos de praia incrustados por algas calcárias,
briozoários e corais. Por uma extensa região, estas construções recifais protegem a costa da
elevada energia das ondas, criando praias abrigadas e piscinas naturais. As lagunas e estuários
desse trecho do litoral também são ocupados por manguezais e cristas de praias remobilizadas
por ventos SE com a formação de campos de dunas. As construções recifais são inibidas na
região mais ao sul pelos sedimentos em suspensão, provenientes do Rio São Francisco. No setor
Leste, persistem as mesmas condições descritas para a Costa Nordeste Oriental (Villwock, 1994).
A região litorânea do nordeste foi estudada de forma bem menos abrangente que a da
plataforma. Entre os poucos estudos efetuados, a grande maioria dos resultados sobre a fauna de
regiões estuarinas e praias está reunida em relatórios, monografias e resumos, com exceção de
um considerável número de informações contidas em Kempf (1970) e artigos publicados por
Coelho e colaboradores, principalmente sobre crustáceos. Estudos recentes foram efetuados na
região do Golfão Maranhense por Lopes (1997), em praia composta por areia fina, onde a
diversidade é baixa. Nematoda foi o grupo mais abundante e os poliquetas Nephtys squamosa e
Glycera longipines as espécies mais abundantes.
Em áreas localizadas entre os recifes internos e a praia, o fundo é lamoso e a fauna de
invertebrados pouco variada (Kempf, 1970), sendo marcante a presença de bivalves (Nuculana
acuta, Anadara chemnitzi, Mactra janeiroensis e Mulinia guadelupensis), além de poliquetas,
ofiuróides e gorgônias. A fauna vágil está melhor representada pelas espécies de camarões
Xiphopenaeus kroyeri, Penaeus setiferus, P. aztecus e pelo siri Callinectes ornatus.
As informações obtidas através de resumos e do trabalho de Coelho & Ramos-Porto (1980)
sobre a fauna bentônica de fundos moles, incluindo praias e estuários de Sergipe até Rio Grande
do Norte, permitem fazer uma melhor caracterização da região.
A fauna adaptada à vida terrestre que ocupa o supralitoral é caracterizada por espécies de
caranguejos Cardisoma guanhumi, Goniopsis cruentata, Ocypode quadrata, Sesarma angustipes,
S. rectum, Uca maracoani, U. rapax e Ucides cordatus. A zona entremarés abriga uma fauna mais
diversificada, que inclui antozoários Sphenotrochus auritus; poliquetas Capitella capitata, Diopatra
cuprea, D. viridis, Eunice cariboea, Glycinde multidens, Laeonereis acuta, Owenia fusiformis e
Sigambra grubei; moluscos como Anomalocardia brasiliana, Bulla striata, Cerithium atratum,
Hastula cinerea, Iphigenia brasiliana, Laevicardium laevigatum, Lucina pectinata, Macoma
constricta, Mytella falcata, Neritina virginea, Protothaca pectorina, Tagelus plebeius, Tellina lineata,
Tivela mactroides e Trachicardium muricatum; crustáceos Alpheus heterochaelis, Callichirus major,
Callinectes danae, C. larvatus, Claripdopsis dubia, Clibanarius sp., Calappa ocellata, Excirolana
braziliensis, Hexapanopeus angustifrons, H. schmitti, Orchestia platensis, Pachygrapsus
transversus, Panopeus hartii, P. occidentalis, Petrolisthes armatus, Pinnixa patagoniensis e
Upogebia omissa; e o equinodermata Mellita quinquiesperforata.
Sudeste
O litoral sudeste é marcado pela Serra do Mar, cujas escarpas rochosas do complexo
cristalino granito-gnáissico frequentemente chegam até o mar, delimitando pequenas baías
algumas das quais preenchidas por sedimentos marinhos quaternários de textura fina (Suguio &
Martin, 1987).
Nesse trecho da costa, promontórios rochosos se alternam com reentrâncias marcadas
pelos principais vales fluviais, onde ocorrem pequenas planícies costeiras, praias arenosas, dunas
e algumas barreiras arenosas que isolam lagoas costeiras de pequeno porte. A elevação da Serra
do Mar é também responsável por outra importante característica da região sudeste, a maioria dos
rios flui para o interior do continente e não para o mar (Villwock, 1987).
As praias do litoral sul paulista constituem-se de extensas faixas arenosas paralelas à linha
da costa, com sedimentos de granulação fina, homogênea e baixa declividade, o que as
caracteriza como do tipo dissipativo. Ao norte de Santos, a proximidade da Serra do Mar à costa
induz a presença de limitadas planícies e grande recorte da linha da costa, onde ocorrem
inúmeras praias protegidas localizadas dentro de baías e canais.
A maior parte do conhecimento taxonômico e ecológico da macrofauna de praias da região
sudeste brasileira concentra-se nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A taxonomia,
distribuição e variabilidade sazonal do macrobentos da zona entremarés de praias do Canal de
São Sebastião, litoral norte de São Paulo, são mais conhecidas (Amaral et al., 1990, 1994, 1995;
Morgado et al., 1990, 1994; Shimizu, 1991; Lopes, 1993; Belúcio, 1995; Pardo, 1995; Reis, 1995;
Salvador, 1995; Denadai, 1997; Omena & Amaral, 1997; Rodrigues e Shimizu, 1997; Nucci, 1998;
Rizzo, 1998; Abrahão & Amaral, 1999; Denadai & Amaral, 1999; Arruda, 2000; Pardo, 2000; Rizzo
& Amaral, 2000; Salvador, 2000; Steiner, 2000; Steiner & Amaral, 2000; Denadai et al., prelo;
Nucci & Melo, prelo). Há também estudos isolados realizados na Baixada Santista (Monteiro,
1980; Rodrigues, 1983, Corbisier,1991), no sistema lagunar Iguape-Cananéia (Varoli, 1988; Varoli
& Souza, 1990) e no litoral de Ubatuba (Amaral, 1979; Lopes, 1983; Amaral et al., 1987 entre
outros). Mais recentemente, intensificaram-se estudos sobre biologia populacional, produção
secundária de espécies dominantes e padrões de distribuição das associações faunísticas (Irving,
1991; Cardoso, 1993; Leite, 1995; Veloso et al., 1995, 1997a,b; Cardoso & Veloso, 1996; Leite &
Leite, 1997; Shimizu, 1997; Omena, 1998; Omena & Amaral, 2000).
Com base em informações contidas nestes trabalhos, destacam-se como espécies
dominantes no supralitoral os caranguejos Ocypode quadrata, o anfípode Pseudorchestoidea
brasiliensis e os coleópteros Bledius bonariensis, P. testacea (=Phaleria brasiliensis), além de
espécies típicas de ambientes estuarinos, Aratus pisonii, Chasmagnathus granulata, Goniopsis
cruentata, Panopeus herbstii, Sesarma angustipes, Uca maracoani, U. mordax, U. rapax e Ucides
cordatus. O mediolitoral é ocupado principalmente pelos poliquetas Armandia agilis, Capitella
capitata, Cirriformia tentaculata, Diopatra cuprea, Glycinde multidens, Hemipodus olivieri,
Heteromastus filiformis, Isolda pulchella, Laeonereis acuta, Notomastus lobatus, Owenia fusiformis
e Sigambra grubei; pelos moluscos Anomalocardia brasiliana, Cerithium atratum, Donax
hanleyanus, Hastula cinerea, Lucina pectinata, Macoma constricta, Nassarius vibex, Neritina
virginea, Olivella minuta, Tagelus plebeius e Tivela mactroides; pelos crustáceos Arenaeus
cribarius, Callichirus major, Callinectes danae, Emerita brasiliensis, Excirolana armata, E.
braziliensis, Kalliapseudes schubarti, Neocallichirus mirim, Orchestia platensis, Orchestoidea
brasiliensis, Penaeus subtillis e Pinnixa patagoniensis; e pelo equinodermata Mellita
quinquiesperforata.
Sul
A plataforma continental ao longo da costa do Paraná é bem desenvolvida, com largura
entre 175 e 190 km. A planície costeira, que se estende do sopé da serra até o oceano, é
profundamente recortada pelos complexos estuarinos de Paranaguá, Laranjeiras, Pinheiros e
Guaratuba, resultando em numerosas ilhas, algumas de grande extensão. Os sedimentos
costeiros pertencem a dois tipos de sistemas, o de planícies costeiras com cordões litorâneos e o
estuarino.
As praias do Paraná se estendem ao longo de todo o litoral oceânico aberto, por cerca de
90 km. Fazem parte dos sistemas estuarinos extensas áreas cobertas principalmente por
manguezais, situadas na região entremarés, denominadas planícies de maré que no litoral
paranaense ocupam uma extensão de aproximadamente 310 km2.
A linha da costa sul brasileira apresenta-se como uma costa aberta, retilínea e arenosa,
com promontórios rochosos em Torres e canais lagunares (Tramandaí, Peixe e Patos). O litoral
entre Cabo de Santa Marta (SC) e Arroio Chuí se caracteriza por uma planície costeira com cerca
de 750 km de comprimento, onde um sistema de barreiras arenosas múltiplas aprisiona um
gigantesco sistema lagunar (Laguna dos Patos e Lagoa Mirim) e uma série de outros corpos
d’água isolados ou interligados com o mar por canais estreitos e rasos. Pântanos salgados e
grandes campos de dunas ocorrem sobre a barreira arenosa. Do Cabo de Santa Marta a
Tramandaí, a planície costeira torna-se estreita e inclui um rosário de pequenas lagoas (Villwock,
1987).
A costa do Rio Grande do Sul apresenta configuração praticamente retilínea, sem
reentrâncias e irregularidades maiores, o que lhe confere um caráter aberto, com praias expostas
à ação de ondas de média a elevada energia. Esta exposição, associada à dominância de areias
de granulação fina e a uma amplitude de marés insignificante, faz com que as praias sejam
caracterizadas, na maior parte do tempo, como dissipativas. O trecho entre Torres e Chuí é
constituído por terras baixas e arenosas, com grandes lagos e terrenos alagadiços, e relevo de
topografia suave (Villwock, 1987).
Há conhecimentos consistentes sobre a distribuição e a variabilidade natural das
associações bentônicas de praias da região sul do País, além de dinâmica populacional e
produção secundária de algumas espécies em especial nos estados do Rio Grande do Sul e
Paraná, onde se destacam os trabalhos de Loyola & Silva, 1978; Gianuca, 1983, 1985, 1987,
1988; Loyola & Silva et al., 1986; Borzone & Gianuca, 1990; Borzone, 1991; Souza, 1991; Santos,
1994; Souza & Gianuca, 1995; Borzone et al., 1996; Brazeiro & Defeo, 1996; Barros, 1997;
Borzone & Souza, 1997, entre outros. O supralitoral, se incluídas as praias dos estuários, é
habitado principalmente por crustáceos Metasesarma rubripes, Ocypode quadrata, Orchestia
platensis, Orchestoidea brasiliensis e coleópteros Bledius bonariensis, B. microcephalus e Phaleria
testacea. No mediolitoral constituem os grupos dominantes os poliquetas Capitella capitata,
Diopatra cuprea, D. viridis, Dispio remanei, Euzonus furcifera, Glycinde multidens, Hemipodus
olivieri, Heteromastus similis, Isolda pulchella, Laeonereis acuta, Mediomastus californiensis,
Owenia fusiformis, Scolelepis squamata, Sigambra grubei e Spio gaucha (=Scolelepis gaucha), os
moluscos: Anomalocardia brasiliana, Cerithium atratum, Donax gemmula, D. hanleyenus, Hastula
cinerea, H. salleana, Lucina pectinata, Macoma constricta, Mesodesma mactroides, Neritina
virginea, Olivancillaria auricularia, O. carcellesi, O. urceus, O. vesica, Olivella formicacorsi, O.
minuta, Strigilla carnaria, Tagelus plebeius, Terebra imitatris, T. riosi, Tivela ventricosa; os
crustáceos Bathyporeiapus ruffoi, Bowmaneilla brasiliensis, Callichirus major, Excirolana armata,
E. braziliensis, Emerita brasiliensis, Kalliapseudes schubarti, Lepidopa richmondi, Metamysidopis
elongata, Neocallichirus mirim, Pholoxocephalopis zimmeri, Pinnixa patagoniensis, Tholozodium
rhombofrontalis e o equinodermata Mellita quinquiesperforata, e em ambientes estuarinos,
Chasmagnatus granulata, Heleobia australis, Kalliapseudes schubarti, Neritina virginea, Uca
uruguayensis, Namalycastes abiuma, Nephtys fluvialis, N. simoni e Nereis fluvialis.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Um número significativo das informações aqui apresentadas não são dados efetivamente
publicados ou são de difícil acesso, contidos em relatórios técnicos, monografias, resumos muitas
vezes de eventos regionais, teses ou artigos de divulgação limitada. Optou-se pela inclusão de
resumos, e por vezes de conhecimentos próprios, já que na maioria estes constituem as únicas
fontes de dados disponíveis.
Apesar dos diferentes tipos de ambientes praiais existentes ao longo da costa brasileira, em
função das condições hidrodinâmicas e sedimentológicas locais, a análise dos dados levantados
revela algumas tendências.
Considerando-se as regiões nordeste, sudeste e sul, são citadas na literatura como
importantes componentes das associações faunísticas das praias das 3 regiões, os poliquetas
Capitella capitata, Diopatra cuprea, Glycinde multidens, Hemipodus olivieri, Laeonereis acuta,
Owenia fusiformis, Sigambra grubei; moluscos: Anomalocardia brasiliana, Cerithium atratum,
Hastula cinerea, Lucina pectinata, Macoma constricta, Neritina virginea e Tagelus plebeius;
crustáceos: Callichirus major, Callinectes danae, Emerita brasiliensis, Excirolana braziliensis,
Kalliapseudes schubarti, Ocypode quadrata, Orchestia platensis, Pinnixa patagoniensis; e o
equinodermata Mellita quinquiesperforata. Grande parte dos dados disponíveis para a região sulsudeste, com exceção de Santa Catarina e Espírito Santo, referem-se a trabalhos efetivamente
desenvolvidos em praias. As referências para a região nordeste e os estados acima citados são
quase que integralmente resultados de estudos realizados em áreas estuarinas. Nestas áreas, os
crustáceos decápodos excedem em muito a importância numérica dos demais grupos,
característica própria de estuários de regiões tropicais (Carmo et al., 1994).
A composição faunística das praias do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentam
semelhança devido ao fato dos estudos terem sido desenvolvidos prioritariamente em áreas
expostas à ação das ondas, com dominância de crustáceos e moluscos. O mesmo pode ser dito
com relação à macrofauna das praias do litoral paulista e paranaense, onde foram estudadas
predominam ambientes protegidos, de baixa energia com consequente dominância de poliquetas
e moluscos.
A grande maioria destas pesquisas não fornecem, entretanto, informações sobre a biologia
ou produção da fauna desse ecossistema. A escassez de informações sobre a biologia das
espécies de praia deve-se principalmente às dificuldades de se efetuar um monitoramento
populacional em um sistema tão dinâmico.
Os conhecimentos sobre a taxonomia e a distribuição das associações faunísticas de praias
ao longo da costa brasileira são extremamente variáveis. São escassas ou mesmo inexistentes
para a costa norte e nordeste. As regiões sul-sudeste são as melhores conhecidas, tanto sob o
ponto de vista taxonômico quanto ecológico. Entretanto, grande parte dos estudos são restritos a
áreas específicas, e portanto ainda insuficientes para uma estimativa confiável das densidades
populacionais ou mesmo para uma avaliação detalhada da real biodiversidade ao longo da costa
brasileira.
SÍNTESE
As praias arenosas constituem um dos ambientes de maior extensão ao longo de todo o
litoral brasileiro, sendo com freqüência delimitadas na sua parte superior por um sistema de dunas
frontais ou costeiras.
As informações recolhidas durante a realização do “workshop” revelaram que apesar de
sua grande extensão, são escassos os dados publicados a respeito da biodiversidade desses
ecossistemas.
No que toca às praias propriamente ditas, constatou-se que o maior volume de informações
concentra-se nas regiões sul e sudeste com destaque para os estados do Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A partir dai diminuem progressivamente em direção aos
estados do nordeste e norte do País.
Com relação à biodiversidade existente no sistema de dunas frontais, pode-se constatar
que os conhecimentos disponíveis são ainda mais limitados. Com exceção de alguns inventários
faunísticos e observações ecológicas realizadas nas dunas costeiras do Rio Grande do Sul
(Gianuca, 1997), são poucas as informações existentes para outros estados.
O trabalho realizado por este grupo temático revelou que existem inúmeros sistemas de
praias e de dunas costeiras para os quais não se dispõe de qualquer inventario faunístico, o que
torna absolutamente impossível realizar estudos e análises comparativas sobre a biodiversidade
desses sistemas em diferentes pontos do litoral brasileiro. Por conseqüência, torna-se inviável
qualquer tentativa de demarcação de áreas nessas regiões de interesse para a preservação da
biodiversidade.
Não obstante, a partir dos estudos conhecidos para as regiões sul e sudeste, para alguns
pontos do litoral nordeste e norte e, principalmente, com base em informações pessoais obtidas
junto aos pesquisadores dessas regiões, participantes do workshop, foi possível identificar e
propor vários trechos de praias e dunas considerados de alto interesse para a preservação da
integridade e biodiversidade dos ecossistemas litorâneos brasileiros.
AMEAÇAS E RECOMENDAÇÕES
Praias
As praias vem sofrendo uma crescente descaracterizarão em razão da ocupação
desordenada e das diferentes formas de efluentes tanto de origem industrial quanto doméstica, o
que tem levado a um sério comprometimento da sua balneabilidade, principalmente daquelas
próximas a centros urbanos. 0 problema dos esgotos domésticos e do lixo são bastante sérios e
exigem medidas imediatas. Além do lixo de origem local, há aquele lançado ao mar pelos navios e
o de origem exógena transportado pelos rios.
Também merecem destaque a crescente especulação imobiliária, a mineração com retirada
de areia das praias e dunas, e o crescimento explosivo e desordenado do turismo sem qualquer
planejamento ambiental e investimentos em infra-estrutura, como por exemplo saneamento
básico.
Como medida de proteção recomenda-se portanto o emprego de estratégias de
conservação dos habitats, associada à implantação de programas de educação ambiental. Muito
ainda falta para que se tenha um adequado conhecimento da fauna e flora de praias e dunas,
devido a inexistência de programas temáticos ou individuais que objetivem o conhecimento da
biodiversidade destes ambientes. Atenção especial deve ser direcionada às áreas com maior
adensamento demográfico, onde as descargas de poluentes podem estar gerando alterações
ambientais severas. Sugere-se também a implantação de 4 unidades de proteção ambiental. A
primeira, compreendendo o Canal de São Sebastião, SP (município de São Sebastião) e a Ilha de
São Sebastião (município de Ilhabela) e áreas adjacentes . Entre as principais justificativas para
tal recomendação, podem ser incluídas a elevada diversidade faunística, a existência de várias
espécies novas e outras ameaçadas de extinção, em razão do extrativismo desordenado e das
crescentes alterações no ambiente. Duas outras propostas de áreas de proteção incluem a Ilha de
Itamaracá, PE, com alta riqueza biológica devido à ocorrência de vários estuários e sob forte
pressão turística e industrial (fábricas de cimento, papel e alumínio) e o banco da Coroa do Avião
área de grande importância para a alimentação de aves residentes e migratórias.
BIBLIOGRAFIA
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Tabela I - Registro das espécies de Mollusca para as regiões Norte (N), Nordeste (NE), Sudeste
(SE) e Sul (S) do Brasil; abreviaturas usadas: Estados; Estuários (E); Médiolitoral (M); Infralitoral
(I). Nesta lista podem estar incluídas espécies de costão, uma vez que no litoral do Estado de São
Paulo, foram estudadas praias compostas por areia e fragmentos de rocha.
Anadara brasiliana (AL/I-M)
Anadara notabilis (AL)
Anomalocardia brasiliana (CERN-PE/E; PB/M; MA-ALSE/E-M)
Barbatia candida (AL)
Bulla striata (PB/E; AL/E-M)
Cardium edule (PB/M)
Cerithium atratum (PB/E;
AL/E-M)
Chione cancellata (PB/E;
AL/M)
Chione pubera (MA)
Chione subrostrata (AL/M)
Ctena orbicularis (MA)
Codakia orbiculata (AL/M)
Cyrtopleura costata (AL)
Divaricella quadrissulcata (PB,
AL)
Donax striatus (RN/M)
Dosinia concentrica (AL/M)
Hastula cinerea (AL/E)
Abra lioica (SP)
Acteocina candei (SP)
Agaronia trevassosi (SP)
Alvania auberiana (SP)
Anachis catenata (SP)
Anachis lyrata (SP)
Anachis obesa (SP/H)
Anachis sertulariarum (SP)
Anadara brasiliana (SP)
Anadara notabilis (SP)
NORDESTE (NE)
Iphigenia brasiliana (CE-RNPB-AL-PE/E)
Lucina pectinata (AL; PE/E;
AL/M)
Lunarca ovalis (AL/M-I)
Macoma balthica (PB/M)
Macoma constricta (PB-PE/E;
MA-AL-SE/E-M)
Mactrellona alata (AL/M-E)
Melampus coffeus (PE/E)
Mytella charruana (AL/E;
PB/M; RN; PE)
Mytella guyanensis (SE)
Nassarius vibex (PB/E)
Natica (RN/M)
Neritina meleagris (PB)
Neritina virginea (CE/M-I;
AL/M-E; SE/M)
Neritina zebra (AL/E)
Olivella floralia (PE/E)
Olivella minuta (PE/E)
Olivella mutica (PE/E)
Olivella petiolita (PE/E)
SUDESTE (SE)
Anadara ovalis (SP)
Anatina anatina (SP)
Anomalocardia brasiliana
(RJ/M-I-E; SP/M-E)
Anonia ephippium (SP)
Antalis disparile (SP)
Antiopella mucloc (SP)
Aplysia brasiliana (SP)
Aplysia juliana (SP)
Arca imbricata (SP)
Phyllonotus pomum (AL)
Protothaca pectinata (AL)
Protothaca pectorina (PB/E;
PE/E; AL/E)
Pugilina morio (PB)
Sanguinolaria cruenta (PE)
Sanguinolaria sanguinolenta
(PE)
Tagelus divisus (PE)
Tagelus plebeius (MA;CE/E;
RN/E; PB/M-E; PE/M-E; ALE)
Tellina lineta (PB/E; PE/E;
AL/M-E)
Tivela mactroides (RN/M;
PB/M; PE/E-M)
Trachycardium muricatum
(PB/E; PE/E; AL/M; BA)
Turbinella laevigata (AL)
Arcopsis adamsi (SP)
Astraea phoebia (SP)
Astraea tecta (SP)
Atrina seminuda (SP)
Barbatia candida (SP)
Bittium varium (SP/H)
Brachidontes darwinianus
(SP)
Brachidontes solisianus (SP)
Bulla striata (SP/M)
Bursatella leachi (SP)
Cadlina rumia (SP)
Caecum pulchellum (SP)
Caecum ryssotitum (SP)
Caliphylla mediterranea (SP)
Calliostoma adspersum (SP)
Calliostoma euglyptum (SP)
Calliostoma jujubinum (SP)
Calliostoma pulchrum (SP)
Callista maculata (SP)
Calloplax janeirensis (SP)
Cerithiopsis emersoni (SP)
Cerithiopsis greenii (SP)
Cerithium atratum (RJ-SP/M;
SP/H)
Cerithium eburneum (SP)
Chaetopleura angulata (SP)
Chicoreus senegalensis (SP)
Chione cancellata (SP/M)
Chione intapurpurea (SP)
Chione paphia (SP)
Chione subrostrata (SP/H)
Chromodoris neona (SP)
Codakia costata (SP/H-M)
Codakia orbicularis (SP/M)
Collisella subrugosa (SP)
Columbella mercatoria (SP)
Compsomyax subdiaphana
(SP)
Cooperella atlantica (SP)
Corbula caribaea (SP/M)
Corbula cubaniana (SP/M)
Crassostrea rhizophorae (SP)
Crepidula aculeata (SP)
Crepidula plana (SP)
Ctena orbiculata (SP)
Ctena pectinella (SP)
Cyclinella tenuis (SP)
Cylichnella bidentata (SP)
Cypraea zebra (SP)
Diodora jaumei (SP)
Diodora patagonica (SP)
Diplodonta portesiana (SP)
Diplodonta punctata (SP/M-H)
Divaricella quadrisulcata (SP)
Donax gemmula (SP/M)
Donax hanleyanus (RJ/M;
SP/M-I)
Doris bovena (SP)
Doris verrucosa (SP)
Dosinia concentrica (SP)
Engina turbinella (SP)
Epitonium albidum (SP)
Epitonium angulatum (SP)
Ervilia concentrica (SP)
Ervilia nitens (SP/M)
Eulima mulata (RJ)
Finella dubia (SP)
Fissurella clenchi (SP)
Fissurella rosea (SP)
Goniodoris mimula (SP)
Gouldia cerina (SP)
Gregariella coralliophila (SP)
Haminoea elegans (SP)
Hastula cinerea (SP/M-I)
Heleobia australis (ES-E)
Heterodonax bimaculata (SP)
Hiatella solida (RJ)
Iphigenia brasiliana (SP/M)
Ischnochiton striolatus (SP)
Ithycythara lanceolata (SP)
Laevicardium brasilianum (SP)
Laevicardium laevigatum (SP)
Leptopecten bavayi (SP)
Leucozonia nassa (SP)
Limaria pellucida (SP)
Lioberus castaneus (SP)
Litiopa melanostroma (SP)
Littoraria angulifera (SP)
Littoraria flava (SP)
Lucapinella henseli (SP)
Lucina pectinata (ES/E; SP)
Lunarca ovalis (SP)
Macoma cleryana (SP)
Macoma constricta (SP/M)
Macoma uruguayensis (SP)
Mactra fragilis (SP/H)
Mangelia quadrilineata (SP)
Mesodesma mactroides
(SP/M)
Mitrella argus (SP)
Mitrella lunata (SP)
Mitrella lunulata (SP)
Modiolus carvalhoi (SP)
Modulus modulus (SP)
Morula nodulosa (SP)
Mulinia cleryana (SP)
Mytella charruana (ES-E)
Nassarius vibex (RJ/E; SP/M)
Natica cayennensis (SP)
Natica pusilla (SP)
Neoteredo (ES-E)
Neritina virginea (SP/M)
Nodilittorina lineolata (SP)
Nucula semiornata (SP/M-A)
Odostomia laevigata (SP)
Odostomia seminuda (SP)
Oliva sayana (SP)
Olivella minuta (SP/M)
Onchidella indolens (SP)
Pedipes mirabilis (SP)
Periploma ovalis (SP)
Periploma ovata (SP)
Petaloconchus varians (SP)
Phalium granulatum (SP)
Phenacolepas hamillei (SP)
Phlyctiderma semiaspera (SP)
Phlyctiderma semiaspera (SP)
Pisania auritula (SP)
Pisania pusio (SP)
Pitar circinatus (SP)
Pitar fulminatus (SP)
Pitar palmeri (SP)
Polinices hepaticus (SP)
Polinices lacteus (SP)
Protothaca granulata (SP/M)
Protothaca pectorina (SP)
Pteria hirundo (SP)
Rissoina catesbyana (SP)
Sanguinolaria sanguinolenta
(SP)
Seila adamsi (SP)
Semele proficua (SP; SP/M)
Semele purpurascens (SP)
Siphonaria hispida (SP)
Solen tehuelchus (SP)
Sphenia antillensis (SP/M)
Spurilla neapolitana (SP)
Stramonita haemastoma (SP)
Strigilla carnaria (SP/M)
Strigilla pisiformis (SP)
Strigilla producta (SP)
Strombus pugilis (SP)
Tagelus divisus (SP/M-H)
Tagelus plebeius (ES/E; RJ/E;
SP/M)
Tegula viridula (SP/M)
Tellina exerythra (SP)
Tellina lineata (SP/M-H)
Tellina petitiana (SP)
Tellina punicea (SP)
Tellina radiata (SP)
Tellina versicolor (SP/M-H)
Terebra dislocata (SP)
Thracia similis (SP)
Tivela mactroides (SP/M)
Tivela ventricosa (SP/M)
Abra lioica (RS/I)
Adelomelon brasiliana (RS/I)
Adrana patagonica (RS/I)
Amiantis purpuratus (PR;
RS/I)
Anachis isabellei (RS/I)
Anachis sertularium (RS)
Anadara brasiliana (SC)
Anomalocardia brasiliana
(PR/M-E; SC)
Bittium varium (PR/E)
Buccinanops duartei (RS/I)
Buccinanops moniliferus
(RS/I)
Bulla striata (RS)
Cerithium atratum (SC/M)
Corbula caribaea (RS)
Cosmioconcha nitens (PR)
Cryoturris adamsi (RS)
Cylindriscala acus (RS)
Cymatium parthenopeum (RS)
Cyrtopleura lanceolata (RS)
Divaricella quadrisulcata (PR)
Donax gemmula (PR/M; RS-I)
Donax hanleyanus (PR-RS/M)
SUL (S)
Dorsanum moniliferum (RS/I)
Epitonium angulatum (RS)
Epitonium candeanum (RS)
Epitonium georgettina (RS)
Erodona mactroides (RS/E)
Eulimastoma engonium (RS)
Hastula cinerea (PR; SC/M-I)
Hastula salleana (PR)
Heleobia australis (PR-RS/E)
Kurtziella dorvillae (RS/I)
Lucina pectinata (PR/M-E)
Lunarca ovallis (PR)
Macoma constricta (PR/M-E)
Mactra isabelleana (RS/I)
Mactra marplatensis (RS)
Mactra patagonica (RS)
Mactra petiti (RS)
Mesodesma mactroides
(RS/M)
Mitrella ocellata (PR)
Natica limbata (RS/I)
Natica livida (PR)
Neritina virginea (PR/E; SC/M)
Noetia bisulcata (RS)
Odostomia jadisi (RS)
Tonna galea (SP)
Trachycardium auricatum
(SP/H)
Trachycardium muricatum
(SP)
Trachypollia nodulosa (SP)
Transenella stimpsoni (SP)
Tricolia affinis (SP)
Turbonilla americana (SP)
Ventricolaria rigida (SP)
Olivancillaria carcellesi (RS/I)
Olivancillaria deshayesiana
(RS/I)
Olivancillaria urceus (RS/I)
Olivancillaria uretai (RS/I)
Olivancillaria vesica (PR; RS/I)
Olivancillaria auricularia (RS/I)
Olivella formicacorsi (RS/M-I)
Olivella minuta (PR)
Olivella plata (RS)
Parvanachis isabellei (RS/I)
Periploma compressa (RS)
Phalium granulatum (RS)
Pholas campechiensis (RS)
Raeta plicatella (RS)
Solen tehuelchus (PR; RS)
Strigilla carnaria (PR; RS)
Tagelus plebeius (RS/I-E)
Tellina petitiana (RS)
Tellina sandix (RS/I)
Terebra gemmulata (RS)
Tivella ventricosa (RS/I)
Tivella mactroides (PR)
Turbonilla uruguayensis (RS)
TABELA II - Registro das espécies de Polychaeta para as regiões Norte (N), Nordeste (NE),
Sudeste (SE) e Sul (S) do Brasil; abreviaturas usadas: Estados; Estuários (E); Médiolitoral (M);
Infralitoral (I). Nesta lista podem estar incluídas espécies de costão, uma vez que no litoral do
Estado de São Paulo, foram estudadas praias compostas por areia e fragmentos de rocha.
Namalycastis abiuma (PA;
AM/E)
Armandia (SE/M)
Capitella capitata (AL/M;
SE/M-E)
Ceratonereis excisa (PB/M)
Cirratulus cf. africanus (BA)
Cirratulus cirratus (AL)
Diopatra cuprea (MA/M)
Diopatra viridis (PE/E; ALSE/M)
Eteone heteropoda (MA)
Eunice cariboea (AL/M)
Eurithoe complanata (FN)
Amphinome rostrata (RJ)
Anaitides madeirenses (SP)
Ancistrocyllis bassi (SP)
Ansistrosyllis jonesi (SP)
Ansistrosyllis pinesi (SP)
Aonides paucibranchiata (SP)
Arenicola brasiliensis (SP/M)
Arenicola glasselli (SP)
Aricidea (acmira) simplex (SP)
Aricidea (suecuca) simplex
(SP)
Aricidea fauveli (SP)
Aricidea fragilis (SP)
Aricidea pseudoarticulata (SP)
Aricidea suecica (SP)
Armandia agilis (SP/M)
Armandia hosstel (SP)
tabreg02.doc
NORTE (N)
Perinereis cultrifera (PA)
NORDESTE (NE)
Filograna implexa (BA)
Glycera longipinnis (MA)
Glycinde multidens (AL/M;
SE/M)
Goniada littorea (AL)
Grubeulepsis fimbriata (MA)
Hemipodus olivieri (AL/M)
Heteromastus (SE/M)
Laeonereis acuta (MA; SE/ME)
Loimia medusa (AL)
Lumbrineris tetraura (MA; AL)
Nepthys squamosa (MA/M)
Nereis zonata (AL/M)
Odontosyllis hetrofalchata (AL)
Owenia fusiformis (CE)
Perinereis ponteni (AL; AL/M)
Perinereis vancaurida (SE)
Scolelepis squamata (MA)
Scoloplos dubia (CE)
Sigambra grubei (AL-SE/M)
Spiophanes bombyx (AL)
Thelepus setosus (AL)
Typosyllis armallaris (BA)
SUDESTE (SE)
Australonuphis
casamiquelorum (SP)
Autolytus (Regulatus)
convolutus (SP)
Autolytus (Regulatus) cornutus
(SP)
Boccardia redeki (SP)
Branchiomma cf. lucullana
(SP)
Branchiomma nigromaculata
(SP/M)
Brania clavata (SP)
Brania furcelligera (SP)
Brania limbata (SP)
Brania pusilla (SP)
Cabira incerta (SP)
Capitella capitata (RJ/I; SP/M)
Capitella jonesi (SP)
Capitella perarmata (RJ)
Capitomastus minimus (SP)
Capitomastus minimus (SP/M)
Capitomastus minutus (SP)
Ceratonereis mirabilis (SP)
Chaetocanthus magnificus
(SP)
Chaetopterus variopedatus
(SP)
Chrysopetalum occidentale
(SP)
Cirriformia tentaculata (SP)
Cirriformia filigera (SP)
Cirriformia oculata (SP)
Cirriformia tentaculata (SP/M)
Clymenella brasiliensis (SP)
Cossura delta (SP)
Dasybranchus rectus (SP)
46
Dasychone ponce (SP)
Diopatra chilensis (SP)
Diopatra cuprea (SP/M-E)
Diopatra ornata (SP)
Diopatra splendidissima (SP)
Diopatra tridentata (RJ)
Dispio remanei (SP/M)
Dispio uncinata (SP)
Dorvillea rudolphii (SP)
Eteone heteropoda (SP)
Eunice atlantica (SP)
Eunice cariboea (SP/M)
Eunice filamentosa (SP)
Eunice rubra (RJ)
Eunice sebastiani (SP)
Eunice tubifex (SP)
Eunice vitata (SP)
Eurithoe complanata (ESSP/M)
Euzonus falcigerus (SP)
Euzonus furciferus (SP/M)
Exogone dispar (SP)
Exogone gemmifera (SP)
Exogone occidentalis (SP)
Filograma implexa (RJ)
Glycera americana (SP/M)
Glycera dibranchiata (SP)
Glycera oxycephala (SP)
Glycinde multidens (ES/E;
SP/M)
Goniada brunnea (SP)
Goniada littorea (SP/M)
Goniada maculata (SP)
Goniadides uncata (SP)
Gypthys brevipalpa (SP)
Gyptis capensis (SP)
Halla parthenopeia (SP)
Halosydna glabra (SP)
Halosydnella brasiliensis (SP)
Haploscoloplos fragilis (SP)
Haplosyllis spongicola (SP)
Harmothoe aculeata (SP)
Hemipodus californiensis (SP)
tabreg02.doc
Hemipodus olivieri (RJ/I;
SP/M)
Hemipodus rotundus (SP/M)
Hemipodus simplex (SP)
Hesione picta (SP)
Hesione protochona (SP)
Heteromastus filiformis (ES-E;
SP/M)
Isolda pulchella (ES/E; SP/M)
Kinbergonuphis nonatoi (SP)
Laeonereis acuta (RJ/I; SP/M)
Langerhansia cornuta (SP)
Laonice branchiata (SP)
Leitoscoloplos fragilis (SP)
Lepdonotus caeruleus (SP)
Leptonereis maculata (SP)
Linopherus ambigua (SP)
Lisydice ninetta (SP)
Loandalia americana (SP)
Loimia medusa (SP)
Lumbrinerides gesae (ES)
Lumbrineriopsis mucronata
(SP)
Lumbrineris albifrons (SP)
Lumbrineris coccinea (ES)
Lumbrineris cruzensis (ES)
Lumbrineris hebes (SP)
Lumbrineris inflata (SP)
Lumbrineris latreilli (SP)
Lumbrineris magalhaensis
(ES)
Lumbrineris paradoxa (SP)
Lumbrineris tetraura (SP/M)
Macrochaeta multipapillata
(RJ)
Magelona nonatoi (SP)
Magelona papillicornis (SP)
Magelona posterelongata (SP)
Magelona riojai (SP)
Magelona variolamellata (SP)
Malmgreniella variegata (SP)
Manayunkia brasiliensis
(SP/E)
Marphysa formosa (SP)
Marphysa regalis (ES/M)
Marphysa sanguinea (SP/M)
Marphysa sebastiana (SP)
Marphysa splendidissima (SP)
Mediomastus californiensis
(SP/M)
Megalomma bioculatum (SP)
Mooreonuphis intermedia (RJ)
Mooreonuphis nebulosa (SP)
Naineris setosa (SP)
Namalycastis abiuma (ES/E)
Neanthes bruaca (SP)
Neanthes palpata (SP)
Neanthes succinea (RJ-SP/M)
Nematonereis hebes (SP)
Nematonereis unicornis (SP)
Nephthys simoni (SP)
Nephtys caeca (SP)
Nephtys squamosa (SP)
Nereis brevicirrata (SP)
Nereis decora (SP)
Nereis disparsetosa (SP)
Nereis oligohalina (ES-SP/E)
Nereis riisei (ES/M; SP)
Nerine agilis (SP)
Ninoe brasiliensis (SP)
Nonatus longilineus (SP)
Notomastus hemipodus (SP)
Notomastus lobatus (ES/E;
RJ/M-I; SP/M)
Odontosyllis cf. fulgurans (SP)
Oenone diphyllidia (SP)
Onuphis dorsalis (SP)
Onuphis litoralis (ES)
Onuphis nebulosa (SP)
Onuphis vexillaria (SP)
Ophiodromus pugettensis (SP)
Ophyotrocha puerilis (RJ)
Orbinia latreilli (SP)
Owenia fusiformis (SP/M-E)
Parandalia americana (SP/M)
Parandalia tricuspis (SP)
Paraprionospio pinnata (SP)
47
Pectinaria (Pectinaria) laelia
(SP)
Pectinaria laelia (SP)
Perinereis anderssoni (SP)
Perinereis cultrifera (ES)
Perinereis melanocephala
(SP)
Perinereis ponteri (SP)
Perinereis vancaurina (SP)
Phylo felix (RJ; SP)
Pisionidens indica (SP)
Pista corrientis (SP)
Platynereis dumerilli (SP)
Podarke agilis (RJ)
Podarke obscura (SP)
Podarke pallida (SP)
Poecilochaetus australis (SP)
Polycirrus plumosus (SP)
Polydora ligni (RJ/M-I; SP)
Polydora socialis (RJ/M-I)
Polydora websteri (SP)
Polygordius eschaturus (RJ)
Potamilla reniformis (SP)
Potamilla torelli (RJ)
Prionospio dayi (SP)
Prionospio ehlersi (SP)
Prionospio heterobranchia
(SP)
Prionospio malmgreni (SP)
Prionospio steenstrupi (SP)
Protodorvillea kfersteini (RJ)
Pseudoeurythoe ambigua (SP)
Psionides indica (SP)
Schistocomus hiltoni (RJ)
Scolaricia capensis (SP)
Scolaricia papillifera (SP)
Scolelepis squamata (SP/M-E)
Scoloplos (Leodamas) (SP/ME)
Scoloplos (Leodamas) dubia
(SP)
Scoloplos (Leodamas) gracilis
(SP)
Scoloplos (Leodamas)
johnstonei (SP)
Scoloplos (Leodamas) ohlini
(SP)
Scoloplos (Leodamas) rubra
(SP)
Scoloplos texana (SP)
Scoloplos treadwelli (SP)
Scyphoproctus djiboutiensis
(SP)
Sigalion cirriferum (SP)
Sigambra bassi (SP)
Sigambra constricta (SP)
Sigambra grubei (ES/E; SP/M)
Sphaerosyllis hystrix (SP)
Sphaerosyllis longicauda (SP)
Sphaerosyllis piriferopsis (SP)
Spio (Spio) pettiboneae (SP)
Spiochaetopterus costarum
(SP)
Spiophanes missionensis (SP)
Spirographis braziliensis (SP)
Stauronereis rudolphi (SP)
Sternaspia capillata (SP/M)
Sthenelais boa (SP)
Sthenelais caerulea (SP)
Sthenelais limicola (SP)
Sthenolepis grubei (SP)
Syllis gracilis (SP)
Telepsaurus costarum (SP)
Terebellides anguicomus (SP)
Thalenessa lewissii (SP)
Tharix filibranchia (SP)
Typosyllis hyalina (SP)
Typosyllis prolifera (SP)
Americonuphis
casamiquelorum (RS)
Apoprionospio pygmaea (RS)
Arabella iricolor (PR)
Australonuphis
casamiquelorum (PR; RS)
Capitella capitata (PR/M-E)
Diopatra viridis (PR; RS/M-I)
Dispio remanei (PR)
Drilonereis filum (PR)
Eunice rudis (RS)
Euzonus furciferus (PR:RS/M)
Euzonus jurcigerdis (PR)
Glycera americana (RS)
SUL (S)
Glycinde multidens (PR/M-E;
RS)
Goniada littorea (RS/I)
Goniadides cf. carolinae (PR)
Grubeulepis bracteata (PR;
RS/M-I)
Heliobia australis (PR)
Hemipodus olivieri (PR; RS/M)
Heteromastus filiformis (RS/E)
Heteromastus
similis
(PR;RS/E)
Isolda pulchella (PR/M-E)
Kinbergonuphis difficilis (RS/I)
Laeonereis acuta (PR/M-E;
RS/M-E)
Lamelleulepethus
orensanzi
(RS)
Leitoscoloplos robustus (PR)
Lumbrineris janeirensis (RS)
Lumbrineris mainae (SC)
Lumbrineris
tetraura
(PR;
RS/I)
Lycastopsis pontica (PR)
Magelona riojai (PR; RS/I)
Namalycastis (PR/E)
Neanthes bruaca (RS/I)
Neanthes succinea (RS/E-I)
Nephtys fluviatilis (RS/E)
Nephtys simoni (PR; RS/I)
Nereis oligohalina (PR/E)
tabreg02.doc
48
Ninoe brasiliensis (RS)
Notomastus lobatus (RS)
Odontosyllis hetero-falcheata
(RS/I)
Onuphis
eremita
oculata
(RS/I)
Owenia fusiformis (PR; RS/I)
Parandalia americana (RS/I)
Paraonis pygoenigmatica (PR)
Paraprionospio pinnata (RS/I)
tabreg02.doc
Platynereis dumerilii (PR)
Polydora socialis (PR)
Pseudonereis gallapagnesis
(PR)
Psionidens indica (PR)
Sabellaria bella (RS)
Scolelepis squamata (PR)
Scoloplos (Leodomas) ohlini
(RS)
Scoloplos (Scoloplos) (PR)
Sigalion cirriferum (PR; RS/MI)
Sigambra grubei (PR/M-E;
RS)
Spio gaucha (RS/M)
Sthenelais limicola (PR; RS/I)
Sthenelopis oculata (RS/I)
Toracophelia furcifera (PR/M)
Typosyllis ehlersioides (RS)
49
Tabela III - Registro das espécies de Crustacea para as regiões Norte (N), Nordeste (NE),
Sudeste (SE) e Sul (S) do Brasil; abreviaturas usadas: Estados; Estuários (E); Médiolitoral (M);
Infralitoral (I). Nesta lista podem estar incluídas espécies de costão, uma vez que no litoral do
Estado de São Paulo, foram estudadas praias compostas por areia e fragmentos de rocha.
Ampelisca brevisimulata (N)
Ceradocus paucidentatus (N)
Chevalia aviculae (N)
Clibanarius vittatus (PA)
Dardanus venosus (PA)
Dulichiella appendiculata (N)
Elasmopus brasiliensis (N)
Elasmopus rapax (N)
NORTE (N)
Grandidierella bonnieroides
(N)
Herterophlias seclusus (N)
Lembos smithi (N)
Lembos unicornis (N)
Maera grossimana (N)
Maera quadrimana (N)
Mallacoota subcarinata (N)
Acanthosquilla floridensis (AL)
Albunea paretii (AL)
Alpheus armillatus (PE/H)
Alpheus normanni (PE/H)
Ampithoe ramondi (PE/H)
Ampithoe simulans (PE/H)
Aranaeus cribanius (AL)
Armases angustipes (AL)
Atylus talpo (MA; PE/H)
Blepharipoda doelloi (AL)
Calcinus tibicen (NE; FN)
Calianassa
grandimana
(PE/M)
Calianassa
guassutinga
(PE/M)
Calianassa jamaicense (PE/M)
Callichirus major (AL; PE/M)
Callinectes
bocourti
(CERN/E)
Callinectes danae (AL; CE/E;
RN/M; PE/S-M-I)
Callinectes exasperatus (RN)
Callinectes
larvatus
(AL;
RN/M; PE/S-M-I)
Callinectes ornatus (AL; RN)
Callinectes sapidus (AL)
Cardisoma guanhumi (PE/E)
NORDESTE (NE)
Cataleptodius
floridanus
(RN/M; PE/S-M-I)
Charybdis hellerii (AL)
Clibanarius antillensis (NE;
RN/M; PE/S-M-I-H; Rocas)
Clibanarius sclopetarius (NE;
RN/M; PE/S-M-I)
Clibanarius tricolor (Rocas;
FN)
Clibanarius
vittatus
(MA;
NE/E)
Cloridopsis dubia (AL)
Cronius tumidulus (PE/H)
Cymadusa filosa (PE/H
Dardanus venosus (NE; MA;
PE/H; Rocas; FN)
Dulichiella spinosa (PE/H)
Elasmopus rapax (PE/H)
Emerita portoricensis (AL)
Epialtus bituberculatus (PE/H)
Ericthonius brasiliensis (PE/H)
Eriphia gonagra (RN/M; PE/SM-I)
Eurypanopeus
abbreviatus
(RN/M; PE/S-M-I)
Excirolana braziliensis (RN/M)
Gammaropsis atlantica (NE)
tabreg02.doc
Orchestia darwini (N)
Paguristes tortugae (N)
Pagurus longimanus (AP)
Petrochirus diogenes (N)
Phimochirus holthuisi (N)
Pinnixa cristata (AP)
Quadrivisio lutzi (N)
Goniopsis cruentata (CE-RNPE/E)
Hexapanopeus
angustifrons
(RN/M; PE/S-M-I)
Hexapanopeus
schmitti
(RN/M; PE/S-M-I)
Hippa testudinaria (AL)
Hippolyte curacaoensis (PE/H)
Hyale grimaldi (PE/H)
Iridopagurus dispar (AL)
Isocheles sawayai (NE)
Latreutes parvulus (PE/H)
Leander paulensis (PE/H)
Lepidopa distincta (AL)
Lepidopa richmondi (AL)
Lepidopa venusta (AL)
Lepidophthalmus siriboia (AL)
Leucothoe dissimilis (PE/H)
Leucothoe spinicarpa (PE/H)
Maera hirondelei (PE/H)
Maera quadrimana (PE/H)
Malacoota subcarinata (PE/H)
Menippe nodifrons (RN/M;
PE/S-M-I)
Microphrys bicornutus (RN/M;
PE/S-M-I-H)
Neocallichirus rathbunae (AL)
50
Ocypode quadrata (AL; CERN-PE/S)
Orchestia gammarella (PE/E)
Orchestia montagui (PE/E)
Orchestia platensis (PE/S-E)
Pachygrapsus
transversus
(CE/M-S; RN/M; PE/S-M-I)
Paguristes erythrops (NE; MA)
Paguristes tortugae (NE)
Pagurus brevidactylus (PE,
SE,AL,BA/FN)
Pagurus criniticornis
(PE,SE,AL,BA)
Pagurus leptonyx (NE)
Pagurus limatulus (CE,RN,AL)
Acanthosquilla digueti (SP)
Alarconia guinotae (SP)
Albunea paretii (SP)
Alpheus heterochaelis (SP/H)
Amphilocus neapolitanus (SE)
Aora spinicornis (SE)
Atylus minikoi (SP; SE)
Axiopsis serratiformis (SP)
Batea catharinensis (SE; SP)
Bathyporeiapus bisetous (SE)
Bathyporeiapus copacabana
(SP)
Bathyporeiapus ruffoi (SE)
Bowmaniella brasiliensis (SP)
Calcinus tibicen (SP/M)
Callianidea laevicaudan (SP)
Callichirus major (SP/M)
Callinectes danae (SP/M)
Callinectes ornatus (SP)
Caprella scaura (SP/H)
Ceradocus paucidentatus (SE)
Cerapus tubuloris (SE)
Charybdis helleri (SP)
Chevalia aviculae (SE)
Cleantis planicula (SP)
tabreg02.doc
Panopeus harttii (RN/M; PE/SM-I)
Panopeus occidentalis (RN/M;
PE/S-M-I)
Panulirus argus (PE/H)
Panulirus laevicauda (PE/H)
Parapinnixa hendersoni (AL)
Pelia rotunda (PE/H)
Periclimenes americanus
(PE/H)
Periclimenes longicaudatus
(PE/H)
Petrochirus diogenes (NE)
Petrolisthes armatus (RN/M;
PE/S-M-I)
Phimochirus holthuisi (NE)
SUDESTE (SE)
Clibanarius antillensis (SP/M)
Clibanarius sclopetarius (SE;
SP/M)
Clibanarius vittatus (SE;
SP/M)
Coronis scolopendra (SP)
Corophium acherusicum
(SP/H)
Cymadusa filosa (SP/H)
Cyrtoplax spinidentata (SP)
Dardanus insignis (RJ; SP)
Elasmopus brasiliensis (SE)
Elasmopus pectenicrus (SP)
Elasmopus ropax (SE)
Emerita brasiliensis (RJ/M-I;
SP/E)
Emerita talpoida (SP)
Ericthonius brasiliensis (SE;
SP/H)
Eucratopsis crassimanus (SP)
Eurypanopeus abbreviatus
(SP)
Excirolana armata (RJ-SP/M)
Excirolana braziliensis (RJ/MS)
Pinnixa aidae (AL)
Pinnixa brevipolex (MA; PE)
Pinnixa floridana (MA; PE)
Pinnixa patagoniensis (RN/M;
PE/S-M-I)
Pinnixa sayana (AL; PE/M)
Psidia brasiliensis (PE/H)
Synalpheus minos (PE/H)
Talitrus saltator (PE/S)
Uca leptodactyla (AL)
Uca maracoani (CE-SE/S)
Uca rapax (CE/S; PE/E)
Upogebia
omissa
(RN/M;
PE/S-M-I)
Gammaropsis chelifera (SE)
Gammaropsis togoensis (SE)
Gibberosus myersi (SE; SP)
Grandidierella bonnieroides
(SE; SP)
Heterophlias seclusus (SE)
Hexapanopeus paulensis (SP)
Hexapanopeus schmitti
(SP/M)
Hippolyte curacaoensis (SP/H)
Hyale media (SP)
Ipanema talpa (SP)
Isocheles sawayai (SE)
Kalliapseudes schubarti
(SP/M)
Latreutes parvulus (SP/H)
Lembos hypacantus
Lembos smithi (SE)
Lembos unicornis (SE)
Lepidopa benedicti (SP)
Lepidopa richmondi (SP/M)
Lepidopa venusta (SP)
Lepidopa websteri (SP)
Lepton cena (SP/M)
Leucothoe denticulata (SE)
51
Listriella titinga (SE)
Litopenaeus schmitti (SP)
Lysiosquilla scabricauda (SP)
Mallacoota subcarinata (SE)
Melita apendiculata (SP;
SP/H)
Melita mangrovi
Melita orgasmos (SE)
Menippe nodifrons (SP)
Metamysidopsis elongata
atlantica (SP)
Microcerberus brasiliensis
(RJ)
Microcerberus magnus (RJ)
Microcerberus parvulus (RJ)
Microcerberus ramosae (RJ)
Micropanope urinator (SP)
Microphrys bicornutus (SP)
Monoculodes nyei (SE)
Mysidopsis tortoneri (SP)
Ocypode quadrata (RJ; SP/S)
Ogyrides alphaerostrum (SP)
Orchestia darwini (SE)
Orchestia platensis (SP/S)
Orchestoidea brasiliensis (RJ;
SP/M)
Ovalipes trimaculata (RJ)
Pachygrapsus transversus
(SP)
Paguristes erythrops (ES; RJ;
SP)
Paguristes pauciparus (SP)
Paguristes tortugae (SP/M)
Pagurus brevidactylus (SP/M)
Pagurus criniticornis (SP/H-M)
Pagurus exilis (RJ, SP)
Pagurus leptonyx (ES; RJ; SP)
Pagurus miamensis uncifer
(SP)
Panopeus americanus (SP/M)
Panopeus austrobesus (SP)
Panopeus occidentalis, (SP)
Panopeus rugosus (SP)
Paracerceis sculpta (SP)
Paraphoxus cornutus (SP)
Parapinnixa bouvieri (SP)
Parhyale hawaiensis (SP)
Parhyatella whelpleyi (SP)
Penaeus brasiliensis (SP)
Penaeus schmitti (SP)
Petrochirus diogenes (SE)
Petrolisthes armatus (SP)
Petrolisthes galathinus (SP)
Photis longicaudata (SE)
Phoxocephalopis zimmeri
(SP/M)
Pilumnus dasypodus (SP)
Pinnixa angeloi (SP/M)
Pinnixa chaetopterana (SP/H)
Pinnixa patagoniensis (SP/M)
Pinnixa rapax (SP)
Pinnixa sayana (SP/H)
Podocerus brasiliensis (RJ)
Podocerus fulanus (SE)
Processa hemphilli (SP/H)
Pseudorchestoidea
brasiliensis (RJ/M-S)
Quadrivisio lutzi (SE)
Resupinus coloni (SE)
Sesarma (Holometopus)
cinereum (SP)
Stenothoe valida (SE)
Tiburonella viscana (SE)
Tiron tropakis (SE)
Uca burgesi (SP/E)
Uca burguesi (SP)
Uca cumulanta (SP)
Uca leptodactyla (SP)
Uca maracoani (SP)
Uca thayeri (SP)
Uca thayeri (SP)
Uca uruguayensis (SP)
Uca vocator (SP)
Upogebia brasiliensis (SP)
Upogebia careospina (SP)
Upogebia inomissa (SP)
Upogebia marina (SP)
Upogebia noronhensis (SP)
Upogebia omissa (SP/H-M)
Upogebia vasquezi (SP/M)
Xiphopenaeus kroyeri (SP)
SUL (S)
Albunea paretii (PR/M-I)
Ampelisca brevisimulata (S)
Ancinus gaucho (PR; RS/I)
Ancymus brasiliensis (PR)
Arenaeus cribarius (PR; RS/I)
Artemesia longinaris (RS/I)
Atylus minikoi (PR; RS)
Bathyporeiapus bisetosus
(RS/M-I; PR)
Bathyporeiapus ruffoi (PR;
tabreg02.doc
RS/M-I)
Bowmaniella (Coifmanniella)
brasilieneis (PR; RS/I)
Bowmaniella brasiliensis (PR;
RS/I)
Calcinus tibicen (SC)
Callichirus major (RS/I)
Callichirus mirim (RS/M-I)
Callinectes danae (SC/M;
RS/I)
Callinectes larvatus (PR)
Callinectes ornatus (SC/M;
RS/I)
Callinectes sapidus (SC/M;
RS/I)
Caprella dilatata (PR)
Caprella scaura (PR)
Cerapus tubularis (PR)
Cheiriphotys megacheles (PR)
Cheus micros (RS/M-I)
52
Clibanarius antillensis (SC)
Clibanarius sclopetarius (SC,
PR)
Clibanarius vittatus (SC, PR)
Coronis scolopendra (PR)
Corophium acherusicum (PR)
Corystoides chilensis (RS)
Cyrtograpsus affinis (RS)
Dardanus insignis (SC; RS)
Dardanus venosus (SC)
Diastylis sympterigiae (RS/I)
Dissodactylus crinitichelis (RS)
Dulichiella appendiculata (S)
Elasmopus pectenicrus (PR)
Emerita brasiliensis (PR;
RS/M)
Ericthonius togoensis (PR)
Eurydice litoralis (PR)
Excirolana armata (PR-RS/M)
Excirolana brasiliensis (PR/MI; RS/M)
Fabia emiliai (PR)
Gammaropsis chelifera (S)
Gammaropsis togoensis (PR;
S)
Geograpsis lividus (PR)
Hemicyclops subadhaerens
(RS/M-I)
Hepatus pudibundus (RS)
Heterocrypta tommasii (PR)
Hexapanopeus caribbaeus
(RS)
Hexapanopeus paulensis (RS)
Hippolysmata oplophoroides
(RS)
Huarpe aff. escofeti (RS/I)
Idotea balthica (RS)
Isocheles sawayai (SC, PR)
Jassa marmorata (PR)
Kalliapseudes schubarti
(PR/M-E; RS/E-I)
tabreg02.doc
Lepidopa richmondi (PR;
RS/M-I)
Leptochela serratorbita (RS)
Leptocuma linbergi (RS)
Leuroleberis poulseni (PR;
RS/I)
Libinia spinosa (RS/I)
Loxopagurus loxochelis (PR;
RS/I)
Lucifer jaseoni (RS)
Macrochiridotea giambiagiae
(PR; RS/I)
Macrochiridotea lilianae (RS/I)
Macrochiridotea robusta (RS/I)
Maera grossimana (S)
Maera quadrimana (S)
Melita orgasmos (PR; S)
Metamysidopsis elongata
atlantica (RS/I)
Metamysidopsis neritica (PR)
Metasesarma rubripes (RS/EM-S)
Metharpinia longirostris (PR)
Minyocerus angustus (PR)
Monoculodes nyei (S)
Musidopsis tortonesi (RS)
Mysidopsis coelhoi (RS)
Mysinae indet. (RS)
Neocallichirus mirim (RS/M-I)
Neomysis aff. americana (RS)
Notolopas brasiliensis (PR)
Ocypode quadrata (PR; SC/S;
RS/S)
Ogyrides hayii (PR)
Orchestia platensis (PR; RS/ES)
Orchestoidea brasiliensis (PR;
RS/S)
Paguristes pauciparus (SC)
Paguristes tortugae (SC, PR)
Pagurus brevidactylus (SC)
Pagurus criniticornis (PR; SC;
RS)
Pagurus exilis (PR; SC; RS)
Pagurus gaudichaudi (RS)
Pagurus leptonyx (PR; SC)
Parhyalella whelpleyi (PR/E)
Penaeus paulensis (RS)
Petrochirus diogenes (S)
Petrolistes armatus (PR)
Photis brevipes (PR)
Phoxocephalopsis spinosus
(RS/M-I)
Phoxocephalopsis zimmeri
(PR/M; RS/M-I)
Pinnixa brevipolex (RS)
Pinnixa chaetopterana (PR;
RS)
Pinnixa patagoniensis (PR;
RS/M-I)
Pinnixa sayana (PR; RS)
Platorchestia platensis (PR)
Pleoticus mulleri (RS)
Puelche orensanzi (RS/M-I)
Resupinus coloni (S)
Serolis bonariensis (PR; RS/I)
Serolis marplatensis (RS/I)
Stenothoe valida (PR)
Synidotea marplatensis (PR;
RS/I)
Talorchestia longicornis (RS)
Tholozodium rhombofrontalis
(PR/M)
Tiburonella viscana (PR; RS)
Tiron tropakis (S)
Uca maraconi (PR)
Uca uruguayensis (SC/S;
RS/E/M-S)
Upogebia brasiliensis (PR/E)
53
Tabela IV - Registro de outras espécies para as regiões Norte (N), Nordeste (NE), Sudeste
(SE) e Sul (S) do Brasil ; abreviaturas usadas: Estados; Estuários (E); Médiolitoral (M);
Infralitoral (I). Nesta lista podem estar incluídas espécies de costão, uma vez que no litoral do
Estado de São Paulo, foram estudadas praias compostas por areia e fragmentos de rocha.
NORTE (N)
ECHINODERMATA:
Diophiodia riisei
Encope emarginata
ECHINODERMATA:
Mellita
quinquiosperforata
(RN/M)
Ophionereis reticulata (BA/M)
Diamphiodia riisei (MA)
Encope emarginata (MA)
NORDESTE (NE)
Ophiuroidea sp1.(MA)
INSECTA
Staphylinidae (RN)
SUDESTE (SE)
ANTHOZOA:
Renilla reniformis (SP/M)
COLEOPTERA
Bledius bonariensis (SP/S)
Phaleria brasiliensis (RJ/S)
Phaleria testacea (RJ/S-M;
SP/S)
ECHINODERMATA
Encope emarginata (SP)
Mellita quinquiesperforata
(SP/I)
Ophionereis reticulata
HEMICHORDATA
Balanoglossus clavigerus
(SP/M)
Balanoglossus gigas (SP/M)
HOLOTHUROIDEA
Psammosynapta brasiliensis
(RJ/M)
OPHIUROIDEA:
Amphiplis januarii (SP/I; H*)
Diamphiodia riisei (SP/I)
Ophiactys lymani (SP)
Microphiopholis atra (H)
PYCNOGONIDA
Anoplodactylus stictus (SP)
CUMACEA
Cyclaspis sp. (SP)
CEPHALOCHORDATA
Branchistoma sp. (SP)
SIPUNCULIDEO
Golfingia (Thysanocardia)
catharinae (SP/I)
Golfingia confusa (SP/M)
Nephasoma contusum (SP)
Themiste alutaea (SP)*
Ophiophagmus lutkeni (H)
SUL (S)
ANTHOZOA
Renilla reniformis (RS/I)
TURBELARIA
Stylochoplana sp. (RS; RS/M)
tabreg02.doc
OLIGOCHAETA
Rhyacodrillus (PR/E)
Pontodrilus bermudensis (PR)
ECHINODERMATA
Hemipolis elongata (PR)
Mellita (Mellita)
quinquiesperforata (PR; RS/I)
54
Mellita quinquiesperforata
(PR/M-I; RS/I)
OPHIUROIDEA
Amphioplus lucyae (RS/I)
Amphiopodia riisei (RS/I)
Amphiura complanata (RS/I)
Ophiocnida loveni (RS/I)
Hemipholis elongata (RS/I)
Diamphiodia planispina (RS/I)
INSECTA
Labidura riparia (RS/S)
Clorotettix fratercullus (PR)
Scapteriscus acletus (PR;
RS/S)
Scapteriscus riograndensis
(RS/S)
tabreg02.doc
COLEOPTERA
Bledius bonaariensis (PR;
RS/S)
Bledius microcephalus (RS/S)
Bledius fernandezi (RS/S)
Cicindela patagonica (RS/S)
Cicindela nivea (RS/S)
Phaleria testacea (PR; RS/S)
Lygirus gianucai (PR; RS/S)
ARACNIDA
Moenchausiana halophila
(RS/S)
PISCES
Gobiesox strumosus (RS/I)
Menticirrhus littoralis (RS/I)
Netuma barba (RS/I)
Oncopterus darwini (RS/I)
Porichthys porosissimus (RS/I)
Prionotus punctatus (RS/I)
Trachinotus marginatus (RS/I)
55
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DIAGNÓSTICO SOBRE PRAIAS ARENOSAS