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POL nº 6007 | Quinta, 7 de Setembro de 2006
JS de Castelo Branco acusa CP de "gestão ruinosa" da Linha da Beira Baixa
Jovens socialistas aproveitaram o dia em que se assinalou o 115.º aniversário da linha
para se queixar dos horários e do material circulante
A Juventude Socialista (JS) de Castelo Branco acusou ontem a CP de fazer uma "gestão
ruinosa" da Linha da Beira Baixa, com comboios desconfortáveis, horários desajustados
e sem serviços adequados para jovens. As críticas foram lançadas pela Juventude
Socialista em comunicado, no dia em que se assinala o 115.º aniversário da linha
ferroviária entre o Entroncamento e a Guarda.
Os jovens socialistas reivindicam ligações ferroviárias "mais rápidas e frequentes entre
centros urbanos", serviços regionais "como complemento aos serviços rápidos" e
produtos destinados "aos jovens deslocados que estudam em instituições do ensino
superior". "Apesar das recentes melhorias nas infra-estruturas ferroviárias",
nomeadamente com a electrificação da linha até Castelo Branco e renovação dos carris,
"o serviço prestado pela operadora piorou bastante", refere o documento.
Actualmente, há seis ligações ferroviárias por dia em cada sentido entre a Beira Baixa e
Lisboa, mas, na opinião da JS, só os comboios Intercidades (duas ligações por dia em
cada sentido) oferecem boas condições. As restantes ligações, através de serviços
regionais, "têm material obsoleto, desconfortável, desadequado para as distâncias que
efectua, acompanhado de horários desajustados", aponta o comunicado.
"É necessário material circulante confortável e fiável", defende a JS. Horários "que se
mantêm inalterados nas últimas décadas", falta de iniciativas para "cativar novos
clientes", sobretudo depois da abertura da Auto-Estrada da Beira Interior (A23), são
para a Juventude Socialista sinais de que a gestão da CP não conhece "a realidade das
populações". Se há comboios "com baixa taxa de ocupação, isso deve-se a uma oferta
desadequada da CP e não à falta de mercado", consideram. "A comprovar este facto são
os sucessivos desdobramentos e a oferta diversificada promovidos pelas empresas de
camionagem", realçam os jovens socialistas.
A Lusa solicitou um comentário à CP sobre o comunicado da JS, mas não obteve
resposta.
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