PERSPECTIVAS PARA A
ECONOMIA PORTUGUESA,
2011-16
J. Silva Lopes
IDEFF, 4 de Julho de 20111
• Título do Painel: Que futuro para Portugal
• Esta apresentação: Perspectivas para a economia
portuguesa – 2011-16
• Base: Documento do FMI sobre o apoio do FEEF/FMI a
Portugal de 7 de Junho de 2011
• Exposição árida, apoiada em estatísticas. A minha
dificuldade em falar de forma que eu considere
convincente sem me apoiar em dados estatísticos,
mesmo com elevadas margens de erro, e sem recorrer a
análises baseadas na técnica económica.
• Projecções falíveis. Há grande probabilidade de a
evolução real vir a ser diferente das projecções.
Esperemos que não seja pior, mas isso pode muito bem
acontecer.
2
EVOLUÇÃO DO PIB, DA PROCURA
INTERNA E DO DESEMPREGO
PIB registado
Procura interna registada
PIB projectado
Procura interna projectada
EVOLUÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO (%)
Taxas registadas
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2004
2002
16
14
12
10
8
6
4
2
0
2000
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2004
2002
2000
155
150
145
140
135
130
125
120
115
110
EVOLUÇÃO DO PIB E DA PROCURA INTERNA
Milhares de milhões de € a preços de 2000
Taxas projectadas
3
EVOLUÇÃO DO PIB E DA PROCURA
PIB
Consumo privado
Consumo público
Investimento
Procura interna
Exportações
Importações
Taxas anuais médias
Variação
de crescimento (%)
total
2000-2010 2010-2012 2012-2016 2010-2016
0,7
-2,0
2,0
3,8
1,3
-4,4
0,4
-7,1
1,7
-5,8
-0,2
-11,8
-2,8
-8,7
2,4
-8,3
0,5
-5,3
0,6
-8,0
2,7
6,1
6,5
44,8
1,8
-4,2
3,2
4,1
4
INDICADORES DE COMPETITIVIDADE
ÍNDICES DE QUOTAS DE MERCADO
NAS EXPORTAÇÕES: 2000=100
COEFICIENTES DE PENETRAÇÃO DAS
IMPORTAÇÕES NA PROCURA TOTAL
(%)
115
110
31
105
30
29
100
28
95
27
90
26
Export performance (OECD)
Export performance (EC)
Índices de quotas de mercado: rácio entre o
índices de volume das exportações portuguesas
e do tamanho do mercado para onde vão essas
exportações.
Índice do tamanho do mercado: média dos índices
do volume das importações nos principais países
para onde vão as exportações pprtuguesas,
ponderados pela importância relativa de tais países
como mercados para as referidas exportações
25
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
85
Penet. Importações (OECD)
Penet. Importções (CE e FMI)
Coeficientes de penetração das importações=
cocientes entre o volume das importações e o volume
da procura total (procura interna+ exportações)
5
POUPANÇA, INVESTIMENTO E BALANÇA
CORRENTE
Percentagens do PIB
30
20
10
-20
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2004
2002
-10
2000
0
Poupança nacional
Investimento bruto
Balança corrente
Bal.corrente projectada
Necessiddades de financiamento externo
A balança corrente é igual à diferença entre poupança nacional e investimento
6
•
•
OBJECTIVOS PARA A BALANÇA DE
TRANSACÇÕES CORRENTES
As necessidades de financiamento externo são praticamente iguais
aos défices da Balança de Transacções correntes.
Défices da Balança de Transacções Correntes
– Os défices da Balança de Transacções Correntes andaram perto
dos 10% do PIB entre 2000 e 2010.
– Em termos comparativos, a média desses défices tem sido a mais
elevada da União Europeia, com a Grécia muito perto.
– Défices como os dos últimos 10 anos serão completamente
insustentáveis no futuro próximo. Essa é a principal causa da
crise económica que estamos e vamos continuar a atravessar.
– O FMI projecta a descida acelerada do défice da BTC de 9,9% do
PIB em 2010 para 2,2% em 2016. Apesar de essa descida ser
considerável, não está garantido que haja financiamentos externos
suficientes para aguentar essa trajectória e para evitar que
tenhamos que passar por outra que implique consequências
recessivas ainda mais graves..
– Mesmo a trajectória do FMI exige a persistência de níveis baixos
de investimento ( média de 17,5% do PIB de 2011 a 2015) e a
subida espectacular da poupança nacional (de 9,2% do PIB em
2010 para 17,3% em 2016).
– Se a poupança não subir tanto como está projectado, os níveis de
investimento terão de ser ainda menores, pondo em risco o
7
crescimento económico futuro.
NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO
EXTERNO
POUPANÇA, INVESTIMENTO E NECESSIODADES DE FINANCIAMENTO EXTERNO
% do PIB
2000
2005
2010
2012
2016
Poupança pública
0,5
-3,0
-6,6
-2,4
0,0
Poupança privada
17,3
16,3
15,7
12,8
17,2
Poupança total
17,8
13,3
9,2
10,4
17,3
Investimento bruto
28,5
23,6
19,0
17,1
17,5
Balança corrente
-10,7
-10,4
-9,9
-6,7
-2,2
Necessidades financº. externo
-9,2
-8,9
-8,5
POUPANÇA, INVESTIMENTO E NECESSIDADES DE
FINANCIAMENTO EXTERNO (%do PIB)
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
-15
2000
Poupança pública
Poupança total
Balança corrente
2005
2010
2012
2016
Poupança privada
Investimento bruto
Necessidades financº. externo
8
AS PROJECÇÕES DA POUPANÇA
•
•
•
•
•
•
A taxa de poupança nacional tem vindo a cair progressivamente de
17,8% do PIB em 2000 para 9,2% em 2010 e o FMI projecta agora que
nos próximos anos ela suba aceleradamente e venha a atingir 17,3 %
do PIB em 2016.
Para essa subida tão rápida conta-se sobretudo com o aumento
considerável da taxa de poupança do Sector Público (de -6,6% do PIB
em 2010 para 0% em 2016).
A contribuição do Sector Privado será também importante: segundo
as projecções ela descerá de 15,7% do PIB em 2010 pra 12,1% em
2012, mas subirá com rapidez nos anos seguintes, de forma a atingir
17,3% do PIB em 2016.
Em princípio, os objectivos de poupança para o Sector Público,
embora ambiciosos, poderão ser conseguidos se o nosso país
cumprir os objectivos fixados para as Finanças Públicas no Acordo
com a Troika.
E a poupança do Sector Privado?
– Com a evolução do rendimento nacional projectada parece
extremamente difícil
– Conseguir os aumentos projectados para o período 2012-2016.
Poderão vir a ser necessárias medidas de Poupança compulsiva.
9
AS PROJECÇÕES DO INVESTIMENTO
•
•
•
•
•
O FMI projecta que de 2011 a 2013, as taxas de Investimento Bruto se
situem à volta de 17,5% do PIB.
No Sector Público projecta-se que, através da maior contenção
orçamental, essas taxas desçam ligeiramente de 2,5% do PIB em 2011
para 1,7% em 2016, Trata-se de taxas significativamente inferiores às
da última década, que se situaram em regra acima de 3% do PIB
(provavelmente sem incluir as Parcerias Público-Privadas)?
Taxas inferiores a 2% do PIB implicam que o essencial do
Investimento Bruto público terá de concentrar-se essencialmente na
conservação e nas reparações nos equipamentos públicos (estradas,
pontes, portos, escolas, hospitais) e que pouco se poderá investir em
novas infraestruturas.
No Sector Privado projecta-se a quase estabilização da taxa de
Investimento Bruto em níveis da ordem de15 a 16% do PIB. Com a
contracção do crédito (que só se aliviará se de facto a poupança
nacional aumentar muito e se não houver cortes acentuados nos
financiamentos externos) e com as perspectivas pouco animadoras
do mercado interno, poderá haver dúvidas a respeito da possibilidade
de evitar quedas adicionais na taxa de Investimento Bruto privado
(casas de habitação, edifícios e fábricas para empresas).
Será que se pode contar essencialmente com a expansão nos
investimentos privados nos sectores de Bens e Serviços
Transaccionáveis (de exportação ou de substituição de importações)?
10
•
•
•
•
SERÁ POSSÍVEL FINANCIAR OS DÉFICES DA
BALANÇA CORRENTE PROJECTADOS?
Para financiar os défices da balança de transacções correntes projectados pelo FMI
no triénio de 2011 a 2013,serão necessários 34 b. de €.
Se Portugal cumprir as condições do Acordo com o FEEF/FMI, receberá 78 b. €
nesses três anos. Todavia, dessa verba uma grande parte será utilizada para pagar
dívidas ao exterior que se vão vencendo.
Será que os mercados renovarão as dívidas externas existentes em condições
sustentáveis e em montantes suficientes para permitir evitar dificuldades na obtenção
dos financiamentos externos necessários á trajectória prevista para a balança de
pagamentos?
Uma resposta positiva á esta questão é altamente duvidosa em face do que se tem
estado a observar desde há cerca de um ano
–
–
•
A Dívida Pública total aumentou 20,6 b. € entre o início e o fim de 2010; a apesar das subidas
das taxas de juro, a dívida pública externa caiu 4,1 b. € (de 105,6 b. € para 101,5 b. €); desse
modo, a dívida pública interna subiu 24,7 b. €, tendo o sector bancário contribuído com 17,4 b.
€ ; por outro lado, a dívida pública a curto prazo aumentou 2,5 b. € e estava em quase 40 b. €
no fim de 2010.
A dívida externa dos bancos nos mercados caiu, entre Abril de 2010 e Abril de 2011, cerca de
22 b. € (de 143,5 para 121,8 b. €). Em contrapartida os financiamentos obtidos junto do BCE
aumentaram cerca de 30 b. € no mesmo período, tendo dois terços desse montante servido
para reembolsar credores estrangeiros e tendo o restante sido utilizado para financiar os
aumentos do crédito interno, que se encaminharam na sua maior parte para o Estado
português.
Considerando o que assim se passou e persistente agravamento das taxas de juro da
dívida externa portuguesa mesmo depois de assinado o Acordo com a Troika, , há
razões para dúvidas muito fortes sobre a possibilidade de nos próximos 3 anos os
reembolsos em termos líquidos aos credores dos mercados financeiros
internacionais não irem além de uns 30 a 40 b. de € como seria necessário para que
Portugal escapasse até ao fim de 2013 ao agravamento dos seus problemas de
11 do
endividamento externo e a ajustamentos da despesa interna ainda mais recessivos
que os que estão programados..
SERÁ POSSÍVEL FINANCIAR OS DÉFICES DA
BALANÇA CORRENTE PROJECTADOS? (2)
NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO EXTERNO
Milhares de milhões de €
Média anual
2010 2011-13 2014-15
Balança de pagamentos
-25,2
-7,5
-1,0
Financimentos nos mercados
-11,3
-21,2
11,4
Total
-36,5
-28,7
10,4
Financiamento oficial
BCE
36,5
4,4
-9,0
EU-FMI
0,0
24,3
-1,4
Total
36,5
28,6
-10,4
VARIAÇÕES NO ENDIVIDAMENTO NOS MERCADOS
Milhares de milhões de €
Médias anuais
Posição
2010
2010
2011-13 2014-2016
Médio prazo
Entradas
131,7
23,8
12,2
26,5
Saídas
-28,9
-26,9
-19,1
Entradas líquidas
-5,1
-14,7
7,4
Curto prazo
Entradas
185,0
110,3
91,4
98,5
Saídas
-116,5
-97,9
-94,5
Entradas líquidas
-6,2
-6,5
4,0
Financiamento líquido total nos mercados
Entradas
316,7
134,1
103,6
125,0
Saídas
-145,4
-124,8
-113,6
Entradas líquidas
-11,3
-21,2
11,4
12
PRINCIPAIS RISCOS NAS PROJECÇÕES
PARA OS PRÓXIMOS ANOS - 1
•
•
As projecções do FMI não são nada animadoras quanto ao crescimento do PIB
e á marcha do desemprego. Mas há riscos elevados de a evolução ser ainda
mais negativa do que essas projecções.
Principais riscos:
– 1. Dificuldades no financiamento da dívida da Grécia, não resolvidas
adequadamente pelos auxílios da União Europeia. Efeitos de contágio
sobre Portugal que daí venham a derivar (Risco muito alto e muito
perigoso);
– 2. Dificuldades de Portugal em conseguir, dentro de um ou dois anos,
voltar na obter financiamentos nos mercados internacionais em condições
sustentáveis e em evitar que o volume da sua dívida externa para com
credores privados continue a cair de forma muito pronunciada (Risco
muito alto);
– 3. Riscos de incumprimento adequado das condições impostas no acordo
com a Troika provocados por
• Oposição e bloqueamentos por grupos de interesse poderosos (risco muito alto)
• Perturbações sociais originadas pelas enormes dificuldades que as medidas de
austeridade inevitavelmente provocarão e por eventual instabilidade política
(espera-se que o risco seja inferior ao da Grécia, mas mesmo assim é
provavelmente alto)
• insuficiências da máquina do Estado para assegurar os controlos necessários e
para promover as reformas estruturais programadas (risco bastante alto)
– 4. Risco de os efeitos contraccionistas sobre a Procura Interna e o PIB dos
ajustamentos nas finanças públicas impostos pelo Acordo com a Troika e
pela escassez do crédito bancário virem a ser ainda mais fortes do que o
admitido nas projecções do FMI (Risco alto)
13
PRINCIPAIS RISCOS NAS PROJECÇÕES
PARA OS PRÓXIMOS ANOS - 2
•
•
•
5. Risco de as projecções do FMI de crescimento rápido das exportações não serem
verificadas e de daí resultar um crescimento económico ainda mais desfavorável do
que o projectado. Esse risco resulta de:
• Grandes incertezas quanto à evolução da economia mundial, e nomeadamente
da economia europeia, nos próximos anos (Risco alto)
• Dificuldades em melhorar rapidamente a competitividade internacional das
Produções portuguesas de bens e serviços transaccionáveis (Risco alto);
6. Risco de a taxa de poupança do Sector Privado (empresas e particulares) não
melhorar tanto como se admite nas projecções do FMI e de por conseguinte haver
mais dificuldades com o financiamento da balança de pagamentos corrente. Assim a
redução de consumo que a melhoria da poupança exigiria acabará na mesma por ter
se verificar, em virtude dos constrangimentos da balança externa. (Risco muito alto)
7. Risco de as medidas de ajustamento programadas, nomeadamente os cortes nas
despesas públicas e os agravamentos fiscais, terem sérias consequências negativas
sobre a equidade social e a eficiência produtiva, em virtude de:
– Incapacidade, insuficiências e limitações administrativas e legais (por exemplo,
cortes em despesas públicas essenciais e manutenção de outras menos
necessárias; maiores agravamentos na tributação dos rendimentos do trabalho do
que nos do capital; ausência de maior tributação sobre alguns bens e importados,
que ajudaria a reduzir dificuldades da produção nacional). ( Risco muito alto),
– Força de grupos de interesse que continuarão a lutar para que os sacrifícios
impostos pelo ajustamento não caia sobre eles, ainda que com isso se prejudique
a situação de largos segmentos da população mais desfavorecida (Risco muito
alto)
– Opções políticas muito discutíveis à luz de critérios de eficiência produtiva e de
equidade social (Risco alto)
14
CONCLUSÃO
•
•
•
•
•
•
Foram apontados aqui riscos extremamente sérios no que respeita à evolução
da economia portuguesas que, mesmo com hipóteses optimistas, enfrentará
forçosamente problemas de grande gravidade nos próximos anos.
A evolução da economia portuguesa nos próximos anos não depende apenas
do cumprimento do Acordo com a Troika. Esse cumprimento é uma condição
absolutamente necessária, mas não suficiente. Se, mesmo com cumprimento
satisfatório do Acordo por parte de Portugal evolução nos próximos anos for
pior do que a que está projectada, o mais importante é que as entidades que
compõem a Troika se mostrem abertas a conceder auxílios adicionais ao
nosso país em condições sustentáveis sem lhe imporem novas condições
excessivamente drásticas.
Eu faço votos de a minha apresentação desses riscos esteja fortemente
influenciada pela minha tendência para o pessimismo e que consequentemente
tais riscos acabem por trazer muito menos dificuldades do que as que eu
receio.
Apesar desse pessimismo, não procuro concluir que o desastre é inevitável.
O panorama traçado, mesmo que ameaçador, não pode ser motivo para
fugirmos ao ajustamentos radicais que teremos de encarar na economia e na
vida social e política do nosso país. É pelo contrário a razão para que tais
ajustamentos tenham que ser concretizados com a mais firme determinação
possível, apesar dos pesados sacrifícios que envolvem.
Além da determinação precisaremos também de sorte, nomeadamente no que
se refere á vontade da União Europeia de ajudar as economias periféricas com
maiores dificuldades de endividamento externo a saírem da crise sem
perturbações e rupturas económicas. sociais e políticas de gravidade
excessiva
15
16
EVOLUÇÃO DO PIB E DA PROCURA
• Há sempre margens de erro nas previsões e projecções
• Nas projecções do FMI: PIB de 2010 mais baixo do que o de 2008 e
a descer ainda mais depressa em 2011 e 2012. Razão: queda
acentuada na Procura Interna
• PIB a subir desde 2013 a 2016, a taxas crescentes, que de 2014 a
2016 excederão substancialmente a média de 2000-10. Razão:
aumento da contribuição do Sector Externo (diferença entre as
exportações e as importações de bens e serviços).
• Com a projecção do FMI, que poderá vir a revelar-se optimista, o
PIB de 2008 só viria a ser alcançado em 2015 e seria muito
provável que o PIB per capita de 2016 equivalesse ao de 8 anos
antes
• A primeira década do Século XXI foi uma década perdida, com
progressivo alargamento do atraso do nível de vida dos
portugueses em relação à média europeia.
• A primeira metade da segunda década do Século será quase pela
certa ainda pior.
17
EVOLUÇÃO DAS COMPONENTES DA
PROCURA
6,0
4,0
2,0
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
-2,0
2001
0,0
-4,0
PIB
Exportações
Procura interna
Importações
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
-6,0
2000
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
CONTRIBUIÇÕES PARA AS TAXAS DE
VARIAÇÃO DO PIB
Pontos de percentagem do PIB
ÍNDICES DE EVOLUÇÃO DAS COMPONENTES
DA PROCURA Base: 2010=100
-8,0
Procura interna
Balança externa
Variações do PIB
Contribuições para a taxa de variação do PIB= Aumentos
da procura interna e da balança externa em relação ao
PIB do ano anterior, tudo a preços constantes
18
EVOLUÇÃO DAS COMPONENTES DA
PROCURA INTERNA
ÍNDICES DE EVOLUÇÃO DA PROCURA
INTERNA E DAS SUAS COMPONENTES
Base: 2010=100
CONTRIBUIÇÕES DAS COMPONENTES DA
PROCURA INTERNA PARA AS VARIAÇÕES
DESSA PROCURA
Pontos de percentagem do PIB
80
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
-2
2006
90
2005
0
2004
100
2003
2
2002
110
2001
4
120
-4
70
PIB
Consumo público
Procura interna
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
-6
60
Consumo privado
Investimento
-8
Consumo privado
Consumo público
Investimento
Procura interna
Contribuições das componentes da procura interna
para as variações do PIB:variações do valor de
cada uma dessas componentes, em relação ao PIB
do ano anterior, tudo a preços constantes
19
AS CONTRIBUIÇÕES DA PROCURA
INTERNA E DA BALANÇA EXTERNA
PARA O CRESCIMENTO DO PIB
• Impulsos dados ao crescimento o PIB:
– Pela balança externa de bens e serviços: fracos ou
negativos de 2000 a 2010; fortemente positiva em 2011 e
2012; e moderadamente positiva nos anos seguintes
– Pela procura interna: razoáveis ou fracos de 2004 a 2010;
negativos em 2003, 2009 e 2011-2012; e baixos em 201316
• Projecções para 2011-16
– Queda acentuada da procura interna;
– Explosão das exportações desde 2010 até 2016;
– Queda acentuada das importações em 2011 e 2012 e
recuperação lenta de 2013 a2015
20
CONTRIBUIÇÕES DAS EXPORTAÇÕES,
DAS IMPORTAÇÕES E DA BALANÇA
EXTERNA PARA AS VARIAÇÕES DO PIB
CONTRIBUIÇÕES DAS EXPORTAÇÕES, DAS
IMPORTAÇÕES E DA BALANÇA EXTERNA
PARA AS VARIAÇÕES DO PIB
Pontos de percentagem do PIB
6,0
4,0
2,0
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
-2,0
2001
0,0
-4,0
-6,0
Exportações
Importações
Balança Externa
21
O ESFORÇO FEITO NA GRÉCIA
Taxas de crescimento do PIB grego: -2,3 % em 2009; 3,9% em 2010;
Redução do défice público em 2010: 5 p.p. do PIB
• Cortes: nos salários públicos: 15%; nas pensões 10%;
número de funcionários 10 %; cortes grandes em
despesas militares
• Aumento do IVA: 4 p.p; impostos especiais de consumo:
30%
• Reformas estruturais: mercado do trabalho, idade da
reforma; indemnizações por despedimentos, redução do
número de municipalidades de 1034 para 325; maiores
facilidades à criação de empresas; liberalização dos
transportes de carga e das profissões fechadas
22
COMPOSIÇÃO DA POUPANÇA
NACIONAL E DO INVESTIMENTO BRUTO
INVESTIMENTO PÚBLICO E PRIVADO
Percentagens do PIB
POUPANÇA PÚBLICA E PRIVADA
Percentagens do PIB
30
20
25
15
20
10
15
FBCF pública
Variação stocks
FBCF privada
Investimento total
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2004
2002
-5
2004
0
2002
0
2000
5
2000
5
10
-10
Poup. pública
Poup. Nacional
Poup. Privada
23
Download

perspectivas para a economia portuguesa, 2011-16