E s p a n h o l • F r a n c ê s • I n g l ê s Conhecendo a vontade de Deus para minha vida O que é essa coisa chamada amor? A saúde em suas mãos Não há desculpas para a violência doméstica A longevidade e o estilo de vida adventista 1 Vo l u m e 1 8 • P o r t u g u ê s REPRESENTANTES REGIONAIS DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO NORTE P.O. Box 43, Koyang Ilsan 411-600, República da Coréia Chek Yat Phoon, [email protected] Joshua Shin, [email protected] DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO SUL P.O. Box 040, 4118 Silang, Cavite, Filipinas Stephen Guptill, [email protected] Jobbie Yabut, [email protected] DIVISÃO CENTRO-L’ESTE AFRICANA P.O. Box 14756, 00800-Westlands, Nairobi, Qênia Hudson E. Kibuuka, [email protected] Mulumba Tschimanga, [email protected] DIVISÃO CENTRO-OCIDENTAL AFRICANA 22 Boîte Postale1764, Abidjan 22, Costa do Marfil Chiemela Ikonne, [email protected] Emmanuel Nlo Nlo, [email protected] DIVISÃO DO SUL DO PACÍFICO Locked Bag 2014, Wahroonga, N.S.W. 2076, Austrália Barry Hill, [email protected] Gilbert Cangy, [email protected] CONTEÚDO 5 9 DIVISÃO SUL-AFRICANA E OCEANO ÍNDICO P.O. Box H.G., 100 Highlands, Harare, Zimbábue Gilberto Araujo, [email protected] Eugene Fransch, [email protected] DIVISÃO SUL-AMERICANA Caixa Postal 02600, Brasília, 70279-970 DF, Brasil Carlos Mesa, [email protected] Erton Kohler, [email protected] 12 O que é essa coisa chamada amor? Entender a dinâmica da atração e os riscos de escolhas imprudentes pode ajudá-lo(a) a evitar sofrimento emocional e a construir um casamento duradouro. Sua saúder esta em suas mãos Ser bem informado e tomar decisões sábias sobre estilo de vida pode reduzir grandemente os riscos à saúde e aumentar o bem-estar. Esteban S. Poni e Carlos Poni 15 Não há desculpas para a violência doméstica A civilidade, a ética e os princípios cristãos básicos exigem que tomemos uma posição contra a violência doméstica. Miguel Angel Núñez DEPARTAMENTOS 3 4 18 20 22 24 DIVISÃO SUL-ASIÁTICA P.O. Box 2, HCF Hosur, 635 110 Tamil Nadu, India Nageshwara Rao, [email protected] Lionel Lyngdoh, [email protected] 26 DIVISÃO TRANS-EUROPÉIA 119 St. Peter’s St., St. Albans, Herts, AL13EY, Inglaterra Daniel Duda, [email protected] Paul Tompkins, [email protected] 27 Deus dá as diretrizes e então nos permite fazer escolhas. Nancy Van Pelt DIVISÃO EURO-ASIÁTICA Krasnoyarskaya Street 3, 107589 Moscou, Federação Russa Guillermo Biaggi, [email protected] Peter Sirotkin, [email protected] DIVISÃO NORTE-AMERICANA 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EAU Gerald Kovalski, [email protected] James Black, [email protected] Martin Feldbush, [email protected] Conhecendo a vontade de Deus para minha vida Humberto M. Rasi DIVISÃO EURO-AFRICANA Schosshaldenstrasse 17, 3006 Berne, Suiça Roberto Badenas, [email protected] Corrado Cozzi, [email protected] DIVISÃO INTER-AMERICANA P.O. Box 830518, Miami, FL 33283-0518, EUA Moisés Velázquez, [email protected] Bernardo Rodríguez, [email protected] artigos EDITORIAL Onde está a sua paixão? Baraka Muganda Cartas A ciência e o universo Ponto de vista Calamidades naturais: atos de Deus ou de Satanás? Herbert E. Douglass PerFIS Lidija Odorčić Zvonko Virtič Duane Maynard Cady, M.D. Nicole Batten Logos No tempo certo de Deus Mary H. T. Wong Em ação Congresso do CAUPA na Itália Roberto Badenas fórum aberto Qual o significado de espécies em Gênesis? James Gibson 28 30 30 31 33 35 PARA SUA INFORMAÇÃO A longevidade e o estilo de vida adventista Richard Weismeyer LivroS El poder terapéutico del perdón (Mario Pereyra) Nancy J. Carbonell In Passion for the World (Floyd Greenleaf) John Wesley Taylor V Uncorked! The Hidden Hazards of Alcohol (John F. Ashton & Ronald S. Laura) Peter N. Landless Primeira pessoa Em busca da verdadeira luz Ausberto Castro Et Cetera O retrato Autor desconhecido Inserção Intercâmbio DIÁLOGO 18•1 2006 EDITORIAL Onde está a sua paixão? Há alguns anos visitei um parque de diversões em minha terra, a Tanzânia. Certa manhã, após o desjejum, assentei-me no salão do hotel esperando que uma perua me apanhasse, juntamente com outros turistas, para observarmos animais raros no parque. O salão estava cheio de visitantes e funcionários do parque. Foi impressionante observar quanto interesse e paixão por algo tão prosaico como olhar animais raros. Todos estavam falando sobre um ou outro animal. Cada um descrevia o que era peculiar e atrativo em seu animal favorito. Eles falavam acerca de onde os animais passavam a maior parte do tempo, o que comiam, em que rio saciavam sua sede. Para completar a descrição apaixonada dos turistas, os funcionários do parque acrescentavam seus próprios, fascinantes e exagerados detalhes. Essa conversa fiada durou cerca de 30 minutos. Esse entusiasmo por animais e a farta informação sobre eles me surpreendeu. Eu estava fascinado com tal arrebatamento pelo mundo animal. Ao entrar na perua, perguntei-me acerca do tipo de paixão que minha vida revelava – a paixão por Jesus Cristo – e questionei a fundo se as pessoas que me vêem ou conversam comigo percebem que sinto esse amor. O pensamento atingiu-me como um relâmpago. Quão desanimados parecemos sobre aquilo que deveria ser o interesse central e a preocupação de nossas vidas – Jesus. Gastamos tempo falando sobre filmes, esportes, carros, casas, amigos, modas, tarefas de casa, computadores, professores, celulares, chefes ou assuntos do momento. Mas e Jesus? Parecemos esquecer do que Deus fez por nós. Assistimos às reuniões de reavivamento ou tomamos parte em alguma função da igreja, e educadamente nos dirigimos ao nosso dormitório ou casa. Parece que não fez nenhuma diferença. Como estudantes e profissionais, estamos tão envolvidos em nossas atividades diárias que falhamos em lembrar o poder da mensagem de Cristo. Seguimos sempre a mesma rotina. Raramente, se alguma vez o fazemos, falamos sobre Cristo para alguém. Pior, ninguém nota que somos adventistas do sétimo dia, embaixadores do Seu reino. Deixamos o caminho estreito, difícil, a senda do cristão, e nos encontramos facilmente na confortável zona dos assuntos mundanos. Ser apaixonado por Jesus não significa que deveríamos sair pulando no campus, gritando para todos aqueles que encontramos que somos cristãos. Mas necessitamos entusiasmar-nos com a paixão por Jesus – Sua amizade, salvação e poder transformador! Outros deveriam vê-Lo em nós. Nossas faces, corações e palavras deveriam refletir Sua majestade e glória. É preciso haver algo diferente em nós. Se as pessoas ficam entusiasmadas a respeito dos animais, pensam neles em todos os momentos, gastam seu dinheiro com eles, deveríamos ser menos apaixonados por Jesus? Baraka Muganda, Diretor do Departamento Jovem da Associação Geral e Vice-presidente do Comitê da CAUPA. Esta revista internacional de fé, pensamento e ação é publicada três vezes por ano em quatro edições paralelas (espanhol, francês, inglês e português) sob o patrocínio da Comissão de Apoio a Universitários e Profissionais Adventistas (CAUPA), organismo da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Volume 18, Número 1 Copyright © 2006 pela CAUPA. Todos os direitos reservados. Diálogo afirma as crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e apóia sua missão. Os pontos de vista publicados na revista, entretanto, representam o pensamento independente dos autores. Equipe Editorial Editor-chefe Humberto M. Rasi Editor John M. Fowler Editores-Associados Martin Feldbush Gerente Editorial Julieta Rasi Assistente Editorial Susana Schulz Secretária Editorial Esther Rodriguez Edições Internacionais Julieta Rasi Secretárias editoriais internacionais Corinne Egasse (Francês) César Luis Pagani (Português) Julieta Rasi (Espanhol) Correspondência Editorial Diálogo 12501 Old Columbia Pike Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. Telefone 301 680-5060 Fax 301 622-9627 E-mail [email protected] ou [email protected] Comissão (CAUPA) Presidente Ella Simmons Vice-Presidentes C. Garland Dulan, Martin W. Feldbush, Baraka G. Muganda Secretário Humberto M. Rasi Membros Rex Edwards, John M. Fowler, Jonathan Gallagher, Clifford Goldstein, Linda Koh, Bettina Krause, Kathleen Kuntaraf, Kermit Netteburg, Vernon B. Parmenter, Gerhard Pfandl, Roy Ryan, Gary B. Swanson Correspondência sobre circulação Deve ser dirigida ao Representante Regional da CAUPA na região em que reside o leitor. Os nomes e endereços destes representantes encontram-se na p. 2. Assinaturas US$13.00 por ano (três números, via aérea). Ver cupom na p. 10 para detalhes. Website http://dialogue.adventist.org Diálogo tem recebido correspondência de leitores de 117 países ao redor do mundo. DIÁLOGO 18•1 2006 CARTAS Artigos atraentes Como estudante adventista de administração de empresas numa universidade pública do Quênia, quero agradecer à CAUPA e aos editores da Diálogo pela publicação, em cada exemplar, de artigos atraentes e substanciais. Como posso conseguir mais exemplares para ler? Tony Ndungu Quênia [email protected] Os editores respondem: Obrigado por seus comentários positivos, Tony. Você deve fazer contato com o Departamento Jovem ou o diretor do Departamento de Educação de seu campo, e pedir-lhe para acrescentar seu nome à lista de contatos da Diálogo. Você também pode ler os artigos já publicados no site http://dialogue. adventist.org. Aproveite ! Encorajamento para viver nossa fé Estou terminando meu terceiro ano no programa de psicopedagogia da Universidade de Formosa, e encontro na Diálogo encorajamento para viver e compartilhar minha fé. Como cristãos, é nosso privilégio ajudar aqueles que sofrem ou estão em necessidade. Suas histórias pessoais, perfis e reportagens dão-nos exemplos de como outros servem ao redor do mundo. Muito obrigada. Evelyn Olmedo Formosa, Argentina [email protected] A ciência e o universo Imagine uma família de comundongos que tenha vivido toda sua vida em um grande piano. A eles, no mundo do seu piano, vinha a música do instrumento, enchendo todos os lugares escuros com som e harmonia. Primeiramente os comundongos ficaram impressionados. Eles extraíam conforto e admiração do pensamento de que havia Alguém que produzia tal música –embora invisível a eles- acima, contudo perto deles. Eles gostavan de pensar no Grande Pianista que eles não podiam ver. Então, um dia, um destemido camundongo resolveu subir na parte superior do piano e retornou cheio de idéias. Ele tinha descoberto como a música era produzida. As cordas eram o segredo – cordas firmemente esticadas com tamanhos graduados as quais tremiam e vibravam. Eles deviam agora fazer uma revisão de suas velhas crenças; ningém, a não ser os mais conservadores, poderia crer mais no Pianista Invisível. Mais tarde, outro explorador conduziu a explicação mais adiante. Martelos eram agora o segredo, um número de martelos dançando e saltando sobre as cordas. Esta era uma teoria um pouco mas complicada, mas tudo isto demonstrava que eles viviam em um mundo puramente mecânico e matemático. O Pianista Invisível passou a ser considerado um mito. Mais o Pianista continuou a tocar. Traduzido e transncrito com autorização do London Observer. Escreva-nos! Recebemos seus comentários, reações e perguntas, mas, por favor, limite suas cartas a 200 palavras. Escreva para: DIALOGUE LETTERS 12501 Old Columbia Pike Silver Spring MD 20904 EUA. FAX 301 622 9627 E-mail [email protected] As cartas selecionadas para publicação podem ser editadas para maior clareza ou necessidade de espaço. DIÁLOGO 18•1 2006 Conhecendo a vontade de Deus para minha vida Humberto M. Rasi Deus dá as diretrizes e então nos permite fazer escolhas. A vida consiste numa série de escolhas. Enquanto algumas delas são relativamente sem importância, outras são cruciais e de conseqüências muito abrangentes. Em algum momento, cada um de nós tem de tomar decisões acerca de três importantes assuntos. Primeiro, determinamos o papel que Deus e a religião vão exercer em nossa vida. Segundo, escolhemos uma carreira ou profissão. Terceiro, decidimos casar-nos ou não, e quem será o(a) nosso(a) parceiro(a) na vida. À medida que a vida avança, continuamos a fazer escolhas: que universidade vou freqüentar e que curso farei? Depois da formatura, onde vou trabalhar: estabelecer-me-ei por minha própria conta ou serei empregado numa companhia? Onde vou morar? Como vou gastar meu dinheiro? Se me casar, terei ou não filhos? Se tiver, quantos? Através dos séculos as pessoas têm usado variados critérios para fazer escolhas. Muitos consultam amigos mais experientes ou conselheiros de confiança. Outros checam o horóscopo, consultam cartomantes, médiuns ou outras pessoas ligadas ao ocultismo. Como cristãos desejamos obedecer a Deus ao nos depararmos com uma decisão importante. Na verdade, muitos fiéis ao redor do mundo elevam seus pensamentos a Deus, repetindo as palavras do Pai Nosso: “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu” (Mateus 6:10)1. O que queremos dizer quando oramos assim? Vamos recapitular o que a Bíblia nos ensina acerca do assunto da vontade de Deus. O significado de vontade A palavra vontade tem três sentidos básicos, que têm a ver tanto com Deus quanto com o homem. Vontade: a habilidade e o poder de escoDIÁLOGO 18•1 2006 lher. Deus tem essa habilidade e sempre a exercita. Num determinado momento, Ele decidiu criar o Universo e enchêlo de criaturas inteligentes. Escolheu igualmente organizar este planeta e criar Adão e Eva para viver nele. Mais tarde escolheu Abraão e seus descendentes para serem Seu povo especial. Também decidiu vir a este mundo como humano para nos resgatar do pecado, por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo. O Criador deu aos seres humanos a capacidade de fazer escolhas. Esse é um aspecto importante de sermos criados à imagem de Deus. Podemos obedecer ou desobedecer a Deus e enfrentar as conseqüências. (veja, por exemplo, Deuteronômio 30:15, 19 e 20; Apocalipse 3:20). Deus respeita e protege nossa liberdade individual de escolha. Na verdade, Ele quer que a exerçamos, fazendo boas escolhas e assim desenvolveremos o caráter. Vontade: o desejo de fazer alguma coisa ou alcançar um objetivo. Deus, cujo caráter é uma perfeita combinação de misericórdia e justiça, sempre quer o melhor para Suas criaturas (Jeremias 29:11); Ele nunca Se inclina para o mal (Tiago 1:13). Também quer que todas as pessoas sejam salvas (I Timóteo 2:3, 4) e cresçam espiritualmente (Colossenses 1:9, 10). Nós, seres humanos, também temos o desejo de fazer coisas e realizar algo. Às vezes o que queremos fazer é contrário ao que sabemos ser direito. Porque o pecado afetou nossa vontade, freqüentemente tomamos decisões egoístas e destrutivas. O apóstolo Paulo estava ciente dessa tendência. Ele escreveu: “Não faço o que desejo, mas o que odeio” (Romanos 7:15, 18-20). Vontade: propósito, determinação ou plano. Paulo fala do plano de Deus que opera “todas as coisas segundo o propósito da Sua vontade” (Efésios 1:11). Seu plano de salvação, por exemplo, foi elaborado antes mesmo da criação do mundo (I Pedro 1:18-20). Cristo veio a este planeta no momento preciso estabelecido no grande plano da salvação (Gálatas 4:4, 5). Deus sabe o dia e a hora em que Cristo vai voltar a este mundo em glória (Mateus 24:26, 27). Ele designou um dia no qual haverá de julgar todas as pessoas que já viveram (Atos 17:31). Em alguns casos Deus tem revelado partes de Seu grande plano através das profecias. Daniel capítulo 2, por exemplo, delineia os poderes do mundo que têm controlado a história humana desde o império babilônico até o fim dos tempos. Apocalipse 2 e 3 apresentam vários estágios da história do cristianismo. Seres humanos sempre têm propósitos ou planos. Ao contrário de Deus, porém, nem sempre podemos levar esses planos adiante, ou por que não temos os recursos necessários ou por que as circunstâncias mudam e fogem ao nosso controle. Um dos tópicos mais intrigantes para os cristãos que acreditam na Bíblia é como Deus vai realizar Seu plano segundo Sua vontade soberana e, ao mesmo tempo, preservar e respeitar a livre escolha de Suas criaturas. Isso levou Paulo a exclamar: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos e inescrutáveis os Seus caminhos!” (Romanos 11:33). Isso importa? Por que é importante conhecer a vontade de Deus para nossa vida? Temos de admitir que em nossa condição natural, estamos completamente desinteressados de saber a vontade de Deus. Mesmo quando sabemos o que Deus deseja para nós, temos a tendência de rejeitar ou agir de maneira contrária à vontade dEle. Em outras palavras, rebelamo-nos contra Deus. Porém, o Senhor anela mudar nossa atitude com relação a Ele, para que possa ser nosso Salvador e Amigo. Ele quer que O conheçamos, amemos e obedeçamos. É por isso que o divino Espírito Santo constantemente fala à nossa consciência, rogando: “Meu filho, dê-me o seu coração; mantenha os seus olhos em meus caminhos” (Provérbios 23:26). Ele nos quer mostrar o caminho de volta e guiarnos em nossas decisões (Salmo 32:8, 9). Paulo nos encoraja a nos tornarmos especialistas em conhecer a vontade de Deus (Efésios 5:16-17). Se escolhermos obedecê-Lo, Ele nos assegurará uma eternidade em Sua presença (Mateus 7:21, I João 2:17). Por outro lado, Satanás deseja manter-nos separados de Deus e em rebelião contra Ele. Mesmo quando dizemos “sim” para Deus, Satanás, nosso inimigo, tenta nos afastar para longe dEle. Essa provação constante é chamada de tentação. Cada dia, um drama se desenrola em nossa consciência. Por meio do Espírito Santo, Deus nos convida a alinharmos nossa vontade com a Sua, enquanto Satanás procura nos convencer de que Deus não nos ama e está na verdade nos privando de realmente vivermos “uma vida boa.” Quanto mais persistimos em obedecer a Deus, mais fraca se torna a tentação, porque Deus mesmo fortalece a nossa vontade. Quando compreendemos a batalha feroz e decisiva na qual estamos engajados, também entendemos porque Deus está tão interessado em nossa saúde física e mental. Ele não quer que nada afete nossa capacidade de escolher livre e inteligentemente entre obediência e desobediência. É por isso que Ele nos pede que mantenhamos o corpo livre de substâncias químicas que nos anuviam o pensamento, e a mente livre de influências negativas que nos alcançam por meio daquilo que lemos, assistimos ou ouvimos. Nada deveria impedir-nos de ouvir claramente Sua meiga voz em nossa consciência. Existem condições? Deus estabeleceu três condições básicas para conhecermos Sua vontade em nossa vida: Confiança: Acredito que Deus é amor e justiça? Se não acreditarmos que Deus existe e deseja o melhor para nós, é impossível compreender Sua vontade (Hebreus 11:6). Obediência: Decidi-me a obedecê-Lo em tudo aquilo no qual Ele já revelou Sua vontade? Isso requer que tiremos de nossa vida todo pecado ou rebelião de Antes de tomar uma decisão importante Eis aqui um resumo dos passos para conhecer a vontade de Deus em cada situação. Eles estão organizados como um inventário, para ajudá-lo a perceber os itens que você deve levar em consideração antes que Deus torne clara Sua vontade.3 Seja honesto em sua auto-análise. O assunto em relação ao qual quero saber a vontade de Deus para minha vida: _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 1° Passo: Obediência à vontade revelada de Deus. Já aceitei a Jesus como meu Salvador pessoal? Sim___ Não___ Existe algum pecado conhecido e acariciado em minha vida? Sim___ Não___ Sou obediente à vontade de Deus, na proporção em que ela me tem sido revelada e na proporção em que a compreendo? Sim___ Não___ 2° Passo: Disposição de obedecer à vontade de Deus, à medida que Ele a revela. Estou disposto a seguir a vontade de Deus quando Ele a revela, independentemente de qual seja o custo envolvido? Sim___ Não___ Estou aberto a quaisquer meios que Ele possa usar para me guiar, quer sejam miraculosos ou convencionais? Sim___ Não___ 3° Passo: Revelação de Deus: a pedra de toque da orientação. Estudo regularmente a Palavra de Deus? Estou familiarizado com o que a Bíblia realmente diz acerca do assunto para o qual estou buscando orientação? Sim___ Não___ Sim___ Não___ 4° Passo: Oração: em diálogo com Deus. Tenho um tempo diário para comunhão com Deus e permitir que Ele guie minha vontade? Sim___ Não___ Tenho perguntado a Deus de forma específica sobre o assunto para o qual estou buscando Sua orientação? Sim___ Não___ Estou pronto a continuar orando e esperando em Deus? Sim___ Não___ 5° Passo: O Espírito Santo: Companheiro divino. Tenho reconhecido a presença e a guia do Espírito Santo em minha vida? Estou pronto a permitir que o Espírito Santo assuma o controle total de minha vida? Sim___ Não___ Sim___ Não___ 6° Passo: Conselheiros mais experientes. Relaciono-me regularmente com outros cristãos e participo com eles do estudo da Palavra de Deus? Sim___ Não___ Estou experimentando algum problema médico ou emocional que possa requerer ajuda profissional antes de tomar minha decisão? Sim___ Não___ Devo buscar conselho de alguém mais experiente, como um pastor, um líder da igreja, um conselheiro cristão ou um amigo? Sim___ Não___ DIÁLOGO 18•1 2006 7° Passo: Circunstâncias providenciais. Tenho considerado cuidadosamente as circunstâncias providenciais por meio das quais Deus pode estar manifestando Sua vontade sobre o assunto? Sim___ Não___ 8° Passo: Auto-avaliação. Estou suficientemente descansado e calmo para tomar uma decisão agora? Sim___ Não___ Tenho avaliado, de preferência no papel, as razões a favor e contra a decisão que estou pensando em tomar e os motivos por trás dela? Sim___ Não___ Tenho considerado a maneira em que essa decisão pode afetar minha família e outras pessoas que me são próximas? Sim___ Não___ Tenho pensado sobre como meus talentos se relacionam com as opções que essa decisão coloca diante de mim? Sim___ Não___ Tenho avaliado o efeito que essa decisão poderá ter sobre minha saúde? Sim___ Não___ Tenho pensado sobre os efeitos que essa decisão poderá ter sobre meu crescimento espiritual, meu relacionamento com Deus e meu testemunho dEle? Sim___ Não___ Tenho levado em consideração o impacto que essa decisão poderá ter sobre a vida espiritual de outros? Sim___ Não___ Tenho tido tempo necessário para avaliar o assunto a sós, livre de pressões desnecessárias? Sim___ Não___ Reveja com oração todos os pontos acima, especialmente as respostas na coluna da direita. Elas podem indicar coisas que você precisa fazer antes de tomar uma decisão. Relacione as decisões que deve tomar:_______________________________ ____________________________________________________________ Há mais alguma coisa que, na sua opinião, Deus quer que você leve em consideração? ______________________________________________________ ____________________________________________________________ 9° Passo: A decisão: esperar ou agir. Devo postergar a decisão até ter uma compreensão mais clara da vontade de Deus sobre esse assunto? Devo tomar a decisão agora, mas aguardar um pouco antes de agir? Estou ciente da vontade de Deus sobre o assunto, mas não estou seguro de que este seja o tempo; portanto, devo esperar pacientemente pelo momento que Deus achar mais oportuno? Tomei o devido tempo para considerar esse assunto com oração e cuidado. Qual é minha decisão?____________________________________________ ____________________________________________________________ 10° Passo: O selo da aprovação: a paz de Deus. Agora que compreendi a vontade de Deus quanto ao assunto e tomei a decisão, sinto uma paz interior com respeito à minha escolha? À medida que o tempo passa e continuo a refletir e orar acerca da decisão, tenho crescente certeza, vinda de Deus, de que a decisão é correta? Se assim for, vá adiante! DIÁLOGO 18•1 2006 que tenhamos consciência. “Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria” (Salmo 66:18). Mas, “se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, Ele nos ouvirá” (I João 5:14). Mark Twain escreveu ironicamente: “O que me preocupa não são as partes da Bíblia que não compreendo, mas aquelas que compreendo muito bem!” Submissão: Estou pronto para obedecer ao que Deus revelar-me como Sua vontade? Isso requer uma atitude especial, porque nossa tendência natural é dizer a Ele: “Mostra-me a Tua vontade para minha vida, Senhor, para que eu decida se vou obedecê-Lo ou não!” É como a oração daquele jovem que disse: “Senhor, quero servi-Lo como missionário. Estou pronto para ir a qualquer lugar do mundo, desde que o salário seja bom e o clima agradável!” Essa atitude é baseada no conceito errôneo de que conhecemos melhor do que Deus aquilo que é mais perfeito para nós, e que Ele não está interessado em nossa felicidade ou salvação eterna. Como devemos proceder? Há cinco fatores que podem ajudarnos a conhecer a vontade de Deus, tanto Seu desejo quanto Seu plano para nossa vida. Vamos recapitulá-los. 1. A Bíblia: nas Escrituras, Deus revelou Sua vontade geral (desejo e propósito) para todas as pessoas de todos os tempos. As instruções acerca de Deus contidas na Bíblia são mais específicas do que muitos de nós pensamos. Deveríamos estudá-la regularmente, tanto individualmente quanto em grupo. Na Palavra de Deus, encontramos instruções e exemplos relacionados à nossa salvação, atitude com relação a Deus e outros seres humanos, família, trabalho, finanças, estilo de vida, hábitos e assim por diante. Paulo diz que nas Escrituras achamos toda a instrução de que necessitamos para termos uma vida boa e obtermos a vida eterna (II Timóteo 3:1517). Os cristãos atentam para os Dez Mandamentos (Êxodo 20:3-17) a fim de encontrar os grandes princípios morais que definem nosso relacionamento com Deus e com nossos semelhantes (Lucas 10:27). Ao aceitarmos a Jesus como nosso Salvador e Amigo, orientamos nossa vida por esses princípios como uma expressão de nosso amor por Ele. Jesus não somente nos oferece um modelo perfeito de como esses mandamentos podem ser obedecidos num mundo real, mas também salienta a importância deles, destacando suas implicações (Mateus capítulos 5 a 7). As Escrituras revelam igualmente a vontade de Deus por meio da vida de homens e mulheres, e mostra os resultados de se viver segundo esses princípios ou se rebelar contra eles. 2. O Espírito Santo: Deus nos revela Sua vontade por meio do Espírito Santo falando à nossa consciência. O Espírito Santo é o próprio Deus falando à nossa vontade por meio de nossa consciência (Isaías 30:21). É claro que nossa consciência nem sempre ou necessariamente é a voz de Deus. Ela é o meio através do qual Deus pode falar à nossa vontade. Embora o Espírito Santo tenha sempre atuado nos assuntos humanos desde a criação, foi depois que Jesus completou Seu ministério na Terra que Ele atribuiu um ministério especial ao Espírito Santo (Atos 1:8). Há momentos em que podemos ouvir a voz do Espírito falando-nos mais claramente e nos quais estamos mais susceptíveis à Sua influência. Isso ocorre quando oramos e permanecemos em silêncio aguardando a resposta de Deus. Isso também pode acontecer quando estudamos uma passagem bíblica, refletimos nela e pedimos que o Espírito Santo nos ensine. Além disso, podemos ouvir a voz de Deus quando nos unimos a outros crentes em adoração, cantando, orando, louvando, compartilhando experiências e ouvindo a pregação da Palavra de Deus. O Espírito Santo nos ajuda a compreender verdades espirituais (João 16:13) e nos capacita a fazer a vontade de Deus (veja Filipenses 2:13; Hebreus 13:20, 21). O Espírito também estimula nossa imaginação e nos permite compreender a plenitude que experimentamos quando fazemos o que Deus deseja. Ele também nos concede alegria ao obedecermos à Sua vontade (veja o Salmo 37:3-6). 3. As providências da vida: Deus nos ajuda a discernir Sua vontade quando interpretamos sabiamente as circunstâncias e os eventos de nossa vida. Quando tomamos a iniciativa e seguimos em determinada direção, Deus freqüentemente abre ou fecha as portas da oportunidade para nós. Mas, como alguém disse: “Deus não pode guiar um carro estacionado.” Aqui estão alguns exemplos de portas abertas e fechadas: você solicita admissão em três universidades e apenas uma o aceita e lhe dá uma bolsa de estudos. Você pede emprego em duas companhias e apenas uma permite que você honre o sábado. Você encontra alguém num aparente encontro eventual e a conversa o ajuda a tomar uma decisão. Encontramos na Bíblia vários casos de eventos circunstanciais que Deus usou para revelar Sua vontade. Quando os irmãos de José estavam para matá-lo por causa da inveja, uma caravana de mercadores apareceu e o levou como escravo (Gênesis 37:12-28). Anos mais tarde, sendo José o primeiro-ministro do Egito, disse a seus irmãos que foi Deus que, em Sua providência, o enviara àquele país para preservar sua vida e a vida de toda a sua família (Gênesis 45:7-8). Rebeca trouxe seu rebanho para beber num poço onde, no mesmo instante, estava Eliezer, servo de Abraão, pedindo a Deus em oração que o ajudasse a encontrar uma boa esposa para Isaque (Gênesis 24:12-46). Dois eventos da vida de Paulo mostram a providência em ação. Numa de suas viagens missionárias, era a intenção de Paulo pregar o evangelho nos lugares que hoje pertencem à moderna Turquia, mas por duas vezes o Espírito Santo o impediu de ir naquela direção e o fez levar as boas-novas da salvação à Europa (Atos 16:6-10). Noutra ocasião, o apóstolo sentiu a necessidade de viajar a Roma e pregar na capital do império (Atos 19:21); mais tarde ele pôde, de fato, pregar em Roma, mas não como um homem livre, senão como um prisioneiro (Atos 23:11; Filipenses 1:12, 13). Em cada caso, precisamos interpretar os eventos circunstanciais assegurandonos de que eles se alinhem com as instruções gerais da Bíblia e a guia interior do Espírito Santo, em vez de contradizê-los. 4. Conselheiros cristãos: pessoas sábias e experientes podem nos ajudar a aplicar os princípios gerais da Bíblia a casos particulares. Podemos ser grandemente beneficiados numa conversa franca com pessoas que nos conhecem (Provérbios 11:14). Obviamente, pais cristãos podem desempenhar essa função (Provérbios 23:22). Também podemos beneficiar-nos da orientação de professores ou mentores cristãos, os quais conhecemos e em quem confiamos. Às vezes, experientes pastores, capelães e líderes da igreja podem desempenhar essa importante função2 (o apóstolo Paulo ouviu os conselheiros de Éfeso durante o distúrbio e não foi ao teatro como planejara; isso provavelmente salvou-lhe a vida. Veja Atos 19:30, 31). A interação com essas pessoas é útil porque elas podem olhar para nossa situação com certo grau de objetividade. Elas podem fazer perguntas que nos ajudam a clarificar nosso próprio pensamento, e sugerir opções que não havíamos considerado. É claro, se somos casados, deveríamos discutir os planos em profundidade com a(o) esposa(o) e mesmo os filhos, avaliando os prós e contras, porque muitas vezes eles também serão afetados por nossas decisões. 5. Reflexão pessoal: avaliamos os quatro fatores anteriores e tomamos a decisão final. Nesse ponto sintetizamos aquilo que aprendemos no processo, possivelmente preparando uma lista de opções com os aspectos negativos e positivos. Levamos em consideração os princípios encontrados nas Escrituras, os pensamentos que o Espírito Santo nos traz à mente, o senso de direção que percebemos nos eventos, e o conselho recebido das pessoas em quem confiamos. O inventário (“Antes de tomar uma decisão importante”) pode ajudá-lo no processo. Isso é essencial porque não deveríamos confiar demais em nossa própria Continua na p. 25 DIÁLOGO 18•1 2006 O que é essa coisa chamada amor? Nancy Van Pelt Entender a dinâmica da atração e os riscos de escolhas imprudentes pode ajudá-lo(a) a evitar sofrimento emocional e a construir um casamento duradouro. Apaixonar-se é uma das experiências mais emocionantes da vida. Todos querem encontrar o verdadeiro amor e, quando isso acontece, a vida adquire novo significado. Um aumento repentino de energia flui no organismo do apaixonado. Um entusiasmo renovado torna atrativo o mais tedioso trabalho. Uma química especial entra em funcionamento. No estágio inicial do amor, o tempo desfrutado pelo casal está repleto de experiências emocionantes e ternos momentos. Cada olhar e toque, cada conversa e beijo adquirem um significado especial. Tudo parece tão certo, tão bom e perfeito. De repente surge a questão: “Como saber se é amor verdadeiro?” O amor é tão emocionante que algumas pessoas deliberadamente cerram seus olhos para qualquer coisa que possa arruinar a ilusão. Falar sobre as diferenças entre o verdadeiro amor e a paixão passageira é complicado, mas não impossível. Aplicar o “teste do tempo” – dois anos completos de namoro antes do casamento – pode ajudar. O amor verdadeiro supera tudo? Muitos relacionamentos fracassam antes mesmo de realmente começarem, porque os casais adotam a teoria de que o amor supera tudo: “Não importa qual seja o problema, podemos vencêlo. Nós nos amamos tanto que tudo se resolverá. Nenhum problema é maior do que o nosso amor.” Aquele que adota essa teoria não DIÁLOGO 18•1 2006 está encarando a realidade. Se os casais enfrentam um ou vários dos problemas mencionados a seguir e insistem que são irrelevantes, estão vivendo na perigosa zona do “amor supera tudo”: • grande diferença de idade • diferenças raciais ou culturais • diferenças religiosas • falta de estudo • falta de recursos financeiros • um casamento prévio • reprovação dos pais • desacordo sobre ter ou não filhos • hábitos de beber, jogar, drogar-se ou outros usos compulsivos. Tina e André namoraram durante um ano. Tina foi educada num lar religioso, enquanto André cresceu sem religião. Antes de conhecer Tina, ele nunca havia estado numa igreja. Enquanto namoravam, discutiam superficialmente suas diferenças religiosas. André ia à igreja com Tina para fazê-la feliz, mas nunca assumiu um compromisso com Deus e a fé cristã. Visto freqüentar ele a igreja com certa assiduidade, Tina pensou que André estava aceitando suas crenças, ainda que ele nunca houvesse confirmado isso. Eles se entendiam tão bem em outros assuntos, que ambos evitaram abordar a questão religiosa na esperança de tudo dar certo. Nenhum deles queria provocar distúrbios no relacionamento. No íntimo, Tina sabia que nunca abandonaria suas crenças religiosas, e André acreditava que nunca seria religioso como Tina. Ambos pensavam que o amor que sentiam um pelo outro poderia superar todos os obstáculos. Tina e André se casaram, mas não compartilhavam a mesma opinião sobre fé, igreja e espiritualidade. Ao evitar a questão das diferenças religiosas antes do casamento, eles estavam, na realidade, dizendo: “Se nos amarmos o suficiente, podemos superar o problema. O verdadeiro amor pode sobrepujar nossas diferenças religiosas.” Após o casamento, a situação não se mostrou tão favorável assim. André não tentava mais ir à igreja para agradar Tina. Ela, ainda assim, tentou continuar amandoo, mas não tinha nele o líder espiritual que tanto desejava no lar. Ela queria um esposo que orasse com ela sobre os problemas, que provesse orientação espiritual e que fosse um modelo cristão para seus filhos. Por mais apaixonado que você esteja agora, por mais que prometa que nenhum dos problemas apontados irá separá-los, tratar dessas questões no futuro desgastará o amor e o afeto que sentem um pelo outro. O amor é estranho Nos estágios iniciais do amor, você provavelmente experimentará vários tipos de sentimentos e reações, inclusive uma emoção intensa e a idealização de seu companheiro(a), ou seja, pensar que ele ou ela é absolutamente “perfeito” ou “perfeita.” Essa fase romântica chamada paixão, envolve mudanças emocionais e fisiológicas interessantes, que foram testadas em laboratórios e são 100% reais! Por exemplo, a sensação de estar apaixonada faz uma mulher parecer mais bonita. A pesquisa explica que “homens e mulheres apaixonados andam mais eretos e parecem mais altos, porque a coluna vertebral está estirada.” Todas as reações motoras são intensamente ativadas, fazendo com que os apaixonados estejam extremamente atentos e emocionalmente receptivos aos seus companheiros.1 Os olhos parecem mais brilhantes porque a produção de lágrimas aumenta. Isso explica porque os olhos cintilam mais, e também porque você sente que o mundo está mais iluminado, brilhante e mais cheio de felicidade. O coração acelera e faz com que as pessoas sejam ainda mais susceptíveis de se apaixonar. O nível de energia também aumenta. Estar apaixonado estimula a produção de epinefrina (adrenalina) e produz energia e força para a superação de problemas; daí o sentimento de poder superar tudo.2 Outro estudo com pessoas que acreditavam estar apaixonadas demonstrou que esse aumento de adrenalina deixa o coração mais terno. Os participantes dessa pesquisa receberam uma dose de adrenalina para asseme lhar-se ao estado atingido pelos apaixonados. O resultado foi que aqueles que receberam tal dose demonstraram mais afeição do que os participantes que não a tinham recebido. Em outras palavras, o estado de apaixonado aumenta a capacidade de amar.3 Aqueles que estão apaixonados são mais receptivos e aceitam o que a vida tem a lhes oferecer. Estão prontos a desfrutá-la plenamente. Em contraste, aqueles que não estão apaixonados apresentam aos outros uma postura mais negativa ou fechada quando ofendidos ou irados. Suas atitudes e reações implicam em manter a cabeça abaixada, cerrar e enrugar os lábios, dar passos curtos e manter os braços junto ao corpo. Eles se distanciam física e emocionalmente das pessoas com mais facilidade. Como conseqüência, os outros também se afastam deles. O resultado se traduz em pessoas infelizes que pensam que ninguém gosta delas, que nunca recebem o amor e a atenção que desejam e necessitam para ser felizes. Alguns jovens adultos indagam-se sobre qual a razão de nunca encontrarem uma namorada ou namorado, e se sentirem rejeitados pelas pessoas do sexo oposto. Na realidade, eles transmitem uma atitude ou postura negativa que afasta os outros.4 A memória também melhora quando estamos apaixonados, pelo menos seletivamente. A pessoa apaixonada possui a extraordinária habilidade de lembrar todos os pormenores que dizem respeito ao objeto de sua afeição. O jovem poderá se esquecer da tarefa de matemática ou a moça de ativar o alarme do relógio, mas nenhum deles se esquecerá dos detalhes um do outro. Os apaixonados desejam ficar fisicamente próximos das pessoas que amam. Se o seu parceiro ou parceira está constantemente procurando estar perto de você, a probabilidade é de que ele (ou ela) esteja apaixonado(a). O amor afeta a química cerebral. Um estudo indicou que quando o estado emocional é definido como de “amor”, há um aumento de uma substância química chamada feniletilamina, que mantém o nível emocional elevado. É interessante destacar que a feniletilamina é o mesmo componente químico encontrado no chocolate um presente Assine Diálogo Você quer ser um pensador e não meramente um refletor do pensamento de outras pessoas? A DIÁLOGO continuará a desafiá-lo a pensar criticamente, como um cristão. Fique em contato com o melhor da ação e do pensamento adventista ao redor do mundo. Entre na DIÁLOGO. Assinatura anual (3 exemplares – via aérea): US$13.00 Números atrasados: US$4.00 cada. Gostaria de assinar DIÁLOGO em o Inglês o Francês o Português o Espanhol Edições Iniciem minha assinatura com a próxima edição. Gostaria de receber estes números anteriores: Vol.______. No ______. Pagamento Estou juntando um cheque internacional ou ordem de pagamento. Meu Mastercard ou VISA é _____________________________ Data de validade: ________________________ Por favor, preencha: Nome Endereço ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Remeta os dados para: DIALOGUE Subscriptions, Linda Torske 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. FAX 301 622 9627 E-mail [email protected] 10 habitual entre os apaixonados.5 O amor afeta também os hábitos alimentares. Muitas pessoas sentem falta de apetite nos estágios iniciais do amor. Outras pessoas sentem como se estivessem andando nas nuvens ou sendo transportadas para outro mundo, onde estão vagamente conscientes do que se passa ao seu redor. Os apaixonados podem sentir mãos suadas, pupilas dilatadas, nervosismo no estômago etc. Esses efeitos fisiológicos tendem a desaparecer com o tempo. No início do relacionamento é normal pensar constantemente no amado ou amada. Lana diz, com tom sonhador: “Vou dormir pensando nele, e é a primeira coisa que penso quando acordo pela manhã. E assim começa mais um dia em que ele nunca sai de meus pensamentos.” O enfoque intenso na pessoa amada tende a adicionar um interesse e entusiasmo ainda maior ao relacionamento. Quando longe um do outro, é comum o casal, nesse início romântico, desejar intensamente um telefonema ou esperar ansiosamente pelo momento em que se verão. Nesse período, as pessoas conversam amplamente sobre o objeto de sua afeição com qualquer indivíduo que as queira ouvir. É possível que alguém apaixonado fique tão imerso nesse relacionamento romântico, que as responsabilidades são ignoradas ou esquecidas. Kurt afirma: “Estou tendo problemas em me concentrar nas aulas, e não consigo fazer meus trabalhos de casa. Eles se acumulam e não consigo realizar as tarefas cujos prazos estão vencendo. Outro dia estava numa reunião da associação estudantil e alguém fez uma pergunta. Não me dei conta de que a questão me havia sido dirigida, até que todos começaram a rir.” Foco nas particularidades: os homens Geralmente os homens se apaixonam mais rapidamente que as mulheres. Num estudo envolvendo 250 homens e 429 mulheres, os pesquisadores mediram a “cota romântica” de todos os que DIÁLOGO 18•1 2006 estavam apaixonados no momento. Mais de 25% dos homens disseram que se apaixonaram profundamente antes do quarto encontro, enquanto que isso acontecia com apenas 15% das mulheres. De fato, metade das mulheres relatou que não sabia se era amor genuíno, mesmo após 20 encontros! A conclusão foi que as mulheres demoram mais para saber se estão ou não apaixonadas.6 Concluiu-se que os homens se apaixonam mais rapidamente porque são atraídos em primeiro lugar pelas qualidades físicas de uma jovem. Um estudo revelou que os homens precisam apenas de sete segundos para decidir se querem estabelecer um relacionamento com uma mulher. Se ela for atraente, o homem raramente sente a necessidade de avaliá-la durante certo tempo. Se ele gostar do que vê e ela “acender” seus hormônios, então ele sabe que é amor. Considerações sobre as habilidades domésticas dela, ou como ela se relacionará com a família dele, ou ainda que tipo de mãe será, tornam-se secundárias diante de sua beleza. Em geral, um homem também concluirá que é amor quando a mulher o fae sentir-se bem a respeito de si mesmo. Isso satisfaz sua necessidade de admiração e apreciação. Para encontrar o amor verdadeiro, portanto, o homem deve ter calma e amar a mulher de modo paciente e afetuoso durante um longo período de tempo. Aquele que se apressa seguindo somente seus instintos poderá decepcionar-se no final. Foco nas particularidades: as mulheres As mulheres têm outra perspectiva do amor. Geralmente demoram mais para se decidir, e não estão tão dispostas a declarar seu eterno amor antes de conhecer as qualidades interiores de um homem. Elas são mais inclinadas a procurar as características que desejam num homem, como o futuro pai de seus filhos. As mulheres, mais que os homens, possuem a habilidade de visualizar como será um relacionamento com um homem por toda a vida. DIÁLOGO 18•1 2006 Elas demoram mais para se apaixonar, porque estão mais conscientes de seus sentimentos. É-lhes fácil distinguir paixão e todas as suas emoções do amor genuíno, que tende a avançar mais lentamente. As mulheres certamente sentem e gostam das palpitações da paixão, mas estão mais predispostas a permitir que a mente controle o coração, pelo menos inicialmente. São mais vagarosas do que os homens para rotular seus sentimentos de “amor”, porém são mais persistentes em sua busca do amor verdadeiro. Uma vez que decida que encontrou a pessoa certa, ela tende a ficar mais intensamente romântica e sentimental. O amor, então, torna-se eufórico. A vida adquire um significado especial. As cores são mais brilhantes; a mulher fica mais feliz, mais bonita e radiante como nunca dantes. Ela pode ter dificuldades de se concentrar em qualquer coisa, exceto na pessoa amada e nos sonhos de um futuro juntos. chance de ficar desapontado no amor, e com mais possibilidade de encontrar um amor que o satisfaça neste mundo. Nancy Van Pelt é educadora especializada em vida familiar. Publicou 28 livros que foram traduzidos em mais de 30 idiomas. Este artigo foi adaptado de seu livro Smart Love: Straight Talk to Young Adults About Dating, Love and Sex. Ver www.heartnhome.com. REFERÊNCIAS 1. Joyce Brothers, The Brothers System for Liberated Love and Marriage (New York: Peter H. Wyden, 1972), p. 19. 2. Ibidem. 3. Ibidem. 4. Idem, p. 22. 5. John James e Ibis Schlesinger, Are You the One for Me? (Reading, Massachusetts: AddisonWesley, 1987), p. 198. 6. Nancy L. Van Pelt, Smart Love: A Field Guide for Single Adults (Grand Rapids, Michigan: Fleming H. Revell, 1997), p. 128. Amor sem limites A sociedade nos programa, através da mídia e outros meios, para acreditarmos que o amor solucionará todos os problemas pessoais. Tal conceito conduz as pessoas a um caminho perigoso, porque esperam que um romance ofereça o que somente Jesus pode suprir. Em vez de colocar todas suas esperanças e sonhos no ser humano, por que não se colocar primeiro a si mesmo nas mãos dAquele que nunca muda? Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele cumprirá as promessas que fez. Você pode confiar nEle. Seu amor é completamente incondicional. Ele sempre o amará, independentemente de sua aparência, fracassos ou erros. Quando outros decepcionam você, Ele está ao seu lado para amá-lo e cuidá-lo. Ele é o único que o ama em toda a sua plenitude. Jesus é o único que pode suprir todas as nossas necessidades, satisfazer todos os nossos desejos e atender a todas as nossas expectativas. Apóie-se nEle, em primeiro lugar, e então terá menos Assinatura gratuita para a biblioteca de sua faculdade ou universidade! Deseja ver a Diálogo disponível na biblioteca de sua faculdade ou universidade, de modo que seus amigos não-adventistas possam ter acesso à revista? Procure o bibliotecário e sugira que solicite uma assinatura gratuita, usando papel timbrado da instituição. Cuidaremos do resto! As cartas devem ser endereçadas a: Dialogue Editor-in-Chief; 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. 11 Sua saúde está em suas mãos Esteban S. Poni e Carlos Poni Ser bem informado e tomar decisões sábias sobre estilo de vida pode reduzir grandemente os riscos à saúde e aumentar o bemestar. A Organização Mundial da Saúde identificou 10 fatores de risco para a saúde: (1) água contaminada, falta de higiene e saneamento básico; (2) fumaça de combustíveis sólidos em ambientes fechados; (3) pressão alta; (4) colesterol elevado; (5) fumo; (6) peso baixo (emagrecimento); (7) obesidade; (8) consumo de álcool; (9) sexo arriscado e (10) deficiência de ferro. Juntos esses fatores respondem por mais de um terço de todas as mortes no mundo (ver Tabela 1). Estatísticas Importantes Água contaminada e falta de saneamento e higiene causam 1,7 milhões de mortes ao ano em todo o mundo (basicamente por diarréia infecciosa). De cada 10 mortes, nove são de crianças, a maioria pertencente a países em desenvolvimento. Metade da população mundial (3,1 bilhões) é afetada pelo ar poluído de ambientes fechados, devido ao cozimento de alimentos e ao sistema de calefação alimentado por combustível, gerando infecções respiratórias e doenças crônicas de obstrução pulmonar. Pressão alta e colesterol elevado estão relacionados ao consumo excessivo de alimentos gordurosos, salgados e doces. Tais alimentos se tornam ainda mais nocivos quando combinados com fumo e consumo excessivo de álcool. Em geral, a hipertensão arterial causa sete milhões de mortes anualmente; e o colesterol, mais de quatro milhões. As mortes por uso de fumo mantiveram-se nos cinco milhões de pessoas ao redor do mundo em 2000 – um aumento de um milhão em relação aos dados 12 de 1990. O índice de mortalidade entre fumantes é de duas a três vezes maior que entre os não-fumantes. No mundo, mais de um bilhão de adultos está acima do peso e entre 300 a 500 milhões são clinicamente obesos. Meio milhão morre anualmente de doenças relacionadas à obesidade na América do Norte e na Europa Ocidental. Em regiões industrializadas como a América do Norte, a Europa e o Leste asiático, pelo menos um terço de todas as enfermidades é causado por fumo, álcool, pressão alta, colesterol e obesidade. Mais de três quartos das doenças cardiovasculares – fator número um de mortes no mundo – estão relacionados ao uso do tabaco, à pressão alta, e à obesidade ou colesterol elevado. Em todo o mundo o álcool causou 1,8 milhões de mortes em 2001, ou quatro por cento do ônus global de enfermidades; o pico ocorre nas Américas e na Europa. O álcool foi a causa de 20 a 30% de cânceres esofágicos, doenças do fígado, epilepsia, acidentes automobilísticos, homicídios e outros danos intencionais. Pelo menos 27% de crianças com menos de cinco anos no mundo estão abaixo do peso. Essa condição foi causa de cerca 3,4 milhões de mortes em 2000, incluindo em torno de 1,8 milhões de mortes na África e 1,2 milhões na Ásia. Esse foi o fator contribuinte em 60% de todas as mortes infantis nos países em desenvolvimento. A deficiência de ferro é a carência nutricional mais comum no mundo, afetando cerca de dois bilhões de pessoas, e causando quase um milhão de mortes ao ano. A deficiência de vitamina A é a causa número um de cegueira infantil. A deficiência de iodo é, provavelmente a maior causa de retardamento mental e danos cerebrais. A severa carência de zinco é motivo de baixa estatura e de um sistema imunológico debilitado; e também importante causa de infecções respiratórias, malária e diarréias. Em todo o mundo, cerca de 2,9 milhões de mortes são atribuídas ao sexo arriscado. A maioria dessas mortes ocorre na África. Além disso, durante o ano de 2001, mais de 99% das infecções por HIV na África foram atribuídas à mesma causa. Em outras partes, a proporção de mortes por HIV/AIDS atribuídas ao sexo arriscado vai de 13%, no Leste asiático e no Pacífico, a 94% na América Central. Menos de 30 anos após sua aparição, o HIV/AIDS é a quarta maior causa de mortes no mundo (ver Tabela 2). Atualmente, 28 milhões (70%) dos 40 milhões de pessoas com HIV residem na África, mas a infecção também se espalha rapidamente por outros lugares. A expectativa de vida na África Subsaariana é estimada em 47 anos; sem a AIDS, seria de 62. O que você pode fazer para reduzir e eliminar os riscos Adote uma posição mais ativa em favor da vida. Aqueles que não tomam medidas preventivas contra os principais fatores de risco à saúde humana, com freqüência, se tornam vítimas precoces de doenças e mortes. “Coma, beba e se case, porque amanhã você vai morrer” não é lema para aqueles que querem evitar enfermidades e desfrutar vida saudável.2 Adotar medidas significa dar um passo decisivo contra aquilo que produz fatores de risco à saúde. Esses riscos não devem ser ignorados. Assuma uma atitude responsável em prol da vida. “Não tenho que fazer isto”, “não vou conseguir”, “posso cuidar de mim mesmo”, não são declarações dos mais fortes, mas dos irresponsáveis. Quando o assunto é hábitos ou estilo de vida, como o uso de álcool, fumo ou drogas, ou quando a tentação é praticar sexo de forma insensata, o indivíduo realmente responsável vai dizer não. Somente o irresponsável para consigo mesmo e com sua família diria coisas como: “Posso parar quando quiser” ou “fui vítima de uma atração irresistível.” Em vez disso, fique firme. Seja responsável. Previna-se contra esses riscos, em vez de se tornar sua presa fácil. Faça algo positivo. Não assuma a atitude niilista de que nada pode ser feito acerca da situação atual. Veja, por exemDIÁLOGO 18•1 2006 plo, o alto risco do saneamento deficiente ou da falta de água limpa. Uma comunidade inteira pode ser afetada por isso. Faça algo. Escreva para as autoridades locais. Organize campanhas de autoajuda. Uma comunidade organizada pode limpar sua vizinhança, providenciar saneamento básico e ser um exemplo de ambiente saudável para as outras. Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. A procrastinação é uma poderosa ferramenta do diabo. Suponha que o médico tenha-lhe dito para deixar de beber porque seu fígado já está comprometido. Você deve tomar uma posição para o bem de sua saúde. Isso pode nunca acontecer. Se você for uma vítima de um desses riscos para a saúde, comece a agir imediatamente. Não seja apático. A apatia (um tipo de exclusão por indiferença, mesmo tendo evidências indubitáveis) faz com que a pessoa se engane. Alguém assim sabe que adotar uma dieta baixa em gorduras, rica em vegetais, frutas e fibras, ajuda a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, mas ela continua ingerindo alimentos gordurosos e poucos vegetais, frutas e fibras. O resultado de tal apatia é o auto-engano e, eventualmente, o tornar-se vítima de problemas de saúde. Medidas para aumentar o bem-estar da sua vida Essas medidas podem ser definidas de modo mais amplo como atitudes preventivas, curativas ou reabilitadoras, onde a primeira intenção seja melhorar a saúde. Aqui estão algumas dicas para um estilo de vida mais saudável:3 Melhore sua saúde mental • Seja realista. Pessoas irrealistas gastam tempo e energia tentando criar no mundo uma situação que consideram ideal. Pessoas realistas modificam suas crenças, se existir evidência suficiente que contradiga seu ponto de vista. • Comporte-se como adulto. Saiba quem você é, do que é capaz, que papéis pode desempenhar e qual o seu lugar no círculo de relacionamentos. Avalie seus potenciais e fragilidades sem depender da opinião de outros. DIÁLOGO 18•1 2006 • Desenvolva-se espiritualmente. Encontre crenças e valores que dêem significado e propósito, bem como perspectivas transcendentes à vida. • Se você pensa em suicídio ou tem um histórico de alucinações, perda de memória progressiva, desilusão, ou fala de modo incoerente, procure ajuda profissional. Não se sinta envergonhado. Doença mental é uma enfermidade como outra qualquer e pode ser tratada. Faça escolhas responsáveis sobre o uso de substâncias • Interrompa ou reduza o consumo de cafeína. A cafeína produz dependência física por meio da tolerância – a necessidade de mais cafeína para o mesmo nível de disposição. • Abandone o uso da nicotina e do álcool. Essas drogas são altamente perigosas e viciam. • Não use remédios ou drogas sem prescrição médica. Tome decisões sábias a respeito de alimentos e bebidas • Os adultos deveriam comer, pelo menos, duas porções de frutas por dia e três de vegetais (a dieta de uma criança requer orientação profissional, mas em geral crianças com mais de um ano podem comer os mesmos alimentos dos adultos, se esses forem saudáveis e balanceados). Reduza o consumo de frituras, bolachas, biscoitos, alimentos processados e doces. • Reduza ou interrompa o consumo regular de refrigerantes. Eles são os principais responsáveis pelo excesso de açúcar. • Reduza o consumo de farinha branca. Se não constar na embalagem “farinha integral”, o produto sofreu processamento, o que significa a remoção da fibra e do germe. • Reduza o consumo de gorduras saturadas (geralmente presentes na carne, manteiga, queijo e produtos derivados do coco). Essa medida reduz o LDL, o mau colesterol, que aumenta o risco de problemas cardíacos. • Use quantidades moderadas de azeitonas, canola, abacate, creme de amendoim (sem a adição de óleo), e cas- tanhas (incluindo amendoins, amêndoas e pistache). • Consuma produtos que tenham bastantes ácidos graxos ômega-3 (um óleo com diversos efeitos cardiovasculares protetores). As fontes de ácidos graxos ômega-3 incluem tofu e vegetais de folhas verde-escuras. • Ingira alimentos ricos em minerais. O ferro (encontrado em produtos de grãos enriquecidos, vegetais verde-escuros e frutas secas) ajuda no tratamento da anemia hipoférrica, a mais comum no mundo. O cálcio (presente no leite, iogurte, tofu, suco de laranja enriquecido, pães e vegetais de folhas verde escuro) ajuda a garantir uma massa óssea adequada, e reduz cãibras musculares durante a gravidez. Sempre obtenha cálcio a partir dos alimentos. Tome suplementos apenas mediante prescrição médica. O zinco é encontrado em grãos integrais, nozes, legumes, soja e seus derivados. As fontes de iodo incluem o sal iodado. As fontes de vitamina A compreendem leite integral, gema de ovo, margarinas enriquecidas, carotenóides de plantas, vegetais verdes e frutas e vegetais amarelos. • Considere as vantagens de uma dieta vegetariana. Uma dieta ovolactovegeta- Tabela 1 Dez fatores principais de risco e provável população atingida. Principais fatores de risco População afetada (Estimativa) Emagrecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.400.000 Sexo arriscado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.900.000 Pressão alta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.000.000 Consumo de fumo. . . . . . . . . . . . . . . . 5.000.000 Consumo de álcool. . . . . . . . . . . . . . . 1.800.000 Água não-tratada e falta de saneamento básico e higiene. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.700.000 Deficiência de ferro. . . . . . . . . . . . . . . 1.000.000 Inalação de fumaça de combustíveis sólidos em ambientes fechados (pessoas expostas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1 bilhões Colesterol elevado. . . . . . . . . . . . . . . . 4.000.000 Obesidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000 Fonte: The World Health Report 2002 – A população mundial em 2001 era de 6,2 bilhões. 13 riana bem planejada pode satisfazer todas as necessidades de um regime nutricional balanceado. Porém, é necessário ter em mente dois pontos especiais. Primeiro, numa dieta de transição as pessoas precisam reduzir a ingestão de carne, frango e peixe, enquanto aumentam progressivamente o consumo balanceado de vegetais e frutas (a leitura de Levítico, capítulo 11, pode ajudá-lo a escolher as fontes de alimento animal mais apropriadas nessa transição). Segundo, os vegetarianos que desejarem excluir de sua dieta ovos e leite, serão beneficiados se fizerem consultas médicas periódicas a fim de garantir que tal dieta continue balanceada.4 • Obtenha suficiente vitamina D expondo-se de 5 a 15 minutos à luz solar cada dia. Leite e margarinas enriquecidos também ajudam a manter o equilíbrio no metabolismo da vitamina D e do cálcio. Outras escolhas importantes relacionadas ao estilo de vida • Entre em forma exercitando-se. A atividade física consiste numa adaptação às demandas do estresse. Você pode exercitar-se, sem se cansar demais, mediante atividades que vão desde moderadas até vigorosas. O exercício regular pode melhorar a função cardiorrespiratória e aumentar o metabolismo. Os exercícios aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro e a produção de neurotransmissores, diminuem o risco de osteoporose, melhoram a função do sistema imunoló- gico, previnem fraturas e dores lombares, e aumentam a sensação de bem-estar e a expectativa de vida. • Mantenha seu peso normal. O peso ideal pode ser calculado pelo Índice da Massa Corporal (IMC). IMC = Peso em quilos dividido pela altura em metros2 (ou seja, IMC=P÷A2). Em geral, um valor situado entre 18,5 e 24,9 é normal e deveria ser conseguido. • Reduza o risco de câncer. Evite fumar, a causa número um de câncer do pulmão. Para prevenir o câncer intestinal, exercite-se regularmente; adote uma dieta rica em fibras e mantenha seu peso dentro da média. Homens acima de 50 anos de idade deveriam fazer exames regulares do reto para detectar possíveis problemas prostáticos. As mulheres devem fazer exames apropriados para evitar câncer de mama e câncer cervical. Evite a exposição excessiva à radiação solar e a lâmpadas especiais de bronzeamento, pois tendem a causar câncer de pele. Para mais informações sobre a prevenção e tratamento do câncer, visite o site http://www.cancer.org e http://www. yourcancerrisk.harvard.edu. • Visite regularmente o médico. Converse francamente com ele sobre qualquer preocupação quanto às condições físicas. Os sites seguintes podem ajudar com programas de exercícios físicos: http://orthoinfo.aaos.org; http://www. acefitness.org; http://www.justmove.org; http://www.hc-sc.gc/ca/hppb/paguide; Tabela 2 Causas principais de mortalidade por enfermidades no mundo em 20021 Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Causa Total de mortes (em milhares) % do total Males isquêmicos do coração......................................................... 7.208.................................. 12.6 Enfermidades cerebrovasculares.................................................... 5.509.....................................9.7 Infecções respiratórias..................................................................... 3.884.....................................6.8 HIV/AIDS............................................................................................. 2.777.....................................4.9 Obstruções crônicas do pulmão................................................... 2.748.....................................4.8 Enfermidades do trato intestinal.................................................... 1.798.....................................3.2 Tuberculose......................................................................................... 1.566.....................................2.7 Malária.................................................................................................. 1.272.....................................2.2 Câncer do trato respiratório......................................................... 1.243.....................................2.2 Acidentes de trânsito....................................................................... 1.192.....................................2.1 Doenças infantis................................................................................. 1.124.....................................2.0 Fonte: The World Health Report 2002. 14 http://www,cdc.gov/nccdphp/dnpa. Proteja-se contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST) • Se você não é ou nunca foi sexualmente ativo, ou tem um relacionamento monogâmico com uma pessoa não-infectada, encontra-se em nível de risco mínimo de DSTs, incluindo a AIDS. • A melhor prevenção contra as DSTs é a abstinência sexual antes do casamento e fidelidade no casamento. Seja ativo nas questões ambientais • Use seus direitos de cidadão para exigir das autoridades locais, ações relacionadas à saúde pública. A primeira e mais básica ação de saúde pública é manter a comunidade limpa. Exija um serviço eficiente de tratamento de água, coleta de lixo, saneamento básico e inspeção alimentar. • Faça alguma coisa para prevenir a poluição. Defenda o meio-ambiente. Mantendo-se informado a respeito desses temas importantes e tomando decisões sábias sobre seu estilo de vida, você será capaz de reduzir grandemente os riscos para a saúde e aumentar o bemestar. Esteban S. Poni-Ravagli (M.D. pela Universidad Central de Venezuela; Loma Linda University) é médico especializado em medicina interna e pediatria. Seu email: [email protected]. Carlos A. Poni-Escobar concluiu seus estudos médicos preliminares e atua como professor-assistente na Escola de Medicina da Loma Linda University, em Loma Linda, Califórnia, USA. REFERÊNCIAS 1. The World Health Report 2002 e 2003. www. who.int/whr/2002/overview. 2. E. Poni, “Taking charge of your health”, Dialogue 16.1 (2004), 1:8-10. 3. P. M. Insel e W.T. Roth, Core Concepts in Health, Stanford University, 2004. 4. Se você é vegetariano estrito, seu médico pode recomendar suplementos vitamínicos para evitar a deficiência da vitamina B12. Porém, cereais, bebidas à base de soja e lêvedo de cerveja podem prover essa vitamina, de modo a evitar ou retardar intervenções médicas freqüentes. DIÁLOGO 18•1 2006 Não há desculpas para a violência doméstica Miguel Angel Núñez A civilidade, a ética e os princípios cristãos básicos exigem que tomemos uma posição contra a violência doméstica. Mirjana Lucic tinha apenas 16 anos quando foi reconhecida internacionalmente como tenista por seu país, a Croácia. Ela se classificou em qüinquagésimo lugar no ranking tenístico feminino mundial. Quando foi competir na Liga Aberta dos EUA jogou bem e, depois disso, pediu asilo político para si, sua mãe e irmãos. A razão? Seu pai violento. Mirjana declarou: “Ele me bate mais do que você possa imaginar. Às vezes, por um jogo ou um set perdido, ou por um mau dia. Não consigo nem falar o que aconteceria se eu perdesse um torneio.” Catorze semanas depois de se casar com Paul Gascoigne, astro do futebol britânico e jogador do Glasgow Rangers, sua esposa foi fotografada saindo do hospital. Ela apresentava um braço quebrado, hematomas no rosto, um olho arroxeado e cortes no nariz. Muitas organizações feministas pediram a suspensão de Gascoigne. A resposta do diretor do clube foi um caso típico de indiferença: “Contratamos a jogadores de futebol e não temos o mínimo interesse em sua vida familiar.” Joe Carollo, prefeito de Miami, passou um dia na solitária por ter batido na esposa. Foi solto no dia seguinte com a condição de permanecer longe da mulher e dos filhos. Esses casos teriam passado despercebidos se não fosse pela celebridade dos envolvidos. A verdade é que há casos similares de milhões de pessoas, mas que não vêm a público. O que é violência doméstica? A violência doméstica é todo ato ou série de “ações que fazem uso de força abusiva para obter domínio sobre outra DIÁLOGO 18•1 2006 pessoa, agredindo seu corpo, integridade, dignidade ou liberdade.”1 Assim também, uma mulher abusada é “aquela que recebe maus-tratos intencionais, sejam emocionais, físicos ou sexuais, de um homem com quem tenha um relacionamento íntimo.”2 Definir violência doméstica nestes termos é admitir que a maioria dos incidentes físicos e psicológicos de abuso aconteça dentro do âmbito de relações que, supostamente, seriam de proteção e conforto. A violência tem diferentes manifestações. Ainda que geralmente signifique agressão física, ela se manifesta em formas mais complicadas. Estamos falando de abuso quando há:3 Violência física: a mais visível forma de violência; os efeitos são fáceis de notar. Violência sexual: considerada menos comum, porque a maioria das vítimas não a denuncia. Violência psicológica: considerada menos destrutiva; mas as pesquisas revelam o contrário. A constante exposição aos abusos emocionais corrói a personalidade, e muitas de suas vítimas têm dificuldades de se recuperar. Destruição de propriedades pessoais ou animais: muitos agressores preferem destruir com malícia objetos ou animais altamente valiosos para suas vítimas, sabendo que isso lhes produzirá grande sofrimento. Quaisquer que sejam as dinâmicas de violência numa relação interpessoal, elas variam de tipo de agressor, do momento da agressão, da cultura onde ocorrem, das crenças e dos mitos que as cercam, etc. A realidade global Estima-se que 95% das vítimas de violência familiar sejam mulheres.4 De acordo com a pesquisa do United Nations Fund for Women (Fundação das Nações Unidas Para Mulheres), uma entre cada quatro mulheres no mundo sofre maus-tratos domésticos, o que leva à espantosa cifra de aproximadamente 300 milhões de mulheres víti- mas de algum tipo de abuso.5 A cada quinze segundos há um incidente de violência doméstica em alguma parte da Terra.6 Isso é assustador quando nos damos conta de que apenas 10% das vítimas denunciam o problema. Calcula-se que seis dentre cada dez casais experimentam algum tipo de violência doméstica. Assim, a existência e os padrões da violência não reconhecem nenhuma cultura ou posição econômica em particular. O padrão da violência Existe alguma justificativa para a violência? Essa pergunta não é feita quando a vítima é um homem. Em muitos países, a violência doméstica contra a mulher é considerada um problema particular da família. Mas a honestidade sociológica deve forçar-nos a reconhecer que o problema, de uma forma ou de outra, envolve-nos a todos. Muitos especialistas em violência doméstica acreditam que a tolerância feminina à violência perpetue esse Diálogo grátis para você! Se você é um estudante adventista do sétimo dia que freqüenta faculdade ou universidade não-adventista, a Igreja tem um plano que lhe permitirá receber gratuitamente a revista Diálogo enquanto você estiver estudando (aqueles que não são mais estudantes podem assinar Diálogo usando o cupom da página 6). Entre em contato com o diretor do Departamento de Educação ou do Departamento de Jovens de sua União, e peça que seu nome seja colocado na lista de distribuição da revista. Forneça seu nome completo, endereço, faculdade ou universidade onde está estudando, o curso que está fazendo e o nome da igreja onde você é membro. Você pode também escrever para os nossos representantes regionais nos endereços indicados na página 2, anexando uma cópia da carta que enviou aos diretores da União já mencionados. Caso os passos acima não produzirem nenhum resultado, você poderá contatar-nos via e-mail: [email protected] 15 tipo de atitude, e existe a idéia de que a mulher deve ser punida caso sua conduta esteja fora dos padrões que a sociedade estabelece. Isso implica que o problema de maus-tratos às mulheres não está restrito a uma área geográfica ou cultura. Ele é tão aceito na sociedade, que muitas vítimas se resignam ante o abuso. Isso cria um efeito-dominó quando as novas gerações reproduzem o mau exemplo, resultando em ausências no trabalho, desenvolvimento escolar precário, doenças e “acidentes” que, no final, todos acabam por arcar. Existe um estudo mostrando que filhos de lares onde as mães são sistematicamente abusadas tendem a ser usuários de drogas, a apresentar deformidades psicológicas, a repetir cenas de violência e à delinqüência social. Filhos e filhas de famílias onde a mãe foi vítima de abuso tendem a reproduzir o mesmo padrão de violência. É um erro supor que o que acontece dentro de casa não tem efeito sobre o ambiente doméstico. As evidências mostram que mulheres vítimas de abusos físicos e psicológicos são inibidas em seu desenvolvimento na sociedade e no lar. Sua produtividade no trabalho, seu desempenho como mães, seu desenvolvimento pessoal, suas qualidades como cidadãs, são afetados pelo resto de suas vidas, até que se ergam para reivindicar sua dignidade pessoal ou agir contra essa situação abusiva. Mitos sobre a violência doméstica Mitos relacionados à violência doméstica estão tão arraigados em certas culturas e padrões de pensamentos, que sua erradicação torna-se quase impossível. Assim sendo, é importante entender e desfazer esses mitos, a fim de fazer face, tanto individual quanto corporativamente, à ameaça da violência doméstica. Consideremos alguns desses mitos: A violência doméstica não afeta muitas pessoas. Ela afeta sim. De acordo com as estatísticas do Departamento de Justiça 16 Americano, nos Estados Unidos uma mulher é atacada a cada 15 segundos. Os ataques no âmbito doméstico são uma das principais causas de ferimentos em mulheres, revelando índices mais elevados do que os dos acidentes em auto-estradas ou qualquer outro.7 Estima-se que 50% dos lares sofrem ou já tenham sofrido violência familiar.8 Maus-tratos são o resultado momentâneo da ira. A verdade é que os agressores têm o hábito de atacar. Não se trata de um impulso breve, mas de uma atitude repetitiva. Muitas mulheres vítimas de agressão relatam que têm sido maltratadas repetidamente por muitos anos. Os abusos ocorrem somente entre os pobres e nas comunidades de baixo nível. Esse é um conceito errôneo. As pessoas que usam de violência contra suas esposas ou namoradas pertencem a toda classe social e nível educacional.9 A lista de agressores, conforme um estudo feito em Boston, inclui médicos, psicólogos, advogados, clérigos10 e executivos.11 Outro estudo revela que há maior nível de agressão entre casais com grau universitário, do que entre pessoas de menor nível educacional.12 Violência está limitada a empurrões, tapas e socos. Muitas pessoas pensam que essas ações não causem danos graves. O fato é que muitas mulheres sofrem lesões incapacitantes e permanentes, e podem até morrer durante confrontos com maridos ou namorados agressores.13 É fácil à mulher livrar-se das agressões. Muitas mulheres são tão escravizadas ou psicologicamente dependentes dos agressores, que encontram dificuldades para se distanciar deles. De fato, uma das seqüelas desse problema é, por vezes, um dano psicológico tão profundo que se torna quase impossível escapar sem uma assistência externa. A maior parte dos agressores de mulheres é composta de estranhos. Muitos gostariam de acreditar nesse mito, mas a realidade é que 95% dos agressores pertencem ao círculo familiar: maridos, pais, irmãos, sogros e amigos próximos. Uma reportagem mostrou que 70% das vítimas de violência são atacadas em suas próprias casas, geralmente pelo esposo ou amigo íntimo.14 Uma mulher é mais susceptível a ser morta por um homem com quem tenha uma relação afetiva, do que por um estranho.15 O lar, que deve ser um paraíso de segurança, chega a tornar-se um inferno na terra para muitas mulheres e crianças vítimas de violência. A violência doméstica é o resultado de alguma espécie de doença mental. Esse mito permite muitas desculpas, e explica e tolera violência física e psicológica contra mulheres. O fato é que apenas 10% dos agressores têm algum tipo de desordem psíquica.16 Violência e amor não podem coexistir numa família. Muitos episódios ocorrem em ciclos. De acordo com Corsi, “o amor coexiste com a violência; pois de outra forma não existiria o ciclo. Geralmente é um amor viciado, dependente e possessivo, baseado na insegurança”17. A violência emocional não é tão séria como a violência física. Entretanto, a verdade é que “a violência emocional contínua, mesmo sem agressão física, produz muitas e sérias conseqüências para a estabilidade emocional das vítimas.18 O problema é que os efeitos psicológicos e emocionais são menos visíveis em curto prazo, ao passo que os danos físicos são patentes no próprio ato. Em realidade, é possível aterrorizar uma mulher e agredi-la sem recorrer a abusos físicos.19 A reabilitação de uma pessoa vítima de abuso emocional é tão difícil e traumática como da pessoa que foi fisicamente atacada”.20 A conduta violenta é uma característica herdada pelo ser humano. Isso é o que os zoólogos, etólogos21 e muitos investigadores alicerçados na evolução dizem há anos. A realidade é que “a violência é um comportamento aprendido de modelos familiares e da sociedade que a define como um recurso válido para a resolução de conflitos. O uso de violência é aprendido na família, na escola, nos esportes competitivos e através da DIÁLOGO 18•1 2006 mídia”.22 Uma atitude aprendida pode ser desaprendida. A violência familiar não acontece em lares cristãos. Muitos homens agressivos e violentos freqüentam regularmente a igreja. Tragicamente, uma interpretação machista de certas passagens bíblicas leva alguns homens a acreditar na preeminência do homem sobre a mulher, e que essa atitude é base justa para a violência contra as esposas.23 Todos são agressivos, tanto homens quanto mulheres. Alguns homens dizem que é um exagero falar sobre homens abusando de mulheres, porque elas também são agressivas, mas não é tanto assim. A agressão masculina é mais comum e notória.24 As mulheres incitam os homens à agressão. A maioria dos agressores acredita nesse mito.25 Mesmo algumas mulheres, evidentemente as que não são vítimas, tendem a acredita-lo também. Todas as pesquisas sobre violência mostram que os homens violentos atacam independentemente do que as mulheres façam ou digam. A agressão em qualquer forma, especialmente a física, não pode ser perdoada, e um desacato verbal por parte da esposa não constitui absolutamente uma justificativa para a agressão.26 Conclusão A violência doméstica, particularmente contra as mulheres, é endêmica na sociedade e essa atitude desumana não pode passar despercebida. O comportamento civilizado, bem como outros princípios éticos e cristãos, requerem que demos todos os passos possíveis contra a violência. O Criador nunca pretendeu que alguém fosse tratado de maneira humilhante. A Bíblia diz que Deus “detesta, com todo o coração, os que gostam de praticar violência” (Salmos 11:5 – A Bíblia na Linguagem de Hoje). O Senhor convida os homens casados a “amar suas mulheres assim como amam o seu próprio corpo” (Efésios 5:28 – A Bíblia na Linguagem de Hoje). A lógica é que ninguém queira atacar a seu DIÁLOGO 18•1 2006 próprio corpo. Ninguém deve permanecer indiferente à violência contra a mulher. O Senhor adverte aqueles que ignoram a injustiça e os maus-tratos: “Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o problema não é seu, mas Deus conhece o seu coração e sabe os seus motivos. Ele pagará de acordo com o que cada um fizer” (Provérbios 24:11, 12). Miguel Angel Núñez (ThD pela Universidade Adventista del Plata) leciona teologia e psicologia pastoral na Universidade Peruana Unión, en Naña, Peru. É autor de muitos artigos e livros, incluindo Amores que matam, de onde este artigo foi extraído. Seu e-mail é: [email protected]. REFERÊNCIAS 1. D. Weltzer-Lang, Les hommes violents (Paris: Cote — femmes, 1992), citado por Luis Bonino Méndez em “Las macroviolencias y sus efectos: Claves para su detección,” Revista Argentina de Clínica Psicológica 8 (1999) 3:223. 2. Graciela Ferreira, La mujer maltratada (Buenos Aires: Sudamericana, 1989), citado por Jorge Corsi, “Una mirada abarcativa sobre el problema de la violencia familiar” em Violencia familiar: Una mirada interdisciplinaria sobre un grave problema social (comp. Jorge Corsi; Buenos Aires: Paidós, 1999), p. 35. 3. Ver Marie Fortune, “Calling to Accountability: The Church’s Response to Abusers,” em Violence Against Women and Children: A Christian Theological Sourcebook, eds. Carol Adams e Marie M. Fortune (New York: The Continuum Publ. Co., 1998), p. 453. 4. Essa é uma estimativa global. Marta Irene Stella de Gasparini, em seu livro Violencia familiar (Posadas: Editorial Universitaria, Universidad Nacional de Misiones, 2001), p. 119, usa diferentes porcentagens de violência familiar: 2% contra homens, 75% contra mulheres, e 23% entre os membros da família. 5. Sara Lovera fornece essa estimativa em “Comunicación e información de la mujer,” obtido online: www.cimac.org.mx/noticias/ 01may/01051711.html, consultado em 28 de junho de 2003. 6. El País, Bogotá, Colombia, 6 de março de 2004. 7. De Uniform Crime Reports, FBI, 1991, citado em “Myths and facts about domestic violence,” www:famvi.com/dv_facts.htm, consultado em February 2, 2001. 8. Corsi, p. 36. 9. UNIFEM, “Violência contra a mulher não tem classe”, Maria Maria, 1(1999): pp. 7, 8. 10.Ver Fortune, “Is Nothing Sacred? The Betrayal of the Ministerial or Teaching Relationship,” em Adams and Fortune, pp. 351-360. Ver também Fortune, Is Nothing Sacred? The Story of a Pastor, the Women He Sexually Abused, and the Congregation He Nearly Destroyed (Cleveland: United Church Press, 1999); Stanley J. Grenz e Roy D. Bell, Betrayal of Trust: Confronting and Preventing Clergy Sexual Misconduct (Grand Rapids: Baker Books, 2001). 11.Massachussets Coalition of Battered Women Service Groups, Boston, MA, 1990, citado em “Myths and facts about domestic violence,” www.famvi.com/dv_facts.htm. 12.M. Schulman, A Survey of Spousal Violence Against Women in Kentucky (New York: Louis Harris Associates, 1979), citado por Barbara A. Carson and David Finkelhor, “The Scope of Contemporary Social and Domestic Violence,” em Carmen G. Warner e G. Richard Braen, eds. Management of the Physically and Emotionally Abused (Norwalk: Capistrano Press, 1982), p. 11. 13.David Adams, “Identifying the Assaultive Husband in Court: You Be the Judge,” Boston Bar Journal (1989), pp. 33, 34. 14.Carson e Finkelhor, p. 9. 15.R. Ressler, Whoever Fights Monsters (New York: St. Martin’s Press, 1993), citado por Graciela B. Ferreira, “Clínica victimológica en casos de violencia conyugal: Prevención del suicidio/homicidio,” Revista Argentina de Clínica Psicológica 8 (1999) 3:222. 16.Corsi, p. 36. 17.Idem, p. 37. 18.Idem, p. 38. 19.Catherine Kirkwood, Cómo separarse de su pareja abusadora: Desde las heridas de la supervivencia a la sabiduría para el cambio, traduzido por Isabel Jezierski (Buenos Aires: Gránica, 1999), p. 59. 20.Idem, p. 69 21.Konrad Lorenz, fundador da cientologia moderna (a ciência que estuda o comportamento dos animais), diz que a violência está presente em todas as espécies, incluindo seres humanos, e deve ser aceita como parte do comportamento adaptativo e do desenvolvimento evolucionário. 22.Corsi, pp. 38, 39. 23.Renita J. Weems, Battered Love: Marriage, Sex and Violence in the Hebrew Prophets (Minneapolis: Fortress Press, 1995). Weems mostra que é possível utilizar de forma incorreta certas passagens bíblicas, escritas num contexto simbólico e metafórico para justificar a agressão do companheiro. 24.Neil Jacobson e John Gottman, Hombres que agreden a sus mujeres: Cómo poner fin a las relaciones abusivas, traduzido por Carme Castells e Agueda Quiroga (Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2001), p. 39. 25.Jacobson and Gottman, p. 52. 26.Idem, p. 54. 17 ponto de vista Calamidades naturais: atos de Deus ou de Satanás? Herbert E. Douglass Sob o ponto de vista do Conflito Cósmico, Deus ainda está no controle. Nos últimos anos, nosso planeta tem sofrido um crescente número de calamidades naturais – terremotos, furacões, secas, inundações e uma devastadora tsunami. Alguns desses acontecimentos, embora menos dramáticos como o aquecimento global e o correspondente derretimento de geleiras e calotas polares, também têm levantado em muitas mentes questões relacionadas às suas causas. São esses eventos o resultado de leis naturais ainda pouco entendidas? É sua causa real a exploração humana de nosso habitat natural? Pessoas de muitas correntes religiosas têm-se perguntado se essas catástrofes não seriam punições de uma divindade ofendida. Cristãos crentes na Bíblia têm indagado sobre o papel desempenhado por Deus e Satanás como os atores finais de um drama cósmico. Estariam essas calamidades apontando para um evento culminante na história humana? Ao tentarmos compreender o papel de Deus nas calamidades naturais, devemos nos precaver contra a armadilha forjada por Satanás, no sentido de que os desastres dos últimos dias provêm de um Deus insultado e irado. É exatamente assim que Satanás tem pintado a Deus desde o Éden, e antes mesmo. Milhões de pessoas hoje, em nosso planeta, assim o crêem. Entretanto, de acordo com a Bíblia, estamos nas últimas horas do Conflito Cósmico, o Grande Conflito, que contaminou o Universo desde que “houve peleja no céu” (Apocalipse 12:7).* 18 Olhando a profecia bíblica Lemos em Apocalipse que nos tempos finais da história, Deus estará, mediante Seus anjos, “retendo os quatro ventos da Terra para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma” (Apocalipse 7:1). Isso soa mui ameaçador. Antes do fim dos tempos, nosso planeta será palco de todo o tipo de calamidade em terra, no mar e na vegetação. Mas ainda não vimos nada semelhante ao que acontecerá quando os ventos da destruição forem libertos das forças retentivas dos quatro anjos, que recebem ordens do próprio Senhor!1 Por que os ventos ainda estão sendo retidos? O povo de Deus, como um todo, ainda não recebeu o “selo” da aprovação de Deus “escrito em sua fronte” (Apocalipse 14:1). O selo aprobatório de Deus será posto naqueles que possam representá-Lo corretamente perante o mundo; naqueles que dizem a verdade a Seu respeito e testemunham de Seu poder – exatamente em oposição ao secular desafio de Satanás. Essas são as pessoas que estão prontas a permanecer firmes através das conturbações dos últimos dias, conforme descrito nos versos finais de Apocalipse 6. E o que dizer desses ventos? Eles representam as obras de Satanás, prestes a serem liberadas da mão restritiva de Deus. Tudo isso pode ser melhor entendido à luz do Conflito Cósmico. É uma repetição do exposto no livro de Jó, porém em escala mais colossal: fogo do céu queimando o gado e os servos de Jó, assaltantes perambulando e matando a esmo, um forte vento destruindo a casa e matando seus filhos (Ver Jó, capítulos 1 e 2). A maldade satânica é inacreditável! E é ainda hoje a mesma que nos dias de Jó. O papel de Satanás A premeditada estratégia de Satanás sempre tem sido confundir, enganar e destruir a paz deste mundo. Ele é “homicida desde o princípio” (João 8:44). Por quê? Para abalar a fé e a esperança de bilhões de pessoas na verdade de que um Ser mais poderoso, fiel e veraz dirige o Universo! Mas onde está Deus? Deus, no âmbito dos propósitos do Grande Conflito, permite essa multiplicação do engano e do sofrimento abrangendo não apenas um homem chamado Jó, mas todo o planeta hoje. Tudo o que finalmente Jó soube que jazia por trás das catástrofes que ele e sua família sofreram – incluindo fogo do céu e ventos devastadores – foi-lhe contado depois pelo próprio Deus. Mas antes as coisas não estavam claras. Só depois Jó soube que Deus estava sendo desafiado por Satanás, o qual estava furioso por Jó ter sido tão abençoado com uma grande família e notável prosperidade. Ele acusou a Deus de discriminar as pessoas. A razão pela qual Jó era tão reto e obediente em sua adoração, era o fato de Deus ter construído “uma cerca” em torno dele, para suborná-lo à obediência (Jó 1:812, 2:3-7). Surgem, então, teólogos amadores para explicar a Jó porque ele tinha sido vítima dessas horríveis calamidades (Jó 2:11-13). Lemos nos capítulos seguintes do livro as várias razões que muitos hoje ainda usam para explicar as inesperadas calamidades. Ou Jó estava escondendo, no fundo, o segredo de seus procedimentos e Deus o estava punindo, ou Deus responde apenas ao justo e ignora aqueles que sofrem calamidades, porque Ele é um Deus justo, ou ainda, Deus é tão justo que somente pode derramar Sua ira sobre o pecado, e finalmente que Jó estava recebendo um castigo menor do que ele merecia. Quantos ecos das vozes desses três “amigos” de Jó ouvimos hoje na Internet, em artigos de jornais e revistas, e em muitos púlpitos. O apóstolo Paulo afirmou claramente que Satanás é “o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2).2 Ele é mais do que um mito! Ele é o grande opositor de Deus, fazendo tudo o que pode para DIÁLOGO 18•1 2006 aviltar, desmoralizar e destruir homens e mulheres. E por razões que só Deus conhece, Ele gradualmente retirará o poder restritivo que tem exercido sobre os planos assassinos de Satanás.3 A visão de Cristo sobre o futuro Sem dúvida, nosso planeta sempre teve terremotos, tornados, enchentes, furacões, tufões e fomes. Alguns desses piores eventos registraram-se há muitos anos, com conseqüências muito mais danosas do que as que experimentamos em anos mais recentes, muito embora nessas mesmas áreas tenhamos hoje uma população bem maior. Nos últimos dias do ministério de Jesus, Seus discípulos Lhe indagaram a respeito dos sinais do fim e de Seu prometido retorno. Dentre outros sinais, Jesus lhes falou: “Ouvireis falar de guerras e rumores de guerra; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isso é o princípio das dores” (Mateus 24:6-8). Em outras palavras, o mundo sempre terá guerras, terremotos, pestes e calamidades. Há, entretanto, sinais específicos que Cristo delineou nos capítulos 24 e 25 de Mateus, como a pregação do Evangelho a todo o mundo, e então Ele voltará (Mateus 24:14). Cristo comparou os últimos dias de nosso planeta aos últimos dias antes de Noé entrar na arca (Mateus 24:37-39). E comparou a demora em Sua vinda à demora do aparecimento da noiva nas bodas (Mateus 25:5). Detectando a diferença Ao refletimos sobre as calamidades dos últimos anos, notamos uma diferença com as do passado. Graficamente teríamos uma curva exponencial crescente indicando um aumento da freqüência e das intensidades, em destacado contraste com a previsão que resultaria de um crescimento linear. Poderia alguém negar que furacões, enchentes, fomes, pestes, falências, degradação moral, esgotamento dos mananDIÁLOGO 18•1 2006 ciais, escalada do consumo de energia e outros eventos reais também estejam aumentando com impressionante velocidade?4 A maioria das pessoas convive com o sentimento de que tudo está “fora dos eixos”, em comparação com a vida que tínhamos há poucas décadas. Parece não haver como retrocedermos no tempo. É como uma escada rolante que parece acelerar-se a cada dia. E todos sentem que não têm como saltar fora dela. Esse sentimento aumenta quando ouvimos a notícia da última catástrofe sendo divulgada pelos meios de comunicação globais, e chegando até nós.5 Uma perspectiva adventista Durante mais de 150 anos, os adventistas do sétimo dia têm estado a proclamar ao mundo que a história da humanidade está inexoravelmente caminhando para o seu clímax, como predito pelo próprio Deus nas Escrituras. Ficamos contentes ao observar que milhões de cristãos também começaram a fixar sua atenção e esperança na breve volta de Jesus. Além disso, existem hoje dezenas de sites na Internet dedicados aos acontecimentos finais. A série de best-sellers “Deixados Para Trás” e os filmes correspondentes, ampliam em muito o senso de que algo surpreendente está para acontecer. Entretanto, com base em nossa compreensão da profecia bíblica, não cremos que os cristãos serão arrebatados secretamente, ou que Israel é uma peça-chave nos acontecimentos dos últimos dias. Nem divisamos o Armagedon como uma batalha a ser travada pelos exércitos modernos na Planície de Esdraelon. Os otimistas estão certos. O mundo não terminará em lamúrias ou numa estrepitosa explosão. As potências nucleares mundiais não incendiarão a Terra. Não seremos afogados ou asfixiados em nosso próprio lixo, nem envolvidos numa mortandade em massa. E os pessimistas também estão certos. Este mundo poderá conseguir logo todas as vacinas necessárias para atender a todos os desafios sanitários que enfrentamos hoje, mas não haverá vacina contra a avassaladora tsunami do lixo moral que permeia a vida moderna, especialmente no “esclarecido” mundo ocidental. Todos os dispositivos de posicionamento global (GPS) e veículos modernos não conseguirão atingir e eliminar o crescente ódio que grassa entre as comunidades e entre as nações. Conclusão Está além da capacidade do homem compreender a interação exata dos fatores humanos naturais e sobrenaturais, causadores das crescentes calamidades experimentadas pelo nosso planeta. Para o que crê na Bíblia, entretanto, algumas coisas são certas: Satanás procura destruir tantas pessoas quantas puder, por qualquer meio que possa utilizar. No final, a verdade triunfará; Deus e Seus fiéis serão vindicados e Ele fará novas todas as coisas. Vivemos nos últimos dias da história da terra. Cada dia é precioso e não se repetirá. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (II Pedro 3:9-12). Estamos nós prontos? Herbert G. Douglass (Ph.D. pela Pacific School of Theology) foi professor, diretor de faculdade e editor. Tem 16 livros de sua autoria, incluindo Mensageira do Senhor. (Pacific Press, 1998) e God at Risk (Amazing Facts, 2004). Seu e-mail é Continua na p. 23 19 Perfil Lidija Odorčić Diálogo com uma médica adventista da Eslovênia 2002. A Eslovênia, com dois milhões de habitantes, possui mais de 500 adventistas distribuídos em 13 igrejas. n Por favor, conte-nos mais detalhes Em março de 2005, quando a Dra. Lidija Odorčić foi escolhida como a Pediatra do Ano na Eslovênia, prestouse pela segunda vez essa homenagem a um adventista, desde que esse reconhecimento nacional foi estabelecido há 10 anos. Tal distinção é concedida por uma revista nacional de saúde, que solicita à população telefonar ou enviar o nome de seu médico favorito para a rádio ou jornal da região. A campanha ocorre no primeiro trimestre de cada ano e no final o vencedor é anunciado. Em 2005, a Dra. Odorčić recebeu o maior número de votos dentre 1.535 médicos. Diz a médica: “Esse prêmio não é uma recompensa profissional, mas um reconhecimento da boa comunicação com os pacientes.” Um organizador da campanha comentou: “Essa consideração é uma expressão de agradecimento e respeito pelo bom trabalho, sacrifício próprio, bondade e filantropia.” Há 20 anos, quando a Dra. Odorčić e seu esposo, também médico, se mudaram para Kočevje, uma pequena cidade com 12 mil habitantes, não havia adventistas na região. Graças à influência positiva que exerceram na comunidade, foi estabelecida uma igreja adventista na cidade, em junho de 20 sobre a senhora, sua família e trabalho. Sou uma médica que cuida de cerca de 1.800 pessoas, em sua maioria crianças e jovens. Juntamente com meu esposo, que é clínico geral, administramos uma clínica em Kočevje. Temos dois filhos. O mais velho está na faculdade de filosofia, e o caçula está no ensino médio. Kočevje é uma pequena cidade a 60km de Ljubljana, a capital da Eslovênia. Está localizada à beira de uma densa floresta, onde ainda se podem encontrar ursos, linces, cervos e outros animais selvagens. Trabalhar a 60km do hospital mais próximo é muito desafiante. n Vamos começar por sua infância. Nasci em Delnice, na Croácia, quando ainda fazia parte do Estado Comunista da Iugoslávia. Meus avós já eram adventistas do sétimo dia. Entretanto, durante meu crescimento, as autoridades políticas sempre viam negativamente a fé religiosa. Isso podia ser um obstáculo na educação ou na carreira profissional. Por essa razão, quando menina, eu queria ser uma costureira autônoma para, desse modo, poder guardar o sábado. Minha irmã caçula e eu crescemos num lar aprazível, afetuoso e bem cuidado por nossos dedicados e carinhosos pais. Comecei minha educação numa escola de música. Quatro anos depois nossa igreja local perdeu a organista e fui indicada para substituí-la. Quando estava na terceira série, tive um forte sentimento de que deveria ser médica. Lembro-me claramente das circunstâncias dessa decisão. Nossa família estava visitando uma parenta que havia voltado recentemente do hospital. Ela lamentava a rudeza das enfermeiras e dos médicos. Senti pena dela e decidi: “Serei uma médica, mas bondosa e gentil.” Após a escola primária, estudei numa instituição adventista que possuía o ensino médio e um centro de treinamento teológico, em Maruševec, Croácia. A escola funcionava num velho castelo do século 17. Havia muitos jovens, todos cristãos, e também música. Assim tive novamente a oportunidade de retomar minhas aulas de música. n Como conseguiu entrar na faculdade de medicina? Enquanto fazia o ensino médio, dediquei a maior parte do tempo à música e pouco às ciências. Devido a uma nota baixa em ciências, não fui selecionada para a escola de medicina de Zagreb. Assim, comecei a Academia de Música. Porém, um desentendimento com uma indelicada professora de piano deixoume muito amargurada; então orei para que, de alguma maneira, as portas se abrissem para o curso de medicina. E Deus o fez. Fui aceita na faculdade de medicina por milagre. Ainda estávamos no antigo regime político e tínhamos, às vezes, aulas e provas nos sábados. Com oração e diplomacia consegui o privilégio de me ausentar nesse dia. Mas no terceiro ano enfrentei uma enorme dificuldade. A disciplina de anatomia patológica tinha aula prática todos os dias da semana. Cada dia havia um programa especial e, se perdesse um deles, poderia recuperar no mesmo dia da semana seguinte. Isso significava DIÁLOGO 18•1 2006 um problema sério para mim: nunca poderia recuperar a sessão de laboratório do sábado sem transgredir esse dia. Conversei com a professora responsável e solicitei-lhe que fizesse uma exceção devido à minha fé religiosa. Ela, além de não fazer nenhuma concessão, foi muito áspera, insultando minha fé, minha igreja e a mim. A professora era muito influente e uma comunista zelosa. Ainda que desapontada, continuei estudando muito e participando tão bem de todas as outras aulas que, quando fiz os exames finais, tive êxito. n E depois? Quando terminei medicina, meu esposo e eu aceitamos um trabalho na Eslovênia. A região para onde fomos não tinha nenhum adventista. A igreja mais próxima ficava a 45km de distância. Foi um adeus ao coral, aos conjuntos, à escola sabatina, aos jovens e outras atividades da igreja. Por muitos anos, meu esposo e eu trabalhamos com a liderança adventista, realizando seminários de saúde e estilo de vida em muitas igrejas de nossa Associação. Finalmente decidimos organizar um seminário em nossa cidade também. Em pouco tempo pudemos começar uma igreja com 10 membros e vários simpatizantes. n A senhora e seu esposo trabalharam em unidades médicas governamentais. Ele foi diretor de uma dessas instituições. Como conseguiram abrir uma clínica particular? Com a divisão da Iugoslávia, emergiram novas oportunidades e liberdades. Inicialmente meu esposo começou uma clínica particular e, posteriormente, segui seus passos. Gosto muito do meu trabalho. Quando vejo a alegria estampada na face dos meus pacientes, a vitória sobre suas enfermidades e sua confiança e cooperação nos tratamentos terapêuticos, sinto-me muito feliz. Em meu consultório conheço muitos bebês e crianças que são trazidos regularmente para vacinas, exames e testes. Trabalhar DIÁLOGO 18•1 2006 com crianças traz-me sempre alegria! n Quando a senhora era jovem, o que teria pensado se alguém lhe dissesse que seria a Pediatra do Ano na Eslovênia? Impossível! Essa seria minha reação. Como médica autônoma estou sujeita a constantes inspeções e supervisões. Esse não é o caso de meus colegas que trabalham nas instituições públicas. Necessito ser bastante cuidadosa ao receitar medicamentos e, ao mesmo tempo, proteger os direitos dos meus pacientes. Uma pessoa que segue a lei não é popular. Dessa forma, fiquei muito surpresa por ter sido escolhida para esse prêmio. n O que a senhora considera como princípios relevantes em sua prática profissional? Acredito que os evangelhos nos provêem alguns princípios básicos aplicáveis em toda profissão. Como cristã, não devo discriminar as pessoas. Devo respeitar a integridade e a privacidade de todos com quem trabalho. Devo procurar auxiliar e entender os necessitados, realizando minhas tarefas com honestidade, verdade e amor. Com tais princípios podemos lograr êxito em tudo quanto fizermos. n Qual é a situação religiosa da Eslovênia? E como está a Igreja Adventista do Sétimo Dia? Durante os séculos 16 e 17, a Eslovênia era um país protestante, mas posteriormente tornou-se principalmente católico. Hoje está havendo um aumento de fortes influências seculares e da Nova Era. Porém, há pessoas que estão buscando a verdade. A igreja adventista, ainda que pequena em número, é muito ativa. Estou certa de que, com a ajuda de Deus e com o envolvimento ativo dos jovens, nossa igreja terá maior influência e crescimento. n Qual o seu conselho aos jovens adven- tistas que vão iniciar sua carreira profissional? O que faz a diferença entre nós, como cristãos, e o resto do mundo, é a prioridade. O caminho diante de nós não é um mar de rosas; é repleto de pedras, subidas e dificuldades. Porém, se nos apoiarmos em Deus e em Suas promessas, alcançaremos a vitória. Meu conselho é o mesmo de Salomão e continua sendo meu lema: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3: 5 e 6). Entrevista concedida a Zvonko Virtič Zvonko Virtič é editor do jornal adventista da Eslovênia, o Adventistcni pregled. Seu e-mail é: [email protected]. O e-mail da Dra. Lidija Odorčić é: lidija. [email protected] Atenção, profissionais adventistas! Se você possui e-mail e um título ou diploma pós-secundário em qualquer campo acadêmico ou profissional, nós o convidamos para fazer parte da Rede de Profissionais Adventistas (RPA). Patrocinado pela Igreja Adventista, esse registro global eletrônico assiste instituições e agências participantes a fim de localizar candidatos para posições no ensino, administração, área de saúde e pesquisa, e consultores especializados e voluntários para tarefas missionárias breves. Coloque gratuitamente sua informação profissional diretamente no website da RPA: http://apn.adventist.org. Anime outros profissionais adventistas a registrar-se! 21 Perfil Duane Maynard Cady, M.D. Diálogo com um médico adventista, presidente da Associação Médica Americana O Dr. Duane Maynard Cady é esposo, pai, avô, membro da igreja e cirurgião. Desde julho de 2005 ele é também presidente do conselho da Associação Médica Americana (AMA), ocupando a posição mais elevada dentre os 250 mil membros dessa influente organização profissional, que molda os serviços de saúde para 300 milhões de americanos. A AMA é a mais antiga e influente organização médica dos Estados Unidos. O Dr. Cady, que está envolvido com a AMA desde 1966, graduouse em química pelo Atlantic Union College e em medicina pela Escola de Medicina da Universidade de Loma Linda. Completou sua residência médica na Universidade Estadual de Nova Iorque, no Upstate Medical Center, em Siracusa. O Dr. Cady é também capitão do corpo médico do exército americano, e serviu como cirurgião militar no Vietnã. 22 O Dr. Cady trabalhou como presidente do corpo médico, diretor do departamento de cirurgia e membro do conselho deliberativo do Hospital Saint Joseph, em Siracusa, Nova Iorque. Ele é membro do Colégio Americano de Cirurgiões (American College of Surgeons), representante do Conselho Nacional de Examinadores Médicos (National Board of Medical Examiners) e membro da Alpha Omega Alpha National Honor Society. Ele também trabalhou como presidente do Conselho Consultivo da Medicaid Managed Care do Estado de Nova Iorque, e foi membro da Comissão de Força-Tarefa sobre Reforma do Reembolso Hospitalar. Por muitos anos o Dr. Cady tem usado sua capacidade de liderança para servir à Igreja Adventista. Ele tem auxiliado pastores em programas comunitários sobre como parar de fumar. Participou também de comissões administrativas e financeiras da Igreja e serviu como presidente do conselho da Parkview Junior Academy. Atualmente o Dr. Cady é membro do conselho deliberativo do Atlantic Union College, no qual está coordenando a campanha de arrecadação de U$25 milhões para o desenvolvimento da instituição. Como presidente da AMA, o Dr. Cady consome muito de seu tempo em concílios e comissões para o desenvolvimento de diretrizes de saúde com líderes de diversas instituições. Quando seu mandato de presidente da AMA expirar, em 2007, o Dr. Cady planeja aposentar-se da carreira médica, após uma carreira de mais de 40 anos. n O senhor filiou-se à AMA em 1966, logo após iniciar sua carreira cirúrgica. O que o levou a tornar-se membro dessa organização profissional? E como ela influenciou sua carreira? Eu não diria que a AMA influenciou minha carreira, mas ela acrescentoulhe outra dimensão e a modelou. Tive a oportunidade de conhecer todos os tipos de pessoas. A maioria dos médicos associa-se a organizações profissionais para ampliar seus contatos e usufruir alguns benefícios delas oriundos como, por exemplo, fazer apólice de seguro em grupo. Porém, sinto que ser membro de associações profissionais como a AMA faz parte de minha obrigação como médico. Embora me tenha associado à AMA em 1966, eu já estava envolvido com associações médicas de meu estado e cidade na maior parte do tempo até 1992. A partir de então comecei realmente a envolver-me com a AMA. n Qual foi a questão mais importante com que teve de lidar na área médica? A principal questão com que trabalhei e tenho trabalhado é como prover seguro de saúde para os que não têm esse benefício. Há quase 45 milhões de pessoas nessa condição nos Estados Unidos, e é uma situação que gera conseqüências sociais e econômicas incontestáveis. O segundo maior problema é a reforma nos delitos de natureza civil, ou reforma de responsabilidade médica. O sistema de responsabilidade médica de nosso país está falido. Os preços exorbitantes dos prêmios desse tipo de seguro, U$200 mil por ano ou acima disso em algumas especialidades de alto risco, estão forDIÁLOGO 18•1 2006 çando os médicos a limitarem seus serviços, aposentar-se antecipadamente ou mudar-se para estados onde as apólices desse seguro são mais estáveis. A crise está ameaçando o acesso de pacientes a cuidados médicos, em estados que não implantaram reformas de responsabilidade médica. n O senhor acredita que é importante para os adventistas se envolverem na defesa de direitos e estarem informados sobre questões sociais e políticas? A Bíblia diz: “Dai a César o que é de César.” Creio que temos responsabilidade de participar, mesmo que somente em nível mais básico como o de votar. O grau de participação depende de cada indivíduo. Isso faz parte da boa cidadania. n O senhor disse que sua missão nesta vida é o cuidado da saúde. Poderia comentar mais sobre isso? Cuidar de pacientes não é somente meu objetivo como médico, mas é minha missão pessoal. Alguns médicos pensam diferentemente e com freqüência permitem que outras prioridades tenham a primazia sobre o cuidado de pacientes. Acredito que a medicina é um chamado, mesmo para os nãocristãos. n O senhor tem oportunidade de com- partilhar sua fé no trabalho? Sim, através das pessoas e grupos com quem me relaciono. Meus colegas do conselho da AMA sabem que sou cristão. Além disso, lidero vários programas da Igreja junto à comunidade. n Como o senhor mantém o equilíbrio entre sua vida espiritual e seus inúmeros compromissos? A devoção pessoal diária é uma parte importante de minha vida espiritual. Creio, também, que ser ativo na minha igreja é parte integrante da vida espiritual, ou seja, ter comunhão com os irmãos, ser líder na escola sabatina, ser ancião de igreja... DIÁLOGO 18•1 2006 n Quando o senhor era estudante de medicina, que desafios enfrentou? O enorme volume de dados com que temos de lidar é o grande desafio para a maioria dos estudantes de medicina. Tornou-se ainda mais difícil hoje, pois houve um aumento significativo de informações. Quando eu era estudante, dedicava cada noite longas horas aos estudos, exceto na sexta-feira. Isso pode ser difícil se você é casado e tem filhos. Muitos desses universitários enfrentam desafios para ter sua vida familiar. A taxa de divórcio é muito alta entre estudantes de medicina. n Que conselho o senhor daria a um jovem adventista que objetiva seguir a carreira médica? Primeiro, faça o seu melhor na faculdade de medicina e aprenda o máximo que puder nos anos de residência médica. Lembre-se sempre de que a medicina é uma experiência de aprendizagem por toda a vida. Segundo, escolha uma especialização ou área de atuação que o interesse e traga prazer. Não faça escolhas somente por dinheiro. Você estará trabalhando nisso nos próximos 40 anos, então é melhor que goste da área. Terceiro, permaneça firme em sua decisão, apesar dos desafios. A área médica é difícil, exige muito e pode ser muito estressante; mas, para mim, é o que me dá maior satisfação. Entrevista concedida a Nicole Batten Nicole Batten é diretora de publicidade da Pacific Press, em Nampa, Idaho. Você pode contatar o Dr. Duane Cady escrevendo para American Medical Association, 515 N. State Street, Chicago, Illinois 60610, E.UA. Para conhecer mais sobre a AMA, visite o website www. ama-assn.org Calamidades naturais Continuação da p. 19 [email protected] REFERÊNCIAS (*) A não ser quando indicado o contrário, todas as citações bíblicas feitas no original em inglês deste artigo são da Nova Versão Internacional, e na tradução em Português são da 2º Edição da Tradução Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida. 1. O comentário de Ellen G. White é significativo: “Anjos estão circundando o mundo, rebatendo as alegações de Satanás quanto à sua supremacia, feitas por causa da imensa multidão de seus adeptos. Não ouvimos as vozes, nem vemos com a visão humana a obra desses anjos, porém suas mãos se entrelaçam ao redor do mundo, e em vigília constante retêm os exércitos de Satanás até que se cumpra o selamento do povo de Deus”. (Seventh Day Adventist Bible Commentary [Washington, D.C.: Review and Herald Publ. Assn., 1980], vol. 7, p. 967). 2. “Satanás está trabalhamdo na atmosfera; envenena-a, e aí dependemos de Deus quanto à vida —nossa vida presente e eterna. E estando na posição em que nos encontramos, importa estarmos inteiramente alerta, totalmente devotados, de todo convertidos e consagrados a Deus. Mas parece que nos achamos como paralisados. Deus do Céu, desperta-nos!” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas [São Paulo, Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 1967], Vol.2, p. 51). 3. “Satanás também opera por meio dos elementos a fim de enceleirar sua messe de almas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus...[Satanás]trará moléstias e desgraças até que cidades populosas se reduzam à ruína e desolação. Mesmo agora está ele em atividade. Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome, angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais freqüentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais.” (Ellen G. White, O Grande Conflito [São Paulo, Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 1988], pp. 589, 590). 4. “Foi-me mostrado que o Espírito do Senhor está-Se retirando da Terra. O poder mantenedor de Deus logo será recusado a todos os que continuam desrespeitando os Seus mandamentos... A iniqüidade está-se tornando uma coisa tão comum que não ofende mais as suscetibilidades como em tempos passados.” (Ellen G. White, Eventos Finais [São Paulo, Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 2001[, p.25). 5. “Quando a mão protetora de Deus for retirada, o destruidor começará o seu trabalho.” (ibid., p. 111). 23 Logos No tempo certo de Deus Muitas vezes a esperança adiada dá a Deus a oportunidade de realizar um plano melhor para nós. Mary H. T. Wong Ira e frustração foram minhas reações quando atendi a chamada telefônica do corretor de imóveis. Quase pela vigésima vez, meu esposo e eu tivemos recusada a nossa proposta de compra de um imóvel que havíamos gostado; e dois anos já se haviam passado desde que começamos a procurar por uma casa. Creio que chegamos a visitar uma centena de casas desde o nosso retorno à cidade. Tendo morado em arranha-céus em nosso campo missionário, estávamos determinados a encontrar uma casa com um grande quintal e vista para as montanhas ou um lago. Por essa razão, cada vez que olhávamos uma casa para comprar, nossa tendência era observar através das janelas para ver se havia alguma montanha no horizonte. Se pudéssemos vislumbrar uma montanha só, já seria suficiente. É verdade que visitamos casas localizadas no sopé de montanhas, mas o preço era muito elevado, ou nosso orçamento limitado, ou ainda as casas não correspondiam aos nossos critérios, ainda que oferecessem uma linda paisagem. Então ocorreu outra decepção que nos frustrou sobremaneira. Ainda que fosse uma boa época para a compra de residências e houvesse prognósticos de que os preços baixariam, a aquisição continuava difícil. Muitas vezes pensávamos ter encontrado a casa ideal, e fazíamos uma proposta de compra, mas sempre havia outro comprador que superava nossa oferta. Nessas horas, eu clamava amargurada a Deus e O ques24 tionava: “Por que, Senhor? Tu não te importas com as minhas necessidades?” Desesperados, estávamos quase desistindo quando aconteceu o inesperado. Sabendo de uma casa à venda, fomos até o endereço fornecido. Entretanto, outra casa com um cartaz “Vende-se”, situada na próxima rua, atraiu nossa atenção. Atrás dessa casa, a menos de um quilômetro de distância, havia uma cadeia de montanhas e no horizonte podíamos divisar outra linha de montanhas. Tínhamos nossa paisagem de montanhas em todos os ângulos. Compramos a casa, embora nossa proposta não fosse a mais elevada. Agora, cada dia, quando nos deleitamos com o lindo panorama das montanhas e com o esplendor dos nasceres e pores-de-sol que se estampam nelas, ficamos maravilhados, pois procurávamos uma casa com vistas para uma montanha e Deus nos concedeu uma paisagem com uma cadeia de montanhas bem próxima. Certamente Deus ouviu nossas orações e ultrapassou nossas expectativas. Podemos olhar para trás e entender porque Ele permitiu que ficássemos desapontados ao fracassar na compra das outras casas. Isso não aconteceu porque Ele não Se importava conosco, mas porque tinha em mente uma casa que ultrapassava nossas expectativas e pedidos. Ele apenas necessitava realizar seus planos no tempo certo! José: um novo caminho após uma longa espera Depois dessa experiência, leio agora dois relatos bíblicos com uma nova compreensão. Primeiro, vejo o jovem José amarrado e vendido à caravana, sendo levado para longe da aprazível vida de um filho amado para a experiência de escravidão. Enquanto seus olhos angustiados percorriam as montanhas em busca de libertação, seus apelos de ajuda pareciam inúteis perante os céus. Engolido pelo desespero ele encountrou-se no Egito como un escravo de Potifar. O que ele podia fazer era apenas trabalhar duro para aliviar sua amargura. Seu senhor apreciou-lhe a diligência e lealdade, e elevou sua condição. Então, quando tudo estava indo bem, sua senhora preparou-lhe uma armadilha que colocou tudo a perder. José foi parar na prisão. Na prisão, José continuou fiel a Deus, a Fonte de sua força, e fez o seu melhor naquelas circunstâncias. Então a libertação chegou de forma inesperada. Sua correta interpretação dos sonhos do padeiro e do copeiro concretizou-se na libertação do último. Seu único pedido foi que o copeiro intercedesse por ele junto a Faraó. Entretanto, os dias se passaram e nada aconteceu. Enquanto permanecia na prisão, em plena flor da idade, deve ter questionado muito os céus. O que ocorreu depois? Fortes batidas na porta de sua cela. Os guardas vieram apressados. O temor o envolveu. Será que estaria sendo levado para a execução? José estava totalmente despreparado para as honras que se sucederam após ter ele interpretado os sonhos de Faraó. Enquanto andava nos carros reais como o segundo homem no comando do país, após Faraó, ele compreendeu porque Deus havia permitido que o copeiro tivesse uma amnésia temporária. Se ele houvesse falado a Faraó sobre José logo após sair da prisão, será que a interpretação do sonho de Faraó teria causado o impacto que provocou? Em sua sabedoria, Deus permitiu que José esperasse até que o plano divino pudesse ser realizado, de tal maneira que ultrapassasse as expectativas dos sonhos mais arrojados. DIÁLOGO 18•1 2006 Moisés: tragédia e triunfo Em seguida vejo o jovem príncipe Moisés com seu andar pomposo no palácio de Faraó, inspirado com a visão de uma missão que lhe havia sido designada desde a infância: a libertação de seu povo da escravidão do Egito. Infelizmente, levado por um zelo maldirecionado, tomou uma atitude impulsiva que o levou ao deserto, bem longe do palácio. Em meio à frustração e desespero, construiu seu caminho entre as pedras do deserto, atrás de rebanhos de ovelhas balindo, em vez de em meio à multidão de israelitas que sonhou conduzir à liberdade. Olhando para as altas montanhas que o confinaram longe do mundo que havia conhecido, deve ter clamado: “Por que, ó Deus, Tu me abandonaste?” Quarenta anos mais tarde, quando já estava resignado a passar o resto de sua vida como um humilde pastor no deserto, Deus o chamou da sarça ardente e expôs-lhe a missão: conduzir os israelitas para fora do Egito. Porém, sua longa estada no deserto destruiu-lhe a confiança na capacidade de cumprir a missão. Impelido por Deus e Sua promessa de ajuda, mais o apoio do irmão mais velho, ele aceitou o chamado. No Egito, apesar da decepcionante rejeição inicial dos israelitas e dos obstáculos impostos pela inflexibilidade de Faraó, ele finalmente conseguiu realizar o grande e espetacular êxodo. Mas, que desgaste sofreu ele na dura tarefa de guiar essa multidão de pessoas rebeldes e obstinadas! O consolo foi grande quando finalmente chegaram às bordas de Canaã. Logo ele seria aliviado desse trabalho ingrato, mas, vencido pelo medo, o povo se recusou a avançar e tomar posse da terra prometida, e foi punido com a vagueação pelo deserto por 40 anos. Podemos ver Moisés clamando: “Por que, ó Deus?” Quarenta anos se passaram e Moisés novamente se aproximou de Canaã. Uma vez mais seu sonho foi frustrado. Por um pequeno erro no cumprimento das ordens divinas em Cades, ele foi impedido novamente de entrar na DIÁLOGO 18•1 2006 terra prometida. Deveria ficar satisfeito apenas com um vislumbre da terra que manava leite e mel, do outro lado do Jordão. Sem se lamentar, Moisés submeteu-se à vontade divina. Que surpresa o aguardava quando acordou na Canaã celestial! Salomão afirmou com muita propriedade: “A esperança que se adia faz o coração adoecer” (Provérbios 13:12). Entretanto, à luz de minha própria experiência e das de José e Moisés, gostaria de acrescentar que “a esperança que se adia” muitas vezes dá a Deus a oportunidade de realizar um plano muito melhor para nós. Tudo o que precisamos fazer é submeter-nos à Sua vontade e permitir que Ele realize Seus planos no tempo certo. Mary H. T. Wong (Ph.D. pela Michigan State University) é professora de inglês e escritora free-lance; reside em San Jose, Califórnia, EUA. Vontade de Deus Continuação da p. 8 opinião, que com freqüência é parcial e limitada. O conselho bíblico é claro: “Não se apóie em seu próprio entendimento” (Provérbios 3:5). “Há caminho que parece reto ao homem, mas no final conduz à morte” (Provérbios 16:25). Ainda assim a decisão final deve ser nossa. Devemos identificar nossa escolha, sentir-nos confortáveis com ela e então prosseguir. Apesar de dar esses passos, é possível ainda cometermos erros, mas Deus é paciente conosco (Salmo 103:13-14). Deveríamos pedir perdão, replanejar nossas ações e começar de novo. cuidassem de seus negócios durante o período em que estivesse longe. Ao retornar, o homem pede um relatório sobre o cumprimento das responsabilidades por parte dos servos. De igual modo, Ele contou a história de um homem rico que confiou parte de sua fortuna a vários empregados, e depois de algum tempo requer uma relação das ocorrências. A mensagem básica é a mesma: Deus nos deu vida, talentos, oportunidades e opções. Ele nos anima a agirmos com fidelidade e prudência. Ele nos proporciona as diretrizes e então nos permite fazer escolhas. Ele Se alegra quando tomamos decisões sábias e está desejoso de nos ajudar a recomeçarmos após uma escolha malfeita. Deus quer que tomemos boas decisões. Sua promessa é certa: “Este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; Ele será o nosso guia até o fim” (Salmo 48:14). Diante de decisões importantes, oremos como Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo Te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23, 24). Humberto M. Rasi (Ph.D. pela Stanford University) é o fundador e editor-chefe de Diálogo. REFERÊNCIAS 1. Todas as referências bíblicas neste artigo são da Nova Versão Internacional. 2. Os adventistas do sétimo dia crêem que Ellen G. White tem proporcionado diretrizes inspiradas e adequadas com respeito a muitos aspectos da vida cristã, baseadas nos princípios das Escrituras. Através dos anos, os adventistas têm consultado seus escritos e encontrado conselhos confiáveis para tomarem decisões sábias. 3. Adaptado de Dwight L. Carlson, Living God’s Will, pp.153-156. Conclusão Durante Seu ministério, Jesus repetiu uma mesma história com algumas variações. É a parábola de um homem que tinha uma fazenda. Antes de se ausentar por um tempo, ele pediu aos servos que 25 EM Ação Congresso do CAUPA na Itália para a Divisão Roberto Badenas Cerca de 550 estudantes universitários e professores de mais de 20 países europeus reuniram-se em Lido de Jesolo, cidade próxima a Veneza (Itália), nos dias 28 a 31 de outubro de 2005, para o Terceiro Congresso Estudantil Internacional da Divisão Euro-africana. O evento foi organizado e patrocinado pelos Departamentos de Educação e de Jovens, sob a liderança de Roberto Badenas e Corrado Cozzi, com o apoio do Caupa (Comissão de Envie-nos o relatório de seu grupo Os líderes das associações de estudantes universitários adventistas são convidados a enviarem um breve relatório das atividades de seu grupo e uma ou duas fotos digitais para publicação na revista Diálogo. Inclua toda informação relevante a respeito do grupo de estudantes, descrevendo suas atividades principais, desafios, planos e também mencionando o nome, cargo e e-mail do autor do relatório. As informações deverão ser encaminhadas a: Humberto M. Rasi (h.rasi@adelphia. net) e a Esther Rodriguez (rodrigueze@gc. adventist.org). Obrigado! 26 Apoio a Universitários e Profissioniais Adventistas). O tema do Congresso – “Fé Incrível – É Possível Crer em Deus no Século 21?” – desafiou tanto a mente quanto o espírito dos participantes. Entre os palestrantes estavam o Dr. Humberto Rasi (editor-chefe da revista Diálogo), que discorreu sobre o tema “Filtros Mentais Para Cristãos Pensantes”; o Dr. Mart de Groot (astrônomo), que falou sobre “Da Criação Para a Evolução e Antes de Todas as Coisas”; o Dr. Jacques Sauvagnat (paleontologista) que tratou do tema “É Legítimo Crer na Evolução?”, e o Dr. Fernando Canele (filósofo e teólogo) que abordou o assunto “É a fé na Bíblia possível para mentes pós-modernistas?” As Conferências do CAUPA são realizadas periodicamente, buscando: (1) auxiliar os estudantes a expandir sua mente sobre assuntos atuais referentes à fé e à ciência, dentro da cosmovisão cristã; (2) prover uma enriquecedora experiência espiritual, propondo questões intelectualmente desafiantes; e (3) prover um contexto de companheirismo e interação para o grupo internacional de estudantes e eruditos adventistas. Os participantes avaliaram a conferência como “altamente satisfatória”. As reações típicas podem ser resumidas nas palavras de Corinna Schweitzer, assistente administrativa da ADRA, Suíça: “Gostei muito do contato com tantas pessoas jovens e motivadas. O ponto mais importante para mim é nunca deixar de formular questões, a fim de melhor compreender a grandeza de Deus! O Senhor nos concedeu grande potencial e devemos fazer o melhor uso dele para Deus.” Miguel Nunes, que estuda engenharia aeroespacial em Portugal, declarou, “As conferências foram extremamente interessantes e me fizeram pensar nesses tópicos de modo novo. A pergunta que nos trouxe às reuniões foi muito bem respondida. Ora, se foi.” Outra participante, Nicoleta Clarisa Turtoi, graduada em medicina na Romênia, foi quase extática em sua reação: “Idéia inspirada, bela área, pessoas maravilhosas, assuntos de grande interesse, apresentações cativantes feitas por verdadeiros profissionais, questões intrigantes e respostas específicas, e a oportunidade para um companheirismo com estudantes de culturas diferentes. Mas, antes de tudo, uma lembrança de nosso chamado para espalhar o perfume de Cristo entre nossos colegas não-cristãos.” Bem, foi isso que a conferência tentou fazer: Apanhar o “perfume de Cristo”, e então espalhá-lo em todos os lugares. O próximo encontro internacional do CAUPA para a Divisão Euro-africana está agendado para 2008. Para mais informações, visite o site http://www. amicus.euroafrica.org. Roberto Badenas (Th.D. pela Universidade de Andrews) é diretor do Departamento de Educação e representante da Diálogo na Divisão Euro-africana, com sede em Berna, Suíça. Seu e-mail: roberto. [email protected] DIÁLOGO 18•1 2006 fÓrum aberto Qual o significado de espécies em Gênesis? Estive discutindo com meus colegas o significado das palavras “espécie” e ”espécies”, mencionadas na história da Criação em Gênesis 1:21, 24 e 25. Como devemos compreender esses termos no contexto atual? Como eles se relacionam com a terminologia atual da classificação biológica? Para melhor abordagem dessa questão, apresentamos nossos comentários como respostas a quatro perguntas inter-relacionadas. 1. O que significa “de acordo com as suas espécies”? A palavra hebraica traduzida como “espécie” é min, que tem o sentido de um “tipo” ao dividirmos, por exemplo, uma coleção de objetos em várias categorias. A frase “de acordo com sua espécie” e outras semelhantes são usadas em três contextos: Gênesis 1; Gênesis 6 e 7; Levítico 11 e Deuteronômio 14. Os contextos podem ser ilustrados pelas seguintes passagens. Em Gênesis 1:21 é dito que Deus criou seres “de acordo com as suas espécies.”* Em Gênesis 6:20 o texto declara que os animais entraram na arca “de acordo com as suas espécies.” Em Levítico 11:14 as aves impuras incluem o falcão “de acordo com a sua espécie”. Nenhum desses textos se refere à reprodução ou se as “espécies” podem ou não mudar. Pelo contrário, é claro que frases como “de acordo com a sua espécie” estão descrevendo uma diversidade inclusa num termo único como criaturas marinhas, seres rastejantes, falcões, etc. Por exemplo, Gênesis 1:21 se refere às criaturas aquáticas “conforme as suas espécies.” O texto poderia ser também traduzido como “todas as espécies de criaturas que vivem na água” (TEV). 2. A referência a “espécies” indicaria que as “espécies” criadas não poderiam mudar, isto é, que seriam fixas? Não. Na realidade, a Bíblia prediz que as espécies mudariam. Um dos resultados do pecado foi a maldição sobre as planDIÁLOGO 18•1 2006 tas, que produziriam espinhos e cardos. Como poderiam esses ser o resultado de maldição se tivessem feito parte da criação original? O fato de representarem mudança constitui evidência de que as plantas mudaram desde a Criação. A maldição sobre a serpente mostra que os animais também podem mudar. Como poderia ser maldição o rastejar sobre o ventre, se a serpente tivesse sido criada assim? Isaías 65:25 sugere que Deus não desejava que lobos devorassem cordeiros, nem que leões fossem predadores, mas que tudo na criação vivesse em pacífica harmonia. A existência de parasitas e aves que não voam são evidências adicionais de que as espécies podem mudar. 3. Podem as espécies mudar tanto, a ponto de produzirem novas espécies? A Bíblia não aborda essa questão que, entretanto, pode ser explorada empiricamente. Primeiramente, devemos definir o que é “espécie”. A definição mais comum de “espécie” é “um grupo de populações que podem se cruzar”. Há muitos exemplos de populações que são virtualmente indistinguíveis e que, no entanto, não conseguem realizar cruzamentos. Por exemplo, os musaranhos, pequenos mamíferos europeus, aparentam ser semelhantes em todas as regiões que vivem, porém, estudos detalhados revelaram a existência de numerosas populações entre as quais não é possível o cruzamento. Essas populações classificam-se, então, como espécies diferentes, independentemente da opinião dos nãoespecialistas. Esses exemplos indicam fortemente que têm sido produzidas novas espécies. Espécies confinadas numa região pequena e isolada provêem evidências adicionais de que podem ser produzidas novas espécies. Isso é especialmente observado nas ilhas. Muitas ilhas têm espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar. Os exemplos incluem o iguana marinho das ilhas Gálapagos, os tentilhões do Havaí e o porco babirussa da ilha Célebes. Em cada caso, a explicação mais razoável para esse confinamento em suas respectivas ilhas, é que elas mudaram, em seu isolamento geográfico, a partir de um ancestral colonizador que seria classificado como uma espécie diferente. Então, o texto bíblico quer dizer que as espécies podem mudar sem qualquer limite, como afirma a teoria da evolução? Não! O texto assegura claramente que Deus criou a diversidade desde o início. Ela faz parte da criação original, com posterior diversificação adicional. Existem muitas linhagens criadas independentemente, algumas das quais podem abranger uma única ou algumas poucas espécies, enquanto outras linhagens podem envolver muitas espécies (Uma “linhagem” consiste numa espécie criada originalmente e todos os seus descendentes). 4. Podemos usar alguma categoria taxonômica para identificar as linhagens criadas originalmente? Não! As categorias taxonômicas foram organizadas arbitrariamente por conveniência dos taxonomistas. Não existe nenhuma relação direta entre qualquer categoria da taxonomia e as linhagens originalmente criadas. A identificação dos membros de linhagens distintas é um dos objetivos da pesquisa criacionista. * A não ser por indicação contrária, todos os textos bíblicos citados neste artigo são da “Revised Standard Bible” (traduzidas diretamente para o português). James Gibson (Ph.D. pela Universidade de Loma Linda) é diretor do GRI (Instituto de Pesquisas em Geociências). Seu endereço é 11060 Campus Street, Loma Linda, Califórnia, 92350, U.S.A. Site http:// www.grisda.org 27 PARA SUA INFORMAÇÃO A longevidade e o estilo de vida adventista Richard Weismeyer Vale a pena ter um estilo de vida adventista? Alguns pensam que não, mas um artigo da revista National Greographic, edição de novembro de 2005, chega a uma conclusão diferente. O artigo “Os segredos da longa vida”, de Dan Buettner, destacou várias pessoas que se inscreveram no Segundo Estudo de Saúde Adventista, patrocinado pela Loma Linda University, e enalteceu o estilo de vida adventista do sétimo dia, no qual o vegetarianismo desempenha um papel proeminente. Buettner e o fotógrafo David McLain viajaram a Okinawa, Japão, Sardenha, na Itália, e cidade de Loma Linda, Califórnia, para entrevistar inúmeras pessoas que, de acordo com o artigo, “têm uma vida mais longa e saudável do que quase todos os demais habitantes da Terra”. Na seção “Do Editor”, o editorchefe da revista, Chris Johns, escreve: “Anelamos viver, senão para sempre, então pelo menos por um bom tempo... Personagens históricos como o explorador espanhol Juan Ponce de Leon procuraram a fonte da juventude, convencidos de que ela detinha o segredo da eterna mocidade. “Talvez ele soubesse de uma coisa: os adventistas do sétimo dia de Loma Linda, Califórnia, que estão entre os americanos mais longevos, incentivam a ingestão de, pelo menos, cinco copos de água por dia. Podemos beber, comer ou fazer exercícios visando a uma vida longa? As respostas complexas, mas fascinantes, podem ser encontradas em nosso artigo. Enquanto isso, comece sua própria busca da longevidade, reduzindo o quociente de mau humor. Você e todos os demais à sua volta, simplesmente podem ter vida mais longa.” 28 Buettner foi várias vezes a Loma Linda e entrevistou um grande número de pessoas com relação ao seu estilo de vida. Já por muitos anos residente em Loma Linda e membro da igreja da Loma Linda University, Marge Jetton, de 101 anos de idade, recebeu grande destaque no artigo, como também o Dr. Gary Fraser, um cardiologista do Centro Médico da Loma Linda University, e professor de epidemiologia e bioestatística na Escola de Saúde Pública. Fraser é o principal pesquisador do Segundo Estudo de Saúde Adventista. O fotógrafo David McLain despendeu vários dias em Loma Linda tirando centenas de fotos. Em sua opinião, os adventistas “têm uma religião que reforça comportamentos positivos e saudáveis”. “Se você é um dedicado adventista do sétimo dia”, acrescentou, “você é vegetariano, abstêmio de fumo e álcool, repousa cada sábado, onde por um dia inteiro você simplesmente se desliga”. Suas fotografias incluem duas páginas que mostram, entre outras coisas, Marge abastecendo seu automóvel num posto self-service. Quando o artigo apareceu na National Geographic, a Sra. Marge Jetton já havia vendido o carro. Ela diz: “Onde vivo agora, tenho tudo a poucos passos de casa, de maneira que não preciso dirigir. Além disso, com o custo atual do combustível, estou economizando muito dinheiro.” Outras fotos que ilustram o artigo são de Ellsworth E. Wareham, professor emérito de cirurgia na Escola de Medicina da Loma Linda University que, aos 91 anos de idade, ainda presta assistência em cirurgias do coração; e de Scott Smith, ex-pastor associado da igreja da Loma Linda University, agora um aluno do primeiro ano da Escola de Odontologia da Loma Linda University. O Pr. Smith é retratado batizando um estudante do ensino médio na igreja da universidade. Em seu artigo, Buettner escreveu que, de 1976 a 1988, o Instituto Nacional de Saúde “patrocinou um estudo de 34 mil adventistas da Califórnia, para ver se o seu estilo de vida saudável afetava a expectativa de vida que tinham e o risco de doenças do coração e câncer.” O estudo mostrou que o consumo de grãos, leite de soja, frutas, tomates e outros vegetais, diminuiu o risco de desenvolvimento de certos tipos de cânceres. Buettner acrescentou: “No fim, o estudo chegou a uma conclusão impressionante, diz o Dr. Gary Fraser, da Loma Linda University. Em média, um adventista vivia de quatro a dez anos mais que os californianos em geral. Isso faz da cultura adventista de longevidade uma das mais convincentes do país.” O artigo também apresentou uma breve história da mensagem de saúde adventista do sétimo dia, salientando que a Igreja Adventista proíbe expressamente “o uso do fumo, a ingestão de álcool e de alimentos biblicamente impuros como a carne de porco.” Ela também desestimula “o consumo de outras carnes, de açúcar em excesso, de bebidas cafeinadas, temperos e condimentos ‘estimulantes’.” Buettner concluiu seu artigo com uma pergunta, destacando que, depois de entrevistar mais de cinqüenta indivíduos centenários em três continentes, “todos foram muito agradáveis. Não houve ninguém irritadiço ou queixoso. Qual é o segredo dessa simpatia centenária?” “Bem, eu gosto de conversar com as pessoas”, diz Marge Jetton. “Vejo os estranhos como amigos que ainda não conheço.” Ela se detém para repensar sua resposta. “Então, as pessoas olham para mim e se perguntam: ‘Por que aquela mulher não fica calada?’” Visto que o artigo de Buettner apareceu em meados de outubro, o estilo de vida adventista foi objeto de vários programas televisivos na América do Norte. DIÁLOGO 18•1 2006 No domingo, 30 de outubro de 2005, o programa “World News Tonight”, da rede ABC, apresentou algumas entrevistas com o principal pesquisador do Estudo de Saúde Adventista, o Dr. Gary Fraser, e a personagem do artigo da National Geographic, Marge Jetton. Poucos dias mais tarde, o programa “Good Morning America”, também da ABC, abordou o Estudo de Saúde Adventista. E na quarta-feira, 16 de novembro, a rede CNN destacou vários residentes de Loma Linda no programa “Anderson Cooper 360.” Entre os destaques, estava a longevidade de Marge Jetton. Ela disse que seu “segredo” de longevidade envolvia “fazer exercícios, alimentar-se corretamente e amar ao Senhor.” Em seu comentário, Anderson Cooper notou que Loma Linda, na Califórnia, era um dos locais onde havia as pessoas mais fortes e longevas da América do Norte. Os cameramen da CNN e o repórter Gary Tuchman seguiram Marge em suas atividades diárias, incluindo exercícios, pedalar uma bicicleta ergométrica e vigorosas caminhadas. Durante a entrevista, Jetton mencionou que a coisa mais antiga de que se lembrava era o grande terremoto de São Francisco em 1906. “Eu tinha dois anos de idade e me lembro que a água estava vazando pelos cochos do cavalo, e perguntei a mim mesma se eles teriam alguma coisa para beber.” Indagada sobre sua agilidade mental depois de 101 anos, Marge Jetton atribui a causa à sua fé em Cristo e na Bíblia. “Eu sou uma adventista do sétimo dia, e a fé em Jesus e na Bíblia muito me ajudaram.” O programa Anderson Cooper 360 relatou também haver entrevistado o Dr. Randy Roberts, pastor da igreja da Loma Linda University, que declarou: “Nosso corpo pertence a Deus e enquanto estivermos aqui na terra, teremos apenas um corpo.” Outra pessoa entrevistada para o programa foi a moradora de Loma Linda e musicista, Minnie Iversen Wood, que é professora de canto e piano. Uma das pessoas mais jovens entrevistadas no programa sobre longevidade, Minnie, que tem 97 anos, ainda ministra aulas de piano e canto. Dan Buettner, entrevistado no programa de Anderson Cooper, disse que o propósito de vida dos adventistas deu a eles “um entusiasmo pela vida – algo que os impulsiona a viverem bastante.” O diretor da Escola de Medicina, Dr. H. Roger Hadley, também foi entrevistado pelo programa. Ele salientou que quando “você combina fé com uma dieta boa e saudável e um programa de exercícios, isso vai contribuir para um estilo de vida saudável e longevo.” Como resultado da atenção nacional dada à longevidade e ao estilo de vida dos adventistas, Buettner foi comissionado a escrever um livro sobre o assunto da longevidade. O pesquisador Gary E. Fraser, do Estudo de Saúde Adventista, escreveu um livro intitulado Diet, Life Expectancy, and Chronic Disease, publicado em 2003 pela Oxford University Press, que pode ser encontrado em muitas livrarias ou por meio do Amazon.com. Richard Weismeyer é o diretor de informação do Loma Linda University Adventist Health Sciences Center. Seu email: [email protected] Cristão Se eu tivesse certeza de que iria viver para sempre, teria tomado mais cuidado com minha alma! Se eu soubesse que iria viver tanto, teria tomado mais cuidado com meu corpo! Bemvindo à Eternidade! Últimos lamentos DIÁLOGO 18•1 2006 29 Livros El poder terapéutico del perdón, de Mario Pereyra (Ñaña, Perú: Ediciones de la Universidad Peruana Unión, 2004; 225 pp.; brochura). Resenha de Nancy J. Carbonell É possível perdoar alguém que o feriu profundamente? Você acha difícil perdoar-se pelas escolhas que fez no passado? Se você já se deparou com perguntas como essas, então o livro de Mario Pereyra, El poder terapéutico del perdón, foi feito para você. O Dr. Pereyra, um psicólogo clínico experiente, apresenta em seu livro descobertas interessantes decorrentes de anos de pesquisa e prática na área do perdão e restauração. Sua experiência clínica é evidente por todo o livro e culmina com diretrizes, passo a passo, sobre como substituir a raiva, o ódio e a amargura pela cura do perdão. O autor divide o livro em três partes principais, e cativa o leitor com histórias fascinantes e estudos de casos práticos extraídos de sua experiência como psicólogo. Na primeira parte, o Dr. Pereyra apresenta os desafios e limites do perdão, revisa crenças conceituais e históricas de líderes proeminentes, e direciona os leitores a um ponto de partida comum, levando-os a refletirem sobre o significado do perdão. Na segunda parte, o autor apresenta as propriedades curativas do perdão, descreve os principais modelos da terapia usados no tratamento conducente ao perdão, e reparte conosco passos enfatizando seu próprio modelo de perdão psicossocioespiritual. Seu modelo é diferenciado no que se refere aos variados tipos de perdão necessários para aqueles que são vítimas (isto é, a necessidade de perdoar alguém que tenha ferido você), e por aqueles que são os transgressores (isto é, a necessidade de perdoar-se a si mesmo). Na terceira parte, o autor aplica seu modelo a vítimas e transgressores (bíblicos e não-bíblicos), destacando as técnicas terapêuticas aplicáveis àqueles que procuram o perdão. O livro termina com uma discussão analítica dos conflitos religiosos, políticos e psicológicos, e as verdades bíblicas reveladas por Cristo na história da mulher flagrada em adultério (João 8:2-11). Por sua vasta experiência em lidar com problemas relacionados ao perdão, o Dr. Pereyra discute esse complexo conceito de maneira simples, deixando claro o significado do perdão. Seu estilo literário leva em consideração a natureza acadêmica do assunto e, ao mesmo tempo, a necessidade de uma versão que seja facilmente compreendida pelo leitor. 30 Essa segunda característica está presente especialmente nas muitas histórias verídicas contadas pelo autor para mostrar os benefícios físicos, mentais e espirituais que o perdão pode trazer. Embora eu tenha apreciado as técnicas e passos práticos do livro, devo dizer que as quatro fases e os 22 passos do modelo do Dr. Pereyra parecem, no início, exagerados. Mas somente no início. Recomendo este livro a qualquer pessoa que tenha necessidade de libertar a si mesma, ou a outros, da amargura que um espírito irreconciliável pode trazer. Nancy J. Carbonell (Ph.D. pela Andrews University) é professora-associada do Departamento de Psicologia Escolar e Aconselhamento da Andrews University, Berrien Springs, Michigan, EUA. Ela também tem trabalhado meio-período como psicóloga licenciada nos últimos catorze anos. Seu e-mail: [email protected] In Passion for the World: A History of Seventh-day Adventist Education, de Floyd Greenleaf (Boise, Idaho: Pacific Press Publ. Assn., 2005; brochura). Resenha de John Wesley Taylor V “Agita-me, sim, agita-me, Senhor; não importa como, mas agita o meu coração com uma paixão pelo mundo.” Essas linhas poéticas escritas pelo educador adventista Homer Salisbury servem como moldura para a ampla e cativante história da educação adventista, In Passion for the World, de autoria de Floyd Greenleaf. O Dr. Greenleaf, eminente e conhecido historiador, escreveu trabalhos como The Seventh-day Adventist Church in Latin America and the Caribbean (Andrews University Press, 1992) e Light Bearers: A History of the Seventh-day Adventist Church (como co-autor, Pacific Press, 2000). Nesse último trabalho, comissionado pelo Departamento de Educação da Associação Geral, Greenleaf apresenta uma combinação única de erudição e talento ao descrever o nascimento e desenvolvimento da educação adventista. Por exemplo, você sabia que: • A prisão de Manuel Camacho, diretor da primeira escola adventista no Peru, conduziu a profundas mudanças na constituição nacional? • W. W. Prescott serviu simultaneamente como presidente DIÁLOGO 18•1 2006 do Battle Creek College, do Union College e do Walla Walla College, nos Estados Unidos? • A inauguração do Seminário Teológico de Zaoski foi notícia de destaque na televisão nacional da antiga União Soviética? • A educação adventista abriu caminho na Coréia oferecendo educação para moças? • Solusi, a primeira escola adventista estabelecida entre nãocristãos, foi construída num vasto terreno de 12.000 acres? Esse é apenas um tira-gosto da excitante e pouco conhecida história da educação adventista – um movimento que cresceu a partir da escola paroquial de Martha Byington para cinco famílias de Nova Iorque, em 1853, transformando-se num dos maiores sistemas educacionais privados do mundo, com mais de 6.700 escolas e quase 1,5 milhões de alunos. É uma narrativa de convicção, compromisso e lutas; uma saga de fé e propósitos. Greenleaf dividiu seu livro em três sessões principais, representando três períodos distintos da educação adventista: The Beginning Years (capítulos 1-9) cobre as origens da educação adventista de 1872 a 1920 – um período em que a primeira geração de escolas surgiu e os líderes da igreja deram os primeiros passos rumo à organização do sistema educacional. The Interim Years (capítulos 10-14) lida com o turbulento tempo geopolítico de 1920 a 1945, focalizando as escolas de treinamento; uma fase de notável expansão e solidificação em meio a lutas com problemas-chave de identidade. The Years of Fulfillment and Challenge (capítulos 15-20), de 1945 até o fim do século 20, foi um período de crescimento espetacular bem como de dificuldades. Uma era de instituições concessoras de títulos e educação superior, uma mudança de faculdades para universidades. Tendo lido esse livro de capa a capa, fiquei impressionado com sua verdadeira abordagem global, linguagem vívida e representação equilibrada de vários níveis educacionais, instituições específicas e o sistema em geral. Ao passo que a visão geral é positiva, o livro inclui um olhar sincero às difíceis questões com que se tem deparado a educação adventista. Capítulos inteiros, por exemplo, exploram o debate relacionado com o credenciamento institucional, a educação superior, a liberdade acadêmica e a relação com a ajuda financeira do governo. Um ponto forte é a maneira com que o livro discute a educação adventista, dentro de um contexto histórico e sociopolítico em que se desenvolveu. Além da narrativa fascinante, In Passion for the World apresenta uma riqueza de fotos históricas, relatos em primeiramão e materiais inéditos de arquivo. Inclui, por exemplo, um capítulo inteiro de crônicas sobre o desenvolvimento da educação adventista em países governados por regimes socialistas radicais – uma história nunca antes documentada nessa extensão. Desenvolvimentos recentes, como o Institute for Christian Teaching, APN, e é claro, a Diálogo também. Conquanto de interesse especial para educadores, historiaDIÁLOGO 18•1 2006 dores e pessoas envolvidas com evangelismo e crescimento da igreja, In Passion for the World irá envolver qualquer um que procure aprofundar suas raízes e inspirar-se com a maravilhosa maneira com que Deus tem guiado o desenvolvimento da Igreja Adventista. Esse livro irá inflamar seu próprio coração ao você seguir o fio que “permeia o bordado das escolas adventistas, a convicção de alcançar os corações bem como as mentes das pessoas deste mundo” (pág. 11). Essa paixão ainda vive! John Wesley Taylor V (Ph.D. pela Andrews University; Ed.D. pela University of Virginia) continua participando da envolvente história da educação adventista, hoje servindo como professor de Filosofia Educacional e Pesquisa na Southern Adventist University. Seu endereço eletrônico é [email protected] Uncorked! The Hidden Hazards of Alcohol, de John F. Ashton e Ronald S. Laura (Warburton, Austrália: Signs Publishing Co., 2004; brochura). Resenha de Peter N. Landless Uncorked, de John Ashton e Ronald Laura, é uma excelente avaliação da toxicologia alcoólica e dos efeitos fisiológicos da bebida. O livro apresenta importantes perspectivas sobre os perigos inerentes à bebida. Os efeitos aparentemente benéficos do álcool são abordados de forma bastante precisa, levando os autores a concluir: “O equilíbrio entre danos e benefícios não se inclina para uma recomendação pública do álcool como preventivo de doenças coronárias. Em vez disso, faz outras recomendações dietéticas muito mais seguras” (p. 13). A obra é muito bem pesquisada e contém um índice de referências individualizadas e atualizadas, indo desde artigos recentes e internet, a livros e literatura especializada. Os autores mostram ao leitor a bebida em suas várias formas. No início do livro é enfatizada a importância de reconhecer nossa responsabilidade como sociedade total, e a adoção de uma atitude correta no combate aos malefícios do álcool. Eles desafiam os governos a fazerem a parte que lhes toca no controle do consumo, salientando que essas instituições têm poder para isso, bem como para administrar o processo, “caso queiram” (p. 18). Ao longo do livro os autores abordam com franqueza e sensibilidade questões sociais importantes e freqüentemente 31 negligenciadas. Os custos físicos e emocionais da síndrome fetal do álcool são discutidos em detalhes. A instigação que as jovens sentem em beber mais é revelada. A mensagem concernente aos efeitos do álcool sobre o feto é resumida no título do capítulo: “Mulheres grávidas nunca bebem sozinhas” (p. 21). Isso reforça tanto a responsabilidade quanto a prestação de contas. A discussão do problema sempre crescente do consumo de álcool por adolescentes revela fatos alarmantes. Estatísticas mostram que os programas atuais da educação relacionada aos perigos do álcool têm falhado, e de acordo com um relatório, “a média de consumo semanal entre jovens de 14 a 24 anos duplicou nos últimos dez anos” (p. 37). O livro trata da relação entre álcool e sexo arriscado, e dedica um capítulo inteiro ao problema da bebida e do estupro no contexto do namoro. Os autores ainda mostram que o álcool é um importante fator na violência doméstica, e fazem um apelo convincente para que as necessidades das mulheres sejam compreendidas e respeitadas. A mesma abordagem franca é adotada no capítulo sobre álcool e família. Os capítulos finais do livro descrevem nossa responsabilidade ao lidarmos com problemas relacionados ao álcool, e com as estratégias para aqueles que com eles convivem. Tendo deixado bem claro que é melhor evitar a bebida, essa excelente obra estimula a opção de proteger o precioso dom da vida. O livro deve ser lido por pastores, professores e estudantes, e quem quer Universidade de Loma Linda FILOSOFIA DA CIÊNCIA E DAS ORIGENS BIOLOGIA ou GEOLOGIA 475 – 4 unidades trimestrais. 27 de março a 8 de junho de 2006. Curso ministrado pelo Dr.Leonard Brand. Professor de Biologia e Paleontologia. Este curso, baseado na tecnologia da web, é uma introdução ao processo científico e uma aplicação desse conhecimento voltado à compreensão dos conceitos da criação, evolução e história da Terra, dentro da estrutura bíblica. O objetivo das aulas é preparar os estudantes para avaliarem as questões desse tópico e estimular sua fé nas Escrituras, enquanto compreendem e apreciam as positivas contribuições feitas pela ciência. O custo de instrução cobre quatro unidades de aulas, mais o livro de texto Fé, razão e história da terra, de Leonard Brand. Estão disponíveis bolsas de estudos para a cobertura quase total do estipêndio da LLU. Para informações complementares sobre o curso e as bolsas de estudo oferecidas, entre em contato com o Dr. Brand através do e-mail lbrand@llu. edu 32 que deseje ver o verdadeiro retrato dos problemas relacionados com o consumo de álcool. Peter N. Landless é médico especializado em prática familiar, medicina interna e cardiologia. Atuou como diretor-executivo da International Commission for the Prevention of Alcoholism and Drug Dependency (ICPA). A ICPA atua em setenta países e sua principal ênfase é a prevenção mediante amparo, educação e relacionamentos positivos. Seu email: [email protected] Diretrizes para os Colaboradores A revista Diálogo Universitário, publicada três vezes por ano em quatro idiomas, é dirigida a adventistas do sétimo dia envolvidos em educação superior, sejam professores ou estudantes e também profissionais e capelães adventistas de todo o mundo. Os editores estão interessados em artigos, entrevistas e reportagens bem redigidos e consistentes com os objetivos da Diálogo, quais sejam: 1. Promover uma fé viva e inteligente. 2. Aprofundar o compromisso com Cristo, a Bíblia e a Missão Global Adventista. 3. Elaborar abordagens bíblicas para assuntos contemporâneos. 4. Apresentar idéias e modelos de serviço cristão e evangelismo. A Diálogo habitualmente pauta artigos, entrevistas e reportagens para autores específicos com fins editoriais. Eles são solicitados a (a) examinar as edições prévias de nossa revista; (b) considerar cuidadosamente estas diretrizes, e (c) apresentar um resumo da matéria e sua experiência pessoal antes de elaborar o artigo proposto. Trabalhos não solicitados não serão devolvidos. Veja nosso site: http://dialogue.adventist.org DIÁLOGO 18•1 2006 PRIMEIRA PESSOA Em busca da verdadeira luz Ausberto Castro Chame-o de acaso. Chame-o somente de acidente. Para mim, foi uma mudança milagrosa de direção. Trinta e cinco anos atrás, quando vivia numa cidadezinha dos Andes peruanos, estava olhando alguns velhos papéis de meu pai. Apenas porque queria, acho que não posso dizer com certeza. Talvez seja parte do milagre. Entre aqueles papéis encontrei um cartão de inscrição para o Curso por Correspondência de “A Voz da Esperança”. Seria isso uma resposta a um profundo desejo que andava consumindo meu coração por meses? Preenchi o cartão e o coloquei no correio. Três meses mais tarde recebi as duas primeiras lições. Aquele era o salto inicial que eu necessitava para ligar meu motor espiritual. Estudei cada lição com todo o cuidado que podia. Os novos panoramas da verdade se abriram ante mim e prenderam minha alma. Em 1975, terminei o curso secundário como um dos melhores alunos de minha classe e viajei para a cidade costeira de Trujillo, a fim de iniciar estudos avançados numa universidade pública. Fui para estudar engenharia, mas escolhi matemática. Embora eu não trabalhasse com computadores, sonhava em aprender tudo o que pudesse sobre seu funcionamento. Nessa época, meus colegas estudantes da universidade estavam muito envolvidos com ações políticas dentro e fora do campus. Lentamente me vi tomando parte das discussões políticas e fui eleito pelo grupo de esquerda para representar minha classe ante o conselho da faculdade. Sobrevivi em circunstâncias financeiras precárias, porque meus pais tinham recursos muito limitados, viviam bastante distantes e não podiam ajudar-me mesmo com relação às necessidades básicas. Devido às circunstâncias e a fim de permanecer na escola e continuar meus DIÁLOGO 18•1 2006 estudos, trabalhei primeiramente como carpinteiro e depois numa farmácia. Fui considerado, no grupo de esquerda, um estudante que levava a sério a teoria política e um jovem com futuro brilhante. Entre minhas atribuições principais estava a de servir como ligação com a cooperativa dos empregados municipais, a maior da cidade naquela época. Em 1977, eu tomava parte nas conversações secretas patrocinadas por um grupo radical que estava começando a se desenvolver, em técnicas de guerra urbana e rural. O plano era lançar, num futuro próximo, “uma verdadeira revolução do proletariado peruano para livrar o país do imperialismo”. Meus ideais de justiça e ingenuidade política conduziam-me a um futuro perigoso. Mais ou menos ao mesmo tempo, eu estava terminado um curso por correspondência que tratava de profecias bíblicas. A precisão surpreendente das profecias de Daniel e Apocalipse trouxe coerência e claridade à minha mente, que se digladiava com problemas sociais e políticos. O estudo da profecia levou-me a questionar as teorias materialistas de Marx, Lenin, Mao e os conceitos evolucionistas de Darwin. Continuei a ler vorazmente sobre a história do mundo, as ciências, a economia e a religião. Finalmente comecei a questionar alguns conceitos formulados por meus professores da universidade. Decidi-me também a falar com meus “camaradas” sobre minhas crescentes convicções acerca do que descobri na Bíblia. Naturalmente eles ficaram preocupados com a influência que minhas perguntas críticas e declarações estavam tendo sobre meus colegas de classe e professores. Apenas nessa ocasião terminei o último curso disponível da “Voz da Esperança” e recebi pelo correio um cartão atrativo convidando-me a encontrar-me com certa pessoa num endereço específico da cidade, a fim continuar meus estudos sobre as Escrituras. Encontrando o caminho Algumas semanas mais tarde, uma colega de classe convidou-me a visitar sua igreja no sábado seguinte. Uma vez que eu era a única pessoa na classe que não tinha visitado sua congregação, aceitei. Sábado bem cedo procurei sua igreja na cidade, mas não pude encontrá-la. Na manhã de segunda-feira, minha colega de classe queixou-se de eu não ter cumprido o compromisso de aceitar seu convite. Quando lhe expliquei o que tinha acontecido, disse-me que eu havia procurado a igreja no quarteirão errado, e me deu instruções mais específicas. Na manhã do sábado seguinte, enquanto me preparava para sair, recordei-me do cartão que tinha recebido da “Voz da Esperança”, e logo descobri que o endereço era o mesmo que minha amiga me tinha dado. Levei o cartão comigo e quando cheguei à Igreja Adventista Central, minha amiga estava me esperando. Perguntei-lhe se conhecia um homem chamado Rodrigo Gutiérrez. Ela ficou surpresa com a pergunta, então lhe mostrei o cartão e ela me disse que era o seu pastor! Poucos minutos depois, fomos apresentados e marcamos um horário de encontro no meio da semana. Quando o pastor me visitou, ficou surpreso com o número de diplomas da “Voz da Esperança” que consegui com os anos. Durante a segunda reunião, uma semana mais tarde, fez-me muitas perguntas sobre minhas convicções religiosas. Notando que eu tinha bastante conhecimento nos fundamentos da Bíblia, quis saber se eu gostaria de participar da cerimônia batismal no sábado seguinte. Imediatamente tomei minha decisão. Foi naquele 24 de junho de 1978, o segundo sábado em que fui à uma igreja adventista, que caminhei no tanque batismal para selar meu compromisso com Jesus Cristo, e começar a andar no caminho da luz. Três meses mais tarde fui nomeado secretário do grupo jovem adventista, e logo após escolhido para seu líder. No ano seguinte, muitos de nós começamos 33 o Curso de Líder, e em 1980 o completei. Naquele tempo eu estava envolvido na fundação de uma escola secundária adventista na cidade, e transformei-me em professor da matemática. Deus estava abrindo novas oportunidades de serviLo. Em 1981, fui nomeado o primeiro jovem ancião da Igreja Central Adventista de Trujillo. Juntamente com dois talentosos líderes jovens, organizamos diversos acampamentos, retiros espirituais, seminários da Bíblia e duas semanas de campanhas evangelísticas de “A Voz da Juventude” . Essas atividades aprofundaram meu conhecimento da Palavra de Deus e fortaleceram minhas convicções espirituais. Foi então que os administradores da Missão Norte do Peru ofereceram-me uma bolsa de estudos em nossa faculdade perto de Lima. Entretanto, eu lhes pedi um adiamento para poder terminar meus estudos. Novos horizontes Em agosto de 1982, duas semanas após ter obtido minha graduação na universidade, fui convidado a lecionar em três das melhores universidades do Peru, localizadas na capital do país. Por causa das melhores condições de trabalho e do salário, escolhi a Universidade Nacional de Engenharia (UNI), em Lima. Logo me juntei a uma das maiores congregações adventistas e decidi que meu novo campo missionário seria os estudantes da universidade e os centros estabelecidos para eles. Juntamente com os estudantes adventistas, organizamos diversos acampamentos e reuniões públicas para o estudo das profecias bíblicas. Ao mesmo tempo, eu era ativo na federação dos professores da universidade. No final de 1985, casei-me com a amiga estudante que me havia convidado para visitar sua igreja. No ano seguinte, viajamos até Porto Alegre, no Brasil, onde comecei o mestrado em matemática aplicada. Em 1987, iniciei uma graduação em ciências da computação, e finalmente dei início a um doutorado nesse campo em 1995. Minha esposa concluiu também seu doutorado em engenharia mecânica. Neste ínterim, pudemos ajudar na educação pública ao norte do Peru, contribuindo para o estabelecimento da Universidade Nacional de Trujillo e projetando conexões da Internet para essa vasta região do país. Em 1988, minha esposa e eu retornamos ao Brasil para lecionar numa universidade da comunidade. Éramos também ativos em nossa pequena congregação adventista. Entretanto, estávamos ansiosos para proporcionar aos nossos dois filhos uma educação adventista, que não estava disponível na cidade onde vivíamos. Assim Deus abriu uma nova oportunidade. O Centro Universitário Adventista de São Paulo convidou-nos a trabalhar lá. Era a terceira vez que uma instituição adventista de educação superior nos convidava a lecionar. Dessa vez aceitamos o chamado e nos mudamos para a enorme metrópole de São Paulo. Desde janeiro de 2001 tenho servido como professor de tecnologia de programação, computação gráfica e telecomunicações. Sou membro ativo, juntamente com meus filhos, do clube de desbravadores e ainda sirvo como diácono na igreja do campus e como líder no Clube de Líderes. Minha esposa também ensina no campus e coordena a Escola Sabatina em espanhol. Quando olho para o passado, sou imensamente grato por todas as bênçãos divinas. Ele me escolheu quando eu era ainda jovem e me protegeu durante os anos turbulentos da universidade. Concedeu-me o privilégio de testemunhar dEle em muitas situações. Sei que sempre teremos de fazer decisões, mas oro para que o Senhor continue a nos guiar em cada uma delas. Cada vez que enfrento uma escolha importante, vêemme à mente as palavras do meu Senhor: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). O Dr. Ausberto Castro Vera leciona no Centro Universitário Adventista de São Paulo. Seu e-mail é: [email protected] 34 DIÁLOGO 18•1 2006 O retrato Um homem rico e seu filho nutriam paixão pelas artes. Juntos reuniram uma coleção de pinturas de artistas famosos – de Rafael a Picasso. Com freqüência, caminhavam lado a lado pela galeria admirando e discutindo sobre seus tesouros. A guerra atingiu seu país e o filho foi enviado à frente de batalha. Após alguns meses, o jovem morreu socorrendo um soldado ferido. Para o pai viúvo, a perda do único filho era insuportável. Algum tempo depois, alguém bateu à porta de sua residência. Era um jovem de semblante abatido, com um pacote debaixo do braço. Com muito custo disse: — Sou o soldado que seu filho resgatou. Ele foi baleado quando tentava me salvar. Ele falava muito sobre o senhor, da coleção de pinturas e como vocês apreciavam as artes. O jovem soldado fez uma pausa e titubeando ao abrir o pacote, disse: — Gosto de pintar. Enquanto estava me recuperando, pintei o retrato de seu filho da melhor maneira que pude. É claro que isso não tem valor algum comparado à coleção que o senhor possui, mas, por favor, aceite-o como a mostra de minha profunda gratidão pelo homem que me salvou a vida. Quando o pai contemplou a obra, viu o retrato de seu filho cheio de vida. Alguns anos após, o próspero empresário faleceu. Fizeram-se planos para leiloar as valiosas pinturas. No dia marcado, um grande grupo de vizinhos curiosos e amantes das artes compareceu ao leilão, com a esperança de comprar pelo menos uma das pinturas. O retrato do filho feito pelo soldado estava entre as pinturas expostas. O leiloeiro explicou que o pai tinha determinado que o retrato do amado filho abrisse o leilão. Um murmúrio de descontentamento se ergueu no ambiente. Em pé, ao lado da pintura do rapaz, o leiloeiro começou: — Quanto oferecem por esta preciosidade familiar? Ouvi uma oferta? Qual é o lance? Depois de um longo período de silêncio, alguém bradou do fundo do salão: DIÁLOGO 18•1 2006 — Esqueça esse retrato! Viemos pelas verdadeiras pinturas! O leiloeiro insistia: — Quem quer comprar este retrato? $200? Ouvi $100? — Viemos pelos Monets, Van Goghs e Picassos! Comece o leilão real! E o leiloeiro continuava: — Quem vai levar essa pintura? Quanto oferecem? Finalmente, ouviu-se uma voz tímida: — Ofereço $10 – disse o velho jardineiro da família. —Temos $10! Alguém oferece $20? – continuou o leiloeiro. Nesse ínterim, o grupo já estava impaciente. — Dou-lhe uma, dou-lhe duas... O leiloeiro bateu o martelo. — Vendido por $10! Fazendo um sinal para o velho jardineiro, declarou: — O retrato é seu! — Finalmente! – gritou um dos compradores potenciais – Agora vamos começar o leilão das verdadeiras pinturas! No entanto, o leiloeiro baixou o martelo e para surpresa de todos anunciou: — Este leilão está encerrado. Quando me pediram para oficiar esse leilão, o advogado mostrou-me no testamento uma condição que só poderia ser revelado no momento apropriado. Nesse instante, devo informar-lhes que a pessoa que comprou o retrato do filho, automaticamente tornou-se o dono desta casa e de todos os seus bens, incluindo a coleção de artes completa. Tenham um bom dia! “Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Ninguém! Porque Ele nem mesmo deixou de entregar o próprio Filho, mas O ofereceu por todos nós! Se Ele nos deu o Seu Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” — Romanos 8:31, 32 (NTLH). 35 Intercâmbio Amplie sua rede de amizades Universitários e profissionais adventistas interessados em trocar correspondência com colegas em outras partes do mundo. Silvio Alvarez Ramos: 43; solteiro; formado em música e educação infantil, professor de música; interesses: conhecer outras culturas e trocar idéias; correspondência em espanhol. Endereço: Calle F #2 entre Línea y Martín; Simón Reyes 15 1/2; Ciego de Avila; 69270 CUBA. Asare Amponsah: 30; solteiro; estudando no Institute of Chartered Accountants; interesses: ler, esportes e música. Endereço: P.O. Box 9; Abesim-Sunyani; GANA. E-mail: [email protected]. Osaguna Ayodeji: 29; solteiro; cursando teologia na Babcock University; interesses: pregar, viajar e esportes; correspondência em inglês ou ioruba. Endereço: South-west Nigeria Conference; P.O. Box 4002; Akure, Ondo State; NIGÉRIA. Email: [email protected]. Nefel M. Balasta: 24; solteira; cursando administração de empresas na Misamis University; interesses: cozinhar, tocar violão e ouvir música cristã; correspondência em inglês. Endereço: Población 4; Clarin, Misamis Occidental; 7201 FILIPINAS. E-mail: nefel4@yahoo. com. Vincent Boadi: 24; solteiro; professor; interesses: viajar, ouvir música clássica e esportes; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box KN 61; Agona, Kwanyarki, C/R; GANA. Julivee N. Branzuela: 24; solteira; comerciante; interesses: ler, cantar, fazer novos amigos e conhecer outras culturas; correspondência em inglês ou filipino. Endereço: Blk 180 Lot 13 Prk. 11 Zone 3; Signal Village Taguig, Metro Manila; 1604 FILIPINAS. E-mail: Miscy_ [email protected]. DIÁLOGO 18•1 2006 Ruth Camus: 32; solteira; interesses: ler, cantar, cozinhar e fazer escaladas; correspondência em inglês. FILIPINAS. E-mail: [email protected]. Hansom Enoc Chileson: 27; solteiro; cursando administração de empresas na Universidade de Enugu; interesses: testemunhar, viajar, cantar e esportes; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box 187; Orieagu NSU; Ehime Mbano L.G.A.; Imo State; NIGÉRIA. E-mail: [email protected]. James Dim Dalvins: 23; solteiro; cursando medicina; interesses: assistir filmes, ouvir música cristã e jogar tênis de mesa; correspondência em inglês, francês ou suaili. Endereço: University of Nairobi: Box 30344-00100; Upper State House; Nairobi; QUÊNIA. E-mail: [email protected]. Ragel M. Davidao: 22; solteiro; cursando enfermagem no St. Joseph Instituto de Tecnologia; interesses: ler, comunicar-se pela Internet e música cristã. FILIPINAS. E-mail: [email protected]. Garnado Delben: 28; solteira; cursando pedagogia; interesses: cantar, trabalhar com crianças e fazer novos amigos; correspondência em inglês. Endereço: Bongbong, San Francisco; Southern Leyte; 6613 FILIPINAS. Benedita Neves Duarte: 36; solteira; cirurgiã-dentista; interesses: ler, fazer novos amigos, música cristã e filmes; correspondência em português ou espanhol. Endereço: Rua Mata, Passagem São Jorge No. 83; Marambaja, Belém, Pará; 66615-550 BRASIL. Jacob Philip Dunson: 21; solteiro; cursando administração de empresas; interesses: ler, fazer novos amigos e música; correspondência em inglês. Endereço: Bangalore Adventist College; Dooravaninagar Post; Bangalore; 580016 ÍNDIA. E-mail: [email protected]. Imuetinyanosa N. Ehondor: 20; solteiro; cursando computação; interesses: ajudar os outros, trocar idéias e música; correspondência em inglês ou francês. Endereço: Babcock University; PMB 21244; Ilishan Remo; Ogun State, Ikeja; NIGÉRIA. Stanley Nwaobilo Enemanna: 29; solteiro; formado em contabilidade pela Abia State Polytechnic; interesses: ler, fazer novos amigos e música cristã; correspondência em inglês. Endereço: S.D.A. Church; Akpaa 1 District; E.N.C.; P.M.B. 7115; Aba; NIGÉRIA. E-mail: stanbest_ [email protected]. Lisbeth Miranda Espinoza: 32; solteira; designer cursando artes visuais na Universidade do Panamá; interesses: pintar, fotografia, música e gatos; correspondência em espanhol. Endereço: Entrega General; Correo Universitario; PANAMÁ. E-mail: [email protected]. Mariana Femenia: 32; solteira; artista plástica formada em artes pela Universidade Nacional do Nordeste; interesses: artes, ciências e o amor de Deus; correspondência em espanhol. ARGENTINA. Email: [email protected] ou [email protected]. Jorge Alberto Fernández: 35; solteiro; cursando enfermagem na Universidade Nacional de San Luis; interesses: colecionar Bíblias em outros idiomas, aprender outros idiomas e profecias bíblicas; correspondência em espanhol ou português. Endereço: Calle Miguel de Azcuénaga 120; CP 5584 Palmira, San Martín, Mendoza; ARGENTINA. E-mail: [email protected]. Miletza Flores: 34; casada; formada em recursos humanos; interesses: cantar, ler e música; correspondência em espanhol. Endereço: Calle 5, Casa No. 33, Urbanización Nuevo Milenio; Barbacoa, Edo. Anzoátegui; VENEZUELA. E-mail: [email protected] ou rossi1_ [email protected]. Inserção Panel Z. Galarpe: 23; solteira; enfermeira fisioterapeuta formada pelo Sanatório e Hospital Mindanao; interesses: viajar, computação e natureza; correspondência em inglês. Endereço: Northern Mindanao Conference; 996 Julio Pacana Street; P.O. Box 127; Cagayan de Oro City; 9000 FILIPINAS. José Domingo Gálvez: 44; casado; formado em ciências jurídicas pela Universidade Monseñor Oscar Arnulfo Romero; interesses; ler a Bíblia e publicações adventistas, acampar e trocar idéias; correspondência em espanhol ou inglês. Endereço: 6ta. Calle Pte. Fte. ISSS, Bo. El Chile; Chalatenango; EL SALVADOR. E-mail: [email protected]. Emlyn Generale: 23; solteira; cursando ensino médio no SPAMAST State College; interesses: ler histórias, ouvir música e sair com amigos; correspondência em inglês ou tagalog. Endereço: Lapulabao Hagonoy; Davao del Sur; 8006 FILIPINAS. Email: [email protected]. Ondieko Julius Gisore: 24; solteiro; cursando medicina no College University of Nairobi; interesses: cantar e assistir a jogos de futebol; correspondência em inglês. Endereço: Box 67778; Nairobi; QUÊNIA. Email: [email protected]. Josemir Andrade Gomes: 22; solteiro; fisioterapeuta; interesses: ler, profecias bíblicas, nutrição e biologia; correspondência em português. Endereço: Rua Marechal Deodoro da Fonseca, No. 07, Centro; São Gonzalo dos Campos, Bahia; 44330-000 BRASIL. E-mail: [email protected]. Jeneline E. Hervas: 25; solteira; formada em saúde pública pela Universidade das Filipinas, agora trabalhando em pesquisa nutricional; interesses: cantar em coral, evangelismo e exploração de cavernas; correspondência em inglês; FILIPINAS. E-mail: [email protected]. Elbita Hidalgo Martínez: 38; divorciada; enfermeira gineco-obstétrica; interesses: viajar, trocar experiências com outros adventistas e música cristã, correspondência em espanhol. Endereço: Calle 10 de Octubre Inserção # 518 Entre Maceo y Céspedes; Banes, Holguín; 82300 CUBA. Danny Hilario: 25; solteiro; formado em teologia e saúde pública pela Universidade Peruana Unión; interesses: acampar, fazer novos amigos e música cristã; correspondência em espanhol ou inglês. PERU. Email: [email protected]. Fatima F. Janda: 24; solteira; cursando ensino médio no Divine Word College de Calapan; interesses: acampar, música e esportes; correspondência em inglês ou espanhol. Endereço: P. Filler St., Camilmil; Calapan City; 5200 FILIPINAS. Email: [email protected]. Fabet John: 19; solteira; cursando comunicação na Lagos State University; interesses: cantar, ler e fazer amigos; correspondência em inglês. Endereço: 1 Sugeru Banire Street, Musin; Lagos; NIGÉRIA. Email: [email protected]. John Ngumbao Kahande: 25; solteiro; cursando pedagogia; interesses: humor, música cristã, fotografia e vôlei de praia; correspondência em inglês. Endereço: Egoji Teachers College; Private Bag Egoji, Meru; 60402 QUÊNIA. E-mail: [email protected]. Micah Kameso: 20; solteiro; cursando pedagogia com ênfase em matemática e física; interesses: acampar e ouvir música cristã; correspondência em inglês. Endereço: WAECA Inc.; P.O. Box 1990; Boroko, NCD; PAPUA-NOVA GUINÉ. E-mail: [email protected]. Eli Kema-Temoana: 52; divorciada; formada em pedagogia, trabalha como preceptora na Pacific Adventist University; interesses: viajar, ler e conhecer pessoas; correspondência em inglês. Endereço: Private Mail Bag; Boroko, NSD; PAPUA-NOVA GUINÉ. E-mail: ektemoana@pau. ac.pg. Adjei Kwabena: 22; solteiro; cursando contabilidade; interesses: fazer amigos, ler e futebol; correspondência em inglês. Endereço: HND Accountancy; Sunyani Polytechnic; Box 206; Sunyani; GANA. E-mail: [email protected]. Alixander José Ladino Ballesteros: 21; solteiro; cursando mecânica na UNEXPO; interesses: acampar e natação; correspondência em espanhol. Endereço: Avenida Isaías Avila con Calle 17 A; Carora, Edo. Lara; VENEZUELA. E-mail: [email protected]. María Isabel López Rodríguez: 35; solteira; formada em recursos humanos e nutrição dietética; interesses: ler, pesquisa bíblica, música e natureza; correspondência em espanhol ou inglês. Endereço: Apartado de Correos 631; 36200 Vigo, Pontevedra: ESPANHA. Norma Maranga: 27; solteira; formada em inglês pela University of Eastern Africa, Baraton; interesses: ler, ouvir música e esportes; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box 735 Ruaraka; Nairobi 00618; QUÊNIA. E-mail: [email protected]. Sayer Mark: 28; solteiro; almoxarife; interesses: tocar violão, ajudar os outros e esportes; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box 949; Mt. Hagen; PAPUA-NOVA GUINÉ. E-mail: [email protected]. Ana R. Martínez L.: 22; solteira; cursando idiomas modernos na Universidade de Tabasco; interesses: ler, viajar, conhecer outras culturas e esportes; correspondência em espanhol, francês, inglês ou italiano. Endereço: Col. Lázaro Cárdenas del Río Mza. 12 Lote 9; Comalcalco, Tabasco; MÉXICO. E-mail: [email protected]. Ferdinand Mbonaruza: 25; solteiro; cursando jornalismo na Escola de Jornalismo e Comunicação; interesses: ler, esportes, música religiosa e criatividade; correspondência em francês, inglês ou suaili. Endereço: Université Nationale du Rwanda; B.P. 117; Butare; RUANDA. E-mail: [email protected]. Narda Mendoza: 28; solteira; formada em pedagogia pela Universidade Adventista Dominicana; interesses: compartilhar o amor de Deus, cantar e ler; correspondência em espanhol ou Inglês. REPÚBLICA DOMINICANA. E-mail: [email protected]. Vienna B. Miran: 33; solteira; formada em secretariado pelo Aldersgate College, comerciante; interesses: DIÁLOGO 18•1 2006 cozinhar, cantar e fazer novos amigos; correspondência em inglês. Endereço: Leonard’s Store; Public Market; Solano, Nueva Vizcaya; 3709 FILIPINAS. Adilson Miranda: solteiro; cursando linguagem e literatura na UNICEUMA Campus 1; interesses: ler, escrever, viajar e fazer novos amigos; correspondência em português ou espanhol. Endereço: Rua das Flores, 07; Santa Clara; 65058-070 São Luís, MA; BRASIL. E-mail: [email protected]. David Mmbaga: 24; solteiro; cursando teologia na Bugema University; interesses: pregar, cantar e tocar teclado; correspondência em inglês ou suaili. Endereço: P.O. Box 6529; Kampala; UGANDA. E-mail: [email protected]. Calvin Mondol: 20; solteiro; cursando administração de empresas; interesses: testemunhar, ajudar aos pobres, corresponder pela internet e fazer novos amigos; correspondência em inglês ou bangla. Endereço: Bangladesh Adventist Seminary e College; Gowalbathan, Kaliakoir; Gazipur; 1750 BANGLADESHE. E-mail: iloveyoucalvin2000@yahoo. com. Jonathan Montenegro Valverde: 21; solteiro; cursando investigação criminal e segurança organizacional no Colégio Universitário de Cartago; interesses: aconselhamento cristão, ajudar os outros e esportes; correspondência em espanhol. Endereço: 300 m Sur, 25 m Este y 75 m Sur del Restaurante Los Higuerones; San Rafael Abajo de Desamparados; Calle El Triunfo; San José; COSTA RICA. E-mail: jonathangemelo1@costarrice nse.cr ou [email protected]. Laura Morales: 20; solteira; cursando engenharia comercial; interesses: fazer novos amigos, basquete e música; correspondência em espanhol ou inglês. Endereço: Universidad Adventista de Chile; Casilla 7-D; Chillán; CHILE. Email: [email protected] ou [email protected]. Pamus Paluku Musenzi: 30; solteiro; cursando biologia com ênfase em fitossociologia e taxonomia vegetal na Universidade DIÁLOGO 18•1 2006 de Kisangani; interesses: viajar, jardinagem e atividades da igreja; correspondência em francês, suaili ou lingala. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO. Email: [email protected]. Elonga Changwi Mwendambio: 28; solteiro; cursando computação na Universidade Adventista de Lukanga, Campus Wallace; interesses: fotografia, atividades JA e computação; correspondência em francês, suaili ou Lingala. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO. Email: [email protected]. Kingsely Bassey Nathaniel: 39; solteiro; formado em administração pela Universidade de Lagos; interesses: ler, compartilhar experiências cristãs e esportes; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box 2992; Akpan; Akwa Ibom State; NIGÉRIA. Sosthene Nsabimana: 23; solteiro; cursando computação na Universidade Adventista da África Central; interesses: ler a Bíblia e trocar idéias; correspondência em francês. RUANDA. E-mail: [email protected]. Nworu Obioma: 21; solteira; cursando economia educacional; interesses: ler, testemunhar e música; correspondência em inglês ou igbo. Endereço; PMB 1033l Alvan Ikoku College of Education; Onwerri, Imo State; NIGÉRIA. E-mail: m2ob_ [email protected]. Dunkan Otieno Odongo: 26; solteiro; professor de francês e computação, formado em pedagogia com ênfase em francês e geografia pela Maseno University; interesses: cantar, viajar e ler literatura cristã; correspondência em francês, inglês ou suaili. QUÊNIA. E-mail: [email protected]. Ana Ogando: 21; solteira; cursando psicologia industrial na Universidade Autônoma de Santo Domingo; interesses: aprender outros idiomas, fazer novos amigos e música cristã; correspondência em espanhol ou inglês. Endereço: Barrio Americano; Peatón 5 #334; Los Alcarrizos, Santo Domingo; REPÚBLICA DOMINICANA. Email: [email protected]. Ebenezer Okai: 22; solteiro; cur- sando contabilidade; interesses: fazer novos amigos e música; correspondência em inglês. Endereço: Box DC 582; Dansoman, Accra; GANA. Peter A. Okonjo: 25; solteiro; cursando microbiologia na KSRCAS; interesses: música gospel, esportes e estudos bíblicos; correspondência em inglês, suaili ou doluo. ÍNDIA. Email: [email protected]. Joseph Olayemi: 26; solteiro; cursando teologia; interesses: ler publicações cristãs, trocar idéias e fazer novos amigos; correspondência em inglês. Endereço: Babcock University; Dept. of Religious Studies; P.O. Box 21244; Ikeja, Lagos; NIGÉRIA. Email: [email protected]. Denis O. Omwoyo: 25; solteiro; cursando agricultura na Universidade de Nairobi; interesses: viajar, fazer novos amigos e música; correspondência em inglês. Endereço: P.O. Box 2134-00505; Nairobi; QUÊNIA. Email: [email protected]. Gertrude Onsarigo: 24; solteira; concluindo farmácia pelo Mombasa Polytechnic; interesses: ouvir música gospel, acampar e jogos internos; correspondência em inglês. Endereço: 280 Keroka; QUÊNIA. E-mail: [email protected]. John Odhiambo Otieno: 27; solteiro; natural do Quênia; formado em física, matemática e química pela Karnatak University; interesses: viajar, testemunhar, trocar idéias e fazer novos amigos; correspondência em inglês. ÍNDIA. E-mail: [email protected]. Koshore Pahan: 30; solteiro; cursando MBA; interesses: viajar, fazer novos amigos e futebol; correspondência em bangli ou inglês. Endereço: Spicer Memorial College; Aundh Road, Ganeshkhind; Pune 4111007; ÍNDIA. E-mail: [email protected]. Sandra Paredes Reyes: 22; solteira; cursando medicina na Universidade Central do Leste; interesses: acampar, ouvir música, cozinhar e descobrir como outros conheceram a Jesus; correspondência em espanhol. Endereço: La Romana Casa de Campo; Punta Minitas # 18; REPÚBLICA DOMINICANA. Email: [email protected]. Inserção Arcelia Esther Paz: 19; solteira; cursando pedagogia na Universidade Autônoma de Baja Califórnia; interesses: tocar piano, ler e viajar; correspondência em espanhol, inglês ou francês; MÉXICO. E-mail: arcie_ [email protected]. Leandro Bitencourt Pereira: 37; solteiro; professor de psicologia na Universidade Luterana do Brasil; interesses: conhecer outras culturas, música, poesia e oração intercessória; correspondência em português, espanhol, inglês, italiano, alemão ou francês. Endereço: Rua Clovis Pestana, 261, Centro; Cachoeirinha, RS; 94920-080 BRASIL. E-mail: [email protected]. Yurizander Pérez Leiva: 25; solteiro; cursando fisioterapia e reabilitação na Faculdade de Ciências Médicas de Las Tunas; interesses: conhecer outras culturas, trocar informação sobre técnicas fisioterápicas e música; correspondência em espanhol. Endereço: Calle 63, Edificio 10, Apartamento 22-C; El Cocal; Jesús Menéndez, Las Tunas; 77300 CUBA. Moncy Babu Puthenburayil: 31; casado; cursando teologia; interesses: ajudar os outros, evangelismo, fazer novos amigos e estudos bíblicos; correspondência em inglês ou malaialam. Endereço: P.O. Edavaka, Kallody (via Mananthavady, Wayanad) 670645 Kerala; ÍNDIA. Julien Rabenandrasana: 26; solteiro; cursando manutenção de equipamentos no Instituto Superior de Tecnologia de Diego; interesses: esportes, viajar e tudo o que está relacionado à refrigeração e aquecimento; correspondência em malagasi ou francês. Endereço: 495 Amborovy Mahajanga; 401 MADAGÁSCAR. Email: [email protected]. Micah Rachuonyo: 29; solteiro; formado em química pela Universidade Jomo Kenyatta de Agricultura e Tecnologia; interesses: ler, cantar e tocar piano; correspondência em quisuaili ou inglês. Endereço: P.O. Box 5497400200; Nairobi; QUÊNIA. Email: [email protected] ou [email protected]. Naomi Ribasi: 22; solteira; cursando o segundo ano em treinamento Inserção médico; interesses: viajar, música cristã e atividades da igreja; correspondência em inglês. Endereço: Kendu Medical School; Box 20; Kendu Bay; QUÊNIA. E-mail: [email protected]. James Sanawa: 32; solteiro; formado em administração de empresas e cursando direito; interesses: viajar, música e jardinagem; correspondência em inglês ou suaili. Endereço: University of Dar es Salaam – Faculty of Law; P.O. Box 35093; Dar es Salaam; TANZÂNIA. E-mail: [email protected]. Sandra Alves Serafim: 22; solteira; cursando física na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte; interesses: cantar, fazer novos amigos, aprender mais sobre o criacionismo e astronomia; correspondência em português ou espanhol. BRASIL. E-mail: [email protected]. Kiptanui Laban Serem: 23; solteiro; cursando biomecânica e engenharia de processos na Universidade Jomo Kenyatta de Agricultura e Tecnologia; interesses: conhecer melhor a Jesus, viajar, fazer novos amigos e música gospel; correspondência em inglês ou suaili. Endereço: P.O. Box 2102; Eldoret; QUÊNIA. E-mail: [email protected]. Camilla Morena Leite da Silva: 22; solteira; cursando administração de empresas na FIAMG; interesses:, ler, fazer novos amigos, futebol e música; correspondência em português. Endereço: Caixa Postal 144; Lavras, MG; 37200-00 BRASIL. Email: [email protected]. Marco Antônio da Silva: 27; solteiro; cursando pedagogia no Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus IASP; interesses: acampar, linguagem de sinais e desbravadores; correspondência em português, espanhol ou inglês. Endereço: Rua Hjalmar Holdrick Gerard Lindquist, 637, Pq. Hortolândia; Hortolândia, SP; 13184-090 BRASIL. E-mail: [email protected]. Win Samuel Situmeang: 25; solteiro; cursando relações-públicas na Universidade Padjadjaran; interesses: ler, ouvir música e viajar; correspondência em indonês ou inglês. Endereço: Jl. Setiabudhi No. 2; Bandung, West Java, INDONÉSIA. E-mail: [email protected]. Fredy Supo Jinéz: 24; solteiro; cursando teologia e saúde pública na Universidade Peruana Unión; interesses: fazer novos amigos e pesquisas em ciências sociais; correspondência em espanhol. Endereço: Casilla 3564; Lima; PERU. E-mail: freddy@upeu. edu.pe. Hansel de León Tamárez: 25; solteiro; cursando engenharia eletrônica na Universidade Autônoma de Santo Domingo; interesses: estudar a Bíblia, conhecer pessoas de outras culturas e desbravadores; correspondência em espanhol. REPÚBLICA DOMINICANA. E-mail: [email protected] ou [email protected]. Only Taulo: 24; solteiro; cursando administração de empresas na Universidade de Malaui, O Politécnico; interesses: viajar, cantar, ouvir música cristã e fazer novos amigos; correspondência em inglês. Endereço: Private Bag 303; Chichiri, Blantyre 3; MALAUI. E-mail: [email protected]. Convite Se você é universitário ou profissional adventista e quer ter seu nome listado aqui, envie-nos as seguintes informacões: (1) seu nome completo, com o sobrenome em letras maísculas; (2) sua idade; (3) sexo; (4) estado civil; (5) estudos correntes ou diploma obtido e especialidade; (6) faculdade ou universidade que está freqüentando ou na qual graduouse; (7) três principais passa-tempos ou interesses; (8) língua(s) nas quais quer se corresponder; (9) o nome da congregação adventista da qual é membro; (10) seu endereço postal; (11) seu e-mail, caso o tenha. Por favor, datilografe ou use letra de imprensa clara. Envie esta informação para Diálogo Interchange; 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-6600, EUA. Você pode também usar e-mail: diainterchange@yahoo. com. Apenas poremos na lista aqueles que fornecerem os 10 items de informação requerida acima. Diálogo não assume responsabilidade pela exatidão da informação dada ou pelo conteúdo da correspondência que possa resultar. DIÁLOGO 18•1 2006