PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES INTERNADOS POR NEOPLASIAS DO
TRATO DIGESTÓRIO
Elaine Cristina Antunes Rinaldi1*
Jéssica Cristina Lima Alípio2
Caroline Gonçalves Pustiglione Campos 3
RESUMO: As neoplasias do trato digestório estão entre os mais prevalentes,
com destaque para as de acometimento gástrico, colorretal, hepático e
esofágico, as quais devido ao seu diagnóstico tardio ocupam o segundo,
terceiro, quarto e nono lugar, respectivamente, na lista das neoplasias mais
letais. OBJETIVO: Investigar o motivo de internação de pacientes acometidos
por neoplasia do trato digestório, bem como verificar as manifestações clínicas
apresentadas por eles. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo,
retrospectivo, de delineamento transversal, realizada em um Hospital referência
em Oncologia no município de Ponta Grossa-PR. A coleta de dados foi
mediante ao prontuário eletrônico de 189 pacientes internados por neoplasias
do trato digestório, no ano de 2011. Os dados coletados foram dispostos no
programa Microsoft Excel® e analisados descritivamente. A Resolução 196/96
foi respeitada. RESULTADOS: Dos 189 prontuários analisados, 56% eram de
pacientes do sexo masculino e 44% feminino, com média de idade de 62,7
1
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa PR. Membro do grupo de pesquisa TIS: fundamentos para a prática profissional. E-mail:
[email protected]
2
Acadêmica do 4° ano do curso de bacharelado em Enfermagem e Saúde Pública, da
Universidade Estadual de Ponta Grossa –PR. E-mail: [email protected]
3
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do curso de bacharelado em Enfermagem e
Saúde Pública, da Universidade Estadual de Ponta Grossa – PR. E-mail:
[email protected]
anos. Dentre os motivos de internamento dos pacientes, destacam-se os
procedimentos
cirúrgico,
responsável
por
43%
das
admissões,
e
a
quimioterápica (22%). No que concerne às manifestações apresentadas na
admissão, a dor abdominal foi apresentada por 33% (n=63) dos pacientes,
disfagia por 17% (n=32), perda ponderal de peso por 16% (n=30), vômito por
13% (n=24), náusea por 12% (n=23) e inapetência 12% (n=22). Ressalta-se
que 40% das neoplasias eram do colorretal, 28% gástrico, 20% esofágico e
12% hepático. A maior prevalência foi de tumores estágio IV, com presença de
metástases hepáticas, peritoneais, pulmonares e/ou ósseas. CONCLUSÃO:
Observou-se que as manifestações apresentadas no momento da internação
relacionaram-se diretamente com alterações orgânicas causadas por tumores
malignos do trato digestório. Assim, o profissional enfermeiro é imprescindível
nesse processo, pois sua alçada é agir efetivamente desde a prevenção da
neoplasia até o planejamento do cuidado para minimizar manifestações clínicas
desfavoráveis ao prognóstico de pacientes oncológicos.
Palavras-chave: Neoplasias Gastrointestinais, Neoplasias
Neoplasias Hepáticas, Perfil de Saúde, enfermagem.
Esofágicas,
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