Venho me dirigir a essa Presidência para esclarecer os recentes comentários vinculando meu nome a intenções preconceituosas e de incitação ao ódio a minorias. Olá, colegas de Ministério. Obrigada pelo espaço para minha manifestação. Já havia ansiado me manifestar no canal dos nossos colegas auditores, mas tive receio de não conseguir esclarecer o acontecido e gerar ainda mais polêmica, então preferi esperar para me manifestar por meio de canais próprios. Durante meus 9 anos como servidora do Poder Judiciário eu não era sindicalizada e assim que entrei no Ministério do Trabalho aderi à nossa categoria porque de fato acredito muito nela. Lamento que tenha sido feita essa vinculação ao meu cargo e onerado a minha categoria, mas eu não tinha nenhum tipo de menção ao meu cargo na página onde me manifestei e não me manifestei enquanto Auditora-Fiscal do Trabalho. No dia 5/10/2014 fiz uma manifestação política, mas infelizmente utilizei palavras inadequadas e descabidas. A manifestação foi feita na minha página, fechada apenas aos meus amigos. Me desculpei a alguns colegas pelas péssimas palavras utilizadas e esclareci que se tratava de um comentário político. Diante da repercussão, apaguei o comentário e o perfil para não gerar mais exposição minha, dos colegas e da nossa categoria. A grande repercussão do fato certamente se deu por eu ser Auditora e deixo claro mais uma vez que a declaração não foi feita enquanto Auditora-Fiscal do Trabalho e não havia sequer menção ao meu cargo no canal onde me manifestei. Enquanto auditora, sim, tenho sido uma pessoa assídua na minha Superintendência e engajada nos objetivos da nossa categoria. Jamais tive qualquer problema com os auditados nas ações fiscais, pelo contrário, no pouco tempo que venho atuando já recebi inclusive elogios quanto à forma de conduzir a fiscalização, com canal de comunicação aberto com os auditados, com humildade e sem deixar jamais que o momento da auditoria se transforme em um momento excessivamente inquisitório. Jamais tive a intenção de manifestar qualquer tipo de preconceito contra pessoas de origem nordestina muito menos de que ele fosse pulverizado. Na minha página também havia diversos comentários enaltecendo o povo de Mato Grosso, onde agora vivo, em detrimento da minha própria cidade e contra meus próprios conterrâneos. Aliás outra crítica política também foi dirigida aos meus conterrâneos após o resultado das eleições na minha cidade de origem. Ou seja, não tenho preferências ou preconceitos por pessoas de qualquer que seja a origem. Inclusive a própria escolha deste cargo público reflete a minha intenção e imensa vontade de mudar a realidade muitas vezes de opressão no trabalho, que muitos trabalhadores vivem em todo o Brasil, e certamente se eu tivesse qualquer tipo de preconceito e dificuldade em lidar com as diferenças não o teria escolhido, já que é corriqueiro e inerente à própria atividade fiscal o contato com pessoas de qualquer parte do Brasil. Se eu fosse uma pessoa de fato preconceituosa eu provavelmente já teria deixado isso transparecer em algum momento na minha vida. E isso nunca aconteceu. Meu trabalho no Poder Judiciário me garantiu bons frutos por lá, mas infelizmente ainda tenho pouco tempo de Ministério do Trabalho. Apesar de duras críticas pelas minhas infelizes palavras, além do apoio dos amigos próximos e que conhecem minha história de vida, venho recebendo muita força de diversos colegas nordestinos, alguns que me conhecem e outros que não me conhecem. Um dos meus amigos mais próximos em Cuiabá, inclusive, é nordestino, lotado em Rondonópolis, e vem demonstrando um enorme carinho e apoio a mim. Diante disso, me retrato das péssimas palavras proferidas, palavras essas que não me representam. Obrigada pela oportunidade e estou à disposição para demais esclarecimentos.