VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil PREVALÊNCIA DE PREMATURIDADE NO ESTADO DE SERGIPE DE 2006 A 20101 Derijulie Siqueira de Sousa2 Clarissa Melo Menezes3 Marlene Maciel de Oliveira4 Maria Inês Brandão Bocardi5 Sabrina Barreto Antunes Bocardi6 Introdução: A prematuridade constitui-se um grande problema de Saúde Pública, por tratar-se de um determinante de morbidade e mortalidade neonatal, principalmente em países em desenvolvimento. Crianças prematuras e com baixo peso ao nascer apresentam risco de mortalidade significativamente superior a crianças com peso maior ou igual a 37 semanas. Além disso, a imaturidade geral pode levar à disfunção em qualquer órgão ou sistema corporal, e o neonato prematuro também pode sofrer comprometimento ou intercorrências ao longo de seu desenvolvimento. Objetivos: Esse estudo teve como objetivo realizar um levantamento da ocorrência de prematuridade no Estado de Sergipe, Brasil no período de 2006 a 2010. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa hipotético-dedutiva, com procedimento estatístico. Os dados foram colhidos no Ministério da Saúde (MS), através do Sistema de 1 Pesquisa realizada na disciplina de Enfermagem Obstétrica e Neonatológica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Tiradentes – Aracaju/SE. 2 Derijulie Siqueira de Sousa, Enfermeira, Especialista, Universidade Tiradentes – UNIT- Aracaju/SE, E-mail: [email protected]. 3 Clarissa Melo Menezes, graduanda em Enfermagem pela Universidade Tiradentes – UNIT. E-mail: [email protected]. 4 Marlene Maciel de Oliveira, graduanda em Enfermagem pela Universidade Tiradentes – UNIT. E-mail: [email protected]. 5 Maria Inês Brandão Bocardi, Enfermeira, Doutora, Universidade Tiradentes – UNIT- Aracaju/SE, E-mail: [email protected]. 6 Sabrina Barreto Antunes Bocardi, Médica pela UNIMAR – Faculdade de Medicina da Universidade de Marília/SP. E-mail: [email protected]. Informações de Nascidos Vivos (SINASC), no Departamento de Informática do MS (DATASUS). Para tabulação e análise dos dados foi utilizado o Programa Microsoft Word Starter, versão 2010. As variáveis estudadas foram: recém-nascidos prematuros e idade gestacional Resultados: demonstram que entre 2006 e 2010, Sergipe apresentou uma média de 35.724 nascidos vivos por ano, sendo que o ano de 2006 foi o de maior quantidade, com 37.061, e o ano que apresentou a menor quantidade foi 2010, com 34.016. Quanto à idade gestacional entre 22 e 36 semanas de 2006 a 2010, foi encontrada uma média de 2.184 nascidos vivos pré-termo. A menor taxa de nascidos vivos prematuros ocorreu em 2007, apresentando índice de 5,3 correspondendo a 1.946 nascidos vivos entre 22 e 36 semanas de gestação. Dados de 2003 do Ministério da Saúde indicam prevalência de recém-nascidos prematuros em nosso país de 6,4%, com alguma variação dependendo da região. No que se refere à idade gestacional, os dados apontam uma porcentagem de prematuridade entre 22 e 27 semanas de 6% para todos os anos estudados. A estabilidade também foi notada nas outras duas classes de idade gestacional (22 e 36 semanas). De 28 a 31 semanas, a porcentagem média foi de 10% e de 31 a 36 semanas a média foi de 83% em todos os anos estudados. Não houve variação significativa relacionada à porcentagem de prematuridade por idade gestacional nos 5 anos estudados. Conclusão: A temática em questão constituí um grande desafio para os profissionais de saúde que atuam na assistência da saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal. A literatura aponta como sendo a maior causa de morbidade e mortalidade no período neonatal, como também é destacado que a identificação de alguns fatores de risco modificáveis antes da concepção ou no início da gestação, pode evitar o parto prematuro, e ainda que a maioria de partos prematuros ocorrem em mulheres que já apresentam fatores de risco. Assim, essa pesquisa nos remete a reflexão da relevância da assistência pré-natal ressaltando a importância do compromisso dos enfermeiros ao prestar assistência nesse período olhando a gestante holisticamente, tendo como meta não apenas prevenir patologias, mas principalmente promover a saúde do binômio mãe e filho. Descritores: Prematuridade, Saúde Materna, Mortalidade Fetal.