Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório Determinação da massa volúmica de um cimento[LNEC E64 - 1979] Introdução Determinação da massa de uma quantidade definida do cimento em ensaio, previamente seco, e determinação do volume correspondente num «densímetro de Le Châtelier». A massa volúmica é assim calculada a partir dos resultados lidos. Material usado ? Gasolina ou petróleo de iluminação (aprox. 300 cm3); ? Balança; ? densímetro de « Le Châtelier » (Ver Fig. ao lado); ? recipiente para imersão do densímetro; ? termómetro; ? copo de vidro (cap. Min. 65g) ? funil de vidro, 1 de tubo longo e 1 de tubo curto; Procedimento Toda a experiência deverá ser realizada a temperatura ambiente, de forma a não influenciar os resultados. Secam-se na estufa cerca de 100g de cimento, considerando para efeitos de cálculo apenas 65g. Com o funil de tubo longo enche-se o densímetro com petróleo, até um nível compreendido entre as graduações zero e um da escala nele referenciada. Rolha-se o densímetro e coloca-se dentro de agua. Assim que a temperatura desta estabilizar, retira-se o densímetro e lê-se o valor obtido na escala (aprox à meia divisão da escala). De seguida com o funil de tubo curto, introduz-se o cimento, tendo o cuidado de evitar que este adira as paredes do densímetro acima do nível do liquido, seguidamente inclina-se e rola-se o densímetro, de forma a favorecer a libertação de bolhas de ar aderentes às partículas do cimento. Por fim retorna-se a por o densímetro em água, e assim que a temperatura tornar a estabilizar, retira-se e lê-se o valor obtido. Apresentação de resultados A massa volúmica, em gramas por centímetro cúbico, e dada por: ?= M _ V2- V1 Onde : M? massa do cimento V1? Valor lido inicialmente (apenas com petróleo) V2? Valor lido após o cimento Assim obteve-se : m=65g, V1= 0,1 , V2=21,1 que aplicando a fórmula atrás descrita, obtém-se uma massa volúmica de 3,095 g/cm3 ou 3095 Kg/m3. Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório Determinação da massa volúmica aparente do cimento [ A 1.1 do CSTB] Introdução A massa volúmica aparente do cimento é determinada usando a maquina de teste, aqui apresentada na figura ao lado (recipiente com 0,5 l de capacidade ). Material ? Maquina de teste (fig. Ao lado); Procedimento Inicialmente deverá ser pesado o copo, vazio, de forma a determinar a sua massa, e seguidamente colocado sob o funil, entretanto cheio com o cimento a testar. Abrir totalmente a tampa do funil e deixar cair o cimento. Usar uma espátula caso necessário de forma a ajudar na queda. A altura de queda terá que ser de 73 mm. Assim que o copo esteja cheio, este deverá ser rasado, e prontamente pesado. Apresentação de resultados ?a = M _ Vt Onde: ? M = Mt - Mc Com: ? ? ? Mt? massa do copo mais o cimento nele contido; Mc? massa do copo vazio; Vt=500 cm3 ? volume do copo; Desta forma, na experiência realizada obteve-se: M=541,17g, originado uma massa volúmica aparente de 1,08 g/cm3 ou 1080 Kg/m3. Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório Determinação da pasta de consistência normal do cimento [NP EN 196-3 1990] Introdução O tempo de presa dos cimentos é determinado observando a penetração de uma sonda normalizada numa pasta de cimento de consistência normal, podendo avaliar desta forma a resistência especifica de um dado cimento. Desta forma calcula-se a água necessária para uma tal pasta determinando por ensaios de penetração em pastas com quantidades de água diferentes. Material ? ? ? ? ? ? Balança, para pesagem com a aproximação de 1 g; Proveta ou bureta graduada, permitindo medir volumes com a aproximação de 1%; Misturador, conforme 4.4 de EN 196-1; Materiais; Deve ser utilizada égua destilada ou desionizada para confeccionar, conservar e ferver os provetes; Aparelho de vicat. E respectiva sonda cilíndrica com 50? 1 mm de comprimento e 10? 0,05 mm de diâmetro; Procedimento Neste ensaio utiliza-se o aparelho de Vicat aqui representado ao lado. A sonda deve ser de metal resistente à corrosão e ter a forma de um cilindro recto. O seu movimento deve ser exactamente vertical e sem fricção apreciável e o seu eixo deve coincidir com o da sonda. O molde de Vicat destinado a conter a pasta durante o ensaio deve ser de borracha dura. Deve ter a forma troncocónica, deve ser convenientemente rígido e estar munido de uma placa de base plana de vidro maior que o molde e de uma espessura de pelo menos 2.5 mm. De forma a realizar-se este ensaio pesou-se 500 g de cimento e mediramse 130 ml de água. No recipiente do misturador juntar o cimento à água cuidadosamente, para evitar qualquer perda de água ou de cimento. A duração desta operação não deve ser inferior a 5 s nem superior a 10 s. Anotar o fim desta operação como tempo zero a partir do qual devem efectuar-se as medições de tempo posteriores. Pôr imediatamente o misturador em andamento e fazê-lo funcionar a velocidade lenta durante 90 s. De seguida parar a máquina durante 15 s. durante os quais toda a pasta aderente ao recipiente fora da zona de mistura deve ser retirada com um raspador adequado e reposta na mistura. Voltar a pôr a máquina em andamento a velocidade lenta por um novo período de 90 s. O tempo total de funcionamento do misturador deve ser 3 min. Introduzir imediatamente a pasta no molde ligeiramente oleado, colocado previamente numa placa de base plana de vidro, e enchê-lo até acima sem compactação nem trepidação excessivas. Retirar o excesso de pasta num movimento de serra efectuado com precaução, de modo a deixar a pasta encher o molde com uma superfície superior lisa. Regular o aparelho de Vicat previamente munido da sonda fazendo-a descer até à placa de base que vai ser utilizada e ajustando a marca ao zero da escala. Levantar a sonda até à posição de espera. Colocar o molde e a placa de base, logo após o alisamento da pasta, no eixo da sonda do aparelho de Vicat. Baixar a sonda com cuidado até que esta entre em contacto com a pasta. Fazer uma pausa de 1 a 2 s nesta posição, de modo a evitar uma velocidade inicial ou uma aceleração forçada das partes móveis. Soltar então rapidamente as partes móveis. A sonda deve penetrar verticalmente no centro da pasta. A libertação da sonda deve ter lugar 4 minutos depois do instante zero. Efectuar a leitura da escala no fim da penetração ou 30 s depois da libertação da sonda, conforme um ou outro destes limites de tempo ocorra primeiro. Registar a leitura da escala, que indica a distância entre a face inferior da sonda e a placa de base, juntamente com o teor de água da pasta expresso em percentagem em massa do cimento. Limpar imediatamente a sonda depois de cada penetração. Repetir o ensaio com pastas de teores de água diferentes até que se encontre uma que conduza a uma distância de 6? 1 mm entre a sonda e a placa de base. Registar o teor de água desta pasta, com uma aproximação de 0,5%, como o teor de água para a amassadura da pasta de consistência normal. Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório Apresentação de resultados Teor de água(%): = 150 x 100 =30% 500 Após a realização do procedimento chegou-se a um resultado de 6 mm de altura. Quanto à percentagem de água obteve-se um valor de 30%. Dados estes valores concluiu-se que a pasta encontra-se dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma . Determinação dos tempos de presa de um cimento[NP EN 196-3 1990] Introdução O tempo de presa dos cimentos é determinado observando a penetração de uma agulha numa pasta de cimento de consistência normal, podendo avaliar desta forma a resistência especifica de um dado cimento. Materiais ? Balança, para pesagem com a aproximação de 1 g; ? Proveta ou bureta graduada, permitindo medir volumes com a aproximação de 1%; ? Misturador, conforme 4.4 de EN 196-1; ? Materiais; ? Deve ser utilizada égua destilada ou desionizada para confeccionar, conservar e ferver os provetes; ? Aparelho de vicat. E respectivas agulhas de inicio e fim de presa. Devem ser de aço e ter a forma cilíndrica com comprimento de 50? 1 mm e 1,13? 0,05 mm de diâmetro respectivamente; Procedimento Determinação do tempo de início de presa: Regular o aparelho de Vicat e descer a agulha até á placa de base e ajustando a marca zero da escala. Levantar a agulha até á posição de espera. Encher um molde de Vicat com pasta de consistência normal e alisá-lo de acordo com o procedimento anterior. Colocar o molde cheio assim como a sua placa de base na câmara ou armário húmido, e, passado o devido tempo, colocar por baixo da agulha do aparelho de Vicat. Baixar a agulha com cuidado até que ela entre em contacto com a pasta. fazer uma pausa de 1 a 2 s nesta posição de modo a evitar uma velocidade inicial ou uma aceleração forçada das partes móveis. Soltar então rapidamente as partes móveis e deixar a agulha penetrar verticalmente na pasta. Efectuar a leitura da escala no fim da penetração ou 30 s depois da libertação da agulha, conforme um ou outro destes dois limites de tempo ocorra primeiro. Registar a leitura da escala que indica a distância entre a extremidade da agulha e a placa de base, juntamente com o tempo gasto depois do instante zero. Repetir o ensaio de penetração na mesma amostra em posições convenientemente espaçadas, a mais de 10 mm do bordo do molde ou uma da outra, e com intervalos de tempo adequados, cerca de 10 min. Conservar a amostra entre os ensaios de penetração numa câmara ou armário húmido. Limpar a agulha de Vicat logo após cada penetração. Registar o tempo decorrido depois do instante zero, no fim do qual a distância entre a agulha e a placa de base é de 4 ? 1mm, como tempo de princípio de presa do cimento, com a aproximação de 5 min. Pode-se obter a precisão requerida reduzindo o intervalo de tempo entre os ensaios de penetração à aproximação do último e observando que as resultados sucessivos não variam excessivamente. Determinação do tempo de fim de presa: Usando o mesmo molde para o principio de presa, virar o molde sobre a placa de base, de maneira que os ensaios de fim de presa sejam feitos sobre a outra face da amostra. Munir a agulha de um acessório anelar, para facilitar a observação precisa de penetrações fracas, e seguir a técnica descrita anteriormente. Os intervalos de tempo entre os Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório ensaios de penetração podem ser aumentados, até cerca de 30 min. Registar com aproximação de 15 min, o tempo decorrido a partir do instante zero. ao fim do qual a agulha penetra pela primeira vez apenas 0,5 mm no provete como tempo de fim de presa do cimento. Este tempo é aquele ao fim do qual a acessório anelar deixa de fazer um traço no provete e pode ser estabelecido com precisão reduzindo o intervalo de tempo entre os ensaios à aproximação do último e observando que os resultados sucessivos não variam excessivamente. Apresentação de resultados Este procedimento não chegou a ser realizado, sendo normal para inicio de presa no cimento testado de 1h20 min e para fim de presa 2h. Determinação das resistências mecânicas de um cimento [NP EN 196 – 1 / 1990] Introdução O método consiste na determinação das resistências a compressão e à flexão de provetes de forma prismática, com as dimensões 40 mm x 40 mm x 160 mm. Estes provetes são fabricados com uma argamassa plástica, contendo uma parte de cimento e três partes de areia normalizada, em massa, e com uma relação água \ cimento de 0,50. A argamassa é preparada por amassadura mecânica e compactada num molde utilizando um compactador normalizado. O molde contendo os provetes é conservado em atmosfera húmida durante 24 horas e os provetes desmoldados são imediatamente colocados dentro de água até ao momento dos ensaios de resistência. Na data de ensaio, os provetes são retirados do seu meio de conservação húmido e partidos em duas metades por flexão, sendo cada metade submetida ao ensaio de compressão. Materiais ? Misturador; ? Espátula de borracha; ? Moldes; ? Compactador; ? Maquina de ensaios de resistência a flexão; ? Maquina de ensaios de resistência a compressão; Procedimento Para a determinação da resistência do cimento deve-se utilizar areias normalizadas CEN. A composição em massa da argamassa será: uma parte de cimento, três partes de areia e meia parte de água (relação água \ cimento = 0.50). Cada amassadura, para três provetes, deve conter 450 ? 2 g de cimento, 1350? 5 g de areia e 225 ? 1 g de água. A argamassa assim, é preparada mecanicamente através de um misturador. A qual se passa a descrever: Primeiro, deitar a água no recipiente e introduzir o cimento. Pôr imediatamente em funcionamento o misturador à velocidade lenta e, após 30 segundos, introduzir regularmente toda a areia durante os 30 s seguintes. De seguida mudar a velocidade do misturador para rápido e aguardar mais 30 s . Parar o misturador durante 1 min 30 s, durante os quais, nos primeiros 15 s, se deverá retirar, com uma espátula de borracha, toda a argamassa aderente as paredes e misturar com o resto da argamassa. Por fim colocar em velocidade rápida o misturador e aguardar mais 60 s. Os provetes devem ser moldados imediatamente a seguir à preparação da argamassa. Com o molde e a sua prolonga fixados firmemente à mesa do compactador, introduzir directamente do recipiente de mistura por uma ou mais vezes, com uma colher conveniente, a primeira de duas camadas de argamassa (cada uma com cerca de 300 g) em cada compartimento do molde. Estender a camada uniformemente utilizando a espátula maior, mantida verticalmente, com os seus bordos em contacto com a parte superior da prolonga, fazendo-a passar uma vez para trás e outra para a frente, ao longo de cada compartimento do molde. Em seguida, compactar a primeira camada de argamassa com 60 pancadas. Introduzir a segunda camada de argamassa, nivelar com a espátula pequena (Fig. 3) e compactá-la de novo com 60 pancadas. Retirar com precaução o molde da mesa do compactador e retirar a prolonga. Retirar imediatamente o excesso de argamassa com a régua metálica plana, mantendo-a quase vertical com lentos movimentos transversais Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 2º Relatório de serra uma vez em cada direcção. Alisar a superfície dos provetes utilizando a mesma régua mantida quase horizontal. Etiquetar ou marcar os moldes para identificar os provetes e a sua posição relativa na mesa do compactador. Conservar até a data do ensaio (ver norma, pág. 21). Para os ensaios de resistência à flexão, deve-se colocar o prisma na respectiva máquina de teste, com uma face lateral de moldagem sobre os cilindros de apoio e o seu eixo longitudinal perpendicular aos apoios. A carga é aplicada por meio do cilindro de carga a uma velocidade de 50 ? 1 N/s, até a rotura. No que diz respeito aos ensaios de resistência a compressão, deverá colocar-se os meios - prismas sobre as faces laterais de moldagem. Centrar lateralmente cada meio- prisma em relação aos pratos da maquina a ? 0,5 mm e longitudinalmente de modo que o fundo do prisma fique saliente em relação aos pratos cerca de 10 mm. A carga a aumentar, terá que ser uniforme e a velocidade de 2400 ? 200 N/s, até a rotura. Apresentação de resultados Resistência à flexão: Rf=1,5Ft x I bh2 Com: ? ? ? Bh2? área do prisma (mm); Ft? carga aplicada ao centro do prisma na rotura (N); I? distancia entre os apoios (mm); Carga (KN) 2,8919 2,7458 3,0468 Amostra 2 5 8 Resistência à compressão: Rc= Fc _ 1600 Com: ? ? Fc? carga máxima de rotura (N); 1600 = 40 mm x 40 mm , área dos pratos (mm2); Amostra 2 5 8 Amostra 2 Rf A (KN) 52,45 46,21 45,45 2 N/mm 10,845 5 10,297 8 11,426 B (KN) 49,71 46,45 44,95 2 Rf media N/mm 10,856 2 Rc N/mm 32,781 31,069 28,881 29,031 28,406 28,094 2 Rc media N/mm 29,71 A pesar de não se ter efectuado o ensaio aos 28 dias, o cimento pode considerar-se de boa resistência mecânica.