INTRODUÇÃO DE CARPAS (Cyprinidae) DE CULTIVO NO ESTUÁRIO DA LAGOA DOS PATOS Daniel Loebmann 1,2; Fábio Lameiro Rodrigues 1,3; Marcelo Bassols Raseira 1,4 ; Alexandre Miranda Garcia 1,5 & João Paes Vieira 1,6 1 Laboratório de Ictiologia, Departamento de Oceanografia, Curso de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica - FURG - Rio Grande, RS. [email protected], [email protected], 4 [email protected], [email protected], [email protected]. Embora tenham origem asiática, os ciprinideos, vem sendo utilizados em cultivos em todo o mundo. No Rio Grande do Sul, o uso de carpas em sistemas de policultivo em tanques e em lavouras de arroz, vem sendo adotado em diversas propriedades particulares. O presente trabalho descreve registros da ocorrência de carpas na região estuarina da Lagoa dos Patos. Dois exemplares foram capturados por pescadores artesanais no estuário e levados para o Laboratório de Ictiologia, onde foram fixados com formalina 10%, conservados em álcool 70 % e depositados na coleção de peixes da FURG. Em laboratório, foram medidos, pesados e identificados, sendo ambos pertencentes à espécie Hypophthalmichthys molitrix, conhecidos popularmente como Carpa-prateada. Os exemplares possuem as seguintes medidas: a) comprimento total = 105 cm e peso total = 14,75Kg e b) comprimento total = 88 cm e peso total = 8,90 Kg,. Embora até o momento tenham sido registradas apenas duas ocorrências de carpas para a região estuarina da Lagoa dos Patos, este número provavelmente deve ser bem maior, pois não existe nenhum esforço direcionado à sua captura, caracterizando assim como uma espécie introduzida neste ambiente. Esta espécie apresenta um hábito alimentar fitoplanctófago, alimentando-se na coluna de água. Além disto, um evento climático ocorrido no dia oito de outubro de 2001 provocou um forte vento do quadrante nordeste, causando um empilhamento de água sobre as ilhas do sistema da Lagoa dos Patos e continente, inundando locais que continham tanques de criação de carpas. Tendo em vista os fatos ocorridos, deve-se começar a discutir meios de manejo a fim de se evitar tais escapes e prevenir possíveis impactos ecológicos destes animais ao meio ambiente. Agência Financiadora: CAPES