Sistemas Mecânicos III - EXPERIMENTO I Bombas Mecânicas - Turma Mecânica PP 18/4/2008 Prof. Dr. Cláudio S. Sartori – Técnico: Fernando Martin Referências: INTRODUÇÃO: 1. G.L. Squires, "Practical Physics" (Cambridge University Press, 1991), capítulo 10, pp. 139-146; e D.W. Preston, "Experiments in Physics" (John Wiley & Forma Geral dos Relatórios Sons, 1985), pp. 2-3. 2. C. H. de Brito Cruz, H. L. Fragnito, Guia para Física Experimental Caderno de Laboratório, Gráficos e Erros, Instituto de Física, Unicamp, IFGW1997. 3. D.W. Preston, "Experiments in Physics" (John Wiley & Sons, 1985), pp. 21-32; G.L. 4. C.E. Hennies, W.O.N. Guimarães e J.A. Roversi, "Problemas No mínimo, para cada experimento o Experimentais em Física" 3ª edição, (Editora da Unicamp, 1989), capítulo V, Caderno de Laboratório deve sempre conter: pp.168-187. É muito desejável que seja um caderno grande (formato A4) pautada com folhas enumeradas ou com folhas enumeradas e quadriculadas, do tipo contabilidade, de capa dura preta, brochura. Chamaremos de Caderno de Laboratório. No verso deste caderno você pode fazer o rascunho a lápis. Na parte enumerada fará o relatório com a seguinte estruturação: 1. Título do experimento realização e colaboradores; data de 2. Objetivos do experimento; 3. Roteiro experimentais; dos procedimentos 4. Esquema do aparato utilizado; 5. Descrição dos principais instrumentos; 6. Dados medidos; 7. Cálculos; 8. Gráficos; 9. Resultados e conclusões. O formato de apresentação destes 9 itens não é rígido. O mais indicado é usar um formato seqüencial, anotando-se à medida que o experimento evolui. 1 BOMBAS E MOTOBOMBAS Introdução: Há diferentes bombas e modelos para diferentes funções. A seguir descreveremos os mais variados tipos e suas principais aplicações. Interior da Bomba rotativa: Sistema Coletor: Tipo : SEZ, PHZ, PNZ Aplicação: Suprir sistemas de irrigação, controle de inundação Design: Vertical e semi-axial e hidráulico-axial. Corte interno: Sistema Afogado: Bomba Carneiro - Hidráulico O Carneiro Hidráulico Kenya, ou Aríete é o equipamento ideal para o abastecimento de água em sítios, fazendas e chácaras. Funciona quando a força de propulsão gerada por uma queda d'água for conduzida ao seu interior pelo cano de entrada. Aplicações: Coleta de Esgoto, Abrasivos, Esgoto Doméstico. Meios Carregadas Transporte de água industrial. Modelos: KRT, família de bombas KSBANS destina-se ao bombeamento de produtos límpidos ou turvos, orgânicos ou inorgânicos, com ou sem sólidos em suspensão. Materiais abrasivos ou fibrosos, líquidos enlameados, entre outros. 2 No interior do bojo está instalada a Válvula de Retenção. É uma peça muito importante Sistemas Mecânicos III - EXPERIMENTO I Bombas Mecânicas - Turma Mecânica PP 18/4/2008 Prof. Dr. Cláudio S. Sartori – Técnico: Fernando Martin porque retém no interior do bojo a água e o ar comprimido, que são responsáveis pelo recalque d'água. Observando-se a coluna "Proporção", encontraremos a proporção desejada, ou seja, 1:8. Verificando-se a seguir as colunas de rendimentos de recalque em litros/hora na proporção 1:8, somente encontraremos no modelo 3 o recalque desejado, ou seja, de 106 a 170 litros por hora. Tabela Carneiro Hidráulico Kenya MODELOS Necessidade acionamento (l/minuto) 3 4 5 p/ 12 a 20 20 a 30 40 a 65 Cano Entrada 1" 1.1/4" 2" Cano Recalque 1/2" 1/2" 3/4" Peso (Kg) 14 20 34 Proporção Recalque 1:3 180300 300-420 640-950 1:4 120210 220-320 440-700 1:5 100170 180-270 350-570 1:6 80-140 150-220 300-480 1:7 70-120 115-190 245-420 1:8 60-105 105-170 210-360 1:9 55-100 90-150 180-320 1:10 45-85 85-135 150-290 1:11 40-80 75-120 140-255 1:12 40-70 70-110 125-255 1:13 35-65 65100 110195 1:14 30-60 60-95 1:15 30-55 55-85 85-155 1:16 25-50 50-80 80-140 1:17 20-45 50-75 70-125 1:18 20-40 45-70 60-110 1:19 18-40 40-60 55-105 em litros/hora instalação de curvas, joelhos ou formação de abaulamentos (voltas) em qualquer sentido, para que a força da propulsão gerada pela queda d'água atinja sua maior intensidade. 4º) O cano do recalque poderá ser galvanizado, de plástico ou de borracha, e TEORICAMENTE poderá ter comprimento ilimitado. Porém, o atrito d'água nas paredes do cano provoca perdas na força de recalque (100 metros de cano equivalem a 1 metro de elevação vertical). Por esta razão, quanto menos curvas ou abaulamentos tiver o cano de recalque, melhor será o rendimento. 5º) Recomendamos colocar a boca do cano de entrada no mínimo de 20 a 30 centímetros abaixo do nível normal d'água, bem como protegê-la com uma tela para evitar a penetração de impurezas. DO FUNCIONAMENTO 1º) O Carneiro Hidráulico (ou Aríete) funciona quando a força de propulsão gerada por uma queda d'água for conduzida ao seu interior pelo cano de entrada. 2º) No interior do bojo está instalada a Válvula de Retenção que retém no interior do bojo a água e o ar comprimido que são responsáveis pelo recalque d'água. É uma peça de borracha com grande durabilidade. Quando houver necessidade de substituí-la, deve-se tomar o cuidado de apertá-la através das porcas e arruela lisa, de tal forma que a borracha possa ser girada sem esforço com os dois dedos. Recomendamos jamais retirar o tampão superior externo do bojo. 100175 1:20 15-35 40-55 45-100 DA INSTALAÇÃO 1º) A queda vertical d'água deverá ter no mínimo 1,5 metros e no máximo 8 metros. 2º) Fixar o Carneiro (ou Aríete) sobre uma base firme e nivelada, distante do início da queda d'água de no mínimo 10 metros e no máximo 50 metros. 3º) Obrigatoriamente, o cano de entrada deverá ser Galvanizado, bem como mantido em linha reta e sempre em declive desde o início da queda até a entrada do Carneiro. Jamais será permitida a 3 3º) A Válvula Motora é de vital importância, pois da água que penetra no Carneiro Hidráulico, uma parte destina-se ao recalque e a outra se destina como força propulsora. Ela é composta de Martelo e Castelo. O Martelo tem movimento, e se o curso do mesmo for convenientemente ajustado obteremos um excelente rendimento no recalque e uma menor perda d'água. Regula-se o curso do Martelo através do Parafuso de Regulagem que se localiza debaixo da Válvula Motora e atarraxando na parte externa inferior da base do Carneiro. Sugerimos, quando da instalação inicial de um Carneiro modelo 3 deixar o Martelo com o curso de mais ou menos meio centímetro e quase um centímetro para os modelos 4 e 5. Instalado o Carneiro, já com água em seu interior, deve-se pressionar para baixo e por alguns instantes a haste do Martelo para dar início ao processo de recalque. Havendo necessidade, deve-se repetir a operação por duas ou três vezes. Depois de iniciado o recalque d'água, recomenda-se que lentamente se vá aumentando ou diminuindo, se necessário for, o curso do Martelo até que se obtenha o recalque em litros por hora previsto na tabela. Encontrado o recalque desejado, limita-se definitivamente o curso do Martelo travando-se firmemente o Parafuso de Regulagem através da porca e arruela lisa (de metal) que irão pressionar firmemente a Arruela de Vedação (de borracha) contra a base do Carneiro Hidráulico para evitar a fuga d'água pela rosca do Parafuso de Regulagem. O Martelo ao trabalhar bate de encontro ao Parafuso de Regulagem provocando um lento desgaste. Por esta razão, recomendam-se duas ou três regulagens anuais de seu curso. 4º) Trabalhando ininterruptamente durante longos períodos, e por circunstâncias diversas, o volume de ar comprimido dentro do bojo poderá ser absorvido pela água ocasionando a paralisação do Martelo e interrompendo o recalque d'água. Acontecendo esta paralisação, deve-se desatarraxar os 4 parafusos que fixam o bojo do Carneiro, permitindo o escoamento d'água e a penetração do ar. Para facilitar este ou qualquer outro conserto no Carneiro sugerimos a instalação de um "Registro Vane" ou "Torneira de Passagem Reta", distantes em cerca de 20 centímetros do mesmo, colocados tanto no cano de entrada como no de recalque. O Carneiro Hidráulico é o equipamento ideal para o abastecimento de água em sítios, fazendas e chácaras. Mais água com menos vento para: CHÁCARAS SÍTIOS FAZENDAS IRRIGAÇÃO PISCICULTURA OXIGENAÇÃO E RENOVAÇÃO DA ÁGUA Instalação: Poços artesianos, semi-artesianos, arroios, açudes e vertentes; Retiram água de até 100 metros de profundidade ou podem recalcar até 50 metros de altura. Vazão: Pode variar até 5000 l/h de acordo com o modelo de cata-vento e o tipo de bomba a ser usado. Bomba: 1 1/4", 2", 3", 4" e 6" polegadas de diâmetro. Torre: Com 6, 9, 12, 15, 18, 21 e 24 metros de altura, com pintura fundo zarcão e acabamento alumínio e torres especiais galvanizadas a fogo para zonas marítimas. VERTENTES POÇOS ARTESIANOS POÇOS COMUNS MÁQUINA: com duas engrenagens pequenas e duas grandes. Comando duplo de bielas em banho de óleo com regulagem de curso para regiões de ventos fracos. MAIS ÁGUA COM MENOS VENTO: Menor quantidade de vento Maior volume d´água por hora Maior profundidade do poço Maior curso do pistão até 26 cm Bomba de até 6" Vazão de até 120.000 litros por dia (24Hs) PISCICULTURA Oxigenação e renovação da água com catavento O senhor tem açude? Cria peixes? Então deve movimentar a água para oxigenação. Com certeza a produção aumentará e diminuirá a mortandade por falta de oxigênio. Instale um CATAVENTO e resolva o problema de falta de oxigênio na água. Água de açude parada não produz oxigênio. É preciso movimentá-la com o CATAVENTO. SISTEMA DE INSTALAÇÃO 4 Sistemas Mecânicos III - EXPERIMENTO I Bombas Mecânicas - Turma Mecânica PP 18/4/2008 Prof. Dr. Cláudio S. Sartori – Técnico: Fernando Martin O CATAVENTO não polui, é decorativo e ecologicamente correto, e bombeia água de graça por muitos anos. 2-2 09282-20008 6213430 RETENTOR 3 09263-25025 6212390 ROLAM. AGULHA 25X33X15 4 09206-11016 6211640 PINO Bomba Manual: Bomba manual é utilizada para bombeamentos manuais, com baixíssimas vazões ( < 500 litros/hora ), com baixas profundidades, e requer o trabalho braçal humano. Sua instalação ( Figura 23) é feita diretamente acoplada à boca do poço com um sistema de sucção dentro do poço. Seu funcionamento, como dito, é manual, através de movimentos constantes de uma alavanca. 5 17472-95200 6225900 JUNTA PLACA BBA. DAGUA 6 17471-95504 6225830 PLACA INF. BOMBA DAGUA 7 17461-95301 6225690 ROTOR BOMBA DAGUA 8 09420-04005 6215920 CHAVETA 9-1 17411-95205 6106820 CORPO BBA. D´AGUA (OBM) 9-2 17411-95206 6225430 CARCACA 10 17400-95550 6225320 KIT REPARO BOMBA DAGUA 11 09108-08088 6204720 PARAFUSO SEXTAVADO 12 09162-08007 6208670 ARRUELA PRESSAO 13-1 09140-08016 6206360 PORCA 13-2 09140-08019 6206370 PORCA 8MM 14-1 17560-95502 6226080 TUBO DAGUA 14-2 17560-95263 6226070 TUBO DAGUA (UL) 15 17563-95500 6226350 TUBO AGUA (LL) 16 17564-95501 6226410 TUBO INFERIOR 17 09117-08047 6205370 PARAFUSO SEXTAVADO A Bomba Manual Kenya é uma bomba aspirante premente em ferro fundido com capacidade de sucção de 7 metros e reclaque de 8 metros. Usando um cilindro intermediário aumentará a capacidade de sucção para 30 metros Bomba elefante: Bomba dágua – Automóveis: BOMBA DE AGUA DT-85TC Ref. Cod.Fab. Cod.CCM Água, muita água com a Bomba Elefante super leve, acionada manualmente com o cavalo mecânico simples da Cataventos Kenya, que reduz em 90% da força mecânica para bombear. Descricao 1 56130-95511 6244100 CARCACA INFERIOR 2-1 09282-20007 6213420 RETENTOR 5 Dados Técnicos Retira água de até 60 metros de profundidade. Eleva água até 10 metros de altura (usando pulmão e gaxeta repressora). Vazão: com 30 acionamentos por minuto produz 900 litros/hora ou ½ litro por acionamento. A Bomba Elefante pode ainda ser acoplada a qualquer tipo de catavento. Bombas de Vácuo – As bombas de vácuo são utilizadas quando queremos exaurir o ar de um sistema a ser exaurido. A seguir ilustramos as denominações das regiões de diferentes pressões e o tipo de bomba utilizado para atingi-las. As bombas de vácuo podem ser classificadas como: 1. Bombas com deslocamento de gás retiram os gases do sistema expelindo-os para a atmosfera 2. Bombas que trabalham a partir da pressão atmosférica (bombas rotativas) 3. Bombas que trabalham à pressões subatmosférica - requerem a ligação a uma bomba de vácuo primária para remover os gases para a atmosfera (bombas rotativas e bombas de vapor) 4. Bombas de fixação - retêm os gases dentro da própria bomba. Para se atingir baixas pressões associam-se duas ou mais bombas de vácuo, constituindo, assim, sistemas ou grupos de bombeamento. 6 Nas bombas mecânicas há passagem de gás da entrada para a saída provocada pela transferência de momento linear (energia) entre um meio motor e o gás. Ex: bombas rotatórias (vácuo primário), as "roots" e bombas moleculares (alto vácuo). Nas bombas de vapor o vapor de água, mercúrio ou óleo de baixa tensão de vapor é que arrasta as moléculas de gás da entrada para a saída da bomba. Esses tipos de bombas necessitam sempre de bombas de pré-vácuo associadas, de modo que o vapor seja orientado no sentido mais conveniente à extração dos gases. Classificação de bombas à vapor: a. Ejetores de vapor - 1013 a 4.102 mbar b. Difusoras - < 10-3 mbar c. "Booster"- 10-2 a 10-4 mbar A razão de compressão de uma bomba de vácuo é definida como o quociente entre as pressões à saída da bomba e à entrada, prestando-se como um parâmetro de caracterização de bombas mecânicas e de vapor. Ao contrário, nas bombas de fixação o gás é retirado do volume a bombear fixando-se em paredes que tem a propriedade de "bombear" gases, não havendo compressão do gás e este também não é expulso à atmosfera. As bombas de fixação atingirão uma saturação ao final de um período de trabalho mais ou menos longo, podendo ser regenerada. Os processos de fixação dependem das ligações que se estabelecem entre as moléculas da parede e do gás a bombear, o que faz com que o bombeamento seja seletivo. Processos para que ocorra a fixação, podem ser classificados em: a. Absorção - quando as moléculas penetram no interior da parede e ficam inclusas no material. Ex.: zeolita, alumina, carvão ativado. Este processo geralmente é reversível b. Adsorção - uma camada de gás se deposita numa superfície estabelecendo ligações entre suas moléculas e a superfície. As ligações podem ser químicas (forte) ou físicas (fracas). c. Ionização - quando ocorre a ionização das moléculas seguida de penetração dos íons com grande energia nos materiais da parede. d. Condensação ocorre a condensação das moléculas numa superfície arrefecida. As bombas de fixação mais utilizadas são: bombas de absorção; bombas de adsorção; bombas iônicas e de adsorção; bombas criogênicas. Bombas Rotatórias com Vedação a Óleo Sistemas Mecânicos III - EXPERIMENTO I Bombas Mecânicas - Turma Mecânica PP 18/4/2008 Prof. Dr. Cláudio S. Sartori – Técnico: Fernando Martin Bombas rotatórias são aquelas que asseguram o vácuo primário. As bombas rotatórias consistem de um corpo cilíndrico (estator) e o rotor montado no centro do estator. Fundamentalmente são compressores que extraem os gases do sistema lançando-os na atmosfera. A vedação é feita com óleo que também serve como lubrificante dos componentes móveis. Os óleos usados tem tensão de vapor bastante baixa. As bombas rotatórias dividem-se em: 1. Bombas de pistão rotatório 2. Bombas de palhetas 2.1. duas palhetas 2.2. palheta simples Podem ainda ser de um ou dois estágios. É comum exprimir a velocidade de bombeamento das bombas rotatórias em L/min, podendo ter valores entre 10 a 90.000 L/min. Bombas de um estágio atingem pressão limite de 10-2 mbar e de dois estágios de 10-4 mbar. Para melhorar o bombeamento quando existem vapores, as bombas estão geralmente equipadas com um balastro ("gas ballast"), ou seja, uma pequena válvula de entrada de ar, regulável, situada numa posição que corresponde quase ao fim do ciclo, portanto, à fase de compressão. H A F E G D C B Óleo Características: Pressão: 10-2 Pa R 7 Componentes: C: Cilindro excêntrico. F: Mola. H: Abertura da parte superior. G: Válvula. A: Tubo que liga o recipiente a ser exaurido R à bomba de vácuo. B: Espaço onde passa o ar. D: Palheta deslizante. Aplicações: Lâmpadas elétricas, tubos de imagem de TV, tubos de osciloscópios, células fotoelétricas, tubos de raios X, etc. Bomba Difusora e Bombas Moleculares: Uma bomba difusora é constituída por um invólucro cilíndrico dentro do qual existem uns vaporizadores para o líquido da bomba e sobre este uma chaminé que conduz o vapor aos vários andares de ejetores. As moléculas do vapor do fluido ao saírem dos ejetores arrastam as moléculas do gás existente dentro da bomba para baixo e de encontro às paredes da bomba. Como estas são arrefecidas, por circulação de água ou ar, dá-se a condensação do fluido que volta ao vaporizador. O gás arrastado é comprimido na parte inferior de onde é retirado pela bomba rotatória associada à bomba de difusão. O vácuo atingido por estas bombas é determinado pela tensão de vapor do fluido da bomba. Os fluidos utilizados em bombas de difusão são: mercúrio (Hg) ou óleos especiais de muito baixa tensão de vapor. Quando se usa o mercúrio é necessário colocar uma armadilha criogênica ("trap") de nitrogênio líquido entre a bomba e o volume a bombear para condensar o vapor de Hg, visto que a tensão de vapor de mercúrio à temperatura ambiente (20oC) é de aproximadamente 10-3 mbar. Na associação: bomba de pré-vácuo (rotatória) e bomba de difusão, esta última nunca deve ser ligada sem que se estabeleça antes um vácuo primário de 10-1 mbar, caso contrário, o óleo ou mercúrio oxidam-se devido ao aquecimento na presença do ar. As bombas moleculares baseiam-se na transferência de energia de um rotor a grande velocidade para as moléculas de gás situadas entre o rotor e o estator. Às moléculas é dada energia de modo que saiam do sistema a evacuar. As bombas moleculares dividem-se em: bombas de arrastamento molecular e bombas turbomolecular. Bombas criogênicas O funcionamento destas bombas baseia-se na introdução de uma superfície arrefecida a temperatura muito baixa no volume a bombear. Os gases existentes nesse volume são condensados até atingirem pressões da ordem das suas tensões de vapor à temperatura da superfície. Utilizando nitrogênio líquido (77K) para arrefecer a superfície, consegue-se um Desenho esquemático: 8 Sistemas Mecânicos III - EXPERIMENTO I Bombas Mecânicas - Turma Mecânica PP 18/4/2008 Prof. Dr. Cláudio S. Sartori – Técnico: Fernando Martin aumento muito grande da velocidade de bombeamento, pois uma parte dos gases residuais são condensáveis a essa temperatura. Consegue-se um bombeamento eficaz do vapor d’água, mas a velocidade de bombeamento é muito baixa para o oxigênio e nula para o nitrogênio, hidrogênio e outros gases. Pode-se ainda usar o hélio líquido (4,2K). Medidores de vácuo Pirani Este tipo de medidor é formado por um tubo metálico ou de vidro, e um filamento aquecido instalado no centro tubo. Mede-se a variação da resistência deste filamento que está a temperatura de 120oC. A remoção do calor do filamento faz-se por meio dos átomos e moléculas que colidem com o filamento. estes recebem energia térmica do filamento e perdem-na em choques com a parede de tubo que está a temperatura mais baixa. A perda de calor pelo filamento é função do número de moléculas presentes, e portanto, da pressão. Em geral, o filamento faz parte de uma ponte de resistência e avariação da resistência é medida pelo desequilíbrio da ponte. Medidores Pirani medem pressões até 10-3 a -4 10 mbar. Características: Medidor de vácuo tipo Pirani, de dimensões reduzidas para facilitar a instalação e o manuseio. Pode ser usado em painéis ou na bancada. Mede o vácuo situado entre 1,0 x 10+3 e 1,0 x 10-3 mBar. 9 Incorpora uma fonte chaveada interna que se ajusta ROTEIRO automaticamente à tensão da rede de alimentação para EXPERIMENTO/AULA valores situados entre 90 e 240 Volts. Indicação digital. PROCEDIMENTO: Pode ser fornecido para um canal de leitura, para dois canais de leitura, e podem incorporar , ainda, dois 1. Leitura – manual - Bombas. vacuostatos para automação ou controle de processo. 2. Observar na bomba as indicações Saída para registrador de 0 a 10 Volts (ou de 4 a 20 básicas e anotar, conforme a Tabela: mA opcional). Dados Bomba de Bomba de Medidor de Vácuo - Eletrônico - Tipo Operacionais vácuo água Penning - DP UNOPEN e DUOPEN Medidor de vácuo de cátodo frio para medida de ultra alto vácuo. Características: Pode ser fornecido em dois modelos. Só medidor Penning (Senspen), ou então combinado com sensores Pirani (Duosens). O modelo UNOPEN cobre a faixa de leitura situada entre 1,0 x 10-2 a 1,0 x 10-6 mBar, com indicação digital. O modelo DUOPEN cobre a faixa de leitura situada entre 1,0 x 10+3 a 1,0 x 10-6 mBar, com indicação digital. Bornes estão disponíveis no painel traseiro de ambos os modelos (Senspen e Duosens) para permitir que ele seja controlado por um sistema externo (chave ou comando). Vacuostato especial interno no modelo Duosens que faz a comutação automática do sensor Pirani para o sensor Penning quando o vácuo for melhor do que 1,0 x 10-2 mBar. Comutação automática da rede de alimentação, 110 ou 220 Volts. Pode ser fornecido com vacuostatos adicionais para automação ou controle de processos. 3. Faça um estudo das diferentes bombas citadas na aula e suas aplicações: - Bombas rotativas de água. – Bombas de água utilizadas em automóveis. 4 – Bombas de vácuo. 5. Pesquise outros tipos de medidores de vácuo e as faixas correspondentes de pressão que alcançam. 6. 7. Observações/ Conclusões Referências Referências http://www.sensum.net/sensfil_dw100p.html 10