A Fifa estabeleceu o ano de 2004
como limite para a elaboração de
um calendário único no futebol
mundial. Além disso, serão
programadas quatro semanas
para as férias dos jogadores.
UM JORNAL COMPROMETIDO COM OS INTERESSES DO RIO GRANDE HÁ MAIS DE UM SÉCULO
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 26 DE MARÇO DE 2000
Rubinho é Brasil na Fórmula 1
Com a poderosa Ferrari e apoiado por imensa torcida, ele quer entrar na história em Interlagos
AFP / CP
Guiar uma flamante Ferrari vermelha na cidade onde nasceu, diante de
sua torcida. O que parecia um sonho para Rubinho Barrichello vai virar realidade neste domingo, a partir das 14h, no Autódromo de Interlagos, em São
Paulo. O Grande Prêmio do Brasil será a verdadeira prova de fogo para os nervos de Rubinho, que vai encarar arquibancadas lotadas: todos os ingressos
foram vendidos. Para quem assistiu ao GP da Austrália pela televisão, o segundo lugar do brasileiro teve sabor de “quero mais”. O sonho de ver a bandeira verde e amarela no lugar mais alto do pódio novamente continua.
Mas, em Melbourne, a McLaren-Mercedes facilitou as coisas. Com Mika
Hakkinen e David Coulthard fora da corrida, por problemas mecânicos, a Ferrari tinha praticamente obrigação de fazer dobradinha. Não se deve esperar
tanta tranqüilidade em São Paulo. A escuderia inglesa garante estar melhor
do que nunca e promete ir à forra. Hakkinen já andou até dizendo que pretende dar início, no Brasil, ao caminho rumo ao tricampeonato. A Ferrari, por
sua vez, está embalada pelo bom resultado na primeira prova do ano. O GP do
Brasil terá 72 voltas de 4.258 metros, totalizando 306,576 quilômetros.
GP que consagrou
quatro brasileiros
Dos 21 pilotos brasileiros que já
correram na F-1, o único a vencer,
além dos tricampeões Nélson Piquet
e Ayrton Senna e do bicampeão
Émerson Fittipaldi, foi José Carlos
Pace, o “Moco”. E ele ganhou em casa. No GP do Brasil de 1975, em Interlagos, ao volante de uma reluzente Brabham BT44-Ford, “Moco” fez a
dobradinha brasileira com Émerson, o “Rato”, na época campeão
mundial pela McLaren.
Dois anos depois, “Moco” morreria em um acidente aéreo em São
Paulo. O apelido “Moco” era originário de sua timidez fora da pista. Na
vitória de 25 anos atrás ele contou
com boa dose de sorte, pois não era
considerado um dos favoritos.
Futuro do Grêmio será definido dia 28
Uma grande chance para Rubinho Barrichello vencer sua primeira corrida na F-1
O Grêmio aguarda com expectativa a decisão final do Congresso Nacional sobre a medida provisória
2011-4. Terça-feira, dia 28, encerrase o prazo de vigência da MP que impede que uma mesma empresa controle, administre ou gerencie mais
de um clube de futebol. Mesmo que
a parceria com a empresa suíça ISL
não envolva controle, mas apenas a
exploração do potencial do marketing do clube, é arriscado, de acordo
com os dirigentes tricolores, assinar
o contrato neste momento. “O texto
é dúbio”, observa o vice-presidente
de assuntos extraordinários, Jayme
Eduardo Machado. No Brasil, a ISL
já assinou com o Flamengo.
Jayme Eduardo é objetivo: “Há
três hipóteses para terça-feira: ou a
MP vira lei, ou é prorrogada novamente com a redação atual ou se redige outra medida provisória, com
novo texto.” As duas primeiras hipóteses inviabilizam a assinatura do
contrato. O Grêmio, porém, tem
convicção de que uma nova MP será
redigida, deixando bem claro que a
parceria entre o clube e a ISL é totalmente diferente do acordo que envolve Corinthians e Hicks, Muse, por
exemplo, em que há controle administrativo e gerenciamento.
Havendo alteração da MP, a assinatura do contrato será celebrada
em poucos dias. “Mesmo que não
exista nada no papel, mantemos
com a ISL uma união estável”, enfatiza Jayme Eduardo Machado. Dias
atrás, o representante dos suíços no
Brasil, Wesley Cardia, disse que a
relação “é de namoro”.
O vice-presidente de Finanças,
Martinho Faria, também não teme
retrocesso na parceria. “Só não queremos afrontar o governo brasileiro.
Esperamos pela palavra dos legisladores.” Martinho garante que, enquanto o contrato não é assinado, o
Grêmio mantém em dia todos os
seus compromissos. “Desafio quem
diz que temos débitos com fornecedores. Se provarem, pago uma multa sobre o valor.”
As prioridades do Inter Gauchão: um vai cair
Os últimos jogadores que chegaram ao Beira-Rio não
encerraram o ciclo de contratações. O Inter continua à
procura de reforços para o time que disputará a Copa do
Brasil e o Gauchão. Integrantes da comissão técnica
afirmam que as observações continuam e que as prioridades são um zagueiro experiente e um goleiro.
O último nome cogitado foi do zagueiro Marcelo Souza, 30 anos, do Guarani de Campinas. O jogador foi oferecido por empresários, mas o dirigente do clube paulista, José Luiz Lorenzeti, disse que, se houver uma proposta oficial do Inter, vai avaliar. O empréstimo por dois
anos do jogador custa R$ 150 mil e seu salário é de
R$ 28 mil. Marcelo é dono de seu passe e possui contrato com o Guarani até 31 de dezembro próximo. Milton
do Ó, do Paraná, também chegou a interessar, mas integrantes da comissão técnica acreditam que ele atravessa má fase e, portanto, não resolveria o problema.
O grupo 1 do Gauchão define hoje qual será a equipe rebaixada para a Série B na próxima temporada. Estão na corda bamba o Internacional, de Santa Maria,
com oito pontos, e o Pelotas, com 10. Esportivo e Caxias
já estão classificados para o octogonal final do torneio,
que terá ainda Grêmio, Inter e Juventude.
O Pelotas vai a Bento Gonçalves enfrentar o invicto
Esportivo. No mesmo horário, o Inter (S.M.) joga fora de
casa diante do Rio Grande. Fechando a rodada, o Veranópolis recebe o Caxias. Este é o primeiro ano desde
1997 que o Veranópolis não consegue se classificar para a fase final do Gauchão. Os jogos começam às 16h.
A rodada foi cercada por muita polêmica no início da
semana. O técnico Ernesto Guedes, do Pelotas, disse ter
ouvido do treinador do Rio Grande, Francisco Neto, que
este forçaria a derrota para o Internacional (S.M.), provocando a queda da equipe pelotense.
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