EFICIÊNCIA&ENERGIA EUROPA
por | FILIPA CARDOSO
Eficiência energética
Edifícios são ponto-chave na nova
estratégia europeia
A previsão de que a Europa vai falhar a meta de 20% para a eficiência energética
exigiu uma acção imediata com vista à poupança de energia. A resposta de
Bruxelas chegou a 8 de Março com a apresentação do novo Plano de Acção
para a Eficiência Energética europeu. Medidas nos sectores dos edifícios,
público e industrial são os eixos de uma estratégia que remete apenas
para 2013 a possibilidade de introdução de metas nacionais obrigatórias.
F
oi uma Europa consciente de que
não está a fazer o suficiente para
cumprir a meta de 20% de eficiência energética em 2020 que revelou,
a 8 de Março, em Bruxelas, uma nova
estratégia que espera ser capaz de
reverter essa situação. O novo Plano
de Acção para a Eficiência Energética
(PAEE) europeu tem como base medidas concretas nas áreas dos edifícios,
sector público e indústria e prevê uma
abordagem faseada para a definição de
objectivos, cabendo inicialmente aos
Estados-Membros o estabelecimento de
metas e de programas nacionais, que
serão apoiados e avaliados pela Comissão Europeia. A proposta de Bruxelas
58 | Maio/Junho climatização
passa por uma abordagem em duas
fases: em 2013, será feita uma análise
dos resultados até aí conseguidos e, se,
com base nestes, as previsões continuarem a apontar para o incumprimento
da meta de 20%, dá-se início a uma segunda fase em que Comissão irá propor
a introdução de metas legais nacionais
obrigatórias. A partir de agora, a Comissão vai monitorizar a implementação do
Plano e as medidas apresentadas serão
integradas numa proposta de legislação
a ser conhecida nos próximos meses.
Para já estão anunciadas medidas, como
a revisão das Directivas relativa à Eficiência na Utilização Final de Energia
e aos Serviços Energéticos (2006/32/
Apesar de existirem actualmente
técnicas capazes de reduzir significativamente o consumo energético dos edifícios existentes,
a Europa sabe que a taxa de
renovação é ainda muito baixa,
o que se deve a uma série de
barreiras. O plano europeu prevê
medidas que ajudem a ultrapassar estes obstáculos, começando
pela abordagem às necessidades
de aquecimento dos edifícios.
EC) e para a Cogeração (2004/8/CE), a
adopção de medidas para a concepção
ecológica e rotulagem energética, o
lançamento da Iniciativa “Smart Cities
and Communities” e a apresentação de
propostas sobre mecanismos financeiros que deverão trazidos a público na
discussão orçamental da União Europeia
(UE) de 2011.
A confirmação de que a UE deverá falhar
a meta dos 20% chegou em Fevereiro,
durante o Conselho Europeu dedicado
à Energia e Inovação, ficando claro que
“é necessária uma acção determinada
para explorar o considerável potencial
existente no que respeita a uma maior
poupança de energia nos edifícios,
nos transportes, nos produtos e nos
processos”. Esta necessidade foi também evidenciada na Comunicação do
Plano, cujas medidas poderão resultar
em poupanças anuais de 1000 euros
por agregado familiar e na criação de
dois milhões de postos de trabalho. De
acordo com o documento, a eficiência
energética é “um dos caminhos mais
rentáveis para reforçar a segurança do
abastecimento energético e para a redução de emissões de gases com efeito
de estufa e de outros poluentes” e pode
mesmo ser vista como “a maior fonte
energética da Europa”. No âmbito da
Directiva Europeia relativa aos serviços
energéticos (2006/32/EC), os EstadosMembros foram obrigados a elaborar
um plano nacional de acção para a eficiência energética (PNAEEs) e que vieram
a servir de enquadramento nacional
para o desenvolvimento de uma política
para a eficiência energética direccionada
para os consumidores finais. No entanto,
o novo Plano europeu pretende alterar
essa questão, alargando o âmbito dos
PNAEEs a toda a cadeia energética e
desbloqueando um maior potencial de
poupança. “As medidas propostas neste Plano pretendem completar a falha
existente para alcançar a meta europeia
dos 20% de poupança energética, assim
como ajudar a concretizar a nossa visão
para 2050 de um economia eficiente ao
nível dos recursos e de baixo carbono, e
também almejando a um aumento da
independência energética e da segurança do abastecimento”, refere.
Edifícios
O imenso potencial dos edifícios na redu-
ção do consumo energético tem sido por
várias vezes defendido pela Comissão
e, tal como tinha já sido antecipado,
o PAEE pretende aproveitá-lo, através
da criação de “instrumentos que alavanquem os processos de renovação
nos edifícios públicos e privados e a
melhoria do desempenho energético
dos componentes e equipamentos
usados nestes”.
Apesar de existirem actualmente
técnicas capazes de reduzir significativamente o consumo energético dos
edifícios existentes, a Europa sabe que
a taxa de renovação é ainda muito
baixa, o que se deve a uma série de
barreiras. O plano europeu prevê medidas que ajudem a ultrapassar estes
obstáculos, começando pela abordagem às necessidades de aquecimento
dos edifícios. Nesta área, a Comissão
propõe-se a explorar as soluções
possíveis, incluindo a promoção do
uso das redes urbanas no contexto
do planeamento urbano.
No âmbito dos obstáculos legais, a
Comissão quer combater o “incentivo
dividido”, que acontece entre senhorios e ocupantes das habitações na
altura de reabilitar do ponto de vista
energético os edifícios, uma vez que
os investimentos são feitos por um e
os benefícios aproveitados pelo outro.
Para isso, deverá ser apresentada em
breve legislação que exige que os
Estados-Membros apresentem medidas para ultrapassar a situação.
Do mesmo modo, a falta de formação
dos profissionais do sector dos edifícios
tem sido uma questão actual pertinente. “Existe uma falta de formação apropriada para arquitectos, engenheiros,
auditores, técnicos e instaladores, em
particular para aqueles envolvidos na
reabilitação. Hoje existem cerca de 1.1
milhões de trabalhadores qualificados
estão disponíveis , quando se estima
que serão necessários 2.5 milhões em
2015”, refere o documento. A solução
europeia é o lançamento do programa
“BUILD UP Skills: Sustainable Building
Workforce Initiative”, que vai apoiar
os Estados-Membros na avaliação
das necessidades de formação para
o sector da construção, desenvolvendo
estratégias para a sua resolução e
encorajando programas de formação
eficazes. A Comissão vai também
climatização Maio/Junho | 59
© EuropeanUnion2011
EFICIÊNCIA&ENERGIA EUROPA
Günther Oettinger
trabalhar com os Estados-Membros
no sentido de adaptar os currículos
profissionais e universitários às novas
necessidades de qualificação. A Iniciativa “An Agenda for New Skills and
Jobs” vai também dar o seu contributo,
apelando à oferta de qualificações
que respondam às necessidades do
mercado de trabalho.
As empresas de serviços energéticos
(ESCO) têm um papel a desempenhar
no alcance de uma maior eficiência
energética, mas continuam ainda a
deparar-se com barreiras significativas
que são necessárias de ultrapassar.
Dentro do novo PAEE, a Comissão
propõe que os Estados-Membros
forneçam visões de mercado, listas
de empresas fornecedoras de serviços
energéticos e modelos de contratos.
“Para que as ESCO desempenhem o
seu papel, estas precisam de acesso
a recursos financeiros. Financiamento
inovador de elevada influência tanto
ao nível nacional como europeu seria
uma forma apropriada de catalisar
o desenvolvimento deste mercado,
por exemplo, através da expansão
do acesso a financiamento com base
nos projectos via instrumentos que
podem incluir a provisão de liquidez
e de garantias, linhas de crédito e
fundos circulares”.
Eficiência energética
no sector público
O sector público é outro dos pilares
de acção para a retoma da eficiência
energética na Europa, como aliás é
60 | Maio/Junho climatização
antevisto por várias directivas comunitárias. Assumir o papel de exemplo
vai ser cada vez mais uma obrigação para as autoridades públicas,
cujos edifícios compreendem cerca
de 12% do parque edificado existente
europeu. “Uma forte ênfase na eficiência energética no sector público é
crucial, cobrindo compras públicas,
reabilitação de edifícios públicos e o
encorajamento de elevados desempenhos nas cidades e comunidades”,
refere o Plano, acrescentando que o
sector “pode criar novos mercados
para tecnologias, serviços e modelos
de negócio no âmbito da eficiência
energética”. Para isto, a despesa pública deve ser orientada nesse sentido,
ajudando a “reduzir as despesas com
facturas energéticas e oferecendo um
valor acrescentado por dinheiro”.
Seguindo aquilo que é estabelecido
pela revisão da Directiva para o Desempenho Energético dos Edifícios
(EPBD 2010), em 2019 todos os novos
edifícios públicos terão de ter necessidades quase nulas de energia, no
entanto a acção do Estado terá de
incidir também nos edifícios existentes. O Plano aconselha que, pelo
menos, se duplique a taxa de renovação actual, sendo que a Comissão
vai apresentar um instrumento legal
que obrigue as autoridades públicas
a reabilitarem pelo menos 3% dos
seus edifícios anualmente. O Plano
considera os contratos de desempenho
energético uma importante ferramenta para alavancar a reabilitação dos
No âmbito dos obstáculos legais,
a Comissão quer combater
o “incentivo dividido”, que acontece entre senhorios e ocupantes
das habitações na altura de
reabilitar do ponto de vista energético os edifícios, uma vez que
os investimentos são feitos por
um e os benefícios aproveitados
pelo outro. Para isso, deverá ser
apresentada em breve legislação
que exige que os Estados-Membros apresentem medidas
para ultrapassar a situação.
EFICIÊNCIA&ENERGIA EUROPA
Especialistas
consideram PAEE
pouco ambicioso
O novo Plano para a Eficiência Energética europeu foi considerado por
muitos como “tímido” e alguns
especialistas chegaram mesmo a
questionar a sua viabilidade, avançou
o sítio online EurActiv. O facto de a
Comissão Europeia não assumir uma
meta obrigatória para a eficiência
energética e adiar uma eventual decisão nesse sentido para 2013 é uma
das principais críticas feitas. Citado
pelo EurActiv, Randall Bowie, um dos
responsáveis pelo Plano anterior e
pela Directiva relativa à eficiência na
utilização de energia final e aos Serviços de Energia (2006), admitiu que
“se houvesse metas obrigatórias, isso
asseguraria que os Estados-Membros
fariam um trabalho de implementação e transposição bom e ambicioso”
e que, sem uma obrigatoriedade,
“é menos provável que se consiga
alcançar o objectivo”.
“É preciso começar a transição para
um economia de baixo carbono
competitiva agora. Quanto mais
esperarmos, mais elevados serão
os custos”, comentou a Comissária
para a Acção Climática europeia,
Connie Hedegaard. O director-geral
do Comité Europeu dos Fabricantes
de Equipamentos Domésticos, Luigi
Meli, partilha da mesma opinião,
afirmando ao EurActiv que “esperar
até 2013 para fazer uma avaliação
sobre se a Europa está a caminho do
objectivo é completamente injustificado. Há algumas boas intenções no
plano mas não o sentido de urgência
que é necessário para remendar a
situação”, continuou.
Em Janeiro, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já se
tinha mostrado descontente com
os progressos feitos no âmbito da
eficiência energética e apelou para
que fossem tomadas “medidas concretas” para inverter a situação, no
entanto, o responsável não disse se
concordava ou não com a introdução
de uma meta obrigatória.
62 | Maio/Junho climatização
POUPANÇA ENERGÉTICA, REDUÇÃO DE EMISSÕES E
MELHORIA DO MEIO AMBIENTE
edifícios, mas existem ainda várias
barreiras ao seu desenvolvimento,
que a Comissão tentará ultrapassar
com propostas legislativas a serem
apresentadas ainda este ano.
Financiar o PAEE
De onde vem o dinheiro para avançar
com medidas é uma questão pertinente mas que nem sempre encontra
uma resposta esclarecedora. Na sua
comunicação para o PAEE, a Comissão
enumera os mecanismos financeiros
actualmente disponíveis para financiar
estas medidas. No âmbito da eficiência energética, a estratégia passa
pelo intensificação de um mercado
de incentivos e do tabelamento de
preços através de taxas de carbono e
de obrigações de poupança de energia
ao nível nacional para empresas de
utilities, o que será ainda complementado com uma melhoria da disponibilidade de produtos financeiros
adequados. “Uma vez que os custos
de investimento representam uma
barreira financeira significativa ao
uso de tecnologias energéticas eficientes, a disponibilidade dos fundos
representa um importante papel no
aceleramento do investimento”, diz o
PAEE. Actualmente, a União Europeia
dispõe já de alguns mecanismos de
financiamento à eficiência energética.
O maior é o Fundo de Coesão (20072013), que prevê 4,4 mil milhões de
euros para apoiar projectos de eficiência energética, cogeração e gestão
de energia em edifícios públicos e
comerciais, tendo recentemente sido
alargada também aos residenciais e
permitido o recurso de instrumentos
de engenharia financeira também para
a eficiência energética nos edifícios. O
Programa Energia Inteligente Europa
2007-2013 (EIE), com 730 milhões,
conta também com o projecto ELENA, que apoia autoridades locais e
regionais nos custos de assistência
técnica para que estas consigam o
investimento para a energia junto das
entidades bancárias. Até aqui, o ELENA
tem já dez projectos aprovados, o que
corresponde a 18 milhões de euros
concedidos no sentido de mobilizar
cerca de 1,5 mil milhões de euros de
investimento. Do Programa de Recuperação Económica Europeu estão
Uma responsabilidade de todos: A poupança energética deverá representar uma opção de toda a sociedade, muito mais relevante que
qualquer protocolo, e envolver governo, empresas e particulares, permitindo alcançar metas de redução de emissões prejudiciais. A S&P
está empenhada para disponibilizar ao mercado produtos e sistemas de ventilação eficientes, que ajudem não só a reduzir estas emissões,
mas que ao mesmo tempo gerem uma poupança tanto no consumo energético como no custo de reciclagem dos produtos.
Cumprimento da legislação: A nova Directiva Europeia de Rendimento Energético Eficiente em Edifícios propõem o alcance de ambiciosas metas de redução no consumo de energia dos edifícios. Diversos países realizaram ou estão a promover alterações legislativas com o
objectivo de alcançar estes objectivos, de modo a obter um ambiente mais limpo e saudável.
Respeito pelo meio ambiente, uma responsabilidade histórica para a S&P: A S&P possui uma filosofia extraordinariamente respeitosa pelo
meio ambiente, com uma história profundamente implicada profundamente no legado a deixar às gerações futuras. Por tudo isso, a S&P
detém a certificação ISO-14001 pela Gestão Ambiental, pela qual se compromete a filtragem de gases emitidos e a reciclar todos os resíduos líquidos ou sólidos gerados nos processos produtivos, para posterior reaproveitamento.
RECUPERADORES DE CALOR DE FLUXO CRUZADO
SÉRIE CADB/T-D-DI-DC DP25 F7
Recuperadores de calor, com permutador de fluxos cruzados, montados em caixas de aço
galvanizado plastificado de cor branca, com duplo painel de 25 mm de espessura, isolante
termo acústico ignífugo classe M0, bocas de entrada e saída configuráveis, versões para
instalação horizontal e versões para instalação vertical, embocaduras com junta estanque
filtro F7 com baixa perda de carga, fabricado em polipropileno para o transporte de ar e filtro
G4, fabricados em fibra de vidro para a extracção de ar.
Série CADB/T-D DP25 F7 Recuperadores de calor sem entrada adicional de aquecimento.
Série CADB/T-DI DP25 F7 Recuperadores de calor com resistência eléctrica de aquecimento
incorporada.
Série CADB/T-DC DP25 F7 Recuperadores de calor com bateria de água quente incorporada.
SÉRIES CADT-D HE / CADT-DI HE / CADT-DC HE
Recuperadores de calor de alta eficiência (93%) com permutadores do tipo contra fluxo,
fabricados em caixa de aço galvanizado plastificado de cor branca, de dupla parede de
40 mm de espessura, isolante termo acústico ignifugo, para instalação horizontal, embocaduras com junta estanque, filtro F7 para a entrada de ar, com eficiência de filtragem> 93%,
e filtro G4 para a extracção de ar com eficiência> 90%, by-pass motorizado para 100% do
caudal, quadro de controlo com microprocessador pré-cablado, e sistema anti-geadas no
permutador. Dispõe de dois ventiladores centrífugos de duplo entrada, com motor incorporado e variador de frequência.
SÉRIE IDEO 275 ECOWATT F7
O Plano aconselha que, pelo
menos, se duplique a taxa
de renovação actual, sendo
que a Comissão vai apresentar um instrumento legal que
obrigue as autoridades públicas
a reabilitarem pelo menos 3%
dos seus edifícios anualmente.
Grupo de VMC, Ventilação Mecânica Controlada, com permutador de tipo contra-fluxo de alto
rendimento (até 95%) e motor de corrente contínua com caudal constante de muito baixo consumo. Assegura a renovação permanente do ar das moradias unifamiliares. O recuperador complementa-se com condutas, bocas
de extracção situadas nas diferentes divisões (cozinha, wc’s,
quartos de banho) e entradas de ar situadas nas habitações principais (sala de estar, sala de
jantar, quartos).
R. Manuel Pinto de Azevedo, 12/14
4100-320 Porto — Tel: 22 619 75 20—Fax: 22 610 48 05
www.solerpalau.pt — E-Mail: [email protected]
EFICIÊNCIA&ENERGIA EUROPA
previstos mil milhões de euros para
métodos de pesquisa e tecnologias
que reduzam o consumo energético
tanto nos novos, como nos edifícios
existentes. Para além disso, a Comissão
alerta que está actualmente a trabalhar
com o Banco Europeu de Investimento para a definição de um fundo de
investimento a partir de fundos deste
Programa que não foram usados para
apoiar projectos de eficiência energética e de renováveis e que deverá ser
lançado mais tarde em 2011. Outros
mil milhões do Programa-Quadro para
Pesquisa, Desenvolvimento e Demonstração Tecnológicos (2007-2013) estão
já atribuídos a mais de 200 projectos
na área da eficiência energética. Para
além de todos estes programas e fundos, a Comissão Europeia confia ainda
no financiamento intermédio, com a
disponibilização de linhas de crédito das
Instituições Financeiras Internacionais
e de outros bancos do sector público.
“(Estes bancos) Têm representado uma
importante fonte de financiamento
para projectos de eficiência energética
através de financiamento intermédio
através de bancos locais”, refere.
Sendo que maior parte destes programas de apoio financeiro têm como
horizonte final 2013, a Comissão está,
no processo de preparação dos seguintes, a examinar os resultados obtidos,
analisando o âmbito das melhorias
feitas nos mecanismos de financiamento europeus existentes, assim como
opções adicionais que alavanquem
investimentos na área da poupança
energética à escala necessária para
alcançar os objectivos energéticos e
climáticos da UE para 2020.
Outras áreas de acção
Para além dos edifícios e da aposta
no sector público, o PAEE pretende
também agir noutras áreas. No âmbito do sector industrial, a proposta
vai no sentido de introduzir requisitos de eficiência energética para os
equipamentos industriais, melhorar o
aprovisionamento de informação junto
das pequenas e médias empresas e
do lançamento de medidas que visem
auditorias energéticas e sistemas de
gestão de energia. Devem também
ser feitas melhorias na eficiência da
produção combinada de calor e elec-
tricidade, “assegurando que o Plano
inclui medidas de eficiência energética
para toda a cadeia de fornecimento de
energia”. Com 30% de energia primária
na UE a ser consumida pelo próprio
sector energético, em particular na
transformação de energia em electricidade e calor e na sua distribuição, é
fundamental que as medidas sejam
compreensivas.
Monitorizar e optimizar consumos
são duas oportunidades para alcançar poupanças energéticas, mas para
isso a Comissão compreende que é
necessário melhorar o desempenho
energético dos equipamentos utilizados pelos consumidores. No sentido
de promover equipamentos eficientes
do ponto de visto dos recursos e da
energia, serão reforçadas algumas das
Directivas já existentes, nomeadamente para a concepção ecológica e para
a rotulagem. No que toca ao trabalho
que está já em curso no âmbito da
concepção ecológica, a Comissão vai
definir normas de consumo mais rígidas para caldeiras, aquecedores de
água, computadores, sistemas de ar
condicionado, bombas, aspiradores,
etc.. Em relação à rotulagem, deverá
ser feito um inquérito ao consumidor
para perceber qual o seu entendimento
da etiqueta energética.
O PAEE visa ainda o desenvolvimento
das “smart grids” e dos “smart meters”,
no sentido de dar ao consumidor a
informação e os serviços necessários
para que este possa ter a capacidade
de optimizar o seu consumo e calcular
as suas poupanças de energia.
Sendo o sector com o segundo maior
potencial de poupança e responsável
por 32% do consumo final de energia,
os transportes não foram esquecidos na
estratégia europeia, mas não têm aqui
um papel de protagonismo. Isto porque
a Comissão vai em breve apresentar o
“Livro Branco para os Transportes” que
definirá uma estratégia para a melhoria da eficiência no sector, incluindo a
apresentação de um sistema avançado
de gestão de tráfego; investimentos
em infra-estruturas e a criação de uma
Área Única de Transporte Europeia que
promova o transporte multimodal; normas de eficiência energética para todos
os veículos e outras medidas que promovam a inovação de veículos.
O Novo Sistema de Ar Condicionado VRF-KX6
A Mitsubishi Heavy industries KX6 apresenta o mais recente desenvolvimento
na sua gama de sistemas de ar condicionado VRF. O Sistema KX6 proporciona
o maior nível de conforto e eficiência através da mais avançada engenharia.
• Unidades mais compactas, mais leves
Sendo que maior parte destes
programas de apoio financeiro
têm como horizonte final 2013,
a Comissão está, no processo
de preparação dos seguintes,
a examinar os resultados
obtidos, analisando o âmbito
das melhorias feitas nos mecanismos de financiamento europeus existentes, assim como
opções adicionais que alavanquem investimentos na área
da poupança energética à
escala necessária para alcançar
os objectivos energéticos e
climáticos da UE para 2020.
e mais silenciosas
• Melhor flexibilidade no projecto com
aumento de comprimentos da
tubagem e de capacidade conectável
• Elevados níveis de conforto e de
eficiência energética
• Controlo lógico melhorado
• Compressores exclusivos de tecnologia
3D Scroll
Importador / Distribuidor exclusivo
Sede: Rua do Bolhão, 149-4° • Tlf.: 223 393 800 • Fax: 223 393 808 • 4000-112 PORTO
Delegação: Av. Miguel Bombarda, 122-B • Tlf.: 217 975 582 - 217 974 097 • Fax: 217 955 853 • 1050-167 LISBOA
Armazém: Rua Caminho Real, 56 • Tlf.: 229 279 870 • Fax: 229 260 317 • 4485-083 FAJOZES
Email: [email protected] • www.caupel.pt
64 | Maio/Junho climatização
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