Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil Relatório de Pesquisa 01 OS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NO PARANÁ: MAPEAMENTO, METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PARA POLÍTICAS DE APOIO Paraná www.redesist.ie.ufrj.br UFSC Departamento de Economia www.politicaapls.redesist.ie.ufrj.br Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil Relatório de Pesquisa 01 Os Arranjos Produtivos Locais no Paraná: Mapeamento, Metodologia de Identificação e Critérios De Seleção para Políticas de Apoio Paraná Equipe Estadual . Coordenação: Prof. Dr. Fabio Doria Scatolin Pesquisadores: Prof. Dr. Nilson Maciel de Paula Prof. Dr. Walter Tadahiro Shima Ms. Antonio Zanatta – doutorando do PPGDE Manuela Reche Latgé – graduando em Economia/UFPR Ricardo Pessoa de Moura - graduando em Economia/UFPR jv Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist Coordenador: Renato Ramos Campos Fabio Stallivieri Pablo Bittencourt Marcelo Matos Mayra Rodrigues Sumário Introdução .................................................................................................................................1 1. Antecedentes, Conceitos Utilizados e Desenvolvimento da Aatenção à Questão dos Arranjos Produtivos Locais como Tema de Intervenção na Política Estadual...................3 1.1 1.2 AS TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS DA ECONOMIA PARANAENSE .....................................5 A FORMAÇÃO DOS APLS E OS ANTECEDENTES DE UMA NOVA POLÍTICA ESTADUAL .............8 2 Os Organismos de Coordenação e Implementação de Políticas Estaduais para os Aarranjos Produtivos Locais e o Tipo de Política................................................................10 2.1 2.2 INSTITUIÇÕES, POLÍTICAS PÚBLICAS E PRIVADAS ...........................................................10 A REDE APL E AS PRINCIPAIS POLÍTICAS ESTADUAIS .......................................................13 3 Metodologias Adotadas para Identificação dos Arranjos Produtivos Locais, e os Critérios para a Seleção dos Arranjos Objetos das Políticas..............................................19 3.1 Identificação e Mapeamento das Aglomerações Produtivas noEstado do Paraná .......20 3.2 Pré-Seleção dos Possíveis APLs Identificados e Validação ...........................................29 Anexo do Capítulo....................................................................................................................33 4 Os Principais Mapeamentos Existentes de Arranjos Produtivos Locais no Estado e Identificação dos APLs que são Focos de Políticas Públicas ................................................34 5 Os Demais Arranjos não Apoiados .................................................................................37 Conclusões ...............................................................................................................................44 Referências...............................................................................................................................46 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NO PARANÁ: MAPEAMENTO, METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PARA POLÍTICAS DE APOIO Introdução A partir do início do atual milênio, as interpretações da economia paranaense e a orientação da política estadual colocaram em relevo aspectos relacionados à concentração espacial da estrutura industrial paranaense. Um crescente desequilíbrio sócio-econômico entre a região metropolitana de Curitiba, grande beneficiada de investimentos nos anos de 1990 e o interior do estado em grande parte vinculado a atividades agroindustriais, pouco dinâmicas naquele momento, trouxeram a cena política a preocupação com desenvolvimento desigual das diversas regiões do Estado. Com isso, tanto os agentes econômicos, quanto os executores de política pública, passaram a prospectar no território paranaense, atividades econômicas com o propósito de identificar estruturas industriais espacialmente concentradas no interior que pudessem ser indutoras de um desenvolvimento descentralizado. Reproduziase assim a ênfase na dimensão local de competitividade, cujos determinantes, segundo a perspectiva dos arranjos produtivos locais (APLs), não derivam da simples proximidade entre firmas, mas dependem de externalidades positivas geradas no interior das aglomerações e da sintonia entre as empresas e instituições públicas e privadas, direta ou indiretamente vinculadas à atividade econômica predominante. Nesse contexto, a inovação tecnológica, e sua propagação no ambiente empresarial local, passam a ser vistas como um elemento estruturante da capacidade competitiva das firmas. Assim, o grande desafio aos estudiosos dos APLs está na identificação daqueles componentes estruturantes dos mesmos e na efetiva integração das políticas estaduais e locais dos APLs apoiados. O presente relatório analisa a trajetória dos estudos e políticas estaduais de apoio aos APLs na primeira década do novo milênio no estado do Paraná. O trabalho está centrado em dois pontos principais. O primeiro é a metodologia utilizada para o diagnóstico dos APLs priorizados, bem como os estudos de caso onde as especificidades dos APLs são destacadas. Em segundo lugar, os APLs priorizados, as instituições existentes e as políticas estaduais são analisadas. Para tanto o relatório está dividido em cinco capítulos além desta Introdução. Inicialmente no segundo capítulo é feita uma discussão sobre a evolução das idéias de 1 desenvolvimento local e o surgimento dos primeiros trabalhos sobre APLs no Paraná. No mesmo capítulo é dado destaque às principais mudanças estruturais ocorridas na economia paranaense nas últimas décadas. A diversificação da estrutura industrial do estado bem como o avanço desta indústria na direção do interior do estado é enfatizado. No terceiro capítulo as supostas instituições responsáveis pela execução de políticas estaduais, bem como o foco destas eventuais políticas que afetam direta ou indiretamente os APLs no estado do Paraná, foram analisadas. Estas políticas foram agrupadas de acordo com sua origem e natureza e os objetivos de suas ações. Embora iniciativas isoladas possam ter ocorrido num contexto em que as ações do estado e de organizações privadas se sobrepunham, a partir da constituição da Rede APL em 2004, um projeto de ação coordenada e mais consistente foi implementado com o propósito de promover o desenvolvimento dos APLs existentes no âmbito local. Para tanto este capítulo está organizado em duas seções. Na primeira um levantamento das principais instituições públicas e privadas que se tem destacado no apoio aos APLs é feita. Na seção seguinte o foco destas políticas estaduais é detalhado. No quarto capítulo a metodologia utilizada para o diagnóstico dos APLs, bem como para a implementação das políticas estaduais é explicitada. Em um quinto capítulo os principais mapeamentos existentes de arranjos produtivos locais no estado e a identificação dos APLs que são focos de políticas estaduais é destacado. Finalmente no sexto capítulo os demais arranjos não apoiados são identificados. 2 1. Antecedentes, Conceitos Utilizados e Desenvolvimento da Atenção à Questão dos Arranjos Produtivos Locais como Tema de Intervenção na Política Estadual As análises sobre a economia paranaense, desde meados dos anos de 1990, passaram a incorporar mais enfaticamente elementos das teorias Marshalliana e Schumpeteriana, inspiradas nas quais buscavam captar sinais de sinergia entre firmas de uma mesma indústria e de atividades correlatas. As externalidades passaram a ser elemento importante das analises de aglomerações. Igualmente, a capacidade de inovação das empresas e a formação de sistemas locais de inovação se tornaram referências fundamentais para a análise da indústria paranaense. Nessa perspectiva, os estudos de Cunha (1995) e Passos (1997), procuraram identificar as características de um sistema local de inovação segundo os pressupostos dados por Nelson (1993), e as diversas instituições públicas e privadas existentes no Estado, voltadas à inovação. Naqueles trabalhos foram constatados a existência de um elevado número de entidades públicas e privadas criadas nas duas últimas décadas no estado e que poderiam ser caracterizadas como instituições importantes na constituição de um sistema local de inovação. No entanto, diante da reconhecida necessidade de articulação entre os agentes envolvidos no processo inovativo, constatou-se uma extensa fragilidade nas relações cooperativas entre as instituições de ensino e pesquisa e as empresas locais. O papel coordenador do governo estadual estava ausente. Ou seja, as evidências empíricas eram insuficientes para se reconhecer a existência de um sistema local de inovação. (SCATOLIN & PORCILE, 1999) Em 2000 foram realizados estudos em vários estados como parte de uma agenda de pesquisa conduzida pela Redesist voltados para atividades marcadas por um ambiente empresarial cooperativo e inovador, de acordo com o conceito de arranjo produtivo local. No caso do Paraná, os estudos coordenados pela UFPR trataram de competitividade internacional, financiamento e de experiências locais de APLs. O estudo de caso analisado foi o de produção de semente de soja (CASSIOLATO et al, 2003), durante o qual foram evidenciadas as características estruturais de um sistema de inovação construído a partir de instituições responsáveis pelo desenvolvimento genético da soja, através de novas cultivares. Para tanto, os investimentos realizados pela Embrapa e Coodetec são destacados, além de empresas pioneiras, que na década de 1970 já realizavam experimentos genéticos em busca de variedades de soja de alto rendimento adaptadas às condições de solo e clima paranaenses. A sinergia envolvendo instituições, produtores de sementes, sojicultores comerciais, 3 organizações representativas e cooperativas agropecuárias gerou um ambiente inovador, analisado sob a ótica de APL. Entretanto, a grande dispersão, associada à natureza da atividade agrícola, a fragmentação das ações cooperativas, exceto pela inevitável dependência técnica entre inovador e usuário e o forte interesse de empresas multinacionais, fragilizavam visivelmente eventuais evidências de um ambiente cooperativo e inovador segundo aquela ótica. Em 2001, uma nova linha de investigação foi implementada com o propósito de elaborar metodologias para diagnóstico e identificação de APLS no estado. O primeiro trabalho, elaborado por Scatolin et all (2001), seguindo a tipificação da OCDE (1999), identificou através de matrizes de insumo-produto, meso aglomerados no Paraná, com destaque para: agronegócio (carnes), Floresta (Madeira e Papel e Celulose), automobilística (automóveis, caminhões, tratores e autopeças), Têxtil (confecções e couro), Construção civil, Eletro-eletrônica e Química. A partir desse recorte, foram delimitados quatro APLs, cujas características foram investigadas in loco, sendo Papel celulose localizado na região central do estado, Vestuário no município de Cianorte, na região norte, Piscicultura em Toledo, na região Oeste e Automobilística na região metropolitana de Curitiba. Uma primeira constatação deste trabalho em relação à metodologia e ao diagnóstico de APLs se referiu à dificuldade de utilização de matrizes de insumo-produto no estado em função da baixa desagregação das mesmas. Realidade muito diferente da prevalecente em países da OCDE. Uma outra constatação do trabalho, a ser destacada, ressaltava a incipiente ou nula manifestação de elementos de governança, cooperação e inovação, estruturais do conceito de APL, para explicar a dinâmica competitiva predominante em todas as atividades investigadas nos quatro estudos de caso. Ao longo do primeiro qüinqüênio dos anos 2000, estudos sobre APL se multiplicaram, tanto no meio acadêmico quanto das instituições públicas e privadas. Inúmeros estudos foram produzidos na forma de teses, dissertações, monografias e diagnósticos setoriais, reinterpretando a atividade econômica, espacialmente identificada, em particular a manufatureira, sob a ótica de APL. Nesse contexto, alguns casos se destacaram como atividades de confecções de Cianorte, de móveis, de bonés, na região Norte do estado, software no Sudoeste, e outras atividades concentradas espacialmente. Em que pese fragilidades observadas nas diversas atividades investigadas nos estudos acima mencionados, à luz do conceito de APL, seus ingredientes estruturais gradativamente passaram a orientar as investigações acadêmicas, a implementação das políticas estaduais e a 4 agenda das organizações empresariais, particularmente aquelas relacionadas à atividade industrial. 1.1 As Transformações Estruturais da Economia Paranaense Além das transformações ocorridas no plano das idéias e da interpretação, um aspecto relevante a ser considerado diz respeito às profundas mudanças estruturais ocorridas na base produtiva do estado nas últimas duas décadas, traduzidas numa ampla reconfiguração da sua base industrial. Assim, tanto indústrias de alta densidade tecnológica, a exemplo da eletrônica e de telecomunicações, automotiva e química, quanto aquelas tidas como tradicionais, menos intensivas em tecnologia, a exemplo de confecções, aumentaram sua participação na produção e no emprego a partir do final dos anos de 1980. Tabela 1 – Participação de Atividades Industriais Selecionadas na Capacidade Instalada da Indústria Paranaense, 1985, 1990, 1995, 2000. – em % Atividade industrial Eletrônica e telecomunicações Máquinas e equipamentos Automotiva Produtos químicos Madeira Papel e gráfica Agroindústrias Alimentos Malharia e confecções Outras Total 1985 1,9 7,1 1,3 4,7 5,9 2,4 20,2 35,9 0,9 19,7 100,0 1990 6,2 6,4 8,1 4,0 4,4 3,6 13,2 18,3 0,6 35,2 100,0 1995 9,5 4,7 7,3 4,6 4,0 5,1 15,4 18,7 2,4 28,3 100,0 2000 7,7 3,5 16,1 8,0 3,3 4,2 12,0 13,5 2,1 39,6 100,0 Fonte: Ipardes, 2002 Como se observa na Tabela 1, a estrutura industrial do Paraná se transforma visivelmente com o expressivo crescimento da capacidade instalada de alguns setores. Nesses termos destacam-se as indústrias eletrônica e de telecomunicações, automotiva, química e em menor escala papel e gráfica, consideradas tecnologicamente mais intensivas. Paralelamente, chama atenção o crescimento da indústria de malharia e confecções, a qual, embora pouco significativa do ponto de vista inovativo, mais que dobrou sua participação na capacidade instalada da indústria. Outro destaque se refere à redução do peso de indústrias tradicionais, a exemplo das agroindústrias, alimentos e em menor escala processamento de madeira. Estes são setores marcados tanto pela grande dispersão espacial, seguindo a evolução da agricultura, quanto pelo nível relativamente baixo de inovação tecnológica. A partir dessas características, as sinergias locais e o ambiente empresarial se revelam fragmentados e dispersos em várias regiões do estado. 5 O processo de mudança estrutural e em especial a mudança da participação dos diversos setores conforme a intensidade tecnológica fica mais evidente quando se classifica os setores industriais por intensidade tecnológica de acordo com metodologia proposta pela OCDE e elaborada pelo IPARDES (2007), isto é conforme gastos em P&D. Os dados da Tabela 2 deixam claro para onde evoluiu a estrutura industrial do estado ganhando importância os setores de média intensidade em detrimento do setor de baixa tecnologia. Dentro do setor de média baixa tecnologia a indústria que mais ganhou participação no VTI foi o de carvão e petróleo refinado que passou de 3,1% em 1996 para 18,9% em 2005. Claramente este aumento de participação foi influenciado pelo aumento de preço do petróleo no mercado internacional e não por aumento de participação na produção (IPARDES 2007, p. 12). Quando se exclui esta indústria a título de exercício, os setores de média e média baixa intensidade ampliam mesmo assim a sua participação de 45% em 1996 para 53,6% em 2005. O grande segmento que perde participação no setor de baixa tecnologia é a indústria de alimentos bebidas e tabaco que reduz sua participação de 36% em 1995 para 21,2% % em 2005. Esta indústria não investe grande percentual de seu faturamento em P&D, visto que adquire a tecnologia de outros setores como de máquina e equipamentos. No entanto, a despeito da perda de importância relativa no VTI esta indústria continua a desempenhar um papel chave não só no VTI mas também no emprego e nas exportações do estado. Finalmente a indústria que de fato ganha mais participação relativa dentro da estrutura industrial do estado no período analisado foi a indústria de veículos automotores que amplia sua participação no VTI de 3,4% em 1995 para 9,3% em 2005. Este crescimento representou um adensamento da matriz de relações intersetoriais do setor metal-mecânico com importantes impactos em termo de renda na região metropolitana de Curitiba1 (Tabela 2). 1 Para uma análise detalhada da evolução da estrutura industrial do Paraná no período ver IPARDES (2007) 6 Tabela 2 - Distribuição Percentual do Valor de Transformação Industrial, Segundo Intensidade Tecnológica - Paraná - 1996-2005 Fonte: IBGE Outro aspecto estrutural desse novo formato da indústria paranaense se refere ao fato de que várias regiões do estado, marcadas previamente principalmente pela atividade agropecuária, tornaram-se pólos industriais, concentrando firmas de uma mesma indústria ou atividades correlatas. Ou seja, espaços regionais foram aos poucos perdendo sua identidade ligada aos processos históricos de ocupação populacional e às atividades rurais, e se integraram numa nova divisão de trabalho da indústria estadual. Na Figura 1 a mesma tipologia (IPARDES 2007) pode ser usada para analisar a distribuição espacial do emprego formal da indústria de transformação no estado em 2005. No norte do Estado ganha importância, tanto o setor de alta tecnologia, como o setor de media tecnologia principalmente no eixo Londrina-Maringá, onde as principais universidades estaduais se localizam. No oeste as micro-regiões de Toledo, de Cascavel e de Foz do Iguaçu ganham espaço também em alta e média densidade tecnológica a despeito da região de Curitiba ainda concentrar mais de 50% do emprego destes setores da indústria de transformação do estado. Somente no setor de baixa tecnologia existe uma distribuição mais eqüitativa nas diversas micro-regiões do estado, com Curitiba representando menos de 19% do total de emprego do estado (Figura 1). 7 Figura 1 - Microrregiões Responsáveis Por 80% do Emprego Formal da Indústria de Transformação, Segundo Grupos de Intensidade Tecnológica - Paraná - 2005 Fonte: IPARDES 2007 Em síntese o processo de crescimento e mudança estrutural ocorrido no estado nas últimas décadas não só levaram a uma maior diversificação da estrutura industrial do estado na direção de setores mais intensivos em P&D, como também uma maior dispersão geográfica principalmente daqueles setores menos intensivos em tecnologia. 1.2 A Formação dos APLs e os Antecedentes de uma Nova Política Estadual Além de sua importância para a implementação das políticas públicas setoriais e para as organizações privadas, a identidade espacial da indústria está diretamente associada à competitividade das firmas, ao ambiente empresarial e respectiva sinergia e ao desenvolvimento econômico regional. A partir de 2000, inspirados em experiências bem sucedidas dos países da OCDE principalmente da Itália e Estados Unidos, aqueles elementos, já amplamente discutidos no meio acadêmico como clusters, o papel central da inovação etc, começaram a orientar as decisões das organizações empresariais estaduais e iniciativas 8 governamentais, para incentivar ações cooperativas de empresários no âmbito municipal e regional, com vistas à formação de arranjos produtivos locais em torno de determinadas indústrias. O primeiro passo nessa direção foi dado através das plataformas tecnológicas definidas pelo Ministério de Ciência e Tecnologia ao final dos anos de 1990, nas quais procurava-se estimular determinados ambientes empresariais e seus respectivos agentes coordenadores. Nessa direção, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e o SEBRAE/Pr fomentaram a formação de conselhos temáticos, através dos quais buscava-se fomentar iniciativas de organização coletiva dos empresários. Para tanto, um agente “animador” era deslocado para as regiões com o propósito de constituir a governança local, segundo uma metodologia voltada para a motivação e sensibilização dos empresários locais e suas lideranças. Havia a expectativa de que os empresários, no âmbito local respondessem a estímulos externos e dessem maior visibilidade às demandas por incentivos proporcionados pelas políticas públicas. No entanto, a organização empresarial local se orientava basicamente pela proximidade espacial das empresas, ainda incapazes de construir uma governança a partir de seus próprios interesses. Por outro lado, o governo estadual, até 2002, não havia adotado iniciativas de política públicas que contemplasse a dimensão espacial ou regional e a inovação como elementos estratégicos para as decisões tomadas. A política industrial era basicamente uma política de incentivo fiscal voltadas a atrair empresas externas ao estado. A partir de 2003, durante o governo de Roberto Requião, a estrutura oficial de planejamento passou a incorporar o conceito de APL como um orientador da política pública estadual. Convencidas por autoridades do BNDES na época de que sistemas produtivos locais, vistos a partir do conceito de APL, são menos permeáveis às investidas das empresas multinacionais, diferentes instituições construíram uma agenda centrada nas indústrias espacialmente identificadas. Assim é que em 2004, foi formada a Rede APL do estado do Paraná, integrada por entidades públicas e privadas, com a qual foi feito um diagnóstico detalhado da distribuição da indústria entre as regiões (ver capitulo 3) que passou a orientar as ações de política estadual e a estimular iniciativas de cooperação empresarial com o propósito de estimular os arranjos produtivos locais. Ao SEBRAE coube a mobilização do empresariado local com destaque para a elaboração do planejamento estratégico e a elaboração de Planos de Negócios para os APLs. A expertise desenvolvida por esta instituição em relação à pequena e média empresa e aos APLs, e sua capacidade efetiva de intervenção nos APLs, fazem do SEBRAE a principal 9 instituição necessária ao efetivo desenvolvimento dos APLs. Esse projeto conjunto de instituições públicas e privadas envolveu, portanto, instituições de pesquisa, órgãos de governo local e federal e entidades representativas, tanto na investigação sobre as experiências locais de aglomeração quanto na formulação de políticas que promovam a competitividade desses arranjos locais, em sua maioria integrados por micro, pequenas e médias empresas. O detalhamento desta rede é o tema central do próximo capitulo. 2 Os Organismos de Coordenação e Implementação de Políticas Estaduais para os Arranjos Produtivos Locais e o Tipo de Política. 2.1 Instituições, Políticas Públicas e Privadas Com um mapeamento estatístico realizado para identificar a existência dos APLs no estado e confirmado com uma pesquisa de campo para a sua validação o Governo do Estado do Paraná através da coordenação da Secretaria de Planejamento (SEPL), a Federação de Industrias do Paraná (FIEP) e o SEBRAE/Pr, passaram a liderar um conjunto de instituições públicas e privadas voltadas a dar suporte aos APLs do estado a partir de 2004. Um arranjo bastante criativo foi definido aproveitando a capacidade de ação das principais instituições envolvidas e definindo atribuições específicas dentro deste tripé de instituições, procurando assim reduzir a sobreposição de ações e organizando a entrada de novas instituições no apoio aos APLs do estado do Paraná. As instituições públicas, tanto estaduais como federais, cujas ações e programas têm algum impacto nos arranjos produtivos locais podem ser agrupadas em três categorias, de acordo com a natureza e finalidade de suas atividades: a) instituições de planejamento e execução de políticas públicas; b) instituições de ensino e pesquisa; em especial de P&D e c) instituições de financiamento aos APLs. Por sua vez as organizações empresariais podem ser enquadradas em duas categorias, a saber, a) aquelas com ampla abrangência, do ponto de vista geográfico e produtivo, e b) aquelas vinculadas aos interesses de uma atividade específica. O caminho escolhido, neste trabalho, para descrever o perfil e as ações empreendidas pelas instituições e organizações empresariais está relacionado à Rede APL. Em si uma instituição formada com o propósito de organizar uma estrutura de governança no âmbito regional, para a elaboração e implementação de políticas estaduais. Mais do que isso, o objetivo orientador da Rede, como uma instituição guarda-chuva, era dar um sentido 10 sistêmico à atuação individual das instituições e organizações, coordenando-as a partir do contexto e propósito de cada um dos seus membros2. Conforme citado em seu site (http://www.redeapl.pr.gov.br), o objetivo da rede é articular os atores cujas ações afetam de alguma forma os APLs no estado do Paraná. Há evidentemente, um entendimento de que o fortalecimento dos APLs tem um impacto positivo no desenvolvimento da economia paranaense, a partir do qual a sistematização de informações e a realização de estudos e planejamento são fundamentais para fortalecer a produtividade e competitividade das empresas e dos aglomerados industriais em suas respectivas regiões. Assim, os objetivos da Rede são: “- Elaborar Termo de Referência que irá nortear os trabalhos a serem desenvolvidos, contemplando o alinhamento de conceitos, terminologias, metodologia e sistema de gestão das ações de APLs, bem como, a Identificação e Caracterização dos Arranjos Produtivos Locais no Estado do Paraná; - Elaborar Planos de Trabalhos Anuais para implementação da Rede APL Paraná e definição de ações específicas e complementares para cada APL definido no Plano de Trabalho; -Promover maior articulação entre os diversos atores que realizam ações em APLs; -Desenvolver ações conjuntas que garantam foco e resolutividade na seleção e nas ações de suporte aos arranjos considerados estratégicos; - Alavancar maior volume de recursos com vistas ao apoio de APLs e definir sua aplicação específica; Garantir um ambiente favorável à implantação e consolidação.” Nesse sentido podem ser identificadas inicialmente, entre as instituições oficiais, aquelas voltadas para a coordenação, tanto no âmbito local do APL como estadual. A estrutura administrativa da Rede APL está assentada num comitê gestor, composto por várias entidades públicas e privadas, de natureza diversa (ver Diagrama 1). Entre as instituições públicas enquadradas na primeira categoria acima mencionada, destaca-se a Secretaria de Estado de Planejamento (SEPL), responsável pela coordenação da Rede. Ainda nessa categoria é possível enquadrar a SEIM (Secretaria Estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul), uma das instâncias executoras das políticas públicas através da implantação e coordenação de programas e projetos voltados às atividades industriais e comerciais do estado do Paraná. Para tanto, destacam-se, entre os objetivos da SEIM o desenho de programas de fomento para investimentos no estado, o incentivo a iniciativas 2 Os comentários dos organizadores da Rede eram que : “se dizemos aos APLs para se organizar a atuar coletivamente, as instituições de apoio também devem se organizar e atua coletivamente”. 11 inovadoras e à formação de parcerias entre organizações governamentais e privadas e à competitividade das empresas nos mercados mundiais. Em uma segunda categoria de desenvolvimento científico e tecnológico, fazem parte do comitê gestor, a Secretaria de Estado de Tecnologia (SETI), e as universidades estaduais a ela vinculadas, o TECPAR e o IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão de pesquisa da SEPL. Na terceira categoria, identificada com as atividades de financiamento, podem ser incluídos o BRDE, cuja atuação se dá tanto através de programas próprios, quanto através do repasse de recursos do BNDES, a Agência de Fomento do Paraná, responsável pela implementação de projetos específicos, o Banco do Brasil e o Bradesco. Por sua vez, o meio empresarial integra o comitê gestor da Rede APL através de organizações e entidades diversas de acordo com as características de suas atividades. A primeira de escopo mais abrangente é o sistema FIEP, abrangendo todos os sindicatos empresariais do estado, IEL, SENAI e SESI entidades voltadas para o treinamento e formação da força de trabalho. Por sua vez, o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), criado a partir de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão em 1995, é uma entidade formada basicamente por empresas, entidades governamentais, organizações empresariais e trabalhistas, além de instituições técnicocientíficas. Seu propósito, enquanto instituição é de promover a competitividade das empresas em suas atividades empresariais específicas. Por fim, a Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A, criada em 2007 pela prefeitura de Curitiba, está voltada especificamente ao fomento da atividade econômica no município de Curitiba, através do desenvolvimento da infra-estrutura e do fortalecimento do ambiente empresarial para o qual o investimento em ciência e tecnologia é um item estratégico. Em outras palavras, o propósito essencial dessa entidade é atrair investidores, por meio de ações e de informações técnicas sobre o espaço econômico de Curitiba. Embora originada no âmbito da prefeitura, essa entidade é sustentada por uma rede de organizações empresariais, envolvendo a FIEP, a Federação do Comércio do Estado do Paraná (FECOMËRCIO) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (FACIAP). Além dessas entidades, destaque deve ser dado ao SEBRAE, cuja agenda institucional tem capitaneado as ações voltadas para a construção da governança em várias aglomerações industriais. Nesse sentido a capilaridade dessa instituição tem possibilitado a difusão de valores cooperativos entre as empresas e ações pontuais voltadas para problemas específicos e para a capacitação das empresas para competir. Enquanto as instituições oficiais, coordenadas pela 12 Secretaria de Estado de Planejamento, se envolveram na orientação e coordenação, baseadas em diagnósticos da atividade industrial do estado, as ações transformadoras e capazes de influenciar a capacidade competitiva das firmas, foram implementadas predominantemente pelo SEBRAE e FIEP/IEL. 2.2 A Rede APL e as Principais Políticas Estaduais Embora a composição do comitê gestor da Rede APL seja diverso e abrangente, como demonstrado no Diagrama 1, suas operações são basicamente de caráter organizacional e de orientação de modo a colocar em sintonia os diferentes membros e seus respectivos projetos. Mesmo que o ambiente empresarial, a formação de parcerias e o desenvolvimento tecnológico sejam mencionados como instrumentos de competitividade em suas agendas de política e estratégias de ação, os aglomerados industriais, sob o formato de APL ainda não foram incorporados em suas agendas. Isso sugere que o fato de integrar a Rede APL se mantém como uma instância formal, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado do Planejamento, na qual o plano discursivo se sobrepõe a ações objetivas. Diagrama 1 - Comitê Gestor da Rede APL SETI TECPAR Universidade Agência Curitiba SEBRAE Paraná Sistema FIEP Banco do Brasil SEPL IPARDES BRADESCO IBQP SEIM BRDE 13 Além das instituições e entidades envolvidas no comitê gestor, um grupo mais amplo de instituições são articulados direta ou indiretamente à Rede APL, entre as quais se destacam aquelas atuantes nacionalmente. Dadas as limitações das instituições estaduais para, autonomamente, implementar políticas públicas, suas ações, em grande parte, se dão através do repasse de decisões e benefícios proporcionados por organismos federais. Entre estes, além do BNDES, através de programas de financiamento, menção deve ser feita aos programas de financiamento realizados pelo Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica, por meio de uma linha de financiamento de capital de giro para empresas que fazem parte de APLs. Paralelamente à FINEP e ao CNPQ, outras instituições atuantes no desenvolvimento de tecnologia tem se destacado, a exemplo da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI), criada em 1980, englobando várias instituições vinculadas ao desenvolvimento tecnológico, particularmente aquelas de âmbito regional, entre as quais está o TECPAR. Como uma entidade guarda-chuva, a ABIPTI tem atuado através de seminários e projetos voltados para o fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica, tanto entre instituições oficiais, quanto entre entidades empresariais. Em 2004 a 2007, além da realização de congressos e seminários temáticos, projetos voltados para plataformas tecnológicas e arranjos produtivos locais foram incluídos na agenda dessa entidade, com o propósito de integrar as instituições de pesquisa, estimular iniciativas de política de desenvolvimento tecnológico e competitividade industrial. Nessa mesma perspectiva, a ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Incubadoras), tem promovido iniciativas inovadoras, através do Movimento Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, no qual são desenvolvidas ações de capacitação, divulgação e produção de conhecimento no âmbito de parcerias e programas de suporte à incubação de empresas inovadoras. Embora não integrante da Rede APL, a Agência de Fomento do Paraná S.A., tem um papel importante na definição de políticas de suporte aos micro e pequenos empreendedores, rurais e urbanos, através de programas de microcrédito, com ênfase nas regiões mais vulneráveis em termos sócio-econômicos. Assim é que suas ações estão concentradas nas regiões menos desenvolvidas do estado cujo IDH é dos mais baixos. Paralelamente essa agência tem priorizado pequenas e micro empresas que integram o sistema de incubadoras formado pela Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos, num claro viés favorável ao desenvolvimento tecnológico. 14 Vinculada aos desafios do comércio internacional, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), foi criada em 1997 como uma gerência especial do SEBRAE/Nacional, com o propósito de desenhar políticas de estímulo às exportações de produtos brasileiros no exterior. Em 2003, essa instituição foi vinculada ao MDIC, mantendo sua autonomia na coordenação da política de promoção da economia brasileira no exterior, a partir da qual os ganhos de comércio passam a derivar das estratégias competitivas de agregação de valor e inovação tecnológica. Outras instituições mantêm alguma interface com a rede APL e sua agenda de estímulo ao desenvolvimento da indústria paranaense, apesar de situadas em outra esfera de atuação, como é o caso do IPEA e IBGE, cujas atividades se restringem ao desenvolvimento de estudos e geração de informações sobre a indústria e a atividade econômica em geral. Dentre as instituições federais, destaca-se o Ministério de Indústria e Comércio, cujas ações passaram a contemplar os APLs como foco de política pública, embora ainda restrita a iniciativas de diagnóstico e identificação de potencialidades. Mesmo reconhecendo que a dimensão local do desenvolvimento industrial é fundamental para a competitividade industrial e desenvolvimento econômico, suas políticas ainda estão em fase embrionária, envolvendo apenas algumas experiências piloto, onde há predomínio de pequenas e médias empresas. A ênfase aos APLs dada pelo MDIC pode ser percebida através do PPA 2008 – 2011 e da formação do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL). Entre as ações empreendidas no PPA, destaca-se o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEx), visando a solução de problemas técnicos e gerenciais relacionados ao incremento da competitividade e da inserção das empresas no mercado externo. Assim, busca-se incentivar as empresas integrantes de APLs selecionados segundo orientação dada pelas exigências de competitividade. Entretanto, do ponto de vista de atuação nos APLs selecionados, o PEIEx ainda não tem um foco específico. Suas ações estão voltadas para pequenas empresas que não fazem parte dos APLs prioritários nos municípios de Curitiba, Maringá e Londrina. Finalmente, articulado aos APLs uma série de instituições foram criadas para dar suporte tecnológico e empresarial. Como exemplo foi fundada em 2000 a Associação dos Produtores de Derivados do Calcário, abrangendo os empresários da atividade situados na região metropolitana de Curitiba, orientados por uma preocupação com a qualidade do calcário e a obediência a normas de qualidade. Ao ser transformada em Associação dos Produtores de Derivados de Calcário, a representação empresarial dessa indústria passou a 15 incorporar novos interesses em suas demandas, extrapolando os limites da qualidade da matéria prima. Com o intuito de coordenar a implementação das políticas públicas e privadas no âmbito estadual o comitê gestor tentou definir responsabilidades aos diversos órgãos conforme suas expertises. A Figura 2 mostra a responsabilidade das diversas instituições na implementação das ações. No sentido vertical pode-se perceber que o alvo das políticas públicas são três: 1) políticas voltadas à empresas tratadas individualmente com seus problemas específicos dentro dos APLs; 2) políticas voltadas ao APLs como um todo; 3) políticas voltadas aos APLs inseridos em cadeias produtivas dispersas espacialmente no estado. Figura 2 – Instrumentos de Políticas Públicas e Privadas Estaduais – Instituições da Rede APL Paraná Pesquisas Socioeconômicas (IPARDES e SETI/Universidades) P&D – Assistência Técnica e Laboratorial (SETI/TECPAR, SENAI e Universidades) Sistema de Registro (SEIM/JUCEPAR) e Regime Fiscal (SEFA) Normas Técnicas e Metrologia (SEIM/IPEM, SENAI e SETI/TECPAR) Empreendedorismo e Capacitação Empresarial (FIEP/IEL e SEBRAE) Qualificação Profissional (SETP, CET e FIEP/SENAI) Financiamento, Crédito e Fundo de Aval (BRDE, AFPR, BB e Bradesco) Política de Comércio Exterior e Prospecção de Mercado (SEIM e FIEP) Infra-Estrutura (Energia, Estradas, Portos, Armazenagem - Estado) Empreendedores Arranjos Produtivos L o c a is Arranjos inseridos em Cadeias No sentido horizontal têm-se as instituições conforme a missão das mesmas. Na elaboração dos diagnósticos dos APLs, além da UFPR, já mencionada com seus trabalhos pioneiros, o IPARDES passa a coordenar não só o mapeamento estatístico com base em metodologia elabora por Suzigan (IPARDES 2004), como também estudos regionais com apoio das Universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa 16 (UEPG) e Universidade do Oeste (UNIOESTE) passaram a ser feitos. O interessante deste arranjo é que ao envolver as universidades locais, não só os pesquisadores das Universidades locais passaram a se debruçar sobre o tema dos APLs locais como passaram a incorporar o tema dos APLs na problemática do desenvolvimento regional. Uma grande quantidade de artigos, monografias e dissertações feitos por professores e alunos foram elaborados a partir destes diagnósticos. No apoio ao desenvolvimento tecnológico o Tecpar passou a dar apoio a diversas iniciativas dos APLS em termos de suporte tecnológico. No entanto o envolvimento direto das Universidades e de pesquisadores em projetos de P&D continuam muito mais no discurso do que em projetos conjuntos. A ausência de um esforço de coordenação da SETI e da fundação Araucária de apoio a C&T aos APLs parece ser um dos grandes gargalos da política estadual de APLs. Com relação ao regime fiscal o governo Requião não elaborou qualquer política específica aos APLs mas apenas em termos de política de estímulo aos investimentos em regiões menos desenvolvidas (redução de impostos inversamente ao IDH). Com relação ao empreendedorismo cabe destacar a ação do SEBRAE estadual e do IEL local na elaboração de planos de ação e no planejamento estratégico dos APLs apoiados. Suas atuações tem se revelado cruciais na transformação de indústrias locais em arranjos produtivos. Como exemplo destas iniciativas, as ações do SEBRAE em cinco APLs podem se caracterizadas de acordo com seis focos estratégicos de iniciativa (Quadro 1). Como se observa, tendo por base alguns APLs, as ações de promoção comercial e gestão das empresas predominam, embora menção deva ser feita àquelas voltadas para a inovação. Por outro lado, percebe-se que a governança dos arranjos, mesmo que essencial para sua consolidação é menos expressiva para os casos considerados. Portanto, a atuação do SEBRAE junto aos aglomerados, tem enfatizado uma assistência às firmas, visando sua capacitação empresarial e a promoção comercial de seus produtos a partir da criação de marcas que identifiquem os produtos ao APL e à região, através do marketing institucional. Com essas ações o SEBRAE tem sido o amálgama entre as instituições e entidades integrantes da rede, por se voltarem às necessidades operacionais e estratégicas das firmas pertencentes aos APLs. 17 Quadro 1 – Ações Desenvolvidas Pelo Sebrae/Pr Em Apls Selecionados - 2006 Ações APLs Bonés – Apucarana Governança Madeira – U. da Vitória Moda Bebê – Terra Roxa Reuniões de articulação; Oficina e palestra ao grupo gestor Vestuário – Cianorte Articulação política Mel – Noroeste do Paraná3 Assessorar e Organizar os Apicultores Qualificação de mão-deobra Qualificação de mão obra; Fomentar Form. Mão de Obra Espec. P/ Setor da Madeira e Estimular a Contratação nas Empr. Locais do Setor Capacitação de Costureiras; Capacitação com Estilistas de Outras Regiões Capacitação e Treinamento Oferecer Curso de Apicultura Orgânica; Oferecer Curso de Transformação de Produtos Apícolas 3 Promoção comercial e marketing Criação da Logomarca do APL de Bonés de Apucarana; Realização da 1° Feira do APL de Bonés – EXPOBONÉ; Publicação do Boletim Informativo do APL de Bonés Participação como Expositor em Feiras Nacionais PLACAS para Divulgação do APL; Seminários e Palestras em Negócios da Moda; Capacitação: Treinamento em Gestão, Marketing e Negócios; Apoio à participação em feiras Centro de Eventos; Evento sobre Tendências de Moda; Relacionamento com clientes Divulgar a Marca APL Mel Rio Paraná; Prospectar Mercados para os Produtos Apícolas Inovação Gestão administrativa Consultoria tecnológica em gestão da produção Programa de Qualidade e Produtividade; Programa de Capacitação e Consultoria Empresarial;Pesquisa de Aferição de Resultados; Gestão do Projeto. Adequação dos Processos Produtivos Qualificação dos Empresários em Gestão Empresarial Capacitação: Treinam. em Tecnologia, Criação, Modelagem e Design; Implantar Centro Tecnológico; Programa de Capacitação em Gestão e Planejamento Estratégico Rodada de negócios; Estudo de Oportunidades no Mercado Interno e Externo; Certificação das Empresas no PNQM/ABIMCI Consultoria em comercialização; Consórcio de Exportação Realizar Pesquisas em Referências Tecnológicas; Consultoria – TecnologiaSEBRAETEC; Centro tecnológico Implantar um Centro de Capacitação em Apicultura; Capacitar os Apicultores em Meliponídeos; Realizar Palestras de Tecnologia de Produção Apícola; Capacitar os Apicultores em Técnicas de Manejo Apícola Realizar Pesquisas de Avaliação de Resultados Rodada de Negócios; Participação em feiras Capacitar os Apicultores em Gestão Rural – Programa de Olho na Qualidade; Capacitar os Produtores para Aprendizado sobre Gestão; Gestão do Projeto SIGEOR Adequar através de Consultoria os Processos em Conformidade com as Normativas do Mercado Justo; Capacitar para o Processo de Certificação Orgânica e Rastreabilidade; Legalizar o Funcionamento do Entreposto de Mel Este não é um APL prioritário do ponto de vista da Rede APL, entretanto, está sendo considerado como tal pelo SEBRAE e tem sido foco de suas ações. Inserção nos mercados 18 As principais ações coletivas realizadas no âmbito interno da rede se referem aos “Planos de Desenvolvimento dos APLs”, nos quais mais de doze planos estão em implantação e ao planejamento estratégico definido junto com o SEBRAE e FIEP onde dez dos mesmos estão em execução. Como resultado destas ações cabe destacar ainda que oito APLs foram contemplados com recursos no edital de 2006 da FINEP/SEBRAE. Pelas estimativas da coordenação da rede cerca de R$ 24 milhões já foram aportados de recursos públicos no fortalecimento dos mesmos entre 2003 e 2007, alavancando mais R$ 8 milhões de contrapartida dos parceiros locais (empresários e instituições locais). No presente um programa de financiamento junto ao BIRD foi elaborado no valor de U$ 16,67 milhões pelo governo estadual, em parceria com o Sebrae/Pr e FIEP, com o intuito de viabilizar recursos e implementar as principais ações estaduais estruturantes propostas nos estudos. Como a implementação das ações ainda estão em curso, uma avaliação da efetividade das políticas estaduais de intervenção implementadas até o presente não foi elaborada. Ao final do programa (BIRD) estimado em três anos e meio, se espera uma avaliação da intervenção. 3 Metodologias Adotadas para Identificação dos Arranjos Produtivos Locais, e os Critérios para a Seleção dos Arranjos Objetos das Políticas O estudo desenvolvido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) e pela Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL) subsidiou a decisão sobre os arranjos a serem priorizados pelas políticas públicas e ações coletivas que contribuam para a competitividade, eficiência produtiva, capacidade de inovação, e maior inserção nos mercados de produtos associados aos APLs paranaenses4. O estudo, tendo por base conceito de Arranjo Produtivo Local como uma “aglomeração de agentes econômicos, políticos e sociais que operam em atividades correlatas, estão em um mesmo território e apresentam vínculos de articulação, de interação, cooperação e aprendizagem.” (IPARDES, 2006, p.8), e orientado por uma metodologia desenvolvida por Wilson Suzigan (UNICAMP), João Furtado (USP) e Renato de Castro Garcia (USP), adotou os seguintes procedimentos: 4 O relatório com a identificação, mapeamento e validação está disponível em www.redeapl.pr.gov.br tendo como referência: Arranjos produtivos do Estado do Paraná: identificação, caracterização e construção de tipologia / Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, - Curitiba: IPARDES, 2006. Consulta em 28/03/2009. 19 1. Identificação e mapeamento das aglomerações produtivas do Estado do Paraná que possuíam características potenciais de APLs considerando a importância regional e setorial de cada aglomeração. 2. Mapeamento dos ativos institucionais e do perfil técnico-científico de cada região com potencial de mobilização de apoio aos APLs. 3. Seleção e validação dos APLs considerados estratégicos para o Estado. Nessas aglomerações foram desenvolvidos estudos de aprofundamento para subsidiar a caracterização estrutural dos APLs e a identificação de problemas e demandas locais balizadoras das propostas de diretrizes das políticas de APLs. Na primeira seção deste capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos e os resultados da identificação e mapeamento das aglomerações produtivas no Estado do Paraná. Na segunda seção, são expostas as metodologias e critérios utilizados para a pré-seleção dos possíveis APLs e a validação dos arranjos selecionados, passíveis de políticas públicas e ações coletivas de apoio ao desenvolvimento setorial e local. 3.1 Identificação e Mapeamento das Aglomerações Produtivas no Estado do Paraná Os instrumentos inicialmente escolhidos para a identificação de concentração geográfica de atividades econômicas foram: 1. Quociente Locacional5; 2. Coeficiente de Gini locacional6; 3. Parâmetros convencionais em termos absolutos: a. Número de empregos vinculados à atividade econômica em análise; b. Número de estabelecimentos vinculados à mesma classe de atividade na região. Observa-se, no entanto, que o Coeficiente de Gini Locacional foi descartado para a análise do Estado do Paraná, dado que algumas das classes de atividades econômicas importantes, tais como a indústria da madeira e a indústria de confecções, são relativamente desconcentradas e a aplicação do Gini Locacional implicaria na perda de relevância regional e setorial dessas classes. Diante disso, a principal fonte de informação utilizada foi a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) referente a 2003. Essa base de dados contém informações sobre o empregador e empregado vinculados ao estabelecimento, sobre o estoque 5 Para saber mais sobre o Quociente Locacional verificar o seu detalhamento no ítem 1 do apêndice do capítulo. Para saber mais sobre o Coeficiente de Gini Locacional verificar o seu detalhamento no ítem 2 do apêndice do capítulo. 6 20 e fluxo de empregados desagregados até os níveis municipais e das sub-atividades econômicas (4 dígitos da Classificação Nacional da Atividade Econômica – CNAE. Outra base de informação considerada no estudo é o Cadastro de Informações FiscoContábeis da Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná. Nela constam informações referentes aos valores contábeis de entrada (compras para industrialização, comercialização ou prestação de serviços, inclusive com substituição tributária) e aos valores contábeis de saída (vendas da produção própria ou de terceiros, inclusive substituição tributária) que são discriminados regionalmente entre as vendas e compras no Estado, em outros Estados e para o Exterior por sub-atividades econômicas (CNAE 4 dígitos) e por municípios. Como procedimento inicial desenvolveu-se uma matriz com 39 microrregiões e 278 classes de atividades existentes no Paraná pertencentes às áreas da indústria extrativa, indústria de transformação e atividades de produção de software7. A partir dessa base de dados foram utilizados os indicadores convencionais e sucessivos filtros que levaram em conta as especificidades do Estado do Paraná. Os APLs foram identificados a partir de quatro critérios: i) importância da atividade para a região (especialização pelo Quociente Locacional); ii) importância da atividade para o setor no Estado do Paraná; iii) número de estabelecimentos; e iv) número de empregos formais. Primeiramente foram estabelecidas algumas restrições, as quais foram gradualmente relaxadas, permitindo apontar todas as aglomerações potencialmente relevantes para futura investigação com intuito de identificar sinais de APLs em processo de formação. Tais restrições foram operacionalizadas por meio da utilização de 3 filtros. O primeiro, no qual a restrição é maior, se refere ao número de estabelecimentos, definindo as classes de atividade mais consolidadas em função de um número relativamente elevado de estabelecimentos e significativa especialização. O segundo filtro permite uma análise mais abrangente em termos setoriais como regionais. Já o terceiro filtro resgatou as classes que possuíam expressivo nível de empregos nas Microrregiões não captados nos filtros anteriores. Para cada filtro foram efetuados expurgos de classes capturadas pelos filtros anteriores mas que não estavam em conformidade com o fenômeno típico de APL por serem atividades econômicas sob controle da produção de poucas empresas ou com produção e coordenação por algumas 7 Para mais detalhes sobre a montagem da matriz paranaense ver a seção 2.4 da publicação Identificação, caracterização, construção de tipologia e apoio na formulação de políticas para os arranjos produtivos locais (APLS) do Estado do Paraná: etapa 1 – Identificação, mapeamento e construção da tipologia das aglomerações produtivas / Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. – Curitiba: IPARDES, 2005. 44 p. Disponível em www.redeapl.pr.gov.br. 21 grandes empresas8. A utilização dos filtros não se deu, todavia, sequencialmente, de forma que os filtros subseqüentes fossem aplicados sobre os resultados dos imediatamente anteriores. Na verdade cada filtro foi aplicado exclusivamente ao conjunto da indústria, sendo os resultados individuais comparados no final. Analisando o quadro 1 observa-se que o filtro 1 permite identificar classes com algum grau de especialização nas regiões, privilegiando aquelas com maior densidade de estabelecimentos. Adicionou-se a esse filtro duas restrições: a primeira eliminou classes com Quociente Locacional no intervalo 1 < QL ≤ 2 e com número de empregos < 250, exceto a classe de produção de Software que é tradicionalmente pouco intensiva em trabalho. A segunda restrição resultou na eliminação das classes consideradas cujas características destoam daquelas típicas de um APL. Como resultado, foram apurados 109 casos em 53 diferentes classes de atividade distribuídas em 26 microrregiões. (Mapa 1). Mapa 1 – Microrregiões Selecionadas Pelo Filtro 1 - Final Fonte: Sepl, Ipardes Com base no filtro 2, considerado intermediário, foram identificadas classes de atividades com QL > 2 e número de estabelecimentos entre 10 a 19, considerando duas restrições: i) exclusão de classes com número reduzido de empregos (< 250), exceto software; 8 A relação das 42 classes CNAE excluídas por este critério, dentre as 155 classes de atividades, estão disponíveis no anexo 1 da publicação Identificação, caracterização, construção de tipologia e apoio na formulação de políticas para os arranjos produtivos locais (APLS) do Estado do Paraná: etapa 1 – Identificação, mapeamento e construção da tipologia das aglomerações produtivas / Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral. – Curitiba: IPARDES, 2005. 44 p. Disponível em www.redeapl.pr.gov.br. 22 e ii) eliminação dos casos em que há não conformidade com as características típicas de APL. O resultado desse filtro permitiu a identificação de 49 casos em 39 classes de atividade distribuídas em 23 microrregiões. Assim, a aplicação desse filtro fez com que surgissem 7 novas regiões não que foram identificadas no filtro anterior (Mapa 2). Mapa 2 - Microrregiões Selecionadas Pelo Filtro 2 - Final Fonte: Sepl, Ipardes O filtro 3, por sua vez, permitiu a inclusão de casos não identificados nos filtros anteriores e que possuíam uma quantidade de empregados ≥ 250. Neste caso, foram consideradas duas restrições: i) foram excluídos os casos com menos de 10 estabelecimentos e QL ≤ 1 (pouca especialização e poucos estabelecimentos); e ii) eliminação dos casos em que não há conformidade com as características típicas de APL. Esse filtro foi considerado pelos pesquisadores como “praticamente inócuo” dado que boa parte dos casos identificados foi eliminada pela restrição que considera a não conformidade com as características de APL. Foram identificadas 6 classes em 6 microrregiões já apontadas nos filtros anteriores. Esse resultado foi interpretado positivamente dado que os filtros 1 e 2 foram suficientes para identificar a maior parte das aglomerações potencialmente identificáveis como APLs ( 23 Mapa 3). 24 Mapa 3 - Microrregiões Selecionadas pelo Filtro 3 – Final Fonte: Sepl, Ipardes A situação dos 3 mapas pode ser sintetizada no Quadro 2. Quadro 2 - Síntese dos Critérios, Restrições e Resultados dos Filtros Para Qualificação das Aglomerações no Estado do Paraná Em 2003 Filtro Critérios, restrições e resultados 1 (Mais restritivo) 2 (Intermediário) Restrições e resultados Critérios Critérios Número de estabelecimentos: ≥ 20; Quociente Locacional (QL): > 1; Total de Casos Observados: 145 Restrição 1 (eliminar casos com pouco emprego e menor especialização.) Excluir casos com menos de 250 empregos e QL < 2, exceto para os casos de softwares. Total de casos preservados: 128 (eliminou 17 casos). Restrição 2 Critério da Não Conformidade. Total de casos preservados: 109 (foram eliminados outros 19 casos). Número de classes: 53. Número de microrregiões: 26. Número de estabelecimentos: 10 a 19; Quociente Locacional (QL): > 2; Total de Casos Observados: 78 25 Restrições e resultados 3 (Menos restritivo) Restrições e resultados Critérios Restrição 1 (Eliminar casos com pouco emprego.) Excluir casos com menos de 250 empregos e QL < 3, exceto p/ os casos de softwares. Total de casos preservados: 58 (eliminou 20 casos). Restrição 2 Critério da Não Conformidade. Total de casos preservados: 49 (foram eliminados outros 9 casos). Número de classes: 39. Número de microrregiões: 23. Número de empregos: ≥ 250, exclusive os casos já captados pelos demais filtros; Total de Casos Observados: 190. Restrição 1 (Eliminar casos sem nenhuma especialização e poucos estabelecimentos.) Excluir casos com menos de 10 estabelecimentos e QL ≤ 1. Total de casos preservados: 62 (eliminou 128 casos). Restrição 2 Critério da Não Conformidade. Total de casos preservados: 7 (foram eliminados outros 55 casos). Número de classes: 6. Número de microrregiões: 6. Fonte: IPARDES (2005) Após a aplicação dos filtros e respectivas restrições adicionais, restaram 73 classes de atividades econômicas, entre os 165 casos identificados, distribuídos principalmente segundo as classes CNAE da Tabela 3. Tabela 3 - Número de Casos Identificados pelos Filtros Segundo Classes Cnae Madeira e Mobiliário 46 Têxtil e Confecções 29 Produtos. Alimentares 14 Produtos Cerâmicos e Cal/calcário 12 Calçados e Couros 7 Outras Classes 57 TOTAL 165 FONTE: SEPL, IPARDES O total de 165 casos identificados não exclui a possibilidade de haver duas ou mais classes de atividades econômicas afins numa mesma microrregião, implicando, portanto, em “dupla contagem”. Na avaliação final, entretanto, essa possível distorção foi eliminada, resultando em 114 aglomerações produtivas, presentes em 33 das 39 microrregiões do Paraná consideradas possíveis APLs. (Mapa 4). Em 2003, essas 114 aglomerações geravam 150.454 empregos formais, o que representava 35% dos 433.553 empregos industriais formais no estado. 26 Mapa 4 - Número de Aglomerações Industriais Segundo as Microrregiões Geográficas do Paraná – 2003 Fonte: IPARDES (2006) O próximo passo da pesquisa foi a organização dessas 114 aglomerações em consonância com uma tipologia que contemplasse alguns tipos básicos de APLs considerando a importância setorial e regional para o eventual estabelecimento das políticas públicas específicas aos APLs. A tipologia adotada agrupou as aglomerações selecionadas em dois segmentos, considerando: i) o grau de especialização da microrregião na respectiva classe (tamanho do QL), que representa a importância regional da aglomeração; ii) a participação da microrregião no total de emprego da classe no Estado, que representa a importância setorial no Estado. No primeiro agrupamento a especialização da microrregião seria considerada elevada se QL ≥ 5 e reduzida se 1 < QL < 5. No segundo agrupamento a atividade teria importância elevada se o emprego na classe tivesse participação ≥ a 20% no emprego da classe no Estado (Quadro 3). 27 Quadro 3 - Tipologia das Aglomerações Produtivas Importância para o Setor Importância local Reduzida Elevada (< 20% no emprego da classe (≥ 20% no emprego da classe no Estado) no Estado) Elevada (QL ≥ 5) Vetor de Desenvolvimento Local (VDL) Núcleo de Desenvolvimento Setorial-Regional (NDSR) Reduzida (1 < QL < 5) Embrião de Arranjo Produtivo Local (E) Vetor Avançado (VA) Fonte: IPARDES (2006) Desse modo, o conjunto das 114 aglomerações identificadas foi distribuído em quatro tipos de aglomeração: i) Núcleo de Desenvolvimento Setorial Regional (NDSR); ii) Vetor de Desenvolvimento Local (VDL); iii) Vetor Avançado (VA) e iv) Embriões (E). O Núcleo de Desenvolvimento Setorial Regional (NDSR) é o subconjunto que reúne as aglomerações consideradas importantes para uma dada região ou pela importância na atividade econômica no Estado. Já o Vetor de Desenvolvimento Local (VDL) considera o conjunto das aglomerações com importância para o desenvolvimento local/regional, porém de menor relevância para o setor no Estado. O subconjunto considerado como Vetor Avançado (VA) é composto pelas aglomerações que possuem importância setorial, mas com pouca relevância local/regional por se situar em um tecido econômico mais abrangente, por conseguinte mais diversificado. Por último há o subconjunto denominado como Embriões (E) no qual são encontradas as aglomerações que possuem potencial para o desenvolvimento, sem ser, no entanto, relevante para a região e para o setor. Cabe ressaltar que nas aglomerações que envolviam mais de uma classe de atividade, pertencentes a tipos de aglomerações diferentes, foram utilizados parâmetros adicionais para a classificação, quais sejam: a classe com o maior número de emprego e/ou aquela classe com maior dinamismo quanto aos indicadores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (indicadores de destino da produção - outros estados e exterior; importância das compras locais – no Estado; e importância das vendas da classe na microrregião). Como resultado deste procedimento, 22 casos foram reenquadrados em 15 aglomerações, como indicado no 28 Quadro 4. 29 Quadro 4 - Relação de Casos Reenquadrados por Mrg DE EMBRIÃO PARA VDL Telêmaco Borba (2029) Jaguariaíva (2021) Palmas (2010) Irati (2010) Rio Negro (2010) DE EMBRIÃO PARA NDSR Apucarana (1761, 1769 e 1812) Apucarana (2029, 2519 e 2529) Ponta Grossa (2812) Guarapuava (2010 e 2021) DE VDL PARA EMBRIÃO Umuarama (3613) EMBRIÃO PARA VA Maringá (1812 e 1821) Londrina (2529) Londrina (2893) DE VDL PARA NDSR União da Vitória (2010 e 2021) DE NDSR PARA EMBRIÃO Ponta Grossa (1429) FONTE: SEPL, IPARDES A importância do conjunto das 114 aglomerações, subdivididas em seus quatro subconjuntos, para a economia paranaense no ano de 2003 pode ser verificada na Tabela 4 em que são comparadas as informações de total de empregos formais, número de estabelecimentos com vínculos empregatícios, total do valor adicionado fiscal e total do valor das saídas (faturamento). Tabela 4 – Número de Empregos Formais de Estabelecimentos, Valor Adicionado e Faturamento da Indústria Segundo Tipo de Aglomeração – Paraná - 2003 Fonte: IPARDES (2006) Após esse re-enquadramento, os agrupamentos distribuídos por tipo de aglomeração segundo as micro-regiões ficaram organizados conforme a 30 Tabela 5. 31 Tabela 5 - Número de Agrupamentos por Tipo Segundo Microrregião - Paraná – 2003 3.2 Pré-Seleção dos Possíveis APLs Identificados e Validação Para o processo de pré-seleção dos possíveis APLs o estudo considerou alguns critérios que levaram em conta a relevância de cada aglomeração de empresas de classes de atividades afins, tais como: densidade fiscal, exportação e vendas para outro estado, compras locais e número de estabelecimentos e importância das vendas da classe na própria microrregião. Com essa análise foram identificadas que no conjunto das 114 aglomerações somente 25 delas poderiam ser consideradas como possíveis APLs, assim distribuídas: 8 NDSR, 5 VDL, 7 VA e 5 Embriões. As 25 aglomerações selecionadas nessa etapa foram visitadas por pesquisadores para a atribuição de uma caracterização preliminar de modo a obter um panorama geral considerando a formação da estrutura produtiva e a ambiência institucional dessas 32 aglomerações. Como resultado dessas visitas, do total das 25 aglomerações 18 foram validadas por apresentarem características típicas de APLs. Sendo que um desses casos foi desmembrado em quatro aglomerações específicas por se tratarem de empresas de produção de software, que pelo julgamento dos pesquisadores, requereu a separação para desenvolvimento de estudos de casos específicos. Adicionalmente foi acrescida ao conjunto, uma aglomeração de empresas da área de instrumentos médico-odontológicos da região de Campo Mourão por se tratar de uma aglomeração em formação através de uma atividade não tradicional, segundo pesquisa anteriormente desenvolvida no IPARDES. Portanto, ao final desta etapa foram validadas 22 aglomerações classificadas como possuidoras de características típicas de APLs assim distribuídas no espaço geográfico do Estado do Paraná ( Mapa 5). Mapa 5 – Aglomerações Industriais Selecionadas para Estudo de Caso Segundo Microrregiões Geográficas – Paraná 2003 Fonte: IPARDES (2006) As 22 aglomerações classificadas como possuidoras de características típicas de APLs estão distribuídas da seguinte forma de acordo com as categorias estabelecidas: • Núcleo de Desenvolvimento Setorial e Regional (NDSR) 1. - Confecção - Bonés - Apucarana; 2. - Esquadrias e Madeira - União da Vitória; 3. - Mandioca e Fécula - Paranavaí; 33 4. - Metais Sanitários - Loanda; 5. - Móveis - Arapongas; 6. - Móveis de Metal e Sistemas de Armazenagem e Logística – Ponta Grossa. • Vetor de Desenvolvimento Local (VDL) 1. - Confecção - Cianorte; 2. - Confecção - Sudoeste; 3. - Malhas - Imbituva; 4. - Móveis e Madeira - Rio Negro • Vetor Avançado (VA) 1. Aparelhos, Equipamentos e Instrumentos Médicos, Odontológicos e Hospitalares RMC; 2. Cal e Calcário - RMC; 3. Confecção - Maringá; 4. Louças e Porcelana - Campo Largo; 5. Software - Curitiba; 6. Software - Londrina. • Embrião (E) 1. Confecção - Moda Bebê - Terra Roxa; 2. Equipamentos e Implementos Agrícolas - Cascavel/Toledo; 3. Instrumentos Médicos-Odontológicos - Campo Mourão; 4. Móveis - Sudoeste; 5. Software - Maringá; 6. Software - Pato Branco e Dois Vizinhos. Considerado o conjunto das aglomerações validadas como APLs, foram aprofundadas as pesquisas de reconhecimento e caracterização por meio de estudos de caso em 15 deles, e elaboradas notas técnicas para 5 APLs, a partir de investigação desenvolvida previamente. A exceção da adoção desses procedimentos ficou restrita a 2 APLs validados, que são: Cal e Calcário da RMC e Software de Curitiba. 34 A finalidade dos estudos de caso e notas técnicas foi consolidar conhecimento existente sobre o objeto e identificar problemas e demandas locais, apontados nas entrevistas junto a instituições de apoio e a lideranças dos APLs. Tais elementos compuseram um conjunto de subsídios para a formulação de diretrizes de políticas de apoio aos APLs no estado. 35 ANEXO DO CAPÍTULO 1. Quociente Locacional (QL) O Quociente Locacional (QL), também chamado de quociente de especialização, apura a concentração relativa de uma dada indústria em um dado espaço geográfico (microrregião), comparativamente à participação dessa indústria em um espaço geográfico maior (Estado do Paraná). Quando o QL for elevado para a indústria analisada, há uma especialização da produção local naquela indústria. O quociente locacional é apurado pela seguinte fórmula: Onde: Quociente Locacional da classe i na microrregião j; Emprego na classe i da microrregião j; Emprego em todas as classes da microrregião j; Emprego na classe i de todas as microrregiões do Estado; = 2. Emprego em todas as classes de todas as microrregiões do Estado Coeficiente de Gini Locacional (GL) O Coeficiente de Gini Locacional (GL) apresenta o grau de concentração espacial de uma determinada classe de indústria em uma dada base geográfica, que seja uma região, um estado ou um país. Quando o resultado deste indicador estiver mais próximo da unidade, mais concentrada será a indústria presente no espaço geográfico considerado. Por sua vez, quando o resultado estiver mais próximo de zero, o indicador informa que a indústria está uniformemente distribuída no espaço geográfico considerado. O coeficiente de Gini locacional é apurado pela seguinte fórmula: Onde: GL = coeficiente de Gini Locacional; X = proporção acumulada da variável de atividades econômicas (CNAE 4 dígitos); Y = proporção acumulada da variável de empregos formais vinculadas a classes de atividades econômicas. 36 4 Os principais mapeamentos existentes de arranjos produtivos locais no estado e identificação dos APLs que são focos de políticas públicas Esse capítulo contém uma descrição das tabelas contidas no arquivo “capítulo 5 arranjos prioritários PARANA”, elaborada em Excel, composto de 4 planilhas. Esse arquivo faz parte desse relatório. Em função do seu tamanho está sendo encaminhado em separado. 1) Mapa dos APLs selecionados: Trata-se da figura de um mapa por município indicando os APLs prioritários e suas respectivas atividades. 2) CNAE APLs selecionados: constam todos os dados de empregos formais e número de firmas em 2003 por classe CNAE. Foram feitas contas de participação no total do estado e da classe. Não foram feitas para o total do Brasil, uma vez que, indicariam participações irrelevantes, tendo em vista as participações no total do estado. Os dados se referem a 2003 por se tratar da base de dados usada pelo IPARDES quando da elaboração do estudo para definição dos APLs prioritários. Não constam dados do APL de Campo Mourão, uma vez que do ponto de vista quantitativo não há indicação de concentração de atividade em Equipamentos médicos-odontológicos. Mas esse foi um APL selecionado exclusivamente por conta de visitas e entrevistas qualitativas feitas pelo IPARDES. É A PRINCIPAL TABELA. 3) Modelo Tabela 2 Anexo: essa planilha está posta conforme a primeira versão solicitada. São os mesmos dados resumidos da planilha anterior. Informações sobre as políticas públicas são melhores avaliadas no capítulo 3 desse relatório. 4) Modelo Tabela 1 Anexo: essa planilha também solicitada na primeira versão também pode ser melhor avaliada conforme informações no capítulo 3. 37 Resumo das 4 tabelas do capítulo 5: Tabela 6 - Arranjos Produtivos Locais Paranaenses Classificados pela Relevância Regional - Paraná 2003 Arranjo Produtivo Local *Principal Atividade CNAE (Código) **Base produtiva nº empregados Vestuário de Cianorte Madeira e Esquadrias de União da Vitória Móveis de Arapongas Metais Sanitários de Loanda Louças e Porcelanas de Campo Largo Bonés de Apucarana Móveis e Madeira de Rio Negro Confecções de Maringá Confecções da Região Sudoeste Cal e Calcário da RMC Norte Mandioca e Fécula de Paranavaí Confecção Infantil de Terra Roxa Móveis do Sudoeste Móveis de Metal e Sistemas de Armazenagem e Logística de Ponta Grossa Malhas de Imbituva Equipamentos e Implementos Agrícolas de Cascavel e Toledo Software de Pato Branco e Dois Vizinhos Instrumentos médicohospitalares de Curitiba Software de Londrina Software de Curitiba Software de Maringá Instrumentos médicoOdontológicos de Campo Mourão* ΩIndic Relevância do Apl Relevância ador de na economia setorial do Apl govern Local na economia ança Estadual nº n de Participação do Participação do firmas firmas Emprego da Emprego da grande principal atividade principal porte do APL (código atividade do CNAE) sobre o APL (código total de empregos CNAE) sobre o gerados nos total de municípios que empregos dessa compõem o APL mesma atividade (%) no Estado (%) 459 0 16,13 12,85 232 3 15,98 10,82 18120 20222 5.087 2.688 36110 29130 26492 9.019 931 1.458 262 33 30 8 0 2 10,93 10,00 8,41 35,23 82,83 84,28 18120 36110 4.137 1.738 333 57 0 1 7,96 7,04 5,05 4,55 18120 18120 8.742 2.150 592 97 1 1 6,04 5,33 20,07 5,77 26921 15539 1.881 623 146 29 0 0 3,86 3,28 90,24 39,21 18120 581 159 2 3,38 5,38 36110 36129 1.799 1.309 146 71 1 0 2,43 1,92 3,52 46,54 17795 29319 142 733 37 25 0 0 1,25 0,82 12,67 31,59 72214 87 10 0 0,31 15,82 33103 867 49 1 0,13 71,24 72214 72109 72214 189 914 99 24 162 20 0 0 0 0,09 0,06 0,05 28,69 62,69 12,33 Nota: Arranjo embrionário com potencial selecionado como foco de política mas que não possuia informações na base de dados da RAIS em 2003. Fonte: RAIS/MTE 2003 - Elaboração própria 38 Tabela 7 - Arranjos Produtivos Locais Paranaenses Classificados pela Relevância na Classe da Atividade no Estado - Paraná 2003 Arranjo Produtivo Local Cal e Calcário da RMC Norte Louças e Porcelanas de Campo Largo Metais Sanitários de Loanda Instrumentos médicohospitalares de Curitiba Software de Curitiba Móveis de Metal e Sistemas de Armazenagem e Logística de Ponta Grossa Mandioca e Fécula de Paranavaí Móveis de Arapongas Equipamentos e Implementos Agrícolas de Cascavel e Toledo Software de Londrina Confecções de Maringá Software de Pato Branco e Dois Vizinhos Vestuário de Cianorte Malhas de Imbituva Software de Maringá Madeira e Esquadrias de União da Vitória Confecções da Região Sudoeste Confecção Infantil de Terra Roxa Bonés de Apucarana Móveis e Madeira de Rio Negro Móveis do Sudoeste Instrumentos médicoOdontológicos de Campo Mourão* *Principal **Base produtiva ΩIndicador Atividade de CNAE governança (Código) nº nº n de firmas empregados firmas grande porte Relevância Relevância do Apl na setorial do Apl economia na economia Local Estadual Participação do Participação Emprego da do Emprego principal da principal atividade do atividade do APL (código CNAE) APL (código CNAE) sobre sobre o total de empregos dessa o total de mesma atividade empregos no Estado (%) gerados nos municípios que compõem o APL (%) 3,86 90,24 8,41 84,28 26921 26492 1.881 1.458 146 30 0 2 29130 33103 931 867 33 49 0 1 10,00 0,13 82,83 71,24 72109 36129 914 1.309 162 71 0 0 0,06 1,92 62,69 46,54 15539 623 29 0 3,28 39,21 36110 29319 9.019 733 262 25 8 0 10,93 0,82 35,23 31,59 72214 18120 72214 189 8.742 87 24 592 10 0 1 0 0,09 6,04 0,31 28,69 20,07 15,82 18120 17795 72214 20222 5.087 142 99 2.688 459 37 20 232 0 0 0 3 16,13 1,25 0,05 15,98 12,85 12,67 12,33 10,82 18120 2.150 97 1 5,33 5,77 18120 581 159 2 3,38 5,38 18120 36110 4.137 1.738 333 57 0 1 7,96 7,04 5,05 4,55 36110 1.799 146 1 2,43 3,52 Nota: Arranjo embrionário com potencial selecionado como foco de política mas que não possuia informações na base de dados da RAIS em 2003. Fonte: RAIS/MTE 2003 Elaboração própria 39 5 Os Demais Arranjos não Apoiados Esse capítulo contém uma descrição das tabelas contidas no arquivo “capítulo 6 arranjos não apoiados PARANA”, elaborada em Excel, composto de 4 planilhas. Esse arquivo faz parte desse relatório. Em função do seu tamanho está sendo encaminhado em separado. 1) MAPA DAS AGLOMERAÇÕES: Trata-se da figura de um mapa por MRG indicando todas as 114 aglomerações (incluindo os APLs prioritários) em que são destacadas as atividades principais, que são: madeira e mobiliário, produtos alimentares, produtos cerâmicos e cal calcário, têxtil e confecções, calcados e couros, software e outras aglomerações produtivas industriais. 2) Emprego nas aglomerações: Essa tabela mostra o emprego em 2003 por município e microrregião geográfica nas diversas classes CNAE em que o estudo apontou a existência de algum grau de aglomeração. Nas colunas em amarelo estão indicadas apenas as atividades que o estudo apontou estarem concentradas em alguma microrregião. Nas linhas apenas constam municípios e microrregiões que concentram alguma atividade. Note-se que existem inúmeras células em branco. Apesar de algumas dessas células possuírem algum número positivo, foram apagadas porque não havia aglomeração de atividade no município e/ou microrregião. Existe aglomeração de atividades apenas nos municípios e/ou microrregiões que apontam algum número e estão coloridos. Ressalte-se que estas aglomerações são apenas indicadores de algum grau de concentração de atividade, mas que em momento algum foram escolhidas como prioritárias para eventuais alvos de políticas públicas. São os supostos APLs que não são alvos de políticas. 3) Emprego nas aglomerações MRG: Esta planilha é a mesma anterior. Cada tabela destaca as atividades que são concentradas por MRG e municípios. Ela mostra apenas as atividades aglomeradas em cada MRG e municípios. Foi posta dessa forma para que se possa visualizar melhor as atividades em cada MRG. Dessa forma exposta, ficam excluídas as células das atividades que não apresentam aglomeração. 4) Número de firmas nas aglomera: Essa tabela mostra os empregos por tamanho de firma nas aglomerações. Aqui constam apenas as atividades que apresentam algum grau de aglomeração. As atividades da coluna COD_CNAE são as mesmas que constam da primeira linha da planilha "emprego nas aglomerações". As micro e pequenas firmas são 40 as com 0 a 99 empregos formais. As médias firmas são as com 100 a 249 empregos formais. As Média-grande firmas são as com acima de 250 empregos formais. Resumo das 4 tabelas do capítulo 6: Tabela 8 - Aglomerações Produtivas Paranaenses Classificadas pela Relevância na Classe da Atividade No Estado - Paraná 2003 Microrregião CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA PARANAGUA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA CURITIBA MARINGA CURITIBA CURITIBA CURITIBA Classe de Atividade (CNAE) CLASSE 27251 - Produção de laminados longos de aço CLASSE 29157 - Fabrç. de equipamentos de transmissao para fins industria CLASSE 24732 - Fabricaçao de artigos de perfumaria e cosmeticos CLASSE 31305 - Fabricaçao de fios, cabos e condutores eletricos isolados CLASSE 31216 - Fabrç. de subestações, quadros de comando, reguladores de voltagem ... CLASSE 24511 - Fabricaçao de produtos farmoquimicos CLASSE 31992 - Fabricaçao de outros aparelhos ou equipamentos eletricos CLASSE 28398 - Têmpera, cementação e tratamento térmico do aço, serviços de usinag... CLASSE 28339 - Fabricaçao de artefatos estampados de metal CLASSE 29696 - Fabricaçao de outras maquinas e equipamentos de uso espec CLASSE 32107 - Fabricaçao de material eletronico basico CLASSE 29629 - Fabrç. de máquinas e equipamentos para as ind. alimentar, CLASSE 19216 - Fabrç. de malas, bolsas, valises e outros artefatos para CLASSE 21318 - Fabricaçao de embalagens de papel CLASSE 29297 - Fabricaçao de outras maquinas e equipamentos de uso geral CLASSE 29246 - Fabrç. de máquinas e aparelhos de refrigeraçao e ventilaç CLASSE 25291 - Fabricaçao de artefatos diversos de plastico CLASSE 21415 - Fabrç. de artefatos de papel, papelao, cartolina e cartao CLASSE 24813 - Fabricaçao de tintas, vernizes, esmaltes e lacas CLASSE 24139 - Fabricaçao de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e po CLASSE 31526 - Fabricaçao de luminárias e equipamentos de iluminaçao - exceto para... CLASSE 24996 - Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente CLASSE 27499 - Metalurgia de outros metais nao-ferrosos e suas ligas CLASSE 36994 - Fabricaçao de produtos diversos CLASSE 15830 - Produçao de derivados do cacau e elaboraçao de chocolates CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 28428 - Fabricaçao de artigos de serralheria - exceto esquadrias CLASSE 36145 - Fabricaçao de colchoes CLASSE 28991 - Fabricaçao de outros produtos elaborados de metal CLASSE 25194 - Fabricaçao de artefatos diversos de borracha CLASSE 37206 - Reciclagem de sucatas nao-metalicas Participação no Total do Emprego na Classe (CNAE) do Estado 100,00% 96,99% 92,74% 90,00% 87,86% 87,33% 85,76% 83,50% 77,21% 74,62% 72,55% 67,83% 66,11% 65,53% 65,34% 64,88% 61,13% 60,53% 58,39% 57,84% 55,90% 55,28% 52,54% 50,27% 48,73% 47,60% 46,38% 45,49% 45,08% 44,37% 43,70% 41 CURITIBA GUARAPUAVA GUARAPUAVA MARINGA TOLEDO CIANORTE PALMAS MARINGA UMUARAMA APUCARANA MARINGA PONTA GROSSA MARINGA CORNÉLIO JAGUARIAIVA CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO FRANCISCO BELTRAO TOLEDO CASCAVEL GUARAPUAVA UMUARAMA ASTORGA TELEMACO TOLEDO MARINGA MARINGA CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO PARANAVAI MARINGA UMUARAMA TOLEDO TOLEDO PRUDENTOPOLIS TELEMACO UMUARAMA UMUARAMA GUARAPUAVA PRUDENTOPOLIS FOZ DO IGUACU TELEMACO CIANORTE CLASSE 24520 - Fabricaçao de medicamentos para uso humano CLASSE 20290 - Fabrç. de artefatos diversos de madeira, palha, cortiça e material ... CLASSE 21105 - Fabricaçao de celulose e outras pastas para a fabricaçao CLASSE 19291 - Fabricaçao de outros artefatos de couro CLASSE 15555 - Fabrç. de amidos e féculas de vegetais e fabrç. de óleos CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 25194 - Fabricaçao de artefatos diversos de borracha CLASSE 36137 - Fabricaçao de moveis de outros materiais CLASSE 19313 - Fabricaçao de calcados de couro CLASSE 36137 - Fabricaçao de moveis de outros materiais CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 15431 - Fabricaçao de sorvetes CLASSE 15598 - Beneficiamento, moagem e preparaçao de outros produtos de origem vegetal CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 28932 - Fabrç. de artigos de funilaria e de artigos de metal para usos domé... CLASSE 19313 - Fabricaçao de calcados de couro CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 19100 - Curtimento e outras preparacoes de couro CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 36994 - Fabricaçao de produtos diversos CLASSE 18112 - Confecção de roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes CLASSE 18112 - Confecção de roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 28991 - Fabricaçao de outros produtos elaborados de metal CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 15431 - Fabricaçao de sorvetes CLASSE 18210 - Fabricaçao de acessorios do vestuario CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 26492 - Fabricaçao de produtos ceramicos nao-refratarios para uso CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est 42,79% 33,12% 26,59% 24,46% 24,24% 23,54% 18,78% 18,28% 16,46% 15,64% 15,54% 14,36% 13,45% 13,24% 12,71% 12,27% 12,27% 11,82% 11,75% 11,72% 11,65% 11,17% 10,99% 9,58% 9,54% 9,21% 9,06% 9,06% 9,06% 8,44% 8,37% 8,13% 8,05% 7,93% 7,48% 7,45% 7,32% 7,15% 7,13% 6,46% 6,22% 6,18% 5,25% 42 JAGUARIAIVA W. BRAZ CASCAVEL TELEMACO IRATI CASCAVEL FRANCISCO BELTRAO CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO ASTORGA ASTORGA CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 20290 - Fabrç. de artefatos diversos de madeira, palha, cortiça e material ... CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... FOZ DO IGUACU CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira IBAITI CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est IRATI CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira IVAIPORA CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio SÃO MATEUS CLASSE 15598 - Beneficiamento, moagem e preparaçao de outros produtos de origem vegetal W. BRAZ CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... UMUARAMA CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira PARANAVAI CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... ASSAI CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est IBAITI CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira PALMAS CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira PARANAVAI CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CAMPO MOURAO CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CAMPO MOURAO CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CORNÉLIO CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira SÃO MATEUS CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira PORECATU CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... FLORAI CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... PORECATU CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est Fonte: RAIS/MTE 2003 - Elaboração própria 5,04% 4,87% 4,85% 4,83% 4,61% 4,50% 4,25% 4,20% 4,20% 3,96% 3,77% 3,67% 3,66% 3,19% 3,10% 3,09% 2,91% 2,82% 2,80% 2,43% 2,32% 2,14% 2,12% 2,08% 2,08% 2,08% 1,52% 1,24% 0,66% 0,09% 43 Tabela 9 - Aglomerações Produtivas Paranaenses Classificadas pela Relevância Regional - Paraná 2003 Microrregião PALMAS PRUDENTOPOLIS IVAIPORA JAGUARIAIVA IRATI W. BRAZ PRUDENTOPOLIS TELEMACO UMUARAMA TELEMACO JAGUARIAIVA GUARAPUAVA FLORAI ASTORGA IRATI IBAITI SÃO MATEUS MARINGA PARANAGUA PORECATU PONTA GROSSA CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO GUARAPUAVA PARANAVAI W. BRAZ GUARAPUAVA PALMAS IBAITI CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO ASSAI Classe de Atividade (CNAE) CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 20214 - Fabrç. de madeira laminada e de chapas de madeira compens CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 36994 - Fabricaçao de produtos diversos CLASSE 24139 - Fabricaçao de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e po CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 20290 - Fabrç. de artefatos diversos de madeira, palha, cortiça e material ... CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 20109 - Desdobramento de madeira CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 18120 - Confecção de peças do vestuário - exceto roupas íntimas, blusas, ca... CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est Participação no Total do Emprego da Microrregião 33,77% 15,89% 14,71% 12,76% 10,25% 10,13% 9,44% 8,34% 8,13% 7,37% 7,36% 6,35% 6,04% 5,44% 4,88% 4,64% 4,38% 3,96% 3,90% 3,74% 3,31% 3,09% 3,09% 2,89% 2,75% 2,74% 2,67% 2,65% 2,44% 2,44% 2,44% 1,96% 44 UMUARAMA CORNÉLIO CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO FOZ DO IGUACU CIANORTE CASCAVEL PARANAVAI PARANAVAI SÃO MATEUS UMUARAMA UMUARAMA CORNÉLIO CIANORTE TELEMACO ASTORGA GUARAPUAVA TOLEDO UMUARAMA MARINGA CAMPO MOURAO CAMPO MOURAO FOZ DO IGUACU MARINGA ASTORGA FRANCISCO BELTRAO TOLEDO CURITIBA CASCAVEL MARINGA CASCAVEL TELEMACO TOLEDO CURITIBA CURITIBA FRANCISCO BELTRAO MARINGA TOLEDO CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 18112 - Confecção de roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes CLASSE 18112 - Confecção de roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 36110 - Fabricaçao de moveis com predominancia de madeira CLASSE 15598 - Beneficiamento, moagem e preparaçao de outros produtos de origem vegetal CLASSE 36137 - Fabricaçao de moveis de outros materiais CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 15598 - Beneficiamento, moagem e preparaçao de outros produtos de origem vegetal CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 20290 - Fabrç. de artefatos diversos de madeira, palha, cortiça e material ... CLASSE 19100 - Curtimento e outras preparacoes de couro CLASSE 21105 - Fabricaçao de celulose e outras pastas para a fabricaçao CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 18210 - Fabricaçao de acessorios do vestuario CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 15539 - Fabricaçao de farinha de mandioca e derivados CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CLASSE 28991 - Fabricaçao de outros produtos elaborados de metal CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 28932 - Fabrç. de artigos de funilaria e de artigos de metal para usos domé... CLASSE 15423 - Fabricaçao de produtos do laticínio CLASSE 25291 - Fabricaçao de artefatos diversos de plastico CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 36145 - Fabricaçao de colchoes CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal CLASSE 26492 - Fabricaçao de produtos ceramicos nao-refratarios para uso CLASSE 15555 - Fabrç. de amidos e féculas de vegetais e fabrç. de óleos CLASSE 28991 - Fabricaçao de outros produtos elaborados de metal CLASSE 25224 - Fabricaçao de embalagem de plastico CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal CLASSE 36137 - Fabricaçao de moveis de outros materiais CLASSE 28126 - Fabricaçao de esquadrias de metal 1,77% 1,62% 1,50% 1,50% 1,44% 1,36% 1,36% 1,34% 1,30% 1,30% 1,27% 1,19% 1,16% 1,09% 0,86% 0,84% 0,80% 0,74% 0,73% 0,65% 0,65% 0,65% 0,63% 0,63% 0,61% 0,57% 0,57% 0,53% 0,50% 0,49% 0,48% 0,48% 0,48% 0,47% 0,47% 0,43% 0,39% 0,38% 45 APUCARANA CURITIBA CLASSE 19313 - Fabricaçao de calcados de couro CLASSE 29297 - Fabricaçao de outras maquinas e equipamentos de uso geral CURITIBA CLASSE 24732 - Fabricaçao de artigos de perfumaria e cosmeticos MARINGA CLASSE 19291 - Fabricaçao de outros artefatos de couro CURITIBA CLASSE 24996 - Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente CURITIBA CLASSE 28398 - Têmpera, cementação e tratamento térmico do aço, serviços de usinag... CURITIBA CLASSE 29696 - Fabricaçao de outras maquinas e equipamentos de uso espec TOLEDO CLASSE 19313 - Fabricaçao de calcados de couro CURITIBA CLASSE 21318 - Fabricaçao de embalagens de papel CURITIBA CLASSE 36994 - Fabricaçao de produtos diversos MARINGA CLASSE 25194 - Fabricaçao de artefatos diversos de borracha CURITIBA CLASSE 31992 - Fabricaçao de outros aparelhos ou equipamentos eletricos CURITIBA CLASSE 28339 - Fabricaçao de artefatos estampados de metal CURITIBA CLASSE 32107 - Fabricaçao de material eletronico basico UMUARAMA CLASSE 15431 - Fabricaçao de sorvetes CURITIBA CLASSE 31216 - Fabrç. de subestações, quadros de comando, reguladores de voltagem ... CURITIBA CLASSE 19216 - Fabrç. de malas, bolsas, valises e outros artefatos para CURITIBA CLASSE 31305 - Fabricaçao de fios, cabos e condutores eletricos isolados CURITIBA CLASSE 28428 - Fabricaçao de artigos de serralheria - exceto esquadrias CURITIBA CLASSE 24520 - Fabricaçao de medicamentos para uso humano MARINGA CLASSE 15431 - Fabricaçao de sorvetes CURITIBA CLASSE 29246 - Fabrç. de máquinas e aparelhos de refrigeraçao e ventilaç CURITIBA CLASSE 29629 - Fabrç. de máquinas e equipamentos para as ind. alimentar, CURITIBA CLASSE 24813 - Fabricaçao de tintas, vernizes, esmaltes e lacas CURITIBA CLASSE 37206 - Reciclagem de sucatas nao-metalicas CURITIBA CLASSE 21415 - Fabrç. de artefatos de papel, papelao, cartolina e cartao CURITIBA CLASSE 25194 - Fabricaçao de artefatos diversos de borracha CURITIBA CLASSE 27251 - Produção de laminados longos de aço PORECATU CLASSE 26417 - Fabrç. de produtos ceramicos nao-refratarios para uso est CURITIBA CLASSE 29157 - Fabrç. de equipamentos de transmissao para fins industria CURITIBA CLASSE 24511 - Fabricaçao de produtos farmoquimicos CURITIBA CLASSE 27499 - Metalurgia de outros metais nao-ferrosos e suas ligas CURITIBA CLASSE 31526 - Fabricaçao de luminárias e equipamentos de iluminaçao - exceto para... CURITIBA CLASSE 15830 - Produçao de derivados do cacau e elaboraçao de chocolates Fonte: RAIS/MTE 2003 - Elaboração própria 0,34% 0,32% 0,26% 0,24% 0,24% 0,23% 0,22% 0,22% 0,20% 0,19% 0,17% 0,17% 0,17% 0,14% 0,14% 0,14% 0,13% 0,10% 0,10% 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,05% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 46 Conclusões As informações reunidas neste relatório, a partir do background apresentado nos capítulos 2 e 3, permitiram identificar dois aspectos estruturais da indústria paranaense relacionados à dimensão dos arranjos produtivos locais existentes no estado. Em primeiro lugar, a transformação da base industrial do estado, especialmente a partir da emergência de setores não tradicionais, como descrito no capítulo 2, foi acompanhada por uma nova configuração espacial e pela emergência de um novo ambiente empresarial. Em segundo lugar, diversas instituições públicas, articuladas com entidades privadas se conectaram em torno de estratégias competitivas, resultando na formação da Rede APL, coordenada pela Secretaria de Estado de Planejamento, na qual as ações empreendidas pelo SEBRAE se destacaram em diferentes áreas de interesse estratégico, em particular para as pequenas e médias empresas. A criação da Rede APL permitiu atrair diferentes organismos em torno da importância da base local do desenvolvimento e da competitividade. Todavia, é preciso ressaltar que a aproximação dos agentes institucionais em torno desse projeto não se deu através de ações voltadas especificamente para os APLs. Ou seja, ocorreu mais propriamente uma adaptação de políticas e ações já em curso às demandas locais dos arranjos produtivos. Embora a formação de arranjos produtivos locais tenha resultado do interesse daquelas instituições e da permeabilidade à idéia, que as aglomerações industriais revelaram durante esse processo, o alcance dessa forma de organização industrial se revelou limitado. À luz da metodologia de identificação dos APLs desenvolvida pelo IPARDES, apresentada no capítulo 4, poucas regiões e atividades industriais, em graus distintos, podem ser vistas de acordo com a dinâmica de APL, segundo graus distintos de complexidade, sendo as categorias de Núcleo de Desenvolvimento Setorial e Regional, Vetor de Desenvolvimento Local e Embrião. Cada uma dessas categorias corresponde a um nível de complexidade e desenvolvimento dos APLs, como visto no capítulo 4. Consequentemente, vazios estruturais foram identificados, por dedução, relativos a aglomerações nas quais não há sinais perceptivos de cooperação entre as firmas e de um ambiente empresarial voltado para a competitividade da indústria e para o desenvolvimento de sistemas de inovação são limitadas. Paralelamente aos vazios estruturais, percebe-se um grande vazio na implementação de políticas públicas, uma vez que as instituições estão voltadas para a organização da governança local, sem que haja autonomia suficiente para a implementação de políticas públicas estaduais. Assim, a maior parte das ações está voltada para a solução de problemas 47 pontuais identificados nas aglomerações industriais, e no repasse de decisões tomadas no plano da política industrial. Portanto, o desafio para a concepção e implementação de políticas estaduais, preenchendo esse vazio institucional, implicará a busca de aderência entre as necessidades competitivas locais de cada APL consolidado e aqueles em construção, para as quais atenção deverá estar voltada para a inovação tecnológica, como o caminho mais promissor para o desenvolvimento da indústria do estado. 48 Referências CUNHA Z. (1995). Sistema de Inovação Local: O caso do Paraná. Tese de doutoramento IE. Unicamp Campinas. IPARDES (2005) Identificação, caracterização, construção de tipologia e apoio na formulação de políticas para os arranjos produtivos locais (APLS) do Estado do Paraná: etapa 1 – Identificação, mapeamento e construção da tipologia das aglomerações produtivas., 44 p. Curitiba, www.redeapl.pr.gov.br - Consulta em 03/04/2009. IPARDES (2006) Identificação, caracterização, construção de tipologia e apoio na formulação de políticas para os arranjos produtivos locais (Após) do Estado do Paraná: diretrizes para políticas de apoio aos arranjos produtivos locais, 61 p. Curitiba www.redeapl.pr.gov.br - Consulta em 28/03/2009. IPARDES (2007). Dinâmica recente da indústria Paranaense: estrutura e emprego. Curitiba 87 p. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29 NELSON R. (1993). National System of Innovation: A comparative Study. New York: Oxford University Press. PASSOS C. K (1997) Sistemas Locais de Inovação: O caso do Paraná RedeSist em Globalização e inovação localizada: Experiências de sistemas locais no Mercosul IBCIT/MCT Brasília . SCATOLIN ET ALL. (2001). Arranjos Produtivos e Desenvolvimento Regional: O caso do Paraná em Industrialização descentralizada: Sistemas industriais locais IPEA Brasília 2001. SEPL; IPARDES (2006). Arranjos Produtivos Locais do Estado do Paraná. Curitiba Paraná. www.redeapl.pr.gov.br 49