UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA A FAMÍLIA PASSIFLORACEAE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL TEONILDES SACRAMENTO NUNES FEIRA DE SANTANA – BA 2002 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA A FAMÍLIA PASSIFLORACEAE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL TEONILDES SACRAMENTO NUNES Dissertação Programa de apresentada ao Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Botânica. ORIENTADOR: PROF. DR. LUCIANO PAGANUCCI DE QUEIROZ (UEFS) FEIRA DE SANTANA – BA 2002 Ficha catalográfica: Biblioteca Central Julieta Carteado Nunes, Teonildes Sacramento S??? A família Passifloraceae no estado da Bahia, Brasil / Teonildes Sacramento Nunes. – Feira de Santana, Ba: [s.n.], 2002. ???f. : il Orientador: Luciano Paganucci de Queiroz. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Feira de Santana – Departamento de Ciências Biológicas. 1.Passifloraceae – Bahia (BR). 2. Taxonomia de Fanerógamos. 3. Botânica sistemática. I. Queiroz, Luciano Paganucci de. II. Universidade Estadual de Feira de Santana. III. Título. CDU: ????? Banca Examinadora _____________________________________________ Prof. Dr. Armando Carlos Cervi _____________________________________________ Prof. Dr. Cássio van den Berg _____________________________________________ Prof. Dr. Luciano Paganucci de Queiroz Orientador e Presidente da Banca Feira de Santana – BA 2002 Aos meus queridos pais e irmãos, e a minha única e adorada filha Poliana. A vocês todo o meu amor e carinho. “Dedico este trabalho aos amigos Aos que se tornaram familiares Aos que nasceram familiares E aos que conheci antes de ontem. Dedico tanto aos que me deixam louco, Quanto aos que enlouqueço. Aos que me criticam em tudo, E a um ou outro que atura Minha “chatura” Aos amigos que correm, Aos amigos que contemplam. Aos que me consideram muito, E aos muitos que, com razão, fazem pouco. Aos que conhecem o que penso, E aos que só conhecem o que faço. Aos que passam o dia todo comigo, E aos que estão todo o tempo em mim. Este trabalho é a soma de todos vocês. E se ele não é melhor, É por falta de memória, Mas não por falta de amigos”. (R. B. Primack & E. Rodrigues) AGRADECIMENTOS “Houve tempos em que me senti sozinha, mas como um presente maravilhoso de Deus, vocês surgiram em minha vida, com seu jeito especial e sua amizade verdadeira. E hoje não mais estou só, porque tenho vocês”. Hélio Marques Aos meus pais por terem me dado a vida e a oportunidade de alcançar mais este degrau. Agradeço a Deus todos os dias, os sacrifícios, que vocês fizerem para que eu pudesse chegar até aqui. Ao meu Orientador, Mestre, "Chefe" (não me digam que quem tem chefe é índio!!) e amigo Prof. Dr. Luciano Paganucci de Queiroz pela orientação, pela paciência e pelo incentivo durante esta caminhada. Aos professores da Área de Botânica do Departamento de Ciências Biológicas da UEFS, responsáveis pela implantação do Programa de PósGraduação em Botânica, em especial à Dra. Ana Maria Giulietti, por todo o empenho em fazer desta Instituição um modelo no ensino da Botânica, e ao Dr. Francisco de Assis e Dr. Luciano Paganucci de Queiroz, que tanto trabalharam durante a elaboração do Projeto. Aos Curadores dos Herbários visitados, por permitirem acesso às coleções e pelos empréstimos enviados (ALCB, BAH, BM, CEN, CEPEC, EBDA, HRB, HUNEBA, IPA, K, MBM, PEUFR, R, RB, SP, SPF, UB e UESC). À UEFS, CAPES e CADCT pelo financiamento do curso. Aos colegas do curso, pelos momentos passados juntos durante as aulas e trabalho de campo (saudade de nossas coletas!!). À amiga e incentivadora Dra. Daniela Zappi, pela dedicação e momentos de descontração, e pelas bibliografias e fotografia dos tipos. A toda equipe do HUEFS: Zezé, Milene, Patrícia, Vanilda, Kelly, Cosme, Daniela, Alexa, Élvia, Indiara, Jefferson, Nadja, Ive, Claúdio José, Janaina e Carliane (valeu parceiras!!), Bruno e Anderson Rocha (Tico e Teco), Anderson Carneiro (apesar de ter me abandonado!!!), Franciane, Sabrina, Ana Karina, Patrícia Reis e Daiane pelos momentos de descontração e por todo apoio quando necessário. Ao Alano Duraes pelos magníficos desenhos e também pela sua enorme paciência, alegria e descontração (e vamos ouvir o CD das Velhas Virgens!!!). À amiga Adriana Estrela, secretária do Programa de Pós-Graduação, por todo o auxílio e simpatia, mesmo nos momentos mais estressantes. Aos colegas do curso de pós-graduação: Anapaula Ferraro, Cássia Tatiana, Jomar Jardim (Joles), Eric e Viviane e Hilder, muito obrigada por tudo. Aos colegas do Departamento de Ciências Biológicas pelo apoio e disponibilidade nas horas de sufoco. Aos colegas e amigos do Projeto Guias de Campo de Biodiversidade (Turma do ET!!!), minhas desculpas pela ausência nas muitas reuniões realizadas, obrigada pelos momentos divertidos e gratificantes das viagens para testes, coletas, fotografias e oficinas. Valeu: Jorge, Maitê, Anderson, Ana Paula, Anna Lawrence, Luciano, Bob Allkin, Frans Pareyn, Marcelino, Caê, Bené, Luciano e Miguel (motoristas) e todos os outros que participaram deste projeto. A você ser oculto (mistério!!!), que teve tanta paciência, nos momentos em que tive que estar ausente, pelo seu amor, pela sua paciência, pela sua dedicação, meu eterno muito obrigado e todo o meu carinho. Ao Ser Supremo que criou este mundo maravilhoso, com toda esta flora para que pudéssemos nos divertir de vez em quando e que, apesar das dificuldades, permitiu a conclusão deste trabalho. E, especialmente, a minha querida filha, Poliana Nunes Sena, por toda a paciência, durante as ausências nas longas viagens e jornadas de trabalho. A você todo o meu amor e todas as minhas conquistas eu dedico. Teo Nunes Sumário 1 - Índice das ilustrações .................................................................... i 2 - Resumo ..................................................................................... 01 3 - Abstract ..................................................................................... 03 4 - Introdução ................................................................................. 05 4.1 - Área de Estudo ................................................................ 07 5 - Metodologia ................................................................................ 14 6 - Resultados ................................................................................. 21 6.1 - Histórico ............................................................................ 21 6.2 - Aspectos Morfológicos da Família ................................................... 25 6.2.1 - Hábito ................................................................................ 25 6.2.2 - Estípula .............................................................................. 25 6.2.3 - Folha .................................................................................. 27 6.2.4 - Inflorescência ..................................................................... 29 6.2.5 - Flor .................................................................................... 30 6.2.5.1 - Hipanto ....................................................................... 32 6.2.5.2 - Perianto ...................................................................... 32 6.2.5.2.1 - Cálice .................................................................. 32 6.2.5.2.2 - Corola .................................................................. 34 6.2.5.3 - Corona ........................................................................ 34 6.2.5.4 - Androginóforo ............................................................. 37 6.2.6 - Fruto .................................................................................. 37 6.2.7 - Semente ............................................................................ 38 6.3 - Taxonomia ....................................................................................... 40 6.3.1 - Chave para Identificação dos gêneros ..................................... 41 6.3.2 - Chave para identificação das espécies .................................... 41 6.3.2.1 - Chave baseada apenas nos caracteres vegetativos..... ...... 41 6.3.2.2. - Chave baseada nos caracteres vegetativos e reprodutivos.................................................................................................... 47 I. - Passiflora L. ..................... 51 I.1 - Subgênero Plectostemma .....................53 1 - P. suberosa L. .......................................................................... 53 2 - P. saxicola Gontsch. ................................................................55 2 - P. organensis Gard. ................................................................. 56 4 - P. misera Kunth ....................................................................... 58 5 - P. pohlii Mast. .......................................................................... 60 6 - P. capsularis L. ........................................................................ 64 I.2 - Subgênero Tacsonioides ...........................................................66 7 - P. luetzelburgii Harms .............................................................. 66 I.3 - Subgênero Passiflora .................................................................68 8 - P. alata Curtis .......................................................................... 69 9 - P. odontophylla Harms ex Glaziou ........................................... 76 10 - P. nitida Kunth ....................................................................... 77 11 - P. bahiensis Klotzsch ............................................................. 78 12 - P. malacophylla Mast. ............................................................ 79 13 - P. setacea DC. .................................................................. .... 80 14 - P. cincinnata Mast. ................................................................ 85 15 - P. trintae Sacco ..................................................................... 91 16 - P. edulis Sims. ....................................................................... 95 17 - P. recurva Mast. ..................................................................... 98 18 - P. watsoniana Mast. ............................................................ 101 19 - P. miersii Mast. .................................................................... 105 20 - P. edmundoi Sacco .............................................................. 106 21 - P. mucronata Lam. .............................................................. 110 22 - P. galbana Mast. .................................................................. 112 23 - P. mucugeana sp. nov. ined. ................................................ 118 24 - P. amethystina Mikan .......................................................... 121 I.4 - Subgênero Dysosmia ...............................................................127 25 - P. foetida L. .......................................................................... 127 I.5 - Subgênero Dysosmioides ........................................................134 26 - P. villosa Vell. ...................................................................... 134 I.6 - Subgênero Astrophea ..............................................................135 27 - P. mansoi (Mart.) Mast. ........................................................ 135 28 - P. haematostigma Mast. ...................................................... 139 29 - P. rhamnifolia Mast. ............................................................. 141 II - Tetrastylis Barb. Rodr. ...................................................................... 144 30 - Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip .............................................. 144 7 - Conclusão ............................................................................................... 150 8 - Referências Bibliográficas ...................................................................... 151 9 - Lista de material examinado ................................................................... 160 10 - Índice dos nomes científicos ................................................................. 167 11 - Índice de Nomes vulgares .................................................................... 169 i Índice das ilustrações Figura 1. A. Bioma Caatinga: Município de Irec~e; B. Bioma Campo Rupestre: Município de Jacobina. ....................................................................................................... 09 Figura 2. Bioma Mata atlântica, Serra da Jibóia (=Serra da Pioneira), Santa Terezinha. . 10 Figura 3. A. Bioma Caatinga com solo arenoso: Município de casa Nova. B. Restinga: Município de Porto Seguro. ................................................................................................ 12 Figura 4. A. Hábito (P. foetida); B. Estípula (P. edmundoi); C. Folha e estípula (P. edmundoi); D. Folha (P. villosa); E. Estípula (P. foetida); F. Glândula peciolar (P. cincinnata). ......................................................................................................................... 26 Figura 5. variação de tricomas: A. ápice foliar mucronado. B. Face abaxial foliar com tricomas glandulares. C. Nó com tricomas lanosos no caule, estípula, pedúnculo e gavinha. D. Face adaxial glabra, com margem serreada-denticulada. E. face adaxial glabra com margem serreada. F. Face adaxial hirsuta, com tricomas glandulares. G. Face abaxial velutina (A. P. pohlii; B. P. foetida; C. P. malacophylla; D. P. nítida; E. P. trintae; F. P. foetida; G. P. mansoii). ................................................................................. 28 Figura 6. Tipos de brácteas: A. Bráctea pinatissecta. B. Bráctea lanceolada. C. bráctea serreada. D. Bráctea com margem lisa. E. Bráctea espatulada. (A. P. foetida; B. P. recurva; C. P. setacea; D. P. galbana; E. P. edmundoi)..................................................... 31 Figura 7. A. Passiflora luetzelburgii; B. P. recurva; C. P. galbana; D. P. cincinnata: E. P. misera; F. P. edulis. ....................................................................................................... 33 Figura 8. A. Passiflora foetida; B. P. cincinnata; C. P. alata............................................ 35 Figura 9. Frutos. A. Baga globosa; B. Baga elíptica 6-costada; C. baga ovóide. D. baga globosa (A. Passiflora cincinnata; B. P. rhamnifolia; C. P. suberosa; D. P. foetida). ..... 39 Figura 10. Subgênero Plectostemma: P. capsularis; A. Ramo; B. Flor. P. suberosa; C. Glândula peciolar; D. Flor. P. capsularis; E. Fruto (P. suberosa)...................................... 52 Figura 11. Passiflora suberosa: A.ramo, B. flor. P. organensis: C. ramo, D. flor, E. base da folha mostrando as manchas ocelares. P. misera: F. ramo, G. flor (corte longitudinal). P. pohlii: H. ramo, I. base da folha mostrando as manchas ocelares. (A: E.Melo 2781; B: G.Hatschbach 60652; C-E: J.G.Carvalho-Sobrinho 40; F-G: R.P.Oliveira 534; H-I: L.A.Mattos-Silva 483)..................................................................... 63 Figura 12. Subgênero Tacsonioides: P. luetzelburgii A. Flor; B. Fruto; C. Folha; D. Botão com brácteas; E. Estípula e glândula peciolar. ......................................................... 65 Figura 13. Subgênero Passiflora: P. alata. A. Caule alado e estípula; B. Hábito; C. Glândula peciolar; D. Brácteas; E. Flor; F. Botão envolvido por brácteas. ....................... 70 ii Figura 14. Passiflora capsularis: A. ramo, B. flor (corte longitudinal), C. fruto. P. luetzelburgii: D. ramo, E. flor (corte longitudinal), F. bráctea. P. alata: G. ramo, H. estípula, I. flor (corte longitudinal). P. odontophylla: J. ramo, K. flor (corte longitudinal). (A-C: J.M.Silva 51; D-F: A.M.Giulietti 1710; F: L.P.de Queiroz 3723; GI: T.S.N.Sena 38; J-K: R.P.Belém 2627). ............................................................................ 75 Figura 15. Passiflora nitida: A. ramo, B. glândula peciolar. P. bahiensis: C. Ramo, D. glândula peciolar. P. malacophylla: E. ramo, F. flor inteira. P. setacea: G. ramo, H. flor (corte longitudinal), I. fruto (corte longitudinal). (A-B: S.A.Mori 9398; C-D: T.S.Santos 440; E-F: E.P.Heringer 10205; G-I: E.R.Souza 49)............................................................ 84 Figura 16. Passiflora trintae: A. ramo. P. edulis: B. ramo, C. flor (corte longitudinal), D. bráctea. P. watsoniana: E. ramo, F. flor (corte longitudinal). (A: R.M.Harley 20197; B-D: T.S.N.Sena 3; E-F: L.P.de Queiroz 6462)................................................................. 104 Figura 17. Passiflora mucugeana sp. nov. ined. A. ramo. (A: R.M.Harley 53589)......... 120 Figura 18. Passiflora edmundoi: A. ramo, B. flor. P. mucronata: C. ramo, D. flor inteira, E. flor (corte longitudinal). P. galbana: F. ramo, G. flor. P. amethystina: H. estípula, I. ramo. (A-B: T.S.N.Sena 25; D-E: L.A.Mattos-Silva 483; F-G: T.S.Nunes 229; H-I: G.Hatschbach 19173). ....................................................................................... 125 Figura 19. Subgênero Dysosmia: A. Flor; B. Hábito prostrado; C. Flor; D. Baga globosa; E. Baga envolto em brácteas pinnatissectas (A-E. P. foetida). .......................... 126 Figura 20. Subgênero Dysosmioides: A. Ramo em botão com brácteas e estípulas; B. Estípula; C. Botão; D. Fruto; E. Flor (em corte longitudinal); (A-E. P. villosa). ............ 133 Figura 21. Subgênero Astrophea: A. Ramo; B. Fruto; C. Flor (em corte longitudinal); D. Flor (A. P. mansoi; B-D. P. rhamnifolia)..................................................................... 138 Figura 22. Tetrastylis ovalis: A. Caule; B. Ramo florido; C. Flor (em corte longitudinal); D. Fruto. ..................................................................................................... 143 Figura 23. Passiflora villosa: A. ramo, B. flor (corte longitudinal). P. haematostigma: C. ramo, D. flor (corte longitudinal). P. rhamnifolia: E. ramo, F. glândula peciolar, G. flor (corte longitudinal). Tetrastylis ovalis: H. ramo, I. flor (corte longitudinal). (A-B: W.Ganev s.n.; C-D: (J.Cordeiro 858; E-G: M.L.Guedes 1391; H-I: F.França 1150).. .. 149 Mapa 1. Mapa do Estado da Bahia com os principais tipos vegetacionais (Fonte: Queiroz ,1997). .................................................................................................................. 13 Mapa 2. Mapa do Estado da Bahia mostrando o sistema de quadrículas adotados na distribuição geográfica (Fonte: Lewis, 1997). .................................................................... 16 Mapa 3. Coletas por número de espécies, da família Passifloraceae no Estado da Bahia, existentes no HUEFS, até 1999. .......................................................................................... 19 Mapa 4. Distribuição de Passiflora misera, P. organensis, P. saxicola e P. suberosa no Estado da Bahia. ................................................................................................................. 62 iii Mapa 5. Distribuição de P. alata, P. capsularis, P. luetzelburgii e P. pohlii no Estado da Bahia. . ............................................................................................................................ 74 Mapa 6. Distribuição de P. bahiensis, P. malacophylla, P. nitida, P. odontophylla e P. setacea no Estado da Bahia. ................................................................................................ 83 Mapa 7. Distribuição de P. cincinnata e P. trintae no Estado da Bahia.. .......................... 94 Mapa 8. Distribuição de P.edulis, P. recurva e P. watsoniana no Estado da Bahia. ......... 94 Mapa 9. Distribuição de P. edmundoi, P. galbana e P. mucronata no Estado da Bahia. 103 Mapa 10. Distribuição de P. amethystina e Passiflora mucugeana no Estado da Bahia. 117 Mapa 11. Distribuição de P. foetida no Estado da Bahia. ............................................... 124 Mapa 12. Distribuição de P. mansoi e P. villosa no Estado da Bahia. ............................ 132 Mapa 13. Distribuição de P. haematostigma, P. rhamnifolia e Tetrastylis ovalis no Estado da Bahia. ................................................................................................................ 140 1 RESUMO (A família Passifloraceae no Estado da Bahia, Brasil) - O Estado da Bahia está localizado na região Nordeste, ocupa uma área de 567.295,3 km2 e possui grande diversidade de tipos vegetacionais com, representação de, praticamente, todos os grandes biomas brasileiros. Assim, são encontradas formações de mata atlântica, restinga, vegetação de dunas e manguezais, matas mesófilas, cerrados, caatinga e campos rupestres. A família Passifloraceae é predominantemente tropical e subtropical e possui cerca de 20 gêneros e 650 espécies. Ocorre nas áreas mais quentes da América com algumas espécies na Ásia e Austrália e uma espécie em Madagascar. São, na maioria, plantas trepadeiras com gavinhas, apresentando folhas simples ou lobadas, com estípulas, flores vistosas, solitárias, raramente em inflorescências, com receptáculo desenvolvido em hipanto e apêndices acessórios na forma de corona, opérculo e/ou androginóforo. No Brasil ocorrem quatro gêneros, Mitostemma Mast., Dilkea Mast., Tetrastylis Barb. Rodr. e Passiflora L., com cerca de 120 espécies, a maioria subordinada ao gênero Passiflora. Para o Estado da Bahia foram registrados dois gêneros com 30 espécies de Passifloraceae, Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip e 29 espécies do gênero Passiflora: P. alata Curtis, P. amethystina Mikan, P. bahiensis Klotzsch, P. capsularis L., P. cincinnata Mast., P. edmundoi Sacco, P. edulis Sims., P. foetida L., P. galbana Mast., P. haematostigma Mast. ex Mast., P. luetzelburgii Harms, P. malacophylla Mast., P. mansoi (Mart.) Mast., P. miersii Mast., P. misera Kunth, P. mucronata Lam., P. mucugeana sp. nov. ined., P. nitida Kunth, P. odontophylla Harms ex Glaziou, P. organensis Gard., P. pohlii Mast., P. recurva Mast., P. rhamnifolia Mast., P. saxicola Gontsch., P. setacea DC., P. suberosa L., P. trintae Sacco, P. villosa Vell. e P. watsoniana Mast. Dentre as espécies 2 estudadas, três são endêmicas do Estado: Passiflora saxicola, P. bahiensis e P. mucugeana. Além da proposição de uma nova espécie (P. mucugeana), P. caatingae L. Escobar é sinonimizada a P. trintae Sacco. São apresentadas chaves para identificação, descrições, ilustrações, fotos e mapas da distribuição das espécies no Estado. 3 ABSTRACT (The family Passifloraceae in the State of Bahia, Brazil) – The State of Bahia is located in the Northeastern region, with a extension of 567.295,3 km2 and a high diversity of vegetation types, with representatives of pratically all of the largest brazilians biomes. Thus, it is found Atlantic forests, restinga, mangroves, seasonal forests, cerrado, caatinga and campos rupestres. The family Passifloraceae is mainly tropical and subtropical and has about 20 genera and 650 species growing mostly in the warmer areas of the America with some species occurring in Asia and Australia, and only one specie in Madagascar. They are mostly vines with tendrils and have leaves simple or lobed with stipules, flowers solitary, rarely grouped in inflorescences, with the receptacle modified in an hypanthium and accessory appendages like the corona, operculum and/or androgynophore. Four genera are found in Brazil: Mitostemma Mast., Dilkea Mast., Tetrastylis Barb. Rodr. and Passiflora L., with c. 120 species, most belonging to Passiflora. For the State of Bahia, it was registered two genera with 30 species of Passifloraceae: Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip and 29 species of Passiflora: P. alata Curtis, P. amethystina Mikan, P. bahiensis Klotzsch, P. capsularis L., P. cincinnata Mast., P. edmundoi Sacco, P. edulis Sims., P. foetida L., P. galbana Mast., P. haematostigma Mast. ex Mast., P. luetzelburgii Harms, P. malacophylla Mast., P. mansoi (Mart.) Mast., P. miersii Mast., P. misera Kunth, P. mucronata Lam., P. mucugeana sp. nov. ined., P. nitida Kunth, P. odontophylla Harms ex Glaziou, P. organensis Gard., P. pohlii Mast., P. recurva Mast., P. rhamnifolia Mast., P. saxicola Gontsch., P. setacea DC., P. suberosa L., P. trintae Sacco, P. villosa Vell. and P. watsoniana Mast. Three species are endemic for the State: Passiflora saxicola, P. bahiensis and P. mucugeana. Besides the new species (P. mucugeana), P. 4 caatingae L. Escobar is proposed as a synonym of P. trintae. It is presented in this paper an identification key, description, illustration, photos and maps with the geographic distribution of the species in the State. 5 INTRODUÇÃO A família Passifloraceae é predominantemente tropical e subtropical e possui cerca de 20 gêneros e 650 espécies de lianas ou trepadeiras com gavinhas, flores solitárias ou inflorescência cimosa, com receptáculo desenvolvido em hipanto e apêndices acessórios na forma de corona, opérculo e/ou androginóforo, com sementes ariladas (Brizyck, 1961). A maioria das espécies está subordinada ao gênero Passiflora, o maior da família, com cerca de 400 espécies descritas, predominantemente neotropicais (Killip, 1938). A família ocorre principalmente nas Américas, com áreas de menor diversidade na Ásia e Austrália e uma espécie em Madagascar (Heywood, 1993). No Brasil ocorrem quatro gêneros: Mitostemma Mast., Dilkea Mast., Tetrastylis Barb. Rodr. e Passiflora L. com cerca de 120 espécies (Cervi, 1997). Durante muito tempo a família Passifloraceae foi considerada como relacionada às famílias Malesherbiaceae, Turneraceae e Flacourtiaceae, integrando a ordem Parietales (Bentham & Hooker, 1865; Masters, 1871), ou ordem Violales (Cronquist, 1981). Atualmente a família está sendo considerada como pertencente a ordem Malpighiales, através de estudos moleculares, próximo a grupos como Euphorbiaceae, Malpighiaceae e Flacourtiaceae (APG, 1998). De acordo com a classificação de Wilde (1971) duas tribos são distinguidas dentro da família: a tribo Paropsieae, com seis gêneros, que têm hábito arborescente, com representantes apenas para o Velho Mundo, formado por lianas, e a tribo Passifloreae, com cinco gêneros, formada por espécies trepadeiras com gavinhas, com sua maior representação para a América Latina. 6 A tribo Paropsieae foi considerada por Engler (1921), Sleumer (1954) e Harms (1893) e como uma tribo de Flacourtiaceae. No entanto, devido à presença de uma corona, assim como dados anatômicos e palinológicos, esta tribo têm sido incluída nas Passifloraceae (Willde, 1971). Com a publicação da monografia na Flora Brasiliensis (Masters, 1872), foram descritas e ilustradas 202 espécies e, ainda hoje, esta é uma das mais completas obras para a família. Posteriormente, Killip (1938) revisou a família para o Novo Mundo, reconhecendo 355 espécies para a América do Sul, e agrupou estas espécies em quatro gêneros e subdividiu o gênero Passiflora em 22 subgêneros. Este sistema de classificação está sendo usado neste trabalho. No Estado da Bahia ocorrem, segundo Killip (1938), 18 espécies. Harley & Mayo (1980) relataram dez espécies de Passiflora, além de Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip. Harley & Simmons (1986) publicaram a Florula of the Mucugê, citando três espécies da família. Para a região do Pico das Almas, no município de Rio de Contas, Vitta (1995) relacionou quatro espécies. Sena & Queiroz (1998) relataram quatro espécies para a região do Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e Serra da Chapadinha (Lençóis). Sena & Queiroz (2001) descrevem treze espécie para a região da Chapada Diamantina na Bahia, incluindo a citação de uma provável espécie nova. O grupo apresenta uma grande importância econômica na agricultura e na horticultura, sendo empregada para fins ornamentais, medicinais e alimentares (Oliveira et al., 1983). Muitas espécies do gênero Passiflora são importantes economicamente por causa dos seus frutos comestíveis, sua alta adaptabilidade ao cultivo (Oliveira, 1987; Sánchez et al. 1999). O 7 fruto pode ser consumido fresco ou processado como suco (Barbosa & Vieira, 1997). Muitas espécies são utilizadas como ornamentais, principalmente na Europa e Novo Mundo (Escobar, 1980) devido a sua forma exótica e pelas suas cores vistosas. Outras espécies são muito utilizadas por suas propriedades medicinais. A raiz pode ser usada como antiespamódica, antihelmíntica, inseticida e bactericida (Sánchez et al., 1999). Apresentam uma substância química “Passiflorine” utilizada comercialmente por sua propriedade letárgica. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um levantamento da família Passifloraceae no Estado da Bahia, contribuindo assim, para o conhecimento desta flora. Área de Estudo O Estado da Bahia ocupa uma área total de 567.295,3 km2, incluindo a área continental e suas ilhas, sendo o quinto maior Estado do Brasil, após o Amazonas, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais (Noblick, 1991). Ocupa uma área localizada entre as longitudes 37o e 47o W e latitudes 8o e 18o S, limitando-se, ao norte, com Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Piauí, a oeste, com Goiás e Tocantins, ao sul, com Minas Gerais e Espírito Santo, sendo a leste banhado pelo Oceano Atlântico, ocupando a maior faixa litorânea do Brasil. De acordo com a tipologia climática de Thorntwaite (SEI, 1999), a faixa litorânea, envolvendo as planícies e os planaltos costeiros, apresenta clima variando do úmido ao subúmido. Nas depressões periféricas e interplanálticas, o clima varia do semi-árido ao árido. As elevações no centro do território baiano, correspondentes à Chapada Diamantina, apresentam características típicas do clima tropical de altitude, com médias anuais de temperaturas variando de 18o a 22oC e excedente hídrico pequeno a moderado. O oeste baiano, drenado pelo rio São Francisco, 8 região classificada como Chapadão Ocidental do mesmo rio, apresenta clima quente e seco, do tipo semi-árido. No extremo oeste, os excedentes hídricos são maiores, caracterizando uma tipologia que varia do subúmido ao úmido (SEI, 1999). Ocorrem na Bahia os seguintes tipos vegetacionais (Lewis, 1987; Noblick, 1991; Queiroz, 1998) (Mapa 1): 1 – Caatinga Ocupa a maior área do Estado, ocorrendo com suas várias fisionomias em diferentes regiões semi-áridas do Estado. A palavra “caatinga” significa floresta branca e refere-se a um tipo de vegetação caracterizado pela presença de espécies arbustivo-arbóreas, com espinhos e com folhagem decídua na estação seca. É uma área localizada predominantemente na depressão sertaneja e bacias sedimentares internas e recobre mais de 50 % do território estadual. A taxa anual de precipitação é de 300-400 mm por ano, com solo raso e pedregoso ou arenoso. Apesar da deficiência hidríca é um dos biomas mais ricos do Estado, apresentando elevada diversidade de espécies, predominando famílias como Leguminosae, Cactaceae, Bromeliaceae e Euphorbiaceae (Noblick, 1991; Queiroz, 1998, Giulietti et al., 2002). 2 – Campos rupestres Formações que se estabelecem acima dos 900m e são encontrados nas serras da Chapada Diamantina. Segundo Harley & Simmons (1986), são áreas muito ricas em espécies endêmicas. Geralmente ocorrem isolados, tendo em seu entorno vegetações do tipo caatinga 9 ou cerrado. Apresentam uma fisionomia típica, predominando pequenos arbustos e ervas que crescem sobre um substrato, que é muito raso por estar sobre rochas. Algumas famílias são características deste ecossistema: Gramineae, Cyperacae, Eriocaulaceae e Xyridaceae (Giulietti & Pirani, 1988). 3 – Mata Atlântica Distribuída em toda a faixa litorânea, as principais áreas de mata atlântica encontramse na região sul do Estado e compreende quatro tipos florestais (Mori et al., 1983; Thomas et al., 1997): matas úmidas, matas mesófilas, matas de restingas e matas de cipó. Apesar de apresentar uma grande variedade de espécies, o número de indivíduos por espécie é muito baixo (Noblick, 1991). As matas do sul da Bahia apresentam uma elevada taxa de endemismo (Mori et al., 1981b). Compreende um dos biomas mais degradados pela forte ocupação do litoral, retirada de madeiras e substituição por plantações de açúcar, café e cacau. 4 – Cerrado Encontrado principalmente na região oeste do Estado, pode ser visto também em algumas áreas da Chapada Diamantina (Harley, 1995; Giulietti et al., 1996), em altitudes de 700-800m. Apresenta árvores geralmente baixas com troncos retorcidos, tortuosos e casca espessa e protegida por uma camada de cortiça. As famílias bem representadas no cerrado são: Compositae, Leguminosae e Gramineae (Goodland & Ferri, 1979). 10 5 – Restingas e Mangues No litoral, entre a linha da costa e a mata atlântica há uma zona de vegetação de mangues, praias e restingas. As restingas desenvolvem-se em solos com baixo teor de nutrientes e as árvores são pequenas em alturas e diâmetro. Na faixa litorânea ocorrem famílias como Convolvulaceae e Solanaceae, que se desenvolvem livremente na superfície do solo. Seguindo em direção ao interior, tem-se uma vegetação constituída por indivíduos lenhosos, representados freqüentemente por espécies das famílias Myrtaceae, Leguminosae e Euphorbiaceae (Romariz, 1996). Os manguezais são formados por espécies com uma alta capacidade de adaptação a ambientes adversos, como: solo extremamente inconsistente, salgado, com baixa taxa de oxigênio, devido aos alagamentos provocados pelo movimento das marés. Neste tipo de ambiente são encontradas espécies de famílias como Rhyzophoraceae, Avicenniaceae e Combretaceae (Romariz, 1996). 11 Mapa 1 – Mapa do Estado da Bahia com os principais tipos vegetacionais (Fonte: 12 METODOLOGIA O trabalho foi baseado, principalmente em análise de espécimes do herbário, complementado com observações das plantas em campo. 1. Trabalho de herbário Foram consultadas as coleções de Passifloraceae dos seguintes herbários (acrônimos de acordo com Holmgreen et al., 1990): ALCB – Herbário Alexandre Leal Costa – Bahia BAH – Herbário da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – Bahia BM – British Museum, Natural History – Inglaterra BR – Herbarium Nationale Plantentuim van België – Bruxelas - Bélgica CEN – Embrapa, Herbário do Centro Nacional de Recursos Genéticos – CENARGEN. CEPEC – Herbário Centro de Pesquisa do Cacau – Bahia E – Royal Botanic Gardens – Edimburgo - Escócia HRB – Herbário RadamBrasil – Bahia HST – Herbário Sérgio Tavares – Pernambuco HUNEBA – Herbário da Universidade do Estado da Bahia – Alagoinhas, Bahia IPA – Herbário da Empresa Pernambucana de Pesquisas Agropecuárias Pernambuco K – Royal Botanic Gardens – Kew - Inglaterra 13 MBM – Museu Botânico de Curitiba - Paraná PEUFR – Herbário da Universidade Federal Rural de Pernambuco – Pernambuco. R – Museu Nacional do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro RB – Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro RFA – Herbário do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro SP – Herbário do Instituto de Botânica de São Paulo – São Paulo SPF – Herbário da Universidade de São Paulo – São Paulo UB – Fundação Universidade de Brasília – São Paulo UESC – Herbário da Universidade Estadual de Santa Cruz - Bahia UFPE – Herbário da Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco VIC - Herbário da Universidade de Viçosa – Minas Gerais. No total foram analisados cerca de 2.500 exsicatas. Tipos nomenclaturais foram analisados para 18 espécies, correspondendo a cerca de 60% das espécies da Bahia. A identificação foi baseada na consulta às obras originais e por comparação aos tipos disponíveis As descrições foram feitas a partir de uma análise detalhada de cada espécime, e as ilustrações foram baseadas em material de herbário e da coleção líquida, com auxílio de estereomicroscópio acoplado a câmara clara. Os mapas de distribuição geográfica das espécies, foram feitos a partir dos dados retirados das etiquetas de herbário. As coletas realizadas foram geo-referenciadas com o uso de GPS.de latitude e longitude, ou descrição da localidade obtidas nas exsicatas dos herbários visitados, e através dos dados de coletas. O modelo de mapa utilizado foi o adotado por Queiroz (1998), com o sistema de quadrículas de 1o x 1o (Mapa 2). 14 As medidas das folhas foram baseadas no padrão proposto por MacDougal (1994). Mapa 2. Mapa do Estado da Bahia mostrando o sistema de quadrículas adotadas na distribuição geográfica (Fonte: Lewis, 1997). 15 Na medida das estípulas o termo comprimento é sempre aplicado para a maior dimensão, mesmo que possa não indicar a distância entre o ponto de inserção da estípula no caule e sua margem, devido à falta de simetria. 2. Trabalho de campo O número de espécimes coletados e depositados no herbário HUEFS (Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana) até o ano de 1999 (Mapa 3), indicou as regiões do Oeste, Baixo Médio São Francisco, Serra Geral, Sudoeste, Litoral Sul e Extremo Sul, como as áreas menos amostradas para a família Passifloraceae. Portanto, foi dada prioridade para a coleta de espécimes de Passifloraceae nestas áreas (Tabela 1), totalizando 16 excursões e 55 dias em campo. Durante estas excursões foram recoletadas 25 das 30 espécies citadas para o Estado da Bahia. O material coletado, foi processado segundo as técnicas atuais de herborização (Mori et al., 1989; Bridson, 1992; Nunes, 2002), e está depositado no herbário HUEFS, com duplicatas distribuídas nos principais herbários baianos. Além de exsicatas, foi também montada uma coleção líquida, depositada no HUEFS, conservada em etanol 70%, e uma coleção de fotografias. Tabela 1 – Coletas realizadas no Estado da Bahia. Período Municípios Microrregião 28-30.02.2000 Formosa do Rio Preto/Barreiras Oeste 16 23 – 25.10.2000 29.11 Lençóis/Palmeiras/Mucugê/Andaraí Chapada Diamantina – Rio de Contas Chapada Diamantina – Ipirá/Brotas de Macaúbas/Irecê Oeste 01.12.2000 10.06 11.06.2001 06-10.06.2001 Nova Fátima/Jacobina/Casa Nova/Campo Alegre de Oeste Lourdes/Remanso 13-18.06.2001 Senhor do Bonfim/Remanso/Campo Alegre de Nordeste Lourdes 14-18.08.2001 Campo Alegre de Lourdes/Remanso/Casa Nordeste Nova/Senhor do Bonfim 26-28.11.2001 Morro do Chapéu/São Gabriel/Barro Alto/Campo Oeste Alegre de Lourdes/Remanso 27-30.12.2001 Campo Alegre de Lourdes/Remanso/Casa Nova Nordeste 18-19.01.2001 Itiúba Piemonte da Diamantina 01 – 09.02.2001 Feira de Santana/Itabuna/Una/Canavieiras / Litoral Sul e Extremo Itapebi/Belmonte/Santa Cruz Cabrália Sul 14-16.02.2002 Ibicoara/Mucugê Chapada Diamantina 18.03.2002 Irecê/Gentio do Ouro Oeste 23.03.2002 Santa Terezinha Paraguaçu 10-11.05.2002 Itiúba Piemonte da 17 Diamantina 14-18.05.2002 Mundo Novo/Gentio do Ouro/Xique-Xique Oeste Durante este período, outros grupos de coletas do HUEFS, foram ao campo em diversas áreas do Estado, gerando um acréscimo significativo na coleção de Passifloraceae, e cobrindo uma maior extensão territorial. 3. Formato A abreviatura dos nomes dos autores está de acordo com Brummit & Powell (1992), e todo o material examinado de cada espécie está listado em ordem alfabética de município e ordem crescente da data de coleta. As espécies são apresentadas de acordo o sistema de classificação adotado por Killip (1938), com modificações propostas por Cervi (1997). As ilustrações estão 18 0-1 espécie 2-3 espécies 4-5 espécies 6-7 espécies 8-9 espécies 10-11 espécies 12-13 é i Mapa 3. Coletas por número de espécies, da família Passifloraceae no Estado da Bahia, existentes no HUEFS, até 1999. 19 organizadas de acordo com o aparecimento no texto, e não estão agrupadas por subgêneros ou qualquer outro tipo de classificação. São apresentadas, neste trabalho, duas chaves de identificação taxonômica: uma baseada apenas nos caracteres vegetativos e outra baseada nos caracteres morfológicos e vegetativos. As abreviaturas usadas neste trabalho são: alt.: altura ca.: de cerca de diâm.: de diâmetro larg.: de largura s.d.: sem data de coleta especificada s.n.: sem número de série do coletor s.c.: sem coletor m.s.n.m.: metros sobre o nível do mar compr.: comprimento. 20 RESULTADOS HISTÓRICO DA FAMÍLIA Segundo MacDougal (1994), a primeira publicação que fez referência a esta família foi a de Pedro de Cieza na Historia Peruvianae em 1553. A família Passifloraceae tem sua primeira citação datada entre os séculos XVI e XVII, descoberta pela beleza de suas flores, que chamou a atenção dos colonizadores, pelo sincretismo religioso. Uma planta foi enviada ao Papa Paulo V em 1605 e este mandou cultivá-la em Roma, informando que ela representava uma revelação divina. Escritores do século XVI consideravam bastante simbólicas as partes da flor, cantada em prosa e verso: um deles disse que sobre o globo (ovário), firmavam-se três folhinhas (estiletes e estigmas), representando os três cravos utilizadas na crucificação de Cristo; três brácteas, situadas na base da flor, representavam as três pessoas da Santíssima Trindade; a coroa de espinhos (corona), com sua cor arroxeada, significavam a coroa de espinhos salpicada de sangue. Outros entendiam que os cinco estames representavam os cinco guardiões; as cinco anteras lembravam as cinco chagas; as cinco sépalas e as cinco pétalas, juntas representavam os dez apóstolos presentes na crucificação; as gavinhas os chicotes com que os guardiões açoitaram Cristo; as brácteas lanceoladas, lembravam as flechas dos guardiões (Escobar, 1988; Cervi, 1997; McGuire, 1999). As primeiras descrições feitas da família eram relacionadas a este lado religioso. A denominação das Passifloráceas se deve a Pluckenet (1696), que publicou na obra Almagestrum botanicum, a primeira descrição da família. Tournefort (1700) descreveu os gêneros Murucuja e Granadilla, sendo estes diferenciados pela coroa de filamentos: floral em Murucuja e tubular em Granadilla, mas, somente no ano de 1735 o gênero Passiflora foi 21 estabelecido por Linnaeus que, em 1745 que publicou 22 espécies. Com a publicação do Species Plantarum (Linnaeus, 1753), o gênero Passiflora foi validado com 24 espécies. Medicus (1787) reconheceu as seções Passiflora, Cieca e Murucuja. Lamarck (1789), aumentou o número de espécies para 35. Porém, foi Jussieu (1817) quem validou taxonomicamente a família. Cavanilles (1790) descreveu 43 espécies, 32 das quais foram ilustradas, na Dissertation Botanica of Passiflora, separando-as segundo a presença da corola, divisão e número de lobos das folhas. Jussieu (1805), descreveu treze novas espécies e fez uma discussão detalhada de alguns problemas genéricos. Bory de St. Vicent (1819), descreveu os novos gêneros: Asephananthes, Monactineirma e Anthactinia. Rees (1819), descreveu mais 55 espécies para a família. Vellozo (1827) publicou a ilustração de 25 espécies, sem descrições. Apesar disso, as espécies são consideradas válidas taxonomicamente, de acordo com o Art. 44.1 do Código Internacional de Nomenclatura Botânica (Greuter et al., 2000), pois as ilustrações são acompanhadas de análise. De Candolle (1828), no Prodomus, descreveu 145 espécies para a família. Esta é, até hoje, uma das principais obras de referência para o estudo da família. Roemer (1846) na sinopse da família publicou cerca de 225 espécies do Novo Mundo. Porém, um dos mais extensivos trabalhos na família foi o de Masters (1871), com 202 espécies para as Américas, onde apresentou uma monografia dos gêneros: Passiflora, Astrophea, Plectostemma, Cieca, Dysosmia, Decaloba, Murucuja, Eumurucuja, Psilanthus, Granadilla, Tacsonia, Bracteogama, Eutacsonia e Dilkea. Triana & Planchon (1873) publicaram o Prodomus Florae Granatensis, onde foram 22 descritas 355 espécies, sendo 17 novas, incluindo P. foetida com 37 variedades, tornando-se uma importante monografia sobre a família, incluindo pranchas e descrições de novas espécies. Harms (1929), citou a ocorrência dez espécies para o Estado da Bahia: P. alata, P. amethystina, P. capsularis, P. coerulea, P. edulis, P. jileki, P. mansii, P. organensis, P. suberosa e P. villosa. Gonstcharow (1927), descreveu três espécies do gênero Mitostemma e 16 espécies do gênero Passiflora, distribuídos em cinco secções: Astrophea, Dysosmia, Decaloba, Cieca e Granadilla. Barbosa Rodrigues (1882) publicou o gênero Tetrastylis Barb. Rodr., com uma única espécie para o Brasil. Uma segunda espécie, da Costa Rica, foi proposta por Killip (1926). Segundo Killip (1938) a principal diferença entre os gêneros Passiflora e Tetrastylis é o número de estiletes: quatro em Tetrastylis e três em Passiflora, ginóforo curvado ou reto, filamentos unidos ou livres e o número de placenta (quatro em Tetrastylis e três em Passiflora). Posteriormente, MacDougal (1994), transferiu T. lobata Killip para o gênero Passiflora de modo que, atualmente o gênero Tetrastylis contêm apenas uma espécie. Killip (1938), publicou uma monografia das espécies americanas da família, incluindo a descrição de 355 espécies, pertencentes a quatro gêneros: Dilkea, Mitostemma, Tetrastylis e Passiflora. Posteriormente, com uma nota complementar, publica mais dez espécies para a América (Killip, 1960). Escobar (1980) reconheceu duas tribos para a família: Passifloreae e Paropsieae. Na primeira incluiu todas as trepadeiras, com inflorescências axilares, cimosas e ramificação vegetativa sempre a partir do guia acessório, com espécies restritas ao Velho Mundo. Na 23 segunda, ocorrem espécies com inflorescências axilares, racemosas e a ramificação vegetativa é freqüentemente através de gemas axilares, com sua maior representação na América Latina. Esta tribo, segundo alguns autores (Harms, 1893; Engler, 1921 & Sleumer, 1954), ocupa uma posição intermediária entre Passifloraceae e Flacourtiaceae. No Brasil, os estudos da família tiveram origem em 1966, quando Sacco deu início a publicação de uma série de trabalhos sobre a família, inclusive algumas espécies novas. A partir daí outros nomes surgiram como: Pessoa (1992), Cervi (1997), Bernacci (1999), em trabalhos desenvolvidos principalmente na região sul do país. No Nordeste, os únicos trabalhos voltados para a taxonomia da família foram os de Vitta (1995), Sena & Queiroz (1998) e Sena & Queiroz (2001). 24 ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA FAMÍLIA NO ESTADO DA BAHIA 1. Hábito Trepadeiras herbáceas ou lenhosas a lianas, com gavinhas. Algumas espécies de Passiflora subgênero Dysosmia são pequenos arbustos esgalhados. O caule pode ser cilíndrico ou 3-5 angulado, raramente quadrangulado em algumas espécies do subgênero Passiflora, ou subangular-achatado (P. misera). Apresenta-se delgado (P. suberosa) ou lenhoso (P. rhamnifolia e Tetrastylis ovalis), pode ser glabro ou pubescente. Em Passiflora subgênero Plectostemma é usualmente estriado e, às vezes, profundamente sulcado. A família é caracterizada pela presença de uma gavinha solitária que nasce na axila foliar. Esta gavinha pode ser simples ou ramificada. Sendo uma estrutura axilar, a gavinha tem sido interpretada por alguns autores (Cusset, 1968; MacDougal, 1994; Bell, 1998) como uma modificação do pedúnculo. No entanto, nas espécies estudadas, verificou-se que a axila pode conter apenas gavinha ou gavinha e pedúnculo, esta originando-se independentemente. Assim, consideramos que a gavinha tem origem caulinar e independente do pedúnculo. 2. Estípulas Devido a sua diversidade de forma e tamanho, as estípulas fornecem excelentes caracteres diagnósticos para as espécies. As estípulas são geralmente bem desenvolvidas e algumas vezes caem quando a folha ou o botão floral se desenvolvem. 25 Podem apresentar forma linear (P. rhamnifolia), setácea (P. alata), largamente ovada ou reniforme (P. edmundoi, P. galbana, P. watsoniana). Sua margem é geralmente inteira, lisa (P. galbana), denteada (P. luetzelburgii), serreada (P. edulis) ou laciniada (P. foetida e P. villosa). Algumas vezes são glandulares (P. foetida). A venação pode ser: peninérvia ou palminérvia, na maioria dos casos as nervuras primárias convergem até o ápice. 3. Folha As folhas são sempre alternas e incompletas (sem bainha). A lâmina pode se apresentar inteira (Tetrastylis ovalis e P. galbana), bilobada (P. organensis e P. misera), trilobada (P. suberosa, P. recurva e P. setacea) ou pentalobada (P. cincinnata). Apresentam textura coriácea (P. trintae), membranácea (P. foetida), cartácea (P. rhamnifolia) ou papirácea (P. recurva), às vezes terminando em um mucron. Em algumas espécies podemos encontrar manchas ocelares, pequenas manchas circulares na porção adaxial que se assemelham a ovos de borboletas e reduzem a oviposição de insetos na folha (MacDougal, 1994). Isto pode ser observado em P. pohlii, P. capsularis, P. organensis e P. misera. Muitas espécies apresentam heteroblastia, as plantas jovens mostram folhas de forma diferente das maduras como P. edulis, P. luetzelburgii, P. setacea e P. villosa. Alguns autores atribuem esta diversidade à pressão seletiva exercida pelas mariposas sobre as espécies de Passifloraceae, sendo, provavelmente, uma adaptação para evitar a herbivoria (Escobar, 1988; MacDougal, 1994). As folhas podem ser peninérvias (P. galbana e P. rhamnifolia) ou palminérvias com 3 nervuras primárias (P. recurva, P. setacea e P. suberosa) ou, 26 obscuramente, com 5 nervuras primárias (P. mucronata). No caso das folhas palminérvias, o número de nervuras determina o número de lobos da folha. As nervuras secundárias em geral chegam até a margem (P. galbana e P. edmundoi). Em Passiflora subgênero Astrophea e em umas poucas espécies de outros subgêneros as folhas são peninérvias. Algumas espécies podem apresentar folhas uninérvias ou palmatinérvias. A margem pode ser inteira, serreada, denteada ou pectinada. Os dentes são associados com o final das nervuras secundárias ou terciárias (MacDougal, 1994). Nectários extra-florais podem estar presentes e representam importantes caracteres taxonômicos. Eles podem ocorrer no pecíolo, na lâmina foliar (margem ou superfície), nas brácteas ou nas sépalas. A distribuição destes nectários é importante para o reconhecimento das espécies. Os nectários podem ser sésseis ou pedunculados. Os sésseis podem se apresentar em forma de cicatriz, crateriforme ou como uma lâmina discoidal. Os pedunculados podem ter o pedúnculo delgado (P. amethystina, P. watsoniana e P. edmundoi) ou espesso (P. alata). A lâmina foliar pode ser glabra ou pubescente. Os tricomas geralmente são simples, produzindo indumento piloso, hirsutos a vilosos. Em algumas espécies podem ocorrer tricomas estrelados (P. luetzelburgii). Tricomas glandulares estão presentes apenas no subgênero Dysosmia (P. foetida). 4. Inflorescência 27 Nas Passifloraceae, as flores são, geralmente, isoladas ou pareadas na axilar foliar. Em Tetrastylis ovalis, elas estão agrupadas em racemo. Segundo MacDougal (1994) a inflorescência básica na família é um cimo dicasial, e a gavinha é o pedicelo modificado da flor central. A redução do pedúnculo da inflorescência em muitas espécies de Passiflora deu origem às inflorescências sésseis, com a gavinha colateral às flores na axila. As espécies de Passifloraceae normalmente apresentam três brácteas no pedúnculo, sendo essa uma das características diagnósticas da família. Sua forma, tamanho e posição no pedúnculo constituem caracteres de grande importância para separar subgêneros, seções e espécies. As brácteas podem ser decíduas, caindo logo após a abertura da flor, ou persistentes. Podem se apresentar verticiladas na base da flor (P. galbana, P. alata e P. mucronata), ou alternas ao longo do pedúnculo (P. edmundoi). Podem ser sésseis (P. galbana, P. mucronata), ou pecioladas (P. edmundoi). Quanto ao formato as brácteas podem ser: lineares (P. misera e P. suberosa), setáceas (P. galbana) ou foliáceas (P. mucronata) ou de forma ovada (P. odontophylla e P. nitida), a ovado-lanceoladas (P. alata). Podem se apresentar sésseis (P. mucronata) ou pecioladas (P. edmundoi). Quanto à margem, são muito variáveis: inteiras (P. galbana), serreadas (P. edulis), denteadas (P. trintae), laciniadas (P. luetzelburgii), pinatissectas ou pinatipartidas em divisões filiformes e terminando em uma glândula (P. foetida). Segundo Sacco (1980), algumas espécies podem apresentar bractéolas, caráter não observado em nenhuma das espécies estudadas. 5. Flor 28 As flores apresentam 2 a 10 cm de diâmetro, permanecem abertas por ca. de 12 horas. São basicamente brancas a púrpuras, incluindo todas as cores intermediárias. Apresentam diferentes odores desde os mais suaves e adocicados aos mais fortes. O eixo da flor sofre uma variação, inclinação, cada espécie tem uma característica gravitacional na orientação das flores mediante uma resposta dos botões ao geotropismo (MacDougal, 1994). 5.1. Hipanto Vários autores utilizam diferentes termos para designar esta parte da flor. Masters (1870) usou “tubo do cálice” para designar a porção inferior e soldada das sépalas. Harms (1925) usou o termo “receptáculo”. Killip (1938) considerou como “cálice” ou “tubo do cálice”, e a parte superior livre como sépalas. Alguns autores consideram que esta estrutura tem origem mista, a parte basal é receptacular e a distal apendicular. (Puri, 1948). A parte apendicular pode se desenvolver para formar um longo tubo em algumas espécies. Segundo Puri (1948) e MacDougal (1994) o uso do termo hipanto para a parte apendicular da flor de Passiflora, não é aceitável, sendo preferível a denominação de “tubo floral” ou “taça floral” dependendo da profundidade da estrutura. No entanto, outros autores, como Weberling (1992), todo o hipanto é de origem receptacular, de onde partem o perianto e o androginóforo, apresentando um dos receptáculos mais complexos das angiospermas, com o cálice e a corola partindo da margem desse hipanto. Neste trabalho está sendo seguida a proposição de Weberling (1992), considerando como hipanto toda a estrutura que envolve e sustenta a corona e o perianto, como sugerido, também, por Puri (1948), Cervi (1997) e Killip (1938). 29 5.2. Perianto 5.2.1. Cálice O cálice apresenta cinco sépalas, imbricadas no botão com duas sépalas externas e duas internas e a quinta tem uma das margens cobrindo uma sépala interna e a outra margem coberta pela sépala mais externa. As sépalas são carnosas, ovais, lanceoladas, até amplamente oval-deltóides. Apresentam uma arista ou carena na face abaxial, esta arista terminando ou não em um corno sub-apical. São, geralmente, maiores do que as pétalas. Quanto à coloração são, em geral, externamente verde-amareladas e internamente são, em geral, da mesma cor das pétalas, sendo mais comum as cores brancas, vermelhas e púrpuras. 5.2.2. Corola As cinco pétalas geralmente são membranáceas e alternam-se com as sépalas. Estão ausentes em algumas espécies do gênero Passiflora subgênero Plectostemma (P. suberosa). As pétalas apresentam coloração variável desde o branco, creme, violeta a púrpura. São menores que as sépalas e muito mais delgadas. 5.3. Corona Este termo é usado para designar todas as estruturas acessórias situadas entre o perianto e os estames (Puri, 1948). Isto inclui, de fora para dentro, os filamentos da corona, o 30 opérculo, o anel nectarífero e o límen. Este conceito de corona, com várias modificações estruturais, é reforçado pela hipótese de Weberling (1992), de que todas estas estruturas acessórias são modificações do hipanto. Os filamentos da corona constam de vários processos filiformes dispostos em uma ou em várias séries, localizadas na borda do hipanto. Quando em mais de uma série, em geral os externos são muito maiores do que os internos. Estes filamentos podem ser livres ou concrescidos (P. edmundoi) e possuir vários tamanhos e formas que são importantes como caracteres diagnósticos das espécies. Quanto à forma, podem ser ligulados, filiformes, subulados, espatulados, tuberculados ou subdolabriformes. Em geral são fortemente coloridos, freqüentemente com bandas de diversas cores. Os filamentos podem ocorrer em duas a muitas séries. Nas espécies polinizadas por abelhas os filamentos da corona podem ter uma cor que contrasta com a das pétalas e sépalas ou presença de listas de cores em círculos concêntricos (P. alata e P. cincinnata), os quais dirigem a atenção do polinizador ao centro da flor, onde se encontra o nectário floral (Escobar, 1980). O opérculo está situado no interior e na base do hipanto, um pouco abaixo dos filamentos da corona. É uma pequena membrana circular, às vezes carnosa ou membranácea, lisa ou plicada verticalmente e com margem inteira ou esculturada (denticulada ou serrulada). Raramente o opérculo é constituído por um verticilo de filamentos muito curtos e comprimidos, o que sugere sua origem pela fusão de uma série interna dos filamentos da corona. Pode estar ausente em algumas espécies e sua função tem sido interpretada como a de uma tampa sobre o nectário que evita parte do roubo do néctar por animais não polinizadores (Escobar, 1980). 31 O anel nectarífero é um anel delgado, situado na base do hipanto, abaixo do opérculo, e que produz néctar. Está ausente em muitas espécies nas quais o néctar é, provavelmente produzido de forma dispersa pela parede do hipanto. O límen é constituído por um anel ou uma membrana em forma de taça que rodeia a base do androginóforo. Situa-se no fundo do hipanto mas pode estar ausente em algumas espécies. Alguns autores o chamam de corona basal (Masters, 1871), mas na grande maioria dos trabalhos publicados o termo freqüentemente utilizado é límen, o qual está sendo adotado também neste trabalho. Pode ser uma estrutura homóloga ao disco, por isso pode ser também chamado de disco extraestaminal (Killip, 1938; Puri, 1948). 5.4. Androginóforo O androginóforo é uma coluna que se inicia na base central do tubo do cálice, e suporta as partes reprodutoras. Em algumas espécies apresenta uma dilatação na altura do opérculo chamada de tróclea (P. edulis e P. rhamnifolia). Os estames são em número de cinco. Estão unidos pela base dos filetes formando uma membrana aderente ao androginóforo junto à inserção do ovário. As anteras são bitecas, dorsifixas e versáteis, o que favorece o movimento das anteras durante a polinização. O ovário nasce no ápice do androginóforo, acima dos estames. É sempre unilocular com três placentas parietais. Apresenta-se em formato globoso, ovóide, elipsóide, oblongo, trígono, circular ou hexagonal com ápice truncado ou agudo. Glabro ou piloso. Os estiletes são em número de três em Passiflora ou quatro em Tetrastylis. Nascem no topo do ovário e podem ser livres ou parcialmente unidos. São geralmente verdes, verde- 32 amarelado ou verde-escuro, algumas vezes com manchas vináceas. Apresentam também um movimento durante diferentes fases florais: a) estigmas sobre as anteras; b) estigmas no nível das anteras; c) estigmas abaixo das anteras. Estão receptivos após a antese. Os estigmas são capitados ou reniformes, de coloração verde, verde-amarelado ou verde-escuro. 6. Fruto O fruto é uma baga indeiscente ou uma cápsula com deiscência longitudinal muito variável em forma, tamanho e cor. Quanto à forma, o fruto pode ser globoso, ovóide, elipsóide e suas variantes. Os frutos raramente são deiscentes, como em P. capsularis, onde o fruto é uma cápsula, que se abre longitudinalmente no ápice, liberando as sementes quando maduras. Apresentam coloração desde verde a roxo-escura, que pode representar um caráter importante para o reconhecimento das espécies. 7. Sementes São sempre numerosas, comprimidas e com uma testa dura. Apresentam diferentes formatos, desde ovadas a obcordadas. A testa apresenta textura do tipo reticulada, estriada, foveolada a sulcada, com ápice liso, bidentado ou tridentado (P. foetida). As sementes são revestidas por um arilo, constituído de uma polpa ácida mucilaginosa ou aquosa. Podem apresentar germinação do tipo epígina (germinam sobre o solo) ou hipógina (germinam abaixo do solo). Passifloraceae A. L. de Jussieu ex Kunth in Humboldt, Bonpland & Kunth, Nov. Gen. Sp. 2: 33 126. 1817, nom. cons. Trepadeiras herbáceas, com gavinhas, raramente ervas eretas ou plantas lenhosas. Estípulas setáceas, lineares ou foliáceas, algumas vezes caducas. Folhas alternas, pecioladas, inteiras ou lobadas; pecíolo geralmente com glândulas sésseis ou pedunculadas. Pedúnculo único ou pareado, geralmente terminando em uma ou duas flores, articulado ou não; brácteas 3, pequenas ou foliáceas, verticiladas e involucrais ou alternas no pedúnculo, algumas vezes caducas. Flores pentâmeras, geralmente isoladas ou aos pares, raramente três ou mais, em algumas espécies reunidas em racemos, hermafroditas; hipanto cilíndrico ou campanulado; sépalas 5, carnosas, subcoriáceas ou, raramente, membranáceas, às vezes dorsalmente corniculadas ou aristadas próximo ao ápice; pétalas 5, membranáceas, alternas às sépalas, raramente ausentes; filamentos da corona de uma a várias séries, distintos ou raramente unidos, formando um tubo; opérculo situado próximo aos filamentos da corona, membranáceo, plicado, inteiro, lacerado ou filamentoso, raramente ausente; anel nectarífero próximo ao opérculo, algumas vezes ausente; límen anular ou cupuliforme, situado na base do androginóforo; androginóforo alongado, raramente muito curto; estames 5, anteras dorsifixas, versáteis, lineares a oval-oblongas; ovário globoso, ovóide ou fusiforme, unilocular, tricarpelar; óvulos numerosos em três placentas parietais; estiletes 3, distintos ou unidos na base, cilíndricos ou clavados; estigmas capitados, orbiculares ou reniformes. Baga indeiscente, raramente cápsula deiscente, fusiforme. Sementes comprimidas, reticuladas, pontuadas ou transversalmente alveoladas, envolvidas por um arilo mucilaginoso. Representada na Bahia por dois gêneros e 30 espécies. No estudo, os principais centros de diversidade ocorrem na mata atlântica do sul do Estado e no complexo do Espinhaço. 34 Chave para identificação dos gêneros da família Passifloraceae no Estado da Bahia. 1. Flores solitárias ou pareadas; androginóforo reto; estames livres; estiletes três ..................... ...................................................................................................................................I. Passiflora 1’. Flores em racemos axilares; androginóforo curvado; estames unidos ao longo do androginóforo, somente o ápice livre; estiletes quatro............................................II. Tetrastylis Chave para identificação das espécies da família Passifloraceae no Estado da Bahia, usando caracteres vegetativos e reprodutivos. 1. Flores em racemos axilares; androginóforo curvado; estames unidos ao longo do androginóforo, somente o ápice livre; estiletes quatro................................30. Tetrastylis ovalis 1’. Flores solitárias ou pareadas; androginóforo reto; estames livres; estiletes três 2. Brácteas verticiladas pinatifidas ou (bi-)pinatissectas com ou sem segmentos glandulares; estípulas persistentes, pinatissectas ou laciniadas, com tricomas glandulares ............................................................................................................................25. P. foetida 2'. Brácteas alternas ou verticiladas, inteiras ou serreadas, nunca pinatifidas ou pinatissectas, sem segmentos glandulares; estípulas inteiras, glabras ou pubescentes, sem tricomas glandulares, às vezes caducas 3. Folhas inteiras 4. Estípulas foliáceas, lanceoladas, oval-lanceoladas ou reniformes 5. Caule quadrangular, alado ............................................................... ........ 8. P. alata 35 5’. Caule cilíndrico 6. Lâmina foliar peninérvia 7. Lâmina 7-15 cm compr.; flores ca. 6-8 cm diâm.; brácteas foliáceas, 1,5-2 cm compr. ......................................................................................22. P. galbana 7'. Lâmina ca. 5,8-7 cm compr.; flores ca. 3 cm diâm., brácteas reduzidas, 0,2 cm compr. .................................................................................. 18. P. miersii 6'. Lâmina foliar palminérvia com 3-8 nervuras 8. Folhas com 5-8 nervuras, lâmina inteira, oval, com base cordada; flores brancas; duas glândulas sésseis no meio do pecíolo ........... 21. P. mucronata 8'. Folhas com 3 nervuras, lâmina inteiras a 3-lobada, sagitada, com base hastada; flores coloridas; duas glândulas estipitadas no meio do pecíolo ...... ............................................................................................ 23. P. mucugeana 4'. Estípulas lineares 9. Lâmina foliar com margem serreada a denteada em toda sua extensão, nunca revoluta; ápice acuminado 10. Planta totalmente glabra; brácteas 2-3,5 cm; flores 6-8 cm diâm. 11. Sépalas e pétalas creme-rosadas; filamentos da corona azuis .......................... ....................................................................................... ............9. P. odontophylla 11’. Sépalas e pétalas brancas; filamentos da corona arroxeados a púrpura 12. Sépalas com duas glândulas na região apical da margem ..... 16. P. 36 edulis 12’. Sépalas sem glândulas na região apical da margem ......... .. 10. P. nitida 10'. Planta totalmente pubescente; brácteas 0,5-2,5 cm; flores ca. 2-6 cm diâm. 13. Pecíolo com duas glândulas pedunculadas ...................... 12. P. malacophylla 13’. Pecíolo com duas glândulas sésseis .......................................11. P. bahiensis 9'. Lâmina foliar com margem lisa, algumas vezes revoluta, raramente serreada apenas próximo ao ápice; ápice agudo 14. Planta totalmente glabra 15. Lâmina foliar peninérvia, lustrosa na face adaxial; duas glândulas peciolares sésseis na base da lâmina foliar; estípulas setáceas, persistentes. ................... ............................................................................................ 29. P. rhamnifolia 15'. Lâmina foliar palminérvia, 5-nervada, glauca; duas glândulas peciolares sésseis no meio do pecíolo; estípulas foliáceas, subreniformes, caducas ............ ................................................................................................ 23. P. mucugeana 14'. Planta totalmente pubescente 16. Lâmina elíptica, 7-12 x 5-7,5 cm; pares de nervuras secundárias 6-7.............. .................................................................................................... . 27. P. mansoi 16'. Lâmina oval-oblonga, 8-10 x 6-6,5 cm; pares de nervuras secundárias mais de 8 ......................................................................................... 28. P. haematostigma 37 3’. Folhas lobadas ou partidas 17. Folhas 5-lobadas ou 5-partidas (às vezes 3-lobadas nas folhas jovens) 14. P. cincinnata 17’. Folhas 2-3-lobadas 18. Folhas 2-lobadas; lobos laterais divergindo em ângulo de quase 90O da nervura mediana ................................................................................................. 4. P. misera 18’. Folhas 3-lobadas; lobos laterais divergindo em ângulo de ca. 45o da nervura mediana 19. Folhas com lobo central muito reduzido 20. Lâmina foliar com manchas ocelares 21. Filamentos da corona em duas séries; folhas obovadas, mais longa do que larga, 3-lobada apenas no ápice .................................... 5. P. pohlii 21’. Filamentos da corona em uma única série; folhas obdeltóides mais larga do que longa, bilobada ....................................... 3. P. organensis 20'. Lâmina foliar sem manchas ocelares 22. Flores solitárias; pecíolo sem glândulas; brácteas ausentes; flores com pétalas ....................................................................... 6. P. capsularis 22'. Flores aos pares na axila foliar; pecíolo biglandular; brácteas muito reduzidas; flores sem pétalas ..................................... 1. P. suberosa 19. Folhas com lobo central do mesmo tamanho ou maior do que os laterais 23. Estípulas foliáceas, reniformes e persistentes 38 24. Pedúnculo ca. 5 cm compr.; filamentos da corona em várias séries ...... .................................................................................... 19. P. watsoniana 24'. Pedúnculo com mais de 5 cm compr.; filamentos da corona em 2-4 séries 25. Pecíolo com quatro glândulas................................. 20. P. edmundoi 25. Pecíolo com seis glândulas................................. 24. P. amethystina 23'. Estípulas lineares, às vezes caducas 26. Flores aos pares na axila foliar 27. Filamentos da corona em uma série; opérculo plicado, com ápice denticulado; pétalas presentes .................................2. P. saxicola 27’. Filamentos da corona em duas séries; opérculo plicado, com ápice liso; pétalas ausentes ............................................. 1. P. suberosa 26'. Flores solitárias 28. Pecíolo sem glândulas; tricomas dourados em toda a planta; lâmina foliar com margem serreada ..................................... 26. P. villosa 28'. Pecíolo com 2-4 glândulas sésseis; tricomas brancos; lâmina foliar com margem lisa ou serrulada 29. Folhas com margem lisa; pétalas vermelho-coccíneas ............. ................................................................... 7. P. luetzelburgii 29’. Folhas com margem crenada ou serreada; pétalas brancas ou 39 vermelhas 30. Pecíolo com 2 glândulas situadas na base do pecíolo .......... ..................................................................... 17. P. recurva 30’. Pecíolo com 2 glândulas situadas na porção mediana ou ápice 31. Sépelas e pétalas vermelhas ...................... 15. P. trintae 31’. Sépalas e pétalas brancas 32. Filamentos da corona em duas séries; brácteas sem glândulas; fruto elipsóide ................... 13. P. setacea 32’. Filamentos da corona em cinco séries; brácteas com glândulas sésseis; fruto globoso.......... .. 16. P. edulis 40 Chave para identificação das espécies da família Passifloraceae utilizando apenas caracteres vegetativos 1. Folhas inteiras (algumas espécies ocasionalmente lobadas no mesmo indvíduo) 2. Lâminas peninérvia 3. Folhas glabras 4. Pecíolo com mais de duas glândulas; caule quadrangular, alado ............8. P. alata 4’. Pecíolo com duas glândulas, caule cilíndrico, não alado 5. Estípulas reniformes ou subreniformes ..........................................22. P. galbana 5’. Estípulas lineares ou linear-setáceas 6. Planta sem espinhos axilares ......................................... 30. Tetrastylis ovalis 6’. Planta com espinhos axilares ou estípulas espinescentes. 7. Lâmina foliar coriácea 8. Caule glabro .............................................................. 29. P. rhamnifolia 8’. Caule pubescente .............................................. 28. P. haematostigma 7´. Lâmina foliar membranácea 9. Lâmina foliar de 6-8 cm compr., com 5 pares de nervuras secundárias ..... ........................................................................................9. P. odontophylla 9’. Lâmina foliar de 8,5-10,5 cm de compr., com 7 pares de nervuras secundárias ..............................................................................10. P. nitida 3’. Folhas pubescentes 10. Glândulas situadas na porção distal do pecíolo ................................. 27. P. mansoi 10’. Glândulas situadas na região mediana ou basal do pecíolo 41 12. Lâmina de 3-5,5 x 1,5-4 cm ....................................................7. P. luetzelburgii 12’. Lâmina de 6-8 x 2 cm ..................................................................13. P. setacea 2’. Lâminas 3-5-nervadas 13. Folhas glabras 14. Folhas sem glândulas na margem ou nos sinus foliares 15. Pecíolo com glândulas sésseis na porção mediana, estípulas subreniformes . .................................................................................................. 21. P. mucronata 15. Pecíolo com glândulas pedunculadas na porção distal, estípulas reniformes .........................................................................................................18. P. miersii 14’. Folhas com glândulas na margem ou nos sinus foliares 16. Pecíolo com glândulas sésseis ..................................................... 16. P. edulis 16’. Pecíolo com glândulas estipitadas .................................... 23. P. mucugeana 13’. Folhas pubescentes 17. Lâmina foliar com margem lisa ..................................................... 1. P. suberosa 17’. Lâmina foliar com margem serreada ou denteada 18. Pecíolo sem glândulas .............................................................. 26. P. villosa 18’. Pecíolo com duas glândulas 19. Flores aos pares na axila foliar, 2-3 cm de diâm. ............11. P. bahiensis 19’. Flores solitárias na axila foliar, 4-6 cm de diâm. ..... 12. P. malacophylla 1’. Folhas lobadas a partidas 20. Folhas bilobadas 21. Folhas sem manchas ocelares ............................................................. 6. P. capsularis 21’. Folhas com manchas ocelares 42 22. Caule angulado ou achatado ......................................................... 4. P. misera 22’. Caule cilíndrico...................................................................... 3. P. organensis 20’. Folhas 3-5-lobadas 23. Folhas 5-lobadas (às vezes 3-lobadas nas folhas jovens) ............... 14. P. cincinnata 23’. Folhas 3-lobadas 24. Margem foliar lisa 25. Folhas com lobos laterais menores que o lobo central; lobos laterais algumas vezes ausentes no mesmo indivíduo 26. Estípulas subreniformes ............................................... 23. P. mucugeana 26’. Estípulas linear-subuladas ............................................... 1. P. suberosa 25’. Folhas com lobos laterais maiores ou quase do mesmo tamanho que o lobo central; lobos laterais nunca ausentes 27. Folhas sem glândulas nos sinus foliares 28. Planta pubescente ........................................................ 6. P. capsularis 28’. Planta totalmente glabra 29. Lâmina com 4-6 manchas ocelares. .................................5.P. pohlii 29’. Lâmina com 8 ou mais manchas ocelares ..................2. P. saxicola 27’. Folhas com glândulas nos sinus foliares 30. Pecíolo com 2 glândulas .................................................. 17. P. recurva 30`. Pecíolo com 4 ou 6 glândulas 31. Estípulas com margem serreada .................. 19. P. watsoniana 31’. Estípulas com margem lisa 32. Pecíolo com 4 glândulas pedunculadas, distribuídas ao 43 lango do pecíolo ....................................... 20. P. edmundoi 32’. Pecíolo com 4-6 glândulas estipitadas situadas do meio para o ápice do pecíolo ..........................24. P. amethystina 24’. Margem foliar serreada ou levemente denticulada 33. Estípulas pinatissectas com segmentos terminando em tricomas glandulares ..........................................................................25. P. foetida 33’. Estípulas inteiras ou laciniadas, sem tricomas glandulares 34. Pecíolo sem glândulas ....................................................... 26. P. villosa 34’. Pecíolo com glândulas 35. Glândulas próximas à base do pecíolo, algumas vezes com uma terceira glândula no meio do pecíolo ................................ 13. P. setacea 35’. Glândulas no meio para o ápice do pecíolo 36. Planta densamente pubescente ........................7. P. luetzelburgii 36’. Planta totalmente glabra 37. Lâmina foliar 6-10(-13) cm compr., lobos laterais oblongos . ........................................................................... 16. P. edulis 37’. Lâmina foliar 3,5-7 cm compr., lobos laterais oblongoelípticos ............................................................ 15. P. trintae 44 I. Passiflora L., Sp. Pl. 2: 955. 1753. Lectótipo (designado por Britton & Brown, 1913): P. incarnata L. Trepadeiras herbáceas, com gavinhas, raramente ervas eretas ou plantas lenhosas. Estípulas setáceas, lineares ou foliáceas, algumas vezes caducas. Folhas alternas, pecioladas, inteiras ou lobadas; pecíolo geralmente com glândulas sésseis ou pedunculadas. Pedúnculo único ou pareado na axila foliar; brácteas 3, pequenas ou foliáceas, verticiladas e involucrais ou alternas no pedúnculo, algumas vezes caducas. Flores geralmente isoladas ou pareadas, raramente três ou mais; hipanto cilíndrico ou campanulado; sépalas 5, carnosas, às vezes dorsalmente corniculadas ou aristadas próximo ao ápice; pétalas 5, membranáceas, alternas às sépalas, raramente ausentes; filamentos da corona de uma a várias séries, distintos ou raramente unidos e formando um tubo; opérculo membranáceo, plicado, inteiro, lacerado ou filamentoso, raramente ausente; anel nectarífero próximo ao opérculo, algumas vezes ausente; límen anular ou cupuliforme, localizado na base do androginóforo; estames 5; anteras dorsifixas, versáteis, lineares a oval-oblongas; ovário globoso, ovóide ou fusiforme, unilocular, 3-carpelar, óvulos numerosos em três placentas parietais; estiletes 3, distintos ou unidos na base, cilíndricos ou clavados; estigmas capitados, orbiculares ou reniformes. Fruto baga, indeiscente, raramente cápsula deiscente, globoso ou ovóide, raramente fusiforme. Sementes comprimidas, reticuladas, pontuadas ou transversalmente alveoladas, envolvidas por arilo mucilaginoso. Possui cerca de 400 espécies, de distribuição Pantropical, a maioria das Américas, sendo o Brasil e a Colômbia os países com maior número de espécies, ca. 230. Na Bahia o gênero é representado por 29 espécies, com distribuição ampla, ocorrendo em praticamente todos os biomas do Estado. 45 B A A C E D F Figura 10. Subgênero Plectostemma: P. capsularis: A. Ramo; B. Flor. P. suberosa: C. Glândula peciolar; D. Flor. P. capsularis E. Fruto (P. suberosa). C 46 I.1. Passiflora subgênero Plectostemma Mast., Trans. Linn. Soc. 27: 626. 1871. Trepadeiras herbáceas. Pedúnculos 1-2 floros, nunca terminando em uma gavinha; flores pequenas; hipanto pateliforme ou campanulado; pétalas ausentes ou presentes; filamentos da corona filiformes; opérculo plicado; estiletes unidos na base, projetando-se a partir do centro do ápice do ovário. 1. Passiflora suberosa L., Sp. Pl. 2: 958. 1753. Tipo: “Dominica” Antillis. (Figura 1A-B; Mapa 4). Trepadeira, esparsamente tomentosa ou raramente glabra; caule cilíndrico a achatado, com estrias longitudinais; gavinhas presentes. Estípulas 6-8 x 5 mm, persistentes, inteiras, linear-subuladas, margem lisa. Pecíolo 1-2 cm compr., pubescente; glândulas 2, côncavas, verde-escuras, estipitadas, situadas na região distal do pecíolo; lâmina 5,5-8,5(-11) x (2-)3-6,5 cm, membranácea, 3-nervada, pubescente principalmente nas nervuras, base cuneada a cordada, margem lisa, 3-lobada ou inteira; folhas 3-lobadas com lobo mediano maior que os laterais, lobo mediano (4-)6-10(-12) x 1,2-3 cm, acuminado, lobos laterais 3-6 x 1-1,5 cm, agudos; folhas inteiras 6-12 x 1,2-2,5 cm, linear-lanceoladas a oval-lanceoladas. Pedúnculo 11,5 cm compr., articulado a ca. 1 cm de compr do ápice; pubescente; brácteas ca. 5 mm compr., caducas, inteiras, pubescentes, alternas ao longo do pedúnculo, linear-setáceas, margem lisa. Flores 0,5-3 cm diâm., pareadas, raramente solitárias; hipanto 2-4 mm compr., curto-campanulado, pubescente; sépalas 6-10 x 2 mm, carnosas, pubescentes na face externa, glabras na face interna, amarelo-esverdeadas, oval-lanceoladas, ápice agudo, margem lisa; pétalas ausentes; filamentos da corona arroxeados em duas séries; série externa ca. 5 mm compr., filiforme, verde-amarelada; série interna ca. 1 mm compr., capitelada, verde-vinácea; opérculo membranoso, plicado, branco com listas magento-vináceas; límen anular; anel nectarífero presente; androginóforo 0,8-1 cm compr.; filetes glabros, verde-amarelados; anteras amarelas; ovário subgloboso ou ovóide, glabro; estiletes verdes, glabros; estigmas verde-amarronzados. Baga ca. 1,5-2 x 2 cm, verde-escura a púrpura quando madura, globosa ou ovóide, glabra. Sementes ca. 3-5 x 2 mm, achatadas, marrons, acuminadas no ápice, reticuladas. 47 Nome vulgar: Maracujá-de-cortiça, maracujá-mirim ou maracujazinho. Distribuída principalmente no leste da América tropical, atingindo o território brasileiro nos estados de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, não havendo registro na região amazônica nem nas Guianas (Killip, 1938). Na Bahia era referida apenas para a região da Chapada Diamantina em áreas de campo rupestre (Sena & Queiroz, 2001). Dados recentes revelam sua presença em matas estacionais e, ocasionalmente em caatinga, próximo a áreas alagadas ou beira de rio, principalmente na região central do Estado, em altitude de 460 a 1300 m.s.n.m. (Mapa 4). Floresce e frutifica durante todo o ano. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Abaíra, Distrito de Catolés, 1.100 m.s.n.m., W.Ganev s.n., 16.Dez.1992 (HUEFS 13728, K, SPF). (F8) Cravolândia, 5 Km sul do povoado de Três Braços, ao longo do rio Piabinha, Ilhas do rio, E.Melo et al. 1048, 29.Mai.1994 (HUEFS). (D7) Jacobina, Serra do Ouro, ca. 5 Km do Hotel Serra do Ouro, próximo ao córrego, 515 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 340, 6.Jun.2001 (HUEFS). (F7) Maracás, perto de Maracás, P.de Souza s.n., 17.Ago.1975 (ALCB 15849); 2 km L de Maracás, depois do Cruzeiro da Cidade, Faz. Julina, mata de cipó antropizada, 1.016 m.s.n.m., E.R.de Souza et al. 170, 23.Abr.2002 (HUEFS). (F6) Mucugê, subida para Gobira, L.P.de Queiroz et al. 5631, 24.Jan.2000 (HUEFS); estrada para o Capão do Correio, 1.264 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 853, 15.Fev.2002 (HUEFS). (D7) Mundo Novo, Entrada para a cidade próximo BA 052 (Estrada do Feijão), 465 m, E.Melo et al. 2781, 11.Ago.1999 (HUEFS). (E6) Utinga, Sítio São José, M.P.Sena s.n., 1996 (HUEFS 26840); Fazenda Barra, estrada Utinga-Morro do Chapéu, Km 10, M.P.Sena s.n., 1996 (HUEFS 26839); M.P.Sena 22, 30.Jun.1997 (HUEFS, MBM). (G7) Vitória da Conquista, 4,7 Km S of Center of city of Vitória da Conquista, along highway, G.Eiten et al. 10892, 10.Mai.1970 (SP). Material adicional: BRASIL, Pernambuco: a sombra das capoeiras, D.B.Pickel 465. 3H, Mar.1923 (IPA). Caruaru: Brejo dos Cavalos, capoeira baixa, D.A.Lima 71-6605, 28.Out.1971 (IPA). Garanhuns, D.A.Lima et al. 79-9561, 31.Ago.1979 (IPA). Maraial, Lagoa dos gatos – Serra do Urubu, A.M.Miranda et al. 1618, 20.Abr.1994 (HUEFS, HST). Tapera, D.B.Pickel 1237, Dez.1926 (IPA). Triunfo: Divisa dos municípios Triunfo-Princesa Isabel, borda de mata, V.C.Lima et al. 109, 26.Fev.1986 (IPA); Lagoa Nova, 1.100 m.s.n.m., A.M.Miranda et al. 2129, 10.Mar.1995 (ALCB, CEPEC, HST, HUEFS, SP); L.P.Félix 7155, 23.Mai.1995 (ALCB, HST). Vicência, Serra da Mascarenha, Eng. Jundiá, O.C.Lira 68-279, 30.Mar.1968 (IPA). Rio de Janeiro, In brushy places at rio Comprido, near Rio, Gardner 50, 1837 (foto do holótipo de P. flexuosa Gardner: HUEFS; holótipo de P. flexuosa Gardner: K!). Santa Catarina: Orleans, Rod. SC 438, 3-5 Km L de Orleans, Capoeira, G.Hatschbach et al. 60652, 15.Abr.1994 (HUEFS, MBM). Passiflora suberosa foi descrita a partir de material coletado nas Antilhas (Linnaeus, 1753). Pode ser reconhecida por apresentar folhas 3-lobadas ou inteiras, subpeltadas, flores pequenas, pareadas na axila foliar, ausência de pétalas, coloração arroxeada dos filamentos da 48 corona e pelo córtex suberoso. Apresenta numerosos sinônimos (Killip, 1938) devido a sua ampla distribuição e à variação na forma das folhas e tamanho das flores. Não foi encontrada nenhuma referência ao uso comercial, embora, devido ao sabor agradável dos frutos quando maduros, são consumidos in natura pelos agricultores. 2. Passiflora saxicola Gontsch., Bull. Jard. Bot. Princ. U.S.S.R. 26: 559, 1927. Tipo: Brasil, Bahia, near Ilheos, L. Riedel 789 (LE) (Mapa 4). Trepadeira, esparsamente lanosa (principalmente no caule, pecíolo e pedúnculo); caule angulado a achatado, estriado; gavinhas presentes. Estípulas ca. 3 x 1 mm, persistentes, inteiras, linear-setáceas, margem lisa. Pecíolo 3,5-4 cm compr.; glândulas ausentes; lâmina 56 x 7-8 cm, membranácea, obdeltóide, 3-nervada, ápice truncado, mucronado, base cuneada, margem lisa; lâmina com 6-8 manchas ocelares, 3-lobada, lobo central ca. 2,5 cm de larg., às vezes reduzido, lobos laterais 5-7 x 2,5-3 cm. Pedúnculo 3,5-4,5 cm compr., lanado; brácteas 1,5-2 x 0,5 mm, persistentes, inteiras, alternas, localizadas no meio do pedúnculo, lineares, ápice agudo, margem lisa. Flores 2-3,5 cm diâm., pareadas, raramente três; hipanto ca. 4 mm compr., curto-campanulado; sépalas ca. 1,5 x 0,5 cm, carnosas, oblongas, ápice agudo, margem lisa; pétalas ca. 1 x 0,3 cm, membranáceas, oblongas, ápice arredondado, margem lisa; filamentos da corona em uma única série, 6 mm compr., filiformes; opérculo membranoso, plicado, com ápice denticulado; límen presente; anel nectarífero presente; androginóforo ca. 1 cm compr.; filetes glabros; anteras amarelas; ovário globoso, velutino; estiletes glabros; estigmas reniformes. Baga ca. 5 x 6 mm, globosa. Sementes não vistas. Espécie provavelmente endêmica da Bahia encontrada em área de floresta higrófila. Killip (1938), cita sua ocorrência em área de mata atlântica (Ilhéus). Floração provável em janeiro, fevereiro e março. Passiflora saxicola até então era conhecida, apenas do material tipo, coletado em Ilhéus, por Riedel. Infelizmente, não foi encontrada a citação de qual o herbário estaria depositado o material tipo. Acredita-se que deve estar depositado no herbário de São Petesburgo, na Rússia, onde se encontra a coleção principal da expedição de Langsdorff, integrada por Riedel. 49 Material examinado: BRASIL, Bahia: (D7) Mundo Novo, Fazenda Aliança, A.L.Costa s.n., Fev.1968 (ALCB 2880). Passiflora saxicola pode ser confundida com P. misera e P. organensis. Pode ser diferenciada de P. misera pela forma da folha (bilobada em P. misera e obdeltóide, 3-lobada com lobos do mesmo tamanho em P. saxicola) e pelo número de séries de filamentos da corona (uma em P. saxicola e duas em P. misera) e margem do opérculo (fimbriado em P. misera e denticulado em P. saxicola). De P. organensis diferencia-se pelo tamanho do pecíolo (3,5-4 cm compr. em P. saxicola e 1,5-2 cm compr. em P. organensis), e do pedúnculo (3,54,5 cm compr. em P. saxicola e 1-1,5 cm compr. em P. organensis). Dentre os materiais estudados, só existem dois registros para esta espécie, o material tipo, em Ilhéus, e um citado para o município de Mundo Novo (Mapa 4). Vale a pena ressaltar que esta coleta, feita por A.L.Costa em 1968, cita como procedência “Mundo Novo”, numa localidade chamada Fazenda Aliança. No desenvolvimento deste estudo, estivemos em uma localidade no município de Mundo Novo, mas, infelizmente não encontramos nenhum outro exemplar desta espécie. O tipo foi descrito a partir de material coletado no município de Ilhéus, no sul da Bahia, o que levantou uma questão: a coleta do A.L.Costa poderia ter sido efetuada no distrito de Mundo Novo, existente em Ilhéus, onde também existe uma Fazenda Aliança. Infelizmente não dispomos de informações suficientes para esclarecer esta dúvida. Não existem informações sobre uma possível coleta de A.L.Costa na região sul da Bahia e, provavelmente, esta coleta deve ter sido feita realmente no município de Mundo Novo, região do Piemonte da Chapada Diamantina, próximo a Morro do Chapéu e Jacobina, onde também existem matas semelhante às matas higrófilas sul-baianas. 3. Passiflora organensis Gard., London J. Bot. 4: 104. 1845. Tipo: Brasil, Montanha dos Órgãos, Gardner 428 (holótipo: BM!; isótipo: K!). (Figura 1C-E; Mapa 4). Trepadeira, indumento esparsamente lanoso no caule, pecíolo e pedúnculo; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 2-3 mm compr., persistentes, inteiras, lineares, margem lisa. Pecíolo 1,6-2 cm compr., sem glândulas; lâmina 3-6 x 4-6(-14) cm, membranácea, obdeltóide, 2 ou, raramente, 3-lobada, lobo central muito reduzido ou ausente, 50 lobos laterais 3-6 x 1,5 cm na altura dos sinus, 3-5-nervada, ápice do lobo central mucronado, margem inteira, face abaxial glaucescente, com tons arroxeados, 6-8 manchas ocelares amareladas na face adaxial. Pedúnculo 1-1,5 cm compr.; brácteas ca. 2 mm compr., caducas, alternas ao longo do pedúnculo, híspidas, inteiras, lineares, margem lisa. Flores 0,5-3 cm diâm., pareadas na axila foliar; hipanto ca. 2 mm compr., híspido, curto-campanulado; sépalas 1-1,5 x 0,3-0,5 cm, carnosas, amarelo-esverdeadas, oval-lanceoladas, ápice agudo, margem lisa; pétalas 1-1,5 x 0,3-0,5 cm, membranáceas, oval-lanceoladas; filamentos da corona em uma única série, ca. 5 mm compr., filiformes, ápice dolabriforme, base verde, porção mediana violeta e ápice branco; opérculo membranoso, plicado, ápice fimbriado; límen ausente; anel nectarífero presente, androginóforo 0,8-1 cm compr.; filetes e anteras glabras; ovário globosoelíptico, glabro ou levemente pubescente; estiletes verdes, glabros; estigmas verdeamarronzados, capitados. Baga ca. 0,6-1 x 0,8-1 cm, globosa ou ovóide, glabra, verde. Sementes ca. 4,5 x 2,5 mm, ovadas, transversalmente sulcadas. Nome vulgar: Maracujazinho-da-serra, maracujá-mi ou maracujazinho. Encontrada na região oriental do Brasil, da Bahia ao Paraná, em áreas montanhosas, chegando até ca. 1.000 m.s.n.m. de altitude. Na Bahia encontra-se em áreas de caatinga, matas estacionais e campos rupestres no centro-leste e na Chapada Dimantina, em altitudes de ca. 800 m.s.n.m, (Mapa 4). Floresce de janeiro a abril, frutifica de fevereiro a maio. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Ibicoara, Fazenda Ribeirão da Serra, margem do Rio Sincorá, ca. 2 Km da sede, L.A.Passos et al. 310, 07.Ago.1999 (ALCB). (E8) Santa Teresinha, Serra da Jibóia, J.G.Carvalho-Sobrinho 40, 19.Out.2000 (HUEFS); J.G.Carvalho-Sobrinho 42, 19.Out.2000 (HUEFS). Material adicional: BRASIL, Espírito Santo: G.Hatschbach et al. 31348, 07.Fev.1973 (CEPEC, MBM); Conceição do Castelo, Alto Bananal, G.Hatschbach et al. 49912, 18.Out.1985 (CEPEC, MBM). Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Montanha dos Órgãos, Gardner 428, fev.1837 (HUEFS, Isótipo K!). Passiflora organensis é freqüentemente confundida com P. misera, da qual pode ser diferenciada pelo número de série de filamentos da corona (uma em P. organensis e duas em P. misera), e por apresentar filamentos violáceos com ápice dolabriforme. Também pode ser confundida com P. saxicola, diferenciando-se desta pelo tamanho do pecíolo (3,5-4 cm compr. em P. saxicola e 1,5-2 cm compr. em P. organensis), e do pedúnculo (3,5-4,5 cm compr. em 51 P. saxicola e 1-1,5 cm compr. em P. organensis). 4. Passiflora misera Kunth, Nov. Gen. & Sp. 2: 136. 1817. Tipo: Colômbia, entre Turbago e Cartagena, s.d., Humboldt & Bompland s.n., s.d. (holótipo: P; isótipo: B). (Figura 1F-G; Mapa 4). Trepadeira glabra ou esparsamente pubescente, tricomas lanosos; caule angulado, 5alado ou fortemente comprimido, com estrias longitudinais; gavinhas presentes. Estípulas 2-3 x 0,5 mm, caducas, inteiras, linear-setáceas, ápice agudo, margem lisa. Pecíolo 0,5-2 cm compr., glabro, sem glândulas; lâmina 1-3 x 6-10(-14) cm, membranácea, pubescente em ambas as faces, 2-3-lobada por atrofia do lobo central, 3-nervada, nervação reticulada, ápice da lâmina acuminado, base truncada, subpeltada, margem lisa, levemente revoluta; lobos laterais divergentes em ângulos de 45-90o da nervura mediana, agudos, raramente arredondados no ápice, oblongos, 2 manchas ocelares amareladas, localizadas na base da lâmina, próximo à inserção do pecíolo, 4 manchas ocelares na região mediana e no ápice da segunda nervura secundária e 2 no meio da terceira nervura secundária. Pedúnculo 1,5-6 cm compr., pubescente; brácteas 2-5 mm compr., caducas, inteiras, pubescentes, alternas ao longo do pedúnculo, lineares a setáceas, margem lisa. Flores 2-4 cm diâm., solitárias, raramente pareadas; hipanto 5-8 mm compr., campanulado, pubescente; sépalas 1-1,3 x 0,5 cm, carnosas, pubescentes, face externa verde, face interna branca, oblongo-lanceoladas, ápice agudo, aristadas e corniculadas subapicalmente, margem lisa; pétalas 0,8-1,5 x 0,5 cm, membranáceas, verde-claras, linear-oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em duas séries, os da série externa ca. 1 cm compr., filiformes, violáceos, os da série interna curtos, ca. 3 mm compr., branco-esverdeados, lineares, atenuados no ápice; opérculo membranoso, plicado, margem fimbriada; límen anular, membranáceo; anel nectarífero presente; androginóforo 1-1,5 cm compr.; filetes com manchas liláses; anteras verde-amareladas; ovário oblongo a elíptico, glabro; estiletes glabros; estigmas capitados, verdes. Baga ca. 1,5-2 x 1,5-2 52 cm, violáceo-escura, glabra, ovada a elípsóide. Sementes ca. 4 x 2 mm, ovadas, transversalmente sulcadas. Nome vulgar: Maracujá-bravo, maracujá-da-serra, maracujá-mirim, maracujazinho ou tripa-de-galinha. Distribuída desde o Panamá até o nordeste e leste da América do Sul e nordeste da Argentina, em baixas altitudes (Killip, 1938). Na Bahia é encontrada principalmente em regiões de campo rupestre e mata atlântica e, menos freqüentemente, em caatinga e matas estacionais. É comum próximo a rios e córregos (Mapa 4). Floresce e frutifica de outubro a julho. Material examinado: BRASIL, Bahia: Divisa Bahia-Minas Gerais, E.P.Heringer 10228, 18.Jan.1965 (UB). (E6) Andaraí, Mata, M.L.Guedes et al. 6966, 2.Nov.1999 (ALCB). (D4) Barra, Ibiraba (=Icatu), à beira do rio Icatu, mata ciliar, L.P.de Queiroz 4832, 24.Fev.1997 (HUEFS, MBM). (H9) Belmonte, área da Estação Experimental Gregório Bondar, mata, T.S.dos Santos 2942, 15.Abr.1975 (CEPEC); Estação Experimental Gregório Bondar – Área de Pinus, G.Lisbôa 1, 31.Mai.1978 (CEPEC, HUEFS); ca. 1,8 Km da sede, T.S.Nunes 797, 08.Jan.2002 (HUEFS). (F8) Cairú, Ilha do Tinharé, mata do sertão, M.L.Guedes et al. 4786, 28.Out.1996 (ALCB, HRB). (H9) Canavieiras, Ramal a direita depois da ponte, na estrada Una/Canavieiras, restinga arbórea, 32 m.s.n.m, T.S.Nunes et al. 750, 07.Jan.2002 (HUEFS). (J8) Caravelas, Área da Aracruz Celulose, M.L.Guedes et al. 3509, 22.Ago.1993 (ALCB). (G8) Ibirapitanga, Assentamento Oricó, floresta ombrófila densa, M.L.Guedes et al. 9207, 06.Set.2001 (ALCB). (G8) Ilhéus, Km 1 do ramal liga Rod. Ilhéus/Itabuna ao Japu, próximo ao Rio Cachoeira, Capoeira, T.S.dos Santos 3222, 02.Jun.1978 (CEPEC); Quadra D do CEPEC, mata higrófila, J. L.Hage 1091, 14.Jul.1981 (CEPEC); 20 Km ao S da Rod. Olivença/Una. Área de planície, próxima a margem do mangue, S.A.Mori 13727, 21.Mar.1981 (CEPEC, NY); Ilha Alagado, H.P.Velloso 971, 10.Jun.1944 (R). (G8) Itacaré, Itacaré near the mouth of the Rio de Contas, R.M.Harley 17540, 31.Mar.1974 (CEPEC, IPA, K); Beira mar, zona calcárea, R.P.Belém 2170, 11.Mai.1966 (CEPEC, UB); ao S cidade, beira mar, mata, T.S.dos Santos 707, 15.Abr.1970 (CEPEC); 6 Km da estrada Itacaré/Taboquinhas, loteamento da Marambaia, mata higrófila, A.M.Amorim 933, 14.Dez.1992 (CEPEC). (G8) Itajuípe, 18 Km ao S da cidade, Faz. Sto. Antonio, plantação de cacau, T.S.dos Santos 566, 04.Fev.1970 (CEPEC). (H8) Itapebi, 8 Km de Itapebi para Belmonte, T.S.Nunes et al. 773, 08.Jan.2002 (HUEFS). (G8) Maraú, 11 Km ao N Maraú, Rodovia para Campinho, restinga, R.M.Harley et al. 22201, 17.Mai.1980 (CEPEC, K). (F8) Nilo Peçanha, ca. 8 Km na estrada para Ituberá, 15 m, mata, R.P.de Oliveira et al. 534, 5.Mai.2000 (HUEFS). (E6) Palmeiras, Pai Inácio, indo para o Cercado, 720 m, M.L.Guedes et al. in PCD 2127, 01.Jul.1995 (ALCB, HUEFS). (E4) Paratinga, Areais de margem do rio, G.C.P.Pinto s.n., Abr.1971 (ALCB 2881). (I8) Porto Seguro, área da Estação Ecológica do PauBrasil, mata higrófila, A.M.de Carvalho 1246, 20.Abr.1982 (CEPEC). (J8) Prado, 61 Km ao N Alcobaça, BA001, mata higrófila, S.A.Mori 9736, 19.Mar.1978 (CEPEC); Km 21 da Rodovia Itamaraju-Prado, Floresta de Tabuleiro, J.R.Pirani et al. 2998, 17.Fev.1994 (SPF); Km 15-25 na rodovia para Itamaraju, G.& M. Hatschbach 53 et al. 62993, 12.Ago.1995 (MBM); G.& M. Hatschbach et al. 62999, 12.Ago.1995 (MBM). (D4) Queimadas, As pedras, local no outro lado do rio São Francisco, na frente de Queimadas. No mesmo lado que Xique-Xique, porém a 2 horas em canoa em direção sul. A.Freire-Fierro et al. 1931, 13.Out.1990 (SPF, HUEFS). (I8) Santa Cruz Cabrália, 16 Km a W de Porto Seguro, área da Estação Ecológica do Pau-Brasil, mata higrófila, S.A.Mori 9792, 21.Mar.1978 (CEPEC); área da Estação Ecológica do Pau-Brasil, mata higrófila, F.S.Santos 282, 22.Fev.1984 (CEPEC); 2 Km da entrada para a RPPN, Estação Vera Cruz, T.S.Nunes et al. 815, 09.Jan.2002 (HUEFS); em Arraial D´Ajuda, descida para uma nascente na saída da cidade, T.S.Nunes et al. 832, 09.Jan.2002 (HUEFS). (E8) Santa Terezinha, Serra da Jibóia, 832 m, T.S.Nunes et al. 221, 21.Nov.2000 (HUEFS). (H8) Una, mata litorânea, R.P.Belém et al. 1082, 21.Mai.1965 (CEPEC, UB); Rod. Una/Rio Branco, plantação de cacau, R.S.Pinheiro 1373, 16.Jun.1971 (CEPEC). (D5) Vera Cruz, Barra Grande, M.L.Guedes et al. 3703, 02.Abr.1995 (ALCB). Material adicional: BRASIL, Ceará: Serra do Ibiapaba, Área de cerrado, entre Ubajara e Guaraciaba do Norte, D.A.Lima 68-5209, 29.Jan.1968 (IPA). Mato Grosso: Cuiabá, Caminho para Fazenda Roselândia, ca. 5 Km a SE de Cuiabá, A.M.de Carvalho et al. 2171, 1.Fev.1986 (CEPEC). Paraná: Ponta Grossa, Rio Guabiroba, J.Cordeiro et al. 1185, 14.Jun.1994 (HUEFS, MBM). União da Vitória, Rio Iguaçu, R.Kummrow et al. 2674, 14.Nov.1985 (HUEFS, MBM). Pernambuco: Goiana, Engenho Calungi, sobre pequeno arbusto, D.A.Lima 55-2046, 08.Mai.1955 (IPA). Petrolina, Margem do Rio São Francisco, Fotius 3757, 06.Fev.1984 (IPA). São Lourenço da Mata, Mata do Toró, D.A.Lima s.n., 30.Set.1980 (IPA 30608). Taquaratinga do Norte, D.A.Lima 80-8856, 27.Jun.1980 (IPA). Tapera, (J.Bento), D.B.Pickel 2544, 16.Fev.1931 (IPA). Sergipe: Mata do Crasto, M.Landim 991, 19.Ago.1996 (HST, HUEFS). Passiflora misera pode ser confundida com P. organensis, diferenciando-se desta pelo número de série dos filamentos da corona (uma em P. organensis e duas em P. misera), e por apresentar caule fortemente achatado, 5-alado. 5. Passiflora pohlii Mast. in Mart., Fl. Bras. 13 pt 1: 586. 1872. Tipo: Brasil, Góias: Cavalcante, Pohl 2186 (W). (Figura 1 H-I; Mapa 5). Trepadeira, indumento finamente lanoso ou viloso, com tricomas esparsos nas folhas; caule cilíndrico-angulado; gavinhas presentes. Estípulas 2-3 x 1 mm, caducas, inteiras, lineares, margem lisa. Pecíolo 1-2,5 cm compr., lanoso, sem glândulas; lâmina 4,5–5 x 5,5-6,5 cm, cartácea, 3-lobada, 3-nervada, nervura lateral divergindo 60-65o da nervura mediana, 54 obovada, face adaxial glabra e face abaxial vilosa, ápice mucronulado, base cuneada, margem lisa, 2 manchas ocelares escuras na base da folha, 4-6 manchas espalhadas do meio para o ápice da lâmina foliar. Pedúnculo 1-2 cm compr.; brácteas 2-7 mm, persistentes, verticiladas no pedúnculo, inteiras, lineares, ápice agudo, margem lisa. Flores 2-2,5 cm diâm., solitárias ou pareadas; sépalas 10-15 x 4-5 mm, densamente pubescentes na face externa, carnosas, obtusas, linear-lanceoladas; pétalas 7-10 x 3-5 mm, membranáceas, brancas, lineares; filamentos da corona em duas séries, 2-3 mm compr., os da série externa ligular-filiforme, os da série interna filiforme; opérculo plicado, denticulado; límen ca. 1 mm compr., lobulado; anel nectarífero presente; ovário subgloboso, glabro. Baga ca. 1,2 cm de diâm., roxa, globosa. Sementes ca. 4 x 5 cm, ovado-oblongas, transversalmente 6-9-sulcadas. Esta espécie encontra-se da Bolívia ao Brasil, ocorrendo principalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. É, pela primeira vez, citada para a Bahia, onde foi encontrada em região de mata estacional e mata atlântica, nos municípios de Jacobina e Maraú (Mapa 5). Material examinado: BRASIL, Bahia: (D7) Jacobina, F.C.Hoehne 370, Set.1908 (R). (G8) Maraú, Rod. Br 030, trecho Maraú/Ubaitaba, Km 22. Mata perturbada, L.A.Mattos Silva et al. 483, 14.Jun.1979 (CEPEC, HUEFS). Material adicional: BRASIL, Mato Grosso: Xavantina, Margens do rio das Mortes até o rio Areões, cerrado em cultura, A.M.Lima 493-68, 13.Out.1968 (IPA). Minas Gerais: Várzea da Palma, Rodovia PiraporaCornuta, 10 Km O de Várzea da Palma, cerrado, A.C.Cervi et al. 6900, 25.Out.1999 (MBM). Passiflora pohlii é facilmente reconhecida pelas suas folhas obovadas, 3-lobadas, com 2 manchas ocelares muito escuras na base da lâmina e 4-6 manchas espalhadas do meio para o ápice da lâmina. 55 56 D B A C E 57 Figura 11. Passiflora suberosa: A.ramo, B. flor. P. organensis: C. ramo, D. flor, E. base da folha mostrando as manchas ocelares. P. misera: F. ramo, G. flor (corte longitudinal). P. pohlii: H. ramo, I. base da folha mostrando as manchas ocelares. (A: E.Melo 2781; B: G.Hatschbach 60652; C-E: J.G.Carvalho-Sobrinho 40; F-G: R.P.Oliveira 534; H-I: L.A.Mattos-Silva 483). 58 6. Passiflora capsularis L., Sp. Pl. 2: 957. 1753. Tipo: “Gallia aequinoctiali” (LINN) (Figura 2 A-C; Mapa 5). Trepadeira pubescente; caule circular 3-5-angulado, liso; gavinhas presentes. Estípulas 5 x 1 mm, persistentes, inteiras, linear-setáceas, margem lisa. Pecíolo 1-3 cm compr., sem glândulas; lâmina 3-4 x 3,8-5 cm, membranácea, 2-3-lobada; 3-nervada, face adaxial esparsamente estrigulosa, face abaxial estrigosa, oboval, ápice mucronado, base simétrica, cordada, margem lisa, lobo central reduzido; lobos laterais 5,5-11 x 1,5-3,5 cm, formando um ângulo de 55o; manchas ocelares ausentes. Pedúnculo 1-2 cm compr., pubescente; brácteas 5-10 x 3-6 mm, caducas, verticiladas no ápice do pedúnculo, pubescentes, linear-setáceas, corniculadas, nervação reticulada. Flores 3-4 cm diâm., solitárias; hipanto 1,2-2 cm compr., tubular, verde; sépalas 1,5-2 x 0,5 cm, carnosas, brancoesverdeadas na face externa, verde-amareladas na interna, pubescentes na face externa, oblongas, aristadas, corniculadas, corno ca. 5 mm compr., margem lisa; pétalas 1,9-2,5 x 0,5-1 cm, membranáceas, branco-esverdeadas, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em duas séries, 0,5-1 cm compr., filiformes, brancos; opérculo membranoso, plicado, ápice denticulado; anel nectarífero presente; límen disciforme, fechando a passagem do hipanto na altura do opérculo; androginóforo 3-7 cm compr., verde; filetes e anteras verdes; ovário elipsóide, pubescente, verde, triangular em seção transversal; estiletes glabros, vermelhos; estigmas verde-amarelados a marrom-claros; anteras amarelas. Cápsula ca. 5 x 2,5 cm, elipsóide, deiscência longitudinal, verde quando imatura, verde-clara quando madura, 6costada. Sementes ca. 8 mm compr., alongadas, reticuladas. Encontrada nas Antilhas, Guatemala até Costa Rica, Colômbia, Brasil e Paraguai, em altas altitudes. No Brasil ocorre da Bahia até o Paraná. Na Bahia, foi encontrada em área de mata estacional e mata atlântica, na região sul do Estado (Mapa 5), em altitude entre 50 a 1700 m.s.n.m. Material examinado: BRASIL, Bahia: (G8) Ilhéus, Área da CEPLAC, Plantação de Cacau, R.P.Belém et al. 1114, 24.Mai.1965 (CEPEC, UB); Área do CEPEC, Km 22 da Rodovia Ilhéus/Itabuna (Br 415), região de mata higrófila sul baiana, 50 m.s.n.m., J.L.Hage et al. 645, 05.Mai.1981 (CEPEC, HRB, HUEFS); 59 J.L.Hage 2142, 27.Ago.1986 (CEPEC); Área do CEPEC, Quadra I do CEPEC. Mata higrófila. J.L.Paixão 25, 29.Out.97 (CEPEC). (H8) Itapebi, 17,3 Km de Itapebi para Belmonte, 1.732 m.s.n.m., 60 B A C D Figura 12. Subgênero Tacsonioides: P. luetzelburgii A. Flor; B. Fruto; C. Folha; D. Botão com brácteas; E. Estípula e glândula peciolar. E 61 T.S.Nunes et al. 784, 08.Jan.2002 (HUEFS). (H7) Ribeirão do Lago, ca. 12 Km na estrada de Ribeirão do Largo para Nova Brasília, vegetação perturbada de baixada, 756 m.s.n.m, A.M.de Carvalho et al. 6921, 15.Ago.2001 (CEPEC). (H8) Santa Luzia, Assentamento Terra de Santa Cruz (MST), ca. 7 Km da BR 101 na rod. Para Canavieiras, cultivo de cacau abandonado, J.G.Jardim et al. 3984, 01.Fev.2002 (CEPEC, HUEFS). Material adicional: BRASIL, Ceará: Encosta da Serra de Maranguape, D.A.Lima 55-2303, 22.Nov.1955 (IPA); Encosta alta da serra de Pacatuba, sítio Pitaguari, meia sombra da mata, D.A.Lima 68-5271, 16.Fev.1968 (IPA). Mato Grosso: Cáceres, Rio Jacobina, mata, G.Hatschbach et al. 62341, s.d. (MBM). Pouso Alegre, Rodovia Fernão Dias, G.Hatschbach et al. 31190, 4.Fev.1973 (MBM). São Tomé, Rodovia três Corações-São Tomé das Letras, capoeira, G.Hatschbach et al. 36528, 28.Nov.1975 (MBM). Minas Gerais: Poços de Caldas, recanto Japonês, M.B.C.Gallo 17, 12.Mai.1984 (ALCB). Paraná: Morretes, Véu da Noiva, mata, J.M.Silva et al. 51, 15.Jan.1986 (HUEFS, MBM). Cerro Azul, Mato Preto, G.Hatschbach 47634, 06.Dez.1983 (HRB, MBM). Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Gardner 49, Set.1836 (holótipo de P. piligera: K!; foto do holótipo: HUEFS). São Paulo: São Paulo, (Chácara dos Morrinhos), mata, D.B.Pickel 5684, 26.Fev.1942 (IPA). URUGUAI: E. Hassler 7913, 1901 (isótipo de P. hassleriana Chod. var. grandifolia: K; foto do isótipo: HUEFS); E.Hassler 1202, 1885 (HUEFS, K). Passiflora capsularis é facilmente reconhecida pelo seu fruto do tipo cápsula, com deiscência longitudinal. Em estado vegetativo pode ser reconhecida pelas folhas 3-lobadas com lobo central atrofiado, e ângulo das nervuras para formar os lobos laterais, não sendo confundida com nenhuma outra espécie encontrada para o Estado da Bahia. I.2. Passiflora subgênero Tacsonioides (DC.) Killip, Publ. Field. Mus. Bot. ser. 19(1): 29. 1938. Trepadeiras herbáceas; brácteas verticiladas, livres; hipanto estreitamente cilíndrico, filamentos da corona em duas a cinco séries; opérculo ereto; ovário geralmente afilando para o ápice; estiletes distintos. 7. Passiflora luetzelburgii Harms, Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 19: 32. 1923. Tipo: Brasil, Piauí, Luetzelburg 1681, s.d. (holótipo: M). (Figura 2 D-F; Mapa 5). Trepadeira lenhosa; indumento lanoso ou viloso com tricomas densos, brancos; caule circular, liso, lenhoso; gavinhas presentes. Estípulas 3-4 mm compr., caducas, inteiras, 62 lineares, margem lisa. Pecíolo 3-8 mm compr., glândulas 2, sésseis, situadas na região mediano-basal do pecíolo; lâmina 3-5,5 x 1,5-4 cm, coriácea a cartácea, 3-lobada (lobos laterais reduzidos) ou inteira, algumas vezes no mesmo indivíduo, oblonga ou oval, ápice truncado ou emarginado, base cordada, margem lisa, revoluta, nervação peninérvia, reticulada, face adaxial vilosa e abaxial tomentosa; manchas ocelares ausentes. Pedúnculo 1-2 cm compr., piloso; brácteas 5-10 x 3-6 mm, caducas, foliáceas, verticiladas no ápice do pedúnculo, com tricomas hirsutos castanho-claro, nervação reticulada, oblonga-lanceoladas, ápice agudo, corniculado, margem fortemente serreada ou laciniada. Flores 3-4 cm diâm., solitárias; hipanto 1,5-2 cm compr., tubular-cilíndrico, ligeiramente dilatado na base, glabro, vináceo com base verde; sépalas 1,5-2 x 0,5 cm, carnosas, vermelhas, glabras, oblongolanceoladas, aristadas, ápice arredondado, corniculados, corno ca. 5 mm compr.; pétalas 1,92,5 x 0,5-1 cm, membranáceas, oblongas, vermelho-coccíneas, ápice agudo; filamentos da corona em duas séries, brancos, filiformes, os da série externa ca. 8 mm compr., os da série interna ca. 2 mm compr.; opérculo membranoso, ereto; límen anular; anel nectarífero presente; androginóforo 3-4 cm compr., verde; filetes glabros, vermelhos; anteras amarelas; ovário elíptico, estipitado, triangular em seção transversal, glabro, verde; estiletes glabros, vermelhos; estigmas verde-amarelados. Baga ca. 4,5 x 3,5 cm, ovóide, verde-escura, estriada, 6-costada. Sementes ca. 8 x 3 mm, alongadas, reticuladas. Nome vulgar: Maracujá-de-boi, maracujá-poca ou maracujá-de-raposa. Espécie endêmica do nordeste do Brasil e, até então, conhecida apenas para os estados do Piauí e da Bahia (Killip, 1938). Na Bahia ocorre nas regiões central e nordeste, em caatinga (Mapa 5), em altitude entre 560 a 1.000 m.s.n.m. Floresce e frutifica de novembro a junho. Material examinado: BRASIL, Bahia: (E6) Andaraí, M.L.Guedes et al. 1373, s.d. (ALCB); A.L.Costa s.n., s.d. (ALCB). (D9) Araci, 10 Km na estrada para Tucano, caatinga arbórea, A.M.Giulietti et al. 1710, 20.Fev.2000 (HUEFS); caatinga, J.A.Ratter et al. 2710, 02.Nov.1972 (UB). (B8) Canudos, Toca Velha, Estação Biológica de Canudos (sede de Biodiversitas), caatinga arbustiva, L.P.de Queiroz et al. 7031, 29.Out.2001 (HUEFS). (C9) Cícero Dantas, Povoado de Trindade, Fazenda Baixa do Jatobá, J.A.Carvalho, s.n., 20.Jan.1989 (HUEFS 8932). (D9) Cipó, 3 Km antes da cidade, A.L.Costa s.n., s.d. (ALCB 2869). (B9) Glória, brejo do Burgo, F.P.Bandeira 107, 01.Fev.1992 (ALCB); estrada para Brejo do Burgo, G.M.Barroso s.n., 24.Out.1982 (ALCB 20397). (D7) Jacobina, Serra de Jacobina, A.P.Duarte 14105, 09.Fev.1973 (HRB, K, RB); BR 324 ca. 28 Km de Jacobina, 785 m.s.n.m., F.França et al. 3144, 25.Jun.1999 (HUEFS); a 30 Km desta, na direção de Morro do Chapéu, beira de estrada, R.P.Lyra-Lemos et al. 1819, 14.Abr.1991 (MAC, SPF, UEC); em 63 vegetação de carrasco, L.P.Felix 7539, 07.Jan.1996 (IPA). (C9) Jeremoabo, ca. 10 km N de Jeremoabo na BR 110, L.P.de Queiroz et al. 3723, 18.Dez.1993 (HUEFS, MBM); Raso da Catarina (Jeremoabo/Paulo Afonso), caatinga, H. P. Bautista 449, 15.Mai.1981 (CEPEC, HRB, RB). (E6) Lençóis, G.C.P.Pinto s.n., s.d. (ALCB). (C7) Mirangaba, Carrasco, W.N.da Fonseca 414, 23.Abr.1981 (HRB, RB). (D6) Morro do Chapéu, BA 426, 33 Km SW de Várzea Nova, 800 m.s.n.m., L.P.de Queiroz et al. 1231, 18.Nov.1986 (HUEFS); 33 Km SW of Várzea Nova, 900 m.s.n.m., G.L.Webster et al. 25748, 18.Nov.1986 (K, UB); BA entre Morro do Chapéu e Irecê, G.C.P.Pinto s.n., 25.Out.1970 (ALCB 2868, IPA); 22 km de Morro do Chapéu, a NO da estrada para Irecê, 915 m.s.n.m., E.Melo et al. 3159, 17.Nov.1999 (HUEFS); Rod. Morro do Chapéu-Irecê (BA 052), Km 21, caatinga, 1.000 m.s.n.m., L.Coradin et al. 6239, 29.Jun.1983 (CEN). (D5) Ouriçangas, Campo de Irai, M.C.Ferreira 317, 29.Jul.1990 (HRB). (B9) Paulo Afonso, Raso da Catarina, caatinga, M.C.Ferreira 522, 12.Abr.1993 (HRB); Estação Ecológica do Raso da Catarina, M.L.Guedes et al. 426, 24.Jun.1982 (ALCB); M.L.Guedes et al. 7223, 20.Nov.1999 (ALCB, CEPEC, UESC); Estação Ecológica do Raso da Catarina, L.P.de Queiroz 358, 25.Jun.1982 (ALCB, HUEFS); Raso da Catarina, D.A.Lima 79-8780, 02.Nov.1979 (IPA). (C9) Raso da Catarina (Jeremoabo), Estação Ecológica Raso da Catarina, caatinga, L.A.P.Gonzaga s.n., 24.Jan.1979 (RB 289713); M.L.Guedes 241, 18.Jun.1981 (ALCB, RB). (C9) Ribeira do Pombal, 1 Km ao Oeste do Povoado de Tapera, caatinga, L.R.Noblick 2968, 01.Mar.1984 (CEPEC, HRB, HUEFS). (B9) Santa Brígida, caatinga arbórea-aberta, L.M.C.Gonçalves 253, 26.Out.1981 (HRB, MBM, RB); L.P.de Queiroz 459, 08.Dez.1982 (ALCB); ca. 10 km W do entroncamento de Santa Brígida com a BR-110, na região do Raso da Catarina, caatinga arbustiva densa, L.P.de Queiroz et al. 3735, 19.Dez.1993 (HUEFS, MBM). (D5) Santo Inácio, Saída para Poços, 560 m.s.n.m., caatinga, K.R.B.Leite et al. 24, 6.Set.1999 (HUEFS, UESC). (D5) Xique-Xique, estrada para Angico, 20,9 Km de Xique-Xique, estrada para a torre de televisão, próximo a torre, campo rupestre, 599 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 950, 15.Mai.2002 (HUEFS). Material adicional: BRASIL, Pernambuco: Buíque, 5 Km na estrada de barro para Catimbau, terreno arenoso, A.M.Miranda et al. 1756, 18.Jun.1994 (HST, HUEFS). Ibimirim, estrada Ibimirim/Pelândia, caatinga, A.M.Miranda 1218, 19.Jan.1994 (ALCB, CEPEC, HRB, HST, HUEFS). Joazeiro de Cândidos, margem da estrada Ibimirim, D.A.Lima 50-674, 11.Out.1950 (IPA). Petrolina, 6 Km ao N da cidade de Petrolina, solo arenoso, Fotius 3459, 09.Mai.1985 (IPA); arredores de Petrolina, solo arenoso, D.A.Lima 81, 1971 (IPA). Serra Negra, caatinga entre Moderno, D.A.Lima 50-716, 11.Nov.1950 (IPA). Tacaratu, Estrada Ibimirim-Peba, próximo a Reserva Indígena Kambiwa, F.Gallindo et al. 18, 05.Out.1983 (IPA). Passiflora luetzelburgii pode ser confundida com P. setacea pelo formato das folhas, diferenciando-se desta pela cor da flor, vermelha em P. luetzelburgii e branca em P. setacea. I.3. Passiflora L. subgênero Passiflora 64 Trepadeiras herbáceas, raramente lenhosas; brácteas inteiras ou serruladas, geralmente largas e verticladas; flores geralmente grandes e fortemente coloridas; hipanto campanulado, raramente curto-tubular, mais curto que as sépalas; filamentos da corona com duas a várias séries, às vezes variegados; opérculo encurvado, ereto na margem, raramente totalmente ereto; 65 A B C D E F Figura 13. Subgênero Passiflora: P. alata A. Caule alado e estípula; B. Hábito; C. Glândula peciolar; D. Brácteas; E. Flor, F. Botão envolvido por brácteas. 66 ovário estreitando para o ápice ou truncado, os estiletes, ou os estiletes nascendo do centro ou dos ângulos do ápice do ovário, livres ou unidos na base. 8. Passiflora alata Curtis, Bot. Mag. 2: pl. 66. 1788. Lectótipo (designado por Nunes et al., 2001): Curtis, Bot. Mag. 2, pl. 66. 1788. (Figura 2 G-I; Mapa 5). Trepadeira, totalmente glabra; caule quadrangular, alado, fistuloso; gavinhas presentes. Estípulas 0,8-2 x 0,5 cm, persistentes, inteiras, linear-lanceoladas a ovallanceoladas, ápice agudo, margem lisa. Pecíolo 2-4 cm compr., glabro; glândulas duas a quatro, pedunculadas, globosas, alaranjadas, situadas da região mediana ao ápice do pecíolo; lâmina (8-)10-14 x 6-8(-10) cm, membranácea, inteira, oval a oval-oblonga, ápice emarginado a agudo, base cordada, margem lisa, peninérvia, 5-8 pares de nervuras secundárias. Pedúnculo 2-5 cm compr.; brácteas 1,5-2 x 1-1,5 cm, persistentes, verdes, verticiladas próximo à base da flor, oval-lanceoladas, ápice agudo, margem com glândulas levemente serrulada ou crenulada. Flores 10-12 cm diâm., pêndulas, solitárias, vistosas; hipanto 1-2 cm compr., campanulado, verde; sépalas 3-4 x 1,5-2 cm, carnosas, verdes na face externa, magenta na face interna, oblongas, corniculadas no ápice, corno ca. 3 mm compr., branco; pétalas 4-4,5 x 1-2 cm, magento-vináceas, oblongas, ápice obtuso; filamentos da corona em duas séries, série externa formando um tubo, filamentos ca. 3 cm compr., subulados, variegados com tons de vermelho, branco e púrpura, filamentos da série interna tuberculados; opérculo creme-rosado, fechando o hipanto, membranoso, denticulado na margem; límen anular, projetando-se até a altura do opérculo, concrescido ao androginóforo, carnoso, cupuliforme com margem engrossada; anel nectarífero presente; androginóforo 3,5-4 cm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário oblongo a obovado; estiletes verdes; estigmas verde-escuros. Baga ca. 8-10 x 4-6 cm, obovóide-piriforme, amarela quando madura, glabra. Sementes ca. 7 x 6 mm, cordiformes, alveoladas. Nome vulgar: Maracujá, maracujá-açú e maracujá-doce. Passiflora alata é distribuída do nordeste do Peru ao leste do Brasil. No Brasil é encontrada naturalmente desde a Bahia até o Rio Grande do Sul (Killip, 1938). Na Bahia foi 67 encontrada em mata atlântica, mata estacional e restinga, (Mapa 5), ocorrendo em altitudes de 50 a 1.000 m.s.n.m. Floresce de março a dezembro e frutifica de setembro a dezembro. Provavelmente é uma espécie sub-espontânea (Cervi, 1997). É cultivada pela beleza de suas ramagens e flores e os frutos são comestíveis. Material examinado: BRASIL, Bahia: A. Castellanos 26561, s.d. (CEPEC, UB). (J8) Alcobaça, 13 a 15Km da Rod. Teixeira de Freitas/Caravelas, capoeira, R.S.Pinheiro 1769, 25.Jan.1972 (CEPEC); between Alcobaça e Prado, on the coast road, 12 Km N of Alcobaça, mixed restinga, R.M.Harley et al. 17976, 16.Jan.1977 (CEPEC, K); R.M.Harley et al. 17979, 16.Jan.1977 (K, RB); 5 Km ao S da cidade, BA-001, restinga, solo arenoso. S.A.Mori 9610, 17.Mar.1978 (CEPEC); 5 Km ao NW do trecho Alcobaça/Prado, BA-001, restinga, S.A.Mori 10584, 17.Set.1978 (CEPEC); Km 6 a 10 da Rodovia Alcobaça/Prado (BA 001), restinga arbórea, solo arenoso, L.A.Mattos Silva et al. 2103, 03.Set.1986 (CEPEC). (G8) Buerarema, Km 19 da Rod. entre Buerarema/São José, mata aberta, C.M.Magalhães 54, 10.Jul.1964 (CEPEC). (F8) Cairú, Rodovia Nilo Peçanha/Cairú, Km 4, mata higrófila, A.M.de Carvalho et al. 393, 09.Dez.1980 (CEPEC). (H8) Camacan, Rod. para Itabuna. Plantação de Cacau, R.P.Belém 1427, 29.Jul.1965 (CEPEC, UB). (D5) Camaçari, Área controle da Caraíba Metais, L.R.Noblick et al. 2252, 01.Dez.1982 (HRB, HUEFS); Reserva Ecológica de Cotegipe, remanescente de mata atlântica, M.L.Guedes et al. 3804, 07.Fev.1996 (ALCB, MBM). (H9) Canavieiras, Ramal a direita depois da ponte, na estrada Una/Canavieiras, restinga arbórea, 32 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 749, 07.Jan.2002 (HUEFS). (J8) Caravelas, sul da Bahia, A.P.Duarte 8007, 05.Nov.1963 (RB). (D10) Conde, Fazenda do Bu, mata do Fundão I, J.Costa et al. 2, 12.Dez.1995 (HRB, HUEFS); Fazenda do Bu, margem do Rio Bu, M.C.Ferreira et al. 1243, 07.Dez.1995 (HRB, HUEFS). (I8) Eunapólis, M.L.Guedes s.n., 21.Set.1995 (ALCB 27517). (I8) Guaratinga, Rod. para Cajuita, BR-101, remanescente de mata a beira da estrada, A.Gentry 49935, 08.Fev.1985 (CEPEC, MO). (G8) Ilhéus, estrada para o repartimento, H.P.Velloso 986, 20.Jun.1944 (R). (H8) Itapebi, Km 29 da estrada Barrolândia à Itapebi, H.S.Brito & S.G.da Vinha 91, 13.Ago.1981 (CEPEC); 3,8 Km de Itapebi para Belmonte, T.S.Nunes et al. 768, 08.Jan.2002 (HUEFS). (K8) Mucuri, Vale do Rio Mucuri, ao lado BR-101. Plantação de cacau, R.P.Belém 3863, 13.Jul.1968 (CEPEC); Estrada para Mucuri, vegetação secundária da mata ombrófila densa, solo arenoso, 70 m.s.n.m., M.M.Santos et al. 118, 26.Jul.1984 (CEPEC, HRB, MBM); Margem da estrada, C.Fernando 1056, 16.Set.1988 (HUEFS, RFA); M.L.Guedes, s.n., 26.Jan.1992 (ALCB 28068). (J8) Nova Viçosa, M.L.Guedes s.n., 22.Ago.1993 (ALCB 27924); Área da Aracruz, M.L.Guedes et al. 2982, 22.Ago.1993 (ALCB). (F6) Piatã, Atrás da Igreja, W.Ganev s.n., 20.Dez.1992 (HUEFS 13730). (I8) Porto Seguro, A.P.Duarte 5952, 21.Ago.1961 (RB); Reserva Biológica de Pau BRASIL, km 16, rodovia Porto Seguro/Eunapólis, mata, J.Almeida 2354, 16.Abr.1973 (RB); 16,5 Km a W cidade, BR367, mata higrófila, A.Euponino 518, 13.Mai.1980 (CEPEC); estação de Arraial d'Ajuda para Trancoso, restinga arbórea e campos, A.M.de Carvalho et al. 1281, 20.Abr.1982 (CEPEC, HRB); Residência da Brasil/Holanda de Indústria S/A., entrada no Km 22 da Rodovia Eunapólis/Porto Seguro, ca. 9,5 Km da entrada, mata secundária (capoeira), J.G.Jardim et al. 411, 07.Abr.1994 (CEPEC); Trancoso, Mata ombrófila densa, solo areno-argiloso, M.L.Guedes 5325, 02.Dez.1997 (ALCB). (J8) Prado, mata ombrófila em estádio de regeneração, areno-argiloso, 68 M.Fonseca et al. 1115, 30.Nov.1997 (ALCB, MBM). (F6) Rio de Contas, caminho para Jiló, estrada Rio de Contas, T.S.N.Sena et al. 38, 28.Mar.1998 (CEPEC, HUEFS, SPF). (I8) Santa Cruz Cabrália, Ramal com entrada no Km 25.6 da BR367 (Eunapólis/P. Seguro), próximo à torre EMBRATEL, mata, S.A.Mori 9741, 19.Mar.1978 (CEPEC); 2-4 Km a W da estrada velha para Cabrália, campo, S.A.Mori 10369, 28.Jul.1978 (CEPEC); Km 4 da estrada que liga Santa Cruz Cabrália à Estação Ecológica do Pau Brasil (antiga rodovia Santa Cruz/Porto Seguro), L.A.Mattos Silva et al. 926, 19.Jun.1980 (CEPEC); Estação Ecológica Pau BRASIL, 14 Km NW de Porto Seguro, 80-100m.s.n.m., G.L.Webster 25065, 26.Jul.1984 (CEPEC, NY); Estação Veracruz, L.M.Pacheco 100, 15.Nov.2001 (ALCB); M.L.Guedes et al. 3488, 25.Ago.1994 (ALCB); Em Arraial D´Ajuda, descida para uma nascente na saída da cidade, T.S.Nunes et al. 831, 09.Jan.2002 (HUEFS). (E8) Santa Terezinha, Serra da Pioneira, campo rupestre, 800 m.s.n.m., L.P.de Queiroz et al. 1093, 14.Nov.1986 (HUEFS). (D5) São Sebastião do Passé, Litoral Norte, Fazenda Panema, área de reserva a ser recuperada, G.Carvalho et al. 7, 25.Mar.2001 (ALCB). (J8) Teixeira de Freitas, 9 Km na estrada Teixeira de Freitas/Itamaraju, BR-101, mata higrófila, A.M.de Carvalho et al. 2524, 06.Set.1989 (CEPEC, MBM). (H8) Una, 5 Km da estrada Una a Olivença, T.S.dos Santos 506, 14.Nov.1969 (CEPEC, HUEFS); Estrada Ilhéus/Una, beira da mata, M.Sobral 5782, Jan.1988 (CEPEC, ICN); Estação Experimental Lemos Maia, CEPLAC, mata higrófila, R.Voeks 362, 21.Ago.1991 (CEPEC); Entrada KM 46 BA-001 Ilhéus/Una, próximo à entrada da REBIO, restinga arbórea, A.M.Amorim 1649, 10.Mai.1994 (CEPEC); parque ecoturístico de Una, próximo à REBIO (Reserva Biológica de Una), mata higrófila sul baiana, 60 m.s.n.m., A.S.Miranda et al. 02, 21.Jan.1999 (UESC); Próximo a Reserva Biológica de Una, beira de estrada, T.S.Nunes et al. 746, 07.Jan.2002 (HUEFS). Material adicional: BRASIL, Espírito Santo: Ponta do Mansaraz, G.Hatschbach et al. 46757, 06.Ago.1983 (CEPEC, MBM). Morro Danta, Rod. BR-5, 5 Km S de Morro Danta, beira de estrada, R.P.Belém 1467, 09.Ago.1965 (CEPEC). São Paulo: São Paulo, (Chácara dos Morrinhos), cultivada na horta, D.B.Pickel 5424, 23.Ago.1940 (IPA). Passiflora alata é facilmente reconhecida por seu caule quadrangular e alado, pelas glândulas pedunculadas e alaranjadas no pecíolo, pelo tamanho das flores (10-12 cm de diâm.) e coloração magenta das pétalas. Em estado vegetativo pode ser confundida com P. odontophylla, da qual é diferenciada pelo tamanho da folha (10-14 x 6-8 cm em P. alata e 6-8 x 3-4 cm em P. odontophylla), além da margem (lisa em P. alata e serreada em P. odontophylla) e base (cordada em P. alata e arredondada em P. odontophylla) das folhas. 69 P. alata P. capsularis P. luetzelburgii P. pohlii Mapa 5. Distribuição de P. alata, P. capsularis, P. luetzelburgii e P. pohlii no Estado da Bahia. 70 71 E A B F C D I H G K J Figura 14. Passiflora capsularis: A. ramo, B. flor (corte longitudinal), C. fruto. P. luetzelburgii: D. ramo, E. flor (corte longitudinal), F. bráctea. P. alata: G. ramo, H. estípula, I. flor (corte longitudinal). P. odontophylla: J. ramo, K. flor (corte longitudinal). (A-C: J.M.Silva 51; D-F: A.M.Giulietti 1710; G-I: L.P.de Queiroz 3723; J-K: T.S.N.Sena 38; J-K: R.P.Belém 2627). 72 73 9. Passiflora odontophylla Harms ex Glaziou, Bull. Soc. Bot. France 56, Mem. 3d: 315. 1909. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro: Alto Macaé de Nova Friburgo, Glaziou 20333, s.d. (holótipo: B; isótipo: K!; foto do isótipo: HUEFS!). (Figura 2 J-K; Mapa 6). Trepadeira, glabra; caule subangulado, estriado; gavinhas presentes. Estípulas ca. 1 mm compr., caducas, glabras, inteiras, lineares, margem lisa. Pecíolo 1,5-2,5 cm compr.; glândulas 2, sésseis, situadas do meio para a base do pecíolo; lâmina 6-8 x 3-4 cm, membranácea, inteira, oblonga, margem serreada, ápice acuminado, base arredondada, peninérvia, com 5 pares de nervuras secundárias. Pedúnculo 4-6 cm compr.; brácteas 2,5-3 x 1,5-2 cm, persistentes, inteiras, foliáceas, oval-oblongas, verticiladas no ápice do pedúnculo, 3-5-nervadas, margem lisa, com duas glândulas. Flores 4-6 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 5 mm compr., curto-campanulado; sépalas 2-2,5 x 1-1,5 cm, carnosas, oblongo-lanceoladas, com arista na face abaxial, corniculadas, corno ca. 2 mm; pétalas 2-2,5 x 0,7-1 cm, membranáceas, oblongas, creme; filamentos da corona em cinco ou mais séries, os das séries mais internas curtas, 5 mm compr., os das duas séries externas azuis, filiformes, 1,5-2 cm compr.; opérculo membranoso, fimbriado; anel nectarífero presente; límen anular, cupuliforme, membranoso, fechando na base do androginóforo; anteras amarelas; ovário séssil, globoso, glabro, verde; estiletes e estigmas verdes. Frutos e sementes não vistos. Espécie conhecida até então, apenas para o Estado do Rio de Janeiro, sendo esta a primeira citação para a Bahia. Ocorre na região sul do Estado em área de mata atlântica, sendo encontrada, até então, apenas nos municípios de Eunapólis e Porto Seguro (Mapa 6). Material examinado: BRASIL, Bahia: (I8) Eunapólis, Rodovia BR 5, 16 Km S Eunapólis, plantação de cacau, R.P.Belém et al. 2627, 22.Set.1966 (CEPEC, HUEFS, UB). (I8) Porto Seguro, BR 5, Km 18, A.P.Duarte 6023, 24.Ago.1961 (RB). 74 Material adicional: BRASIL, Rio de Janeiro: Alto Macaé de Nova Friburgo, A.Glaziou 20333, 1894 (HUEFS, isótipo K!). Nova Friburgo, Macaé de Cima, beira de estrada, S. de V.A.Pessoa et al. 542, 12.Dez.1990 (RB). Passiflora odontophylla pode ser confundida com P. alata, diferenciando-se desta por apresentar folhas com base arredondada (x cordada) e glândulas na porção basal do pecíolo (x glândulas na porção distal). Pode também ser confundida com P. nitida, diferenciando-se desta, pois a mesma apresenta glândulas situadas na porção mediana do pecíolo. 10. Passiflora nitida Kunth, Nov. Gen. Sp. 2:130. 1817. Tipo: Venezuela, Floresta ao longo do rio Orinoco (próximo a Javita), Humboldt & Bonpland (Holótipo: P; isótipo: B, BW). (Figura 3 A-B; Mapa 6). Trepadeira, glabra; caule circular, liso; gavinhas presentes. Estípulas 2 x 0,1 cm, persistentes, inteiras, lineares, margem lisa. Pecíolo 1-1,7 cm compr.; glândulas 2, sésseis, situadas na porção mediana do pecíolo; lâmina 8,5-10,5 x 3,2-4 cm, membranácea, inteira, oblonga, ápice acuminado, base arredondada, margem serreada-denticulada, peninérvia, com 7 pares de nervuras secundárias. Pedúnculo 4,5 cm compr.; brácteas 2,5-3,5 x 1,3-1,6 cm, persistentes, verticiladas no ápice do pedúnculo, 3-nervadas, oval-oblongas, margem lisa, ápice agudo. Flores 6-8 cm diâm., solitárias; hipanto 5-7 mm, campanulado, verde; sépalas ca. 3-3,5 x 0,8-1 cm, carnosas, verdes na face externa, brancas na face interna, oblongas, margem lisa, ápice agudo, corniculado, corno com 1 mm; pétalas 3-3,5 x 0,7-1 cm, membranáceas, brancas, púrpura no centro, oblongas, ápice agudo, margem lisa; filamentos da corona em cinco ou mais séries, filiformes, ca. 2 cm compr. nas séries externas, ca. 3 mm compr. nas internas, púrpura, com bandas azuis e brancas; anel nectarífero e límen presentes; filetes glabros; ovário globoso, seção circular; estiletes glabros; estigmas reniformes, verdes. Baga ca. 2 x 2,5 cm, globosa, verde. Sementes ca. 5 x 3 mm, obcordadas, reticuladas, tridentada no ápice. Distribuida principalmente na costa oeste da Colômbia até as Guianas e sul do Peru até 75 Góias (Brasil). Esta é a primeira citação para o Estado da Bahia, onde foi encontrada em área de mata estacional, no centro sul do Estado (Mapa 6), em uma altitude de 1.000 m.s.n.m. Floresce e frutifica de outubro a julho (dados obtidos incluindo material adicional). Material examinado: BRASIL, Bahia: (G7) Barra do Choça, Rod. BA 265, trecho Caatiba/Barra do Choça a 27 Km NW de Caatiba. Região de mata, 1.000 m.s.n.m, S.A.Mori et al. 9398, 03.Mar.1978 (CEPEC). Material adicional: BRASIL, São Paulo: Itapetininga, ca. 50 Km S de Itapetinga, estrada para Registro, P.E.Gibbs et al. 3246, 26.Out.1976 (MBM, UEC). VENEZUELA, Amazônia Venezuelana, Wankehe, Carro Marneta, Lower Ventuari, 325 m, J.R.A.Lister et al. 606, 30.Jul.1976 (HUEFS, K). P. nitida é muito próxima a P. odontophylla. A principal diferença entre estas espécies é a posição da glândula no pecíolo, que em P. nitida situa-se na porção mediana do pecíolo e em P. odontophylla se localiza na porção distal do pecíolo, próximo à lâmina. 11. Passiflora bahiensis Klotzsch, Linnaea 14: 293. 1840. Tipo: Brasil, Bahia: Salzmann 290 (holótipo: G; isótipos: K!; foto do isótipo de K: HUEFS!). (Figura 3 C-D; Mapa 6). Trepadeira; indumento velutino; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 7-10 mm compr., persistentes, inteiras, lineares, margem lisa. Pecíolo 7 mm compr., tomentoso; glândulas 2, sésseis, situadas na porção distal do pecíolo; lâmina (5,5-)6,5-7 x 2-3 cm, coriácea, inteira, elíptica a oval-lanceolada, margem denticulada, ápice agudo a acuminado, base aguda, 3-nervada, vilosa em ambas as faces. Pedúnculo 1-1,5 cm compr.; brácteas ca. 6-10 mm compr., caducas, verticiladas na porção distal do pedúnculo, linearlanceoladas, margem serrulada. Flores 2-3 cm diâm.; pareadas; hipanto curto-campanulado, ca. 0,5 cm compr., sépalas 1-1,5 x 0,5-0,7 cm, carnosas, brancas, oblongas, corniculadas, corno ca. 2 mm compr.; pétalas 1-1,5 x 0,3-0,5 cm, membranáceas, brancas, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em cinco séries, ca. 1,5 mm compr., os das duas séries mais externas liguliformes, os da série interna capilares; opérculo membranoso, filamentoso no ápice; límen fechando-se na base do androginóforo; ovário globoso, tomentoso. Baga ca. 1,2 x 1 cm, escura, globosa, lisa. Sementes ca. 4 x 3 cm, globosas, obovadas, foveoladas. 76 Espécie endêmica do Nordeste, encontrada nos estados da Bahia e Pernambuco. Na Bahia foi encontrada em área de mata atlântica (Mapa 6). Floresce e frutifica de setembro a abril. Material examinado: BRASIL, Bahia, “In fruticetis”. P.Salzmann s.n., s.d. (K; foto HUEFS); “In fruticetis”, P. Salzmann s.n., s.d. (isótipo: K!; foto HUEFS!); “Cruz de Casme”, Glocker s.n., s.d. (K K000018426). (H8) Itaju do Colônia, 12 Km da estrada em direção a Feirinha, ao lado W das margem esquerda do rio Corró, T.S.Santos 440, 23.Out.1969 (ALCB, CEPEC, RB). (D5) Salvador, Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, G.A.Faria & L.M.Pacheco 54, 26.Out.1997 (HRB); Região Metropolitana de Salvador, Campus Universitário de Ondina, área antropizada, M.L.Guedes 8939, 24.Out.2001 (ALCB). Material adicional: BRASIL, Pernambuco: Tapera, Beira do caminho, D.B.Pickel 3099, 27.Set.1932 (IPA 4442); D.B.Pickel 3099, 10.Nov.1934 (IPA 6856). Passiflora bahiensis é muito próxima de P. malacophylla, diferenciando-se desta pelo número de flores na axila foliar (duas flores em P. bahiensis e uma em P. malacophylla), e pelo tamanho de suas flores (4-6 cm diâm. em P. malacophylla e 2-3 cm diâm. em P. bahiensis). Infelizmente o material examinado foi insuficiente para uma análise mais detalhada, pois apresenta apenas botões e frutos. 12. Passiflora malacophylla Mast. in Mart., Fl. Bras. 13(1): 604, tab. 117, fig. 2. 1872. Tipo: Brasil, Minas Gerais: Lagoa Santa, Warming 1178 (C). (Figura 3 E-F; Mapa 6). Trepadeira herbácea; indumento velutino, ferrugíneo; caule circular, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 0,7-1,2 cm compr., persistentes, linear-setáceas, margem lisa. Pecíolo 0,8-1,5 cm compr.; glândulas 2, pedunculadas, situadas na porção distal do pecíolo; lâmina 5-11(-13) x 2,8-4(-6) cm, membranácea a subcoriácea, inteira, 3-nervada, oval-oblonga a elíptico-lanceolada, ápice agudo, acuminado, base truncada-cordata, margem irregularmente denteada. Pedúnculo 1,5-3,5 cm compr.; brácteas 1-2,5 x 0,2-0,6 cm, persistentes, involucrais, cobrindo totalmente o botão floral, verticiladas na porção distal do pedúnculo, foliáceas, ovais, 77 uninervadas, ápice arredondado, margem levemente serreada a lisa, 2 glândulas na base. Flores 4-6 cm diâm., eretas; hipanto 4-6 mm compr., curto-campanulado; sépalas 2-3,2 x 0,81 cm, carnosas, brancas, oblongas, com arista terminando em um corno ca. 5 mm compr.; pétalas 2,5-3 x 0,6-0,8 cm, membranáceas, brancas; filamentos da corona em várias séries, os da série externa ca. 5 mm compr., liguliformes, os da série interna ca. 2 mm compr., filiformes; opérculo 4-5 mm compr., membranoso; límen anular; anel nectarífero situado entre o opérculo e a base do androginóforo; androginóforo ca. 8 mm compr.; filetes glabros; anteras amarelas; ovário ovóide-globoso, circular em seção transversal, tomentoso, com tricomas brancos; estiletes glabros; estigmas reniformes, verdes. Baga ca. 2,5-4 x 1,5-2,5 cm, globosa, verde. Sementes ca. 3 x 2 mm, obovadas, achatadas, alveoladas, marrom-claras. Espécie endêmica do Brasil, encontrada principalmente no Brasil Central, Santa Catarina, Bahia e Minas Gerais (Killip, 1938). Na Bahia, é encontrada na região de mata estacional e mata atlântica (Mapa 6), no centro sul do Estado. Material examinado: BRASIL, Bahia: Margem da Rodovia Rio-Bahia, divisa BA-MG, E.P.Heringer 10205, 20.Jan.1965 (UB); E.P.Heringer 10229, 18.Jan.1965 (UB). (G7) Planalto, Br 4, BA Km 1037, A.Pereira 10615, 13.Jan.1968 (HUEFS, RFA). Passiflora malacophylla é uma espécie muito próxima de P. bahiensis. Diferencia-se desta pois as brácteas e as flores de P. malacophylla são muito mais largas: flores com 4-6 cm diâm., em P. malacophylla, 2-3 cm diâm em P. bahiensis. Além disso, P. malacophylla tem flores solitárias e não aos pares como em P. bahiensis. 13. Passiflora setacea DC., Prodr. 3: 329. 1828. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Bowie & Cunningham 12 (holótipo: BM!). (Figura 3 G-I; Mapa 6). Trepadeira; indumento tomentoso; caule cilíndrico, finamente estriado; gavinhas presentes. Estípulas 0,7-1,5 cm compr., caducas, inteiras, setáceas, margem lisa. Pecíolo 1,52,2 cm compr., tomentoso, glândulas 2, pateliformes, sésseis, situadas na porção basal do pecíolo, às vezes com uma glândula na porção mediana a distal do pecíolo; lâmina 6-8 cm compr., membranácea, 2-3-lobada (raramente inteira nas folhas jovens), 3-nervada, reticulada, 78 face adaxial rugosa, abaxial tomentosa, ápice acuminado, base cordada, margem serrulada, revoluta; lobo central ca. 2 cm larg.; lobos laterais 4-5 x 1,5 cm, Pedúnculo 6-12 cm compr., robusto, pubescente; brácteas 1-2 x 1 cm, persistentes, verticiladas na porção distal do pedúnculo, foliáceas, oval-elípticas, margem serrulada. Flores 5-10 cm diâm., solitárias; hipanto 1-1,5 cm compr., pubescente, verde com manchas vináceas, mais escuro que o restante, cilíndrico-campanulado, com base dilatada; sépalas 3,5-4 x 5-7 cm, carnosas, internamente brancas, externamentes verdes, pintalgadas com manchas vináceas, oblongolanceoladas, aladas e aristadas (aristas muito desenvolvidas), corniculadas, corno 0,5-1 cm compr.; pétalas 2-2,5 cm x 5-6 mm, membranáceas, brancas, linear-oblongas; filamentos da corona em duas séries, os da série externa 2-2,5 cm compr., filiformes, brancos com bandas azuis ápice verde, os da série interna muito reduzidos, ca. 1 mm compr.; opérculo membranoso, tubular, fimbriado, fechando-se na base do límen; límen anular, cupuliforme, branco; anel nectarífero presente; androginóforo 2,5-3,5 cm compr., base branca e ápice verde-acinzentado; filetes glabros, verdes com manchas vináceas; anteras amarrronzadas; ovário elipsóide, glabro, nascido sobre um ginóforo de 0,5 cm compr.; estiletes glabros, verdes com manchas vináceas; estigmas verde-escuros. Baga ca. 4 x 3 cm, elipsóide, estriada, verde, glabra. Sementes ca. 5 x 3 mm, obovadas, finamente reticuladas. Nome vernacular: Maracujá e maracujá-do-mato. Esta espécie foi, pela primeira vez, citada para a Bahia por Harley & Mayo (1980), ocorrendo nas regiões de caatinga e campo rupestre na Chapada Diamantina e centro-sul do Estado (Mapa 6), ocorrendo em altitudes entre 400 a 1.200 m.s.n.m. Floresce e frutifica durante o ano inteiro. Material examinado: BRASIL, Bahia: (G6) Anagé, Serra dos Pombos, BA-262, caatinga, G.Hatschbach 63229, 21.Ago.1995 (CEPEC, MBM). (E6) Andaraí, á margem da rodovia de Andaraí, A.L.Costa s.n., 03.Nov.1973 (ALCB 2876); 45 km N de Andaraí ao longo da BA-142, L.P.de Queiroz et al. 1793, 09.Out.1987 (HUEFS, MBM, UPCB, VIC); M.L.Guedes 1373, 09.Out.1987 (ALCB); Rodovia que liga Itaberaba a Lençóis a 40 Km ENE de Lençóis, caatinga perturbada ao longo da estrada, 600 m.s.n.m., V.C.Souza et al. 5204, 13.Fev.1994 (K, SPF); 18 Km NW de Nova Redenção, 400 m.s.n.m., M.M.Arbo et al. 5780, 25.Nov.1995 (CTES, K, MBM, SPF); Estrada Lençóis - Andaraí, BA 142, 484 m.s.n.m., E.R.de Souza et al. 49, 24.Out.2000 (HUEFS); a 14 Km do entroncamento da BR 242, rumo a Andaraí, mata, A.C.Allem et al. 2957, 14.Nov.1984 (CEN). (D5) Aramary, P.C.Porto 1395, 21.Dez.1992 (RB). (G7) Barra do Choça, Entre Barra do 79 Choça e José Gonçalves, M.J.G.Barros 2, 08.Ago.1983 (CEPEC, HRB, HUEFS). (E6) Bonito, Estrada BonitoUtinga, ca. 5 Km da cidade, beira de estrada, D.S.Carneiro et al. 63, 11.Nov.1998 (HUEFS). (G7) Caatiba, Fazenda Bom Jardim, A.L.Costa s.n., 10.Fev.1975 (ALCB 2873). (G5) Caetité, Ramal a 29 km na estrada Caetité/Brumado, ca. 3 km ramal adentro, caatinga, A.M.de Carvalho 3773, 19.Fev.1992 (ALCB, CEPEC, HUEFS); 27 Km na estrada Caetité/Bom Jesus da Lapa, caatinga, A.M.de Carvalho 6289, 08.Ago.1996 (CEPEC); 7 Km a E Caetité, estrada para Brumado, BR-030, caatinga arbórea, M.M.Arbo 7649, 22.Jan.1997 (CEPEC, CTES); São Francisco, caminho para Lagoa Real, caatinga, 560 m.s.n.m., B.Stannard et al. in PCD 5227, 08.Fev.1997 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, SPF); estrada par Brejinho das Ametistas, C.Correia et al. 36, 29.Abr.2001 (ALCB, HUEFS); estrada BR-030 – Brejinho das Ametistas, transição caatinga-cerrado, 715 m.s.n.m., F.França et al. 3765, 14.Abr.2002 (HUEFS). (D6) Cafarnaúm, ca. 1 Km N of Água de Rega, road to Cafarnaúm, 1.000 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 31233, 28.Fev.1971 (NY, UB). (F6) Contendas do Sincorá, estrada para Maracás, ca. 28 Km a partir de Contendas do Sincorá, ramal à direita, ca. 2 Km, caatinga arbustiva, A.M.Amorim et al. 2766, 09.Abr.1999 (CEPEC, SP). (H7) Encruzilhada, Rod. Encruzilhada-Ribeirão do Largo, 13,3 Km N, 895 m.s.n.m., A.M.de Carvalho et al. 6971, 17.Ago.2001 (CEPEC). (E7) Iaçu, 8 Km na margem da estrada Iaçu/Itaberaba, caatinga/capoeira, G.P.Lewis 844, 17.Dez.1981 (CEPEC, K). (F6) Ibicoara, Estrada para Mucugê, beira de estrada, 1.154 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 895, 16.Fev.2002 (HUEFS). (F7) Itiruçu, 18 Km O de Itiruçu rumo a Maracás, capoeira, 800 m.s.n.m., A.C.Allem et al. 2946, 12.Nov.1984 (CEN). (D7) Jacobina, subida do Hotel Serra do Ouro, campo rupestre, L.P.Queiroz 1172, 17.Nov.1986 (HUEFS); em vegetação de carrasco, L.P.Felix 7532, 07.Jan.1996 (IPA); Serra do Ouro em direção Sul do Hotel Serra do Ouro, T.S.Nunes et al. 354, 06.Jun.2001 (HUEFS); Monte Taboa, ca. 2 Km da cidade, campo rupestre, próximo a cachoeira, 574 m.s.n.m., F.R.Nonato et al. 881, 03.Ago.2001 (HUEFS). (F7) Jequié, Km 40 da estrada Jequié-Contendas do Sincorá, caatinga, A.M.de Carvalho et al. 2002, 12.Out.1983 (CEPEC, HRB, MBM); estrada Pé da Serra-Jequié, caatinga, M.Sobral et al. 5922, Jan.1988 (CEPEC, ICN, MBM). (E6) Lençóis, G.C.P.Pinto s.n., Abr.1971 (ALCB 2877); BR 242, 112 km W de Itaberaba, 500 m.s.n.m., caatinga, L.P.de Queiroz et al. 1321, 20.Nov.1986 (HUEFS); 7 Km N de Lençóis, ao lado da BA-850, Floresta estacional, L.P.de Queiroz et al. 1959, 11.Out.1987 (HUEFS); M.L.Guedes et al. 1505, 12.Out.1987 (ALCB 21057); ca. 107 km W de Itaberaba, à margem da Br 242, L.P.de Queiroz et al. 2005, 31.Out.1987 (HRB, HUEFS, MBM, RB); Chapada Diamantina, beira de estrada de acesso ao Morro do Pai Inácio, A.A.Conceição et al. 111, 23.Ago.1996 (SPF); Estrada Lençóis - Andaraí, BR 242, 484 m.s.n.m., E.R. de Souza et al. 47, 24.Out.2000 (HUEFS). (F7) Maracás, 900 m.s.n.m., M.M.Arbo et al. 7692, s.d. (CEPEC, CTES); Km 18 da Rod. Maracás/Pouso Alegre, Margem do Rio de Contas, campo rupestre, R.S.Pinheiro 1443, 08.Jul.1971 (CEPEC); Km 2 da rod. Maracás/Contendas do Sincorá, BA 026, L.A.Mattos Silva 210a, 14.Fev.1979 (CEPEC); Km 12 da Rod. Maracás/Contendas do Sincorá, caatinga. S.Nunes 215, 26.Jan.1980 (CEPEC); Km 7 da estrada Maracás-Contendas do Sincorá, A.M. Carvalho et al. 1559, 09.Fev.1983 (ALCB, CEPEC, HUEFS, RB); Entre Km 6-7 da Rod. Maracás/Contendas do Sincorá, caatinga, A.Chautems 156, 25.Nov.1986 (CEPEC); Km 8-9 da Rod. Maracás/Contendas do Sincorá, caatinga, A. Chautems 167, 25.Nov.1986 (CEPEC); Fazenda Cana Brava, 900-1000 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 28243, 31.Ago.1996 (HUEFS); Pé de Serra, começo da descida da Serra, sentido Maracás-Pé de Serra. Beira de estrada, 80 T.S.Nunes et al. 153, 21.Set.1999 (HUEFS); Ca. de 6 km na estrada para Contendas do Sincorá, M.M.da Silva 271, 26.Fev.2000 (HUEFS). (D7) Miguel Calmon, Mina Barita da QGN, A.M.Miranda et al. 294, 13.Jul.1991 (HST); A.M.Miranda et al. 306, 13.Jul.1991 (HST, IPA). (D6) Morro do Chapéu, Cachoeira do Ferro Doido, 20 Km a SE da cidade, 900 m.s.n.m., campo rupestre, L.P.de Queiroz et al. 1307, 19.Nov.1986 (HUEFS). (F6) Mucugê, estrada Andaraí-Mucugê, a ca. 5 Km de Andaraí, J.R.Pirani et al 18865, 08.Set.1981 (HUEFS); estrada Andaraí-Mucugê, ca. 4-5 km de Andaraí, J.R.Pirani et al. CFCR 2070, 08.Set.1981 (HUEFS, K, SPF); caminho para Mucugê, I.Machado et al. 303, 07.Mar.2002 (HUEFS, UFRPE). (D7) Mundo Novo, 15Km a oeste cidade, BA-052, caatinga, G.Hatschbach 44268, 15.Out.1981 (CEPEC, MBM). (G7) Planalto, Br 4, Bahia Km 1037 aproximadamente, A.Pereira 10599, 16.Jan.1968 (HUEFS, RFA). 81 P. bahiensis P. malacophylla P. nitida P. odontophylla P. setacea Mapa 6. Distribuição de P. bahiensis, P. malacophylla, P. nitida, P. odontophylla e P. setacea no Estado da Bahia. 82 D B C A I E F G H Figura 15. Passiflora nitida: A. ramo, B. glândula peciolar. P. bahiensis: C. Ramo, D. glândula peciolar. P. malacophylla: E. ramo, F. flor inteira. P. setacea: G. ramo, H. 3 flor (corte longitudinal), I. fruto (corte longitudinal). (A-B: S.A.Mori 9398; C-D: T.S.Santos 440; E-F: E.P.Heringer 10205; G-I: E.R.Souza 49). 83 (E6) Palmeiras, Morro do Pai Inácio, M.L.Guedes et al. in PCD 1420, 27.Dez.1994 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF). (D7) Piritiba, Mata de cipó, 625 m, E.Melo et al. 2912, 24.Set.1999 (HUEFS, SPF, UESC). (H6) Quaraçu, estrada velha Velha/Guaraçu, contato estepe/Floresta estacional, C.B.de A.Boehrer 05, 05.Ago.1984 (HRB). (E8) Santa Terezinha, Serra da Jibóia, 620 m.s.n.m., F.França et al. 2496, 20.Fev.1998 (CEPEC, HUEFS, MBM). (E6) Seabra, ca. 26 Km N of Seabra road to Água de Rega, near Rio Riachão, 1.000 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 30817, 23.Fev.1971 (NY, UB); 900 m.s.n.m., J.R.Pirani et al. 1988, 13.Fev.1984 (K, SPF); BR 242 sentido Ibotirama-Seabra, 34 Km antes de Seabra, E.B.Miranda Silva et al. 237, 25.Set.1999 (HUEFS). (E6) Utinga, estrada Wagner-Utinga, R.Mello-Silva et al. CFCR 7453, 22.Dez.1984 (SPF, K); M.P.Sena 21, 30.Jun.1997 (HUEFS, MBM); Estrada para Cabeceira do Rio, 572 m.s.n.m., R.P.de Oliveira et al. 191, 10.Set.1999 (HUEFS, SPF); ca. 8 Km, na estrada Utinga/Bonito, 713 m.s.n.m., R.P.de Oliveira et al. 211, 10.Set.1999 (HUEFS). (G7) Vitória da Conquista, ca. 14 Km na rodovia da Conquista/Brumado, A.M.de Carvalho 2599, 26.Dez.1989 (CEPEC, HUEFS); Km 5 a 10 Rod. Rio Bahia ao N, caatinga. T.S.dos Santos 2239, 15.Fev.1972 (CEPEC); E.F.Gusmão s.n., 22.Fev.1975 (ALCB 19422); 25Km ao S cidade, BR-116, mata higrófila. G.Hatschbach 45138, 19.Jul.1982 (CEPEC, MBM). (E6) Wagner, Estrada que liga Wagner à BR-242, caatinga, N.K.R.Souza et al. 4, 11.Set.1999 (HUEFS, SPF). Material adicional: BRASIL, Pernambuco: Itanajé, G.C.P.Pinto et al. 04/71, s.d. (ALCB); M.L.Guedes 28/31, 28.Fev.1983 (ALCB); M.L.Guedes et al. 2831, 28.Fev.1993 (ALCB); M.L.Guedes et al. 2908, 01.Mar.1993 (ALCB, SP). Passiflora setacea pode ser confundida com P. recurva, diferenciando-se desta por ser totalmente pubescente, enquanto P. recurva é totalmente glabra. Killip (1938) cita como característica desta espécie a presença de glândulas nas sépalas. No entanto, isto não foi observado em nenhum dos materiais examinados. As sépalas apresentam, apenas, pequenas pontuações na face abaxial. 14. Passiflora cincinnata Mast., Gard. Chron. 37: 966. 1868. Tipo: Brasil, Ceará, Crato, Gardner 1630, Nov.1838 (holótipo: K!; isótipos: BM!, US). (Mapa 7). Trepadeira lenhosa; caule cilíndrico, estriado, velutino; gavinhas presentes. Estípulas 9-10 x 1 mm, persistentes, inteiras, linear-subuladas, margem serrilhada. Pecíolo 1,5-5 cm compr.; glândulas 2, pateliformes, sésseis, situadas na porção basal do pecíolo; lâmina 4,57,5(-11) x 1,5-4(-15) cm, membranácea, (3-)5-lobada a (3-)5-partida, 3-lobada nas folhas jovens, nervação reticulada; lobos oblongos, ápice mucronulado, margem crenada a serrilhada, face abaxial levemente pubescente a glabra. Pedúnculo 2-8 cm compr., levemente 84 pubescente; brácteas 2,4 x 1,5-2,5 cm, persistentes, verticiladas situadas na porção distal do pedúnculo, foliáceas, oval-lanceolada, com glândulas na base. Flores 8-12 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 7 mm compr., curto-campanulado, glabro; sépalas 2,8-3,2 x 1-2 cm, carnosas, face externa verde, face interna roxa ou violácea, oblongo-lanceoladas, carenadas, aristadas no ápice da carena, corno 2-3 mm compr.; pétalas 2,5-3 x 8-10 cm, membranáceas, violáceas, linear-lanceoladas; filamentos da corona em várias séries, violáceos, com faixas rosadas e alvacentas próximas ao meio, os das duas séries mais externas ca. 3,5 cm compr., maiores do que as sépalas, com ápice frisado, os das duas séries mais internas mais curtos, ca. 0,5 cm compr., séries intermediárias com filamentos curtos, azul-claro; opérculo membranoso com ápice filamentoso, branco; anel nectarífero presente, amarelado; límen cupuliforme, envolvendo a base do androginóforo; androginóforo 2-3,5 cm compr., verde-claro com manchas vináceas; filetes verdes, com manchas vináceas; anteras amarelas, com face dorsal verde com manchas vináceas; ovário globoso, verde-claro, glabro; estiletes verdes com manchas vináceas; estigmas verde-escuro. Baga ca. 5 x 3-4 cm, globosa, verde-escura, glabra. Sementes ca. 5-6 x 4 mm, ovadas, reticuladas, foveoladas. Nome vulgar: Flor-da-paixão, maracujá, maracujá-brabo, maracujá-cultivado, maracujá-de-boi, maracujá-do-mato e maracujá-muchila. Espécie com distribuição ampla na América do Sul, do leste do Brasil até o oeste da Bolívia (Killip, 1938). No Brasil ocorre desde o Pará até São Paulo. É freqüente em locais perturbados. Floresce durante quase todo o ano. Na Bahia é encontrada praticamente em todo o Estado, em diferentes ecossistemas, como campo rupestre, caatinga, mata estacional e cerrado (Mapa 7), em altitudes de 120 a 1.600 m.s.n.m. Material examinado: BRASIL, Bahia: Margem da rodovia Rio-Bahia, divisa Bahia-Minas Gerais, E.P.Heringer 10206, 20.Jan.1965 (UB); Rodovia BR 4, 12 Km N da divisa Minas-Bahia, mata de cipó, R.P.Belém 1164, 24.Jun.1965 (CEPEC, UB). (F6) Abaíra, on road to Abaíra ca. 8 Km to N of the Rio de Contas, 1.000 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 15237, 18.Jan.1872 (CEPEC, K); subida da Forquilha da Serra, 1.4001.600 m.s.n.m., D.J.N.Hind et al. H 50286, 23.Dez.1991 (CEPEC, HUEFS, K, SPF); distrito de Catolés, W.Ganev s.n., nov.1992 (HUEFS 13716); estrada Engenho de Baixo-Marques, W.Ganev s.n., 2.Dez.1992 (HUEFS 13720, SPF); Vassouras, caminho para Tapera, 1.000 m.s.n.m., W.Ganev 3092, 22.Abr.1994 (HRB, HUEFS, K, SPF); Estrada saindo de Catolés de Baixo, sentido Ribeirão de Baixo, 1a. ponte, A.S.Conceição et al. 85 494, 29.Nov.1999 (HUEFS). (F5) Água Quente, Pico das Almas, vertente norte, vale acima da Fazenda Silveira, 1.500 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 27375, 25.Dez.1988 (CEPEC, SPF). (E6) Andaraí, Trecho Br 242, A.J.Ribeiro 103, 23.Nov.1985 (ALCB, HUEFS); Rodovia que liga Itaberaba-Lençóis, a 40 Km ENE de Lençóis, caatinga, 600 m.s.n.m., V.C.Souza et al. 5209, 13.Fev.1994 (HUEFS, MBM, SPF); a 14 Km do entroncamento da Br 242, rumo a Andaraí, mata, A.C.Allem et al. 2959, 14.Nov.1984 (CEN, UPCB); Km 14 Rod. Andaraí/Lençóis, margem da BA-142, pastaria em mata de cipo, L.A.Mattos Silva 2835, 22.Mai.1989 (CEPEC); Estrada Lençóis - Andaraí, BA 142, 484 m.s.n.m., E.R.de Souza et al. 48, 24.Out.2000 (HUEFS). (E2) Barreiras, Rio Piau, ca. 225 Km SW of Barreiras on road to Posse, Goiás, 850 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 14641, 12.Abr.1966 (NY, UB); ca. 10 Km W of Bahia, 500 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 31312, 02.Mar.1971 (NY, UB); Rio Limpo, C.A.Miranda 220, 04.Abr.1978 (HRB, RB); BR 242, Km 989 Brasília-Fortaleza, beira de estrada, cerrado, L.Coradin et al. 1181, 29.Set.1978 (CEN); Br 116, Km 1324, Brasília-Fortaleza, beira de estrada, cerrado, L.Coradin et al. 1209, 30.Set.1978 (CEN, UPCB); BR 242 entre Posse e Barreiras, Km 191, cerrado, 820 m.s.n.m., L.Coradin et al. 5717, 15.Jun.1983 (CEN); 68 Km W de Barreiras, cerrado, L.P.de Queiroz 2098, 2.Nov.1987 (HUEFS); ca. 7 Km da Fazenda Inhaúma, T.Ribeiro et al. 32, 1.Fev.2000 (ALCB, CEPEC, HUEFS). (D6) Barro Alto, Comunidade de Lagoa Funda, fazenda Lagoa Branca, T.S.Nunes et al. 302, 11.Abr.2001 (HUEFS). (E7) Boa Vista do Tupim, Assentamento Barra Verde, floresta estacional semidecídua, M.L.Guedes s.n., 28.Abr.2001 (ALCB 54129). (F4) Bom Jesus da Lapa, Juá, caatinga, G.Hatschbach 55133, 14.Fev.1991 (CEPEC, MBM); ca. 22 km S do entroncamento para Bom Jesus da Lapa na estrada para Malhada, caatinga, L.P.de Queiroz et al. 5887, 11.Fev.2000 (ALCB, HUEFS). (E6) Bonito, Assentamento Piratini, margem da represa, D.M.Loureiro et al. 155, 20.Mai.2001 (ALCB). (E5) Boquira, Serra Geral, Serra do Brejo Grande, campo rupestre, G.Hatschbach et al. 67623, 11.Mar.1998 (MBM). (D5) Brotas de Macaúbas, em direção a Ipupiara, a 3 Km, M.L.S.Guedes et al. 7936, 25.Jan.2001 (ALCB, CEPEC, HUEFS). (D5) Cachoeira, Vale dos Rios, 40-120 m.s.n.m., Grupo Pedra do Cavalo 483, Jul.1980 (ALCB, CEPEC, HUEFS). (G5) Caetité, Próximo a torre da TV, M.L.Guedes et al. 2712, 28.Nov.1992 (ALCB); M.L.Guedes et al. 2718, 28.Nov.1992 (ALCB); 7 Km a E Caetité, estrada a Brumado, BR-030, caatinga arbórea, M.M.Arbo 7651, 22.Jan.1997 (CEPEC, CTES); estrada para Brejinho das Ametistas, C.Correia et al. 38, 29.Abr.2001 (HUEFS); Estrada Br 030-Brejinho das Ametistas, transição caatinga-cerrado, 715 m.s.n.m, F.França et al. 3770, 14.Abr.2002 (HUEFS). (B4) Campo Alegre de Lourdes, Morro da Carlota, ca. 7,6 km NW de Campo Alegre de Lourdes, 594 m.s.n.m., caatinga, L.P.de Queiroz et al. 6220, 21.Mai.2000 (HUEFS). (H6) Cândido Sales, 27 Km NE of Cândido Sales along highway BR 116, G.Davidse et al. 11624, 30.Mar.1976 (SP); Rod. Br 116, divisa Alegre Cândido Sales, Km 102, beira de estrada, G.J.Shepherd et al. 4453, 09.Jan.1977 (MBM, R, UEC). (C8) Cansanção, 14Km SW Cansanção, Rodovia para Queimadas, caatinga, solo seco, R.M.Harley 16486, 22.Fev.1974 (CEPEC, K, RB). (D7) Capim Grosso, G.C.P.Pinto s.n., Abr.1971 (ALCB 2879). (F3) Correntina, ca. 20 Km N of Correntina, on the road to Inhaumas, disturbed cerrado and waste graund, 600 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 21912, 28.Abr.1980 (CEPEC, K, UPCB). (B6) Delfino, campo rupestre, 1.124 m.s.n.m., A.Oliveira et al. 137, 03.Abr.2002 (HUEFS). (G3) Espigão Mestre, ca. 3 Km S of Cocos, 535 m.s.n.m., W.R.Anderson et al. 36926, 14.Mar.1972 (NY, UB). (E8) Feira de Santana, Campus da UEFS, J.A.L. Pinto 8, 16.Out.1980 (HUEFS); 86 L.R.Noblick 2083, 11.Out.1982 (HUEFS); Campus da UEFS, L.R.Noblick 2653, 18.Mai.1983 (CEPEC, HRB, HUEFS, UPCB); L.P.de Queiroz 2150, 1.Jun.1988 (CEPEC, HUEFS, MBM); Bairro do Tomba, próximo ao posto rodoviário, T.S.N.Sena 2, 11.Ago.1992 (HUEFS, MBM); Campus da UEFS, ao lado da Biblioteca, T.S.N.Sena 5, 5.Jul.1993 (HUEFS, MBM); Campus da UEFS, no fundo do 5o. módulo, T.S.N.Sena 10, 30.Mar.1994 (HUEFS, MBM); Campus da UEFS, abaixo do bosque do Pau-Brasil, beira da nova estrada, 257 m.s.n.m., T.S.N.Sena 43, 6.Mai.1998 (HUEFS, MBM). (G8) Floresta Azul, Fazenda Futurosa, M.L.Guedes 2516, 21.Dez.1991 (ALCB). (D2) Formosa do Rio Preto, 10 km na estrada para localidade de Mato Grosso a partir da rodoviária, entrada para localidade Arroz, E.B.Miranda Silva 361, 30.Fev.2000 (ALCB, HUEFS); Estrada para Mato Grosso, 683 m.s.n.m., T.R.S.Silva 35, 2.Abr.2000 (ALCB, HUEFS). (B9) Glória, Brejo do Burgo, F.P.Bandeira 73, 01.Dez.1992 (ALCB 24094). (E7) Iaçu, Morro da garrafa, 280 m.s.n.m., E.Melo et al. 2044, 22.Fev.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM, SPF). (F6) Ibicoara, Estarada para Mucugê, beira de estrada, 1.154 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 890, 16.Fev.2002 (HUEFS). (D6) Ibititá, estrada que liga Irecê a Ibititá, 870 m.s.n.m., caatinga, J.E.M.Brazão et al. 330, 29.Mai.1984 (HRB, MBM, UB). (E8) Ipirá, Fazenda Santana. E.Melo 1087, 4.Abr.1994 (HUEFS). (D5) Irará, á margem da estrada Irará-Alagoinhas, Km 5, W.Santana s.n., 30.Mar.1975 (ALCB 2857). (D6) Irecê, Aguada Nova, B.C.Bastos 69, 12.Out.1980 (HRB). (E7) Itaête, Assentamento Baixão, limite da fazenda margeando capoeira, D.L.Santana et al. 248, 15.Abr.2001 (ALCB). (I8) Itagimirim, entre Itagimirim e Eunapólis, capoeira, L.E.M.Filho et al. 2926, 25.Nov.1970 (CEPEC, R). (H8) Itapebi, 8,5 Km de Itapebi para Belmonte, T.S.Nunes et al. 776, 08.Jan.2002 (HUEFS); 31 Km de Itapebi para Belmonte, T.S.Nunes et al. 786, 08.Jan.2002 (HUEFS). (E8) Itatim, Morro do Agenor, mata, 1.460 m.s.n.m., F.França et al. 1483, 26.Nov.1995 (HUEFS); Morro das Tocas, mata, orla externa da mata, 310-430 m.s.n.m., E.Melo et al. 1386, 16.Dez.1995 (HUEFS); Morro do Agenor, Inselberg, E.Melo et al. 1562, 31.Mar.1996 (HUEFS); V.de M.Monteiro 27, 27.Out.1996 (HUEFS); Morro do Agenor, Inselbergs, interior da mata, 310-430 m.s.n.m, C.Correia et al. 14, 14.Abr.2000 (HUEFS). (F7) Itiruçu, Saída de Itiruçu/Maracás, campo rupestre, J.A.de Jesus 396, 21.Mai.1969 (CEPEC); Km 25 da estrada Maracás/Itiruçu, Fazenda São Roque, mata de cipó, A.M.de Carvalho et al. 1582, 09.Fev.1983 (CEPEC). (F6) Ituaçu, Sítio Água Preta, E.P.Gouvêa 34/88, 31.Mar.1988 (ALCB 21133); E.P.Gouvêa 34/88, 24.Nov.1988 (ALCB 21672); E.P.Gouvêa s.n., 30.Nov.1989 (ALCB 21904); Cachoeira, M.C.Ferreira 475, 01.Mar.1992 (HRB, HUEFS). (D7) Jacobina, 30 Km desta, na direção de Morro do Chapéu, beira da estrada, R.P.Lyra-Lemos et al. 1821, 14.Abr.1991 (IAC, SPF); Estrada Jacobina-Itaitú, ca. de 22 km a partir da sede do município, caatinga, A.M.Amorim et al. 975, 21.Fev.1993 (ALCB, CEPEC, HUEFS, MBM); Serra do Tombador, 910 m.s.n.m., A.M.Giulietti et al. in PCD 2696, 31.Mar.1996 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF); 12 Km ao NW cidade, Margem da estrada para Umburanas, BR-324, campo rupestre, solo pedregoso, M.M.Arbo 7349, 17.Jan.1997 (CEPEC, CTES); Serra do Cruzeiro, T.Ribeiro et al. 178, 07.Abr.2001 (HRB, HUEFS). (F8) Jaguaquara, 14 Km N do entroncamento da Br 116 com a Ba 250, capoeira, L.P.de Queiroz 2201, 25.Mar.1989 (CEPEC, HUEFS); Zona de mata, R.P.Belém et al. 217, 22.Jan.1965 (RB, UB). (F7) Jequié, J.Vidal IV/1019, Mai.1954 (R); A.P.Duarte et al. 9317, 23.Set.1965 (RB); Serra do Sincorá, about 70 Km from Jequié on the BA-026, about 14 Km E of Pé de Serra, 400 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 20701, 21.Mar.1980 (CEPEC, K); Ramal que leva a torre de transmissão ca. 3,4 87 Km a partir do acesso que liga a cidade a BR 116, caatinga arbustiva, A.Amorim et al. 2743, 08.Abr.1999 (CEPEC, SP). (D6) Jussara, Baixão dos Honorato, caatinga, H.P.Bautista et al. 921, 03.Abr.1984 (HRB, RB). (E6) Lençóis, entre Lençóis e Itaberaba, E.Pereira 2065, 15.Set.1956 (RB); estrada chegando em Lençóis, entroncamento para Remanso, G.Martinelli et al. 5309, 28.Out.1978 (RB); Br 242, 112 Km W de Itaberaba, caatinga, 500 m.s.n.m., L.P.de Queiroz 1323, 20.Nov.1986 (HUEFS); 107 Km W de Itaberaba, à margem da Br 242, caatinga, L.P.de Queiroz 2007, 31.Out.1987 (HRB, HUEFS, RB); Campo rupestre, M.Sobral 7564, Abr.1994 (HUEFS, MBM); Serra da Chapadinha, cercado próximo a Fazenda do "Velho" antes da cancela, M.C.Ferreira et al. in PCD 1891, 27.Abr.1995 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, SPF); Barro Branco, beira de rio, E.Melo et al. in PCD 1318, 07.Out.1995 (ALCB, HUEFS); ao longo da rodovia para a cidade, Km 9, 480 m.s.n.m., mata ciliar, M.Alves et al. 1062, 18.Out.1997 (UFPE, IPA); Assentamento Araruana, próximo a margem do Rio Bonito de Cima, M.L.Guedes s.n., 04.Jun.2001 (ALCB 54188). (G5) Lícinio de Almeida, Rod. BA-S/C Caculé/Lícinio de Almeida, 38,3 Km, 850 m.s.n.m, J.G.Jardim et al. 3254, 30.Mar.2002 (CEPEC). (G7) Manoel Vitorino, Rodovia para Jequié, BR-116, caatinga, A.Gentry 49971, 09.Fev.1985 (CEPEC, MO). (F7) Maracás, Fazenda Nova Esperança, 3 km leste da Fazenda do Caboclo (na bifurcação), R.P.Oliveira et al. 387, 27.Fev.2000 (HUEFS); 6 Km SW cidade, caatinga, afloramento rochoso, M.Sobral 5904, Jan.1988 (CEPC, ICN). (D7) Miguel Calmon, entre a Fazenda Pé de Serra e o riacho do Caldeirão, T.Ribeiro et al 126, 05.Abr.2001 (HRB, HUEFS). (E8) Milagres, Morro Nossa Senhora dos Milagres, just west of Milagres, open, disturbed scrub on granite hill, 500-600 m.s.n.m., R.M.Harley 19463, 6.Mar.1977 (CEPEC, IPA, K, RB); morro Pé de Serra, 580 m.s.n.m., F.França et al. 2158, 15.Mar.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM, SPF). (D6) Morro do Chapéu, 16 Km SW de Morro do Chapéu, caminho para Utinga, 1.030 m.s.n.m., M.M.Arbo et al. 5367, s.d. (CTES, K, SPF); Faz. Santa Maria, 991 m, E.Woodgyer et al. in PCD 2459, s.d. (ALCB, K); Serra do Tombador, ca. 2 Km E of Morro do Chapéu, road to Mundo Novo, 1.000 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 30726, 21.Fev.1971 (NY, UB); 23 Km SE of the town of Morro do Chapéu on the road to Mundo Novo, 900 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 19364, 03.Mar.1977 (CEPEC, IPA, K, RB); ca. 20 km E do entroncamento para Cafarnaum, com a BA-052, estrada do feijão, cerrado, L.P.de Queiroz et al. 4012, 18.Jun.1994 (HUEFS); 7 Km ao SW Várzea Nova, estrada p/ Morro do Chapéu, BA-426, caatinga, M M.Arbo 7431, 17.Jan.1997 (CEPEC, CTES); Rio Ferro Doido, mata, 760 m.s.n.m., E.Melo et al. 3091, 15.Nov.1999 (HUEFS). (F6) Mucugê, 10 Km along road S of Mucugê, 2.800 pés, L.R.M.King et al. 8752, 01.Fev.1981 (UB, US); 2 Km ao N Mucugê, estrada para Andaraí, campo rupestre, M.M.Arbo 7568, 20.Jan.1997 (CEPEC, CTES); Caminho para Abaíra, 970 m.s.n.m., campos gerais, S.Atkins et al. in PCD 5594, 13.Fev.1997 (ALCB); 12 Km S da cidade, Chapada Diamantina, na BA-142, 1.000 m.s.n.m., M.L.Guedes et al. 6275, 31.Jan.1999 (ALCB); estrada para o capão do correio, campo rupestre, 1.062 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 864, 15.Fev.2002 (HUEFS). (K8) Mucuri, BA/ES, vale do Rio Mucuri ao lado da BR-101. Plantação de cacau. R.P.Belém 3866, 13.Jul.1968 (CEPEC). (D7) Mundo Novo, Rodovia BA 052, 15 Km O da Bahia, G.Hatschbach et al. 44270, 15.Out.1981 (CEPEC, MBM). (D9) Nova Soure, entre Paraná e Nova Soure, A.L.Costa s.n., 20.Jan.1964 (ALCB 2858). (E6) Palmeiras, Serra dos Lençóis, a E de Pai Inácio, BR-242, campo rupestre, P.A.Loizeau 527, 27.Nov.1986 (CEPEC); Morro do Pai Inácio, M.L.Guedes et al. in PCD 1987, 28.Jun.1995 (ALCB, HUEFS); margem da estrada para a Torre de repetição, 900 m.s.n.m., campo rupestre, 88 M.L.Guedes et al. in PCD 3, 04.Jul.1994 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF); Pai Inácio, 1.080 m.s.n.m., A.M.Carvalho et al. in PCD 1017, 26.Out.1994 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF); 1.150 m.s.n.m., campo rupestre, E.Melo et al. in PCD 1138, 21.Nov.1994 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K); Base do morro, A.E.Ramos et al. 1125, 17.Jan.1996 (CEN); Morro do Pai Inácio, A.A.Conceição et al. 260, 17.Jan.1997 (SPF). (F5) Paramirim, Fazenda Curral Velho, caatinga, T.R.S.Silva et al. 77, 18.Abr.2001 (HUEFS). (G7) Planalto, Br 4, BA Km 1037, A.Pereira 10600, 16.Jan.1968 (HUEFS, RFA). (F6) Rio de Contas, Pico das Almas, vertente leste, estrada Fazenda Brumadinho - Fazenda Silveira, 1.250-1400 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 27709, 23.Dez.1988 (CEPEC, MBM, SPF); Fazendola, 1.110 m.s.n.m., cerrado, H.P.Bautista et al. 4375, 16.Nov.1996 (ALCB, CEPEC); subida para a Ponte do Coronel, mata ciliar, T.S.N.Sena et al. 40, 28.Mar.1998 (CEPEC, HUEFS, SPF). (D5) Salvador, Largo, L.R.Noblick 1892, 01.Jun.1980 (ALCB). (I8) Santa Cruz Cabrália, mata costeira, R.P.Belém et al. 3292, 8.Mar.1967 (CEPEC, UB). (E8) Santa Terezinha, 4 Km NW de Pedra Branca, caatinga, 400 m.s.n.m., L.P.de Queiroz et al. 1533, 27.Mai.1987 (HUEFS, MBM); T. Lima et al. s.n., 15.Mai.1999 (HUEFS 45320). (F4) Santana, ca. 34 km N de Santa Maria da Vitória na estrada para Santana, caatinga, L.P.de Queiroz et al. 5988, 14.Fev.2000 (ALCB, HUEFS). (E8) Santo Estevão, entre Santo Estevão e Paraguaçu, A.L.Costa s.n., 29.Set.1973 (ALCB 2856). (E6) Seabra, a 12 Km de Seabra na direção de Campestre, H.P.Bautista 1411, 15.Nov.1983 (HRB); G.C.P.Pinto et al. 405/83, 15.Nov.1983 (HRB); 3 Km a Oeste de Seabra, na BR-242, H.P.Bautista et al. 845, 17.Mar.1984 (HRB, MG, RB). (C7) Senhor do Bonfim, 12 Km ao N cidade, BA-130 para Juazeiro, Serra da Jacobina, a W da Estiva, mata de galeria, R.M.Harley 16606, 01.Mar.1974 (CEPEC, K); estrada entre Senhor do Bonfim e Campo Formoso, caatinga, T.S.Nunes et al. 569, 18.Jun.2001 (HUEFS). (B6) Sento Sé, 16 Km NW Lagoinha (5.5 Km SW Delfino) Rodovia para Minas do Mimoso, cerrado, solo pedregoso, R.M.Harley 16993, 08.Mar.1974 (CEPEC, K, RB); Serra da Melância, caatinga, A.M.Miranda et al. 83, 05.Jan.1990 (HRB). (E8) Serra Preta, Fazenda Lagedo Alto, caatinga, R.C.M.S.Araújo 1, Jul.2000 (HUEFS). (C9) Tucano, ca. 7 Km na estrada Tucano para Araci, caatinga, A.M.de Carvalho et al. 3833, 28.Fev.1992 (CEPEC); Km 7 a 10 na estrada Tucano/Ribeira do Pombal, cerrado/caatinga, A.M.de Carvalho 3925, 21.Mar.1992 (CEPEC). (H8) Una, Margem do Rio Una, P.C.Porto 1373, 30.Dez.1922 (RB). (G5) Urandi, rod. Urandi-Lícinio de Almeida (BA-026) a 8,9 Km da sede de Urandi, H.P.Bautista 2337, 30.Set.1997 (HRB). (E6) Utinga, estrada Wagner-Utinga, J.R.Pirani et al. CFCR 7454, s.d. (K, SPF). (G7) Vitória da Conquista, estrada Rio-Bahia (de Vitória da Conquista para Teófilo Otoni), L.Emygdio et al. 2508, 19.Dez.1966 (R); Km 2 da BA-265, trecho Conquista/Barra do Choça, margem da rodovia, mata de cipó, vegetação secundária em área devastada, S.A.Mori 9421, 04.Mar.1978 (CEPEC); agência VW lado S da cidade, 1.000 m.s.n.m., M.G.L.Wanderley et al. 1653, 12.Nov.1988 (HUEFS, SP). Material adicional: BRASIL, Gardner 1025, Nov.1837 (IPA, K). Alagoas, Gardner 1315, Abr.1838 (isótipo: K!; foto do isótipo; IPA). Ceará: Crato, Gardner 1630, Nov.1838 (holótipo: K! fotos do holótipo de K: HUEFS, IPA). Mato Grosso: Terrenos, cerrado, G.Hatschbach 23708, 17.Fev.1970 (MBM). Mato Grosso do Sul: Anastácio, Rodovia BR 119, 11 Km S de Anastácio, G.Hatschbach et al. 58915, 89 11.Fev.1993 (MBM). Bela Vista, Córrego Capú, G.Hatschbach 49196, 17.Mar.1985 (MBM). Minas Gerais: Claro dos Poções, Rodovia BR 365, próximo ao trevo Boa Sorte, G.Hatschbach 61837, 13.Mar.1995 (MBM). Itaobim, Rodovia BR 116, 20 Km S de Itaobim, G.Hatschbach et al. 47342, 18.Jan.1984 (MBM). Prata, arredores, G.Hatschbach et al. 38571, 2.Abr.1976 (MBM). Pernambuco: Araripina, 15,4 Km NW of Araripina, G.Eiten 10852, 06.Mar.1970 (K). Brejo de Madre de Deus, subida para Faz. Bituri, A.M.Miranda et al. 1099, 13.Nov.1993 (ALCB, HST, HUEFS, SP); propriedade do Bituri, capoeira, M.A.Maia Filho 05, 16.Out.1980 (IPA, MBM). Caruaru, Serra dos Cavalos, Floresta de altitude, M.C.Ferreira 1232, 24.Dez.1997 (HRB). Inajá, Reserva Ecológica Serra Negra, A.M.Miranda et al. s.n., 23.mar.1994 (ALCB 26130). Piauí: São Raimundo Nonato, Vitorino, Faz. Laboratório Vitório, ca. 12 Km E da Fundação Ruralista (sede) 220 Km ENE de Petrolina, G.P.Lewis 1129, 19.Jan.1982 (CEPEC, K); Serra Branca, E.Ule 7165, 1907 (IPA foto, K). Muito apreciada por seu fruto de sabor agridoce, muitas vezes cultivada em pequena escala para produção de suco, visando o abastecimento de mercados locais, como pode ser observado em feiras livres de algumas cidades do interior. Passiflora cincinnata pode ser confundida com P. coerulea pelas folhas, pentalobadas em ambas as espécies. Pode ser diferenciada pelo tamanho e coloração dos filamentos da corona, maiores do que as pétalas e de coloração arroxeada em P. cincinnata, e menores do que as pétalas e de coloração azulada em P. coerulea. P. cincinnata apresenta um par de glândulas na base da bráctea, caráter não encontrado em P. coreulea. P. coerulea não é, até o momento conhecida para a Bahia. 15. Passiflora trintae Sacco, Sellowia 20: 22, figs. 1,2. 1968. Tipo: Brasil, Minas Gerais, Pedra Azul: Z.A.Trinta 822 & E.Fromm 1898, 20.Abr.1964 (R!). (Figura 4A; Mapa 7). P. caatingae L.K.Escobar, Ann. Miss. Bot. Gard. 76: 880. 1989. Tipo: Brazil: Bahia, 27 km NE of Cândido Sales along highway BR-116, G.Davidse et al. 11635A (Holótipo: MO). Trepadeira, totalmente glabra; caule lenhoso, com seção circular e com estrias em toda sua extensão, formando pequenas protuberâncias; gavinhas lenhosas presentes. Estípula 1-2 x 5 mm, persistente, inteira, linear-lanceolada, base simétrica, margem lisa. Pecíolo 2-3,5 cm compr.; glândulas 2-4, sésseis, situadas na porção mediana a distal do pecíolo; lâmina 3,57 x 2-2,5 cm, coriácea, oboval, 3-lobada, raramente 4-lobada, 3-nervada, ápice acuminado, 90 base simétrica cordada, margem serrulada, lobos medianos e laterais do mesmo tamanho, lobos laterais 3,5-6,5 x 1-3 cm, glândulas 2-4 nos sinus. Pedúnculo 5-7 cm compr., articulado no ponto de inserção das brácteas; brácteas 1,5-2 x 0,5-1 cm, persistentes, inteiras, verticiladas, situadas no ápice do pedúnculo, nervação reticulada, oval-oblongas, ápice agudo, mucronado, margem denticulada. Flores 6-8 cm diâm., solitárias; hipanto 1-2 cm compr., cilíndrico-campanulado, expandido na base, cupuliforme; sépalas 2,5-4 x 0,5-0,8 cm, carnosas, vermelhas, sem glândulas, oblongas, ápice agudo, com arista terminando em um corno de ca. 3 mm compr.; pétalas 2,5-3 x 0,5-0,8 cm, membranáceas, vermelhas, oblongas; filamentos da corona em três séries, os da série externa 5-8 cm compr., com base dilatada, róseo-avermelhados, com base roxa, os da série interna ca. 3 cm compr., filiformes; opérculo membranoso; límen membranoso envolvendo a base do androginóforo, com ápice filamentoso; anel nectarífero presente; androginóforo ca. 3,5 cm compr.; filetes verdes com manchas rosadas; anteras verdes; ovário elíptico, fusiforme, verde, glabro; estiletes vermelhos, glabros; estigmas capitados, verdes. Baga ca. 5-8 x 4-6 cm, globosa, verde. Sementes ca. 7 x 4 cm, oblongas, finamente foveoladas. Encontrada em matas estacionais e cerradas de Minas Gerais e da Bahia. Neste Estado foi encontrada em áreas de mata estacional e mata atlântica, ocasionalmente em áreas de caatinga, entre o centro-sul/centro-norte da Bahia e o extremo oeste deste Estado (Mapa 7), em altitudes variando de 600 a 1.000 m.s.n.m. Floresce e frutifica de outubro a abril. Material examinado: BRASIL, Bahia: Rodovia BR 4, 20 Km N da divisa Minas-Bahia, mata de cipó, R.P.Belém et al. 361, 29.Jan.1965 (K, UB). (G7) Barra do Choça, 7 Km W of Barra do Choça, on the road to Vitória da Conquista. High mata de cipó, forest, with mixed decíduous and evergreen trees and dense and impenetrable undestorey of often spiny shrubs and small trees, and bamboos. R.M.Harley et al. 20197, 30.Mar.1977 (CEPEC, K); estrada que liga São Sebastião a Barra do Choça, 7 Km ao SE de São Sebastião, pastaria e mata de cipó remanescente, S.A.Mori et al. 11267, 21.Nov.1978 (CEPEC). (H6) Cândido Sales, 27 Km NE of Cândido Sales, along highway BR 116, G.Davidse et al. 11625, 30.Mar.1976 (SP); Rod. BR 116, 3 Km S de Cândido Sales, caatinga, G.Hatschbach 47350, 19.Jan.1983 (CEPEC, MBM); Veredinha, arredores, G.Hatschbach 48182, 14.Set.1984 (MBM); Rod. Br 116, G.Hatschbach et al. 50040, 20.Nov.1985 (MBM). (E3) Coribe, cerca de 10 Km L de Coribe, estrada Coribe/Descoberto, cerrado, 670 m.s.n.m., F.França et al. 3837, 17.Abr.2002 (HUEFS). (E3) Cristopólis, Rodovia BR 242, caatinga, G.Hatschbach et al. 44131, 10.Out.1981 (CEPEC, MBM). (E8) Milagres, entre Milagres e Jaguaguara, E.P.Heringer 10282, 20.Jan.1965 (UB). (G7) Planalto, Br 4, Bahia Km 1037, A.Pereira 10601, 16.Jan.1968 (HUEFS, RFA); 2 Km ao Sul da Sede do 91 município na Br 116, mata estacional, E.Melo et al. 1181, 14.Abr.1995 (HUEFS, MBM). (G7) Vitória da Conquista, Km 10 a 15 da rod. Conquista–Anagé, caatinga, T.S.Santos 2495, 22.Nov.1972 (CEPEC); ca. 14 Km na rodovia Vitória da Conquista – Brumado, caatinga, A.M.de Carvalho et al. 2604, 26.Dez.1989 (CEPEC); Km 2 da rod, BA-265, trecho Vitória da Conquista-Barra do Choça, margem da rodovia, região de mata de cipó, vegetação secundária em área devastada, 900 m.s.n.m., S.A.Mori et al. 9416, 4.Mar.1978 (CEPEC); 6 km antes da cidade na estrada de Madeira, 500-1000 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 27713, 23.Dez.1988 (CEPEC, SPF). Material adicional: BRASIL, Minas Gerais: Grão Mogol, Cerrado na estrada para Rio Ventania, 750 m, J.R.Pirani et al. CFCR 12691, 13.Dez.1989 (HUEFS, MBM, SPF); Vale do ribeirão das mortes, acima da cidade, 910 m, carrascal, R.Mello-Silva et al. CFCR 10116, 04.Set.1986 (SPF). Jequitinhonha, Entre Jequitinhonha e Pedra Azul, Km 05, G.J.Shepherd et al. 4448, 09.Mar.1977 (MBM, UEC). Pedra Azul, ca. 15 Km (em linha reta) da cidade Km 47 da Br 116, 790 m.s.n.m, afloramento rochoso pouco íngreme, V.C.Souza et al. 5190, 11.Fev.1994 (HUEFS, SP). Passiflora trintae pode ser confundida com P. setacea ou P. recurva. Diferencia-se de P. recurva por apresentar margem da lâmina serreada (x lisa), e de P. setacea por esta apresentar caule e folhas pubescentes enquanto P. trintae é totalmente glabra. Escobar (1989), descreveu como P. caatingae uma nova espécie proveniente dos estados de Minas Gerais e Bahia, incluindo-a no subgênero Tacsonioides. A autora apresentou nesta publicação, um xerox do holótipo, depositado no Herbário do Missouri (MO). Esta espécie no Estado da Bahia seria encontrada na região da Serra Geral, principalmente no muncípio de Cândido Sales. O material encontrado nesta localidade durante o desenvolvimento deste estudo corresponde a P. trintae, descrita por Sacco (1968). O material depositado no herbário SP, citado na descrição de Escobar como P. caatingae, corresponde a P. trintae, e as caracterísitcas constantes na descrição e ilustração apresentadas por esta autora não deixam dúvida de que se tratam da mesma espécie, que são aqui sinonimizadas. 92 93 P. cincinnata P. trintae Mapa 7. Distribuição de P. cincinnata e P. trintae no Estado da Bahia. 94 95 16. Passiflora edulis Sims., Bot. Mag. 45: tab. 1989. 1818. Tipo não preservado (descrita de plantas cultivadas na Europa, cujas sementes foram enviadas do Brasil). (Figura 4B-D; Mapa 8). Trepadeira, totalmente glabra ou esparsamente vilosa; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas ca. 1 x 0,1 cm, caducas, inteiras, lineares, ápice agudo, base simétrica, margem lisa. Pecíolo 1-3 cm compr.; glândulas 2, sésseis, orbiculares, situadas no ápice do pecíolo; lâmina 6-10(-13) x 8-13 cm, 3-lobada, inteira quando jovem, membranácea a subcoriácea, 3-nervada, nervuras nascendo no ápice do pecíolo, face adaxial e face abaxial glabras, base simétrica, cordada ou cuneada, com glândulas sésseis na margem e nos sinus foliares; lobos oblongo-elípticos, ápice agudo ou acuminado, margem serreada, lobo mediano 7-10(-13) x 2,5-4 cm, oblongo-elíptico a oval-lanceolado, lobos laterais (4,5-)6-8 x 2,5-3 cm. Pedúnculo 2-5 cm compr., articulado no ponto de inserção das brácteas; brácteas 2-2,5 x 11,5 cm, persistentes, verticiladas na porção distal do pedúnculo, ovais a oblongas, laciniadas, nervura central proeminente, ápice agudo e mucronado, margem serreada com glândulas sésseis. Flores 6-8 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 1 cm compr., campanulado, com nervuras proeminentes; sépalas 1,5-3 x 0,8-1 cm, carnosas, verdes na face externa, brancas na face interna, oblongas, corniculadas, corno 0,5-1,5 cm, ápice agudo, margem lisa com duas glândulas sésseis na porção distal; pétalas 2-3,5 x 5-7 cm, membranáceas, brancas, oblongas, ápice agudo, margem lisa; filamentos da corona em cinco séries, os das duas séries externas maiores do que as pétalas, filiformes, os das três séries internas curtas, ca. 1 mm compr., denticulados, bandeamento arroxeado até a metade inferior, branco na metade superior; filamentos filiformes, com pequenos processos dentiformes no interior do hipanto; opérculo membranoso com filamentos curtos na margem; anel nectarífero presente; límen cupuliforme, inteiro; androginóforo com tróclea na altura do límen, ca. 4 mm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário ovóide-elíptico, velutino, verde-claro; estiletes pilosos, alvo-vináceos, estigmas capitados, verde-escuros. Baga ca. 4-8 x 2-6 cm diâm., globosa, verde-amarelada ou verde-escura quando imatura, amarela quando madura. Sementes ca. 5-6 mm x 3-4 mm, ovais, reticuladas ou foveoladas. Nome vulgar: Gema-de-ovo-grande, maracujá, maracujá-de-boi, maracujá-mirim, maracujá-peroba, maracujá-preto, maracujá-redondo, maracujá-roxo ou peroba-roxa. 96 Espécie nativa do Brasil, encontrada naturalmente ou em plantações comerciais em todo o Brasil, chegando até o Paraguai e Nordeste da Argentina. É cultivada extensivamente em muitos países tropicais. Floresce e frutifica durante praticamente todo o ano. Encontrada na Bahia em condição espontânea em áreas de mata atlântica e mata estacional (Mapa 8), em altitudes de 50 a 700 m.s.n.m. Material examinado (plantas provavelmente não cultivadas) BRASIL, Bahia: Amado, 08.Jan.1973 (RB). (G7) Barra do Choça, Km 15 da Rod. Barra do Choça/Caatiba, capoeira, R.S.Pinheiro 2214, 29.Jul.1973 (CEPEC). (H9) Belmonte, ca. 26 Km SW of Belmonte along road to Itapedi, and 4 Km along side road towards the sea, R.M.Harley 17428, 25.Mar.1974 (CEPEC, K, RB); Km 51 da Rod. Itapebi/Belmonte, 5Km a W Barrolândia, área da EGREB, mata higrófila, F.S. Santos 860, 30.Mar.1988 (CEPEC). (G7) Boa Nova, 27 Km West of Dario Meira on road to Boa Nova (17,1 Km east of Boa Nova), 300 m.s.n.m., W.W.Thomas et al. 12225, 14.Out.2000 (CEPEC, NY). (E6) Bonito, Estrada Bonito-Utinga, ca. 5km da cidade, D.S.Carneiro-Torres 63, 11.Nov.1998 (HUEFS). (H9) Canavieiras, Ramal a direita depois da ponte, na estrada Una/Canavieiras, ca. 1 Km da Ba-001 na rodovia para o cubículo, T.S.Nunes et al. 755, 07.Jan.2002 (HUEFS). (D10) Conde, Fazenda do Bu, mata do Fundão I, J.Costa et al. 5, 12.Dez.1995 (HRB, HUEFS). (F8) Cravolândia, Três Braços, E.Melo & F.França 469, 15.Jan.1991 (CEN). (E8) Cruz das Almas, G.C.P.Pinto et al. 46/89, 13.Nov.1989 (HRB, MBM, RB). (D10) Entre Rios, Porto de Sauípe, Restinga arbustiva, M.L.Guedes et al. 3833, 20.Abr.1996 (ALCB). (I8) Eunapólis, M.L.Guedes 4104, 14.Jan.1997 (ALCB). (E8) Feira de Santana, T.S.N.Sena 3, 22.Mai.1993 (HUEFS, MBM). (G8) Floresta Azul, Torre da Coelba, entrada a ca. 12 Km da sede municipal na rod. Para Itapetinga, ca. 8 Km da entrada, 700 m.s.n.m., J.G.Jardim et al. 3050, 25.Jul.2000 (CEPEC). (G8) Ilhéus, Rodovia Ilhéus/Itabuna (BR 415), Fazenda Omonita, 40 m.s.n.m., N.R.S.Santos et al. 82, 08.Fev.1998 (HUEFS, UESC); Área do CEPEC, Km 22 da rodovia Ilhéus/Itabuna (BR 415), região de mata higrófila sul baiana, 50 m.s.n.m., J.L.Hage 1569, 16.Dez.1981 (CEPEC, HUEFS); Olivença, restinga, L.E.M.Filho 3041, 01.Dez.1970 (CEPEC). (G8) Itacaré, 6 Km SW cidade, ao S Rod. Itacaré/Ubaitaba, mata costeira, R.M.Harley 18373, 29.Jan.1977 (CEPEC, K). (G8) Itajuípe, Plantação de cacau, R.P.Belém et al. 2926, 24.Nov.1966 (UB). (G8) Maraú, mata costeira, R.P.Belém 3060, 12.Jan.1967 (CEPEC, MG, UB). (I8) Porto Seguro, Reserva Brasil Holanda S/A, entrada Km 22 Rodovia para Eunapólis, 9,5 Km na entrada, mata perturbada, A.M.de Carvalho 4477, 06.Abr.1994 (CEPEC); Parque Nacional de Monte Pascoal, Área limite entre o PARNA e a Reserva Indígena, Barra Velha da tribo Pataxó, mata higrófila sul baiana, A.M.Amorim et al. 2548, 13.Set.1998 (CEPEC, SP). Salobrinho, Rua São Paulo, s.n., L.C.do B.Costa 0082, 10.Jun.1998 (UESC). (D5) Salvador, Lagoa do Abaeté. B.F.Viana 94, 5.Nov.1996 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Restinga, R.P.Belém et al. 260, 24.Jan.1965 (CEPEC); Área de Pituaçu (UCSal), floresta atlântica, M.L.Guedes et al. 2552, 17.Fev.1992 (ALCB, HRB); Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, floresta Ombrófila, G.A.Faria et al. 68, 26.Out.1997 (HRB); Paripe, 97 Área antropizada, E.Saar 36, 01.Out.1996 (ALCB); Itapuã, dunas, M.L.Guedes s.n., 18.Set.1994 (ALCB 26676, CEPEC); Dunas do Abaeté, M.L.Guedes s.n., 07.Mai.1995 (ALCB 027984); D.J.N.Hind & M.L.Guedes 63, 20.Fev.1992 (ALCB); L.P.de Queiroz 520, 02.Abr.1983 (ALCB); próximo a Abaeté, M.L.Guedes 913, 2.Dez.1984 (ALCB); próximo ao aeroporto, M.L.Guedes 601, 02.Abr.1983 (ALCB); M.L.Guedes 543, 12.Set.1982 (ALCB); Lagoa do Abaeté-Itapoan, L.R.Noblick 1319, 12.Mai.1979 (ALCB); Alunos da 2a. Série s.n., 15.Out.1980 (ALCB 2855); Arredores do Parque Metropolitano do Abaeté, A.O.França 01, 31.Out.1995 (ALCB); Mata dos Oitis, Grupo da Oceplan s.n., 14.Ago.1976 (ALCB 20213); Alunos de Extensão CESU s.n., 29.Set.1983 (ALCB 19622); Stella Mares, condomínio Retromar, C.B.Nascimento et J.Costa 47, 22.Fev.1998 (HRB, HUEFS); Inhambupe, contato savana/estepe, G.C.P.Pinto 11/83, 14.Fev.1983 (HRB). (I8) Santa Cruz Cabrália, Torre da EMBRATEL, final do ramal com entroncamento Km 26 BR-367 para Porto Seguro, mata devastada, S.A. Mori 10870, 20.Out.1978 (CEPEC); área da Estação Ecológica do Pau-Brasil, mata higrófila, F.S.Santos 102, 12.Jan.1984 (CEPEC). (D5) São Sebastião do Passé, Lamarão do Passé, Ponto 4, atrás da Caraíba, restinga, substrato areno-argiloso, A.F.S.Nascimento 140, 18.Out.1998 (ALCB, CEPEC). (F8) Teolândia, Três Braços, E.Melo & F.França 455, 15.Jan.1991 (CEN). (H8) Una, 8 a 10 Km ao N Una, BA-001, orla da restinga, G.Hatschbach 57028, 12.Abr.1992 (CEPEC, MBM). (G8) Uruçuca, Parque Estadual Serra do Candiru, ca. 11,5 Km de Serra Grande em direção a Uruçuca, com 1 Km do ramal à esquerda, mata higrófila sul baiana, S.C.de Sant'Ana et al. 848, 18.Mai.2000 (CEPEC); Distrito Serra Grande, Km 30 da rod. Ilhéus/Itacaré, M.B.Jogaib et al. 39, 02.Mar.2000 (CEPEC). (D5) Vera Cruz, Cacha Pregos, M.L.Guedes et al. 2521, 09.Jan.1991 (ALCB). Material Adicional: Brasil, Alagoas: near of the Rio São Francisco, Gardner 1313, 03.Mar.1938 (K, IPA foto). Paraná: Campina Grande do Sul, Rodovia para o Parque das Lauráceas, J.Cordeiro et al. 867, 29.Out.1992 (HRB, MBM). Pernambuco: Belo Jardim, Muquen, V.C.Lima & C.Ferreira 12, 20.Jan.1998 (IPA). Carpina, R.Bedi 242, 1986 (IPA 51676). Iguarassú, Mata da Usina de São José, A.Silva s.n., 21.Nov.1999 (IPA). Olinda, no sítio onde fica instalado a horta de plantas medicinais de Olinda, V.C.Lima 486, 06.Ago.1990 (IPA). Tapera, D.B.Pickel 1250, Jan.1927 (IPA). Rio de Janeiro: Parati, APA Cairuçu, Laranjeiras, caminho para praia do Sono, 200 m.s.n.m., S.P.Oliveira 16, 04.Dez.1995 (CEPEC). São Paulo: São Sebastião, Ilha Bela, estrada para o lado oriental da ilha, ca. 2 Km E da ilha Bela, L.P.de Queiroz et al. 2769, 10.Nov.1990 (CEPEC, HUEFS). Passiflora edulis é freqüentemente confundida com P. coerulea, diferenciando-se desta principalmente pelo tamanho dos filamentos da corona da série externa, curtos em P. coerulea e do mesmo tamanho ou maiores do que as pétalas em P. edulis. P. coerulea não ocorre na Bahia. Pode também ser confundida com P. malacophylla, diferenciando-se desta pelo indumento (totalmente glabra em P. edulis e pubescente em P. malacophylla) e pelas glândulas do pecíolo (pedunculadas em P. malacophylla e sesséis em P. edulis). Esta é a espécie mais cultivada devido ao seu grande valor comercial. Por este motivo 98 muitas variedades foram descritas. Isto pode estar associado à variabilidade produzida pelo cultivo e hibridizações, pois os caracteres usados para diagnosticá-las são instáveis, ocorrendo uma grande variabilidade em função de onde é encontrada a planta. Portanto, neste trabalho não são reconhecidas variedades para esta espécie. 17. Passiflora recurva Mast. in Mart., Fl. Bras. 13(1): 608, pl. 124. 1872. Tipo: Brasil, “Pernambuco, Rio Preto”, Gardner 2877, Set.1839 (Holótipo: K!; foto do holótipo: HUEFS! IPA!). (Mapa 8). Trepadeira pubescente; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas ca. 3 mm compr., caducas, inteiras, lineares, ápice agudo, margem lisa. Pecíolo 1-2 cm compr.; glândulas 2, orbiculares, sésseis na porção basal do pecíolo; lâmina 4-4,5 cm compr., 3-lobada membranácea a cartácea, face adaxial glabra, face abaxial tomentosa, ápice arredondado ou truncado, base subcordada, margem crenada, com glândulas nos sinus entre os lobos; lobo central maior do que os laterais, 5-6 x 1,5-2,5 cm, lobos laterais 4-5 x 1-1,5 cm. Pedúnculo 49 cm compr., recurvado; brácteas 1-2 cm compr., persistentes, verticiladas a ca. 1 cm da flor, oblongo-lanceoladas a setáceas, ápice agudo, margem lisa. Flores 4-6 cm diâm., solitárias; hipanto 0,5-1 cm compr., glabro, campanulado, com base dilatada formando um pequeno bojo; sépalas 1,5-2,5 x 0,5 cm, carnosas, verdes com nervuras vináceas na face externa, branca na interna, oblongas, carenadas e aristadas, arista formando uma quilha com 5 mm larg., corniculadas, corno ca. 5 mm compr.; pétalas 1-2 x 0,4 cm, membranáceas, brancas, linearoblongas; filamentos da corona verde-esbranquiçados, filiformes, em várias séries, os da série externa ca. 1 cm compr., os da série interna 2-3 mm compr.; opérculo membranoso, filamentoso no ápice, límen anular, branco; anel nectarífero presente; androginóforo 2-2,5 cm compr.; filetes verde-amarelados; anteras amarelas; ovário ovóide, glabro, verde; estiletes vináceos; estigmas verdes. Baga ca. 3 x 2 cm diâm., ovada, glabra, 6-costada, verdeamareladas. Sementes ca. 6 x 3 mm, oblongas, finamente alveoladas. A espécie foi referida por Killip (1938) apenas para o Estado de Pernambuco, baseado na citação do tipo. No entanto, a região de “Rio Preto”, onde Gardner a coletou em 1839, corresponde hoje à região de Formosa de Rio Preto no Estado da Bahia. Cervi (1997) citou a 99 espécie para os estados da Bahia e Pernambuco. Na Bahia é encontrada principalmente na região da Chapada Diamantina, em áreas de campo rupestre, caatinga e mata estacional (Mapa 8), em altitude de 700 a 1.020 m.s.n.m. Floresce e frutifica de agosto a dezembro. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Abaíra, estrada Catolés-Abaíra, próximo ao Garimpo do Engenho, 1.020 m.s.n.m., carrasco, W.Ganev 1396, 29.Out.1992 (HUEFS, K, SPF); carrasco à beira do Rio do Ribeirão, W.Ganev s.n., Ago.1992 (HUEFS 13679); capão da mata do criminoso, solo arenoso, 1.000 m.s.n.m., W. Ganev 2403, 03.Nov.1993 (HUEFS, K); distrito de Catolés, Engenho dos Vieiras, ca. 2,5 Km de Catolés, carrasco, 1.200 m.s.n.m., W. Ganev 1001, 03.Set.1992 (HUEFS, K, SPF); caminho Catolés-Guarda Mor, próximo a Quebra-Panela, 1.200 m.s.n.m., W. Ganev s.n., 12.Out.1992 (HUEFS 13702); carrasco, 1.080 m.s.n.m., L.P.de Queiroz et al. 3834, 31.Out.1996 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF); Estrada CatolésAbaíra, 2 Km de Catolés, Lambedor, 1.080 m.s.n.m., campos gerais, B.Stannard et al. H 51928, 14.Mar.1993 (HUEFS, K, SPF); saída de Abaíra, próximo a 1a. ponte com córrego, indo para Ribeirão de Baixo, 1.059 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 141, 20.Set.1999 (HUEFS); distrito de Catolés: ca. 5 Km da saída de Catolés para Abaíra, ca. 1 Km de Ouro Verde, campo rupestre, 1.059 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 142, 20.Set.1999 (HUEFS). (E6) Andaraí, ao longo da BA 142, L.P.de Queiroz 1828, 09.Out.1987 (HUEFS); Km 10 da estrada Andaraí/Itaeté, cerrado, S.C. de Sant'Ana 254, 21.Nov.1992 (CEPEC); a 7 Km S de Andaraí, M.L.Guedes 1410, 09.Out.1987 (ALCB). (D4) Barra, ca. 58 Km W de Ibotirama na Br 242, caatinga, L.P.de Queiroz et al. 4068, 11.Out.1994 (CEPEC, HUEFS, MBM). Brejinho das Ametistas, Bacia do Médio rio de Contas, Km 21, estrada Jurema-Brejinho das Ametistas, 780 m.s.n.m., D.A.Lima 76-6077, 17.Out.1976 (IPA). (G6) Brumado, Rod. Br030, G.Hatschbach et al. 50448, 17.Jun.1986 (MBM). (G5) Caetité, São Francisco, caminho para lagoa Real, caatinga, B.Stannard 5234, 08.Fev.97 (ALCB, CEPEC, SPF). (E3) Cristopólis, Rod. Br 242, G.Hatschbach et al. 44120, 10.Out.1981 (CEPEC, MBM). (D2) Formosa do Rio Preto, Gardner 2877, Set.1839 (Foto do holótipo: IPA, HUEFS; holótipo: K!). (D5) Gentio do Ouro, Beira da estrada, 34 km antes de Tabebuia, E.B.Miranda-Silva et al. 238, 25.Set.1999 (HUEFS); Estrada Gentio do Ouro a Brotas de Macaúbas, caatinga arbórea densa, 714 m.s.n.m, E.R.de Souza et al. 312, 17.Mai.2002 (HUEFS). (F6) Ibicoara, Estrada para Mucugê, beira de estrada, 1.154 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 893, 16.Fev.2002 (HUEFS). (E7) Itaête, Assentamento Baixão, área de lote, D.L.Santana et al. 229, 13.Abr.2001 (ALCB). (F7) Jequié, Km 3, margem direita do Rio de Contas, estrada para torre de TV, caatinga, M.V.L.Pereira 165, 07.Set.1987 (CEPEC). (E6) Lençóis, caminho para o Serrano, L.R.Noblick 3021, 07.Mar.1984 (HUEFS); Chapada Diamantina, beira da estrada de acesso ao Morro do Pai Inácio, A.A.Grillo et al. 36, 18.Ago.1996 (SPF); mata entre Lençóis e a BR 242, M.L.Guedes et al. 1505, 12.Out.1987 (ALCB); Assentamento Rio Bonito, M.L.Guedes 313, 03.Jun.2001 (ALCB); Pai Inácio, I.Machado et al. 302, 05.Mar.2002 (HUEFS, UFRPE); Rio Lençóis, R.B.Santos et al. 6, 7.Jan.1999 (HUEFS). (F6) Livramento do Brumado, 5 Km da cidade na estrada par Rio de Contas, 600 m.s.n.m., caatinga e capoeira, R.M.Harley et al. 25608, 25.Out.1988 (CEPEC, K, SPF). (D6) Morro do Chapéu, estrada para Morrão, ca. 5 KM da entrada, D.S.Carneiro et al. 29, 11.Nov.1998 (CEPEC, HUEFS, MBM, SPF); 100 entre 25 e 26 km de Morro do Chapéu, estrada vicinal próximo à estrada do feijão, próximo ao Ventura, caatinga, 765-800 m.s.n.m., E.Melo et al. 3178, 18.Nov.1999 (HUEFS); Serra do Tombador, ca. 5 Km S of town of Morro do Chapéu, near base of Morro do Chapéu, 1.100 m.s.n.m., H.S.Irwin et al. 32558, 19.Fev.1971 (NY, UB); Morrão, 1.285 m.s.n.m., C.Correia et al. 104, 04.Abr.2002 (HUEFS). (F6) Mucugê, a 13 Km de Mucugê, G.P.Lewis et al. 7000, 16.Fev.1984 (K, SPF); 12 Km S da cidade, na BA-142, 1.000 m.s.n.m., M.L.Guedes et al. 6284, 31.Jan.1999 (ALCB); caminho para Guiné, Br 242 no Km 54, 1.000 m.s.n.m., M.L.Guedes 6205, 5.Dez.1998 (ALCB); Próximo à área do Parque Chapada Diamantina, campo rupestre, solo arenoso com afloramentos rochosos, M.L.Guedes et al. 5107, 29.Jun.1997 (ALCB, MBM); Campo rupestre, G.C.P.Pinto 160/80, 25.Mar.1980 (HRB); Vereda Grande, cerrado, G.Hatschbach et al. 48042, 18.Jun.1984 (MBM). (E6) Palmeiras, próximo à localidade de Caeté-Açú, Cachoeira da Fumaça (Glass), 1.200 m.s.n.m., L.P.de Queiroz et al. 1917, 11.Out.1987 (HUEFS, MBM); Distrito Campo São João, leito do rio sem nome "Rio da Rua" completamente seco, 756 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 199, 23.Out.2000 (HUEFS); Morro do Pai Inácio, base do morro, A.E.Ramos et al. 1129, 17.Jan.1996 (CEN). (F6) Piatã, Cabrália, ca. 7 km em direção à Piatã, 1.158 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 28259, 5.Set.1996 (HUEFS, MBM); estrada Inúbia-Piatã, a 8 km de Inúbia, cerrado, 1.320 m.s.n.m., D.J.N.Hind et al. in PCD 4213, 11.Nov.1996 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K, SPF); entrada a direita, após a entrada para Catolés, cerrado, 1.090 m.s.n.m., D.J.N.Hind et al. PCD 4145, 08.Nov.1996 (ALCB). (F6) Rio de Contas, estrada Real, logo após a Pousada Repouso, L.P.de Queiroz et al. 4942, 26.Jan.1998 (HUEFS, SP, SPF); Estrada para Jussiape, beira de estrada, 900 m.s.n.m., T.S.N.Sena et al. 29, 27.Mar.1998 (CEPEC, HUEFS, SP, SPF); arredores da cidade, cerrado aberto, 840 m.s.n.m., M.Alves et al. 1180, 20.Out.1997 (HRB, IPA, UFP); Serra Marselina (Serra da antena de TV), 1.020 m.s.n.m., campo rupestre, R.M.Harley 4488, 18.Nov.1996 (ALCB); Fazenda Fiuza, 1.130m, B.Stannard et al. 5070, 04.Fev.1997 (ALCB); ca. 7 Km a cidade, em direção ao Vilarejo de Bananal. Área de campo rupestre com cerrado, 1.220-1.850 m.s.n.m., N.Roque et al. CFCR 14881, 05.Mar.1994 (SPF); 8 Km da cidade, na estrada para Arapiranga (Furna) 1.600 m.s.n.m., capoeira, R.M.Harley et al. 25825, 01.Nov.1988 (CEPEC, SPF, UEC); estrada para o povoado de Mato Grosso, cerrado, G.Hatschbach 47382, 20.Jan.1984 (CEPEC, MBM). (E6) Seabra, a 12 Km de seabra na direção de Campestre, 930 m.s.n.m., G.C.P.Pinto 410 A/83, 15.Nov.1983 (HRB, MBM); Rod. BR 242, 10 Km O de Seabra, G.Hatschbach 44196, 12.Out.1981 (MBM). Tanque Novo, Caldeiras, transição de caatinga e cerrado, G.Hatschbach 66011, 20.Jan.1997 (CEPEC, MBM). Passiflora recurva pode ser confundida com P. setacea ou P. trintae. Diferencia-se de P. setacea por ser totalmente glabra, enquanto esta é totalmente pubescente. De P. trintae diferencia-se por esta apresentar margem da lâmina foliar serreada, enquanto em P. recurva a margem é lisa. 18. Passiflora watsoniana Mast., Gard. Chron. n. ser. 26: 648, fig. 127. 1886. Tipo: Coletor 101 não especificado (exsicata feita a partir de planta cultivada no Jardim Botânico de Kew a partir de sementes coletadas no Brasil), (holótipo: K! foto do holótipo: HUEFS!). (Figura 4EF; Mapa 8). Trepadeira totalmente glabra; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 1,5-2 x 0,5-1 cm, foliáceas, reniformes, semi-ovais, base assimétrica, ápice arredondado, margem serreada. Pecíolo 1-3 cm compr.; glândulas 2-4, pedunculadas, situadas do meio para o ápice; lâmina 3-lobada, membranácea, adaxial verde-escura, face abaxial vinácea, variegada, 3-5-nervada, oboval, ápice obtuso, emarginado, base subpeltada, cordadotruncada, margem revoluta, crenada, com quatro glândulas nos sinus; lobo central 3-5 x 1-3 cm; lobos laterais 3-4 x 1-2 cm. Pedúnculo 4-6 cm compr.; brácteas ca. 3 mm compr., caducas, alternas no pedúnculo, inteiras, lineares, margem lisa. Flores ca. 5 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 1 cm compr., campanulado, verde; sépalas 1,8-2,2 x 0,5 cm, carnosas, externamente verdes, internamente róseas, oblongas, glândulas ausentes, corniculada, corno ca. 2 mm compr.; pétalas 1,5-2 x 0,5 cm, membranáceas, rosa, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona roxo-esbranquiçados, em várias séries, filiformes, os das duas séries externas ca. 2 cm compr., os das séries internas ca. 0,8 cm compr.; opérculo ca. 6,5 mm compr., ápice filamentoso; anel nectarífero anular, carnoso; límen cupuliforme, adnado ao androginóforo; androginóforo 1,5-2 cm compr.; filetes glabros, verdes; anteras amarelas; ovário ovóide, circular, verde; estiletes glabros; estigmas capitados, verde-escuros. Baga ca. 4-5 x 3,5 cm, globosa, verde. Sementes ca. 5 x 3 mm, ovadas, alveolado-foveoladas. Distribuída principalmente, no Brasil Central. Na Bahia, foi encontrada na mata atlântica e matas estacionais, campo rupestre e próximo a restingas (Mapa 8), em altitude de 50 a 820 m.s.n.m. Floresce de novembro a abril, frutifica de dezembro a junho. Material examinado: BRASIL, Bahia: (D10) Conde, Fazenda do Bu, final da trilha 1 da mata da Maré, L.N.Silva et al. 58, 31.Mai.1995 (HRB, HUEFS). (G8) Itacaré, A.M.Amorim 2659, 11.Nov.1998 (CEPEC). (D7) Miguel Calmon, Serra das sete passagens, Parque Estadual das Sete Passagens, próximo a sede do Parque Vale das Pedras, mata alta de grotão, 820 m.s.n.m., H.P.Bautista et al. 3022, 05.Abr.2001 (HRB, HUEFS). (D5) Salvador, Mata do Resgate, M.L.Guedes et al. 5261, 20.Set.1997 (ALCB, HRB); Pituba, Estrada 102 de Brotas, A.L.Costa 89, 31.Mai.1950 (ALCB). (E8) Santa Terezinha, Serra da Jibóia. Beira de estrada, F.França 1098, 18.Mar.1995 (HUEFS); Serra da Jibóia, Morro da Pioneira, campo rupestre, C.Azevedo et al. 71, 25.Abr.1998 (HRB); Serra da Pioneira, Campo rupestre, L.P.de Queiroz 1098, 14.Nov.1986 (HUEFS); Serra da Jibóia (=Serra da Pioneira), Campo rupestre sobre afloramentos graníticos, L.P.de Queiroz 2977, 22.Dez.1992 (CEPEC, HUEFS); Campo rupestre, L.P.de Queiroz 3142, 7.Mai.1993 (CEPEC, HUEFS); Mata Higrófila, L.P.de Queiroz 3163, 7.Mai.1993 (CEPEC, HUEFS); Topo da Serra da Jibóia, em torno da torre de televisão, Mata Higrófila, L.P.de Queiroz 3240, 18.Jun.1993 (HUEFS); L.P.de Queiroz et al. 6462, 02.Mar.2001 (HUEFS). Material adicional: BRASIL, Alagoas: D.A.Lima et al. 80-9712, 28.Out.1980 (IPA). Pernambuco: Brejo de Madre de Deus, D.A.Lima 81-8997, 18.Fev.1981 (IPA). Londres: s.l., culivado no Royal Botanic Gardens - Kew. s.c. Ago.1886. (holótipo de P. watsoniana: K!. foto do holótipo: CEPEC!, HUEFS!, IPA!). Passiflora watsoniana pode ser confundida com P. amethystina. Diferencia-se desta pelo tamanho do pedúnculo, até 5 cm em P. watsoniana e maior que 5 cm em P. amethystina. Outro caráter importante é a coloração das flores, rosada em P. watsoniana, violácea em P. amethystina. 103 A 104 19. Passiflora miersii Mast., in Mart., Fl. Bras. 13(1): 599, tab. 117, fig. 1. 1872. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos: J. Miers s.n., s.d. (holótipo: K!; foto do holótipo: HUEFS). (Mapa 9). Trepadeira totalmente glabra; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 1,8-2,5 x 1-1,5 cm, persistentes, inteiras, com pontuações translúcidas castanhas por toda sua extensão, reniformes, ápice mucronado, margem crenada, levemente revoluta. Pecíolo 1,5-2,5 cm compr.; glândulas 2, pedunculadas, ca. 2 mm compr., situadas na porção mediana a distal do pecíolo; lâmina 5,8-7 x 3-3,5 cm, membranácea, inteira, 3-nervada, lanceolada ou oval-lanceolada, ápice agudo, base truncada, subpeltada, margem lisa. Pedúnculo 4-9 cm compr.; brácteas 3 x 1 mm, linear-setáceas, caducas, alternas. Flores ca. 5 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 5 mm compr., campanulado com base dilatada; sépalas 1,52,5 x 0,5-0,7 cm, carnosas, externamente verdes, internamente brancas, oblongas, obtusas no ápice, corniculadas; pétalas 1,5-2 x 0,5 cm, membranáceas, brancas, lanceoladas; filamentos da corona em quatro séries, os das duas séries externas ca. 1 cm compr., variegados de púrpura 105 e branco, os das três séries internas ca. 3 mm compr., violeta-escuro; opérculo ca. 7 mm compr., filamentoso, ereto; anel nectarífero presente; límen ca. 7 mm compr., anular, cupuliforme; androginóforo ca. 1,5 cm compr.; filetes glabros; anteras amarelas; ovário ovóide, glabro, glauco; estiletes glabros; estigmas capitados. Baga ca. 1,5-2,2 x 1-1,8 cm, globosa. Sementes não vistas. Distribuida na região leste do Brasil, da Bahia até São Paulo (Killip, 1938). No Estado da Bahia foi encontrado apenas um material coletado por Castellanos, que infelizmente não contêm a localidade, nem a época em que foi coletado. Através de análise de outras coletas feitas pelo mesmo pesquisador com numeração próxima ao número citado para P. miersii, acreditamos que esta coleta tenha sido feita na região sul da Bahia em área de mata atlântica. Material examinado: BRASIL, Bahia: A.Castellanos 2652, s.d. (CEPEC, UB). Material adicional: Rio de Janeiro, Montanha dos Órgãos, Miers s.n., Jan.1828 (Síntipo: K!; Foto do síntipo: HUEFS!). São Paulo, Campinas, Reserva da Fazenda Santa Genebra, Floresta do Planalto, 640 m, L.P.de Queiroz 2214, 05.Nov.1989 (HUEFS). Itirapina, Reserva do Instituto Florestal, cerrado, L.P.de Queiroz 2263, 23.Fev.1989 (HUEFS). Passiflora miersii é facilmente reconhecida pelo tamanho de suas folhas (5,8-7 x 3-3,5 cm), pelo tamanho das estípulas (1,8-2,5 x 1-1,5 cm) e pela presença de pontuações translúcidas castanhas por toda sua extensão. O tipo de nervação foliar peninervada, pode confundí-la com P. galbana. Porém P. galbana apresenta flores de 6-8 cm de diâm., enquanto P. miersii apresenta flores de apenas 3 cm de diâm. 20. Passiflora edmundoi Sacco, Sellowia 18: 44, figs. 3-5. 1966. Tipo: Brasil, Bahia: 4 Km de Maracás em direção a caatinga de Tamburi (1.000m.s.m.). E.Pereira 9693 & G.Pabst. 8582, 24.Jan.1965 (holótipo: HB!, isótipo: RB!). (Figura 5 A-B; Mapa 9). Trepadeira herbácea, totalmente glabra; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas 2,5-4 x 1,5-2 cm, membranáceas, persistentes, inteiras, foliáceas, reniformes, ápice acuminado, margem lisa a levemente crenulada. Pecíolo 2,5-4 cm compr., glândulas 4, 106 filiformes, pedunculadas, distribuídas ao longo do seu comprimento, chegando a 5 mm compr.; lâmina 5-8 x 5-8 cm, membranácea, 3-lobada, 3-5 nervada, base subpeltada, ápice mucronado, margem inteira a levemente serreada, com 2-4 glândulas nos sinus entre os lobos, lobos iguais entre si, oblongos com ápice emarginado a agudo e mucronado. Pedúnculo 6-15 cm compr.; brácteas 0,5-1 x 0,5-1 cm, persistentes, membranáceas, vermelho-vináceas, pecioladas, obovadas ou espatuladas, alternas ao longo da metade distal do pedúnculo. Flores ca. 8 cm diâm., solitárias; hipanto 1-1,5 cm compr., verde-vináceo, cilíndrico-campanulado, base dilatada; sépalas e pétalas reflexas na ântese, sépalas 3-4 x 0,5-1 cm, carnosas, verdes na face externa, vermelho-coccíneas na interna, linear-oblongas, carenadas, aristadas e corniculadas, corno 4 mm compr.; pétalas 3-4 x 0,5-1 cm, membranáceas, vermelho-coccíneas em ambas as faces, linear-oblongas, ápice obtuso; filamentos da corona em duas séries, os da série externa ca. 3 mm compr., filamentosa ou, às vezes, membranosa, azul-violácea, os da série interna ca. 4 mm compr., membranosa formando um tubo em volta do androginóforo; opérculo ca. 5 mm compr., filamentoso, plicado, situado a ca. 1/3 da base do hipanto; límen anular, com bordo fimbriado-denticulado; anel nectarífero presente; androginóforo 3-5 cm compr., verde-claro com base branca; filetes verdes; anteras amarelas; ovário elíptico, fusiforme, verde-escuro; estiletes verde-amarronzados. Baga 7-7,5 x 1,5-2 cm, elíptica, fusiforme, 6-costada, prolongada em rostro no ápice. Sementes ca. 6 mm compr., alveoladas. P. edmundoi é encontrada nos estados da Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Piauí (Cervi, 1997). Na Bahia, ocorre encontrada principalmente em áreas de campo rupestre e caatinga e, ocasionalmente, em matas estacionais (Mapa 9), em altitudes entre 300 a 1.200 m.s.n.m. Floresce e frutifica praticamente o ano todo, tendo como ponto alto de floração e frutificação entre os meses de novembro a maio. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Abaíra, estrada Catolés-Abaíra, próximo ao Garimpo do Engenho, 1.020 m.s.n.m., W.Ganev 1397, 29.Out.1992 (HUEFS, K, SPF); ca. 5 km SW de Abaíra, ao longo da estrada Piatã-Abaíra, mata de cipó, L.P. Queiroz 2608, 14.Fev.1992 (ALCB, CEPEC, HUEFS, MBM); Água Limpa, carrasco de campo rupestre, 1.200 m.s.n.m., W.Ganev 2579, 26.Nov.1993 (HUEFS, SPF, K); próximo à Ponte de Ouro Verde, 830 m.s.n.m., W.Ganev s.n., 28.Out.1992 (HUEFS 13709); Distrito de Catolés, cerrado, beira de estrada, 1.000-1.100 m.s.n.m., R.M.Harley et al. H 50176, 20.Dez.1991 (HUEFS, K, SPF). Distrito de Catolés: Água Limpa, próximo ao Córrego, 1.180 m.s.n.m., campo rupestre, T.S.Nunes et al. 70, 19.Nov.1999 (HUEFS); Catolés, Água Limpa, A.S.Conceição et al. 438 (HUEFS); Catolés: Encosta da Serra da Tromba, 107 E.B.Miranda 452, 14.Mai.2000 (HUEFS); Catolés-Água Limpa, A.S.Conceição 301, 04.Mai.1999 (HRB, HUEFS); Catolés de Cima, Morro do Cuscuzeiro, Serra do Barbado, 1.180 m.s.n.m., R.Esteves et al. 1523, 07.Jul.1999 (R); Estrada de engenho entre Catolés e Abaíra, orla do carrasco, 1.100 m.s.n.m., J.R.Pirani et al. H 51362, 31.Jan.1992 (HUEFS, K, SPF); on road to Abaíra, ca. 8 Km to N of the town of Rio de Contas, 1.000 m.s.n.m., R.M.Harley 15212, 18.Jan.1974 (CEPEC, K). (E6) Andaraí, a 14 Km do entroncamento da BR 242, rumo a Andaraí, A.C.Allem et al. 2958, 14.Nov.1984 (CEN); 18 Km NW de Nova Redenção, 400 m.s.n.m., M.M.Arbo et al. 5781, 25.Nov.1992 (CTES, SPF); 8 Km S of Andaraí on road to Mucugê by bridge over small river, just N of turning to Itaeté, 400 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 18612, 13.Fev.1977 (CEPEC, K, RB); 500 m.s.n.m., R.M.Harley 20553, 24.Jan.1980 (CEPEC, K). (F6) Barra da Estiva, side road ca. 2 Km from Estiva, about 12 Km N of Senhor do Bonfim on the BA 130 to Juazeiro, 620 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 16518, 27.Fev.1974 (CEPEC, IPA, K). (D5) Barra do Mendes, a 4 Km de Barra do Mendes, caminho para Olhos d'Água, E.Saar 80, 26.Jan.2000 (ALCB, CEPEC, HUEFS). (F4) Bom Jesus da Lapa, J.S.Silva 509, 14.Mai.1978 (IAC, HUEFS, SP). (F8) Brejões, Região da serra do Sincorá, R.de Lemos Froes 20244, 06.Fev.943 (K). (D5) Brotas de Macaúbas, estrada para Buriti, caatinga, G.Hatschbach et al. 67686, 12.Mar.1998 (CEPEC, MBM). (G6) Brumado, Serra das Éguas, floresta estacional, A.M.Miranda et al. 199, 10.Fev.1990 (HRB, IPA, UFRPE). (G5) Caetité, M.L.Guedes et al. 2803, 16.Jan.1993 (ALCB); M.L.Guedes et al. 7678, Nov.1998 (ALCB); Caetité/Bom Jesus da Lapa, ca. 10 km de Caetité, 900 m.s.n.m., E.Melo et al. 3219, 6.Dez.1999 (HUEFS); 20 Km E de Caetité, caminho a Brumado, M.M.Arbo 5657, 20.Nov.1992 (CTES, K, SPF). Tucano, caatinga, G.Hatschbach et al. 61932, 15.Mar.1995 (MBM); BA-122, trecho Caetité/Maniaçú, caatinga, S.A.Mori 13484, 20.Mar.1980 (CEPEC); 23 Km a E cidade, estrada para Brumado, caatinga, M.M.Arbo 7636, 21.Jan.1997 (CEPEC, CTES). Campari, próximo a Campari, J.S.Assis 113, 04.Abr.1978 (HRB, RB). Campo Bonito, G.Pinto s.n, s.d. (RB); Brejinho das Ametistas, Serra Geral de Caetité , 8,5 Km N of Brejinhos das Ametistas, on the Caetité road, R.M.Harley et al 21265, 12.Abr.1980 (K); distrito de Brejinho das Ametistas, ca. 3 Km a SW da sede do distrito, caatinga e formações rupestres, A.M.de Carvalho et al. 3732, 18.Fev.1992 (CEPEC, HUEFS); Estrada Br-030-Brejinho das Ametistas, transição cerrado, 715 m.s.n.m., F.França et al. 3766, 14.Abr.2002 (HUEFS). (C7) Campo Formoso, Morro do Cruzeiro, 655-795 m, F.França et al. 2937, 15.Mai.1999 (CEPEC, HUEFS, MBM, SPF); Beira da estrada, campo rupestre, 670 m.s.n.m., E.B.Miranda-Silva et al. 192, 14.Ago.1999 (HUEFS). (F3) Correntina, próximo ao Rio Corrente, mata seca, A.M.Miranda et al. 3835, 22.Jan.2001 (HST). (D2) Formosa do Rio Preto, Vegetação arbustiva na beira da estrada, após a segunda ponte sobre o Rio Preto, dentro da cidade, vindo em direção ao Posto de gasolina, E.B.Miranda et al. 316, 30.Mar.2000 (HUEFS). (D5) Gentio do Ouro, Estrada Gentio do Ouro a Brotas de Macaúbas, caatinga arbórea, densa, 1.139 m.s.n.m., E.R.de Souza et al. 290, 17.Mai.2002 (HUEFS). (G5) Guanambi, 36 Km Oeste de Guanambi, BR-030, rota de Caetité, capoeira, 900 m.s.n.m., A.C.Allem et al. 2903, 09.Nov.1984 (CEN). (E7) Iaçu, Morro da garrafa, Inselberg, E.Melo et al. 2100, 23.Fev.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM); Fazenda Suibra, 18 Km a leste da cidade, seguindo a ferrovia, caatinga, L.R.Noblick et al. 3557, 12.Mar.1985 (CEPEC, HUEFS); Fazenda Lapa, caatinga areno-argilosa, H.P.Bautista 731, 26.Fev.1983 (HRB). (E7) Itaberaba, BR 242, a 25 Km de Itaberaba, A.P.de Araújo 259, 5.Set.1980 (HRB, RB); coleta em trecho incerto da BR 242, capoeira, 108 C.Proença et al. 1790, 25.Ago.1997 (UB). (G8) Itacaré, M.L.S.Guedes s.n., 27.Nov.1992 (ALCB 23791, HUEFS). (F6) Ituaçu, Cachoeira, M.C.Ferreira 472, 1.Mar.1992 (HRB, HUEFS); Sítio “Água Preta”, E.P.Gouvêa 39/88, 28.Ago.1988 (ALCB); Morro da Mangabeira, E.P.Gouvêa s.n., 18.Abr.1987 (ALCB 20849). (D7) Jacobina, caatinga, 500-900 m.s.n.m., R.Souza 05, 30.Jul.1994 (HUEFS); Encosta da Serra, abaixo da cidade, A.L.Costa s.n., 10.Set.1960 (ALCB 2867); Serra de Jacobina, W de Estiva, ca.12 Km N of Senhor do Bonfim on the Ba 130, 850 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 16609, 01.Mar.1974 (CEPEC, K, RB); D.A.Lima 788518, 19.Mai.1978 (IPA). (F7) Jequié, Ramal que leva a torre de transmissão ca. 3,4 Km a partir do acesso que liga a cidade a BR 116, caatinga aberta, A.Amorim et al. 2719, 04.Abr.1999 (CEPEC, SP). (E6) Lençóis, G.C.P.Pinto s.n., Abr.1971 (ALCB 2866); Assentamento Rio Bonito, M.L.Guedes 294, 03.Jun.2001 (ALCB); Rio Lajedinho, caatinga, G.Hatschbach et al. 56911, 9.Abr.1992 (K, MBM); Morro do Pai Inácio, A.A.Conceição et al. 261, 17.Jan.1997 (SPF). (G5) Licínio de Almeida, Rod. Para Urandi, ca. 3,8 Km da cidade, cerrado, 860 m.s.n.m., J.G.Jardim et al. 3320, 31.Mar.2002 (CEPEC). (F7) Maracás, Fazenda Lava-pés, ca. 6 Km da cidade, mata, R.P.de Oliveira et al. 423, 29.Fev.2000 (HUEFS); Fazenda Tanquinho, L.P.de Queiroz et al. 80, 19.Jan.1981 (ALCB); estrada para Contendas do Sincorá, 6 Km SW de Maracás, afloramentos graníticos campos rupestres e caatinga, 900 m.s.n.m., G.Martinelli et al. 6659, 15.Mar.1980 (CEPEC, RB); 32 Km da estrada Maracás/Contendas do Sincorá, caatinga arbórea, S. Nunes 210, 26.Jan.1980 (CEPEC); 4 Km de Maracás, 100 metros rumo a caatinga, E.Pereira et al. 9693, 24.Jan.1965 (R! isótipo, RB). (E8) Milagres, Morro Pé de Serra, Inselberg, 372 m.s.n.m., F.França et al. 2121, 15.Mar.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM); Morro Pé de Serra, 530 m.s.n.m., F.França et al. 2153, 15.Mar.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM SPF); Morro de Nossa Senhora dos Milagres, just west of Milagres, 500-600 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 19458, 6.Mar.1977 (CEPEC, IPA K, RB). (C7) Mirangaba, carrasco, W.N.da Fonseca 415, 23.Abr.1981 (HRB, MG, RB). Montes Claros, Ba-73 Km da cidade de Montes Claros, margem da estrada BR 262 para Aracatu, caatinga, 700 m.s.n.m., R.M.Harley et al. CFCR 6738, 12.Dez.1984 (SPF, K, UPCB). (D6) Morro do Chapéu, Entre 25 e 26 Km de Morro do Chapéu. Estrada Vicinal próximo à estrada o feijão, próximo ao Ventura, 765-800 m.s.n.m., caatinga, E.Melo et al. 3180, 18.Nov.1999 (HUEFS); caatinga, A.M.Miranda et al. 331, 30.Mar.1991 (HST). (E6) Palmeiras, M.L.Guedes et al. in PCD 2, 04.Jul.1994 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, SPF); Pai Inácio, campo rupestre, solo arenoso com afloramento rochoso, A. M.de Carvalho in PCD 2159, 04.Jan.1996 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, SPF); H.P.Bautista et al. 1294, 16.Nov.1983 (HRB); Chapada Diamantina, estrada Palmeiras-Vale do Capão, próximo ao rio Preto, 900 m.s.n.m., M.L.Guedes et al. 6294, 2.Fev.1999 (ALCB). (F5) Paramirim, Barragem do Zabumbão, ao redor da barragem de Zabumbão, 670 m.s.n.m., caatinga arenosa, S.Atkins et al. in PCD 5170, 06.Fev.1997 (ALCB, CEPEC). (F6) Piatã, Salão, divisa Piatã-Abaíra, 1.100 ms.n.m., campo rupestre, W.Ganev 1733, 27.Dez.1992 (HUEFS, K); H.P.Bautista in PCD 4175, 09.Nov.96 (ALCB, CEPEC, HRB, K); estrada Piatã-Abaíra, entrada a direita, após a entrada para Catolés, cerrado, H.P.Bautista et al. in PCD 4172, 09.Nov.1996 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, SPF). (D3) Riachão das Neves, 500 m.s.n.m., L.Passos et al. 354, s.d. (ALCB, CEPEC). (F5) Riacho de Santana, ca. 35,9 Km E de Bom Jesus da Lapa na estrada para Caetité, caatinga, L.P.de Queiroz et al. 5921, 12.Fev.2000 (ALCB, HUEFS, UESC). (F6) Rio de Contas, estrada Real, logo após a Pousada Repouso, L.P.de Queiroz et al. 4944, 26.Jan.1998 (HUEFS); estrada para Jussiape, 900 109 m.s.n.m., T.S.N.Sena et al. 25, 27.Mar.1998 (HUEFS); T.S.N.Sena et al. 28 (HUEFS, SPF); Estrada Rio de Contas-Arapiranga, campo rupestre, K.R.B.Leite et al. 6, 10.Fev.1999 (HUEFS); Caminho para o Pico das Almas, ca. 5 km de Rio de Contas, campo rupestre, 1.148 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 227, 29.Nov.2000 (HUEFS); ca. 6 Km S of Rio de Contas, on estrada de terra to Livramento do Brumado, G.P.Lewis et al. 1961, 02.Abr.1991 (CEPEC, K); 1.250-1.400 m, R.M.Harley et al. 27166, s.d. (CEPEC, K, MBM, SPF); 3 Km N of the town of Rio de Contas on the road to Mato Grosso, by road side in disturbed evergreen woodland, 980 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 15150, 17.Jan.1974 (CEPEC, K, RB); Tamanduá, capoeira, G.Hatschbach et al. 46536, 17.Mai.1983 (MBM); Descida para Marcolino Moura, margem da estrada, caatinga, D.J.N.Hind 27, 18.Dez.91 (CEPEC); Margem da estrada, A.M.Giulietti et al. 2026, 10.Mar.2002 (HUEFS). (C7) Senhor do Bonfim, D.A.Lima 747705, 03.Mar.1974 (IPA). (B6) Sento Sé, 28 Km NW Lagoinha (5.5 Km SW Delfino), Rodovia para Minas do Mimoso, caatinga, R.M.Harley 16896, 07.Mar.1974 (CEPEC, K, RB). (D4) Umburanas, Serra do Curral Feio (localmente referida como Serra da Empreitada), entrando para W a cerca de 20 km S de Delfino na estrada para Umburanas, carrasco, L.P.de Queiroz et al. 5297, 10.Abr.1999 (HUEFS). (G7) Vitória da Conquista, 810 m.s.n.m., caatinga, L.C.de Oliveira Filho et al. 143, 02.Abr.1984 (CEPEC, HRB, IPA, RB). Material adicional: BRASIL, Espirito Santo: Itapemirim, ES 040, ca. 6 Km E do trevo, com a BR 101, estrada para Marataizes, floresta pluvial tropical da Usina Paineiros, J.R.Pirani et al. 3515, 09.Out.1994 (HUEFS, SPF). Minas Gerais: Muriaé, Fazenda Barra Alegre, mata atlântica, R.Simão-Bianchini et al. 216, 23.Out.1989 (HUEFS, SPF). Francisco Sá, F.C.F.da Silva 140, 14.Nov.1981 (CEPEC). Passiflora edmundoi é frequentemente confundida com P. kermesina Link. (Vitta, 1995; Cervi, 1997; Sena & Queiroz, 1998; Sena & Queiroz, 2001), espécie descrita para o Rio de Janeiro, e encontrada até o Espiríto Santo. Devido a uma má interpretação de seus caracteres diagnósticos, a maior parte do material coletado na Bahia foi identificada como P. kermesina. No entanto, numa análise mais detalhada, percebemos que todo o material estudado para o Estado pertence a P. edmundoi, cuja localidade tipo é o município de Maracás. Segundo Sacco (1966a), estas espécies são diferenciadas pelos filamentos da corona; em P. edmundoi a corona ocorre em duas séries, sendo a série interna membranosa e em P. kermesina em três a quatro séries, todas filamentosas. O tamanho do pedúnculo também pode ser usado como um forte caráter diagnóstico, até 15 cm em P. edmundoi e de 7-20 cm em P. kermesina. 21. Passiflora mucronata Lam., Encycl. 3: 33. 1789. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro: Commerson s.n., Jul.1767 (holótipo: P). (Figura 5 C-E; Mapa 9). 110 Trepadeira herbácea, totalmente glabra; caule cilíndrico, flexuoso, com estrias; gavinhas presentes. Estípulas 1,2-2 x 1-2 cm, membranáceas, persistentes, foliáceas, elípticas a oval-lanceoladas, ligeiramente subreniformes, ápice agudo, mucronado, base assimétrica, margem lisa. Pecíolo 1-2,5 cm compr.; glândulas 2, sésseis, situadas na porção mediana a distal do pecíolo; lâmina 5,5-8 x 5-8,5 cm, inteira, cartácea, 5-8 nervadas, reticulada, largamente oval a suborbicular, ápice arredondado, emarginado, base cordada, subpeltada. Pedúnculo 7-13 cm compr., articulado a ca. 1 cm do ápice; brácteas 1,5-2,5 x 1-1,5 cm, membranáceas, foliáceas, persistentes, verticiladas, verde-claras, oblongo-lanceoladas a setáceas. Flores 6-8 cm diâm., solitárias, brancas; hipanto 5-7 mm compr., cilíndricocampanulado, verde; sépalas 2,5-4 x 5-9 cm, carnosas, verdes externamente, brancas internamente, oblongas, carenada, ápice corniculado, corno ca. 3 mm; pétalas 2,5-3,5 x 5-8 cm, membranáceas, brancas, linear-oblongas; filamentos da corona em duas séries, os da série externa ca. 1 cm compr. filiformes, os da série interna 2-4 mm compr., filiforme-clavados; opérculo ca. 3 mm compr., filamentoso; límen cupuliforme, frouxamente adnado na base do androginóforo; anel nectarífero no fundo do hipanto; androginóforo ca. 2,5 cm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário ovóide, glabro, verde-escuro, estiletes glabros; estigmas verde-escuros. Baga 4-5 x 2,5 cm diâm., globosa a ovóide ou elíptico-fusiforme, 6-costada. Sementes ca. 5 x 3 mm, ovadas, oblongo-obcordadas, achatadas, foveoladas. Nome Vulgar: Maracujá-de-cobra. Distribuída na região leste do Brasil, da Bahia até o Rio de Janeiro. Na Bahia é encontrada principalmente na faixa litorânea, de Salvador até o extremo sul do Estado, em área de restinga (Mapa 9), ao nível do mar. Floresce e frutifica praticamente durante todo o ano. Material examinado: BRASIL, Bahia: (H9) Belmonte, ca. 4 Km SW of Belmonte, on road to Itapebi, restinga, R.M.Harley 17307, 23.Mar.1974 (CEPEC, K, RB). (F8) Cairú, Ilha do Tinharé, Morro do São Paulo, G.C.P.Pinto 21/82, 10.Abr.1982 (HRB, MBM); Morro do São Paulo, mata de restinga, M.L.Guedes et al. 4760, 25.Out.1996 (ALCB). (D5) Camaçari, Dunas de Jauá, M.L.Guedes s.n., 15.Ago.1992 (ALCB 023813). (H9) Canavieiras, Ilha da Atalaia, Barra do Rio Pardo, coletada na beira da praia, G.E.Valente et al. 606, 15.Jan.2001 (HUEFS, VIC); Ilha da Atalaia, ca. 2 Km da rótula na praia principal, restinga, 24 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 767, 07.Jan.2002 (HUEFS). (J8) Caravelas, 2Km ao NE cidade, estrada para Ponta de Areia, manguezal, A.M.de Carvalho et al. 2441, 05.Set.1989 (CEPEC, MBM, SP). (G8) Ilhéus, Pontal, Morro de Pernambuco, encosta 111 voltada para o mar, restinga, A.M.de Carvalho 2731, 15.Jan.1990 (CEPEC, IPA, MBM). (G8) Itacaré, near the mouth of the Rio de Contas, coastal evergreen Forest, with disturbed margins, R.M.Harley et al. 17542, 31.Mai.1974 (CEPEC, IPA, K, RB); mata costeira, R.P.Belém et al. 2992, s.d. (CEPEC, UB); Beira mar, zona calcárea, R.P.Belém et al. 2172, 11.Mai.1966 (CEPEC, UB); ao S da cidade, beira mar, mata, T.S.dos Santos 702, 15.Abr.1970 (CEPEC). (G8) Maraú, ao S de Maraú, mata costeira, R.M.Harley 22117, 15.Mai.1980 (CEPEC, K). (K8) Mucuri, arredores da cidade, restinga arbustiva, G.Hatschbach 50728, 08.Nov.1986 (CEPEC, MBM). (J8) Nova Viçosa, Restinga arbustiva a 1 Km da cidade, C.Farney 1311, 05.Jan.1987 (RB); Rio Pau Alto, C.Farney 2656, 05.Jan.1991 (CEPEC, K, RB). (I8) Porto Seguro, Fonte dos Portomartires do BRASIL, Porto Seguro, 10 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 17242, 21.Mar.1974 (CEPEC, K, RB); W.W.Thomas et al. 11654, 18.Jul.1997 (CEPEC); H.C.de Lima 1195, 25.Jan.1980 (RB); A.P.Duarte 6130, 4.Set.1961 (RB); A.Perruci 18, 26.Jan.1980 (IPA). (J8) Prado, Mata do grotão, substrato areno-argiloso, M.L.Guedes 5496, 29.Nov.1997 (ALCB, MBM, UESC); Cumuraxatiba, praia Dois Irmãos, J.A.Lombardi 2445, 07.Jan.1999 (BHCB, MBM). (F6) Rio de Contas, 18 Km WNW da Rodovia Vila do Rio de Contas/Pico das Almas, cerrado, R.M.Harley 19799, 21.Mar.1977 (CEPEC, IPA, K, RB). (H8) Una, Povoado de Comandatuba, 17 Km ao Sul de Uma (ramal com entrada no Km 13 das Rod. Una/Canavieiras), Restinga arbórea, L.A.Mattos-Silva et al. 1375, 23.Jul.1981 (CEPEC, HUEFS, MBM); Rodovia Una/Olivença, campo tipo restinga, R.S.Pinheiro 1669, 28.Out.1971 (CEPEC). (D5) Vera Cruz, Cacha Pregos, M.L.Guedes 1054, 07.Jul.1986 (ALCB). Material adicional: BRASIL, Espirito Santo: Guarapari, Rodovia do Sol, estrada que liga a BR 101 à praia do Sol e Praia Setiba, ES-060, a 2 Km da BR 101, J.R.Pirani et al. 2405, 23.Fev.1988 (HUEFS, SPF); M.L.Guedes 1329, 07.ago.1987 (ALCB). Vila Velha, restinga, A.M.de Carvalho et al. 3150, 25.Mai.1990 (CEPEC, HUEFS); restinga próximo a Barra do Jucú, C.Farney et al. 310, 24.Abr.1983 (CEPEC, RB). Rio de Janeiro: Maricá, restinga, R.Marquete et al. 115, 14.Abr.1988 (HRB, HUEFS). Sergipe: (D4) Barra dos Coqueiros, Restinga, M.F.Landim 1151, 07.Abr.1997 (HST, HUEFS). Passiflora mucronata é freqüentemente confundida com P. galbana, diferenciando-se desta basicamente pelo número de nervuras primárias foliares, 3-5 em P. mucronata e apenas uma em P. galbana, pelo formato da folha, cordado-reniforme em P. mucronata e oblongolanceolada em P. galbana. 22. Passiflora galbana Mast., Gard. Chron. ser. 3, 20: 555, fig. 97. 1896. Lectótipo (Designado por Nunes et al., 2001) Gard. Chron. ser. 3, 20: 555, fig. 97. 1896. (Figura 5 F-G; Mapa 9). Trepadeira herbácea, inteiramente glabra; caule cilíndrico, com estrias formando ângulos, ramos às vezes congestos ou chegando a 10 cm de distância entre um nó e outro; 112 gavinhas presentes. Estípulas 1-3 x 0,5-0,7 cm, membranáceas, persistentes, foliáceas, ovallanceoladas, ligeiramente reniformes, ápice agudo e mucronulado, base oblíqua, nervura excêntrica. Pecíolo 2-3 cm compr.; glândulas 2, estipitadas, situadas da porção mediana à distal do pecíolo; lâmina 7-15 x 3-5 cm, membranácea a coriácea, face adaxial nítida, lustrosa, inteira, oblongo-lanceolada, ápice obtuso, mucronulado, base arredondada a cordada, peninérvia, nervação reticulada. Pedúnculo 4-10 cm compr., articulado a ca. 1 cm do ápice; brácteas 1,5-2 x 0,5-0,7 cm, membranáceas, persistentes, alternas, verde-claras, foliáceas, oblongo-lanceoladas a oval-lanceoladas. Flores 6-8 cm diâm., solitárias; hipanto 0,7-1 cm compr., cilíndrico-campanulado, verde-vináceo; sépalas 3-4 x 0,7-0,9 cm, carnosas, brancas, oblongas, carenadas, carena terminando em um corno de 5-6 mm compr.; pétalas 3-4 x 0,7-0,9 cm, membranáceas, brancas, oblongas; filamentos da corona em duas séries, ca. 2 mm compr., filiformes, brancos; opérculo no meio do hipanto, filamentoso; límen cupuliforme; anel nectarífero presente; androginóforo 3-5 cm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário elipsóide, glabro, verde-escuro; estiletes verdes, com manchas vináceas; estigmas verdeescuros. Baga 6-7 x 2 cm, obovóide-elipsóide, 6-costada. Sementes 4-5 x 3-3,5 mm, obovadas, alveoladas ou reticuladas. Nome vulgar: Maracujá. Segundo Killip (1938), esta é uma espécie endêmica do Brasil, ocorrendo na região leste do Brasil, da Bahia até o Rio de Janeiro. Na Bahia, é encontrada em área de carrasco, mata estacional, campo rupestre, mata atlântica, restinga e cerrado (Mapa 9), em altitudes de 100 a 1.700 m.s.n.m. Floresce e frutifica de fevereiro a outubro. Material examinado: BRASIL, Bahia: Rod. BR-4, 60 Km N da divisa com o estado de Minas Gerais, R.P.Belém 1205, 24.Jun.1965 (CEPEC). (F6) Abaíra, distrito de Catolés, estrada Catolés-Catolés de Cima, próximo ao Rio Água Limpa, 1.200 m.s.n.m., carrasco, W.Ganev 1004 03.Set.1992 (HUEFS, K, SPF); caminho Guarda Mor-Frios, 1.650 m.s.n.m., W. Ganev s.n., 22.Out.1992 (HUEFS 13703); Água Limpa, 1.200 m.s.n.m., carrasco de campo rupestre, W.Ganev 2567, 26.Nov.1993 (HUEFS, K, SPF); Mata do Barbado, próximo à Forquilha da Serra, 1.650-1.700 m.s.n.m., W.Ganev 2943, 03.Fev.1994 (HUEFS, K, SPF); Mata do Criminoso, 1.000 m.s.n.m., W.Ganev 2391, 03.Nov.1993 (HUEFS, K); Estrada Catolés-Abaíra, Beira do Rio do Machado, com Rio Tomboro, 1.100 ms.n.m., carrasco de campo rupestre, W.Ganev 576, 25.Jun.1992 (HUEFS, K, SPF); Salão, 3-7 km de Catolés na estrada para Inúbia, 1.100-1.200 m.s.n.m., R.M.Harley et al. H 50546, 28.Dez.1991 (HUEFS, K, SPF); 7 Km na estrada para Ouro Verde, 980 m.s.n.m., capoeira, R.M.Harley et al. 27857, 113 28.Dez.1988 (CEPEC, HUEFS, SPF); Distrito de Catolés: Água Limpa, próximo ao córrego, 1.180 m.s.n.m., campo rupestre, T.S.Nunes et al. 71, 19.Set.1999 (HUEFS); Distrito de Catolés: Campo do Bicota. T.S.Nunes et al. 122, 20.Set.1999 (HUEFS). Afonsópolis, Margem do Rio Mucuri, plantação de cacau, R.P.Belém 1437, 07.Ago.1965 (CEPEC, UB). (J8) Alcobaça, restinga, G.P.Lewis 814, 08.Dez.1981 (CEPEC, K). (D9) Aporã, Ca. 12 km SE de Crisópolis na estrada para Acajutiba, cerrado, L.P.de Queiroz et al. 4655, 26.Ago.1996 (CEPEC, HUEFS, MBM). (F6) Barra da Estiva, 13 Km ao leste da cidade na estrada para Triunfo do Sincorá, 720 m.s.n.m., capoeira, R.M.Harley et al. 26494, 17.Nov.1988 (CEPEC, SPF). (H9) Belmonte, 48 Km a E BR101 Rodovia para Belmonte, área da Estação Experimental Gregório Bondar, mata de tabuleiro, W.W.Thomas 9870, 12.Mai.1993 (CEPEC, NY); Estação Ecológica Gregório Bondar, ca. 1,8 Km da sede, mata de restinga, 120 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 800, 08.Jan.2002 (HUEFS); 64 Km de Itapebi, mata de restinga, 88 m.s.n.m, T.S.Nunes et al. 809, 08.Jan.2002 (HUEFS). (D5) Cachoeira, Vale dos Rios Paraguaçu e Jacuípe, estação da mata, Grupo Pedra do Cavalo 329, 05.Jun.1980 (ALCB). (D5) Camaçarí, barra do Jacuípe, A.I.Ribeiro s.n., 12.Jan.1991 (ALCB 24887, HST). (H9) Camacan, Rodovia Camacan-Canavieiras, 30 Km W de Canavieiras, restinga, R.P.Belém et al. 810, 12.Abr.1965 (UB); Guarajuba, loteamento Centro do Mar, restinga, solo arenoso, H.P.Bautista 550, 25.Out.1982 (HRB). (C7) Campo Formoso, Beira da estrada, 670 m.s.n.m., campo rupestre, E.B.Miranda Silva et al. 193, 14.Ago.1999 (HUEFS). (H9) Canavieiras, Km 6 da Rod. Canavieiras/Cubículo (margem do Rio Pardo), a 1 Km da entrada do ramal, T.S.dos Santos et al. 3240, 12.Jul.1978 (CEPEC, HRB, HUEFS); restinga, J.A.de Jesus 546, 21.Fev.1970 (CEPEC, IPA); T.S.Nunes et al. 751, 07.Jan.2002 (HUEFS). (E8) Cruz das Almas, Mata estacional, semi-decídua, solo areno-argiloso, H.P.Bautista et al. 1434, 13.Nov.1989 (ALCB, HRB); H.P.Bautista et al. 1466, 13.Nov.1989 (HRB, RB); Mata do Instituto do Fumo, M.L.Guedes 848, 11.Set.1983 (ALCB). (J8) Cumuruxatiba, 16 Km S of Cumuruxatiba, on the road to Prado, restinga, R.M.Harley et al. 18094, 18.Jan.1977 (CEPEC, K, RB). (D10) Entre Rios, Porto do Sauípe, Restinga, M.L.Guedes et al. 3832, 20.Abr.1996 (ALCB, UESC); Povoado de Sauípe, a margem do Mangue do Rio Sauípe, M.C.Ferreira et al. 683, 20.Fev.1992 (HRB, RB). (E8) Feira de Santana, Estrada do feijão, 16 Km da cidade, Morro do capim, Morro rochoso com mata entre as fendas, F.França 1064, 17.Set.1994 (HUEFS); L.R.Noblick 2676, 25.Mai.1983 (HUEFS); L.P.de Queiroz et al. 2149, 6.Mai.1988 (HUEFS); Distrito de São José, Chácara Codorna & CIA, F.R.Rocha et al. 620, 01.Dez.2001 (HUEFS). (F6) Ibicoara, Distrito de Cascável, estrada de chão em direção a Água Fria, beira de estrada, 1.041 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 869, 16.Fev.2002 (HUEFS). (G8) Ibicui, Rodovia Almadina /Ibitupan, pastaria, R. S. Pinheiro 1920, 12.Ago.1972 (CEPEC). (G8) Ilhéus, Área do CEPEC (Centro de Pesquisas do Cacau), Km 22 da Rodovia Ilhéus/Itabuna (BR 415), Região de Mata Higrófila Sul Baiana, 50 m.s.n.m., T.S.dos Santos 996, 18.Ago.1970 (CEPEC, HUEFS); J.L.Hage et al. 1241, 26.Ago.1981 (CEPEC, HUEFS); J.L.Hage et al. 1092, 14.Jul.1981 (CEPEC, HUEFS). (G8) Itabuna, Rodovia Itabuna-Camacan, 12 Km L de Itabuna, Plantação de cacau, R.P.Belém et al. 718, 08.Abr.1965 (UB). (H8) Itapebi, 4,6 Km de Itapebi para Belmonte, mata de restinga, 139 m.s.n.m, T.S.Nunes et al. 769, 08.Jan.2002 (HUEFS); 7,9 Km de Itapebi para Belmonte, próximo a Plantação de Eucalipto, mata de restinga, 237 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 772, 08.Jan.2002 (HUEFS). (F6) Ituaçu, Sítio Água Preta, E.P.Gouvêa s.n., 31.Mai.1990 (ALCB). (D7) Jacobina, 22 Km a partir da estrada Jacobina/Itaitú, caatinga, A.M.Amorim 977, 21.Fev.1993 114 (CEPEC); Serra do Tombador, campo rupestre, arenito, R.M.Harley et al. in PCD 3298, 02.Jul.1996 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, SPF); Monte Taboa, ca. 2 Km da cidade, campo rupestre, próximo à cachoeira, 574 m.s.n.m., F.R.Nonato et al. 896, 03.Ago.2001 (HUEFS); Serra do Cruzeiro, 1.040 m.s.n.m., N.G.Jesus et al. 1324, 07.Abr.2001 (HRB, HUEFS). (H8) Jussari, Rodovia Palmira/Jussari, Km 2 a 5, coletas próximas a cerca, lado direito da rodovia, 180 m.s.n.m., L.A.M.Silva et al. 2387, 3.Mai.1988 (CEPEC, HUEFS, MBM, UESC). (F7) Maracás, 2 Km L de Maracás, depois do Cruzeiro da cidade, Faz. Juliana, mata de cipó antropizada, 1.016 m.s.n.m., E.R.de Souza et al. 152, 23.Abr.2002 (HUEFS); E.R.de Souza et al. 155, 23.Abr.2002 (HUEFS). (G8) Maraú, Rodovia Maraú/Ubaitaba, ca. 3,5 Km da saída da cidade, restinga arbórea e campos de restinga, J.G.Jardim et al. 2224, 14.Ago.1999 (CEPEC); near Maraú, 20 Km N from road junction from Maraú to Ponta do Mutá, mixed restinga, vegetation on sand, 50 m.s.n.m., mixed restinga, vegetation on sand, R.M.Harley et al. 18547, 03.Fev.1977 (CEPEC, K, RB); perto de Maraú, mata costeira, R.M.Harley 22128, 16.Mai.1980 (CEPEC, K). (D6) Morro do Chapéu, E.Woodgyer et al. in PCD 2463, 16.Mar.1996 (ALCB); Cachoeira Domingos Lopes, ca. 14 Km da estrada do feijão, 655 m.s.n.m., F.França et al. 2729, 30.Abr.1999 (HUEFS, MBM); Estrada para o Morrão, 1.085-1.110 m.s.n.m., carrasco, F.França et al. 3447, 9.Jul.2000 (HUEFS); Estrada para Morrão, 1.144 m, caatinga, F.R.Nonato et al. 976, 05.Ago.2001 (HUEFS). (D7) Miguel Calmon, entre a Fazenda Pé de Serra e o riacho do Caldeirão, 820 m.s.n.m., N.G.Jesus et al. 1286, 05.Abr.2001 (HRB, HUEFS, HUNEBA). (E8) Milagres, Morro Pé de Serra, F.França et al. 2160, 15.Mar.1997 (CEPEC, HUEFS, MBM, SPF); Morro Nossa Senhora dos Milagres, W de Milagres, vegetação disturbada, 500-600 m.s.n.m., R.M.Harley 19441, 06.Mar.1977 (CEPEC, IPA, K, RB). (F6) Mucugê, estrada Mucugê-Guiné, a 28 Km de Mucugê, A.Furlan et al. in CFCR 2038 (K, SPF); estrada para o capão do correio, 1.264 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 854, 15.Fev.2002 (HUEFS). (K8) Mucuri, 7 Km a NW cidade, restinga com algumas manchas de campos, S.A.Mori 10510, 14.Set.1978 (CEPEC). (D7) Mundo Novo, Rod. BA 052, 15 Km, G.Hatschbach 44272, 15.Out.1981 (MBM); Fazenda Aliança, depois da entrada principal, ca. 3 Km da entrada no lado direito da estrada, área de mata, próximo a pastagem, 576 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 942, 14.Mai.2002 (HUEFS). (J8) Nova Viçosa, Km 5 Rodovia Nova Viçosa para Posto da Mata. Restinga. R.S.Pinheiro 2104, 24.Abr.1973 (CEPEC). (C7) Pindobaçú, Serra da Paciência, mata estacional, 1.000 m.s.n.m., N.G.Jesus et al. 1368, 10.Abr.2001 (HRB, HUEFS, HUNEBA). (I8) Porto Seguro, Km 7 da estrada Porto Seguro-Santa Cruz Cabrália, Taperapuã, Restinga, campos e arbórea, A.M.de Carvalho 1221, 20.Abr.1982 (ALCB, HRB, CEPEC); Reserva Biológica do Pau BRASIL, 17 Km W, 20 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 18106, 20.Jan.1977 (CEPEC, IPA, K, RB); 6-7 Km na estrada Trancoso/Arraial D'Ajuda, campos de restinga com restinga arbórea, S.C.de Sant'Ana 91, 12.Dez.1991 (CEPEC); Trancoso, mata ombrófila densa, M.L.Guedes 5336, 04.Out.1997 (ALCB). (H8) Potiraguá, 14 Km da BR 101, 315 m.s.n.m., mata, B.M.da Silva et al. 34, 12.Out.1999 (HUEFS, UESC). (J8) Prado, Arredores da sede do município até a praia da amendoeira, a 8 km da sede. Restinga, E.Melo et al. 1286, 12.Jun.1995 (HUEFS, MBM). (F6) Rio de Contas, encosta da Serra dos Frios, Água Limpa, 1.350 m.s.n.m., campo rupestre, W.Ganev 2120, 25.Ago.1993 (HUEFS, K, SPF); Caminho para o Pico das Almas, ca. 5 Km de Rio de Contas, 1.148 m.s.n.m., campo rupestre, T.S.Nunes et al. 229, 29.Nov.2000 (HUEFS); arredores da cidade, G.Hatschbach 46482, 16.Mai.1983 (MBM). (D5) Salvador, Dunas de Itapuã, atrás do hotel Stella Maris, N do 115 condomínio Alamedas da Praia, Dunas, L.P.de Queiroz et al. 3217, 8.Jun.1993 (HUEFS, MBM); Bahia de Todos os Santos, Ilha do Frade, H.P.Bautista 1431, 21.Set.1989 (HRB, HUEFS, IPA, MBM); Boca do Rio, P.C.Torrend s.n., s.d. (ALCB 02875); Itapuã, E.Santos et al. 2000, 31.Jul.1964 (R); L.R.Noblick 1356, 12.Mai.1979 (ALCB); Dunas de Itapuã, entre o aeroporto e Stella Mares, A.L.Costa s.n., 23.Mar.1975 (ALCB 2874, IPA); Dunas altas da Pituba (vertente oeste), A.L.Costa 881, Mai.1961 (ALCB); Dunas próximo ao aeroporto, M.L.Guedes, 590, 02.Mar.1983 (ALCB, IPA); Dunas perto do aeroporto, L.Silva 18, 18.Dez.1986 (ALCB); L.P.de Queiroz 518, 02.Abr.1983 (ALCB). (I8) Santa Cruz Cabrália, 5-10 Km S, G.& M. Hatschbach et al. 53491, 18.Set.1989 (MBM); 8 Km de Santa Cruz Cabrália para Porto Seguro, entrada a direita no sentido Santa Cruz Cabrália/Porto Seguro, mata de restinga, 15 m.s.n.m., T.S.Nunes et al 811, 09.Jan.2002 (HUEFS); Estrada Arraial D´Ajuda para Trancoso, BR 367, 37 Km do entroncamento para Porto Seguro, entrada a esquerda no sentido Trancoso, ca. 3 Km do asfalto, restinga arbórea, 55 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 822, 09.Jan.2002 (HUEFS); Em Arraial D´Ajuda, descida para uma nascente na saída da cidade, 71 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 830, 09.Jan.2002 (HUEFS); 8 Km na estrada velha Cabrália/Porto Seguro, restinga, A.M.de Carvalho 3139, 01.Mai.1990 (CEPEC). (E8) Santa Terezinha, 6 Km NE de Santa Teresinha na estrada entre Santa Teresinha e Monte Cruzeiro, L.P.de Queiroz et al. 1538, 27.Mai.1987 (HUEFS). (D5) São Sebastião do Passé, C.Bastos s.n., 22.Ago.1994 (ALCB 25941). (J8) Teixeira de Freitas, BR 101 a Itamaraju, mata, T.S.dos Santos 1631, 13.Mai.1971 (CEPEC). (C4) Umburanas, Serra do Curral Feio (localmente referida como Serra da Empreitada) Cachoeirinha, à beira do rio Tabuleiro, ca. 10 km NW de Delfino na estrada que sai pelo depósito de lixo, mata ciliar, L.P.de Queiroz et al. 5391, 11.Abr.1999 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, MBM, SP, SPF, UESC). (H8) Una, 46Km na BA-001. Restinga arbórea. A.M.de Carvalho 4423 16.Mar.1994 (CEPEC). (E6) Utinga, entrada a ca. 9 Km NW de Utinga na BA 046 (Utinga-Morro do Chapéu), do lado direito da estrada no sentido Morro do Chapéu, mata estacional, L.P.de Queiroz 4216, 17.Out.1994 (CEPEC, HUEFS, MBM). (G7) Vitória da Conquista, Arredores da cidade, E.Melo et al. 1206, 16.Abr.1995 (HUEFS, MBM). Material adicional: BRASIL, Espirito Santo: Linhares, Reserva Floresta da Companhia Vale do Rio Doce, 10-20 m, estrada do Flamengo, Floresta atlântica, L.P.de Queiroz et al. 2455, 23.Abr.1990 (HUEFS, MBM). Morro Danta, Rod. Br 5, 5 Km S de Morro Danta, beira de estrada, R.P.Belém 1463, 09.Ago.1965 (CEPEC, UB). Minas Gerais: Cristália, mata, I.Cordeiro et al. in CFCR 8937, 06.Jan.1986 (SPF). Paraíba: Margem estrada entre Marataca e Barra do Camaratuba, D.A.Lima 63-4182, 20.Out.1963 (IPA). Pernambuco: provavelmente cultivada no Kew, 1900 (HUEFS, K Lectótipo). Buíque, I.Machado et al. 300, 01.Mar.2002 (HUEFS, UFRPE). Caruaru, Serra dos Cavalos, A.M.Miranda et al. 425, 13.Mai.1992 (HST, HUEFS). Floresta, Reserva Ecológica de Serra Negra, A.M.Miranda et al. 1493, 23.Mar.1994 (ALCB, HST, HUEFS); Provavelmente cultivada no Kew, 1900, (Lectótipo: K!, foto do lectótipo: HUEFS). Garanhuns, D.A.Lima 799556, 18.Out.1979 (IPA); D.A.Lima 79-9557, 18.Out.1979 (IPA); Gravatá, a Fazenda Nova, D.A.Lima 76-8186, 02.Mar.1976 (IPA). Sergipe: Estância, Rod. Br 101 no trecho Estância;Aracaju, entrada no Km 10 à direita, 28 Km da BR 1001, Praia do Abais, restinga, solo arenoso com dunas, J.G.Jardim et al. 323, 08.Out.1993 116 (CEPEC). Serra da Itabaiana, D.Moura 781, 25.Nov.1995 (HST, HUEFS). (D8) Santa Luzia do Itanhy, Mata do Crasto, M.F.Landim 205, 14.Mar.1995 (HST, HUEFS). Passiflora galbana pode ser confundida com P. mucronata ou P. subrotunda (não encontrada para o Estado da Bahia), mas pode ser diferenciada pelas folhas e estípulas que são membranáceas em P. subrotunda e coriáceas em P. galbana, e pela coloração das flores azuis em P. subrotunda e branca em P. galbana. Diferencia-se de P. mucronata pelo número de nervuras primárias na lâmina foliar (3-5 em P. mucronata e uma em P. galbana), pelas glândulas do pecíolo (duas a três e estipitadas em P. galbana e duas e sésseis em P. mucronata). 117 P. edmundoi P. galbana P. mucronata Mapa 9. Distribuição de P. edmundoi, P. galbana e P. mucronata no Estado da Bahia. 118 23. Passiflora mucugeana sp. nov. ined. (Figura 6; Mapa 10). Trepadeira escandente, glabra; caule cilíndrico, liso; gavinhas presentes. Estípulas 11,5 x 0,8-1 cm, persistentes, foliáceas, subreniformes, ápice agudo e mucronado, base assimétrica, margem lisa. Pecíolo 1,2-2 cm compr.; glândulas 2, estipitadas, situadas da porção mediana à distal do pecíolo; lâmina 5,5-7 x 2,5-3 cm, inteira a 3-lobada, base hastada, subpeltada, margem lisa, levemente revoluta, 2 a 4 glândulas nos sinus entre os lobos, ou na margem quando lâminas inteiras; nervuras primárias 3, avermelhadas; lobo mediano, ou lâmina inteira, lanceolado, ápice agudo a acuminado; lobos laterais, quando presentes, menores que o central, 2,5 x 2,5-3 cm. Pedúnculo 3-4 cm compr.; brácteas 10 x 5-8 mm, persistentes, verticiladas, uninervadas, nervação reticulada, oval-lanceoladas, ápice agudo, mucronado, margem lisa. Flores 3-7 cm diâm.; hipanto ca. 1 cm compr., curto-campanulado, verde-claro; sépalas 2-2,5 x 5-8 cm, carnosas, aristadas, arista nascendo do meio para o ápice da sépala, corniculadas no ápice, verdes externamente com nervuras vináceas e internamente liláses; pétalas 1,5-2 x 5-8 cm, membranáceas, oblongo-lanceoladas, lilás; filamentos da corona em cinco séries, filiformes, lilás-escuros, os da série externa ca. 2 cm compr., os da série interna ca. 3 mm compr., com estrias brancas; opérculo membranoso; límen anular, cupuliforme; anel nectarífero presente; androginóforo ca. 1 cm compr., amarronzado; filetes e anteras marrons; ovário globoso, glabro, marrom; estiletes vináceos, livres desde a base; estigmas amarelos, capitados. Frutos e sementes não vistos. P. mucugeana é provavelmente endêmica da Bahia, sendo conhecida apenas de uma pequena área próxima à cidade de Mucugê, em floresta de altitude, a ca. 1.200 m.s.n.m. Floresce e frutifica provavelmente nos meses janeiro a março. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Ibicoara, nos arredores de Cascavel, 1.130 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 53589, 21.Mar.1999 (HUEFS); Distrito de Cascável, estrada de chão em direção a Água Fria, mata, 1.072 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 873, 16.Fev.2002 (HUEFS). (F6) Mucugê, Capão do Correia, 2.200 m.s.n.m., 13o15’8”S 41o22’39W”, L.P.de Queiroz et al. 5634, 24.Jan.2000 (HUEFS); Estrada para o capão do 119 Correia, campo rupestre, 1.264 m.s.n.m, T.S.Nunes et al. 847, 15.Fev.2002 (HUEFS). P. mucugeana provavelmente pertence à série Lobatae, sendo muito próxima a P. imbeana Sacco. Enquanto P. mucugensis é conhecida apenas da Bahia (Chapada Diamantina) (Mapa 10), P. imbeana é encontrada apenas no Estado do Rio de Janeiro, em área de mata (Sacco, 1966). P. mucugeana é facilmente reconhecida, entre as espécies encontradas no Estado da Bahia, por apresentar folhas hastadas com 2-4 glândulas nos sinus foliares. Dentre as espécies estudadas pode ser confundida com P. galbana quando em estado vegetativo. Porém, P. galbana apresenta folhas inteiras nunca lobadas e sem glândulas nos sinus foliares, ao passo que P. mucugeana, apresenta folhas 3-lobadas, hastadas e com glândulas nos sinus. 120 A Figura 17. Passiflora mucugeana sp. nov. ined. A. ramo. (A: R.M.Harley 53589). 121 122 24. Passiflora amethystina Mikan, Del. Fl. et Faun. Bras. Fasc. 4: 1825. Lectótipo: Figura 2 do trabalho de J.C.Mikan, Delect. Fl. Et Faunae Bras. Fasc. 4. 1825. (Figura 5 H-I; Mapa 10). Trepadeira escandente, herbácea, glabra; caule cilíndrico, estriado; gavinhas delgadas. Estípulas 1,5-2,5 x 0,7-1 cm, caducas, inteiras, peninérvias, oval-lanceoladas, reniformes, ápice agudo, mucronado, margem lisa. Pecíolo 2-6 cm compr.; glândulas 4-6, estipitadas, situadas da porção mediana à distal do pecíolo; lâmina 7-8 x 3,5 cm, membranácea, 3-lobada, obovada, 3-5-nervada, ápice agudo, base truncada, subpeltada, margem lisa, glândulas ausentes na margem, com 2-4 glândulas nos sinus; lobo central (2,5)6-8 x 2-4 cm, lobos laterais (2-)5-7 x 1-3 cm. Pedúnculo (2-)6-9(-15) cm compr., delgado; brácteas 1-2,5 x 0,5-1,5 cm, caducas, verticiladas, elíptico-oblongas. Flores 6-10 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 5 mm compr., campanulado, verde; sépalas 2,5-3 x 0,5 cm, carnosas, lilás-claras, oblongo-lanceoladas, corniculadas, ápice agudo, margem lisa, sem glândulas; pétalas 2,5 x 0,5 cm, membranáceas, púrpura-azuladas, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em quatro a cinco séries, os das duas séries externas violeta-claros a violeta-escuros, ca. 1,5 cm compr., liguliformes, os das séries internas violeta-escuros, ca. 7 mm compr., filiformes; opérculo 8-9 mm compr., membranoso, branco, ápice filamentoso; anel nectarífero anular; límen ca. 3 mm compr., cupuliforme; androginóforo ca. 1,5 cm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário elíptico ou ovóide, viloso; estiletes glabros; estigmas capitados, verde-escuros. Baga 5-8 x 2-2,5 cm, elíptica, verde. Sementes ca. 5 mm compr., elípticas, foveoladas. Nome vulgar: Maracujá-de-cobra. Espécie encontrada no Brasil e cultivada na Argentina e Europa (Killip, 1938). No Brasil é encontrada nos estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Na Bahia foi encontrada na faixa litorânea central do Estado, em área de mata atlântica e restinga, em altitude entre 50 a 600 m.s.n.m. (Mapa 10). Floresce e frutifica de junho a setembro. Material examinado: BRASIL, Bahia: (H8) Belmonte, Estação Ecológica Gregório Bondar, ca. 1,8 Km da sede, mata de restinga, 120 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 798, 08.Jan.2002 (HUEFS). (G8) Buerarema, margem Rodovia Buerarema/São José, mata, C.M.Magalhães 57, 10.Jul.1964 (CEPEC). (F8) Cairú, 123 M.L.Guedes s.n., 15.Ago.1993 (ALCB 26048). (H8) Camacan, Ramal para torre da Embratel, com entrada no lado esquerdo da BR 101, trecho para São João da Panelinha/Itabuna, 400-600 m.s.n.m., L.A.Mattos Silva et al. 936, 08.Jul.1980 (CEPEC, HRB, K, RB); 3-30 Km a E da Rod. Camacã/Canavieiras, Plantação de Cacau, R.P.Belém 1384, 28.Jul.1965 (CEPEC, UB). (E8) Cruz das Almas, Mata do Instituto do Fumo, M.L.Guedes 845, 11.Set.1983 (ALCB). (G8) Ilhéus, Área do CEPEC, mata Higrófila, 50 m.s.n.m., J.L.Hage et al. 1029, 1.Jul.1981 (CEPEC, HUEFS); J.L.Hage et al. 1250, 1.Set.1981 (CEPEC, HUEFS); A.M.de Carvalho et al. 116, 19.Jul.1979 (CEPEC); 22 Km da Rod. Ilhéus/Itabuna (Br 415), mata higrófila sul baiana, 50 m.s.n.m., E.B.dos Santos et al. 67, 06.Set.1983 (CEPEC); J.L.Hage et al. 1141, 29.Jul.1981 (CEPEC); J.A.de Jesus 662, 20.Mai.1970 (CEPEC); Quadra H do CEPEC, plantação de cacau, J.L.Hage 2126, 14.Ago.1986 (CEPEC); Retiro Ilha-Alagado, H.P.Velloso 963, 08.Jun.1944 (R). (G8) Itabuna, Rodovia Itabuna-Uruçuca, Plantação de cacau, R.P.Belém et al. 1310, 06.Jul.1965 (CEPEC, UB); Rodovia banco Central X Itajuípe, plantação de cacau, R.S.Pinheiro 1305, 8.Jun.1971 (CEPEC); Rodovia Itabuna-Uruçuca, plantação de cacau, R.P.Belém et al. 1262, 01.Jul.1965 (K, UB); a 25 Km para Buerarema, N.T.Silva 58342, 10.Jul.1964 (UB). (G8) Itacaré, estrada que liga a torre da Embratel com a estrada BR 101/Itacaré, a 5,8 Km da entrada, ca. 25 Km SE de Ubatuba, mata higrófila, S.A.Mori et al. 12030, 15.Jun.1979 (CEPEC). Itamonte, Km 7 em direção ao Brejo da Lapa, O.Yano et al. 22537, 30.Abr.1994 (SP). (J7) Itanhém, Fazenda Pedra Grande, 16,2 Km W of Itanhém on road to Batinga, then 0,6 Km N to Fazenda, 260-300 m.s.n.m., W.W.Thomas et al. 12342, 18.Mar.2001 (CEPEC). (G8) Maraú, Fazenda Raquel, S.G.da Vinha et al. 53, 6.Ago.1967 (CEPEC, UB). (H8) Pau Brasil, Faz. Milagrosa do Almada. A.M.Giulietti 10, 12.Ago.1995 (HUEFS); Distrito de Mundo Novo: Fazenda Milagrosa da Almada, ramal com entrada no Km 10 da Rod. Pau Brasil/Itaju do Colônia, lado direito, C.S.Florêncio 10, 12.Ago.1995 (CEPEC, UESC). (I8) Porto Seguro, Fazenda Pedro Deiró, A.P.Duarte 6016, 27.Ago.1961 (RB). (I8) Santa Cruz Cabrália, 2 Km da entrada para a RPPN, Estação Vera Cruz, restinga arbórea densa, 100 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 814, 09.Jan.2002 (HUEFS). (H8) Una, Ramal para a repetidora da EMBRATEL, Serra Boa 4 Km de extensão com a entrada no Km 575 da rod. BR 101 a direita, 53 km ao S de Buerarema, mata higrófila, J.L.Hage et al. 320, 28.Set.1979 (CEPEC, HUEFS); A.M.de Carvalho et al. 6225, 06.Jun.1996 (CEPEC). (G8) Uruçuca, Plantação de cacau, T.S.Santos 854, 21.Jun.1970 (CEPEC, HRB); Uruçuca x Taboquinhas (rod.) plantação de cacau, R.S.Pinheiro 1475, 22.Jul.1971 (CEPEC). (F8) Wenceslau Guimarães, Estação Ecológica Estadual Nova Esperança, sede a 7 Km a W do povoado de Nova Esperança, área com aprox. 2.700 ha, mata higrófila sul baiana, 600 m.s.n.m., L.A.Mattos Silva et al. 4415, 26.Jul.2001 (HUEFS, UESC). Material adicional: BRASIL, Distrito Federal: Reserva Ecológica do IBGE, E.P.Heringer 18671, 15.Nov.1982 (IBGE, SP). Espírito Santo: Conceição do Castelo, Providência, G.Hatschbach et al. 51340, 20.Ago.1987 (MBM). Góias: Rodovia BR-020, 156 Km N de Alvorada do Norte, G.Hatschbach 42016, 10.Mar.1979 (MBM); ad Porto Real Imperial, Burchell 8537, 1865 (Isótipo de P. cornuta Mast. HUEFS, K). Goiânia, Jardim Botânico Reserva Florestal, J.R.Pirani et al. 2061, 07.Fev.1988 (SPF, NY). Tocantins, Aurora do Tocantins, rodovia Campos Belos a Taguatinga, próximo a Lavadeira, G.Hatschbach et al. 60385, 11.Fev.1994 (MBM). Minas Gerais: Serra do Itabirito, ca. 50 Km SE of Belo Horizonte, 1500m, H.S.Irwin et al. 19729, 10.Fev.1968 (NY, SP); Bom Jesus da Cachoeira, arredores, G.Hatschbach 46295, 12.Mai.1983 124 (MBM). Brumadinho, Serra da Calçada, Ribeiro das Pedras, 1.400m, capoeira, L.A.Masters 641, 04.Abr.1994 (SPF); L.A.Masters 485, 23.Jan.1991 (SPF). Muriaé, Rodovia BR 116, 10-15 Km ao Sul do Muriaé, G.Hatschbach et al. 55420, 13.Jun.1991 (MBM). Paraná: Guaraniaçu, Serra das União, G.Hatschbach et al 19173, 26.Abr.1968 (MBM, HUEFS). Rio de Janeiro: Graham s.n., s.d. (Isótipo de P. onychina Hindl, HUEFS, K). São Paulo: Matas sombrias de Umuarana, Gruta em frente a fonte da juventude, M.Kuhlmann s/n., 21.Jan.1935 (SP, SPF). Barra do Turvo, BR 116, Rio Barreiro, O.S.Ribas et al. 1986, 27.Out.1997 (MBM). Cabreúva, estrada Cabreúva-Pirapora do Bom Jesus, R.Simão-Bianchini 125, 16.Abr.1989 (MBM, SPF). Campos do Jordão, Reflorestamento de Araucária, M.J.Robim 741, 20.Mar.1992 (MBM, SPSF). Jundiaí, ca. 10 Km SW de Jundiaí. Serra do Japi, H.F.Leitão-Filho et al. 3157, 08.Out.1976 (MBM, UEC); Estação experimental do IAC, L.C.Bernacci 2205, 21.Abr.1994 (IAC, MBM). Piracicaba, Mata da Pedreira, ESALQ, E.L.M.Catharino 53, 08.Abr.1984 (ESA, IAC, SP); Mayrink a Santos, F.Zoega 28790, 05.Fev.1932 (IAC, SP). Pernambuco: Rio Formoso, orla das mata, L.P.Félix et al. 6888, 21.Fev.1995 (HST, HUEFS). São José do Barreiro, Estrada SP 221, que liga a cidade ao alto da Serra da Bocaína, até ca. 1800 m de altitude, zona de mata nebular, R.J.F.Garcia et al. 1981, 17.Abr.2000 (PMSP, SPF). São José dos Campos, São Francisco Xavier, R.S.Bianchini 313, 03.Jun.1992 (SPF). Passiflora amethystina pode ser confundida com P. watsoniana da qual se diferencia pelo tamanho do pedúnculo, até 5 cm compr. em P. watsoniana e maior do que 5 cm compr. em P. amethystina. Outro caráter importante é a coloração das flores, rosadas em P. watsoniana e violáceas em P. amethystina. 125 P. amethystina P. mucugeana sp. nov. Mapa 10. Distribuição de P. amethystina e Passiflora mucugeana no Estado da Bahia. 126 B D E H C A G F I Figura 18. Passiflora edmundoi: A. ramo, B. flor. P. mucronata: C. ramo, D. flor inteira, E. flor (corte longitudinal). P. galbana: F. ramo, G. flor. P. amethystina: H. estípula, I. ramo. (A-B: T.S.N.Sena 25; D-E: L.A.Mattos-Silva 483; F-G: T.S.Nunes 229; H-I: G.Hatschbach 19173). 127 128 A B C D Figura 19. Subgênero Dysosmia: A. Flor; B. Hábito prostrado; C. Flor; D. Baga globosa; E. Baga envolto em brácteas pinatissectas (A-E. P. foetida). E 129 I.4. Passiflora subgênero Dysosmia (DC.) Killip, Publ. Field. Mus. Bot. ser. 19(1): 30. 1938. Trepadeiras herbáceas; indumento de tricomas glandulares estipitados; estipulas e brácteas pinatissectas a bipinatissectas, profundamente fendidas em segmentos filiformes, glandular-estipitadas, a parte não dividida meramente uma banda estreita da lâmina; pecíolos sem glândulas verdadeiras apesar de às vezes possuirem tricomas glandular-estipitado; flores com hipanto campanulado; filamentos da corona em 4-5 séries; opérculo ereto, denticulado; estiletes unidos na base, projetando-se do centro do ápice do ovário; sementes reticuladas. 25. Passiflora foetida L., Sp. Pl. ed. 2: 959. 1753. Tipo: “Dominica, Martiniana, Curaçao.” (Mapa 11). Trepadeira herbácea; indumento hirsuto, com tricomas amarelos ou dourados, e com tricomas glandulares estipitados, viscosos, densos, nos ramos, folhas, estípulas e brácteas; caule cilíndrico, estriado; gavinhas vilosas, presentes. Estípulas ca. 0,5 x 1,5 cm, linearreniformes, persistentes, pinatissectas, margem laciniada. Pecíolo 1-(2,5-)4,5 cm compr.; lâmina 5-6 x 4-5 cm, membranácea, 3-lobada, hirsuta em ambas as faces, ápice agudoacuminado, base cordada, margem serreada, glandular-ciliada. Pedúnculo (1,5-)2,5-3(-5) cm; brácteas 2-3,5 x 1-2 cm, persistentes, pinatissectas, com tricomas simples e tricomas glândulares por toda a margem, verticiladas no ápice do pedúnculo. Flores 4-6 cm diâm., solitárias ou pareadas na axilar foliar; hipanto ca. 3 mm compr., curto-campanulado, verde; sépalas 1-1,5 x 0,6 cm, carnosas, verdes na face externa, brancas na face interna, oblongas, ápice agudo, corniculadas, corno viloso, ca. 4 mm compr.; pétalas 1-1,5 x 0,4-0,8 cm, membranáceas, oblongas, branco-esverdeadas, ápice arredondado; filamentos da corona em cinco séries, branco-vináceos, filiformes, os das séries externas 0,5-1 cm compr., os das séries internas ca. 2 mm compr.; opérculo membranoso, ápice denteado; anel nectarífero presente; límen membranoso, cupuliforme; androginóforo ca. 1 cm compr.; filetes verdes; anteras amarelas; ovário globoso, seção circular, densamente viloso; estiletes pubescentes; estigmas capitados; Baga ca. 1,5-2,2 x 1,8-2 cm, globosa, verde. Sementes ca. 4-6 x 3 mm, oblongas, lisas, achatadas, alveoladas. 130 Nome vulgar: Camapu, maracujá-de-cobra maracujá-de-estalo, maracujá-de-estralo, maracujá-de-papoco, maracujá-de-papouco, maracujá-de-pipoco, maracujá-de-praia, maracujá-do-campo, maracujá-do-mato, maracujá-i, maracujá-poca, maracujazinho-do-mato ou poca-poca. Passiflora foetida encontra-se distribuída no Texas, México, América Central, Antilhas e América do Sul. No Brasil tem ampla distribuição, encontrada em praticamente todos os estados. Na Bahia ocorre praticamente em todo o Estado e em todos os tipos vegetacionas, comportando-se como uma planta invasora em áreas degradadas (Mapa 11). Encontra-se em altitude de 50 a 1300 m.s.n.m. Floresce e frutifica durante todo o ano. Material examinado: BRASIL, Bahia: In justicelis, P.Salzmann s.n., s.d. (K). Martii 437 (K, HUEFS); A.L.Costa s.n., Mai.1956 (ALCB 2861); BA 052 Km 39, Y.Britto s.n., s.d. (ALCB 19137); caatinga de Moura, Schreiner 90179, 1890 (R); L. Netto s.n., s.d. (R 90212). (D5) Aramary, P.C.Porto 1394, 21.Dez.1922 (RB). (F4) Bom Jesus da Lapa, Rio das Rãs, G.Hatschbach et al. 55194, 15.Fev.1991 (MBM). (D5) Cachoeira, Estação das Embasa, G.P.do Cavalo 161, Jun.1980 (ALCB); Estação da EMBASA, vale dos Rios Paraguaçu e Jacuípe, mata, Grupo Pedra do Cavalo 336, Jul.1980 (ALCB, CEPEC, HRB); Porto Castro Alves. Vale dos Rios Paraguaçu e Jacuípe, mata, Grupo Pedra do Cavalo 256, Jun.1980 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Barragem de Bananeiras, G.P.do Cavalo 212, Jun.1980 (ALCB, CEPEC, HUEFS); Represa de Bananeira, lugar sombreado, L.R.Noblick 1933, 31.Jul.1980 (CEPEC, HUEFS, RB). (C8) Camaleão, Lagoa da Eugênia southern and near Camaleão waste ground with scattered shrubs and marshy lake margin, 300 m, R.M.Harley et al. 16271, 21.Fev.1974 (IPA, K, RB). (B8) Canudos, Reserva Biológica de Canudos, Raso da Catarina, A.A.Ribeiro-Filho et al. 139, 2.Mar.2001 (HUEFS). (D7) Capim Grosso, A.L.Costa s.n., 08.Fev.1970 (ALCB 2865). (B7) Casa Nova, Porto Casa Nova, Rio São Francisco, P.T.Mendes 49320, 04.Ago.19329 (SP). (E8) Castro Alves, C.A.L.de Carvalho 56, 30.Jul.1994 (HUEFS); C.A.L.de Carvalho 56, 30.Jul.1994 (HUEFS). R.M.Harley et al. 28479, 10.Jan.1997 (HUEFS, SP, SPF). (D8) Conceição do Coité, caatinga, L.P.de Queiroz et al. 1108, 16.Nov.1986 (HUEFS). (D10) Conde, Poças, dunas, G. & M. Hatschbach et al. 63144, 18.Ago.1995 (CEPEC, MBM); Barra do Tariri, restinga, R.C.M.S.Araújo et al. 8, 26.Mar.2001 (HUEFS); Praia de Siribinha, E.C.Medeiros Neto 33, 28.Abr.1996 (ALCB, HUEFS). (F3) Correntina, Rio Corrente, G.Hatschbach et al. 66065, 21.Jan.1997 (MBM). (B8) Curaçá, Fazenda Santa Rita, S.B.da Silva et al. 298, 12.Ago.1983 (K, HRB). (E8) Cruz das Almas, G.C.P.Pinto 215, Mai.1950 (ALCB). (E9) Dias D’Ávila, Acesso BR 093, M.L.Guedes et al. s.n., 05.Ago.1994 (ALCB 26853). (D10) Entre Rios, Porto de Sauípe, restinga arbustiva, M.L.Guedes et al. 3820, 20.Abr.1996 (ALCB); Restinga de Massarandupió, dunas, M.R.Fonseca et al. 07, 11.Jan.23001 (ALCB, HUNEBA). (E8) Feira de Santana, Serra de São José, pastagem, L.R.Noblick 3119, 30.Mar.1984 (ALCB, CEPEC, HUEFS); T.S.Nunes et al. 4, 5.Jul.1993 (HUEFS); Campus da UEFS, L.R.Noblick 2705, 01.Jun.1983 (HUEFS); Campus da UEFS, 1º Módulo ao lado do Auditório II, em direção ao 2º módulo, T.S.N.Sena 01, 131 21.Jul.1992 (HUEFS, MBM); Campus da UEFS, 1º Módulo, em frente ao canteiro de Leguminosas, T.S.Nunes 08, 29.Out.1993 (CEPEC, HUEFS, MBM). (D5) Filadélfia, 450 m, Br 407, 4-9 Km N de Filadélfia, caminho a Senhor do Bonfim, Borde del Camino, M.M.Arbo et al. 5455, 01.Dez.1992 (CTES, K, SPF); 5 Km na estrada para Pindobaçu, caatinga, A.M.Giulietti et al. 1880, 28.Fev.2000 (HUEFS). (D2) Formosa do Rio Preto, Pinto, ca. 7 km S da divisa entre Bahia e Piauí, F.França et al. 3296, 29.Mar.2000 (ALCB, HUEFS). (F8) Gandu, margem da estrada Itamari, T.S.dos Santos 1751, 09.Jul.1971 (CEPEC). (D5) Gentio do Ouro, Lagoa Itaparica, 10 km São Inácio-Xique Xique, road at the turnning 13,1 Km N of São Inácio, 300-400 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 19088, 26.Fev.1977 (CEPEC, K, RB). (B9) Glória, caminho da serrota, caatinga, F.P.Bandeira 244, 3.Jul.1995 (HUEFS, MBM); Brejo do Burgo. F.P.Bandeira 81, 1.Dez.1992 (ALCB, HUEFS); Raso da Catarina, M.L.Guedes 865, 07.Dez.1983 (ALCB); ca. 4 Km de Olhos d'Água de Souza. L.P.de Queiroz et al. 6527, 26.Abr.1997 (HUEFS). (E7) Iaçu, margem Rio Paraguaçu, G.Hatschbach 45099, 17.Jul.1982 (CEPEC); Rod. BA-046, G.Hatschbach 45087, 17.Jul.1982 (MBM); Morro da Garrafa, F.França et al. 2313, 21.Abr.1997 (HUEFS); Rodovia BA-046, G.Hatschbach et al. 45099, 17.Jul.1982 (MBM). (D8) Ichu, 5 Km ao S de Ichu, caminho a Tanquinho, 300 m.s.n.m., caatinga, M.M.Arbo et al. 7265, 15.Jan.1997 (CEPEC, CTES). (E8) Ipirá, ca. 120 Km de Feira de Santana, beira de estrada, T.S.Nunes et al 265, 10.Abr.2001 (HUEFS). (D6) Irecê, Gameleira, E.L.P.G.de Oliveira 203, 8.Out.1980 (BAH, HRB); Margem da estrada de Baixa Verde, M.S.G.Ferreira 124, 07.Out.1980 (HRB). (E7) Itaberaba, Fazenda Serra da Monte-Pasto, tanque, E.L.P.G.Oliveira 426, 09.Mar.1982 (HRB); Pasto Buffel, Fazenda Serra da Monta, Pastagem, B.C.Bastos 345, 11.Nov.1982 (BAH, HRB, HUEFS). (D5) Itanagra, E.F.Gusmão 70, 30.Mar.1975 (ALCB). (E8) Itatim, Morro do Leão, Inselberg, F.França et al. 1919, 26.Out.1996 (HUEFS); V.M.de Monteiro 21, 27.Out.1996 (HUEFS). (C8) Itiuba, 10 Km de Itiuba, 735 m.s.n.m., J.G.Nascimento et al. 36, 28.Jan.2001 (HUEFS); Rômulo Campos, Lago do Jacurici, área do DENOCS, 355 m.s.n.m., J.G.Nascimento et al. 65, 19.Jan.2002 (HUEFS); Lagoa da Eugenia, ao S próximo a Camaleão, caatinga, R.M.Harley 16271, 21.Fev.1974 (CEPEC, IPA). (E7) Itumirim, P.C.Porto 1284, 19.Dez.1922 (RB). (D10) Jandaíra, Mangue Seco, dunas instáveis, M.C.Ferreira 155, 02.Abr.1988 (HRB); Mangue seco, C.B.Nascimento & J.Costa 69, 22.Mar.1998 (HRB, HUEFS). (C9) Jeremoabo, Raso da Catarina, caatinga, L.M.C.Gonçalves 57, 15.Mai.1981 (CEPEC, HRB). (B7) Juazeiro, 7 Km ao S cidade, BR-407, próxima a Pousada de Juazeiro, caatinga, W.W.Thomas 9564, 23.Jan.1993 (CEPEC, NY); caatinga, A.L.Costa s.n., 26.Fev.1962 (ALCB 2860); Serrote Branco, M.L.S.Guedes 7306, 26.Mar.2000 (ALCB). Traíras, Rio São Francisco, viagem pelo Rio São Francisco, A.Lutz 226, 12.Jun.19232 (R). (E6) Lençóis, estrada Lençóis-Br 242, Km 01, 500 m.s.n.m., L.Coradin et al. 4378, 21.Ago.1981 (CEN); Estrada saindo de Lençóis, beira do córrego de esgoto corrente, M.J.S.Lemos 88, 22.Out.2000 (HUEFS); Povoado de Remanso, M.P.Sena s.n., 14.Dez.1997 (HUEFS 39329). (F7) Maracás, L.P.de Queiroz 61, 20.Jan.1981 (ALCB). (D5) Mata de São João, L.Maliarenko 07, 04.Jun.1996 (ALCB); Litoral Norte, restinga de praia do forte, M.L.Guedes et al. 8187, 03.Fev.2001 (ALCB); Porto do Sauípe, restinga, A.J.Ribeiro et al. 442, 1995 (ALCB). (E8) Milagres, Fazenda Bom Jesus, A.L.Costa s.n., 07.Dez.1969 (ALCB 2864). (F6) Mucugê, Estrada para o Capão do Correia, 1.264 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 854a, 15.Fev.2002 (HUEFS). (D7) Mundo Novo, 15 Km a W cidade, BA-052, orla da mata, G.Hatschbach 44267, 15.Out.1981 (CEPEC, MBM). (D9) Olindina, 132 Fazenda Olhos D’água, caatinga, O.B.Borges 14, 13.Jul.1993 (HRB). (E6) Palmeiras, Br 242, G.Hatschbach et al. 56930, 09.Abr.1992 (MBM). (B9) Paulo Afonso, Raso da Catarina, caatinga arbustiva, M.C.Ferreira 510, 12.Abr.1993 (HRB); Estação Ecológica Raso da Catarina (casa 2), L.P.Gonzaga 65, 16.Ago.1985 (RB); L.P.Gonzaga 66, 16.Ago.1985 (RB). (F6) Piatã, 5 Km de Piatã na estrada para Abaíra, 1.200-1.300 m.s.n.m., R.M.Harley et al. H 51197, 07.Jan.1992 (SPF). (D8) Queimadas, 3 min NE of Queimadas, 400 m.s.n.m., caatinga, G.L.Webster 25708, 17.Nov.1986 (K, UB). (D8) Riachão do Jacuípe, ca. 30 Km na estrada de Riacho do Jacuípe para Capim Grosso, caatinga, A.M.Carvalho et al. 2771, 14.Mar.1990 (CEPEC, HUEFS). (D5) Salvador, Dunas de Itapuã, perto do aeroporto, mata úmida, L.R.Noblick 1524, 25.Ago.1979 (ALCB, IPA); Boca do Rio, W.Sant’Ana s.n., 16.Abr.1973 (ALCB 2536); Jardim Ipiranga, A.L.Costa s.n., 1956 (ALCB 1862); Dunas da Boca do Rio, Equipe Ecollógica s.n., 13.Set.1976 (ALCB 16024); Praia de Itapuã, E.Santos 1899, 25.Jul.1964 (K, MBM, R); Boca do Rio, W.Sant’Ana s.n., 16.Abr.1973 (ALCB 25361); Jardim Ipiranga, A.L.Costa s.n., 1956 (ALCB 1862). (B9) Santa Brígida, L.P.de Queiroz 346, 25.Jun.1982 (ALCB, HUEFS); Quarenta Santa Brígida, J.de S.Silva 647, 23.Mai.1978 (HUEFS, SP); Estação Ecológica do Raso da Catarina, próximo à sede. M.L.Guedes 865, 7.Dez.1983 (ALCB, HUEFS). (I8) Santa Cruz Cabrália, 4-6 Km a E da Estação Ecológica do Pau-Brasil, 17 Km a W Porto Seguro, estrada velha para Cabrália, mata em fase destruição, S.A.Mori 10815, 18.Out.1978 (CEPEC). Reserva Biológica do Pau Brasil, mata, T.S.dos Santos 3022, 28.Mai.1975 (CEPEC, HUEFS). (D8) Santa Luz, estrada Santa Luz-Queimadas, aprox. 8 km depois de Santa Luz, próximo a pedreira, caatinga, K.R.B.Leite et al. 114, 16.Nov.2000 (HUEFS). (E8) Santa Terezinha, 11 Km ao SW da ponte sobre o Rio Paraguaçu, BR-116, caatinga degradada, L.P.de Queiroz 3183, 02.Jun.1993 (CEPEC, HUEFS, K, MBM); Serra da Jibóia, cerca de 4 km W de Pedra Branca, J.G.Carvalho-Sobrinho 5, 27.Jul.2000 (HUEFS); Vila da Pedra Branca, serra da Jibóia, estrada para a torre de TV, 800-850 m.s.n.m., mata higrófila submontana, M.Alves et al. 1985, 11.Jun.2000 (CEPEC). N.R.S.Cruz et al. 41, 19.Out.2000 (HUEFS). (E8) Santo Estevão, 53 Km SW de Feira de Santana, BR-116, vegetação perturbada a beira de um brejo. L.P.de Queiroz 1526, 27.Mai.1987 (CEPEC, HUEFS). (D6) São Gabriel, Ca. 11 Km para Gameleira, caatinga, 786 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 615, 26.Nov.2001 (HUEFS) (D5) São Sebastião do Passé, Área da Estação Experimental Sosthenes Miranda, Km 26 BR-324, plantação de cacau, solo argiloso, J.L.Hage 1714 (CEPEC). (C7) Senhor do Bonfim, Estrada entre Senhor do Bonfim e Campo Formoso, caatinga, T.S.Nunes 575, 18.Jun.2001 (HUEFS); Estrada Senhor do Bonfim a Capim Grosso, ca. 130 Km de Juazeiro, beira de estrada, T.S.Nunes et al. 605, 15.Ago.2001 (HUEFS). (E8) Serra Preta, Fazenda Lagedo Alto, caatinga, R.C.M.S.Araújo 3, 1.Jul.2000 (HUEFS). (B7) Sobradinho, Estrada Casa Nova-Sobradinho, barragem de Sobradinho. Coleções perto do Restaurante Lagoa Azul. A.Freire-Fierro et al. 1984, 17.Out.1990 (SPF, HUEFS). (F8) Tancredo Neves, Corte de Pedra, F.França 549, 24.Jul.1991 (MBM, UB). (E8) Tanquinho, 5 Km ao S Ichu, estrada para Tanquinho, caatinga, M.M.Arbo 7265, 15.Jan.1997 (CEPEC, CTES). (C9) Tucano, Sítio Nossa Senhora Auxiliadora, H.Maia 10, 23.Dez.1992 (ALCB). (F8) Valença, Guaibim. Restinga arbórea, G.Hatschbach et al. 63356, 17.Ago.1995 (CEPEC, MBM); G.Hatschbach et al. 68498, 13.Out.1998 (MBM). (D5) Vera Cruz, Ilha de Itaparica, Praia da Corona, ramal que liga a BA-001 à praia de Corona. Restinga, L.P.de Queiroz et al. 4745, 9.Fev.1997 (HUEFS, MBM). (G7) Vitória da Conquista, Rod. Rio-Bahia, próximo a Vitória das Conquista, 133 E.P.Heringer 10224, 18.Jan.1965 (UB). (F8) Wenceslau Guimarães, Três Braços, Nova Esperança, E.Melo & F.França 505, 16.Jan.1991 (CEN). Material adicional: BRASIL, Alagoas: Barra de São Miguel, AL 101, a 1 Km do entroncamento com AL215, N.N.R.Staviski 447, 28.Jun.1982 (K). Penedo, Gardner 1314, Fev.1838 (HUEFS, IPA foto, K). Ceará: Ito, 89 Km N of Ito, Br 116, A.Gentry 50095, 14.Fev.1985 (K). Espírito Santo: Linhares, Vale do rio doce, T.S.dos Santos 1480, 27.Mar.1971 (CEPEC). Goiás: Niquelândia, estrada de terra vicinal a GO-237 (Niquelândia/Colinas), entrada a 600 m da ponte sobre a Barragem a 40 km desta, 410 m, B.M.T.Walter et al. 1289, 14.Abr.1992 (CEN, HUEFS); Araguatins, capoeirão, E.Mileski 355, 17.Nov.19832 (HRB, HUEFS). Mato Grosso: Corumbá, Near Corumbá, J.A.Moore 915, 1891 (HUEFS, K! holótipo de P. foetida L. var. strigosa S.Moore). Mato Grosso do Sul: Miranda, Rodovia BR-262, rio Miranda, G.Hatschbach et al. 52474, 21.Out.1988 (MBM). Pernambuco: Gardner 1021, Dez.1837 (K); Gardner 1024, Dez.1837 (IPA, K). Piauí: Baixa do Barreiro (6a. cidade) – PARNA de sete cidades, 220m, cerrado, M.E.Alencar et al. 835, 14.Jan.2000 (TEPB). Teresina, 36 Km northwest of Picos on BR 316 to Teresina, caatinga, W.W.Thomas et al. 9609a, 24.Jan.1993 (CEPEC, NY). Triunfo, Lagoa Nova, 1100 m, A.M.Miranda et al. 2139, 10.Mar.1995 (HST). Serra Negra, D.A.Lima 51-900, 15.Fev.1951 (IPA). Cabo de Santo Agostinho, Rochedos, D.A.Lima 52-1043, 22.Mai.1952 (IPA). Rio Grande do Norte: Nisea, Floresta a margem do riacho do Cruzeiro, S. Tavares 53-223, 08.Set.1953 (IPA). Durante este estudo foi feita uma tentativa no sentido de reconhecer as variedades sugeridas por alguns autores (Triana & Planchon, 1873; Killip, 1938). No entanto, os caracteres diagnósticos sugeridos por estes autores mostraram, na Bahia, instáveis, com variação contínua ou dissociada de padrões geográficos. Sendo assim, as variedades não estão sendo reconhecidas neste trabalho, havendo necessidade de um estudo completo da variação neste táxon, a fim de estabelecer limites taxonômicos mais naturais. P. foetida pode ser confundida com P. villosa, diferenciando-se desta por apresentar brácteas pinatifidas ou pinatissectas, estípulas pinatissectas ou laciniadas e flores aos pares na axila foliar, enquanto P. villosa apresenta brácteas inteiras, estípulas lineares e flores solitárias. 134 P. foetida Mapa 11. Distribuição de P. foetida no Estado da Bahia. 135 136 B A C D E Figura 20. Subgênero Dysosmioides: A. Ramo em botão com brácteas e estípula; B. Estípula; C. Botão; D. Fruto; E. Flor (em corte longitudinal) (A-E. P. villosa). 137 I.5. Passiflora subgênero Dysosmioides Killip, Publ. Field. Mus. Bot. ser. 19(1): 30. 1938. Trepadeiras herbáceas; pecíolos sem glândulas apesar de às vezes apresentar tricomas glandulares estipitados; estípulas ovais ou semi-ovais, denticuladas a lacerado-dentadas; brácteas lacerado-dentadas ou laciniadas; hipanto campanulado; filamentos da corona em três séries; opérculo filamentoso; estiletes livres na base, projetando-se a partir do centro do ápice do ovário. 26. Passiflora villosa Vell., Fl. flumin. icones 9, Tab. 87. 1831. Tipo: Velloso, Fl. flumin. Icones 9: Tab. 87. 1831. (Figura 8A-B; Mapa 12). Trepadeira; indumento hirsuto em toda a planta, tricomas dourados; caule cilíndrico, estriado, vináceo-escuro; gavinhas presentes. Estípulas 5-7 x 3 mm, persistentes, pubescentes, vináceas, inteiras, foliáceas, laciniadas, oval-lanceoladas, ápice agudo, com tricomas glandulares. Pecíolo 0,5-3 cm compr., sem glândulas; lâmina 6-9(-13) x 5-8 cm, membranácea, 3-lobada (inteira quando jovem), 3-nervada, reticulada, oval-lanceolada; tricomas vilosos dourados em ambas as faces; ápice agudo, mucronado, base cordada, margem serreada; lobo central oval-lanceolado, 4-13 x 5-6 cm, lobos laterais raramente maiores do que 1 cm. Pedúnculo 1-1,5 cm compr.; brácteas 1,5-2 cm compr., caducas, inteiras, pubescentes, verticiladas no meio do pedúnculo, nervação reticulada, lineares, lacerado-denteadas, corniculadas, com margem fortemente serrulada, mucronadas, sem glândulas. Flores 2-3 cm diâm., solitárias; hipanto ca. 1-1,5 x 0,5-1 cm compr., verde, campanulado; sépalas 1-1,5 x 0,5-1 cm, verdes na face externa, brancas na face interna, carnosas, oblongas, ápice agudo, sem glândulas; pétalas 1,5 x 0,8 cm, brancas, membranáceas, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em três séries, com faixas brancas e vináceas, os da série externa liguliformes, ca. 1 cm compr., os das séries internas filiformes, ca. 2 mm compr.; opérculo membranoso, ereto, fimbriado na margem; límen cupuliforme; anel nectarífero presente; estiletes glabros; estigmas capitados; ovário globoso, glabro, verde. Baga 4-5 x 3-4 cm, verde-amarelada, glabra, globosa. Sementes ca. 5 x 3 mm, oblongas, apiculadas, reticuladas. Espécie distribuída no leste do Brasil, da Bahia até Santa Catarina. No Estado da Bahia 138 ocorre em campo rupestre (Chapada Diamantina), mata atlântica e área de restinga (litoral) (Mapa 12), em altitudes de 1.000 a 1.700 m.s.n.m. Floresce e frutifica de novembro a fevereiro. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Abaíra, Tijuquinho, próximo à encosta da Serra do Rei, 1.700 m.s.n.m., W.Ganev s.n., 16.Nov.1992 (HUEFS 13714, K); Tijuquinho, 1.650-1.800 m.s.n.m., R.M.Harley et al. H 51208, 08.Jan.1992 (K, SPF). Catolés de Cima, na trilha da Serra do Barbado, 1.560 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 53428, 9.Jan.1999 (HUEFS). (F6) Ibicoara, Povoado de Água Fria, mata degradada, 1.156 m.s.n.m., T.S.Nunes 889, 16.Fev.2002 (HUEFS). (D7) Jacobina, Serra do Ouro, ca. 5 Km do Hotel Serra do Ouro, próximo à Córrego, T.S.Nunes et al. 339, 6.Jun.2001 (HUEFS). (D5) Salvador, Itapuã, Dunas perto do aeroporto, L.R.Noblick 1486, 18.Ago.1979 (ALCB). Material adicional: BRASIL, São Paulo: Sant'Ana, L.Roth 50.346, 09.Mar.1943 (SP); A.C.Brade 6454, 03.Mar.1912 (SP); Chácara dos Morrinhos, na mata, D.B.Pickel 5512, 20.Nov.1941 (IPA). P. villosa pode ser confundida com P. foetida, diferenciando-se desta por apresentar brácteas inteiras não pinatifidas ou pinatissectas, estípulas lineares e flores solitárias. I.6. Passiflora subgênero Astrophea (DC.) Mast., Trans. Linn. Soc. 27: 629. 1871. Trepadeiras lenhosas; gavinhas às vezes reduzidas a espinhos ou ausentes; glândula peciolar, se presente, em forma de cicatriz; folhas inteiras; filamentos da corona curtos, em duas séries; opérculo ereto, sub-inteiro ou, geralmente, profundamente fendido; ovário angulado, 3(-8) ângulos, truncado, os estiletes projetando-se dos ângulos do seu ápice. 27. Passiflora mansoi (Mart.) Mast., Trans. Linn. Soc. London 27: 629. 1871. Tipo: Brasil, Mato Grosso, Cuiabá, Manso s.n., s.d. (Hólotipo: NY; isótipo: BR!). (Mapa 12). Trepadeira lenhosa, glabra; caule cilíndrico, superfície verrucosa; gavinhas lenhosas. Estípulas 1-2 cm compr., inteiras, linear-subuladas, ápice agudo, base simétrica, margem lisa. Pecíolo 1,5-3 cm compr.; glândulas 2, sésseis localizadas próximo ao ápice do pecíolo; lâmina (5-)7-12 x 5-7,5 cm, coriácea, inteira, face adaxial glabra ou com tricomas esparsos, face abaxial velutina, peninérvia com 6-7 pares de nervuras secundárias, elíptica a oval, ápice acuminado, agudo a arredondado, base arredondada, margem crenada, levemente revoluta. 139 Pedúnculo 1-1,5 cm compr.; brácteas 1,5 mm compr., verticiladas no ponto de articulação do 140 A C B Subgênero D Figura 21. Subgênero Astrophea: A. Ramo; B. Fruto; C. Flor (em corte longitudinal); D. Flor (A. P. mansoi; B-D. P. rhamnifolia). 141 pedúnculo, linear-subuladas. Flores solitárias, 2-2,5 cm diâm.; hipanto 10-12 x 6-8 mm, cilíndrico-campanulado, alargado na base; sépalas 10-15 x 8-9 mm, brancas, oval-oblongas, obtusas; pétalas 10-15 x 5-8 mm, brancas, estreitamente oblongas, obtusas; filamentos da corona em duas séries, os da série externa 1-1,3 cm compr., dolabriformes no quarto inferior, subulados no ápice, os da série interna filiformes, 3-3,5 mm compr.; opérculo ca. 3 mm compr., localizado abaixo do meio do tubo, filamentoso na base, os filamentos subulados; límen e anel nectarífero presentes; androginóforo 2-2,5 cm compr.; filetes esverdeados; anteras verde-amareladas; ovário ovóide, densamente piloso; estiletes verde-claros; estigmas verde-escuros. Baga 3-4 x 2,2-3 cm, globosa, pilosa. Sementes não vistas. Nome vulgar: Maracujá, maracujá-de-cobra e maracujá-do-mato. Espécie encontrada no Brasil, nos estados de Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. No Estado da Bahia foi encontrada unicamente para a região sul do Estado, em áreas de mata atlântica e restinga, (Mapa 12), em baixas altitudes, encontrada praticamente ao nível do mar. Floresce e frutifica de janeiro a agosto. Material examinado: BRASIL, Bahia: (H9) Belmonte, Mata costeira, R.P.Belém et al. 2476, 06.Jul.1966 (CEPEC, UB); Km 47 da Rodovia Itapebi/Belmonte, 7 Km a E Barrolândia. Área da Estação Experimental Gregório Bondar, mata parcialmente destruída, solo argilo-silicoso, L.A.Matos Silva 1806, 12.Jan.1985 (CEPEC); ca. 26 Km SW of Belmonte, along road to Itapebi, and 4 Km along side road towards the sea, R.M.Harley 17425, 25.Mar.1974 (K). (I8) Porto Seguro, Reserva da Brasil Holanda de Industrias S/A. Entrada no Km 22 da Rod. Eunapólis-Porto Seguro, mata higrófila, J.G.Jardim et al. 393, 07.Abr.1994 (CEPEC). (I8) Santa Cruz Cabrália, Antiga rodovia que liga a Estação Ecológica Pau-Brasil a Santa Cruz, 7 Km ao NE da estação, ca. 12 Km ao NW de Porto Seguro, S.A.Mori et al. 12713, 14.Ago.1979 (CEPEC); 2 Km da entrada para a RPPN, Estação Vera Cruz, restinga arbórea densa, 100 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 813, 09.Jan.2002 (HUEFS). (H8) Una, Estação Experimental Lemos Maia, CEPLAC, Seringal a Oeste da sede nova da estação, A.Rylands 6/1980, 17.Jun.1980 (CEPEC). Material adicional: BRASIL, Góias: Alto Paraíso, Chapada dos Veadeiros, 3-5 Km NE of Alto Paraíso on road to Nova Roma, W.R.Anderson 12479, 28.Fev.1982 (MBM). Mato Grosso: Martii 276 (HUEFS, Síntipo K!); Beira da estrada Xavantina-São Félix, A.Lima 478-68, 12.Out.1968 (IPA). Chapada dos Guimarães, G.Hatschbach et al. 36122, 13.Fev. 1975 (MBM). Pernambuco: Recife, Mata dos Dois Irmãos, córrego do Sabiá, A.Lima 67-4994, 25.Mar.1967 (IPA). Piauí: Uruçuí, R.P.Orlandi 610, 29.Mar.1984 (CEPEC, HRB, HUEFS, IPA). 142 Passiflora mansoi pode ser confundida com P. haematostigma, diferenciando-se desta pela forma e dimensões da lâmina foliar (elíptica com 7-12 cm compr. em P. mansoi e ovaloblonga com 8-10 cm compr. em P. haematostigma) e pelo número de pares de nervuras secundárias (6-7 em P. mansoi e mais de 8 em P. haematostigma). P. mansoi P. villosa Mapa 12. Distribuição de P. villosa e P. mansoi no Estado da Bahia. 143 28. Passiflora haematostigma Mart. ex Mast. in Mart., Fl. Bras. 13, pt. 1: 574, pl. 108 f. 1. 1872. Tipo: Brasil, Minas Gerais, Martius Mss no. 1136. (Holótipo: M) (Figura 8 C-D; Mapa 13). Trepadeira lenhosa, pubescente; caule cilíndrico, liso; gavinhas lenhosas, ramos com estípulas axilares. Estípulas ca. 3 mm compr.; persistentes, linear-setácea. Pecíolo 1-2,5 cm compr.; glândulas 2, sésseis localizadas no ápice do pecíolo; lâmina 8-10 x 6-6,5 cm, coriácea, glabra, peninérvia, 4-6 pares de nervuras secundárias, oval-oblonga a elíptica, ápice agudo, acuminado, base truncada, margem lisa, revoluta. Pedúnculo 1-3,5 cm compr., articulado próximo ao meio; brácteas ca. 3 x 1 mm, setáceas, caducas, alternas no pedúnculo. Flores 4-6 cm diâm., eretas, solitárias ou pareadas na axila foliar; hipanto ca. 1 x 0,6 cm, verde, cilíndrico-campanulado; sépalas 1,5-2 x 0,7-1 cm, carnosas, verdes na face externa e brancas na interna, linear-oblongas; pétalas 1,5-2 x 0,4-0,7 cm, membranáceas, brancas, linear; filamentos da corona em duas séries, os da série externa com filamentos dilatados, subdolabriforme no ápice, ca. 1,5 cm compr., os da série interna com filamentos curtos, ca. 3 mm compr., verdes, linear-clavados, verrucosos no ápice; opérculo 1,5-2 mm compr., filamentoso, situado no meio do hipanto; límen e anel nectarífero ausentes; filetes esverdeados; anteras amarelas; ovário oblongo, 6-8-ângulos, sulcado, densamente ferrugíneotomentoso; estiletes verdes com manchas amareladas; estigmas verde-amarelados, capitados. Baga ca. 4 x 3 cm, globoso-elíptica, 6-8 costada. Sementes ca. 6 x 3 mm, elíptico-obovadas, reticuladas, foveoladas. Nome vulgar: Maracujá-de-veado. Referida para o Maranhão e de Minas Gerais até a região Sul do Brasil. Esta é a primeira citação da espécie para o Estado da Bahia, onde foi encontrada em área de mata atlântica. Floresce e frutifica de Novembro a Janeiro. (Mapa 13). Material examinado: BRASIL, Bahia: (H8) Una, A.M.de Carvalho et al. 4527, Abr.1994 (CEPEC); A.M.Amorim et al. 1566, 28.Nov.1993 (CEPEC); S.C.Sant'Ana 885, s.d. (CEPEC). 144 Material adicional: BRASIL, Espírito Santo: Conceição da Barra, J.Almeida 219, 9.Nov.1968 (CEPEC, HUEFS); Estrada Conceição da Barra-Itaúnas, G.Hatschbach et al. 68359, 10.Out.1998 (CEPEC, MBM). Goiás: Estância, Br 158, 30 Km de Jataí, 830 m.s.n.m., A.C.Marcato et al. 228, 28.Jan.2000 (HUEFS, MBM). Tocantinópolis, E.Mileski 386, 22.Nov.1983 (HRB, IPA). Maranhão: Balsas, Projeto Geral de Balsas, Lote 16 (local recém-queimado), borda de cerrado, na beira de estrada, laterita, R.C.Oliveira et al. 450, 12.Nov.1996 (HEPH, HUEFS). Timon, Arredores da cidade, a 3 Km W do rio Parnaíba, chapada, A.M.de Carvalho et al. 504, 28.Jan.1981 (CEPEC). Mato Grosso: Rio Verde, 7 Quedas, G.Hatschbach et al. 33091, 12.Nov.1973 (MBM). Minas Gerais: Santana do Riacho, Km 122 ao longo da rodovia Belo HorizonteConceição do Mato Dentro, mata ciliar do córrego 3 pontinhos, J.R.Pirani et al. CFCR 7687, 03.Nov.1981 (F, MBM, SPF, UEC, UPCB). Paraná: Campina Grande do Sul, Rodovia para o Parque das Lauráceas, J.Cordeiro et al. 858, 29.Out.1992 (HUEFS, MBM); Cerro Azul, Vila Branca, G.Hatschbach 25573, 20.Nov.1970 (HUEFS, MBM). Rio de Janeiro: Nova Friburgo, Glaziou 13454, 04.Out.1881 (RB! tipo). Esta espécie pode ser confundida com P. mansoi, diferenciando-se desta pela forma e tamanho da lâmina foliar (elíptica, 7-12 cm em P. mansoi e oval-oblonga, 8-10 cm compr., em P. haematostigma), e pelo número de pares de nervuras secundárias (6-7 em P. mansoi e mais de 8 em P. haematostigma). 29. Passiflora rhamnifolia Mast. in Mart., Fl. Bras. 13(1): 575. 1872. Síntipos: BRASIL, Minas Gerais, Cubatão, s.d., Sello 2125 (B †), 2148 (B †). (Figura 8 E-G; Mapa 13). Trepadeira lenhosa, glabra, esparsamente pubescente apenas sobre as nervuras foliares; ramos com espinhos axilares; caule cilíndrico; com gavinhas lenhosas. Estípulas ca. 2 mm compr., caducas, setáceas, ápice agudo, margem lisa; Pecíolo 0,8-2 cm compr., glândulas duas, inconspícuas, no ápice do pecíolo; lâmina 6,5-10,5 x 2,8-4,5 cm, inteira, coriácea, peninérvia, 5-6 pares de nervuras secundárias; oval-oblonga a oval-elíptica, lúcida, ápice agudo a acuminado, base obtusa, margem lisa. Pedúnculo 1,5-3,5 cm compr., solitário, articulado próximo à base; brácteas ca. 1 mm compr., caducas, alternas ao longo do pedúnculo. Flores 4-6 cm diâm., eretas; hipanto ca. 6 mm compr., cilíndrico-campanulado, glabro; sépalas 2-2,5 x 0,8-1 cm, oblongo-lanceoladas, verdes na face externa, alvoesverdeadas na interna; pétalas 1,5-2 x 0,8 cm, membranáceas, brancas; filamentos da corona amarelos com manchas vináceas, em duas séries, os da série externa ca. 1 cm compr., com filamentos dilatados e afilados no ápice, os da série interna 3-5 mm compr., filiformes, 145 verrucosos no ápice; opérculo situado no meio do hipanto, ereto, filamentoso; límen presente; anel nectarífero presente; androginóforo 2-3 cm compr., vermelho-vináceo, dilatado na altura do opérculo; filetes esverdeados; anteras amarelas; ovário quadrangular, ovóide, fortemente sulcado, densamente ferrugíneo-tomentoso; estiletes verdes com manchas amareladas; estigmas verde-amarelados. Baga (imatura) ca. 2,5-4 x 1,5-2,5 cm, elíptica, 6-costada. Sementes ca. 5 mm compr., achatadas, alveoladas. Segundo Killip (1938), a espécie é distribuída principalmente no Sudeste do Brasil, em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na Bahia ocorre apenas na região da Chapada Diamantina, em campos rupestres e matas estacionais (Mapa 13), em altitudes de 900 a 1.450 m.s.n.m. Floresce de janeiro a junho, frutifica em dezembro. Material examinado: BRASIL, Bahia: (F6) Abaíra, Catolés de Cima-Bem Querer, 1.350 m.s.n.m., campo rupestre, W.Ganev 1790, 05.Jan.1993 (HUEFS, K, SPF). (F6) Barra da Estiva, ca. 6 Km N of Barra da Estiva on Ibicoara road, 1.100 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 15581, 29.Jan.1974 (IPA, K, SPF). (F6) Ibicoara, Fazenda Ribeirão da Serra, margem do Rio Sincorá, ca. de 2 Km a NE da sede, 900 m.s.n.m., L.A.Passos et al. 311, 7.Ago.1999 (ALCB); Distrito de Cascavel, estrada de chão em direção a Água Fria, mata, 1.097 m.s.n.m., T.S.Nunes 881, 16.Fev.2002 (HUEFS). (F6) Mucugê, 10 Km N da cidade na rodovia para Andaraí, campo rupestre, J.G.Jardim et al. 2535, 27.Jan.2000 (CEPEC); Estrada para o Capão do Correia, 1.264 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 852, 15.Fev.2002 (HUEFS). (E6) Palmeiras, Pai Inácio, 900 m.s.n.m., M.L.Guedes et al. in PCD 1979, 28.Jun.1995 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS); 1.100 m.s.n.m., campo rupestre, M.L.Guedes et al. in PCD 1391, 27.Dez.1994 (ALCB, CEPEC, HUEFS, K, SPF); encosta do morro do Pai Inácio, mata ciliar, 1.040 m.s.n.m., M.L.Guedes et al. in PCD 1507, 30.Dez.1994 (ALCB, CEPEC, HRB, HUEFS, K); Pai Inácio, descida da torre de repetição, 1.000 m.s.n.m., campo rupestre, M.L.Guedes et al. in PCD 1916, 27.Jun.1995 (ALCB, HUEFS); trilha capão-Fumaça, A.A.Conceição et al. CFCR 343, 01.Fev.1997 (SPF). (F6) Piatã, encosta Morro de Santana, fundo da igreja, 1.270 m.s.n.m., campo rupestre, W.Ganev 435, 08.Jun.1992 (HUEFS, K, SPF); Sopé da Serra de Santana, a E da cidade de Piatã, no caminho para Capela, 1.180 m.s.n.m., cerrado, L.P.de Queiroz et al. 4714, 2.Nov.1996 (CEPEC, HUEFS, MBM). (F6) Rio de Contas, ca. 2 Km na estrada Mato Grosso-Rio de Contas, 1.450 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 28656, 27.Abr.1997 (HUEFS, K); perto do Pico das Almas, em local chamado Queiroz, 1.400 m.s.n.m., R.M.Harley et al. 24609, 21.Fev.1987 (K, MBM, SPF); Pico das Almas, campo rupestre, M.L.Guedes et al. 5021, 24.Mar.1996 (ALCB). (E6) Seabra, 900 m.s.n.m., mata de cipó, J.R.Pirani et al. 1979, 13.Fev.1987 (HUEFS, SPF, K). Vitta (1995) tratou o material do Pico das Almas como P. pentagona Mast. Segundo Killip (1938), P. pentagona apresenta flores pêndulas e ovário 5-angulado, ao passo que P. 146 rhamnifolia apresenta flores eretas ou ascendentes e hipanto circular ou sub-circular. Estas características diferenciais mostram-se instáveis nas populações da Chapada Diamantina. Toda a morfologia nos leva a reconhecer estas populações como P. rhamnifolia. Os dois síntipos, depositados originalmente no Herbário do Jardim Botânico de Berlin (B) foram destruídos. É provável que haja uma duplicata de um dos espécimes no herbário US. B A C 147 II. Tetrastylis Barb. Rodr., Rev. Engenharia 4:260. 1882. Tipo: Tetrastylis montana Barb. Rodr. (= Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip). Trepadeira lenhosa com gavinhas axilares. Estípulas presentes. Folhas alternas, pecioladas, glândulas 2, na porção basal do pecíolo. Flores em racemos axilares, solitárias ou aos pares na axila das folhas; hipanto curto, pateliforme; sépalas e pétalas 5, inseridas na margem do hipanto; filamentos da corona liguliformes; opérculo membranoso; androginóforo alongado, curvado; filetes unidos ao longo do androginóforo, somente com as extremidades livres; estames 5; anteras oblongas, sagitadas na base; ovário oblongo, estipitado, obtusamente 4-angulado; óvulos em 4 séries sobre 4 placentas parietais; estiletes 4. Baga elíptico-globosa, glabra. O gênero Tetrastylis foi estabelecido por Barbosa Rodrigues (1882), com uma descrição bem detalhada e acompanhada de uma excelente ilustração. Diferencia-se do gênero Passiflora por apresentar quatro estiletes, androginóforo curvado para cima, filetes unidos ao longo do androginóforo, somente com as extremidades livres e quatro placentas. O gênero foi descrito com apenas duas espécies, T. lobata Killip, encontrada na Costa Rica, em altitude de 1.600 m.s.n.m. (Killip, 1938) e T. ovalis (Vell.) Killip, encontrada no Brasil, nos estados de Bahia ao Rio de Janeiro. MacDougal (1994), considera o gênero Tetrastylis como pertencente ao gênero Passiflora. Estudos moleculares tem sido feito para mostrar a relação filogenética entre os gêneros ou agrupá-los em um único. Até o momento não temos conhecimento da publicação de nenhum destes estudos. Portanto, neste trabalho estamos considerando os dois como gêneros distintos. 30. Tetrastylis ovalis (Vell.) Killip, Journ. Wash. Acad. Sci. 16: 367. 1926. Tipo: Brasil, Rio de Janeiro, Glaziou 7859 (holótipo: P, isótipo: B). (Figura 8 H-I; Mapa 13). 148 Trepadeira lenhosa, totalmente glabra; caule cilíndrico, estriado; gavinhas presentes. Estípulas ca. 3 mm compr., caducas, inteiras, linear-setáceas, ápice agudo, margem lisa. Pecíolo 1-1,5 cm compr.; glândulas 2, sésseis localizadas na base do pecíolo; lâmina 7-10(-16) x 3-6 cm, coriácea, inteira, nervação reticulada, elíptica ou elíptica-oblonga, ápice acuminado, base simétrica, cuneada, margem lisa, sem glândulas. Inflorescência em racemo com ca. 7floro, subséssil, pedúnculo ca. 5 mm, raque 7-10 cm compr.; pedicelo 1,5-3 cm compr.; brácteas ca. 1 x 0,5 cm, inteiras, verticiladas, situadas no ápice do pedúnculo, lineares, ápice agudo, margem lisa; bractéolas muito reduzidas, ca. 1mm compr., situadas na articulação do pedúnculo com o pedicelo. Flores 6-8 cm diâm.; hipanto ca. 5 mm compr., cupuliforme, muito reduzido; sépalas 2-3 x 0,5-1 cm, carnosas, verdes externamente, brancas internamente, oblongas, margem lisa; pétalas 2-3 x 0,3-0,6 cm, brancas, membranáceas, oblongas, ápice agudo; filamentos da corona em duas séries, os da série externa ca. 1 cm compr., liguliformes, os da série interna ca. 5 mm compr., brancas ou verde-amareladas; opérculo ca. 3 mm compr., plicado, com ápice filamentoso; anel nectarífero oculto abaixo do límem; límen formando um disco na base do androginóforo; androginóforo 2-3,5 cm compr., sulcado; filetes brancos; anteras amarelas; ovário 5-7 x 4-5 mm, piloso, verde-escuro, oblongo-elíptico; estiletes 4, com base pilosa, brancos; estigmas capitados. Baga 6-10 x 3,5-8 cm, ovóide, verde-amarelada quando madura. Sementes 8 x 4-5 mm, elípticas, oblongas, reticuladas. Nome vulgar: Maracujá-de-cacho e maracujá-de-cobra. Distribuída principalmente nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Na Bahia foi encontrada em mata atlântica, matas estacionais e restingas, distribuindo-se ao longo da região litorânea (Mapa 13), em altitude de 80 a 500 m.s.n.m. Floresce e frutifica de outubro a julho. Material examinado: BRASIL, Bahia: Blanchet 1708, (Síntipo BM!). (J8) Alcobaça, 23 Km S BA001, entre Alcobaça/Caravelas, restinga mixta, R.M.Harley 18026, 17.Jan.1977 (CEPEC, K, RB). (H8) Belmonte, Estação Ecológica Gregório Bondar, ca. 1,8 Km da sede, restinga, 120 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 799, 08.Jan.2002 (HUEFS); 64 Km de Itapebi, restinga, 88 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 810, 08.Jan.2002 (HUEFS). (D5) Camaçari, Área controle da Caraíba Metais, mata, L.R.Noblick et al. 2390, 9.Dez.1982 (HUEFS); Reserva Ecológica de Cotegipe, remanescente da mata atlântica, M.L.Guedes et al. 3803, 07.Fev.2996 (ALCB). (D10) Esplanada, Fazenda do Bu, mata do Fundão II, H.P.Bautista 1765, 23.Abr.1996 (HRB, HUEFS); 30 Km pela 149 estrada de Conde, Linha verde (BA 099), mata atlântica, F.França 1150, 25.Mar.1995 (HUEFS). (D10) Entre Rios, Estrada para Imbé, 23 km a oeste da Linha Verde, E.B.Miranda et al. 400, 16.Abr.2000 (HUEFS); Litoral Norte, Fazenda Buri, Trilha 11, M.L.Guedes et al. 7752, 27.Nov.2000 (ALCB). (I8) Guaratinga, Km 10 da Rodovia Guaratinga/São Paulinho, mata, R.S.Pinheiro 2047, 29.Mar.1973 (CEPEC). (I8) Ibirataia, Faz. Boa União, plantação de cacau, R.S.Pinheiro 1827, 07.Abr.1972 (CEPEC). (G8) Ilhéus, Quadra H do CEPEC, mata higrófila, T.S.dos Santos 3662, s.d. (CEPEC); Litoral Sul, Rod. Una, próximo a Olivença, A.Argolo 7, 17.Jan.1999 (ALCB); 11 Km from bridge at edge of Ilhéus on road to Serra Grande, restinga, J.Kallunki et al. 486, 09.Fev.1994 (NY, SPF); Mata do Cururupe, estrada para o Maruim, mata, solo arenoso, T.S.dos Santos 1022, 19.Ago.1970 (CEPEC); 19 Km ao N cidade, 16.6 Km ao S de Serra Grande, ao N da Tulha, mata costeira, W.W.Thomas 9222, 08.Mai.1992 (CEPEC, NY). (G8) Itabuna, 65 Km Itabuna, Foz Rio de Contas, Margem oposta ao N Itacaré, mata de restinga R.M.Harley et al. 18398, 30.Jan.1977 (CEPEC, K, RB). (G8) Itacaré, Ramal da torre da Embratel, com entrada no Km 15 da Rodovia Ubaitaba/Itacaré (BR 654), A.M.de Carvalho et al. 2092, 21.Jul.1984 (ALCB, CEPEC, MBM); ao S cidade, beira mar, mata, T.S. dos Santos 709, 15.Abr.1970 (CEPEC); 11,6 Km ao S junção com BA-654, loteamento da Marambaia, Rodovia para Serra Grande, mata disturbada, W.W.Thomas 9770, 02.Mai.1993 (CEPEC, NY). (D10) Jandaíra, Rod. Linha Verde, 10-20 Km S de Abadia, mata, G.& M. Hatschbach 63172, 19.Ago.1995 (MBM). (D9) Lamarão do Passé, M.L.Guedes 3276, 21.Jun.1994 (ALCB). (G8) Maraú, Estrada para a Península de Campinho, restinga, D.S.Carneiro-Torres et al. 189, 30.Dez.1999 (HUEFS); 4 Km ao S Maraú, mata litorânea, R.P.Belém 3540, 09.Mai.1968 (CEPEC); Estrada Ponta do Mutá/(Porto de Campinhos) a Maraú, 28 Km, campo, S.A.Mori 11442, 06.Fev.1979 (CEPEC); 5 Km SE Maraú, perto da junção com a Rodovia para Campinho, restinga mixta, R.M.Harley 22078, 15.Mai.1980 (CEPEC, K). (K8) Mucuri, Rodovia de Mucuri para Itabatã, na altura do Km 12, fazenda Havana, P.Fiaschi et al. 251, 14.Mai.2000 (SPF). (J8) Nova Viçosa, Rodovia de Mucuri para Itabatã, Km 13, estrada vicinal para Fazendas, ca. 2 Km da rodovia floresta alta perturbada, na encosta de morro suave, J.R.Pirani et al. 4702, 14.Mai.2000 (HUEFS, SPF). (I8) Porto Seguro, ca. 22 km do entroncamento da BR 367, BA 001, estrada para o Arraial da Ajuda. Entrada da Faz. Santa Rita, mata atlântica, R.P.Oliveira et al. 592, 29.Mai.2000 (HUEFS); Arraial d'Ajuda, A.P.Duarte 6680, 11.Jun.1962 (RB); Km 5 da Br 5, A.P.Duarte 6788, 18.Jun.1962 (RB); Km 5 Rod. Trancoso/Arraial d'Ajuda, restinga arbórea, perturbada. R.Callejas 1695, 05.Nov.1983 (CEPEC, NY); Km 10 da estrada p/ Eunapólis, Faz. Aida Hartman, mata higrófila, primária. G.Martinelli 9634, 13.Out.1983 (CEPEC); 6-7 Km na estrada Arraial D'Ajuda/Trancoso, mata de restinga, S.C.de Sant'Ana 57, 12.Dez.1991 (CEPEC); Reserva da Brasil Holanda S/A, entroncamento Km 22 Rod. para Eunapólis, 9.5 Km na entrada, mata higrófila, perturbada, A.M.de Carvalho 4466, 06.Abr.1994 (CEPEC); Parque Nacional do Monte Pascoal, ao longo da entrada para visitas, Rodovia a E do parque, mata higrófila, W.W.Thomas 11984, 05.Fev.99 (CEPEC, NY). (J8) Prado, Praia de Cumuruxatiba, mata ciliar, E.Melo 1262, 11.Jun.1995 (HUEFS, MBM); Rod. Prado/Cumuruxatiba, 2 Km após o entroncamento, capoeira, solo silico-argiloso, L.A.M.Silva 571, 05.Jul.1979 (CEPEC); 10,5 Km a NE da Rod. Prado/Cumuruxatiba, mata atlântica e adjacentes da restinga, W.W.Thomas 10025, 20.Out.1993 (CEPEC, NY); Reserva Florestal da Brasil Holanda S/A, entroncamento Km 18 a E Itamaraju, 8 Km deste, mata de tabuleiro, W.W.Thomas 10103, 22.Out.1993 (CEPEC, NY). (I8) Santa Cruz 150 Cabrália, área da Reserva Biológica do Pau-Brasil, mata higrófila, A.Euponino 110, 05.Jan.1972 (CEPEC); 2-4 Km a W da estrada velha de Cabrália, campo, S.A.Mori 10378, 28.Jul.1978 (CEPEC); Área da Estação Ecológica do Pau-Brasil, 16 Km W Porto Seguro, mata higrófila, P.J.M.Maas 7008, 25.Nov.1987 (CEPEC, U). (F8) Taperoá, Km 13 da Rodovia (F8) Taperoá/Valença, ramal para Serapei, 3 Km da entrada do ramal, margem da mata, J.L.Hage 426, 10.Dez.1980 (CEPEC). (H8) Una, Km 35 Rod. Olivença/Una, próximo a Reserva Biológica do Mico-leão, 8 Km ao S da entrada, mata perturbada, solo argilo-silicoso, J.L.Hage 805, 02.Jun.1981 (CEPEC); Entroncamento KM 46 BA-001 Ilhéus/Una, área da REBIO, mata higrófila, S.C.de Sant'Ana et al. 265, 10.Mar.1993 (CEPEC, MBM); Picada do Príncipe, área da REBIO, mata higrófila, A.M.Amorim 1282, 26.Mai.1993 (CEPEC); Entroncamento KM 46, BA-001 Ilhéus/Una, Picada da Bandeira, área da REBIO, mata higrófila, A.M.Amorim 1644, 10.Mai.1994 (CEPEC); Estação Experimental Lemos Maia, mata de restinga, perturbada, A.M.de Carvalho et al. 6020, 05.Abr.1995 (CEPEC, MBM); Próximo à reserva Biológica de Una, beira de estrada, restinga arbórea, 434 m.s.n.m., T.S.Nunes et al. 745, 07.Jan.2002 (HUEFS). (D5) Vera Cruz, Jaguaribe, Fazenda Oldesa – Óleo de Dendê S.A., mata em estado avançando de regeneração, M.L.Guedes et al. s.n., 6.Abr.1999 (ALCB); Barra Grande, M.L.Guedes et al. 3703, 02.Abr.1995 (ALCB, SPF); Picadão, área da Aracruz Celulose, M.L.Guedes s.n. 23.Ago.1993 (ALCB, SPF). Material adicional: BRASIL, Alagoas: D.A.Lima et al. 80-9719, 28.Out.1980 (IPA). Muruci, Poço D´Anta, ca. 16-19 Km NNW of Murici by road, mata de murici, 550-600 m.s.n.m., W.W.Thomas et al., 12444, 14.Mai.2001 (CEPEC, NY). Pará: Ilha de Marajó, Soure, L.P.de Queiroz 800, 15.Jan.1984 (HUEFS). Pernambuco: Paulista, Reserva Ecológica de Caetés, A.Dú Bocage et al. 62, 24.Nov.1997 (IPA). Recife, Chá da mata Dois Irmãos sobre pequena árvore, D.A.Lima 52-996, 12.Mar.1952 (IPA). Rio Formoso, Praia dos Carneiros, O.C.Lira 68-175, 04.Jan.1968 (IPA). Rio de Janeiro, Cultivada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, A.P.Duarte s.n., 18.Jul.1952 (IPA, RB). Sergipe: Mata do Crastro, M.F.Landim 872, 7.Fev.1996 (HST, HUEFS); Santa Luzia do Itanhi, ca. 2,5 Km do Distrito de Crasto, na estrada para Santa Luzia do Itanhi, mata atlântica, A.M.Amorim et al. 1496, 27.Nov.1993 (CEPEC); Rod. Santa Luzia do Itanhi/Crasto, Km 6, aproximadamente 2,5 Km antes do Distrito de Crasto, mata, J.G.Jardim et al. 481, 14.Jun.1994 (CEPEC). Tetrastylis ovalis é facilmente reconhecida por apresentar os caracteres diagnósticos do gênero. Em estado vegetativo pode ser confundida com P. rhamnifolia e P. haematostigma, diferenciando-se destas por não apresentar espinhos axilares. 151 152 P. haematostigma P. rhamnifolia Tetrastylis ovalis Mapa 13. Distribuição de P. haematostigma, P. rhamnifolia e Tetrastylis ovalis no Estado da Bahia. 153 D B I A C F G E H Figura 23. Passiflora villosa: A. ramo, B. flor (corte longitudinal). P. haematostigma: C. ramo, D. flor (corte longitudinal). P. rhamnifolia: E. ramo, F. glândula peciolar, G. flor (corte longitudinal). Tetrastylis ovalis: H. ramo, I. flor (corte longitudinal). (A-B: W.Ganev s.n.; C-D: (J.Cordeiro 858; E-G: M.L.Guedes 1391; H-I: F.França 1150). 154 CONCLUSÕES Para o Estado da Bahia foram registrados dois gêneros com 30 espécies de Passifloraceae. Destas, 29 pertencem ao gênero Passiflora e apenas uma ao gênero Tetrastylis. No Estado, os gêneros podem ser distinguidos pela presença em Tetrastylis, de quatro estiletes, filetes unidos ao longo do androginóforo, somente com as extremidades livres e quatro placentas. O gênero Passiflora apresenta três estiletes, androginóforo reto, filetes livres do androginóforo até a extermidade e três placentas. O gênero Tetrastylis apresenta, para o Estado da Bahia, apenas uma espécie Tetrastylis ovalis, encontrada em regiões de mata atlântica, matas estacionais ou áreas de restinga. O gênero Passiflora, apresenta, na Bahia, 29 espécies em seis dos 21 subgêneros publicados por Killip (1938) e Escobar (1988). O gênero apresenta distribuição ampla no Estado, sendo encontrado em praticamente todos os biomas. Um novo sinônimo está sendo proposto: P. caatingae L.K.Escobar em P. trintae Sacco. Uma espécie nova, P. mucugeana, está sendo proposta, encontrada nos municípios de Ibicoara e Mucugê, em áreas de mata, espécie relacionada à Passiflora imbeana Sacco. Dentre as espécies estudadas, três são consideradas endêmicas para o Estado: P. saxicola, municípios de Ilhéus e Mundo Novo, P. bahiensis municípios de Cruz das Almas e Itaju do Colônia e P. mucugeana, municípios de Ibicoara e Mucugê. 155 REFERÊNCIAS − Angiosperm Phylogeny Group. 1998. An ordinal classification for the families of flowering plants. Ann. Missouri Bot. Gard. 85: 531-553. − ARAÚJO, R.C.M.S. 2001. Palinologia das espécies de Passifloraceae do Estado da Bahia (Brasil). Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Feira de Santana, 30p. − BARBOSA RODRIGUES, J. 1882.Revista Engenharia 4: 260. − BARBOSA RODRIGUES, J. 1907. 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ALCB 2855 (16) (22), 810 (22), 1082 (4), 1114 (6), 1164 Alunos de Extensão s.n. ALCB 19622 (16) (14), 1205 (22), 1262 (24), 1310 (24), Alves, L.J.122 (18), 285 (16) 1384 (24), 1427 (8), 1437 (22), 1463 Alves, M. 1062 (14), 1180 (17), 1985 (25) (22), 1467 (8), 2170 (4), 2172 (21), 2476 Amorim, A.M. 933 (4), 975 (14), 977 (22), (27), 2627 (9), 2926 (16), 2992 (21), 1282 (30), 1496 (30), 1566 (28), 1644(30), 1649 (8), 2548 (16), 2659 (18), 2719 (20), 2743 (14), 2766 (13) 3060 (16), 3292 (14), 3540 (30), 3863 (8), 3866 (14) Benson, N.W. s.n. MBM 134825 (14) Anderson, W.R. 12479 (26), 36926 (14) Bernacci, L.C. 2205 (24) Araújo, A.P. de 259 (20) Blanchett 3303 (17), 1708 (30) Araújo, R.C.M.S. 1 (14), 3 (25), 8 (25) Bocage, A.D. 62 (30) Arbo, M.M. 5367 (14), 5455 (25), 5657 (20), Bohrer, C.B.de A. 05 (13) 5780 (13), 5781 (20), 7265 (25), 7349 Borges, O.B. 14 (25) (14), 7431 (14), 7568 (14), 7636 (20), Brade, A.C.6454 (26) 7649 (13), 7651 (14), 7692 (13) Braungratz, J.F. 132 (22) Argolo, A.7 (30) Brazão, J.E.M. 330 (14) Assis, J.S.113 (20) Brito 91, H.S. (8) Atkins, S. PCD 5170 (20), PCD 5594 (14) Brito, Y. s.n. ALCB 19137 (25). Azevedo, C.A. 71 (18) Burchell, 8537 (24) Bandeira, F.P. 73 (14), 81 (25), 107 (7), 244 Callejas, R. 1695 (30) (25) Barros, M.J.G. 2 (13) Barroso, G. s.n. ALCB 20397 (7) Bastos, B.C.69 (14), 345 (25) Carneiro, D.S. 63 (13) Carneiro-Torres, D.S. 29 (17), 63 (16), 189 (30) Carvalho, A.M. de 116 (24), 393 (8), 504 Bastos, C. s.n. ALCB 25941 (22) (28), PCD 1017 (14), 1221 (22), 1246 Bautista, H.P. 449 (7), 550 (22), 731 (20), (4), 1281 (8), 1559 (13), 1582 (14), 2002 845 (14), 921 (14), 1294 (20), 1411 (14), (13), 2092 (30), 2159 (20), 2171 (4), 1431 (22), 1434 (22), 1466 (22), 1765 2441 (21), 2524 (8), 2599 (13), 2604 (15), 2731 (21), 2771 (25), 3139 (22), 161 3150 (21), 3732 (20), 3773 (13), 3833 Emygdio, L. 2508 (14) (14), 3925 (14), 4423 (22), 4466 (30), Equipe Ecollógica s.n. ALCB 16024 (25) 4477 (16), 4527 (28), 6020 (30), 6225 Esteves, R. 1523 (20) (24), 6289 (13), 6921 (6), 6971 (13) Euponino, A. 110 (30), 518 (8) Carvalho, C.A.L. de 56 (25) Faria, G.A. 54 (12), 68 (16) Carvalho, G. 7 (8) Farias, G. 54 (12) Carvalho, J.A. s.n. HUEFS 8932 (7) Farney, C. 310 (21), 1311 (21), 2656 (21) Carvalho-Sobrinho, J.G. 5 (25), 40 (3), 42 (3), Félix, L.P. 6888 (24), 7155 (1), 7532 (13), 112 (18) 7539 (7) Castellanos, A.26522 (19), 26561 (8) Fernando, C. 1056 (8) Catharino, E.L.M. 53 (24) Ferreira, M.C. 155 (25), 317 (7), 472 (20), Cervi, A.C.6900 (5) 475 (14), 510 (25), 522 (7), 683 (22), Chautems, A.156 (13), 167 (13) 1232 (14), 1243 (8), PCD 1891 (14) Conceição, A.111 (13), 260 (14), 261(17), CFCR 343 (29) Ferreira, M.S.G. 124 (25) Fiaschi, P. 251 (30) Conceição, A.S.301 (20), 438 (20), 494 (14) Filho, L.E.M. 3041 (16), 2926 (14) Coradin, L. 1181 (14), 1209 (14), 4378 (25), Florêncio, C.S. 10 (24) 5717 (14), 6239 (7) Fonseca, M. 1115 (8) Cordeiro, I. CFCR 8937 (22) Fonseca, M.R. 07 (25) Cordeiro, J. 858 (28), 867 (16), 1185 (4) Fonseca, W.N.da 414 (7), 415 (20) Correia, C. 14 (14), 36 (13), 38 (14), 104 (17) Fotos, 3459 (7), 3757 (4) Costa, A.L. s.n., ALCB 1862 (25), ALCB 2856 França, A.O. 01 (16) (14), ALCB 2858 (14), ALCB 2860 (25), França, F. 549 (25), 1064 (22), 1098 (18), ALCB 2861 (25), ALCB 2864 (25), ALCB 1150 (30), 1483 (14), 1919 (25), 2121 2865 (25) , ALCB 2867 (20), ALCB 2869 (20), 2153 (20), 2158 (14), 2160 (22), (7), ALCB 2873 (13), ALCB 2874 (22), 2313 (25), 2496 (13), 2729 (22), 2937 ALCB 2876 (13), ALCB 2880 (2), 89 (20), 3144 (7), 3296 (25), 3447 (22), (18), 881 (22) 3765 (13), 3766 (20), 3770 (14), 3837 Costa, J. 2 (8), 5 (16) (15), 3770 (14), 3766 (20), 3765 (13), Costa, L.C.do B. 82 (16) 3837 (15) Cruz, N.R.S. 34 (3), 41 (25) Freire-Fierro, A. 1931 (4), 1984 (25) Davidse, G. 11624 (14), 11625 (15) Funch, L.S. 132 (14) Duarte, A.P. s.n. (IPA) (30), 5952 (8), 6016 Furlan, A. CFCR 2038 (22) (24), 6023 (9), 6130 (21), 6680 (30), Gallo, M.B.C. 17 (6) 6788 (30), 8007 (8), 9317 (14), 14105 Ganev, W. s.n. HUEFS 13679 (17), HUEFS (7) Eiten, G. 10852 (14), 10892 (1) 13702 (17), HUEFS 13703 (22), HUEFS 13709 (20), HUEFS 13714 (26), HUEFS 162 13716 (14), HUEFS 13720 (14), HUEFS 27924 (8), ALCB 27984 (16), ALCB 13728 (1), HUEFS 13730 (8), 435 (29), 28068 (8), ALCB 41335 (30), 28/31 (13), 576 (22), 1001 (17), 1004 (22), 1396 63 (16), 241 (7), 294 (20), 313 (17), 426 (17), 1397 (20), 1733 (20), 1790 (29), (7), 543 (16), 590 (22), 601 (16), 845 2120 (22), 2391 (22), 2403 (17), 2567 (24), 848 (22), 865 (25), 913 (16), 1054 (22), 2579 (20), 2943 (22), 3092 (14) (21), 1329 (21), 1373 (13), 1391 (29), Garcia, R.J.F. 1981 (24) 1410 (17), PCD 1420 (13), 1505 (17), Gardner 49 (6), 50 (1), 428 (3), 1021 (25), 1505 ALCB 21057 (13) , PCD 1507 (29), 1024 (25), 1025 (14), 1313 (16), 1314 PCD 1916 (29), PCD 1979 (29), PCD (25), 1315 (14), 1630 (14), 1632 (22), 1987 (14), PCD 2127 (4), 2516 (14), 2877 (17) 2521 (16), 2552 (16), 2712 (14), 2718 Gentry, A. 49935 (8), 49971 (14), 50095 (25) (14), 2803 (20), 2831 (13), 2908 (13), Gibbs, P.E. 3246 (10) 2982 (8), 3276 (30), 3488 (8), 3509 (4), Giulietti, A.M. 10 (24), 1710 (7), 1880 (25), 3703 (30), 3803 (30), 3804 (8), 3820 2053 (17), 2046 (13), 2026 (20), PCD (25), 3832 (22), 3833 (16), 4104 (16), 2696 (14) 4760 (21), 4786 (4), 5021 (29), 5107 Glaziou 13454 (28) (17), 5261 (18), 5325 (8), 5336 (22), Glaziou, A. 20333 (9) 5496 (21), 6205 (17), 6275 (14), 6284 Glocker, s.n. (11) (17), 6294 (20), 6966 (4), 7223 (7), 7306 Gonçalves, L.M.C. 57 (25), 253 (7) (25), 7678 (20), 7752 (30), 7936 (14), Gonzaga, L.A.P. s.n. RB 289713 (7) 8187 (25), 8939 (12), 8970 (14), 9207 Gonzaga, L.P. 65 (25), 66 (25) (4) Gouvêa, E.P. s.n. (22), ALCB 20849 (20), Gusmão, E.F. s.n. ALCB 19422 (13), 70 (25) ALCB 21133 (14), ALCB 21672 (14), Hage, J.L. 426 (30), 320 (24), 645 (6), 805 ALCB 21904 (14), ALCB 23086 (17), (30), 1029 (24), 1091 (4), 1092 (22), 34/88 (14), 39/88 (17) 1141 (24), 1241 (22), 1250 (24), 1569 Grillo, A.A. 36 (17) Grupo Oceplan s.n. ALCB 20213 (16) (16), 1714 (25), 2142 (6), 2126 (24) Harley, R.M. PCD 3298 (22), 4488 (17), Grupo Pedra do Cavalo 161 (25), 212 (25), CFCR 6738 (20), 15150 (20), 15212 256 (25), 329 (22), 336 (25), 483 (14), (20), 15237 (14), 15581 (29), 16271 Lima, H.C.de 1195 (21) (25), 16486 (14), 16518 (20), 16606 Guedes, M.L. s.n. PCD 2 (20), PCD 3 (14), (14), 16609 (20), 16896 (20), 16976 (8), ALCB 21529 (29), ALCB 23737 (20), 16979 (8), 16993 (14), 17242 (21), ALCB 23791 (20), ALCB 23813 (21), 17307 (21), 17425 (27), 17428 (16), ALCB 26048 (24), 26567 (30), ALCB 17540 (4), 17542 (21), 17976 (8), 17979 26676 (16), ALCB 26853 (25), ALCB (8), 18026 (30), 18094 (22), 18106 (22), 27349 (20), ALCB 27517 (8), ALCB 18373 (16), 18398 (30), 18547 (22), 163 18612 (20), 19088 (25), 19364 (14), 19441 (22), 19458 (20), 19463 (14), Hind, D.J.N. 27 (20), 63 (16), PCD 4145 (17), PCD 4213 (17), H 50286 (14) 19799 (21), 20197 (15), 20553 (20), Hoehne, F.C. 370 (5) 20701 (14), 21265 (20), 21912 (14), Irwin, H.S. 14641 (14), 19729 (24), 30726 22078 (30), 22117 (21), 22128 (22), (14), 30817 (13), 31233 (13), 31312 22201 (4), 24609 (29), 25608 (17), (14), 32558 (17) 25825 (17), 26494 (22), 27166 (20), Jardim, J.G. 323 (22), 393 (27), 411 (8), 481 27375 (14), 27709 (14), 27713 (15), (30), 2224 (22), 2535 (29) , 3050 (16), 27857 (22), 28243 (13), 28259 (17), 3254 (14), 3320 (20), 3984 (6) 28479 (25), 28656 (29), H 50176 (20), H Jesus, J.A. de 396 (14), 546 (22), 662 (24), 50546 (22), H 51197 (25), H 51208 (26), Jesus, N.G. 1286 (22), 1324 (22), 1368 (22) 53428 (26), 53589 HOLÓTIPO (23) Jogaib, M.G. 39 (16) Hassler, E. 1202 (6), 7913 (6) Kallunki, J. 486 (30) Hatschbach, G. 19173 (24), 23708 (14), King, L.R.M. 8752 (14) 25573 (28), 31190 (6), 31348 (3), 33091 Kuhlmann, M. s.n. (24) (28), 33165 (30), 36122 (26), 36528 (6), Kummrow, R. 2674 (4) 38571 (14), 42016 (24), 44120 (17), Landim, M.F. 205 (22), 872 (30), 991 (4), 44131 (15), 44196 (17), 44267 (25), 1151 (21) 44268 (13), 44270 (14), 44272 (22), Leitão-Filho, H.F. 3157 (24) 45099 (25), 45087 (25), 45099 (25), Leite, K.R.B. 6 (20), 24 (7), 114 (25), 208 45138 (13), 46295 (24), 46482 (22), (13), 210 (22) 46536 (20), 46757 (8), 47342 (14), Lemos Froes, R. de 20244 (20) 47350 (15), 47382 (17), 47634 (6), Lemos, M.J.S. 88 (25) 48042 (17), 48182 (15), 49196 (14), Lewis, G.P. 814 (22), 844 (13), 1129 (14), 49912 (3), 50040 (15), 50448 (17), 50728 (22), 51340 (24), 52474 (25), 53491 (22), 55133 (14), 55194 (25), 1961 (20), 7000 (17) Lima, A.M.67-4994 (27), 748-68 (27), 493-68 (5) 55420 (24), 56911 (20), 56930 (25), Lima, D.A. 50-674 (7), 50-716 (7), 51-900 57028 (16), 58915 (14), 60385 (24), (25), 52-9961 (30), 52-1043 (25), 55- 60652 (1), 61837 (14), 61932 (20), 2046 (4), 55-2303 (6), 63-4182 (22), 68- 62341 (6), 62993 (4), 62999 (4), 63144 5209 (4), 68-5271 (6), 74-7705 (20), 76- (25), 63172 (30), 63229 (13), 63356 6077 (17), 76-8186 (22), 78-8518 (20), (25), 66011 (17), 66065 (25), 67623 79-8780 (7), 79-9556 (22), 79-9557 (22), (14), 67686 (20), 68359 (28), 68498 (25) 80-8856 (4), 80-9719 (30), s.n. IPA Heringer, E.P. 10205 (12), 10206 (14), 10224 30608 (4) (25), 10228 (4), 10229 (12), 10282 (15), Lima, T. s.n. HUEFS 45320 (14) 14195 (30), 18671 (24) Lima, V.C. 12 (16), 109 (1), 486 (16) 164 Lira, O.C. 68279 (1) 425 (22), 1099 (14), 1218 (7), 1493 (22), Lisboa, G. 1 (4) 1618 (1), 1756 (7), 2129 (1), 2139 (25), Lister, J.R.A. 606 (10) 3835 (20) Loizeau, P.A. 527 (14) Miranda, A.S. 02 (8) Lombardi, J.A. 2445 (21) Miranda, C.A. 220 (14) Loureiro, D.M. 155 (14), 204 (14), 390 (25) Miranda, E.B. 192 (20), 193 (22), 237 (13), Lutz, A.226 (25) 238 (17), 316 (20), 361 (14), 400 (30), Lyra-Lemos, R.P. 1819 (7), 1821 (14), 20244 452 (20) (17) Medeiros Neto, E.C. 33 (25) Maas, P.J.M. 7008 (30) Monteiro, V.de M. 21 (25), 27 (14) Machado, I. 300 (22), 302 (17), 303 (13) Moore, J.A. 915 (25) Magalhães, C.M. 54 (8), 57 (24) Mori, S.A. 9398 (10), 9416 (15), 9421 (14), Maia Filho, M.A. 05 (14) 9610 (8), 9736 (4), 9741 (8), 9792 (4), Maia, H. 10 (25) 10369 (8), 10378 (30), 10510 (22), Maliarenko, L. 7 (25) 10584 (8), 10815, 10870 (16), 11267 Marcato, A.C. 228 (28) (15), 11442 (30), 12030 (24), 12713 Marquete, R. 115 (21) (26), 13484 (20), 13727 (4) Martii 276 (27), 437 (25) Moura, D. 781 (22) Martinelli, G. 5309 (14), 6659 (20), 9634 (30) Nascimento, A.F.S. 140 (16) Masters, L.A. 485 (22), 641 (22) Nascimento, C.B. 47 (16) Mattos Silva, L.A. 210a (13), 483 (5), 571 Nascimento, J.G. 36 (25), 65 (25) (30), 926 (8), 936 (24), 1375 (21), 1806 Neto, L. s.n. R 90212 (25) (28), 2103 (8), 2387 (22), 2835 (14), Noblick, L.R. 1319 (16), 1356 (22), 1486 (26), 4415 (24) 1524 (25), 1892 (14), 1933 (25), 2083 Mello-Silva, R. 7453 (13), CFCR 10116 (15) (14), 2252 (8), 2390 (30), 2653 (14), Melo, E. 455 (16), 469 (16), 505 (25), 1048 2676 (22), 2705 (25), 2968 (7), 3021 (1), 1087 (14), PCD 1138 (14), 1181 (17), 3119 (25), 3557 (20) (15), 1206 (22), 1262 (30), 1286 (22), Nonato, F.R. 881 (13), 896 (22), 976 (22) PCD 1318 (14), 1386 (14), 1562 (14), Nunes, S. 210 (20), 215 (13) 2044 (14), 2100 (20), 2781 (1), 2912 Nunes, T.S. 70 (20), 71 (22), 122 (22), 141 (13), 3091 (14), 3159 (7), 3178 (17), (17), 142 (17), 153 (13), 199 (17), 221 3180 (20), 3219 (20), 3492 (15) (4), 227 (20), 229 (22), 265 (25), 302 Mendes, P.T. 49320 (25) (14), 339 (26), 340 (1), 354 (13), 569 Miers s.n. (19) (14), 575 (25), 605 (25), 615 (25), 745 Mileski, E. 355 (25) (30), 746 (8), 749 (8), 750 (4), 751 (22), Miranda, A.M. s.n. ALCB 26130 (14), 83 (14), 755 (16), 767 (21), 768 (8), 769 (22), 199 (20), 294 (13), 306 (13), 331 (20), 772 (22), 773 (4), 776 (14), 784 (6), 786 165 (14), 797 (4), 798 (24), 799 (30), 800 IPA 21908 (7), 04/971 (14), 04/71 (13), (22), 809 (22), 810 (30), 811 (22), 813 11/83 (16), 21/82 (21), 46/89 (16), (27), 814 (24), 815 (4), 822 (22), 830 160/80 (17), 215 (25), 405/83 (14), 410 (22), 831 (8), 832 (4), 847 (23), 852 (29), A/83 (17) 853 (1), 854 (22), 854a (25), 864 (14), Pinto, J.A.L. 8 (14) 869 (22), 873 (23), 881 (29), 889 (26), Pirani, J.R. 1979 (29), 1988 (13), 2061 (24), 890 (14), 893 (17), 895 (13), 942 (22), CFCR 2070 (13), 2405 (21), 2471 (20), 950 (7) 2998 (4), 3479 (20), 3515 (20), 4702 Oliveira Filho, L.C.de 143 (20) (30), CFCR 7454 (14), CFCR 7687 (28), Oliveira, A. , 137 (14) CFCR 12691 (15), H 51362 (20), 18865 Oliveira, E.L.P.G.de 203 (25), 426 (25) (13) Oliveira, P.P. 76 (21) Oliveira, R.C. 450 (28) Oliveira, R.P.de 191 (13), 211 (13), 387 (14), 423 (20), 534 (4), 592 (30) Porto, P.C. 1284 (25), 1373 (14), 1394 (25), 1395 (13) Proença, C.1790 (20) Queiroz, L.P.de 80 (20), 346 (25), 358 (7), Oliveira, S.P. 16 (16) 459 (7), 518 (22), 520 (16), 800 (30), Orlandi, R.P. 610 (27) 1093 (8), 1098 (18), 1108 (25), 1172 Pacheco, L.M. 100 (8) (13), 1231 (7), 1307 (13), 1321 (13), Paixão, J.L. 25 (6) 1323 (14), 1526 (25), 1533 (14), 1538 Passos, L.A. 310 (3), 311 (29), 354 (20) (22), 1793 (13), 1828 (17), 1917 (17), Pereira, A. 10599 (13), 10600 (14), 10601 1959 (13), 2005 (13), 2007 (14), 2098 (15), 10615 (12) (14), 2149 (22), 2150 (14), 2201 (14), Pereira, E. 2065 (14), 9693 (20) 2214 (19), 2263 (19), 2455 (22), 2608 Pereira, M.V.L.. 165 (17) (20), 2769 (16), 2977 (18), 3142 (18), Perruci, A. 18 (21) 3163 (18), 3183 (25), 3217 (22), 3240 Pessoa, S.de V.A. 542 (9) (18), 3723 (7), 3735 (7), 3820 (22), 3834 Pickel, D.B. 79-9561 (1), 1237 (1), 1250 (16), (17), 4012 (14), 4068 (17), 4216 (22), 2544 (4), 3099 IPA 4442 (11), 3099 IPA 4655 (22), 4714 (29), 4745 (25), 4832 6856 (11), 4653H (1), 5512 (26), 5684 (4), 4942 (17), 4944 (20), 5297 (20), (6) 5391 (22), 5631 (1), 5634 isótipo (23), Pinheiro, R.S. 1305 (24), 1373 (4), 1443 (13), 5887 (14), 5921 (20), 5988 (14), 6125 1475 (24), 1669 (21), 1769 (8), 1827 (3), 6220 (14), 6527 (25), 6462 (18), (30), 19207 (22), 2104 (22), 2214 (16), 7031 (7), 7253 (7) 2047 (30) Pinto, G.C.P. s.n. RB (20), s.n. (2), s.n. ALCB Ramos, A.E.1125 (14), 1129 (17) Rather, J.A. 2710 (7) 2866 (20), ALCB 2868 (7), ALCB 2877 Ribas, O.S. 231 (2), 1986 (24) (13), ALCB 2879 (14), ALCB 2881 (4), Ribeiro, A.I. s.n. ALCB 24887 (22) 166 Ribeiro, A.J. 103 (14), 442 (25) Silva, B.M.da 34 (22) Ribeiro, T. 32 (14), 126 (14), 178 (14) Silva, F.C.F.da 140 (20) Ribeiro-Filho, A.A.139 (25) Silva, J.de S. 647 (25) Robim, M.J. 741 (24) Silva, J.M. 51 (6) Rocha, F.R. 620 (22) Silva, J.S. 509 (20) Roque, N. CFCR 14881 (17) Silva, L. 18 (22), 19 (22) Roth, L. 50346 (26) Silva, L.M.58 (18) Rylands, A. 6/1980 (27) Silva, M.M.da 271 (13) Saar, E. 36 (16), 80 (20) Silva, N.T. 58342 (24) Salzmann, P. s.n. K (25), HUEFS 45434 (11), Silva, S.B. da 298 (25) HUEFS 45435 (11) Santana, D.L.. 229 (17), 248 (14) Sant'Ana, S.C.de 57 (30), 91 (22), 254 (17), 265 (30), 848 (16), 885 (28) Santana, W. s.n. ALCB 2857 (14), s.n. ALCB 25361 (25) Silva, T.R.S. 35 (14), 77 (14) Simão-Bianchini, R. 125 (24), 216 (20), 313 (24) Sobral, M. 5782 (8), 5904 (14), 5922 (13), 7564 (14) Souza, E.R. de 47 (13), 48 (14), 49 (13), 152 Santos, E. 1899 (25), 2000 (22) (22), 155 (22), 170 (1), 209 (13), 223 Santos, E.B.dos 67 (24) (20), 290 (20), 312 (17) Santos, F.S. 102 (16), 282 (4), 860 (16) Souza, N.K.R. 4 (13) Santos, M.M. 118 (8) Souza, P. de s.n. ALCB 15849 (1) Santos, N.R.S. 82 (16) Souza, R. 05 (20) Santos, R.B. 6 (17) Souza, V.C. 5190 (15), 5204 (13), 5209 (14) Santos, T.S. dos 440 (11), 506 (8), 566 (4), Stannard, B.5070 (17), PCD 5227 (13), 5234 702 (21), 707 (4), 709 (30), 854 (24), (17), H 51928 (17) 996 (22), 1022 (30), 1631 (22), 1751 Staviski, N.N.R. 447 (25) (25), 2239 (13), 2495 (15), 2942 (4), Tavares, S. 53-223 (25) 3022 (25), 3222 (4), 3240 (22), 3662 Thomas, W.W. 9222 (30), 9564 (25), 9609A (30) (25), 9770 (30), 9870 (22), 10025 (30), Schreiner 90179 (25) 10103 (30), 11654 (21), 11984 (30), Sena, M.P. s.n. HUEFS 26839 (1), HUEFS 12225 (16), 12342 (24), 12444 (30) 26840 (1), HUEFS 39329 (25), 21 (13), Torrend, P.C. s.n. ALCB 02875 (22) 22 (1) Ule, E. 7165 (14), 7465 (20) Sena, T.S.N. 01 (25), 02 (14), 03 (16), 04 Valente, G.E. 606 (21) (25), 05 (14), 08 (25), 10 (14), 28 (20), Velloso, H.P. 963 (24), 971 (3), 986 (8) 29 (17), 38 (8), 40 (14), 43 (14) Viana, B.F.94 (16) Shepherd, G.J. 4448 (15), 4453 (14) Vidal, J. IV/1019 (14) Silva A., s.n. IPA (16) Vinha, S.G. da 53 (24) 167 Voeks, R. 362 (8) Walther, B.M.T.1289 (25) Wanderley, M.G.L. 1653 (14) Webster, G.L. 25065 (8), 25708 (25), 25748 (7), 27748 (7) Woodgyer, E. PCD 2459 (14), PCD 2463 (22) Yano, O. 22537 (24) Zoega, F. 28790 (24) 168 Índice de Nome Cientifico (Ordem alfabética. Espécies tratadas no texto com respectivas páginas em negrito) Passiflora L. ............................................................................................................ 51 P. alata Curtis ......................................................................... 1, 3, 31, 35, 69, 72, 76 P. amethystina Mikan ............................................................. 1, 3, 29, 102, 121, 123 P. bahiensis Klotzsch ...................................................................... 1, 3, 78, 80, 150 P. caatingae L.K.Escobar ................................................................... 2, 3, 91, 93, 150 P. capsularis L. ........................................................................................ 1, 3, 37, 64 P. cincinnata Mast. ............................................................................. 1, 3, 35, 85, 91 P. caerulea L. .....................................................................................................91, 97 P. edmundoi Sacco .................................................... 1, 3, 29, 31, 34, 106, 109, 110 P. edulis Sims. .................................................................................... 1, 3, 37, 95, 97 P. foetida L. ................................................................. 1, 3, 29, 31, 39, 127, 128, 131 P. galbana Mast. ....................................... 1, 3, 29, 31, 106, 110, 111, 112, 116, 119 P. haematostigma Mart. ....................................... 1, 3, 136, 137, 139, 140, 146, 149 P. imbeana Sacco .................................................................................. 118, 119, 149 P. kermesina Link & Otto ................................................................................ 109, 110 P. luetzelburgii Harms ........................................................................ 1, 3, 29, 31, 66 P. malacophylla Mast. .............................................................................. 1, 3, 79, 97 P. mansoi (Mart.) Mast. ........................................................ 1, 3, 135, 136, 137, 140 P. miersii Mast. ............................................................................................. 1, 3, 105 P. misera Kunth .......................................................... 1, 3, 25, 31, 55, 56, 57, 58, 60 P. mucronata Lam. ................................................................. 1, 3, 31, 110, 111, 116 P. mucugeana sp. nov. ined. ........................................................... 1, 2, 3, 118, 119 P. nitida Kunth .................................................................................... 1, 3, 31, 77, 78 P. odontophylla Harms ex Glaziou ................................................... 1, 3, 31, 72, 76 P. organensis Gardner ........................................................... 1, 3, 55, 56, 57, 60, 77 P. pentagona Mast. ................................................................................................ 142 P. pohlii Mast. ........................................................................................... 1, 3, 60, 61 Nunes, T.S. 2002. Passifloraceae da Bahia. 168 P. recurva Mast. .................................................................... 1, 3, 31, 85, 93, 98, 100 P. rhamnifolia Mart. .......................................................... 1, 3, 25, 37, 141, 142, 147 P. saxicola Gontsch. .................................................................. 1, 3, 55, 56, 57, 150 P. setacea DC. ....................................................................... 1, 3, 31, 80, 85, 93, 100 P. suberosa L. ......................................................................... 1, 3, 25, 31, 34, 53, 54 P. subrotunda Mast. ............................................................................................... 116 P. trintae Sacco .............................................................. 1, 2, 3, 31, 91, 93, 100, 149 P. villosa Vell. ....................................................................................... 1, 3, 131, 134 P. watsoniana Mast. ............................................................... 1, 3, 29, 101, 102, 123 Tetrastylis Barb. Rodr. ................................................................................ 1, 3, 144 T. ovalis (Vell.) Killip ............................................. 1, 3, 6, 23, 25, 29, 144, 147, 150 T. lobata Killip....................................................................................................... 144 T. montana Barb. Rodr. .......................................................................................... 144 Nunes, T.S. 2002. Passifloraceae da Bahia. 32 Índice de Nomes Vulgares (ordem alfabética) Nome vulgar Camapu Espécie P. foetida Página 127 Flor-da-paixão P. cincinnata 86 Gema-de-ovo-grande P. edulis 95 Maracujá P. alata 69 P. cincinnata 86 P. edulis 95 P. galbana 112 P. mansoi 136 P. setacea 81 Maracujá-açu P. alata 69 Maracujá-brabo P. cincinnata 86 Maracujá-bravo P. misera 58 Maracujá-cultivado P. edulis 95 Maracujá-da-serra P. misera 58 Maracujá-de-boi P. cincinnata 86 P. edulis 95 P. luetzelburgii 67 Maracujá-de-cacho Tetrastylis ovalis 145 Maracujá-de-cobra P. amethystina 121 P. foetida 127 P. mansoi 136 P. mucronata 110 Tetrastylis ovalis 145 Maracujá-de-cortiça P. suberosa 53 Maracujá-de-estalo P. foetida 127 Maracujá-de-estralo P. foetida 127 Maracujá-de-papoco P. foetida 128 Maracujá-de-papouco P. foetida 128 Maracujá-de-pipoco P. foetida 128 Maracujá-de-praia P. foetida 128 Nunes, T.S. 2002. Passifloraceae da Bahia. 33 Maracujá-de-raposa P. luetzelburgii 67 Maracujá-de-veado P. haematostigma 139 Maracujá-do-campo P. foetida 128 Maracujá-doce P. alata 69 Maracujá-do-mato P. cincinnata 86 P. foetida 128 P. mansoi 136 P. setacea 81 Maracujá-i P. foetida 128 Maracujá-mi P. organensis Maracujá-mirim P. edulis 95 P. misera 58 P. suberosa 53 Maracujá-muchila P. cincinnata 86 Maracujá-peroba P. edulis 95 Maracujá-poca P. foetida 128 P. luetzelburgii 67 Maracujá-preto P. edulis 95 Maracujá-redondo P. edulis 95 Maracujá-roxo P. edulis 95 Maracujazinho P. misera 58 P. organensis 57 57 P. suberosa 53 Maracujazinho-da-serra P. organensis 57 Maracujazinho-do-mato P. foetida 128 Peroba-roxa P. edulis 95 Poca-poca P. foetida 128 Tripa-de-galinha P. misera 58