Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Sumário Introdução 4 Mensagem do presidente 6 1 A sustentabilidade do alumínio 9 1.2 Soluções para a vida moderna 12 13 2 A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio 19 1.1 Características do metal 2.1 Os compromissos da ABAL com a sustentabilidade 2.2 Reabilitação das áreas mineradas e de disposição de resíduos 22 2.7 Certificações e prêmios 23 25 26 28 30 33 3 Alumínio para futuras gerações 37 2.3 Mudanças climáticas 2.4 Autogeração de energia 2.5 Reciclagem 2.6 Iniciativas de responsabilidade social 3.1 Objetivos voluntários da indústria global 38 3.2 Indicadores de sustentabilidade do setor do alumínio 41 Referências bibliográficas 45 Visão noturn a da fábrica da Alb ras Alumínio Brasileiro S.A., em Bel ém do Pará Introdução A indústria brasileira do alumínio vem crescendo com a utilização sustentável do grande potencial mineral do País. As empresas do setor, ao mesmo tempo que produzem um metal cada vez mais utilizado na vida moderna, atuam de forma responsável nas dimensões econômica, so cial e ambiental, minimizando impactos negativos e multipli cando os benefícios gerados pela sua atividade. até 2010. Para acompanhar a performance do setor em direção a esses objetivos, as companhias engajadas na ini ciativa devem monitorar 22 in dicadores de sustentabilidade, e as associações têm o papel de comunicar os resultados anualmente. Este relatório tem o objetivo de apresentar as iniciativas de sustentabilidade realizadas no Brasil pelo segmento do alumí nio primário (metal obtido a partir da bauxita), cujo proces so de produção inclui mineração, refinaria e redução (transformação de alumina em alumínio metálico). A publicação está alinhada ao programa Alumínio para Futuras Gerações, criado em 2003 pelo Ins tituto Internacional do Alumínio (IAI, do inglês International Alu minium Institute), que reúne empresas de todo o mundo. Por meio da Comissão de Se gurança, Saúde, Meio Ambien te e Desenvolvimento Susten tável, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) alia-se à iniciativa global do IAI, promo vendo a adesão das indústrias nacionais ao programa. Criada em 1970, a entidade defende os interesses do setor e apóia as empresas na proteção do meio ambiente, nos cuidados com a qualidade de vida dos funcionários e no relaciona mento com as comunidades onde atuam. Ela também tem a função de alinhar as ações da indústria do alumínio com as demandas da sociedade, contribuindo para o desenvol vimento do País. O programa estabelece oito objetivos voluntários globais, seis deles a serem cumpridos O quadro atual de 61 associa das da ABAL é composto pelas companhias da cadeia produ tiva de alumínio primário exis tentes no Brasil Albras Alumí nio Brasileiro S.A., Alcan Alu mina Ltda., Alcoa Alumínio S.A., Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), Alumi na do Norte do Brasil S.A. (Alu norte), BHP Billiton Metais S.A.¹, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)², Novelis do Brasil Ltda. e Vale sul Alumínio S.A. , dezenas de empresas transformadoras (a partir do alumínio primário, criam os produtos semimanu faturados e manufaturados, como chapas, lâminas, folhas, extrudados etc.), que represen tam 80% do consumo domés tico, e pelas principais recicla doras. Espera-se que as companhias parceiras do setor de alumínio, clientes, funcionários, comuni dades, Governo, sociedade e demais partes interessadas (stakeholders) encontrem nas páginas a seguir dados e informações que lhes permitam traçar um painel completo da atuação das indústrias de alumínio rumo à sustentabilidade. ¹Acionista da Valesul Alumínio S.A. (RJ) e do consórcio Alumar (MA). ²Acionista da Valesul Alumínio S.A. (RJ) e controladora da Alunorte e da Albras (PA). Mensagem do presidente As indústrias brasileiras de alumínio consideram o desen volvimento sustentável funda mental para a competitividade e o sucesso do negócio. De monstram isso, na prática, por meio dos investimentos na ampliação da capacidade ins talada das fábricas, compro missadas com a preservação ambiental, gerando benefícios sociais aos seus colaborado res, às comunidades onde atuam e à sociedade como um todo. O volume de investimen tos das cinco maiores empre sas do setor em programas relacionados à sustentabilida de ultrapassou US$ 50 milhões nos dois últimos anos. Temos a convicção de estar no rumo certo. A cada ano que passa, criam-se novas soluções para o dia-a-dia da vida moderna baseadas no alumí nio. A demanda pelo produto cresce e a indústria brasileira aumenta a produção, gerando renda e postos de trabalho. Parte da receita é revertida para o desenvolvimento de tecnologias que solucionam as questões ambientais e so ciais pertinentes ao setor. Acreditamos que só teremos condições de crescer para atender à demanda de nossos clientes se atuarmos de ma neira sustentável. No início da cadeia de valor do produto, as ações de recuperação de áreas mineradas constituem exemplo mundial de ecoeficiência, com progra mas citados no relatório Third Bauxite Mine Rehabilitation Survey, do IAI. Não apenas cumprimos rigorosamente to das as exigências legais, mas nos antecipamos a elas: de- senvolvemos, entre outras ati vidades, o plantio de espécies nativas a serem usadas para recompor a vegetação original das áreas e restaurar sua bio diversidade. As empresas realizam mais de uma centena de projetos para o desenvolvimento das comunidades onde atuam. Neste relatório, destacamos alguns deles, que envolvem desde os cuidados médicos necessários para o bem-estar da população até a educação para temas como ética, cida dania, saneamento básico e preservação ambiental. Nossa indústria já comemora uma importante conquista: pe lo quarto ano consecutivo, o Brasil é líder mundial na reci clagem de latas de alumínio para bebidas o metal pode ser infinitamente reciclado, sem perda de qualidade e com economia de 95% da energia elétrica empregada para obter alumínio primário. O processo movimenta a economia, gera empregos e promove a educação dos cidadãos para a preservação ambiental. Mas ainda há muitos desafios reservados ao setor, como contribuir ainda mais para o desenvolvimento de soluções para a indústria de transportes e em opções para o aumento da oferta de energia e da eficiência energética, criar apli- cações para os resíduos de bauxita e ampliar o alcance das ações para o engajamento das comunidades. Desafios que nos incentivam a estabe lecer metas ambiciosas para nossos desempenhos econômico, social e ambiental. entre outros, a redução da emissão de poluentes e a minimização do consumo de energia , estamos dando um importante passo para a sus tentabilidade não apenas de nosso negócio, mas da própria sociedade. A indústria brasileira do alumí nio primário soma esforços com companhias de todo o mundo no programa Alumínio para Futuras Gerações, do IAI. Ao contribuir para a plena realização dos oito objetivos voluntários globais propostos pelo programa que incluem, Sebastião Henrique Ubaldo Ribeiro Presidente da ABAL A sustentabilidade do alumínio 1 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio O alumínio é um metal durável, que possui infinito potencial de reciclagem, usado na produção de ampla variedade de produtos emba lagens para alimentos e medi camentos, materiais para construção civil, peças para veículos (de bicicletas a naves espa ciais), entre outros. Constitui o metal não-ferroso mais abun dante na crosta terrestre, o que contribui para sua utilização em larga escala. O principal minério do alumínio é a bauxita. O Brasil tem a terceira maior reserva de bauxita do mundo No Brasil, as principais jazidas de bauxita encontram-se em Minas Gerais e no Pará. O País possui a terceira maior reserva desse minério no mundo. O metal obtido a partir do proces so de transformação da bauxita em alumina chama-se alumínio primário. O alumínio secun dário, por sua vez, resulta do processamento de sucatas originadas de processo indus trial ou de produtos com vida útil esgotada, como as latas e peças de motores , além das escórias geradas no próprio processo produtivo e na produção do alumínio primário. O alumínio secundário mantém as características básicas do alumínio primário. Fluxo de produção Mineração Bauxita Lingote 10 Transporte Esteira Moagem Digestão Forno de Espera Filtragem Eletrólise Precipitação Calcinação Alumina Energia Fluoreto/Criolita A sustentabilidade do alumínio 1 Da mineração até o uso no diaa-dia, o metal passa por diver sas etapas. Depois de extraída do solo (mineração), a bauxita é lavada, secada e encaminha da à refinaria, que produz a alumina. Em seguida, faz-se a redução da alumina em alumínio primário. Este é obtido na forma de lingotes, placas e tarugos, e segue para as indústrias de transformação, que pro duzem vergalhões, fundidos, laminados e extrudados, ma téria-prima para indústrias de bens duráveis e de consumo. O segmento de embalagens, com destaque para o setor de bebidas, é o que mais utiliza o metal no País. Consumo de alumínio no Brasil por segmento em 2004 10,4% 4,2% 28,8% 9,2% 9,3% 12,8% 25,3% Vazamento de alumínio Os atributos de sustentabilidade do alumínio devem-se a pro priedades físico-químicas como leveza, alta condutibilidade tér mica e elétrica, resistência à corrosão e uma das suas qua lidades mais importantes: a re ciclabilidade. Diversas soluções importantes para a vida moder na nas áreas de transportes, saúde, preservação de alimen tos e distribuição de eletricidade hoje não seriam possíveis sem o metal. A indústria brasileira de alumínio no mundo em 2003 (em mil toneladas) Legenda Brasil Embalagens Transportes Construção civil Bens de consumo Eletricidade Máquinas e equipamentos Outros Fonte: ABAL Mundo Bauxita 20.985 (2º produtor mundial) 156.166 Alumina 5.134 (4º produtor mundial) 54.872 Alumínio primário 1.457 (6º produtor mundial) 30.022 Fontes: ABAL e World Bureau of Metal Statistics 11 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Pindamonhangaba, capital nacional da reciclagem do alumínio Uma reluzente escultura de 4,5 metros, feita com chapas de alumínio, marca a entrada de Pindamonhangaba, no interior paulista. A obra é composta por duas setas em círculo que re presentam a reciclagem do alumínio, além da expressão "Al" (símbolo químico do metal), destacada num cubo ao centro. Hans Goldammer, de 77 anos, catarinense radicado em São Paulo, é o autor da escultura. A obra é uma homenagem da ABAL ao maior pólo de recicla gem de alumínio no Brasil. Em outubro de 2003, a Associação reconheceu o município como a "Capital Nacional da Recicla gem do Alumínio". Na cidade estão localizadas as três princi pais empresas do segmento: Novelis, Imco (subsidiária da Aleris) e Tomra Latasa. Juntas, as recicladoras sediadas em Pindamonhangaba têm capaci dade para processar 177 mil toneladas de sucata de alumínio por ano, equivalentes a cerca de 70% de toda a sucata recu perada no Brasil. 1.1 Características do metal Nas páginas seguintes, destacam-se algumas propriedades do alumínio que proporcionam sua utilização nas mais diversas aplicações. Reciclabilidade CO . A relação resistência/peso ² proporcionada pelo uso do me tal praticamente viabilizou a indústria aeronáutica. Pode ser reciclado infinitas ve zes. Há redução do impacto ambiental, economia de ener gia e investimento significativa mente inferior, em relação à produção do alumínio primário. Leveza Pesa 2,7 g/cm³, ou seja, cerca de um terço do peso do aço. Na fabricação de veículos, o uso do alumínio permite a 12 Atoxicidade redução do peso total e o conseqüente aumento da ca pacidade de carga, bem como a redução do consumo de combustível e da emissão de Não possui características tóxicas, o que permite o uso em utensílios domésticos, em embalagens e em equipamen tos que entram em contato com alimentos sem nenhum efeito nocivo ao organismo hu mano. A sustentabilidade do alumínio Condutibilidade sas formas e receber os mais diferentes acabamentos, ade quados a inúmeras aplicações. Térmica: é um dos metais que melhor conduzem o calor, o que torna seu uso atrativo e econômico para a fabricação de embalagens para bebidas e alimentos que devem ser mantidos sob refrigeração ou que podem ser aquecidos. Elétrica: possui condutibilidade elétrica de 62% em relação ao cobre. É um atributo fundamental para a aplicação do alumínio na transmissão de energia elétrica através de fios e cabos. Impermeabilidade e opacidade Não permite a passagem de umidade, oxigênio, odor e luz. 1 Resistência à corrosão Ideal para o uso em embala gens para as indústrias alimen tícia e farmacêutica, pois evita a deterioração dos produtos. Facilita a conservação e a manutenção de produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção civil, bem como dos equipamentos e partes/estruturas de veículos. Maleabilidade Fácil de ser trabalhado, pode tomar formas adequadas a variados projetos e aplicações. Versatilidade Pode assumir as mais diver 1.2 Soluções para a vida moderna O alumínio oferece soluções eficazes para os desafios da rotina diária em diversos contextos. A seguir, destacam-se algumas áreas em que é aplicado: mobilidade, saúde e bem-estar, nutrição e preservação de alimentos e construção e conforto. Consumo mundial de alumínio por segmento em 2004 25% 26% Legenda Transportes Embalagens Construção civil 9% Eletricidade 20% Outros 20% Fonte: IAI 13 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Você sabia... ... que o sulfato de alumínio é utilizado no tratamento de água e o pó de alumínio é um dos componentes de tinta metálica? O alumínio está presente em diversos objetos do seu dia-adia. Eis alguns exemplos: lata para bebidas trava de chuteira pistão para veículos roda para automóvel estrutura de motocicleta panela bijuteria janela, porta e portão telha evaporador para geladeira e freezer bicicleta multilaminados (embalagens de dentifrícios) radiador carcaça de celular Mobilidade A indústria automotiva mundial aposta no alumínio para pro duzir veículos cada vez mais potentes e seguros, além de minimizar impactos ao meio ambiente. A principal vantagem do metal para o setor de trans portes é seu peso específico, que amplia a capacidade de carga e reduz o custo do trans porte. Atualmente, automóveis, caminhões, ônibus, trens, navios e aviões utilizam o alumínio mais de um quarto de todo o metal produzido no mundo é empregado na indústria de transportes. Em 2004, o volume total usado pelo setor no Brasil somou 187,5 mil toneladas. Ainda as sim, é preciso que se realizem parcerias entre o setor automo tivo brasileiro, a indústria do alumínio e o meio acadêmico para o desenvolvimento de apli- 14 cações do metal. De acordo com estatísticas não oficiais, o País apresenta média de 45 kg de alumínio por veículo, muito inferior à dos Estados Unidos, com 128 kg, e à da Europa, com cerca de 100 kg. Uma das razões para o uso intensivo de alumínio nos Estados Unidos é a legislação ambiental vigente, que determina consumo espe cífico de no mínimo 12 km por litro de combustível para a média da frota de veículos. Para atender a essa exigência, a indústria automobilística procu ra utilizar mais intensamente materiais mais leves, principal mente o alumínio, em substituição aos produtos ferrosos. A emissão de gases por veícu los contribui significativamente para o efeito estufa nos tempos modernos. De acordo com a Associação Européia de Alumí nio (EAA, do inglês European Aluminium Association), os aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de alumínio usa fio e cabo de alumínio para linha de transmissão de energia elétrica ar-condicionado tanque de alumínio para transporte de combustível e de produtos químicos estrutura e peça de avião embalagem para alimentos e medicamentos revestimento em fachada ex terna carroceria para caminhões e ônibus dos por ano na produção mun dial de carros considerando a estimativa de vida útil dos automóveis reduzem em 90 milhões de toneladas a emissão de CO equivalente. ² Segundo o IAI, o incremento do uso do produto nos transpor tes poderá, em 20 anos, contri buir para refrear o processo de mudanças climáticas. A entida de afirma que, se a taxa de crescimento da produção de alumínio para o mercado de automóveis e caminhões leves (4,2% ao ano entre 1991 e 2002) se mantiver na próxima década, o volume do metal pro duzido para o setor de transpor tes poderá mais que dobrar até 2020, tomando como base o número de 2002. Se os veículos tornarem-se mais leves, estimase que a redução das emissões veiculares mais que compen sará as projeções de emissões de gases da indústria mundial de alumínio. Centro oferece informações sobre o alumínio nos transportes Em 26 de abril de 2004, no III Workshop Alumínio na Indústria Automotiva, a ABAL lançou o Centro de Informações Automo tivo e de Transportes, com a missão de prover esses setores de informações e dados sobre o alumínio e suas aplicações. O Centro conta com um banco de dados atualizado e disponi Saúde e bem-estar O alumínio está presente em alguns remédios, especialmente os prescritos para o tra tamento de úlceras gástricas. Baseado em estudos científicos, a Food and Drug Administration (FDA), órgão ofi cial de saúde dos Estados Unidos que avalia e regulamenta menos que os correspondentes em aço), duráveis e de fácil biliza gratuitamente artigos, pes quisas, notícias e trabalhos na cionais e internacionais. Espe cialistas técnicos e consultores da ABAL esclarecem as dúvidas de pesquisadores, estudantes, profissionais da indústria e do mercado. O projeto também visa a facilitar o contato com empre sas, especialistas, associações e instituições ligadas ao assunto. A ABAL espera, com esse Cen tro, estreitar as relações entre a indústria do alumínio, a indústria automotiva, a de trans portes e a sociedade, oferecen o uso de alimentos e medica mentos para o consumo da população, classificou o alumí nio na categoria "Produtos Reconhecidamente Seguros" (GRAS, do inglês Generally Recognized as Safe). Dessa forma, legitimou a sua utilização não apenas nos remédios, mas também em utensílios domésti cos, embalagens de alimentos 1 manutenção, o Brasil vem optando por vagões graneleiros em alumínio. Hoje, o material predo mina na construção ae ronáutica, constituindo aproximadamente 80% do peso dos aviões. Nas embarcações, o uso de alumínio cresce por causa da melhoria das técnicas de soldagem, aumentando inclusive a resistência à corrosão. do informação, pesquisa e de bate. O novo boletim Aluauto, editado pelo Centro, cumpre parte desse papel ao trazer ar tigos e propor debates sobre o assunto. e produtos de cuidado pessoal, tais como desodorantes e Panex Produtos Domésticos Ltda. Esses dados mostram que há espaço para a expansão do uso do metal no Brasil. Os pro váveis aumento e modernização da frota nacional de veículos automotores e a privatização das ferrovias que implica a produção de novos vagões permitem pre ver a expansão do con sumo do metal nos transportes. Por serem muito mais leves (seis toneladas a Randon S.A. Implementos e Participações A sustentabilidade do alumínio 15 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio soluções anti-sépticas, entre outros. Embalagens de alumínio também auxiliam a conser var os medicamentos. O corpo humano possui nos pulmões, no trato digestivo e na pele barreiras naturais à absorção do metal. A barreira hematoencefálica, por sua vez, dificulta a migração de subs- Os mitos sobre o alumínio Não se sabe ao certo a origem da crença de que o alumínio seria prejudicial à saúde huma na e a maneira como foi disse minada: estudos equivocados, divulgação indevida na mídia etc. Para dirimir eventuais dúvidas sobre o produto, a ABAL realiza palestras, se minários e cursos e se coloca à disposição da sociedade para esclarecer questionamentos so bre a influência do metal na saúde. A seguir, destacam-se esclarecimentos sobre dois dos mitos mais difundidos. O alumínio não causa o Mal de Alzheimer: não há evidências clínicas ou experimentais de que o alumínio afete o siste ma nervoso humano sob condições normais de exposição. Alguns fatos já comprovados Nutrição e preservação de alimentos 16 tâncias externas (os chamados xenobióticos), inclusive o alumí nio, da corrente sangüínea para o cérebro. Essa proteção biológica natural é muito impor tante, pois o alumínio está naturalmente presente no solo, nos alimentos de origem vegetal e animal e na água. O alumínio é utilizado até mes desmentem esse possível vín culo com Alzheimer: mo na prevenção de doenças, contribuindo decisivamente no aumento da provisão de água potável: o sulfato de alumínio é usado como floculante nas estações de tratamento de água, onde age aglutinando pequenas partículas indese jáveis, além de organismos e bactérias prejudiciais à saúde, o que facilita a sua eliminação. Cozinhar em panela de alumí nio não transfere quantidade importante do metal para o alimento: um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA) do Insti tuto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) concluiu que o cozimento em panela de alumínio contribui com cerca de 2% do limite máxi mo de ingestão do metal reco mendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 1 mg diário de alumínio por quilo de massa corporal. A pesquisa levantou dados sobre o poten cial de transferência de alumínio proveniente de panelas durante o preparo de um cardápio tipi camente brasileiro: arroz, feijão, bife, batata e molho de tomate, entre outros, pois a ingestão varia em decorrência da dieta da população e de outros fa tores, como as condições de cozimento e o tipo da panela. Resultado: a dissolução de alumínio identificada durante o cozimento é inferior até ao teor do metal presente naturalmente em alguns alimentos. As embalagens de alumínio constituem importantes aliadas na preservação dos alimentos, pois impedem a passagem de umidade, oxigênio e luz, evi tando a deterioração dos pro dutos. Elas são usadas para acondicionar alimentos, bebi 1. a elevação da concentração do alumínio no cérebro estaria associada a um pro cesso natural de envelheci mento ou a uma conseqüência da própria doença; 2. os estudos apontam cada vez mais a importância de fatores genéticos como de terminantes para a doença; 3. existe uma barreira efetiva no trato gastrointestinal que dificulta ou impede a absorção do alumínio ingerido, o que indica que a quase tota lidade do metal ingerido é eliminada pelas fezes e a pequena absorção (cerca de 0,01%) é posteriormente eli minada pela urina. A sustentabilidade do alumínio bebidas tem levado a um sig nificativo incre mento da capacidade instalada da produção de laminados no País, que atende a um consumo de mais de 9 bilhões de latas por ano. das, produtos de higiene e be leza, e medicamentos, entre outros. Construção e conforto Por não possuir gosto nem aro ma, não interferem no sabor dos alimentos. A alta condutividade térmica constitui outra vantagem: podem ser aqueci das ou resfriadas rapidamente. De acordo com a EAA, uma fina camada de 1,5 g de folha de alumínio contida, por exemplo, em uma caixa de leite longa vida, cujo peso total é de 28 g é suficiente para conser var o produto sem refrigeração por vários meses. Em países com dificuldade de distribuição de alimentos por conta de gran des distâncias, falta de verbas ou atingidos por tragédias, essa característica da embalagem ajuda a salvar vidas. As aplicações do alumínio na arquitetura moderna abrangem largo espectro: portas, portões, janelas, boxes, fachadas, per sianas, telhas, revestimentos, estruturas, mobiliário, sistema de iluminação, soluções de iso lamento térmico e acústico, en tre outras. Em 2004, o setor de construção civil brasileiro consu miu 94,7 mil toneladas de alumínio em suas diversas formas. Em 2003, o número che gou a 1,7 milhão de toneladas na Europa e 1,6 milhão de tonela das no Canadá e nos Estados Unidos. As embalagens que contêm o metal são utilizadas por diver sos segmentos industriais, em uso exclusivo ou combinadas com outros materiais, como fil mes, resinas e adesivos. O Bra sil vem consumindo folhas e chapas de alumínio em escala crescente. O aumento da de manda por embalagens para Grandes edifícios re vestidos com chapas de alumínio e vidros espelhados já co meçam a constituir paisagem comum nas metrópoles nacionais. Em outra tendência, o uso de esquadrias de alumínio padronizadas 1 vem crescendo entre os consu midores de baixa renda, espe cialmente por causa da prontaentrega: a janela chega com pleta na obra, inclusive com o vidro. Pela praticidade, os cha mados "produtos-pacote" co meçam a se popularizar tam bém na faixa populacional de melhor renda. As características do metal mais importantes para o segmento são a alta resistência a condições ambientais desfavo ráveis como a maresia, em cidades litorâneas e a durabi lidade. O alumínio não envelhe ce como os materiais orgânicos a madeira, por exemplo e não necessita de proteção con tra raios ultravioletas. 17 A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio 2 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio As companhias brasileiras do setor de alumínio se desenvolvem de acordo com os três aspectos da sustentabilidade social, econômico e ambiental , criando riquezas e gerando empregos. Os investimentos das maiores empresas do segmento em programas relacionados ao desenvolvimento sustentável somaram mais de US$ 50 milhões nos últimos dois anos. Unidade de Redução do consórcio Alumar, em São Luís do Maranhão O setor investe na expansão da produção e busca ampliar os mercados interno e externo. Em 2004, contribuiu positiva mente para a conjuntura nacio nal, com investimentos da or dem de US$ 600 milhões. O faturamento total da indústria brasileira de alumínio foi de US$ 7,8 bilhões nesse mesmo período, com participação de 3,3% no Produto Interno Bruto (PIB) industrial. O número de empregos diretos passou de 50.334, em 2003, para 53.389, em 2004. As receitas prove nientes das exportações do setor cresceram 26,5%, so mando US$ 2,7 bilhões (valor FOB) e representando 2,8% do total exportado pelo País. Importações e exportações de alumínio em 2004 Importações Exportações Legenda Legenda 24,2% 33,7% 17,0% 4,8% 5,2% 6,1% 9,0% Alemanha EUA Argentina Chile Venezuela África do Sul Outros 17,0% 28,6% 1,6% 4,0% 10,8% 15,8% 22,2% EUA Japão Holanda Bélgica Suíça Argentina Outros Fonte: ABAL A produção de 1.457 milhão de toneladas de alumínio pri mário em 2004 representou aumento de 5,5% em relação 20 ao ano anterior, quando totali zou 1.381 milhão de toneladas. Com esse resultado, o Brasil mantém o 6º lugar no ranking da produção mundial do metal, precedido por China, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Austrália. A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio 2 Perfil da indústria brasileira do alumínio Composição 2003 2004 50.334 53.389 Faturamento (US$ bilhões) 6,3 7,8 Participação no PIB (%) 1,2 1,3 Participação no PIB industrial (%) 3,2 3,3 Investimentos (US$ bilhões) 0,7 0,6 Impostos pagos (US$ bilhões) 0,8 1,2 1.381 1.457 Consumo doméstico de transformados de alumínio (mil t) 666 741 Consumo per capita (kg/hab/ano) 3,8 4,1 Exportação (mil t) 991 1.039 Importação (mil t) 91 98 Participação das exportações de alumínio nas exportações brasileiras (%) 2,9 2,8 Empregos diretos Produção de alumínio primário (mil t) Fonte: ABAL Ciclo sustentável do alumínio biente am o i e Ge raç Relações com ezas riqu de Reabilitação de jazidas as Reciclagem lvimento de p nvo es se so De Pesquisa e desenvolvimento Redução ão om Mineração Refinaria Fabricação Resíduo de bauxita Floresta Minimização dos riscos ambientais Reabilitação dos depósitos de resíduos Reaproveitamento de resíduos Produtos de alumínio 21 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio 2.1 Os compromissos da ABAL com a sustentabilidade A ABAL mantém comissões es pecíficas para trabalhar em áreas estratégicas para o setor. Descrevem-se a seguir as ati vidades das comissões que li deram a atuação da entidade em busca do desenvolvimento sustentável. A Comissão de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável está empenhada em incentivar as empresas do setor a adotar as melhores práticas de SSMA. Para tanto, acompanha as alterações na legislação e apóia ações que visem à melhoria de performance e à redução de riscos nas empresas associa das. Além disso, participa como representante da indústria bra sileira de alumínio perante as- sociações de classe, órgãos governamentais e não-governamentais. É a principal interlo cutora da indústria do alumínio no programa Alumínio para Fu turas Gerações. Organiza se minários sobre importantes te mas, tais como "Alumínio na dieta humana", "Alternativas tecnológicas para tratamento de resíduos" e "Segurança no trânsito", entre outros. Promove e acompanha pesquisas rele vantes: "Recuperação de alumí nio em forno a plasma", "Estudo de dissolução de alumínio em panelas", "Emissões de PFCs da indústria de alumínio pri mário", "Indicadores de susten tabilidade" e "Pesquisa de aci dentes do trabalho da indústria brasileira do alumínio" o ob jetivo desta última é usar as Seminário ministrado pela ABAL em São Paulo 22 estatísticas como uma ferra menta na prevenção e controle dos acidentes. O setor do alumínio trata a segurança do trabalho como prioridade e in veste em programas de prevenção. Em 2004, registrouse taxa média de freqüência de acidentes com afastamento (número de acidentes por um milhão de horas trabalhadas) de 1,23, considerando apenas os segmentos de Mineração, Refinaria e Primários/Integrados. A última taxa média mun dial publicada, de 2003, foi mais alta, totalizando 3,00 acidentes com afastamento por um milhão de horas trabalhadas. A Comissão de Reciclagem incentiva as empresas do setor na criação de projetos e progra mas de reciclagem que promo vam a educação ambiental em todas as camadas da população, elabora pesquisas quan titativas e qualitativas do mer cado consumidor de sucata, promove eventos ligados à ati vidade, além de incentivar o desenvolvimento de novas tec nologias para reciclagem. Cabe destaque ao cálculo e à divulgação anual do índice de reci clagem de latas de alumínio A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio para bebidas, que, por seu su cesso e pioneirismo, vem incen tivando outros setores da indústria a adotar a mesma prática com outros materiais. A Comissão de Energia Elé trica está empenhada na garan tia de suprimento competitivo de energia elétrica para a indústria, contribuindo direta mente na revisão do modelo do setor elétrico nacional e atuan do permanentemente na regulamentação dele. A Comissão Técnica, como responsável pela elaboração de normas dos produtos de alumínio no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do CB-35, incentiva o desenvolvi mento e a normatização do se tor, coordena atividades de certificação de produtos de alumínio, elabora publicações especializadas e realiza cursos, palestras e seminários técnicos para toda a comunidade, até mesmo in company. A ABAL mantém parcerias com instituições nacionais e interna cionais. A meta é criar oportuni dades para desenvolver as em presas do setor de alumínio e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. Destacam-se os projetos realizados com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), que promove estudos científicos nas mais diversas áreas de engenharia. Um dos projetos em parceria com o IPT trouxe inovação para o setor. No processo de recicla gem do alumínio, empregamse os chamados sais fundentes, que geram vapores corrosivos e representam risco ambiental e operacional. A tecnologia des envolvida pelo IPT dispensa o uso desses sais. A novidade é a utilização de um forno aque cido por plasma gás produzido em altas temperaturas, conhecido como o quarto esta do da matéria que permite melhor controle na atmosfera do forno de recuperação, o que reduz o volume de gases gera 2 dos durante o processo de re ciclagem. Além da redução da emissão de gases e de não comprometer o rendimento da reciclagem, o novo método per mite empregar na produção do alumínio secundário apenas 3% da energia despendida na obtenção de alumínio primário. Por sua vez, a Fundação para Pesquisa Ambiental (Fupam), entidade ligada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Uni versidade de São Paulo (FAUUSP), promove, em conjunto com a ABAL, cursos dirigidos a estudantes e profissionais das áreas de engenharia e arquite tura a fim de reciclar os conhe cimentos sobre o metal, apre sentar novas tecnologias e oferecer subsídios sobre a co rreta utilização do produto na construção civil. Os cursos tiveram início em junho de 2004, inseridos em uma estratégia da ABAL para promover o alumí nio, principalmente entre profis sionais que potencialmente ven ham a utilizá-lo. 2.2 Reabilitação das áreas mineradas e de disposição de resíduos O IAI desenvolveu em 2003 a terceira edição de sua pesquisa sobre a reabilitação de minas de bauxita no mundo. Coletaram-se informações sobre 23 minas, em 12 países, que representam 23 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Reflorestamento de área de disposição de resíduos da Mineração Rio do Norte 70% (99 milhões de toneladas) da produção global. Estima-se que a área explorada pelas em presas, considerando toda a sua vida útil, totalizará 1.472 km² para efeito de comparação, a Região Metropolitana de São Paulo possui 8.000 km². litadas a maior parte com vegetação nativa. Assim, a indústria de mineração promove o uso temporário da terra, de volvendo-a recuperada ao meio ambiente. As atuais reservas mundiais de alta qualidade de senciais para que o solo seja recuperado após a lavra, são aprimoradas continuamente. A camada orgânica de solo reti rada durante a mineração é utilizada na posterior reabilitação do local, respeitando os contornos da topografia original. Para recompor a vegetação, as companhias desenvolvem pro gramas próprios de plantio, com viveiros de produção de mudas, em grande parte com espécies nativas da região. O objetivo é restaurar o máximo possível da biodiversidade local. É impor tante ressaltar que a indústria do alumínio brasileira não exerce atividade em áreas indígenas. Os cuidados também são extremos com as áreas destinadas ao Esse número torna-se depósito de resíduos e irrisório se comparado com o reaproveita ao uso da terra para mento deles. Para ga outros propósitos. Em rantir a conservação 2004, por exemplo, dos mananciais, os la conforme dados do gos de resíduos gaInstituto Brasileiro de nham revestimento in Geografia e Estatística terno com argila e PVC, (IBGE), a área para o que impede que cultivo de soja no Brasil resíduos sólidos pro alcançava 215.000 km². venientes de refinarias O Instituto Nacional de de alumina alcancem Pesquisas Espaciais águas superficiais e (INPE) estima que, a subterrâneas. Além cada ano, têm sido desmatados 23.000 Em 2004, o horto da MRN produziu 594 mil mudas para serem disso, os lençóis freá ticos e a drenagem km² de florestas na usadas no reflorestamento das áreas mineradas superficial são cons Amazônia para diver tantemente monitorados. A la bauxita possuem capacidade sos fins, tais como pecuária, vagem de minério não usa pro para suprir a indústria de alumí agricultura e extração de ma dutos químicos, e seu rejeito nio por mais 300 anos. A vida deira. pode ser decantado em barra útil média de uma mina é de 64 gem ou nas próprias cavas de anos. Hoje, cerca de 60% das áreas onde o minério foi extraído, li mineradas no Brasil para berando água limpa. As técnicas de mineração, es extração de bauxita são reabi 24 A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio Sucesso no res gate da flora de áreas mineradas A Mineração Rio do Norte in veste num projeto de reflores tamento da área minerada na região do Rio Trombetas, no Pará, com um modelo que pro picia mais semelhança com a mata original. A escolha das espécies a serem replantadas visa atrair grande número de espécies da fauna local, o que posteriormente ajuda na disseminação das sementes, enri quecendo a biodiversidade. No reflorestamento são monito rados regularmente solo, pás saros, insetos, répteis, anfíbios e mamíferos, além do cresci mento e da mortalidade da vegetação. Em 2004, a MRN reflorestou com espécies nati vas 310 e preparou outros 336 hectares para plantio em 2005. Para tanto, foram produzidas 594 mil mudas e adquiridas outras 142 mil. 2 Um programa de resgate foi elaborado especificamente para as epífitas. Mais delicadas, es sas plantas que vivem acima do solo, usando outras como hospedeiras para ter acesso à luz do sol não estavam se desenvolvendo, apesar das condições favoráveis. O programa contempla quatro etapas: coleta, transporte e propagação: enviam-se as epífitas a um horto, onde alocam-se em palmeiras hospedeiras; identificação das espécies, com suporte do Instituto Na cional de Pesquisas da Amazônia; inclusão das epífitas cole tadas nas áreas da MRN re vegetadas: essa fase acon tece após o pleno enraizamento das plantas nas pal meiras e durante a estação chuvosa; monitoramento: a cada semestre são avaliadas as taxas de sobrevivência, cres cimento e disseminação das espécies. As orquídeas resgatadas das áreas a serem lavradas ficam temporariamente em um orquidário. Depois elas são devolvidas para áreas já reflorestadas, que são identificadas para um posterior monitoramento 2.3 Mudanças climáticas Diversas atividades humanas contribuem para o aumento da concentração na atmosfera de gases do efeito estufa, como o gás carbônico (CO ) e o me ² tano (CH4). Eles retêm a ener gia solar na atmosfera, causan do elevação da temperatura média global, o que, por sua vez, provoca alterações climá ticas, como o aumento na freqüência e na intensidade de secas e enchentes. Essas alterações podem gerar 25 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio altos custos sociais e, por conta disso, realiza-se um grande esforço internacional para re duzir as emissões. O Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 2005, após 8 anos de negociação, é o primeiro acor do no âmbito internacional que estabelece limites de emissões para diversos países e fixa pra zos para atingi-los. A maioria desses gases é gerada naturalmente, mas há também os artificiais, como os perfluorocarbonos (PFCs), pro duzidos apenas pelas indústrias. Os PFCs são de 6.500 a 9.200 vezes mais po tentes que o CO para a ² criação do efeito estufa. A indústria de alumínio é emis sora de dois tipos de PFCs tetrafluorometano (CF4) e hexa fluoroetano (C F6). O IAI consi ² dera fundamental para o des envolvimento sustentável do setor a redução dessas emissões. Ao fazê-lo, a indústria contribui para o com bate ao efeito estufa e para o aumento da sua própria eficiência de produção. O Instituto estabeleceu três diretrizes a serem seguidas a fim de alcançar esse objetivo: Emissão média de gases PFCs no Brasil (kg CF4 / t alumínio primário produzido) 0,30 0,25 0,23 0,23 0,23 0,21 0,22 0,20 0,18 0,19 0,17 0,10 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 diminuir as emissões de PFCs na produção de alumínio pri mário, por meio do investimento em tecnologias modernas; maximizar a reciclagem do alumínio, processo que emite quantidade muito inferior de gases de efeito estufa, se comparado à produção de alumínio primário; incentivar o uso do alumínio no setor de transportes, para diminuir o peso dos veículos e, conseqüentemente, a emissão veicular de gases. Fonte: Produtores Primários 2.4 Autogeração de energia A energia elétrica é o principal insumo usado na produção de alumínio primário e a indústria é responsável por cerca de 6,4% do total de energia elétrica consumida no País, incluindo a proveniente de autogeração. 26 Em 2004, foram consumidos 22.077 GWh de energia elétrica na produção de alumínio pri mário no Brasil, configurando um consumo médio específico de 15,1 MWh por tonelada de alumínio primário produzido, semelhante à média mundial. O esforço do setor para a redução do consumo de energia é permanente. A matriz energética brasileira é predominantemente hidroelé- A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio trica, representando grande potencial renovável de geração de energia. Os impactos ambientais decorrentes da construção de uma usina hidroelétrica tais como a necessidade de reassentamento da população, fauna e flora da região, por causa principalmente da construção de barragens podem ser compensados ou minimizados com o desenvolvimento da região, principalmente com o aproveitamento dos recursos hídricos para navegação, irrigação e abastecimento de água. A indústria de alumínio tem investido na autogeração de energia elétrica para manter suas fábricas competitivas. Investimentos da ordem de US$ 1,8 bilhão estão sendo destinados à participação na construção de 14 usinas em todo o País. Quando todas estiverem prontas, haverá 5.110 MW de capacidade instalada adicional 3.010 MW apenas para a indústria , e a autogeração na produção de alumínio primário alcançará mais de 50% do total consumido. 2 Usina hidrelétrica de Piraju (SP), da CBA Com a autogeração de energia elétrica, a indústria do alumínio contribui para toda a sociedade, pois libera a mesma quantidade de energia para ser consumida em outros setores. Além disso, a instalação desses empreen- dimentos atrai oportunidades de desenvolvimento, alternativas econômicas e ações mais efetivas do poder público, por meio de investimentos em programas sociais e de geração de renda. Usinas capacidade instalada (em MW): Machadinho (RS/SC) 1.140 Fumaça, Caldeirões, Furquim e Candonga (MG) 170 Pirajú (SP) 80 Barra Grande (RS/SC) 708 Serra do Facão (GO) 210 Salto Pilão (RS/SC) 181 Pai Querê (RS) 292 Santa Isabel (PA/TO) 1.087 Caçu/Barra dos Coqueiros (GO) 155 Estreito (TO/MA) 1.087 Total: 5.110 MW De acordo com dados do IAI, em todo o mundo, dos 27% de produtores que geram energia própria, 55% utilizam recursos hídricos; 30% carvão e 15% gás. 27 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio 2.5 Reciclagem A capacidade infinita de reciclagem é uma van tagem marcante para o setor de alumínio nos aspectos ambiental, econômico e social. O reaproveitamento é reali zado tanto a partir de sobras do processo de produção, como de su cata gerada por produtos descartados. Os ganhos começam na matéria-prima. Para produzir uma tonelada de alumínio são necessárias cinco toneladas de bauxita. Em 2004, a recicla gem de 270 mil toneladas de alumínio gerou eco nomia de 1,3 milhão de toneladas de bauxita. anualmente, R$ 450 milhões na economia nacional. A reciclagem de latas também gera emprego e renda para mais de 160 mil pessoas no Brasil, em atividades que vão desde a coleta das latas usadas até a transformação final da sucata em novos produtos. Em termos gerais, em 2003, a média mundial que traduz a relação entre sucata recuperada e consumo doméstico de produtos transformados de alumínio chegou a 32%. O Brasil demons trou melhor desempenho nesse indicador, alcançando 37%. A reciclagem representa proteção ambiental e economia de recursos Outro destaque é a sig naturais, com menor nificativa economia de emissão de poluentes na energia elétrica. A reci natureza. Quando o O Brasil é líder mundial na reciclagem de latas de alumínio clagem de 270 mil toneladas alumínio reciclado substitui o anos consecutivos. Em 2004, de alumínio no Brasil, em 2004, alumínio primário no processo estabeleceu-se um novo recor produtivo, reduz-se a formação de, com 95,7% das latas retor implicou economia de cerca de de resíduos sólidos. nando à cadeia de produção. 3.900 GWh/ano, ou seja, 1% Essa porcentagem corresponde de toda a energia elétrica gera Em um exemplo de ecoefia 121,3 mil toneladas, ou cerca da no País, suficiente para aten ciência, o Brasil é líder mundial de 9 bilhões de unidades. Hoje, der à demanda anual de todo de reciclagem de latas de alusomente a etapa de coleta (a o setor industrial da cidade de mínio para bebidas por quatro compra das latas usadas) injeta, São Paulo. 28 A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio Latas por equipamentos Os benefícios dos projetos de reciclagem vão além da conscientização ambiental da população. Escolas e instituições participantes dos proje tos podem trocar latinhas de alumínio pelos mais variados equipamentos. Duas companhias do setor de alumínio lide ram essa iniciativa. O Programa de Reciclagem da Tomra Latasa tem cerca de 16 mil escolas e instituições cadas tradas, em 23 Estados brasilei ros, que já tiveram a oportuni dade de trocar latas de alumínio por equipamentos. Desde 1991, data do início do projeto, elas já obtiveram mais de 130 mil Longa vida para a reciclagem As embalagens longa vida de leite, sucos e outras bebidas contêm uma fina folha de alumí nio entre o plástico e o papel. Alumínio: evita a entrada de ar e luz, perda de aroma e contaminações itens, desde cadernos e cestas básicas até máquinas copiado ras e microcomputadores. Além disso, 100 palestras sobre reci clagem são oferecidas a cada ano, a fim de desencadear uma mudança nos hábitos dos con sumidores. O objetivo principal é ampliar os programas de co leta seletiva do lixo. Essa iniciativa conta com uma central telefônica que esclarece dúvidas sobre o preço praticado pelo mercado e os postos de compra dos produtos reci cláveis, entre outras. O projeto Reciclagem nas Es colas, da Novelis, teve início em 1995 e atende a aproxima damente 360 escolas e instituições filantrópicas do Vale do Paraíba, em São Paulo. As Após muita pesquisa, foi desenvolvida uma tecnologia inédita no mundo que utiliza plasma térmico para separar o plástico do alumínio após a separação do papel, feita em máquinas específicas para esse fim. As sim, torna-se possível devolver o alumínio e os demais mate riais à cadeia de produção. Uma parceria entre a Tetra Pak (produtora de embalagens lon ga vida), a Klabin (indústria de papel), a Alcoa (produtora de alumínio) e a TSL Engenharia Ambiental (empresa especiali zada no tratamento de resíduos) possibilitou a formação 2 crianças não só aprendem as vantagens da reutilização do alumínio, mas também colabo ram efetivamente para a melhoria dos recursos materiais da escola. Entre 1995 e 2005, cerca de 8 mil itens foram tro cados pelas latas de alumínio, tais como bebedouros, ventila dores, computadores, materiais esportivos (uniforme, bolas, re des), TV e aparelho de DVD, entre outros. As palestras sobre educação ambiental contam com o apoio de um vídeo infanto-juvenil que enfatiza os benefícios ecológicos da reciclagem do alumí nio, como a grande economia de energia elétrica e de minério, além da redução do volume de lixo enviado para os aterros sanitários. desse novo elo na cadeia pro dutiva, com a construção de uma unidade de reciclagem por plasma, com investimento de R$ 12 milhões, em Sorocaba, São Paulo. A fábrica tem capa cidade para processar 8.000 toneladas de plástico e alumínio por ano, equivalentes à recicla gem de 32.000 toneladas de embalagens longa vida. Estima-se que haverá aumento de 30% no valor das embala gens coletadas, gerando maior remuneração às cooperativas de catadores, empresas e pre feituras que trabalham com a coleta seletiva do lixo. 29 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio 2.6 Iniciativas de responsabilidade social O setor do alumínio primário procura contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua. Desde iniciativas em prol da recicla gem, até a realização de cursos de informática, são muitas as ações desenvolvidas. Destacamos alguns dos projetos mais relevantes: Reciclando a própria vida A semente inicial foi plantada na Vila dos Cabanos, em Bar carena, sede da Albras no Pará. Em 1990, a companhia,com recursos próprios, inaugurou uma unidade de reciclagem e compostagem de lixo urbano. O composto orgânico recolhido vira adubo natural para uso agrícola. Outros materiais plástico, papel, latinhas e garra fas destinam-se à reciclagem. As pessoas que antes depen diam da cata de alimentos e materiais no antigo lixão da ci dade passaram a ter uma opção de renda. Os "catadores" também podem participar de outras iniciativas, como cursos de alfabetização de adultos e de informática. 30 Responsabilidade social e ambiental nas escolas O sucesso dessa primeira ação motivou a Albras a buscar finan ciamento do BNDES e implan tar unidades semelhantes em Moju, Abaetetuba, IgarapéMirim e Cametá, todas no Pará. O projeto gera mais de 180 pos tos de trabalho e melhora as condições de saneamento de 200 mil pessoas. Em 2004, foram inauguradas em Barcarena três pequenas fábricas para reciclagem e re aproveitamento de materiais: uma de brinquedos educativos, a partir de madeira de emba lagens de equipamentos e pro dutos recebidos pela Albras; outra de calçados, aproveitando correias transportadoras usa das e descartadas; e a última de vassouras e sacolas, a partir da reutilização de garrafas plás ticas (PET) de refrigerantes. As fábricas criaram mais de 50 postos de trabalho. A Novelis aposta em programas educativos nas escolas para conscientizar gerações acerca da responsabilidade social e ambiental. O projeto "A socie dade do amanhã" foi implanta do em 1998 nas escolas de Pindamonhangaba (SP) e em 2000 em Candeias (BA). Aproximadamente 17 mil estudantes de primeira a quarta séries do ensino fundamental em escolas municipais, estaduais e particu lares recebem noções sobre meio ambiente e reciclagem, além de conceitos de ética e cidadania. A Novelis acredita que os pro fessores são agentes muito im portantes na transformação da sociedade. Por isso, o trabalho tem início com a capacitação A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio deles para serem agentes mul tiplicadores desse conhecimen to. Ao todo, 750 professores participam do projeto na Bahia e em São Paulo. Cuidados de saúde a quilombolas Apoiar o cuidado da saúde das comunidades remanescentes de quilombos localizadas às margens do rio Trombetas, no oeste do Estado do Pará. Esse é o principal objetivo do progra ma desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN), em parceria com a Fundação Es perança, de Santarém. A assistência à saúde beneficia cerca de 1.600 pessoas das comuni dades Moura, Jamari, Tapa gem, Sagrado Coração, MãeCué, Palhau, Juquiri e Juquiri zinho todas situadas na região do Alto Rio Trombetas, afluente da margem esquerda do rio Amazonas. Desde 1997, mensalmente, um barco equipado com recursos médicos e uma equipe compos ta por médico e enfermeiros atende às comunidades. A assistência inclui consultas médicas e realização de exa mes laboratoriais; visitas domi ciliares para os casos de maior gravidade; conscientização das comunidades, alunos e profes sores da escola local por meio de palestras sobre higiene, pro filaxia de enfermidades como Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), sanea mento básico, desnutrição e exames pré-natal, entre outras; e formação de agentes de saúde para ajudar na condução das ações de saúde preventiva. Até 2004, foram beneficiadas mais de 3 mil pessoas. Incentivo ao trabalho voluntário Uma iniciativa da Alcoa que merece destaque é o Programa Bravo!: o colaborador que com pleta 50 horas de dedicação ao trabalho voluntário no decorrer de um ano recebe US$ 250 para doar à instituição atendida. O programa abrange os funcio nários da Alcoa em todo o mun do, e não há limite para o número de prêmios distribuídos todos os empregados que com pletam o total de horas de vo luntariado recebem o valor para repassar às instituições. Caso uma delas seja escolhida por mais de uma pessoa, ela rece berá o valor correspondente ao número de colaboradores que cumprirem a meta do programa. No Brasil, 2.954 funcionários aderiram à causa em 2004, to talizando 49% dos colaborado res. Beneficiaram-se 450 instituições. Em 2003, 2.115 funcionários participaram, e cer ca de 250 instituições foram beneficiadas. 2 Com o sucesso do programa, a Alcoa decidiu criar em 2004 o "Bravo! Brasil", para estimular a participação também dos es tagiários. Cada estagiário que completa 40 horas de volunta riado na mesma instituição du rante suas horas de lazer rece be do Instituto Alcoa uma doação de R$ 275,00 para repassar à entidade. A meta foi cumprida por 117 colaboradores, 35% do total, beneficiando 35 diferentes instituições. Orquestra em comunidade carente e preservação do meio ambiente O maestro Silvio Baccarelli viu pela televisão um incêndio na comunidade de Heliópolis, na capital paulista. Comovido com as imagens, decidiu ajudar de alguma forma os jovens mora dores. Com o auxílio de uma escola local, Baccarelli reuniu 36 adolescentes de 14 a 19 anos e, quatro meses depois da tragédia, começou a ensinar música clássica para a turma. O projeto ganhou patrocínio e cresceu. Surgiu até mesmo um curso para a formação de um coral. Em 2001, a Companhia Brasi leira de Alumínio (CBA) decidiu patrocinar a ação. Atualmente, a CBA financia a viabilização da orquestra, composta por 30 adolescentes, e o ensino cole tivo de instrumentos, com 31 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio participação de 52 jovens. Os grupos executam peças de grandes compositores, como Bach, Vivaldi, Haendel e VillaLobos, além de canções popu lares brasileiras e infantis. Mais que o ensino de música, os jovens têm acesso a uma carreira e ao exercício da cidadania. A CBA também procura disse minar o conceito de desenvol vimento sustentável com o pro jeto "Preservando o meio ambiente". Desde outubro de 2001, a companhia promove ações educacionais para as crianças de escolas de ensino fundamental do município de Alumínio, localizado no Estado de São Paulo. Os estudantes têm a oportunidade de visitar a fábrica da CBA, onde assistem a uma peça de teatro sobre o tema e a uma apresentação sobre os projetos ambientais da empresa. Também se realiza uma excursão por áreas de preservação permanente e pelo viveiro de mudas para reflores tamento. 32 Alumar incentiva educação em área rural Com o investimento da Alumar, de R$ 1,2 milhão, construíramse dez salas de aula, laboratórios, biblioteca, auditório, pátios interno e externo, além de toda a estrutura administra tiva secretaria, diretoria, coordenação. Ao governo esta dual cabem a operação, a manutenção e o gerenciamento administrativo, de recursos hu manos e do sistema pedagógico. A construção da primeira escola de ensino médio da área rural de São Luís, no Maranhão, foi viabilizada com o investimento da Alumar e do Governo do Estado do Maranhão. O Centro de Ensino Médio Professor Mário Martins Meireles tem ca pacidade para atender 1,2 mil alunos, funcionando em três turnos. A instituição localiza-se no vilarejo de Mangue Seco Pedrinhas e beneficia também as comunidades vizinhas Co queiro, Estiva, Itapera, Maracanã, Quebra Pote, Rio Gran de, Vila Maranhão e Vila Nova República. Sustentabilidade em comunidades rurais A Alunorte (Alumina do Norte do Brasil), em uma de suas inúmeras iniciativas de respon sabilidade social, procurou melhorar a qualidade de vida de 700 famílias de seis comunida des em Barcarena (PA), desen volvendo um projeto de caráter auto-sustentável. Os moradores que aderiram ao programa "Barcarena do futuro" foram capacitados para exercer ativi dades como avicultura, artesa nato e agricultura. As atividades geram renda e oportunidades A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio de desenvolvimento profissional: desde 2000, implantaram-se quatro aviários e um viveiro de mudas, adquiriram-se um trator e um caminhão e construiu-se um prédio para a produção ar tesanal. Com o apoio do governo local e da prefeitura, também foram entregues mais de 360 títulos de terra aos produtores e ofe recidas melhorias para o escoa mento da safra produzida. A companhia investiu cerca de R$ 2 milhões no projeto, que recebeu destaque na edição de 2001 do Guia de Boa Respon sabilidade Corporativa da Re vista Exame. A Alunorte tem entre seus acionistas as com panhias nacionais CVRD e CBA e outras estrangeiras. Voluntariado na Valesul VALESULVOLUNTÁRIA: esse é o nome do programa de res ponsabilidade social da Valesul, que recentemente entregou à prefeitura do Rio de Janeiro a creche Mãos Pequenas, locali zada em Santa Cruz. A construção tem 436 m² e conta com berçários, salas de recreação, cozinha, lactário e banheiros, todos especialmente desenha dos para atender a crianças de 0 a 4 anos. A creche-modelo custou aproximadamente 2 R$ 350 mil e ajudou a suprir a carência verifcada nas comuni dades ao redor da fábrica. Além dessa obra, o VALESUL VOLUNTÁRIA realiza cinco re levantes projetos: Amigos do Verde (conscientização ambien tal), Agentes da Saúde (preservação da saúde), Arte na Rua (arte e cultura), Comunida de Empreendedora (educação profissional e geração de renda) e Mãos à Obra (infraestrutura urbana). A Valesul é composta pela participação acionária da Com panhia Vale do Rio Doce e pela BHP Billiton. 2.7 Certificações e prêmios A atuação responsável do setor do alumínio primário brasileiro é reconhecida pela sociedade na forma de diversos prêmios. A obtenção de certificações nas áreas de responsabilidade social corporativa, saúde e segurança no trabalho, e meio ambiente atesta a preocupação das empresas em crescer assegurando benefícios a todos os envolvidos em suas atividades, desde os acionistas e funcionários, até os governos e a sociedade, incluídos os fornecedores, clientes e outros parceiros estratégicos. 33 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Principais certificações da cadeia de produção do alumínio primário Companhia SA 8000 ISO 14001 OHSAS 18001 (Responsabilidade Social) (Gestão Ambiental) (Segurança e Higiene) Sim Sim Sim Albras Alcan Sim Alcoa Sim Sim Sim Alumar Sim Sim Sim Sim Sim CBA Sim (mineração) Sim MRN Sim Sim Novelis Sim Sim Valesul Sim Sim Alunorte Principais reconhecimentos da indústria brasileira do alumínio primário Albras Guia Exame de Boa Cidada nia Corporativa (2002, 2003 e 2004). Guia Exame As Melhores Empresas Para Você Trabalhar (1999, 2001, 2002, 2003 e 2004). Prêmio ECO 2003 (Câmara Americana de Comércio de São Paulo), na categoria "Participação Comunitária", com o programa "Nosso Lixo Tem Futuro". Prêmio Valor Econômico "As Melhores Empresas em Gestão de Pessoas" (2003 e 2004). Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, concedido pela Finep, agência do Ministério 34 das Minas e Energia. A Albras conquistou o segundo lugar da Região Norte na categoria "Produto". Melhor Empresa em Siderur gia e Metalurgia, no anuário Maiores e Melhores, da revista Exame (2004). Alcoa Guia Exame As Melhores Empresas Para Você Trabalhar (2001, 2002, 2003 e 2004). Prêmio Padrão de Qualidade B2B, na categoria Metalurgia, concedido pela revista B2B Ma gazine (2003). 100 Empresas mais Inova doras" revista Information Week, categoria: Indústria e Metalurgia (2003). "As 100 Empresas mais In terligadas do Brasil", Info Exa me (2003). Guia Exame de Boa Cidada nia Corporativa (2001, 2002, 2003 e 2004). Alumar Prêmio concedido pela Finep: Ecoeficiência no Arma zenamento de Resíduos de Bauxita da Alumar (2002). "Contribuinte Cidadão", re conhecimento da Prefeitura Mu nicipal de São Luís (2003). Melhor companhia com mais de 1.000 empregados na cate goria Saúde e Gestão de Se gurança no Trabalho, concedido pela Associação Brasileira para A sustentabilidade da indústria brasileira do alumínio Prevenção de Acidentes (ABPA) (2003). 2º Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro (2004). 3º colocada da pesquisa Melhor Empresa na Gestão de Pessoas, segundo a revista Valor Carreira (2004). Troféu Empresa Cidadã, con cedido pelo 13º Fórum Nacional de Cidadania Empresarial, em Brasília (2005). Alunorte Guia Exame de Boa Cidada nia Corporativa (2002). Prêmios ABS 9C2 categoria 03 (1999, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004). Prêmio Fiepa/Idepar de Se gurança e Saúde no Trabalho (2002). Prêmio Finep de Inovação Tecnológica (2º lugar em 2002), (3º lugar em 2003). Prêmio CNI Ecologia, Cate goria Gerenciamento de Resíduos Sólidos (1999). Prêmio Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes (ABPA) Vencedora na cate goria B, grupo "fabricação de outros produtos inorgânicos", por apresentar taxa de freqüência de acidentes com afastamento igual a zero du rante o ano de 98. MRN III Prêmio LIF (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), con cedido pela Câmara de Comér cio França-Brasil, na categoria Apoio à Comunidade na Área de Saúde, por projeto com qui lombolas (2004). Classificada entre as melho res empresas brasileiras na Gestão de Pessoas, de acordo com a revista Valor Carreira, encartada no jornal Valor Econômico (2004). Vencedora do Prêmio Aberje de Jornalismo 2004, região Centro-Oeste Leste (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), na categoria Re lacionamento com a Imprensa, com o case I Encontro com a Imprensa do Oeste do Pará. Destaque no Prêmio de Saúde, Segurança, Meio Am biente e Relações Comunitárias da BHP Billiton, em três cate gorias: meio ambiente, saúde e educação (2004). Prêmio ABS de Segurança e Saúde no Trabalho 2004 e Top de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. Projeto Destaque da edição 2004 do Guia Exame da Boa Cidadania Corporativa, na Ca tegoria Saúde, com o projeto Quilombo. Top de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, na cate goria Bronze, e ABS de Segu rança e Saúde no Trabalho, pela obtenção do melhor resul tado na atividade econômica de extração de bauxita no ano de 2003, ambos concedidos 2 pela Agência Brasil de Segurança (ABS). Novelis Reconhecimento do IAI pelo desempenho em Segurança no Trabalho das fábricas de Aratu (2000) e Ouro Preto (2002). Prêmio Nacional de Saúde e Segurança da ABS para as fábricas de Aratu (2001, 2002 e 2003), Pindamonhangaba (2003 e 2004) e Ouro Preto (2003 e 2004). Vencedora do III Prêmio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, na categoria Ecologia, com o projeto "A So ciedade do Amanhã" (2002). Prêmio Produção Mais Lim pa do V Prêmio Fieb Desem penho Ambiental, com o proje to de co-processamento de Alucoque em Indústria Cerâmica Vermelha e Cimento para a fábrica de Aratu (2004). Valesul Prêmio Estadual CNI de Qualidade e Produtividade: 1º lugar em 2001 e 2003, 2º lugar em 2002. Prêmio Estadual Sesi Qua lidade no Trabalho: 4º lugar em 2002, 2º lugar em 2003. "As 100 melhores empresas na Gestão de Pessoas", con cedido pelo Valor Econômico (2004). 35 Alumínio para futuras gerações 3 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio O IAI, entidade sediada na Inglaterra, biciosos a serem alcançados pelo conjunto das empresas de alumínio em todo o mundo e reúne empresas do setor em todo o mundo res ponsáveis por mais de 70% da produção global de alumínio primário. Em 2003, o Instituto lançou o programa Alumínio para Futuras Gerações, no in tuito de apresentar à so ciedade, de maneira transparente, os desafios e as ações do setor em relação aos aspectos econômico, social e ambiental de suas atividades. O programa estabelece objetivos voluntários am visa a reduzir seus impactos ambientais, manter o cresci mento da produção do metal e garantir aos funcionários boas condições de trabalho. Entre os assuntos abordados nos objetivos voluntários, constam a eficiência no uso de ma térias-primas, a redução das emissões de poluentes (inclusive gases de efeito estufa), a reciclagem do alumínio, os cuidados com a saúde e a segurança de funcionários e comunida des, além da ampliação dos padrões e práticas de Governança Corporativa. O desempenho das indústrias é monitorado e medido anualmente, com base em 22 indicadores de perfor mance. 3.1 Objetivos voluntários da indústria global A indústria do alumínio, por meio do programa, se propõe a cumprir oito objetivos volun tários, seis deles com prazo até 2010. Confira a descrição das oito metas, os resultados aufe ridos mundialmente até 2003 e a contribuição brasileira. Objetivo: As emissões de perfluorocarbonos por tonelada 38 de alumínio primário produzida serão 80% menores que em 1990. Resultado global: Emissões específicas de PFC (por tonelada de alumínio produzido) foram reduzidas em 73% no período 1990-2003. Isso repre senta redução equivalente a 3 toneladas de CO por tonelada ² de alumínio. Brasil: De 1994 quando começaram as medi- ções no Brasil até 2002, a taxa de perfluorocarbonos teve queda de 28%, passando de 0,25 kg de CF4 por tonelada de alumínio primário para 0,18 kg. A média mundial é de 0,31 kg, conforme o IAI. Objetivo: As emissões de fluoretos por tonelada de alumínio primário produzida serão Alumínio para futuras gerações rio era de 15,9 MWh por tonelada de alumínio produzida. Em 2004, foi de 15,1 MWh por tonelada, constituindo redução de 5%. lho em plantas industriais associadas ao IAI (minas, refinarias e reduções) reduziuse em 50% no período 20002003, atingindo no último ano do período 3,00 acidentes com afastamento por 1 milhão de horas trabalhadas. A taxa de acidentes com afastamento foi reduzida em 40% durante o mesmo período. Diante desse resultado, o objetivo voluntário será reavaliado. Brasil: Considerando minas, refinarias e primário/integrado, a taxa média de freqüência de acidentes com afastamento (relação do número de acidentes com afastamento por 1 milhão de horas trabalhadas) foi de 1,69 em 2000 e passou para 1,23 em 2004, registrando redução de 27,2% no período. Objetivo: Redução de 50% nas taxas de freqüência dos acidentes de trabalho com afastamento, comparadas a 2000. Essa meta será revista em 2006. Resultado global: O número de acidentes de traba- Objetivo: Dentre as indústrias associadas ao IAI, 95% terão implementado Sistemas de Gestão Ambiental (certificação ISO 14001 ou equivalen te). Resultado global: Siste mas de Gestão de Segurança Foto aérea da fábrica da Valesul Alumínio, no Rio de Janeiro pelo menos 33% menores que em 1990. Esse objetivo será revisado após três anos. Resultado global: Emissões específicas de fluoreto à atmosfera foram reduzidas em 38% no período 1990-2003. Diante desse resultado, o objetivo voluntário será reavaliado. O último dado divulgado pelo IAI indica que o fator médio das emissões de fluoreto é da ordem de 1,07 kg por tonelada de alumínio primário produzido (dados de 2000). Brasil: Apurado em 2003, o fator médio das plantas nacionais é da ordem de 1,00 kg por tonelada de alumínio primário produzido. Objetivo: Diminuição de 10% do uso de energia por tonelada de alumínio primário, na comparação com 1990. Resultado global: O uso médio de energia elétrica para eletrólise foi reduzido em 6% desde 1990. Brasil: Em 1990, o consumo de energia elétrica da indústria de alumínio primá- 03 Na Alcoa, assim como em todas as empresas do setor, os trabalhadores utilizam os equipamentos de segurança necessários a suas atividades 39 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio e Saúde Ocupacional e Meio Ambiente operam na maior par te das plantas industriais das empresas associadas ao IAI 78% das reduções, 83% das refinarias de alumina e 91% das minas de bauxita têm sistemas formais e documentados. Certificações ISO 14001 ou equiva lentes foram obtidas em porcen tagem semelhante de plantas industriais. Brasil: Todas as produtoras de alumínio primário possuem certificação ISO 14001. Objetivo: Implementação de um Programa de Avaliação de Exposição ao Risco e de Supervisão Médica para funcio nários em 95% das empresas associadas ao IAI. Resultado global: Programas operam em 85% das plantas industriais das empresas associadas ao IAI (minas, refinarias e reduções). Uma definição detalhada dos critérios necessários para se enquadrar neste objetivo volun tário foi desenvolvida e distribuí da entre as empresas associa das. Esse documento protocolar servirá como base para a criação e a implementação de programas nas plantas indus triais que ainda não os pos suem. Brasil: Todas as produ toras de alumínio primário possuem programas de avaliação de exposição ao risco e de supervisão médica para fun cionários. Trata-se de exigência legal no País. Objetivo: A produção de alumínio usado pelo setor de transportes será monitorada 40 anualmente pelo setor. Dessa forma, será possível avaliar sua contribuição para a produção de veículos mais leves e, conseqüentemente, para a redução das emissões de gases de efeito estufa no transporte rodoviário, ferroviário e marítimo. Resultado global: O volume de alumínio produzido para o setor de transportes aumentou 5,5% entre 2002 e 2003. A tendência mundial aponta que o alumínio será responsável por 200 kg de cada carro em 2015. Brasil: O País apresenta média de 45 kg do produto por veículo, número muito inferior ao dos Estados Unidos, com 128 kg, e ao da Europa, com cerca de 100 kg. Objetivo: A indústria irá monitorar seu desempenho na reciclagem de seus produtos e Sucata de estamparia de alumínio usará os dados obtidos para estabelecer um objetivo voluntário. O setor desenvolverá um programa de ação global para apoiar o objetivo voluntário e, assim, incentivará um aumento significativo da reciclagem de alumínio pós-consumo. Resultado global: Empresas associadas ao IAI, que representam 25% da produção de alumínio reciclado mundialmente, aumentaram a produção deste em 4% no período 2000-2003. Na Europa, a produção de alumínio a partir de material reciclado tem crescido em média 4% ao ano, nos últimos 22 anos. Brasil: Nos últimos 15 anos, o Brasil aumentou 4,5 vezes o volume reciclado de alumínio, passando de 65 mil toneladas em 1990 para 270 mil toneladas em 2004. Alumínio para futuras gerações 03 3.2 Indicadores de sustentabilidade do setor do alumínio Se, por um lado, as metas voluntárias constituem resul tados globais, o "Alumínio para futuras gerações" esta belece também 22 indicado res de sustentabilidade, que podem ser auferidos por cada empresa, individualmente ou em conjunto. O objetivo é ajudar na avaliação do pro gresso da indústria rumo à sustentabilidade. A criação de mecanismos para não apenas coletar os indicadores, mas também melhorar o desempenho re lacionado ao desenvolvimento sustentável do setor de alumínio primário, é um grande desafio da indústria mundial para os próximos anos. As companhias que atuam no Brasil já o abraçaram, e os métodos de controle e aferição dos indicadores estão em desenvolvimento. A lista completa com os 22 indicadores monitorados pelo "Alumínio para futuras gerações" é reproduzida nas pá ginas a seguir. Vazamento de alumínio 41 Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Desempenho ambiental Emissões de PFC (global e média por tonelada de alumínio produzido) Alumínio produzido para o setor de transporte Total anual de alumínio reciclado (pré e pós-consumo) e total de metal resultante Consumo de água doce (metro cúbico por tonelada de alumínio produzido) Percentual global de fábricas com certificação ambiental ISO 14001 e/ou EMAS, assim como percentual de plantas industriais com Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança de Trabalho implementados Superfície média de terreno usada para mineração e percentual de áreas exploradas reabilitadas anualmente Emissões globais de dióxido de enxofre (SO ), benzo(a)pireno (BaP) e particulados, e ² emissões médias por tonelada de alumínio produzido Emissões de fluoretos (global e média por tonelada de alumínio produzido) A matriz energética global da indústria, indicando consumo para produção de alumínio, incluindo fontes renováveis Toneladas de resíduo do refino da bauxita por tonelada de alumina produzida; toneladas de revestimento gasto de cubas depositadas por tonelada de alumínio produzido; percentual de resíduo de refino de bauxita e SPL (Spent Pot Lining) processado ou reutilizado; toneladas de sais de escória depositados obtidos da borra encaminhada para processamento por empresas associadas, por tonelada de alumínio produzido Emissões de gases de efeito estufa (CO equivalente) e emissões médias por tonelada de ² alumina e alumínio produzidos 42 Alumínio para futuras gerações 03 Desempenho econômico Estatísticas de produção global de alumínio primário e alumina Uso do alumínio (consumo per capita) Contribuição ao PIB (em termos de valor adicionado) Mão-de-obra direta (incluindo indicação do efeito multiplicador dos empregos indiretos) Nível de investimentos (novas aquisições, manutenção, proteção ambiental e pesquisa e desenvolvimento) Proporção salarial (salário na indústria do alumínio, comparado à média salarial no país) Desempenho social Percentual global de fábricas com mecanismos formais de comunicação com a comunidade Percentual de plantas industriais com programas de treinamento e educação de funcionários, e programas de emprego para a juventude (performance de treinamento/horas/pessoas/ano) Iniciativas comunitárias para melhorar saúde, educação, meio ambiente e a comunidade local Percentual global de plantas industriais com Programa de Avaliação de Exposição ao Risco e de Supervisão Médica para seus funcionários Taxa global de acidentes de trabalho (número de acidentes por milhão de horas trabalhadas) e Taxa de Freqüência de Acidentes com Afastamento (acidentes com afastamento por milhão de horas trabalhadas) 43 Referências bibliográficas Alumínio e Saúde. Comissão de Segurança e Saúde da ABAL. 2ª edição, maio de 2000 Alumínio para Futuras Gerações A indústria brasileira do alumínio e o desenvolvimento sustentável. Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), novembro de 2000 Alumínio para Futuras Gerações O Alumínio nos Transportes. Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), 2004 Aluminium for Future Generations. International Aluminium Institute (IAI), 2003. http://www.world-aluminium.org Aluminium for Future Generations (Sustainability Update 2004). (IAI), 2004. http://www.world-aluminium.org Aluminium for Future Generations Progressing through dialogue. The route to full sustainability. European Aluminium Association (EAA), 2003. www.aluminium.org Anuários Estatísticos 2003 e 2004. Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), 2005 Third Bauxite Mine Rehabilitation Survey. International Aluminium Institute (IAI). Sustainable Development Series, junho de 2004 Patrocinadores O Relatório de Sustentabilidade da Indústria Brasileira do Alumínio pôde ser elaborado graças ao apoio das empresas Albras, Alcoa, Alunorte, BHP Billiton, CBA, MRN, Novelis e Valesul, às quais a ABAL agradece. Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Alumínio Edição e coordenação Comissão de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) Coordenação editorial, apuração e redação Report Relatórios Sociais Direção de arte, projeto gráfico e edição de arte Think4 Comunicação Revisão Assertiva Comunicação Fotos Banco de imagens da ABAL e imagens fornecidas pelas empresas associadas à ABAL Fotolito, impressão e gráfica Pancrom Indústria Gráfica Tiragem 5.000 exemplares Papel Reciclato ABAL Rua Humberto I, nº 220, 4º andar CEP 04018-030 São Paulo SP - Brasil Tel.: (55-11) 5084-1544 Fax: (55-11) 5549-3159 Versão eletrônica www.abal.org.br Todo o conteúdo desta publicação é de propriedade exclusiva da ABAL. É proibida a reprodução sem autorização da ABAL. Rua Humberto I, nº 220, 4º andar CEP 04018-030 São Paulo SP - Brasil Tel.: (55-11) 5084-1544 Fax: (55-11) 5549-3159 www.abal.org.br e-mail: [email protected]