Empreendedorismo 2-5 Conquistas dos alunos da EPB 9 À conversa com Elsa Barreto 18-19 abertura editorial Há que levantar a cabeça Diz um provérbio chinês que “quem não sabe suportar as contrariedades nunca terá acesso às coisas grandiosas”, ideia que reenvia para a atualidade, dominada por uma crise brutal, mas que deverá transmitir energia suficiente para levantarmos a cabeça e sairmos das areias movediças que agora pisamos. É verdade que, à boleia da crise, foram alienados muitos direitos das pessoas, bem visíveis no aumento de impostos, na alteração das leis laborais, na precariedade do emprego, na quebra acentuada das condições de vida, no desemprego, entre outros, que conduziram a generalidade das pessoas a um estado de pessimismo, manifestado em frequentes alusões à crise, essa espécie de carraça que amargura a alma e tolhe o pensamento. Mas há que combater esta onda negativa. Por exemplo, ajustar as despesas quotidianas aos ganhos previstos; reservar algumas economias para momentos de maior aperto; procurar ocupação enquanto não chegam dias melhores com voluntariado; tentar melhorar as qualificações; ou, talvez mais importante, aumentar o otimismo, o entusiasmo e a entrega, por certo, uma forma de cada um recuperar a autoestima, seja a atividade desenvolvida no comércio, na indústria ou nos serviços, e tendo sempre como referência as leis que ainda dão alguma segurança. É esta atitude decidida, feita de coragem, criatividade e crença no futuro que se espera também dos atores da Educação. Dos professores, concretizada na procura de estratégias inovadoras, diversificadas, com simplicidade e humor, a par de critérios de exigência, de elevação dos valores de cidadania e de participação na vida da instituição. O que deverá igualmente orientar o quotidiano dos funcionários, dando atenção aos comportamentos dos alunos, fundamentais numa sociedade que valoriza as pessoas. Atitude de mudança também dos alunos, com um comportamento responsável e irreverentemente positivo na vida da Escola, que passa pela valorização da iniciativa, disponibilidade, respeito pela diferença e alegria de aprender, ou pela participação construtiva das aprendizagens e exigência de uma formação de qualidade. Pressupostos devidamente articulados com a família, igualmente comprometida na formação, numa permanente interação com a Escola. Assim, as pessoas deverão manter uma atitude pró-ativa, empreendedora, de elevação pessoal e profissional, que, aliada à recuperação de créditos de otimismo, autoconfiança e crença na mudança, as possa levar a ultrapassar este tempo de grande desconforto, e alcançar a agenda da retoma do progresso, tão necessária à realização dos seus legítimos anseios. Fernando Silva 2 10 12 17 18 20 24 30 35 Empreendedorismo e inovação como nova atitude Contributos para combater o desemprego. Entrevista Estivemos à conversa com um dos responsáveis da nova gestão da Escola. Cursos Aposta em ofertas formativas diversificadas com cursos cheios de energia. Em rede Presidente da Câmara de Água Grande faz balanço do lançamento do ensino profissional em S. Tomé e Príncipe. À Conversa com... Elsa Barreto, estilista bracarense de gema, conversa com Alexandra Corunha. Iniciativas Comunidade escolar dinamiza atividades em vários domínios do saber. Escola Mais EPB: uma associação aberta e plural. Opinião Professores, empresários e alunos transmitem um olhar crítico sobre temas da atualidade. A fechar Evocar o Fado, Património Oral e Imaterial da Humanidade. 1 destaque Uma nova atitude para combater o desemprego Longe vão os tempos em que abundavam as ofertas de trabalho, designadamente para os jovens que iniciavam uma carreira profissional. Os que estudavam tinham emprego garantido, enquanto os não qualificados dispunham de ofertas em número muito significativo, o que acontecia também com os de idades mais avançadas. E, apesar de o baixíssimo nível de vida ter levado muitos milhares de portugueses a outras paragens, vivíamos décadas de abastança no que à empregabilidade dizia respeito. Por regra, quem queria trabalhar tinha trabalho. Outra via a seguir passa por uma atitude empreendedora, sendo inclusive uma das palavras-chave do discurso social e político dos últimos tempos, sinal de que os portugueses já assimilaram a ideia. De facto, a criação da própria empresa a partir da célula familiar ou de pessoas próximas poderá tornar-se uma saída possível, correndo-se alguns riscos iniciais, mas ousando avançar com o desenvolvimento de ideias de negócio que se concretizem na produção de produtos ou serviços atrativos para os consumidores. Há milhares de excelentes empreendedores, atitude aplaudida por estudiosos, governantes e consumidores que veem nesta vertente um importante fator de criação de postos de trabalho e consequente desenvolvimento da economia. Mas é preciso avançar, com uma atenção redobrada das escolas e universidades na formação, e com apoios e incentivos do estado e da banca. “este caráter empreendedor deverá estender-se também aos trabalhadores no ativo, numa cooperação, franca e comprometida das duas partes” Mas a situação mudou radicalmente nos últimos anos. Deslocalizações de grandes superfícies para países com mão de obra barata, quebra significativa do comércio tradicional pela chegada de hiperespaços onde tudo se vende, informatização de serviços com a consequente diminuição de postos de trabalho, abandono da agricultura pela ausência de incentivos à produção e restrições impostas pela Comunidade Europeia, redução do número de trabalhadores pela quebra nos rendimentos empresariais e necessidade de reequilíbrio do défice, fecho de pequenas e médias empresas, despedimentos, enfim, fatores que levaram o desemprego para cerca de 16%. Hoje, veem-se centenas ou mesmo milhares de pessoas a concorrem a meia dúzia de ofertas de trabalho disponíveis, situação ainda dificultada pela inexperiência, idade, falta de qualificações ou excesso delas! Parece que vale tudo para dizer “não” a quem espera e desespera por entrar ou reentrar no mercado de trabalho. E assim, há que ir em frente na procura de soluções. Uma delas passa pela aquisição de ferramentas profissionais adquiridas com formação profissional (de nível médio ou superior), ou com a atualização ou mesmo reconversão da formação já adquirida. E não se pense que a qualificação atrapalha, como alguns casos poderão levar a crer: casos pontuais, muitas vezes por desespero de quem precisa de pagar os bens essenciais para sobreviver, não fazem regra, sendo certo que uma formação profissional habilita as pessoas com ferramentas que as coloca à frente, no acesso ao mercado de trabalho e com fortes probabilidades de virem a receber um melhor ordenado. 2 E este caráter empreendedor deverá estender-se também aos trabalhadores no ativo, numa cooperação franca e comprometida das duas partes, contribuindo o trabalhador para a identificação e dinamização de ideias que ajudem a evolução da empresa e, como consequência, ver a sua própria posição na mesma melhorada. Enfim, as pessoas terão de ser capazes de aprender a pensar e a buscar soluções, de explorar a criatividade, correr riscos, ser positivas e lutadoras, com autonomia e iniciativa. Terão de acreditar nelas próprias, revelar grande disponibilidade e trabalhar com o pensamento de que o sucesso só se consegue com disponibilidade, ousadia e determinação. Seguir a via do empreendedorismo, para dar resposta aos desafios do presente e, assim, construirem o futuro a partir das próprias energias. Então, venham daí os apoios concretos para quem ousa empreender, arriscando em boas ideias que geram emprego e dinamizam a economia. Fernando Silva destaque Uma linha de ação na EPB Empreendedorismo e Inovação Empreendedorismo e inovação são dois conceitos que, sendo diferentes, surgem frequentemente associados. De acordo com a Comissão Europeia (2005), o empreendedorismo refere-se a uma capacidade individual para colocar as ideias em prática. Requer criatividade, inovação e o assumir riscos, bem como a capacidade de planear e gerir projetos com vista a atingir determinados objetivos. A inovação, de acordo com o Manual de Oslo (2005), corresponde à implementação de uma nova ou significativamente melhorada solução para a empresa, novo produto, processo, método organizacional ou de marketing, com o objetivo de reforçar a sua posição competitiva, aumentar o performance, ou o conhecimento. organizações que os implementam. Sou cofundador de uma empresa cuja atividade se centra na execução de projetos e estudos em geologia, geotecnia, hidrogeologia e geofísica (www.sinergeo.pt). A constituição de uma empresa deve ser um ato empreendedor mas não inovador. No caso da Sinergeo, a inovação surge no momento em que lançamos novos conhecimentos para a sociedade e novos serviços para o mercado (www.agrocontrol. org e www.prospeg.org). Não podemos nem devemos considerar somente o empreendedorismo e a inovação cujo fim é a criação de uma empresa, mas também o empreendedorismo e inovação desenvolvidos dentro das organizações e cujo objetivo é a melhoria e diferenciação das mesmas. Este tipo de empreende- É fundamental que o empreendedorismo esteja associado à inovação, garantindo, deste modo, que os projetos desenvolvidos sejam diferenciadores, e possam trazer vantagens competitivas às dorismo e inovação internos à organização faz parte do código genético da Escola Profissional de Braga. Nela, podemos identificar claramente situações de empreendedorismo/inovação que importa referir: (1) certificação do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a NP EN ISO 9001; (2) implementação do e-schooling; (3) equipa de futsal da EPB; (4) criação de um grupo de percussão da EPB; (5) projeto Robótica; (6) epbRevista; (7) lançamento dos cursos de Técnico de Frio e Climatização, Técnico de Energias Renováveis e Técnico Auxiliar de Saúde; (8) desenvolvimento dos Jogos de Matemática. Podia continuar a referir mais projetos associados à EPB, mas o espaço da revista é um recurso escasso. Desde já peço desculpa aos funcionários, professores e alunos envolvidos em projetos que aqui não refiro. Lembro que ninguém nasce empreendedor nem inovador. São competências adquiridas e apreendidas e, por isso, lanço um desafio. Proponho a criação de Equipas de Projeto, com o objetivo de estudar várias ideias empreendedoras. Por exemplo, a ideia de criar uma pastelaria em Braga (nada de inovador, apenas empreendedor). Seria criada uma equipa constituída por um aluno de Marketing para definir um estudo de mercado e plano de marketing, outro de Gestão para o plano de negócios, um outro de Design para definir a imagem corporativa, um aluno de Informática para definir o site da empresa a criar, e outro de Construção Civil para “desenhar” o espaço interior. Esta equipa teria como objetivo definir um Plano de Ação para a implementação desta ideia e seria liderada por um chefe de projeto, também aluno da EPB. A proposta pretende criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do espírito inovador e empreendedor dos alunos da EPB. A concluir, aproveito para repetir uma informação fundamental ao empreendedorismo e à inovação: “Falhar e recomeçar faz parte do processo”. Jorge Dinis Oliveira Professor 3 destaque A pensar na promoção da empregabilidade CEJ cria Observatório da Juventude A organização da Capital Europeia da Juventude 2012 apresentou, no Dia de Trabalhador, o Observatório da Juventude, um projeto que visa “dotar os jovens de competências que os preparem para o mercado de trabalho” e possa “promover a empregabilidade através da sistematização e análise da informação sobre os percursos educativos dos jovens.” Um evento que contou com a presença de Hugo Pires, presidente da Fundação Bracara Augusta, Hélder Castro, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, e Eduardo Duque, sociólogo e coordenador do projeto. Na ocasião, Hugo Pires destacou a ideia de que o Observatório da Juventude é uma das medidas prioritárias da Braga Capital Europeia da Juventude 2012: “a necessidade de encontrar respostas imediatas para a empregabilidade dos jovens, especialmente através de iniciativas empreendedoras e da pro- moção de uma cultura de inovação.” Hélder Castro sublinhou a oportunidade do projeto no que diz respeito à empregabilidade dos jovens, isto porque faz falta a esta região entender as razões de tanto desemprego, quais são as oportunidades que existem e também como as podemos aproveitar. Já para Eduardo Duque, o Observatório vai procurar fornecer indicadores científicos sobre os jovens do concelho, através de um levantamento de dados socioculturais e socioeconómicos com base demográfica, e com indicadores educativos e de empregabilidade. Os dados serão fornecidos pela Universidade do Minho, Instituto Português da Juventude, Instituto do Emprego e Formação Profissional e Instituto Nacional de Estatística, ficando os resultados da análise disponíveis numa plataforma acessível através do sítio internet da CEJ www.bragacej2012.com. A população bracarense fica na expetativa de que esta iniciativa traga resultados positivos à juventude da região. Eugénia Coutinho 10 mandamentos do empreendedor PARA QUE um projeto resulte, é fundamental prestar atenção a alguns conselhos importantes que ajudam a clarificar intenções, a saber: • Agir sempre sabendo que o dinheiro não faz um empresário. Normalmente, o criador de uma empresa é alguém que não tem capacidade financeira, mas tem outros recursos como determinação, persistência e criatividade que o levam a triunfar; • Saber que a sua riqueza resulta de persistência, atividade e tempo, estando consciente de que existe uma diferença entre persistência e teimosia. O empresário teimoso responde aos problemas sempre da mesma maneira, enquanto o empresário persistente não desiste de encontrar novas alternativas para controlar o problema; 4 • Diminuir os custos fixos, eventualmente optando por ter, na fase inicial da sua empresa, funcionários a tempo parcial e gerindo os recursos humanos em função do crescimento da empresa; • Preparar as negociações críticas com fornecedores e investidores, sem se afastar dos pilares em que sustentou a sua ideia de negócio; • Saber negociar bem o valor das quotas; • Estabelecer as alianças fundamentais para o negócio, abrindo mão de exclusivismos que podem deitar por terra a expansão da empresa. Não queira centrar tudo em si; • Olhar para o cliente como se fosse o patrão; • Ter visão suficiente para identificar os clientes e as suas necessidades, procurando saber se existe um mercado suficientemente grande para gerar lucros, permitir crescimento e diversificação; • Elaborar um bom plano de negócio com realismo. • Reduzir os investimentos iniciais ao indispensável e não gastar recursos em equipamentos supérfluos; Disponível em http://www.empreendedorismo.pt/ (Texto adaptado) Ricolve Medeiros 3º ano de Marketing opinião Um olhar sobre... Ser empreendedor na sociedade atual Não se pode escrever sobre empreendedorismo sem definir o termo “empreendedor”. Propõe-se uma definição bastante abrangente: o empreendedorismo refere-se a uma atitude pró-activa, inovadora, criativa e persistente perante o trabalho, quer se trate de um empresário quer de um trabalhador. O empreendedor transforma desafios ou crises em oportunidades e com otimismo e pensamento positivo. E sabemos que não é um processo novo, pois já a partir dos anos 70 do século XX que os modelos taylorista e fordista são postos em causa, surgindo novos modelos de relações de trabalho, como a produção em grupo, os círculos de controlo de qualidade, o trabalho em equipa e o teletrabalho. Nos anos 80, o campo do empreendedorismo expandiu-se e espalhouse para várias outras disciplinas. Organizações e sociedades foram forçadas a buscar novas abordagens para incorporarem as rápidas mudanças tecnológicas à sua dinâmica, que teve, como consequência, a queda dos países comunistas (colapso da ex-União Soviética), ficando, assim, claro que as sociedades não podem evoluir sem empreendedores. Chegados aqui, uma pergunta nos ocorre: o que será dos jovens ou adultos formandos de vários níveis de ensino à procura de exercer na prática a sua atividade profissional no mercado de trabalho? Bem sabemos que, na sociedade da informação e do conhecimento, o capital humano desempenha um papel cada vez mais importante, constituindo um fator de competitividade das empresas. Hoje, a riqueza de um país depende principalmente do potencial de conhecimentos que possui e do capital humano de que dispõe. “na sociedade da informação e do conhecimento, o capital humano desempenha um papel cada vez mais importante, constituindo um fator de competitividade das empresas” E, dada a velocidade acelerada a que se processam as inovações e as exigências do mercado de trabalho, torna-se indispensável adquirir novas competências e qualificações, que passam pela aposta na formação ao longo da vida. Porque uma formação é cada vez mais determinante para entrar no mercado de trabalho. Daí que apostar na formação e requalificação dos trabalhadores na área das novas tecnologias da informação e da comunicação seja fundamental para a competitividade das economias. É o que já estão a fazer, em geral, as instituições de educação e formação profissional, ao valorizarem e dinamizarem, nos seus conteúdos curriculares de formação, a importância do empreendedorismo ou do espírito empreendedor, como uma preparação para o mercado de trabalho. Uma mudança de paradigma significativa na educação formal que deverá ser aproveitada pelos jovens formandos para iniciaram o seu percurso profissional no mercado de trabalho. Enfim, o maior bem de uma sociedade passa pelos recursos humanos, os quais devem ser preparados e mobilizados em direção a projetos de caráter empreendedor. Ideia que é reforçada no seio empresarial, pois muitos gestores de recursos humanos e organizacionais veem no empreendedorismo e num estado de confiança a sua força motriz visando a prosperidade. Empreendedorismo que poderá ser considerado um novo passo em direção à conquista de liberdade e corresponsabilização da nossa atitude pró-activa na criação e manutenção do nosso próprio emprego ou posto de trabalho. Ricolve Medeiros 3º ano de Marketing João Galina Barbosa Professor 5 fora de portas Perdidos & Achados CONCLUÍDO o curso de Construção Civil na Escola Profissional de Braga, entrei em Arquitetura e, mais tarde, mudei para Design de Ambientes, não tendo terminado o curso. Entretanto, fiz algumas formações pós-laborais em Design Gráfico e Autocad 2D e 3D, que me ajudaram bastante no emprego que mantive até me iniciar na minha atual área: fui desenhador de plantas de emergência, executei alguns projetos de segurança, durante quase quatro anos, e desenho e produção de sinalética de emergência. E, apesar de não ser um trabalho diretamente relacionado com a formação obtida na EPB, grande parte das ferramentas de trabalho adquiridas foram muito úteis para o executar sem dificuldades. A EPB marcou e transformou a minha forma de ser e pensar. Porque direciona o ensino para nos preparar para o mundo do trabalho e nos tornarmos responsáveis de tarefas e problemas surgidos no emprego. A teoria adquirida foi a base da minha maneira de ser e estar, que emprego na gestão do negócio que construí. Sou atualmente proprietário de um bar no centro histórico de Braga, o Minimercado Mavy Bar & Galeria, que, além de ser a minha profissão, é também o reflexo da entrega que dou aos meus sonhos e ambições. O essencial na aprendizagem e na vida é saber colher tudo o que mais nos enriquece e identifica como indivíduos. Filipe Adriano Ferreira Morgado Curso de Construção Civil (2000-2003) 6 FAZ sete anos andava eu desorientado. Sabia bem o que queria fazer, mas não como poderia chegar lá mais rapidamente. O tempo intermédio, o ensino secundário numa área que pouco me dizia, tornava-se longo demais e desmotivante. Certo dia, numa simples leitura de jornal, reparo que tinha aberto a turma de desenho gráfico na Escola Profissional de Braga. Fez-se luz e abriu-se uma porta para a minha formação profissional. Vi nesse curso uma oportunidade de ouro para me formar naquilo que sempre quis, de um modo ativo, real e completamente direcionado para o mercado de trabalho. Então, candidatei-me, fui selecionado e abracei esta oportunidade com toda a minha força e empenho. Este curso fez-me crescer, deu-me muitas oportunidades, fez de mim aquilo que sou. Hoje, tenho noção que não é só com formação que se constrói um profissional, mas é essa mesma formação que nos orienta, que nos define e nos desenha o futuro. Hoje, felizmente, posso dizer que estou a realizar o meu sonho, a consolidar a minha identidade como designer gráfico e isso devo-o, em parte, ao meu percurso na Escola Profissional de Braga. João Loureiro Curso de Design Gráfico (2005-2008) FREQUENTEI o Curso Técnico de Marketing entre 2008 e 2011 e, como tema da minha Prova de Aptidão Profissional, optei pela elaboração do plano de negócios da Termostock, com o objetivo de criar o meu próprio posto de trabalho. A componente prática assentou na concretização de tarefas diversificadas, tais como previsões financeiras, merchandising da loja, reuniões com representantes de marcas, estabelecimento de parcerias, viagens de negócios e elaboração de várias iniciativas de comunicação. A Termostock é uma empresa ligada a energias alternativas e renováveis, tendo tido bastante procura não só pelo interesse dos consumidores em optar por sistemas mais económicos e fiáveis, mas também por causa do aumento constante dos combustíveis fósseis. Neste momento, encontro-me em formação e, em breve, começarei a exercer a atividade comercial, promovendo ações de sensibilização ambiental e divulgação da Termostock, com o intuito de angariar novos clientes. Porque acredito que, com um produto fiável, eficiente e económico e um excelente apoio ao cliente, a Termostock detém todas as condições para satisfazer as necessidades de quem pretenda preservar o planeta. Filipe Conde Curso de Marketing (2008-2011) fora de portas Estágios transnacionais Reforçar competências laborais no mercado europeu Foto cedida pelo Patronato Provincial de Turismo de Granadanada pela Paragon Europe; e outros seis, em Leipzig, Alemanha, orientados pela Vitalis, uma nova parceria. O "Reinforcing Labour Skills” assume, como os anteriores projetos de mobilidade em que a EPB participou, desde 2002, um papel inovador na modernização dos modelos profissionais da região, aproximando-os dos mercados europeus mais competitivos. Formandos e formadores desenvolvem também uma visão clara e próxima de outras realidades socioculturais no contexto europeu. “O Reinforcing Labour Skills assume (...) um papel inovador na modernização dos modelos profissionais da região” O projeto "Reinforcing Labour Skills" permite à instituição promotora e coordenadora e aos formandos da EPB a oportunidade de contactar uma nova realidade cultural, social, económica e laboral de alguns países da UE e reforçar competências técnicas, laborais e linguísticas. Dezassete formandos da EPB farão um estágio na Europa, durante quatro semanas, sendo distribuídos pelo seguinte quadro de cooperação: cinco formandos efetuarão o seu estágio em Granada, Espanha, orientados pelo Instituto Europeo de Lenguas Modernas, S.L.; seis em Mosta, Malta, orientados Para além das experiências em contexto de trabalho, os formandos irão usufruir de cursos de língua (inglesa e espanhola) e de um programa turístico-cultural, os quais contribuem para o enriquecimento dos seus curricula vitae e, consequentemente, potenciam a sua inserção no mercado de trabalho. Os estágios transnacionais constituem indubitavelmente uma das experiências mais enriquecedoras e inesquecíveis para os formandos da Escola Profissional de Braga. Com estes projetos de mobilidade, a EPB dá uma dimensão europeia à sua formação. Alexandra Corunha Departamento de Comunicação e Marketing Feira das Profissões na Escola Secundária D. Maria II Na linha de anos anteriores, a Escola Profissional marcou presença na Feira das Profissões, que decorreu na Escola Secundária D. Maria II, no passado dia 20 de março, com o objetivo de divulgar a oferta formativa para 20122013. Esta iniciativa foi dinamizada pelo Departamento de Comunicação e Marketing, contando com o apoio de alunos dos cursos de Design Gráfico, Secretariado, GPSI e Eletrónica, e dirigiu-se sobretudo aos alunos do 9º ano de escolaridade. Os principais atrativos oferecidos pela escola focaramse nos robôs premiados nos Festivais de Robótica nos quais participa o curso de Eletrónica, no corpo humano a representar o curso de Auxiliar de Saúde, no MAC que divulgou os trabalhos do curso de Design Gráfico, nas maquetas de Construção Civil. Também os flyers, brindes e simpáticas orientações dadas pela equipa da EPB foram de certeza motivo para que muitos jovens de outras escolas tenham em primeira mão a EPB na hora de escolher o seu futuro. O evento terminou ao fim da tarde, com muito sucesso na nossa banca. Julgamos que a equipa da EPB realizou um trabalho de qualidade ao nível da formação dada no Curso Técnico de Secretariado, a que foram acrescenta- dos os excelentes trabalhos de outros cursos. O nosso stand foi muito elogiado pela organização e pelos visitantes, sendo salientada a qualidade dos trabalhos e o profissionalismo e dinamismo de toda a equipa. Os jovens presentes puderam divertirse e ver esclarecidas as suas dúvidas quanto às vantagens da escolha do ensino profissional para o seu futuro. Adriana Leite e Fátima Falcão 3º ano de Secretariado 7 fora de portas Escola Profissional na abertura da CEJ 2012 bracarenses, vendo-se os elementos da orquestra da EPB a demonstrarem as caraterísticas muito próprias dos percussionistas (alegria e energia contagiantes), conseguindo criar momentos de grande empatia com os transeuntes. Enfim, foi possível perceber, num ambiente muito positivo e alegre, e com muita vivacidade e coragem, que a orquestra da EPB possui, desde a sua génese, um instinto forte e uma atitude singular. O que não será de estranhar para quem conhece a instituição homónima da orquestra. Rui Rodrigues Professor A EPB teve a honra de se juntar às atividades que animaram a abertura da Braga 2012: Capital Europeia da Juventude, evento que decorreu no passado dia 14 de janeiro. Foi a primeira vez que uma cidade portuguesa assumiu a responsabilidade de ser Cidade Europeia Capital da Juventude por um ano, e a EPB, com a sua Orquestra de Percussão, juntou-se a outras escolas do distrito, fazendo soar bem alto a sua presença neste evento único da juventude bracarense. E, nem o frio nem a chuva - que espreitou (e até molhou bem!) durante toda a manhã - fizeram esmorecer os jovens A ORQUESTRA de Percussão da EPB, criada no ano letivo 2011/2012, é constituída por discentes e colaboradores da instituição. Surgiu de uma parceria com a Sond’art, entidade responsável pela coordenação de inúmeros projetos de formação em percussão no Norte de Portugal, e existe como grupo de trabalho que pretende promover a cultura regional, a interação com a comunidade escolar da EPB e a aprendizagem de técnicas e teorias da percussão tradicional. À estreia na festa de Natal da EPB, seguiu-se a abertura da CEJ 2012, a abertura do torneio de futebol interescolar e o desfile da Braga Romana, e tem presença agendada para um desfile Internacional de Gigantones e Cabeçudos. EPB na Braga Romana A EPB marca presença mais uma vez na “Braga Romana – Reviver Bracara Augusta”, este ano na sua IX edição, evento que decorreu na cidade entre os dias 23 e 27 de maio de 2012. As alunas Ana Alves e Daniela Matos, finalistas do Curso Técnico de Marketing, organizaram a participação da EPB nesse evento, a título de componente prática da sua Prova de Aptidão Profissional. Para o efeito, e contando com o apoio da respetiva turma, conceberam a banca de mercador e supervisionaram o cortejo noturno. A banca de mercador da EPB, situada no Campo da Vinha, junto ao palco, co- 8 locou, ao longo dos cinco dias, à disposição dos visitantes, mel caseiro, compota, marmelada, geleia, chá, biscoitos e artigos artesanais. Quanto ao cortejo noturno, realizado no dia 25, as alunas organizadoras mo- bilizaram cerca de seis dezenas de epbianos - alunos, colaboradores e professores - vestidos com trajes a rigor, totalmente confecionados pelas próprias alunas, e que contagiaram os espetadores com a sua alegria, humor, diversão e folia. E, para aumentar ainda mais a alegria e o entusiasmo nas ruas de Braga, o grupo de percussão da EPB, sob a supervisão do professor Rui Rodrigues, abrilhantou o cortejo com o seu vasto repertório musical. É de recordar que este evento contou com o patrocínio das empresas 11 Malhas, Mundo Natural Dietética, Nutrição e Saúde Biológicas, Biscat - Trabalhos personalizados executados à mão, e Luís Pereira, colaborador da EPB, na conceção da insígnia e dos jogos romanos disponíveis aos visitantes. Natália Rebelo Coordenadora de Curso conquistas No âmbito do Campeonato Nacional Aluno da EPB vence Jogos Matemáticos O aluno Warton Fernandes Cravid, do 2º ano do Curso Técnico de Gestão desta escola, sagrou-se campeão nacional no jogo do AVANÇO, um dos jogos da 8ª edição do Campeonato Nacional dos Jogos Matemáticos (CNJM8), que tiveram lugar no Estádio Municipal de Coimbra, em 9 de março. A Escola Profissional de Braga participou pela primeira vez nestes Jogos, fazendose representar ainda pelos alunos Fábio Vilaça, do 3º ano do Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, no jogo HEX, e Joaquim Silva, do 2º ano do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, no jogo RASTROS. Uma participação que vem na sequência dos Jogos Matemáticos realizados na EPB desde há alguns anos, envolvendo toda a comunidade educativa. Numa edição que contou com a presença de 2405 alunos de 532 instituições de ensino de todo o país, selecionados ao longo do ano letivo em cada uma das escolas participantes, foi muito bom ter entrado a ganhar, mérito inteiro para o Warton Cravid que, vencendo toda a concorrência, se sagrou campeão nacional. Muitos parabéns! Fernando Silva No Festival Nacional de Robótica Escola recebe o melhor conjunto de prémios de sempre Mais uma vez, a EPB respondeu ao desafio da 12ª edição do Festival Nacional de Robótica (FNR), organizado pela Universidade do Minho, que se realizou no Pavilhão Multiusos, em Guimarães, de 11 a 15 de abril de 2012. A EPB participou nas provas de Condução Autónoma, Busca e Salvamento Júnior A, Busca e Salvamento Júnior B e Futebol Robótico Júnior. E os resultados foram animadores para os jovens epbianos, alcançando o 2º lugar nas quatro categorias. Há ainda a salientar uma Menção Honrosa atribuída aos alunos por participarem numa prova de nível universitário por sua livre iniciativa - Condução Autónoma. Os professores João Garcia e Alexandrino Silva, do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, acompanharam os alunos do curso nesta aventura, a que se juntou um outro aluno de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. A participação no FNR insere-se no projeto Práticas Laboratoriais de Eletrónica – Robótica, que se vem desenvolvendo no curso com mais afinco a partir de 2006, com o objetivo de criar espaços e tempos de aprendizagem, com predomínio da experimentação de natureza laboratorial, centrada na capacidade de tomar decisões, vencer dificuldades, valorizar as potencialidades dos alunos, motivando-os permanentemente para a aprendizagem e, como consequência, para a criação de uma imagem positiva interna e externa tanto do curso como da própria escola. Eugénia Coutinho 9 entrevista António Ruão conversou com a epbRevista: “cada vez mais as escolas profissionais são peça-chave para a produtividade, inovação e empreendedorismo do país” da injustiça social que este facto não deixa de representar, afeta obviamente o rendimento escolar e a competitividade das escolas profissionais em captar alunos. Por outro lado, têm existido manifestações de solidariedade que são uma demonstração incrível do espírito sincero de união existente nas nossas comunidades escolares. A Escola Profissional de Braga mudou de mãos, depois de a Câmara Municipal de Braga ter vendido a sua parte à empresa GoFlag, passando desde então a estar enquadrada num grupo português que tem na sua génese a empresa Rumos, cuja principal missão é a criação e a valorização de profissionais para a competitividade de empresas e organizações. A nova empresa assume como aposta manter o sucesso trilhado pela Escola Profissional de Braga ao longo dos seus 22 anos de história, procurando ainda trazer-lhe robustez económica sustentável de forma a poder reforçar o seu posicionamento como instituição de referência no quadro do ensino profissional português. Foi a pensar nas mudanças verificadas e nas expetativas da nova gestão que decidimos conversar com um dos responsáveis, o Dr. António Ruão. O que despertou a administração da empresa a apostar na EPB? Essencialmente, ser uma instituição de referência na formação profissional e tecnológica, muito em particular na região norte. Uma instituição credível, com 22 anos de experiência e know how acumulado no domínio do ensino e formação profissional, junto da comunidade local e do tecido empresarial. O que acha do funcionamento da escola até ao momento? A escola é uma forte aposta do Grupo e é também um símbolo da região. Temos aqui um quadro de pessoal docente e não docente com grande qualidade e espírito de missão. Que dificuldades tem sentido no dia a dia da gestão da escola? Os desafios não são muito diferentes aos de outras escolas profissionais do Grupo. E do país. Atualmente, sentimos com muita preocupação as necessidades por que algumas famílias estão a passar. Com o aumento do desemprego nos agregados familiares, alguns alunos deparam-se com a necessidade de ir trabalhar para ajudar à subsistência da família. Para além 10 Que perceção tem dos alunos desta escola? São diferentes dos restantes alunos da atualidade? Todas as escolas profissionais têm as suas particularidades. Uma das particularidades mais relevantes da EPB é a capacidade de mobilização coletiva e espírito de missão e de pertença comum. Estas são características típicas de escolas profissionais de menor dimensão, mas tê-las em escolas da dimensão da EPB não está ao alcance de todos. Isso refletese nos alunos. No empenho que colocam quer nas atividades curriculares quer particularmente nos projetos extracurriculares. E esta é uma grande vantagem competitiva que adquirem e que os tem diferenciado positivamente quando entram no mercado de trabalho. Quais são as apostas para o futuro ao nível da oferta formativa? Já para o próximo ano letivo, as apostas são as que conhecemos, divulgadas no nosso sítio web. Este ano apostamos num novo curso: Auxiliar de Saúde. Para o ano lançamos mais um: Mecatrónica. Para o futuro, ainda não o podemos afirmar. É um trabalho contínuo que envolve a consulta de muitos intervenientes quer da escola, quer do tecido empresarial, fundamentado nos estudos disponíveis sobre profissões de futuro. Com certeza continuará a passar por uma convergência entre as valências históricas da EPB e as necessidades do mercado de trabalho. Como avalia os resultados de alguns projetos que têm dado uma significativa visibilidade à instituição (robótica, estágios transnacionais, parcerias com entidades locais, epbRevista, epb_TV, etc.)? São uma prova extraordinária da EPB enquanto escola de referência para toda a região. E julgo que são motivo de muito orgulho para todos nós. Num mundo cada vez mais globalizado, a internacionalização das empresas está na ordem do dia. - Como vê o protocolo de cooperação da EPB com a Escola Profissional de Água Grande, de S. Tomé e Príncipe, vai para três anos? - Há outros protocolos em vista? Quais? Em que dimensões? Os protocolos de cooperação são sempre de saudar. Os internacionais ganham especial relevância por permitirem conhecer outras realidades, aprender com elas, trocar experiências e continuar a abrir o mundo à nossa comunidade escolar. No caso específico de S. Tomé e Príncipe, recebendo alunos entrevista Como encara o futuro do ensino profissional em Portugal? Acreditamos no ensino profissional. E acreditamos particularmente nas escolas profissionais, escolas que oferecem aos alunos um conjunto de oportunidades ímpares, preparando-os e consciencializando-os para a importância da atividade laboral, permitindo-lhes adquirir experiências, aplicar conhecimentos, desenvolver relações interpessoais e compreender as normas e os valores das organizações onde posteriormente virăo a trabalhar. Sem desmerecermos minimamente o valor do ensino mais académico, cada vez mais as escolas profissionais são peça-chave para a produtividade, inovação e empreendedorismo do país. são-tomenses e apoiando pedagogicamente uma escola profissional local. Para além de estimularmos a autonomia das escolas na identificação e desenvolvimento deste género de protocolos, está em andamento um importante trabalho central de otimização sinérgica destes protocolos, para benefício comum de todas as escolas do Grupo. O que distingue a EPB das outras escolas profissionais? Vários aspetos: o historial de 22 anos de sucesso, o seu posicionamento como escola de referência do ensino profissional, o espírito de equipa, a participação e a motivação na resposta a desafios. E, obviamente, a reconhecida qualidade pedagógica e tecnológica. O financiamento das escolas profissionais sofreu, ao longo dos anos, de sistemáticos atrasos do estado, dificultando o seu funcionamento. - De que forma está a administração a ultrapassar esta situação? E depois de 2013? Um dos objetivos do Grupo foi o de trazer para a EPB robustez económica e financeira, progressiva e sustentável. Por isso, a necessidade do controlo financeiro e da poupança de custos correntes. Em que poupança não significa necessariamente estrangulamento. Estamos a seguir com rigor quer o plano de viabilidade de curto e médio prazos, quer o plano de desenvolvimento e sustentabilidade de longo prazo. Já as características do sistema de financiamento das escolas profissionais não são “missão de longo prazo: formar e valorizar os nossos alunos, reforçando o posicionamento de escola de referência pedagógica e tecnológica” uma problemática exclusiva da EPB, são preocupações nacionais. Mas reforçam a necessidade de seguirmos os nossos planos com rigor e realismo. E de termos capacidade de adaptação às conjunturas, sem nunca perdermos de vista a nossa missão de longo prazo: formar e valorizar os nossos alunos, reforçando o posicionamento de escola de referência pedagógica e tecnológica. Por fim, quer deixar uma mensagem aos alunos e profissionais da EPB? Acreditamos nas escolas profissionais e a EPB é uma forte aposta. O caminho não é fácil, na atual conjuntura não o é para ninguém. Mas temos confiança no futuro desta escola. Sentimos que a EPB tem todas as condições: há espírito de missão, competência e capacidade de trabalho para atingir objetivos, sejam pedagógicos, sejam de gestão. E, sobretudo, a escola tem PESSOAS (alunos, professores, colaboradores) que já construiram passado e que vão, com certeza, criar muito futuro. Entrevista conduzida por Fernando Silva e Eugénia Coutinho O principal foco do Grupo Rumos está no binómio Pessoas e Tecnologia e atua nas áreas de Formação, Educação e Serviços Profissionais, sempre potenciados por Tecnologias de Informação. www.futurcapital.com O Grupo gere, de forma sinérgica mas autónoma, uma série de projetos: - Educação: 10 polos escolares, entre os quais a EPB e a Profitecla, num total superior a 2.500 alunos. Grupo Rumos - Formação: 12 centros de formação de Norte a Sul de Portugal, entre os quais a Rumos e a Flag. Este projeto tem na sua génese a Rumos. A ele têm-se associado outras valorosas empresas e marcas, como a EPB – Escola Profissional de Braga. - Serviços: mais de 400 colaboradores colocados em clientes, metade dos quais consultores certificados em Tecnologias de Informação. 11 cursos III Jornadas Administrativas Debatidas várias dimensões das áreas de administração e comércio A Escola Profissional de Braga, através do grupo curricular da componente técnica dos cursos da família de administração e comércio, desenvolveu, pelo terceiro ano consecutivo, as já tradicionais Jornadas Administrativas. Tratou-se de um alargado conjunto de eventos que dinamizou a comunidade educativa entre os dias 5 e 8 de março. À semelhança do que tem sido hábito nas anteriores edições, estiveram envolvidas personalidades e instituições de inegável relevo, que têm contribuído fortemente para prestigiar a qualidade da formação das muitas centenas de alunos que, ao longo de mais de duas décadas, têm frequentado os diferentes cursos da área de serviços desta escola, e cujo sucesso tem sido expresso nas altas taxas de empregabilidade e acesso ao ensino superior. Assim, o dia 5 de março marcou o arranque das atividades com uma dupla sessão. Na parte da manhã, uma equipa do Banco de Portugal efetuou uma sessão de esclarecimento sobre o euro enquanto moeda, evento promovido pelo curso de Serviços Jurídicos. O objetivo foi o de aumentar os níveis de conhecimento físico sobre a moeda em questão e dissipar todas as dúvidas sobre as chamadas «notas falsas». A parte da tarde esteve reservada para uma sessão desenvolvida pela DECO (defesa do consumidor), cuja temática foi a Educação Financeira para os Jovens. O curso de Gestão, envolvido nesta atividade, pretendeu consciencializar os mais novos para a adoção de comportamentos racionais no consumo e na gestão de um orçamento. “consciencializar os mais novos para a adoção de comportamentos racionais no consumo e na gestão de um orçamento” No dia seguinte, Ricardo Vilaverde, da empresa PNL Patos no Lago, especialista em Programação Neurolinguística, aliou, através de um registo informal e cativante, Coaching e Secretariado, procurando sensibilizar os jovens para a análise dos seus pontos fortes e pontos fracos, das suas convicções limitadas e limitadoras com vista ao seu sucesso pessoal e profissional. O Secretariado na Atualidade foi o mote desenvolvido 12 por Isabel Ardions, docente do ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, que retratou o perfil atual do profissional de Secretariado e partilhou vídeos de testemunhos de alunos daquela instituição. No dia 7 de março, ocorreram as XII Jornadas de Contabilidade. Nesta edição houve duas partes distintas: na primeira, Lurdes Silva, docente do IPCA, realizou uma intervenção, na qual abordou a importância da implementação de aplicações informáticas na prática contabilística. Já na segunda parte, um conjunto de antigos alunos do curso de Contabilidade, sob a forma de tertúlia, pretendeu elucidar a comunidade educativa sobre a diversidade de percursos pós-formação, nomeadamente estudos académicos, empreendedorismo e carreiras profissionais. No dia 8 de março, várias dimensões do Marketing estiveram na órbita das intervenções que preencheram o programa do último dia das III Jornadas Administrativas. Durante a manhã, o tema Admirável Mercado Novo, apresentado por Miguel Gonçalves, Idea Starter na SparkAgency, destinou-se a alunos finalistas, a que seguiu a exibição do filme “Super Size Me” que aborda as estratégias de marketing da McDonald’s e consequentes impactos no processo de decisão de compra. A parte da tarde foi marcada pelos temas Part-time Marketers, desenvolvido pelo Professor Jorge Remondes, docente de Marketing na Universidade Lusíada, Relações Humanas na Atividade Comercial, por Paulo Ferreira, Sales e Project Manager da Impact Sales (AHPTUS) e Marketing Digital, por Paulo Morais, Marketing Manager na M4Business, consultor e docente no IPAM. Deve salientar-se que a recetividade da comunidade escolar foi mais uma vez excelente. Nas diferentes iniciativas, foi possível gerar, no auditório da escola, um clima de interatividade, uma vez que, durante largos períodos das sessões, houve debate de ideias e a construção de reflexões coletivas. Paulo Leitão Natália Rebelo Coordenadores de Curso cursos No âmbito da Prova de Aptidão Profissional Criação de projeto de nível superior No final de um curso profissional, temos que realizar uma prova de aptidão profissional, em que expomos grande parte das competências desenvolvidas ao longo do curso. Neste sentido, decidimos fazer um projeto que integrasse Eletrónica e Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, criando algo inovador e empreendedor relativamente às habituais provas de aptidão profissional. Acresce, ainda, que uma das grandes motivações para realizar este projeto foi o facto de já termos participado em competições de robótica e adquirido o gosto pela área. Apesar disso, era também objetivo encontrar soluções e resolver problemas em conjunto, já que há proximidade destas duas áreas tecnológicas. O projeto consistiu na criação de um Carro Robô totalmente autónomo. Tem que percorrer uma pista, em forma de estrada, reduzida cerca de 10 vezes da realidade, contornar obstáculos, como, por exemplo, outro carro, parar nos semáforos caso esteja vermelho, mudar de direção conforme a sinalização, e ver se pode ou não avançar na passadeira. Para vencer a prova em competição, deverá ser o mais rápido, sem sair da pista. Foi um projeto para o qual despendemos muito tempo livre, o que nem sempre foi fácil, pois tínhamos de o conciliar com as aulas. Mas, como “quem corre por gosto não cansa”, fomos obrigados a fazer uma gestão rigorosa do tempo, para termos o Carro Robô a funcionar em pleno para o Festival Nacional de Robótica 2012, que decorreu há meses, em Guimarães. E conseguimos realizar o projeto a tempo, entrar na competição e alcançar o 2º Lugar, na prova Condução Autónoma. Afinal, o sacrifício compensa! Com a elaboração deste projeto, sabemos que obtivemos muita informação, conhecimentos e, principalmente, autonomia. Assim, esperamos que este projeto seja uma mais-valia para o nosso futuro pessoal e profissional. José Rodrigues 3º ano de Eletrónica, Automação e Comando Rui Rodrigues 3º ano de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos 13 cursos Escola comemora Dia Mundial da Saúde No dia 11 de abril, a EPB comemorou o Dia Mundial da Saúde, sob o lema “A Saúde começa em nós”. Esta iniciativa foi promovida pelo Curso Técnico Auxiliar de Saúde e teve como objetivo crucial o envolvimento dos alunos na adoção de hábitos e estilos de vida saudáveis, conduzindo-os à preparação para a prática profissional. Assim, ao longo do dia realizaram-se rastreios (tensão arterial, peso, altura e índice de massa corporal - IMC) para toda a comunidade escolar, feitos pelas enfermeiras Ana Isabel Oliveira e Liliana Magalhães, docentes do curso de Saúde, e pelos alunos do mesmo curso, com uma entrega entusiástica e notável. Um evento que teve como finalidade prevenir a doença, mas, essencialmente, fomentar hábitos saudáveis e boas práticas de Saúde na escola. A resposta por parte da comunidade escolar superou todas as expetativas, dado que houve uma grande adesão e envolvimento de todos os participantes. Os resultados dos rastreios irão ser tratados em base de dados pelos alunos do curso Auxiliar de Saúde, para, a posteriori, poderem ser comparados e, depois, implementar-se uma melhor Saúde na EPB. O dia ficou ainda marcado pela presença do Dr. Miguel Nascimento, Mestre em Psicologia da Saúde, do Instituto Português da Juventude, em Braga, que desenvolveu uma ação de sensibilização sobre Sexualidade Juvenil, de forma a esclarecer eventuais dúvidas e mitos presentes na população estudantil. Através desta comemoração, foi possível dar visibilidade ao novo curso implementado neste ano letivo na EPB e proporcionar um Dia repleto de Saúde para todos! Ana Isabel Oliveira e Liliana Magalhães Professoras Frio e Climatização – uma área emergente Ao fim de três anos de formação, os alunos do Curso Técnico de Frio e Climatização apresentam o resultado de mais um ano de trabalho, culminando com a apresentação dos projetos finais do curso, a denominada Prova de Aptidão Profissional - PAP. Neles, os alunos colocam em prática variados conceitos técnicos, permitindo uma maior consolidação dos mesmos com a execução de tarefas de complexidade variada, tendo em conta a especificidade de cada caso. As ideias de projeto criadas, desenvolvidas e executadas pelos alunos finalistas vão desde a realização de pequenos sistemas de produção de frio, como, por exemplo, um mini- 14 bar, um frigorífico, um sistema de aproveitamento para aquecimento de águas, máquinas de fazer gelo e ainda algumas ideias com base na climatização de espaços interiores. Apesar disso, aproveitando a oportunidade da realização da PAP, optou-se ainda por aplicar alguns elementos que permitissem uma maior automatização dos referidos sistemas, baseados na aplicação de PLC (do inglês Programmable Logic Controller, ou seja, controlador lógico programável). Estas aplicações serviram para motivar os alunos para um trabalho de maior pesquisa e enriquecimento, e para dar um caráter inovador e mais flexível a cada um dos projetos. Podemos dizer ainda que se alcançou o nível a que alunos e professores se propuseram, comprovando-se mais uma vez que os alunos conseguem produzir um projeto físico como resultado das aprendizagens que serve de alavanca para o arranque da atividade profissional de cada um. Próximos da entrada no mercado de trabalho, estes alunos do curso de Frio e Climatização poderão trabalhar em empresas de instalação, manutenção e reparação de equipamentos de frio e climatização, empresas de construção, montagem e manutenção de sistemas de frio, de ar condicionado e aquecimento, entre outras. Há muitas e variadas opções no panorama atual do país, basta querer e trabalhar! José Esteves Coordenador de Curso cursos Contra a crise, marchar, marchar... Sabemos que a Construção Civil é provavelmente o setor da vida económica da região, e do País, que está a passar por mais dificuldades. Realidade que nos confronta com uma situação muito delicada na relação com os formandos, já que tem a ver com todo o investimento feito na sua formação e com todas as expetativas que lhes têm sido criadas. De facto, temos feito um esforço titânico no sentido de preparar os nossos formandos com uma base forte na componente técnica e científica, por forma a darem uma resposta adequada às necessidades do mercado e à evolução e adequação das empresas, sempre com a preocupação de lhes transmitirmos regras, princípios, valores e atitude crítica de forma a adquirirem sustentação para a vida profissional e para o seu futuro. Nesta estratégia, enquadramos a realização das visitas de estudo, como forma de adequar, cimentar e complementar os conhecimentos e adequá-los à realidade o que, para além de procurar dar resposta a estas premissas, visa ainda servir como elemento motivador para a aprendizagem. Estão nestas iniciativas as visitas ao reforço de potência da barragem de Venda Nova, ao Coliseu e Biblioteca de Viana do Castelo, à Fundação Nadir Afonso em Chaves, à ETAR e Central de Lagunagem de Cabreiros e ao Museu dos Biscainhos, entre muitas outras. E assim continuaremos o nosso esforço para a melhoria da formação, contando para isso com o contributo de empresários, sindicatos, agentes de formação e outros, numa concertação de esforços e de discurso que envolva todos os agentes com implicações neste processo formativo, no sentido do restabelecimento da confiança e no acreditar que é possível e que merecemos um futuro melhor. Por nossa parte, continuaremos este investimento em permanência, reforçando o que consideramos correto e adequado na preparação dos nossos formandos: formar o técnico e o cidadão, ajudando-o a crescer numa sociedade que valoriza a pessoa com uma formação completa. Isto porque acreditamos nos jovens e porque estamos convictos de que o retorno de uma onda positiva para o setor estará para breve. Os jovens merecem quem acredite neles, para construírem o seu futuro. E nós acreditamos. Jorge Franqueira Coordenador de Curso Road Show e Feira das Profissões Escola Profissional divulga oferta formativa para 2012-13 A ESCOLA Profissional de Braga tem participado na campanha Road Show e nas Feiras das Profissões, para divulgação da sua oferta formativa, numa iniciativa dinamizada pelo Departamento de Comunicação e Marketing, com colaboração de outros profissionais da instituição e de alunos dos cursos de Secretariado, Saúde, Marketing, GPSI, Design Gráfico, Eletrónica, Automação e Comando. Destacamos a presença nas seguintes escolas: EB 2,3 de Celeirós EB 2,3 de Real Agrupamento Escola Trigal de Santa Maria - Tadim EB 2,3 de Palmeira Agrupamento de Escolas Fernando Távora – Fermentões/ Guimarães Escola Secundária D. Maria II EB 2,3 de Cabreiros EB 2,3 de Nogueira EB 2,3 de Prado EB 2,3 Dr. Francisco Sanches Agrupamento de Escolas de Lamaçães Externato S. Miguel de Refojos – Cabeceiras de Basto EB 2,3 André Soares Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso - S. João da Ponte/Guimarães 15 cursos Encontros de Design e Multimédia Este ano, os Encontros foram pensados para mobilizar os alunos de Design e Multimédia, abrangendo mais áreas dos audiovisuais. A semana começou com o filme “2001 - Odisseia no Espaço”, nos Cinemas Avenida, pelo que representa na história do cinema, com uma em Wordpress, fotografia e brainstorming. O quarto dia foi preenchido por ações de formação, com cinco workshops: máquinas O centro das operações foi montado na Avenida Central, junto ao coreto, com a colocação do autocarro da EPB na zona pedonal. O evento reu- O evento decorreu de 14 a 29 de maio e incluiu atividades como workshops, exposições, palestras e competição. Os Encontros têm sido fundamentais para aprofundar aprendizagens dos alunos da área dos audiovisuais e aproximá-los do mercado. Os Encontros deste ano integram, pela primeira vez, a área da multimédia, valorizando campos como o vídeo, cinema, fotografia, webde- abordagem profunda à tecnologia, efeitos visuais, inteligência artificial e design. O segundo dia foi dedicado a profissionais que são exalunos dos cursos de Design e Multimédia. Um dia repleto de workshops em áreas tão diversas como apresentação de projetos (Eduardo Silva), ilustração (Ricardo Coelho), cinema (José Oliveira), webdesign (Luís Oliveira) e design gráfico (João Loureiro). fotográficas (Paulo Rúben), som (Grave studios), motion graphics (Creative Lemons), captação de vídeo (Maria Ferreira) e fotografia (Daniel Camacho). À noite, no Bar da Ponte, realizou-se um desfile de roupas criadas pela aluna finalista Cátia Costa. O sábado foi dedicado a um encontro da Associação OTAKUS, fãs de cultura e animação japonesa, que incluiu mostras, exposições, Kara- niu cinquenta e quatro participações que responderam ao desafio de desenvolver um projeto para a Junta de Freguesia de S. Lázaro. Cada participante podia recorrer a qualquer ferramenta e trabalhar nas áreas que considerasse mais adequadas – desenho, ilustração, fotografia, vídeo, design ou webdesign. sign, motion graphics e design gráfico. Uma evolução natural com a reabertura do Curso de Multimédia da EPB. As ações decorreram nas instalações da EPB, Velhaa-branca, Café A Brasileira e Avenida Central. No dia seguinte, realizouse uma apresentação da emPaleta de Ideias, abordando o seu portefólio, mercado de trabalho e perfil dos jovens profissionais. A parte de tarde foi preenchida com workshops de webdesign oke, jogos e vendas de produtos, atraindo cerca de 60 visitantes. O evento encerrou com a 4ª edição do nine2five, uma competição gráfica, este ano destinada a atuais e ex-alunos. Uma competição promovida em parceria pela EPB e pela Junta de Freguesia de S. Lázaro, que, pelo segundo ano, apoia a promoção de novos talentos de design. O autor do melhor projeto recebeu 250€. 16 João Paulo Teixeira Coordenador de Curso em rede EPB na rota de S. Tomé e Príncipe Em 2009, a EPB criava uma parceria com a Câmara Distrital de Água Grande, que envolveu o Ministério da Educação de S. Tomé e Príncipe, de que resultou a assinatura de um protocolo de cooperação visando o lançamento do ensino profissional naquele país do Atlântico e o acolhimento de alunos na EPB. Era intenção das partes avançar com a criação de uma Escola Profissional, ideia concretizada com o lançamento de dois cursos e a abertura da Escola Profissional de Água Grande. Assim, conversamos com o Dr. Ekeneide Lima dos Santos, Presidente da Câmara de Água Grande, que referiu alguns pontos importantes nesta primeira fase da vida da EPAG. Sabemos que tem estado na linha da frente desde o lançamento do protocolo de cooperação em 2009. Quantas turmas estão a funcionar na EPAG? Neste momento, estamos no segundo ano do Curso de Gestão e Serviços Jurídicos com uma turma por curso, com uma média de 22 alunos por turma. Como tem reagido a população são-tomense ao ensino profissional? A nossa população é muito jovem, temos uma necessidade de formar pessoas para o futuro do nosso país. Por isso, tudo o que esteja ligado à formação é muito bem-vindo para a população. Temos uma carência no quadro intermédio (formação profissional), a procura para esses cursos é muito grande e a saída profissional também existe. A EPAG tem recebido apoios do governo? E de particulares? O governo prometeu financiar o funcionamento da escola (despesas com logística, recursos humanos e entre outras despesas), mas, até ao momento, todas as despesas com a formação têm sido suportadas pela autarquia, com o apoio pedagógico da EPB. Não temos nenhum apoio de particulares. Tem sentido outras dificuldades? Como as supera? Uma das maiores dificuldades é a estrutura física da escola e os recursos financeiros para mantermos o funcionamento. Pretendemos abrir mais turmas e mais cursos, mas não temos espaços disponíveis. Inicialmente, tínhamos dificuldades pedagógicas, mas elas foram superadas com o tempo. Neste momento, temos o projeto de construção da escola, mas ainda nos falta o financiamento para que o possamos concretizar. Já há contactos com as empresas, para o estabelecimento de protocolos para estágios profissionais? Estamos a preparar o modelo de protocolo para remetermos às empresas, instituições, de forma a criarmos uma parceria com as mesmas. Fale-nos da oferta formativa: está a alargar-se? Em que áreas? A procura por cursos já existentes é cada vez maior. Há uma necessidade de se formar pessoas para dar resposta às necessidades do mercado de trabalho e preparar a nova era que o país aguarda, a “era do petróleo”. Neste momento estamos a oferecer cursos nas áreas de serviços, com menos custos. Mas existe uma necessidade muito grande de formação em áreas como informática, construção civil, energia renováveis, etc.. Que perspetivas há no distrito de Água Grande sobre saídas profissionais? O nosso distrito é o mais populoso do país. Com mais de metade da população de São Tomé e Príncipe. Mais de 80% da economia do país advém deste município. A maioria dos serviços administrativos do estado e as representações diplomáticas, bancos, e a maioria das instituições privada estão instaladas no nosso distrito. Por isso, haverá sempre uma demanda do mercado. No próximo ano, pretendemos colocar todos os nossos alunos no mercado de trabalho. Como vê o futuro do ensino profissional em S. Tomé e Príncipe? Existe ainda pouco investimento no ensino profissional em São Tomé e Príncipe. A procura pelos cursos profissionais é cada vez maior e a oferta no mercado de trabalho nos cursos técnicos e profissionais também vai crescendo. Temos boa impressão dos alunos de São Tomé e Príncipe. Quer deixar-lhes uma mensagem? Nós temos sempre muita atenção na seleção dos alunos que frequentam os cursos profissionais em Portugal, mas isso não quer dizer que os alunos que cá ficam não são também bons alunos. Temos recebido elogios de outras escolas profissionais em Portugal de que os nossos alunos são exemplos de bons alunos. Reconhecemos isso e, revelando o nosso “segredo”, quero-vos dizer que os nossos alunos sabem o que querem: continuar a estudar e serem os melhores. Reconhecem, acima de tudo, a oportunidade disponibilizada e querem mostrar que valeu a pena investir neles. A mensagem que deixo é que eles continuam a ser humildes, respeitadores, estudiosos, que sirvam de exemplo para muitos alunos e que são um motivo de muito orgulho para nós. Agradecemos do coração por esta forma de estar desses alunos. Não se esqueçam que o vosso desempenho abrirá portas aos vossos colegas que também precisam de oportunidade em Braga, como vocês tiveram. Fernando Silva 17 à conversa com Elsa Barreto Tirou o curso de Estilismo na Academia de Moda no Porto. Até que ponto a formação foi importante para si? Sem uma formação académica, tudo é um pouco empírico. Há coisas que vão falhar por mais jeito que se tenha; mas tirar só um curso sem grande aptidão para também não resulta. Tem que haver a junção das duas (formação/vocação). “Não se pode viver em função dessa fama, euforia.” Em tudo na nossa vida, para conquistarmos algo temos que trabalhar muito, muito mesmo. A fama, por vezes, aparece sem grande esforço, mas é por pouco tempo. Não se pode viver em função dessa fama, euforia. Não pode ser o nosso objetivo e os jovens devem ter 18 isso bem presente para não caírem em situações complicadas. É importante deitarmo-nos com a consciência tranquila. Os jovens fazem, às vezes, as coisas sem pensar nas consequências e é crucial tomar as atitudes certas. Como se estreou no mundo da moda? Teve algum mentor no início da sua carreira? Não. Comecei a trabalhar, estagiando numa empresa. É importante começar assim para perceber como as coisas funcionam no mundo real. O Diretor Comercial da empresa disse-me: “A Elsa desenha muito bem, mas tem agora de ir para as portas dos centros comerciais e ver o que as pessoas gostam de vestir” e isso foi importante para mim, pois percebi, depois de ter ficado irritada, que temos de desenhar coisas que são vendáveis. Foi aí que percebi o outro lado, que não aprendi na escola, ligar a parte artística à parte comercial. Como define a sua marca e a si como estilista? A minha marca sou eu (risos). Sou feminina, gosto de ver uma mulher feminina e as minhas criações refletem isso. Gosto que as pessoas se sintam bem com a minha roupa. Quais são as suas fontes de inspiração? 90% é transpiração e 10% de inspiração. Tive recentemente dois desfiles, em Braga e Lisboa, e trabalhei quase todos os dias até à meia-noite, durante um mês e meio. Eu tenho que saber fazer para poder mandar. Todo o esforço que se faça só é pos- Alexandre Ribeiro Elsa Barreto, estilista bracarense, com reputação a nível nacional conquistada ao longo de 25 anos de carreira com sucesso, cria a sua própria marca, em 1990, cujo leque de coleções inclui Alta Costura, Noivas e Prêtà-Porter. Em 2007, é distinguida como Personalidade do Ano, na categoria Moda, pela revista Lux. Vende para os EUA, Inglaterra e Brasil. Mulher elegante, boa conversadora, não gosta nada da falta de verdade. Está sempre a aprender. Exigente consigo própria e com as pessoas mais próximas de si. O trabalho, a sua terapia. A sua publicidade, as pessoas que vestem a sua roupa e que compram o produto. O seu equilíbrio, a família. sível quando se gosta muito do que se faz. Há bloqueios no seu trabalho? O que procura fazer quando isso acontece? Há. Habituei-me a trabalhar sob stresse. O que me desbloqueia é o bom stresse. Hoje tem mesmo que sair. É, de facto, desgastante trabalhar desta forma. É muito melhor trabalharmos com tempo. Quando não sai nada, mudo de sítio, vou até à confeção e começo a mexer nos tecidos, a cortar… e o resto das ideias surgem. Algum vestido que a tenha marcado particularmente? O primeiro vestido de noiva criado por mim causoume emoção; chorei quando a cliente o vestiu, ambas chorámos. É um momento marcante na vida daquela pessoa. O 1º vestido que desenhei para os Globos de Ouro - Vanessa Oliveira - com o qual ganhei, logo, o primeiro prémio. Qual a sua “referência” na moda? Qual o estilista português que admira? Porquê? Referência, não. Para alguém ser uma referência tem que ter algum estatuto, Versace e Channel, sim, são uma à conversa com referência. A Ana Salazar e a Fátima Lopes não são estilistas, mas são duas grandes criadoras. A Ana Salazar tem um cunho pessoal e foi a pioneira nacional; tem muito mérito porque abriu caminho. Gosto de alguns trabalhos dos irmãos Manéis (Alves e Gonçalves) porque sabem o que estão a fazer. Há criadores que estão a aparecer e que fazem trabalhos interessantes. À família. Uma vez, uma amiga minha de infância perguntou-me o que ainda estava a fazer em Portugal. Eu nunca conseguiria partir por causa da minha família. Sou demasiado apegada aos meus avós, infelizmente já falecidos, mas que fizeram parte da minha vida, aos meus pais, irmãos, primos, para além dos meus filhos e marido, obviamente. Preciso do meu chão para o meu equilíbrio. Tem algum modelo e/ou figura pública que goste particularmente de vestir? Porquê? Tenho uma coleção muito mais próxima com a Vanessa Oliveira, Cláudia Jacques e Diana Pereira. É importante que goste das pessoas que estou a vestir. Agora, o que a Alexandra Alencastre veste nas Galas da TVI é trabalho personalizado. Quais os projetos para o futuro e o que falta conquistar? Eu nunca estou satisfeita no sentido de pensar que já não preciso fazer mais nada. O objetivo é expandir a marca e que ela cresça a nível de vendas. Já consegui a visibilidade da marca e agora pretendo tirar vantagem de tanto trabalho feito até agora. Sem esquecer as causas sociais, a marca Elsa Barreto integrou a produção do calendário SOS Animal, a exposição “20 Anos 20 Laços” da associação Abraço, e a iniciativa “Fashion life: Stop Discrimination & Violence” da associação Famílias, tendo realizado desfiles de solidariedade em prol da Abraço. Qual a causa social mais recente da marca Elsa Barreto? Dei uns sapatos que tinham que ter uma certa história para uma campanha em prol da Cruz Vermelha Portuguesa. Acha que tem o reconhecimento que merece na sua região? Não. Mas não estou à espera de nada. Braga é uma cidade muito difícil para qualquer área. As pessoas em vez de ficarem satisfeitas, porque levo o nome de Braga a muitos sítios e faço questão de dizer que sou bracarense, fazem críticas de forma pouco construtiva. “Santos da casa não fazem milagres”. Fico triste porque não trato mal as pessoas. Que conselho(s) dá aos jovens alunos da EPB para singrarem no mercado de trabalho cada vez mais competitivo? Trabalho, esforço e não desistir do sonho que se tem. Durante 25 anos de trabalho, tive dissabores. Fecha-se uma porta, mas abre-se uma janela. É preciso trabalhar com paixão. A sua verdadeira missão é... Todos nós temos de procurar o nosso Dom. O ser estilista é só um veículo para eu chegar a determinadas coisas e situações. Não podemos dar demasiado valor às coisas, mas este exercício não é fácil. Estou numa área aparentemente fútil e penso porque é que estou nesta área pensando da maneira que penso… é precisamente neste meio que posso ajudar tantas causas, pessoas que têm um atendimento personalizado quando se dirigem ao meu atelier e que, no final, estamos a falar de tudo e não de roupa. Gosto imenso de transformar uma cliente que, não sendo muito bonita, se sente muito bem e lindíssima com a minha roupa. No fundo, participo na vida das outras pessoas. O que dizem as suas mãos? (risos) Mostram completamente a minha alma. Quando estou a fazer um desfile, tudo passa pelas minhas mãos: modelagem, corte… É fantástico, isso vem de dentro e a opinião final das pessoas é importante. Também se cresce com os “nãos”. A que dá mais valor na vida? Entrevista conduzida por Alexandra Corunha Breves Figura pública portuguesa mais elegante. Judite de Sousa é uma jornalista que, normalmente, está bem vestida. Tipo de música? Gosto muito de música clássica. E de dançar Hip-Hop, com a minha filha. “Nothing compare to you” da Sinneah Connor é a canção da minha vida. Programa(s) de TV preferido(s)? Informação (gosto de ver sempre), Fashion TV, Sexo e a Cidade. Pratica desporto? Fiz ballet clássico. Às vezes, ainda faço uma aula. Faço iôga. É uma pessoa crente? Sim, acredito em Deus, sou católica. O seu maior desafio pessoal é... Criar os meus dois filhos para que sejam atentos aos outros também. Veste o que desenha? Sim, visto praticamente tudo. Tecidos nacionais ou estrangeiros? Não tenho preferência, infelizmente os meus são quase todos estrangeiros. Figura pública que gostaria de vestir e ainda não o fez? Se quisesse assim tanto já a teria vestido (risos). Os portugueses vestem-se bem? Sim, acho muita piada a algumas jovens que fazem uma conjugação de peças muito engraçadas. E na Europa, destaca algum País pela sua elegância? Itália. Os italianos têm muito cuidado quando saem à rua. 19 iniciativas II Troféu EPB Promove trabalho em equipa e aprofunda literacia Por iniciativa conjunta de três grupos curriculares (ciências humanas e sociais, línguas e ciências exatas), a Escola Profissional de Braga promoveu o Troféu EPB, pelo segundo ano consecutivo, visando promover nos alunos o espírito de grupo, o companheirismo e a competição sadia, e sensibilizá-los para o interesse pela cultura e pela preservação do património histórico e arquitetónico local. Esta 2ª edição do Troféu EPB comportou três provas e desenvolveu-se em três momentos ao longo dos 2º e 3º períodos escolares. A primeira prova decorreu no dia 10 de janeiro, tendo as equipas inscritas participado na 1.ª eliminatória das olimpíadas do ambiente, promovidas pela Quercus, e ainda realizado uma prova de literacia portuguesa e desafios de matemática. Nesta prova, participaram 85 alunos (17 equipas). A segunda prova teve lugar no dia 27 de abril e decorreu em dois momentos: um, no auditório da escola, consistindo na verificação de leitura da obra “Cróni- ca dos Bons Malandros”, de Mário Zambujal; outro, na cidade, através de um peddy paper, em que as equipas tiveram de localizar pontos de interesse histó- rico, arquitetónico e cultural de Braga. Nesta prova, participaram 80 alunos (16 equipas). No dia 10 de maio, realizou-se a terceira prova, uma corrida de orientação na cidade de Braga. Esta prova teve a duração de duas horas e contou com a participação entusiástica dos alunos, que revelaram um elevado espírito de equipa e desportivismo. Nesta prova participaram 15 equipas (75 alunos). É de salientar que, enquanto na 1.ª edição tivemos a participação de 12 equipas (81 alunos), este ano o número subiu para 17 e o de inscrições ultrapassou a centena (116 alunos). Para além desta inscrição maciça, releve-se o empenho, o entusiasmo e a forte motivação que os alunos da EPB colocaram nesta iniciativa de caráter essencialmente lúdico, mas também de carácter formativo e educativo em virtude dos valores e atitudes de base que nela estiveram subjacentes, designadamente o trabalho de equipa, o companheirismo, a entreajuda e o gosto pelos desafios. Por fim, apurados os resultados das várias provas, saiu vencedora a equipa Small Caps, seguindo-se a IE/GES e a SECIE, que ocuparam os 2º e 3º lugares, respetivamente. Parabéns a todos. António Dias Pereira Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais EPB promove torneio desportivo A escola realizou, no dia 23 de março, um torneio de futebol, com o objetivo de promover o convívio entre alunos de três escolas profissionais da cidade de Braga, contribuindo, dessa forma, para a divulgação de um sistema de ensino que acrescenta à qualidade científica e técnica dos seus formandos um inegável valor ao nível dos comportamentos e atitudes sociais. Para a realização do evento, foi constituída uma equipa de futebol da EPB, à qual se juntaram as congéneres da Profitecla e da Esprominho, numa iniciativa que recebeu o apoio da Associação 20 de Futebol de Braga. O Parque Desportivo das Camélias foi o palco desta jornada desportiva de convívio, tendo acolhido os jogos entre as três escolas. Este foi um evento concebido por Fábio Gomes e Carlos Castro, alunos finalistas do Curso Técnico de Marketing da EPB, que pretenderam acrescentar, aos seus trabalhos de investigação na área do Marketing Desportivo, uma componente prática e lúdica, que fosse capaz de afirmar o desporto como uma atividade agregadora de princípios salutares, norteados pelo espírito de confraternização e convívio. A opção por apenas escolas profissionais privadas deveuse ao facto de se pretender mostrar a sua vitalidade e força, dado que se apresentam, cada vez mais, como a escolha preferencial de muitas centenas de jovens e adultos no seguimento dos seus estudos. Paulo Leitão Coordenador de Curso iniciativas Vem descobrir a EPB! Pelo sexto ano consecutivo, de 12 a 14 de março, realizou-se a iniciativa Portas Abertas, para dar a conhecer aos visitantes um espaço de referência na área da formação profissional, com laboratórios e oficinas adequados aos cursos que ministra, professores, espaços de divertimento e projetos vencedores. dos contribuem não só para a aquisição de conhecimentos técnicos como também para o seu bem-estar físico e psíquico. Todos tiveram a possibilidade de entrar livremente no espaço escolar e observar os vários laboratórios e oficinas, como física e química, mecânica, frio e eletrónica, multimédia ou construção civil, e até experimentar máA operação Portas Abertas quinas, equipamentos, técniabriu mais uma vez a escola a cas e projetos sobre os quais todos quantos quiseram ver poderão, no futuro, exercer a por dentro o “modus ope- sua profissão. randi” de alunos, professores Vieram de escolas adjacene demais colaboradores que tes, na sua maioria alunos das diariamente trabalham para escolas básica e secundária, a melhoria do processo de e obtiveram as informações ensino e aprendizagem. necessárias para uma escoA semana foi repleta de vi- lha acertada. Tal como aconsitas organizadas pelo depar- teceu com Joana de 16 anos, tamento de uma de Co- “E, nesta atividade, leva mais escola da munica- do que aquilo que trouxe, por c i d a d e , ção e Ma- isso, pensa “escolher bem”.” que corketing e nheceu assessoradas pelas alunas de a EPB “através de conversas Secretariado que deram mais com amigos que andavam brilho e cor a uma escola que cá e também já tinha visto alé hoje caraterizada por diver- gumas publicidades”. E, nesta sas culturas e modos de ser e atividade, leva mais do que estar. E, como diz uma aluna aquilo que trouxe, por isso, visitante, “gira, moderna e pensa “escolher bem”. bem organizada”, em que toAfinal, a EPB cumpriu mais um dos seus objetivos e continua o seu trabalho, motivando para a formação profissional, desenvolvendo competências transversais e técnicas para que todos possam fazer face a um futuro que se pretende risonho, com empenho e dedicação! Eugénia Coutinho Dia dos Namorados No dia 14 de fevereiro comemorou-se o Dia dos Namorados, organizado pelas alunas Ana Cláudia Martins e Sylvie Fernandes, finalistas do Curso Técnico de Secretariado. Neste dia tivemos o gosto de receber os palestrantes Richard Towers e José Micard Teixeira, que nos brindaram com as suas experiências de vida. Na parte da manhã, o escritor Richard Towers deu-nos a conhecer os seus livros-objeto e proporcionou-nos uma manhã cheia de surpresas. De tarde, o escritor José Micard Teixeira (Life Coach, Palestrante, Mestre de Reiki e motivador de mudança), falou-nos da obra “Saiba como mudar a sua vida” e proporcionou-nos momentos muito agradáveis. Ana Cláudia Martins e Sylvie Fernandes 3º ano de Secretariado 22 iniciativas Pensar com alegria, a matemática do dia a dia! O grupo curricular de ciências exatas da Escola Profissional levou a cabo diversas iniciativas junto dos alunos que, através de uma forma alegre e divertida, promoveram a aprendizagem da Matemática ao longo do ano letivo de 2011-2012. No concurso Braga e a Imagem da Matemática, subordinado ao tema A Cidade de Braga, cada projeto teria de contemplar uma ideia matemática, sustentada por uma imagem e um texto. E os alunos participaram entusiasticamente na iniciativa, criando 135 projetos. Posteriormente, um júri selecionou dez deles e a comunidade escolar escolheu os três melhores, saindo vencedores os alunos José Carvalho, do 2º ano de Multimédia, António Peixoto, do 1º ano de Gestão, Carlos Rodrigues, do 3º ano de Construção Civil, e Roberto Carlos, do 2º ano de Construção Civil, respetivamente 1º, 2º, 3º e 4º classificados. A comunidade poderá apreciar 20 dos trabalhos dos nossos alunos, numa exposição, a decorrer em junho no Braga Parque. “a união de esforços dos nossos alunos concretiza simples iniciativas em projetos de sucesso” O 4º Torneio de Jogos Matemáticos da EPB contou com a participação de 28 turmas dos cursos profissionais, e desenvolveu-se em duas fases: por grupos e por eliminatórias, sagrando-se vencedor o 2º GES, ao derrotar o 2º CC, enquanto o 2º ELE alcançava o 3º lugar, ao vencer o 3º GPSI. Das turmas classificadas nos três primeiros luga- res, sairão os representantes ao Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos do próximo ano letivo. A EPB participou nestes campeonatos pala primeira vez neste ano letivo, tendo o aluno Warton Cravid do 2º ano de Gestão, se sagrado campeão nacional no jogo do Avanço. Para culminar a aprendizagem lúdica, teve lugar, nas instalações da EPB, a representação da peça “Querida Matemática”, da autoria de Nuno Henriques, levada à cena pela Companhia Profissional Teatro Azul. Realizou-se também o Torneio de Xadrez, que contou com a participação de 12 jogadores. A final recebeu a colaboração dos alunos das turmas a que pertenciam os finalistas, que encenaram todas as jogadas das peças, num tabuleiro de xadrez desenhado no pátio da escola. No final, foi notável a partilha da satisfação de todos os intervenientes, reveladora de que a união de esforços dos nossos alunos concretiza simples iniciativas em projetos de sucesso. Enfim, as atividades promovidas por este grupo curricular permitiram o envolvimento lúdico de toda a comunidade educativa, tanto no olhar da matemática sobre a nossa cidade, como numa competição saudável demonstrada na prática dos diferentes jogos, propiciando, ainda, o fortalecimento do convívio, partilha, cooperação, entreajuda e gosto pelos desafios. Grupo Curricular de Ciências Exatas 23 escola EPB - uma escola comprometida Na procura de uma verdadeira educação para a saúde A noção de escola como contexto promotor de saúde e espaço privilegiado de intervenção na prevenção das dependências é inquestionável, pela natureza educacional do seu trabalho. Neste sentido, debater o tema das dependências é uma responsabilidade que as instituições escolares não devem adiar, mas fazê-lo não desde um modelo puramente informativo do tradicional discurso “Não às Drogas!”, centrado numa abordagem racional que enfatiza o saber científico dos seus efeitos químicos -, mas numa verdadeira educação para a saúde, que procura olhar para esta questão desde o modo como os alunos a percebem. Assim, muito mais importante do que alardear sobre proibições, lançar apelos morais ou persuadir à abstinência pela estratégia do medo, é importante dar voz aos alunos, criando espaços de partilha de experiências e emoções, espaços que permitam que se projetem noutros territórios, em cenários vividos ou imaginados, num treino consciente pela procura de melhores tomadas de decisão no presente e no futuro. “muito mais importante do que alardear sobre proibições, lançar apelos morais ou persuadir à abstinência pela estratégia do medo, é importante dar voz aos alunos” O caminho para a prevenção das dependências passará mais adequadamente pela abertura de canais de comunicação e participação, pela exploração das questões emocionais dos adolescentes e criação de experiências significativas e enriquecedoras, do que pela enunciação dos seus perigos, acaso explicadas na voz de quem testemunhe a experiência do uso, contribuindo inclusive - apesar da boa intenção do alerta - para reforçar o sentimento de omnipotência - num “afinal é possível experimentar e sair!” - tão caraterístico da vida adolescente. A COMUNIDADE escolar da EPB rumou ao Bom Jesus, no dia 31 de maio, numa iniciativa do grupo curricular de Ciências Humanas e Sociais, para promover a saúde e o bem-estar, combater o sedentarismo e a obesidade, e consolidar a vertente social e humana. Alunos, professores, funcionários e direção da escola largaram da rodovia (junto ao Instituto Ibérico de Nanotecnologia) e, serpenteando encosta acima, chegaram ao Bom Jesus, local de paragem obrigatório para um breve descanso, visita ao Santuário e absorção do espírito de tranquilidade daquele local. O que foi do agrado de todos. 24 As ações de educação preventiva devem permitir que todos os segmentos participantes das instituições educacionais - alunos, pais, professores e comunidade - assumam o papel de promotores da sua própria saúde, numa lógica de reflexão crítica e ação participativa. Iniciativas pontuais e isoladas não trazem os mesmo benefícios e resultados do que aquelas que se desenvolvem de forma continuada e abarcam os diversos setores do ambiente escolar. Hoje, sabe-se que resultados preventivos adequados apenas serão conseguidos através de um compromisso com um projeto amplo e consistente, que envolva de modo participativo os vários atores, e que contemple uma variedade de dinâmicas, entre as quais atividades de interesse dos alunos. A EPB não quer eximir-se desse compromisso a longo prazo com a prevenção e, por isso, aderiu ao projeto “Tu Decides”, num modelo que visa articular ações que envolvam o conhecimento científico com a educação afetiva. “Tu Decides… Os Teus Rumos” escola Prevenção de Dependências em Meio Escolar O “Tu Decides” é um programa de prevenção de dependências e comportamentos de risco em meio escolar, que se debruça sobre a etapa crítica de vida para a experimentação e consumo de substâncias psicoativas e desenvolvimento de outras dependências: a adolescência. O grupo RUMOS, numa parceria com o instituto IREFREA (Instituto Europeu de Investigação dos Fatores de Risco na Criança e no Adolescente), lançou o desafio a 11 das suas escolas, para implementação deste projeto de prevenção. Um projeto que apela à participação de todos, e que pretende promover o desenvolvimento de competências no adolescente, para que este se sinta capaz de lidar com situações de risco e pressão para o consumo de drogas, tendo as ferramentas necessárias para tomar as suas decisões de forma clara e consciente. Por entender que a educação deve promover a formação integral dos jovens, e com a ambição de contribuir para o desenvolvimento de hábitos e atitudes saudáveis, a Escola Profissional de Braga acolheu com entusiamo este projeto. A aplicação do programa foi precedida de uma fase de formação direcionada a docentes e outros colaboradores, levada a cabo pela equipa de formação do “Tu Decides” do IREFREA. Esta ação, que decorreu ao longo de dois dias, permitiu adquirir conhecimentos, pensar dinâmicas e estratégias de abordagem do tema junto dos alunos, capacitando os docentes para a sua aplicação em contexto escolar, e reorientando o seu olhar do problema para a solução, percebendo-se a si mesmos como protagonistas da prevenção. O programa está a ser implementado nas turmas dos 1.º e 2.º anos (17 turmas e mais de 300 alunos) através da dinamização, por parte de diretores de turma/coordenadores de curso, em estreita colaboração com o Departamento de Intervenção PsicoEducativa da EPB, ao longo de aproximadamente 10 sessões. As dinâmicas que estão a ser implementadas centram-se em estratégias e atividades motivadoras da produção de reflexões e trabalhos que conduzam os jovens a um elevado nível de consciência sobre comportamentos de risco, e à prática de ações de sensibilização de prevenção de dependências no âmbito escolar. A natureza do presente programa reforça a importância da articulação de sinergias para a compreensão da temática e delineamento de mecanismos de prevenção. Num programa de prevenção dirigido a adolescentes, é extremamente importante o envolvimento da família, como agente primário de prevenção. Diversos estudos confirmam o facto de que, quanto maior for o envolvimento dos pais na educação e crescimento dos seus filhos, demonstrando preocupação e atenção nos seus comportamentos, menor é a prevalência de consumos. É nesta dinâmica e cumplicidade escola-família que o programa invoca a participação dos encarregados de educação, para que todos consigam reunir ferramentas visando a promoção de um crescimento saudável dos alunos-filhos. Nesta intenção de abertura de espaços para orientação aos pais, para que estes não se sintam tão despreparados para lidar com os desafios da adolescência, estão previstas sessões de trabalho com encarregados de educação, dirigidas à partilha de experiências e conhecimentos, garantia de maior eficácia do programa junto dos seus filhos/educandos. Ana Cláudia Rodrigues Dpto. Intervenção Psico-Educativa A tarde foi de franco convívio no amplo espaço do Bom Jesus, com almoço e conversas alinhadas e desalinhadas, mas todas a apontar para a recordação de memórias e para a ideia de missão cumprida. Era o culminar de um ano de muito estudo e trabalho para todos. Junto dos finalistas já se sentia o ambiente de despedida, pois preparam-se para rumar ao estágio que será interrompido para defenderem em julho o seu projeto de curso, mais conhecido por PAP, para ficarem aptos a ingressar no mercado de trabalho ou prosseguir estudos no ensino superior. Foi um dia especial para a família EPB. 25 escola Dia da Europa, num ano de crise A Escola Profissional de Braga comemorou, a 9 de maio, pelo décimo primeiro ano, o Dia da Europa. Esta iniciativa, do Departamento de Comunicação e Marketing da EPB, tem o objetivo de informar a comunidade escolar sobre questões atuais da comunidade europeia, do seu processo de construção, dos seus desafios e contribuir para uma integração mais efetiva dos jovens no espaço europeu. mum de países com economias de dimensões muito diferentes, gerir as tensões entre os grandes e pequenos países, e a tendência para que os maiores dominem a agenda política e imponham os seus pontos de vista, foram alguns dos aspetos abordados, num debate que não esqueceu temas mais próximos do auditório, como o crescente desemprego juvenil. Inês de Medeiros (deputada - PS), Mónica Ferro (deputada PSD) e Pedro Guerreiro (ex-deputado europeu - PCP) foram os intervenientes no debate, moderado pelo diretor de informação da Antena Minho, Rui Sequeira, perante uma sala atenta e repleta de alunos da EPB. Como se poderia antecipar, o debate foi este ano marcado pela crise que se vive em diversos países, como são os casos da Grécia e Portugal, estados que já se viram forçados a solicitar ajuda externa para evitarem a bancarrota. Com diferentes visões sobre os custos e benefícios da adesão de Portugal às comunidades europeias, os convidados não fugiram ao tema proposto: “União Europeia - interesses nacionais versus desafios comuns”. Repensar a organização e funcionamento da UE, discutir o Euro enquanto moeda co- O Duas Caras Algo que eu queria saber era a forma como as pessoas olham para mim. Para saber o que realmente pensam. Ou porque dizem que eu tenho duas caras. Será que eu sou apenas uma sombra de algo há muito perdido a que chamam felicidade? Apenas sei que muitos me veem como uma forma de alcançar algo que acreditam que os fará felizes. Acho que já perceberam que sou o dinheiro, o placebo da humanidade. Sou a imagem de marca da felicidade dos humanos de hoje e a imagem de marca da tristeza dos que me não possuem. Talvez por isso digam que tenho duas caras. Mas porquê? Porque tenho eu de ser uma personagem tão contraditória? Afinal, não faço parte do sistema socioeconómico que alcançará a paz em algum momento e que ficará para a história? 26 Vou tentar ser mais direto: basicamente, se me possuem estão bem, pelo contrário, se não me possuem, estão miseravelmente mal. Ora, isto teve um início, por mais estúpido e polémico que tenha sido. Toda esta ideia generalizada começou com o desenvolvimento do sistema comercial. A ideologia de quem o criou era a simples e brilhante ideia de que, para termos paz, harmonia e felicidade, teríamos de pagar. E aí a minha “pessoa” entra na história. Inicialmente, tinha vários tipos de formas. Podiam ser bens alimentares, ouro, diamantes ou mesmo terrenos, mas continuava mesmo assim a personagem contraditória de duas caras. O meu objetivo não mudou, continuo a ter duas faces pelo olhar humano, mas a minha forma é única e, como moeda, tenho realmente duas faces. Apesar de tudo, viajo bastante sem custo nenhum, aliás, eu sou a forma de pagamento. Mas também há algo melhor que me dá alegria, que é o facto de as pessoas sorrirem ao olhar para mim. Apesar de saber que são sorrisos que se apagarão rapidamente. Sendo assim, sou uma personagem triste e dramática, um mero ninguém procurando objetivo, uma sobra reclamando dono, uma máscara dos sofredores. Na Bíblia, dizse que o dinheiro e o apego a ele são perigosos, mas, se me souberem utilizar e distribuir, não serei assim tão horrível, apesar de ter consciência de que sou a chave para a ganância e esta é o passaporte para a tristeza. Julgo que tenho os dias contados! O facto de me meterem no bolso é algo que me assusta, pois não sou propriamente um exemplo de coragem perante a escuridão. Outro medo que tenho é não conhecer os meus pais. É por isso que vos invejo, humanos, pois sacrificam a minha liberdade para angariar a vossa. Eu simplesmente tenho de me sujeitar às vossas vontades que, por vezes, são tão mesquinhas! Sou a mais velha personagem viva na terra, embora me sinta morto como uma maré sem força. Só peço aos humanos que revivam o meu ser por se lembrarem que a felicidade não está em mim, mas em seguir valores morais e criar relacionamentos com outros, pois isso é ser o mais belo ser terrestre. Pedro Teixeira 2º ano de GPSI escola Porta aberta para a aprendizagem ao longo da vida Centro Novas Oportunidades da EPB Em 2008 a EPB aceita o desafio de lançar um Centro Novas Oportunidades e assume-se como agente central na resposta ao desafio da qualificação de adultos, consagrado na Iniciativa Novas Oportunidades, por entender enquadrar-se este projeto na missão da instituição, consubstanciada na elevação dos níveis de competências e qualificações dos indivíduos, dotando-os de competências pessoais, sociais e técnicas que potenciem a sua realização pessoal e inserção no mundo do trabalho, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. Ao longo destes anos, o CNO tem desenvolvido o seu trabalho alicerçado numa vasta experiência da EPB de entrega incondicional à educação e formação, de exigência e transparência, atuando numa perspetiva contínua de aperfeiçoamento, evolução e inovação. Através de uma cultura de proximidade, de uma pedagogia de individualização e de uma forte de articulação com outras entidades locais que operam no domínio da educação e formação de adultos, o CNO da EPB procura contribuir para a elevação dos níveis de qualificação dos adultos do concelho de Braga, valorizar percursos de vida e fomentar uma cultura de aprendizagem ao longo da vida. Desde o início da sua atividade, a equipa deste centro tem desafiado os adultos a refletir sobre o seu percurso passado, as suas dinâmicas e atividades presentes e os seus objetivos de futuro, no sentido da identificação de um perfil capaz de sustentar a opção para uma resposta educativa e/ou formativa mais adequada a cada um: a realização de um processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) ou o encaminhamento para outros percursos educativos e formativos (cursos EFA, formações modulares, etc.). Muitos destes adultos integraram processos RVCC, direcionados à conclusão de percursos escolares que ficaram suspensos no tempo. Este é um processo centrado numa reflexão profunda dos adultos acerca do seu património vivencial e que valoriza a experiência e as competências conquistadas ao longo da vida – na escola, na família, no trabalho, na sociedade. Ao longo do mesmo, os adultos, ao tomarem consciência e atribuírem valor ao que aprenderam ao longo da vida, reforçam a confiança nas suas capacidades, elemento fundamental na sua mobilização em direção a novos desafios. A conquista da certificação, perspetivada desta forma - não como uma meta final, mas como ponto de partida para novos corredores de aprendizagem e desenvolvimento pessoal -, adquire um valor imensamente maior e encerra aquela que deve ser a missão dos Centros Novas Oportunidades: assegurar uma oportunidade de qualificação adequada ao perfil e necessidades de cada adulto e promover a procura de novos processos de aprendizagem, de formação e de certificação, numa política efetiva de aprendizagem ao longo da vida. Física Ótica na Escola No dia 26 de março, realizou-se uma palestra sobre Física Ótica relacionada com “Luz e Fontes de Luz. Ótica Geométrica”, no âmbito da disciplina de Física e Química. O orador convidado foi o Dr. Miguel Rocha, licenciado pela Universidade do Minho em Física Ótica, e sócio-gerente das óticas Euracini, sitas na Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Os alunos participantes foram, maioritariamente, dos segundos anos dos cursos técnicos de Construção Civil, Eletró- Os testemunhos positivos de vários adultos que vivenciaram estas experiências de valorização pessoal, profissional e social são um alento para o reforço do compromisso do CNO da EPB, em continuar a apoiar quem nos procura na definição de trajetórias que garantam aos adultos melhores condições para enfrentar os desafios atuais e futuros. Esperando sempre que a passagem pelo CNO se possa transformar num efetivo regresso a um processo de educação e formação, dirigido a um futuro onde a aprendizagem ao longo da vida passe a ser uma constante. Ana Cláudia Rodrigues Coordenadora do CNO A Iniciativa Novas Oportunidades Foi para mim uma mais-valia Completei o 9º ano Com satisfação e alegria No nosso grupo somos oito Sempre nos demos bem Agora vamo-nos separar Até ao ano que vem A todos os formadores Eu quero agradecer No decorrer da minha vida Nunca os vou esquecer A todos vou recordar Com grande satisfação E todos levo comigo Dentro do meu coração Rosa Silva Grupo 25 de Nível Básico CNO da EPB nica, Automação e Comando, Energias Renováveis, Frio e Climatização, e Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. Uma vez que a maioria dos temas abordados já tinha sido lecionada, levou a que a intervenção do orador ajudasse na consolidação dos conteúdos, tornando a sessão mais proveitosa junto dos alunos, através de uma interação reflexiva e muito esclarecedora. Rosa Martins Professora 27 escola Mais EPB, mais Escola A meta principal de uma escola não tem segredos: é preciso fazer com que o aluno aprenda. Mas a aprendizagem que a escola é capaz de proporcionar não se encerra nos conteúdos ou no aperfeiçoamento do domínio das práticas e técnicas a que o perfil profissional de cada curso convida. É importante formar pessoas ativas, preparadas e autónomas. Nessa aspiração, a EPB não abre mão de propor e abrir projetos e parcerias, numa demanda constante por proporcionar aos alunos experiências significativas que contribuam, por um lado, para a aquisi- ção e consolidação de atitudes que lhes garantam uma melhor preparação para os vários contextos de vida, e, que, simultaneamente, os realizem, tornandoos mais felizes. A Mais EPB é uma dessas parcerias, que existe por vontade imperativa de apoiar a formação global dos alunos da EPB, através do apoio a iniciativas, dinâmicas e projetos que concorram para o desenvolvimento do sentido crítico, es- 28 tético, artístico e criativo, para a promoção da saúde e bem-estar, da cooperação e solidariedade, da cidadania ativa e da responsabilidade social. Em suma, para o seu crescimento pessoal, profissional e social. De mãos dadas com a escola que lhe empresta o nome, a Mais EPB está sintonizada com a missão da escola e a sua agenda educativa, expressa no plano de atividades. Dela nasce e com ela caminha, numa relação de grande cumplicidade e compromisso. A Mais EPB, uma associação aberta e plural, apresenta-se como um aditamento ao projeto educativo da escola, procurando ampliar as potencialida- des dos alunos, explorar e incentivar talentos, encorajar desafios. A sua ação desenvolve-se em vários domínios: cultura e lazer, desporto, cooperação e transnacionalidade, social e psicoeducativo, inovação e criatividade. No presente ano letivo, a Mais EPB, entre outras ações: Valorizou o mérito individual e coletivo, através da atribuição de 29 prémios de mérito e 60 menções honrosas, de prémios nos vários concursos dinamizados pelos diferentes departamentos (postal de natal, halloween, braga e a imagem da matemática, torneio de jogos matemáticos); Apoiou iniciativas e atividades que se impõem pela sua qualidade, como a participação de alunos de eletrónica no Robocup - Festival Mundial de Robótica (que irá decorrer no México), na sequência da sua excelente prestação no Festival Nacional de Robótica, organizado pela Universidade do Minho; Impulsionou a componente desportiva, patrocinando as equipas júnior e sénior do EPB futsal; “a Mais EPB está sintonizada com a missão da escola e a sua agenda educativa, expressa no plano de atividades. Dela nasce e com ela caminha, numa relação de grande cumplicidade” Incentivou motivações artísticas e o nascimento de talentos, com o lançamento do CLÃ – Clube de Leitores e Atores, o financiamento da formação do grupo de percussão e a aquisição de instrumentos musicais para a sua aprendizagem e atuações; Contribuiu para a difusão de uma atmosfera cultural, trazendo o teatro à escola e aos seus mais de 500 alunos, através da coparticipação da peça de teatro “Querida Matemática”; Proporcionou a participação de 17 alunos em estágios transnacionais, mediante o apoio a viagens e estada em diferentes países europeus; E continua aberta a todos os que ousarem apresentar ideias, se atreverem a lançar projetos, a empreender iniciativas… Mais EPB. A tua associação, (n)a tua escola. Somos todos MAIS EPB! Ana Cláudia Rodrigues Presidente opinião Da EPB para o empresariado No âmbito das III Jornadas Administrativas, ouvimos o testemunho do exaluno e atual empresário João Oliveira. “Ouvir o que temos para dizer sobre a realidade circundante é um processo de aprendizagem importante. Passei pela EPB, Curso Técnico de Contabilidade, entre 95 e 98, com muita irreverência à mistura. Sou parente próximo desta geração, por isso, tudo aquilo que disser, deverá servir de motivação. Pois, a vida só é dura para quem a enfrentar de forma negativa. Então, terminei o curso e entrei no mundo trabalho. Por vezes, trabalhava gratuitamente, sem exigir nada em troca, para aprender, uma atitude com que adquiri conhecimentos técnicos e relações pessoais que se transformaram hoje em comercias, que ainda mantenho com sucesso. Considero muito mais enriquecedor a passagem por uma empresa do que um projeto. A vivência em muitas empresas permitiu-me uma capacidade de aprendizagem diferente, real, o chamado “traquejo” que os projetos não desen- volvem, porque em muitos casos são situações simuladas. Depois da EPB, fui para o IPVC, em Viana do Castelo, tirar o curso de Gestão. Na universidade, fui dirigente associa- tivo, entre outros. Sentia-me à vontade nas disciplinas técnicas, tendo apenas que me aplicar nas outras, mas não me contentava com um 10, fazia sempre melhoria. É importante querer ir mais além, pois devemos ser empreendedores nos estudos. Numa altura difícil, devemos trabalhar mais, e isso começa nos estudos. Após a licenciatura, cheguei a dirigir uma IPSS de Esporões, fui gestor de uma empresa, mas isso não me completava, porque não tinha poder de decisão. Por essa razão, criei a FRITEMPO, em 2005. Hoje, temos influência nacional nos grandes grupos económicos e relações comerciais com Angola, entre outros. E ótimas relações com a EPB, considerando-nos um parceiro privilegiado da instituição. Acho importante completar as competências adquiridas nos cursos profissionais e superiores, pois falar várias línguas, dominar o office ou softwares diversificados são uma mais-valia. É importante acrescentar valor ao curriculum, ter várias experiências, se possível no estrangeiro, e manter tal capacidade de aprendizagem ao longo da vida. Por último, os alunos finalistas encontram-se num dilema complicado, mas a minha garantia é que todos estão mais preparados do que os desempregados. Em jeito de conselho, digo-vos que é importante estarmos atentos às oportunidades, porque elas andam por aí. “ Recolha de Eugénia Coutinho A educação dos filhos Nos dias de hoje, é difícil educar os nossos filhos! Há muitas influências adversas: internet, marcas de roupa e de calçado, jogos de computador, playstations, saídas à noite, companhias menos próprias, etc.. Os pais não podem ceder a todos os caprichos e vontades dos seus filhos. Temos, sim, a obrigação de lhes explicar e fazer entender que a vida é muito mais que marcas e divertimentos, que é preciso trabalhar muito e economizar, para podermos ter os bens essenciais para viver com honestidade e sermos alguém. Chamá-los a colaborar nas tarefas da casa, pois, se todos comem, se todos habitam na casa, também todos devem ajudar-se uns aos outros. Educá-los para 30 serem bons cidadãos, respeitadores e humildes… E, para serem alguém na sociedade, têm de se preparar, estudando, formando-se de preferência e se possível na área para a qual sentem vocação. Temos de estar atentos a todos os sinais, deixá-los participar em todos os eventos e iniciativas em que eles demonstrem interesse e que possam enriquecê-los pessoal e intelectualmente. Quando descobrem e sabem o que realmente querem para o seu futuro, é meio caminho andado e, então, devemos apoiá-los e incentivá-los para que sigam em frente com autoconfiança. Se, “apoiá-los e incentivá-los para que sigam em frente com autoconfiança” por ventura, têm uma maneira difícil de ser, temos de procurar a melhor forma de comunicar. Sou totalmente contra a opressão, os castigos, o “ficas sem o computador”, ou, “ficas sem o telemó- vel”, castigos que, na minha opinião, pioram tudo. Uma conversa aberta e um voto de confiança acompanhados de bons exemplos de nossa parte são muito mais eficazes que esses castigos que só servem para os revoltar ainda mais! Mas também não podemos deixá-los entregues à sua própria sorte, devemos sempre supervisionar, muitas vezes sem que eles se apercebam de que estamos de vigia! Se depositarmos confiança neles e conversarmos abertamente, vão sentirse apoiados e à vontade para desabafar qualquer dúvida ou receio que possa surgir, seja no campo escolar seja no campo pessoal e, dessa forma, conseguiremos entendê-los, aconselhá-los e orientá-los da melhor maneira possível e considerada a mais correta. Fernanda Sousa Encarregada de Educação opinião Alterações na lei laboral Com as alterações da legislação laboral, o Governo pretende, para o período compreendido entre 2012 e 2015, “simplificar a legislação laboral através de uma maior clareza das normas e diminuição da burocracia” bem como “criar um regime legal mais ajustado à realidade das empresas”. Numa altura em que as alterações em torno da legislação laboral estão na ordem do dia, torna-se útil proceder a uma breve sintetização daquelas que já estão vigor. As alterações mais substanciais e geradoras, por ora, de maior polémica e controvérsia no seio dos trabalhadores passam pela redução da compensação em caso de despedimento e a alteração das regras dos contratos a prazo. Com a Lei 53/2011 de 14 de outubro foram alteradas as regras de cálculo das compensações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento. Assim, quem celebrou um contrato de trabalho a partir do mês de outubro de 2011 já é afetado por essas novas regras de cálculo e, em função disso, receberá o equivalente a 20 dias de compensação por cada ano de trabalho, com um limite máximo igual a 12 meses de retribuição. É de salientar que estas alterações são válidas apenas para os contratos celebrados após a sua entrada em vigor pelo que não prejudicam os direitos adquiridos com a celebração de contratos anteriores a essa data (outubro de 2011) que mantêm compensação de 30 dias de retribuição-base e diuturnidades por cada ano de antiguidade. E, no caso de contratos a termo certo, é de três ou dois dias por mês, consoante o contrato seja, respetivamente, inferior ou superior a seis meses. Contudo, pretende-se o alinhamento das condições da indemnização dos contratos antigos com as dos novos, possibilidade que está a ser discutida e ponderada. “as empresas vão poder renovar até cinco vezes os contratos a termo” Com as novas regras, o valor a instituir será de 20 dias por ano (a aplicar proporcionalmente aos contratos a termo) e parte deve ser financiada por um fundo a criar. É importante referir que a segunda fase do acordo com a “Troika” prevê que essas compensações, a longo prazo, possam vir a ser de 8 a 12 dias. Além disto, a Assembleia da República aprovou ainda a Lei 3/2012 de 10 de janeiro que permite às empresas prolongar por mais 18 meses os contratos a prazo, até um máximo de duas renovações. A medida permitirá manter a trabalhar cerca de 30 mil pessoas por mês e vai abranger os contratos que caduquem até junho de 2013. Foi então instituído um regime de renovação extraordinária dos contratos a prazo que estejam no limite de renovações, por um período máximo de ano e meio: - Passa a existir a possibilidade de duas renovações extraordinárias para os contratos a prazo que expirem até 31 de dezembro de 2012 e que, à luz do Código de Trabalho, não podiam ser renovados; - Também para os contratos a termo certo passa a ser possível o seu prolongamento por um período máximo de 18 meses. Esta renovação extraordinária é permitida com as seguintes limitações: a) Só podem ser objeto de renovação nos termos da Lei n.º 3/2012, os contratos a termo certo celebrados ao abrigo da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro; b) Em termos formais, apenas podem ser objeto de duas renovações; c) A duração de cada renovação não pode ser inferior a um sexto da duração máxima do contrato ou da sua duração efetiva, consoante a que for inferior; d) Independentemente das regras anteriores, as renovações extraordinárias não podem vigorar a 1 de janeiro de 2015. Desta forma, as empresas vão poder renovar até cinco vezes os contratos a termo que têm em vigor. Note-se que até agora a lei só previa três renovações. As entidades patronais há muito que vinham a reivindicar esta flexibilização dos contratos a termo e, em tempo de crise, acabaram por atingir esse objetivo. Adelaide Cerqueira Professora 31 opinião Em jeito de carta Querida Matemática Tu e eu sabemos bem que aprender Matemática potencia capacidades para a vida e amplia as possibilidades de os alunos compreenderem e transformarem a realidade que os rodeia. Estás presente nas várias etapas do desenvolvimento do ser humano. É só abrirmos o boletim de saúde infantil e ler os dados estatísticos aí registados; na feitura de um bolo, todos os ingredientes de determinada receita têm que ser colocados na proporção certa; os governos, ao descreverem as dificuldades do país, aplicam medidas para a sua resolução, fazendo-o através da tua linguagem, com termos matemáticos básicos, como percentagem e probabilidade. Então, o que fazer para inverter a ideia errada de que tu não serves para nada, e até levas os alunos a tirar notas baixas? Não achas que o Ministério da Educação, Encarregados de Educação, alunos e professores têm que rever a relação que têm contigo, dando-te mais credibilidade e valor? Tudo passa por iniciativas que levem o aluno a sentir-se atraído para atividades interessantes, sentindo-te como um constante desafio. Ora, é exatamente esse o caminho a trilhar pela Escola Profissional de Braga, onde se proporciona aos alunos excelentes condições de aprendizagem: apareces com reforço de uma hora por semana, nas turmas do 10º ano; tens uma permanente relação com todos os alunos através da prática de Jogos Matemáticos, ao longo de cinco meses, de que até já resultou a consagração do aluno de Gestão Warton Cravid como campeão nacional! “o que fazer para inverter a ideia errada de que tu não serves para nada, e até levas os alunos a tirar notas baixas?” É por isso que te podemos chamar “Querida Matemática”. E aqueles que ainda não te conheciam, certamente não mais te irão esquecer, desde o passado dia dezasseis de abril, quando a EPB abriu as portas ao teatro, para acolher a Companhia Profissional Teatro Azul, que representou a peça “Querida Matemática”, da autoria de Nuno Henriques. Todos os alunos assistiram a este espetáculo, em quatro sessões ao longo do dia, tendo a oportunidade de presenciar uma excelente interpretação de três atores que, em curtos episódios, destacaram, com humor, a tua utilidade no dia a dia das pessoas. Afinal, Matemática, até és bem simples e divertida! E, se te encararmos assim, os teus problemas transformam-se numa viagem alucinante ao mundo do conhecimento, iluminando as mentes brilhantes e levando o teu brilho às mentes que teimam em não ver a tua luz. José Pedrosa Professor The world of work IN MY OPINION the world of work has been changing. Nowadays all industry companies have been developed and workers must be prepared to this and to work with all sorts of technology. The world of work needs people who have skills, they have to be able to adapt to all situations, to have enthusiasm in what they are doing and a self-management to have success in this world. I think that I have not the necessary skills because I am too young and I have to learn by experience. To apply for a job, first we need to do a good and true Curriculum Vitae, and give all information about our qualifications. 32 We know that there are well-paid and badly-paid jobs but, in my opinion, if a person tries hard, the salary will increase and a promotion can be given. I would like to have a part-time job, because I would like to study too, and have flexitime schedule. I would like to have an uncomplicated work, something related with what I had learnt at school. In the future, I will be happy if I stay in a company and contribute to its productivity and one day, when I get older, I would like to retire and have some money. Diana Ferreira 3º ano Contabilidade opinião Educação, valores e comportamentos Quando nos interpelamos sobre o modo como devemos organizar a escola para a necessidade de construir comportamentos estruturantes que promovam a integração social e profissional dos nossos jovens, sentimos necessidade de mergulhar nos grandes princípios e valores que os devem sustentar e legitimar. Mas de imediato também somos interpelados com a questão de saber se a escola deve ou não ensinar valores, rodeados que nos encontramos pelo primado do relativismo. Certo é que muitos autores consideram que a educação tem como objetivo o desenvolvimento intelectual e moral, a formação integral da pessoa e do cidadão. A Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86, de 14 de outubro) atribui ao sistema educativo a responsabilidade de “assegurar a formação cívica e moral dos jovens”, sendo esta formação dirigida para a democracia e para o respeito pelos direitos humanos. O cidadão ideal é livre, responsável, autónomo, solidário, respeitador dos outros, das suas ideias e das suas culturas, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, crítico e criativo em relação ao meio social, capaz de uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos. A tese de que a escola deve ensinar valores surge reforçada pela ideia de que nenhuma forma de educação é neutra ou independente, pelo facto de a transmissão de valores ser uma tarefa da civilização, e pela possibilidade de encontrarmos um núcleo de valores consensuais, nomeadamente o sentido de justiça e a procura da verdade, o respeito pelo outro, a equidade, que se encontram na base da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948). A tese da intervenção da escola na promoção de valores socorre-se também da crise da família, da menor influência da Igreja, do impacto negativo da televisão, do aumento do egocentrismo, do materialismo e da delinquência juvenil. As grandes questões com que o Homem se confronta são questões de ordem moral: “de que modo devo viver a minha vida?”, “de que modo viver com os outros?”, “de que modo viver com a natureza?” Talvez o modo como a escola ensina os valores se torne objeto de discórdia, podendo fazê-lo pela doutrinação, bom exemplo, clarificação dos valores, abordagem estruturalconstrutivista de Lawrence Kohlberg, abordagem pela narrativa, entre outras. Os mandatos da escola atribuem prioridades às principais metas dos sistemas educativos, entre as quais se encontram a cidadania, o autodesenvolvimento e a formação, procurando-se um equilíbrio entre as dimensões científica, técnica e humanística e a promoção de atitudes e valores, quer os que decorrem da reflexividade crítica, da participação cívica, da problematização da justiça ou equidade, quer os que implicam a dimensão relacional solidária e ética. A construção de comportamentos estruturantes deverá estar legitimada eticamente por valores e deverá unir todos os professores na defesa de um conjunto de comportamentos que promovam um positivo ambiente de ensino e aprendizagem e sejam alavanca para o sucesso educativo e profissional dos jovens. A sala de aula é um espaço onde se aprende a trabalhar e se trabalha. O objetivo de construir comportamentos exige da parte de todos os professores um trabalho uníssono, de coesão e em equipa, um processo de contínua observação e persistência e de fundamentação das medidas assumidas e, sobretudo, um trabalho partilhado. Os diversos estilos pessoais e de liderança implicam esse trabalho de coesão, com definição de estratégias comportamentais para cada turma e aluno e exigirá que cada professor seja também investigador. O conhecimento mais aprofundado de cada aluno no plano psicológico e moral e o estabelecimento periódico de metas comportamentais tornam-se cada vez mais prementes no ato educativo. Com três anos de permanência na escola, é possível fazer desta uma atmosfera fundamentadora de princípios e valores, e construir-se uma agenda para o desenvolvimento de comportamentos, que parte da integração num ambiente escolar até à saída para os estágios em contexto empresarial, bem como todo um ambiente que deverá ser preparado como aquele que se deve respirar no ano da prova de aptidão profissional, com apelo ao sentido de responsabilidade, autonomia, empenho, capacidade de ultrapassar problemas, gestão de recursos. A educação para a cidadania incorpora o desenvolvimento de competências como cooperação, capacidade de ouvir, pensamento crítico, comunicação, argumentação e participação, aquisição de saberes relacionados com temáticas como os direitos humanos, ambiente, desenvolvimento sustentável, igualdade de género, consumo, media, multiculturalismo, empreendedorismo, educação financeira, dimensão europeia da educação, entre outras. A promoção da aprendizagem da cidadania vai para além da aquisição do conjunto de saberes, capacidades e atitudes associados a conteúdos, mas também às dinâmicas suscitadas pelo quotidiano escolar, desde a sala de aula, cantina, aos contactos de corredor, que podem proporcionar a aplicação daquilo que vulgarmente se designa por “boa educação”, por respeito por si mesmo e pelo Outro. José Oliveira Diretor Pedagógico 33 a fechar Até sempre! Até sempre! Foi em 2009 que ingressei na EPB. O tempo não passou, voou! Já lá vão três anos. O medo do desconhecido, a solidão no meio de uma multidão completamente estranha passou e, agora, todos esses sentimentos voltam, por deixar de ser uma jovem a quem, de certa forma, ainda vai sendo tolerado tudo. Sentimentos que voltam para quem se vai inserir no complexo mundo do trabalho. Hoje, sou apenas uma finalista do Curso Técnico de Serviços Jurídicos entre tantos outros finalistas de outros cursos que terminarão com sucesso o curso neste ano letivo. Depois desta longa caminhada, é fácil concluir que não é por acaso que a EPB é tão bem reputada no exterior. São bons os profissionais que nela apostam diariamente e são bons os alunos e profissionais que dela resultam. Conheço e reconheço que todos os que nos rodeiam, entre as quatro paredes da escola nos foram importantes neste percurso. Foi uma fase decisiva para todos nós, seguindo-se, agora, o início de uma carreira, que hoje lhe chamamos de futuro mas que, amanhã, poderá ser o nosso constante presente. De certa forma, foi a EPB que nos deu um rumo estruturado à nossa vida. Se me permitem, recomendo aos novatos que aproveitem esta rica oportunidade de crescer, evoluir e, principalmente, de se formarem. E a EPB que continue a apostar com prioridade nos seus alunos, no excelente e dedicado ensino. Para quem não gosta de despedidas, não digamos um “adeus” mas, sim, um “até sempre” a quem nos fez tão bem, ainda que inconsciente disso. Um bem-haja a todos os que me acompanharam durante estes três anos de formação e sucesso. Regina Costa 3º ano de Serviços Jurídicos Porque Amor com amor se paga, é de pura e única vontade minha traçar neste instante o caminho já traçado. Adorável é a cegueira de ver através da claridade, cegueira que se impõe à razão e lógica, abandona estereótipos, e foge do senso comum. Transforma a ilusão do sonho para o agora – presente, obriga à abdicação do que já deixou de existir, para agarrar o que nunca antes foi desejado. Une o impossível ao mais pequeno voto de esperança, e respirase agora, tão descompassadamente, como nunca antes, o doce ar livre de tudo aquilo que, por fim, foi conquistado. Nesta mistura de loucura e amável obsessão, não existem padrões reconhecidos, a ordem rejeita quaisquer apresentações, e só se ouve o bater da porta ao sair. Já nada vejo excepto tu. Fazes o querer insuficiente, e o desejo eterno. Preenches-me o vazio ignoran- 34 do limites de quantidade. Não ofereces em busca da procura, és presente. Somente com um simples toque, dessa atração prolongas uma paz agora já tangível. Poderão banais meras palavras respeitar o que já de ti entregaste, e o que em mim criaste? Palavras fracas, aprecio a sua debilidade. Admito, e mantém-se portanto aquém de poder adjetivar o teu impacto e influência em cada ponto da nossa história. Queimaste-me todas as tentativas de te desenhar, e quando a soma de sentimentos se apouca, tornas a força dos atos indispensável, e um vício para cada dia de sobrevivência neste mundo. Não nasceu ainda língua capaz de pôr em voz alta o que só cá dentro posso ouvir. A tua importância e entrega serão o meu consolo para o resto dos meus dias, e luz para as minhas noites. Manterás dessa forma tão tua a minha maneira tão cega de te ver. O mundo já caiu em silêncio, só nos O Beijo - Auguste Rodin Amor com amor se paga restam as respirações pesadas, a impaciência nos olhos, o movimento entre corpos, e a intimidade dos beijos e carícias. Então, fechemos os olhos e sintamos apenas. Ana Nunes 3º ano de Contabilidade a fechar O quarto da minha mente É tão deprimente Pensar que o pensamento Já está pensado! 24 de abril de 1112 – morre D. Henrique de Borgonha, pai de D. Afonso Henriques. Que quando pensamos que Estamos a pensar Esse pensamento já é retardado, Como um pensamento Acabado de ser pensado Já está terminado. 22 de fevereiro de 1912 – morre Manuel Laranjeira, que escreveu poesia, drama, novela e romance. Foi amigo de Amadeu de Souza-Cardoso, Miguel Unamuno, António Patrício e Afonso Lopes Vieira. Um quarto de pensar ou Pensar num certo quarto, Monótono reto, Pensar geométrico, tédio, Um olhar profundo superficialmente Pensado, por uma divisão, Confuso como o meu pequeno mundo, O quarto da minha mente, Por muitas ou poucas alegrias, Lá se pensa na minha gente, O meu mundo pequeno Onde eu apago, o quarto, Só com um dedo. José Carvalho Algumas efemérides 24 de agosto de 1912 – morre Bulhão Pato, poeta, ensaísta e memorialista, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. As Memórias de Bulhão Pato são uma interessante fonte para o conhecimento da política portuguesa na última metade do século XIX. E também para diversos pratos de culinária. 10 de setembro de 1912 – Alberto Sanches de Castro tornase o primeiro piloto português a voar em território nacional, com 4 curtos voos, depois de montar e experimentar o seu aeroplano. Também enveredou pela pintura, caricatura e cartazes publicitários, como o famoso logótipo do Vinho do Porto Sandeman. 27 de dezembro de 1912 – nasce Manuel do Nascimento, escritor neorrealista, cuja obra reflete o universo profissional seu conhecido, como no caso das obras Histórias de Mineiros e Os Mineiros. 2º ano de Multimédia Fado, alma do povo português ções musicais, a fim de atrair clientela. O Fado passou a ser conhecido depois de 1840, nas público, tornando-a de alguma forma mais comercial. A figura do fadista nasce como artista. Esta foi a épo- ruas de Lisboa, e só durante as décadas de 30 e 40 do século XX é que o cinema, o teatro e a rádio vão projetar esta canção para o grande ca de ouro do Fado onde os tocadores, cantadores, saem das vielas e recantos escondidos para brilharem nos palcos do teatro, nas luzes O Fado - José Malhoa O FADO É um estilo musical português elevado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em novembro de 2011. A origem do Fado reside tanto a nível musical como poético e temático, no romanceiro tradicional e, subsequentemente, na canção narrativa tradicional que, durante séculos, os jograis e os músicos cantaram por feiras, mercados e romarias, nas aldeias, vilas e cidades de todo o país. Fados eram esses cantares narrativos que contavam histórias ou episódios de vidas, desenlaces tristes ou mesmo trágicos que, por contarem a vida, o destino, o fim dessas vidas, se lhes chamou fados. O Fado nasceu na rua, da boca dos músicos ambulantes, só depois passou à taberna, onde encontravam pousada a troco de presta- do cinema, para serem ouvidos na rádio ou em discos. Depois de um certo adormecimento, o Fado tem tido uma certa mediatização nos últimos tempos, devido ao surgimento de uma nova vaga de intérpretes e ao seu recente reconhecimento como Património Imaterial da Humanidade pela Unesco. Expressão maior da alma portuguesa, o Fado canta tristezas e alegrias na voz de um povo. O Fado é português, é toda uma mentalidade, é toda uma História. Se o povo português é o único que canta o Fado, é porque também foi protagonista de uma vivência que mais nenhum povo teve. É vida, é destino, é Fado, é a alma do povo português. Carlos Morais Professor 35 agenda ACONTECIMENTO/ EVENTO EPB nas Festas de S. João Concurso Robocup 2012 Inscrições Ano Letivo 2012/13 Jantar de S. João Estágios Curriculares do 12º ano Estágios Curriculares do 11º ano Estágios Transnacionais ção Auditoria de Renovação da Certifica LOCAL Braga Cidade do México EPB EPB Empresas Empresas Malta, Alemanha e Espanha EPB Singapura SINGAPURA é uma cidade de passagem, onde habitualmente se faz escala para outros destinos, mas não deixa ninguém indiferente. Considerada o centro financeiro mais importante do sudeste asiático, ali convivem o antigo e o moderno com singularidade, entre povos de diferentes raças (hindu, chinesa e islâmica) que evidenciam a sua cultura na arquitetura, religião, festividades e gastronomia. Sugere-se uma visita a Chinatown, Little India e Kampong Glam (para uma experiência malaia). Recomenda-se também um passeio pedestre por Clarke Quay, Orchard Road e Holland Village. Não deixe também de visitar o Hotel Raffles, um exemplar do estilo colonial britânico. 1 a 29 de julho 4 e 5 de julho Carla Rocha Professora UM ESPETÁCULO musical? Uma festa? Uma experiência individual ou coletiva? Durante muitos anos, os concertos foram experiências explosivas do Rock ao Clássico, passando pela World Music ou pelo Jazz, que serviram para explorar os limites teóricos dos génios da composição e para ultrapassar os desafios da execução técnica. Mais recentemente recordo concertos que são meras apresentações de produtos fonográficos, maioritariamente na área da Pop, mas não apenas. Ao longo da minha adolescência, tive o prazer de assistir a vários concertos e o privilégio de participar pessoalmente em centenas de espetáculos, o que me possibilitou atingir um entendimento mais apurado das práticas do concerto-espetáculo, da via profissional, mas o mais importante talvez tenha sido a conclusão que me leva a acreditar, atualmente, que um concerto é uma experiência, coletiva e individual, que se desenrola num formato de espetáculo variável, culminando numa imensa festa. E aqui estamos a falar daquilo que considero já um bom concerto. A 7 de julho, o britânico Peter Gabriel atuará no “Super Bock Super Rock”. O ex-Genesis regressa a Portugal com a sua New Blood Orchestra e o álbum New Blood, editado no ano passado. Apesar de nunca ter visto Peter Gabriel ao vivo, sei que o bom concerto estará lá, certamente, aguardando a nossa participação. 36 15 a 24 de junho 18 a 24 de junho abril a julho 22 de junho 4 de junho a 31 de julho 2 de julho a 31 de julho Destacam-se os edifícios de tamanho impressionante que se avistam na baía, como, por exemplo, as 3 torres unidas na parte superior por uma passarela em forma de barco e também o Museu das Artes e das Ciências que tem a forma de meia flor. Quem desejar conhecer um país ou países daquela parte do mundo deve programar a viagem por forma a dedicar um mínimo de 3 dias à bela Singapura. O que é um concerto? Rui Rodrigues Professor DATA Cosmopolis DAVID Cronenberg é daqueles realizadores cuja filmografia não nos deixa indiferentes. Quando a crise financeira está na ordem do dia, resolve tornar o tema na sua mais recente obsessão, Cosmopolis. Nova York está em pé de guerra. O Presidente dos EUA está na cidade e as manifestações ameaçam afogar Manhattan no caos. Aconteça o que acontecer, Eric Packer, milionário de 28 anos, irá cortar o cabelo do outro lado da cidade. Uma odisseia absurda e persistente de um corretor de Wall Street que desfila colegas, amantes e médicos na sua luxuosa limusine. Mas por causa da instabilidade dos mercados, no fim do dia ele poderá encontrar-se na bancarrota, sem nada para além da resposta à pergunta que o atormenta: pode aquele que possui tudo desejar ainda mais alguma coisa? O filme parece decorrer na fronteira da insanidade, repleto de acontecimentos bizarros e um autêntico desfile de personagens loucos. Rui Pires Professor 12 razões para escolher a EPB Qualidade de ensino Ambiente familiar Excelente imagem junto das empresas Oferta formativa diversificada Excelência das instalações Escola inclusiva e multicultural Reconhecimento oficial do papel da escola na região e na sociedade Personalização do ensino Ensino que associa a formação técnica e científica à humana e social Maior taxa de aproveitamento escolar e inserção profissional Apoio aos seus formandos mesmo depois de terminarem o curso Possibilidade de aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho e prosseguir estudos no ensino superior Ficha Técnica Coordenador: Fernando Silva Redação: Alexandra Corunha, Eugénia Coutinho Marketing e Publicidade: Alexandra Corunha Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG) Fotografia: Alexandre Ribeiro (aluno de DG), arquivo EPB Edição gráfica: João Delgado Ano III nº 5 Junho de 2012 Tiragem: 3000 exemplares [email protected] Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga tel: +351 253 203 860 fax: +351 253 203 869 site: www.epb.pt e-mail: [email protected] Com um muito obrigado, apresentamos as empresas que acolheram os nossos alunos em estágio, no ano letivo de 2011-12. • ABM – CONSTRUÇÃO, REABILITAÇÃO, ENGENHARIA • ACA – PICHELARIA – ARTUR CORREIA ALVES • ACG ASSESSORIA CONTABILIDADE E GESTÃO • AKI • AMBIECO • ANTÓNIO PEIXOTO DIAS & Cª • AR- LINDO • ARCOHOTEL – EQUIPAMENTOS PARA HOTELARIA E CLIMATIZAÇÃO • ARNEG • ARQ. ABEL GOMES • ARTUR DA SILVA RIBEIRO • ASSISTÉCNICA • ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROFESSORES • ATRITO – ENGENHARIA • AUDIAGE – APOIO À GESTÃO DE EMPRESAS • AUDIMINHO, UNIPESSOAL • BEC BRAGA2, EQUIPAMENTOS DE CLIMATIZAÇÃO • BERNARDO DA COSTA & FILHOS • BM CAR • BOSCH CAR MULTIMÉDIA PORTUGAL • BRAGA CEJ 2012 • BRAGACONTA, GESTÃO E FORMAÇÃO EMPRESARIAL • BRAGAREDES – IMPLEMENTAÇÃO DE REDES INFORMÁTICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES • BRAMÉDICA • BRITALAR – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES • BÚSSOLA • BYSTEEL – GRUPO DST • CANTINHOS • CÁPSULA • CARPINCASAIS • CARTÓRIO NOTARIAL DE CABECEIRAS DE BASTO • CARTÓRIO NOTARIAL DR. RODRIGO PEIXOTO • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. AIDA SOUSA • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. ANDREIA AMARAL – ESPOSENDE • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. CATARINA CORREIA • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. JÚLIA MONTEIRO – PÓVOA DO VARZIM • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. MARGARIDA AZENHA • CARTÓRIO NOTARIAL DRA. TERESA JÁCOME • CENTRO CULTURAL E SOCIAL DE SANTO ADRIÃO • CENTRO DA MATEMÁTICA – UMINHO • CENTRO TÉCNICO DA PEDRINHA • CIAB – CENTRO DE INFORMAÇÃO E ARBITRAGEM DO VALE DO CÁVADO • CIDADELA ELECTRÓNICA • CLIMAINOX • CLÍNICA INFORMÁTICA • CLISER – CLIMATIZAÇÕES SÉRGIOS • COMANDA À DISTÂNCIA TELECOMUNICAÇÕES • CONFRARIA DO BOM JESUS DO MONTE • CONSTRUÇÕES PHAESIS • CPFIS • CRU DESIGN • DAPE • DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS – PORTUGAL • DIRENOR • DIVIMINHO • DOCTORLAR • DOMIFER • DST RENOVÁVEIS • DTE – GRUPO DST • DUARTE & MACEDO, SOCIEDADE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA • EDIGMA • EGREENS • ELECTRO MINHO • EMPREITEIROS CASAIS • ENTER • ESCRITÓRIO ATUAL – CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO • ESCRITÓRIO DA ADVOGADA ADELAIDE CERQUEIRA • ESPAÇO DE COR • ESTÚDIOS SANTA CRUZ • EUSÉBIOS & FILHOS • F3M – INFORMATION SYSTEMS • FACEBAQ • FACTECH • FAZ IMPRESSÃO • FERNANDES E PIMENTA, GESTÃO E CONTABILIDADE • FERREIRA MARTINS E FILHOS • FF – FERREIRA E FORTE • FOTOLÂNDIA • FOTO – VIVA • FRISA – KLIM WHITE • FRITEMPO – COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS DE FRIO E AR CONDICIONADA • GASAIR • GRAU R – INDÚSTRIAS DE MADEIRA • GREENER • GROUPFIX – ENGENHARIA, TELECOMUNICAÇÕES E MULTIMÉDIA ACE • IDT CONSULTING • IMAGO • INSTITUTO CIÊNCIAS SOCIAIS UMINHO • ITEC – IBERIANA TECHNICAL • J.CASTRO E FILHOS • JM – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E SERVIÇOS • JPRUDÊNCIO • LABORATÓRIOS KOY • LC – FERNANDO LEONEL COELHO RODRIGUES • LINCIS • LIVRARIA CENTÉSIMA PÁGINA • LOOKWARE – COMUNICAÇÃO E IMAGEM • LUSITAR • LUXOFRI • MAFIROL – INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃO • MAISDECÓPIAS • MB4 – CLIMATIZAÇÃO E CANALIZAÇÕES • MMCI – MULTIMÉDIA • NETFIXA • NOSTRAGEST, GABINETE DE CONTABILIDADE E CONSULTORIA • NOTAS E ASSUNTOS • NOVAFRIO • NÚCLEO DATA – CONSULTORIA E PROGRAMAÇÃO INFORMÁTICA • ON OUT – CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO • PALMEIRA FRIO • PARQUE NATURAL PENEDA GERÊS • PAULO – FÁBRICA DE BALANÇAS • PROFIJECTO – ENGENHARIA • PT COMUNICAÇÕES • PVIANA E JSOARES, ESCRITÓRIO DE ADVOGADAS • RED – DESENVOLVIMENTO E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL • REFRIVIA • REVISTA SIM • RITMOS E REFLEXOS • RUVICONTA – GABINETE DE CONTABILIDADE • S.E.E.F – SOCIEDADE DE ESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS • SCHMITT – ELEVADORES • SERCOLOR DE SÉRGIO VIDRAGO • SERICEL • SIGNA • SIPC • SOCIMORCASAL – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA DE CONSTRUÇÕES CIVIS E REPRESENTAÇÕES IRMÃOS CASAIS • SOLAVAC • SOLICITADOR MANUEL MOREIRA • SOPRESTIGIO BANDEIRAS • STEELGREEN – GRUPO DST • SUEVOS • SYNERGIA – CENTRO CULTURAL STº ADRIÃO • MIX STORE • THC – TRANSPORTES HENRIQUE & CATARINA • TLCI, SOLUÇÕES INTEGRADAS DE TELECOMUNICAÇÕES • TOLDIGEST • TRIAF • TRIALARMES • TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES DE BRAGA • TRISOMA – CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO • TV MINHO • UNIVERSIDADE DO MINHO – INSTITUTO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS • VALERIFRI, UNIPESSOAL • VESPASIANO MACEDO & ASSOCIADOS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS • VIEIRA E LOPES – OCRAM • WELINK – COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA • WORTEN • XZ CONSULTORES • ZEBRA • ZEF COLOR