XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica Encontro Anual de Iniciação Científica 2014 1 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica COMISSÃO ORGANIZADORA PRESIDENTE Profª. Drª. Francisca Pinheiro da Silveira Costa COORDENADORES Profº. Drº. Afonso Ligório Cardoso Profª. Ms. Fernanda Cristina Figueira Teixeira Profª. Drª Lanny Cristina B. Soares Profª. Drª. Vandeni Clarice Kunz 2 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO ADMINISTRAÇÃO DA ENTIDADE MANTENEDORA Diretor Presidente: Domingos José de Souza Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Tesoureiro: Élnio Álvares de Freitas ADMINISTRAÇÃO GERAL DO UNASP Reitor: Euler Pereira Bahia Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão: Tânia Denise Kuntze Pró-Reitora de Graduação: Sílvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor Administrativo: Andrenilson Marques Moraes Secretário Geral: Marcelo Franca Alves Diretor do Campus EC: José Paulo Martini FACULDADE ADVENTISTA DE TEOLOGIA Diretor: Emilson Reis COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO Francisca Pinheiro da Silveira Costa COORDENAODRES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Curso de Administração Everson Munkenberg Curso de Ciências Contábeis Waggnoor Kettle Curso de Direito Lélio Maximino Lellis Carlos Alexandre Hees Curso de Educação Artística Ellen de Alburquerque Boger Stencel Curso de Engenharia Civil Débora Pierini Gagliardo Curso de História Elder Hosokawa Curso de Jornalismo Ruben Dargã Holdorf 3 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica Curso de Letras Milton Torres Curso de Pedagogia Betânia Jacob Stange Lopes Curso de Publicidade e Propaganda Martin Kuhn Curso Rádio e TV Martin Kuhn Curso de Teologia Ozeas Caldas Moura Curso de Tradutor e Intérprete Milton Luiz Torres Curso de Sistema para Internet Thales de Társis Cezare APRESENTAÇÃO O Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP, campus de Engenheiro Coelho vem, por meio do XVI Encontro Anual de Iniciação Científica – ENAIC, apresentar a toda comunidade acadêmica a produção científica de docentes e discentes, através de pôsteres, resumos e apresentações orais. Considera-se a realização deste encontro como de vital importância para o desenvolvimento de atividades científicas, servindo de estímulo para o aprimoramento de pesquisa e produção do saber acadêmico. A realização deste encontro é fruto do esforço e envolvimento de professores e alunos na construção do conhecimento. Nosso sincero agradecimento a todos que participaram e apoiaram a concretização deste encontro. Francisca Pinheiro da Silveira Costa Coordenadora de Pesquisa do UNASP-EC 4 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ADMINISTRAÇÃO 5 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: UM ESTUDO SOBRE OS TESTES DE APTIDÕES APLICADOS PELO GRUPO APSE Gabriella Oliveira Lopes [email protected] Marlon Victor Marques [email protected] Jéssica Gomes da Silva [email protected] O artigo trata do papel decisivo da administração de recursos humanos no processo de Recrutamento e Seleção de pessoas, apontando as necessidades existentes no planejamento da busca por talentos humanos, as etapas e os mecanismos de recrutamento e seleção de pessoal. Cada indivíduo é um ser único, com características e aptidões únicas e específicas. O modo mais justo e necessário é aquele que consiste em colocar o indivíduo na posição correspondente às suas aptidões e capacidades. As organizações atuais têm se envolvido cada vez mais na tarefa de buscar e reter talentos, um dos maiores desafios das organizações. Tal tarefa consiste em um processo de atração. Se de um lado as empresas necessitam captar pessoas, de outro lado os indivíduos buscam entrar nas organizações. A relevância do setor de Recrutamento e Seleção deixa acessível aos profissionais da área maneiras de realizar a atividade. A primeira etapa é a verificação do cargo e vaga disponível, a próxima etapa é traçar o perfil desejado do profissional, com essas informações bem definidas a terceira etapa é escolher entre uma gama de opções qual teste será o mais adequado para a obtenção das informações necessárias sobre o perfil do entrevistado, o que justifica a escolha do tema. É fundamental mapear importantes e valiosas informações sobre o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho, suas competências, seus talentos e aptidões, possíveis limitações e, sempre que possível, como revertê-las através de um programa de autoconhecimento. Vários autores são citados nesse trabalho para mostrar através de pesquisas bibliográficas o que eles entendem sobre o que foi abordado. Palavras-chave: Recrutamento; Seleção; Teste. 6 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ARQUITETURA 7 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PRESERVAÇÃO DE ACERVOS E DA MEMÓRIA: REVISÃO DO BANCO DE DADOS DAS IGREJAS E GRUPOS ADVENTISTAS NO BRASIL Mayla Magaieski Graepp [email protected] Orientadora: Janaína Xavier [email protected] Apresentar uma revisão e acréscimo de um banco de dados virtual de igrejas e grupos adventistas do sétimo dia. As informações disponíveis foram inicialmente coletadas pelo Centro Nacional da Memória Adventista (CNMA) a partir de 1987. A introdução do projeto se deu em fevereiro de 2014. Até então, o material se encontrava desorganizado e desatualizado. Também faz parte desse conjunto de dados de igrejas e grupos um acervo material de documentos e fotografias pertencentes a esses. Revisar os conteúdos e atualizar o banco de dados, anexando junto ao resumo histórico uma fotografia da fachada principal do edifício; Incrementar ao banco de dados várias outras igrejas adventistas do sétimo dia; Disponibilizar as informações por meio virtual. A principal justificativa para este projeto está no enfoque da preservação da memória da Igreja Adventista do Sétimo Dia em relação ao histórico de cada igreja / grupo e a divulgação do mesmo. O acervo material disponível das igrejas foi selecionado, setorizado por Estado e catalogado em uma planilha do programa Excel. Colocou-se o nome do grupo de membros e o seu respectivo acervo disponível (documentos, cartas, fotos, etc.), doados ao CNMA; Os históricos já existentes foram atualizados através do contato com a respectiva associação ou pastor do distrito, nas enciclopédias: Seventh-Day Adventist Church Yearbook e também por meio da internet. Foi feita uma busca de fotografias das fachadas do edifício no google maps, páginas virtuais das igrejas e no acervo de fotos do Centro Nacional da Memória Adventista. Ampliação do banco de dados através da elaboração de novos resumos históricos de igrejas. Compilação do material e disponibilização na Wikipédia do CNMA (http://www.wikiasd.org). Foram catalogados 434 grupos e igrejas e disponibilizados os históricos na Wikipédia do CNMA juntamente as respectivas fotografias da fachada principal dos edifícios. Palavras-Chave: Igreja Adventista; Histórico; Acervo. 8 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARBÓREA NO CONFORTO TÉRMICO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO Larissa Elaine de Souza Holdorf [email protected] Mateus Felipe dos Santos [email protected] Matheus Venâncio Reis e Silva Orientadora: Denise D. O. Morelli [email protected] A vegetação como elemento de fachada possibilita minimizar o ganho de calor, proporcionando melhor condição térmica na edificação e ao usuário. Muitos estudos mostram que a vegetação em áreas urbanas resulta em melhores condições climáticas, trazendo conforto térmico e visual para os usuários. Nas edificações a presença de vegetação também possui um resultado significativo no conforto térmico. No Brasil, algumas regiões as temperaturas são mais amenas no inverno e altas no verão, e o uso da vegetação contribui para minimizar o ganho de calor na envoltória da edificação através do sombreamento. O conforto interno da área construída permite que a temperatura interna esteja em equilíbrio com o organismo do homem. Esta inter-relação do organismo do homem e a sensação de conforto térmico compreendem na troca de calor entre o homem e seu ambiente. A pesquisa foi realizada em dois edifícios residenciais de construção idêntica, diferenciando-se apenas pela presença de árvores na fachada de uma edificação e outra edificação sem árvores. A análise da temperatura externa, umidade refletiva do ar, velocidade do vento foi compara com as respostas sobre a sensação de conforto térmico obtidas de questionários aplicados aos moradores das edificações, permitindo determinar as condições limite do conforto térmico. O resultado permite concluir que o uso da vegetação na fachada minimiza o ganho de calor nas edificações no período mais quente do ano. Também demonstrou que a vegetação é aceita pelos moradores da edificação que possui árvores na fachada e que os moradores do edifício sem vegetação da fachada, no que se refere ao desempenho térmico, são igualmente indicados. Palavra-chave: conforto térmico; sensação térmica; vegetação. 9 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI GEOGRAFIA 10 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE DO PROCESSO DE SEDIMENTAÇÃO NO CURSO FINAL DO RIO AMAQUÃ Leandro Barcelos de Lima [email protected] Orientadora: Lisa Fernanda Meyer da Silva [email protected] O Rio Camaquã é o maior rio da Bacia Hidrográfica do Camaquã. O rio tem aproximadamente 468 quilômetros de extensão. Nasce da tripla confluência entre o arroio do Hilário, em Lavras do sul; o arroio Camaquã Chico, entre Bagé e Dom Pedrito; e o arroio das Lavras, em Caçapava do Sul, aproximadamente 160 metros acima do nível do mar. O rio está situado sobre uma falha geológica estável e muito antiga, de estrutura rochosa sedimentar. O Camaquã, assim como a maioria dos cursos d'água, perenes e exorreicos, pode ser dividido, da nascente à foz, em três trechos distintos: o curso superior, o curso médio e o curso inferior. Nesta pesquisa, nos interessa analisar como ocorre o processo de sedimentação rochosa no curso inferior do rio. Esta pesquisa foi desenvolvida utilizando-se o sensoriamento remoto para a obtenção de dados, principalmente através do programa de foto vertical Google Earth; aliado à pesquisa bibliográfica temática. Com a pesquisa foi possível determinar que neste trecho o rio é dominado por meandros longos e grandes depósitos sedimentares, ou seja, partículas minerais provenientes dos cursos ao montante, que, basicamente, são de natureza síltica e argilosa, proveniente da carga em suspensão em constante fragmentação. Neste trecho, o rio atravessa os municípios de Camaquã, Amaral Ferrador, São Lourenço do Sul e Cristal, e escoa sobre a planície costeira, em baixa velocidade, visto a baixa topografia do terreno, não superior a 14 metros. Nesta área identificamos os locais mais assoreados do canal, com a formação de diversas ilhas sedimentares, que 'obrigam' o rio a se ramificar constantemente. O curso inferior do Rio Camaquã termina quando suas águas alcançam a Laguna dos patos, próximo as coordenadas 31°17º15° latitude sul e 51°44º 39º de longitude oeste, onde forma uma imensa foz em forma de delta, em decorrência da maneira como os detritos, provenientes do processo de erosão e fragmentação das partículas, são transportados e depositados. Este local é, predominantemente, formado por ilhas, terras alagáveis, sob constante pulso de inundação, muitos banhados, lagoões, canais meandrastes e canais artificiais. Devesse ser salientado que nessa área também se formam os arquipélagos de natureza sedimentar, muitos servindo como habitat e refúgio para centenas de espécies de aves e mamíferos, muitos endêmicos da região. Palavras-Chave: Rio Camaquã; Processo de sedimentação; Curso inferior. 11 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA DEVASTAÇÃO CILIAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMAQUÃ Leandro Barcelos de Lima [email protected] Orientadora: Lisa Fernanda Meyer da Silva [email protected] A devastação da vegetação ciliar (também conhecida como mata de galeria ou floresta ripária), que se caracteriza como sendo uma faixa de vegetação nativa às margens de rios, lagos, nascentes e mananciais, em geral é considerada um dos principais problemas ambiental em toda área da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã, pois, as matas ciliares constituem-se em um elemento básico de proteção dos recursos hídricos. É a partir da remoção da cobertura vegetal ciliar e adjacente que se iniciam diversos outros problemas, como: a redução na absorção de dióxido de carbono; aumento da erosão, assoreamento e compactação do solo; intensificação dos efeitos da lixiviação; migração, ou até mesmo, extinção de vida vegetal e animal, com consequente redução da biodiversidade; significativa diminuição na qualidade da água do deflúvio, já que a mata de galeria 'trabalha' como um filtro natural; entre tantos outros. Pelo exposto, esta pesquisa pretende identificar quais os principais fatores responsáveis pelo processo de remoção da mata ciliar aos mares da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã. Para tal empreitada utilizamos a metodologia de análise bibliográfica e documental, aliada ao sensoriamento remoto para a obtenção de dados. Com a pesquisa, constatamos que o processo de remoção da mata ciliar das margens de rios e arroios na bacia, tem se acelerado nos últimos anos causando, sobre tudo, drásticas transformações no estado natural antes predominante na área. Estas alterações envolvem desmatamento, cortes e demais atividades que provocam alterações biológicas e que refletem diretamente no potencial ecológico da área atingida. Isso ocorre mesmo estando tal vegetação localizada em área considerada de proteção permanente (APP), conforme o Código Florestal Brasileiro (CFB - Lei n° 12.651/12); além do fato de ser a Bacia do Camaquã classificada como um patrimônio ecológico estadual, em decorrência da sua biodiversidade singular. De acordo com os dados, são vários os fatores que contribuem para o acelerado processo de desmatamento ciliar, a saber: o avanço das lavouras de fumo, soja, arroz e outras; a pecuária extensiva; a substituição da mata nativa por espécies exóticas, destinadas às indústrias de celulose e derivados; a destruição e ocupação irregular, de áreas nativas, para construção de moradias; o aumento do ecoturismo nas áreas da bacia e, principalmente, a falta de uma política pública séria, comprometida com a proteção dessa importante vegetação. Palavras-Chave: Devastação ciliar; Bacia do Rio Camaquã; Consequências. 12 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA ANÁLISE DA REINCIDÊNCIA CRIMINAL ENTRE APENADOS DO PRESÍDIO REGIONAL DE CAMAQUÃ Leandro Barcelos de Lima [email protected] Orientadora: Lisa Fernanda Meyer da Silva [email protected] O Brasil possui a terceira maior população carcerária do planeta, atrás, respectivamente, dos Estados Unidos e da China. O último senso realizado pelo conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostrou que entre os 27 entes federativos haviam mais de 711 mil apenados, distribuídos entre os regimes fechado, semiaberto e aberto. Deste contingente, mais de 65% são reincidentes, ou seja, já passaram outras vezes pelo sistema prisional. Tal fato mostra o alarmante índice de reincidência entre os apenados brasileiros, além de reivindicar uma nova postura do setor púbico frente a essa situação. O objetivo desta pesquisa é identificar o índice de reincidência criminal entre os apenados do Presídio Regional de Camaquã, e traçar um paralelo entre os dados por nós obtidos e os dados do CNJ. A metodologia utilizada é a de análise documental e bibliográfica. No Rio Grande do Sul encontram-se, hoje, encarcerados 27424 homens, sendo 31% reincidentes; e 1746 mulheres, sendo 49% de reincidentes. No Presídio Regional de Camaquã, segundo dados colhidos junto à Superintendência de Serviços Penitenciários (SUSEPE), encontram-se 332 apenados, sendo 310 homens e 22 mulheres, divididos pelos três regimes previstos pela legislação; em uma área com capacidade para apenas 190 detentos. Deste contingente, 128 homens (41,2%) e 9 mulheres (40,9%) são reincidentes, ou seja, já tiveram outras passagens pelo sistema prisional gaúcho. Com os dados obtidos com a pesquisa constatamos um número menor de casos de reincidência entre os apenados do Presídio Regional de Camaquã, se comparado à média nacional divulgada pelo CNJ, porém, o índice de reincidência detectado nesse caso em específico ainda é muito elevado. Tal fato deve-se, sobretudo, à falta de uma política pública séria por parte do poder público visando à reinserção dessas pessoas junto à sociedade após cumprir suas penas, compelindo-as, muitas vezes, a retornar à marginalidade como única forma de sobrevivência. Ou o poder público, unido à sociedade civil e ao terceiro setor, adota uma postura concreta e factível frente a essa situação, ou o ciclo prisão-rua-prisão vai continuar a se repetir continuamente. Palavras-Chave: Sistema carcerário; Reincidência; Presídio de Camaquã. 13 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CIÊNCIAS CONTABEIS 14 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTABILIDADE DO TERCEIRO SETOR: SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DECISÓRIO NUMA ENTIDADE DO INTERIOR PAULISTA Adrielli de Lima Souza [email protected] Ana Clara Vischi Magnusson [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] Este trabalho tem por objetivo investigar o funcionamento da Contabilidade dentro de uma empresa do Terceiro Setor, especificamente uma Associação Esportiva, no interior do Estado de São Paulo, procurando melhor compreensão da sua influência para o processo decisório. O estudo justifica-se pelo fato de que esse ramo da Contabilidade muito tem se destacado no cenário contábil nacional. A Contabilidade, no que diz respeito à sua aplicabilidade, ainda deverá avançar muito nessa área, uma vez que, noutros segmentos, isso já ocorre de forma solidificada, como por exemplo: no Primeiro Setor, que é representado pelo Estado, composto pelas Prefeituras Municipais, Governos dos Estados e Presidência da República, e, o Segundo Setor, representado pelo setor privado, o qual atua, principalmente, na busca pelo lucro. A principal característica das organizações do Terceiro Setor é que não visam ao lucro, e, dessa forma, o Conselho Federal de Contabilidade adota normas e procedimentos específicos para este tipo de entidade. A falta ou o mau uso da Contabilidade como ferramenta de busca de melhor informação e entendimento dos dados fornecidos no terceiro setor podem gerar procedimentos contábeis não confiáveis, gerando assim demonstrações contábeis comprometidas aos fatos reais dessas entidades. A proposta metodológica consiste num estudo bibliográfico, de análise documental e de natureza qualitativa. Assim, a expectativa deste estudo é fornecer uma contribuição à entidade escolhida no sentido de que as demonstrações contábeis possam ser úteis e relevantes no tocante à possibilidade de análise dos recursos por ela aplicados e se estes estão sendo direcionados aos projetos institucionais. Palavras Chave: Contabilidade do Terceiro Setor; Terceiro Setor; Processo Decisório. 15 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: ESTUDO DE CASO NUMA EMPRESA DO SETOR DE COMBUSTÍVEL Andrea Martins de Souza Couy [email protected] Bruno Alves Feitosa [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] No atual cenário tributário brasileiro encontra-se, aproximadamente, 92 tributos, conforme ditames do Código Tributário Nacional, e, segundo pesquisas recentes noticiadas pela Exame (2012), o país lidera um ranking no qual estão listados os países com as mais altas cargas tributárias. Assim, levando-se em conta a obrigatoriedade no recolhimento de tais tributos têm-se uma situação de descontentamento no sujeito passivo “devedor” da obrigação tributária, visto que tais tributos se apoderam de parcela considerável do lucro das empresas. Diante disto os gestores buscam alternativas possíveis para o recolhimento de impostos e taxas, qual seja a definição de um planejamento tributário vantajoso à empresa. O presente estudo justifica-se pelo interesse, tanto dos pesquisadores, quanto da empresa-objeto da investigação. Para tanto valer-se-á de uma pesquisa exploratória-descritiva, de natureza quantiqualitativa, fundamentada em levantamento de dados secundários, ou seja, estudo bibliográfico, bem como numa análise documental, visando desenvolver um planejamento tributário para o Posto Planalto Comércio de Combustíveis LTDA, localizado na cidade de Novo Progresso, Pará, utilizando-se para tanto do princípio da elisão fiscal. Tal princípio consiste na adoção de alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei, logo é legitima e lícita, pois é alcançada de acordo com o ordenamento jurídico. Para isso, inicialmente serão levantadas todas as informações necessárias para a definição e cálculo da receita de vendas, dos custos e das despesas e apuração do lucro. A partir desse levantamento, a situação contábil/financeira da empresa poderá ser analisada; com base na elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício serão reconhecidos e calculados os tributos sendo os quais a empresa esteja obrigada a pagar dentro de cada regime tributário a ser analisado. Tais informações serão úteis no processo da tomada de decisão por parte da administração da empresa em manter-se no atual regime tributário do Lucro Presumido, ou migrar para outro regime qual seja apresentado mais econômico e vantajoso. Palavras-Chave: Legislação Tributária; Planejamento Tributário; Elisão Fiscal; Tributação; Regime Tributário. 16 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A LEI SARBANES OXLEY (SOX): SUA INFLUÊNCIA NA AUDITORIA CONTÁBIL Atos Antônio Ferreira [email protected] Davi Ribeiro de Oliveira [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] Este estudo tem por finalidade abordar a importância da lei Sarbanes-Oxley, mais conhecida como (SOX), para a atuação do auditor nas auditorias realizadas nas organizações que tenham suas ações comercializadas na Bolsa de Valores Norte Americana. Criada por Paul Sarbanes e Michael Oxley em 2002, a referida lei teve o intuito de resgatar a confiabilidade dos acionistas e também fazer com que as empresas tivessem novamente a credibilidade nos mercados nacionais e internacionais, visto que o escândalo ocorrido naquele ano comprometeu a credibilidade de grande parte das empresas que tinham suas ações comercializadas na bolsa de valores norte-americana. Portanto, o presente estudo justifica-se pelo fato do tema estar relacionado a questões de natureza ética, especificamente no campo da auditoria e, também pela confiabilidade da informação por parte das empresas à qual se destina. A proposta metodológica abrange estudo bibliográfico mediante levantamento histórico dos precedentes para então abordar seu impacto na atualidade. Outrossim, o trabalho de campo junto a uma empresa de auditoria KPMG delineará a pesquisa de campo e dará um viés qualitativo, pois, a proposta inclui uma entrevista semiestruturada. A contribuição esperada ocorrerá na medida em que o estudo for desenvolvido, o que poderá acarretar na ampliação do conhecimento das particularidades da lei SOX e também, no âmbito acadêmico, com material científico para futuras pesquisas de novos pesquisadores. Palavras-Chave: Lei Sarbanes-Oxley; Auditoria Contábil; Ética Profissional. 17 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTABILIDADE DE AGRONEGÓCIOS: ADOÇÃO E ANÁLISE NUMA PROPRIEDADE DE PEQUENO PORTE Cibele de Lima [email protected] Raquel Mendes Florenciano [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] A agricultura tem uma grande representatividade na economia brasileira, sendo responsável por produtos importantes no cenário de exportação como soja, açúcar e café, no que contribui significativamente no cômputo geral do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Com o passar dos anos a agricultura vem se desenvolvendo, implantando novas tecnologias com o intuito de melhorar a qualidade, a quantidade e o preço dos produtos. Por ser um setor da economia relevante e estar em pleno destaque econômico faz-se necessário que os produtores conheçam seu negócio, saibam se ele está se desenvolvendo bem, se apresenta algum risco e, naturalmente, se está resultando em lucro ou prejuízo. Assim é que este estudo tem por objetivo mostrar a pequenos produtores de café que a contabilidade pode avançar para além de exigências fiscais e pode contribuir significativamente para o bom desenvolvimento de seus negócios. Para tanto, será realizada uma pesquisa descritiva, com materiais bibliográficos como livros e artigos, bem como uma pesquisa de campo de natureza qualitativa. O estudo será desenvolvido no município de Ibitiúra de Minas - MG e pretende trazer contribuições no sentido de levar informações a produtores daquela região que ainda não se valem da informação contábil devido, provavelmente, a não perceberem a ciência contábil como uma ferramenta que pode auxiliá-los no processo decisório de seus negócios. Palavras-Chave: Decisório. Contabilidade de Agronegócios; Agricultura; Processo 18 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PLANEJAMENTO: ALTERNATIVA PARA O CRESCIMENTO Guilherme Henrique Bueno [email protected] Leandro Ferreira de Camargo [email protected] Orientador: Waggnoor Kettle [email protected] O objetivo desse estudo é verificar o grau de conhecimento que o proprietário de uma microempresa (ME) localizada num município do interior de São Paulo possui sobre o gerenciamento do seu negócio. A pesquisa justifica-se pelo fato das ME possuírem importância considerável no mercado brasileiro atual, pois, representam cerca de 99,2% das empresas do território nacional e empregam 57,2% da potência do trabalho, tornando-se assim, essenciais para a economia e desenvolvimento do país. Entretanto, a taxa de mortalidade das entidades é relativamente alta devido à falha do gerenciamento e na administração das mesmas, pois, boa parte dos seus sócios é constituídos próprios familiares que, na maioria dos casos, representa toda, ou parte, da sua mão de obra direta, não tendo assim um conhecimento aprofundado suficiente para conduzir da melhor forma possível a tomada de decisões e permanecer com um bom nível de competitividade no mercado empresarial, sendo ameaçada pelas grandes empresas que atuam nele. A proposta metodológica de uma pesquisa explicativa de natureza qualitativa, baseada em dados e análise documentais, levantamento bibliográfico. A contribuição pretendida consiste na elaboração de um método estruturado de planejamento que possa futuramente ser utilizado pelos gestores da microempresa estudada, para assim, alavancar o desenvolvimento da mesma e prolongar sua vida útil no ramo de atuação. Palavras-Chave: Microempresa; Planejamento; Gestão de ME. 19 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA UMA EMPRESA DO SETOR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO Micaela Larissa de Campos [email protected] Thatiane Alves dos Santos [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] Diante da evolução da Contabilidade, principalmente nos últimos anos, nota-se que as informações por ela geradas, muito se aproximam da real situação das empresas, e, a cada dia mais essas entidades procuram tomar decisões baseadas nos relatórios fornecidos pela Contabilidade. Desta forma é que as demonstrações contábeis deixam de ser apenas uma obrigação fiscal e se tornam cada vez mais importantes para o processo decisório. Assim é que a finalidade deste trabalho consiste em focalizar as demonstrações contábeis, com especial atenção para o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, verificando a sua importância para uma empresa do setor de transporte rodoviário, a saber, a empresa Viação Limeirense Ltda, localizada no município de Limeira, SP, a qual opera na cidade a mais de quatro décadas e é responsável por 70% dos passageiros locais. Por meio de um levantamento bibliográfico e análise documental, o intuito é analisar a importância das demonstrações contábeis para a referida empresa e contribuir para o seu desenvolvimento, uma vez que se encontra num mercado competitivo daquele município. A busca pelas informações e sua devida análise provavelmente proporcionará dados importantes para o estudo e, possivelmente, trará contribuições relevantes para a empresa estudada no contexto do setor de transporte do referido município. Palavras-Chave: Contabilidade Gerencial; Demonstrações Contábeis; Processo Decisório. 20 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPACTOS DOS TRIBUTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE UMA EMPRESA COMERCIAL OPTANTE PELO REGIME DE TRIBUTAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO Osvaldo João Yomuenho [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] A alta carga tributária Brasileira tem sido umas das principais preocupações das empresas quando se pretende estabelecer o preço de venda dos seus produtos ou serviços a serem oferecidos no mercado consumidor. Dentro desse cenário econômico cabe às empresas escolherem em qual regime de tributação possam ser enquadradas minimizando os efeitos dos tributos sobre os seus resultados. Essa escolha depende, em grande parte, de suas atividades e do seu faturamento normatizados pelo Sistema Tributário Nacional. Este trabalho objetiva, através de um estudo exploratório, apresentar os regimes de tributação existente no Brasil demostrando o impacto da carga tributária numa organização elaborada buscando responder a seguinte questão: Qual o impacto dos tributos na formação do preço de venda de uma empresa comercial optante pelo regime de tributação pelo lucro presumido. Para a elaboração do estudo foi utilizado a pesquisa bibliográfica qualitativa em livros, artigos e em sites oficiais, como exemplo, o da Receita Federal do Brasil. As análises e os resultados permitem que sejam aperfeiçoados os conhecimentos sobre o assunto e, objetiva trazer ao leitor as nuances encontradas sobre a carga Tributária que as empresas sofrem no momento que estabelecem os preços de vendas de seus produtos e / ou serviços no mercado. Palavras-Chave: Contabilidade; Tributos; Preços e Regimes de Tributação das Pessoas Jurídicas. 21 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O IMPACTO DO LEASING NA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) DA AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIAS S/A Roberto Braun [email protected] José Elízio j.elí[email protected] Orientador: Waggnoor Kettle [email protected] Este trabalho tem por objetivo analisar os reflexos do Leasing na Demonstração de Resultado do Exercício da empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a qual opta pela modalidade de Leasing Operacional. O estudo justifica-se pela importância da aviação como meio de transporte mundial e com ofertas de passagens mais acessíveis aos usuários. O mercado da aviação vem crescendo a cada dia, e para que esse mercado continue atendendo a demanda, é necessário que haja investimento, não só nos aeroportos, mas também por parte das empresas aéreas com a compra de aeronaves mais modernas. Atualmente, uma dessas empresas é a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, pois é uma das empresas que, em pouco tempo, conseguiu alcançar o ranking de terceira maior empresa de aviação no Brasil. Isto não se deve apenas à variedade de rotas, mas também pelo fato da empresa contar com uma frota de aeronaves modernas e com conforto que vem correspondendo às expectativas de seus clientes. O Leasing, utilizado com sucesso no Brasil e no mundo, é uma operação onde a empresa arrendatária escolhe o bem de sua preferência, negocia o preço com o fornecedor e, após a assinatura do contrato, solicita a empresa de Leasing que compre o bem para sua utilização. Utilizando-se de uma metodologia fundamentada em levantamento bibliográfico e análise documental, o estudo pretende explorar a referida temática, explorando as duas modalidades de Leasing: financeiro e operacional, no intuito de ampliar conhecimentos que venham contribuir, tanto com os pesquisadores do estudo, bem como apresentar material de consulta a novos pesquisadores. Palavras-Chave: Leasing; Demonstração do Resultado do Exercício; Azul Linhas Aéreas. 22 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTABILIDADE AMBIENTAL: O PRÉ-SAL E SEU PASSIVO AMBIENTAL Vanessa De Jesus Lima [email protected] Orientador: Waggnoor Kettle [email protected] Esse estudo tem por objetivo esclarecer o que é o passivo ambiental e seus fatores geradores e também demonstrar os possíveis danos que a extração do petróleo na camada pré-sal podem causar ao meio ambiente, gerando para a empresa um passivo ambiental. Tendo em vista que o pré-sal no Brasil tem sido visto como fator gerador de grande riqueza para o país acredita-se na importância de esclarecer quais são os benefícios e também demonstrar os possíveis danos que essa extração pode causar ao meio ambiente. O termo présal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m, porém, para que se tenha um bom retorno de toda essa riqueza é necessário que se faça uma extração com o máximo de cuidado, disponibilizando de muita tecnologia, visando uma boa lucratividade e, sobretudo, preservando o meio ambiente. Hoje um dos maiores desafios da Petrobras nesse projeto tem sido o meio ambiente, pois essa camada de petróleo está acumulada numa superfície muito profunda. A extração feita de forma inadequada pode gerar um passivo ambiental que representa os danos causados ao meio ambiente, gerando assim uma obrigação, ou seja, a responsabilidade social da empresa perante os recursos naturais. Portanto, este estudo tem por base uma pesquisa explicativa e qualitativa, envolvendo fontes secundárias, ou seja, revisão bibliográfica por meio da literatura pertinente e também de mídias, sobretudo a internet e análise documental. Palavras-Chave: Contabilidade Ambiental; Pré- sal; Passivo Ambiental. 23 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL: UMA ANÁLISE DO PLANO PLURIANUAL DO MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO COELHO, SP Daniela Cardoso de Moraes [email protected] Jucinelma Luna [email protected] O presente estudo tem por objetivo analisar o Plano Plurianual (PPA) do município de Engenheiro Coelho, SP, o qual está previsto no artigo 165 da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto 2.829, de outubro de 1998. Trata-se de um plano de médio prazo que traça as diretrizes, objetivos e metas para o planejamento estratégico do governo para os quatro anos de mandato. É dividido em planos de ações e cada plano deverá conter: objetivo, órgão do Governo responsável pela execução do projeto, valor, prazo de conclusão, fontes de financiamento, indicador que represente a situação que o plano visa alterar, necessidade de bens e serviços para a correta efetivação do previsto, bem como as ações não previstas no orçamento. É aprovado por lei quadrienal, tendo vigência do segundo ano de um mandato majoritário até o final do primeiro ano do mandato seguinte. As etapas de elaboração, avaliação e revisão constituem as peças básicas do ciclo de gestão, estabelece metas detalhadas para as despesas de capital e outras que porventura sucedam na administração pública, estabelecendo um compromisso público. Este estudo, portanto, justificase pela importância deste plano para a gestão dos municípios de uma forma geral, especificamente, ao analisar a sua influência sobre a gestão municipal do referido município paulista. A pesquisa está situada na linha de pesquisa denominada Contabilidade Aplicada e pretende desenvolver um levantamento bibliográfico, seguida de análise documental e terá natureza qualitativa. A contribuição reside, prioritariamente, no vínculo da legislação pertinente com o planejamento e a gestão do município-objeto deste estudo. Palavras chave: Contabilidade Governamental; Plano Plurianual; Gestão Pública. 24 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica E-SOCIAL: ESTUDO DE CASO NUMA EMPRESA DO SETOR METALÚRGICO EM LIMEIRA, SP Joseane Muslera Lima [email protected] Ana Cecília Ramada Pereira [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] A Contabilidade moderna se utiliza de componentes informatizados com o fim de auxiliar em seus processos e, acima de tudo, atender as demandas provenientes dos seus clientes e também do governo. Este trabalho investigativo pretende focalizar a atuação do setor de recursos humanos de uma empresa do setor de metalúrgica do município de Limeira, SP, no tocante ao e-Social que, juntamente com outros softwares como CAGED, DIRF e GFIP, fazem a ligação entre entidades e governo no que se refere ao levantamento e processamento de informações concernentes aos trabalhadores. Portanto, a presente proposta de pesquisa se justifica pela intenção de promover uma contribuição ao empreendedor no sentido deste ser atendido, e poder atender às instâncias governamentais quanto ao e-Social. Ademais, este software contribui para informações que podem contribuir grandemente para o processo decisório no que se refere a políticas públicas de natureza socioeconômica. Vale acrescentar de que no contexto anterior, a geração dessas informações relativas ao corpo funcional da empresa dava-se manualmente e hoje, com o e-Social, tanto há maior agilidade no processo, quanto menor possibilidade de erros e fraudes. Assim, a questão que se apresenta é: quais são os benefícios que o e-Social podem trazer à empresa Betha S.A. quanto aos aspectos de controle de saúde, segurança, afastamentos e doenças laborais relativas aos seus funcionários? A metodologia pretendida se limitará à investigação de dados secundários, quer seja, livros, artigos e sites da internet, bem como análise documental como documentos referentes ao controle dos funcionários da referida empresa. Desta forma pretende-se atingir o objetivo proposto no sentido de agregar valor à empresa-objeto deste estudo, na perspectiva de que esta possa se valer das facilidades apresentadas pelo software, bem como atender às exigências fiscais e trabalhistas requeridas pelo governo. Palavras-Chave: e-Social; Legislação Trabalhista; Recursos Humanos. 25 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EDUCAÇÃO CONTÁBIL: CONTEMPLANDO PESQUISAS DE CUNHO PEDAGÓGICO NO PERÍODO DE 2004-2013 Luciano Aparecido dos Santos [email protected] Orientador: Waggnoor Macieira Kettle [email protected] A pesquisa em educação contábil tem se desenvolvido nos últimos anos, principalmente, em virtude do crescimento do número de cursos de pósgraduação stricto sensu em Contabilidade e, também, devido às exigências do mundo do trabalho que são cada vez mais prementes. Estes fatores têm impulsionado pesquisadores a investigarem e refletirem sobre questões pedagógicas, especificamente, em nível de graduação. Quais seriam, portanto, os temas de natureza pedagógica que, vinculados à área contábil, têm sido pesquisados na última década? O presente estudo se propõe a apresentar pesquisas vinculadas à educação contábil no período 2004-2013 período no qual as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais de Ciências Contábeis foram definidas, e que, portanto, as investigações tomaram vulto e cresceram em divulgação por meio de periódicos e eventos científicos. Tais pesquisas são categorizadas por temáticas educacionais como: metodologia e estratégia de ensino; formação profissional; currículo; interdisciplinaridade; estilos de aprendizagem; avaliação e qualidade no ensino; formação docente; prática pedagógica; e, historiografia. O estudo poderá contribuir no sentido de prover, a atuais e futuros pesquisadores, um cenário daquilo que se está investigando em termos de linhas e/ou temáticas pedagógicas na ciência contábil, bem como para a conscientização dos docentes de Contabilidade com respeito à sua formação continuada, no contexto de sua participação na formação de futuros profissionais. Utiliza, para tanto, uma abordagem descritiva e adota um levantamento bibliográfico, cujas fontes secundárias são provenientes de artigos publicados em periódicos e anais de congressos, notadamente relevantes para a área contábil no Brasil, tais como: Revista Brasileira de Contabilidade, Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, e, Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Das noventa pesquisas levantadas, destacam-se os temas voltados para a avaliação e qualidade no ensino (28%) e metodologia e estratégias de ensino (20%). Este cenário, portanto, confirma o interesse e preocupação com o ensino da Contabilidade e antevê boas perspectivas quanto à aproximação do campo educacional no que tange ao processo de reflexão da prática docente. Palavras-Chave: Educação Contábil; Pesquisa em Contabilidade; Prática Docente em Contabilidade 26 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITO 27 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ATIVISMO JUDICIAL E O PARTIDO DAS TOGAS Adriano Diniz Bezerra [email protected] Samuel Lautenschlanger [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] O presente trabalho busca analisar a prática do ativismo judicial pelo Supremo Tribunal Federal pós Constituição de 1988 e se a forma de nomeação dos ministros à nossa Corte Suprema torna está mais política que protetora de nossos direitos e garantias fundamentais, a partir de seu protagonismo acerca de temas polêmicos que dividem opiniões e geram na sociedade certa desconfiança acerca das decisões ali proferidas, uma vez que o STF deveria, em primeiro plano ser o principal guardião de nossa Constituição. O Supremo Tribunal Federal tem desempenhado papel importantíssimo na formação de um novo pensamento jurídico, principalmente pós Constituição de 1988, pois esta constituição veio atribuir uma maior atividade institucional à nossa Corte Suprema. E com essa amplitude, nos últimos anos o STF vem exercendo um protagonismo judicial em diversas questões, muitas destas, polêmicas. Ao longo dos anos, este protagonismo tem gerado aplausos e críticas, e exige uma reflexão cuidadosa, segundo o que afirma Luís Roberto Barroso em seu artigo intitulado: Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática? Este protagonismo ficou conhecido como ativismo judicial, e não é uma peculiaridade exclusiva de nosso País. Afirma Luís Roberto Barroso que em diversas partes do mundo as cortes constitucionais são protagonistas em diversas decisões, sejam estas relacionadas a políticas públicas ou escolhas morais em temas controvertidos, decisões estas de largo alcance político. Devido ao fato de as decisões do Supremo possuir largo alcance político, se faz necessário analisarmos se o protagonismo desta corte, ou seja, a recorrente prática do ativismo judicial em virtude da forma de escolha de nosso ministros constitucionais, mantida com a promulgação de nossa Constituição Cidadã, vem tornar o Supremo Tribunal Federal um órgão a serviço dos interesses políticos de quem detém o poder, ao invés de ser um órgão a serviço do cidadão, ao garantir a este seus direitos fundamentais, através da pratica do ativismo judicial. O Supremo Tribunal Federal teve sua atividade institucional ampliada pós a constituição de 1988, o que garantiu à Corte Suprema uma maior prática do que se convencionou chamar de Ativismo judicial. O Brasil como Estado Democrático de Direito deve se reinventar, para se adequar às mudanças constantes de nossa sociedade e em especial de nosso ordenamento jurídico, buscando minimizar ao máximo dúvidas e incertezas que cercam as decisões tomadas pelo STF. Palavras-Chave: Ativismo Judicial; STF; Forma de Nomeação do Ministros. 28 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica FENOMENOLOGIA: A FILOSOFIA SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER Camila Carvalho Oliveira [email protected] Orientador: Alessandro Jacomini [email protected] A filosofia propõe-se em construir a origem dos diferentes modos ou estruturas do ser. Enquanto “ciência” do ser, ela é ontologia, pois parte do ente e questionao como tal, na procura primeiro do seu ser. O ser é a determinação essencial do ente enquanto ente. A estrutura primordial do ente, à sua entidade, é a fonte da totalidade ôntica. A filosofia oferece a entidade a proteção objetiva, o panorama da segurança que a concordância procura, o controle da proximidade com a vida e, junto com isso, a superação de um questionar detalhado e de pouco alento que desiste das grandes repostas. A filosofia não é assim um conhecer no sentido de um corpo de conhecimentos à maneira da ciência e da técnica, pronto para ser executado, com o propósito de atender a esta ou àquela determinada demanda do cotidiano humano. De acordo com esse entendimento, é que sobressai o pensamento de Martin Heidegger, pela sua consciência aguda da crise da filosofia enquanto pensamento do ser e o esforço despendido para a sua superação. A finalidade do trabalho é estabelecer a necessidade de uma reflexão crítica acerca da natureza da filosofia e, com isso, desenvolver a proposta de uma ontologia fundamental, como relançamento do projeto da filosofia, para o convite ao desprendimento da filosofia contemporânea, em prol da abertura do pensar a outras possibilidades. Se pensada a partir de suas possibilidades, a fenomenologia não deve ser tomada ou entendida como algo que é manifesto ou evidente. Uma possibilidade possui um modo próprio de ser, assumido e desocultado, isto é, não se tropeça com ela na rotina mecânica nem possui caráter temático. Heidegger propõe pensar a essência do ente, sua origem, para lá da metafísica, porque não deixa de utilizá-la como via de acesso para o estudo fenomenológico. A tendência fundamental da filosofia heideggeriana é a busca pelo ser do ente, o conhecimento de algo concreto quando se determina a que corresponde, e não o conhecimento limitado do ente em seu ser como faz a metafísica. A determinação do ser como fundamento está na base da duplicidade da pergunta filosófica pelo ente. Somente quando o pensamento desprender-se do modo artificioso com que representa a coisa e a braveza com que ele a submete ao seu domínio, é que a coisa poderá vir até nós como coisa e, assim, poderemos fazer a experiência do λόγος na pequenez e modéstia do seu ser. Palavras- chaves: Metafísica. Filosofia Heideggeriana; Fenomenologia; Ontologia; 29 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A PRESTAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO ATRAVÉS DO ATIVISMO JUDICIAL Camila Molossi Escher [email protected] Janiele Vitorasse Delboni [email protected] Lucas Brendoll Maia Brugnolli [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] Este trabalho tem o objetivo de estudar o ativismo judicial que é a escolha de um modo específico e proativo de interpretar a Constituição, expandindo o seu sentido e alcance, tema este que está tão em alta no mundo jurídico. Hoje existem muitos contras e outras a favor e outros que não sabem o que o ativismo judicial pode acarretar no decorrer do tempo. Vivemos num país onde há intervenção do Estado para a realização dos direitos sociais. Esta intervenção acontece através do Poder Legislativo que elabora e aprova projetos de lei para ter a devida efetivação, enquanto que o dever do Poder Executivo é implementar políticas públicas para garantir o mínimo existencial. Estas são as funções desses dois poderes, porém e quando estes não cumprem o seu dever? A quem o cidadão recorre? Ao Poder Judiciário, este que é regido pelo princípio da inércia, ou seja, ele só se manifesta se for procurado. Quando isso acontece ele não pode deixar de resolver o litigio. Como é procurado, o poder Judiciário tem que dar uma solução e utiliza nas suas decisões meios ativistas para garantir o direito pleiteado. Um exemplo comum que podemos mencionar é quanto à educação, que conforme é delineado no artigo 205 da Constituição Federal, é um direito de todos e dever do Estado, e este, ao dispor sobre seus sistemas de ensino, tem deveres a cumprir, que estão elencados no artigo 208 da Constituição Federal. Quando o Estado se omite a um desses deveres? Então cabe ao Judiciário ordenar o cumprimento desse direito pelo Executivo, pois o direito à educação é um direito subjetivo abrangido pelo princípio do mínimo existencial, ou seja, é um direito inerente e necessário para uma vida digna. Se vários alunos têm seu direito violado por falta de vagas nas escolas, o Executivo tem o dever de dar vagas para esses alunos, com base no artigo 205 da Constituição. Utiliza-se o método dedutivo, pois parte-se da análise de conceitos gerais como o ativismo, direito à educação no Brasil, tem como justificativa o impacto que essas decisões ativistas podem acarretar na sociedade, a qual podemos citar o exemplo do caso que aconteceu no Estado de São Paulo onde associações municipais propuseram ação pública solicitando unidades para 30 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica atendimento de crianças próximo às suas residências e a ampliação das vagas existentes, porém na primeira instancia o processo foi extinto, no entanto após interposição de recursos, o Tribunal do Estado de São Paulo decidiu a questão determinando a obrigação de o município criar mais vagas. Portanto, podemos perceber que o ativismo está se tornando necessário para solucionar os problemas de uma administração ineficaz que não passa segurança para a população e esta tem que recorrer há outros meios para ter o seu direito garantido. Palavra-chave: Ativismo Judicial; Educação; Poder Judiciário. 31 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ACIDENTADOS: TRABALHADORES URBANOS EM CAMPINAS (19351940) Catarina Espósito Cruz [email protected] Jacqueline Camargo Cunha [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] O trabalho apresenta pesquisa de grupo de iniciação científica de História do Direito, desenvolvidas com enfoque nas principais empresas da comarca de Campinas, São Paulo, na segunda metade da década de 30. A escolha do tema justifica-se pela grande incidência de ações trabalhistas encontradas no Centro de Memórias da Unicamp. Ocorre que, uma análise do contexto histórico da época, no período estudado, nos mostra que houve marcante aumento na urbanização das cidades e por consequência, aumento de participação laboral nesta área. Assim, a finalidade deste trabalho é apresentar resultados prévios extraídos destes arquivos referentes aos empregados e empregadoras envolvidos nos processos. Listados os documentos, estes foram fotografados e organizados digitalmente em pastas de acordo com ano e ofício expedido. Em seguida, elaborou-se uma lista com os principais dados do processo, a saber: nome, idade, empregadora, local do dano físico, tempo de afastamento, existência ou não de laudo pericial. Deste levantamento inicial foi possível observar que nos 72 processos analisados entre 1935 e 1940, os acidentados eram na maioria do sexo masculino, operários com idades variantes entre 14 e 65 anos, num período em que a expectativa de vida no Brasil era de 42 anos. Entre os processos analisados, havia 29 empregadoras, sendo que a empresa que mais aparece é a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, em 16 processos. Notou-se também que nesse período, em comparação com a primeira metade da década, houve maior variedade de empresas como parte nos processos. Por este motivo acredita-se que o processo de indenização por acidente de trabalho foi se solidificando como um direto e passou a ser mais acessível aos trabalhadores. A presença de seguradoras se torna habitual, sendo elas interventoras no processo. Surge ativamente a inspetoria de seguros como órgão do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e este se torna bem mais presente nos procedimentos judiciais, bem como a presença do curador de acidentes de trabalho. A partir de 1935 critérios mais rígidos impostos pelo decreto número 24.637 de 10 de julho de 1934 são adotados, especificamente no que diz respeito aos atestados, já que antes poderiam ser aceitos mesmo que provenientes de qualquer médico (que acabava sendo escolhido pela empresa), agora passam a ser por profissionais oficiais do gabinete médico legal ou legistas regionais, só quando não houver estes que poderiam ser aceitos por qualquer 32 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica médico diplomado (art. 47); também foram estabelecidos critérios que implicaram em maior precisão e fiscalização no valor de indenização a ser paga. Notou-se que a partir de 1935 o auto de corpo de delito é inserido quando necessário nas causas trabalhistas. Em resumo, foi possível observar que no período estudado deu-se efetivamente uma maior intervenção do Estado nos processos de indenização em acidentes de trabalho, diretamente na tutela dos interesses de operários acidentados, especialmente no incremento dos procedimentos médicos de avaliação do sinistro e dano, o que pode ter sido responsável pela presença de mais empresas entre as demandadas, em comparação com a primeira metade da mesma década. Palavras-chave: Empresas; Processos; Acidentes; Trabalhadores. 33 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A TÊNUE SECESSÃO ENTRE A IMPRESCINDIBILIDADE E O ABUSO NO USO DE ALGEMAS: UMA ANÁLISE DA SÚMULA VINCULANTE 11 E A PROTEÇÃO DA PESSOA HUMANA SOB UM VIÉS ATIVISTA. Deisiane Cáceres Paes [email protected] Laila Daiane Queiroz Lobato [email protected] Maria Nicélia da Silva Sousa [email protected] Terezinha Damasceno Taumaturgo [email protected] Orientador: Dílson Cavalcanti Batista Neto [email protected] Massacre, escravidão, racismo, patrimonialismo, preponderância do interesse de uma minoria privilegiada. Indubitavelmente a história da humanidade, bem como a brasileira é marcada por incessante busca de melhorias, sobretudo no que concerne a dignidade da pessoa humana, malgrado tal assertiva seja de modo contundente apregoada no “mundo” jurídico, bem como exorbitante sejam apregoadas as conquistas advindas, indaga-se, verdadeiramente tem se logrado êxito nas tão almejadas conquistas em proo da proteção a pessoa como sujeito de direitos ou tem se camuflados através dos ditos direitos e suas variáveis exceções uma verdadeira perpetuidade do que sucedeu em momentos pretéritos? Há uma banalização da rubrica dignidade da pessoa humana? Como mitigar as constantes desigualdades? Efetivar os inúmeros direitos? Promover a crença na justiça? O direito não é um fim em si mesmo e deve estar intrínseco ao mesmo a incessante busca por justiça. Inexoravelmente a humanidade é marcada pela incessante busca do predomínio das ditas igualdades sociais, falase em uma sociedade cosmopolita, sendo latente a proteção humana, a qual o direito “deve” atender. Todavia as barganhas estatais são uma constante e por vezes aqueles cuja função precípua é atentar aos reclamos sociais, manipulam o poder que detêm para atender interesses próprios ou de uma minoria. No cenário jurídico brasileiro a Carta Magna atual, ostenta inúmeros direitos, corroborando a Constituição mais garantista no constitucionalismo brasileiro. Infelizmente não consubstancia, como poderia, se pensar a era de direito tão almejada. As razões de ser das insatisfações sociais são inúmeras, a não concretização do contido na Constituição de 1988, tal como apregoado, tem decorrência diversas. O pragmatismo marca a contemporânea Carta Constitucional brasileira, e as normas contidas no seu corpo, subdividem-se, em normas de eficácia plena, normas de eficácia contida e normas de eficácia limitada, estas últimas por seu turno não prescindem para sua aplicabilidade de norma regulamentadora, o que devido à ausência legislativa ou a morosidade do 34 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica legislador, cuja função precípua é legislar, acarreta uma irrisória concretização das normas alhures. Contudo os direitos enunciados em uma constituição não podem mercê da atuação concreta do legislador, sendo necessário por vezes a necessidade de um julgador ativo, pró ativo, que no resguardo das necessidades sociais, de cumprir o mandamento constitucional atue, garantido os direitos, mesmo em ausência de legislação que os regulem, concretizando o que se alcunhou de ativismo judicial. Em verdade o ativismo tal como consagrado hodiernamente, conforme alguns digno de mérito na concretização dos direitos fundamentais, bem como odiado e contundentemente criticado por outros, preponderantemente se apresenta através da edição de súmulas vinculantes, em que o julgador, assume faticamente função legiferante. No contexto de resguardo, proteção a pessoa humana, bem como na pretensão de mitigar os abusos estatais é editada a súmula vinculante 11, com seus desdobramentos, bem como sobre a sombra da ineficácia. Palavra-chave: Ativismo Judicial; Súmula; Poder Judiciário. 35 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GREVE, UMA LUTA POR DIREITOS FOMENTADA A PARTIR DA SEGUNDA DÉCADA DO SÉC.XX Diego Henrique Gama dos Santos [email protected] Sidiane Pereira de Brito sidianepdb@gmailcom Orientadora: Fernanda Covolan [email protected] Nosso trabalho visou refletir sobre a relação dialética entre os movimentos grevistas do começo do século XX e a legislação trabalhista que se seguiu, especialmente no que respeita ao governo Vargas, segundo a linha de pensamento de Rudolf Von Ihering referente a luta por direitos. O que se observou foi que o início do século XX foi marcado pelo crescimento da atividade industrial no Brasil e pelo aumento nas suas exportações. As grandes cidades brasileiras se desenvolviam rapidamente e o setor industrial crescia gerando muitos empregos. Porém, apesar desse desenvolvimento ser extremamente importante e necessário para o país, os proprietários dos meios de produção se despreocupavam com os interesses da classe operária, não reconhecendo quaisquer diferenças entre as partes contratantes. Ao mesmo tempo, não havia, no período qualquer tipo de legislação protetiva dos direitos trabalhistas no país, permanecendo o Estado como agente não interventor da força produtiva, seguindo o liberalismo à risca. Por muitos anos os trabalhadores se mantiveram calados, aguentando horas de trabalho mal remuneradas, condições péssimas para realização de suas funções, sem quaisquer garantias para o gozo de férias, inclusive quanto à manutenção do trabalho no retorno, nem descansos semanais, mulheres aceitavam trabalhos exaustivos e crianças trabalhavam como adultos. No entanto, o início do século e da industrialização também trouxe mão de obra estrangeira e com ela vieram também novas ideologias, como por exemplo o anarquismo, as correntes comunistas e socialistas, impulsionando às lutas no meio operário, meio aliás inerente à conquista de direitos na história dos menos favorecidos. Assim, já em 1906, melhor articulados formaram a Confederação Operária Brasileira por iniciativa dos sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia. A primeira greve que explode é a de 1906, que foi a greve dos ferroviários da companhia paulista, abrangendo diversas cidades no interior do Estado; em maio de 1907 ocorre uma Paralisação generalizada, a partir da capital; em 1912, ainda em maio, surge uma nova greve generalizada em São Paulo. Todos esses movimentos tinham traços específicos, têm um conjunto de reivindicações comum. Porém, é em 1917 que os operariados conseguem sua maior façanha. Seguindo o pensamento de Rudolf Von Ihering, seria impossível para os trabalhadores conquistarem seus direitos sem luta. Palavras-Chave: Luta; Direitos; Greve; Reivindicação. 36 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE 1934 E 1937: UM ESTUDO SOBRE AS MODIFICAÇÕES ADVINDAS COM A CONSTITUIÇÃO DE 1937 Francisco Patrick Barbosa Chagas [email protected] Taise Silva Lopes [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] O presente trabalho versa sobre a Organização do Poder Judiciário na constituição de 1934, traçando um paralelo com a constituição de 1937. Para tanto, é importante destacar o momento histórico pelo qual passava o país, com o executivo comandado por Getúlio Vargas de 1930 a 1945. Entre as mudanças propostas pelo novo governo estiveram as reformas administrativas, entre as quais diversas modificações no Poder Judiciário, como a constitucionalização da Justiça Eleitoral em 1934 e a posterior, sua extinção e da primeira instância da Justiça Federal em 1937. Em 1934, com a instauração da nova constituição, criou-se uma nova conjuntura política e judicial. O trabalho teve por base uma pesquisa de caráter secundário, eis que se serviu de pesquisas primárias que redundaram em trabalhos acadêmicos de diversas áreas, tomando-se de modo particular os trabalhos de Andrei Koener, Lenora Schwaitzer, Ricardo M. Fonseca, Robert M. Levine e Sérgio Macedo. Nos debates anteriores a votação da Constituição de 1934 havia forte controvérsia ideológica entre os membros da Assembleia Nacional Constituinte, de um lado estava os que primavam pela unicidade do Poder Judiciário e do outro, os que defendiam a dualidade do sistema. Tentou-se estatuir um sistema jurídico misto, mas como era visível a inviabilidade de concretização de tal preceito, optou-se pela manutenção do sistema preexistente. Deste modo, ficou acordado que a melhor forma de organização do Poder Judiciário no Brasil era a do sistema dual em conformidade com a Constituição de 1891 feitas às devidas adaptações. Já a Justiça Eleitoral, criada em 24 de fevereiro de 1932 pelo Decreto 21.076 que também instituiu o primeiro Código Eleitoral, foi constitucionalizada pela Carta de 1934. Era o órgão judiciário legalmente constituído para aplicar o processo eleitoral e administrar as eleições no Brasil. Sua criação resultou do movimento de 1930 que tinha como uma das principais reinvindicações a moralização do sistema eleitoral brasileiro. Além disso, tal carta instituiu a Justiça Militar e criou a Justiça do Trabalho. Com o golpe do Estado Novo em 1937, passou a viger uma constituição outorgada e houve uma série de mudanças no cenário políticojurídico nacional. Foram dissolvidos o Senado Federal, a Câmara de Deputados, as assembleias legislativas e as câmaras municipais. Além de extintos os partidos políticos. No plano Judiciário ocorreu a extinção da Justiça Eleitoral, anteriormente constitucionalizada pela Carta de 1934. Tal manobra deu forma jurídica a Ditadura do Estado Novo, haja vista que onde não há democracia não há justiça eleitoral. No momento da criação do Estado Novo houve também a extinção da Justiça Federal, haja vista que a nova organização estava ideologicamente voltada para um executivo centralizado e forte, autoritário e antiliberal, e isso ia contra as funções típicas da Justiça Federal e do STF que 37 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica são precipuamente o exame de constitucionalidade das leis e dos atos do Executivo. Palavras-Chave: Organização do Judiciário; Constituição de 134; Constituição de 1937. DIREITO E INTERNET: IMPLICAÇÕES DA RELAÇÃO CONTRATUAL NO AMBIENTE DIGITAL Francisco Patrick Barbosa Chagas [email protected] Taise Silva Lopes [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velásquez [email protected] A cultura da internet ampliou o cenário no qual acontecem as relações jurídicas, tendo em vista que a internet passou a ser um ambiente familiar para o homem contemporâneo, pois, por meio dessa, este realiza suas atividades de maneira mais cômoda. O presente trabalho busca analisar as implicações trazidas com a relação contratual no ambiente virtual. E verificar como é feito um contrato digital, se a declaração de vontade ocorre de forma expressa ou tácita, qual o momento e o lugar da celebração do contrato se são entre ausentes ou presentes, tudo para saber qual a lei será aplicada em caso de litígio. Posto isto, apresenta-se o método utilizado na pesquisa, que é o Dedutivo, por acreditar que a formação de axiomas é o melhor ponto de partida em busca das respostas para a pesquisa. Como breves resultados alcançados, apresenta-se que o momento de formação do contrato digital depende da teoria utilizada, pois pode ser no momento em que recebe a proposta na caixa de e-mail, ou quando expede a resposta de aceite, ou até quando aperta no botão “aceitar”. A manifestação da vontade entre as partes depende da forma como se faz, pois será considerado entre ausentes caso seja feito via e-mail, e será considerado entre presentes se for feito videoconferência. E a lei que será aplicada caso venha a ocorrer um litígio, depende da análise do caso concreto, em razão do tema exposto ser bastante controverso, e para tal, essas provocações ensejam a feitura de uma nova pesquisa. As fontes consultadas foram Jean Carlos Dias, Maria Eugênia Finkelstein, José Carlos Michelazzo, Fran Martins e Washingtons de Barros Monteiro. Palavras-Chave: Relação Contratual; Ambiente Digital; Implicações. 38 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica XENOFOBIA E CERCEAMENTO DE DIREITOS NO ESTADO NOVO Graziela Cristina Matias da Silva [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] O objetivo desta pesquisa é dissertar sobre o processo de imposição da campanha nacionalista durante governo do Estado Novo entre 1937 e 1945, e do embate com as culturas e populações de estrangeiros em território brasileiro. Para o alcance de tal pretensão, foi empregado o método indutivo, pois utilizouse além de artigos científicos, alguns documentos do DOPS, e com base nos resultados percebidos neles, deduziu-se que as informações contidas em ambas as fontes são convergentes para assegurar a veracidade das informações. A ideologia do nacionalismo teve seu início na Europa durante a Revolução Francesa de 1789, que tinha por finalidade combater o “inimigo estrangeiro”. Nesta investigação dentro da concepção europeia sobre o termo, o nacionalismo é entendido como uma pretensão de despertar no coração dos seus adeptos os sentimentos de ascendência, expansionismo e principalmente predestinação e superioridade. Comprova-se que, algumas das razões que explicam a implantação da campanha no Brasil são a tentativa de impedir as manifestações comunistas e também combater a infiltração nazista pelos imigrantes alemães. Apesar de a hostilidade maior ter sido travada contra alemães e descendentes, também chamados de teuto-brasileiros, outros imigrantes como poloneses, italianos, espanhóis, ucranianos, japoneses e judeus, de igual modo foram prejudicados e impedidos de usar de sua liberdade e gozarem de seus direitos. Posto isto, as medidas iniciais a serem tomadas, foram no sentido de construir os ideais de civismo e patriotismo para a construção de uma consciência e unidade nacional, tendo em vista que, inicialmente instituíram-se normas e regulamentações que atingiram a imprensa, como a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e do DEOPS, que praticavam específica fiscalização de estrangeiros; e a introdução das matérias de História e Geografia do Brasil, Educação Moral e Cívica e Língua Portuguesa obrigatoriamente nos currículos escolares. Houve ordem de fechamento das escolas estrangeiras, principalmente as alemãs. Além de todas as imposições e proibições legais, é sabido que desde muito antes da campanha já havia separação entre brasileiros e estrangeiros, fosse pelo isolamento destas comunidades étnicas distantes dos grandes centros urbanos, fosse pela omissão do Governo em auxiliar no provimento de subsídios que viessem assessorar essas comunidades recémchegadas ao Brasil. Todos estes elementos associados viabilizaram a resistência ao aprendizado da língua e da cultura brasileira. Como consequências dessas medidas, verificou-se o fechamento de associações culturais e de escolas, além da dissolução das liberdades individuais e 39 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica desaparecimento de periódicos de procedências diversas. Não obstante, quanto à aculturação através da imposição da língua portuguesa, o êxito foi insignificante fora das grandes cidades, fosse pela permanência do uso da língua de origem dentro dos ambientes familiares, fosse pelo isolamento das populações estrangeiras que viviam no meio rural. O que conduziu ao insucesso do alcance da campanha de modo absoluto a todos os imigrantes e descendentes. Palavras-chave: Xenofobia; Nacionalismo; Imigrantes; Estado Novo. 40 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A FLEXIBILIZAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO DE 2012 E A ESCASSEZ DA ÁGUA Israel Cunha Ferreira [email protected] Orientador: João Emílio de Assis Reis [email protected] O presente trabalho visa analisar as alterações ocorridas no Novo Código Florestal Brasileiro, especificamente, no que tange às Áreas de Preservação Permanente. Para verificar se houve flexibilização das APPs, será realizado um estudo comparativo, entre o Código Florestal de 1965 e o Novo Código Florestal de 2012. O estudo verificou que houve sim, a flexibilização das APPs. Essa mutação normativa apresentada pela nova Lei trouxe grande preocupação para juristas, ambientalistas, geógrafos, engenheiros e entre outras áreas conexas. O novo texto está muito aquém do que a sociedade brasileira espera de uma lei florestal para o Século XXI. O trabalho aborda de que maneira a flexibilização das APPs afrontam alguns princípios do Direito Ambiental Brasileiro. Tendo em vista, que a flexibilização das APPs, possivelmente pode trazer prejuízos irreparáveis ao Meio Ambiente, a pesquisa busca verificar se existe alguma relação com a escassez da água. Sendo que a água é considerada por muitos, como sendo um dos bens mais importantes e essenciais para a vida humana, sem contar nos prejuízos para todo o ecossistema. Um dos desafios deste trabalho é levantar informações e dados que apontem para uma possível escassez de água, ocasionada pela flexibilização das APPs. O Código de 2012 conseguiu criar o pior de todos os cenários previstos. Desprotege o ambiente, não resolve o problema de falta de governança ambiental, distribui o ônus da proteção das APPs de forma arbitrária entre pequenos proprietários agrários familiares, entre proprietários não familiares, entre quem cumpriu e descumpriu o Código de 1965 e, pior, confere tratamento igualitário entre pequenos proprietários familiares e não familiares. Palavras-chave: Áreas de Preservação Permanente; Princípios do Direito Ambiental; Meio Ambienta; Escassez da Água. 41 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DESENVOLVIMENTO JURÍDICO DE INDENIZAÇÃO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO À LUZ DO DECRETO Nº 24.637, DE 10 DE JULHO DE 1934 Karine Rodrigues Kauffman [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] O presente trabalho propõe um estudo de caso, de um processo de Acidente de Trabalho, que aconteceu durante o segundo mandato do Governo de Getúlio Vargas que data de 1934 a 1937. O processo da Delegacia Policial de Campinas data de Julho de 1935. Seu conteúdo foi analisado à luz do Decreto nº 24.637, de 10 de Julho de 1934, que versa sobre os Acidentes de Trabalho, o qual estabelece sob novos parâmetros as obrigações resultantes dos acidentes de trabalho e aponta outras providências a serem tomadas. À luz desse decreto será analisada a evolução que se obteve, através da comparação do processo em questão com alguns processos dos anos anteriores a 1934, ou seja, antes da instauração do Decreto. Busca-se ainda demonstrar a diferença que se encontra na elaboração e no processo da indenização. Preocupações como: O modo como foi feito, e se houve acordo entre as partes fez parte do método de análise que gerou o seguinte artigo. Levando-se em conta o período anterior da instauração das leis e decretos que, regulamentam a relação entre empregador e empregado, notou-se que, essas relações aconteciam de forma parcial, sempre favorecendo o elo mais estável, no caso o empregador. Como também aconteciam de forma informal, deixando o agregado a mercê da vontade do seu patrão, sem que houvesse nenhum mecanismo que pudesse dar suporte a sua condição. Nas indenizações é possível observar a diferença de recursos entre as partes, que na maioria das vezes chegava a um acordo, com pagamento de diárias, custos médicos e etc. A metodologia utilizada para alcançar tais objetivos na pesquisa foi pesquisa foi a bibliográfica em obras relevantes para a temática, bem como a análise dos processos armazenados no Centro de Memória da Unicamp, e leis e decretos promulgados até então. Dessa forma pretende-se demonstrar a diferença que o Decreto nº 24.637 promoveu na sociedade, calçando a deficiência existente nas relações de trabalho, para que houvesse mais igualdade entre as partes. Palavras-Chave: Processo; Indenização; Diferença; Lei regulamentadora; Trabalhista. 42 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANARCOSSINDICALISMO E A LEI DE ACIDENTE DE TRABALHO DE 1919: RELAÇÕES E DISSENÇÕES Laís Mazzola Piletti laí[email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] Este trabalho visa analisar a conquista de direitos sociais na Primeira República em suas relações e dissenções com o movimento anarcossindicalista. Estudar a formação de novos sujeitos ativos na conquista de seus direitos possibilita uma compreensão mais ampla dos meios de luta do cidadão atual. Aborda a cidadania no modo em que era exercida na Primeira República e como o anarcossindicalismo na ativa deu ao Direito do Trabalho seus primeiros passos. Estudar a História do Direito pelos movimentos sociais possibilita desvincular o Direito dos grandes nomes e datas e entendê-la dentro de seu próprio tempo. Especialmente no período que abrange os anos de 1906 a 1936, os anarquistas foram influência imprescindível para a formação da identidade dos trabalhadores brasileiros. O sindicalismo anterior às leis de sindicalização feitas por Getúlio Vargas dispunha de liberdade de organização e ação sem a interferência direta do Estado. A defesa da neutralidade feita pelos anarquistas foi uma estratégia de sobrevivência que permitiu a sua ampliação e a identificação do anarquismo com o sindicalismo revolucionário. Os anarquistas imprimiram suas posições nos sindicatos, ainda que não lhes fosse possível fazer deles um núcleo anarquista. É possível localizar no discurso dos anarquistas a apropriação da identidade do trabalhador em seu ideário, por meio da representação. De um lado estava o direito regulado pelo Estado, que engendraria a dominação. Do outro, o direito real e não passível de codificação, por ser parte inerente do ser humano. Em um contexto politicamente fechado e excludente, sem uma legislação reguladora de capital/trabalho ou que garantisse direitos mínimos aos trabalhadores, a ação direta ganhou espaço, e passou a ser a principal estratégia do movimento operário dos principais centros industrializados do centro-sul do país. As greves de 1917 e 1919 fazem com que a questão social receba destaque nas esferas públicas. O interesse governamental visava neutralizar a agitação e apresentala como produto de intransigência e excessiva pressa dos interessados. Em 1919 ocorria uma campanha presidencial: os políticos concorriam em preservar a tranquilidade pública pela promulgação de leis. Assim, foi criada a Comissão de Legislação Social (CLS) da Câmara dos Deputados, em 18 de novembro de 1918. Tinha a finalidade de examinar iniciativas legislativas no campo do trabalho e posteriormente elaborou a primeira lei sobre acidentes de trabalho. Palavras-Chave: Anarcossindicalismo; Direitos Sociais; História do Direito pelos Movimentos Sociais; Trabalhador. 43 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA ANÁLISE DA PROTEÇÃO LEGAL AUTORAL NAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DE FONOGRAMAS Poliana Santiago da Silva [email protected] Triana Gonçalves Ramires [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] O presente trabalho procurou fazer uma análise dos aspectos histórico-materiais das inovações tecnológicas dos chamados fonogramas e a consequente incidência da proteção legal em direitos autorais nas respectivas tecnologias. Procurou-se entender o significado científico e legal dos fonogramas, o curso histórico de sua criação, expansão econômico-social, e a alteração que produziu suas inovações para indústrias como a fonográfica, traçando um paralelo entre sua produção e a aplicação de proteção dos direitos autorais. O trabalho teve por base uma pesquisa de caráter secundário. Eis que se serviu de pesquisas primárias que redundaram em trabalhos acadêmicos de diversas áreas, tomando-se de modo particular os trabalhos de Jusélio Kretzer e Miriam Costa Toyama, Paulo Gomes de Oliveira Filho, David J. Teece e Daniel Campello Queiroz. A problemática ativada primeiramente pela indústria fonográfica em detrimento a seus índices econômicos decrescentes surgiu em meados de 2003 com o advento de tecnologias da internet - como o Kazaa ou Napster - que permitiam obtenção e compartilhamento de arquivos em mp3 de músicas entre diversos computadores domésticos. Isto não só trazia a desvalorização do mais novo fonograma, o CD (compact disc, que acabara de substituir o antigo disco vinil em 1990) como mudava a maneira como a música poderia ser comercializada e consumida. Houve, portanto, grandes acusações por parte desta e de outras indústrias do entretenimento aos responsáveis por estes softwares, bem como aos seus usuários, de pirataria. Um fonograma é definido pela lei brasileira 9.610/98, a Lei Autoral, em seu art. 5º, inciso IX, como toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, de ou de uma representação de sons, e que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual. Sendo assim, toda gravação ou transformação em materialidade ou dados virtuais de um som é chamada de fonograma e tais tecnologias, em constante criação e desenvolvimento, vêm gerando facilidades na captação, obtenção e divulgação do áudio. A legislação específica que dá proteção às músicas (os direitos autorais) defronta-se com a problemática crescente paralela ao avanço tecnológico, de proteger tais bens culturais e artísticos que possuem uma característica pública: a informação, que é o produto das inovações virtuais da internet e softwares. Mostra-se necessário haver uma compreensão e 44 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica controle maior por parte dos agentes legais, das empresas de produção fonográfica mediante denúncia e da própria cultura social, que fiscalize os resultados das inovações de fonogramas, principalmente no ramo virtual, para identificar possíveis brechas a violação destes direitos e obstar criações tecnológicas que desvalorizem a produção fonográfica, direcionando um mercado de inovações que facilita o acesso mas também incentiva a obtenção do produto pelo seu devido valor. Palavras-chave: Fonogramas; Inovação; Software; Tecnologia; Direito. 45 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITOS FUNDAMENTAIS, DEMOCRACIA E CLÁUSULAS PÉTREAS: UMA ANÁLISE DA MAIORIDADE PENAL COMO GARANTIA INDIVIDUAL. Richardson Hermes Barbosa Chagas [email protected] Jéssica da Rocha Marques [email protected] Quetelins Olsson [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] Hodiernamente se ascende uma discussão que se torna cada vez mais volumosa, que tem como objeto principal a redução da menoridade penal, pois sempre que ocorre um crime de maior repercussão nacional com requintes de violência, que tenha algum menor envolvido, a sociedade retorna a discussão, se a solução para a criminalidade estaria ou não na redução da maioridade penal, porém, tal discussão esbarra em uma questão de caráter constitucional. Isso devido a CF ter assegurado em seu texto a inimputabilidade penal aos menores de 18 anos, devendo essa modificação ser realizada somente por meio de Emenda à Constituição, havendo inclusive vários projetos de emenda à Constituição em ambas as casas do Congresso Nacional. Mas, a discussão se acalora no momento em que se considera a maioridade penal como garantia individual e dessa maneira, a mesma passa a ser tutelada como clausula pétrea, ficando o legislador impedido de realizar qualquer modificação que possa reduzir se alcance. Todavia, para se analisar o centro dessa discussão, se perfez tal pesquisa de caráter bibliográfico tendo como base artigos e livros publicados, tendo como método o hipotético dedutivo, onde se parte de premissas maiores como democracia e direitos fundamentais, para menores que é analise da maioridade penal. Porém, ao se estabelecer a maioridade penal, estabeleceu-se aos todos dentro dessa faixa etária alcançada, a proteção trazida pela doutrina da proteção integral. A doutrina da proteção integral, que surge como uma proposta de trazer uma nova fase do direito da criança e do adolescente que tem como grande proposta de adoção de proteção à dignidade humana e a cidadania. A proteção integral constitui-se como direito fundamental, por fazer parte de um grupo que envolve um grupo de novos direitos e garantias individuais. Então percebe-se que essa proteção ainda que contra majoritário tem caráter de proteção a democracia, uma ideia de democracia constitucional, que não apenas visa atender à vontade maioria, mas o respeito dos direitos de minorias, e dessa maneira tornando a maioridade penal impossibilitada de ser reduzida. Vale ressaltar que o presente trabalho ainda encontra-se em fase de projeção e basicamente o que foi apresentado baseia-se em perspectivas e hipóteses de pesquisa, tais como, o fato de maioridade penal está imbuída no rol de garantias individuais, e, dessa maneira ser uma clausula pétrea. E, que a proteção da maioridade penal como clausula pétrea é o princípio de Estado. Palavras-Chave: Direitos Fundamentais; Democracia; Cláusulas Pétreas. 46 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO UNASPEC: LEVANTAMENTOS DE DADOS NO RESIDENCIAL FEMININO E RESIDENCIAL MASCULINO Rozilene Santos Conceição [email protected] Orientador: Celso Luiz Franzotti [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] Toda atividade humana em maior ou menor intensidade sempre provocam impactos no meio ambiente. Essas atividades são geralmente desenvolvidas nas organizações com atuação nos mais diversificados ramos de atuação, tais como produção de bens de consumo, prestação de serviços, agricultura, construção civil, administração pública dentre muitas outras. A atividade de uma Instituição de Ensino Superior (IES) se difere das demais, pois ela tem como um dos seus principais objetivos formar indivíduos que tenham uma visão crítica do quanto a sua atividade pode interagir negativamente com o meio ambiente causando impactos no mesmo. Logo, esses indivíduos deverão ter conhecimentos e iniciativas para propor ações e soluções na eliminação/redução dos impactos ambientais de seus locais de atuação profissional. Um dos principais mecanismos de controle dos impactos ambientais que as organizações utilizam em seus gerenciamentos é o Sistema de Gestão Ambiental. O SGA atua de forma preventiva no controle das atividades que possuam aspectos ambientais que possam vir a provocar impactos ambientais negativos. Os impactos podem ser significativos ou não. Para se implementar um SGA deve-se primeiramente realizar um levantamento dos aspectos ambientais para então identificar os impactos ambientais provocados por cada atividade. O presente trabalho realizou um levantamento nos dormitórios masculino e feminino, como parte de um levantamento completo que está sendo realizado na Instituição. O foco principal do presente trabalho foi diferenciar as atividades geradoras de impactos ambientais nos prédios referidos, levando em conta a identificação do consumo de energia elétrica. Após o levantamento foi então constatado que o residencial feminino, para 643 moradoras, o consumo de energia elétrica em média é de 31.631,7 KWh/mês, e o residencial masculino com 560 moradores, o consumo de energia elétrica em média é de 23.827,2 KWh/mês. Detectamos que o Residencial Feminino gera mais impactos de redução da disponibilidade de recursos naturais e/ou energia do que o Residencial Masculino. Este levantamento ainda está em fase de desenvolvimento, após a finalização todos os dados serão submetidos à uma análise para que o Sistema de Gestão Ambiental possa ser implantado na Instituição UNASP-EC, o que mudará as decisões futuras com relação aos impactos ambientais da Instituição. Palavras-Chave: IES; Sistema de Gestão Ambiental; Aspectos e Impactos Ambientais; Levantamento. 47 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITOS INDÍGENAS: AS LEIS ESTABELECIDAS NO PERÍODO COLONIAL ASSEGURAVAM EFETIVAMENTE O DIREITO À PROPRIEDADE E FINS SOCIAIS GARANTIDO AO NATIVO? Samuel Ramalho [email protected] Bianca Souza [email protected] Gustavo Ribeiro [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] Os direitos e asseguração da sociedade indígena têm sido falada nas diversas linhas de pensamentos, e o assunto se mostra como um dever aos direitos humanos. Trataremos neste trabalho o direito indígena na colônia brasileira, e com os estudos deste ensaio tão importante para nós, por se tratar não somente de história, mas contemporaneidade do fato. Abordaremos a seguinte preocupação com a pesquisa: As leis coloniais davam efetivamente o direito à propriedade e fins sociais indigenistas? Essa pergunta será respondida com base nos estudos às ordens que começaram na colônia como: A lei das sesmarias, cartas régias e por fim o diretório. Usando de uma pesquisa qualitativa e quantitativa em certos pontos, tendo como base principal: os índios no Brasil de Luís Donisete e História dos índios no Brasil vários autores, que nos levou a discussões sobre ter ou não o direito naquele pensamento de superioridade marcado no ser do “descobridor” Concluímos com todas as pesquisas no tema, que o direito indígena existia em tese, mas na prática, a violação e o preconceito não davam espaço a abertura do pensamento daquela época em relação aos índios. Eram maltratados, mortos, escravizados e tiraram sua cultura, sem o mínimo senso que a cultura e o pensamento indígena também fazem parte de um aglomerado de outras culturas, e que o nosso “grande” mundo com diversos pensamentos, se torna tão pequeno quando o preconceito se apodera da mente de indivíduos que se acham soberanos. Palavras-Chave: Direitos indígenas; violação; garantias. 48 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS INDÍGENAS A PARTIR DA TEORIA DOS SISTEMAS Stephanie Winck Ribeiro Oliveira [email protected] Orientador: Alessandro Jacomini [email protected] Utilizando a teoria sociológica contemporânea dos sistemas de Luhmann, Teubner e Neves o artigo analisa o aspecto auto referencial do Direito bem como o aspecto reflexivo, o qual sujeita o sistema jurídico às pressões de outros sistemas do entorno, como a política e a economia. A partir de tal referencial, o subsistema jurídico brasileiro se mostra em déficit de autonomia frente a outros subsistemas sociais, como o político e o econômico. Tal assertiva pode ser demonstrada pelo fenômeno social dos indígenas que sofrem marginalizados pela sociedade dominante apesar de, juridicamente, serem considerados iguais e serem respeitados em seus costumes e organização social própria. É visível que tal paradigma jurídico, instituído pelo marco de 1988, chamado multiculturalismo, carece de plena efetivação. O Direito se rende à Economia e à Política revelando um cenário desolador aos menos favorecidos economicamente e politicamente. A ideia dominante sobre os índios foi estabelecida pelos processos colonizadores das etapas anteriores. O mito do bom selvagem, bem como do bárbaro inculto e preguiçoso ficaram de tal modo arraigado na sociedade geral que os movimentos indígenas, apesar de suas mortes e da oitiva internacional, não afligem de forma impactante a sociedade brasileira não-indígena. Conclui que a Economia e a Política, fundamentada pelo modo de pensar metafísico da sociedade em geral, prejudica a autonomia do sistema jurídico, o qual não consegue se autorregular como deveria, resultando em assimetrias dentro do sistema que comprometem a efetividade dos direitos indígenas. Palavras-Chave: Teoria dos Sistema; Garantias Constitucionais; Indígenas. 49 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica JUS POSTULANDI A FACULDADE DAS PARTES NA JUSTIÇA DO TRABALHO Amélia Meireles Stehling [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] O princípio do Jus Postulandi na Legislação Trabalhista tem sido alvo de críticas. Trata-se esse princípio da possibilidade do ofendido ou ofensor ajuizar ação ou se defender de reclamatória sem assistência técnica constituída. As pessoas estão Inseridas de alguma forma em relações de trabalho e emprego. Qualquer que seja a atividade será alcançada por algum ponto da legislação trabalhista e seu processo. Entende-se que as necessidades comerciais e econômicas levaram as pessoas a uma convivência social e a partir de então as demandas são inevitáveis. Não resta dúvida de que nascem os conflitos no momento em que as pessoas se interagem. O Estado para dirimir as diferenças tem a obrigação de legislar. Não é tarefa simples criar, interpretar e aplicar Leis justas para todos. É necessário proporcionar meios de uma conduta social livre e ao mesmo tempo respeitosa. Para gerenciar especialmente as relações de emprego e pacificar os litígios foi criada em 1939 a Justiça do Trabalho no Brasil. Atrelado à simplicidade do trabalhador e a insuficiência do Estado foi mantido o princípio do Jus Postulandi na CLT de 1943. Ao modernizar o Judiciário e sobrevir as complexidades inevitáveis da legislação, questiona-se os prejuízos ou benefícios advindos ao trabalhador pelo direito autônomo de defesa. Há quem Insista na permanência do princípio. Através desse instituto, o advogado que é instrumento essencial à Justiça não participa da demanda. Em estudo com método de revisão bibliográfica do tema, verifica-se razões claras da necessidade do fim do instituto do Jus Postulandi por tratar-se de uma cilada ao trabalhador. Palavras-Chave: Jus Postulandi; Direito; Acesso à Justiça; Advogado; Essencialidade. 50 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DA INCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS Ana Luiza de Albuquerque [email protected] O presente trabalho tem por objeto estudar os aspectos constitucionais da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. Todo Estado necessita de recursos materiais para financiar suas atividades. Essa receita visa garantir o previsto no art. 3° da CR/88, uma sociedade justa, igualitária e livre. Contudo, o Estado na posição de ente tributante não pode agir sem obstáculos diante dos contribuintes. Deve-se veicular os direitos fundamentais para que se limite o exercício da competência tributária, incluindo-o à ordem jurídica. A arrecadação das contribuições para o PIS e Cofins deve estar pautada na Lei Maior e nas legislações especiais. A lei é que delimitará a hipótese de incidência tributária. Estar positivada no ordenamento jurídico não significa ser imune às interpretações contrárias. As leis podem conter lacunas, omissões, e interpretações que devem ser extraídas pelo operador do direito. Diante disso, o objeto de estudo é alvo de controvérsias, sendo objeto também do controle de constitucionalidade pela via difusa e concentrada. O que se busca é desvendar se o ICMS poderá ou não integrar o conceito de receita e faturamento e quais suas implicações. Para tanto, o trabalho além de abordar as limitações ao poder de tributar, contemplará os principais argumentos apresentados no Recurso Extraordinário 240.785/MG e na ADC 18-5/DF, a fim de que seja possível concluir pela (in) constitucionalidade da exação que recai sobre a parcela do ICMS. Por fim, para atingir a finalidade da pesquisa foi escolhido o método dedutivo dialético como principal norteador. Palavras-Chave: Direito Tributário; Limitações ao Poder de Tributar; ICMS; Base de Cálculo; PIS; Cofins. 51 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica LEI MARIA DA PENHA E O LIBERALISMO IGUALITÁRIO Bruna de Lima Gomes [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] A Lei 11.340/06 foi criada para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Após a criação desta Lei, conhecida como Lei Maria da Penha, houve muitos questionamentos sobre sua constitucionalidade, e então veio a questão se trataria de uma intervenção estatal correta ou não, pois a Lei estaria agredindo o princípio constitucional da isonomia. Acontece que a referida Lei é uma forma correta de eliminar tal prática, e o Estado possui a obrigação de intervir e eliminar as discriminações sofridas pela mulher, fazendo com que o princípio da isonomia seja efetivamente cumprido. Utilizando o método dedutivo, a Lei Maria da Penha foi analisada sob a ótica do liberalismo igualitário, demonstrando como a dignidade humana da pessoa está presente na Constituição Federal e confirmada nesta Lei, além de debater sobre a sua constitucionalidade e o dever do Estado de proteger a família. Desse modo, foi debatido a Teoria da Justiça de John Rawls e como a Lei Maria da Penha se enquadra nesta visão; vários conceitos de dignidade da pessoa humana foram considerados a fim de obter um melhor entendimento de sua proteção neste contexto; as ADC 19 e ADI 4424 foram analisadas de forma a demonstrar a real constitucionalidade da Lei Maria da Penha; além de discutir o conceito de família. Assim, utilizando autores como John Rawls, Ronald Dworkin, Ingo Wolfgang Sarlet, Sérgio Ricardo de Souza e Robert Alexy, pode-se perceber que a Lei Maria da Penha é a afirmação constitucional do princípio da isonomia, além de proteger a dignidade humana da mulher. Palavras-Chave: Lei Maria da Penha; Isonomia; Dignidade; Liberalismo; igualitário. 52 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O MONITORAMENTO DO E-MAIL CORPORATIVO DO EMPREGADO PELO EMPREGADOR E AS IMPLICAÇÕES JURÍDICAS DECORRENTES Bruno Henrique Salviano Silva [email protected] Orientador: Henrique Macedo Hinz [email protected] O labor humano contratado é a forma mais comum ajustada neste século hodierno. O contrato de trabalho traz ônus e bônus aos sujeitos, especificamente direitos e obrigações. O vertente trabalho tem por objeto o estudo das implicações jurídicas para o contrato de trabalho em relação ao monitoramento do e-mail corporativo do empregado pelo empregador nesta relação empregatícia. Para tanto, parte-se da premissa de que todo empregador tem o direito de fiscalizar os instrumentos de trabalho utilizados pelo empregado em decorrência do poder diretivo patronal, como também os empregados possuem o direito a ter sua privacidade respeitada em ambiente laboral. Deste impasse, urge a justificativa da linha de estudos adotada neste trabalho. Utilizando-se da dialética, trazendo arguições e contra arguições, apontou-se a importância do contrato de trabalho e as decorrências que este traz para a relação empregatícia, sendo uma delas a permissibilidade ao empregador de monitorar o e-mail corporativo dos empregados, fazendo previsão dos termos e procedimentos do monitoramento no regulamento interno de trabalho. Todavia a relação empregatícia invoca o respeito do empregador pelo seu empregado no tocante à privacidade deste. A doutrina refuta com consistência o monitoramento, porém não há proibição legal à prática, apenas elaborou-se requisitos que servem para mitigar a intromissão à privacidade dos empregados e dar a respectiva segurança jurídica aos empregadores que procedem com o monitoramento. A implicação é que os litígios oriundos das questões envolvendo monitoramento de e-mail corporativo são resolvidos em face das circunstancias fáticas do caso Concreto. Uma conclusão esperada se faz no sentido de que ao serem observadas as arguições favoráveis e desfavoráveis ao monitoramento do e-mail corporativo e ao notar que a lei não soluciona o impasse, a opção pelo empregador em atuar no sentido de valorizar o empregado em ambiente laboral, quer parecer a que mais afasta os conflitos decorrentes da relação empregatícia. Palavras-Chave: Contrato de trabalho; Monitoramento do e-mail corporativo; Poder diretivo; Direito à privacidade. 53 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO: DIREITO FUNDAMENTAL À LIBERDADE RELIGIOSA Eduardo Oliveira Winck [email protected] Orientador: Dr. Misael Lima Barreto Filho [email protected] É ínsito que todo Estado necessita de recursos financeiros para o desenvolvimento de suas atividades. Por esta razão, é imperativo à soberania estatal, o poder de cobrar tributos. Existem, contudo, situações em que o Estado prescinde de determinadas receitas tributárias, tendo em vista o bem comum ou apenas por não ser competente para tributar. Tal é o caso das imunidades tributárias previstas no Art. 150 da Constituição Federal. As imunidades tributárias não resultam de considerações puramente jurídicas, e sim de determinados valores políticos, religiosos, educacionais, sociais e culturais, todos fundamentais à sociedade, que expressam a orientação do poder constituinte em função de ideais políticos vigentes. É deste modo que nos é assegurado, retirando das mãos do legislador infraconstitucional, a possibilidade de, por meio da exação imposta, atingir tais valores. A imunidade tributária dos templos de qualquer culto é um fenômeno de natureza constitucional, corolário do direito fundamental à liberdade de consciência e crença, absolutamente distante da intervenção do Estado ou a qualquer expansão de seu poder. Tal fenômeno demonstra o quão importante é para o Estado Democrático de Direito, ainda que se declare laico, garantir a liberdade e a igualdade a todos os cidadãos, independentemente dos valores religiosos de cada um, pois é por intermédio das imunidades que as liberdades se afirmam como direitos absolutos diante do poder tributário do Estado. Assentada esta premissa, é o caso de indagarmos: que impostos, eventualmente, poderiam alcançar os templos de qualquer culto? Sobre o imóvel onde o culto é realizado incidiria o IPTU? Sobre a aquisição de bens imóveis destinados aos atos religiosos, incidiria ITBI? E o que dizer dos veículos destinados exclusivamente aos serviços eclesiásticos, deveria incidir o IPVA? Justamente por ter assento na Constituição Federal, é que o tema merece análise sob a exclusiva óptica constitucional, isto é, o alcance das regras da imunidade tributária, deve ser entendido em conformidade com os princípios e valores que consagraram nossa Carta Magna. Não podem, portanto, serem restritivamente interpretados, dado sua amplitude e indivisibilidade. O presente trabalho tem por escopo analisar qual o alcance da imunidade tributária aos templos de qualquer culto, entender o alicerce princípio lógico-constitucional das imunidades e verificar qual a relação existente entre imunidade tributária e liberdade religiosa. Para tanto, a metodologia utilizada será a revisão bibliografia, doutrinária e jurisprudencial. Palavras chave: Imunidade tributária; Direito fundamental; Liberdade religiosa. 54 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GUARDA COMPARTILHADA E O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DO MENOR Fabiana da Rosa Alves [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] O presente trabalho trata da modalidade compartilhada de guarda de filhos, primando pelo desenvolvimento emocional e pelo melhor interesse do menor, uma novidade inserida recentemente no nosso ordenamento jurídico. Além do conceito do referido tema, trata ainda de forma sucinta da sua origem histórica, das implicações na aplicabilidade do respectivo instituto para a melhor criação e educação dos filhos menores, pois são estes últimos os mais atingidos na ruptura da relação conjugal dos pais. O objetivo deste trabalho é analisar as implicações do instituto da guarda compartilhada incluso com a Lei n.º 11.698/08, que trouxe ao ordenamento jurídico Brasileiro a possibilidade da criança manter na sua criação e educação a presença de ambos os pais de maneira ativa, deste modo mantendo intacto o poder familiar após a ruptura do casal, para tanto, foram utilizados no respectivo trabalho os métodos bibliográfico, histórico e comparativo. Observa-se que com a instituição da guarda compartilhada, buscou-se demonstrar a sua aplicabilidade, como modelo ideal para que prevaleça o melhor interesse do menor. Na maioria dos casos, com a ruptura da vida conjugal, os que mais sofrem são as crianças, com isso a aplicação da guarda compartilhada serve como instrumento de continuidade do vínculo dos genitores com os filhos, amenizando possíveis problemas em seu desenvolvimento emocional. Porém, não obstante ao fato de ser um modelo ideal, cada caso deve ser analisado de maneira individualizada em seu contexto. A guarda compartilhada veio com o viés de solução para redução dos conflitos, e é através dela que se visa atribuir um melhor envolvimento entre todos os participantes do núcleo familiar. Palavras-Chave: Melhor interesse do menor; Guarda Compartilhada; Desenvolvimento Emocional. 55 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA ABORDAGEM DA APLICAÇÃO DO DANO MORAL À PESSOA JURÍDICA Frank William de Carvalho [email protected] Prof. Dr. José Luiz Gavião de Almeida [email protected] Muito já se discutiu e se analisou acerca do cabimento ou não do dano moral à pessoa jurídica. Para aqueles que se posicionam na corrente negativista, o argumento é que as pessoas jurídicas são criadas por lei e, portanto, são desprovidas de elementos de personalidade que são, segundo eles, exclusivamente ligados à pessoa natural. No sentido contrário, os afirmativistas entendem que, inobstante a pessoa jurídica ser criadas por lei, não possuindo os sentimentos nem as emoções, características íntimas das pessoas naturais, as mesmas detêm um arcabouço jurídico de proteção, especialmente protegido e tutelado pelo Código Civil de 2002. Sob a atribuição da dialética como forma hábil de se debater e compreender os institutos bem como os posicionamentos firmados o tema merece ímpar distinção no que concerne a adaptabilidade das correntes teóricas neste oceano demasiadamente complexo. Há a necessidade de se valer de um critério exegético suficientemente válido, a fim de compreender o alcance bem como o conteúdo da norma, especialmente das previsões típicas do Código Civil e, consequentemente, adaptá-la ao posicionamento jurisprudencial e também doutrinário. O entendimento mais correto a se perfazer é no sentido de que, muito embora a pessoa jurídica não possua sentimentos, a mesma detém um complexo jurídico protegido, especialmente pela sua honra objetiva que deve ser zelada e preservada no contexto social em que atua. Destarte, muito embora ausente sua honra subjetiva, detém a pessoa jurídica honra objetiva e, portanto, uma vez sendo esta violada, nasce para ela o direito de reaver uma justa indenização pela violação de sua honra subjetiva. Essa indenização deverá vir pautada em diversos aspectos, considerando-se para tanto a Teoria do Risco Criado, a Teoria do Desestímulo, bem como a Teoria da Compensação Integral da Vítima, uma vez que, para tanto se deverá compreender a chamada Função Pedagógica do Dano Moral a fim de se distribuir o ônus indenizatório. Adotou ainda o legislador o Sistema do Livre Arbitramento para fins de estipulação do “quantum debeatur”. Portanto, tendose em vista as pesquisas realizadas, conclui-se, ademais, que, uma vez cabível o dano moral à pessoa jurídica, poderá a mesma cumular os danos matérias e morais em eventual Ação de Indenização contra o causador do dano. Derradeiramente, a luz dos estudos feitos, bem como das pesquisas realizadas, será possível traçar os melhores entendimentos e conclusões coerentes a fim de melhor compreender a natureza do instituto e a sua devida aplicabilidade jurídica e social. Palavras Chave: “Pessoa”; “Jurídica”; “Dano”; “Moral”; “Indenização”. 56 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O SIGILO DAS VOTAÇÕES NO TRIBUNAL DO JÚRI Jeison do Amaral Cavalcante Francisco [email protected] Orientadora: Leandra Aparecida Zonzini Justino [email protected] O presente trabalho de conclusão de curso debruçou-se sobre o sigilo das votações no Tribunal do Júri, apresentando primeiramente um conciso panorama histórico desta instituição, bem como sua origem e processo de constitucionalização no Brasil. Em outro momento elucidou, não de forma exaustiva, sobre os princípios relacionados ao Tribunal Popular, dentre estes, o da plenitude de defesa, da soberania dos veredictos, da competência para julgar os crimes dolosos contra a vida e o da publicidade dos atos processuais, sendo que o sigilo das votações, por ser o tema do presente trabalho, foi tratado em capítulo específico. Diante da Lei 11.689/2008 que alterou o procedimento dos processos da competência do Tribunal do Júri a problemática levantada foi uma possível inobservância ao princípio da publicidade dos atos processuais com a realização das votações na sala especial no Tribunal do Júri. Por meio da pesquisa e aprofundamento da indagação constatou-se que grande parte dos doutrinadores posiciona-se que a sala especial prevista na referida Lei, não viola o princípio da publicidade dos atos processuais, pois este local tem por fim assegurar o preceito constitucional do sigilo das votações, protegendo os jurados de qualquer manifestação, além do que a publicidade ainda existe, mas é restrita, na forma do artigo 485 do Código de Processo Penal. De outro modo, poucos doutrinadores entendem que a citada sala, com o fim de assegurar o sigilo das votações, viola o princípio da publicidade dos atos processuais, visto que a Constituição da República de 1988 assegura o sigilo da votação e não na votação, devendo o momento das votações pelos jurados ser realizado à vista do público, protegendo somente o teor de seus votos, sendo, ainda, desnecessária a sala especial, em razão da incomunicabilidade do Conselho de Sentença. Diante desta abstrata colisão de direitos fundamentais, analisou-se por fim, o princípio da proporcionalidade, instrumento indispensável para que o julgador, no caso concreto, possa ponderar as desvantagens existentes em relação às vantagens pretendidas. Palavras-chave: Tribunal do Júri; Sigilo das Votações; Sala Especial; Princípio da Proporcionalidade. 57 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A REPRODUÇÃO ASSISTIDA E O DESTINO DOS EMBRIÕES EXCEDENTÁRIOS NO BRASIL Josiele Ferreira Ribeiro [email protected] Orientador: Dr. Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] A reprodução assistida surgiu como alternativa para amenizar o problema de infertilidade e esterilidade, possibilitando a procriação de pessoas incapazes de gerar filhos pelo método natural. O presente trabalho propôs-se a apontar as problemáticas que envolvem o processo de reprodução assistida, tendo por objetivo desenvolver uma análise crítica da reprodução humana frente ao direito à vida, considerando-se a falta de legislação específica que regulamenta a matéria. Este trabalho justifica-se, pois busca proporcionar uma maior discussão no âmbito acadêmico e jurídico sobre o método da fertilização in vitro, incentivando a pesquisa e o debate sobre o direito dos embriões excedentários. Para tanto, utilizou-se do método comparativo, analisando-se as legislações estrangeiras comparando-as com as normas internas, além de fazer uma análise das similitudes e diferenças contidas nos projetos de leis que abordavam a regulamentação do processo de reprodução assistida no Brasil. Utilizou-se, também, das doutrinas concernentes à bioética, citando-as, artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutorado e livros. Conclui-se, portanto, que os embriões excedentários não podem ser instrumentos de pesquisa, e nem ser descartados. O destino mais adequado para os embriões crio preservados seria a doação a terceiros para fim da procriação desde que, no entanto, sejam utilizados de forma gratuita. Palavras-Chave: Excedentários. Reprodução Humana; Fertilização in vitro; Embriões 58 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A ARBITRAGEM NOS CONFLITOS TRABALHISTAS INDIVIDUAIS COMO ALTERNATIVA DE ACESSO À JUSTIÇA Jucimara da Silva Sales Brum [email protected] Orientador: Dr. Alessandro Jacomini [email protected] Inegavelmente, existe em solo pátrio uma crise do judiciário, reconhecida até por aqueles que defendem a jurisdição estatal como único meio de garantir ao cidadão o direito de acesso à justiça. Em especial, destaca-se a crise da Justiça do Trabalho, com seus milhares de processos anuais, muito além de sua capacidade de julgar, tendo, por isso, e ao longo de décadas, hipertrofiado e a exigir providências urgentes para solucionar ou, pelo menos, aliviar tão pesada carga processual. No entanto, o problema do acesso à justiça, devendo-se entender o acesso à justiça como algo que deva ir além de simplesmente assegurar a distribuição do feito, é mais amplo que a crise do acesso ao judiciário, pois, no momento em que o Estado-Juiz não detém um aparato capaz de alcançar uma solução rápida e eficiente aos jurisdicionados, já está o mesmo, de certo modo, ceifando esse direito basilar do cidadão. Dessa forma, os meios alternativos de solução de litígios estão sendo considerados e, de maneira crescente, vêm angariando a simpatia e o respeito do meio jurídico. Tendo em vista que o Estado não tem perspectiva, no curto ou médio prazo, de resolver ou amenizar essa problemática, a busca por alternativas faz-se muito oportuna. Nesse campo, destaca-se a Arbitragem, amparada pela Lei 9.307/96, considerada uma das mais modernas do mundo e que tem sido aplicada com sucesso na esmagadora maioria dos processos que tem julgado. Através do método dialético dedutivo e com material de vários autores que defendem sua aplicação na esfera trabalhista individual, bem como daqueles que entendem que a mesma deva ser direcionada unicamente para conflitos de ordem comercial ou dissídios coletivos de trabalho, espera-se ter reunido material suficiente para uma reflexão sobre a viabilidade de sua utilização nesta seara. Palavras-Chave: Crise do judiciário; Acesso à justiça; Métodos alternativos; Arbitragem; Conflitos trabalhistas individuais. 59 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EFEITOS DA CONVENÇÃO DE HAIA DE 1993 NA ADOÇÃO INTERNACIONAL DO ORDENAMENTO BRASILEIRO Nathália Monte [email protected] Orientador: João Emilio [email protected] O instituto da adoção passou por importantes evoluções legislativas. Iniciou-se a adoção para preservar o culto familiar, depois para se preservar a herança e em seguida para ajudar quem não tinha possibilidade de ter filhos próprios sendo apenas um contrato ou negócio jurídico. Desde a antiguidade sempre percebendo a criança como um objeto da família e não como um detentor de direitos. Com a entrada do Estatuto da Criança e do Adolescente em vigência, às crianças e adolescentes foi atribuída mais dignidade e com a regularização do Instituto da adoção por este instrumento legislativo, atribuiu-se a este instituto a mesma finalidade nobre de inserção familiar, mas baseada na doutrina da proteção integral aos direitos da criança e do adolescente assim como preocupada primordialmente no seu superior interesse e bem estar. A adoção internacional, assim considerada como aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, foi criada com a finalidade de amparar as crianças órfãs pela segunda guerra mundial. No Brasil mesmo ocorrendo irregularmente, antes da Constituição Federal de 1988 e da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, apenas foi regulada a partir deste último, por surgir à preocupação com a grande procura dessa modalidade de adoção no país. Tal modalidade de adoção possui requisitos diferenciados por se tratar de envio de uma criança para outro país, que normalmente, tem uma legislação distinta da utilizada no país de origem. Buscou-se ainda que a adoção Internacional se efetivasse de forma controlada e se evitasse o desvirtuamento da adoção internacional, como por exemplo, o sequestro e o tráfico de crianças. A adoção internacional é regida pelo princípio da excepcionalidade e subsidiariedade que procuram garantir a permanência da criança ou adolescente em sua cultura e costumes, garantindo que no caso de não haver possibilidade de colocação em família substituta nacional, seja viabilizada a adoção internacional, realizada de acordo com os requisitos impostos, e com o superior interesse e bem estar da criança. Depois de muitos encontros internacionais, chegou-se à conclusão da Convenção de Haia de 1993.Esta Convenção consolidou então as regras nacionais e o regime de centralização e cooperação da adoção ao trazer as Autoridades Centrais, criou então um sistema de relacionamento entre nações soberanas. Tornando assim a adoção internacional mais segura, amparada nacional e internacionalmente. Palavras-Chave: Adoção. Adoção internacional. Convenção de Haia. 60 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SALVAGUARDA DOS INTERESSES DO NASCITURO Roberto Alexandre Dos Santos [email protected] Orientador: José Luiz de Almeida Gavião [email protected] O presente trabalho monográfico surge do resultado de uma análise específica do tema Salvaguarda dos Interesses do Nascituro, ao concentrar sua essência no direito à vida. Para tanto, foi necessária uma decomposição concernente ao que seria, a personalidade jurídica e a capacidade civil do homem. A pesquisa discorre sobre a problemática da consequência advinda da possibilidade de ser interrompida a vida do nascituro conforme legislação vigente. De tal maneira, aborda o estudo a sua ressalva, qual seja, a do ser ainda não nascido, mas já concebido no instante em que seus direitos passam a ser inerentes da pessoa humana. A natureza da vertente metodológica utilizada nesta pesquisa será dedutiva, na medida em que esta modalidade permite partir de argumentos gerais para argumentos particulares. Foi empregado, ainda, o método de abordagem indutivo. Dessa forma, a pesquisa levará contornos especificadores, transferindo o princípio do direito à vida do ser humano (nascituro) para uma análise minudente dos direitos fundamentais. Quanto ao método de procedimento, o tratamento do tema estará ligado ao recurso monográfico, em virtude das ferramentas bibliográficas, com a contribuição dos doutrinadores: Silmara Juny Abreu Chinelato e Almeida, Genival Veloso França e Maria Helena Diniz que esmeram o cotidiano do Direito Civil, proporcionando resultados detalhados e exaustivos do caso em estudo. No tocante aos métodos de interpretação jurídica, a função deste estudo será intensificar o olhar sobre o nascituro, analisando os aspectos sociológicos e jurídicos que envolvem essa problemática, sobressaltando criteriosamente seus aspectos legais e costumeiros ao longo do tempo. Entendeu-se no ardor da discussão, que o direito à vida, como qualquer outro direito inerente ao nascituro, é garantido, porém em harmonia com a legislação vigente, como no caso de indicação, e o aborto legal seja, a solução do conflito. Nas considerações finais, revelou-se a preocupação em preservar no direito à vida do nascituro, mesmo que a tutela da vida não seja absoluta nos meandros da Constituição Brasileira. A qualidade ainda virtual do nascituro fica condicionada a pressupostos eventuais e legais conforme as possíveis interpretações do artigo 2º do Código Civil que, não o retira do alistamento de direitos da dignidade da pessoa humana, inerentes ao nascituro, mesmo que estes sejam deferidos de maneira potencial e com o devido teor legal, uma vez que será ineficaz caso o feto nasça morto. De qualquer forma, o interesse do nascituro deve ser resguardado sem esperar a infortunística ou a sobrevivência pós-parto, em virtude dos meios probatórios de sua existência. Palavra Chaves: Direito; Vida; Nascituro; Aborto. 61 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PROPRIEDADE INTELECTUAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PAPEL DO GOVERNO COMO FOMENTADOR DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Tanielly Pastick Alves [email protected] Orientador: Dr. Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] O conceito de desenvolvimento econômico vem sendo utilizado desde os primórdios da humanidade, quando as civilizações, dentro de suas condições, buscavam através das mais variadas formas de inovação, modificar sua condição existente. Hoje, a velocidade com que a inovação tecnológica acontece vai definir se um Estado é desenvolvido ou não, importando diagnosticar quais são os principais atores que promovem à inovação para então intensificar suas pesquisas e investimentos. Assim, esta pesquisa tem por objetivo realizar uma breve analise sobre a importância que o Governo, na forma de um desses atores, exerce na criação de mecanismos de apoio à inovação tecnológica. A metodologia de pesquisa utilizada partiu da revisão bibliográfica bem como do método dedutivo, e desenvolveu-se através da aplicação de várias competências. Entende-se que é o Governo o principal ator nesse processo, por isso, necessário se faz verificar quais são os mecanismos para harmonizar as intenções inovativas que se tem. Por consequência, chega-se a conclusão de que é dele que se advêm os principais mecanismos de fomento, bem como é através dele que se pode alcançar o status de nação desenvolvida. Restando perceber que, em decorrência do avanço inerente à própria sociedade, é dever do Governo intensificar o apoio aos demais contribuintes à inovação, e reciclar os projetos existentes, de maneira que estes se tornem tão atuais quanto o próprio processo inovativo. Palavras-Chave: Desenvolvimento Econômico; Inovação Tecnológica; Governo; Política de Desenvolvimento; Propriedade Intelectual. 62 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A ARBITRAGEM COMO INSTRUMENTO PRIVADO DE ACESSO À JUSTIÇA Valquíria Duarte [email protected] Orientador: Alessandro Jacomini [email protected] A morosidade da prestação jurisdicional é o mal que assola a sociedade brasileira nos dias de hoje. A partir disso, a possibilidade de solucionar controvérsias oriundas de conflitos patrimoniais disponíveis por meio da arbitragem constitui um grande passo dado na caminhada rumo à renovação e ampliação do acesso à justiça e à ordem jurídica justa. No entanto, dada a falta de costume no uso da arbitragem ou até mesmo pelo antiquado preconceito com tudo aquilo que é novo e moderno, não se conhece no Brasil um largo histórico de cultura arbitral. Também pela falta de colaboração por parte do Poder Judiciário, não parecia interessante optar pela arbitragem para solucionar litígios. Com isso, o instituto permaneceu oculto à preferência dos brasileiros por muito tempo. A Lei Federal nº 9.307, de 23 de Setembro de 1996, tornou mais simples a instituição da arbitragem e veio viabilizar o florescimento desta moderna técnica de solução de controvérsias no Brasil. Por força da Lei nº 9.307/96 a arbitragem é um equivalente do Poder Judiciário e vela pelo acesso à justiça e à ordem jurídica justa. É, inegavelmente, um instrumento privado de acesso à justiça que contribui para a valorização do Poder Judiciário e pacificação social. Palavras-Chave: Arbitragem; acesso à justiça; ordem jurídica justa; Pacificação social. 63 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A MAIORIDADE PENAL É CLÁUSULA PÉTREA? Adriano Diniz Bezerra [email protected] Samuel Lautenschlager [email protected] Orientador: Dilson Cavalcanti Batista Neto [email protected] Este trabalho visa analisar a (im)possibilidade da redução da maioridade penal estabelecida no ordenamento jurídico brasileiro e a (im)possibilidade da mudança no critério biológico adotado para apuração da inimputabilidade do menor infrator. O Poder Constituinte Originário, de maneira democrática, promulgou em cinco de outubro de 1988 a Constituição da República Federativa do Brasil, a qual foi elaborada de forma prolixa, visto que abrange não apenas temas essenciais para manutenção dos poderes do Estado, verbi gratia, a previsão da maioridade penal. As Constituições podem ser classificadas quanto à possibilidade de modificação das suas normas constitucionais, sendo a Carta Magna de 1988 considerada rígida (doutrina majoritária) ou superrígida (Alexandre de Moraes), pois para que ocorra alguma reforma nas regras e princípios constitucionais é necessário um processo mais duro que incide na elaboração de leis ordinárias ou complementares. Na sociedade atual há uma acalorada discussão sobre a possibilidade da redução da maioridade, estabelecida na Lei Maior, aos 18 (dezoito) anos, entretanto, poderia ocorrer essa redução sob a perspectiva do Direito Constitucional e dos Direitos Humanos? Existem as cláusulas pétreas, previstas no artigo 60, § 4. °, da Constituição Federal, que são denominadas, pela doutrina, de núcleo de pedra, não podendo o Poder Constituinte Derivado Reformador aboli-las ou diminuí-las em nenhuma hipótese. Esse núcleo intangível abrange os direitos e garantias fundamentais, os quais não estão esgotados somente no artigo 5. ° da Constituição Vigente (o Supremo Tribunal Federal entende que o rol é exemplificativo ou numerus apertus) Posto isso, será que a maioridade penal aos 18 (dezoito) anos pode ser avaliada como direito fundamental do menor infrator? Palavras-Chave: Maioridade Penal; Cláusula Pétrea; Direitos Fundamentais. 64 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O DIREITO TRIBUTÁRIO E SUA LEGALIDADE E UMA BREVE NOÇÃO DA SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA. Amanda Sara de Oliveira Abrão [email protected] Lucas Henrique de Faria Marques [email protected] Desde tempos antigos, o homem sentiu a necessidade de criar normas para estabelecer o bem estar social e viverem harmoniosamente, e estas são conhecidas hoje como direito, embora, não haja uma definição única para o direito. Este se divide em público e privado, sendo que ambos estão voltados ao mesmo objetivo. Entretanto, há um campo na área do direito público que é desconhecido por muitos, o direito tributário. Deste modo, muitos empreendedores perdem a oportunidade de expandir os seus negócios, pois a cada visita da fiscalização, este sofrerá com multas e reajustes. Vale ressaltar que para a produção, se as consequências forem boas, haverá aumento nos investimentos, logo, na produção, tanto em caráter humano ou material, então haverá bons resultados. Levando em consideração que deve haver poupança, ou seja, economia. Entre poupança e investimentos deve haver um equilíbrio, pois, se a poupança é maior o prejuízo é no âmbito de desemprego e se os investimentos forem maiores, o prejuízo será inflação, e não é nada disso que se deseja. Contudo, é essencial que o contribuinte conheça alguns princípios da tributação e da legalidade tributária. Utilizando-se de uma pesquisa descritiva, de natureza qualitativa, e com base em estudos bibliográficos, este trabalho terá por finalidade explicar e apresentar o direito tributário e como este é necessário para o crescimento econômico em que está assegurado. Partindo dessas informações, o empreendedor conseguirá desenvolver-se no mercado comercial e atender corretamente a fiscalização. Palavras Chave: Direito Tributário; Economia; Legalidade Tributária. 65 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E AS SUAS IMPLICAÇÕES Ana Maiara Ribeiro [email protected] Ana Bezerra [email protected] Jéssica Tonete [email protected] Francisco Patrick Barbosa Chagas [email protected] Laís Mazzola Piletti [email protected] Michele Zanard Klein Orientador: Victor Hugo Tejerina Velásquez [email protected] O presente trabalho versa sobre a Transferência de Tecnologia e as suas Implicações. Tendo por objetivo inicial conceituar a transferência de tecnologia, e posteriormente estudar a Triple Hélix e qual a sua importância para a inovação tecnológica, e por último busca analisar quais os dispositivos legais que abordam sobre a transferência de tecnologia, utilizando-se, da legislação interna e dos Tratados Internacionais que foram ratificados pelo Brasil. Esse trabalho justificase, pois se tem em vista que a transferência de tecnologia é um meio eficaz para solucionar os problemas advindos da ausência de investimento do governo no desenvolvimento tecnológico, buscando um avanço no desenvolvimento humano e econômico, e, não tão somente, no crescimento econômico, com isso, podem-se adquirir essas novas tecnologias no estado da técnica. Ante o exposto, busca-se entender, se caso houvesse um maior investimento na Inovação Tecnológica ou na Transferência de Tecnologia, se seria necessário à existência do Instituto da Licença Compulsória. E na Triple Helix, se houvesse a Cooperação e Parceria entre o tripé, pergunta-se: quem seria o destinatário final dessa inovação tecnológica. É justo que as empresas tenham maiores lucros. Quais seriam os lucros auferidos pela sociedade civil. A metodologia utilizada foi o método dedutivo, por acreditar que a utilização de axiomas possibilita ao pesquisador olhar a pesquisa de formas diferentes. Por fim, citam-se, os principais autores utilizados na confecção da pesquisa, que são Danielle Ferreira, Welber Barral, Luiz Otávio Pimentel, Juliano Scherner Rossi, Cristiani Fontanela, Suelen Carls, Karine De Souza, Liliana Locatelli. Palavras-Chave: Transferência de Tecnologia; Triple Hélix; Inovação. 66 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ASPECTOS TÉCNICO-JURÍDICOS SOBRE A COBRANÇA DOS ESTACIONAMENTOS EM SHOPPING CENTERS Ana Maiara Ribeiro da Silva [email protected] Camila Carvalho Oliveira [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] A partir do reconhecimento da importância e relevância sobre o tema da cobrança de taxas em estacionamento de shoppings centers, propõe-se um maior aprofundamento dos meandros e aspectos técnicos-jurídicos envolvidos. Para tanto, apresenta-se, de maneira sucinta, como ocorre a relação de consumo, o conceito de consumidor e fornecedor, bem como o que se define como produto e serviço. Deve-se traçar a definição de aviamento, como é manipulada a cobrança de estacionamento, o que dispõe na súmula 130 do STJ, algumas leis e essa cobrança em shopping centers nos Estados Unidos e na Europa. E, posteriormente, é de profunda importância a apresentação de algumas jurisprudências extraídas do site do Superior Tribunal de Justiça, buscando entender qual o posicionamento adotado em nossos protetores da justiça, tendo em vista que este é a última instância ao se falar em leis infraconstitucionais. Por fim, será feito o uso de algumas notícias referentes à cobrança de estacionamento nos shoppings centers, com o intuito de estudar o tratamento desse tema atual, pela sociedade em geral. O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do modo como ocorre a cobrança de estacionamento em estabelecimentos de shopping center, e para isso é necessário o conceito de consumidor, de fornecedor, de produto e de serviço, junto a relação de consumo, e a ideia de que essa cobrança é de fato necessária ou não, realizando-se uma abordagem no conceito de aviamento e, na posição de que o estacionamento é um serviço prestado a título oneroso. Este trabalho será realizado através de comparações bibliográficas, pesquisas de dados e notícias atuais. A cobrança dos estacionamentos em shoppings é discutida entre duas vertentes, seria esta abusiva ou seria uma taxa correta e necessária diante o serviço fornecido. Por fim, entende-se que a cobrança de estacionamentos nos shoppings centers é abusiva, pois ocorre o que se chama de bis in idem. Todos os produtos oferecidos ali possuem a taxa do estacionamento presente no valor total do produto consumido, assim, trata-se de uma relação de consumo a título gratuito, ou de consumo por equiparação, dependendo da análise do caso concreto. Palavras-Chave: Consumidor; Fornecedor; Shopping Center; Aspectos técnicosjurídicos. 67 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica REALIDADE DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL: HISTÓRIA, SOCIEDADE E AMPARO LEGISLATIVO Ana Maiara Ribeiro da Silva [email protected] Eunice Batista Salgado [email protected] Orientador: Everaldo Tadeu Quilici Gonzalez [email protected] O Trabalho Infantil durante muito tempo tem-se enraizado nas culturas familiares e visto como alternativa a miséria. Por séculos era comum o uso da mão de obra infantil para a subsistência familiar, normalmente realizada em fazendas, no trabalho agrícola ou trabalho doméstico. O trabalho da criança antes era visto como forma de crescimento e uma forma de ensiná-la um ofício para o futuro. Com a Revolução Industrial e a coisificação do homem, tornou-se um problema sério e desenfreado, sendo comum a imagem de crianças trabalhando em condições de miséria para ganhar uma pequena quantia em dinheiro. Este cenário assustador abriu os olhos da população mundial para o debate deste tema e para a luta contra o trabalho infantil. Com o desenvolver do tempo, a defesa pelo ideal da garantia dos direitos humanos foi a motivação para se promover os direitos da criança e do adolescente, o que era restrito somente aos adultos. Há diversas cartas, declarações e fatores que contribuem na luta pela erradicação do trabalho infantil, promovendo um avanço nesse ideal. Após vários debates em âmbito mundial, tornou-se necessário uma nova política frente a esta realidade. O Brasil tem elaborado leis e projetos para reger esta situação e reconhecer a proteção desses direitos da criança e do adolescente. A pesquisa objetiva demonstrar o desenvolvimento histórico do trabalho infantil e sua realidade no Brasil. Este trabalho será realizado através de comparações bibliográficas, pesquisas de dados e análises visuais. Os projetos oferecidos pelo governo para a erradicação do trabalho infantil contribuem bastante, mas não é o único meio que deve ser utilizado para isso. É necessário a conscientização de acabar com o trabalho ilícito não só por parte do Estado e governo, mas do próprio cidadão, da sociedade, que também tem a responsabilidade de promover aos nossos menores o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Palavras-Chave: Trabalho Infantil; História; Direitos; Erradicação; Ação Estatal. 68 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRIBUTO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO DAS PESSOAS JURÍDICAS (CSL) Antônia Janaína de Sousa [email protected] Mayumi Bezerra Matsubayaci [email protected] Mikaela de Jesus Silva [email protected] Rebeca Cristina da Costa [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] O presente trabalho tem como objeto central de estudo o tributo denominado Contribuição Social sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas (CSL), criada pela Lei 7.689/1988 e fundamentada no artigo 195, I, a, da Constituição Federal, que incide sobre Pessoas Jurídicas (PJ) e entes que são equiparados pela legislação do Imposto de Renda (IR), apresentando como finalidade o respaldo financeiro para a Seguridade Social definida em nossa Constituição Federal, no artigo 194, caput, como um ?conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social?, em outras palavras a Seguridade social é um sistema de proteção social que visa proteger seus cidadãos no que se refere aos seus direitos com os programas sociais de saúde, previdência social e assistência social. Sabe-se ainda que a base de cálculo da CLS é o lucro líquido do período de apuração antes da provisão para o IR e sua alíquota é determinada em 9%, ambos aspectos estão dispostos na Lei 8981/1995 no artigo nº 57. Por fim, pretende-se explorar no desenvolver dos estudos, o funcionamento do tributo em questão através de uma análise da Lei 7.689/1988, além de também obter uma visão adequada sobre Seguridade Social. Palavras-Chave: CLS; Seguridade Social; Lei. 69 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EMPRESAS DE FACHADAS Bruna Lima [email protected] Fernando Camargo dos Santos [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velásquez [email protected] O tema do presente artigo inicialmente parece tratar de um conteúdo simples e de fácil entendimento, talvez devido ao enfoque superficial que os veículos de informações atuais atribuem ao assunto, entretanto em seu desenvolvimento é possível compreender as relevantes problemáticas a respeito. A temática em questão trata das “Empresas de Fachada”, conhecidas também como empresas inexistentes ou “fantasmas”, cuja intenção principal é justificar a rotatividade do dinheiro adquirido através de atos ilícitos, burlando o sistema tributário, e muitas vezes se utilizando da ingenuidade das pessoas nas relações de consumo cotidianas, aplicando-lhes golpes. Pode-se citar como caso prático as empresas de buffet que no dia do evento simplesmente não aparecem, ou até mesmo empresas que se utilizam do dinheiro do tráfico de drogas para sua estabilidade no mercado. Ao decorrer da pesquisa serão abordados os diversos conceitos e características dessas empresas, vistos através das perspectivas doutrinárias, bem como sua natureza jurídica e ocorrências jurisprudenciais nos variados tribunais brasileiros, visto que o assunto está correlacionado as vertentes do Direito Penal, Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito Econômico. Deste modo, esta análise visa esclarecer os danos que esses falsos estabelecimentos podem causar a vida das pessoas, e visto de maneira mais ampla, a economia do Brasil como um todo. Para esta pesquisa fora utilizado o método dedutivo de cunho investigativo com o levantamento teórico bibliográfico, além de entrevistas e reportagens, de modo que o assunto fosse abordado por diversos ângulos. Isto posto, conclui-se que ainda falta a ampla conscientização dos fornecedores e comerciantes sobre o assunto, visto que desconhecem ou caso conheçam uma empresa fantasma, simplesmente não denunciam para as autoridades competentes, talvez por medo de represálias, tendo em vista que para evitar esse tipo de infortúnio é imprescindível a parceria entre sociedade e fiscalização dos agentes competentes. Portanto, por se tratar de um tema atual e com relatos frequentes, evoluindo em questões legislativas e doutrinarias, é perceptível sua extrema pertinência. Palavras chaves: Empresa de Fachada; Lavagem de Dinheiro; Direito Econômico; Golpes. 70 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E O DESENVOLVIMENTO SOCIAL Bruna Lima [email protected] Fernando Camargo dos Santos [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velásquez [email protected] O tema deste artigo, mesmo visto pela perspectiva superficial, apresenta-se de modo complexo, haja vista as ideologias de amplo cunho coletivo intrínsecas a ele. O assunto referido se dedica à Função Social da Propriedade Intelectual e o Desenvolvimento Social, que pode dizer trata-se de uma matéria que vem ganhando extrema relevância no âmbito jurídico e principalmente no interesse público, considerando as transformações sociais advindas das novas tecnologias. Além disso, fazemos algumas considerações acerca da transição que a função do direito de autor sofreu no decorrer dos anos: de mecanismo de estímulo à produção intelectual, ele passou a representar uma poderosa ferramenta da indústria de bens, enquanto mercadoria, apartando-se da principal obrigação inerente a sociedade. Também, pretende-se explanar a conceituação por diversas perspectivas doutrinárias bem como sua natureza jurídica e sua contínua ocorrência jurisprudencial acerca do que seria a aplicabilidade da função social do direito de autor. Para esta pesquisa fora utilizado o método dedutivo de cunho investigativo com o levantamento teórico bibliográfico. De modo que fossem analisadas obras que tratem o assunto da forma mais detalhada possível, para assim ter-se a exposição dos principais doutrinadores e tribunais a respeito do assunto, incluindo tratados internacionais. Visto que, na pesquisa chegou-se ao resultado que aplicação da função social do direito de autor não deve ser vista como oposição a propriedade intelectual, mas como um meio para que tais direitos sejam aperfeiçoados e seu uso abusivo censurado, visando, contudo, que seu fim seja para o desenvolvimento econômico, cultural e tecnológico, e não somente para propósitos egoístas como vem sendo usado. Palavras- chave: Propriedade Intelectual; Função Social; Doutrinadores; Relevância. 71 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITOS DE AUTOR E DIREITOS HUMANOS Camila Carvalho Oliveira [email protected] Richard Andrade Ferreira [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] As relações entre direitos humanos e propriedade intelectual nesses últimos 50 anos sofreram muitas polêmicas. Com o fracasso de alguns projetos por causa da pressão internacional percebe-se que o que realmente torna polêmico essa discussão é o fato de elaborar uma forma concreta de como proteger os direitos de propriedade intelectual enfatizando principalmente o direito de autor sem violar os direitos culturais como o conhecimento, a educação entre outros. Hoje ao contrário desse pensamento, tem-se utilizado diversos argumentos para justificar o porquê dessa restrição em relação a coletividade. Entre esses argumentos estão uma teoria chamada “teoria da recompensa”, também existe a “teoria da recuperação” dizendo que já que o criador gastou algo para fazer, o mesmo, deveria ter a oportunidade de recuperar. A “teoria do incentivo” que afirma que através desse ponto de vista, podem-se atrair mais inventores e criadores com seus recursos e esforços para a criação de novas coisas. Com todos esses argumentos, as normas têm se tornado cada vez mais rigorosas, tendo levado a criação de novos tratados internacionais que tem como finalidade proteger os grandes monopólios transnacionais, mesmo em detrimento da liberdade de expressão. No final do ano de 1948 a Assembleia Geral das nações unidas adotou a Declaração universal dos Direitos do homem onde na estrutura do seu texto distingue-se 6 pontos principais que são: liberdade e igual dignidade a todos, em seguida os direitos relativos a integridade das pessoas e o direito à propriedade, as liberdades públicas e políticas, os direitos econômicos, sociais e culturais, e, finalmente a exigência de uma ordem na sociedade que permita a plena realização dos direitos humanos e os deveres que cada cidadão têm para com a sociedade. Depois de diversos debates a respeito desse paradoxo de que os direitos de propriedade intelectual são ou não direitos humanos, conclui-se de que eles não podem ser assimilados a esses direitos, pois carecem das características fundamentais dos direitos humanos, já que se estabelecem mediante leis, a suas titularidades e direitos econômicos são de duração limitada no tempo e no espaço e podem ser alienados, transferidos, cedidos, licenciados, revogados, sujeitos à caducidade etc. Palavras-chaves: Propriedade Intelectual; Direitos de autor; Direitos Humanos. 72 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PAGAMENTO EM MOEDA ESTRANGEIRA: CLÁUSULA OURO Catarina Esposito Cruz [email protected] Jacqueline Camargo Cunha [email protected] O trabalho visa trazer à tona a importância da cláusula monetária em contraste com a cláusula ouro para o instituto do pagamento no Direito Privado brasileiro, especialmente, o direito civil. Em análise histórica vê-se que a cláusula-ouro foi estabelecida desde a Idade Média, estabelecendo que o pagamento deveria ser efetuado por moedas de ouro. Porém com o passar dos anos está acaba sendo um empecilho para os negócios dos Estados. Surge em contrapartida as cláusulas monetárias que passam a ser impostas pelo direito interno dos países visando uma uniformidade nos pagamentos. Com isso variados tipos de cláusulas de valor aparecem visando determinar como a moeda extinguirá determinada obrigação através do pagamento. Nota-se a função jurídica da moeda: servir como meio de pagamento, extinguindo obrigações. E é após a crise monetária de 1931, que o Getúlio Vargas em 27 de novembro de 1933 lança o decreto n. 23.501, suspendendo o artigo 947 do CC/16 que admitia de qualquer moeda (ou seja, estrangeiras) estipuladas no contrato (curso forçado). Com o fortalecimento do nominalismo econômico (princípio que rege estas cláusulas), em 1969 surge o decreto nº847, reafirmando o anterior, porém com ares mais específicos (e estabelecendo exceções). Até que este é revogado pela lei nº10.192 de 2001 adotando definitivamente o princípio do nominalismo econômico, protegendo os negócios jurídicos dos possíveis ricos advindos da desvalorização da moeda. Por fim, nosso atual Código Civil (art. 318) consagra o curso forçado da moeda, no sentido de que os pagamentos devem ser realizados, em regra, com moeda nacional. Em suma, a pesquisa visa trazer o percurso histórico da cláusula ouro, e por que está atualmente não é adotada pelo Direito Civil brasileiro. Palavras-chave: Pagamento; Cláusula-ouro; Moeda. 73 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A GREVE GERAL DE 1917 COMO EXERCÍCIO DE CIDADANIA E FORMA DE RECONHECIMENTO Ceandreson Dias Amaro [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] O presente trabalho buscou ater-se ao estudo dos movimentos sociais, abordando de modo especial aquele que ficou conhecido como a greve geral anarquista de 1917. O mesmo justifica-se pelo apego pessoal à temática, fundamentado no grande valor social expresso no movimento, bem como na ação reivindicatória na busca por reconhecimento igualitário. Por objetivo, tevese a confirmação do movimento como ação legítima na busca de direitos, no exercício da cidadania no campo civil e social. Como metodologia, utilizou-se o método dedutivo, partindo da premissa maior movimentos sociais, até a menor, greve geral. Na apreciação desta temática, esquadrinhou-se o movimento por meio de dissertações, teses, enumerando suas características trazendo ao conhecimento as suas particularidades e elementos constitutivos que configuraram e deram forma a este. A partir dessas primeiras impressões, procurou-se perceber, quanto à legitimidade do movimento grevista de 1917, a ratificação e efetividade do mesmo, questionando se tal movimento grevista poderia ser entendido como luta por reconhecimento segundo a proposta de Axel Honneth. O contexto de greve se deu a partir da tensão surgida, a princípio, do confronto armado entre policiais e trabalhadores. Oportunamente, militantes comunistas e socialistas, divididos em duas classes, anarco-comunistas e anarquistas industrialistas, uniram-se influenciando os trabalhadores com seus ideais. Os comunistas buscaram o momento certo para fomentar nos trabalhadores a consciência de direitos e o espírito de revolta por conta das condições vividas: longas jornadas de trabalho, sem remuneração de férias. As ações policiais foram violentas na tentativa de proibir qualquer manifestação pública, causando revolta e enfretamento levando a mortes. Em síntese, a luta deu espaço à consolidação de direitos laborais e ao reconhecimento dos operários como sujeitos, reforçando seu lugar e a consciência de si mesmos. Palavras-Chave: Movimentos Sociais; Greve Geral; Reconhecimento. 74 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A INCONSTITUCIONALIDADE DAS PATENTES PIPELINE Ceandreson Dias Amaro [email protected] Richardson Hermes Barbosa Chagas [email protected] Dayane Oliveira [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velasquez [email protected] O referido trabalho trata a respeito da inconstitucionalidade das patentes pipeline no ordenamento jurídico brasileiro. O referido, precipuamente, abordou o conceito de patente de acordo com a aludida legislação, versando, também, a respeito sobre os seus tipos. E, posteriormente, sobre o termo pipeline, conteúdo, pressupostos e conversão em patente pipeline. O mesmo justifica-se pelo surgimento da ação direita de inconstitucionalidade a respeito da validade das patentes pipelines no ordenamento pátrio. A partir disso, objetivamente buscou-se esclarecer a necessidade da ADI, assim também como a necessidade das patentes pipelines na proteção, principalmente, de produtos farmacêutico e alimentícios. Quanto a metodologia, utilizou-se o método dedutivo, partindo de premissas maiores, tal como a conceituação de patentes, passando pelas patentes pipelines. As patentes pipelines, foram centro de uma discussão em torno de sua constitucionalidade, tal discussão se ascendeu por meio da ADI 4234, que segundo a Ministra do STF, Carmem Lúcia, relatora da ação considerou que as patentes pipelines têm como caráter de questionar a natureza jurídica de patentear justamente aquilo que já se está em domínio público, mas segundo a Ministra devido a relevância do assunto foi denegada o pedido de medida liminar, e que tal medida deverá ser julgado em plenário. As patentes pipelines tratam-se de uma agressão ao conhecimento disponível que é de todos, configurando uma tentativa de expropriação abusiva do bem público, que é o conhecimento cientifico, que por já está em domínio público, não cumpre os requisitos de inovação e inventividade industrial, por isso, após esse trabalho conclui-se que tais patentes são inconstitucionais. Palavras-Chave: Patentes; Pipeline; Inconstitucionalidade. 75 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITO DAS MULHERES: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE UMA GRANDE CONQUISTA Daiane Gonçalves França [email protected] Hiago Mendonça Cavalcante [email protected] Rozilene Santos Conceição [email protected] Orientadora: Tania Maria Lopes Torres [email protected] O presente trabalho apresenta os resultados da luta da mulher por seus direitos. Mostra que apesar de hoje vivermos em uma sociedade livre, onde homens e mulheres gozam de direitos iguais, a história mostra que nem sempre foi desta forma. Sendo assim, este trabalho tem o objetivo de mostrar a história da luta das mulheres pelos seus direitos e a relação deste com a antropologia. Veremos que durante muito tempo a mulher foi tratada como um mero objeto, que nada poderia fazer além de submeter-se aos desejos egoístas e machistas do marido, cuidar dos filhos e dos afazeres do lar. Sabemos que para existir direitos eles devem ser conquistados, e para serem conquistados, na maioria das é preciso lutar por eles. A principal justificativa desse projeto está na ideia da valorização da mulher, visto que as mulheres, ao longo das décadas, têm sido privadas do pleno exercício dos seus direitos e como se não bastasse, elas têm sofrido abusos e violências principalmente dentro do próprio lar. No entanto, o que podemos perceber é que apesar do avanço do nosso país e o fato de os direitos das mulheres terem evoluído grandemente, não podemos excluir o fato de que ainda existe muitas mulheres que sofrem caladas, com medo, quer seja do marido quer seja da sociedade. Este trabalho permitiu concluir que todos os direitos que a mulher possui hoje e toda liberdade que elas gozam, são frutos de muita luta e sofrimento em busca de igualdade e dignidade. Busca essa que não foi fácil, mas que apesar disso temos hoje um direito mais justo, que permite a Mulheres e Homens obterem posições de igualdade na sociedade brasileira. Palavras chave: Mulher; Luta; Direitos; Sociedade. 76 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A VIOLAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO NA REVOLTA DA VACINA Ellen Gama dos Santos [email protected] Orientadora: Fernanda Covolan [email protected] Meu trabalho visa avaliar as perdas de direitos da população do Rio de Janeiro frente à Revolta da Vacina e ao abuso do governo no que diz respeito a imposição do poder de polícia, que agia de forma unilateral, o que acarretou numa violação dos Direitos fundamentais de liberdade, propriedade, privacidade e honra. O Rio de Janeiro no final do século XIX e início do século XX apresentava-se em condições insalubres e essa foi uma oportunidade para que muitas doenças se proliferassem. A peste bubônica, varíola e febre amarela estavam dizimando boa parte da população carioca. Com o apoio do Presidente Rodrigues Alves, Pereira Passos prefeito do Rio de Janeiro, unido ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, colocaram em prática um projeto de modernização que abrangia saneamento e urbanização. Pereira passos iniciou a reurbanização no Rio, e sua reforma ficou conhecida como bota abaixo, pois ordenou a demolição de cortiços e prédios velhos. Em lugar desses, foram surgindo grandes avenidas, edifícios modernizados, praças e jardins. Milhares de moradores foram desalojados à força, não tiveram opção, precisaram se mudar para a periferia da cidade e para os morros e eles quem pagavam pela demolição da própria casa. Oswaldo Cruz em sua campanha visava erradicar a varíola, mas a população rejeitou se aliar, pois confundiram sua campanha com a de demolição de prédios. Havia pouco ou nenhum esclarecimento da população por parte das autoridades. Oswaldo Cruz criou as Brigadas Mata-Mosquitos, grupos de funcionários do Serviço Sanitário que, acompanhados de policiais, invadiam as casas para exterminarem os mosquitos causadores da febre amarela, para acabar com os ratos, espalhou raticida pela cidade, ordenou que todos recolhessem os lixos e tornou a vacina contra a varíola obrigatória. Os moradores, inclusive os de bairros mais pobres, estavam revoltados com a perda de suas casas, a violência dos mata-mosquitos e assustados com as notícias dadas pelos jornais de oposição sobre os supostos perigos da vacinação. Algumas pessoas tinham reações alérgicas à vacina, eram submetidas a algo sem ter conhecimento dos fatos. As autoridades aplicavam meios violentos de imposição através do exercício do poder de polícia. Palavras-Chave: Revolta da Vacina; Violação; Imposição. 77 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A PASSEATA DOS CEM MIL DE 1968 E SEU VINCULO COM O ATO INSTITUCIONAL NÚMERO 5- (AL-5) Emerson Gross [email protected] Tamires gomes da silva [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] A Passeata dos Cem Mil de 26 de junho de 1968 foi um movimento ocorrido durante período de Ditadura Militar no Brasil. É quase impossível se remeter e esse grande evento, sem recordar a participação dos estudantes. A União Nacional dos Estudantes – UNE, foi criada com o objetivo de defender e congregar os interesses de todos os estudantes universitários nas grandes discussões nacionais do país. No qual se tornou no decorrer dos anos, um grande rival contra o regime militar. Percebeu-se que a Passeata dos Cem Mil acirrou ainda mais a tensão dos segmentos extremistas do regime militar, coagindo-os assim, a criarem o Ato Institucional mais cruel e devastador de todos os outros, conhecido como Al-5. Conhecido também como o golpe dentro do golpe, que censurou a impressa, suspendeu os direitos individuais, cassou mandatos e torturou e matou muitas pessoas. Neste contexto, surge a problemática da pesquisa: Qual foi o papel da Passeata dos Cem Mil para o fortalecimento ou enfraquecimento do regime militar brasileiro? A metodologia utilizada foi o resumo de assuntos, pois se fundamentou na fonte bibliográfica e qualitativa. O estudo de caso utilizou-se a observação direta intensiva, que foi a entrevista realizada com o Dr. Prof. Athos Magno Costa e Silva, que teve forte participação nesse período histórico. Observa-se então, que a mobilização estudantil de 26 de junho de 1968, alcançou parcialmente o seu objetivo. O sentimento de vitória foi evidente dias após a Passeata dos Cem Mil. Os estudantes e a sociedade por um momento tiveram esperança que conseguiriam a dissolução do governo militar. Contudo, meses depois foi criado o Ato Institucional AL-5, que exibiu de forma grandiosa o poder e a força dos militares. Palavras-chave: União Nacional dos Estudantes; Passeata dos Cem Mil; Ditadura Militar; Ato Institucional - 5. 78 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A RESPONSABILIDADE CIVIL ESTATAL NO BRASIL: DIRETRIZES E FUNDAMENTOS JURÍDICOS Fabricio Agnelli Barbosa [email protected] Orientador: Alex Ramos Fernandez [email protected] Este estudo aborda as concepções acerca da responsabilidade estatal no Brasil e suas espécies, dimensionando a posição da temática dentro da Teoria Geral do Direito, campo abrangente que não se restringe ao Direito Civil, apenas, já que o Estado também deve reger-se por princípios de Direito Público. Quanto aos tipos de responsabilidade, serão paulatinamente esclarecidas, após uma iniciação histórica e etimológica dos entendimentos sobre a responsabilidade decorrente dos atos do Poder Público, a responsabilidade subjetiva e objetiva do Estado, a advinda de atos jurisdicionais, a causada pela omissão dos agentes públicos, bem como suas excludentes e o entendimento jurisprudencial que cerca a Teoria do Risco atinente à prestação do serviço público. Destarte, consideraremos a influência de outras áreas do Direito, como do Administrativo e do Consumidor, brevemente, para a atribuição da responsabilidade ao nosso ente público, que, até mesmo, pode sofrer responsabilização por fato decorrente de fenômeno natural. Almeja-se que as ideias da doutrina e de nosso ordenamento jurídico sobre os fundamentos da responsabilidade civil estatal sejam suficientes para a compreensão da função do Estado e do Direito de proteção aos direitos dos cidadãos. O método de pesquisa é hipotético-dedutivo, e eminentemente bibliográfico, cunhado por Karl Popper, em sua obra "A lógica da pesquisa científica", de 1934. Espera-se oferecer uma orientação para advogados e estudantes de Direito. Palavras-Chave: Responsabilidade Civil; Estado; Conceitos; Espécies; Aplicabilidade. 79 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO: OS TRIBUNAIS SUPERIORES Fabricio Agnelli Barbosa [email protected] Orientador: Alex Ramos Fernandez [email protected] O presente estudo visa, após um enfoque histórico da origem do Poder Judiciário e dos Tribunais Superiores, desde o Reino Português e fazendo um percurso sobre nossas constituições federais, discorrer sobre a dogmática da estrutura, composição, organização, funcionalidade e formas de ingresso nos atuais Tribunais Superiores do Brasil, (Tribunal Superior Eleitoral, Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal), explicando a competência de cada um deles, tanto na Justiça Especial quanto na Justiça Comum, e nos dois órgãos máximos delas, de legislação infraconstitucional (o Superior Tribunal de Justiça) e de matéria constitucional (o Supremo Tribunal Federal), dentro da prestação jurisdicional. Além disso, tenta-se detalhar o caráter constitucional nos órgãos superiores, preponderante, de permissão da existência do próprio Poder Judiciário (que é um dos três poderes do Estado), fato que influi e delimita o seu modo de atuação, de decidir as lides e de compor sua estrutura orgânica. O método é racionalista cartesiano e a pesquisa eminentemente bibliográfica. O estudo das atribuições, competências, funções e organização dos Tribunais Superiores do Brasil é essencial para o advogado, no seu dia a dia, bem como para o estudante de Direito, seja iniciante ou formado. Ademais, o conhecimento acerca do modo de atuação dos órgãos superiores da Justiça Brasileira é fundamental em um contexto em que o sistema Civil Law cada vez mais mescla-se com o Common Law, ante a importância da jurisprudência e do ativismo judicial em nosso ordenamento jurídico do contexto contemporâneo. Analisando-se as prerrogativas de atuação de cada tribunal superior, constata-se que no Brasil há dois graus de jurisdição: o ordinário, que é composto por todos os tribunais e juízes, com a exceção do Supremo Tribunal Federal, e o grau extraordinário (integrado pelo Pretório Excelso), sendo que, a função dos tribunais superiores é muito mais a de dar coesão e segurança jurídica ao sistema jurisdicional adotado pela República brasileira hodierna do que de garantir o direito fundamental dos cidadãos, posto que o STF é, preponderantemente, um órgão político, além de jurisdicional. Os Tribunais Superiores, outrossim, também se preocupam mais com a coesão interna de sua jurisdição que com os direitos fundamentais do cidadão. Palavras-Chave: Tribunais Superiores; Atribuições; Funções; Organização. 80 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica OS CONTRATOS E SEUS SIGNIFICADOS ELEMENTARES: CONCEITO, ESPÉCIES, PRINCÍPIOS GERAIS, PRECEITOS FUNDAMENTAIS, FORMAÇÃO E SEUS DESDOBRAMENTOS JURÍDICOS Fabricio Agnelli Barbosa [email protected] Orientador: Alessandro Jacomini [email protected] Os contratos são institutos jurídicos, simples ou complexos, necessários para a manutenção econômica da sociedade, já que o homem necessita de convenções e acordos para harmonia na sua vivência e suprimento de suas necessidades. Os objetivos da pesquisa pautam-se na sistematização de conhecimentos básicos e gerais, sobre os significados dos contratos, o conceito de contrato, suas várias espécies jurídicas, princípios e preceitos fundamentais e ainda as etapas para formação de um contrato, geralmente sempre as mesmas. O raciocínio que se propõe para estudo do tema é, destarte, dedutivo. Conhecendo-se o geral pode-se conhecer o específico, em tese. Os contratos, assim, passam por mudanças em suas disposições legais, conforme haja mudanças sociais e econômicas. Por isso, aborda-se um pequeno estudo comparativo das diferenças gerais entre o Código Civil de 1916 e o atual Código Civil de 2002 brasileiro. Busca-se cerca de quarenta e seis definições (que existem em média) ou entendimentos para os significados que podem ser suscitados para o contrato. Prescindiu-se de uma análise histórica devido ao objetivo principal de se oferecer uma base sólida para o estudo da temática. Os princípios e preceitos mais elementares abordados são a autonomia da vontade das partes, a relatividade das convenções, a força vinculante dos contratos, modificados ou mitigados pela legislação estatal em vigor. Outros preceitos fundamentais descritos são a probidade e boa-fé objetiva e a função social dos contratos, que decorre da função social da propriedade, constitucionalmente assegurada, bem como a obrigatoriedade dos contratos, estas, verdadeiras cláusulas gerais contratuais implícitas. Assim, traça-se um pequeno alicerce teórico a respeito da disciplina de Contratos, subárea do Direito Civil, contrapondo-se ideias, conceitos e diferentes pontos de vista para breves conclusões a respeito da temática, a partir de uma pesquisa bibliográfica. Palavras-Chave: Contratos; significados; espécies; comparações; princípios gerais. 81 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O DIREITO FUNDAMENTAL À LIBERDADE RELIGIOSA E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL Fausto Luz Lima [email protected] Orientador: Dr. Sérgio Resende de Barros A efetividade dos direitos fundamentais, principalmente quando se tratam de questões sensíveis na sociedade especialmente a religiosidade das pessoas, faz com ocorram conflitos mesmo estando disposto na Constituição Federal do Brasil, em seu Art. 5º, inciso VI, que estão presentes estas garantias. Sendo assim, essa proteção a liberdade religiosa e suas liturgias, veem contribuindo para críticas hodiernamente. Isso se dá, pelo fato de que o Estado pela CF/88 é considerado laico não adotando nenhuma religião, embora faça menção a Deus em seu preâmbulo. Nesta esteira, nota-se que há entendimentos, no sentido de que tal direito fundamental insculpido na Carta Magna, frente a outras garantias, não seria assim, uma liberdade que abarcaria portanto, imunidades que são dadas a templos, e direito a algumas religiões confeccionais que por exemplo: entendem como o sábado um dia a ser guardado, impactando assim, em sua vida cotidiana e inclusive em obrigações legais, como em concursos públicos. Frente a isso, é importante que haja o entendimento do que fato seria a esfera da liberdade religiosa proposta pela Lei Maior. Frente as questões, como guardar o sábado, não realizar transfusão de sangue no caso de dos Testemunhas de Jeová, bem como de outros grupos religiosos que tem praticas que transcendem muitas vezes, o que é o sendo comum ocidental e que em alguns casos choca, e em outros é apoiada quando do dia de padroeiros ou ainda em expressões como o Natal que simboliza para alguns o nascimento de Jesus Cristo, e a Páscoa para os Cristão Católicos que representa a Quaresma e uma série de abstinências. Ante ao exposto, que a Constituição veio proteger estes diferentes prismas de ver a Deus, dentro de um Estado Democrático de Direito. Palavras-Chave: Direito a liberdade Religiosa; Direito fundamental; Constituição Federal 82 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS CLÁUSSULAS ABUSIVAS NOS CONTRATOS DE ADESÃO E SEU REGIME NA LEI DE DEFESA DO CONSUMIDOR NO CÓDIGO CIVIL Flaviane Cristina da Silva [email protected] Orientador: Carlos Alberto Ferri [email protected] O contrato de adesão passa a ser difícil pelo fato da controvérsia que insiste por seu traço distintivo. Possui pelo menos, seis maneiras de classificar suas características. Diferenciar segundo alguns, por ser característica a uma coletividade, segundo outros, sendo uma obra exclusiva de umas das partes, e não admitindo discussão referente a proposta. Havendo assim, alguém para explicar como o instrumento particular da prestação dos serviços particular de sua utilidade pública. A uma diferença na escolha do elemento característico do contrato de adesão mostra que a preocupação na maioria das vezes os escritores não consistem apropriadamente em mostrar um traço que faça com que o seja reconhecido. Uma das coisas mais extraordinárias do direito contratual moderno é o tão comentado na atualidade, contrato de adesão. As doutrinas têm tido grandes dificuldades em explicar o conceito, mas não segue os conceitos tradicionais. Essas dificuldades são causadas, pois a sua estrutura é diferente a dos clássicos contratos. A principal característica desse contrato é que pode ser pré-constituído por uma das partes, elimina aquela discussão que na maioria das vezes possui entre as partes no ato de formação dos contratos, mas até mesmo esta característica está sendo contravertida. Um traço do contrato de adesão seria a imposição da vontade de um dos contratantes. Para obter o contrato de adesão o contratante tem de que aceitar em bloco as cláusulas impostas pela outra, o consentimento da se simplesmente pelo fato da adesão, tendo o conteúdo preestabelecido da relação jurídica. Conforme o modo de como é visto, a relação do contrato tem duplo nome. Levando em consideração o fato de que a formulação das cláusulas foi elaborada por apenas uma das partes, adquire a denominação de condições gerais dos contratos e é analisada através dos princípios que a definem a origem da natureza do referido material jurídico. Visto na ideia no plano da efetividade, quando toma conta da eficácia jurídica, no caso de quando ocorrer eficácia no mundo jurídico é o nome que se chama de contrato de adesão e sendo inspecionada a maneira que constrói as junções jurídicas bilaterais. Bem dizendo, a junção dos dois aspectos tem a importância de apresentarem como dois tempos lógicos e cronologicamente variados referente ao mesmo fenômeno. De primeiro instante, o empresário planeja o traçado contratual abstrato. Escrevendo as cláusulas da matéria das relações contratuais que por alguma hipótese poss Palavras-Chave: Contrato; adesão; cláusulas. 83 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE IMPORTAÇÕES POR LEASING INTERNACIONAL Frank William de Carvalho [email protected] Orientador: Paulo César da Silva Braga [email protected] Na seara do Direito Tributário, muitas são as dúvidas que surgem no tocante às obrigações tributárias decorrentes do fato gerador aplicado, em face da subsunção do fato à norma. Recentemente foi levado ao julgamento ao Supremo Tribunal Federal um Recurso Extraordinário em que se questionava a constitucionalidade da exigência de ICMS pelo estado destinatário nas operações relacionadas à importação por leasing internacional. A divergência se pautava pela existência ou não, do fato gerador da obrigação de se pagar o chamado Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em face da importação de mercadoria ou serviços de origem internacional. Para aqueles que entendem cabível a cobrança, o fundamento é de que o fato gerador da obrigação tributária se dá no momento em que o bem é importado no Brasil, pouco importando a natureza jurídica do contrato celebrado internacionalmente. Em sentido contrário, entendeu-se, para os demais, que no caso em tona, não houve uma mudança na titularidade da mercadoria, razão pela qual o tributo não seria devido. Argumenta-se ainda, que apenas incidirá o ICMS quando houver a opção antecipada da compra da mercadoria, conforme prevê o art. 3º, VIII da LC 87/96. Sob a ótica dedutiva e dialética será possível traçar uma melhor análise para fins de compreensão do instituto ora apresentado. Neste sentido a melhor compreensão é a de que a não transferência da titularidade da mercadoria importada por meio de leasing (arrendamento mercantil) afasta a incidência do fato gerador do ICMS que é justamente a saída da mercadoria por meio da transferência de sua titularidade, nos moldes da Lei Complementar 87/96, neste sentido têm se posicionado os Ministros Marco Aurélio de Mello, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. Destarte, observa-se que a compreensão do instituto pode ser de certa forma complexa, a depender dos elementos circunstanciais do caso levado a apreciação judicial. Conclui-se, portanto, que se trata de assunto complexo que demanda, por parte dos aplicadores do direito, enorme sensibilidade na percepção dos elementos circunstanciais caracterizadores ou não da obrigação e, consequentemente, da responsabilidade tributária, tendo em vista que, muito embora, em regra, a importação de mercadorias por leasing internacional não configura fato gerador do ICMS, por outro lado, esclarece, contudo, que nem todo contrato de leasing internacional ficará afastado do dever do pagamento do referido imposto, cuja alíquota será fixada pelos Estados Federados, uma vez que, caso haja a opção de compra de maneira antecipada ao termo do contrato poderá surgir a obrigatoriedade e, consequentemente, a responsabilidade tributária do ICMS. 84 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica Palavras Chave: “Tributo”; “Imposto”; “Leasing”; “Internacional”; “Incidência”. A INADMISSIBILIDADE DA COBRANÇA DE ICMS PELO ESTADO DESTINATÁRIO EM COMPRAS REALIZADAS PELA INTERNET Frank William de Carvalho [email protected] Orientador: Paulo César da Silva Braga [email protected] Com uma sociedade cada vez mais globalizada, se tornou muito comum o hábito de consumidores realizarem compras em meios eletrônicos. Destarte, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fixou regras sobre o comércio eletrônico no território nacional, a fim de equacionar a cobrança e distribuição dos lucros obtidos pelos Estados membros através do recebimento dos impostos recolhidos em sua competência, neste caso, o ICMS. Em face da chamada “guerra fiscal”, triste realidade tributária do Brasil, o chamado Protocolo 21 emitido pelo Confaz, disciplinou a política de distribuição dos valores recebidos em virtudes de compras realizadas em meio virtual como internet, showroom, telemarketing, etc. Com esse protocolo os estados destinatários de mercadoria, sujeita ao pagamento de ICMS, teriam direito a receber parcela das alíquotas recebidas pelos estados remetentes. Todavia, o Supremo Tribunal Federal no julgamento das ADI 4.628, ADI 4.713 e RE 680.089, suspendeu a aplicabilidade do Protocolo 21 sob o argumento de somente por meio de emendas constitucionais seria possível a alteração e distribuição dinâmica das alíquotas estaduais devidas a título de ICMS. Nessa perspectiva, teriam direito os Estados remetentes de perfazer a totalidade do imposto recolhido a título de ICMS. Tal regra foi grandemente criticada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), até mesmo pelo fato de que, muito embora 17 Estados e o próprio Distrito Federal tenham aderido ao referido protocolo, vários Estados se recusaram a fazê-lo. Sob o manto da dialética, será possível uma melhor análise acerca do cabimento ou não do presente protocolo, bem como redefinir acerca das tratativas jurídicas, constitucionais e infraconstitucionais do referido instituto. Há de se questionar acerca de eventual hipótese de bitributação pelas empresas praticantes do e-commerce, bem como a eventual admissibilidade de distribuição dinâmica da alternância das alíquotas do ICMS pelos estados através de um protocolo e não emenda constitucional. Mantendo entendimento contrário a legalidade do referido protocolo, a Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União, também são adeptos aos argumentos de que a admissibilidade do Protocolo 21 do Confaz, além de violar regra clara da Constituição Federal, mitiga demasiadamente o Princípio Tributário da Vedação da Bitributação. Todavia, é preciso prudência no sentido de analisar se tal medida não se perfaz como meio hábil de combate à guerra fiscal. Palavras Chave: “Tributo”; “Protocolo”; “Legalidade”. 85 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A IMPORTÂNCIA DOS BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS; CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS; DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS E SINGULARES E COLETIVOS NO CÓDIGO CIVIL DE 2002. Graziela Cristina Matias da Silva [email protected] Poliana Santiago da Silva [email protected] Priscila Godoy Assunção [email protected] Romário de Jesus Lima [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velasquez [email protected] Esta pesquisa se propõe a dissertar de modo compendiado e objetivo sobre a classificação dos bens jurídicos expostos no livro ll do nosso atual Código Civil de 2002, dos artigos 79 ao 103. Entretanto, limita-se a tratar somente sobre uma parcela específica dos mesmos, que são: Bens fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, e por fim os singulares e coletivos. Far-se-á a exposição de suas definições no âmbito jurídico, bem como o parecer de alguns doutrinadores e estudiosos neste tema. Para tal pretensão, foi empregado o método dedutivo, pois, foi necessária reflexão e observação dos artigos e apreciação das doutrinas jurídicas a fim de se chegar a constatações particulares sobre o assunto. Bens são valores materiais ou imateriais que contém em si um valor econômico e podem ser objeto de uma relação de direito. Enquanto o objeto do direito positivo é a conduta humana, o objeto do direito subjetivo podem ser os bens ou coisas não valoráveis pecuniariamente. Portanto, verifica-se que os bens proporcionam utilidades aos homens. Constatou-se que o estudo dos bens para o Direito Civil é de grande importância. Afinal, todos eles são objetos de relações jurídicas, e tem em si um valor econômico incorporado ao patrimônio de algum indivíduo. Além do mais, dentro do âmbito das relações jurídicas, os bens constituem o alvo essencial de interesse das partes pelo seu domínio. Cabe ao Direito regular essa disputa de interesse entre as partes e estabelecer leis que tratem da apropriação e da tutela jurisdicional desses bens. Palavras-Chave: Bens jurídicos; Relação de direito; Patrimônio; Código Civil. 86 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DE QUE MANEIRA A LEI DE 1831 PASSOU A INFLUENCIAR NOS DIREITOS DOS ESCRAVOS NO BRASIL Gustavo Acácio da Silva [email protected] Caroline Hannele Silva [email protected] Cleyson Denílson Menegon [email protected] Renan Metzker Scuissato [email protected] Tamires Cardoso Gadagnoto [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Covolan [email protected] Este presente artigo tem por finalidade estudar a Lei de 1831, lei conhecida como “Lei pra Inglês ver”, que tentava abolir a entrada de escravos no território brasileiro, onde assim podemos ver que a escravidão era algo que movimentava a economia do país. A partir desta lei começam a surgirem então alguns direitos que até então não se eram empregados aos escravos, já que eram considerados como propriedades de seus donos. Procuramos então esclarecer no devido artigo algumas dúvidas frequentes sobre esse assunto partindo da seguinte problemática: “de que maneira a lei de 1831 passou a influenciar nos direitos dos escravos no Brasil”. Assim buscamos mostrar como era o direito deles antes do regulamento dessa lei, demonstrar o que essa lei instituía e apresentar quais formam as dificuldades na sua implantação. Podemos ver que esse é um tema que nos permite pensar na hipótese de que com tudo isso que o escravo passava era impossível de se pensar em direitos para eles nesse período, pois sempre eles sempre estariam subordinados aos seus senhores não tendo assim uma liberdade, mas agora após esse pequeno começo de direitos tudo poderia mudar. Utilizamos para a formulação desse trabalho métodos dedutivos e interpretativos, onde buscamos as informações por meios de artigos, livros e informações publicadas na internet, dois dos principais autores utilizados para a realização desse artigo foram Argemiro Eloy Gurgel, Nilton Soares de Souza Neto, João Daniel Antunes Cardoso do Lago Carvalho, Fernanda Cristina Covolan e Matheus Di Felippo Fabricio. Através desse trabalho foi possível compreender melhor a Lei de 1831 e como era difícil a vida dos escravos naquela época. Sendo assim através dessa pesquisa podemos concluir que antes dessa lei existiam sim alguns direitos destinados aos escravos mas além serem de poucos dificilmente eram empregados, vimos também que apesar dessa lei instituir o fim do tráfico negreiro isso não se cumpria por completo, pois haviam ainda embarcações ilegais que conseguiam chegar a costa brasileira e por fim podemos ver também que como esse escravo representava um grande meio da 87 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica economia do país isso veio a aumentar ainda mais as dificuldades na implantação dessa lei. Coube-nos entender a partir desse artigo que a lei de 1831 passou a influenciar nos direitos que surgiram dos escravos após esta lei, pois através dessa começaram a desencadear diversas leis que vieram mais à frente a abolir definitivamente a escravidão. Palavras-Chave: Lei de 1831; escravidão; direitos; dificuldades; propriedade. 88 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) Gustavo Acácio da Silva [email protected] Samuel Ramalho de Carvalho [email protected] Bianca de Souza Pereira [email protected] Eduardo Leite Teixeira Rocha [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] Como podemos definir o IPI no Brasil? O Brasil hoje apresenta diversos tipos de impostos, onde cada um é administrado dentro de seu respectivo meio seja ele (federal, estadual ou municipal) e dentre estes impostos temos o IPI. Este é um tributo que está em muitos dos produtos existentes no Brasil tais como (carros, eletro domésticos eletro eletrônicos, bebidas, etc.) vindo então a ser um imposto que está cada dia mais presente na vida dos brasileiros. Assim podemos ver que a interferência do governo nesse tributo, de certa forma, passa a ter o domínio sobre o que os indivíduos da sociedade estão comprando, por exemplo, se o governo quer incentivar a compra de um produto ele diminui ou até isenta esse imposto, porém se a intenção dele é diminuir a venda desse produto como acontece com as bebidas alcoólicas e com o cigarro, por exemplo, ai ele aumenta o valor desse imposto fazendo com que as pessoas comprem menos. Nesse trabalho abordamos os seguintes objetivos: Apresentar o IPI e seu órgão administrador, demonstrar quais são os principais fatos geradores desse imposto, analisar os princípios constitucionais que o IPI apresenta, e por fim mostrar qual sua utilização no cotidiano dos brasileiros. Utilizamos para formulação deste trabalho e interpretação dos objetivos nele apresentados um método de abordagem qualitativa, onde para esta pesquisa foram feitas análises baseadas em livros, páginas da internet e artigos já publicados sobre o assunto. Através desse trabalho, foi possível compreender melhor o que é este imposto, o que a constituição diz sobre ele, e qual seu uso dentro da sociedade. Entendemos que o IPI influencia na economia do país diretamente, sendo utilizado pelo governo como meio de fiscalização dos produtos industrializados tanto nacionais como importados presentes no país. Palavras-Chave: IPI; Fato Gerador; Princípios Constitucionais; Fiscalização de Produtos; Órgão Administrador. 89 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ICMS Isabelle R.Rodrigues [email protected] Bárbara G. R. de C. Canadas [email protected] Isabella Sayuri Campos Magaieski [email protected] Giovanna Adami Lopes [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] Sendo de competência estadual e do Distrito Federal o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação? ICMS foi instituído na Constituição Federal de 1988 Art. 115 e posteriormente modificado pela conhecida Lei Kandir, cada estado possui sua alíquota de ICMS, sendo o sudeste a que possui a mais elevada taxa. Esta pesquisa busca abordar de forma clara e concisas questões inerentes ao ICMS, questões estas que vão desde sua implantação, incidência e não incidência, a questão de substituição tributária e de que forma isso se reflete na vida do cidadão e dos municípios de cada estado. Argumentando de forma qualitativa iremos explorar as esferas deste tributo que está entre os mais lucrativos do país, e principalmente a melhor forma de recolhimento dos estados e Distrito Federal, e juntos chegaremos a um desenlace. Utilizamos como base para essa pesquisa páginas da internet e artigos já publicados sobre o assunto. Nosso intuito é decorrer sobre o assunto de forma objetiva, nada mais justo para uma questão tão presente em nosso cotidiano, além de levar conhecimento para os que são leigos no assunto. A partir deste estudo obtivemos dados importantes e interessantes sobre o ICMS, como: o imposto não incide em livros, uma espécie de incentivo para que todas as classes tenham acesso ao conhecimento, por outro lado o imposto incide sobre bebidas, talvez para tentar frear e desestimular, que comprovam que o governo se utiliza das alíquotas como forma de controle e equilíbrio social. Palavras-Chave: ICMS; Incidência; Lei Kandir; Circulação de Mercadorias; Alíquota Estadual. 90 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Jéssica Tonete [email protected] Orientador: Everaldo Tadeu Quilici González [email protected] Um assunto que passa despercebido, mas que está em nossa sociedade de forma tão influenciadora que nos afeta diretamente. A exploração e o abuso sexual são violações dos direitos sexuais, que se traduz pelo abuso e/ou exploração do corpo e da sexualidade de crianças e adolescentes, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver meninas e meninos em atividades sexuais impróprias para sua idade cronológica ou a seu desenvolvimento físico, psicológico e social. O abuso e exploração sexual são as duas formas, igualmente perversas, com que a violência sexual se manifesta. O abuso é qualquer ato de natureza ou conotação sexual em que adultos submetem menores de idade a situações de estimulação ou satisfação sexual, imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução. O agressor costuma ser um membro da família ou conhecido. Já a exploração pressupõe uma relação de mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes. A exploração sexual pode se relacionar a redes criminosas mais complexas e podendo envolver um aliciador, que lucra intermediando a relação da criança ou do adolescente com o cliente. Existe uma série de fatores que podem favorecer esse tipo de violência, além da condição de pobreza. Entre eles encontramos questões de gênero, étnicas, culturais, a erotização do corpo da criança e do adolescente pela mídia, consumo de drogas, disfunções familiares e baixa escolaridade. Contudo, devemos lembrar que a violência sexual acontece em todos os meios e classes sociais. A apresentação do presente trabalho procura desenvolver nos ouvintes a consciência do que está acontecendo em nosso meio e quais as medidas que precisamos tomar para promover a extinção deste ato desumano. Palavras-Chave: Exploração; mercantilização; crianças; adolescentes; abuso violência. 91 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A LUTA PELO DIREITO Jéssica da Rocha Marques [email protected] Orientador: Everaldo Tadeu Quilici [email protected] A obra de Rudolf Von Ihering que será apresentada, parte do pressuposto de que só haverá igualdade entre os homens - denominada pelo autor de justiça quando for recepcionada como valor na sociedade e no próprio homem justo. Porém, a concretização depende da intensidade com que se deseja, e se luta por esse valor. O autor deixa claro que a ação é movida pela necessidade de conservação da sua moral, mas existem barreiras que impedem que o indivíduo vá à luta, como a o meio em que ele vive e o próprio aparelho burocrático. Toda esta temática pode ser resumida em um exemplo que ele dá em sua obra em que descreve a questão tratada como uma árvore, em que a raiz é considerada o sentimento jurídico (a luta), o tronco seria as condições para a realização do direito, e as folhas seriam o próprio Direito. Apresenta também algumas comparações da burocracia exercida em outros países, com o objetivo de demonstrar a diferença na força de um povo ativo na ordem social. Assim, o autor deixa claro que a luta para impor a norma jurídica é um dever ético de cada ser humano individualmente, como também como um povo. Palavras-Chave: Justiça; Luta; Povo 92 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA NO DIREITO CIVIL José Claudino de Sobral Neto [email protected] Daniella Ramos Cassini Gonçalves [email protected] Danielle Yale de Lima e Silva [email protected] Jhonatan de Castro Selem Tenório [email protected] Kevelin Priscila Nascimento [email protected] Orientador: Carlos Alberto Ferri [email protected] Neste trabalho a partir do estudo artigos do Código 40 ao 69 do Código Civil que tratam da Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica no Direito Civil, faremos uma análise sobre a desconsideração e suas hipóteses no Novo Código Civil. Para isto, de princípio, iremos abordar a origem e natureza jurídica da pessoa jurídica, pois após a compreensão do que vem a ser uma pessoa Jurídica, que pode ser definida como Aquela que, sendo incorpórea, e compreendida por uma entidade coletiva ou artificial, legalmente organizada, com fins políticos, sociais, econômicos e outros, a que se destine, com existência autônoma, independente dos membros que a integram. Sujeita, ativa ou passivamente, a direitos e obrigações. E do estudo das suas classificações, que podem ser de acordo com a sua natureza, constituição e finalidades, em pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e pessoas jurídicas de Direito Privado (sociedades civis, sociedades comerciais e fundações) porém focaremos nas sociedades civis; Param assim fazer um estudo das disposições gerais e das associações sobre desconsideração da pessoa jurídica que segundo o advogado João Celso Neto, de Brasília, diz-se do “afastamento” da personalidade jurídica de uma sociedade (basicamente, privada e mercantil) para buscar corrigir atos que atinjam-na, comumente em decorrência de manobras fraudulentas de um de seus sócios. Não se trata, necessariamente, de suprimir, extinguir ou tornar nula a sociedade desconsiderada. Configura, isso sim, uma fase momentânea ou casuística durante a qual a pessoa física do sócio pode ser alcançada, como se a pessoa jurídica não estivesse existindo. Palavras-Chave: Desconsideração da Pessoa Jurídica no CC; Direito Civil; Pessoa Jurídica. 93 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONTRIBUÇÃO SOBRE O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS Josiana F. Martins Sá Rocha [email protected] Ana Paula Aparecida dos Santos [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] Criada através da Lei Complementar nº 70 de 1991, a COFINS é a contribuição paga por pessoas jurídicas, além também, inclui as empresas com CNPJ as pessoas físicas e firmas abertas. A COFINS é uma contribuição social de aptidão federal, com destino a financiar o seguro-desemprego e abono dos empregados com média de até dois salários mínimos de renumeração mensal e também ao financiamento da seguridade social. A contribuição para a COFINS tem como fato gerador o colhimento de receita pela empresa. Entendendo como receita, a totalidade das receitas colhidas, independente da atividade exercida pela empresa e da classificação contábil escolhida para sua escrituração. Sendo então a alíquota da COFINS cumulativa 3,0%. Tendo outra sistemática a COFINS não cumulativa, que tem como fato gerador o faturamento mensal, também sendo entendido o total das receitas colhidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua designação ou classificação contábil. A COFINS não cumulativa é uma forma de contagem da contribuição onde a empresa se debita sobre o faturamento e pode se acrescentar sobre despesas, devendo ser contada dessa forma somente para as empresas tributadas pelo lucro real. Sendo assim a contribuição COFINS não acumulativa tem como objetivo incentivar determinadas atividades econômicas e desonerar os contribuintes do chamado efeito cascata que lhes eram impostos pelo regime cumulativo. Palavras-Chave: COFINS; Pessoas Jurídicas; Empresas. 94 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ASPECTOS TECNICO-JURIDICOS DA USUCAPIÃO DE PROPRIEDADE IMÓVEL Pâmela Burke de Oliveira [email protected] Fernando Camargo dos Santos [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velásquez [email protected] O tema do presente trabalho inicialmente se apresenta de forma simples, no entanto ao desdobrar-se podemos perceber sua forma abstrusa que traz consideráveis problemáticas a respeito. O assunto referido se trata sobre a usucapião, referente ao direito brasileiro como uma forma de aquisição de um bem tanto móvel quanto imóvel sendo este último o objeto da pesquisa. Tratase de um modo de aquisição por meio do qual o possuidor se torna proprietário pelo exercício continuado de posse por um lapso temporal previsto na legislação. A análise em questão visa esclarecer os pontos relevantes sobre o tema para que se possa compreender claramente essa espécie de aquisição de posse. Para esta pesquisa fora utilizado o método dedutivo de cunho investigativo com o levantamento teórico bibliográfico. De modo que fossem analisadas obras que tratem o assunto da forma mais detalhada possível, para assim termos uma exposição dos principais doutrinadores e ocorrências jurisprudenciais. De modo, que ao fim da pesquisa chegou-se ao conhecimento de que é necessário que os operadores do direito explorem com a devida relevância esse assunto, pois, há uma violação dos direitos por falta de conhecimento dessa modalidade, tendo assim, prejuízo significativo pelo simples fato de muitas vezes por desconhecimento o dono de um imóvel perde sua propriedade por falta ou defeito de título ou por abandono. Pode-se citar como caso prático aqueles que compram terras em lugares distantes e depois de um certo tempo retornam para verifica-la, e percebem que outras pessoas tomaram posse de seu imóvel e de acordo com os pressupostos da usucapião, pode vir a perde-lo. Portanto, visto assim, a extrema pertinência do tema em foco para tendo em vista maior protetividade do bem, para depois não vir a perdê-lo. Palavras- chave: Usucapião; Posse; Desconhecimento; Imóvel. 95 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITO AUTORAL: EVOLUÇÃO E APLICABILIDADE Pâmela Burke de Oliveira [email protected] Pérola Monteiro Andrade [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] O direito autoral é um ramo do direito privado que incide sobre a criação do homem e confere prerrogativas ao criador de obras literárias, artísticas ou científicas com o intuito de transmitir conhecimento ou sensibilização na égide de seus direitos morais e patrimoniais. O escopo principal do direito do autor é resguardar as ideias expressas através do reconhecimento de paternidade e integralidade da obra bem como sua reprodução. Através de uma interpretação lógico-sistemática do contexto histórico e da legislação internacional, o trabalho busca depreender sob um viés econômico e pessoal o papel do direito autoral e sua contribuição para a sociedade haja vista que este é um instrumento de política social e cultural e deve ter por resultado procurar estabelecer um maior equilíbrio entre direitos do autor e direitos comerciais sob o sustentáculo dos grandes acordos internacionais de regras de conexão. Uma vez que o autor representa uma visão coletiva, existe uma estrita relação de vantagens e interesses entre o autor e a sociedade, pois a criação é resultado do contexto em que está inserida, destarte, deve devolver a esta coletividade este préstimo. É necessário que haja uma soma dos direitos autorais aos direitos de informação para que ligados possam atender aos interesses de ambas as partes sem o detrimento de uma delas. Palavras-chave: Aplicabilidade. Propriedade Intelectual; Direitos Autorais; Evolução; 96 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS (IRPJ) Rafaela Cordeiro [email protected] Amanda Zampieri [email protected],br Daiane Aparecida [email protected] Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] Este trabalho tem como objetivo entender como se funciona o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, o IRPJ. Metodologicamente a coleta de dados para a efetivação deste trabalho se deu com base em revistas de economia, artigos, livros didáticos e a internet. Os dados obtidos deram suporte para podermos compreender o IRPJ e repassar com clareza o conteúdo para as pessoas que não sabem e dar mais suporte para as que já conhecem o assunto. Instituído no Brasil no ano de 1922, o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica é um imposto administrado pela Receita Federal do Brasil que tem como base de cálculo o Lucro Líquido das empresas. São contribuintes as pessoas jurídicas e as empresas individuais. As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas. As pessoas jurídicas, por opção ou por determinação legal são tributadas por quatro formas, que são lucros presumido, lucro real, lucro arbitrado e simples. É necessário o contribuinte saber como é feita a base de cálculo, onde é determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração. O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período anual. Com essa pesquisa esperamos tirar muitas dúvidas, já que algumas pessoas não pagam corretamente por falta de informação, podendo então cair na malha fina. Palavras-Chave: Pessoas Jurídicas; Receita Federal; Cálculos; Economia. 97 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A LUTA PELO DIREITO Samuel Ramalho [email protected] Gustavo Acácio [email protected] Orientador: Everaldo Tadeu Qüilici Gonzalez [email protected] Trataremos neste trabalho a luta pelo direito de Rudolf Von Ihering. O autor coloca o direito sobre um posicionamento diferente dos demais existentes na época, tem-se uma essência da justiça como papel fundamental que leva a pessoa ao direito esperado através da luta. Abordamos o livro sobre a perspectiva de assimilar o tratado tema ao atual modelo de direito que vivenciamos, pois a luta se torna frequentemente vista como uma forma de o mais apto lutar, ser o merecedor do direito, pois quem luta pelo direito merece recebê-lo, e o direito não defende aquele que dorme. Através de uma leitura interpretativa do livro, buscando sempre uma compreensão dos fatos relatados pelo autor com base na história e na regência que havia na época, conclui-se que a leitura dos temas e compreensão dos mesmos sobre os assuntos respectivos como: Se interessar em lutar pelo direito, o direito individual, o direito social e a luta pelo direito. Aponta-se uma constante luta entre: fatores que não querem dar o respectivo direito e a pessoa interessada em obtê-lo. O direito é adquirido sobre lutas, e não é simples tê-lo guardado a salvo em ideais consonantes ao indivíduo que requereu ao direito proposto. Simples é: dizer que a luta pode nos dar o direito ideal, árduo é: trabalhar para que a luta seja conquistada e o direito aplicado. Palavras-Chave: Luta; direito; interesse. 98 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Sidiane P. de Brito [email protected] Diego Henrique Gama dos Santos [email protected] Orientador: Alessandro Jacomini [email protected] Nosso trabalho apresenta a relação do Estado (Poder Público) com o particular na obrigação de indenizar as vítimas pelos danos que seus agentes causarem, sejam na pelas ações (ações lícitas ou ilícitas) ou omissões. Dedica-se então em abordar a responsabilização do Estado. Coloca também, qual a importância do Estado ser responsabilizado. Visa explicar o que é o princípio da administração pública. Mostra que existem diferenças básicas entre a responsabilidade do Estado e a responsabilidade do particular. Trata da legislação que rege a responsabilidade do Estado. Elenca os princípios que norteiam a responsabilização do Poder Público e a motivação para tal responsabilização tão rigorosa. O trabalho traz ainda os preceitos da Responsabilidade Civil, o que é responsabilidade civil, como surgiu, qual sua importância, quais seus elementos básicos, quais são as espécies que o ordenamento jurídico brasileiro aderiu e quais elementos usados. Inclui também qual é a função da reparação civil. Esse é um tema muito pertinente em nosso dia a dia e poucas pessoas têm o devido conhecimento de seus direitos quando se refere a indenização por parte do Estado. Abordaremos qual a posição dos doutrinadores brasileiros. Traremos, por fim alguns casos práticos e decisões dos Tribunais Superiores a esse respeito. Palavras-Chave: Responsabilidade; Indenização; Estado. 99 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO Talita Garcia Dobelin [email protected] Maria Cristina Pereira de Sousa [email protected] Jéssica Mara dos Santos [email protected] Sthefanny Ramos Ferreira Orientador: João Daniel Quagliato [email protected] Abordando o tema proposto sobre Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, analisaremos em linhas gerais o que é o FGTS. Esse Fundo de Garantia dá aos trabalhadores o direito de obter um dinheiro reservado para alguns casos específicos; ele é depositado mensalmente pela empresa onde esse funcionário com carteira assinada trabalha, reservando 8% dos salários, sendo assim o trabalhador tem uma garantia de que terá uma segurança econômica, em casos de necessidades. O FGTS funciona como um seguro no caso de demissão, mas também não deixa de ser uma poupança. Ele também assegura ao trabalhador optante a formação de um pecúlio relativo ao tempo de serviço em uma ou mais empresas, independente da causa de rescisão do contrato de trabalho; além disso, ele garante os meios para o pagamento, pelas empresas, das indenizações de tempo de serviço que venham a ser devidas aos trabalhadores não optantes; como também o FGTS forma fundo de recursos para o financiamento de programas de habitação popular, de saneamento básico e de infraestrutura urbana. Também falaremos sobre quem são as pessoas que têm direito ao FGTS. Não somente tem direito aqueles que trabalham com carteira assinada, mas também trabalhadores rurais, os que trabalham por conta própria os chamados autônomos, e os temporários. Concluindo assim que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, é muito importante para a classe trabalhadora, pois seu objetivo mantém os direitos dos trabalhadores. Palavras-Chave: FGTS; Trabalhador; Direito; Empresas. 100 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIREITO- UNIMEP MESTRADO 101 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PATENTES NA AMÉRICA LATINA José Renato Rocco Roland Gomes [email protected] Orientador: Victor Hugo Tejerina Velázquez [email protected] Pretende-se expor e discutir pesquisa realizada no âmbito da pós-graduação (disciplina Cidadania, Propriedade Intelectual e Desenvolvimento Humano do curso de mestrado em Direito UNIMEP, Professor Victor Hugo Tejerina Velázquez). A exposição envolverá os resultados obtidos com a pesquisa dos professores Rosa Maria Morales Valera e Domingo Alberto Sifontes Fernandez da Universidade de Carabobo (Venezuela) acerca das patentes registradas pelos países da América Latina sob uma perspectiva de gênero constante do artigo denominado La Actividade Innovadora por Género em América Latina: um estudo de patentes - Revista Brasileira de Inovação, vol 13, nº 1 jan/jun de 2014, p. 163-186, in: http://www.ige.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/issue/view/49/showToc. Referido artigo trata das patentes registradas por Argentina, Brasil, México, Colômbia, Cuba, Peru, Chile e Venezuela dentre os anos de 1990 e 2006 nos EUA. Foram analisadas cerca de 2.082 patentes sob uma perspectiva de gênero dos respectivos inventores. Os resultados obtidos são os seguintes. Brasil, México e Venezuela concentram 82,62% de todas as patentes produzidas na América Latina. Verificou-se também que há grande desigualdade de gênero no registro de patentes, uma vez que os homens participam de 97,22% das patentes e as mulheres de apenas 25%. Constatou-se, ademais, que as organizações privadas promovem mais registros de patentes que as públicas, sendo que nesta última a desigualdade de gênero mostra-se menor. Cerca de 77,46% das patentes decorrem de organizações privadas e 19,97% de públicas. Tanto nas organizações públicas quanto nas privadas a participação de homens sozinhos é maior do que a de mulheres. Nas organizações privadas os homens patenteiam 27 vezes mais que as mulheres e nas públicas 9 vezes mais. As patentes produzidas só por mulheres são tão boas como as produzidas só por homens, tendo em vista que apresentam quase o mesmo número de citações (para mulheres 3,32 citações e para homens 3,7). A área em que mais há patentes de homens é a de transportes, seguido por química e metalurgia e engenharia mecânica. Para as mulheres a principal área é a de química. Verificase uma diminuição do registro de patentes só por homens ou só por mulheres, com o aumento do registro com participação mista. Em 20% dos inventos há participação de mulheres. Os países com mais desigualdades por gênero são: Peru, Argentina e México. Palavras-Chave: Palavras chave: Patentes; América Latina; Gênero. 102 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EDUCAÇÃO ARTISTICA – MÚSICA 103 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EDUCAÇÃO MUSICAL E MULTICULTURALISMO: POSSIBILIDADES PARA A ESCOLA REGULAR Antônio Junior [email protected] Lícia Fernanda [email protected] Orientador: Ailen Lima [email protected] Desde agosto de 2008, foi implantada pelo governo federal brasileiro a lei que obriga o ensino de música em todas as escolas regulares (Lei 11769). Porém, o que se presencia, após quase uma década da implantação dessa lei, é ainda a necessidade de elaboração de uma matriz curricular para a área de música, que possibilite aos professores trabalharem de forma coerente e sistematizada o processo de desenvolvimento musical infantil, sobretudo nas séries iniciais. Neste trabalho, será relatada uma experiência de atuação docente em Educação Musical, ocorrida no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, no ano de 2014, através da qual se buscou construir uma proposta didático-metodológica para a superação desse problema observado. Será feita uma descrição detalhada do subprojeto que orientou as ações, dos seus objetivos, da metodologia adotada, das intervenções em sala de aula e dos resultados obtidos, buscando promover reflexões construtivas que venham a contribuir para o trabalho em Educação Musical nas escolas brasileiras. Como referencial teórico, adota-se a compreensão de que o desenvolvimento da criança se dá através das relações socioculturais que ela vivencia. Nesse sentido, sendo o Brasil um país de grande riqueza artística, entende-se a necessidade de levar a música até nossos alunos através de uma perspectiva multiculturalista. Diante desse contexto, buscar-se-á subsídios teóricos nas reflexões de educadores e educadores musicais que refletiram acerca do multiculturalismo na escola, como Penna (2012), Kleber (2006), Santos (2011), Lazarin (2006), Protásio (2013) e outros. Acredita-se com esses autores que o ensino de música, principalmente na escola regular, pode ser uma ferramenta eficaz em um processo de apropriação mais amplo da cultura por parte do indivíduo; a música pode servir como instrumento para o desenvolvimento integral do ser humano. Palavras-chave: Educação Musical; Currículo; Multiculturalismo. 104 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INFLUÊNCIAS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO MUSICAL- ANÁLISE E CONSIDERAÇÕES SOBRE SOFTWARES DE EDUCAÇÃO MUSICAL Gabriel Bezerra [email protected] Orientadora: Maria Flávia Barbosa [email protected] O objetivo desta pesquisa é analisar softwares voltados para a educação musical, trazendo considerações sobre dois deles: The Orchestra e Turma do Som. Ambos softwares foram analisados quanto ao uso dos recursos que oferecem e segundo a proposta que sugerem, se são adequados ou não para o uso em sala de aula. The Orchestra consiste num ambiente musical que apresenta peças musicais e seus respectivos compositores desde o período Barroco até o Moderno. A análise levou, a concluir que esse aplicativo oferece recursos muito interessantes para uma aula de história da música e de organologia. Sua interface dinâmica e fácil de manusear proporciona ao aluno a música em sua forma viva e prática. Outro software já acessível ao grande público e que pode ser usado em qualquer computador, desde que esteja conectado a internet, é o Turma do Som. O usuário dentro do portal do site cria o seu personagem virtual (avatar), para ser sua representação nas atividades que o site dispõe. O site consiste num ambiente de percepção musical. Com três categorias, cada uma com um jogo musical temático sobre determinado assunto. Um deles trabalha a percepção de sons, e é necessário dizer qual o som que está sendo executado. Já outra atividade do site, é a apresentação de uma música em que o usuário deve tocar junto o ritmo usando o teclado do próprio computador. Sendo que ao final de cada atividade, o usuário pontua pontos. Além dessas duas plataformas de educação musical, existem outras que não serão analisadas, neste trabalho, por não se enquadrarem no objetivo proposto. Um ponto pertinente ao uso desses softwares de educação musical é que podem auxiliar o desenvolvimento musical do aluno, tornando as práticas em educação musical nas escolas mais dinâmicas e interativas, aproximando o ensino musical do interesse das crianças e jovens, na atualidade, pelas tecnologias. Palavras-chave: Educação Musical; Tecnologias; The Orchestra; Turma do Som. 105 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ARTE, FOLCLORE E DIVERSIDADE CULTURAL: CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL Gláucia Santos [email protected] Rafael Beling [email protected] O presente artigo tem como objetivo ressaltar de forma teórica e sistematizada a ligação entre arte, música e folclore. Por meio de uma definição conceitual desses termos, busca-se compreender possíveis ligações que podem, quando trabalhadas de maneira correta, contribuir ao resgate da identidade cultural e histórica de indivíduos. Busca-se ressaltar, ainda – partindo agora de uma relação mais específica às artes musicais –, que as diferenças culturais influenciam a sociedade no que se refere a sua relação com a música, bem como a função social que tal expressão artística acaba desempenhando. À luz das considerações de educadores musicais como, por exemplo, Swanwick (2003), Barbosa (2010), e de pensadores ligados à outra vertente do saber, tais como, Coli (1995), Vigotski (2008), Saviani (2003) – arte, psicologia e educação, respectivamente – pretende-se corroborar à ideia de um ensino que englobe uma prática com base na interdisciplinaridade entre arte, música e folclore. O que propõem-se, nesse trabalho, não é a defesa de ideias que façam eco a polivalência ou qualquer concepção de ensino que parta dessa ordem. Outrossim, objetiva-se um ensino artístico que seja, de fato, significativo, e que não continue a ser algo que corrobore apenas minimamente ao pleno desenvolvimento humano. Salienta-se, ainda, que a presente pesquisa partirá de análises bibliográficas e tem como base metodológica a investigação de materiais que discorrem sobre a temática em questão. Palavras-chave: Folclore; Arte; Música; Interdisciplinaridade. 106 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A COMPOSIÇÃO MUSICAL COMO MECANISMO DA IMAGINAÇÃO CRIATIVA Kleberson Marcos Costa Calaca [email protected] Diego Fabiano Padilha [email protected] Orientador: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Este trabalho foi desenvolvido para o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que é um programa voltado às licenciaturas financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (CAPES) juntamente com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDE e descreve as experiências com crianças da rede pública de ensino na cidade de Artur Nogueira-SP, nas aulas de música para as séries iniciais do Ensino Fundamental I. Esta pesquisa baseou-se na proposta triangular que está centralizada em três diretrizes, através das quais o conhecimento em arte é adquirido com inter-relacionamento entre fazer, apreciar e contextualizar historicamente a arte (FERNANDES, 2004), e também em como nós transformamos nossas experiências em símbolos, abstraindo delas o seu significado, podendo agir em novas situações com base em experiências passadas (VIGOTSKII, 2012; VIGOTSKI, 2014). Vigotski (2012; 2014) afirma que o indivíduo constitui suas formas de ação e sua consciência nas relações sociais; sugerindo assim que o processo de desenvolvimento é socialmente construído. Logo, poderíamos dizer que o desenvolvimento humano é entendido como interação de pessoas com outras pessoas e com os objetos da sua cultura. Os estudos tiveram como objetivo buscar soluções práticas para desenvolver nos alunos das séries iniciais os mecanismos da imaginação criativa, desmistificando seu caráter excepcional e completamente extraordinário. Buscou-se trabalhar a capacidade da expressão musical através do uso de desenhos e da composição musical. Palavras-Chave: Musicalização; Proposta triangular; Criação musical; Vigotski. 107 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O CURRICULAR, O EXTRACURRICULAR, E A EDUCAÇÃO MUSICAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Maria Suellen Magalhães [email protected] Rennan Ribeiro Lindemute de Araújo [email protected] Orientador: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] O presente artigo foi elaborado com base em um trabalho como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), financiado pelo Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Neste projeto, o aluno bolsista deve cumprir atividades dentro e fora da escola. Com tais atividades, aos poucos o ambiente escolar torna-se familiar, passa-se a fazer parte desse ambiente, o que possibilita a observação e reflexão acerca do funcionamento da escola e suas prioridades. Sobre isso se fez algumas considerações: estão definidas, de forma clara, as noções do que é curricular e extracurricular? Que papel a educação musical desempenha dentro da escola? Seria mero auxílio para apresentações em datas comemorativas? Seu principal objetivo é obter resultados não musicais, ou mesmo possibilitar apresentações de encerramento ao final do ano letivo? E por fim, qual a visão que os profissionais da educação, presentes na escola, possuem acerca da importância do ensino de música? Procurar-se-á respostas no ambiente escolar, por meio de observações e entrevistas aos alunos bolsistas do Pibid, aos professores das classes onde o trabalho tem sido aplicado, à diretora e à coordenadora da escola e à professora supervisora do subprojeto de música na escola. A partir das observações, uma lista das atividades ali desempenhadas será elaborada. Com base nos estudos de Saviani (2000) pretende-se chegar a uma definição de currículo que seja adequada ao ambiente escolar e que atenda às necessidades do processo de ensino-aprendizagem. Entendendo o que é currículo, podemos comparar com a lista de atividades desempenhadas na escola, obtida nas respostas dos sujeitos desta pesquisa, verificar quanto tempo a escola tem dedicado às atividades curriculares e extracurriculares e de que forma a música tem se relacionado com tais atividades. Partindo de estudos de Penna (2001), Brito (2010) far-se-á uma reflexão sobre a importância do ensino de música. Pretende-se então, identificar o papel que a música tem desempenhado neste ambiente escolar, se é o de curricular ou extracurricular e até que ponto este papel pode beneficiar ou prejudicar o trabalho do professor de música. Palavras-chave: Educação Musical; Currículo; Pedagogia Histórico-Crítica. 108 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CRIAÇÃO MUSICAL – UM ESTUDO COM BASE NA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES Rafael Beling [email protected] Raquel Fernandes Santana [email protected] O tema criação musical tem sido foco de estudo de alguns educadores musicais, como, por exemplo, Swanwick (2003), Neder (2012), Beineke (2011) e Brito (2002). Tais educadores, contudo, divergem em suas concepções a respeito da natureza de tal fenômeno, entendendo esse processo – no que tange sua gênese – de forma antagônica. Concordamos com Martins (2013), quando assegura a respeito da necessidade de esclarecimentos teóricos quanto à compreensão de determinados aspectos relacionados ao desenvolvimento humano, justamente por recearmos um esvaziamento conceitual que nos leve a uma apreensão superficial do fenômeno de estudo. À luz dessas considerações, sugerimos uma pesquisa que se respalde em um pressuposto teórico fixo, no caso, a psicologia histórico-cultural, elaborada pelo psicólogo soviético Lev Vigotski. Partimos do pressuposto vigotskiano justamente por entendermos essa teoria como mais promissora se comparada a outras perspectivas, por exemplo. Nosso livro base será Imaginação e criação na infância (Vigotski, 2009). Entendendo, entretanto, que Vigotski não faz relações diretas ao campo da música, partiremos de um estudo que se propõe a fazer apropriações de seus pressupostos teóricos à música; mais precisamente à criação musical. Para tanto, iremos nos valer das ideias de educadores que, como nós, fazem apropriações ao campo da música, partindo também da teoria histórico-cultural – como, por exemplo, Barbosa (2010) e Schroeder (2005). Nosso objeto de estudo, nesse trabalho, é a criação musical na educação infantil, e não no conservatório ou em práticas interpretativas. Vale salientar que se trata de uma pesquisa de caráter introdutório e que parte de um estudo bibliográfico. Palavras-chave: Criação Musical; Psicologia Histórico-Cultural; Educação Infantil. 109 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EDUCAÇÃO MUSICAL E A PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE NA CONTEMPORANEIDADE: COMPLEXIDADES E PARADOXOS ENTRE O QUE “SE ESPERA ENSINAR” E O QUE “SE ESPERA APRENDER” Rafael Beling [email protected] Flávia Maximiano dos Santos Aguilar [email protected] Richard Fernando [email protected] Orientador: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Em agosto de 2008 foi aprovada a Lei Federal 11.769 que, modificando o artigo 26º da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/1996), obriga os conteúdos musicais dentro do componente curricular arte na educação básica. Passado já algum tempo do prazo final para a implantação dessa lei em todo o sistema educacional (que expirou em agosto de 2011), educadores musicais brasileiros têm observado que as possibilidades da grande maioria de nossos alunos terem acesso a uma educação musical de qualidade ainda são poucas ou nulas; quase nada se alterou no cenário educacional a esse respeito. Nosso objetivo, neste trabalho, é contribuir para a implantação de um ensino de música como parte de um projeto mais amplo – acalentado por muitos educadores musicais como, por exemplo Peregrino (1994) e Penna (2012) –que visa o acesso democrático a todos os indivíduos ao patrimônio cultural historicamente constituído. Nesse sentido, consideramos que um passo necessário seria a elucidação de certos dilemas do ambiente escolar que, a nosso ver, influenciam diretamente à prática pedagógica em educação musical – por exemplo, complexidades e paradoxos entre o que “se espera ensinar” (referindo-se aqui ao professor de música) e o que “se espera aprender” (referindo-se aqui ao ambiente escolar – alunos, direção e de mais professores). Parece-nos que licenciados (também alunos licenciando, no caso de alunos Pibid, como nós) em música que ingressam no ambiente escolar, encontram dificuldades em aplicar as propostas e os pressupostos metodologias que tiveram em sua formação; isso se deve ao fato de que, em alguns casos, o perfil do egresso não se coaduna com algumas das concepções que a escola tem acerca do que, e de como deveria ser um ensino de música na escola regular. Acreditamos que dependendo dos fundamentos subjacentes às ideias que os professores de música assumam e às práticas que realizem, o ensino de música na escola correrá o risco de continuar sendo uma atividade que só minimamente contribui para o desenvolvimento dos indivíduos; algo que sofra restrições pela falta de comunicação e informação, tanto por parte de educadores musicais, como por parte da direção escolar. Palavras-chave: “Educação Musical”; “Formação de Professores”; “Pibid”. 110 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO – CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL Rafael Beling [email protected] Flávia Maximiano dos Santos Aguilar [email protected] Vigotski (2009), ao abordar o tema da imaginação e criação, inicia suas considerações dizendo que chamamos atividade criadora da homem aquela em que se cria algo novo. Segundo ele, pouco importa se essa ação ocorre no mundo interno - na mente - ou no mundo externo – quando se cria um novo objeto, por exemplo. Para compreender o processo de imaginação e criação, no entanto, faz-se necessário ressaltar a importância de se esclarecer a capacidade de reconstituir/reproduzir da qual dispõe o homem. Essa atividade reprodutora – intimamente ligada à memória – consiste em repetir ou reproduzir meios e condutas criados anteriormente pela sociedade na qual se insere o indivíduo; reproduz-se aquilo que foi assimilado ou elaborado anteriormente. Essa capacidade reprodutiva, por sua vez, se deve à plasticidade da qual dispõe o cérebro humano. Logo, o homem, possuidor desta plasticidade em suas substâncias nervosas, seria capaz de ter sua memória marcada/alterada pelos frequentes estímulos aos quais se submete ou é submetido. O cérebro humano, contudo, mostra-se um órgão que não apenas conserva experiências anteriores, mas facilita sua reprodução. Vigotski saliente, ainda, que este eficiente órgão humano não se restringe à conservação de experiências anteriores apenas, ele, todavia, possui ainda um gênero de atividade que mais precisamente pode ser classificada como combinatória ou criadora; sem a presença de tal capacidade, o homem seria incapaz de se adaptar, predominantemente, às condições habituais e estáveis do meio que o cerca. Seria incapaz de combinar e reelaborar suas experiências transformando-as em novas situações e novas formas de comportamento. É justamente a atividade criadora que faz do humano um ser que se volta para o futuro, erigindo-o e modificando o seu presente. Assim sendo, a imaginação seria a base responsável por toda atividade criadora; segundo Vigotski, tudo que nos cerca e que foi feito pelo ser humano – diferenciando-se assim do mundo natural – é produto de sua capacidade de imaginação e criação. Foi graças a esta base criadora que o homem foi capaz de, tendo como referência a luz advinda do fogo – num processo que levou séculos -, criar a energia elétrica, por exemplo. Ressalta-se ainda que, embora se leve em conta a criação dos grandes “gênios” da humanidade, grande parte de tudo que se fez no decorrer na história do ser humano se deve a ação anônima e coletiva de centenas de milhares de inventores desconhecidos. Com base nisso, o objetivo, nesse trabalho, é abordar e elucidar o tema imaginação e criação tendo como base o referencial teórico apontado por Vigotski. Para isso, iremos nos valer de exemplos claros e, em maior parte, práticos, o que julgamos ser um proposta metodológica-explicativa mais promissora e eficaz. Palavras-chave: “Imaginação”; “Criação”; “Teoria Histórico-Cultural”. 111 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MÚSICA COMO LINGUAGEM: EXPERIÊNCIAS NA PRÁTICA DE ENSINO Raquel Fernandes Santana [email protected] Gabriela Alexandre Antero dos Santos [email protected] Orientador: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Compete a nós como bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) desenvolver um trabalho de musicalização em uma escola de ensino fundamental no interior do estado de São Paulo. Apesar de possuir um programa regular de música, a escola tem grande rotatividade de alunos e boa parte dos ingressantes não experimentaram o ensino sistematizado da disciplina. Grande parte dos educadores da escola regular no Brasil tem entendido a música como uma ferramenta para fins secundários a ela: comemorações, formação de hábitos, conscientização entre outros, e não como um componente da grade. Essa lacuna no currículo educacional brasileiro, tem desafiado os professores, que diariamente encontram salas com alunos em diversos níveis de aprendizado musical. A música sempre existiu e é uma arte praticada em todos os grupos sociais. Fora da escola o aluno ouve, aprende e se envolve com música de acordo com o ambiente social e vivência pessoal. A questão é: Como o professor pode transmitir significações e enriquecer a vida do aluno através da música? Qual é o papel da música? Cabe aos profissionais da área desenvolver um trabalho significativo em suas aulas e assim quebrar com a visão de que esse patrimônio cultural, seja menos importante do que qualquer outra área de conhecimento. Propomo-nos então a desenvolver um projeto de ensino significativo para todos os alunos; para isso adotamos a perspectiva de música como linguagem historicamente construída, embasandonos em educadores como Ana Mae Barbosa, Keith Swanwick, Maura Penna e teóricos da psicologia e filosofia linguística, como Lev S. Vygotsky e Mikhail M. Bakhtin. Consideramos que o uso da perspectiva de música como linguagem para a construção de um projeto de ensino musical na educação básica foi eficaz no seguinte aspecto; transmitiu significações aos alunos tornando a assimilação do conteúdo mais efetiva. Palavras-Chave: Educação Musical; Teoria Histórico-cultural; Música como Linguagem. 112 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INFLUÊNCIAS E PRÁTICAS DO MOVIMENTO CORPORAL NA PEDAGOGIA MUSICAL BRASILEIRA Beatriz Magalhães Soares Silva [email protected] Maria Flávia Silveira Barbosa [email protected] O tema deste trabalho – Influências e práticas do movimento corporal na pedagogia musical brasileira – é relevante para a educação musical porque o aprendizado musical através do corpo permite à criança sentir e vivenciar a música, sobretudo na fase inicial da musicalização, de modo mais concreto. Desde o início do século XX, educadores musicais de diferentes partes do mundo têm trabalhado com essa concepção e acredita-se ser essa uma opção metodológica importante para a democratização do acesso ao conhecimento musical. O objetivo é apontar as principais vantagens, mas também as limitações, da aplicação do método Dalcroze no ensino sistematizado de música, tanto em escolas regulares como especializadas no Brasil. Inicialmente, foi feito um estudo aprofundado das principais características do referido método, através dos trabalhos de alguns de seus principais seguidores; a seguir, um questionário semiestruturado foi enviado a professores de música brasileiros, buscando conhecer como esses professores, que atuam nas redes regular e especializada de ensino, adotam a metodologia Dalcroze. Procurou-se responder a questões como: essa metodologia é adotada, no Brasil, no todo ou em parte? Quais são os resultados da sua aplicação, tanto no ensino regular como no especializado? A Análise desse material indicou um uso positivo da metodologia por parte dos professores entrevistados. Palavras-chave: Rítmica Dalcroze; Educação Musical; Corpo e Linguagem. 113 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CRIAÇÃO MUSICAL NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Fernando Garcia Feresin [email protected] Orientadora: Ellen Stencel [email protected] A educação musical presente no currículo do Ensino Fundamental abre caminho para várias frentes de trabalho na construção da competência artística do aluno. Uma destas frentes, a criação musical, promove a sensibilidade e a autonomia expressiva da criança na interação criativa com o mundo sonoro ao seu redor, gerando também desafios para o professor. Se por um lado a descentralização das decisões em relação ao discurso musical abre espaço para a criatividade do aluno, por outro cria a necessidade de ajudarmos esse aluno a apoderar-se dos elementos que compõem tal discurso. Neste trabalho experimental, analisamos em que medida algumas situações didáticas de criação musical desenvolvidas com alunos de segundos e terceiros anos do Ensino Fundamental se alinham com referenciais teóricos que enfatizam principalmente a motivação para criar, a autonomia do aluno, o trabalho em equipe, a formação consistente de repertório, o uso de técnicas desenvolvidas por grandes educadores musicais e a adequação das propostas para o nível dos alunos em relação aos conteúdo da educação musical. A partir da nossa análise, constatamos que o sucesso deste trabalho e o aperfeiçoamento constante da ação pedagógica dependem principalmente de um retorno constante do professor aos princípios metodológicos que inspiram a arte de educar através da música. Palavras-Chave: Educação Musical; Criação Musical; Criatividade; Aulas de Música; Ensino Fundamental. 114 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA ABORDAGEM PRÁTICA DO ENSINO DO CONTRABAIXO ATRAVÉS DAS MELODIAS DA CECÍLA DE ERNST MAHLE Gustavo Camargo [email protected] Elton Machado [email protected] Este trabalho tem como base primordial apresentar uma proposta de ensino do contrabaixo, que vem sendo adotada com alunos da Escola Livre de Música da Orquestra Sinfônica de Limeira. A proposta é fundada nas composições de Ernst Mahle (1929): “As melodias da Cecília”. Essas melodias apresentam uma maneira de se iniciar os estudos do contrabaixo por serem de fácil compreensão rítmica e melódica, além de atraírem o aluno ao imaginário com seus títulos sugestivos, como por exemplo, a melodia número um: “O passeio do urso”. Porém, não podemos deixar de lado o ensino prático de um método, pois é ele que dá ao estudante a base necessária para se iniciar o estudo de uma composição; o método é responsável por “colocar a mão no lugar”. Sendo assim, está aliado a essa proposta o método de Ludwig Streicher (1920-2003), contrabaixista, participou ativamente da Orquestra Filarmônica de Viena, tendo também intensa atividade como solista. Dessa forma, desenvolveu o que ele mesmo intitula de: Mein Musizieren auf dem Kontrabass (Minha maneira de tocar contrabaixo). Sua proposta de ensino vai do nível inicial ao mais avançado, e é de suma importância para um bom aprendizado. Espera-se que os resultados deste trabalho indiquem uma boa negociação entre aluno, composição e forma de aprendizado. Palavras-Chave: Educação Musical; Ernst Mahle; Ensino do Contrabaixo. 115 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ABORDAGENS NA MUSICALIZAÇÃO COM ADULTOS Helena Lima Mendonça [email protected] Orientador: Ailen Balog de Lima [email protected] Na educação musical a musicalização com adultos não é um tema muito abordado, pois a busca pelo estudo de música e especialmente musicalização tem se voltado para as crianças, por isso nas escolas de música não encontramos classes de musicalização de adultos, o que nos faz ir atrás de lugares onde possa ter turmas de adultos, e esse acesso encontramos nas escolas pública com sistema de Ensino de Jovens e Adultos(EJA). Adultos estes que não tiveram contato com estudo da música formal, como musicalizá-los? Quais as abordagens a serem feitas em aula? Para essas problemáticas, a pesquisa foi feita a partir de artigos das revistas da ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical), onde mostra várias formas de trabalhar música com adultos e jovens. Também usaremos as perspectivas de educação musical de Edgar Willems e Maura Penna. Este trabalho tem como objetivo observar as experimentações musicais feita em sala de aula com os adultos do EJA, como os adultos reagem ao estilo novo apresentado, já que sua realidade é um contexto singular, onde o ambiente musical é outro, as realidades diferentes um dos outros, uns são mais jovens, interferindo nos conceitos estabelecidos na classe em geral, cada um com seu gosto musical, o ruim se torna a música do outro sem saber as vezes o porquê. Os significados são fortes, os preconceitos são maiores, e a recepção ao novo é mais rejeitada, desse modo a musicalização pode transformar o pensamento e conceitos trazidos pelos adultos, tornando-os mais crítico no ambiente em que vivem. Palavras-Chave: Musicalização; adultos; significado. 116 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O CANTO CORAL NA IGREJA COMO FERRAMENTA DE MUSICALIZAÇÃO E INCLUSÃO Israel Oliveira Müller [email protected] Orientadora: Regina Mota Meier [email protected] O canto coral é uma das instituições mais antigas nas mais variadas instituições religiosas e contribuiu para o avanço no conhecimento musical através dos tempos. Neste caso específico, realizou-se a partir de um coral em uma igreja no interior de São Paulo, um projeto visando algumas propostas para o canto coral, tendo como objetivo a musicalização de seus componentes e viabilizando a inclusão deles no mundo artístico. Durante um período de sete meses, colocamos em prática propostas que, conforme Zander, Mathias e outros autores da área, contribuiriam para o bom andamento de um trabalho coral e que de acordo com Fucci Amato, transformariam o coral em um capacitador de músicos cantores capazes de se expressarem musicalmente. Como resultado obtido, tivemos um grupo que, mantendo a assiduidade dos ensaios mostrou-se capaz de expressar-se musicalmente dentro da sua instituição, aumentando suas habilidades vocais e conhecimentos técnico-musicais. Durante a pesquisa, revelou-se também a importância de conhecimentos mínimos necessários ao regente, para que o objetivo deste trabalho pudesse ser alcançado. Esses resultados mostram quão importante pode se tornar o canto coral na vida das pessoas, abrindo as portas para um novo mundo de descobertas musicais das quais todo ser humano tem o direito de descobrir e participar. Palavras-Chave: Canto Coral; Musicalização; Inclusão Musical. 117 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ENSINANDO COM (T)EC(L)A: ANÁLISE DA METODOLOGIA DE SWANWICK NO ENSINO E APRENDIZAGEM COLETIVA DO VIOLINO E VIOLA. Jefferson Roberto Anastácio [email protected] Orientador: Gerson Stencel Arrais [email protected] O presente trabalho visa analisar a aplicação da metodologia (T)EC(L)A de Keith Swanwick no ensino e aprendizado coletivo do Violino e Viola como também analisar a aplicação integral de todos os aspectos, ou seja, contemplar em diversas fases do aprendizado as capacidades sugeridas na metodologia de Swanwick: (T)écnica; Execução; Composição; (L)iteratura e Apreciação. Como norteadoras dessa pesquisa, têm-se as seguintes problemáticas: Como aplicar o modelo (T)EC(L)A e suas prioridades? Como contemplar cada aspecto da metodologia (técnica, execução, composição, literatura e apreciação) em todos os níveis do aprendizado do violino? Com que frequência cada um desses aspectos deve ser proposto? Quais métodos de ensino coletivo de violino e viola facilitam a aplicação dessa metodologia? Esta pesquisa foi de responsabilidade do UNASP (Universidade Adventista de São Paulo), como trabalho de conclusão do curso de Educação Artística? Licenciatura em Música. A realização e desenvolvimento da pesquisa ocorreu a partir das pesquisas dos materiais bibliográficos como também de levantamento de dados obtidos por intermédio de entrevistas e pesquisa de campo. Essa pesquisa de campo ocorreu de forma prática, aplicando a metodologia pesquisada no Projeto Guri Polo Santo Antônio de Posse tomando como base a experiência prática com três classes de ensino coletivo de Violino e Viola contendo 18(dezoito) alunos por turma. Turmas estas com características heterogenias tanto em relação à faixa etária como também em nível musical. Palavras-Chave: (T)EC(L)A; Keith Swanwick; Violino. 118 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SUPRESSÃO DA VISÃO, NEUROPLASTICIDADE E NOVAS PROPOSTAS PEDAGÓGICAS MUSICAIS Leandro Eugênio da Silva [email protected] Orientadora: Maria Flávia Silveira Barbosa [email protected] Para aqueles envolvidos efetivamente com a prática educacional, buscar novas possibilidades pedagógicas é algo essencial quando se procura desenvolver a relação entre educador e educando. Ao questionarmos as práticas envolvidas nessa relação e buscarmos caminhos que a aperfeiçoem estaremos contribuindo para uma educação mais consciente, agradável, inclusiva e eficiente. Estudos no campo da Música e da neuroplasticidade têm nos permitido contemplar práticas inovadoras que podem ser usadas no dia a dia de uma sala de aula com sucesso. À partir do momento que formos mais conscientes dos processos cerebrais e cognitivos utilizados no aprendizado musical e desenvolvermos práticas pedagógicas baseadas nesse processo, é provável que haja um desenvolvimento quantitativo e qualitativo na prática musical como um todo. Este trabalho busca rever algumas pesquisas sobre o assunto, dando ênfase aos estudos relacionados às habilidades extraordinárias de indivíduos cegos no que diz respeito à capacidade auditiva/musical e também à possibilidade de se utilizar a supressão da visão em indivíduos videntes para alcançar melhores resultados no estudo e prática musical. Palavras-Chave: Educação Musical; Pedagogia Musical; Neuroplasticidade; Cognição; Supressão da Visão; Cegueira. 119 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INDÚSTRIA CULTURAL, EDUCAÇÃO MUSICAL E DIVERSIDADE: DESAFIOS PARA UMA PRÁTICA DOCENTE SIGNIFICATIVA Leonardo da Silva Moralles [email protected] Orientador: Jetro Meira de Oliveira [email protected] Através dos pressupostos teóricos da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, representada pelo filósofo e músico Theodor W. Adorno, o presente trabalho tem por objetivo discutir o conceito da indústria cultural na sua relação com a diversidade étnica e cultural presente em nosso país. Baseando-se na proposta da diversidade como elemento transformador da educação, buscamos apresentar uma possibilidade de estruturação do ensino de música na escola regular, abrangendo o conhecimento do aluno e o levando aos novos patamares musicais. Acreditamos que através da reflexão da Teoria Crítica e da identificação dos elementos massificados pela indústria é que chegaremos a uma educação musical mais igualitária em sua essência. Os fatores socioculturais existentes na educação da atualidade, tais como as influências culturais, a presença da mídia no repertório do aluno e sua relação com o meio em que se encontra, são agentes que podem auxiliar ou dificultar o processo de ensino de música em sala de aula. Este trabalho se propõe a esclarecer essas relações entre indústria cultural, educação musical e diversidade, para que o docente esteja preparado para lidar com essas situações adversas em sala de aula. Pela análise empírica dessa ação da massificação sobre a educação ajudanos a compreender melhor alguns problemas que se tornam constantes no ensino de música e seus desdobramentos. Palavras-chave: Indústria cultural; Educação; Massificação; Diversidade cultural. 120 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ATIVIDADES MUSICAIS COMO MEIO DE INCLUSÃO E QUALIDADE DE VIDA PARA OS IDOSOS Marcia Guimarães Valentim Souza [email protected] Orientador: Ailen Rose Balog de L. [email protected] O presente trabalho busca comprovar, através de pesquisas bibliográficas, como a atividade musical na terceira idade pode contribuir para a inclusão e melhoria na qualidade de vida, visto que a expectativa de vida no nosso país tem aumentado, trazendo grandes desafios para a sociedade. No qual Para muitos, a velhice é sinônimo de incapacidade, de limitação e redução de algumas capacidades por causa do passar do tempo, porém isto não quer dizer que os idosos não podem mais ter qualquer participação na sociedade ou que nada do que fazem possa ser considerado relevante. Desse modo, foram identificadas as principais mudanças físicas, psicológicas e sociais que são características dessa faixa etária, e respectivamente como a música pode vir a atuar nesses âmbitos. Foram apontados alguns recursos como a andragogia e pedagogia, a musicoterapia, o canto coral, e algumas propostas pedagógicas exploradas pelos educadores Dalcroze, Kodaly e Orff, que podem ser adaptados às condições psico-físicas dos idosos, favorecendo não só na melhoria da qualidade de vida do grupo, como também promovendo aspectos de desenvolvimento criativo e expressivo. Assim, as atividades musicais podem transformar a realidade do idoso, de forma que ele se sinta agente da sociedade e transformador da mesma. Palavras-Chave: Idoso; Qualidade de vida; Atividades musicais. 121 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica OUVIDO ABSOLUTO: DIÁLOGOS A PARTIR DE DIFERENTES PERSPECTIVAS TEÓRICAS E POSSIBILIDADE METODOLÓGICA Paulo Jeovani dos Santos Júnior [email protected] Orientadora: Maria Flávia Silveira Barbosa [email protected] O presente Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Licenciatura em Música tem como objetivo dialogar a respeito da natureza do ouvido absoluto habilidade de nomeação de alturas sem referência externa -, sobre a sua relevância para a musicalidade e a possibilidade dessa habilidade ser desenvolvida por qualquer músico, através do contato sistemático e direcionado com uma metodologia que se propõe a desenvolvê-lo. Propomo-nos a dialogar a respeito da polêmica que existe entre os educadores musicais sobre a natureza genética do ouvido absoluto ou a possibilidade dessa habilidade poder ser desenvolvida através de uma sistemática educação musical, treino e aprendizado, formal ou informal. A pesquisa analisou de forma analítica e empírica o método de David Lucas Burge (1981), que se propõe a desenvolver o ouvido absoluto em qualquer músico que estude e siga seu método. Através de um colaborador que se dispôs a seguir o método por um período de tempo, analisamos as melhoras em sua percepção musical em função do método. Também estamos falando sobre a relação entre o ouvido absoluto e a prática musical do portador da habilidade, as implicações de ser um portador e como isso afeta a vida musical deste, e comparamos essa habilidade com o ouvido relativo e como esse se relaciona com o ouvido absoluto. Palavras chave: Ouvido Absoluto, Psicologia Histórico-Cultural, Educação Musical. 122 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ABORDAGENS PRÁTICAS DO ENSINO E APRENDIZAGEM COLETIVA DO VIOLÃO Rafael Santana de Lima [email protected] Orientador: Elton Leandro Machado [email protected] O presente trabalho está focado no que se diz respeito ao ensino coletivo de música, mais precisamente, em aulas de violão em grupo, aplicado diretamente as ideias do educador musical muito influente chamado Edgar Willems. Ao decorrer da pesquisa, foi utilizado um método totalmente elaborado com a notação musical tradicional (o uso de partituras), método esse elaborado pelo violonista e professor Henrique Pinto e esse material possui o título de Iniciação ao violão Vol. I. Este rico material produzido por H. Pinto foi a base utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, juntamente com uma ideia produzida por E. Wiillems e esta concepção elaborada por esse educador estão relacionadas a seus graus pedagógicos, 1º Grau: iniciação musical (três a quatro anos), 2º Grau iniciação musical (quatro a cinco anos), 3ª Grau: pré-solfejo e pré-instrumental (cinco a seis anos) e por último o grau (4º Grau) que foi o utilizado para a realização do atual trabalho pesquisa: Solfejo vivo (de seis a seta anos). Esses graus não necessariamente seguem as faixas etárias estipuladas pelo educador Edgar Willems e foi escolhido o 4º grau, por possuir neste grau a etapa do desenvolvimento musical do ser humano, envolver a leitura musical tradicional que é a inserção da partitura no cotidiano e na vida musical do aluno. O método usado na pesquisa e elaborado pelo professor H. Pinto, está em comum acordo com o 4º grau pedagógico de E. Willems, pois este volume está totalmente voltado para a leitura musical tradicional. Ao longo do trabalho foram realizadas algumas aulas com caráter de grupo envolvendo o instrumento musical violão, abordando a seguinte questão: A notação musical é necessária para o desenvolvimento musical em grupo? Ao todo foram realizadas cinco aulas baseadas em um primeiro exercício utilizado para inicial o processo de leitura musical, possuindo as primeiras formas de leitura relativa e posteriormente a esta fase foi utilizada os primeiros estudos do método iniciação ao violão Vol. I que está ligado às primeiras técnicas especificas envolvendo o estudo do violão. O grupo escolhido foram pessoas de idades distintas e não possuíam um conhecimento específico em leitura musical, mais ao longo das aulas foram trabalhados os princípios de E. Willems e abrangendo o conhecimento do grupo de estudantes de violão. Ao final destas aulas se obteve um resultado muito interessante relacionado ao desenvolvimento do grupo e este tema relacionado a aulas de violão. Palavras-Chave: Aulas de violão, Ensino em grupo; Edgar Willems; Henrique Pinto. 123 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MÚSICA E APRENDIZAGEM: APROPRIAÇÃO DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL À FORMAÇÃO DA COMPREENSÃO MUSICAL Rafael Beling [email protected] Orientadora: Maria Flávia Silveira Barbosa maria.flá[email protected] O tema desenvolvimento humano tem despertado o fascínio de inúmeros pesquisadores ao decorrer do tempo. Fascínio que não se postula como sendo inoportuno ou sujeito a margem de irrelevância, mas sim como temática de total pertinência em nossos dias, ressaltando a valia da compreensão dos seres humanos como entidades pensantes e possuidoras de necessidades fisiológicas, afetivas e intelectuais. Essa necessidade de compreensão, contudo, se demonstrou mais evidente com o advento da psicologia, que se destaca com maior intensidade no início do século XX, postulando-se como a ciência que, de forma bastante ampla, se preocupa com os processos mentais e comportamentais dos seres humanos, bem como suas interações com o ambiente material e social. A vertente da psicologia que se empenha nos fatores do desenvolvimento do ser humano desde a infância até a fase adulta denominamos psicologia do desenvolvimento. Destarte, valendo-nos desses conhecimentos, e em interface com a música, apresentamos um estudo que se propõe a fazer uma apropriação dos pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural à educação musical. Partindo da conjectura de que a lei geral da supracitada psicologia pode nos apontar diretrizes para um repesar da educação musical na escola regular, buscamos demonstrar que sua apropriação pode não apenas levar ao almejado escopo, outrossim a superar antigos preconceitos exclusivistas, tão prejudiciais às atuais necessidades em educação musical de nosso país. Vale ressaltar, ainda, que este trabalho teve como processos metodológicos consulta e aprofundamento bibliográfico, bem como entrevistas de campo que se propuseram a servir de caráter ilustrativo a favor de nossa tese. Palavras-Chave: Educação Musical; Psicologia Histórico-Cultural; Processos de Aprendizagem. 124 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ENSINO COLETIVO X ENSINO INDIVIDUAL: UMA ANÁLISE PARA AULAS DE INSTRUMENTOS DE METAL Robson Eduardo Anastácio [email protected] Orientador: Vandir Schaffer [email protected] O ensino de instrumentos musicais, quando se dá utilizando o modelo tutorial, aquele em que há apenas um aluno em sala de aula popularmente conhecido como ensino individual, oferece várias vantagens. Entre essas vantagens está o fato de que, no ensino individual, o professor está mais perceptível às dificuldades do aluno e também tem mais tempo para trabalhar as soluções. Nota-se, no entanto, que é crescente no Brasil o número de projetos de educação musical, bandas e orquestras-escola que utilizam o ensino coletivo como modelo pedagógico. Visto que o ensino individual ainda requer um alto investimento financeiro e não é acessível a todos que desejam aprender um instrumento, o presente trabalho se propõe a analisar a eficiência das aulas de instrumentos de metal utilizando o modelo coletivo de ensino. Este trabalho apresenta uma análise geral das pesquisas que envolvem o ensino coletivo de instrumentos no Brasil, seis princípios básicos que regem o ensino coletivo, e alguns problemas específicos encontrados no ensino coletivo para instrumentos de metal. Este trabalho também apresenta uma pesquisa de campo feita com professores e músicos, buscando saber qual a opinião desses profissionais envolvidos com o ensino e a prática instrumental, no que se diz respeito a esses dois modelos de ensino. Palavras-Chave: Ensino coletivo; Ensino individual; Instrumentos de metal. 125 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANACLETO DE MEDEIROS E REVOLUÇÃO SONORA DAS BANDAS DE MÚSICA NO BRASIL Rosie Evelyn Sanchez Choque [email protected] Orientador: Gerson Stencel Arrais [email protected] Trata-se de um estudo sobre a diferenciação sonora das bandas de música criadas por Anacleto de Medeiros e outras bandas, suas contemporâneas, por meio de investigação histórica de bibliografias, desde o período de seu surgimento, no Rio de Janeiro, ao momento em que saem de cena, quando do surgimento do Estado Novo e sua inserção no comércio fonográfico. A presente pesquisa trata dos aspectos histórico-sociais, técnicos e estéticos que influenciaram a formação e consolidação de uma banda de música legitimamente brasileira. Centrada sobre os conceitos de tradição, a análise parte de um conjunto documental reunido a partir de fontes impressas, como compilações de periódicos de época e bibliografias de musicólogos de nome na área. Discute-se sobre bandas de música, tendo sido observado que pouca importância foi dada a maestros e bandas que tiveram representações com sonoridades diferenciadas, em um período em que houve um estouro de bandas na antiga capital do país, Rio de janeiro, como, por exemplo, a Banda do Corpo de Bombeiros dirigida pelo paquetaense Anacleto de Medeiros. A pesquisa, motivada pela atividade profissional da autora como instrumentista de banda, busca conhecer fatos que esclareçam sobre essa sonoridade com caráter nacional, assim como as relações sociais, históricas e musicais que a terão sustentado como produtora de cultura às populações locais. Palavras-Chave: Bandas; Identidade; Anacleto de Medeiros; Inovação de Sonoridade. 126 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PRÁTICAS PEDAGÓGICO-MUSICAIS NA PRODUÇÃO DO MUSICAL “MEU AMIGO CHARLIE BROWN” Bruno Pereira do Nascimento [email protected] Orientadora: Regina Helena Cunha Mota Maier [email protected] O teatro musical americano e europeu, internacionalmente conhecido pelo seu poder de entretenimento e popularidade, conseguiu criar ao longo de décadas um padrão de qualidade altíssimo, e hoje é uma grande referência para o mundo todo. Por se tratar de uma linguagem artística que envolve diferentes formas de expressão (canto, dança e teatro), envolve a cooperação e a interatividade dos seus participantes, o teatro musical pode ser visto como uma poderosa ferramenta educacional, principalmente se for trabalhada com crianças e adolescentes. Eles possuem nessa idade uma grande necessidade de encontrar o seu espaço no mundo, de se expressar e conquistar sua autonomia. Esse trabalho tem como proposta acompanhar o passo a passo da produção do musical Meu Amigo Charlie Brown, focando no trabalho de seis crianças e adolescentes da Instituição Evangélica Filadélfia de Artur Nogueira, que nunca fizeram esse tipo de espetáculo, mas que já tiveram algum contato com a música através do canto coral e musicalização. O musical seria um recurso para utilizar metodologias da educação musical que contribuem para essa prática além de tornar os envolvidos mais participativos e responsáveis; formando indivíduos críticos e atuantes de sua própria realidade, opinando e sugerindo, cidadãos que valorizam as experiências com o mundo. Palavras-chave: Teatro musical; educação musical; interdisciplinaridade. 127 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONCEITO DE MUSICALIDADE E IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL: UM OLHAR ATRAVÉS DA PSICOLOGIA HISTÓRICOCULTURAL Kleberson Marcos Costa Calaca [email protected] Maria Flávia Silveira Barbosa [email protected] Muitas pessoas, envolvidas ou não com a música, e até mesmo artigos de jornais e revistas que se dedicam a falar do assunto, na maioria das vezes, tratam os músicos como seres dotados de um “talento especial”. Tal conceito apresentase tão arraigado no vocabulário das pessoas que é praticamente tomada como consenso. Esta visão, segundo este estudo, pode gerar preconceitos e exclusão dentro do âmbito da educação musical, uma vez que privilegia apenas aqueles que demonstram desde tenra idade certa facilidade para decodificar os signos musicais. O referencial teórico adotado, a perspectiva histórico cultural de Lev Vigotski, postula que o desenvolvimento humano acontece de forma social e histórica, contradizendo pressupostos biologizantes e mecanicistas. As formulações de Lev Vigotski e seus colaboradores sobre a origem social e histórica das funções psíquicas superiores nos permitem entender a musicalidade de uma forma diferente: como sistema de signos constituído pelos homens nas relações sociais. Foram observados os ensaios de um coral adulto onde percebeu-se que a mediação do regente e a desmistificação do mito da musicalidade como dom inato trouxeram melhorias na performance do grupo. Este trabalho, portanto, busca esclarecer que a música é um bem da humanidade e, portanto, deve ser acessível a todos. Palavras chave: Talento; Musicalidade; Vigotski; Histórico-cultural. 128 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O ENSINO DA FLAUTA DOCE: O CASO DA VIVÊNCIA NA MUSICALIZAÇÃO Cintia M. Ramirez Nuñez [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Este trabalho objetiva analisar a importância do ensino musical da flauta doce e como ele se configura enquanto instrumento artístico na vivência em sala de aula por meio do PIBID. Esta proposta contempla as diferentes perspectivas e estratégias de ensino na educação musical, todavia encontra-se em fase inicial. Metodologicamente elaboraram-se propostas de intervenção com 15 crianças de oito anos de idade. Partiu-se de outros estudos com abordagens metodológicas no ensino da Flauta Doce na educação musical, aplicando-as nas aulas de música junto a essas crianças. Por meio de músicas já conhecidas, trabalhou-se a percepção dos alunos no som mostrado e no dedilhado. Nesse contexto são ensinadas músicas folclóricas nacionais e internacionais. Pois se percebe que esse contato possibilita o desenvolvimento de uma identidade cultural. Segundo Penna (2008) a música passa a ser mais significativa quando está inserida no cotidiano da pessoa, no caso da criança. Para tornar esse aprendizado musical significativo, mostraram-se vídeos e o próprio instrumento para que conhecessem também os diversos timbres. Frequentemente o ensino da flauta doce é visto como simples e o instrumento como fácil de manusear, por isso não é valorizada como um instrumento artístico em detrimento de outros como piano e violino. É importante destacar que essas aulas precisam ser atrativas para que haja o interesse por parte dos alunos em participar. Um instrumento deveria fazer parte de um processo de iniciação dentro do discurso musical já que a mesma poderá levar a criança a uma vivência como instrumentista. Apesar de pouco tempo de aplicação da intervenção no processo de ensino-aprendizagem de flauta doce com as referidas crianças percebe-se que elas estão cada vez mais familiarizadas com a linguagem musical e com o referido instrumento. Elas têm, aos poucos, percebido os elementos dentro da música que está sendo executa por meio da flauta doce. Palavras-chave: Flauta Doce; Ensino Musical; Musicalização Infantil; 129 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MÚSICA NO ENSINO REGULAR DO SÉC.XXI: REFLEXÕES SOBRE O "SER MUSICAL" E O SER HUMANO Helcio de Lima Maroni [email protected] Rosie Evelyn Sanchez Choque [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] O presente artigo relata o resultado da experiência realizada na EMEF Prof. Ederaldo Rossetti, na cidade de Artur Nogueira (SP), conhecido popularmente como CAIC, pelos bolsistas do curso de Música do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID/UNASP). O projeto de aula de música no ensino regular foi desenvolvido com o objetivo de trabalhar a música de maneira mais simplificada e atrativa, através de atividades de movimento, canto, e percussão baseadas em estilos musicais de diferentes lugares, assim como brincadeiras, oficinas de música, explorando para fazer música. Com enfoque sócio musical, estruturamos nossas aulas a partir de três pilares: Apreciação, Execução, e Criação. Ressaltamos a aula de música como ferramenta socializante, devido as situações vividas por alguns, como ausência familiar, exposição à mídia, maus tratos, higiene precária, e falta de afeto, que se refletem nas relações com colegas e professores. Acreditando que a educação musical também tem uma função social, estes obstáculos nos motivaram na apropriação de propostas de educadores musicais dos métodos ativos para nossa metodologia contemporânea, disponibilizando para o educando a expressão viva por meio do fazer musical individual e coletivo. Sendo assim, nosso objetivo é desenvolver a musicalidade e sensibilidade do educando como ser humano, ou seja, capacidade de apreciar executar e criar arte. Palavras-Chave: Sócio musical; musicalidade; educação musical; valores 130 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MUSICALIZAÇÃO INFANTIL: UMA QUESTÃO DISCIPLINAR Jéssica Cineco de Lima (UNASP) [email protected] Bianca Maria Branco Dias (UNASP) [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima (UNASP) [email protected] Uma creche no interior de XX, foi comtemplada com o projeto do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), que visa o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica. Em especial, os graduandos em Música – Licenciatura da instituição UNASP abraçaram a causa e trouxeram diferentes experiências musicais para crianças de 3 (três) à 5 (cinco) anos. No decorrer do projeto foram diagnosticadas algumas lacunas no comportamento dos alunos, sendo a indisciplina o topo do problema. Segundo Piaget (1994), a indisciplina é por muitas vezes causada pela falta de clareza ao estabelecimento de regras impostas as crianças. Outra abordagem bastante significativa mencionada por Vygotsky (OLIVEIRA, 1996), mostra que não só a família tem parte no comportamento disciplinado ou indisciplinado do indivíduo, mas também o meio (contexto cultural e social) em que está inserido, tornando-se um aliado para alguns deslizes comportamentais. Já o pesquisador B. F. Skinner (SANTROCK, 2009), desenvolveu um estudo sobre o condicionamento operante; uma forma diferenciada de aprendizagem que por meio das consequências de algum comportamento, produza-se mudança de que tal comportamento volte ou não a ocorrer. Tendo em vista estas perspectivas sobre a indisciplina, a metodologia aplicada em sala de aula está de alguma forma influenciando positivamente na (in)disciplina da classe? Quais caminhos o docente, principalmente o professor de música deve percorrer para um bom aproveitamento da aula? Durante este artigo será exposto algumas análises sobre os estudos destes pesquisadores quanto a indisciplina e levantamentos de alternativas plausíveis e práticas para serem aplicadas em sala de aula, tendo o professor de música como um mediador no processo educacional e disciplinar. Palavras-chave: Indisciplina; Disciplina; Comportamento; Música. 131 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EXPANDINDO O REPERTÓRIO: PROPOSTAS DE COMO FAZER COM QUE OS ALUNOS APRECIEM UM NOVO ESTILO MUSICAL Leonam Candido de Batista [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Este trabalho tem como objetivo mostrar maneiras para o ensino de elementos musicais, ligados a um novo universo musical, a música erudita, de forma que os alunos aprendam a apreciar esse novo estilo e não o vejam como chato e acadêmico. As turmas nas quais foram aplicadas tal proposta, estão a um bom tempo tendo aulas de música e foi notado que a percepção e entendimento musicais ligados ao universo musical mais próximo dos alunos, geralmente da música popular veiculada na mídia, estão sendo bem assimilados, dessa forma torna-se interessante expandir o universo musical do aluno para o aprendizado de novas experiências sonoras a partir da apreciação musical de um novo repertório, percepção de novos timbres e o conhecimento de novos elementos ligados a esse novo repertório. Assim foi escolhido a música erudita, que tinha sido pouco trabalhada, esse estilo possui várias formações, tem uma variedade de instrumentos que não são conhecidos pelos alunos, possuindo assim uma variedade grande de novos timbres e geralmente seu repertório é bem distante da realidade dos alunos. A questão foi achar uma proposta na qual os alunos estariam interessados em conhecer mais a respeito da música erudita e fazer com que eles aceitem esse novo repertório e aprendam a apreciar esse estilo. Palavras-chave: Educação musical; Estilo musical; Apreciação; Música erudita. 132 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O CANTO CORAL COMO FERRAMENTA DE MUSICALIZAÇÃO INFANTIL: TRABALHANDO O SENSO DE AFINAÇÃO Paulo Jeovani dos Santos Junior [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Este presente trabalho tem como objetivo dialogar a respeito de maneiras e métodos de musicalização que estão presentes na prática de canto coral infantil. Esse trabalho, patrocinado pelo PIBID - Música do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Campus Engenheiro Coelho, está sendo realizado em uma escola de ensino fundamental I com crianças de 4º e 5º ano, que frequentam a escola no período de contra turno de suas aulas normais. Uma das grandes dificuldades no canto infantil, especialmente de alunos de uma escola de periferia que não tiveram vivências musicais satisfatórias, é a falta de afinação e noções de alturas. Encontramos muitas crianças que não sabiam diferenciar o canto da fala natural, que também não conseguiam diferenciar notas agudas de notas graves, somente conseguindo fazer isso em contrastes muitos grandes. A disciplina em sala também foi um desafio a ser trabalhado. Procuramos através de metodologias voltadas para a educação musical infantil, como a manossolfa de Kodaly, paisagem sonora de Schafer, entre várias atividades de musicalização que trabalham de forma lúdica conceitos musicais, além da criação de rotinas de ensaio que trabalham o treino e aquecimento da voz, correta articulação e entonação vocal, entre outros conceitos importantes. Os alunos têm mostrado senso de afinação superiores em comparação a quando começaram a cantar e tem desenvolvido muitas melhoras na memória musical de frases, letras e forma musical. É notável o desenvolvimento musical dos alunos que frequentam as aulas de canto coral em comparação com os alunos que não o frequentam. Palavras chave: Canto Coral; Educação Musical; Musicalização Infantil. 133 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS ENTRE O PROFESSOR DE MÚSICA E AS PROPOSTAS ESCOLARES Richard Fernando Almeida [email protected] Orientadora: Ailen Rose Balog de Lima [email protected] Tendo em vista que a educação musical é algo oficializado nas escolas, nota-se uma divergência frequente entre os objetivos e metodologias dos educadores musicais em relação aos antigos conceitos das escolas. Com base em educadores musicais como Penna (2012) e Barbosa (2001; 2010), pode-se haver um descompasso entre o que se é pretendido pelas novas propostas da música na escola e a realidade das mesmas. O objetivo desse trabalho é minimizar tais divergências para que tenhamos êxito nos fins propostos no PCNArte, desenvolvendo e ampliando os horizontes da educação musical no ambiente escolar. Tais propostas são executadas de maneira mais contundente quando a participação da escola e de seus membros é assídua, não apenas como contribuintes passivos, mas sim como entendedores das metodologias e objetivos das propostas implantadas na escola regular. A aproximação interdisciplinar para com o ambiente musical é necessária para que as novas e eficazes diretrizes sejam vistas não apenas no papel mas em prática. O conceito mínimo de que a música no recinto escolar é algo complementar, ou apenas uma ferramenta para o relacionamento esporádico entre a escola e sua população, é desconstruído quando se tem contato direto com os reais caminhos da educação musical, com os resultados obtidos pelo bom desenvolvimento das propostas iniciais e com a utilização da música como fator imprescindível no currículo escolar. A aproximação entre as disciplinas e a conscientização do todo em relação a educação musical nas escolas e sua devida importância é necessária para que os discentes possam obter tudo o que o educador tem a oferecer; dessa maneira os resultados esperados na educação escolar terão seus objetivos alcançados através da valorização e relevância devida da educação musical na escola regular. Palavras-Chave: Educação musical; Escola regular; Currículo escolar. 134 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA PESQUISA EM PREPARAÇÃO VOCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O CORAL UNASP Richard Fernando [email protected] Orientadora: Regina Mota Maier [email protected] Muitos são os desafios encontrados no trabalho musical com coros em diversas instituições e com componentes de diversas idades; entre eles pode-se destacar os aspectos musicais e sonoros, bem como problemas decorrentes da diferença histórico-cultural dos coristas. Dessa forma a atenuação de tais problemas é necessária para que haja um melhor desempenho do coral como um todo e para que todos os componentes partilhem de um mesmo ideal e com contribuição equilibrada. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência obtida na preparação vocal do Coral Unasp sob regência do Maestro Jader Santos. O foco é desenvolver a sonoridade em grupo tratando problemas notados no decorrer dos ensaios e arquivados para serem trabalhados posteriormente. Os trabalhos são desenvolvidos nos momentos iniciais do ensaio por cerca de 15 minutos com auxílio do pianista, com vocalizes e exercícios cantados. O presente projeto propõe que o trabalho de preparação vocal se inicie a partir de dois tipos básicos de exercícios, são eles os específicos e os gerais. Os exercícios específicos são desenvolvidos especialmente para tratar os problemas identificados nos ensaios anteriores que são discutidos posteriormente com a também preparadora vocal Regina Mota e tem como ênfase a peça trabalhada no momento ou que será adicionada ao repertório. O repertório do coral é composto de canções sacras, com composições e arranjos dos maestros Lineu Soares, Jader Santos e Gabriel Iglesias, e conta com quatro vozes ou mais na sua execução. Problemas esses de intervalos pouco executados pelo coral, dinâmicas contrárias, projeção nos agudos, entre outros, são considerados específicos. Os exercícios gerais são criados para trabalhar de forma mais abrangente os aspectos do canto que se percebem deficitários em praticamente todas as peças do repertório. Tais exercícios têm como foco princípios básicos e pilares da música coral como: afinação, articulação, ritmo, e unificação sonora. Os exercícios são desenvolvidos também para corroborar com a expressividade dos componentes, já que o que buscamos é um coro expressivo e engajado no intuito central da peça executada (ANDRADA E SILVA, 2005). Os exercícios vocais nunca são isolados e sempre tem ligação direta com a expressividade, para que o corista sem perceber engaje o corpo e seja pleno em sua expressividade (MOTA MAIER, 2013). O projeto ainda está em andamento e prosseguirá a ser desenvolvido para que o Coral desenvolva uma melhor sonoridade em suas peças. Palavras-Chave: Preparação vocal; Canto coral; Expressividade 135 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ENGENHARIA CIVIL 136 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica COMPORTAMENTO DE PÓRTICOS DE CONCRETO ARMADO SOB CARREGAMENTO DE IMPACTO Andrews Magaieski Graepp [email protected] Orientador: Debora Pierini Gagliardo [email protected] A principal meta deste estudo é de analisar o comportamento de uma estrutura em forma de pórtico de escala reduzida, feita com concreto armado, sendo esta solicitada por carregamentos de impacto de uma massa de 15 quilogramas solta de alturas de 1, 1,5, 2, 2,5 e 3 metros de altura até que este venha a entrar em ruína. A fim de se embasar teoricamente tanto a definição da geometria da armadura quanto ao formato do pórtico, faz-se o estudo dos elementos de tensão obtidos dos corpos de prova. Para a confecção dos corpos de prova, é utilizado o cimento CP V-ARI sendo o concreto feito com fator água-cimento de 0,2. Para as armaduras é utilizado aço de alta resistência com 1,65 mm de diâmetro, tanto para as armaduras longitudinais quanto para os estribos, sendo estas feitas manualmente. A amarração das armaduras é feita com arame recozido de 0,5 milímetros de diâmetro. O ensaio dos pórticos ocorreu sete dias após a concretagem sendo a resistências à ruína destes determinadas a partir de um valor de deformação máxima, adotada sob critérios do laboratorista. Os valores apresentados certificam que o posicionamento das armaduras depende primariamente dos planos principais dos elementos de tensão, sendo estas variáveis ao longo de todo o corpo volumétrico do pórtico. Palavras-Chave: Concreto armado; Impacto; Elementos de tensão. 137 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESTUDO DO PREPARO DE CONCRETO COLORIDO DE ALTA RESISTÊNCIA Camila do Mont Figueiredo [email protected] Orientador: Lucas da Silva Barboza [email protected] A pesquisa realizada tem por finalidade a obtenção de um corpo de prova cúbico de concreto colorido de alta resistência, com arestas de 100 mm. Esta pesquisa foi desenvolvida para a participação do 56° congresso brasileiro de concreto no concurso COCAR 2014, que é promovido pelo IBRACON (Instituto Brasileiro de concreto). Umas das principais propriedades de um CAD (Concreto de Alto Desempenho) é a resistência à compressão elevada, e é possível atingir essa alta resistência à compressão interferindo nas partes constituintes do concreto e nas suas propriedades ainda como concreto fresco. Porém, para a finalidade desta pesquisa algumas limitações são impostas pelo regulamento do concurso quanto a quantidades e a utilização de determinados materiais para a produção do concreto. Foi iniciado um estudo relacionado ao traço, métodos de moldagem e cura com o objetivo de atingir resistências à compressão superiores a 100 Mpa. Foram empregados agregados graúdo e miúdo, aditivos minerais (sílica ativa, nano-sílica, corante), e aditivos químicos (Superplastificantes). Os concretos foram produzidos com diferentes relações água/aglomerante e agregados com diferentes granulometrias. Para o início do estudo da resistência à compressão, foram moldados e ensaiados corpos de prova cilíndricos com forma de metal que apresentavam as seguintes dimensões: 50 X 100 mm. Para o concurso, foram moldados dois corpos de prova cúbicos, sendo que no primeiro a forma usada foi de MDF e o segundo foi moldado em forma metálica, com dimensões das arestas de aproximadamente 100 mm. Através dos resultados dos ensaios de resistência à compressão, analisou-se que concretos com relação água/aglomerante mais baixas apresentaram melhor resistência à compressão. Os corpos de prova de micro concreto (concreto só com agregado miúdo) apresentaram maior resistência à compressão que o concreto (presença de agregado miúdo e graúdo), pois o traço atingido do micro concreto exibiu resistência à compressão superior à resistência do agregado graúdo. E como já esperado, os concretos moldados em corpos de prova cúbicos apresentaram mais fissuras do que os corpos de prova cilíndricos, pois o volume do corpo de prova cúbico é maior que o volume do corpo de prova cilíndrico. Palavras-Chave: Concreto Colorido; Resistência; COCAR. 138 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANALISE DO CICLO DE VIDA DAS EMISSÕES VEICULARES DA FROTA DO UNASP – EC Lana Fiama Dias [email protected] Elíria Mirna Bernardo Toledo Dias [email protected] Orientador: Celso Luiz Franzotti [email protected] Após o início da revolução industrial, o mundo começou a sofrer várias transformações econômicas, sociais, culturais e ambientais. Como consequência, os recursos naturais do planeta passaram a ser explorados de forma muito mais intensa, resultando em uma degradação agressiva do meio ambiente. Nos últimos anos, a comunidade científica se despertou para a necessidade de controlar e reverter os danos ambientais gerados pela exploração industrial. Uma das formas criadas para atender a essa nova demanda é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). A primeira iniciativa da ACV aconteceu por volta dos anos 1970 e foi realizada pela Coca Cola por meio do Midwest Research Institute (MRI). O objetivo era avaliar os diferentes tipos de embalagens e escolher a que fosse mais sustentável. Esse estudo passou a ser conhecido como Resource and Environmental Profile Analysis – REPA. Vários consultores deram início ao estudo do REPA, incorporando a essa nova metodologia critérios que aprofundavam as análises dos impactos ambientais. Nos anos 1990 surgiu a necessidade de padronizar e sistematizar a ACV, assim em 1993 a International Organization for Standardization (ISO) criou o comitê técnico TC 207, que desenvolveu a série ISO 14000. Segundo a NBR ISO 14040:2009, a ACV é uma técnica que tem como objetivo estimar os danos e impactos ambientais gerados desde a fabricação de um produto até o seu descarte, desenvolvendo por meio de pesquisas e dados, técnicas que possibilitem uma melhor forma de entender e aplicar o resultado destes estudos na manutenção e preservação do meio ambiente. A ACV se divide em quatro etapas: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos e a interpretação dos resultados. Este trabalho teve por objetivo analisar as emissões da frota de veículos do UNASP – EC. Para a análise da redução e compensação do CO2 emitido é elaborado um inventário. Segundo FGV (2009), um inventário de emissões é uma espécie de raio-X de uma organização para se determinar fontes de gases de efeito estufa nas atividades produtivas e a quantidade de GEE lançada à atmosfera. Fazer a contabilidade significa quantificar e atribuir essas emissões com base em padrões e protocolos e atribuir emissões corretamente a uma unidade de negócios, operação, empresa, país ou outra entidade. Este trabalho realizou um inventário de emissões de CO2 de acordo com o modelo de estimativa adotado pelo PROCONVE (CETESB) utilizando a equação geral para o cálculo das emissões 139 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica do escapamento da frota de veículos do UNASP-EC. Os resultados mostram a emissão total aproximada de 75,4356 toneladas de CO2/ano. Levando em conta que a CETESB registra as emissões de CO2 para os automóveis movidos a diesel a partir de 2009. Para compensar essa emissão na atmosfera a solução mais viável é a “pegada verde”, compensando a emissão anual de CO2 equivalente com o plantio de uma quantidade árvores que irão absorver o CO2 emitido. Palavras chave: ACV; emissões veiculares; ciclo de vida. 140 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica QUAL A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DE SIMULADORES PARA OBTER AMBIENTES CONFORTAVEIS TERMICAMENTE E TAMBÉM MINIMIZAR O CONSUMO DE ENERGIA? Larissa Müller Santos [email protected] Orientadora: Denise D. O. Morelli [email protected] O homem é um animal homeotérmico. Ele experimenta sensações de conforto quando perde para o ambiente o calor produzido pelo seu metabolismo compatível com a sua atividade. A temperatura ideal em um ambiente para o ser humano é de 24° C podendo variar para mais ou menos. De acordo com AKUTSU (1998) o desempenho térmico é o resultado da interação que se estabelece entre a edificação e o ambiente que a mesma está submetida. Este trabalho mostra o quão importante é o conhecimento prévio do comportamento térmico para auxiliar na fase de projeto e execução, com o objetivo de obter ambientes confortáveis e também minimizar o consumo de energia. É notável que com o maior acesso aos computadores, aumentou a facilidade no desenvolvimento de ferramentas úteis no auxílio da redução de problemas envolvendo desempenho térmico dos ambientes construídos. O sistema S3E foi a nossa específica ferramenta de estudo para a verificação de eficiência energética. Ela está disponível na internet e utiliza como simulador o Energy Plus, que visa reduzir o consumo especifico de energia de edificações já existentes ou em fase de projeto. Como estudo de caso foi selecionado os apartamentos Ipês, situados na estrada Pr. Walter Boger s/s – Lagoa Bonita, Engenheiro Coelho-SP. A pesquisa constituiu na análise dos resultados obtidos pelos softwares que quantificam o índice de conforto, o sistema de condicionamento de ar e o consumo de energia por mês, numa escala de A a E se a edificação é mais ou menos eficiente energicamente. O ideal para uma edificação é que seja classificada entre a escala de A ou B. No entanto, os Ipês foram avaliados com um C. O resultado obtido contribuiu para um entendimento mais aprofundado da condição climática local identificando a necessidade de uma futura intervenção de um engenheiro para tornar o ambiente mais sustentável. Palavras-chaves: Comportamento térmico; Eficiência energética; Simulador. 141 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica LEVANTAMENTO PARA DIAGNOSTICO AMBIENTAL DA COZINHA DO UNASP-EC Lucas de Santana Gonçalves [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] Orientador: Celso Luiz Franzotti [email protected] A maioria das atividades humanas em maior ou menor intensidade sempre provocam impactos no meio ambiente. Essas atividades são geralmente desenvolvidas nas organizações com atuação nos mais diversificados ramos de atividades, tais como produção de bens de consumo, prestação de serviços, agricultura, construção civil, administração pública dentre muitas outras. A atividade de uma Instituição de Ensino Superior (IES) se difere das demais, pois ela tem como um dos seus principais objetivos formar indivíduos que tenham uma visão crítica do quanto a sua atividade pode interagir negativamente com o meio ambiente causando impactos no mesmo. Esses indivíduos deverão ter conhecimentos e iniciativas para propor ações e soluções na eliminação/redução dos impactos ambientais de seus locais de atuação profissional. Um dos principais mecanismos de controle dos impactos ambientais que as organizações utilizam em seus gerenciamentos é o Sistema de Gestão Ambiental. Neste sistema de gestão são levantados dados relativos a aspectos e impactos ambientais gerados das atividades da cozinha do UNASPEC. Seus ambientes, para estudo, foram separados em: sala de nutrição, padaria, refeitório, depósito, área dos funcionários, sala do chefe, banheiro e área de preparo. Os principais aspectos que foram encontrados na cozinha estão relacionados a consumo de água, energia elétrica, geração de resíduos, vazamento de água e gás, incêndio, geração de odor e emissão de material particulado. Aspectos estes que geram impactos adversos, desde um dano a saúde dos usuários a contaminação do solo. Assim, levantando estes dados é possível tomar conhecimento de atividades internas que podem causar dano de qualquer tipo e, portanto tomar medidas de controle ou mitigação. Na cozinha do UNASP-EC a maioria dos equipamentos demandam o uso de energia elétrica e água, mas, apenas alguns demandam o uso de gás GLP. Foi observado que a troca das torneiras comuns para torneiras monocomando com arejador diminuiria o gasto de água. Outras alternativas também podem ser eficazes como a substituição do aquecimento de água da ducha de lavar prato, de GLP para coletor solar. Foi visto também a necessidade de maior ventilação e luz natural, pelo número elevado de lâmpadas acessas (na área de preparo 70 lâmpadas tubular), mesmo de dia, e a ventilação natural, por ser um lugar com muitos vapores, devesse considerar criar novas aberturas para a circulação efetiva do ar, de forma a ser salubre. Palavras chave: SGA; Levantamento Ambiental; Cozinha UNASP; Diagnostico Ambiental. 142 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica RESERVATÓRIO ESFÉRICO PARA SISTEMAS DE AQUECIMENTO TERMOSSOLARES, A VIABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL PARA EDIFICAÇÕES POPULARES Maiara Gomes Montaute [email protected] Luiz Fernando Kowalski [email protected] Recieli Knoner Santos [email protected] Alef Rayan Souza Valentina [email protected] Eliseu Cunha Gonçalves [email protected] Orientador: Dr. Ítalo Ríspoli [email protected] A tendência da iniciativa pública de crescimento do uso de produtos oriundos das tecnologias termos solares para as edificações populares diligencia estratégias de pesquisas para otimizar processos construtivos, almejando a progressão do rendimento das partes constituintes do Sistema Termos solar e a redução de custos, conferindo maior eficácia ao projeto final. Deste modo, o desenvolvimento de reservatórios cilíndricos convencionais para o armazenamento da água em temperaturas elevadas é amplamente difundido, possuindo facilidades espaciais para fabricação, acomodação e transporte, todavia, esta geometria não é a mais viável nas vertentes de consumo de matéria prima e conservação da energia calorífica transferida para a água, considerando a área de troca de calor com o ambiente externo. Assim, busca-se aferir a vantagem da utilização de reservatórios esféricos, que correlacionam maior volume com menor matéria envolvida no processo de manufatura. Ante essa situação, propõe-se averiguar e comparar a quantidade de calor perdido para os sólidos cilíndricos e esféricos, apresentando uma solução viável para as habitações sociais. Por conseguinte, submete-se a comparação inicial entre um reservatório cilíndrico de 218 litros em aço Inox isolado por poliuretano expandido e um esférico com capacidade de 224 litros fabricado em composto termo fixo com fibra de vidro aditivada para resistir a água quente e também isolado por poliuretano expandido de mesma espessura à forma descrita primeiramente, em seguida averígua-se ainda a mesma forma esférica a um segundo boiler cilíndrico com volume de 205 litros, produzido em termo fixo. Sendo, para cada comparação, fornecido aos reservatórios ensaiados condições idênticas de pressão, alimentação, perda de carga hidráulica e estando conectados a coletores solares planos com a mesma área, inclinação, orientação e aduzidos pelo mesmo reservatório de água fria. Logo para a primeira experimentação o formato esférico perdeu em média 9,7% de calor ao anoitecer 143 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica contra 14,26% do formato cilíndrico em Inox, enquanto que para a segunda prática comparando formas distintas, mas de composições igualitárias em termo fixo, o reservatório esférico perdeu 10,28% de calor ao anoitecer contra 12,53% do formato cilíndrico. Justamente, a forma esférica e o material de manufatura em termo fixo mostram superioridade na conservação da energia em forma de calor agregada à água armazenada sob processos naturais de resfriamento, bem como a redução média de 15% nos custos operacionais decorrentes do processo fabril aplicado na execução da esfera, mostrando ser o sólido esférico uma proposta interessante perante o desempenho técnico e à redução dos impactos ambientais provenientes do desperdício de materiais. Palavras-chave: Reservatório Térmico Esférico; Composto Termo Fixo; Viabilidade Socioambiental. 144 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E TÉCNICA DE TRÊS TIPOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS: UM ESTUDO DE CASO Ana Paula Francioli [email protected] Dayane Cristina Biazotto [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] Neste trabalho busca-se o entendimento sobre qual o melhor método de fundação profunda a se utilizar em um edifício residencial, apresentando um estudo de caso de um empreendimento da região que definiu diferentes tipos de fundação para um mesmo projeto em função das propriedades do solo. Procurase então analisar a viabilidade técnica e econômica da escolha realizada, assim como, expor vantagens e desvantagens dos sistemas escolhidos e custos. Para tanto, busca-se um entendimento sobre os principais critérios para definir o tipo de fundação, sobre sondagens tipo SPT e a classificação dos solos, os tipos de fundações profundas disponíveis no mercado e os métodos empíricos de se calcular e dimensionar uma fundação profunda. A comparação e análise do estudo de caso proposto acontecem entre dois blocos residenciais, distantes 7 metros um do outro, que apresentaram diferenças nas investigações geotécnicas, levando assim a definição de diferentes tipos de fundações no mesmo terreno. Para este caso são analisados três tipos de fundação profunda: estaca pré-moldada de concreto, tubulão a céu aberto e estaca em perfil metálico. Os trabalhos realizados permitiram concluir qual o método economicamente viável, fazendo-se uma comparação dos custos e também o que poderia ser alterado para se obter melhores resultados. Palavras-Chave: Estacas; tubulão; fundações profundas; análises geotécnicas. 145 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica VIGA MISTA AÇO-CONCRETO LEVE COM ADIÇÃO DE EPS Bárbara Vist Francisco [email protected] Renise Matavelli [email protected] Orientador: Artur Lenz Sartorti [email protected] Esta pesquisa tem como objetivo o estudo de vigas mistas aço-concreto leve com EPS. Trata-se de uma análise comparativa da eficiência do concreto leve com EPS em elementos mistos com a do concreto convencional. O desenvolvimento do sistema construtivo misto aço-concreto tem sido de grande relevância para o setor da construção civil devido tantas vantagens econômicas e construtivas que ele apresenta. Uma novidade é a implantação do concreto leve nesse sistema misto para redução do peso próprio da estrutura. Com tantos avanços no meio construtivo, a ideia do concreto leve com o agregado de EPS deu surgimento a esta pesquisa para comprovar através de cálculos se é possível utilizá-lo como estrutura mista aço-concreto para uma situação idêntica à do concreto convencional. Para tal efeito, foi realizado o cálculo manual analítico sendo comparado com a análise numérica do software SAP 2000. Os resultados obtidos são animadores e indicam a possível utilização do concreto leve com EPS em vigas mistas aço-concreto. Os resultados obtidos nesta pesquisa contribuem não só para o âmbito acadêmico, mas também para o setor da construção civil, provendo economia por si só do peso do elemento misto mais o do concreto leve e inovação no mercado construtivo, abrindo assim um leque para novas pesquisas acadêmicas. Palavras-Chave: Viga mista; Concreto Leve com EPS; Conectores; Aço; Concreto. 146 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DE EFICIÊNCIA DE MANTA TÉRMICA ASSOCIADA A DIFERENTES TIPOS DE TELHA Denison de Souza Hanelt [email protected] Thiago Prates Laraya [email protected] Orientador: Ítalo Alberto Gatica Ríspoli [email protected] Em países tropicais com alto índice de insolação como o Brasil, o maior ganho de calor em edificações horizontais é por meio da cobertura, que possui a maior quantidade de área que recebe a radiação solar. Por esse motivo o uso de mantas térmicas isolantes tem se popularizado muito com a intenção de reduzir o uso de aparelhos de refrigeração nesse tipo de edificação. A eficiência térmica das mantas existentes no mercado é inegável. Alguns estudos já foram realizados a respeito e provaram que a eficiência de alguns tipos de manta chega próximo aos 80%. Entretanto, esses estudos foram realizados com fontes de calor artificiais emitindo uma radiação constante nas mantas testadas sombreadas por placas metálicas pretas simulando o comportamento genérico de qualquer tipo de telha. Tal situação não condiz com as condições reais as quais as mantas térmicas são submetidas, pois a radiação solar varia em sua intensidade ao longo do dia e as resistências térmicas das telhas devem ser consideradas. Esse trabalho apresenta um estudo experimental da situação de uso das mantas térmicas, utilizando a radiação solar como fonte de calor e diferentes tipos de telhas associadas às mantas. Foi possível constatar que a eficiência térmica dos conjuntos testados varia de acordo com o tipo de telha utilizado, sendo que as mantas tiveram as maiores eficiências quando associadas às telhas com piores características térmicas. Também se procurou determinar a significância do uso da manta térmica associada aos diferentes tipos de telha através de testes estatísticos e sugere um método de quantificação do acúmulo de calor ao longo do tempo. Palavras-Chave: Manta térmica; Eficiência térmica; Isolamento térmico; Insolação; Radiação solar. 147 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MÓDULO DE ELASTICIDADE DINÂMICO DO CONCRETO EM FUNÇÃO DOS TIPOS DE AGREGADO Edwalter Stabenow Junior [email protected] Andrews Magaieski Graepp [email protected] Orientador: Geraldo Silveiro Leite Júnior [email protected] O principal objetivo desse estudo é a análise da influência que variados tipos de agregados exercem sobre o módulo de elasticidade dinâmico do concreto, a partir de um acompanhamento de 28 dias, sendo também verificada a resistência à compressão, variação da massa dos corpos de prova. Por efeito de melhor caracterização dos agregados, também serão ensaiados corpos prismáticos, feitos a partir dos materiais utilizados na confecção dos agregados. Para isso foram utilizados dez tipos de agregados graúdos: basalto, granito preto, granito cinza, granito branco, mármore travertino, mármore branco, arenito vermelho, seixo rolado, aço e calcário. Para os agregados confeccionados a partir desses materiais, foi encontrada a curva granulométrica. O cimento utilizado foi o CP VARI. O agregado miúdo utilizado foi a areia grossa, seca ao sol, devidamente ensaiada e caracterizada. Foi escolhida uma relação água-cimento de 0,4. Os traços foram escolhidos através de moldagens prévias a fim de que o mesmo viesse apresentar um bom comportamento frente a todos os agregados utilizados. A resistência à compressão e o módulo de elasticidade dinâmico dos concretos foram verificados em ensaios feitos nas idades de 3, 7, 14 e 28 dias após a concretagem dos corpos de prova. Os resultados apresentaram diferenças entre si, como no caso do concreto composto pelo agregado graúdo de aço e o composto pelo mármore branco, o que comprova a influência que os tipos variados de agregados têm tanto na resistência quanto no módulo de elasticidade dinâmico do concreto, como era esperado. Palavras-Chave: Agregado graúdo; módulo de elasticidade dinâmico; ensaio Dinâmico; amortecimento; frequência. 148 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AUTOMAÇÃO DA ROTINA DE CÁLCULO PARA POLIGONAIS TOPOGRÁFICAS FECHADAS UTILIZANDO A CALCULADORA GRÁFICA HP50G Glauber Martins [email protected] José Alexandro Ferrari [email protected] Orientador: Ítalo Alberto Gatica Rípoli [email protected] O escopo deste trabalho convém em gerar ferramentas que agilizem cálculos topográficos planimétricos e compará-las com ferramentas já existentes no mercado, a fim de auxiliar os acadêmicos e recém formados que necessitem de uma solução econômica ao perceber o quanto a calculadora HP50g é requisitada no curso de engenharia e na vida profissional desta área, por ser um equipamento de baixo custo, funcional e com uma linguagem de programação de fácil entendimento, optou-se em projetar um software para ser utilizado nesta plataforma. O presente trabalho de conclusão de curso visa contribuir para as áreas de topografia e programação, abordando a comparação de cálculos de uma poligonal fechada através do software DataGeosis, com os dados obtidos do equipamento estação total aos resultados do software TT da HP50g criado através da linguagem de programação USER-RPL, que possui uma rotina lógica de cálculo embasada nas normas da NBR13133. Com o crescimento de ingressantes na área de Engenharia Civil é perceptível que estes profissionais necessitem de ferramentas operacionais que venham a agilizar seus trabalhos. Todavia, o elevado custo de softwares profissionais vendidos em pacotes cobrem muitas ferramentas de automação, que nem sempre são utilizadas por completo pelo usuário. Pensando na capacidade de programação da calculadora HP50 e seu baixo custo de aquisição, se fez oportuna uma abordagem neste equipamento que já é de conhecimento ainda nos anos de graduação. Palavras-Chave: DataGeosis; Estação total; HP50g; TT; Topografia. 149 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESTUDO DE IMPACTOS À VIZINHANÇA DEVIDO A CONSTRUÇÃO DE LOTEAMENTO Jayni Bertassolli Camargo Vidoto [email protected] Sãhmara Silva Muniz [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] O presente trabalho apresenta o estudo de impacto ambiental do empreendimento residencial denominado Recanto dos Pássaros, localizado no município de Engenheiro Coelho, SP. A intenção do mesmo foi determinar os impactos oriundos dos trabalhos de implantação do loteamento, bem como apresentar as exigências previstas no Estatuto da Cidade, referido na Lei 10.257, de 10 de julho de 2001. O princípio que rege a idealização e implementação do Estudo de Impacto à Vizinhança (EIV) é o de que a propriedade privada não confere apenas direitos aos seus proprietários, mas também deveres, em vista do compartilhamento que o espaço urbano impõe nas mais diversas matrizes ambientais e sociais. Abordam-se o conceito, os desígnios e as finalidades gerais que esse instrumento dispõe e apesar da lei supracitada não englobar o município em questão, realizou-se o trabalho de forma a orientar futuros empreendimentos que exijam tal atividade. O trabalho foi embasado em uma análise teórica dos impactos que já vêm sendo causados e estimaram-se os impactos futuros devido aos melhoramentos urbanos e construções que venham a ser executadas no loteamento mencionado em funcionamento pleno. Foi possível perceber que um empreendimento deste porte deveria ser objeto de estudos ambientais que visem à diminuição destes impactos. Palavras chaves: Estatuto da Cidade; Estudo de Impacto de Vizinhança; Residencial Recanto dos Pássaros. 150 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESTUDO DA ADERÊNCIA ENTRE BARRAS DE AÇO E CONCRETO LEVE COM PÉROLAS DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) Raphael Morais da Silva [email protected] Samuel Barbosa Freitas [email protected] Tiago Guimarães Cesar [email protected] Orientador: Artur Lenz Sartorti [email protected] As buscas por novos materiais na área da construção civil são constantes, isso faz com que haja uma necessidade de se conhecer o verdadeiro comportamento estrutural do concreto armado. Uma grande propriedade do concreto armado é a sua resistência de aderência entre aço e concreto. A aderência é responsável pelo comportamento monolítico entre aço e concreto e causa de grandes acidentes quando é subestimada. A sua ruptura é frágil e, portanto deve ser evitada. Este trabalho descreve o comportamento da aderência do concreto leve com pérolas de poliestireno expandido (EPS) sob ações monotônicas através de uma revisão bibliográfica e de ensaios de arrancamento. Os resultados dos ensaios de arrancamento do concreto leve com EPS foram comparados com os ensaios de arrancamentos realizados em corpos de prova de concreto convencional e com as recomendações teóricas da NBR 6118:2014. Foram analisados os ensaios de arrancamento de 3 lotes de concreto leve com EPS e 2 lotes de concreto convencional. Também foram determinadas características mecânicas, tais como: resistência à compressão, resistência à tração na compressão diametral. Os resultados calculados de acordo com as normas foram muito diferentes em relação aos valores experimentais, indicando que os valores teóricos são mais conservadores que os experimentais. Palavras-Chave: arranchamento. Concreto leve; EPS; aderência; escorregamento; 151 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica HISTÓRIA 152 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica VISÕES DE UM TRAUMA – HOLOCAUSTO Camila Canedo da Silva, [email protected] Mariana de Gouveia Lopes, [email protected] Thaís Gonçalves Silva, [email protected] Orientadora: Denise Scandarolli, [email protected] O Holocausto é caracterizado por atos de opressão e assassinato durante a Segunda Guerra Mundial. O mais conhecido desse terror foram os Campos de Concentração onde os poloneses, ciganos, judeus, entre outros iam para o trabalho escravo, mas a maioria era morta nas câmaras de gás ou mesmo pelo cansaço. Depois do desfecho da guerra, algumas dessas lembranças foram escritas pelos sobreviventes. “O diário de Anne Frank” narra a história de Anne, com 14 anos que possui o sonho de ser escritora. De família judia, relata os momentos de sua vida e como foi se esconder dos nazistas na Holanda, porém sua escrita termina quando ela é pega pela polícia secreta alemã e levada para Auschwitz. Morta, seu pai pega seu diário e publica. O segundo livro analisado foi “Depois de Auschwitz”. Conta o relato de Eva Schloss que aos 15 anos é enviada a Auschwitz juntamente com sua mãe. Narra no livro sua própria história em detalhes incluindo a contextualização, detalhes do período e o pós-guerra. Também cita em algumas partes sobre Anne Frank, com quem conviveu na Holanda e mais tarde, depois da guerra, viu sua mãe casar com o pai da falecida Anne. Em 1947, Primo Levi, também sobrevivente, publica a primeira versão do livro “É isto um homem?” onde, além de contar sobre como sobreviveu ao campo de concentração, faz reflexões sobre a força humana e a capacidade de resistência que fica a cima de qualquer dor física e moral. A análise das memórias e representações do genocídio é o foco da pesquisa deste trabalho. Conhecer as diferentes perspectivas do acontecimento utilizando as biografias que narram o antes, durante e depois de uma guerra que deixou marcas em todos que viveram neste período. A pesquisa tem por objetivo identificar viés histórico em relatos pessoais daqueles que passaram por uma mesma situação, ressaltar perspectivas diferentes dependendo da idade, gênero e contexto social das personagens baseando-se nas três distintas obras sobre o tema analisado e suas opiniões sobre um mesmo fato. A reunião das obras e uma análise sobre as mesmas mostram as diferentes memórias que se criam e como são influenciadas pelos fatores externos. Essa análise mostra várias perspectivas de um mesmo assunto que aqui seria o trauma de um holocausto. Palavras-chave: Holocausto; 2º Guerra Mundial; Memória; Trauma; Auschwitz. 153 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PAUL RALPH EHRLICH E A BOMBA POPULACIONAL Davi Batista Pini [email protected] Roy Nelson Pinto Junior [email protected] Orientador: Elder Hosokawa [email protected] Essa investigação interdisciplinar sob orientação do Grupo de Estudo da Antiguidade (GEAN), tem por objetivo avaliar o desenvolvimento da Ética Ambiental numa perspectiva histórica. Esta pesquisa deriva do curso de Licenciatura em História e será um dos capítulos do livro "Ética Ambiental" a ser lançado em 2015. O estudo envolve a tradução do inglês para a língua portuguesa do texto do zoólogo Dr. Paul Ralph Ehrlich, escritor norte-americano da segunda metade do século XX que escreveu o clássico The Population Bomb lançando em 1968. Esse autor escreveu sobre o controle do crescimento populacional, o meio ambiente e a questão ecológica. Essa pesquisa, de natureza qualitativa, tem como objetivo investigar fontes primárias e documentais, principalmente os dados que não foram ainda codificados, organizados e elaborados para o estudo do tema em questão. Desta forma, pretende-se chegar a uma compreensão mais detalhada do pensamento norteamericana dentro da cultura ocidental. Esse trabalho é uma apresentação preliminar do capítulo “Paul Ralph Ehrlich e a Bomba Populacional” e como resultado parcial permite perceber que o autor se equivocou com suas previsões malthusianas de fome e crise alimentar no final do século XX ao desconsiderar o potencial da Revolução Verde e o incremento tecnológico na produção agrícola. Palavras-Chaves: Malthusianismo; Fome; Paul Ralph Ehrlich; The Population Bomb; 154 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DE ARTESÃO À ARTISTA: UMA ANALISE HISTÓRICA SOBRE O PAPEL DO MUSICO NO SÉCULO XVIII Igor dos Santos Barros [email protected] Rafael Beling [email protected] Na atual sociedade, a despeito de diversos problemas de âmbito econômico, a arte é vista como um bem cultural de extremo valor (COLI, 1995). Logo, o „detentor‟ da arte, no caso o artista, de certa forma, ganha projeção social em níveis elevados. Vale salientar, contudo, que esta realidade nem sempre esteve em vigência, e que aquele que hoje é considerado artista, em outros tempos, não passava de um simples artesão. Corrobora para essa ideia Elias (1995), ao afirmar que, na sociedade de Mozart, por exemplo, um musico - como artesão que detinha o domínio sobre sua arte - era comparado hierarquicamente a um padeiro ou a um cozinheiro; ambos eram considerados serviçais, e uma vez remunerados pela corte, deveriam cumprir suas funções como funcionários; o que de fato eram. Ainda segundo Elias (1995), o musico do século XVIII diferente de celebres figuras atuais que são capazes até mesmo de estipular padrões, tais como gosto, moda e estilo de vida, por exemplo, - era obrigado, por sua posição inferior, a adotar os padrões cortesãos de comportamento e gosto musical de sua sociedade. Não obstante a sua condição de artesão, o musico parece ter uma relação muito mais pessoal e proximal com a corte, sendo assim um “funcionário de destaque” dentro de seu nicho empregatício. Assim sendo, nosso objetivo, nesse trabalho, é fazer uma análise histórica sobre o papel social do musico no século XVIII; seus deveres, suas regalias, seus entraves, etc. Propomo-nos também a, mesmo que de forma breve, elencar aspectos, que ao nosso ver, impulsionaram/levaram a figura do musico a ser o que é hoje. Para tanto iremos nos valer de uma análise bibliográfica que se respalde nas ideias de autores vinculados tanto à música – Schroeder (2005), Grout (2007) – como também de autores ligados à história – Elias (1995), Coli (1995). Palavras-chave: Historia; Música; Sociologia. 155 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MARINA SILVA: OS SETE PILARES DA SUSTENTABILIDADE E A ÉTICA AMBIENTAL Mariana de Gouveia Lopes [email protected] Thaís Gonçalves Silva [email protected] Orientador: Elder Hosokawa [email protected] Essa pesquisa interdisciplinar sob orientação do Grupo de Estudo da Antiguidade (GEAN), tem por objetivo avaliar o desenvolvimento da Ética Ambiental numa perspectiva histórica. Esta pesquisa deriva do curso de Licenciatura em História e será um dos capítulos do livro Ética Ambiental a ser lançado em 2015. O estudo envolve a tradução da língua portuguesa para o inglês do texto publicado na revista Exame de 2011 da ambientalista acreana Marina Silva com atuação política na transição do século XX para o século XXI. Sua reputação foi construída em mandatos políticos no legislativo municipal, estadual e federal e no período em que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, no governo Lula. Em 2007 Marina alcançou projeção internacional e segundo o jornal britânico The Guardian foi incluída entre as 50 personalidades mundiais de destaque que poderiam salvar o planeta. Essa pesquisa, de natureza qualitativa, tem como objetivo investigar fontes primárias e documentais, principalmente os dados que não foram ainda codificados, organizados e elaborados para o estudo do tema em questão. Desta forma, pretende-se chegar a uma compreensão mais detalhada do pensamento brasileiro dentro da cultura ocidental. Esse trabalho é uma apresentação preliminar do capítulo: “Marina Silva: Os sete pilares da sustentabilidade e a ética ambiental” contextualizado com análise dos desafios mundiais em relação ao meio ambiente. Como resultado parcial conclui que em seus quase 30 anos de vida pública, ganhou reconhecimento dentro e fora do país pela defesa da ética, da valorização dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável. Palavras-Chave: Sustentabilidade; Marina Silva; Política; Meio Ambiental; Brasil República. 156 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O USO DAS PELÍCULAS CINEMATOGRÁFICAS E DAS CHARGES NO ENSINO DE HISTÓRIA Antônio Domingos Diniz [email protected] Raimundo Nonato da Conceição Sousa [email protected] Orientadora: Dayana Oliveira Formiga [email protected] O presente trabalho com o tema “O uso das películas cinematográficas e das charges no ensino de História” versa as possibilidades de trabalho com os alunos dentro do contexto escolar, proporcionando novas metodologias sobre o ensino de História ao se fazer uso destas ferramentas, pois diante da realidade de como se encontra a educação em nosso país, como o grande número de evasão escolar, que História é apenas nomes, datas, entre outros casos. Este trabalho vem com o propósito de contribuir para a diminuição desse quadro, onde com a atuação do professor, as aulas possam ficar mais dinamizadas, fazendo assim do ambiente escolar, um local agradável, pois as propostas das películas, que vai atraí-lo por não se relacionar a textos extensos e monótonos, e os textos não verbais, que em sua grande maioria são divertidos, onde o sério se transforma em objeto de crítica humorística sem lhe tirar a seriedade necessária. A pesquisa se inicia com base nos históricos do cinema, onde passou por vários processos, passando desde a narração, explicação até as variadas fontes de como e da charge, demonstrando quais foram as implicações, efeitos e discussões que esses temas causaram durante os anos. Em seguida a pesquisa apresenta a relação Películas Cinematográficas/Charge com a História, quem são os autores que trabalham esse tema e como ele se desenvolve no meio escolar. Pretendese discutir como é possível trabalhar métodos que utilizam estes recursos e dinamizar as aulas de História, transformando o ambiente escolar em um local de alto aproveitamento. Palavras-Chave: Ensino de História; Filme/Películas; Charges; 157 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica FOTOGRAFIA E MEMÓRIA: OS REGISTROS DA COMEMORAÇÃO DE 10 ANOS DO INSTITUTO ADVENTISTA DE ENSINO – EC Brenda Alves Oliveira [email protected] Gilvana Correa [email protected] Ramón de Siqueira [email protected] Orientadora: Janaina Xaiver [email protected] Este trabalho analisa a fotografia e a memória como ferramentas para a construção da história. O objetivo dos pesquisadores foi refletir sobre a importância da fotografia para historiografia, em razão de sua capacidade de potencializar o processo de rememoração dos indivíduos, contribuindo para a construção das narrativas orais. Este trabalho se justifica pelo fato de o mesmo contribuir para a discussão da interpretação e compreensão do passado por meio do uso de diversas fontes históricas, com destaque para a fotografia e a memória. Ao lidar com esses instrumentos, o historiador trabalha com as experiências individuais o que exige um melhor entendimento dos processos de rememoração daqueles que participaram direta ou indiretamente de um determinado acontecimento. A pesquisa foi de caráter empírico, partindo num primeiro momento de uma discussão teórica e em seguida realizou-se um estudo de caso, fazendo uso do Aniversário de 10 anos do Instituto Adventista de Ensino - IAE-EC (atual UNASP-EC) ocorrido nos dias 17,18 e 19 de Setembro de 1993. A metodologia utilizada foi primeiramente através da pesquisa fundamentada na discussão de teóricos sobre o tema, posteriormente fez-se o estudo de caso através de entrevistas com atuais funcionários da instituição que participaram do evento, sendo um homem e uma mulher, essa entrevista teve como objetivo extrair suas memórias sobre o evento, tomando as imagens como apoio para a construção das narrativas. Foi possível identificar a diferença nos relatos entre homens e mulheres. As avaliações com relação ao tempo passado e as lembranças divergem. São construções individuais, marcadas por diferentes emoções. As diferenças nas narrativas não tornam uma mais verdadeira que a outra, elas se completam, dando uma visão mais ampla do quadro. Foi possível perceber também o aspecto do esquecimento e a construção de hipóteses para o que não foi lembrado. É impossível determinar se os narradores relataram tudo o que se lembraram, eles podem ter guardado informações ou mesmo suas opiniões em suas memórias. Percebeu-se que as fotografias contribuem para afirmar ou refutar pontos que a memória falha, pois elas têm a capacidade de despertar emoções - saudades, alegria, surpresa, tristeza, etc. As fotos ajudam na localização do tempo e espaço. O narrador lembra também do ausente na 158 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica imagem e isso o induz a explicar o passado, porém a fotografia é limitada, despertando apenas aquilo que está na memória. A partir do contato com as imagens, os narradores constroem uma nova memória, incorporando o conteúdo das fotografias. O historiador, por sua vez, tem suas expectativas, mas precisa respeitar a liberdade de narração dos entrevistados. Palavras-Chave: Fotografia; Memória; 10 anos do IAE EC. 159 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GETÚLIO VARGAS, POLÍTICA E O ADVENTISMO (1926 - 1950) Everton Cordeiro da Silva [email protected] Fábio dos Santos Lopes [email protected] Cleyton Soares Santos [email protected] Orientador: Elder Hosokawa [email protected] Este artigo pretende analisar o adventismo no Brasil e mais especificamente as relações institucionais durante o governo de Getúlio Vargas e os desafios enfrentados pela IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia). Fora realizado levantamento e análise bibliográfica sobre a época de Vargas e sobre o adventismo, neste último caso com autores adventistas que trataram do tema da IASD e o Estado Novo. Nos primórdios da sua implantação no país, o adventismo no Brasil manteve características notadamente alemã e norte-americana na sua liderança. A pesquisa bibliográfica e o exame de referências ao governo Vargas revelaram os desafios que os adventistas enfrentaram com as medidas nacionalistas e o impacto nas escolas e igrejas presentes em áreas de imigração alemã. A relação política da IASD com o Estado, no governo Vargas indica uma ambivalência, atitude similar ocorrida em outras instituições confessionais e de origem estrangeira. Em diferentes ocasiões as restrições do Estado Novo suprimiram liberdades individuais e ameaçaram a liberdade religiosa. Analisa em que medida as iniciativas do Governo Vargas, incluindo o projeto de nacionalização prejudicaram ou repercutiram favoravelmente nas atividades da IASD. Portanto, Buscou-se discutir as ações do governo sobre religiosos estrangeiros no Brasil. Partindo da seguinte problemática: Em que medida as iniciativas do governo Vargas, incluindo o projeto de nacionalização prejudicaram ou repercutiram favoravelmente nas atividades da IASD? Palavras-Chave: Adventismo; Brasil República; Estado Novo; Protestantismo; Getúlio Vargas. 160 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A UTILIZAÇÃO DO “INCÊNDIO DE 1857” NOS JORNAIS BRASILEIROS DA DÉCADA DE 1980 COMO ORIGEM DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER Henrique Pereira Governo [email protected] Orientador: Pedro Prado Custódio [email protected] O presente trabalho tem como objetivo destacar a utilização do incêndio de 1857 nos jornais brasileiros entre os anos de 1960 a 1980 representando o Dia Internacional da Mulher, dentro dessa proposta, será compreendido em estudo através de reportagens abordando esse assunto em: jornais publicados durante o período, livros, revistas, mídia eletrônica e artigos científicos. E se é possível, ver os efeitos dessa utilização no movimento feminista acontecido durante o mesmo período. Como data comemorativa institucionalizada, o Dia Internacional da Mulher começa a ser comemorado apenas em 1975, tendo o aval da ONU, mas a história por trás deste dia começa antes, quando as mulheres começam a lutar por seus direitos. A mulher por muito tempo buscou conquistar seu espaço na sociedade Brasileira, e dessa forma se igualar ao homem em termos de direitos. Quando voltamos nossos olhares a alguns números, ainda que não acompanhe um quadro estatístico amplo, percebe-se que a mulher conquistou importâncias maiores do que lhe era atribuída até 1980. E pensando na importância dos fatos históricos sobre a mulher no Brasil que de maneira gradual modificou por meio de sua contribuição social e cultural em meio às permanências e rupturas despertando nos autores deste trabalho um interesse bem expressivo em pesquisar esse assunto com objetivo de acrescentar novas contribuições à história das mulheres. Palavras-Chave: Incêndio; Jornais; Dia Internacional da Mulher. 161 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESTAÇÃO FERROVIÁRIA ARTUR NOGUEIRA E A POLÍTICA DO PROGRESSO EM 1978 Jessica Zito Pacanhela dos Santos [email protected] Orientadora: Denise Scandarolli [email protected] Este artigo está relacionado à história da Estação Ferroviária da cidade de Artur Nogueira interior de São Paulo com as mudanças políticas ocorridas e suas alterações no aspecto físico, social e econômico da cidade. No presente artigo foram abordados três momentos da história da Estação Ferroviária Artur Nogueira, para a compreensão das modificações ocorridas no patrimônio e memória da cidade. O primeiro momento está relacionado à história de desenvolvimento do município, no Núcleo Colonial Campos Salles, território de origem da cidade Artur Nogueira, em 1906; onde foram analisadas as modificações sociais, os benefícios que a construção da estrada de ferro Funilense trouxe para a população. Outro recorte apontado é o momento de desativação das estradas de ferro, o que levou muitos municípios a demolirem suas estações, sendo assim trabalhou-se com os motivos que levaram à demolição do prédio da Estação Ferroviária Artur Nogueira, em 1978, colocando em pauta a maneira que o jornal da cidade abordou tal feito. Por último foi analisado o motivo que trouxe de volta este patrimônio da cidade, em 2010, por meio de uma réplica, e qual a representação este prédio traz para a cidade. A metodologia empregada foi à análise do Jornal Folha da Semana de 1977 a 1979, jornal da cidade de Artur Nogueira; entrevista com o responsável pela Casa da Memória de Artur Nogueira; e análise de relatórios publicados online pela prefeitura do município. Palavras-Chave: Estação Ferroviária; Campos Salles; Artur Nogueira; Estrada de Ferro Funilense. 162 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PIBID - MEMÓRIAS DE MAGDALENA: BALUARTE DA EDUCAÇÃO Mirian Martins Lima [email protected] Orientadora: Denise Scandarolli [email protected] Este trabalho visa analisar o processo de apropriação da memória na construção de um personagem da história, para tal é necessário uma análise sobre memória, sua construção e utilização na história e como base da História Oral ao qual nos fundamentamos para a elaboração e desenvolvimento das entrevistas recolhidas. A proposta inicial parte da pesquisa de campo, com a finalidade de encontrar pessoas que tiveram contato com a personagem para recolhimento de entrevistas; as entrevistas foram realizadas e registradas em filmagem, fotografia e transcrição. As reminiscências registradas através farão parte da construção de vídeo-documentário que terá sua estrutura disposta entre a narrativa e documentos fotográficos. A oralidade é recorrida para atestar, complementar ou até mesmo reconstruir o passado através das particularidades vividas por agentes secundários da história: as pessoas consideradas comuns. A professora Magdalena Sanseverino Grosso foi selecionada como personagem para realização deste trabalho devido à sua participação pública na formação educacional nogueirense entre o início e meados do século XX e patronesse da Escola do Município de Artur Nogueira conveniada ao PIBID, há também, uma rua no município com seu nome. Este reconhecimento público, da personagem em questão, a dão uma posição histórica e atual como monumento da memória social nogueirense. A edição do vídeo será realizada voluntariamente por aluna do curso de Publicidade e Propaganda do UNASP-EC. O presente trabalho se designa a uma abordagem teórica, bem como uma apresentação dos estudos a partir dos quais o vídeo foi elaborado e que nele constarão os resultados mais efetivos. Palavras-Chave: Memória; História oral; Pesquisa de campo. 163 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TECNOLOGIAS E ENSINO: O USO DA INFORMÁTICA NO ENSINO DE HISTÓRIA Rubiane Peixoto Cardoso [email protected] Ellen Cássia Cesario [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira Formiga [email protected] Neste artigo, pretende-se discutir o uso da informática nas aulas de História e compreender como a tecnologia computacional é, sobretudo, entendida pelos profissionais desta disciplina no exercício da sua função, visando acrescentar as apreciações dos professores as já existentes, afinal, são eles que enfrentam diariamente os obstáculos inerentes ao uso desta tecnologia. O ensino de História ainda é considerado por muitos alunos como desinteressante, confuso, repetitivo e sem valor. Cabe ao professor apropriar-se de recursos e metodologias que o auxiliem a incorporar ao ensino uma nova concepção do fazer História e que torne o ensino-aprendizagem mais interessante e criativo, pois o conhecimento histórico, por si próprio, carrega profundo potencial transformador e cada aluno deve perceber-se como um cidadão, crítico e transformador de sua sociedade. Em um primeiro momento, será feita uma breve abordagem sobre as tecnologias e o cotidiano e sobre o uso da informática na educação, desde a chegada desta tecnologia às escolas, destacando quais mudanças elas provocaram e quais saberes passaram a exigir do professor. Posteriormente, serão analisados os dados obtidos por meio da aplicação de um instrumento de geração de dados, com o objetivo de investigar como os professores das escolas públicas estaduais de Hortolândia, São Paulo, estão se posicionando frente ao desafio da utilização das tecnologias na sua prática educacional. Palavras chaves: Tecnologia; Informática; Ensino; História. 164 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica REGIMES DE HISTORICIDADE: AS CARTAS FILOSÓFICAS DE VOLTAIRE E AS RELAÇÕES DE TEMPO NA CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA Valéria Peixoto Meira [email protected] Orientadora: Denise Scandarolli [email protected] O registro da História em documentos literários, eclesiásticos ou civis tem permitido aos estudiosos não apenas um conhecimento do passado por meio da narrativa dos documentos, mas da comparação entre os mesmos a fim de construir uma memória das várias civilizações. Porém, mais do que isso, a História, como disciplina científica, como proposta a partir do século XIX, propõe a observação e problematização dos fatos. Sem a contextualização dos eventos históricos não poderemos, de fato, apreciar a sua relevância. Sendo assim, devemos entender como os diversos regimes de historicidade variaram no decorrer da história, desde a simples narrativa factual, da percepção da relação de passado, presente e futuro, até o desenvolvimento da Historiografia com metodologia, constituindo uma História como disciplina científica. Este trabalho visa demonstrar as modificações no conceito de História através do tempo por meio de uma fonte histórica Cartas Filosóficas de Voltaire usadas como exemplo de registro historiográfico de um período importante para a História, quando esta converge com a Filosofia: o Iluminismo. A fonte utilizada no presente estudo expressa o pensamento progressista de Voltaire que foi o gérmen de um conceito de historicidade que deixou o passado no passado e olhou para o futuro não como escatologia, mas como possibilidade infinita de desenvolvimento humano. Palavras-Chave: Iluminismo; Historicidade; Narrativa; Pensamento científico. 165 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica RELATO DE EXPERIÊNCIA: PIBID Antônio Domingos Diniz [email protected] Raimundo Nonato da Conceição Sousa [email protected] Jessica Zito Pacanhela dos Santos [email protected] Orientadora: Dayana Oliveira Formiga [email protected] O presente Relato de Experiência expõe uma metodologia aplicada para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental na matéria de História, utilizando como metodologia recorte de filmes e como atividade avaliativa os alunos desenvolveram desenhos em cartolinas aplicando o conteúdo explanado. Os conteúdos abordados foram os Movimentos do Socialismo Utópico, Socialismo Científico, Comunismo, Liberalismo. Anarquismo, Expansão para o Oeste. Para a aplicação da metodologia escolhida o conteúdo foi dividido em quatros momentos; nos primeiros dois momentos abordaram sobre os cinco primeiros temas, utilizando de charges e filmes para compreensão de um assunto monótono e complexo e desenvolvendo a atividade com desenhos; nos outros dois momentos trabalharam sobre tema da Expansão para o Oeste onde continuamos a trabalhar o conceito de vídeo e desenho com os alunos, acreditando que através da criação da imagem eles possam se expressar de uma melhor maneira o que aprendem em sala de aula. A utilização da charge se enquadra dentro do que o PCN (2000) deixa exemplificado que através da Língua Portuguesa o aluno deve estar sujeito a entender e compreender os diversos meios de linguagem e seja capaz de interpretá-los. No caso do vídeo encontramos segundo Domingues e Vicentini (2008, p.4 apud Moran, 1994) que é "por si só, a integração do vídeo ao cotidiano da sala de aula não muda a relação ensino aprendizagem. Serve, no entanto, para aproximar o ambiente educacional das relações cotidianas, das linguagens, e dos códigos da sociedade urbana, levantando novas questões durante o processo". Então é entendido que o uso dessa ferramenta de forma concisa e bem planejada pode ter o efeito positivo esperado. Neste relato, mostramos nossa experiência em sala de aula, em como abordar temas complexo utilizando metodologias diversificadas, aplicando a nossa experiência na fundamentação de teóricos da educação. Buscou-se apresentar de que forma se aplica a metodologia escolhida nestes assuntos que foram apresentados. Palavras-Chave: Vídeo; Desenho; Charge. A UTILIZAÇÃO DE MULTIMEIOS NO ENSINO DE HISTÓRIA: 166 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ÊNFASE EM FILMES EM SALA DE AULA Cleyton R. Souza [email protected] Orientadora: Janaína Xavier [email protected] Este resumo apresenta os resultados de um projeto de pesquisa desenvolvido na disciplina de Laboratório de Multimeios, do Curso de Licenciatura em História, do UNASP EC. O objeto de análise foi o uso de documentários, filmes e vídeos como ferramenta didática complementar às aulas de história. O objetivo do trabalho foi analisar e discutir textos de teóricos sobre como deve ser conduzido o ensino da disciplina de história pelos professores, colocando em pauta as seguintes questões: Como adaptar-se aos novos meios de transmissão de informação? Como utilizar os filmes em sala de aula? Quais recortes usar? Como promover a discussão dos conteúdos e levar o aluno a perceber a diversidade de perspectivas históricas? A principal justificativa desse estudo está na reflexão a respeito da prática docente e de como tornar as aulas mais atrativas e proveitosas para os alunos, desenvolvendo os conteúdos através de metodologias que despertem o interesse dos estudantes. Para execução deste trabalho foram analisados os teóricos José Alves de Freitas Neto, Jaime Pinsky, Carla Pinsky, Janice Teodoro, Leandro Karnal, Thais Nivia, Marc Ferro e Monterde, levantando aspectos relevantes dessa discussão, tais como: os desafios que rondam os professores em sala de aula, a resistência dos professores com relação às novas metodologias, as melhores maneiras de conduzir a disciplina em sala de aula, a relação entre cinema e história, o filme como fonte histórica. O resultado final desta pesquisa foi um artigo científico que concluiu a validade do uso dos multimeios em sala de aula se o professor não utilizá-lo como o único meio, assim sendo, o livro deve continuar sendo a maior parcela no processo educativo, de forma que o aluno tenha uma base concreta, fazendo uma educação mais integra. Sobretudo, a utilização de multimeios é uma forma de despertar o interesse do aluno pela disciplina, o qual não pode ser ignorado, pois o aprendizado também depende do grau de motivação dos estudantes. Palavras-chave: Educação; História; Multimeios; Tecnologia. 167 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRABALHANDO HISTÓRIA LOCAL NO 7º ANO FUNDAMENTAL COM RÉPLICA DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ARTUR NOGUEIRA Cleyton Soares Santos [email protected] Everton Cordeiro da Silva [email protected] Dayana de Oliveira Formiga [email protected] O presente trabalho se configura como um relato de experiência de aula ministrada por alunos/professores do projeto PIBID/UNASP, campus Engenheiro Coelho, para alunos da 6ª serie/7º ano fundamental. Aborda o tema da importância da história local para o desenvolvimento da criança na escola. Para tanto, fez-se necessário discorrer sobre o que é patrimônio cultural material e imaterial enquanto instrumentos importantes para construção de identidades. Como exemplo de patrimônio cultural foi explorado a importância da estação ferroviária do município Artur Nogueira em sala de aula, levando em consideração que a história desse patrimônio tem relação com a história dos alunos do 7º ano fundamental de uma escola estadual da cidade. Assim, o objetivo do trabalho foi aproximar os alunos à história de sua cidade, levando-os a reconhecerem-se como agentes ativos da história, seguindo o viés da historiografia histórica cultural, quando apresenta temas culturais e “invisíveis” como temas de relevância igual aos temas apresentados pela história tradicional, positivista, quando esta faz parecer que temas políticos e econômicos, em ligação com investidas governamentais, são mais importantes que a história dos excluídos. Na primeira parte, como sugestão para reflexão, são apresentadas dialéticas simples sobre a atuação do docente dentro da sala de aula e sua postura diante de seu aluno. Após a introdução do tema, é apresentado o dialogo dos textos teóricos fundamentando o tema “a importância da história local na sala de aula”, e o que é patrimônio cultural material e imaterial. Em seguida é apresentado de forma objetiva o passo a passo da aula referente, com os objetivos e os resultados. Por fim, para conclusão, é reafirmada a urgência de abordagens metodológicas que tratem do tema em foco, como ação transformadora para a vida do aluno. Palavras-Chave: Patrimônio cultural; Artur nogueira; estação ferroviária; história local; 7º ano fundamental. 168 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica REDE SOCIAL COMO ACERVO IMAGÉTICO E DOCUMENTO HISTÓRICO Cleyton R. Souza [email protected] Aluno: Robson S. Dias [email protected] Rogério Izidorio Santos Junior [email protected] Orientadora: Janaina Silva Xavier [email protected] As redes sociais na contemporaneidade representam um dos maiores acervos imagéticos da sociedade e, com efeito, pode-se dizer que a fotografia sendo um documento histórico, ajuda na interpretação de fenômenos sociais, diferenciados por classes e localização geográfica. Assim as redes sociais propõem uma diversidade de explicações existentes para um determinado fato, e os usuários por sua vez expressam suas interpretações nas redes sociais, por fotos, entre outros, porém é notória as diferenças de interpretações devido as especificidades culturais e sociais. As problemáticas que norteiam essa discussão são: Podemos entender as imagens das redes sociais como fonte histórica? As redes sociais como um meio de divulgação de interpretações podem ser explicadas no fenômeno de micro história? E sobre o indivíduo que divulga as imagens como ele pode ser analisado? O objetivo desse trabalho foi considerar as redes sociais como acervo fotográfico contendo diversas interpretações de um fato a partir do documento (foto) inserido no fenômeno da micro história. Para entender essas relações foi analisado o conceito do fenômeno de micro história e como ela funciona utilizando o teórico Fernando Braudel, trazendo à tona a diferenciação de interpretações, relacionadas à ocasionalidades e regionalidades, formado assim uma história mais coerente, verossímil e factual. O estudo da fotografia foi feito a luz dos teóricos Baudelaire e Phillip Dubois enfatizando a função da imagem como documento histórico, e em contrapartida os questionamentos a este documento histórico pelos teóricos Marc Ferro, Jacques Le Goff e Edward Hallet Carr. Abordou-se ainda a diferença de classes sociais e suas fotos nas redes. O estudo concluiu que a fotografia como documento nas redes sociais, pode ser uma fonte para a descrição de fenômenos de micro história, ou seja, ela ajuda a formar uma história mais provável, destacando a importância da sociedade na formação da historicidade, e com isso o estudo das redes sociais, torna-se uma fonte historiográfica de fundamental importância para o historiador. Palavras-chave: Fotografia; Redes Sociais; Micro História; 169 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ADVENTISMO, POLÍTICA E A IMPLANTAÇÃO DO REGIME CIVIL-MILITAR NO BRASIL (1960-1985) Eduardo Cavalcante Oliveira Santos [email protected] Roy Nelson Pinto Junior [email protected] Thaís Gonçalves Silva [email protected] Orientador: Elder Hosokawa [email protected] Esta pesquisa estuda o relacionamento da IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) no Brasil com as autoridades civis e militares nos anos 1960-1985 através de inventário de artigos na Revista Adventista que é o órgão informativo oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Trata-se de uma pesquisa realizada por alunos do curso de História e Teologia. O trabalho tem por objetivo resgatar o papel do adventismo na política brasileira recente a partir do aniversário dos 50 anos do golpe de 1964. O interesse da investigação surgiu a partir dos resultados preliminares da Comissão da Verdade instituída pela Lei 12.528/2011 e iniciada em maio de 2012 na gestão da presidente Dilma Roussef. Foi realizado um levantamento de contatos da IASD com autoridades civis e militares noticiados na Revista Adventista que disponibiliza seu acervo no endereço eletrônico http://www.revistaadventista.com.br/. O estudo se baseia na interpretação de Marcos Napolitano que considera os eventos de 1964 como uma ruptura da ordem constitucional com apoio e sustentação de representantes da sociedade civil e militares. Os adventistas em seus primórdios nos Estados Unidos em 1863 foram percebidos como um grupo apartidário e se autocompreendendo apolíticos. Com mensagem apocalíptica, messiânica e adoção de crenças peculiares como a observância do sábado como dia de repouso e prática de estilo de vida singular em relação à promoção da saúde estabeleceram um afastamento cultural da sociedade brasileira, porém mantendo contato com lideranças políticas nacionais, regionais e locais através de sistemáticos ações de relações públicas da IASD. O adventismo com postura bíblica de respeito às autoridades constituídas foi percebido nos resultados preliminares desta pesquisa como detentor de um expressivo relacionamento com lideranças político-partidárias do regime militar e de setores da oposição. Palavras-Chave: Adventismo; Política; Regime Civil-Militar. 170 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O USO DA LITERATURA NO ENSINO DE HISTÓRIA Henrique Pereira Governo [email protected] Igor do Santos Barros [email protected] Raimundo do Vale Farias [email protected] Roy Nelson Pinto Junior [email protected] Tati Sabrina de Vargas [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira Formiga [email protected] Este resumo apresenta os resultados de um projeto de auxílio ao educador em história e como ele pode utilizar a literatura em favor do ensino em sua área. O projeto surgiu após a apresentação dos Estudos Dirigidos proposto pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) que nos lançou o desafio de estudarmos a Literatura como apoio para o ensino de História. Para a correta execução do trabalho, foram Identidade Profissional do Professor de História, Desenvolvimento e Formação da Identidade e Exercício Profissional do Professor de História I do curso de licenciatura em história do UNASP. O projeto levou em consideração a importância da Literatura para o ensino de História. Diante disso o trabalho teve por objetivos o emprego de aproximar essas duas disciplinas que contribuíram na criação da sociedade durante todo processo histórico e como no ensino podem ser usadas juntas. O que justifica esse projeto e a aproximação entre a relação dos termos distintos, mas que se completam e tornam-se uma ferramenta importante nas mãos do professor, facilitando o entendimento dos alunos e construindo um método didático mais eficaz. O uso da literatura no ensino de história é uma abordagem voltada aos meios pelos quais os professores possam se ater mais a aulas práticas usando textos, poemas, contos, entre outros, enriquecido as aulas e construindo uma melhor forma de aprendizagem. Para o desenvolvimento do trabalho primeiramente foi feita a leitura do texto de Ademar Firmino dos Santos “ENTRE FATOS E ARTEFATOS: Literatura e ensino de História nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)”. Em seguida, foi feita uma análise de várias obras clássicas de vários períodos históricos. Na sequência, foram feitas as classificações das obras, mostrando em que período que foram feitas e qual o ano escolar a ser trabalhado. Finalmente após essas informações serem adquiridas realizou-se uma tabela contento título, autor, período e ano escolar. Este trabalho permitiu concluir que História e Literatura tem muito em comum, pois a literatura ajuda a história a desvendar a sociedade abordada em seus textos. Palavras-chaves: Ensino; História; Literatura; PIBID 171 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESCRAVIDÃO NO BRASIL IMPÉRIO E A CONSTRUÇÃO DO PRECONCEITO RACIAL NA ESCRITA DA HISTORIA Kayke de oliveira [email protected] Davi Batista Pini [email protected] Raimundo do vale faria [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira [email protected] No presente resumo constrói-se um diálogo sobre a escravidão no Brasil império e a construção do preconceito racial na escrita da história. Sobre essa temática, compre-se o dever de abordar os fatos acorridos sobre a escravidão no Brasil Império e como se constrói a visão preconceituosa que perpassa na escrita da história. O projeto apresenta-se como um resgate de uma identidade que se constrói a partir de pressupostos que se sedimentaram na história do Brasil e a partir destes eventos a história passou a se mostrar apenas sobre olhar eurocêntrico. Para o desenvolvimento do projeto, fez se presente um exame profundo sobre fontes historiográficas que abordam o tema e um profundo interesse despertado, quando discutido em sala de aula na disciplina de formação do estado nacional Brasileiro do curso de licenciatura em história do Centro Universitário Adventista de São Paulo- UNASP EC. Portanto, o projeto apresenta considerações importantes sobre a formação do processo que consolidou na assinatura da lei Áurea, e as outras leis que antecederam esse evento, como a lei do ventre livre e lei sexagenária. O projeto objetivou-se a mostrar uma narrativa da história da escravidão no período imperial e, como aos poucos essa escravidão se desfalece e como a escrita da história constrói uma visão marginalizada dos negros. A justificativa que se aplica ao projeto além do apreso pela temática, é a desconstrução de uma leitura da história carregada de juízo de valor e conceito pré-concebidos. Através da pesquisa, pode-se produzir outros trabalhos voltados ao uso na academia formando deste modo uma linha de pesquisa pelo qual o avanço da temática possa construir um novo olhar sobre o escravismo imperial e o preconceito que é tão acentuado na atualidade. A estrutura central do trabalho é formada por um levantamento de historiografias relacionadas ao tema, como; O Brasil imperial (1808-1889) Jurandir Mallerba, onde o autor constrói uma narrativa do comportamento dos escravos no período proposto pela obra. Casa Grande e Senzala (1933), Gilberto Freyre, onde o autor mostra as relações entre o senhor e os escravos e artigos científicos como Colonização, miscigenação e questão racial: notas sobre equívocos e tabus da historiografia brasileira, Ronaldo Vainfas. O Império do Brasil em revista, Suely Queiroz. Concluindo o trabalho, notasse a importância de se levantar temas que estão inseridos na formação de identidade da nação atual. Palavras-Chave: Escravidão; Brasil Império; Formação; Preconceito. 172 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A REPRESENTAÇÃO DE DINA SFAT NAS DIRETAS JÁ SEGUNDO O JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO Mariana de Gouveia Lopes [email protected] Igor do Santos Barros [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira Formiga [email protected] As DIRETAS JÁ foi um momento de grande importância para a história do Brasil, pois foi quando a população saiu às ruas para reivindicar a escolha direta do presidente. Diante desse quadro histórico muitos famosos tiveram participação, dentre eles destacamos Dina Sfat, atriz que participou de forma ativa de diversos comícios. Pelo fato dos livros didáticos darem pouca importância ao assunto, muito menos a importância da mulher nesse meio, é que decidimos fazer uma aula dentro do PIBID, para alunos do segundo ano do ensino Médio. É uma matéria que deve ser muito bem explorada, pois este assunto foi de grande importância para o final da ditadura militar, e estando o professor preocupado com tal quadro idealizamos este tipo de abordagem dentro do jornal Folha de São Paulo o que instiga a pesquisa por parte dos alunos dando-lhes maior liberdade e acionando seu senso crítico. A intenção deste trabalho se encontra em estudar o papel da atriz Dina Sfat dentro dos movimentos sociais pelas diretas já, também avaliaremos o quão importantes eram as reportagens onde ela era retratada. Usamos para tal pesquisa o acervo digital fornecido pelo site da Folha de São Paulo, o livro na primeira página da Folha de São Paulo, o livro de didático do sistema interativo de ensino da rede adventista. Depois das aulas e de dias de pesquisa os alunos viram que, Dina Sfat foi um dos grandes nomes da luta pelo voto direto, pois a encontramos em vários artigos relacionados a esse tema, também avaliamos o fato das matérias sobre as diretas terem menos importância na representatividade jornalística e aplicando isso em sala de aula foi obtido grandes resultados positivos, pois analisaram a história de uma maneira diferente, buscando fontes, observando cada artigo e jornal. Palavras-Chave: Diretas já; Dina Sfat; Folha de São Paulo. 173 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica JORNALISMO 174 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA HISTÓRIA DE AMOR COM O VIRTUAL Kendra Paulienne Martins [email protected] Orientador: Tales Tomaz [email protected] A realidade virtual é um mundo abstrato mediado por computadores e interfaces. Ao ser difundida na sociedade, ela sobrepõe o mundo natural e abre infinitas possibilidades de uma existência simulada. Por trás dessa construção está a idealização de uma sociedade utópica universal, que seria alcançada quando o homem fosse totalmente imerso no virtual. Mas, apesar do estímulo rumo à uma vivência virtual, existem consequências aos relacionamentos humanos entre si e com o meio a qual precisa-se estar atento, pois podem revelar uma fronteira que impede que esse objetivo seja alcançado. Para compreender melhor esta situação, o objeto de estudo desta pesquisa foram os efeitos da virtualidade nos relacionamentos humanos consigo mesmo, com o próximo e com o novo meio e o antigo meio. Para o estudo, foi explorado o conceito da realidade virtual para, então, expor os caminhos da cibercultura, que tenta alcançar uma imersão completa do ser humano na realidade virtual. Em seguida, foram identificados os efeitos desse relacionamento entre o mundo físico e o mundo virtual proposto, no que se diz às emoções, percepções temporal e espacial, e a visão do indivíduo de si mesmo. Ao final, identificou-se que esses efeitos revelam algo mais do que simplesmente impactos sob o ser humano, mas revelam possíveis Características intransponíveis para a realidade virtual, as quais não são atendidas ou satisfeitas completamente na ausência do físico geográfico. Questionou-se, em síntese, a infalibilidade do projeto pós-humano tomado como absoluto pela cibercultura e criticou-se a teoria do pleno virtual. Palavras-Chave: Virtual; Cibercultura; Imersão 175 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O SIGNIFICADO DA GAMIFICAÇÃO NO AMBIENTE CORPORATIVO Maicon de almeida [email protected] Tales Tomaz [email protected] Este artigo estuda o vídeo game através de uma análise crítica de sua expansão, deixando de existir apenas em consoles, dentro de casa, e passando a fazer parte da vida cotidiana das pessoas. Considerando a grande influência dos jogos e das tecnologias na sociedade atual, a pesquisa terá como base o uso de mecanismos de games dentro do universo corporativo, com o objetivo alavancar indicadores e garantir alta produtividade de funcionários, ou seja, a gamificação. Os jogos trazem consigo muitas vantagens quando incorporados no ambiente empresarial, por exemplo: organização, planejamento, definições de estratégias, uso da lógica e de pensamentos rápidos, agilidade em achar soluções, trabalho em grupo, engajamento na realização de tarefas, etc. Mas existem alguns questionamentos quando combinamos esse amplo mundo dos games com o ambiente corporativo. Por que muitas organizações ao redor do mundo identificaram a necessidade de aderir, em seu dia a dia, aos mecanismos que compõe os games? Quais são os elementos desfavoráveis, desse processo, do ponto de vista social? Como a sociedade está reagindo à gamificação no ambiente corporativo, uma vez que, através dela os colaboradores ajudam a gerar capital, jogam de graça e, definitivamente, tiveram seu tempo de lazer incorporado no trabalho? A presente pesquisa contempla a ideia de que a gamificação é, sem dúvida, é um investimento rentável para qualquer empresa, pois pode proporcionar alta produtividade entre os colaboradores e, por outro lado, sua influência é pouco percebida pelos funcionários. Fator que favorece e intensifica o uso da gamificação. Além disso, mesmo do ponto de vista corporativo, existem alguns elementos considerados negativos nesse contexto, como a formação de profissionais movidos a jogos, sem maturidade empresarial e com poucos pensamentos estratégicos ligados a cultura organizacional. Para melhor compreender os conceitos dos games, serão apresentados os pensamentos de Alan Richard da Luz e Givaldo dos Reis. Também serão consultados artigos científicos que abordam o tema gamification, assim como revistas especializadas e o caderno Tec do jornal “Folha de São Paulo”. Palavras-chave: vídeo game; gamification; corporativo; tecnologia 176 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONCEPÇÃO INSTRUMENTAL DA COMUNICAÇÃO NA CIBERCULTURA: CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO À LUZ DA QUESTÃO DA TÉCNICA EM HEIDEGGER Tales Tomaz [email protected] Este trabalho apresenta os resultados provisórios de pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudos em Cibercultura e Comunicação (Geccom/Unasp). No âmbito do projeto de pesquisa “Novos objetos de estudo em comunicação: perspectivas filosóficas”, este trabalho procura apresentar quais são os principais desafios filosóficos que se desdobram para a comunicação, como área de conhecimento, a partir da noção de técnica moderna do filósofo alemão Martin Heidegger. É um trabalho realizado através de revisão bibliográfica progressiva. Numa primeira parte, buscou-se entender a significação da cibercultura a partir de uma perspectiva crítica, recorrendo-se a pensadores como Eugênio Trivinho, Jean Baudrillard e Francisco Rüdiger. Em seguida, foi preciso fundamentar o pensamento de Martin Heidegger, valendo-se das obras originais do autor e de comentários de David Gunkel, Paul Taylor, Peter Trawny, Marco Casanova e Oswaldo Giacoia. Finalmente, foi formulada uma concepção de comunicação como relação com a alteridade, baseada em Ciro Marcondes Filho, Maurice Merleau-Ponty e Emanuel Levinas. A partir desse espectro teórico, foi possível ver que a noção de técnica de Heidegger lança um grande desafio para a comunicação na cibercultura. Para Heidegger, a essência da técnica moderna está na Gestell, uma provocação para desvelar o real enquanto fundo de reserva, ou seja, algo que está à disposição do ser humano para ser utilizado como este bem entender. Compreendendo a cibercultura como formação sociocultural assentada no pressuposto de que a informatização dos processos e práticas cotidianos sempre é melhor, pode-se notar a presença dessa provocação, Gestell, no seio da época. Ao propor a informatização de tudo, a cibercultura pretende que todas as coisas se tornem mais facilmente instrumentalizáveis, através da conversão do mundo em dígito. Os modernos veículos de comunicação, chamados de media, em especial a internet, passam a ser vistos como instrumentos de realização da comunicação, estando plenamente à disposição da capacidade decisória humana. Diante disso, aprofunda-se uma compreensão funcionalista da comunicação: ela é vista como um intercâmbio de informações, comparecendo sempre como fenômeno realizável na medida em que houver otimização nesse intercâmbio, o que é cumprido com o recurso aos media. O problema, de acordo com Heidegger, é que essa concepção é ilusória, uma vez que, embora bem sucedida em microssituações, não contempla a imprevisibilidade do processo num sentido mais amplo. O grande desafio que a perspectiva de Heidegger lança é, portanto, construir um conceito de comunicação que escape às concepções instrumentais da técnica na cibercultura. Palavras-chave: comunicação; cibercultura; Heidegger; questão da técnica 177 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica LETRAS 178 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A MOTIVAÇÃO E ATITUDES DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II E ENSINO MÉDIO COM RELAÇÃO À LÍNGUA INGLESA: O DESAFIO DO PROFESSOR Alice Zukowski Wolter [email protected] Orientador: Neumar de Lima [email protected] Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar estudos feitos sobre a motivação no processo de aprendizagem da língua inglesa como segunda língua e sua importância. Procura analisar o papel do professor como o despertador de motivação nos alunos, partindo do pressuposto que essa é uma tarefa desafiadora. Por meio de autores, como DORNYEI (1998,2001), SEAGOE (1972) e GARDNER (1994), entre outros, tentaremos mostrar a relevância que a motivação tem para o aprendizado de uma segunda língua, no nosso caso, a língua inglesa. O questionamento principal dessa pesquisa é quão cientes estão os professores de língua inglesa desse problema da falta de interesse dos alunos e se estão de fato preocupados como o aprendizado eficaz dos alunos. Para tanto, faremos uma verificação, em pequena escala, da prática profissional dos professores de língua inglesa que lecionam para alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Instituo de Línguas, buscando conhecer seus desafios, preocupações e os recursos que eles utilizam para dar as aulas, na prática de sala de aula. Por fim, analisaremos os estudos bibliográficos a as respostas dos docentes, de perguntas que abrangem desde a qualidade da formação profissional do docente, o tempo gasto na preparação das aulas, suas preocupações, principais desafios, até seus objetivos. Comparando a realidade docente com aquilo que se tem escrito sobre o tema. Palavras-Chave: Motivação; Língua Inglesa; Aprendizagem. 179 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica LITERATURA EM QUADRINHOS: ESTRATÉGIA PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES Cátia da Silva dos Santos [email protected] Orientador: Joubert C. Perez [email protected] Como futuros professores de língua portuguesa, percebermos o considerável desinteresse de leitura pelos alunos. Esta temática tornou-se a questão principal desta pesquisa, pois sabemos quais as consequências futuras da falta de leitura na formação do aluno. Nosso objetivo é investigar a importância das adaptações quadrinizadas de clássicos da literatura, para a formação de futuros leitores. Trata-se de material de conteúdo paradidático a ser usado em sala de aula. Para desenvolver o trabalho, valemo-nos de pesquisas bibliográficas de Vigotski (2007), Penacc (2008), Simões e Carnielli (2002), Vergueiro (2007) (2012), Pina (2010), Ramos (2009) (2014) e Cândido (2012). Adotamos como instrumental metodológico a pesquisa exploratória, a fim de fazer uma análise dos dados coletados nos 8º anos do ensino fundamental II. A pesquisa de campo foi realizada em duas etapas: a primeira propôs aos alunos a leitura de um conto clássico em formato textual. Logo após, sugerimos que realizassem a interpretação do conto lido respondendo a um questionário. Na segunda etapa, sugerimos aos mesmos alunos, a leitura de outra obra literária clássica, só que em quadrinhos. Repetimos a exigência de interpretação com um questionário. A seguir procedemos à análise de dados da recepção e compreensão dos dois gêneros para, então avaliarmos os resultados. Ou seja, procuramos verificar se a leitura quadrinizada facilitou a interpretação e se motivou os alunos ou não. O que se espera desta pesquisa é partilhar com os alunos a experiência relacionada à leitura e mostrar caminhos possíveis de serem trilhados durante o trabalho com adaptações literárias quadrinizadas nas salas de aula. Esperamos, ainda, chamar a atenção para a importância da Literatura em Quadrinhos e sua Contribuição para a formação de leitores. Palavras-Chave: Ensino; Formação de leitores; Literatura em quadrinhos 180 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O PEQUENO PRÍNCIPE: PRINCÍPIOS FORMADOS EM SALA DE AULA Djenanys Vaz de Souza [email protected] Orientador: Davi da Silva Oliveira [email protected] A arte de contar histórias deve ter surgido no momento em que o homem sentiu necessidade de passar suas próprias experiências para as gerações seguintes. Com o surgimento da imprensa foi possível escrever estas experiências no papel. Une-se então a oralidade e a literatura. Aos poucos, a literatura feita para os adultos foi se tornando atrativa para as crianças, o que levou o aparecimento de algo específico para elas. Quando falamos em Literatura Infantil vêm à nossa mente livros coloridos, a alegria das crianças ao folheá-los, mães contando historinhas para seus filhos dormirem e professores incentivando seus alunos a lerem. Ao refletirmos sobre o papel da Literatura Infantil, podemos perceber que ela tem influenciado, através dos anos, a jovens e adultos no que diz respeito à aquisição de cultura e valores. Ela tem por objetivo, além de outros, alegrar, divertir ou emocionar o espírito de seus leitores ou ouvintes, levando-os a perceberem e a interrogarem o mundo em que os cerca. A literatura infantil traz ao leitor diversão, cultura e valores, apesar desses valores muitas vezes não serem percebidos pelo leitor comum, sendo apenas detectado pelo analista. Dentre tantas obras que abordam esses valores, escolhemos O PP, de Antoine de Saint-Exupéry, que enfatiza a preocupação com o sentido do humano e da existência. Esta obra contém o pensamento e a filosofia de Saint-Exupéry. Palavras-Chave: Literatura; valores; infantil; professores; sala de aula 181 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE DIALETOLÓGICA DE NOVA ESPERANÇA DO SUL E SUA COMPARAÇÃO COM DUAS CIDADES DA MICRORREGIÃO RITICULTORA DE CRUZ ALTA: ASPECTOS FONÉTICOS Geise Kelen Bueno Martins Pacheco [email protected] Jéssica Tavares de Abreu [email protected] Jocieli Viero Della Libera Menezes [email protected] Orientador: Milton Luiz Torres [email protected] Neste trabalho foram executadas as etapas para um estudo dialetológico de Nova Esperança do Sul, comparando sua fala a de outras duas cidades do Rio Grande do Sul: Santiago e São Francisco de Assis, que fazem parte da Microrregião Triticultora de Cruz Alta, Região Centro-Oeste. De acordo com o Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil (ALERS), Santiago e São Francisco de Assis estão na mesma microrregião dialetal, porém Nova Esperança do Sul não está registrada no atlas. A fim de enquadrá-la em alguma microrregião dialetal, registrou-se a fala de três informantes de cada cidade pesquisada, através de um questionário fonético-fonológico composto por 158 perguntas. As entrevistas foram realizadas in loco por uma das pesquisadoras. Os informantes atenderam aos critérios básicos para uma pesquisa dialetal: possuíam baixo nível de escolaridade, residiam na zona rural e tinham idade superior a 50 anos. A fala foi transcrita e analisada de acordo com os métodos propostos para um estudo etnográfico da região e os fonemas e alofones, reconhecidos e catalogados para posterior comparação. A partir da análise, pôde-se perceber que não foram encontradas semelhanças suficientes para que Nova Esperança do Sul pudesse fazer parte da Microrregião Triticultora de Cruz Alta. Devido a esse resultado, uma segunda hipótese surgiu: Nova Esperança do Sul poderia fazer parte de outra microrregião também registrada no ALERS. Nova Esperança do Sul, de acordo com a amostra deste trabalho, poderia se enquadrar à Microrregião Santa Maria por apresentar mais semelhanças fonéticas do que com a Microrregião Triticultora de Cruz Alta. Acredita-se que esta pesquisa poderá servir de incentivo a novas pesquisas dialetológicas em regiões menos exploradas no Rio Grande do Sul. Palavras-Chave: Dialetológico; Microrregião; Etnográfico; Informantes; Fala. 182 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SER OU NÃO SER, EIS A APARIÇÃO: O SOBRENATURAL NA LITERATURA Janderson Daniel [email protected] Orientador: Milton Luiz Torres [email protected] O presente trabalho propõe uma comparação entre as obras Hécuba, Hamlet e Grande sertão: veredas, buscando analisar a presença do sobrenatural, com o objetivo de definir e descrever o topos e discutir seus efeitos nos textos estudados. O acontecimento sobrenatural, como as aparições fantasmagóricas ou supostos pactos com o demônio, permeia a memória coletiva. A questão se volta para como o sobrenatural pode mudar, intensificar ou validar os discursos dos personagens. Como os autores das obras em análise desenvolvem os pontos de incerteza gerados pelas aparições? Isso se aplica às três obras? Utilizam os autores as mesmas fórmulas para obtenção da dúvida? Nas três obras analisadas, o sobrenatural atua sobre bases conhecidas: a guerra, a vingança, o sofrimento. As obras em estudo apresentam uma base textual semelhante, ou seja, um topos, que faz com que o sobrenatural opere efetivamente no texto. O fato de as histórias se passarem em momentos em que a tensão e o medo imperam, permite a reconstrução do modo como o sobrenatural justifica as ações dos personagens. Fantasmas, anjos e demônios, de certa forma, acabam conferindo novo valor discursivo aos argumentos. Algo que seria injusto ou abominável pode se tornar lícito e plausível, se houver uma interferência sobrenatural. Palavras-chave: Fantasma; Pacto; Eurípides; Shakespeare; Guimarães Rosa. 183 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PRECONCEITO LINGUÍSTICO: SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA Marina de Souza Pessanha [email protected] Orientador: Joubert Castro Perez [email protected] Este trabalho pretende analisar o aparente insucesso do ensino gramaticalista e a influência do preconceito linguístico sobre o processo de ensino aprendizagem da língua-portuguesa. A base teórica partiu de análises sociolinguísticas abrangendo vários autores do ramo, bem como linguistas e gramaticistas. O estudo baseia-se em livros de cunho sociolinguístico, onde autores como Bagno (2005) e Luft (2002) trazem contribuições significativas. Pode-se dizer que tais contribuições influenciaram consideravelmente o campo de estudos linguísticos e sociolinguísticos, pois tais autores ampliam a visão a respeito da situação acadêmica de nossa língua atualmente. O método de pesquisa foi a análise exploratória, consistindo de um questionário proposto a uma turma do ensino fundamental II, onde estes alunos opinaram sobre o que pensam das aulas de português que lhes são apresentadas. Tal análise nos proporcionou um breve diagnóstico da realidade linguística na qual os alunos de hoje estão inseridos. Identificamos que há muito se tem discutido questões concernentes ao preconceito linguístico e sua influência sobre o processo de ensino e aprimoramento de nossa língua materna. Entretanto, poucas mudanças têm ocorrido. Através do presente estudo, pretendemos analisar e compreender os fatores que envolvem tal problemática, para que então, na condição de futuros educadores, nossa contribuição seja relevante no meio acadêmico. Palavras-chave: Preconceito linguístico; Língua portuguesa, Educação. 184 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A MULHER PROSTITUÍDA: UMA ANÁLISE INTERTEXTUAL ENTRE LUCÍOLA E A DAMA DAS CAMÉLIAS Naellen Juliany da Silva Cruz [email protected] Guilherme de Almeida [email protected] Orientador: Walter Mendes dos Santos [email protected] A estreita relação entre a literatura e a sociedade já vem sendo estudada desde as primeiras décadas do século XX. Antônio Cândido (2009) afirma que “o ponto de vista histórico é um dos modos legítimos de se estudar literatura”. Baseados nessa afirmação, analisaremos a regeneração da cortesã na literatura, um dos temas mais discutidos na ficção romântica do século XIX, a partir das obras do brasileiro José de Alencar (1829 - 1877) e do francês Alexandre Dumas Filho (1824 - 1895), que apresentam em seus respectivos romances Lucíola, publicado em 1862, e A Dama das Camélias, publicado em 1848, um diálogo sobre a temática das mulheres públicas e submissas que se sacrificam em função do amor, moldadas pela sociedade patriarcal vigente. No primeiro capítulo desse trabalho, trazemos uma breve introdução sobre o assunto e a metodologia utilizada. Em seguida, abordamos o tema da mulher nas sociedades brasileira e francesa do século XIX. Depois, evidenciamos o papel da mulher prostituída desse mesmo período. Adiante, apresentamos o perfil psicológico e chão social das protagonistas comparativamente e, por fim, trazemos as conclusões finais desse estudo. Para a realização dessa pesquisa, selecionamos três grandes autores que servirão de alicerce para nosso trabalho. São eles: Cândido (1965), que em seu livro Literatura e Sociedade examina as possíveis influências exercidas pelo meio social sobre uma obra de arte, no caso, a arte literária; Coutinho (1986), que em sua obra A Literatura no Brasil: Era Romântica, faz um levantamento do romance urbano de Alencar no contexto do século XIX e Ribeiro (2008), que em seu trabalho Mulheres de Papel: Um estudo do imaginário em José de Alencar e Machado de Assis situa o lugar da mulher na literatura e na sociedade no século XIX. Palavras-Chave: Lucíola; A Dama das Camélias; José de Alencar; Alexandre Dumas Filho; intertextualidade; romance. 185 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE RETÓRICA DO DISCURSO: UMA ARTE DE DESVENDAR OS SENTIDOS DA ARGUMENTAÇÃO LINGUÍSTICA Quézia dos Santos Costa [email protected] Orientador: Joubert Castro Perez [email protected] Com o aumento dos gêneros textuais disponíveis atualmente, grande parte da sociedade tem apresentado uma visível dificuldade em interpretar os sentidos ocultos nos textos argumentativos a que são expostos todos os dias. Nesse contexto, desenvolveu-se um tema que ressaltasse a importância dos estudos em Retórica, de seus recursos e mecanismos como instrumento útil, indispensável até, `a leitura e análise de textos. Entre outros, esta pesquisa fundamentou-se teoricamente nos conceitos de Koch (2004), Perelman (1996), Reboul (2000) e Aristóteles (2002), autores cujos pesquisas no campo da argumentação e considerações sobre o discurso retórico exerceram grande influência no desenvolvimento dos estudos linguísticos. Esse embasamento foi desenvolvido para que se pudesse discutir em que medida as técnicas da análise retórica do discurso podem habilitar o leitor a desvendar os sentidos implícitos nos textos argumentativos. Para se alcançar tal objetivo, usou-se o método analítico-comparativo que envolveu a análise retórica de um texto e dos dados coletados por meio de um questionário, considerados como corpus. Os interrogados foram 12 estudantes de graduação superior e de idade e sexo variados. Os resultados obtidos foram divididos em dois grupos respectivamente: as respostas dos alunos que já tiveram aula de análise retórica e as respostas dos alunos que nunca tiveram. Duas pessoas do primeiro grupo e uma pessoa do segundo apresentaram resultados semelhantes à análise do artigo corpus feita, e as demais pessoas do primeiro grupo obtiveram mais acertos do que as restantes do segundo grupo. Discutiram-se então as possíveis variáveis apresentadas nos resultados e finalmente, concluiu-se que a prática de análise retórica é uma atividade fundamental para se desvendar os sentidos dos textos. Palavras-Chave: Análise retórica, discurso, argumentação 186 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica POEMA O NAVIO NEGREIRO DE CASTRO ALVES: DO ROMANTISMO AO PRÉ-REALISMO Reginaldo Fernando Portocci [email protected] Orientador: Davi da Silva Oliveira [email protected] Este trabalho teve como objetivo analisar o poema O Navio Negreiro: uma tragédia no mar, escrito por Castro Alves, colocando em foco dois aspectos: a busca da idealização do escravo, através do seu sofrimento na travessia da África para o Brasil e, mostrar que a poesia de Castro Alves, construída para ser declamada em grandes logradouros, também servia para visualizar novos tempos como a república, a democracia, a modernidade. Isso significa que, ao defender grandes causas, como a Abolição da Escravatura, a poesia de Castro Alves mostra um poeta nacionalista, essencialmente romântico, pré-realista, com grande qualidade humana. Sua poesia dá voz aos negros, chamando atenção para o horror da escravidão. Considerado poeta maior, Castro Alves mostra a escravidão com sensibilidade artística; com uma poesia abolicionista, denunciava as injustiças sociais, clamava pela liberdade dos escravos negros que viviam sob maus tratos e castigos físicos. Com uma poesia humanista construída através de metáforas, hipérboles, comparações, antíteses, ele usava elementos da natureza para mostrar, com as palavras, tempestades, imensidão, oceanos, no puro estilo condoreiro- romântico; para mostrar como essas escolas literárias serviram com propriedade à linguagem de Castro Alves, para descrever uma situação de horror e atingir a sensibilidade de todos, apresenta-se uma análise do poema O Navio Negreiro em suas seis partes. O trabalho também apresenta uma pesquisa realizada com alunos do curso de Letras, ratificando a sua importância e conhecimento do Poema pela classe docente. Palavras-Chave: Navio Negreiro; Romantismo; Poesia Humanitária. 187 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PEDAGOGIA 188 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA REFLEXÃO SOBRE A DIVERSIDADE ÉTNICA NA ESCOLA: A CONSTRUÇÃO DE UMA RELEITURA Alessandra Salvador Alexandre Strassa Suellen Contri Mazzo Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramirez Este trabalho é fruto da análise e reflexão, no grupo de pesquisa GPMultihumanas, sobre a questão da diversidade étnica e como essa discussão se discorre no âmbito escolar. O objetivo geral é oportunizar a discussão sobre essa pluralidade cultural desde as primeiras séries na escola. É ainda proporcionar um olhar não discriminatório e sim de valorização do outro. Pois a escola é um espaço que possibilita o debate acerca da exclusão e das ações discriminatórias presentes na contemporaneidade. As quais têm suas raízes em um passado escravocrata. Um meio de repensar sobre as discriminações aos afrodescendentes e aos indígenas, nas séries iniciais, metodologicamente, este trabalho constitui-se na construção de paradidáticos. Esse material traz assuntos pertinentes aos afrodescendentes e indígenas. Pois é compreendida a importância da valorização da beleza na diversidade étnica e, portanto, indígena e na negritude brasileira. Os paradidáticos terão a função de auxiliar o professor das séries iniciais no sentido de inserir um debate e a reflexão em sala de aula sobre grupos minoritários. A intenção é fazer dez paradidáticos, cinco referentes aos afrodescendentes e cinco sobre a questão indígena. Inicialmente, foram construídos quatro textos para a efetivação dos primeiros paradidáticos que apontam para a valorização e combate à depreciação e desvalorização do afrodescendente e indígena nos livros didáticos. Os textos dos primeiros quatro livros possuem histórias direcionadas às quatro primeiras séries do ensino fundamental. Assim, desdobram-se nas seguintes histórias: primeiro o texto refere-se a um enaltecimento de si, valorizando as qualidades que o indivíduo possui como ser bondoso, ser carinhoso. A beleza externa passa a ser vista em um segundo plano. Já o segundo texto conta a história de uma menina afrodescendente que deseja ser professora e se identifica com sua primeira professora que também é negra. A criança se encanta com a gentil e competente professora que alimenta o sonho da menina. O terceiro texto remete-se a uma aventura de uma menina na casa da avó que ganha de presente uma boneca de tecido preto. Há uma valorização da beleza da negra. Esse enredo acontece em um ambiente rural e dá indícios de ser um quilombo. Traz a reflexão sobre o respeito à diversidade étnica, pois as cenas discorrem com crianças de distintas etnias. O quarto texto conta-se a história de um garoto quilombola e o cenário é o de sua comunidade. Esse texto traz à tona uma reflexão sobre os quilombos da contemporaneidade e provoca um repensar sobre as ideias estereotipadas a seu respeito. Palavras-Chave: Diversidade étnica; Paradidáticos; Séries Iniciais. 189 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A AUTONOMIA ARTÍSTICA INFANTIL REPRESENTADA NOS OBJETOS E CENAS DA VIDA Aline Will [email protected] Marlúcia Barbosa de Matos [email protected] Orientadora: Dilma Fonseca Franca [email protected] O presente trabalho tem por objetivo compreender a autonomia infantil, representada através da observação realizada nos desenhos trabalhados em sala de aula como instrumento pedagógico. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso com crianças de 7 e 8 anos de idade. Esta investigação, em seu desenvolvimento, apresenta o perfil desses alunos e algumas características decorrentes do seu desenvolvimento cognitivo, emocional e sentimental, que são representadas em suas recreações. Por meio de observações de obras artísticas feitas em sala de aula, acompanhou-se a representação pictórica infantil, através das releituras individuais dos alunos ao conseguir visualizar que a própria criança se inclui em sua obra imaginária, acoplando o que foi fixado sobre o artista trabalhado. Esse trabalho ressalta a importância da arte no contexto escolar, pois por meio do desenho, a criança consegue expressar de forma mais ampla e completa os seus pensamentos, criando sua própria representação com base no que outros artistas retrataram. Pode-se perceber o valor da arte no currículo escolar e sua relevância quanto à aprendizagem significativa, ao estimular a livre expressão, o desenvolvimento da percepção crítica-reflexiva, por contribuir para a formação do indivíduo, por atender à necessidade de se expressar, natural a todo ser humano. Palavras-Chave: Palavra-chave: Artes; Desenho infantil; Expressão; Obras artísticas. 190 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ENCRESPANDO IDEIAS: GÊNERO, IDENTIDADE E AUTOESTIMA Eliane Barbosa Alexandre Naara Freire Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez O objetivo deste trabalho é instigar uma reflexão sobre a beleza negra como elemento indentitário. Metodologicamente este trabalho é bibliográfico, todavia, foi estimulado por uma oficina com cerca de 50 mulheres negras em uma comunidade escola de uma instituição de ensino na microrregião de Campinas, SP. É importante questionar e refletir sobre a relação da identidade negra e seus traços naturais, mais especificamente, o cabelo crespo. A história do cabelo crespo é descrita por Munanga (2006) por meio da história da Àfrica, em especial a do Egito. Os povos africanos usavam o cabelo em estilos diferentes com o intuito de estabelecer uma identidade no âmbito social, cultural e religioso. Ou seja, cada modelo identificava sua classe social, seu estado civil , sua religião ou sua etnia. No contexto de escravidão negra na Europa e Américas, o escravo africano tinha sua cabeça raspada quando transportado pelos comerciantes europeus, no intuito de que este perdesse sua identidade. Nesse momento os termos Cabelo Bom e Cabelo Ruim passam a serem usados até a contemporaneidade como um parâmetro de discriminação e, igualmente, de rejeição do outro. Na atualidade a mulher negra tem negado seu cabelo natural em busca de uma identidade que é estigmatizada. Inserido nesse pensamento este trabalho salienta a importância desta temática frente a um padrão de beleza imposto pela mídia televisiva e impressa, por exemplo, as revistas de moda. Essa imposição tem acarretado uma série de mudanças comportamentais e psicológicas em mulheres que tentam mudar o seu cabelo natural por meio de produtos químicos com composições que podem causar queimaduras, a perda total do cabelo e até câncer. A vida da mulher negra está em jogo e sua própria identidade. Assim, parte-se para uma valorização do cabelo natural, tanto para resgatar uma auto-estima equilibrada, quanto para reafirmar a identidade dos traços africanos que se tem no Brasil. Palavras-chave: Identidade; Cabelo Negro; Gênero. 191 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GEOGRAFIA DA ALIMENTAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NO CONTEXTO EDUCACIONAL DAS SÉRIES INICIAIS Jéssika Fernanda Carvalho Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez [email protected] Este trabalho objetiva compreender a dinâmica da alimentação de um grupo de crianças, em espaço escolar, sob a perspectiva da geografia da alimentação. Metodologicamente fez-se conversa informal com a professora responsável pela turma do 3º ano do ensino fundamental I. E ainda conversa informal e observação participante de 14 recreios junto aos alunos para coleta de dados primários. Essas informações ofereceram condições para a construção deste trabalho. O processo de industrialização e globalização contribui, de forma significativa, para as mudanças no âmbito econômico, social e cultural. Nesse contexto, ocorre um processo de transformação, que acarreta modificações nos hábitos alimentares das pessoas adultas. E, por conseguinte, nos hábitos alimentares das crianças no momento do intervalo ou recreio escolar. Na contemporaneidade a oferta e a procura por alimentos com alto teor de gorduras, sódio e açucares vem cada vez crescendo em detrimento de alimentos ricos em vitaminas e fibras. É também na contemporaneidade que se vê significativas mudanças nos hábitos alimentares das crianças comprometendo a saúde futura delas. Com base na análise dos dados primários percebe-se que a amostragem populacional utilizada nesta pesquisa que as crianças observadas se alimentam de produtos industrializados seguindo um hábito alimentar comum da sociedade da atualidade com destaque para os biscoitos recheados e suco de caixinha. Mas também elas se alimentam de frutas, sucos naturais e barrinhas de ceraisricos em vitaminas e fibra. Todavia, percebe-se que é preciso inserir no processo ensino-aprendizagem, de forma contínua, meios que façam essas crianças refletirem sobre um bom hábito alimentar e ainda que elas sirvam como disseminadoras desses bons hábitos em seus lares. Palavras-Chave: Geografia da alimentação; Hábito alimentar; Séries iniciais. 192 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ASSEMBLÉIA ESCOLAR: CAMINHOS QUE FAVORECEM A GESTÃO DEMOCRÁTICA Kênia Gomes [email protected] Letícia Rodrigues [email protected] Raiele Leite [email protected] Orientadora: Luciane Hees [email protected] O presente trabalho tem como intuito, delinear alguns pressupostos do funcionamento das assembleias escolares como forma de democratização dentro da gestão escolar. Este estudo aborda a gestão dentro do espaço escolar e suas características. Compreende-se que a democracia na gestão escolar, é um espaço nos quais todos tenham a oportunidade para expor suas ideias, possibilitando a interação entre pais, alunos, professores, funcionários e comunidade. Reflete o papel do gestor no sentido de garantir a participação da comunidade escolar nas decisões de âmbito pedagógico, financeiro e administrativo, trazendo os diversos instrumentos que defendem esta participação. Partindo do pressuposto de que a escola é responsável pela formação integral dos alunos e que além dos conteúdos acadêmicos é responsável por preparar os jovens para conviver democraticamente, entendemos que a gestão democrática é necessária na escola para criar um ambiente no qual os alunos possam conviver democraticamente. Para que isto ocorra, a gestão democrática utiliza meios para que isto seja uma realidade dentro dos espaços escolares. Pensando nisso buscamos encontrar instituições no qual optaram por uma forma de gestão democrática adotando os métodos de “Assembleias Escolares” tornando assim o espaço mais participativo. Através das buscas, foram encontradas as escolas EMEF Francisca Cardona- Artur Nogueira e a Escola Comunitária de Campinas. A Assembleia Escolar é apresentada neste estudo como uma das práticas que favorecem a participação na vida escolar, agregando valores democráticos e possibilitando os discentes a resolução de conflitos cotidianos por meio da comunicabilidade. Observou-se que a participação através de todos promove uma atmosfera descentralizada, obtendo assim uma qualidade de ensino mais eficaz. Palavras-Chave: Gestão escolar, Gestão Democrática, Assembleias escolares. 193 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica JOGOS PEDAGÓGICOS: UMA FORMA LÚDICA DE SE ENSINAR Wanessa Bandeira de Oliveira [email protected] Orientadora: Andressa Oliveira [email protected] Este relato de experiência se propõe a registrar a prática pedagógica desenvolvida no estágio do PIBID- Programa Institucional de Bolsa a Iniciação à Docência- na Escola. Se compõe de pesquisas bibliográficas a respeito de jogos pedagógicos e sua relevante importância no uso de fixação de conteúdos acadêmicos para o quarto ano do ensino fundamental. Além da parte teórica o mesmo está baseado na experiência prática diretamente na sala de aula de uma escola pública situada no interior de São Paulo. O objetivo do uso de jogos pedagógicos em sala de aula se propõe a reforçar e facilitar a compreensão e desenvolvimento dos educandos, por meio do lúdico; promover crescimento nos alunos tanto intelectual: apoio acadêmico, quanto o físico e o mental: psicomotricidade. O trabalho além de apresentar os resultados alcançados pelos discentes, pretende revelar o crescimento individual da autora da presente pesquisa, a partir dos planejamentos de aulas, regência e práxis de estágio. A partir das avalições feitas pela professora supervisora, percebeu-se que a participação nas aulas foram de extrema importância e que contribuiu diretamente na fixação e compreensão dos conteúdos ensinados, como por exemplo português, matemática, ciências naturais entre outros. Percebe-se que quanto maior apoio pedagógico estiver disponível ao aluno, maior será seu desenvolvimento e consequentemente maior a facilidade de assimilação. Palavras-Chave: Jogos pedagógicos, fixação, reforço, experiência 194 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PSICOMOTRICIDADE E MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PONTOS DE INTERAÇÃO Camila Franciele Leite [email protected] Orientadora: Dayana Oliveira Formiga [email protected] O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de fazer uma reflexão sobre a musicalização no processo de alfabetização e desenvolvimento psicomotor. Busca também expor os pontos positivos em que a musicalização pode contribuir na aprendizagem global, além de estimular o equilíbrio, a criatividade, a sensibilidade, a autoestima, podendo ser considerada como uma verdadeira linguagem de expressão, além de ser vista como um momento de deleite ou descontração. Serão expostas possibilidades para que o professor as utilize como ferramentas pedagógicas e de fundamental valor na construção do conhecimento na Educação Infantil. A música é um dos meios de representação do saber e promove a interação da criança com o meio em que ela vive. O trabalho com a música possui grande importância, tanto para o professor, quanto para o aluno e só acontecerá se houver uma conscientização sobre o valor de se respeitar a expressão infantil, criando oportunidades para que a criatividade esteja viva no trabalho em sala de aula. Assim, na Educação Infantil, conclui-se que a música torna-se um recurso fundamental e imprescindível, por isso, o ensino deve oferecer à criança uma vivência de conhecimentos musicais. Esta reflexão será feita através da reflexão sobre as teorias nesta área, além da pesquisa de periódicos e outros artigos que abordam esse tema. Palavras-Chave: Alfabetização; Musicalização; Psicomotricidade; Educação 195 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ESTEREÓTIPO DA CRIANÇA NA FAMÍLIA MODERNA Viviane Leal [email protected] Kaionara Talita [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira Formiga [email protected] As representações midiáticas constituem um elemento crucial das práticas discursivas das mídias, agentes sociais que atuam fundamentalmente na mediação dos diversos campos da experiência individual e coletiva tanto de adultos e crianças. Nesse cenário, um dos grandes promotores dessa forma de conhecimento é a televisão, a qual também é constantemente representada na mídia. A proposta do trabalho é justamente investigar a forma como a televisão se auto representa em um programa televisivo. A partir de um estudo de caso da série Família Dinossauros se abordam o foco principal: a relação mídia e infância. A série tratava de um período em que os dinossauros dominavam o mundo e os humanos, os homens das cavernas eram vistos como uma espécie inferior. A proposta do trabalho é analisar de uma forma detalhada o estereótipo presente na série de como era a linguagem, imagem, mensagem musical entre outras, mais especialmente do personagem Baby, o terceiro e último filho do casal Sauro que fazia de tudo para ter atenção, passando a imagem de uma criança mimada, de amar excessivamente a mãe e que seus hobbies eram assistir TV e agredir o pai com uma frigideira. Finalizando esta abordagem demonstrando a presença do estereótipo no referido programa, bem como suas possíveis influencia na população exposta a ele, em especial na população infantil. Palavras-Chave: Imagem, Estereótipo infantil, Conceitos, Percepção. 196 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPLANTAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Alessandra Nunes da Cruz Bispo [email protected] Lizandra Moraes [email protected] Natália Nogueira Ramos [email protected] Orientadora: Dayana de Oliveira Formiga [email protected] O plano de ação é o planejamento de todas as ações necessárias para atingir um resultado desejado. Para se colocar em prática é preciso deixar claro tudo que deverá ser feito para se executar este plano. Para atingir um objetivo, uma meta é preciso agir, realizando uma ou várias ações para resolução de um problema. Neste caso é preciso conhecer o problema, qual a razão, onde está acontecendo, quem é o responsável por ele, em quanto tempo será possível solucioná-lo e como fazê-lo. Na falta de uma biblioteca na Escola é necessário a elaboração de um plano de ação. A Biblioteca é a porta de entrada para o conhecimento, fornece as condições básicas para o aprendizado, autonomia de decisões e desenvolvimento da cultura dos indivíduos e dos grupos sociais. Portanto, a Escola que não proporciona aos alunos o contato com a leitura não ensina a ler. A Biblioteca Escolar deve ser encarada como um espaço dinâmico e indispensável na formação do aluno. Nos dias de hoje, um dos desafios é o de preparar a escola e o professor para que o aluno saiba buscar e interpretar informações. Certamente, escolas com biblioteca atenderão esta perspectiva. Diante disso, este trabalho tem por objetivo desenvolver um plano de ação para implantação de uma Biblioteca Escolar. Palavras-Chave: Biblioteca Escolar; Plano de Ação; Leitura. 197 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica RECREIO DIRIGIDO: A PAZ COMEÇA NO INTERVALO Ana Carolina Goes [email protected] Keilla Piquera [email protected] Larissa Andrade [email protected] Maria Luiza Murat [email protected] Orientadora: Dayana Formiga [email protected] O presente trabalho caracterizado como plano de ação tem por objetivo apresentar uma pesquisa de natureza qualitativa centrada na temática da educação com ênfase na importância da divisão e direção do período intervalar da escola. A partir de algumas observações da rotina de uma escola particular de ensino básico e uma entrevista com a gestora da mesma instituição de ensino, pôde-se estabelecer um embasamento para o desenvolvimento de um plano de ação. Com essas informações adquiridas em ambos os processos, foi selecionada para ser desenvolvida nesse trabalho uma situação-problema, que pudesse ter como solução a elaboração de um plano de ação. Através disso estabeleceu-se o estudo a respeito do fortalecimento das relações interpessoais. O desenvolvimento da presente pesquisa, tendo caráter bibliográfico, discorrerá em três vertentes, sendo elas: Na visão da psicologia do desenvolvimento, onde Piaget expõe os quatro estágios de desenvolvimento e com isso é possível defender a divisão do momento intervalar nessas fases de desenvolvimento; na visão da sociabilização através do lúdico, por Dubet apud OLIVEIRA e ROSSI (2007) onde mostra que as experiências dos jovens não têm centro, pois eles vão de uma conduta a outra de acordo com as oportunidades e; na visão de Ellen White (2008) mostrando que a recreação, na verdadeira acepção do termo, recriação, tende a fortalecer e construir. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revelam estorvo ao verdadeiro êxito. O atual relato baseia-se em um plano de ação onde a ênfase será em uma determinada situação observada que tem sua problemática voltada para as relações interpessoais no ambiente escolar. Através de diversas situações presenciadas ao decorrer dos momentos de observação, realizada no período do intervalo do ensino fundamental I, podese dizer o monitoramento e o direcionamento das atividades nesse período, auxiliam na diminuição ou até mesmo na extinção de alguns comportamentos inadequados dos discentes, promovendo assim a interação deles. Diante disso estabeleceu-se essa pesquisa e a elaboração de um plano de ação, a fim de apresentar uma possível solução, por meio do recreio dirigido, para um problema observado e comum no âmbito escolar, a violência. Palavras-Chave: Recreio dirigido; Âmbito escolar; Plano de ação. 198 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPACTOS CAUSADOS PELA PROGRESSÃO CONTINUADA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL Elaine de Souza [email protected] Jéssica Barbosa [email protected] Luiza Gavioli [email protected] Poliana Coradine [email protected] Simone Giaimo [email protected] Suelen Zaffane [email protected] Orientadora: Andressa Oliveira Paiva [email protected] O presente trabalho é baseado em um plano de ação que tem como objetivo verificar, descrever e propor soluções para minimizar os impactos causados pela progressão continuada no processo de ensino aprendizagem, observados em entrevista a uma escola pública de ensino fundamental II do interior do estado de São Paulo. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre a progressão continuada que embasaram a verificação de vários impactos causados pelo programa nas escolas públicas de ensino fundamental. Destacando-se a falta de orientação do governo para as escolas sobre como proceder com o programa; a distinção mal explicada entre promoção automática e progressão continuada, confundindo pais e professores; a falta de capacitação de professores para o novo sistema; alunos despreparados e desmotivados apresentando baixo rendimento escolar; além da dificuldade dos educadores para lidar com a heterogeneidade dos alunos. A partir deste contexto, este trabalho sugere um plano de ação para minimizar os problemas da progressão continuada no processo de ensino aprendizagem em uma escola pública de ensino fundamental II no interior do Estado de São Paulo. Apresentando propostas em um plano de ação de 5W1H aos gestores, professores, alunos e pais, sendo que cada um possui um papel a desempenhar no processo de ensino aprendizagem, seja na questão docente ou pedagógica. Palavras-Chave: Progressão Continuada; Ensino-aprendizagem; Ensino fundamental. 199 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica APLICAÇÃO DO PROJETO DIDÁTICO E CRIAÇÃO DO JOGO PEDAGÓGICO ECONOMIÁGUA Marina Gavioli Chebel [email protected] Janaina Krauss Martins Farias [email protected] Orientadora: Denise Andrade Moura de Oliveira [email protected] O presente trabalho foi realizado por alunos do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Adventista de São Paulo na Disciplina de Projeto Integrador e está baseado em observações de uma sala do 5º ano vespertino de uma escola pública localizada no município de Engenheiro Coelho, com o objetivo de interdisciplinarizar a teoria estudada no curso através da execução de um projeto didático. Ao aplicar-se o projeto algumas mudanças foram necessárias, mostrando que entre a teoria e a prática deve haver reflexão e a reflexão da ação. O tema escolhido a partir da problemática levantada na observação da sala foi: Meio Ambiente: O desperdício de água e a produção de lixo e optou-se pela criação de um jogo correlato ao tema nomeado de Economiágua por acreditar-se na eficácia do jogo como um elemento desencadeador de situações que permitem a inter-relação dos processos e mecanismos necessários à construção de conhecimento. Este relato tem como objetivo descrever a aplicação do projeto didático, a construção do jogo pedagógico e sua aplicação. Como resultado percebeu-se a eficácia do uso do jogo pedagógico ao se fixar determinado aprendizado, constatou-se ainda que através do projeto os alunos foram conscientizados da necessidade do uso adequado dos recursos naturais, água e essa conscientização pode ser notada nas atitudes que estes alunos passaram a adotar: procurando economizar água e identificando o desperdício dessa. Palavras-Chave: Jogo Pedagógico; Projeto Didático; Economia de água. 200 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PÓS-GRADUAÇÃO Aconselhamento Familiar 201 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIVÓRCIO: UMA REALIDADE ENFRENTADA TAMBÉM PELOS FILHOS Alenária Costa de Oliveira Bezerra [email protected] Orientadora: Eliane Parosqui [email protected] O presente artigo aborda questões referentes às consequências advindas do processo de divórcio para os filhos e a maneira como os pais podem ajudar nesta nova fase, de forma a reduzir os efeitos negativos dessa ruptura familiar. O objetivo é apresentar a importância das vantagens e desvantagens de dividir as responsabilidades da guarda dos filhos após o divórcio e as dificuldades e razões desta divisão de responsabilidade após a separação conjugal. Através de estudo realizado sob revisão literária com a visão de diversos autores com reconhecimento e atuação nas áreas da psicologia e terapia familiar, é possível observar que o divórcio altera a vida afetiva dos filhos de forma duradoura, comprometendo os relacionamentos presentes e futuros e as demais condições emocionais. Também é destacada a importância da presença dos pais no desenvolvimento dos filhos, para os mesmos não se sentirem rejeitados e sim amados. Assim sendo, é fundamental que, a experiência do divórcio seja vivida pelo casal de maneira consciente e cuidadosa, para que sejam suavizadas as consequências emocionais e sociais desta experiência que pode causar perdas a todos. E apesar das possíveis dificuldades de se partilhar a criação dos filhos com o ex-cônjuge após o divórcio, é indispensável que ambos os pais se comprometam nesta tarefa, realizando-a ao máximo de forma amigável, a fim de tornar todo o processo mais fácil emocionalmente tanto para o casal quanto para o filho, visto que, mesmo com a ruptura do casamento, o vínculo afetivo e de responsabilidade sobre o filho permanece inalterado. Palavras-Chave: Filhos; Divórcio; Consequências emocionais. 202 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS CONTRIBUIÇÕES NO CAMPO TEÓRICO-PRÁTICO DAS HABILIDADES SOCIAIS PARA O ARQUITETO Camila Schio [email protected] Orientadora: Daniele Carolina Lopes [email protected] Este trabalho busca unir duas áreas, Psicologia e Arquitetura, em uma nova psicologia, a ambiental. Tem-se por objetivo entender a relevância do arquiteto como agente preventivo de patologias psicoambientais pelas contribuições no campo teórico prático das Habilidades Sociais. O estudo compõe-se por um breve levantamento histórico da casa no Brasil, sobre a importância do lar às pessoas e a íntima relação deste com a saúde. Após isso, destaca-se a importância das habilidades sociais ao arquiteto e a relação delas com a saúde, por fim, trata-se as classes e subclasses como a automonitoria, as assertivas, as empáticas e as de trabalho que parecem ser relevantes ao arquiteto. A Psicologia Ambiental se forma entre a Psicologia e a Arquitetura, mostra-se sem uma definição concreta, contudo entende-se que fala-se de fatores ambientais que interferem nos comportamentos de tal forma que pode ser fonte patológica como estresse, depressão e agressividade. A Psicologia Ambiental tem uma abertura para interdisciplinaridade e, é da profissão do arquiteto cuidar do bem estar e da qualidade de vida do cliente e da população, portanto, elas estão interligadas. Quando o arquiteto também é urbanista, é responsável por projetar a infraestrutura das cidades que pode ser fontes de patologias fisiológicas, caso não funcionem adequadamente, por exemplo, a leptospirose, caso não haja tubulação de esgoto. Nesse caso, o arquiteto pode ter um papel como agente preventivo de patologias físico ambientais quando pensa-se em na cidade como um ambiente. Entende-se que todo arquiteto pode ser agente preventivo de patologias tanto fisiológicas quanto psicológicas. Assim, sendo socialmente competente, o arquiteto tem relacionamentos mais saudáveis, e satisfatórios além de trazer benefício para a saúde física, mental e psicológica aos usuários. Para o arquiteto lidar com a equipe de trabalho, as habilidades sociais também são imprescindíveis. As habilidades de coordenação de grupo, manejo de estresse e de conflitos, promoção da criatividade, argumentar, supervisionar, dar feedback, fazer e responder perguntas, entre outras; são indispensáveis. Discute-se ainda a importância da empatia, pois sem ela não há como projetar um ambiente eficaz, pois um dos exercícios a ser feito no ato de projetar é o de se colocar no lugar dos futuros usuários. Após abordado esses pontos, entendeu-se que habilidades sociais são indispensáveis para o arquiteto como agente preventivo de patologias psicoambientais. Palavras-Chave: Psicologia ambiental; Habilidades sociais; Arquitetura; Patologias psicoambientais. 203 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MUDANÇAS SOCIAIS: O SEU LADO NEGATIVO SOBRE OS RELACIONAMENTOS MATRIMONIAIS Claiton Correia da Luz [email protected] Orientadora: Eliane Ester Stegmiller Paroschi [email protected] As constantes mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas e toda a gama de conteúdo que traz consigo, têm afetado de forma significativa os diversos sistemas de relacionamentos pessoais. Onde quer que a figura do homem esteja inserida o estilo de vida moderno de nossos dias o tem afetado. No entanto, entre todos os ambientes em que o homem tem desenvolvido os seus relacionamentos, podemos observar que os que estão sendo mais influenciados são os mais próximos de si, os mais íntimos, a saber, o casamento e a família. São nesses dois ambientes de profundos laços relacionais que se tem percebido os maiores reflexos e impactos das ininterruptas transformações sociais. São muitas as mudanças que temos enfrentado e não há como negar sua existência e o seu poder. O presente trabalho pretende abordar somente algumas delas e associá-las a satisfação conjugal e suas possíveis influências sobre o alto índice de divórcios. Será discorrido sobre o individualismo com a sua auto-promoção, a suavização do preconceito relacionado a mulher sem marido e o impacto poderoso da emancipação feminina e sua influência em relação a livre expressão e a permissividade sexual. Esse é um simples incentivo de reflexão para que o leitor avalie o quanto pode estar sendo afetado por estas transformações. Palavras-Chave: Mudanças sociais; Influências; Casamento; Divórcios. 204 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IDENTIDADE DA MULHER NO CASAMENTO: CONTRASTES ENTRE MODELOS JUDAICO-CRISTÃO E CONTEMPORÂNEO Clarice Alves de Moura [email protected] Orientadora: Eliane Ester Stegmiller Paroschi [email protected] As grandes revoluções, ocorridas como proposta para o crescimento e desenvolvimento da sociedade, trouxeram grande impacto para a identidade do ser humano em toda sua esfera de vida. Em busca de acompanhar todo este processo, homem e mulher absorveram para si este modelo formatado, sendo assim “vendáveis e maleáveis ao contexto das necessidades da companhia. As burocracias modernas alienaram o espírito humano, esvaziaram o trabalho do seu sentido e apartaram os trabalhadores da sua interioridade” (HARGREAVES apud MOURA, 2011, 61). A crescente incerteza sobre a identidade é uma marca ainda mais saliente no período pós-moderno e constitui-se num sério desafio tanto para as relações conjugais como para a própria vida em si. Compreendemos que apesar das influências históricas, sociais e culturais, a individualidade humana é dotada de uma substância duradoura e intrínseca, onde se encontra o ideal da satisfação de quem realmente somos. Na construção da identidade no casamento, percebemos a relação direta entre o papel desempenhado e a satisfação com o outro e consigo próprio. Segundo NEGREIROS e FÉRES-CARNEIRO (2004, p.36), o papel expressa publicamente a identidade, e é exatamente neste ponto que as mulheres tem se perdido. Reflexo das mudanças ocorridas no cenário social, as mulheres tem reivindicado um papel que não condiz com sua essência e consideram o formato provido da contemporaneidade como o ideal a ser vivenciado. As consequências desta postura dentro do casamento têm levado a perda de referenciais, valores relativizados e vazio existencial. Este trabalho tem como objetivo apresentar os contrastes entre o modelo judaico-cristão e contemporâneo relacionados à identidade da mulher, e refletir sobre suas respectivas interferências no casamento. Palavras-Chave: Mulher; Identidade; Papel; Casamento. 205 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O PAPEL DA MULHER NA CONTEMPORANEIDADE E AS CONSEQUÊNCIAS GERADAS NOS FILHOS Damaris Diéli Schuman Lima [email protected] Orientadora: Eliane Paroschi [email protected] Com o passar do tempo o papel da mulher foi redefinido na sociedade, e funções especificas para gêneros já não estão mais em questão; estamos diante de novas configurações familiares. Atualmente a mulher tem desempenhado diversas funções, contudo está pluralidade de papéis a afastou da convivência dos filhos, visto que o trabalho fora do lar é parte do cotidiano de muitas mulheres. Em paralelo com esse cenário observamos o crescente número de crianças com problemas emocionais e psíquicos. Diversas pesquisas têm apresentado de forma louvável a inserção da mulher no mercado de trabalho e sua conquista de espaço na sociedade, entretanto pouco se fala sobre os resultados desta nova configuração no papel da mulher. O presente trabalho investiga possíveis consequências que o papel da mulher contemporânea pode causar na vida dos filhos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa que se divide em três etapas a primeira apresenta um breve histórico da mulher e sua inserção no mercado de trabalho; em seguida é mostrada a importância da presença da mãe no desenvolvimento da criança e as possíveis consequências de sua ausência; por último é apresentado um relato de observação realizada com crianças que permanecem por período integral longe de suas mães. Tal pesquisa conclui que a presença da mãe durante a infância é fundamental para o bom desenvolvimento da criança. Palavras-Chave: Mulher contemporânea; Ausência materna; Consequências. 206 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DIFERENÇAS ENTRE FAMÍLIA NUCLEAR E FAMÍLIA CRISTÃ Daniela Paula da Silva Pereira [email protected] Orientadora: Eliane Ester Stegmiller Paroschi [email protected] Combinar o conceito de família cristã com a prática é algo que exige uma constante reflexão sobre sua aprendizagem de valores e princípios e uma análise crítica fundamentada nas diferentes experiências vividas na sociedade em desenvolvimento. Devido às constantes mudanças, comumente ocorre uma generalização no senso popular tendo-se a ideia de que a família nuclear e a família cristã são a mesma coisa. Sendo assim, este trabalho pretende responder a questões relacionadas as diferenças entre ambos modelos de famílias. O modo com a família cristã reage as influências da sociedade, está diretamente relacionado ao seu sucesso ou fracasso. Há princípios e valores indispensáveis para a felicidade familiar e conjugal, que devem ser preservados e considerados no contexto cristão. Essa é uma tarefa pessoal, que exige responsabilidade e interesse pelo que é correto. Em meio a constantes transformações da sociedade, a família cristã precisa se manter pura e conforme um modelo estabelecido por Deus e não por seres humanos, por isso se diferencia da família nuclear. Enfim, a conduta cristã não é simples e nem deve sofrer influência das modernidades, e isso não é fácil, ao contrário, é uma tarefa exigente, mas também rica e desafiante, pois coloca os cristãos como exemplos para a sociedade, além de garantir uma importante recompensa que lhes está guardada. Palavras-Chave: Família nuclear; Família cristã; Conceitos. 207 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica HABILIDADE SOCIAL PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Daniely Campos [email protected] Orientadora: Daniele Lopes [email protected] A habilidade social tem um papel muito importante quando se refere a pessoas com dificuldade de aprendizagem, o déficit dessa habilidade normalmente está associado a dificuldade de desempenho social dessas crianças. Este artigo tem como finalidade mostrar as habilidades educacionais que o professor deve adquirir para o processo de ensino aprendizagem ao trabalhar com crianças com necessidades educacionais especiais. Servindo também como forma de auxílio aos pais, que queiram aprimorar o aprendizado de seu filho dando apoio durante as tarefas de casa, quando estas forem exigidas pelo professor. Com a atual política de inclusão de crianças com necessidades educacionais, ou seja, não apenas alunos com deficiência mas qualquer aluno que tenha dificuldade no processo de ensino aprendizagem, há um aumento dos desafios das tarefas educativas, exigindo novas habilidades sociais do professor, entre as quais a principal será promover um repertório diversificado das disciplinas além do importante papel de contribuir e facilitar o processo de inclusão. Pais e professores precisam ser parceiros na finalidade de educar a criança que apresenta altercações linguísticas em virtude de algum distúrbio causado por sua deficiência, distúrbios que podem dificultar até mesmo o acesso aos conteúdos escolares de forma igualitária em relação aos demais alunos que desenvolveram a comunicação de forma natural, na convivência com crianças e adultos. Todas as crianças inclusive aquelas com necessidades educacionais, trazem consigo a concepção de conceitos automáticos e fragmentados, com a intervenção dos pais e do professor, esses conceitos poderão ser desenvolvidos e ampliados. Palavras-Chave: Habilidade-comunicação-crianças-educação especial 208 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A INFLUÊNCIA DA FIGURA MASCULINA PATERNA NA ORIENTAÇÃO SEXUAL Diego Pires Almeida [email protected] Orientadora: Ivana G. Casali Robalinho [email protected] Este artigo trata-se de uma análise a respeito da influência paterna na orientação sexual de um indivíduo. Tal orientação tem participação fundamental na esfera familiar, o que vai refletir no contexto social de maneira ativa. Logicamente esse artigo não descarta a ideia de existirem outros fatores externos como influenciadores, tanto da orientação sexual de uma pessoa, como das famílias e sociedade. No entanto se limita ao aspecto paterno devido o nível de influência que este desenvolve. O que se percebe é que a figura paterna, que se mostra fundamental para o desenvolvimento psicológico, cognitivo e até mesmo social, pode influenciar significativamente no aspecto da orientação sexual de crianças e jovens em formação repercutindo na vida adulta, pois ela tem a possibilidade de estar presente na principal fase de uma pessoa, sua infância, onde as bases e princípios são estabelecidos, e na adolescência, onde as mesmas bases e princípios são confirmados. Essa análise também se mostra relevante pelo importante papel de diferenciação entre homem e mulher que a criança terá acesso com a presença masculina em seu desenvolvimento. Essa ambiguidade de gêneros vai auxiliar não apenas na diferenciação dos sexos masculino e feminino, como também em sua auto identificação em gênero, o que consequentemente pode afetar sua identificação sexual. Como a orientação sexual está significativamente relacionada ao desenvolvimento saudável da sociedade, se torna importante verificar os aspectos que podem influenciá-la negativamente, para que, assim, estejamos preparados a minimizar os fatores nocivos, ou futuros distúrbios que podem acarretar problemas emocionais, familiares, sociais e etc. Diante da relevância do tema para uma estruturação no âmbito de família e saúde social, a conscientização de tal responsabilidade, por parte do pai, pode iniciar uma reflexão quanto ao papel que a figura paterna vem desenvolvendo dentro dos lares e com isso propiciar mudanças que poderão resultar num contexto social positivo. Palavras-Chave: Paterna, orientação sexual, lares, família, sociedade 209 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ACONSELHAMENTO ÉTICO CRISTÃO DE PESSOAS HOMOAFETIVAS Edson Luiz Reis Pinto [email protected] Orientadora: Naomi Vidal Ferreira [email protected] Ser conselheiro cristão na atualidade é uma tarefa muito complexa, pois envolve questões de ética que influenciam no modo de aconselhar as pessoas. E em se tratando de pessoas homoafetivas o aconselhamento se torna mais complicado, logo que exige um preparo emocional e técnico bem apurado, ainda mais em decorrência da popularidade que esse tema alcançou a mídia o destaca em suas programações com certa frequência, principalmente nas telenovelas. Deve-se estar ciente de que o preconceito ainda existe mesmo no meio cristão, podendo ocorrer atos de homofobia. Esse assunto merece uma atenção especial, já que a homoafetividade é um fato social que gera uma gama extensa de debates, discussões, reflexões, pesquisas e mudanças de valores que desafiam o ordenado jurídico brasileiro. A sociedade está mudando seu modo de pensar e agir em relação ao comportamento homoafetivo, tornando-se mais tolerante, impulsionando o estado a criar normas e leis que protegem e garantam direitos constitucionais a essa classe de pessoas. Por isso a necessidade de que o aconselhamento ético cristão esteja fundamentado nos princípios bíblicos, que tem como objetivo auxiliar o indivíduo em sua vida mental, física e espiritual, possibilitando oferecer a ajuda que essas pessoas precisam, e isso sem ferir as normas religiosas e sem cometer ações consideradas pela sociedade como antiéticas. Isso também gera uma certa proteção de não cometer algum tipo de homofobia, que se enquadra em crime previsto em lei. Palavras-Chave: Aconselhamento; Ética Cristã; Homossexualismo; Homofobia. 210 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica CONCEITO E MODELO DA FAMÍLIA CRISTÃ Eliane dos Santos Marques [email protected] Orientadora: Eliane Ester Stenmiller Paroschi [email protected] Este artigo apresenta um estudo que visa obter uma melhor compreensão da instituição familiar, baseando sua origem a partir da crença judaico cristão. Busca definir família dentro do molde bíblico, em suas diversas formas e ponta qual seria o ideal a ser seguido de acordo com os planos de Deus para seus filhos. Este trabalho utiliza-se de registros Bíblicos, regra de fé para o povo de Deus. Dentro deste contexto surgem algumas perguntas: existe um modelo de família a ser seguido? O modelo de família adotado pode influenciar uma sociedade? O modelo de família é cultural? Em busca de respostas encontrei em alguns pensadores talvez a chave para abrir o entendimento e compreender o porquê de tantos modelos familiares. Diante de tamanha complexidade e vastos significados para a expressão família, seria possível encontrar uma definição satisfatória que não agrida ou constranja as pessoas que convivem comigo nesta sociedade contemporânea, perante os modelos familiares vigentes pode ser possível apontar um modelo que seja o ideal, que possa satisfazer seus indivíduos minimizando suas consequências negativas no futuro. Entendendo a complexidade do estudo da entidade familiar, portanto me restringirei apenas à visão judaico cristão e com base na Bíblia regra de fé dos cristãos será possível encontrar conceitos esclarecedores para a compreensão adequada do uso semântico da palavra família. O primeiro modelo familiar Bíblico possuiu uma estrutura simples que se torna complexa a partir do nascimento dos filhos, neste contexto é papel da família preservar os valores sociais, culturais na formação da sociedade. Palavras-Chave: Família; Cristã; Modelo. 211 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica Habilidades de comunicação entre casais e sua importância Érica Cavalcante Rodrigues [email protected] Orientadora: Daniele Lopes [email protected] A qualidade dos relacionamentos entre casais tem grande influência na vida de um indivíduo. Pesquisas demonstram que o bem estar individual está relacionado a estar casado. Porém no decorrer da vida de casado, alguns geradores de conflito aparecem, dificultando a comunicação do casal. Por isso a importância das habilidades sociais, especificamente as habilidades de comunicação, para que o casal alcance a satisfação. Alguns pesquisadores puderam perceber que as habilidades de comunicação são de extrema importância para que o casal alcance a satisfação conjugal. Este estudo tem como objetivo descrever as habilidades de comunicação para ampliar o conhecimento sobre tema, mostrando que a intervenção através do treinamento de comunicação entre casais ajuda no processo de negociação, enfrentamento de problemas e de convivência em geral, melhorando o relacionamento dos cônjuges. Este estudo verificou algumas formas de intervenção que utilizam o treinamento de comunicação, dentre elas estão: Terapia Comportamental Tradicional de Casal, Terapia Cognitivo – Comportamental, Intervenção conduzida a partir do referencial analítico comportamental através de dois instrumentos: Inventário de Habilidades Sociais Conjugais e Questionário de Relacionamento Conjugal. Os resultados de todas as intervenções se referindo ao treinamento das habilidades de comunicação entre casais se destacou por possibilitar a mudança no processo de negociação, de enfrentamento de problemas e de melhora na convivência em geral, confirmando a hipótese inicial do estudo. Palavras-chave: habilidades de comunicação, treino de comunicação entre casais, satisfação conjugal. 212 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O CONSELHEIRO COMO FACILITADOR DE INSIGHT Flávia Elisa de Sousa Fonseca [email protected] Orientadora: Naomi Vidal Ferreira [email protected] O aconselhamento é um processo interativo, caracterizado por uma relação única, onde o cliente é ouvido atentamente por um conselheiro que demonstra interesse, faz perguntas e sugere alternativas a fim de encorajá-lo e ajudá-lo em algum conflito ou decisão difícil. Atuando como facilitador desse processo, o conselheiro deve desenvolver habilidades que lhe permitam compreender e ajudar as pessoas a efetivarem as mudanças necessárias na vida cotidiana e no conceito que têm de si mesmos. O trabalho de aconselhamento é chamado de processo por envolver uma sequência de acontecimentos, num determinado tempo, que podem ser divididos em 3 fases: descoberta inicial, exploração em profundidade e preparação para ação. Sendo assim, a qualidade da relação é importante para propiciar um clima de crescimento na primeira fase, a auto percepção e o insight são facilitados pelo feedback do conselheiro na segunda fase e novas metas são traçadas e a mudança buscada na terceira fase. Mais especificamente na segunda fase, algumas condições são necessárias ao conselheiro, a fim de que este ofereça ao cliente a possibilidade de insight. É vital que o conselheiro tenha conhecimento do comportamento humano para perceber melhor as reações de seus clientes e saber utilizar as ferramentas adequadas ao proporcionar o feedback, agindo com calma e clareza. Independentemente das intervenções utilizadas para fornecer feedback, no entanto, o andamento adequado do processo exige responsabilidade e envolve questões éticas. Após uma breve análise conceitual e teórica de duas intervenções específicas, a saber: confrontação e interpretação, discutimos a importância do conselheiro aprimorar sua habilidade de utilizá-las, seja confrontando/interpretando a fala de seu cliente, desenvolvendo uma relação de confiança ou facilitando o insight do mesmo, garantindo a efetividade do aconselhamento através de uma conduta ética. Palavras-Chave: Aconselhamento; Feedback; Ética 213 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica VIVENDO O DRAMA: REFLEXÕES SOBRE A MALFORMAÇÃO CONGÊNITA NO CONTEXTO FAMILIAR Flávia dos Santos Souza Almeida [email protected] Orientadora: Vandeni Clarice Kunz [email protected] Este artigo visa trazer reflexões a respeito da malformação congênita, através do relato de experiência de uma mãe que vive essa realidade. No Brasil, os defeitos congênitos vêm apresentando relevância crescente como causa de sofrimento e prejuízos à saúde da população, já que não menos de 5% dos nascidos vivos apresentam algum defeito do desenvolvimento, determinado, total ou parcialmente, por fatores genéticos. A chegada de um bebê à família é sempre um momento marcante, cheio de expectativas, sentimentos, emoções e projeções, os pais e a família de uma forma ampliada criam uma imagem de como será essa criança, fazendo com que a atmosfera do lar que está prestes a receber um novo membro fique completamente modificada, por isso o diagnóstico de uma malformação, é algo muito marcante e causa grandes desordens no núcleo familiar. Segundo o Ministério da Saúde, a chegada de um bebê com malformação produz descontinuidade relacionada a essa idealização do nascimento perfeito, com sonhos desmoronados e sentimentos negativos, não só para a mãe, mas também para o cônjuge e toda a família. Nesse sentido, o nascimento de um bebê com malformação é mais uma crise que se adiciona, e todas as dificuldades ficam intensificadas. Considerando esta realidade é necessária uma rede de apoio e suporte à família que vive esse tipo de situação. Palavras-Chave: Malformação congênita; mãe, bebê, família 214 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica HABILIDADES SOCIAIS E RELACIONAMENTO CONJUGAL: UMA PONTE ENTRE MARTE E VÊNUS Francilene Fróes Prado Gonçalves [email protected] Orientadora: Daniele Lopes [email protected] O campo teórico-prático das habilidades sociais tem sido alvo de interesse de pesquisa nesses últimos anos com uma vasta literatura que inclui estudos teóricos de caracterização, de construção de instrumentos de avaliação, de recursos, técnicas e procedimentos de intervenção, de avaliação e disseminação de programas de intervenção. Vários estudos empíricos e revisões teóricas atestam a importância das habilidades sociais para a satisfação e manutenção do relacionamento conjugal, no sentido de formar uma ponte funcional entre as diferenças de gêneros e no processo de construção da vida a dois sem interferência na individualidade. Como a construção da competência social é um processo contínuo que pode ser aprendido, o presente artigo tem como objetivo descrever as principais habilidades sociais que têm relação com a conjugalidade, no sentido de promover melhor interação entre o casal e desenvolver satisfação e consolidação da vida conjugal. Segundo Del Prette e Del Prette (2010) habilidades sociais constituem uma classe geral de comportamentos que possuem alta probabilidade de produzir consequências reforçadoras para o indivíduo e para as demais pessoas do grupo social. Segundo esses autores, o conjunto de habilidades sociais importantes para um bom relacionamento social inclui habilidades como comunicação, assertividade, empatia, civilidade e expressividade emocional (Del Prette & Del Prette, 2001). A qualidade conjugal é resultado do processo dinâmico e interativo do casal, razão da importância do estudo das habilidades sociais como facilitadoras da satisfação conjugal. Destacam-se nesse artigo a empatia, assertividade e comunicação como de grande relevância no planejamento de práticas conjugais comprometidas com a qualidade do relacionamento. Palavras-Chave: Habilidades sociais; conjugalidade; relacionamento. 215 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ENTRE A BÍBLIA E O ALCORÃO: SIMILARIDADES E CONTRASTES ENTRE O MODELO FAMILIAR CRISTÃO E MUÇULMANO Gabriella da Silva Dutra Portes [email protected] Orientadora: Eliane Paroschi [email protected] Com as constantes mudanças de paradigmas e de estrutura social, as famílias têm, ao longo dos séculos, passado por diversas alterações, quer sejam em seus modelos, em sua forma, ou até mesmo na compreensão de seu papel diante da sociedade. Neste interim, naturalmente questões religiosas são apresentadas, com determinados pontos de vista. Tendo a compreensão da família como base da sociedade, as duas maiores religiões do mundo, cristianismo e islamismo, apresentam seus princípios basilares para a formação de um modelo familiar, ancorados especialmente em seus livros normativos: a bíblia e o alcorão. A partir desta compreensão, este artigo buscou na literatura específica que características principais dão forma a estes modelos, apresentando suas similaridades e suas diferenças. Levando em conta a diferente compreensão de inspiração e interpretação de seus livros sagrados, ambas as religiões vêm a família como a base da sociedade, tendo sido instituída por Deus, desde a criação, para o bem estar de suas criaturas e a propagação da espécie, tendo seus membros específicas responsabilidades dentro do lar. Cristianismo e Islamismo concordam que a família tem início na união matrimonial, que deve ser vitalícia e heterossexual. Em contrastes, destaca-se os parâmetros para a escolha do cônjuge, a monogamia e poligamia, permitida somente no Islam e as formas de casamento. Conclui-se, portanto, que as sociedades orientadas por tais religiões tenderão a estruturar-se sob núcleos familiares como apresentados acima. Estes fatores se desdobrarão nas relações sociais e culturais subsequentes indicando os benefícios e limitações dos modelos familiares adotados. Palavras-Chave: Cristianismo, islamismo, família, modelos 216 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A VIOLÊNCIA E A HABILIDADE DE RESILIÊNCIA: PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO Ingrid Versiani Alvarez [email protected] Orientadora: Priscila Benitz [email protected] A família pode ser considerada como a primeira célula social, na qual o indivíduo está inserido socialmente. Portanto, se atos de violência são ali permitidos, as crianças entendem que fora desta esfera, supostamente considerada como um modelo para os seus comportamentos, a violência também pode ser permitida nas relações interpessoais. A habilidade de resiliência pode contribuir no desenvolvimento de pessoas que são expostas a situações de riscos. Este trabalho tem por objetivo mapear a literatura brasileira sobre o processo de violência, em especial, a violência familiar, em relação à habilidade de resiliência, em um banco de dados, ScIELO e compreender, em termos gerais, a instituição escolar enquanto espaço para desenvolvimento das habilidades de resiliência. Espera-se que os achados possam demonstrar a importância de identificar, na escola ou por terceiros, crianças que são expostas à violência doméstica e desta forma criar condições para protegê-las e ajudar a minimizar os danos futuros por meio da promoção da resiliência. Com base no levantamento bibliográfico na base de dados da SciELO, verificou-se que este tema é pouco explorado cientificamente no Brasil, mas de extrema importância para a diminuição da violência na sociedade. Sugere-se que este estudo seja apenas um dos muitos que virão para aumentar a base de dados e respaldar novas pesquisas. Palavras-Chave: Família; Resiliência; Violência 217 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS CONDIÇÕES INTERIORES DO CONSELHEIRO E A ÉTICA NO ESTABELECIMENTO DA RELAÇÃO Iracéli Cristiani Hubner Zukowski [email protected] Orientadora: Naomi Vidal Ferreira [email protected] Na relação conselheiro cliente, o conselheiro deve procurar proporcionar ao cliente um ambiente seguro. Para que isto se torne uma realidade, ele deve ser, primeiramente, conhecedor de si mesmo, ou seja, estar ciente de todas as suas potencialidades, das diferentes especialidades as quais ele venha ser confrontado na relação, para que possa de forma ética atender ou não o cliente. O conselheiro deve também possuir um autoconhecimento, no qual inclui um autoconceito, seus valores e habilidades sociais, para ser capaz de se autoavaliar e desenvolver pontes necessárias para uma relação saudável com o outro. No desenvolvimento de seu autoconhecimento, o conselheiro pode usar as mesmas ferramentas que lhe estão disponíveis para desenvolver o “eu” nos clientes. Dentre as diferentes teorias existentes para o desenvolvimento do autoconhecimento defendidas pelos teóricos na área de aconselhamento podemos citar o uso da teoria do self, das habilidades sociais que se propõem a criar valores e estabelecer uma relação empática, e também é necessária uma avaliação destas habilidades sociais através da competência social. Este trabalho tem como objetivo apresentar um levantamento teórico sobre como o conselheiro pode melhorar as suas condições interiores para assim ser capaz de aplicar de forma mais eficaz a ética no estabelecimento da relação. Palavras-Chave: Ética; autoconhecimento; habilidades sociais; teoria do self. 218 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE STRESS E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ESPOSAS DE ACADÊMICOS DE TEOLOGIA E ESPOSAS DE PASTORES Jeisiane Teixeira da Cruz Tinoco [email protected] Simone Luccas Carvalho Ninahuaman [email protected] Orientadora: Fernanda Cristina Figueira Teixeira [email protected] Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 90% da população mundial é afetada pelo stress, tomando aspectos de uma epidemia global que atinge predominantemente o sexo feminino. O stress tem uma relação direta com episódios depressivos. Embora a literatura apresente muitos estudos que avaliaram ocorrência de stress e depressão em mulheres, há uma lacuna do conhecimento no que se refere a essas condições em grupos específicos de mulheres, ou seja, categorizadas por ambientes e estilo de vida semelhante, e sujeitas a fatores de risco comuns. O presente estudo se propõe a avaliar o nível de stress e sintomas depressivos em esposas de pastores (EP) e esposas de acadêmicos de Teologia (ET) adventistas do sétimo dia, residentes no interior de São Paulo. Para isto foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas de Stress (ISSL); Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) e Questionário complementar. Verificou-se que a presença de stress foi mais frequente nas ET (56,5%; p<0,05) e que em ambos os grupos a fase mais frequentemente detectada foi a de resistência (48,7% ET e 29,5%EP; p<0,05). Os sintomas mais relatados pelas ET foram os psicológicos enquanto as EP relataram sintomas físicos e psicológicos sem diferença significativa. O motivo mais gerador de preocupação na vida referido pelas ET foi o aspecto financeiro; para as EP, pressão no trabalho. A maioria das EP não apresentaram depressão, enquanto que quase metade das ET apresentaram sintomas depressivos. Quanto aos níveis de depressão, a maior frequência foi de leve à moderada em ambos os grupos, com maior frequência de casos graves entre as ET (p<0,05). Diante destes resultados percebe-se a necessidade de fortalecer a Área Feminina da Associação Ministerial (AFAM) já existente no campus universitário UNASP-EC e na União Central Brasileira (UCB). A elaboração de projetos de apoio emocional e cognitivo a estas mulheres, com suporte profissional poderá prevenir e reduzir as situações de stress e depressão. Desta forma, a instituição estará proporcionando às esposas melhores condições para lidarem com os conflitos desta fase de estudos e se prepararem emocionalmente para o exercício do ministério. Palavras-chave: Depressão, stress, mulheres, adventista, esposas. 219 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O PAPEL DA NUTRIÇÃO E DO EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO Karen Camila de Oliveira Pereira [email protected] Orientadora: Vandeni Clarice Kunz [email protected] A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido à sua alta morbidade e mortalidade. O tratamento, contudo não deve se restringir a psicoterapia e aos psicotrópicos. Os nutrientes auxiliam na prevenção e no tratamento da depressão, especialmente o ômega-3, seja de origem alimentar, seja suplementar. A prática regular de exercício físico, por sua vez, é benéfica para a preservação da função cognitiva, na melhoria de sintomas depressivos e comportamento. Diante dos vários métodos antidepressivos, muitos aplicados em associação com a terapia psicológica e psicotrópica, como o exercício físico e suplementação de ômega-3, esse estudo tem como objetivo revisar na literatura os efeitos do consumo e suplementação de ômega-3 e da prática de exercícios físicos na prevenção e tratamento da depressão. O exercício físico regular deve ser recomendado para todos os pacientes, cada um segundo a sua capacidade e a alimentação deve receber atenção especial para as fontes alimentares ou suplementares de ômega-3, visto que alterações fisiológicas e bioquímicas envolvidas na liberação de neurotransmissores e ativação de receptores específicos, auxiliam a redução dos escores indicativos de depressão. Conclui-se que a associação entre exercício físico e a suplementação de ômega-3 certamente promoverá efeitos terapêuticos significativamente positivos, associados ou não a psicoterapia e a farmacoterapia. Palavras - chave: Depressão; Ômega-3; Exercício Físico. 220 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica HABILIDADES SOCIAIS NÃO VERBAIS NA CIBERCULTURA Kendra Paulienne Martins [email protected] Orientadora: Daniele Lopes [email protected] A interação social faz parte da vida humana. Para manter boas relações, há diversos comportamentos, denominados Habilidades Sociais, que o indivíduo pode desenvolver e aprimorar por toda sua existência. Parte significativa dessas Habilidades Sociais são classificadas como não-verbais e paralinguísticas. Porém, com a crescente cultura tecnológica, as interações sociais estão mudando, afetando principalmente os componentes dessas classes. Esta pesquisa trata dessas mudanças, expondo como elas afetam as relações interpessoais e o que acontece com as habilidades sociais, devido à ausência ou debilitação dos componentes não verbais na interação mediada por interfaces. Para isso, o trabalho inicia-se definindo as habilidades sociais e a influência das classes não-verbais. Em seguida, é feita uma exposição do papel e dos caminhos do mundo virtual nos relacionamentos interpessoais. Finalmente, analisa-se o desempenho das habilidades sociais nas crescentes relações virtualizadas. A exposição desses fatores permite-se ter uma visão mais clara do processo da interação social em meio à virtualização. Conclui-se, por fim, que precisa-se de mais estudos criteriosos nessa área para dimensionar os efeitos, de maneira mais minuciosa e exata, da tecnologia sob os componentes não-verbais e paralinguísticos das relações sociais. Porém, já se pode ver tanto vantagens como desvantagens no que se diz à competência social da interação. Palavras-chave: Habilidades Sociais; Cibercultura; Não-Verbal; Paralinguístico. 221 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PRATICAS PARENTAIS E ACONSELHAMENRO SEXUAL DOS FILHOS Marli dos Santos Martins Portugal [email protected] Orientadora: Ivana Gisel Casali Robalinho [email protected] A sexualidade é um assunto complexo e importante em todas as fases do ser humano, faz parte da vida compondo sua história de forma inter-relacionada, não sendo possível desassociá-la pois abrange sentimentos, pensamentos e ações desde a infância. Entretanto, as pessoas têm dificuldades em lidar com este tema. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo refletir nas reações dos pais frente às manifestações sexuais dos filhos, bem como apontar o seu valor. A partir de uma revisão da literatura, observa-se que muitas famílias privam seus filhos da educação sexual que precisam, comumente pela influência de tabus, que os deixam sem habilidade para lidar com o assunto. Estudos revelam a dificuldade que os pais têm para lidar com esse tema e o quanto as crianças têm dúvidas, crescendo e tornando-se indivíduos inseguros em relação à sexualidade, cheios de preconceitos e infelizes. Os pais ou cuidadores têm uma grande participação na vida dos filhos, e este convívio é de extrema importância no desenvolvimento sexual. Conclui-se que, assumindo ou não a tarefa de orientar nossas crianças, estaremos oferecendo educação sexual. Todavia, fazse necessário um aprofundamento no assunto, a fim de que a família possa ter subsídios para lidar com as manifestações sexuais de seus filhos. Palavras-Chave: Sexualidade infantil, Educação sexual, Pais e filhos. 222 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A MUDANÇA NO CLIENTE E A ÉTICA NA CONSTRUÇÃO DE METAS Marly de Oliveira Silva [email protected] Orientadora: Naomi Vidal Ferreira [email protected] A ética é um princípio que, baseado em um conjunto de valores dentro de uma sociedade, é capaz de organizar, orientar e reger as atitudes de todo e qualquer indivíduo, sem prejudicar o exercício da liberdade. Pensando dessa forma, faz se necessário o uso da ética dentro da prática do aconselhamento. Partindo do pressuposto de que o aconselhamento ocorre por etapas, a abordagem central do presente trabalho se dá a partir da terceira fase, quando o conselheiro apresenta o plano de ação a fim de que o aconselhando tome conhecimento das variáveis e faça a escolha do melhor método de ação, de forma responsável e consciente, colocando-o em prática. Não existe aconselhamento sem que o conselheiro apresente ao aconselhando, de forma clara e objetiva os possíveis caminhos. Por outro lado, a ética estabelece que a liberdade, a individualidade, a integridade e o sigilo absoluto das informações do aconselhando devem ser preservados, desde que estes não comprometam a segurança e o bem estar do mesmo. O aconselhamento permite ao conselheiro um papel muito ativo, pois este assume a postura de instrutor e facilitador, possibilitando ao aconselhando mudar pensamentos e comportamentos considerados prejudiciais. Embora o cliente procure pelo aconselhamento sabendo que precisa de ajuda e, muitas vezes, de mudança em seus pensamentos e comportamentos, é bem comum encontrar pessoas que resistem a tais mudanças por medo. Nesses casos, é fundamental que o conselheiro respeite e apoie o indivíduo, para que o plano de ação atinja o objetivo proposto com sucesso. Se o processo não trouxer satisfação ao aconselhando, no entanto, será necessário repeti-lo. Dentro do trabalho de aconselhamento, faz-se necessária à auto-percepção do conselheiro, quando este encontrar alguma dificuldade em atender seu cliente, por incompatibilidade ou incapacidade em lidar com o caso. Nessas situações, cabe ao conselheiro o encaminhamento do cliente a especialistas. No momento em que o cliente atingiu maturidade e autoconfiança, convém ao conselheiro finalizar o aconselhamento, oferecendo seu apoio e encorajamento ao cliente, para que este dê continuidade às mudanças já realizadas. Palavras-Chave: Ética; Aconselhamento; Mudanças. 223 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PRÁTICAS PARENTAIS E RESILIÊNCIA: A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS SOBRE A FORMA EM QUE CONSEGUEM SER RESILIENTES Marta Pereira Delgado Terrão [email protected] Orientadora: Ivana G. Casali Robalinho [email protected] A educação dos filhos, nas últimas décadas, tem sido preocupação no modo geral por parte dos pais, pois esperam que seus filhos sejam capazes de enfrentar desafios e alcancem êxito em suas escolhas. Mas o mundo atual vive uma espécie de ditadura, uma "ditadura do imediato", onde a mídia impõe sobre a sociedade uma necessidade de urgência, tudo é muito rápido e desafiador. Deste modo, as crianças se deparam precocemente em diversas situações de ansiedade, medo, e pressões que o próprio crescimento impõe sobre elas. Porém, é responsabilidade dos pais ajudar seus filhos a desenvolverem habilidades para melhor lidar com situações inesperadas e inseguranças. Afinal, qual o caminho percorrido pelos pais que torna o filho resiliente? A criança tornase resiliente através do modelo que se tem em casa. Diante disso, o objetivo do estudo é identificar por meio da revisão de literatura, quais as maneiras de tornar os filhos resilientes. Estudos tem mostrado que as Práticas usadas pelos pais são essenciais para determinar o nível de resiliência de uma criança, de modo que, uma criança educada no âmbito das práticas parentais positivas é mais susceptível a uma capacidade e senso de resiliência, já uma criança educada sobre a ótica de práticas parentais negativas se tornam incapazes de desenvolver tal habilidade. Conclusão: Visto que os pais são os principais responsáveis para desenvolver habilidades de resiliência em seus filhos, o melhor caminho a ser percorrer por eles para tornar seus filhos resilientes é construir pilares de resiliência nas crianças, desenvolvendo as aptidões que já existem, ampliando as incompletas e capacitando-os a construir aptidões que ainda não existem. Palavras-Chave: Práticas Parentais; Resiliência; Filhos. 224 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS PRÁTICAS EDUCATIVAS PARENTAIS E DEPRESSÃO Robervânia Ferreira Alves [email protected] Orientadora: Ivana Gisel Casali Robalinho [email protected] A forma em que os pais educam os filhos influencia o desempenho social deles, seja habilidoso ou não habilidoso. Práticas parentais podem promover habilidades sociais nos filhos ou aumentar a ocorrência de problemas comportamentais, sejam eles externalizantes ou internalizantes. O presente trabalho objetiva estudar a relação das práticas parentais com um dos problemas internalizantes: a depressão. Muitos pais cometem erros na forma de educar seus filhos aumentando as chances em alguns casos, de que os mesmos adquiram depressão. De acordo com a OMS (Organização mundial da Saúde), cerca de 350 milhões de pessoas são afetadas por esta doença que faz um milhão de mortes por ano. Os números são assustadores, mas a realidade é que a depressão está sendo a principal causa de incapacidade do indivíduo além de ter uma consequência negativa muito grande na saúde física e mental das famílias. A depressão não é uma doença que afeta apenas adultos, muitas crianças e adolescentes também estão sendo vítimas desse mal. É importante que os pais tenham um olhar sensível a essa realidade, pois, as práticas parentais negativas, tais como: negligência, o relaxamento das regras estabelecidas e a punição inconsistente, poderiam estar associadas a uma possível depressão. Pesquisas realizadas indicam que quanto menor a sintomatologia depressiva, maior a percepção de carinho, habilidade nas estratégias de enfrentamento, percepção da relação de colaboração e compreensão, autonomia, confiança e liberdade. Sendo assim, conclui que é de extrema importância um olhar especial dos pais sobre suas próprias praticas educativas e os efeitos que as mesmas têm na vida dos filhos. A demonstração adequada de afeto em casa é a maior arma contra a depressão. Palavras-chave: práticas parentais; problemas internalizantes; depressão. 225 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS PARENTAIS NO DESENVOLVIMENTO E PERSONALIDADE DO FILHO ÚNICO Rosane Góis da Silva Stingelin [email protected] Orientadora: Ivana Gisel Casali Robalinho [email protected] Nas últimas décadas, em decorrência das mudanças ocorridas na sociedade, pôde-se verificar que as famílias estão passando por algumas transformações, tanto no entendimento do seu conceito, como na sua formação e estrutura, inclusive no número de filhos. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivos: (a) Entender as mudanças na estrutura familiar que ocorreram ao longo dos anos; (b) Analisar como tais mudanças influenciaram na diminuição do número de filhos e, consequentemente, no aumento de pais que optam por ter filhos únicos; e (c) Analisar se existem diferenças no desenvolvimento geral e na formação da personalidade entre crianças que são filhos únicos e aquelas que possuem irmãos. Uma revisão e análise da literatura permitiu observar que a sociedade demonstra uma visão estereotipada com relação a filhos únicos, considerando-os mimados, egoístas ou solitários. No entanto, diversos fatores podem influenciar no comportamento da criança, adequado ou inadequado, como o ambiente em que ela está inserida, as práticas educativas parentais e a forma com que os familiares se relacionam com a criança. Os filhos únicos, em geral, parecem não sofrer qualquer desvantagem no desenvolvimento, e ainda podem superar crianças que possuem irmãos em termos de sociabilidade, personalidade e ajustamento. Uma possível hipótese para tal achado é que, provavelmente, eles recebem mais atenção paterna o que os ajuda a adquirir habilidades intelectuais mais sofisticadas, tais como vocabulário, e ainda padrões de comportamentos mais maduros. Podendo receber uma atenção mais exclusiva da família, o filho único pode se desenvolver sob olhares mais atentos, podendo ser orientado e direcionado com mais tranquilidade no decorrer da vida. Conclui-se que filhos únicos podem se desenvolver e interagir normalmente com a sociedade, assim como crianças que possuem irmãos, mediante a um convívio saudável com a família, presença e acompanhamento dos pais, aplicando práticas educativas que contribuam para a formação do indivíduo. Palavras-Chave: Desenvolvimento e Personalidade; Filho Único; Irmãos 226 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ATIVIDADE FÍSICA COMO PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS MENTAIS NO ADULTO: ESTUDO DE CASO COM O MÉTODO PILATES Suélen Gomes dos Santos Marques [email protected] Orientadora: Vandeni Clarice Kunz [email protected] Estudos tem comprovado que a atividade física tem um papel fundamental na qualidade de vida do ser humano, e o método Pilates tem se mostrado uma modalidade eficaz na prevenção e tratamento de doenças mentais no adulto, levando a uma melhora na qualidade de vida. Esse estudo tem o objetivo analisar a importância da atividade física, através do método Pilates, como forma de prevenção e tratamento da saúde mental, consequentemente melhorando a qualidade de vida no adulto. Para isso, está sendo realizado um estudo de caso com uma voluntária, 39 anos, sedentária, com diagnóstico de ansiedade e depressão. Após coletar a história clínica, aplicação de testes de capacidade física e questionários sobre a qualidade de vida, foi proposto a intervenção com 10 sessões de Pilates, numa frequência de 2 vezes na semana. Por se tratar de um estudo em andamento, os resultados após a intervenção ainda não foram avaliados, mas de acordo com os resultados encontrados na literatura, a atividade física tem efeitos positivos sobre as doenças mentais no adulto e dentre essas, o Pilates, que se caracteriza por um exercício que envolve treino de força e controle de respiração, tem apresentado efeitos significativos sobre a qualidade de vida e na melhora dos sintomas relacionados a doenças mentais, como ansiedade e depressão. Palavras-Chave: Depressão; Ansiedade; Pilates. 227 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ADEQUAÇÃO DO DOSCENTE ANTE AS TECNOLOGIAS Suzi Angela Fernandes Nascimento Camargo [email protected] Francisca Pinheiro da Silva Costa [email protected] Nas últimas décadas temos presenciado o aumento numérico de faculdades e universidades por todo pais. Este acréscimo se dá sobretudo pela busca de novas competências, pois cada dia mais o mercado de trabalho tem exigido que pessoas tenham domínio sobre os recursos tecnológicos. Diante disso, nos propomos investigar como tem sido estimulado uso das Tecnologia de informação e de comunicação (TIC) pelos discentes, e como eles tem utilizado estas ferramentas para promover o crescimento da pesquisa e da ciência. Neste panorama, surge alguns questionamentos: Qual sem sido o comportamento do professor pós-moderno frente a tanta informação? Que modelo o professor do ensino presencial tem buscado, para sustentar suas práticas? A instituição na qual ele está inserido, tem disponibilizado condições para que ele possa desenvolver os seus métodos de ensino? Como tem sido seu comportamento frente as tecnologias e como a sociedade o vê no exercício de sua profissão? Devido as exigências de tempo e espação que o docente do ensino virtual tem, ele tem instigado os seus discentes a utilizar os recursos tecnológicos disponíveis para promover o ensino e aprendizado? Sabemos que o ensino superior é o ambiente responsável por formar os futuros profissionais que atuarão no mercado de trabalho. Desta forma, objetivamos analisar, se professor tem promovido no espaço da sala de aula o uso destas ferramentas. Palavras-Chave: Docente; Tecnologia; Ensino Superior. 228 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PERMANÊNCIA NA DOUTRINA FAMILIAR Wilson Felix da Cruz [email protected] Orientadora: Ivana G. Casali Robalinho [email protected] Certamente pais cristãos desejam transmitir seus princípios e valores religiosos aos filhos mas, enquanto alguns sentem ter obtido êxito ao ver seus filhos permanecendo na doutrina familiar, outros se sentem frustrados ao ver seus filhos se apartando dos ensinamentos religiosos da família. Tendo isto em mente, o presente estudo teve por objetivo analisar as influências religiosas de pais sobre seus filhos na visão de teólogos, psicólogos e profissionais ligados à área do aconselhamento familiar, também destacando maneiras e métodos mais eficazes na transmissão desta religiosidade. Sem dúvida, os pais enfrentam uma difícil e desafiadora tarefa, contudo, quando buscam relacionar-se com Deus e participar ativamente de sua religião, tornam-se mais aptos a transmitir essa crença aos seus filhos de maneira natural, viva e eficaz. Essa experiência pode ser vivenciada pelo pai que educa seus filhos tendo por base os princípios bíblicos, sendo um destes o dever do pai inculcar em seus filhos a palavra de Deus. Deste modo, o pai não transmite sua religião apenas para vê-la continuar, mas a transmite por amor a Deus, amor ao seu filho e às próximas gerações. Outro dever extremamente relevante é que os pais desfrutem e pratiquem com seus filhos a religião, levando-se em conta que o lar é um ambiente onde se passam grande parte dos momentos significativos da família, tenham no lar momentos especiais de culto familiar para comunhão e edificação. Outro fator sem dúvida importante é o testemunho dos pais no viver os princípios bíblicos, não basta apenas o pai falar a língua de um cristão, mas viver uma vida segundo o modelo de Cristo. É necessário ter em mente, no entanto, que feitos os melhores esforços por parte dos pais em seguir as instruções dadas por Deus, deve-se deixar que cada filho exerça o seu livre arbítrio. Além do dever dos pais há outra parte importantíssima para o resultado final de um filho seguir ou não a religião da família, a própria reação dos filhos ante a educação religiosa de seus pais. Palavras-Chave: Doutrina; Hábitos; Família 229 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PÓS-GRADUAÇÃO DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA 230 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UMA EaD COM CARACTERISTICAS DO E-COMMERCE Amarildo Jesus de Lima Oliveira [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] A necessidade de se reinventar pesa sobre a EaD, que segundo pesquisa está aumentando sua participação no seguimento, atraindo cada vez mais adepto a esse sistema de ensino. O aumento de aluno, traz também uma urgência em mudar o seu sistema, que foi projetado para uma faixa de idade com característica especifica, mas que atualmente não condiz com as pesquisas que tem mostrado uma migração de jovens a esse modelo com idade que buscam mais praticidade e dinamismo, lançando sobre a EaD uma expectativa que o modelo atual não está preparado para essa nova realidade. Com os constantes avanços tecnológicos, e com a popularização do acesso à internet, o perfil do estudante que busca um relacionamento virtual com o ensino, tem demandado estudo, e consequentemente um preparo maior na estrutura e conteúdo oferecido no ambiente on-line. Segundo pesquisas do SENAC, em 2011 a média da idade do aluno que buscava uma graduação a distância, era de 33 anos, ou seja, sete anos a menos do levantado há dez anos. O estudo aponta que, em 2012, a maior parte dos estudantes tinha entre 18 e 30 anos, tanto nos cursos autorizados (50%) como nos livres (59%). E, nesse novo cenário, os alunos com idade entre 31 e 40 anos passaram a ser maioria apenas nos cursos corporativos. (SENAC, 2013). A educação a distância tem com um crescimento invejável, atraindo cada vez mais alunos que buscam um sistema de ensino que mais se aproxima do seu perfil e disposição para aprender. Com um aumento anual de 52,5%%, anunciado no Censo EAD. BR 2012 (ABED, 2013), e a média de idade dos alunos vem caindo, esse fato traz sobre a EAD uma responsabilidade de se reinventar para que não aconteça o mesmo que sucedeu ao computador, e outras tecnologias que ficaram obsoletas, em não conseguir se reinventar perante aos novos perfis dos usuários e caminhos seguidos pelo setor. Os dados revelam uma condição inevitável para a EaD, como uma opção mais acessível ao ensino superior, mas o que mais pesa sobre ele é a redução da idade, e a pluridiversidade dos novos alunos, que tem escolhido a EaD como uma educação parque, ou melhor uma e-ducommerce. Palavras-Chave: EaD Inovação Tecnologia E-commerce 231 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica NOVAS FORMAS DE ENSINAR PARA NOVAS FORMAS DE APRENDER Ana Claudia Silva Azevedo Diniz [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] O mundo transformou-se, o conhecimento se expande a cada dia. Na busca por este conhecimento nos deparamos com uma má forma de ensino aprendizagem, que dificulta o desenvolvimento de nosso intelecto, pois muito é ensinado, porém pouco se aprende. Os métodos utilizados por docentes para fazer com que discentes venham absorver o máximo possível do que é passado, vem demonstrando-se ineficazes, ultrapassados ante a nova realidade. Diante disto, faz-se necessário que os educadores ensinem de forma diferente à tradicional. Hoje em dia os alunos não absorvem tanto o que é lhes ensinado pelo método tradicional de ensino, método este ainda utilizado. O objetivo deste artigo é levantar a problematização das práticas docentes, através de uma análise bibliográfica dos principais teóricos, buscando demonstrar que o professor que faz a diferença hoje é aquele que tem o prazer de ensinar para despertar no aluno o prazer de aprender. Os docentes são a ponte que conduz cada discente ao conhecimento, portanto ele também deve ser um facilitador quanto ao ensino e a avalição. Inovar é ter certeza de que o trabalho vai colher muitos frutos do saber e preparar grandes homens e mulheres para esse mundo que exige cada vez mais. Somos educadores, estamos aptos para transformar sonhos em realidade. As maneiras de aprender mudaram. Por isso as formas de ensinar precisar ser inovadoras. A tecnologia vem para facilitar a transmissão do conhecimento dentro da sala de aula, como um complemento nos nossos dias. É necessário unir teoria a pratica para haver uma concretização da aprendizagem. Aprender é transformar o conhecimento e fazer uso do mesmo. Palavras-Chave: Professor; Alunos; Prazer; Conhecimento; Inovar. 232 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DE DIREITO DO UNASP-EC: UMA ANÁLISE DO PPC DO CURSO Angelica Força Lamborghini [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] Na tentativa de solucionar os problemas causados pela fragmentação do ensino, surge no cenário da educação mundial um método didático que propõe um modelo integrador das disciplinas de um currículo, fazendo com o discente tenha um conhecimento amplo da matéria e esteja apto a resolver os problemas sociais. Trata-se da interdisciplinaridade. Ela surge no Brasil na década de 70, sendo que os principais estudiosos e pesquisadores do tema no país são Hilton Japiassu e Ivani Fazenda. A interdisciplinaridade pode ser entendida ainda como uma forma de integrar as disciplinas de um curso fazendo com que elas tenham sintonia umas com as outras. Trata-se também de uma nova forma de pensar visando à produção de novos conhecimentos e a possibilidade de os alunos inter-relacionarem as disciplinas que compõem o currículo escolar, entendendo a sua relevância e conseguindo aplicá-las. Vale destacar que o docente precisa ter uma formação adequada para ofertar um ensino interdisciplinar. Ele é o principal responsável por efetivar esse método de aprendizagem. Em se tratando do curso de Direito, grande parte dos doutrinadores entendem que as matérias são interdisciplinares entre si, visto serem interligadas e harmônicas. Porém, mesmo as disciplinas sendo interligadas entre si, a interdisciplinaridade não é sempre aplicada nesse curso, vez que para isso acontecer é necessário a prédisposição dos professores e planejamento. Partindo dessa premissa, o presente trabalho tem como objetivo principal verificar se a interdisciplinaridade está presente no curso de Direito do Unasp-EC. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram estabelecidos alguns objetivos específicos. São eles: conceituar a interdisciplinaridade; mencionar o papel dos professores na aplicação dessa técnica e analisar o Projeto Pedagógico do curso de Direito nessa instituição. O método utilizado no trabalho consiste em pesquisas feitas em livros e periódicos publicados em revistas eletrônicas, bem como em uma análise documental do PPC do curso e de alguns planos de ensino. Após a análise desses documentos, percebe-se que a interdisciplinaridade é um dos objetivos visados e que norteiam o curso de Direito da referida instituição. Ela está inserida dentro de um dos princípios que dirigem a prática pedagógica do curso, qual seja, o princípio da integração dos componentes curriculares. Ao término da pesquisa, chegou-se à conclusão de que a interdisciplinaridade consiste no principal método didático adotado pelo curso. Palavras-Chave: Interdisciplinaridade; Direito; Professor. 233 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INTERDICIPLINARIDADE NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO: UM BREVE RELATO SOBRE O MÉTODO DO PROJETO INTEGRADOR Larissa de Almeida Dalcamini [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] Com o surgimento de novas especializações no mercado de trabalho, o ensino precisou se adaptar e estabelecer novos currículos que atendessem a demanda e com isso surgiu fragmentação do ensino. Novos estudos apontam para a interdisciplinaridade como um novo parâmetro para a formação completa do aluno, por isso, estratégias e novos métodos de ensino são implementados pelas instituições, afim de promover essa educação diferenciada que englobe teoria/pratica. Um dos métodos é o projeto integrador, um trabalho anual que tem por objetivo promover a integração e interação da aprendizagem. O presente artigo busca responder a seguinte problemática: De que forma o Método do projeto Integrador auxilia na interdisciplinaridade do ensino no curso de administração? Desta forma este trabalho tem como principal objetivo verificar como o Método do projeto Integrador auxilia na interdisciplinaridade do ensino no curso de administração. Para tal, foi realizado uma pesquisa bibliográfica do tema, assim como uma análise descritiva do PPC do curso. Como resultado, observa- se que o projeto integrador é um grande aliado na busca de uma atitude interdisciplinar fazendo parte do processo, e suas contribuições favorecem sua viabilidade, porém, observou- se baseado em seu roteiro de avaliação que ainda existem alguns desafios ao projeto integrador devido a barreiras metodológicas impostas alguma vezes pelo próprio corpo docente. Palavras-Chave: Disciplina; Ensino superior; Interdisciplinaridade; Projeto Integrador 234 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O DESAFIO DO ENSINO DA DISCIPLINA DE ECONOMIA PARA A GERAÇÃO Y EM CURSOS DO ENSINO SUPERIOR Loraine Winckler Staut [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] Este estudo tem por objetivo, pontuar a dificuldade que os docentes da disciplina de economia nos mais diversos cursos do ensino superior, têm para atingir o aluno da geração y, cada vez mais desinteressado e, normalmente incapaz de enxergar a importância dessa disciplina para a sua vida profissional. Diante disso, cabe ao docente, ao ministrar a disciplina de economia nos mais diversos cursos, fazer com que os alunos além de ficarem mais interessados, consigam sentir-se envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, de forma a atuarem não apenas como meros expectadores, e sim, atores, que participam ativamente desse processo. O estudo baseou-se unicamente em pesquisa bibliográfica, focando em bibliografias recentes referentes às metodologias atualmente utilizadas no ensino de diversas disciplinas nos mais variados cursos do ensino superior e que podem ser aplicadas no ensino da economia. Observou-se que, Atualmente, as metodologias ativas, entre elas podemos citar principalmente a Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), a Metodologia da Problematização (MP) e a Aprendizagem Baseada em Projetos, têm muito a contribuir com o docente da disciplina de economia, de modo que o professor pode aproximar os alunos da realidade, muitas vezes se utilizando de problemas reais que provoquem nos alunos a necessidade de se obter conhecimento para tentar resolvê-los, tornando assim o ensino da disciplina mais atraente e proveitoso para os alunos da geração y. Palavras-Chave: Ensino Superior; Economia; Geração Y; Metodologias Ativas. 235 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR Lucas da Silva Barboza [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] Com o crescimento do nível superior tem exigido cada vez mais docentes qualificados tanto apara atender às exigências conteudistas curriculares quanto para a condução pedagógica no espaço da sala de aula. O objetivo deste artigo é abordar no meio acadêmico a questão da ação didática em instituições de ensino superior, concebida como o desenvolvimento da docência e suas implicações no cotidiano da aula e da vida universitária. Ressalta-se, também, a importância de capacitar tais profissionais para essa prática pedagógica e a necessidade de uma formação dos professores universitários fundamentada no uso de recursos inovadores de maneira eficaz. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva que utiliza como fonte de dados uma pesquisa bibliográfica sobre a temática. Do estudo realizado fica a concepção de que alunos e docentes do ensino superior estão convivendo em lógicas de sentidos opostos, atravessadas por condições institucionais que propõe princípios didáticos que podem proporcionar um aumento da divergência dessas lógicas. Nesse contexto, cabe à didática gerar uma investigação das maneiras de auxiliar os alunos a buscarem a qualidade cognitiva, na vertente do aumento de suas possibilidades de pensamento e raciocínio crítico, para que sejam mais capacitados de lidar com conceitos, solucionando problemas, com mais argumentações e maiores oportunidades de aprendizados. Portanto, torna-se imprescindível o desenvolvimento de uma visão crítica sobre a prática docente, por parte do professor, no sentido de apreciar suas responsabilidades educativas, repensando as formas de desempenho de suas funções e ainda propondo novas experiências de aperfeiçoamento na sistematização do ensino. Nesse sentido, acreditamos que o espaço acadêmico é o ambiente que deva promover debates e questionamentos em relação ao processo de ensino aprendizagem, as condições do trabalho docente, com intuito de contribuir para uma formação de professores críticos, que por sua vez participarão do processo de formação de futuros cidadãos. Por fim, o professor deverá estar preparado a levar os conhecimentos de forma atrativa e incentivando o aluno a pensar, criar e participar de forma ativa nas aulas, estimulando a prática do ensino. A qualidade da educação superior depende de todos que ela compõe, principalmente dos professores e alunos. Palavras-Chave: Docência; Didática; Professores. 236 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica VOU DAR AULA NA ENGENHARIA: E AGORA? Mario Roberto Barraza Larios [email protected] Orientadora: Andressa Jackeline de O. M. e Paiva [email protected] O presente trabalho apresenta algumas reflexões sobre a docência universitária na área de engenharia. Embasado em revisões bibliográficas e em conversas com discentes dos cursos de engenharia, foi possível constatar algumas reclamações dos alunos. Das considerações mais mencionadas pelos discentes cita-se a que diz respeito ao cartesianismo dos docentes e/ou do próprio curso, tornando o ensino extremamente engessado, evitando mudanças de metodologias e até comportamentais no atual modelo empregado. Alunos reclamam inclusive da falta de humanidade do professor que muitas vezes lida com o aluno como se o mesmo fosse um funcionário de uma empresa e não um discípulo que deseja aprender com o mestre. Se os professores, além de considerarem seus domínios específicos, investirem na dimensão pedagógica da docência, poderão iniciar as mudanças consideradas necessárias. Apresentam-se algumas sugestões que são unânimes por vários pesquisadores, as quais pretendem melhorar o aprendizado. Os problemas enfrentados por profissionais que iniciam sua caminhada acadêmica podem ser minimizados se atentarem para estas sugestões. Apresenta-se o curso de docência universitária como um elemento que fez diferença no ambiente universitário e ressaltam-se as qualidades que um docente deve possuir, do ponto de vista de melhoria do relacionamento professor-aluno. O incentivo do emprego de relações afetivas rotineiramente nas atividades docentes de forma a contribuir com o desenvolvimento não apenas científico, mas do discente como ser humano, com emoções e sentimentos que o levem inclusive à prática da ética profissional é um destaque para melhoria dos resultados acadêmicos. Com estas recomendações pretende-se atingir uma formação plena, inclusive ética, e que deve ser conseguida se o professor agir com rigidez e amor ao mesmo tempo. Lembrando que os alunos nem sempre estão no mesmo nível do docente, de forma que om mesmo deverá planejar suas aulas para que todos consigam desenvolver as atividades e o aprendizado. Conclui-se que os professores de engenharia além da vagagem técnico acadêmica, devem possuir uma vivencia prática que os auxiliem no desenvolvimento de metodologias de ensino mais apropriadas para esta área do saber. Esta conjunção de competências aliadas a um curso de docência universitária deverá suprir o futuro docente de métodos mais apropriados para desempenhar suas funções da melhor maneira. Palavras-Chave: Docência Universitária; Ensino; Engenharia. 237 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DOCENTES UNIVERSITÁRIOS: CONSTANTE ATUALIZAÇÃO! Rosana Celia Paseto [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] O presente artigo apresenta a profissão docente como àquela que nem sempre é escolhida pelo profissional como sendo sua primeira opção ou como sua carreira sonhada e de sucesso, mas sim pelas oportunidades que surgem após sua colação de grau. Sugere-se ao profissional que opta por atuar na área docente que questione e avalie seu método de ensino e seu relacionamento com os discentes, avaliando desta forma sua interação com os alunos e descobrindo formas de melhorar seu desempenho. O forte embasamento científicotecnológico aliado à prática profissional e pedagógica ficou evidenciado como sendo uma característica desejável ao profissional que deseja exercer atividades docentes, pois o professor que consegue aliar prática com teoria consegue transmitir melhor os conhecimentos, principalmente porque os alunos gostam de saber como se faz, isto é, o aluno gosta de professor que mostra na prática, e uma das formas de poder realizar isto é através da experiência em campo. Evidencia-se também que as inovações tecnológicas surgem como ferramentas que podem auxiliar o aperfeiçoamento docente, permitindo sua atualização e melhorando inclusive a comunicação com os alunos. Constata-se que esta nova interação permite ao professor utilizar o linguajar e as tecnologias que estão presentes no dia a dia do aluno, de forma que este se sinta mais à vontade para aprender. Conclui-se que atualizações, não apenas na parte técnica, mas também na parte pedagógica, devem ser uma constância para o profissional que envereda pelo caminho da docência universitária. Palavras-Chave: Professor; Atualização; Aprender. 238 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A INTERDISCIPLINARIDADE RUMO A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO ENSINO SUPERIOR Thiago Silva Santos Andressa Paiva [email protected] Este artigo propõe um diálogo entre a interdisciplinaridade e a aprendizagem significativa no ensino superior a partir da visão de Ivani Fazenda de interdisciplinaridade e David Ausel da teoria de Aprendizagem significativa. Na exploração deste tema destacamos os elos que o mesmo pode oferecer numa contribuição significativa de uma atitude interdisciplinar no ensino superior visando uma qualidade no fazer pedagógico. Também levando em consideração as particularidades que o ensino superior tem em sua construção e seu objetivo na educação, dentro da perspectiva de Ary Godoy. Em primeiro momento conceituaremos os dois temas, para depois concentramos a discussão nos pontos relacionais dos mesmos, numa tentativa de chegar em elos comuns as duas áreas: interdisciplinaridade e aprendizagem significativa. Discutindo também se pode existir aprendizagem significativa na abordagem interdisciplinaridade ou se pode ocorrer ao contrário. Sabe-se que a discussão sobre este tema não será esgotada, pois este não é o objetivo do trabalho. Ele visa propor reflexões e incentivar mais pesquisadores a trazer conclusões ou pelo menos tentativas válidas para a nossa educação, principalmente em nível superior, mas, também serão bem vindas a outros níveis de ensino. O diálogo entre os dois conhecimentos pode estar diretamente interligado, apesar de serem assuntos diferentes podem alcançar objetivos comuns. Boa parte desta relação vai depender da postura que o profissional docente tem sobre uma situação de aprendizagem e suas atitudes de planejamento, elaboração, métodos, práticas etc. Se ele não enxergar como algo que precisa ser significativo e que precisa fazer conexões com saberes anteriores esse dialogo pode não existir. Sendo assim, proponho esse trabalho para ampliar esta discussão no ensino superior e na prática docente. Palavras-Chave: Interdisciplinaridade; Aprendizagem significativa; Ensino Superior. 239 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PÓS-GRADUAÇÃO Engenharia de Segurança 240 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PREVENÇÃO DE RISCOS BIOLÓGICOS EM LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA Aniely Domeni da Silva [email protected] Orientadora: Vandeni Clarice Kunz [email protected] Os laboratórios de ensino e pesquisa envolvem atividades integradas das mais diversas áreas de conhecimento, para algumas delas é necessário a utilização de parâmetros que coloca o profissional em contato com agentes, reagentes, equipamentos e amostras biológicas, o que acaba submetendo esse profissional a várias situações de riscos. Para fazer o uso destas atividades é primordial que programas em biossegurança sejam realizados efetivamente, assim como o uso das boas práticas laboratoriais, cujo principal efeito é diminuir os acidentes causados pelos riscos biológicos, a fim de garantir a proteção e a segurança, pois a falta de normas e regras gerais de biossegurança pode causar danos à saúde dos profissionais deste setor. A falta de conhecimento desses programas e das regras da biossegurança vêm de instruções inadequadas, supervisão ineficiente, práticas inadequadas, mau uso dos equipamentos de proteção individual, trabalho falho e não observação das normas. Para toda ação em biossegurança é imprescindível realizar uma avaliação de risco. É necessário realizar um conjunto de medidas administrativas, técnicas, educativas, médicas, preventivas e protecionistas. Cada medida utilizada precisa ser eficiente para neutralizar ou eliminar o risco. O presente trabalho tem como objetivo, informar as boas práticas laboratoriais aplicadas nos laboratórios de pesquisa e ensino, que podem minimizar os acidentes causados pelos riscos biológicos. Palavras-chave: Biossegurança; Riscos biológicos; Laboratórios. 241 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica INSTALAÇÕES DE UMA PEDREIRA LOCALIZADA NO INTERIOR DE SÃO PAULO: UMA ABORDAGEM DE SAÚDE E SEGURANÇA Bruna Carolina Soares [email protected] Orientador: Alexandre Pansani [email protected] A extração de pedras é um setor pouco conhecido porém A extração de pedras é um setor pouco conhecido porém muito empregado por toda a sociedade, haja vista que os agregados produzidos por uma pedreira são utilizados nos mais diversos ramos da construção civil já que estes agregados participam com quase 95% da composição de concretos que são empregados em diversos serviços de engenharia, se relacionando com a construção de ruas e rodovias. Trata-se de um processo simples, que envolve o ser humano e no qual se faz necessária atenção no que tange à higiene e segurança do trabalho, por se tratar de um setor de alto risco e que apresenta altos índices de acidentes. Para garantir o bom funcionamento destes setores, se faz necessária a existência de pedreiras, local específico para extração e posterior redução do material em diferentes granulometrias. Este presente trabalho foi realizado em uma pedreira localizada no interior do estado de São Paulo, visando a coleta de dados a respeito dos setores de produção e manutenção e relacionando ambos com as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Foram encontradas diversas situações irregulares o que possibilitou a sugestão das melhorias necessárias em acordo com as normas que atendem ao MTE, possibilitando portanto, a conclusão do objetivo desta pesquisa. Palavras-Chave: Pedreira, Segurança e Saúde 242 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica EMBASAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO E SUSTENTÁVEL Bruna Stival Sbegue [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] O artigo apresenta a estrutura curricular da formação de um Engenheiro de Segurança do Trabalho e analisa as possíveis ênfases relacionadas a alguns dos desafios identificados na atuação deste profissional no contexto atual, que passou a ser muito mais ampla comparada às suas atribuições no surgimento da profissão. Esta mudança ocorre principalmente em função da evolução dos modelos de administração e das exigências de mercado. Neste contexto, notase uma tendência da administração moderna em atribuir a mesma relevância às questões de qualidade, segurança, saúde e meio ambiente, adotando uma abordagem sistêmica para gestão, o que requer que o Engenheiro de Segurança do Trabalho desenvolva competências estratégicas e de gestão de pessoas. Os pontos mais relevantes identificados foram: a integração do sistema de gestão para alinhamento do programa de Saúde e Segurança do Trabalho às métricas e estratégias organizacionais, inclinada a visar à saúde financeira e imagem da empresa, com foco na gestão de pessoas e a sustentabilidade do sistema promovida pela incorporação de uma cultura de segurança pela totalidade dos colaboradores, em todos os níveis da organização, contribuindo para o rompimento da anacrônica oposição entre produção e segurança e mostrando que saúde e segurança do trabalhador são sinônimos de gestão eficiente e empresa bem dirigida. Palavras-Chave: Segurança; Formação; Gestão; Cultura; Sustentabilidade. 243 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GESTÃO DE SEGURANÇA EM ESPAÇOS CONFINADOS Clayton Evaristo Dias [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] Atualmente a Segurança do Trabalho atua com muito afinco para otimizar a segurança dentro das empresas e para diminuir ao máximo, quando não eliminar totalmente os riscos inerentes as rotinas de trabalho de qualquer ramo de atividade. Quando se aborda um tema específico como o Espaço Confinado, que demanda maior atenção e esforços de quem atua com SST (Saúde e Segurança do trabalho) observa-se que os cuidados devem ser redobrados, pois é necessário que exista extrema cautela na tratativa deste assunto. Há muito que se estudar sobre o tema, visto que é regido pela Norma Regulamentadora NR 33 (Norma Regulamentadora - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados). Este é um problema antigo, pouco explorado pelas organizações, e boa parte delas ainda não se adequou totalmente em equipamentos e em procedimentos, devido ao alto custo de adequação e a esporadicidade das intervenções nos espaços confinados. Esta esporadicidade faz com que as melhorarias necessárias acabem não sendo prioridade de investimento. Em todas as organizações, o tratamento dos Espaços Confinados tem representado grande parte das preocupações dos administradores tanto pela adequação dos programas quanto pelos riscos que estes locais representam, porém, conforme as dificuldades citadas a maioria das empresas ainda não estão totalmente adequadas. O presente Trabalho mostra como implantar um Sistema de Gestão de Segurança em Espaço Confinado de forma a assegurar a saúde e segurança dos trabalhadores que fazem intervenções nestes ambientes e também garantir o cumprimento da legislação vigente sobre o assunto. Palavras-Chave: Espaço Confinado; Gestão; Segurança. 244 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA ANÁLISE DE RISCOS DE EMPREENDIMENTOS Danilo Gustavo Pereira de Abreu [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma breve introdução sobre o papel do Engenheiro de Segurança do Trabalho na análise de riscos em empreendimentos considerando-se os riscos existentes e a legislação brasileira vigente. Para tanto, através de uma breve abordagem do tema, demonstra alguns aspectos da temática sob a ótica da Engenharia de Segurança do Trabalho. Num país como o Brasil onde embora a legislação seja avançada neste campo, a Saúde e Segurança do Trabalho podem ser melhoradas, pois as regras criadas procuram mais compensar os dados causados do que eliminar as situações potencialmente danosas. A Engenharia de Segurança do Trabalho é a engenharia que visa a identificação, classificação e eliminação/mitigação dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e ocupacionais que sendo sistematicamente ignorados tem seu ápice em um acidente do trabalho. O Engenheiro de Segurança do Trabalho é o profissional legalmente habilitado para tal, propondo medidas preventivas em face de seu conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do acidente de trabalho. O trabalho acaba por concluir que a temática está em constante evolução e as atividades de Engenharia e Segurança do Trabalho e do Engenheiro de Segurança do Trabalho além de melhorar o ambiente de trabalho, trazem vantagens ao empregador ao evitar multas, interdições, pagamentos de horas ociosas e indenizações. Palavras-Chave: Risco, Análise, Engenharia de Segurança. 245 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SEGURANÇA E PROTEÇÕES EM ESTRUTURA DE CONCRETO Douglas Marques Oliveira [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] Devido à alta demanda de moradias no Brasil, a indústria da construção civil vem crescendo a cada ano. Construtoras e investidores buscam novas tecnologias visando a minimização de custos e prazos dos serviços. Uma tecnologia que está crescendo muito no mercado imobiliário é o sistema de parede de concreto moldadas no local. Esse sistema consiste em formas prontas que podem ser usadas diversas vezes em peças repetidas na obra. Mas para isso é preciso visar também na segurança e nas boas condições do trabalhador para executar tais tecnologias. Em função disso, neste trabalho, é apresentado o sistema construtivo em parede de concreto, no qual foi possível acompanhar uma obra na cidade de Campinas, verificando e relatando a segurança individual e coletiva que esse tipo de tecnologia precisa ter, de acordo com as normas regulamentadoras e NBRs, para um bom andamento da obra. Através da análise de campo e levantamentos bibliográficos foi possível verificar que é de extrema importância o cuidado com a segurança da obra como um todo, tanto em relação a fôrma da tecnologia construtiva como para as condições que um trabalhador deve ter. Pode-se afirmar também que há resistência por parte dos colaboradores para efetuar as proteções necessárias, pois isso demanda tempo, comprometendo o andamento dos serviços. Palavras-Chave: Segurança; Proteções; Parede de concreto. 246 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPORTÂNCIA DA NR 18 ITEM 28 E AS CONSEQUENCIAS DO NÃO CUMPRIMENTO DESTA NORMA Guilherme Augusto Oldakoski [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] Com a alta demanda de construções e a explosão do mercado imobiliário nos últimos anos e o aumento de empregados na construção civil, houve também um aumento de acidentes de trabalho, muito desses por falta de investimentos em proteções individuais e coletivas, treinamentos e profissionais de segurança do trabalho com experiência e conhecimento na área de atuação. O presente artigo visou informar a importância da Norma Regulamentadora (NR) número 18 item 28 que aborda sobre treinamento, essa norma exige que todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com segurança. Visto que algumas empresas na área de construção civil tratam esse assunto como um item relevante e não realizam o treinamento ao empregado antes da inicialização do serviço, será analisado como essa norma deve ser aplicada, levantar as possíveis consequências do não cumprimento dessa norma perante o TEM, Ministério do Trabalho e Emprego e como calcular o valor da multa em uma situação hipotética segundo a NR 28 que aborda os itens sobre fiscalização e penalidades. Para a elaboração deste artigo, foi realizado um levantamento bibliográfico da NR 3, NR 18 e NR 28 com o desejo de subsidiar a pesquisa. Palavras-Chave: Treinamento, NR 18, NR 28, Fiscalização e Penalidades. 247 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SEGURANÇA E SAÚDE DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVIES Henry Gonzalez Rojas [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] O presente artigo tem como objetivos principais conscientizar, sugerir e auxiliar a sociedade e os catadores de materiais recicláveis que buscam melhoria mediante a segurança no trabalho. Com o acumulo de lixo aparecem vários problemas como contaminação do ambiente, poluição, doenças, entre outras, que afetam o ambiente, bem como aqueles que se sustentam da atividade de catação de materiais recicláveis. Para facilitar o trabalho dos catadores e diminuir o acumulo do lixo, deve ser selecionado antes de sair das residências. Na separação do lixo recomenda-se conscientizar a população a dividir o lixo que é depositado em orgânico e inorgânico, assim poderá facilitar o trabalho e a segurança dos catadores de materiais recicláveis. Já nos aterros sanitários ou lixões a céu aberto os catadores de materiais recicláveis aumentam o risco à saúde e à segurança dentro desse ambiente de trabalho, pelo fato de ficarem expostos ou em contato direto com o lixo. Para a segurança dos catadores de materiais recicláveis a norma regulamentadora (NR 06) traz algumas recomendações para auxilia-los no uso de equipamentos de proteção individual (EPI), sugerindo segundo o risco apresentado na norma regulamentadora, aumentando de uma forma adequada à proteção de cada trabalhador a fim de que a segurança do mesmo seja a mais apropriada. Palavras-chave: Lixo; segurança; catadores de materiais recicláveis. 248 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A ANÁLISE DE RISCOS EM EMPREENDIMENTOS: LEVANTAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO UNASP-EC Rosana Celia Paseto [email protected] Orientador: Mario Roberto Barraza Larios [email protected] A revolução industrial teve um papel importantíssimo na vida do homem. Houve um crescimento de oportunidades de trabalho, mas também uma exposição do trabalhador às condições insalubres do ambiente do trabalho. Com o passar dos anos foram criadas leis que minimizaram a exposição do trabalhador, porém ainda é necessária maior conscientização por parte do empregador para garantir a aplicação das leis trabalhistas. A exposição do trabalhador sem os devidos cuidados e os controles necessários (qualitativos e quantitativos da exposição), pode atingir consequências irreversíveis em caso de doenças, podendo gerar acidentes leves até graves inclusive podendo chegar ao óbito. A prevenção de acidentes e doenças deve ser priorizada pelos empregadores e algumas empresas já fazem uso desse diferencial para agregar valor ao seu produto. Uma das formas de se evitar acidentes ou doenças do trabalho é dar condições de trabalho adequadas ao trabalhador. Pode-se citar como opção de ferramentas no auxilio e antecipação de acidentes ou doenças, a análise preliminar de riscos (APR), a qual permite visualizar a gravidade e a frequência dos riscos a que o Trabalhador está exposto. Essa análise é simples, mas de grande valia quando usada com coerência no ambiente de trabalho, podendo ser aplicada em diversas atividades não se limitando a antecipação de acidentes, mas também na indústria como ferramenta do controle de qualidade e de produção. Palavras-Chave: Segurança; Riscos; Acidentes. 249 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA E AMBIENTE ADEQUADO PARA O TRABALHADOR EM CANTEIROS DE OBRA Samara Bauermeister Butzen [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] A segurança de trabalho é um dos fatores que exigem maior atenção na construção civil, pois nesse ramo o trabalhador está exposto a inúmeros riscos graves que podem comprometer a sua saúde e até mesmo a sua vida o tempo todo, o que leva a uma necessidade prioritária em relação a adoção de medidas de segurança que preservem a saúde e bem estar do trabalhador. O canteiro de obras é um dos locais onde a segurança deve ter mais prioridade, devido ao tempo que o trabalhador está exposto ao risco e aos inúmeros riscos físicos, químicos e biológicos que envolvem o trabalhador nessa área e levando em conta que é o ambiente de trabalho do funcionário da construção civil o mesmo deverá estar em boas condições para atender às suas necessidades. Para atender a essas exigências, foram elaboradas normas regulamentadoras que apresentam importantes recomendações em relação a segurança dos mais variados tipos de trabalho, inclusive a construção civil. Ao decorrer desse trabalho será discutido a respeito da importância da segurança e cuidados inerentes ao canteiro de obra, o trabalho irá discorrer também sobre algumas NR’s relacionadas especificamente à construção civil e sua importância para a qualidade de vida e segurança dos trabalhadores desse setor. Palavras-chave: Canteiro de obras; Construção civil; Segurança do trabalho. 250 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IMPLANTANDO UMA ERGONOMIA VIÁVEL Taize Helena Vaz [email protected] Orientador: Mário Roberto Barraza Larios [email protected] A ergonomia adapta as condições de trabalho as características psicofisiológicas do homem, procurando evitar variados tipos de acidentes, principalmente as doenças ocupacionais, entre elas a LER/DORT, estresse, lesões, lombalgia, entre outras. Sendo assim, as indústrias e até mesmo os pequenos escritórios, estão cada vez mais preocupados a adaptar as máquinas aos trabalhadores, visto que essas modificações trazem diversos benefícios para a empresa, como o aumento da produtividade. Existem diversas maneiras para ajustar o trabalhador a sua função, ou seja, adequar a empresa dentro das condições estabelecidas na NR 17. Em muitos casos, essa adaptação pode ser inviável a organização, entretanto existem algumas maneiras mais simples para se encaixar dentro da NR 17. Quando o ambiente de trabalho está organizado, com uma boa iluminação e ventilação, fica mais difícil ocorrer acidentes ocupacionais, visto que o trabalhador estará mais satisfeito em realizar suas tarefas em um local apropriado. Apesar disso, dependendo do porte da empresa, essas condições tornam-se irrelevantes para que o trabalhador realmente tenha um ambiente de conforto adequado as suas características. Por isso, esse artigo aborda uma solução dinâmica na detecção de riscos ergonômicos existentes na empresa, pois é focado diretamente no risco, através de observações e reflexões que podem ajudar a solucionar os problemas enfrentados no ambiente de trabalho. Palavras-Chave: Ergonômico; Máquina; Adaptação. 251 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SEGURANÇA DO TRABALHO: ATUALIDADE Talita Di Cavallotti [email protected] Orientador: Mário Roberto Barraza Larios [email protected] Este trabalho tem como objetivo analisar as atuais condições que um profissional da área de segurança e saúde do trabalho tem, expostas ao seu favor, para exercer suas atividades, com qualidade e competência. Fazendo o levantamento do passado histórico, que envolve as primeiras atividades laborais desenvolvidas pela humanidade, onde é relatado a grande negligencia perante a segurança e saúde dos trabalhadores em décadas passadas, começando pela revolução industrial, que traz com ela, grandes avanços para a civilização, do ponto de vista econômico, visto por outro ângulo, objetivando a saúde e segurança do trabalhador, trouxe alguns transtornos, tanto físico, químicos, biológicos entre outros. Este estudo carrega como bagagem os relatos dos primeiros acidentes de trabalho, um deles envolvendo chumbo, por conta da intoxicação dos funcionários de uma mineradora, onde um médico reconheceu tal gravidade de exposição dos trabalhadores a este elemento. Com isso esta pesquisa consegue avaliar e notificar as mudanças realizadas após o reconhecimento dos riscos no ambiente de trabalho que envolve os colaboradores, apresentando as leis e normas regulamentadoras relacionadas a segurança do trabalho. Apontando com isso o que foi aprimorado, ao passar dos anos e o que falta aprimorar para as condições. Reconhecendo, também, o respaldo que um profissional desta área de atuação tem disponível, em nível federativo, a mercê de seu trabalho. Palavras-Chave: Normas Regulamentadoras; Profissional; Segurança 252 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica OS AGROTÓXICOS E A SEGURANÇA DA SAÚDE Tatiana Cristina de Oliveira Táparo [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] A prática de atividades rurais parece ser inofensiva, porém o trabalhador rural está exposto a diversos perigos e uns dos maiores perigos são os agrotóxicos, pois eles são silenciosos e não demostram seu perigo aparente a quem o manuseia. Muitas vezes os trabalhadores fazem o manejo destes produtos sem saber como utilizá-lo e sem o uso de equipamentos de segurança individual, os chamados EPIs e por consequência podem contrair doenças graves com a contaminação química causada pelos agrotóxicos, como: câncer, doenças respiratórias, má formação fetal e até a morte imediata por intoxicação. Os agrotóxicos ainda podem ser dispersos pelo ar, águas e solos, causando não apenas a contaminação dos trabalhadores rurais, mas toda a população que vive ao redor de onde eles são utilizados. Outro grande perigo dos agrotóxicos, como já citado, é a dispersão pelo ar, água e solo, causando a contaminação iminente do meio ambiente que pode ser cumulativa em alguns casos, desencadeando um ciclo de contaminações até chegar ao ser humano. Este artigo busca relatar a importância do uso correto de defensivos agrícolas pelos produtores e o correto manejo por partes dos trabalhadores rurais, buscando o equilíbrio entre a segurança da saúde e a preservação do meio ambiente. Palavras-Chave: Agrotóxicos; Segurança do trabalhador; Saúde. 253 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ECONOMIZE 70% DE ENERGIA E GANHE UM BÔNUS MORTAL Valmir Pereira Lima [email protected] Orientadora: Francisca Pinheiro da Silveira Costa [email protected] A maioria das pessoas ao utilizarem lâmpadas fluorescentes compactas (LFCs), por inexistência de informação explicita do seu fabricante, não sabe o quanto está aparente e frágil lâmpada é perigosa, enquanto intacta a mesma oferece pequeno risco, porém ao se quebrar esta lâmpada, o mercúrio nela contida (em média 20mg de mercúrio), irá liberar vapores tóxicos, não só no momento da quebra, mas o efeito poderá durar horas e até dias, uma verdadeira contaminação de mercúrio silenciosa e invisível. Neste sentido serão abordados de forma sucinta alguns malefícios do mercúrio, que foram registrados por outros pesquisadores, seus impactos de contaminação, ao ser humano e ao meio ambiente, a intensidade dos agentes nocivos através da legislação brasileiras por meio das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e também da Organização Mundial de Saúde estabelece um limite de tolerância biológica para o ser humano a taxa de 33 microgramas de mercúrio por grama de creatinina urinária e 0,04 miligramas por metro cúbico de ar no ambiente de Trabalho. Também será abordado de que forma nossas Leis tratam este assunto de contaminação por LFCs. Estabelecer um breve diagnóstico do papel da Engenharia de Segurança do Trabalho ao elaborar recomendações de segurança ao trabalhador, as formas de riscos ao qual o mesmo estará exposto, identificando todo o potencial de perigo tóxico das LFCs em toda a sua movimentação na cadeia produtiva, seja ela no começo de sua fabricação, na movimentação através de seu transporte, no seu armazenamento ou na sua destinação final. Palavras-Chave: Engenharia de Segurança do Trabalho; fluorescentes compactas; contaminação; mercúrio; meio ambiente. lâmpadas 254 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PÓS-GRADUAÇÃO SAÚDE PREVENTIVA E NATURAL 255 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA X ANEMIA FERROPRIVA Angela Gimenez Garcia De Andrade [email protected] Gilza Vianna Da Costa [email protected] Orientadora: Lanny Cristina Soares [email protected] O objetivo principal do trabalho é demonstrar que é possível aos que desejam optar por uma dieta ovo lacto vegetariana, manter uma alimentação saudável e não ser acometidos por carências alimentares. Quanto ao mineral ferro, entendemos que suprir as necessidades requeridas pelo nosso organismo é simplesmente resultado de uma dieta vegetariana equilibrada em todos nutrientes. O enfoque desta pesquisa refere-se à anemia ferropriva. Apresentaremos um cardápio ovo-lacto-vegetariano para um dia, com teor de ferro que atende as várias faixas etárias e sexo, favorecendo até as gestantes. O grande interesse pelo assunto tem sido demonstrado através do grande número de trabalhos científicos desenvolvidos sobre o tema e que confirmam que a frequência de anemia ferropriva (por deficiência de ferro) não é maior na população vegetariana quando comparada à população onívora, que conta com uma dieta mais rica em gorduras saturadas. Outro fator relevante também é o aumento de estabelecimentos que oferecem produtos vegetarianos, como supermercados, restaurantes comerciais e cantinas escolares, prestando assim grande contribuição para uma melhor qualidade de vida aos que já aderiram a este estilo alimentar ou se interessam pelo assunto. Este trabalho reúne estudos que avaliam os benefícios de uma dieta vegetariana, bem como a biodisponibilidade de ferro nessa alimentação, descartando assim, o aparecimento de anemia por deficiência de ferro no grupo ovo-lacto-vegetariano. Palavras-Chave: Alimentação vegetariana; Anemia ferropriva; Educação alimentar e nutricional; Recomendações nutricionais. 256 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PUBLICIDADE E PROPAGANDA 257 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A COMPREENSÃO DO QUE SÃO ESPAÇOS PÚBLICOS NO CIBERESPAÇO Flavio Salcedo Rodrigues Moreira [email protected] Laiza Fernanda dos Santos Hofmann [email protected] Orientador: Tales Tomaz [email protected] A internet, através das redes sociais, desenvolveu um novo ambiente para interação social. Uma realidade paralela e interligada com a analógica: o ciberespaço. Este local virtual possui suas regras de interação e comportamento social. Que por vezes são similares as do espaço analógico, em outras apresenta normas totalmente novas que geram um novo tipo de comportamento e de compreensão sobre as interações sociais. Uma destas normas envolve a compreensão sobre o que são espaços públicos na internet. Tal entendimento é de suma importância para o relacionamento social dentro do ciberespaço, haja visto que a cultura atual é permeada por conceitos sociais advindos do “mundo analógico” e catalisados pelo “mundo virtual”, ou vice e versa. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo fazer uma análise sobre a compreensão dos usuários do Facebook e sobre o que eles consideram como espaço público dentro da rede social. Como hipótese inicial trabalhou-se a ideia de que as configurações de privacidade da rede social moldariam a forma como o usuário compreende o que são espaços públicos e privados dentro da rede social. O trabalho utiliza-se, primeiramente, de uma abordagem teórica baseada em autores que trabalham o conceito de espaço público na sociologia e no ciberespaço. Seu desenvolvimento se deu através de entrevistas em profundidade com usuários do Facebook. Estas entrevistas foram avaliadas mediante o método de análise de conteúdo. Por fim, chegou-se a ideia de que a concepção do usuário do Facebook sobre espaços públicos e privados dentro do ciberespaço é pautada pelas ferramentas de privacidade oferecidas pela rede social. Mas isto também gera uma confusão na mente dos usuários. Mediante estas configurações gera-se uma infinidade de possibilidades de espaços públicos/privados gerenciados pelos gostos e preferências de cada usuário. Palavras-Chave: Redes Sociais; Espaço Público; Ciberespaço. 258 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica IPHONE 6 E IPHONE 6 PLUS: UMA ANÁLISE COM BASE NA MAISPOTÊNCIA DE EUGÊNIO TRIVINHO Janaina Teles da Silva [email protected] Orientador: Tales Tomaz [email protected] Este trabalho apresenta os resultados de uma análise feita a partir da teoria da “mais- potência”. Buscaremos entender se pode alegar que o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus, últimos lançamentos da Apple, correspondem as exigências da “mais-potência”. Irei expor como a nossa sociedade é definida atualmente. Para isso, irei apresentar Ciro Marcondes Filho, que em sua teoria defende que somos uma sociedade movida pela tecnologia. Eugênio Trivinho, que fala da reestruturação da sociedade pela velocidade. Outro pensador será exposto, Zygmunt Bauman, que defende o surgimento das transformações nas formas de conduzirmos nossas vidas. Em seguida, pretendo mostrar, através de Edilson Cazeloto, a teoria da inclusão digital, pois defende que ao adquirirmos um aparelho tecnológico, é permitido ao indivíduo ser incluso na sociedade da produção. Novamente, o pensador Zygmunt Bauman será apresentado, para defender a satisfação dos desejos pela aquisição de bens. Eugênio Trivinho também será retomado, com sua teoria da ‘’mais-potência’’, pois defende que um produto tecnológico tem seu “tempo de vida” curto. Assim que um novo produto é lançado, logo se deseja adquirir a nova versão que é mais potente, fazendo com que a versão anterior torne-se obsoleta. Por fim, o estudo tomará como comparativo a exposição das mudanças estabelecidas entre as últimas versões lançadas, sendo elas o iPhone 5s, o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus. Diante dessa análise, foi possível ver que o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus, foram apresentados como sendo mais potentes que a versão anterior, por obter um novo sistema diferenciado. Assim, seu antecessor, o iPhone 5s, foi visto como um aparelho menos potente. Seguindo por essa lógica, o que é mais potente passa a ser desejado, levando a um processo de substituição pela nova versão do produto. Por tanto, compreendemos que esse acontecimento corresponde às exigências da “mais-potência”. Palavras-Chave: Tecnologia; Mais-potência; iPhone; Trivinho. 259 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica O CONTEXTO ATUAL HUMANO X MÁQUINA, A COMUNICAÇÃO E O DESAMOR Júlia Tudella Bianco [email protected] Orientador: Tales Tomaz [email protected] Desde o início da modernidade líquida, o indivíduo se encontra em uma posição de rejeição das metanarrativas, teorias humanas que buscam resolver os problemas da humanidade. Deixa-se a ideia de uma sociedade estruturada e determinada e surge uma era de questionamentos. Já não se acredita mais nas verdades absolutas e até mesmo a ideia de progresso sofre transformações. Apesar disso, o pensamento da “técnica moderna”, definido por Mickle (1998) como a subjugação da natureza pelo homem sem respeitar seus limites, surgido na modernidade, continua se mostrando presente. As tecnologias que concomitantemente haviam sido desenvolvidas, encontram cada vez mais espaço dentro da rotina humana, surgindo o período “tecnocêntrico”. Nesse momento a relação humano x máquina assume uma forma inédita, onde a técnica não e apenas uma ferramenta à disposição do indivíduo, mas esse depõe parte de sua autonomia nas tecnologias, além de se tornarem indissociáveis. Uma das razões apontadas para explicar o porquê dessa submissão é a insegurança em si mesmo criada a partir do insucesso das metanarrativas. Dentro desse novo contexto o trabalho questiona como está a comunicação interpessoal. Assumindo o conceito de comunicação de Ciro Marcondes Filho (2010), onde comunicação é mais do que apenas sinalizar ou informar, acontecendo apenas quando algo novo surge de tal interação, e alguns conceitos de Merleau-Ponty (2011), sobre um ambiente neutro entre mim e o outro que permite essa tal comunicação, concluímos que a insegurança sugerida pela estrutura social atual, líquida e democrática, inibe a exposição cultivando a incomunicabilidade. O processo identificado, dialógico em sua essência, aponta cada vez mais para o eu como único meio de segurança e 2 preservação. As interações ocorrem cada vez mais intermediadas por telas, causando uma impressão de ser uma alternativa segura enquanto na realidade nos mantém afastados, impossibilitando a entrega que define o amor. Amor ao próximo que, segundo Bauman (2004), torna a existência humana diferente das demais. Palavras-chave: Comunicação, Tecnocentrismo. Incomunicabilidade, Modernidade-Líquida, 260 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MALÉVOLA - ENCANTOS E DESENCANTOS NA LUTA PELA SUPERAÇÃO DO UCANNY VALLEY Antônio Marcus de Oliveira Souza [email protected] Orientador: Rodrigo Follis [email protected] Segundo a teoria do Ucanny Valey, concebida por Misahiru Moru com base em Freud e Jentsch, nosso grau de afeição por um boneco ou robô é crescente conforme ele se torna mais parecido com um ser humano, mas de repente essa afeição cai em um vale de rejeição pouco antes da cópia alcançar a verossimilhança. Esse fenômeno representa um dos principais desafios para a indústria dos Efeitos Especiais, havendo relativamente pouca produção científica sobre o tema. Segundo a pesquisadora Angela Tinwell, a superação do Vale da Estranheza pode nunca ocorrer devido à capacidade humana de aguçar sua percepção crítica com o avanço da tecnologia. Sabe-se que as três fadas do filme Malévola, de 2014, representam mais um avanço do fotorrealismo na computação gráfica, embora não sejam exatamente humanas. Muitos ao ver uma foto de Thistlewit podem não perceber se tratar de uma boneca digital. Teria então a tecnologia atual logrado ultrapassar o tal vale? Quais os problemas encontrados nesse processo? O presente artigo visa responder a essas questões ao traçar o estado atual das tecnologias por trás dos personagens digitais em Malévola, explicando os fundamentos teóricos do Ucanny Valley e em seguida comparando os resultados visíveis de tais novas tecnologias com as premissas teóricas do Unheimliche ou estranho. A pesquisa foi fundamentada nos textos básicos de Freud, Moru e Jentsch sobre o tema e em pesquisas atuais, com destaque para Angela Tinwell, além de fontes respeitadas na indústria da Computação Gráfica. Palavras-Chave: Ucanny Valey; Malévola; Cinema; Personagens Digitais. 261 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SISTEMAS PARA INTERNET 262 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ANÁLISE DE RELATÓRIOS DO APLICATIVO PARA APARELHOS MÓVEIS COMO FERRAMENTA PARA AVALIAR O ESTILO DE VIDA Roan Rossi [email protected] Douglas Stehling [email protected] Thales de Tarsis Cezare [email protected] Orientadora: Vandeni Kunz [email protected] Vivemos numa era globalizada, onde o uso de recursos tecnológicos e eletrônicos está disponível a todos. Paralelamente, há também um aumento na ocorrência das doenças crônico-degenerativas, sendo que a maior parte dessas doenças estão relacionadas ao estilo de vida (WHO, 1990), que é determinado por hábitos como alimentação equilibrada, atividade física, sono regular, entre outros. Tem-se tornado cada vez mais comum, medidas que incentivam as pessoas a praticarem hábitos de vida saudáveis para redução de fatores de risco para doenças e para promoção de melhor qualidade de vida. Considerando-se a era globalizada e informatizada em que vivemos, adicionada a necessidade crescente por parte da população para hábitos de vida saudável e consequentemente melhor qualidade de vida, criou-se um aplicativo para aparelhos móveis com tecnologia ANDROID, para avalizar o estilo de vida das pessoas. Nesse resumo, teve-se por objetivo analisar o desenvolvimento e a utilização dessa ferramenta, bom como os relatórios avaliativos que são emitidos. Inicialmente foi realizado um levantamento da literatura em busca de informações científicas dos oito remédios naturais, sobre seus efeitos e pontuação de cada um deles. Em seguida, todas as informações foram organizadas para serem inseridas no aplicativo móvel com seus respectivos comandos de programação. No momento o aplicativo encontra-se em fase de testes, para os ajustes necessários. Pretende-se em momento posterior, disponibilizar o aplicativo para toda a comunidade. Embora o aplicativo ainda não tenha sido finalizado, acreditamos que o mesmo servirá de incentivo para auxiliar as pessoas de modo geral a buscarem um estilo de vida saudável. Palavras-Chave: Estilo de vida; aplicativo; remédios naturais. 263 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica GERENCIAMENTO AUTOMOTIVO Ademir Cappellaro [email protected] Alexandre Nascimento da Silva [email protected] Isabela de Souza Carvalho [email protected] Orientador: Marcelo Colombo [email protected] Atualmente a tecnologia da informação está avançando no mercado e os aplicativos eletrônicos estão se tornando cada vez mais utilizados, principalmente em empresas, que necessitam de métodos que os ajudem a evitar problemas existentes no dia a dia, e obter mais segurança e um acesso mais fácil. A produção de veículos vem inovando a cada ano, com modelos diferentes ou com uma nova tecnologia, para facilitar e atender as necessidades de quem vai utilizar o veículo, e com o levantamento destas dificuldades foi desenvolvido um novo sistema que vai gerenciar automóveis, a partir da comunicação entre o sistema e o dispositivo remoto com o arduino, podendo controla-lo à distância. Devido as necessidades de segurança que empresas, vêm sofrendo atualmente, como a falta de controle, manutenção de veículos e problemas com roubos o gerenciamento automotivo pretende se evitar imprevistos e diminuir custo e um gasto maior de tempo. Este monitoramento vai manter um controle no veículo podendo bloquear, enviar e receber informações básicas. O usuário poderá utilizar o veículo com a permissão do administrador, e dentro do carro terá um teclado (display) onde o usuário vai informar um login e uma senha para acesso. Após um acesso ao veículo e o usuário ser reconhecido pelo sistema, o veículo será liberado para visualização das informações. Neste projeto foram realizadas pesquisas bibliográficas para o desenvolvimento do sistema com informações necessárias para criação da página de acesso e alguns testes de funcionamento com conexões via celular. A pesquisa foi realizada através de acesso a sites, tutoriais, fórum, artigos, projetos e exemplos de pesquisas sobre Arduino e módulo GSM. Os métodos mais usados de pesquisa foi via Internet, com tutoriais sobre o funcionamento do micro controlador escolhido para a determinação de hardwares com componentes necessários para o funcionamento do sistema de controle. Através de testes com o Arduino e SMS, foi comprovado a sua eficiência, podendo compartilhar informações do veículo ao sistema. Utilizando métodos para fins o sistema garante uma solução de grande ajuda tanto para usuários como administrador por ser um aplicativo fácil e útil ao mesmo tempo. Palavras-Chave: Gerenciar Automóveis; Arduino; Segurança; Módulo GSM. 264 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica PORTAL DASK Alex Muller de Jesus Sousa [email protected] Jonatas da S. Santos Cavalheiro [email protected] Renato Dos Reis Carneiro [email protected] Orientador: Evanderson dos Santos Almeida [email protected] Atualmente a Internet modificou a forma de comunicação em todo mundo. Cada vez mais pessoas estão conectadas a rede mundial de computadores. Segundo IPOBE(2013) o Brasil atingiu a marca de 105,1 milhões de pessoas com acesso à Internet, mostrando um grande crescimento em relação aos últimos anos. Devido ao aumento contínuo de usuários conectados à rede, tornou-se indispensável o desenvolvimento de sites e portais web para empresas privadas, organizações, instituições particulares e governamentais. O Diretório Acadêmico Siegfried Kümpel (DASK), é o atual responsável por auxiliar os estudantes do curso de Teologia da FAT, (Faculdade Adventista de Teologia) na realização de suas atividades, tais como: no processo de aquisição de livros, na divulgação de conteúdos e atividades relacionados à FAT, notícias, eventos, comunicados, fotos, vídeos, arquivos, entre outros. A maior dificuldade do DASK atualmente é centralizar e gerenciar todo conteúdo disponibilizado. Buscando solucionar o problema de gerenciamento e centralização dos processos do diretório acadêmico, foi proposto um Portal Web que gerencie e centralize os processos realizado pelo mesmo. O projeto intitulado como Portal Dask, tem como uma de suas funcionalidades o acesso a divulgação de Artigos, Noticias, Comunicados, Arquivos, Eventos, Fotos e Vídeos exclusivos da FAT. Também possui uma livraria on-line onde os alunos poderão agilizar o processo de pedidos de livros negociados pelo DASK junto as editoras, e ainda uma área para o registro histórico de Diretores, Professores e Alunos que fizeram parte da FAT. Para desenvolvimento do projeto foram adotados padrões de Engenharia de Software, seguidas de entrevistas com a equipe administrativa do DASK para melhor absorção dos problemas. A elaboração de layout foi realizada com base nos padrões de IHC (Interação Humano computador), utilizando as linguagens HTML5, CSS3, Java Scripts. Adotou-se também a utilização de Frameworks e Plug-ins como, Bootstrap3, JQuery e Tables. Optou-se pelo modelo de desenvolvimento MVC (Model View Controller) utilizando a linguagem de programação PHP5 orientado a objetos devido a praticidade e a facilidade de manutenção dos códigos. O sistema foi testado em um servidor local com sistema de banco de dados MySql php e Apache. Este projeto alcançou satisfatoriamente todos os objetivos requeridos pelo cliente, restando apenas como trabalhos futuros a finalização e atualização de alguns módulos já existentes. Palavras-Chave: Migrando; Aplicações Web; DASK; Engenharia de Software. 265 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SISTEMA DE REGISTRO DE PRESENÇA AUTOMATIZADO NA PLATAFORMA ANDROID Benny Trigo Porto [email protected] Douglas Tiago Otte [email protected] Evellyn Crispim Littke [email protected] Orientador: Percival Silva de Lucena [email protected] O registro de presença é um recurso utilizado para comprovar a estadia de pessoas em determinados locais como seminários, palestras, salas de aulas, shows, entre outros. O processo pode ser feito de forma manual através de registros em papel, bem como maneira semi-automatizada através de listas eletrônicas de presença. A disceminização de dispositivos móveis em toda a população permite nova forma de automação de processos. Os recursos de identificação e localização presentes em dispositivos móveis permitem que os mesmos possam ser utilizados para uma automação completa do registro de presença. A presente pesquisa procurou desenvolver um sistema, o Registro de Presença Automatizado (RPA), que fará essa automatização e leitura do registro de presença, contando com o auxílio de um código de barras bidimensional, QR Code (Quik Response Code). Este código é detectado e traduzido por celulares que possuem câmera e uma biblioteca específica para este fim. Depois de detectado pelo leitor, um tipo de conteúdo é interpretado como, por exemplo, texto simples, URL de um site, número de telefone, que no caso deste projeto, agirá como uma senha de validação de presença do usuário. Em uma primeira etapa realizou-se o levantamento dos requisitos do sistema e projeto de aplicativo com ferramentas de engenharia de software, tais como os softwares Eclipse IDE e Netbens IDE, a linguagem Java, a plataforma Android, o sistema gerenciador de banco de dados, MySql, o protocolo de WebService REST, e outras plataformas e frameworks que foram utilizados para desenvolvimento do sistema RPA. Na segunda etapa do projeto, uma aplicação web foi desenvolvida, com a finalidade de se ter o acesso ao banco de dados e tratamento dos registros. Desenvolveu-se também um aplicativo Android capaz de detectar a presença do usuário em um ressinto e comunica-la a um servidor remoto de registro de presenças. Os resultados foram apresentados e verificou-se a eficiência do sistema, não esgotando em si as possibilidades de melhorias a resolução de possíveis problemas que burlem o sistema. Palavras-Chave: Registro; Presença; QR Code; Android. 266 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UNASPMOBILE Jonas Padilha Rodrigues [email protected] Orientador: Fabiano Alves de Souza [email protected] A comodidade e a interação tem sido o alvo da sociedade globalizada hoje em dia. Todo esforço possível é realizado pelas pessoas que buscam conforto e facilidade na execução de suas tarefas. A portabilidade dos smartphones e suas características multifuncionais se tornaram mais do que um desejo pessoal de consumo, uma ferramenta comumente usada por pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais. Na instituição de ensino UNASP-EC não existe um conceito de desenvolvimento móvel para atender os sistemas disponíveis na instituição. O acesso limitado da informação nesses aspectos é evidente quando se coloca em contraste com as tendências tecnológicas utilizadas pelas corporações que visam em atender seus clientes e usuários a qualquer hora e lugar. Comparando com os serviços disponíveis pesquisados para esse projeto percebe-se que a limitação de conectividade ocorre quando o usuário, no caso o aluno, conecta com os sistemas somente através de um notebook ou desktop, pois com dispositivos portáteis os layouts dos sistemas não são responsivos, tornando-se incompatíveis com alguns navegadores nativos dos aparelhos. Diante desses problemas surgiu a necessidade de uma construção de uma solução de portabilidade de informação, em que o aluno pudesse receber em um único serviço a informação de seus principais interesses no âmbito acadêmico, como informação de notas e dados financeiros. Através das linguagens de programação para web comoHTML5, CSS e JavaScript foi desenvolvido um aplicativo compatível com as plataformas Android e IOS auxiliados através da tecnologias emergente framework IBM Worklight 6.2 n qual empresas vem utilizando para desenvolver seus projetos devido a sua alta capacidade de integração de sistemas e agilidade na implementação de soluções webmobile.Com funções específicas, o aplicativo pode ser atualizado ou adaptado à necessidade dos devidos setores já utilizados, sendo compatível para futuras soluções semelhantes. O aplicativo é capaz de verificar notas, faltas, notícias, financeiros e dentre outras informações. Palavras-Chave: Mobile; Multiplataforma; Aplicativos. 267 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica ACQUA - SISTEMA PARA LAVANDERIA UNASP-EC José Inácio do Prado Miranda [email protected] Lenise Antunes Pereira [email protected] Pedro Manoel Bauermeister Butzen [email protected] Orientador: Fabiano Alves de Souza [email protected] Atualmente, as lavanderias de grande porte possuem sistemas gerenciais locais capazes de controlar entradas e saídas de peças fornecendo bom desempenho, isso graças às tecnologias hoje presente. A ausência de qualquer tipo de sistemas faz com que qualquer empreendimento sofra dificuldades em seu gerenciamento. Com isso, o êxito a ser obtido fica ameaçado. O presente trabalho apresenta um sistema online que pode ser aplicado em qualquer tipo de lavanderia alinhado as necessidades do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Unasp-EC, pois a mesma não possui nenhum tipo de sistema tecnológico para o controle de peças de roupas pela qual atende aproximadamente 1500 usuários. O projeto foi elaborado utilizando as tecnologias emergentes como aplicativos móveis, NFC (Near Field Communication), linguagens de programação como PHP e Banco de Dados. Para que se chegasse ao epílogo de ideias do que precisava para melhorar o funcionamento e aumentar a praticidade do serviço, foi realizada uma visita ao local, para ser observado o funcionamento, rotina e necessidade do setor. Através da análise dos requisitos, foi construído um sistema web controlando entrada e saída de roupas, onde cada peça conterá uma tag NFC que a identificará. Tais tags são capazes de suportar -25ºC até 80ºC podendo então suportar a água e o calor da secadora. O projeto auxiliará a lavanderia da instituição acima citada, a manter um fluxo mais rápido diminuindo filas e um controle mais confiável podendo diminuir perdas de peças. Palavras-Chave: PHP; NFC; Android; Sistema Web; Lavanderia. 268 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica UNASP PARK MOTORS Marcelo Luiz dos Santos [email protected] Thiago Rigueto [email protected] Orientador: Percival Silva de Lucena [email protected] Hoje a grande disputada de cargos oferecidos no mercado de trabalho tem feito com que seus candidatos se qualifiquem ainda mais, e uma entre várias das exigências para estar à frente dos concorrentes é a formação superior. Esta procura tem demandado ás instituições de ensino um aumento do número de vagas em seus estacionamentos oferecendo assim um espaço mais amplo e que possa suportar a utilização de todos, caso que aconteceu no Centro Universitário Adventista de São Paulo UNASP-EC. Devido ao aumento do número de usuários que se deslocam para a faculdade com motocicletas, o espaço de estacionamentos das mesmas não as suportava. Com isto foi construído uma nova garagem de estacionamento somente para motocicletas, que aumentou em mais de duzentos e cinquenta o número de vagas destinadas aos alunos, professores, funcionários e visitantes do UNASP. A equipe de segurança da faculdade é a atual responsável por gerenciar o estacionamento, controlar o fluxo de entrada/saída dos usuários, organizar a utilização do espaço e garantir a segurança das motocicletas. Por não possuir um sistema informatizado que auxilie neste controle e gerenciamento eficiente, a maior dificuldade da equipe atualmente é realizar este procedimento com rapidez, evitando filas e proporcionando aos usuários facilidade no momento de estacionar e retirar a sua motocicleta. Buscando solucionar este problema foi proposto a realização de um sistema de informação que atendesse aos requisitos da equipe de segurança, auxiliando no gerenciamento e organização de todos os procedimentos de utilização do estacionamento. O projeto que foi intitulado como Unasp Park Motors, tem como uma de suas funcionalidades a organização das informações dos usuários em um banco de dados, controle do fluxo de entrada e saída de veículos, criação de relatórios, gerenciando com rapidez e praticidade o acesso ao estacionamento. Para o desenvolvimento do projeto foram realizados alguns encontros com a equipe de segurança, para realizar a especificação dos requisitos, entender como funciona todo o trabalho e absorver os problemas que necessitam ser resolvidos. A criação de todo o layout do sistema foi realizada com base nos padrões de IHC (Interação Humano computador), e utilizada às linguagens de programação orientada a objetos JAVA, JAVASCRIPT e CSS. O sistema foi hospedado em um servidor local Glass Fish, com o banco de dados MySql. Com a utilização deste projeto foram alcançados, de forma satisfatória e eficiente, os objetivos solicitados pelo cliente, o qual no decorrer do tempo, através dos trabalhos futuros, poderá ser melhorado de acordo com as necessidades que surgirem. Palavras Chaves: Estacionamento; Organização; Motocicletas; Gerenciamento. 269 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS Rodrigo de Sousa Santos [email protected] Orientador: Fabiano Alves de Souza [email protected] Desde o início do mundo o homem tenta vencer obstáculos que a natureza lhe impõe, e com sua inteligência, ele desenvolve meios para suprir essas necessidades. Os computadores, uma das maiores e, talvez, a principal invenção humana, têm auxiliado cada vez mais o homem em muitas atividades, como a montagem de veículos em fábricas e cirurgias delicadas em hospitais. Com a revolução tecnológica, os computadores e seus equipamentos têm como objetivo simular o poder mental humano num processo chamado automação. A automação tem como principal função, aumentar a produtividade humana e deslocar as pessoas para tarefas muito mais nobres, como o uso da criatividade e do poder de tomada de decisões. Com o aprimoramento das tecnologias e com o efeito da globalização, a empresa que deseja ser competitiva no mercado deve oferecer produtos de ótima qualidade, preços baixos, e em menor tempo possível, onde seus resultados podem ser obtidos através da organização de seus processos. Um dos maiores problemas das grandes empresas, por exemplo, é o gerenciamento de seus processos. Seria possível, automatizar os processos gerenciais de uma empresa? Qual a melhor forma de organização? Uma empresa automatizada pode aumentar a qualidade dos produtos desenvolvidos? Atualmente, uma empresa que está crescendo ou tem porte para tal, deve aplicar inovações tecnológicas no gerenciamento de processos, obtendo acesso em tempo real as suas informações, para traçar planos e metas, tendo flexibilidade e competência diante de seus concorrentes. O projeto desenvolvido suprirá de maneira fácil e objetiva os processos gerenciais de uma empresa, trazendo maior organização e comunicação entre os meios. Ele influenciará no modelo de organização, produção e comunicação, gerando grande avanço no processo gerencial. Vale ressaltar que um processo de gerenciamento automatizado não depende apenas de um computador e suas ferramentas, também é necessário o fator humano, onde seja capaz de traduzir os dados informados pelo sistema gerencial e aplicá-lo na empresa da melhor forma possível. Palavras-Chave: Gerenciamento; Processos; Organização; Automatização. 270 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRADUTOR E INTERPRETE 271 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRADUÇÕES AUTOMÁTICAS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA QUEM TRADUZ César Cardoso [email protected] Davi Cavalhieri [email protected] Orientadora: Ana Maria de Moura Schaffer [email protected] Atualmente, nos encontramos em uma fase de constante avanço tecnológico. A todo instante surgem novas tecnologias ou essas são aprimoradas para atender necessidades e também aperfeiçoar a vida do ser humano. Por meio da tecnologia alcançamos melhores condições de trabalho, ferramentas ágeis, profissões geradas pelas novidades e necessidades tecnológicas, acessibilidade, comunicação em tempo real e moldamos as nossas relações em virtude de uma era voltada à globalização, sobretudo com base na informática. A tradução, uma profissão muito importante atualmente, em vista da sua função e necessidade, é hoje uma grande estrutura multidisciplinar de ciências cuja base é Informática. Em uma sociedade cada vez mais vinculada com a tecnologia, algumas áreas de conhecimento têm se adaptado para acompanhar a velocidade com que a informação circula entre pessoas e empresas. É o caso da Linguística, que ao fundir-se com a Informática gerou a Linguística Computacional, disciplina que contribui para o desenvolvimento de ferramentas e tecnologias para a tradução. Com ela, foi possível a criação e aprimoramento de corretores gramaticais e grandes bancos de dados de informação nas mais variadas línguas. Diante disso, esse trabalho foca os estudos nas Traduções Automáticas e como elas implicam no modelo de tradução que existe atualmente, para então tentar traçar uma previsão de como será o cenário da tradução num futuro onde cada vez mais os tradutores automáticos são utilizados, pondo em cheque o trabalho do tradutor humano. De acordo com essa visão e com os estudos feitos no decorrer da elaboração desse trabalho, foi possível enxergar que os tradutores automáticos atualmente não são de fato, de total autonomia, mas se bem utilizados por um tradutor humano experiente, pode ser de grande ajuda para otimizar o trabalho do profissional. Palavras-chave: Tradução; Ferramentas; Tradução Automática; Linguística Computacional. 272 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRADUÇÃO AUTOMÁTICA: PASSADO E PRESENTE Especialista Marco Antonio de Azevedo [email protected] Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] Os processos cognitivos inferem ao tradutor, por meio de suas traduções, a capacidade de expressar a sua interpretação do querer dizer do autor original. Passamos da revolução industrial para a era digital, caracterizada pela rápida comunicação em nível global, tendo a internet como o centro desta revolução, ampliando a interação entre homem-tecnologia, acesso à informação e relações pessoais. Se décadas atrás as traduções eram datilografadas em papel e apresentavam maior dificuldade de correção, dado os recursos limitados, hoje a tradução em formato digital no computador abre um leque de recursos e possibilidades. Desde o primeiro vislumbre do uso de máquinas de tradução automática pela IBM, em 1954, o homem tem buscado aplicabilidade das tecnologias computacionais nas traduções de forma automática. Com a popularização dos computadores para uso doméstico alinhado ao desenvolvimento das aplicações web, passamos a ter acesso a tradutores automáticos na internet e softwares de auxílio à tradução para uso doméstico, como o lançado em 1995 pela pioneira Systran. Atualmente a qualidade das traduções automáticas tem melhorado consideravelmente com as aplicações dos métodos de tradução RBMT (Rule Based Machine Translation - Tradução Automática Baseada em Regras) que aplicam informações linguísticas, dicionários e regras gramaticais e a SMT (Statistical Machine Translation Tradução Automática Estatística); que se baseia em modelos estatísticos. Ambas tendo como ponto de partida, banco de dados de textos bilíngues traduzidos por tradutores humanos. Pretende-se neste trabalho apresentar um breve histórico da tradução automática, suas vantagens e desvantagens, além das perspectivas de evolução da tradução automática, tendo como ponto principal um comparativo entre a tradução automática sem a aplicação dos modelos RBMT e SMT, e com a aplicação de ambos os modelos, utilizando sites de tradução automática. A partir dos resultados apresentados, observou-se que a aplicação dos referidos modelos afetam positivamente a qualidade e produtividade do texto traduzido. Esta forma de tradução automática aliada à tradução humana confere ganhos de produtividade e qualidade, especialmente em textos técnicos. Este trabalho justifica-se pela necessidade de se conhecer e aproveitar os benefícios trazidos pelas ferramentas de auxílio à tradução, indispensáveis ao tradutor contemporâneo. Palavras-chave: Tradução; Tradução automática; Rule Based Machine Translation; Statistical Machine Translation. 273 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica AS RELAÇÕES ENTRE TECNOLOGIA-TRADUTOR-MERCADO DE TRABALHO IMPLICAÇÕES PRESENTES NO EXERCÍCIO TRADUTÓRIO Evelyn Thais de Almeida [email protected] Orientadora: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] O verdadeiro senso de poder atualmente está em torno de dominar as ferramentas disponíveis com o propósito de disseminar a informação. No âmbito do exercício da tradução não é diferente, seja com as técnicas quirógrafas e, mais tarde, impressas e atualmente as eletrônicas, as ferramentas estão tão presentes no dia a dia do profissional. Porém, as transformações impostas pelas ferramentas tecnológicas no mercado da tradução têm trazido consequências irreversíveis para o tradutor. O presente capítulo busca refletir as bases tecnologia-tradutor-mercado principalmente do ponto de vista das implicações humanas e éticas ao utilizar as ferramentas tecnológicas, em especial as memórias de tradução para atender as necessidades mercadológicas atuais. A questão envolve investigar qual é o papel do profissional diante das memórias de tradução disponíveis, afim de atender de forma eficaz os clientes/trabalhos com suas exigências determinadas pelo mercado que as envolve, como por exemplo adaptar as traduções para múltiplas culturas sem a necessidade de serem refeitos. O texto limita-se nas questões humanas e econômicas, pois evitará detalhes a respeito do funcionamento das tecnologias vigentes. O capítulo deriva-se da premissa de que o papel do tradutor implícita nos projetos de tradução tem-se atribuído cada vez mais a função de revisor e nem todos os profissionais se atentaram a esta transformação e muito menos estão preparados ou dispostos a enfrentar esta mudança. Conclui-se que o tradutor continua como sujeito ativo no processo, utiliza suas capacidades lógicas e conhecimento acumulado e seu profundo envolvimento cognitivo no processo. Somente um tradutor atento e atualizado poderá construir pontes seguras capazes de transpor barreiras linguísticas e culturais; pontes cujo pavimento ainda é a confiança. Menos do que isso é trair aqueles que acreditam no seu trabalho. Palavras-Chave: mercado de trabalho; tradutor; tecnologias; ferramentas. 274 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica FUSÃO HOMEM MÁQUINA IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS Evelyn Thais de Almeida [email protected] Thais Alencar [email protected] Orientadora: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] Desde que Descartes anunciou “penso, logo existo”, pensamos na soberania do “eu” contra a natureza e ambiente a nossa volta; Ele partiu do princípio de que os homens se diferenciavam de qualquer outra coisa por dois fatores; por sua capacidade de responder em situações inusitadas e agir pelo conhecimento utilizando a razão, numa espécie de missão de conquista, domínio e usufruto. Ao criar as tecnologias, percebeu que poderia ir além; suas possibilidades passaram de criar algo para “gerar, modificar, clonar e hibridizar seres vivos, intervindo inclusive sobre nosso patrimônio genético, até então fora do alcance de nossas ações” (OLIVEIRA,2012). O presente capítulo introduz a reflexão sobre os limites entre homem-máquina aos buscar na realidade do profissional de tradução quais seriam a(s) relação(ões) entre tradutor-máquina; se ele se enquadra como um ciborgue ou se o verdadeiro papel das ferramentas não ultrapassa a qualidade de complementar no seu trabalho. Partimos do pressuposto que a tecnologia é dispensável em alguns contextos, entretanto, em outros o profissional não vive sem. A primeira parte interroga a mudança no conceito de humano e tenta compreender as definições de ciborgues, andróide, transhumanismo, para em seguida refletir a relação de complementaridade ou paridade das ferramentas tecnológicas em relação ao homem no campo da tradução. O texto limita-se nas questões filosóficas, ontológicas e epistemológicas envolvidas, para utiliza-los como base para a área supramencionada. Conclui-se que mesmo que os profissionais de tradução estão se tornando ciborgues ao utilizarem as ferramentas como “enxertos mecânicos” do seu corpo, o processo tradutório ainda depende de alto grau de monitoramento cognitivo consciente, habilidades humanas para desenvolver o trabalho. Palavras-chave: tecnologia; tradutor; homem-máquina; ciborgue. 275 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA SE ALCANÇAR OS EFEITOS DE SENTIDO DA LÍNGUA DE PARTIDA AO SE TRADUZIR TEXTOS HUMORÍSTICOS PARA OUTRA Eduardo Henrique Neto [email protected] Josianne Malheiros Meira Ruberto [email protected] Orientadora: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] Conscientes de que o humor permeia todos os meios da nossa vida e que cada vez mais surgem estudos que abrangem a questão, nos propusemos a estudar sobre o assunto e pesquisar, procurando abranger os mais relevantes estudos e pesquisas que enfocam o quesito do humor, ao se traduzir de uma língua para outra. Para isso, Rosas (2002), Bergson (2001) e Possenti (1998) foram os autores convidados para a parte teórica do humor. Partimos do pressuposto de que sem estudos específicos aprofundados no assunto, quem traduz textos humorísticos, no caso das traduções audiovisuais, ao se depararem com situações cômicas que exigem deles elaborações específicas para reprodução do efeito humorístico na língua de chegada, muitas vezes ficam sem saber o que fazer e cometem inadequações. Assim, nosso questionamento motivador do estudo foi: que competências deveria ter um profissional para traduzir esse tipo de gênero textual? Elaboramos a hipótese de que os tradutores que traduzem filmes e/ou seriados de cunho humorístico devem, além de ter amplo conhecimento teórico de tradução, ter competências específicas e necessárias para apresentar um trabalho que seja aceitável para o público de chegada. Ou seja, não é suficiente o conhecimento linguístico, mas outras competências são exigidas como condição para que haja um resultado satisfatório em tradução audiovisual. Como objetivos, buscamos discutir e problematizar a tradução humorística no gênero audiovisual, a partir da noção de competência tradutória apresentada por Hurtado (2005) e Pym (2003) e também discorrer sobre a importância de o tradutor se valer de amplo embasamento teórico para fazer uma tradução de material audiovisual, identificando as competências necessárias para fazer uma tradução adequada. Palavras-Chave: Tradução do Humor; Tradução Audiovisual; Competências. 276 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica FANSUBBING: IMPLICAÇÕES TÉCNICAS E ÉTICAS DE UM FENÔMENO CULTURAL Emiliana Rolim Cardoso [email protected] Orientador: Milton Luiz Torres [email protected] Com o advento da internet, o mundo inteiro se comunica em tempo real e o acesso a materiais de culturas estrangeiras e sua disseminação por meio de animes, filmes e séries é quase que instantânea. Levando em consideração que cada vez mais pessoas querem absorver aspectos culturais estrangeiros, via séries, filmes e afins, surgiu um fenômeno denominado fansubbing, no qual fãs de determinado anime produzem a legenda e as disponibilizam gratuitamente na internet sem obter qualquer tipo de remuneração pelos esforços de tradução. Pretendeu-se com este estudo identificar as principais diferenças entre o fansubbing e a legendagem profissional, bem como seus aspectos técnicos, éticos e suas particularidades em relação aos consumidores. Foi realizada neste estudo uma análise de quatro episódios da primeira temporada do seriado americano Grey's anatomy a fim de computar os equívocos cometidos por um fansubber em contraste com um legendista profissional. Notou-se, mediante a análise, que o fansubber é, de modo geral, menos conciso que um profissional e que mantém muitos dos termos médicos em inglês, além de erros gramaticais e má interpretação, dificultando a compreensão do espectador. Acerca dos aspectos éticos, há diferenças entre grupos de fansubs em relação ao cumprimento ou não das leis de direitos autorais. Palavras-chave: Fansubbing; Legendagem profissional; Anime; Séries; Internet. 277 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica MANTENDO A ESSÊNCIA DO HUMOR NA TRADUÇÃO À LUZ DA OBRA “THE IMPORTANCE OF BEING EARNEST”, DE OSCAR WILDE Fabrício Balieiro de Sá [email protected] Orientador: Tania Siqueira [email protected] O trabalho de pesquisa consiste em apresentar técnicas utilizadas para a tradução de obras humorísticas, visto que muitos profissionais têm encontrado dificuldades para realizar essa atividade, devido a esse gênero textual ser composto por piadas com trocadilhos, jogos de palavras e expressões próprias da língua fonte. A pesquisa se inicia apresentando teorias que apresentam as possíveis origens do humor, buscando compreender como acontece o seu funcionamento. A seguir, a pesquisa oferece uma análise de teorias e estratégias que visam a realização eficiente da tradução de obras humorísticas, de acordo com especialistas no assunto, como Chiaro (2010) e Rosas (2002) em seu livro Tradução de Humor: transcriando piadas. Na prática, essas técnicas serão apresentadas tendo como base a análise da obra The Importance of Being Earnest do escritor e dramaturgo irlandês Oscar Wilde, com uma de suas traduções para o português brasileiro de Oscar Mendes, intitulada de A Importância de Ser Prudente. Deste modo, o estudo envolveu o processo de análise comparativa de dados entre a obra original com a sua respectiva tradução. Segundo as observações feitas, foi possível perceber que conhecer a cultura, tanto da língua fonte quanto da língua de chegada, é um fator indispensável para traduzir obras do gênero humorístico. Palavras-Chave: Humor; Tradução; Tradução do Humor; Oscar Wilde; The Importance of Being Earnest. 278 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica COMPETÊNCIA TRADUTÓRIA E TRADUÇÃO DE JOGOS Fernando Santarosa [email protected] Luís Felipe Rossi [email protected] Orientadora: Ana M. M. Schäffer [email protected] Percebe-se no mercado atual de jogos o problema com traduções equivocadas como terminologias diferentes das padronizadas, erros gramaticais, abreviações incorretas ou impróprias, além de questões culturais, com frequência, deixadas de lado nesse gênero de tradução. Assim questionamos quais tipos de habilidades linguísticas, culturais e sociais seriam necessários para um processo de tradução de jogos eletrônicos que não apresente os problemas e traduções equivocadas que observamos nas traduções de jogos. Defendemos a hipótese de que a tradução de jogos no Brasil é feita por leigos, amantes de jogos, mas que nem sempre sabem as regras adequadas de tradução na área de jogos; isto é, podem até gostar de jogar, ter afinidade com a área, mas não têm as competências necessárias para traduzir esse gênero textual. Para tentar responder à problemática, partimos da discussão das competências necessárias que devem estar por trás de traduções do inglês para o português do Brasil de jogos eletrônicos. Seguimos a metodologia da pesquisa exploratória, ao nos valermos de um questionário abrangente para identificarmos as reações dos jogadores, ao se depararem com inadequações tradutórias e seu impacto no desempenho do jogador; paralelamente, selecionamos dezenove amostras de frames de jogos já traduzidos para a análise comparativa dos resultados em conexão com as respostas do questionário. Por fim, apresentamos propostas de melhora nas traduções deste gênero. Percebemos que a tradução feita por fãs, que não são profissionais, ainda é forte no Brasil, mas não é a resposta definitiva para os equívocos tradutórios. O que se pôde observar é que falta o trabalho em conjunto entre três principais tipos de competência em relação à tradução de jogos: a revisão séria do trabalho do tradutor na posição de espectador proposto por Sánchez (2006), que no Brasil é profundamente prejudicado pela pirataria, pois recebe fragmentos de texto com quase nenhum contexto e/ou vídeos para a legendagem de baixíssima qualidade; o uso apropriado de habilidades de acordo com o meio citado por McClelland (apud ROTHE-NEVES, 2002) e a competência tradutória de Hurtado (1996) que a divide em competência linguística, extralinguística e textual. Deste modo incluímos a revisão, a competência técnica e a competência linguística. Palavras-Chave: Tradução; Competência tradutória; Jogos eletrônicos. 279 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica DUBLAGEM: DESAFIOS TRADUTÓRIOS NA TRASNPOSIÇÃO CULTURAL DAS ANIMAÇÕES DA DISNEY Isabela B. Bocaiuva Bizetti [email protected] Isabela Rabêlo Sousa [email protected] Orientador: Milton L. Torres [email protected] Na dublagem, há muitos critérios com os quais analisar a adaptação de uma animação, como, por exemplo, a oralidade, o humor, a estrutura do idioma, etc. Nesta pesquisa, a transposição cultural aparece como critério principal de estudo, ao analisarmos um corpus selecionado de animações dos Estúdios de Animação Walt Disney, comparando seu áudio original com o áudio dublado para o português. Ao fazer a adaptação de animações por meio da dublagem, muitos pontos devem ser considerados pelo tradutor a fim de que essa adaptação seja de boa qualidade; entre estes pontos, estão os aspectos culturais do país de origem do filme e sua adaptação ao contexto do país para o qual se está traduzindo. Levando isso em consideração, indagou-se: existem graus diferentes de transposição cultural? Caso haja essa diferença, como fazer uma transposição cultural que alcance o grau máximo? Para tentar responder a essa problemática, nossos objetivos são: identificar se há, na dublagem das animações analisadas, transposição cultural com identificação específica; fazer uma análise comparativa com os originais das seguintes animações dubladas dos Estúdios de Animações Walt Disney: Toy story 3, Monstros SA e A nova onda do imperador, analisando os resultados para procurar identificar que dublagens foram adaptadas e em que níveis de transposição cultural se encaixam, sugerindo uma transposição cultural com identificação específica para os exemplos analisados. Como estratégia metodológica, seguimos análise comparativa com abordagem qualitativa do corpus. Os resultados indicam que existem graus diferentes de transposição cultural, que é a transposição cultural com identificação específica e que o mesmo tradutor, num determinado ponto do filme, consegue atingi-la, o que parece ser um empreendimento mais difícil de realizar, enquanto, em outro momento, não obtém tanto sucesso. O que se pôde observar é que, ainda que inconscientemente, os tradutores, de fato, têm buscado transpor, de forma bem sucedida, elementos culturais específicos, adaptando-os para a língua de chegada de modo que o telespectador se identifique de tal forma com o texto que tenha a impressão de que o filme se passe em sua própria cultura. Palavras-Chave: Tradução; Dublagem; Adaptação; Transposição cultural. 280 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica A POSTURA ÉTICA DO TRADUTOR JURÍDICO Ketlin de Mello Moreira [email protected] Orientador: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] Este trabalho tem como objetivo abordar a questão da ética na profissão de tradutor e intérprete, ao propor uma discussão sobre o contexto histórico da ética e seu processo evolutivo em interface com as profissões, bem como as características necessárias para uma tradução jurídica. Em toda e qualquer profissão há necessidade de profissionais que saibam distinguir o que se pode e o que não se pode fazer na prática profissional. O que dizer da tradução jurídica? Haveria um modelo de ética a ser seguido por quem traduz? Partimos do pressuposto de que a tradução jurídica, no geral, segue um padrão ético que não compromete a sua principal ação, que é cumprir a lei e fazer valer os direitos e deveres dos envolvidos em qualquer processo, ao seguir e observar princípios em diferentes situações. Diante disso, de modo específico, busca-se analisar o que seria uma conduta profissional ética do profissional da tradução, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, quanto pela reflexão e análise de três casosexemplos traduzidos a partir do “National Accreditation Authority for Translators and Interpreters Ltd” (2013). A discussão destes exemplos nos orientam sobre os procedimentos esperados pelo tradutor, de acordo com o código de ética da profissão, quanto às implicações de fidelidade imprescindível na tradução jurídica e que se amparam no código de ética dos profissionais de tradução do Brasil. A metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica, seguida pela análise e discussão dos casos-exemplos trazidos como corpus de pesquisa. Palavras-Chave: Ética; Ética Profissional; Ética Tradutória; Tradução Jurídica. 281 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRADUÇÃO LITERÁRIA: COMO TRADUZIR UM CONTO E COMO ADAPTÁLO NA LÍNGUA-META Tamara Magalhães Rodrigues [email protected] Orientador: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] Este trabalho é uma tradução comentada de um conto da autora sul-africana Nadine Gordimer que traduzimos para o português do Brasil. O conto escolhido foi The first sense, que foi publicado em 2006, em The New Yorkers archive, local onde muitas das obras da autora surgiram. O gênero história de ficção curta foi o que mais trouxe destaque para Gordimer, ao ela expor neste gênero questões que incomodavam a alma humana e instigavam a crítica aos problemas sociais e políticos do seu país. O nosso estudo enfatizou dois aspectos: por um lado o enquadramento do conto no contexto da obra de Gordimer e os aspectos centrais da sua obra, tendo como foco a segregação racial na África do Sul, tema que emerge em todos os seus trabalhos; por outro, a natureza empírica como o fator relevante da tradução, ao se trazer um pouco das implicações teóricas da tradução literária, a partir de noções como a traduzibilidade, o papel do tradutor e o processo de recriação literária de autores como Antunes (1991), Britto (2002) e César (1999), tradutores de textos literários que praticaram na década de 1990 a tradução comentada e anotada, no caso de César; e os demais que são referência de tradução literária no Brasil, como é o caso de Britto. Procuramos reproduzir em português não apenas os sentidos, mas também as denúncias sociais contra o apartheid feitas pela autora no conto. Observamos aspectos sintáticos e semânticos, como o tipo de vocabulário usado e imagens que são particularmente interessantes e que apresentaram dificuldades no traduzir. Analisando a tradução, observamos o estilo literário da autora e sua importância para a literatura sul-africana e universal. Ao apresentarmos a tradução do conto, objetivamos sinalizar algumas das dificuldades e soluções, bem como as reflexões relacionadas ao estilo da autora, à margem da leitura do seu texto. Palavras-Chave: Tradução literária; Tradução comentada e anotada. 282 XVI ENAIC – Encontro Anual de iniciação Científica TRADUÇÃO POÉTICA: EMILY DICKINSON Vanessa Barbosa de Matos caires [email protected] Orientadora: Ana Maria de Moura Schäffer [email protected] A pesquisa abordou as traduções de algumas poesias selecionadas de Emily Dickinson (E.D.), a partir da obra que serviu de pano de fundo para o desenvolvimento do trabalho – “Wild nights” traduzida por Isa Mara Lando (2010) como “Loucas Noites”. Nesta edição bilíngue, organizada por Lando, são tecidos comentários sobre a vida e obra da autora, além de apresentadas justificativas para as traduções propostas pela tradutora. Entre as metas do estudo, buscamos entender as implicações envolvidas na prática de tradução literária, principalmente em se tratando de tradução poética, tomando como base teórica Arrojo (2007), Vizioli (1983) e Brito (2012), por serem, além de teóricos (Arrojo) da área de tradução literária e poética do Brasil, tradutores atuantes na prática de tradução poética contemporâneo, como é o caso de Brito e Vizioli. A teórica de tradução Arrojo, em um de seus principais textos sobre tradução discute a tradução literária, a partir de uma redefinição do que seja literário. Para ela, muitas têm sido as discussões sobre a tradução da obra literária, principalmente em se tratando de poesias, cujas implicações têm levado a tradução literária a ser considerada o “ponto nevrálgico de toda teoria de tradução” (2007, p. 25). Diante disso, assumimos o desafio de propor considerações sobre os elementos envolvidos nas traduções poéticas de ED, ao fazer uma análise de cinco poesias com temáticas voltadas para a natureza, com o intuito de entender a dinâmica de suas poesias e identificar como a tradutora Lando lidou com a tensão que às vezes se apresenta no texto poético entre forma e conteúdo. Palavras-chave: Tradução Literária; Poesia; Emily Dickinson. 283