Jornal do Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região | novembro de 2010 | www.bancariosblumenau.org.br Arte de Daniel Rodrigo da Silva e fotos de Magali Moser Mobilização histórica resulta na maior greve dos últimos 20 anos João Pedro Stédile participa de atividade do SEEB em Blumenau Crescimento dos correspondentes bancários preocupa SEEB Pág 5 Pág 8 A avaliação da greve, sob a ótica de Terezinha Rondon, do Comando Nacional Relembre os momentos históricos da greve Pág 3 Pág 2 Tire suas dúvidas sobre a PLR da Caixa Pág 4 Conheça as propostas apresentadas pela Fenaban, Caixa e BB Págs 6 e 7 novembro de 2010 2 Editorial A importância da greve As primeiras greves surgiram no século 18 como uma forma organizada dos trabalhadores buscarem seus direitos e negociarem sua força de trabalho com patrões e governos. Antes das greves, os trabalhadores usavam outros métodos para parar a produção. O método mais utilizado era a sabotagem. Eles jogavam suas botas dentro das máquinas estragando e parando a produção. Daí o nome sabotagem. O problema era que ao longo do tempo consertavamse as maquinas e o movimento enfraquecia. Os trabalhadores envolvidos eram presos e até enforcados. Ao longo dos anos os trabalhadores aperfeiçoaram os seus métodos e começaram a organizar paralisações e, final- mente, greves. Os trabalhadores descobriram uma maneira de reivindicar sem quebrar as maquinas. Os trabalhadores achavam que poderiam parar e negociar a sua forca de trabalho. Porém, os patrões entendiam de outra maneira, prendendo e enforcando trabalhadores. Mesmo assim, a greve apareceu com muito mais eficácia. Na sabotagem o patrão identificava os autores e aplicava as punições, substituindo aquela força de trabalho por outra; colocava outro no seu lugar. Na greve o patrão não tem a mesma facilidade para impedir. Pois, normalmente, a greve envolve muitas pessoas e expõe a intransigência dos patrões. Na década de 80 as greves tiveram muita força chegando a derrubar governos. Porém, nos últimos anos temos ouvido que a greve não teria mais força. De fato, temos muitos motivos para pensar dessa maneira, principalmente entre bancários, em razão de que estamos sentindo de perto o problema da automatização, com os caixas eletrônicos, principalmente. Por outro lado, a cada ano que passa percebemos também que sem greve teríamos somente o mínimo. Sabemos que os banqueiros tentam repassar sempre o mínimo possível. assim como nos obrigam a cumprir metas cada dia mais absurdas. Nos últimos anos comprovamos que as greves não têm sido tão fortes como na década de 80. Mesmo assim elas ainda são a melhor forma de mobilização e têm atingido resultados importantes para os trabalhadores. Temos visto também que em outros países a greve ainda é o melhor instrumento. Praticamente em toda a América Latina, por exemplo, até governos foram derrubados a partir desse método, e agora estamos presenciando grandes greves na França, Itália, Inglaterra etc.. Até o momento não descobrimos outra maneira de buscar nossos direitos. Portanto, nosso caminho ainda é a greve. Parabéns, bancários, que mais uma vez deram uma demonstração de força e união durante os 15 dias de greve e mais uma vez mostraram aos banqueiros a linguagem do trabalhador com garra e dignidade, conquistando avanços! Fala, bancário! Agende-se! Participe da programação do SEEB Blumenau Torneio Interbancário de Futebol Suíço Encerramento da Campanha Salarial 30 de outubro - Sábado A partir das 8h30min, na sede Campestre dos Bancários na Itoupava Central Mais informações com Vada: 9111 2903 ou [email protected] Uma publicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região (SEEB) w ww. b anc ar io sblumen au.org.br “Nessa campanha, o cenário era mais favorável pelo desempenho econômico do País, em crescimento, com mais oportunidades de emprego. Essa conjuntura nos permitiu uma participação mais efetiva dos bancários na greve, inclusive do segmento privado. Na mesa da Fenaban isso foi de extrema importância já que a sua coordenação é de bancos privados. Esse conjunto de fatores nos oportunizou uma negociação que fizesse com que essa greve não fosse muito longa. Tivemos 15 dias de greve, diferentemente do ano passado, em que o segmento da Caixa ficou em greve por 30 dias, e os avanços foram poucos. Agora, se compararmos os lucros obtidos pelos bancos e a produtividade dos bancários o resultado ficou abaixo das expectativas, especialmente porque muitas cláusulas de Saúde e condições de trabalho não foram comtempladas; no caso dos bancos públicos o PCCS que o Banco do Brasil apresentou foi o mesmo que tinhamos rejeitado há 3 anos; e na CAIXA a isonomia, que é a grande bandeira de luta, foi solenemente ignorada, como também se mantém a discriminação aos que não migraram no REG/REPLAN. Enfim, é somente com a luta e a consciência de que novos enfrentamentos serão necessários para novas conquistas” Maria Terezinha Rondon Integrante do Comando Nacional e ex-presidente do SEEB Coordenação de Imprensa e Comunicação ............................................ Marcos Tullio Jornalista responsável ...................................................... Magali Moser (SC 02353 - JP) [email protected] Diagramação ....................................................................................................... Magali Moser Tiragem 1600 exemplares Impressão Gráfica ZF Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região | Rua Coronel Vidal Ramos, n°282 | 89.010-330 | Fone 47 3326-3116 | Fax 47 3322-5036 | Blumenau | SC novembro de 2010 3 50 anos do SEEB Relembre os fatos que resultaram na maior greve dos últimos 20 anos Os bancários decidiram entrar em greve a partir do dia 29 de setembro, quarta-feira, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleias realizadas na véspera, à noite, em várias regiões do país. Em Blumenau, a assembleia, no Hotel Himmelblau, reuniu quase 400 bancários, o que representa cerca de 30% da base. Foi uma participação expressiva no cenário nacional. Fotos Magali Moser A categoria rejeitou a proposta da Federação dos Bancos (Fenaban), que oferecia reajuste de 4,29% . Os bancários têm data-base em 1º de setembro, e a pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no começo de agosto. A categoria pedia reajuste de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche, pisos maiores, auxílio-educação para todos, segurança contra assaltos e sequestros e melhores condições de saúde, entre outros pontos. Em assembleia em 13 de outubro no auditório do Sintrafite, os bancários aprovaram as propostas da Caixa Econômica Federal, Fenaban e do Banco do Brasil, colocando fim à greve. Os banqueiros ofereceram reajuste de 7,5% para quem recebe até R$ 5.250,00. Acima desse valor, os salários serão reajustados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou 4,29%, o que for melhor para o bancário, no caso de bancos privados. Piso de até 16,33%. novembro de 2010 4 Mobilização Popular União da categoria garan Foi uma greve histórica para a categoria. Durante 15 dias, os bancários se uniram mais uma vez e demonstraram a capacidade de resistência e enfrentamento diante da intransigência dos bancos. A greve dos bancários se fortaleceu a cada dia e se alastrou também pelos pequenos municípios. A paralisação atingiu os centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf). A categoria pedia 11% de reajuste, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu apenas os 4,29% de reposição da inflação, rejeitando as demais reivindicações como valorização do piso salarial e maior participação nos lucros e resultados (PLR). Como os bancos se mantiveram irredutíveis, sem nenhuma sinalização de reabrir negociações, os bancários decidiram pela greve. O descontentamento foi fruto não só da dificuldade de negociação dos banqueiros, mas principalmente da negação dos bancos em dividir a parte dos gordos lucros obti- dos. Somente os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. Durante toda a greve, o Sindicato distribuiu panfletos com a intenção de orientar a população sobre os motivos que levaram os bancários a optar pela greve. Nos materiais informativos, o SEEB explicava os lucros gigantesco dos bancos e a recusa dos banqueiros em valorizar os pisos sala- riais dos trabalhadores. Mostrava ainda que no Brasil os bancos cobram os juros e as tarifas mais altas do mundo. Só sugam e não oferecem nenhuma contrapartida à população brasileira. Por isso tudo, os bancários exigiram respeito e contaram com a compreensão de que a greve foi fruto da conduta intransigente dos banqueiros. Na avaliação da direto- ria do SEEB, a greve, como último instrumento a ser utilizado, depois de esgotadas quaisquer possibilidades CAIXA pagará PLR dia 29/10 com aplicação do redutor de 35% O pagamento da PLR da CAIXA tem causado algumas polêmicas entre os empregados. Com o objetivo de facilitar o entendimento da regra utilizada, o SEEB apresenta alguns esclarecimentos, em que é demonstrada a sistemática do cálculo adotado pela CAIXA, que é o mesma utilizada pela FENABAN nos bancos privados. Regra básica – A regra básica da PLR corresponde a 90% do salário, mais o valor fixo de R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181 ou limitado a 13% do lucro líquido projetado de 2010, o que ocorrer primeiro. Como a Caixa projetou o lucro líquido para 2010 em R$ 2,550 bilhões, a regra básica ultrapassa o limite de 13% do LL e, como já ocor- reu no ano passado quando foi aplicado um redutor de 23%, neste ano será usado um redutor de 35%. Assim, cada empregado terá um crédito de 90% da remuneração-base mais a parcela de R$ 1.100,80, deduzindo-se do total apurado o redutor de 35%. O teto também terá o efeito desse redutor. Exemplo da PLR - remuneração-base de R$ 2.500,00: - regra básica da PLR: R$ 2.250 + R$ 1.100,80 = R$ 3.350,80 - redutor de 35%: R$ 1.172,78 - valor a receber: R$ 2.172,02 - parcela adicional da PLR: R$ 620,00 - metade da PLR extraordinária: R$ 620,00 - valor total a receber: R$ 3.418,02 Pela regra na Fenaban, as empresas devem distribuir o percentu- al máximo de 15% do lucro líquido com a PLR dos empregados. Caso a Caixa aplicasse a regra calculada pela sua estimativa de R$ 2,5 bi, o montante ultrapassaria o percentual estabelecido em convenção coletiva. Por isso ocorreu o redutor, mas foi garantida a distribuição de 13% do LL aos empregados. Essa mesma medida foi tomada pela Caixa no ano passado. A empresa também fez uma estimativa para projetar seu lucro em 2009, utilizando R$ 2 bi para o cálculo. A Caixa fechou o ano com R$ 3 bi e toda a correção ocorreu na segunda parcela, paga em março. Em 29.10 os empregados receberão a antecipação da primeira parcela do adicional da PLR (distribuição linear entre todos os empregados de 2% do lucro líquido, limitado a R$ 1.200) de cerca de R$ 620, e da PLR Social (distribuição de linear de 4% do lucro líquido) de aproximadamente R$ 620. ”A Caixa é tradicionalmente conservadora ao projetar seu lucro para o 2º semestre. No entanto, o resultado anual geralmente é maior que o projetado, como ocorreu em 2009. Confirmando-se esse cenário novamente, as diferenças ocorridas na Regra Básica e na Parcela Adicional serão creditadas juntamente com a outra metade da PLR Social, à serem pagas em março de 2011”- avalia o diretor do SEEB, Edson Heemann, empregado da Caixa. novembro de 2010 5 nte mobilização histórica de negociação, representa sempre, uma disposição de luta da categoria para buscar, minimamente, a manutenção de seus direitos, com a possibilidade de novas conquistas. _ E isso se traduz em dignidade, ternativa para os trabalhadores lutarem por dignidade e condições mais justas de trabalho. quando de 4,29%, conquistamos 7,5% _ avalia o secretário geral do SEEB, Marcos Tullio. Para o presidente do SEEB, Leandro Spezia, a experiência vivenciada este ano provou mais uma vez que a greve continua sendo a única al- História mostra que avanços só são possíveis com luta A história mostra que apenas através da mobilização e da luta, é possível avançar em conquistas. A primeira greve nacional da categoria foi deflagrada em julho de 1934, com duração de três dias. Objetivava, basicamente, a conquista de três Correspondentes bancários crescem Os bancos têm visto no crescimento da renda dos brasileiros uma oportunidade de novos negócios. A estratégia pode ser observada na expansão dos correspondentes bancários, como agências lotéricas e dos Correios. Segundo o Banco Central (BC), eles passaram de 95.849 no final de 2007, quando a instituição começou a registrar os dados, para 163.569, em 1° de setembro deste ano. O aumento, nessa comparação é de 70,6%. Se-gundo o BC, o número de correspondentes no país subiu de 108.074 no final de 2008 para 149.507 ao fim do ano passado. O Banco do Brasil anunciou ano passado que pretendia ampliar sua rede de correspond- entes bancários em 70%, o que corresponde a 6.500 pontos instalados em 1500 municípios. Na avaliação da vicepresidente do SEEB, Nilse Terezinha Rigo Noriller, a tendência leva à precarização da mão-deobra, além de ser uma ameaça aos bancários, por substituir a força de trabalho bancária por empregados que recebem salários menores para executar serviços de banco. _ Essas operações, no nosso entendimento, caracterizam-se como serviço bancário, portanto, devem ser processadas nas agências, por bancários, são direitos já conquistados _ avalia Nilse. O Sindicato está em alerta para evitar essa situações e ampliar a fiscalização. Fotos direitos: aposentadoria aos 30 anos de serviço e 50 de idade, estabilidade no emprego a partir de um ano trabalhado e criação de caixa única de aposentadoria e pensões. Nos últimos anos, os bancos privados têm gasto milhares de reais com advogados e processos para garantir o interdito proibitório, uma medida judicial incabível que fere o direito de greve e que tem perdido força nos últimos anos. Alguns juízes Maga li Mos er não estão mais concedendo as liminares aos bancos e em alguns casos os trabalhadores não têm se submetido a elas, quando concedidas. Veja outras fotos e mais informações sobre a greve no site do sindicato. www.bancariosblumenau. org.br Sindicato homenageia bancários O SEEB presta uma homenagem aos bancários pela coragem de lutar, no outdoor afixado em frente à sede administrativa este mês. A mensagem também é de agradecimento à comunidade pelo apoio manifestado durante os 15 dias de greve. O Seeb recebeu várias manifestações de apoio de clientes e usuários de bancos, diferentemente de anos anteriores, quando enfrentava uma resistência da população. Na avaliação do SEEB, isso se deve principalmente às campanhas de orientação e denúncias feitas pelo Sindicato ao longo dos anos, que contribuíram para o esclarecimento. 6 novembro de 2010 Campanha Salarial Contraf assina convenção coletiva que garante as conquistas da greve A Contraf, seus sindicatos filiados e demais entidades sindicais dos bancários e a Fenaban assinaram dia 20, às 15h, em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional 2010/2011. Aprovada em assembleias dos sindicatos, realizadas na semana retrasada em todo país, a CCT finaliza uma campanha nacional vitoriosa, após 15 dias da maior greve da categoria nos últimos vinte anos, que chegou a paralisar 8.280 agências de bancos públicos e privados. A nova CCT pode ser conferida na íntegra através do site do SEEB. O acordo com os bancos prevê o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 10 dias corridos após a assinatura da CCT. O pagamento deverá ser feito, no máximo, até dia 30 de outubro. Assim, haverá o crédito de 60% da regra básica da PLR que corresponde a 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de R$ 4.308,60. Também será paga a primeira parcela do adicional da PLR com a distribuição de 2% do lucro líquido do primeiro semestre, podendo chegar a R$ 1.200 para cada bancário. Magali Moser Bancários demonstraram união e engajamento durante a greve O QUE FOI APROVADO NA CCT novembro de 2010 Reajuste salarial seguindo a regra da Fenaban, de 7,5% em todas as verbas, SEM o teto de R$ 5.250,00. Elevação do piso da careira administrativa (PCS de 2008) para R$ 1.600,00, mediante aplicação de 10,19% sobre o valor da referência 201 de 31/08/2010. Acréscimo linear de R$ 39,00 em todas as referências do PCS de 2008, resultando em reajustes variando de 8,4% a 10,19% nos valores da tabela. Após conclusão do contrato de experiência de 90 dias, enquadramento automático dos empregados da carreira administrativa (PCS 2008) na referência 202 e dos empregados da carreira profissional na referência 802 de sua tabela. ACT DA CAIXA 01/09/2010, aos empregados da carreira administrativa que se encontrem na referência 201 na data de 01/09/2010, desde que não se enquadrem nos itens 3 e 4. PLR - Caixa se compromete a seguir a regra da Fenaban, conforme definido na mesa unificada de negociação. PLR Social Caixa equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados. Elevação do valor do auxílio para escola especializada para filho deficiente, previsto no plano de saúde da Caixa, de R$ 150,00 para o mesmo valor do Auxílio Creche (R$ 261,33), mantendo-se as condições previstas no normativo vigente para seu recebimento. Promoção por mérito: os empregados com no mínimo 180 dias trabalhados em 2009 e em condições de serem promovidos em 31/12/2009 serão promovidos em 1 referência a partir de 01/01/2010. Inclusão dos empregados, aposentados e pensionistas no programa de relacionamento para a redução dos juros do cheque especial, com a inclusão na faixa 6, na conta em que receba salário ou provento. Concessão de 1 referência, em Isenção de anuidade dos Reajuste salarial de 7,5% sobre todas as verbas salariais (SEM o teto de R$ 5.250,00 da Fenaban). Elevação do piso salarial para R$ 1.600,00, o que representa um aumento real de 8,71%, com correção de todo o PCS. Implantação da Carreira de Mérito do Plano de Carreiras e Remuneração (PCR), retroagindo seus efeitos ao ano de 2006. Mais detalhes do funcionamento dessa nova carreira serão disponibilizados em breve a todos os funcionários. cartões de crédito Mastercard e Visa nas modalidades existentes em 01/09/2010. Ampliação da idade da criança adotada na licença adoção de 8 anos incompletos para 12 anos incompletos. Ampliar para bimestral a frequência das reuniões dos comitês de acompanhamento do credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa. Discutir o tema Plano de Funções Gratificadas (PFG) na mesa permanente. Discutir o tema PSI na mesa permanente. Formação de uma comissão paritária para discussão das pendências relativas ao SIPON, visando a adequação do sistema às exigências do Ministério do Trabalho e Emprego, em especial a Portaria 1510/09. Incluir, para diagnóstico no PCMSO, os exames de mamografia e Papanicolau para as mulheres e, para os homens, de próstata, em caso de PSA ACT DO BANCO DO BRASIL Alteração da IN 369 em seu item 1.16.4.2, aumentando de um (01) para três (03) ciclos negativos a quantidade de avaliação necessária para efeito de descomissionamento por desempenho. Considerar o tempo de exercício na função de Atendente B nas Centrais de Atendimento, quando da promoção para Atendente A, no que diz respeito ao cumprimento da trava de dois anos. Aplicação de interstício de 3% nas promoções do PCS no VCPI dos funcionários incor- porados. Pagamento de compensação pelo fim do benefício da Gratificação Variável existente anteriormente no Banco Nossa Caixa. O montante a ser dividido entre esses funcionários será equivalente a aplicação do mesmo por 5 anos. PLR que contempla 17 mil novos funcionários em relação ao ano anterior, com os seguintes parâmetros: - NRF Especial - 3,0 salários - NRF 01 e 02 - 3,0 salários - NRF 3 - 2,3 salários 7 alterado. Desenvolver ação interna voltada para a saúde do homem. Inclusão, como dependente direto do Saúde Caixa, do filho maior de 21 anos com deficiência permanente e incapaz. Devolução dos valores descontados em decorrência dos dias parados pelas greves nos anos de 2007 e 2008, com a necessária extinção das ações judiciais sobre o tema. Bolsa Graduação - ampliação de 4,6 mil para 5 mil bolsas. Bolsa de idiomas - ampliação de 2,6 mil para 3 mil bolsas, priorizando as unidades localizadas em fronteira e unidades localizadas nas cidadessede da Copa 2014. Promoção por Mérito de 2010 - Caixa se compromete a definir os critérios para concessão dos deltas até dia 30/11/2010, com debate com os trabalhadores. A promoção será realizada até março de 2011 e será retroativa a janeiro de 2011. - Primeiros Gestores Rede - 1,85 salários - Primeiros Gestores Demais 1,85 salários - Demais Gestores Rede - 1,57 salários - Demais Gestores BB - 1,57 salários - Analistas e Assessores NRF 04 - 1,57 salários - Gerência Média Rede - 1,55 salários - Demais Gerências Médias 1,55 salários - Analistas e Assessores NRF 05 e 06 - 1,50 salários - Demais Comissionados - 1,47 salários - Escriturários - R$ 3.118,08 - Caixas Executivos - R$ 3.434,99 8 novembro de 2010 Mobilização popular Debate com João Pedro Stédile marca aniversário de 50 anos do SEEB Quando universitário, o economista João Pedro Stédile tinha o sonho de se tornar rico. O passar dos anos, no entanto, fez com que o descendente de imigrantes italianos se transformasse num militante da causa da reforma agrária e em favor do combate à desigualdade social no país. Integrante da direção nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), uma das maiores referências em organização na América Latina, e da Via Campesina, Stédile lembrou em Blumenau de sua trajetória pessoal, da graduação em Economia, na PUC (RS), à atuação como uma liderança nacional em prol dos movimentos sociais, e propôs reflexões sobre as transformações pelas quais passa o setor rural brasileiro, a conjuntura políticoeconômica, o meio ambiente e movimentos populares de resistência. O debate com Stédile, dia 1º de outubro, na sede campestre, foi o último evento da programação alusiva aos 50 anos do SEEB. Stédile ressaltou ao público presente a famosa frase de Marx: “Trabalhadores do mundo, uni-vos”.Nesta perspectiva, ele elogiou a iniciativa de criação do Fórum dos Trabalhadores de Blumenau (FTB), que reúne o SEEB e mais outros dez sindicatos de trabalhadores na cidade, com a intenção de fortalecer as lutas da classe trabalhadora. Ele enalteceu também as lutas e o trabalho do SEEB ao longo dos 50 anos de atividades, após assistir ao vídeo que relembra as principais conquistas e resistências do Sindicato. Expôs ainda sua opinião a respeito de assuntos diversos e em seguida respondeu aos questionamentos do público. Fórum dos Trabalhadores homenageia SEEB Representantes de outros sindicatos de trabalhadores prestaram uma homenagem ao SEEB pelo apoio às causas sociais e coletivas. A noite reuniu movimentos sociais de Blumenau, como o Movimento dos Atingidos pelo Desastre (MAD), integrantes da comunidade indí- gena Xokleng, de José Boiteux, da Rádio Comunitária Fortaleza, do grupo de Hip Hop Família C, com o desafio de expor a voz das comunidades oprimidas da cidade. A noite começou com discussões políticas e contou ainda com momentos de integração cultural. Artistas e produtores culturais independentes também participaram do evento. O presidente do SEEB, Leandro Spezia, presenteou o palestrante com o livro Cidadela, do poeta blumenauense Douglas Zunino. Em seguida foi a vez do artista plástico Tadeu Bittencourt homenagear o SEEB, com uma tela produzida por ele com o símbolo da entidade sindical. Uma das grandes atrações da noite foi a apresentação do cantor e compositor Pedro Munhoz. O músico gaúcho que percorre o mundo com o seu violão trouxe mais uma vez a reflexão das questões humanas e sociais. A banda blumenauense Revolver e o músico Daian Schmitt também se apresentaram durante a noite. Fotos: Magali Moser