Jornal do Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região | novembro de 2010 | www.bancariosblumenau.org.br
Arte de Daniel Rodrigo da Silva e fotos de Magali Moser
Mobilização histórica resulta na
maior greve dos últimos 20 anos
João Pedro Stédile participa de
atividade do SEEB em Blumenau
Crescimento dos correspondentes
bancários preocupa SEEB
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Pág 8
A avaliação da greve, sob a ótica de
Terezinha Rondon, do Comando Nacional
Relembre os momentos
históricos da greve
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Tire suas dúvidas sobre a
PLR da Caixa
Pág 4
Conheça as propostas apresentadas
pela Fenaban, Caixa e BB
Págs 6 e 7
novembro de 2010
2
Editorial
A importância da greve
As primeiras greves surgiram no século 18 como uma
forma organizada dos trabalhadores buscarem seus direitos e negociarem sua força de
trabalho com patrões e governos. Antes das greves, os trabalhadores usavam outros métodos para parar a produção.
O método mais utilizado
era a sabotagem. Eles jogavam
suas botas dentro das máquinas estragando e parando a
produção. Daí o nome sabotagem. O problema era que ao
longo do tempo consertavamse as maquinas e o movimento
enfraquecia. Os trabalhadores
envolvidos eram presos e até
enforcados.
Ao longo dos anos os
trabalhadores aperfeiçoaram os
seus métodos e começaram a
organizar paralisações e, final-
mente, greves.
Os trabalhadores descobriram uma maneira de reivindicar sem quebrar as maquinas.
Os trabalhadores achavam que
poderiam parar e negociar a
sua forca de trabalho. Porém, os
patrões entendiam de outra maneira, prendendo e enforcando
trabalhadores. Mesmo assim, a
greve apareceu com muito mais
eficácia. Na sabotagem o patrão
identificava os autores e aplicava as punições, substituindo
aquela força de trabalho por
outra; colocava outro no seu lugar. Na greve o patrão não tem a
mesma facilidade para impedir.
Pois, normalmente, a greve envolve muitas pessoas e expõe a
intransigência dos patrões.
Na década de 80 as
greves tiveram muita força chegando a derrubar governos.
Porém, nos últimos anos temos
ouvido que a greve não teria
mais força. De fato, temos muitos motivos para pensar dessa
maneira, principalmente entre
bancários, em razão de que estamos sentindo de perto o problema da automatização, com
os caixas eletrônicos, principalmente.
Por outro lado, a cada
ano que passa percebemos também que sem greve teríamos somente o mínimo. Sabemos que
os banqueiros tentam repassar
sempre o mínimo possível. assim como nos obrigam a cumprir metas cada dia mais absurdas.
Nos últimos anos comprovamos que as greves não
têm sido tão fortes como na
década de 80. Mesmo assim
elas ainda são a melhor forma
de mobilização e têm atingido
resultados importantes para os
trabalhadores.
Temos visto também
que em outros países a greve
ainda é o melhor instrumento.
Praticamente em toda a América
Latina, por exemplo, até governos foram derrubados a partir
desse método, e agora estamos
presenciando grandes greves na
França, Itália, Inglaterra etc..
Até o momento não descobrimos outra maneira de buscar
nossos direitos. Portanto, nosso
caminho ainda é a greve.
Parabéns,
bancários,
que mais uma vez deram uma
demonstração de força e união
durante os 15 dias de greve e
mais uma vez mostraram aos
banqueiros a linguagem do trabalhador com garra e dignidade,
conquistando avanços!
Fala, bancário!
Agende-se!
Participe da programação do SEEB Blumenau
Torneio Interbancário de Futebol Suíço
Encerramento da Campanha Salarial
30 de outubro - Sábado
A partir das 8h30min, na sede Campestre dos Bancários
na Itoupava Central
Mais informações com Vada: 9111 2903
ou [email protected]
Uma publicação do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região (SEEB)
w ww. b anc ar io sblumen au.org.br
“Nessa campanha, o cenário era mais favorável pelo desempenho econômico do País, em crescimento, com mais oportunidades de emprego. Essa conjuntura nos permitiu uma participação mais efetiva dos bancários na greve, inclusive do
segmento privado. Na mesa da Fenaban isso foi de extrema
importância já que a sua coordenação é de bancos privados.
Esse conjunto de fatores nos oportunizou uma negociação
que fizesse com que essa greve não fosse muito longa. Tivemos 15 dias de greve, diferentemente do ano passado, em que
o segmento da Caixa ficou em greve por 30 dias, e os avanços
foram poucos.
Agora, se compararmos os lucros obtidos pelos bancos e a
produtividade dos bancários o resultado ficou abaixo das expectativas, especialmente porque muitas cláusulas de Saúde e condições
de trabalho não foram comtempladas; no caso dos bancos públicos
o PCCS que o Banco do Brasil apresentou foi o mesmo que tinhamos
rejeitado há 3 anos; e na CAIXA a isonomia, que é a grande bandeira
de luta, foi solenemente ignorada, como também se mantém a discriminação aos que não migraram no REG/REPLAN. Enfim, é somente com a luta e a consciência de que novos enfrentamentos serão
necessários para novas conquistas”
Maria Terezinha Rondon
Integrante do Comando Nacional e ex-presidente do SEEB
Coordenação de Imprensa e Comunicação ............................................ Marcos Tullio
Jornalista responsável ...................................................... Magali Moser (SC 02353 - JP)
[email protected]
Diagramação ....................................................................................................... Magali Moser
Tiragem 1600 exemplares
Impressão Gráfica ZF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região | Rua Coronel Vidal Ramos, n°282 | 89.010-330 | Fone 47 3326-3116 | Fax 47 3322-5036 | Blumenau | SC
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50 anos do SEEB
Relembre os fatos que resultaram na
maior greve dos últimos 20 anos
Os bancários decidiram entrar em greve a partir do dia 29
de setembro, quarta-feira, por tempo indeterminado. A
decisão foi tomada em assembleias realizadas na véspera,
à noite, em várias regiões do país. Em Blumenau, a assembleia, no Hotel Himmelblau, reuniu quase 400 bancários,
o que representa cerca de 30% da base. Foi uma participação expressiva no cenário nacional.
Fotos Magali Moser
A categoria rejeitou a proposta da Federação dos Bancos
(Fenaban), que oferecia reajuste de 4,29% . Os bancários
têm data-base em 1º de setembro, e a pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no começo de agosto.
A categoria pedia reajuste de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação,
auxílio-creche, pisos maiores, auxílio-educação para todos, segurança contra assaltos e sequestros e melhores
condições de saúde, entre outros pontos.
Em assembleia em 13 de outubro no auditório do Sintrafite,
os bancários aprovaram as propostas da Caixa Econômica
Federal, Fenaban e do Banco do Brasil, colocando fim à
greve. Os banqueiros ofereceram reajuste de 7,5% para
quem recebe até R$ 5.250,00. Acima desse valor, os salários serão reajustados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou
4,29%, o que for melhor para o bancário, no caso de bancos privados. Piso de até 16,33%.
novembro de 2010
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Mobilização Popular
União da categoria garan
Foi uma greve histórica
para a categoria. Durante 15
dias, os bancários se uniram
mais uma vez e demonstraram
a capacidade de resistência e
enfrentamento diante da intransigência dos bancos. A greve
dos bancários se fortaleceu a
cada dia e se alastrou também
pelos pequenos municípios. A
paralisação atingiu os centros
administrativos de todos os
bancos nas capitais, segundo a
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro
(Contraf).
A categoria
pedia 11% de reajuste, mas a
Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) ofereceu apenas os
4,29% de reposição da inflação,
rejeitando as demais reivindicações como valorização do piso
salarial e maior participação nos
lucros e resultados (PLR). Como
os bancos se mantiveram irredutíveis, sem nenhuma sinalização de reabrir negociações, os
bancários decidiram pela greve. O descontentamento foi
fruto não só da dificuldade de
negociação dos banqueiros, mas
principalmente da negação dos
bancos em dividir a parte dos
gordos lucros obti-
dos. Somente os cinco maiores
bancos (Banco do Brasil, Itaú,
Unibanco, Bradesco, Santander
e Caixa) tiveram lucro líquido
de R$ 21,3 bilhões no primeiro
semestre deste ano.
Durante toda a greve, o
Sindicato distribuiu panfletos
com a intenção de orientar a
população sobre os motivos que
levaram os bancários a optar
pela greve. Nos materiais informativos, o SEEB explicava os
lucros gigantesco dos bancos e
a recusa dos banqueiros em
valorizar os pisos
sala-
riais dos trabalhadores.
Mostrava ainda que no
Brasil os bancos cobram os juros
e as tarifas mais altas do mundo.
Só sugam e não oferecem nenhuma contrapartida à população brasileira. Por isso tudo,
os bancários exigiram respeito e
contaram com a compreensão de
que a greve foi fruto da conduta
intransigente dos banqueiros. Na avaliação
da direto-
ria do
SEEB, a greve,
como último instrumento
a ser utilizado, depois de esgotadas quaisquer possibilidades
CAIXA pagará PLR dia 29/10 com aplicação do
redutor de 35%
O pagamento da PLR da
CAIXA tem causado algumas
polêmicas entre os empregados.
Com o objetivo de facilitar o entendimento da regra utilizada, o
SEEB apresenta alguns esclarecimentos, em que é demonstrada a sistemática do cálculo
adotado pela CAIXA, que é o
mesma utilizada pela FENABAN nos bancos privados.
Regra básica – A regra básica
da PLR corresponde a 90% do
salário, mais o valor fixo de R$
1.100,80, com teto de R$ 7.181
ou limitado a 13% do lucro
líquido projetado de 2010, o
que ocorrer primeiro. Como a
Caixa projetou o lucro líquido
para 2010 em R$ 2,550 bilhões, a
regra básica ultrapassa o limite
de 13% do LL e, como já ocor-
reu no ano passado quando foi
aplicado um redutor de 23%,
neste ano será usado um redutor
de 35%. Assim, cada empregado
terá um crédito de 90% da remuneração-base mais a parcela
de R$ 1.100,80, deduzindo-se do
total apurado o redutor de 35%.
O teto também terá o efeito desse
redutor. Exemplo da PLR - remuneração-base de R$ 2.500,00:
- regra básica da PLR: R$ 2.250 +
R$ 1.100,80 = R$ 3.350,80
- redutor de 35%: R$ 1.172,78
- valor a receber: R$ 2.172,02
- parcela adicional da PLR: R$
620,00
- metade da PLR extraordinária:
R$ 620,00
- valor total a receber: R$ 3.418,02
Pela regra na Fenaban, as empresas devem distribuir o percentu-
al máximo de 15% do lucro líquido com a PLR dos empregados.
Caso a Caixa aplicasse a regra
calculada pela sua estimativa de
R$ 2,5 bi, o montante ultrapassaria o percentual estabelecido
em convenção coletiva. Por isso
ocorreu o redutor, mas foi garantida a distribuição de 13% do
LL aos empregados.
Essa mesma medida foi tomada
pela Caixa no ano passado. A
empresa também fez uma estimativa para projetar seu lucro
em 2009, utilizando R$ 2 bi para
o cálculo. A Caixa fechou o ano
com R$ 3 bi e toda a correção
ocorreu na segunda parcela,
paga em março.
Em 29.10 os empregados receberão a antecipação da primeira parcela do adicional da PLR
(distribuição linear entre todos
os empregados de 2% do lucro
líquido, limitado a R$ 1.200) de
cerca de R$ 620, e da PLR Social (distribuição de linear de
4% do lucro líquido) de aproximadamente R$ 620.
”A Caixa é tradicionalmente
conservadora ao projetar seu
lucro para o 2º semestre. No entanto, o resultado anual geralmente é maior que o projetado,
como ocorreu em 2009. Confirmando-se esse cenário novamente, as diferenças ocorridas
na Regra Básica e na Parcela
Adicional serão creditadas juntamente com a outra metade da
PLR Social, à serem pagas em
março de 2011”- avalia o diretor do SEEB, Edson Heemann,
empregado da Caixa.
novembro de 2010
5
nte mobilização histórica
de negociação, representa sempre, uma disposição de luta da
categoria para buscar, minimamente, a manutenção de seus
direitos, com a possibilidade de
novas conquistas. _ E isso
se traduz em dignidade,
ternativa para os trabalhadores
lutarem por dignidade e condições mais justas
de trabalho.
quando
de 4,29%, conquistamos 7,5% _ avalia
o secretário geral do SEEB, Marcos Tullio.
Para o presidente do
SEEB, Leandro Spezia, a experiência vivenciada este ano
provou mais uma vez que a
greve continua sendo a única al-
História mostra que avanços
só são possíveis com luta
A história mostra que
apenas através da mobilização
e da luta, é possível avançar em
conquistas. A primeira greve
nacional da categoria foi deflagrada em julho de 1934, com
duração de três dias. Objetivava,
basicamente, a conquista de três
Correspondentes
bancários crescem
Os bancos têm visto no
crescimento da renda dos brasileiros uma oportunidade de
novos negócios. A estratégia
pode ser observada na expansão
dos correspondentes bancários,
como agências lotéricas e dos
Correios.
Segundo o Banco Central
(BC), eles passaram de 95.849
no final de 2007, quando a instituição começou a registrar os
dados, para 163.569, em 1° de
setembro deste ano. O aumento,
nessa comparação é de 70,6%.
Se-gundo o BC, o número de
correspondentes no país subiu
de 108.074 no final de 2008 para
149.507 ao fim do ano passado.
O Banco do Brasil anunciou ano passado que pretendia
ampliar sua rede de correspond-
entes bancários em 70%, o que corresponde a 6.500 pontos instalados em 1500 municípios.
Na avaliação da vicepresidente do SEEB, Nilse Terezinha Rigo Noriller, a tendência
leva à precarização da mão-deobra, além de ser uma ameaça
aos bancários, por substituir a
força de trabalho bancária por
empregados que recebem salários menores para executar
serviços de banco.
_ Essas operações, no nosso entendimento,
caracterizam-se
como serviço bancário, portanto,
devem ser processadas nas agências, por bancários, são direitos
já conquistados _ avalia Nilse.
O Sindicato está em alerta para evitar essa situações e
ampliar a fiscalização.
Fotos
direitos: aposentadoria aos 30
anos de serviço e 50 de idade,
estabilidade no emprego a partir
de um ano trabalhado e criação
de caixa única de aposentadoria
e pensões.
Nos últimos anos, os
bancos privados têm gasto milhares de reais com advogados e
processos para garantir o interdito proibitório, uma medida judicial incabível que fere o direito
de greve e que tem perdido força
nos últimos anos. Alguns juízes
Maga
li Mos
er
não
estão mais
concedendo as liminares aos bancos e em alguns casos os trabalhadores não
têm se submetido a elas, quando
concedidas.
Veja outras fotos e mais informações sobre a greve no site do
sindicato.
www.bancariosblumenau.
org.br
Sindicato homenageia bancários
O SEEB presta uma homenagem aos bancários pela
coragem de lutar, no outdoor
afixado em frente à sede administrativa este mês. A mensagem também é de agradecimento à comunidade pelo apoio
manifestado durante os 15 dias
de greve. O Seeb recebeu várias manifestações de apoio de
clientes e usuários de bancos,
diferentemente de anos anteriores, quando enfrentava uma
resistência da população.
Na avaliação do SEEB,
isso se deve principalmente
às campanhas de orientação e
denúncias feitas pelo Sindicato
ao longo dos anos, que contribuíram para o esclarecimento.
6
novembro de 2010
Campanha Salarial
Contraf assina convenção coletiva que
garante as conquistas da greve
A Contraf, seus sindicatos filiados e demais entidades
sindicais dos bancários e a Fenaban assinaram dia 20, às 15h, em
São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional
2010/2011. Aprovada em assembleias dos sindicatos, realizadas
na semana retrasada em todo
país, a CCT finaliza uma campanha nacional vitoriosa, após
15 dias da maior greve da categoria nos últimos vinte anos, que
chegou a paralisar 8.280 agências
de bancos públicos e privados. A
nova CCT pode ser conferida na
íntegra através do site do SEEB.
O acordo com os bancos
prevê o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros
e Resultados (PLR) 10 dias corridos após a assinatura da CCT. O pagamento deverá ser feito,
no máximo, até dia 30 de outubro. Assim, haverá o crédito
de 60% da regra básica da PLR
que corresponde a 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de
R$ 4.308,60. Também será paga a
primeira parcela do adicional da
PLR com a distribuição de 2% do
lucro líquido do primeiro semestre, podendo chegar a R$ 1.200
para cada bancário.
Magali Moser
Bancários demonstraram união e engajamento durante a greve
O QUE FOI APROVADO NA CCT
novembro de 2010
Reajuste salarial seguindo a
regra da Fenaban, de 7,5% em
todas as verbas, SEM o teto de
R$ 5.250,00.
Elevação do piso da careira
administrativa (PCS de 2008)
para R$ 1.600,00, mediante
aplicação de 10,19% sobre
o valor da referência 201 de
31/08/2010.
Acréscimo linear de R$ 39,00
em todas as referências do
PCS de 2008, resultando em
reajustes variando de 8,4% a
10,19% nos valores da tabela.
Após conclusão do contrato
de experiência de 90 dias,
enquadramento automático
dos empregados da carreira
administrativa (PCS 2008) na
referência 202 e dos empregados da carreira profissional
na referência 802 de sua tabela.
ACT DA CAIXA
01/09/2010, aos empregados
da carreira administrativa que
se encontrem na referência
201 na data de 01/09/2010,
desde que não se enquadrem
nos itens 3 e 4.
PLR - Caixa se compromete
a seguir a regra da Fenaban,
conforme definido na mesa
unificada de negociação.
PLR Social Caixa equivalente a
4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados.
Elevação do valor do auxílio
para escola especializada para
filho deficiente, previsto no
plano de saúde da Caixa, de
R$ 150,00 para o mesmo valor
do Auxílio Creche (R$ 261,33),
mantendo-se as condições
previstas no normativo vigente para seu recebimento.
Promoção por mérito: os empregados com no mínimo
180 dias trabalhados em 2009
e em condições de serem
promovidos em 31/12/2009
serão promovidos em 1 referência a partir de 01/01/2010.
Inclusão dos empregados,
aposentados e pensionistas
no programa de relacionamento para a redução dos juros do cheque especial, com a
inclusão na faixa 6, na conta
em que receba salário ou
provento.
Concessão de 1 referência, em
Isenção de anuidade dos
Reajuste salarial de 7,5% sobre todas as verbas salariais
(SEM o teto de R$ 5.250,00 da
Fenaban).
Elevação do piso salarial para
R$ 1.600,00, o que representa
um aumento real de 8,71%,
com correção de todo o PCS.
Implantação da Carreira de
Mérito do Plano de Carreiras
e Remuneração (PCR), retroagindo seus efeitos ao ano
de 2006. Mais detalhes do
funcionamento dessa nova
carreira serão disponibilizados em breve a todos os funcionários.
cartões de crédito Mastercard
e Visa nas modalidades existentes em 01/09/2010.
Ampliação da idade da criança adotada na licença adoção
de 8 anos incompletos para
12 anos incompletos.
Ampliar para bimestral a
frequência das reuniões dos
comitês de acompanhamento do credenciamento e
descredenciamento
do
Saúde
Caixa.
Discutir o tema Plano de Funções Gratificadas (PFG) na
mesa permanente.
Discutir o tema PSI na mesa
permanente.
Formação de uma comissão paritária para discussão
das pendências relativas ao
SIPON, visando a adequação
do sistema às exigências do
Ministério do Trabalho e Emprego, em especial a Portaria
1510/09.
Incluir, para diagnóstico no
PCMSO, os exames de mamografia e Papanicolau para as
mulheres e, para os homens,
de próstata, em caso de PSA
ACT DO BANCO DO BRASIL
Alteração da IN 369 em seu
item 1.16.4.2, aumentando
de um (01) para três (03) ciclos negativos a quantidade
de avaliação necessária para
efeito de descomissionamento por desempenho.
Considerar o tempo de exercício na função de Atendente B
nas Centrais de Atendimento,
quando da promoção para
Atendente A, no que diz respeito ao cumprimento da trava de dois anos.
Aplicação de interstício de
3% nas promoções do PCS no
VCPI dos funcionários incor-
porados.
Pagamento de compensação
pelo fim do benefício da Gratificação Variável existente anteriormente no Banco Nossa
Caixa. O montante a ser dividido entre esses funcionários
será equivalente a aplicação do
mesmo por 5 anos.
PLR que contempla 17 mil
novos funcionários em relação
ao ano anterior, com os
seguintes parâmetros:
- NRF Especial - 3,0 salários
- NRF 01 e 02 - 3,0 salários
- NRF 3 - 2,3 salários
7
alterado.
Desenvolver ação interna voltada para a saúde do homem.
Inclusão, como dependente
direto do Saúde Caixa, do
filho maior de 21 anos com
deficiência permanente e incapaz.
Devolução dos valores descontados em decorrência dos
dias parados pelas greves nos
anos de 2007 e 2008, com a
necessária extinção das ações
judiciais sobre o tema.
Bolsa Graduação - ampliação
de 4,6 mil para 5 mil bolsas.
Bolsa de idiomas - ampliação
de 2,6 mil para 3 mil bolsas,
priorizando as unidades localizadas em fronteira e unidades localizadas nas cidadessede da Copa 2014.
Promoção por Mérito de
2010 - Caixa se compromete a definir os critérios para
concessão dos deltas até dia
30/11/2010, com debate com
os trabalhadores. A promoção
será realizada até março de
2011 e será retroativa a janeiro de 2011.
- Primeiros Gestores Rede - 1,85
salários
- Primeiros Gestores Demais 1,85 salários
- Demais Gestores Rede - 1,57
salários
- Demais Gestores BB - 1,57 salários
- Analistas e Assessores NRF 04
- 1,57 salários
- Gerência Média Rede - 1,55
salários
- Demais Gerências Médias 1,55 salários
- Analistas e Assessores NRF 05
e 06 - 1,50 salários
- Demais Comissionados - 1,47
salários
- Escriturários - R$ 3.118,08
- Caixas Executivos - R$ 3.434,99
8
novembro de 2010
Mobilização popular
Debate com João Pedro Stédile marca
aniversário de 50 anos do SEEB
Quando universitário, o
economista João Pedro Stédile
tinha o sonho de se tornar rico.
O passar dos anos, no entanto,
fez com que o descendente de
imigrantes italianos se transformasse num militante da causa
da reforma agrária e em favor do
combate à desigualdade social
no país. Integrante da direção
nacional do Movimento dos Sem
Terra (MST), uma das maiores
referências em organização na
América Latina, e da Via Campesina, Stédile lembrou em Blumenau de sua trajetória pessoal,
da graduação em Economia, na
PUC (RS), à atuação como uma
liderança nacional em prol dos
movimentos sociais, e propôs reflexões sobre as transformações
pelas quais passa o setor rural
brasileiro, a conjuntura políticoeconômica, o meio ambiente e
movimentos populares de resistência. O debate com Stédile,
dia 1º de outubro, na sede campestre, foi o último evento da
programação alusiva aos 50 anos
do SEEB.
Stédile
ressaltou
ao
público presente a famosa frase
de Marx: “Trabalhadores do
mundo, uni-vos”.Nesta perspectiva, ele elogiou a iniciativa
de criação do Fórum dos Trabalhadores de Blumenau (FTB),
que reúne o SEEB e mais outros
dez sindicatos de trabalhadores
na cidade, com a intenção de fortalecer as lutas da classe trabalhadora. Ele enalteceu também
as lutas e o trabalho do SEEB ao
longo dos 50 anos de atividades,
após assistir ao vídeo que relembra as principais conquistas e
resistências do Sindicato. Expôs
ainda sua opinião a respeito de
assuntos diversos e em seguida
respondeu aos questionamentos
do público.
Fórum dos Trabalhadores
homenageia SEEB
Representantes de outros sindicatos de trabalhadores
prestaram uma homenagem ao
SEEB pelo apoio às causas sociais e coletivas. A noite reuniu
movimentos sociais de Blumenau, como o Movimento dos
Atingidos pelo Desastre (MAD),
integrantes da comunidade indí-
gena Xokleng, de José Boiteux,
da Rádio Comunitária Fortaleza,
do grupo de Hip Hop Família C,
com o desafio de expor a voz das
comunidades oprimidas da cidade.
A noite começou com
discussões políticas e contou ainda com momentos de integração
cultural. Artistas e produtores
culturais independentes também
participaram do evento.
O presidente do SEEB,
Leandro Spezia, presenteou o
palestrante com o livro Cidadela, do poeta blumenauense
Douglas Zunino. Em seguida foi
a vez do artista plástico Tadeu
Bittencourt homenagear o SEEB,
com uma tela produzida por ele
com o símbolo da entidade sindical. Uma das grandes atrações
da noite foi a apresentação do
cantor e compositor Pedro Munhoz. O músico gaúcho que percorre o mundo com o seu violão
trouxe mais uma vez a reflexão
das questões humanas e sociais.
A banda blumenauense Revolver e o músico Daian
Schmitt também se apresentaram durante a noite.
Fotos: Magali Moser
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Mobilização histórica resulta na maior greve dos últimos 20 anos