SANTOS VENERADOS NO CONCELHO DE MIRANDELA
DIVINO ESPÍRITO SANTO
Carvalhais
Na Bíblia hebraica (Velho Testamento), o termo hebraico Ruach HaKodesh é usado muitas
vezes; ele é traduzido literalmente como Espírito Santo. Na Bíblia Hebraica ele se refere à
presença de Deus na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos cristãos
considera o Espírito Santo como o próprio Deus, parte da Trindade.
O Espírito Santo é frequentemente simbolizado pelo sinal de uma pomba branca, baseado no
relato do Espírito Santo a descer sobre Jesus Cristo, após este ter sido baptizado no rio Jordão,
embora o texto bíblico não diga que foi em forma de pomba, e sim como uma pomba, numa
comparação. O livro de Actos descreve o Espírito Santo a descer sobre os Apóstolos durante o
Pentecostes na forma de um vento e línguas de fogo, que repousavam sobre a cabeça dos
Apóstolos. Baseado nesta imagem, o Espírito Santo é frequentemente simbolizado por uma
chama.
No Evangelho de João, no Novo Testamento, a ênfase é colocada, não no que o Espírito Santo
fez por Jesus, mas no facto de Jesus ter dado o Espírito aos seus discípulos. No Cristianismo
tradicional, o qual foi o mais influente para o desenvolvimento posterior da doutrina da
Trindade, Jesus é visto como o cordeiro sacrificial, e com vindo aos homens para conceder o
Espírito de Deus à humanidade.
Embora a linguagem utilizada ao descrever Jesus a receber o Espírito Santo no Evangelho de
João seja um paralelo dos relatos nos outros Evangelhos, João relata este episódio com o
objectivo de mostrar que Jesus tinha uma especial posse do Espírito para que o pudesse
conceder aos seus seguidores, unindo-os a Si mesmo, e em Si mesmo unindo-os também com
o Pai. (Ver Raymond Brown, The Gospel According to John, capítulo sobre Pneumatologia).
DIVINO SENHOR DOS PASSOS
AbambresAbambres-Torre de D. Chama
NOSSA SENHORA DA TORRE
Pereira
NOSSA SENHORA DE JERUZALÉM
Romeu
NOSSA SENHORA DO AMPARO
Mirandela
Nossa Senhora do Amparo relembra Jesus crucificado, entregando Maria como Mãe de todos
os homens; Nome de mulher: Maria do Amparo.
NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
BouçaBouça-Sucçães
Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois
desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a
Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.
Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum. A
morte de Nossa Senhor foi suave, chamada de "dormição". Quis Nosso Senhor dar esta
suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a
"dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de
s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados
para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João
Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém,
ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão
prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da
relíquia sagrada de seu corpo.
Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado,
para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o
fato da ressurreição de Nosso Senhor. S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.
Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo se exalava um
perfume de suavidade celestial!
Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os
anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória
inefável.
Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção
da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos
primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451. Como Nossa Senhora
era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (consequência da
expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no
paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma
"dormição". Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria
morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida". Relembra a
elevação de Maria, de corpo e alma, aos céus; Nome de mulher; “Maria da Assunção”,
“Assunta”.
NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO
Ribeirinha
Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem; Nome de mulher: “Maria da
Encarnação”.
NOSSA SENHORA DA PIEDADE
Caravelas
Relembra que Jesus, após o descimento da Cruz, foi entregue aos braços de sua Mãe
Santíssima Prenome feminino: Maria da Piedade. Pietà: famosa escultura de Michelangelo.
NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Alvites
Relembra que a Virgem Maria é fonte de vigor físico e moral para os homens.Tradicionalmente
invocada pelos doentes (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da
Mãe de Deus: «Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que
nasce para Senhora da Saúde [...]»), tornou-se particularmente cultuada a partir dos finais do
século XVI, sendo-lhe atribuída a intervenção miraculosa que levou ao fim de vários surtos de
peste ocorridos em Portugal. Em sua honra, nas povoações libertas do flagelo, foram-lhe
erigidas igrejas ou dedicadas velhas capelas preexistentes. Assim, o primeiro surto, ocorrido
em Lisboa no reinado de D. Sebastião, em 1568, atingiu o seu ponto máximo no Verão do ano
seguinte; ante a elevada mortandade (que levou mesmo a que o rei pedisse ao tio Filipe II de
Espanha que enviasse médicos para Portugal, para auxiliar no combate à doença), a
população da capital começou a organizar procissões em honra da Virgem, para que por sua
intercessão pudesse cessar a peste. Tendo a mortalidade decrescido até ao começo da
Primavera seguinte, o povo agradecido passou a celebrar anualmente uma procissão em honra
de Maria, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde, no dia 20 de Abril. A imagem
protectora foi depositada na Igreja do Colégio de Jesus, tendo mais tarde sido transferida, em
1662, para a pequena Capela de Nossa Senhora da Saúde e de São Sebastião da Mouraria, na
freguesia de Santa Justa, próxima ao Rossio. A sua procissão é amplamente concorrida todos
os anos.
Um novo surto da doença, em 1599, tornou mais visível a devoção pela Senhora da Saúde. A
pestilência era tão intensa que muitas pessoas fugiam da capital para os arredores, em busca
de ares mais saudáveis. Foi nesse contexto que, por exemplo, nasceu a devoção à Senhora da
Saúde na povoação de Montemor, em Loures, onde logo foi erguida uma capela à santa
(Capela de Nossa Senhora da Saúde de Montemor). Do mesmo modo, também nessa altura,
em Sacavém, nos arredores da capital, foi encontrada uma imagem de Maria com o Menino
nos braços que, invocada como Nossa Senhora da Saúde, se diz ter feito cessar a peste; a
imagem foi depositada na Capela de Santo André aí existente, passando a ser todos os anos
magnificamente cultuada com uma grandiosa procissão no primeiro fim-de-semana de
Setembro. Geralmente, o único traço iconográfico distintivo da Senhora da Saúde é o segurar
com o braço esquerdo o Menino Jesus, à semelhança da Nossa Senhora do Carmo, mas sem
qualquer outro adereço (são variadas as indumentárias das diversas Senhoras da Saúde).
É celebrada oficialmente, consoante os locais, ou a 20 de Abril (Lisboa), ou a 15 de Agosto
(também dia da Assunção de Maria), ou a 8 de Setembro, ou ainda no primeiro Domingo de
Setembro. Em Itália (onde é conhecida como Madonna della Salute), é celebrada a 21 de
Novembro e tem o seu maior santuário em Veneza - a Basílica de Santa Maria della Salute. A
sua construção resultou da promessa do Doge da Sereníssima República, Nicoletto Contarini,
de construir uma basílica em honra da Senhora da Saúde, caso cessasse um surto de peste,
em 1631.
NOSSA SENHORA DO AVISO
Vale da Sancha
NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO
Vale de Salgueiro
Nossa Senhora da Apresentação; Apresentação de Maria, no Templo de Jerusalém.
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
MascarenhasMascarenhas-Couços
No dia 25 de Março de 1646, D. João IV fez uma cerimónia solene em Vila Viçosa para
agradecer a Nossa Senhora o que lhe concedera. Dirigiu-se à igreja de Nossa Senhora da
Conceição, que declarou padroeira e rainha de Portugal. A partir dessa data mais nenhum rei
português usou coroa na cabeça, por se considerar que só a virgem tinha esse direito. Nos
quadros onde aparecem reis ou rainhas a coroa está pousada ao lado sobre uma mesa, num
tamborete ou almofada de cetim.
NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO
Mirandela
Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem; Nome de mulher: “Maria da
Encarnação”.
NOSSA SENHORA DA EXPECTAÇÃO
FrancoFranco-Valverde
Valverde da Gestosa
Relembra a Virgem na esperança e na iminência do parto divino; tem origem nas Confrarias.
NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE
Mascarenhas
Relembra o nascimento da virgem Maria, que, segundo a tradição, foi num sábado, 8 de
Setembro, do ano 20 a.C., na cidade de Jerusalém.
NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO
Navalho
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Passos
NOSSA SENHORA DE LURDES
Frechas
NOSSA SENHORA DO MONTE
Aguieiras
Relembra que a Virgem é um monte altíssimo, que vence a altura de todos os outros montes,
em santidade e virtude; célebres igrejas: na Ilha da Madeira e em Olinda.
NOSSA SENHORA DO Ó
GolfeirasGolfeiras-Valverde da Gestosa
Alusão à Nossa Senhora nas proximidades de seu parto. Houve um sermão proferido pelo
Padre Vieira, onde compara as virtudes de Maria à "perfeição da letra o", símbolo da
imortalidade e de Deus, de quem Maria é mãe. Referências às sete antífonas do Ó, nas
proximidades do Natal.
NOSSA SENHORA DO REPOUSO
Bouça
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Lamas de OrelhãoOrelhão-Vale de
de AsnesAsnes-Vale de Gouvinhas
Relembra a aparição da Virgem Maria a São Domingos de Gusmão, no século XIII, pedindo-lhe
a divulgação do seu rosário de orações. A consagração definitiva do Rosário de Nossa senhora
deu-se a 7 de outubro de 1571, com a vitória dos cristãos na batalha de Lepanto.
NOSSA SENHORA DO VALE DO FREIXO
Miradeses
NOSSA SENHORA DOS AFLITOS
Vale de Salgueiro
SANTA BÁRBARA
Abreiro; AvidagosAvidagos-BroncedaBronceda- CobroCobro-Franco
Santa Bárbara é uma santa cristã comemorada na Igreja Católica Romana e na Igreja
Ortodoxa, que foi mártir no século terceiro.
Comemora-se no dia 4 de Dezembro.
SANTA CATARINA
AguieirasAguieiras-São Pedro Vale do Conde
No ano da graça de 1347, Lapa Benincasa deu à luz duas gêmeas em seu vigésimo
quarto parto. Uma delas não sobreviveu após o batismo. A outra, Catarina, tornar-se-ia a glória
de sua família, de sua pátria, da Igreja e do gênero humano.
Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples,
leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"1; piedoso e
trabalhador, criava sua enorme família (teve 25 filhos de um só casamento!) no amor e no
temor de Deus.
Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e
cresceu num ambiente moral puro e religioso.
Como a Providência divina tinha desígnios especiais sobre ela, desde cedo Catarina foi
cumulada de favores celestes, privando com Anjos e Santos. Aos sete anos, fez voto de
virgindade; aos 16, cortou sua longa cabeleira para evitar um casamento; e aos 18, recebeu o
hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos. Vivia, já aos 20 anos, só de pão e água. Foi
agraciada com favores sobrenaturais, como o "casamento místico"; recebeu estigmas
semelhantes aos de Nosso Senhor e teve uma "morte mística", durante a qual foi levada em
espírito ao Inferno, ao Purgatório e ao Paraíso; teve também uma "troca mística de coração"
com Nosso Senhor.
Analfabeta, aprendeu milagrosamente a ler e escrever, para poder cumprir a missão
pública que Deus lhe destinava.
Dirigia um número enorme de discípulos, os caterinati, entre os quais se encontrava
gente do clero, da nobreza e do povo mais miúdo. Um deles, o bem-aventurado Raimundo de
Cápua, seu confessor, foi também seu primeiro biógrafo. É dele que sabemos pormenores
dessa impressionante vida.
"Todos os seus contemporâneos dão testemunho de seu extraordinário charme, que
prevalecia ainda em meio da contínua perseguição à qual ela foi sujeita, mesmo da parte dos
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frades de sua própria Ordem e de suas irmãs em religião" .
Como é impossível relatar num limitado artigo os muitos milagres, favores místicos,
penitências, preces e actividades dessa Santa ímpar na História da Igreja, limitamo-nos a
ressaltar o aspecto público e providencial de sua missão.
SANTA LUZIA
Fonte da UrzeUrze-Mascarenhas
13 de Dezembro. É conhecida como Luzia de Siracusa. Virgem que, segundo a lenda, terá ido
de Siracura, com sua mãe doente, a Catânia, ao túmulo de Santa Águeda. Tendo-se curado a
mãe, Luzia distribuiu os seus bens pelos pobres. Denunciada por ser cristã ao cônsul Pascácio,
foi condenada a ir para um bordel. Embora levada à força, resistiu de tal maneira que nem duas
juntas de bois a conseguiram arrastar até lá. Foi martirizada de modo cruel, sendo-lhe
arrancados os olhos. Finalmente, foi degolada em 304. Tem como atributos dois olhos num
prato, e , ocasionalmente, uma junta de bois. É evocada pelos que têm falta de visão.
SANTA MARIA MADALENA
AlvitesAlvites-Múrias
Múriasias-Vila Boa
25 de Maio. Conhecida por Maria Madalena de Pazzi. Carmelita, vidente e mística. Viveu no
século XVI e teve tentações que venceu, rezando à Virgem, que a terá livrado delas, cobrindo-a
com um véu. Grande mística, teve como atributos uma coroa de espinhos, um crucifixo e os
instrumentos da Paixão que Jesus lhe terá dado.
Maria Madalena ou Maria de Magdala, era também decididamente uma das discípulas de maior
destaque nos Evangelhos. Era natural de Magdala, Galileia, uma localidade na costa ocidental
do Lago de Tiberíades
SANTA RITA
Mosteirô
Santa Rita de Cássia,
Cássia nascida Rita Lotti (Roccaporena, 1381 — Cássia, 22 de maio de 1457) foi
uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627 e canonizada
em 1900.
Como muitas das personalidades cultuadas pela Igreja Católica, sua biografia é recheada de
lendas e episódios maravilhosos que, por total falta de explicação, foram considerados
miraculosos.
Era filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, e o ano apontado para seu nascimento é incerto,
sendo que a data de 1381 a mais provável e aceita.
Rita foi casada com Paolo Mancini, um homem ríspido, autoritário e por demais orgulhoso. Com
este teve dois gêmeos: Giacomo Antonio e Paolo Maria. Quando maiores, consta que
intentaram matar o próprio pai. Pelo crime, rogara Rita a Deus que tirasse a vida dos próprios
filhos, no que teria sido atendida.
Viúva, sem filhos, pleiteia o ingresso na vida monástica, sendo repelidos seus apelos. Consta
que, então, postava-se diante dos portões do monastério agostiniano de Santa Maria
Madalena,
Madalena na cidade italiana de Cássia. Fechada do lado de fora, inexplicavelmente ressurgia
no interior, de onde novamente era retirada.
Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que
todos os anos dá flores em pleno inverno.
Muitos são os sinais sobrenaturais atribuídos a Rita de Cássia, descritos na Hagiografia, além
dos já indicados. Teria, na noite de Sexta-feira da Paixão, recebido um dos espinhos da coroa
de Cristo. Os crentes lhe atribuem outros milagres, ligados às frias terras montanhesas onde
viveu, como o de que abelhas brancas teriam ornado seu berço, e abelhas negras seu leito de
morte.
SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Guide
Eucaristia,
Eucaristia do grego eukharistia (εuχαριστiα), significa "reconhecimento", "ação de graças".
Também a cerimónia é chamada de "Comunhão", "A Ceia do Senhor", "Santa Ceia", "Refeição
Noturna do Senhor" ou "Comemoração da Morte de Cristo". É uma celebração em memória da
morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. O evangelista Lucas registrou esse
mandamento da seguinte forma: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu,
dizendo: Isto é [ou significa] o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é [ou significa] o cálice da
Nova Aliança [ou Novo Pacto] no meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20).É
a celebração nas Igrejas Cristãs no qual o cristão recebe o pão e o vinho, repetindo o que
Cristo fez na sua Última Ceia, antes de ser entregue aos romanos por Judas Iscariotes,
conforme a narração dos Evangelhos. Na ocasião, compartilhou com seus apóstolos pão e
vinho, na época da celebração da Páscoa judaica (com pães ázimos), dizendo a eles "Tomai
todos e comei, isto é [ou significa] o meu corpo que será entregue (...) Tomai todos e bebei, isto
é [ou significa] o meu sangue (...) Fazei isto em memória de mim". (Mateus 26;26-29, Marcos
14:22-25, Lucas 22:19-20, I Coríntios 11:23-26). Portanto, o pão usado na celebração
representa o corpo sem pecado, que Cristo ofereceu na Cruz (em grego staúros) como resgate.
O vinho representa seu sangue derramado (ou seja, a sua vida perfeita), para remissão da
humanidade condenada ao pecado herdado e morte. A Bíblia não é específica sobre quando ou
quantas vezes ao ano se deve celebrar a "Santa Ceia". Algumas religiões cristãs celebram-na
diariamente ou semanalmente (católicos romanos, Casa de Oração-Irmãos, Assembléias de
Deus da Grã-Bretanha & Irlanda), outros mensalmente, bi-mensalmente, ou anualmente
(Testemunhas de Jeová). A Eucaristia têm um profundo significado para os Cristãos, sendo
celebrada por quase todas as denominações cristãs, excepto pelos Quakers, Exército de
Salvação, Molokans e Doukhobors.
SANTO AMARO
MúriasMúrias-Romeu
Também conhecido como Mauro de Troyes. Celebra-se a 21 de Sertembro. Foi mártir. A água
que foi usada para lavar o seu cadáver transformou-se em leite. As suas relíquias são
conservadas na Igreja de São Martinho e na de São mauro de Touraine. É padroeiro das
lavadeiras e branqueadoras. Representa-se com uma palma e um livro aberto.
SANTO ANDRÉ
AvantosAvantos-Vale de Gouvinhas
Santo André (do grego Ανδρέας, «másculo», «viril»), santo e mártir cristão, um dos doze
Apóstolos de Jesus, nasceu em Bethsaida, nas margens do Mar da Galileia (ou Lago de
Tiberíades). Sendo judeu, certamente o seu nome não seria André, mas talvez um correlato em
hebraico ou aramaico. De acordo com o Evangelho segundo São João (1, 37-40), foi discípulo
de São João Baptista, e cedo se tornou um dos primeiros seguidores de Jesus (com Pedro, de
quem era irmão, e Tiago)
Segundo Evangelho de São Marcos (1, 29), viveu em Cafarnaum, e foi um dos discípulos mais
próximos do Mestre, mas os Actos dos Apóstolos apenas o referem uma vez (1, 13). Eusébio
de Cesareia cita Orígenes, dizendo que André pregou na Ásia Menor e na Cítia, na margem
Norte do Mar Negro e ao longo do rio Volga - daí que se tenha tornado santo patrono da
Roménia e da Rússia (o pavilhão naval russo inspira-se na sua cruz). A tradição fez também
dele o primeiro bispo de Bizâncio, sendo por isso também o protector do futuro Patriarca de
Constantinopla. A lenda narra ainda que foi crucificado em Patras, no Peloponeso (na então
província romana da Acaia, correspondente à moderna Grécia), numa cruz dita Crux decussata
(em forma de ×), a qual tomou o nome de Cruz de Santo André. De acordo com a tradição, as
suas relíquias teriam sido trasladadas de Patras para Constantinopla, e daí, seguindo uma
rebuscada lenda, para a cidade escocesa de Saint Andrews. Tornou-se então também o
patrono nacional da Escócia, sendo a sua bandeira um decalque da Cruz de Santo André.
É festejado, tanto pela Igreja Católica como pelas Igrejas Orientais a 30 de Novembro.
SANTO ANTÓNIO
AvantosAvantos-Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-(Passos
Santo António de Lisboa, OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1195 - Pádua, 13 de Junho de 1231),
de seu nome de baptismo Fernando de Bulhões e Taveira Azevedo (ou Fernão de Bulhões y
Taveira Azevedo) é também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido e falecido
nessa cidade italiana; Regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade
onde falecem e onde permanecem as suas relíquias – pois que na doutrina cristã, a morte mais
não é que a passagem para a verdadeira vida –, e não daquela que os viu nascer; assim sucede
com Fernando de Bulhões, que nas demais línguas europeias é chamado de Pádua, e apenas
reverenciado pelos povos de língua portuguesa como de Lisboa; no Brasil, onde tem também
milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo António, o
Casamenteiro. A sua festa é a 13 de Junho, dia feriado em diversos municípios portugueses.
SANTO APOLINÁRIO
Vila Verde
Celebra-se a 23 de Julho o dia de Santo Apolinário de Ravena. Natural de Antioquia, terá vivido
no século II. Veio para Ravena fazer apostolado a aí foi martirizado no ano 200. É considerado
o primeiro Bispo de Ravena. Iconograficamente, é representado vestido de bispo grego (sem
mitra), com dalmática e palio branco bordado de cruzes negras. O seu atributo é uma maça,
instrumento do seu martírio e uma espiga de milho.
SANTO ESTEVÃO
AbreiroAbreiro-Vale de Madeiro
Santo Estêvão é o primeiro mártir do Cristianismo, sendo considerado santo por todas as
denominações cristãs: Igreja Católica, Igrejas Ortodoxas e a Comunhão Anglicana. É celebrado
a 26 de Dezembro no Ocidente e a 27 de Dezembro no Oriente.
Segundo os Actos dos Apóstolos, Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos da igreja
nascente, logo após a morte de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo
tanto judeus como gentios. Segundo Étienne Trocmé, Estevão pertencia a um grupo de cristãos
que pregavam uma mensagem mais radical, um grupo que ficou conhecido como os helenistas,
já que os seus membros tinham nomes gregos e eram educados na cultura grega e que
separou do grupo dos doze apóstolos. Também eram conhecidos como o grupo dos 7. Foi
detido pelas autoridades judaicas, levado diante do Sinédrio (a suprema assembleia de
Jerusalém), onde foi condenado por blasfémia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Act, 8).
Entre os presentes na execução, estaria Paulo de Tarso, o futuro São Paulo, ainda durante os
seus dias de perseguidor de cristãos.
O seu nome vem do grego Στέφανος (Stephanós), o qual se traduz para aramaico como Kelil,
Kelil
significando coroa - e Santo Estêvão é, de resto, representado com a coroa de martírio da
cristandade, recordando assim o facto de se tratar do primeiro cristão a morrer pela sua fé - o
protomártir.
Durante os primeiros século do cristianismo, o túmulo de Estêvão achou-se perdido, até que em
415 (talvez pela crescente pressão dos peregrinos que se deslocavam à Terra Santa), um certo
padre, de nome Luciano, terá dito ter tido uma revelação onírica de onde se encontrava a
tumba do mártir, algures na povoação de Caphar Gamala, a alguns quilómetros a Norte de
Jerusalém.
Gregório de Tours afirmou mais tarde que foi por intercessão de Santo Estêvão, que um
oratório a ele dedicado, na cidade de Metz, onde se guardavam relíquias do santo, foi o único
local da cidade que escapou ao incêndio que os Hunos lhe deitaram, no dia de Páscoa de 451.
SANTO ILDEFONSO
Cedães
Cedães-Vale de Telhas
Ildefonso de Toledo celebra-se a 23 de Janeiro. Nascido em 606, em 657 foi convocado pelo rei
godo Recesvindo para suceder a seu tio Eugénio na cátedra do Bispado de Toledo. Grande
devoto da Virgem Maria, terá recebido das mãos d´Ela uma casula preciosa. Terá tido também
uma visão de Santa Leocádia, que lhe terá entregue um pouco do seu véu. Morreu em 667. O
seu atributo habitual é a tal casula que lhe é oferecido pela Virgem. Julga-se que descendesse
da família real visigótica. Fez uso dos seus bens para edificar um mosteiro feminino, e mais
tarde fez-se, ele mesmo, monge, antes de se tornar arcebispo de Toledo, posição que serviu
durante dez anos, sob o reinado de Recesvinto. O seu nome deriva do gótico Hildefuns,
Hildefuns donde
derivou mais tarde também o nome Afonso. Escreveu contra os hereges, defendendo
acerrimamente a doutrina da Imaculada Conceição, que doze séculos mais tarde se converteria
em dogma oficial do Catolicismo.
Foi canonizado pela Igreja Católica, sendo celebrado no dia 23 de Janeiro.
SANTO ISIDRO
AlvitesAlvites-Cachão
15 de Maio. Santo lendário castelhano que se diz ter vivido no século XI e princípios do XII.
Moço de lavoura trabalhando perto de Madrid, interrompera um dia do seu trabalhão para orar.
Surpreendido e admoestado pelo patrão, logo surgiu um anjo que agarrou a rabiça da charrua,
tangeu os bois acabou de lavrar aquele campo, enquanto Isidro Prosseguia e acabava as suas
orações. Os seus milagres são numerosos. É padroeiro dos lavradores e fazendeiros.
Apresenta-se vestido de camponês, à frente de uma junta de bois brancos, ou de joelhos
rezando, enquanto um anjo lavra um campo com uma junta de bois. Além da charrua, tem
outros atributos de carácter agrícola: uma podoa, um Mangualde, uma foice ou um molho de
espigas de cereal. E ainda uma pá ou uma enxada. A sua mulher, Santa Maria de la Cabeza,
foi canonizada juntamente com ele.
SÃO BARTOLOMEU
Freixedinha
24 de Agosto. Chamar-se-ia Natael Bar-Tolmai (filho de Tolmai). Pouco se sabe da sua vida.
Terá evangelizado a Arábia, a Mesopotâmia e a Arménia. Preso e condenado por difundir o
Cristianismo, terá sido esfolado vivo. Apresenta-se vestido ou esfolado, com a sua pele no
braço. Tem como atributo a faca com que foi esfolado e, raramente, um demónio encadeado.
SÃO BENTO
BENTO
Mirandela
24 de Agosto. Chamar-se-ia Natanael Bar-Tolmai (filho de Tolmai). Pouco se sabe da sua vida.
Terá evangelizado a Arábia, a Mesopatâmia e a Arménia. Preso e condenado por difundir o
Cristianismo, terá sido esfolado vivo. Apresenta-se umas vezes vestido, outras esfolado, com a
sua pele no braço. Tem como atributo a faca com que foi esfolado, e raramente, um demónio
encadeado.
São Bento de Núrsia (480-547), monge fundador da Ordem dos Beneditinos (que acabou por
ser declarada a regra a vigorar em todos os mosteiros católicos da Europa), foi designado santo
padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI em 1964, sendo venerado não apenas por católicos,
como também por ortodoxos Foi o fundador da Abadia do Monte Cassino, na Itália (destruída
durante a Segunda Guerra Mundial e entretanto restaurada). É comemorado a 11 de Julho.
De acordo com a tradição, São Bento de Núrsia foi santificado por ter vencido duas ciladas
armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de
pão, também envenenado.
Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efectivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e
insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as
ofensas que ele recebia.
O Santo Varão, como também é chamado, vencia o Tentador utilizando-se do sinal da cruz e
da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro.
Diz-se que a Cruz-Medalha de São Bento, fora descoberta por ocasião da condenação de
algumas bruxas que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto
contra os moradores do mosteiro local. Intrigados com o fato, foram averiguar o que existia no
mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas na coluna as
imagens contidas nas Medalhas utilizadas ainda hoje.
Observa-se ainda, que ao contrário da crendice popular, a frente da medalha não é a que se
encontra a Cruz e sim aquela na qual está a imagem do Homem de Deus, empunhando uma
cruz e seu Regra.
Após a morte de São Bento, um fiel seguidor do santo, cria uma medalha, na qual estão
escritas iniciais de frases em latim, como se vê abaixo:
•
Na frente da medalha:
"Ejus in obitu nostro praesentia muniamur" = Sejamos protegidos pela sua presença na
hora de nossa morte.
•
No verso:
CSPB = Crux Sancti Patris Benedicti (Cruz do Santo Pai Bento)
CSSML = Crux Sacra Sit Mihi Lux (Que a Cruz Sagrada Seja a Minha Luz)
NDSMD = Non Draco Sit Mihi Dux (Não seja o demônio o meu guia)
VRS = Vade retro, satana! (Para trás, satanás!)
NSMV = Nunquam Suade Mihi Vana (Nunca seduzirás minha alma)
SMQL = Sunt Mala Que Libas (Porque o mal que serves)
IVB = Ipse Venena Bibas (Do mesmo veneno beberás)
SÃO BRÁS
CaravelasCaravelas-Torre de D. Chama
São Brás foi um mártir, bispo e santo católico que viveu entre o séculos III e IV na Armênia. Foi
capturado pelos romanos e decapitado no ano 316. É celebrado no dia 3 de Fevereiro.
Também conhecido por Brás de Sebaste. Santo protector contra as doenças de garganta.
Iconograficamente, apresenta-se com vestes episcopais, usando mitra, embora fosse bispo da
Igreja Oriental, e tem como atributo as cardas de ferro com que foi martirizado, dois círios
entrecruzados (alusão à cura milagrosa de uma criança, engasgada com uma espinha de
peixe, feita com a aplicação de duas velas cruzadas sobre a garganta). Em Espanha, apresenta
a mão sobre a garganta e na Alemanha a sua trompa de caça. Tem como atributos os animais
que o criaram, os círios em cruz ou uma tocha.
SÃO CIRÍACO
Barcel
8 de Agosto. Viveu em Roma no princípio do Século IV. Ordenado diácono pelo papa Marçal,
tornou-se exorcista, expulsando um demónio que possuía a filha do imperador Diocleciano,
princesa que se terá convertido ao Cristianismo. Perseguido e martirizado pelo sucessor de
Diocleciano, acabou decapitado. Iconograficamente, é representado com o livro dos
exorcismos, a estola e um diabo ou um dragão acorrentado – alusão ao exorcismo da princesa.
SÃO DOMINGOS
Bronceda
Fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são também conhecidos por
dominicanos.
Filho de Joana de Aza e Felix de Gusmão, Domingos nasceu em 1170, em Caleruega, no
interior do Reino de Castela.
Seus pais pertenciam à pequena nobreza terratenente. Esta classe social, de índole guerreira,
foi sendo criada à medida das necessidades de um território que ia crescendo, mercê das lutas
de conquista cristã aos mouros.
Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para
Palência, tornando-se, após conclusão dos estudos, em 1196 membro do cabido da sua
Diocese natal, Osma.
Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma
princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo S. Domingos sido
companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre
impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte,
tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial
um com que certamente contactou, os cumanos.
Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objectivo inicial, realizaram nova missão ao
norte da Europa, tendo também efectuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul de
França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias
dos Albigenses e Cátaros. Estes dois grupos, defendiam uma vida apostólica, baseada na vida
de Cristo e dos primeiros apóstolos. Um modo de vida simples, sem hierarquias que em tudo
constratava com o cerimonial as hierarquias e poder financeiro e político de grande parte das
estruturas da Igreja do seu tempo. Tiveram grande adesão popular em virtude do seu carisma e
honestidade de vida. No entanto, tornaram-se heréticos, ao defenderem ideias contrárias aos
fundamentos da Igreja, razão pela qual o Papa entendeu intervir, enviando delegados seus por
forma a catequizar, pregar, converter e denunciar os erros dos heréticos.
Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentida na missão dos legados papais,
convencem-nos a adoptar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante,
pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados, e riquezas. Os
Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na
condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes
fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtualidades nesta nova forma de pregação, aprova
a mesma e mandata Diogo e Domingo para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão
das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região e regressou
à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes
sozinho.
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
MirandelaMirandela-Estátua na Avenida das Amoreiras
São Francisco de Assis nascido Francesco Bernardone (Assis, na Úmbria, Itália, 26 de
Setembro de 1181 - 3 de Outubro de 1226), foi um Santo vindo de uma família de comerciantes.
Sua mãe talvez fosse francesa, o pai chamava-se Pedro Bernadone. Em Assis ficou conhecido
como Francisco, ou seja o "pequeno francês".
O nome de baptismo inicial era Giovane di Bernardone (João Bernardone), dado pela mãe
provavelmente em homenagem a João Batista, que o pai, Pedro Bernardone, altera para
Francesco Bernardone. Por razões ainda muito controversas, acredita-se que o nome seria em
homenagem à França, país com quem mantinha relações comerciais; outra hipótese fala que
teria sido terra natal de sua mulher; outra ainda que se tratava de um apelido dado pelos
amigos pelo fato de o santo usar muito a língua francesa.
Renunciou ao mundo em 1206, fez penitência durante dois anos e lançou-se a pregar em
linguagem simples e ardorosa. Tem-se dito, que, imitando a cavalaria, Francisco também teve
a sua dama, Madonna Povertà, a Senhora Pobreza, que ele serviu e cantou com grande
entusiasmo. Em 1209 formou, com doze discípulos, a família dos doze irmãos menores. Os
Clunicenses de Assis cederam-lhes um pouco de terreno, a porciúncula, e os Franciscanos
construíram ali as suas choças. Adoptaram vestuário dos humildes: túnica grossa de lã, com
uma corda na cinta, e sandálias. A sua missão consistia em praticar e pregar simplicidade e
amor a Deus e a caridade cristã. Esteve em Espanha e África, onde se juntou aos cruzados do
Nilo. Fundou a Ordem dos Frades Menores em 16 de Abril de 1209. Em 1212 recolhe junto de
si Clara d'Offreducci e algumas companheiras, que, perseguindo o mesmo ideal de pobreza,
funda a Ordem das Clarissas.
Francisco tornou-se um árduo defensor da não-violência, não apenas em relação aos seres
humanos, mas a toda natureza. Assim, amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo
tempo, que protegia animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente, de irmãos. Para
ele, também a chuva, o vento e o fogo deveriam ser reverenciados e respeitados como irmãos.
Nunca consumia mais que o mínimo necessário para viver e incentivava a todas as pessoas a
fazerem o mesmo. São Francisco é respeitado por várias religiões pela sua mensagem de paz.
Ficou famosa uma oração atribuída a ele que começa com os dizeres "Senhor, fazei-me
instrumento de Vossa paz...". Embora não haja certeza de sua autoria, ela reflecte mais que
qualquer outra os ensinamentos e a vida desse grande homem, reconhecido como santo no
mundo todo e adoptado como patrono da Ecologia e, porque não, da paz.
É dele a "Carta aos Governantes dos Povos": A todos os podestás, cônsules, juízes e regentes
no mundo inteiro, e a todos quantos receberem esta carta, Frei Francisco, mísero e pequenino
servo no Senhor, deseja saúde e paz. Considerai e vede que "se aproxima o dia da morte"(Gn
47,29). Peço-vos, pois, com todo o respeito de que sou capaz que, no meio dos cuidados e
solicitudes que tendes neste século, não esqueçais o Senhor nem vos afastes dos seus
mandamentos. Pois todos aqueles que o deixam cair no esquecimento e "se afastam dos seus
mandamentos" são amaldiçoados (Sl 118,21) e serão por Ele "entregues ao esquecimento" (Ez
33,13). E quando chegar o dia da morte, "tudo o que entendiam possuir ser-lhe-á tirado" (Lc
8,18). E quanto mais sábios e poderosos houverem sido neste mundo, tanto maiores
"tormentos padecerão no inferno" (Sb 6,7). Por isso aconselho-vos encarecidamente, meus
senhores, que deixeis de lado todos os cuidados e solicitudes e recebais com amor o
santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por ocasião de sua santa memória. Diante
do povo que vos foi confiado, prestai ao Senhor este testemunho público de veneração: todas
as tardes mandai proclamar por um pregoeiro, ou anunciai por algum sinal, que todo povo
deverá render graças e louvores ao Senhor Deus Todo-Poderoso. E se não o fizerdes, sabei
que havei de dar conta perante vosso Senhor Jesus Cristo no dia do juízo. Os que levarem
consigo este escrito e o observarem saibam que serão abençoados por Deus nosso Senhor.
Este Santo homem, pequeno e frágil, não vivia para si mesmo, mas para aquele que morreu
por todos nós. Enchia a terra com o Evangelho de Cristo e em um dia percorria 4 ou 5
povoados anunciando o Reino de Deus, a Salvação, a Penitência e a Oração. Não sabia
favorecer a vida dos pecadores e os repreendia pacientemente. Seus maiores milagres sempre
foram através da Oração. São Francisco era como um rio caudaloso de graça celeste que
alimentava os corações com sua palavra e exemplo, propunha uma nova forma de vida, o
caminho da salvação, o amor a Deus. Estava sempre preocupado com a construção espiritual
de seus filhos, o caminho das virtudes, a pobreza, obediência, a castidade e sobretudo com a
renúncia. São Francisco tinha o rosto alegre, de olhar simples, afecto sincero e com o abraço
fraterno colhia os desamparados. Amava tanto a Deus que lutava constantemente pela
salvação das almas, seu amor ao próximo era tão intenso que quando não podia mais andar e
quase cego, percorria as terras montado em um jumento para levar a benção do Senhor. Em
seu amor a Deus sempre repetia: "Senhor! Minha alma tem sede de Vós e meu corpo mais
ainda". Veio ao mundo com assinalado e luminoso destino, filho de pais abastados, nasceu em
Assis velha cidade da Itália, situada na região da Úmbria em 26 de Setembro de 1182 e foi
criado no luxo e na vaidade. Seu pai Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, sonhava
fazê-lo homem de negócios e de fortuna, mas Francisco, de génio alegre e cavalheiresco
pensava mais nas glorias do mundo do que nos negócios. Em 1202, com 20 anos, foi a guerra
entre sua cidade natal e Perúgia, ao partir, jurou voltar consagrado cavaleiro. Caiu prisioneiro,
ficando um ano na prisão. Comportou-se com serenidade, levantou a moral dos seus
companheiros, transmitindo confiança e alegria. É resgatado pelo pai, por estar muito doente.
Permanece um tempo em Assis para sua recuperação. Após uma mensagem em sonhos quis
alistar-se novamente, mais ainda debilitado e doente, desiste e aceita os desígnios de Deus.
SÃO FRUTUOSO
Eixes
Celebra-se a 21 de Janeiro. É conhecido como Frutuoso de Tarragona. Mártir peninsular do
século III, nascido em Tarragona. O prefeito Emiliano tê-lo-á condenado a ser queimado vivo
por se recusar a fazer sacrifício aos ídolos. Foi supliciado em conjunto com dois diáconos,
Áugure e Eulógio. É apresentado iconograficamente vestido de bispo e tem por atributo a sua
fogueira.
Tudo o que se sabe sobre esse bispo de Tarragona, na Espanha, é que foi martirizado com
seus diáconos Augúrio e Eulógio, no reinado de Valeriano e Galieno. Sua história relata que
foram aprisionados quando iam dormir, sendo, alguns dias depois, levados à presença do
governador. O interrogatório foi curto e preciso: os prisioneiros afirmaram sua adoração a um
Deus único e, por isso, foram condenados à fogueira. No local, soldados procuravam evitar
qualquer demonstração do povo. Alguns cristãos, porém, chegaram ao portão do anfiteatro e
um deles pediu ao bispo que rezasse. Frutuoso respondeu de modo que todos pudessem ouvir:
“Tenho em mente toda a Igreja universal, do Oriente ao Ocidente”, acrescentado palavras de
conforto aos fiéis. À medida que as chamas envolviam os três, diz a história que “ergueram os
braços como sinal da vitória do Senhor e rezaram até morrer”.
Outro santo do mesmo nome, Frutuoso de Braga, fundou mosteiros e refúgios comunitários
para famílias do povo hispano-românico na Espanha visigótica. Morreu como arcebispo de
Braga, talvez em 665. É comemorado em 16 de Abril.
SÃO GENS
Marmelos
Celebra-se a 16 de Maio. Foi um eremita que viveu em Monteux, Vale de Durance (França), no
século XII. Estava um dia a lavrar com uma junta de bois e veio um lobo que lhe devorou um.
São Gens atropelou-o juntamente com o outro boi e continuou a lavrar. Representa-se vestido
de lavrador e tem como atributo uma charrua puxada por um boi e por um lobo. Padroeiro dos
agricultores e evocado contra a seca.
SÃO LOURENÇO
Fradizela
10 de Agosto. Diácono, mártir em Roma no século III. Quando o Papa Sisto II celebrava a
Eucaristia, com Lourenço a seu lado, a política imperial de Valeriano prendeu-o, pois o
Cristianismo tinha sido então proibido por vários éditos.
O Papa terá confiado a Lourenço a missão de guardar os arquivos, os valores e os livros
litúrgicos da Igreja, no momento em que foi preso. Lourenço terá posto a bom recato esse
espólio, e, quando foi preso, embora submetido a tormentos, não revelou o seu esconderijo.
Foi depois executado. Na prisão terá convertido um guarda do cárcere que se terá
sensibilizado, assistindo às crueldades a que o Santo foi submetido, as quais terá suportado
com admirável fortaleza de alma.
Chamava-se Hipólito e foi mártir também. Tendo tido largo culto ao longo dos tempos, foi
inspiração para Filipe II conceber o seu Palácio do Escorial, cuja planta tem forma de grelha –
de facto um dos martírios sofridos pelo Santo foi ser grelhado vivo. Daí ser padroeiro dos
cozinheiros, dos bibliotecários e dos arquivistas. É representado vestido de diácono e tem
como atributos a grelha do suplício e livros litúrgicos.
SÃO MARTINHO
Abambres
Abambresmbres-MúriasMúrias-Vale de Martinho
Não podemos dizer que a vida de São Martinho «se perde na noite dos tempos», porque este
santo, nascido em território do império romano - Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria, entre
315 e 317, foi o primeiro santo do Ocidente a ter a sua biografia escrita por um contemporâneo
seu - o escritor Sulpício Severo.
Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição, filho de
militar segue a vida militar, como filho de mercador é mercador e filho de pescador devia ser
pescador. Martinho estudou em Pavia, para onde a família foi viver, e entrou para o exército
com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial. Tinha a religião dos seus
antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no
Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a
imensidão do Império. As Gálias teriam os seus deuses próprios, como os tinham a Germânia
ou a Hispânia.
O jovem Martinho não estava insensível á religião pregada, três séculos antes, por um homem
bom de Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa noite fria e
chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, provavelmente, no
ano de 338, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola e
Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio
a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de
armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo a lenda, de imediato, a chuva
parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria milagre?
Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse:
«Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos
teus irmãos é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho passa a olhar para os cristãos de
outro modo. Recordamos que o Cristianismo teve dificuldade em se impor como religião, e que
um passo importante dado, nesse sentido, foi por Constantino I, que, em 313, permite que o
Catolicismo seja livremente praticado no Império. Com o tempo foi aceite como religião do
Estado.
Constantino - o Grande - acreditou que o deus dos cristãos, que ele, de início associava ao Sol,
o protegia e que lhe proporcionara a grande vitória contra Maxêncio, em 312. Acabará senhor
absoluto do Império, tanto a Oriente, como a Ocidente, depois da vitória sobre Licínio, em 324.
Consta que Constantino I terá visto no céu, antes da batalha com Maxêncio, a frase: «In Hoc
Signo Vinces (Por este símbolo(cruz de Cristo) vencerás)» e daí o início da sua conversão. A
testemunhar essa conversão existe o Arco de Constantino, em Roma, erigido para celebrar a
vitória, onde consta a frase «por inspiração da Divindade e pela sua (de Constantino) grandeza
de espírito». A testemunhar a sua conversão há o facto de o prefeiro pretoriano da Hispânia,
Acílio Severo, conhecido por Lactâncio ter sido o primeiro prefeito cristão de Roma, em 326.
Constantino I fundou a cidade de Constantinopla, onde fez a nova capital do Império, na antiga
Bizâncio, e mandou edificar inúmeras igrejas, para o culto cristão, por todo o Império. A cidade
foi sagrada no ano 330. As mais importantes igrejas foram a basílica de Latrão, a igreja de São
Pedro, em Roma, a igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, bem como basílicas em Numídia e
em Trèves. Deu-se origem às fundações da Igreja da Santa Sabedoria (Hagia Sophia), em
Constantinopla, que, viria, em 1453 a ser tomada pelos árabes e Constantinopla passou a
chamar-se Istambul. Constantino I é baptizado no leito de morte, no ano de 337 e sepultado na
basílica dos Apóstolos naquela cidade. Deixa o império dividido pelos seus três filhos
Constantino II, Constâncio e Constante, que vão lutar entre si ficando senhor do Império
Constâncio II.
Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o próprio Jesus, sente-se um homem
novo e é baptizado, na Páscoa de 337 ou 339. Martinho entende que não pode perseguir os
seus irmãos na fé. Percebe, que os outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos.
Só tem uma solução - o exílio, porque, oficialmente, só podia sair do exército com 40 anos.
Hoje o sentido de irmão está, no Ocidente, perfeitamente interiorizado, mas, na época era algo
de totalmente revolucionário. Era uma sociedade estratificada, e os grandes senhores, onde se
incluía a classe militar, não se misturavam com a plebe, e muito menos um escravo era
considerada pessoa humana. Daí Cristo ter sido crucificado. O amor entre todos, como irmãos
que pregava era verdadeiramente contra os usos do tempo. Todos o que o seguiram e
praticaram a solidariedade eram vistos como marginais e mais ou menos perseguidos.
Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a
Poitiers. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de
Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir
Martinho e optar pela a vida monástica.
Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele
um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371.
Preocupado com a família, lá longe, e com todo o entusiasmo de um convertido vai à Hungria
visitar a família e converte a mãe. A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como era
prática no tempo, mandou destruir templos de deuses considerados pagãos, introduziu festas
religiosas cristãs e defende a independência da Igreja do poder político, o que era muito
avançado para a época. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por
vezes, maltratado.
Sulpício Severo, aristocrata romano, culto e rico fica fascinado com o comportamento pouco
comum de Martinho e escreve, entre 394 e 397 a biografia, daquele que ficaria conhecido por
São Martinho de Tours. A obra chama-se apenas Vita Martini (escrito em latim), livro que teve
enorme repercussão no mundo medieval. Espalhou-se até Cartago, Alexandria e Síria. Sabe-se
que este livro foi muitíssimo lido (Enciclopedia Cattolica, Cidade do Vaticano, 1952, p. 220), o
que era difícil numa época em que os livros eram caros e quando só o clero e monarcas mais
cultos os leriam, mas o certo é que foi um verdadeiro «best-seller».
Só em 357 Martinho é dispensado oficialmente do exército e continua a espalhar a sua fé.
Morre em Candes, no dia 8 de Novembro do ano de 397 e o seu corpo foi acompanhado por 2
000 monges, muito povo e mulheres devotas. Chega à cidade de Tours no dia 11 de
Novembro. O seu culto começou logo após a sua morte. Em 444 foi elevada uma capela no
local. Não foram só as gentes das Gálias que o veneraram, o seu culto espalhou-se por todo o
Ocidente e parte do Oriente.
Na cidade francesa de Tours, foi erguida uma enorme basílica entre 458 e 489 que viria a ser
lugar de peregrinação, durante séculos. Em França há perto de 300 cidades e povoações com
o nome de São Martinho e, em Portugal, numa breve contagem, descobrimos 60.
É, no entanto, importante frisar que nem todas serão evocações de São Martinho (o da capa),
mas também de São Martinho de Dume (na região de Braga), também originário da Hungria
(séc. VI).
Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com cultos da
terra, das previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países
vinícolas, do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os adágios «Pelo São Martinho
vai à adega e prova o teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho».
SÃO MIGUEL
AvidagosAvidagos-Frechas
Miguel Arcanjo,
Arcanjo cujo nome significa "quem é como Deus", é considerado o chefe dos exércitos
celestiais e o padroeiro da Igreja Católica. É o anjo do arrependimento e da justiça. É
comemorado pela Igreja Católica, sob o nome de São Miguel Arcanjo em 29 de Setembro.
SÃO JOÃO BATISTA
Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-Suçães
João Baptista (ou João Batista), também chamado de João, o Baptizador (Judeia, 2 a.C. - 30
d.C.) foi um líder religioso judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre
os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Filho do sacerdote Zacarias e Isabel (Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi
considerado profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias (ou
Cristo). Baptizou Jesus "o Cristo" bem como muitos outros, e introduziu o baptismo de gentios
nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adoptados pelo cristianismo.
SÃO JOÃO BOSCO
Mirandela
Tinha apenas nove anos quando um sonho lhe fez intuir que deveria dedicar-se à educação da
juventude. Ainda pequeno, começou a entreter os companheiros com jogos que alternava com
a oração e a instrução religiosa. Ordenado sacerdote, escolheu como programa de vida, "Daime almas e levai o resto", e deu início ao seu apostolado entre os jovens mais pobres e
abandonados, fundando o Oratório e pondo-o sob a protecção de S. Francisco de Sales. Daqui
o nome de Salesianos. Morreu no dia 31 de Janeiro de 1888. No centenário da sua morte, João
Paulo II declarou-o e proclamou-o Pai e Mestre da Juventude, determinando que "ele fosse
honrado e invocado com este título, especialmente por quantos se reconhecem como seus
filhos espirituais".
Algumas datas significativas:
16 de Agosto de 1815 – nascimento
1817 - morte do pai (Francisco Bosco)
1825 - sonho sobre a missão
1826 - primeira comunhão
18301830-31 - escola em Castelnuovo d'Asti
18311831-35 - liceu de Chieri
18351835-41 - seminário de Chieri
5 de Junho de 1841 - ordenação sacerdotal
18411841-1844 - formação pastoral com S. José Cafasso
12 de Abril de 1846 - fixação do Oratório em Valdocco
1852 - inauguração da Igreja de S. Francisco de Sales
1853 - escolas profissionais; banda; publicação das Leituras Católicas
1864 - reconhecimento da Sociedade de S. Francisco de Sales
1872 - fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)
11 de Novembro de 1875 - primeira expedição missionária
31 de Janeiro de 1888 - morte de S. João Bosco
SÃO PEDRO
Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-Vale de Asnes
No primeiro encontro com Pedro, cujo nome era Simão, Jesus chamou-o de Cefas (pedra, em
aramaico), para expressar a firmeza do apóstolo escolhido como cabeça do colégio apostólico.
Discípulo de Jesus, irmão do apóstolo André, Pedro nasceu em Betsaida, mas na época de seu
encontro com Cristo morava em Cafarnaum. Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João,
trabalhava com o irmão e o pai. As fontes de informação sobre a vida de Pedro são os quatro
Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), os Actos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e
as duas epístolas do próprio Pedro.
Foi apresentado a Jesus por seu irmão, em Betânia, onde tinha ido conhecer o Cristo, por
indicação de João Batista. Convertido, Pedro dedicou-se a Jesus com zelo extremado,
marcado por atitudes impulsivas, como quando usou a espada para defender Jesus.
Transformou-se em líder dos apóstolos, como destacam várias passagens evangélicas, e foi o
primeiro a ver em Jesus o filho de Deus. Teve também seus momentos de fraqueza: após a
prisão de Jesus, negou três vezes que o conhecia, mas essa atitude, da qual se arrependeu,
em nada diminuiu a confiança que Jesus depositava nele, pois foi a Pedro que Cristo apareceu
pela primeira vez depois de ressuscitar.
A partir da ressurreição, a liderança de Pedro acentuou-se, conforme narra a primeira parte do
livro dos Actos. Presidiu a assembleia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas.
Fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes, para a multidão estupefacta por ouvir os
apóstolos falarem em diversas línguas, após o baptismo pelo Espírito Santo. Peregrinou por
várias cidades e se encontrou com Paulo em Jerusalém. Viveu em Roma, onde, segundo a
tradição, foi executado por ordem de Nero, entre os anos 64 e 67 da era cristã, quando pediu
para ser crucificado de cabeça para baixo, por julgar-se indigno de morrer na mesma posição
de Cristo. É festejado no dia 29 de Junho.
SÃO SALVADOR
São Salvador
SÃO SEBASTIÃO
BouçaBouça-CabanelasCabanelas-CobroCobro-MirandelaMirandela-CabanelasCabanelas- MúriasMúrias-RomeuRomeu-Vale de PradosPrados-Vale de
Salgueiro
São Sebastião (245 - 288), era natural da cidade de Narvonne (França). Recebeu aprimorada
educação em Milão, terra natal de sua mãe, que era fervorosa cristã. Seguindo o exemplo
materno, ele, também, desde criança, sempre se mostrou forte e piedoso na fé.
Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador, pois nessa
condição, pensava, teria melhor oportunidade de mitigar o sofrimento de seus irmãos em
Cristo, encarcerados por tal "crime".
A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador
Deocleciano, que o nomeou Comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição,
Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma, daquele tempo.
Visitava com frequência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava
e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, pois estes receberiam a coroa da glória no
céu. Logo, logo o Imperador soube que o Capitão Comandante de sua guarda era cristão, o que
era considerado crime contra o Estado. O Imperador ficou perplexo ao ouvir do próprio
Sebastião que era cristão, sem, no entanto, descurar de seus deveres de militar corajoso e leal.
Em vão tentou o Imperador dissuadi-lo. Sebastião, com respeito, mas também com firmeza se
defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e
perseguidos.
O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu
ordem aos seus soldados, para que amarassem o ex-chefe a uma árvore, fora da cidade, e o
liquidassem à flecha. Tal ordem foi imediatamente cumprida. Num descampado, os soldados
despiram-no e o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele várias setas, deixando-o
exangue e supostamente morto.
À noite, uma mulher, foi ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe
sepultura. Com grande admiração, encontraram-no ainda com vida. Sem demora, levou-o para
sua casa, onde cuidou dele. Apenas restabelecido, procurou Sebastião o Imperador, e, sem
pedir audiência, apresentou-se-lhe, acusando-o de injusto e sanguinário, por condenar
inocentes, cujo grande mal era servir a Cristo. Este, tomado de surpresa, não sabia o que
pensar e nem o que dizer, pois, tinha por certo que Sebastião estava morto.
Perguntando-lhe quem era, Sebastião disse-lhe "Sou Sebastião, e o fato de eu estar vivo, devia
concluir que é poderoso o Deus a quem adoro, e que não fazes bem perseguir-lhe os servos".
O Imperador enfureceu-se com esta resposta. Ordenou aos soldados que levassem Sebastião
ao Fórum, e, lá, na presença de todo o povo o matassem a pauladas e a golpes de bolas de
chumbo, o que realmente aconteceu. E, para subtrair o cadáver à veneração dos cristãos,
atiraram-no no esgoto público de Roma.
Uma piedosa mulher, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde,
no ano de 680, suas relíquias (Ossos), foram solenemente transportados para uma basílica
construída pelo Imperador Constantino, e onde se encontram até hoje.
SÃO TOMÉ
Abambres
3 de Julho. Pescador da Galileia. O nome Tomé significa em aramaico «gémeo» mas não se
sabe de quem. Presume-se que seria de Judas, irmão de Tiago, o Menor. Era de natureza
céptica. Duvidou da Ressureição de Cristo e da Ascensão da Virgem Maria. No primeiro caso,
Jesus fê-lo tocar na chaga do lado e, no segundo, a Virgem ter-se-á lançado o seu cinto como
prova. Evangelizou as Índias e lá padeceu martírio, morrendo a golpes de lança. Os seus
atributos são o cinto da Virgem Maria, um esquadro – alusão ao palácio espiritual que construiu
– e o instrumento do seu martírio, uma lança.
Quando alguém precisa de uma prova concreta e material para acreditar diz-se: "Ele é como
São Tomé. Tem que ver para crer".
SÃO VICENTE
VICENTE
Alvites
22 de Janeiro. Diácono nascido em Saragoça. Foi martirizado no princípio do século IV no
tempo do imperador Diocleciano. Os seus martírios e tormentos foram numerosos. Nem depois
de morto terá tido sossego. Após várias vicissitudes, foi o seu corpo transladado de Valência
para Lisboa, em 1173, num barco, acompanhado de dois corvos. Estes terão acompanhado o
corpo até à Sé de Lisboa, grasnando. A cidade adoptou por isso o barco e os dois corvos para
as suas armas. S. Vicente é representado como jovem diácono ou «levita». Tem uma mó, uma
grelha com puas, instrumentos da sua tortura, como atributos: e ainda um corvo, um modelo de
navio e cacho de uvas, pois é padroeiro dos vinhateiros; ocasionalmente, uma tesoura de poda
e uma podoa, pela mesma razão. A sua mão pousa sobre um pipo de vinho ou uma selha com
uvas.
SENHOR DO CALVÁRIO
São Pedro Velho
SENHOR DOS MILAGRES
Fradizela
SENHOR DOS PASSOS
AbambresAbambres-Aguieiras
SENHORA DO BARREIRO
Vale de Telhas
SENHORA DO VISO
VISO
Vale Pereiro
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