SANTOS VENERADOS NO CONCELHO DE MIRANDELA DIVINO ESPÍRITO SANTO Carvalhais Na Bíblia hebraica (Velho Testamento), o termo hebraico Ruach HaKodesh é usado muitas vezes; ele é traduzido literalmente como Espírito Santo. Na Bíblia Hebraica ele se refere à presença de Deus na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos cristãos considera o Espírito Santo como o próprio Deus, parte da Trindade. O Espírito Santo é frequentemente simbolizado pelo sinal de uma pomba branca, baseado no relato do Espírito Santo a descer sobre Jesus Cristo, após este ter sido baptizado no rio Jordão, embora o texto bíblico não diga que foi em forma de pomba, e sim como uma pomba, numa comparação. O livro de Actos descreve o Espírito Santo a descer sobre os Apóstolos durante o Pentecostes na forma de um vento e línguas de fogo, que repousavam sobre a cabeça dos Apóstolos. Baseado nesta imagem, o Espírito Santo é frequentemente simbolizado por uma chama. No Evangelho de João, no Novo Testamento, a ênfase é colocada, não no que o Espírito Santo fez por Jesus, mas no facto de Jesus ter dado o Espírito aos seus discípulos. No Cristianismo tradicional, o qual foi o mais influente para o desenvolvimento posterior da doutrina da Trindade, Jesus é visto como o cordeiro sacrificial, e com vindo aos homens para conceder o Espírito de Deus à humanidade. Embora a linguagem utilizada ao descrever Jesus a receber o Espírito Santo no Evangelho de João seja um paralelo dos relatos nos outros Evangelhos, João relata este episódio com o objectivo de mostrar que Jesus tinha uma especial posse do Espírito para que o pudesse conceder aos seus seguidores, unindo-os a Si mesmo, e em Si mesmo unindo-os também com o Pai. (Ver Raymond Brown, The Gospel According to John, capítulo sobre Pneumatologia). DIVINO SENHOR DOS PASSOS AbambresAbambres-Torre de D. Chama NOSSA SENHORA DA TORRE Pereira NOSSA SENHORA DE JERUZALÉM Romeu NOSSA SENHORA DO AMPARO Mirandela Nossa Senhora do Amparo relembra Jesus crucificado, entregando Maria como Mãe de todos os homens; Nome de mulher: Maria do Amparo. NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO BouçaBouça-Sucçães Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus. Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum. A morte de Nossa Senhor foi suave, chamada de "dormição". Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato. Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor. S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável. Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451. Como Nossa Senhora era isenta do 'pecado original', ela estava imune à sentença de morte (consequência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição". Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida". Relembra a elevação de Maria, de corpo e alma, aos céus; Nome de mulher; “Maria da Assunção”, “Assunta”. NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO Ribeirinha Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem; Nome de mulher: “Maria da Encarnação”. NOSSA SENHORA DA PIEDADE Caravelas Relembra que Jesus, após o descimento da Cruz, foi entregue aos braços de sua Mãe Santíssima Prenome feminino: Maria da Piedade. Pietà: famosa escultura de Michelangelo. NOSSA SENHORA DA SAÚDE Alvites Relembra que a Virgem Maria é fonte de vigor físico e moral para os homens.Tradicionalmente invocada pelos doentes (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde [...]»), tornou-se particularmente cultuada a partir dos finais do século XVI, sendo-lhe atribuída a intervenção miraculosa que levou ao fim de vários surtos de peste ocorridos em Portugal. Em sua honra, nas povoações libertas do flagelo, foram-lhe erigidas igrejas ou dedicadas velhas capelas preexistentes. Assim, o primeiro surto, ocorrido em Lisboa no reinado de D. Sebastião, em 1568, atingiu o seu ponto máximo no Verão do ano seguinte; ante a elevada mortandade (que levou mesmo a que o rei pedisse ao tio Filipe II de Espanha que enviasse médicos para Portugal, para auxiliar no combate à doença), a população da capital começou a organizar procissões em honra da Virgem, para que por sua intercessão pudesse cessar a peste. Tendo a mortalidade decrescido até ao começo da Primavera seguinte, o povo agradecido passou a celebrar anualmente uma procissão em honra de Maria, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde, no dia 20 de Abril. A imagem protectora foi depositada na Igreja do Colégio de Jesus, tendo mais tarde sido transferida, em 1662, para a pequena Capela de Nossa Senhora da Saúde e de São Sebastião da Mouraria, na freguesia de Santa Justa, próxima ao Rossio. A sua procissão é amplamente concorrida todos os anos. Um novo surto da doença, em 1599, tornou mais visível a devoção pela Senhora da Saúde. A pestilência era tão intensa que muitas pessoas fugiam da capital para os arredores, em busca de ares mais saudáveis. Foi nesse contexto que, por exemplo, nasceu a devoção à Senhora da Saúde na povoação de Montemor, em Loures, onde logo foi erguida uma capela à santa (Capela de Nossa Senhora da Saúde de Montemor). Do mesmo modo, também nessa altura, em Sacavém, nos arredores da capital, foi encontrada uma imagem de Maria com o Menino nos braços que, invocada como Nossa Senhora da Saúde, se diz ter feito cessar a peste; a imagem foi depositada na Capela de Santo André aí existente, passando a ser todos os anos magnificamente cultuada com uma grandiosa procissão no primeiro fim-de-semana de Setembro. Geralmente, o único traço iconográfico distintivo da Senhora da Saúde é o segurar com o braço esquerdo o Menino Jesus, à semelhança da Nossa Senhora do Carmo, mas sem qualquer outro adereço (são variadas as indumentárias das diversas Senhoras da Saúde). É celebrada oficialmente, consoante os locais, ou a 20 de Abril (Lisboa), ou a 15 de Agosto (também dia da Assunção de Maria), ou a 8 de Setembro, ou ainda no primeiro Domingo de Setembro. Em Itália (onde é conhecida como Madonna della Salute), é celebrada a 21 de Novembro e tem o seu maior santuário em Veneza - a Basílica de Santa Maria della Salute. A sua construção resultou da promessa do Doge da Sereníssima República, Nicoletto Contarini, de construir uma basílica em honra da Senhora da Saúde, caso cessasse um surto de peste, em 1631. NOSSA SENHORA DO AVISO Vale da Sancha NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO Vale de Salgueiro Nossa Senhora da Apresentação; Apresentação de Maria, no Templo de Jerusalém. NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO MascarenhasMascarenhas-Couços No dia 25 de Março de 1646, D. João IV fez uma cerimónia solene em Vila Viçosa para agradecer a Nossa Senhora o que lhe concedera. Dirigiu-se à igreja de Nossa Senhora da Conceição, que declarou padroeira e rainha de Portugal. A partir dessa data mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, por se considerar que só a virgem tinha esse direito. Nos quadros onde aparecem reis ou rainhas a coroa está pousada ao lado sobre uma mesa, num tamborete ou almofada de cetim. NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO Mirandela Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem; Nome de mulher: “Maria da Encarnação”. NOSSA SENHORA DA EXPECTAÇÃO FrancoFranco-Valverde Valverde da Gestosa Relembra a Virgem na esperança e na iminência do parto divino; tem origem nas Confrarias. NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE Mascarenhas Relembra o nascimento da virgem Maria, que, segundo a tradição, foi num sábado, 8 de Setembro, do ano 20 a.C., na cidade de Jerusalém. NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO Navalho NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Passos NOSSA SENHORA DE LURDES Frechas NOSSA SENHORA DO MONTE Aguieiras Relembra que a Virgem é um monte altíssimo, que vence a altura de todos os outros montes, em santidade e virtude; célebres igrejas: na Ilha da Madeira e em Olinda. NOSSA SENHORA DO Ó GolfeirasGolfeiras-Valverde da Gestosa Alusão à Nossa Senhora nas proximidades de seu parto. Houve um sermão proferido pelo Padre Vieira, onde compara as virtudes de Maria à "perfeição da letra o", símbolo da imortalidade e de Deus, de quem Maria é mãe. Referências às sete antífonas do Ó, nas proximidades do Natal. NOSSA SENHORA DO REPOUSO Bouça NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Lamas de OrelhãoOrelhão-Vale de de AsnesAsnes-Vale de Gouvinhas Relembra a aparição da Virgem Maria a São Domingos de Gusmão, no século XIII, pedindo-lhe a divulgação do seu rosário de orações. A consagração definitiva do Rosário de Nossa senhora deu-se a 7 de outubro de 1571, com a vitória dos cristãos na batalha de Lepanto. NOSSA SENHORA DO VALE DO FREIXO Miradeses NOSSA SENHORA DOS AFLITOS Vale de Salgueiro SANTA BÁRBARA Abreiro; AvidagosAvidagos-BroncedaBronceda- CobroCobro-Franco Santa Bárbara é uma santa cristã comemorada na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa, que foi mártir no século terceiro. Comemora-se no dia 4 de Dezembro. SANTA CATARINA AguieirasAguieiras-São Pedro Vale do Conde No ano da graça de 1347, Lapa Benincasa deu à luz duas gêmeas em seu vigésimo quarto parto. Uma delas não sobreviveu após o batismo. A outra, Catarina, tornar-se-ia a glória de sua família, de sua pátria, da Igreja e do gênero humano. Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples, leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"1; piedoso e trabalhador, criava sua enorme família (teve 25 filhos de um só casamento!) no amor e no temor de Deus. Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e cresceu num ambiente moral puro e religioso. Como a Providência divina tinha desígnios especiais sobre ela, desde cedo Catarina foi cumulada de favores celestes, privando com Anjos e Santos. Aos sete anos, fez voto de virgindade; aos 16, cortou sua longa cabeleira para evitar um casamento; e aos 18, recebeu o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos. Vivia, já aos 20 anos, só de pão e água. Foi agraciada com favores sobrenaturais, como o "casamento místico"; recebeu estigmas semelhantes aos de Nosso Senhor e teve uma "morte mística", durante a qual foi levada em espírito ao Inferno, ao Purgatório e ao Paraíso; teve também uma "troca mística de coração" com Nosso Senhor. Analfabeta, aprendeu milagrosamente a ler e escrever, para poder cumprir a missão pública que Deus lhe destinava. Dirigia um número enorme de discípulos, os caterinati, entre os quais se encontrava gente do clero, da nobreza e do povo mais miúdo. Um deles, o bem-aventurado Raimundo de Cápua, seu confessor, foi também seu primeiro biógrafo. É dele que sabemos pormenores dessa impressionante vida. "Todos os seus contemporâneos dão testemunho de seu extraordinário charme, que prevalecia ainda em meio da contínua perseguição à qual ela foi sujeita, mesmo da parte dos 2 frades de sua própria Ordem e de suas irmãs em religião" . Como é impossível relatar num limitado artigo os muitos milagres, favores místicos, penitências, preces e actividades dessa Santa ímpar na História da Igreja, limitamo-nos a ressaltar o aspecto público e providencial de sua missão. SANTA LUZIA Fonte da UrzeUrze-Mascarenhas 13 de Dezembro. É conhecida como Luzia de Siracusa. Virgem que, segundo a lenda, terá ido de Siracura, com sua mãe doente, a Catânia, ao túmulo de Santa Águeda. Tendo-se curado a mãe, Luzia distribuiu os seus bens pelos pobres. Denunciada por ser cristã ao cônsul Pascácio, foi condenada a ir para um bordel. Embora levada à força, resistiu de tal maneira que nem duas juntas de bois a conseguiram arrastar até lá. Foi martirizada de modo cruel, sendo-lhe arrancados os olhos. Finalmente, foi degolada em 304. Tem como atributos dois olhos num prato, e , ocasionalmente, uma junta de bois. É evocada pelos que têm falta de visão. SANTA MARIA MADALENA AlvitesAlvites-Múrias Múriasias-Vila Boa 25 de Maio. Conhecida por Maria Madalena de Pazzi. Carmelita, vidente e mística. Viveu no século XVI e teve tentações que venceu, rezando à Virgem, que a terá livrado delas, cobrindo-a com um véu. Grande mística, teve como atributos uma coroa de espinhos, um crucifixo e os instrumentos da Paixão que Jesus lhe terá dado. Maria Madalena ou Maria de Magdala, era também decididamente uma das discípulas de maior destaque nos Evangelhos. Era natural de Magdala, Galileia, uma localidade na costa ocidental do Lago de Tiberíades SANTA RITA Mosteirô Santa Rita de Cássia, Cássia nascida Rita Lotti (Roccaporena, 1381 — Cássia, 22 de maio de 1457) foi uma monja agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627 e canonizada em 1900. Como muitas das personalidades cultuadas pela Igreja Católica, sua biografia é recheada de lendas e episódios maravilhosos que, por total falta de explicação, foram considerados miraculosos. Era filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, e o ano apontado para seu nascimento é incerto, sendo que a data de 1381 a mais provável e aceita. Rita foi casada com Paolo Mancini, um homem ríspido, autoritário e por demais orgulhoso. Com este teve dois gêmeos: Giacomo Antonio e Paolo Maria. Quando maiores, consta que intentaram matar o próprio pai. Pelo crime, rogara Rita a Deus que tirasse a vida dos próprios filhos, no que teria sido atendida. Viúva, sem filhos, pleiteia o ingresso na vida monástica, sendo repelidos seus apelos. Consta que, então, postava-se diante dos portões do monastério agostiniano de Santa Maria Madalena, Madalena na cidade italiana de Cássia. Fechada do lado de fora, inexplicavelmente ressurgia no interior, de onde novamente era retirada. Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. Muitos são os sinais sobrenaturais atribuídos a Rita de Cássia, descritos na Hagiografia, além dos já indicados. Teria, na noite de Sexta-feira da Paixão, recebido um dos espinhos da coroa de Cristo. Os crentes lhe atribuem outros milagres, ligados às frias terras montanhesas onde viveu, como o de que abelhas brancas teriam ornado seu berço, e abelhas negras seu leito de morte. SANTÍSSIMO SACRAMENTO Guide Eucaristia, Eucaristia do grego eukharistia (εuχαριστiα), significa "reconhecimento", "ação de graças". Também a cerimónia é chamada de "Comunhão", "A Ceia do Senhor", "Santa Ceia", "Refeição Noturna do Senhor" ou "Comemoração da Morte de Cristo". É uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. O evangelista Lucas registrou esse mandamento da seguinte forma: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é [ou significa] o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é [ou significa] o cálice da Nova Aliança [ou Novo Pacto] no meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20).É a celebração nas Igrejas Cristãs no qual o cristão recebe o pão e o vinho, repetindo o que Cristo fez na sua Última Ceia, antes de ser entregue aos romanos por Judas Iscariotes, conforme a narração dos Evangelhos. Na ocasião, compartilhou com seus apóstolos pão e vinho, na época da celebração da Páscoa judaica (com pães ázimos), dizendo a eles "Tomai todos e comei, isto é [ou significa] o meu corpo que será entregue (...) Tomai todos e bebei, isto é [ou significa] o meu sangue (...) Fazei isto em memória de mim". (Mateus 26;26-29, Marcos 14:22-25, Lucas 22:19-20, I Coríntios 11:23-26). Portanto, o pão usado na celebração representa o corpo sem pecado, que Cristo ofereceu na Cruz (em grego staúros) como resgate. O vinho representa seu sangue derramado (ou seja, a sua vida perfeita), para remissão da humanidade condenada ao pecado herdado e morte. A Bíblia não é específica sobre quando ou quantas vezes ao ano se deve celebrar a "Santa Ceia". Algumas religiões cristãs celebram-na diariamente ou semanalmente (católicos romanos, Casa de Oração-Irmãos, Assembléias de Deus da Grã-Bretanha & Irlanda), outros mensalmente, bi-mensalmente, ou anualmente (Testemunhas de Jeová). A Eucaristia têm um profundo significado para os Cristãos, sendo celebrada por quase todas as denominações cristãs, excepto pelos Quakers, Exército de Salvação, Molokans e Doukhobors. SANTO AMARO MúriasMúrias-Romeu Também conhecido como Mauro de Troyes. Celebra-se a 21 de Sertembro. Foi mártir. A água que foi usada para lavar o seu cadáver transformou-se em leite. As suas relíquias são conservadas na Igreja de São Martinho e na de São mauro de Touraine. É padroeiro das lavadeiras e branqueadoras. Representa-se com uma palma e um livro aberto. SANTO ANDRÉ AvantosAvantos-Vale de Gouvinhas Santo André (do grego Ανδρέας, «másculo», «viril»), santo e mártir cristão, um dos doze Apóstolos de Jesus, nasceu em Bethsaida, nas margens do Mar da Galileia (ou Lago de Tiberíades). Sendo judeu, certamente o seu nome não seria André, mas talvez um correlato em hebraico ou aramaico. De acordo com o Evangelho segundo São João (1, 37-40), foi discípulo de São João Baptista, e cedo se tornou um dos primeiros seguidores de Jesus (com Pedro, de quem era irmão, e Tiago) Segundo Evangelho de São Marcos (1, 29), viveu em Cafarnaum, e foi um dos discípulos mais próximos do Mestre, mas os Actos dos Apóstolos apenas o referem uma vez (1, 13). Eusébio de Cesareia cita Orígenes, dizendo que André pregou na Ásia Menor e na Cítia, na margem Norte do Mar Negro e ao longo do rio Volga - daí que se tenha tornado santo patrono da Roménia e da Rússia (o pavilhão naval russo inspira-se na sua cruz). A tradição fez também dele o primeiro bispo de Bizâncio, sendo por isso também o protector do futuro Patriarca de Constantinopla. A lenda narra ainda que foi crucificado em Patras, no Peloponeso (na então província romana da Acaia, correspondente à moderna Grécia), numa cruz dita Crux decussata (em forma de ×), a qual tomou o nome de Cruz de Santo André. De acordo com a tradição, as suas relíquias teriam sido trasladadas de Patras para Constantinopla, e daí, seguindo uma rebuscada lenda, para a cidade escocesa de Saint Andrews. Tornou-se então também o patrono nacional da Escócia, sendo a sua bandeira um decalque da Cruz de Santo André. É festejado, tanto pela Igreja Católica como pelas Igrejas Orientais a 30 de Novembro. SANTO ANTÓNIO AvantosAvantos-Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-(Passos Santo António de Lisboa, OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1195 - Pádua, 13 de Junho de 1231), de seu nome de baptismo Fernando de Bulhões e Taveira Azevedo (ou Fernão de Bulhões y Taveira Azevedo) é também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido e falecido nessa cidade italiana; Regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade onde falecem e onde permanecem as suas relíquias – pois que na doutrina cristã, a morte mais não é que a passagem para a verdadeira vida –, e não daquela que os viu nascer; assim sucede com Fernando de Bulhões, que nas demais línguas europeias é chamado de Pádua, e apenas reverenciado pelos povos de língua portuguesa como de Lisboa; no Brasil, onde tem também milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo António, o Casamenteiro. A sua festa é a 13 de Junho, dia feriado em diversos municípios portugueses. SANTO APOLINÁRIO Vila Verde Celebra-se a 23 de Julho o dia de Santo Apolinário de Ravena. Natural de Antioquia, terá vivido no século II. Veio para Ravena fazer apostolado a aí foi martirizado no ano 200. É considerado o primeiro Bispo de Ravena. Iconograficamente, é representado vestido de bispo grego (sem mitra), com dalmática e palio branco bordado de cruzes negras. O seu atributo é uma maça, instrumento do seu martírio e uma espiga de milho. SANTO ESTEVÃO AbreiroAbreiro-Vale de Madeiro Santo Estêvão é o primeiro mártir do Cristianismo, sendo considerado santo por todas as denominações cristãs: Igreja Católica, Igrejas Ortodoxas e a Comunhão Anglicana. É celebrado a 26 de Dezembro no Ocidente e a 27 de Dezembro no Oriente. Segundo os Actos dos Apóstolos, Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos da igreja nascente, logo após a morte de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo tanto judeus como gentios. Segundo Étienne Trocmé, Estevão pertencia a um grupo de cristãos que pregavam uma mensagem mais radical, um grupo que ficou conhecido como os helenistas, já que os seus membros tinham nomes gregos e eram educados na cultura grega e que separou do grupo dos doze apóstolos. Também eram conhecidos como o grupo dos 7. Foi detido pelas autoridades judaicas, levado diante do Sinédrio (a suprema assembleia de Jerusalém), onde foi condenado por blasfémia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Act, 8). Entre os presentes na execução, estaria Paulo de Tarso, o futuro São Paulo, ainda durante os seus dias de perseguidor de cristãos. O seu nome vem do grego Στέφανος (Stephanós), o qual se traduz para aramaico como Kelil, Kelil significando coroa - e Santo Estêvão é, de resto, representado com a coroa de martírio da cristandade, recordando assim o facto de se tratar do primeiro cristão a morrer pela sua fé - o protomártir. Durante os primeiros século do cristianismo, o túmulo de Estêvão achou-se perdido, até que em 415 (talvez pela crescente pressão dos peregrinos que se deslocavam à Terra Santa), um certo padre, de nome Luciano, terá dito ter tido uma revelação onírica de onde se encontrava a tumba do mártir, algures na povoação de Caphar Gamala, a alguns quilómetros a Norte de Jerusalém. Gregório de Tours afirmou mais tarde que foi por intercessão de Santo Estêvão, que um oratório a ele dedicado, na cidade de Metz, onde se guardavam relíquias do santo, foi o único local da cidade que escapou ao incêndio que os Hunos lhe deitaram, no dia de Páscoa de 451. SANTO ILDEFONSO Cedães Cedães-Vale de Telhas Ildefonso de Toledo celebra-se a 23 de Janeiro. Nascido em 606, em 657 foi convocado pelo rei godo Recesvindo para suceder a seu tio Eugénio na cátedra do Bispado de Toledo. Grande devoto da Virgem Maria, terá recebido das mãos d´Ela uma casula preciosa. Terá tido também uma visão de Santa Leocádia, que lhe terá entregue um pouco do seu véu. Morreu em 667. O seu atributo habitual é a tal casula que lhe é oferecido pela Virgem. Julga-se que descendesse da família real visigótica. Fez uso dos seus bens para edificar um mosteiro feminino, e mais tarde fez-se, ele mesmo, monge, antes de se tornar arcebispo de Toledo, posição que serviu durante dez anos, sob o reinado de Recesvinto. O seu nome deriva do gótico Hildefuns, Hildefuns donde derivou mais tarde também o nome Afonso. Escreveu contra os hereges, defendendo acerrimamente a doutrina da Imaculada Conceição, que doze séculos mais tarde se converteria em dogma oficial do Catolicismo. Foi canonizado pela Igreja Católica, sendo celebrado no dia 23 de Janeiro. SANTO ISIDRO AlvitesAlvites-Cachão 15 de Maio. Santo lendário castelhano que se diz ter vivido no século XI e princípios do XII. Moço de lavoura trabalhando perto de Madrid, interrompera um dia do seu trabalhão para orar. Surpreendido e admoestado pelo patrão, logo surgiu um anjo que agarrou a rabiça da charrua, tangeu os bois acabou de lavrar aquele campo, enquanto Isidro Prosseguia e acabava as suas orações. Os seus milagres são numerosos. É padroeiro dos lavradores e fazendeiros. Apresenta-se vestido de camponês, à frente de uma junta de bois brancos, ou de joelhos rezando, enquanto um anjo lavra um campo com uma junta de bois. Além da charrua, tem outros atributos de carácter agrícola: uma podoa, um Mangualde, uma foice ou um molho de espigas de cereal. E ainda uma pá ou uma enxada. A sua mulher, Santa Maria de la Cabeza, foi canonizada juntamente com ele. SÃO BARTOLOMEU Freixedinha 24 de Agosto. Chamar-se-ia Natael Bar-Tolmai (filho de Tolmai). Pouco se sabe da sua vida. Terá evangelizado a Arábia, a Mesopotâmia e a Arménia. Preso e condenado por difundir o Cristianismo, terá sido esfolado vivo. Apresenta-se vestido ou esfolado, com a sua pele no braço. Tem como atributo a faca com que foi esfolado e, raramente, um demónio encadeado. SÃO BENTO BENTO Mirandela 24 de Agosto. Chamar-se-ia Natanael Bar-Tolmai (filho de Tolmai). Pouco se sabe da sua vida. Terá evangelizado a Arábia, a Mesopatâmia e a Arménia. Preso e condenado por difundir o Cristianismo, terá sido esfolado vivo. Apresenta-se umas vezes vestido, outras esfolado, com a sua pele no braço. Tem como atributo a faca com que foi esfolado, e raramente, um demónio encadeado. São Bento de Núrsia (480-547), monge fundador da Ordem dos Beneditinos (que acabou por ser declarada a regra a vigorar em todos os mosteiros católicos da Europa), foi designado santo padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI em 1964, sendo venerado não apenas por católicos, como também por ortodoxos Foi o fundador da Abadia do Monte Cassino, na Itália (destruída durante a Segunda Guerra Mundial e entretanto restaurada). É comemorado a 11 de Julho. De acordo com a tradição, São Bento de Núrsia foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado. Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efectivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as ofensas que ele recebia. O Santo Varão, como também é chamado, vencia o Tentador utilizando-se do sinal da cruz e da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro. Diz-se que a Cruz-Medalha de São Bento, fora descoberta por ocasião da condenação de algumas bruxas que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto contra os moradores do mosteiro local. Intrigados com o fato, foram averiguar o que existia no mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas na coluna as imagens contidas nas Medalhas utilizadas ainda hoje. Observa-se ainda, que ao contrário da crendice popular, a frente da medalha não é a que se encontra a Cruz e sim aquela na qual está a imagem do Homem de Deus, empunhando uma cruz e seu Regra. Após a morte de São Bento, um fiel seguidor do santo, cria uma medalha, na qual estão escritas iniciais de frases em latim, como se vê abaixo: • Na frente da medalha: "Ejus in obitu nostro praesentia muniamur" = Sejamos protegidos pela sua presença na hora de nossa morte. • No verso: CSPB = Crux Sancti Patris Benedicti (Cruz do Santo Pai Bento) CSSML = Crux Sacra Sit Mihi Lux (Que a Cruz Sagrada Seja a Minha Luz) NDSMD = Non Draco Sit Mihi Dux (Não seja o demônio o meu guia) VRS = Vade retro, satana! (Para trás, satanás!) NSMV = Nunquam Suade Mihi Vana (Nunca seduzirás minha alma) SMQL = Sunt Mala Que Libas (Porque o mal que serves) IVB = Ipse Venena Bibas (Do mesmo veneno beberás) SÃO BRÁS CaravelasCaravelas-Torre de D. Chama São Brás foi um mártir, bispo e santo católico que viveu entre o séculos III e IV na Armênia. Foi capturado pelos romanos e decapitado no ano 316. É celebrado no dia 3 de Fevereiro. Também conhecido por Brás de Sebaste. Santo protector contra as doenças de garganta. Iconograficamente, apresenta-se com vestes episcopais, usando mitra, embora fosse bispo da Igreja Oriental, e tem como atributo as cardas de ferro com que foi martirizado, dois círios entrecruzados (alusão à cura milagrosa de uma criança, engasgada com uma espinha de peixe, feita com a aplicação de duas velas cruzadas sobre a garganta). Em Espanha, apresenta a mão sobre a garganta e na Alemanha a sua trompa de caça. Tem como atributos os animais que o criaram, os círios em cruz ou uma tocha. SÃO CIRÍACO Barcel 8 de Agosto. Viveu em Roma no princípio do Século IV. Ordenado diácono pelo papa Marçal, tornou-se exorcista, expulsando um demónio que possuía a filha do imperador Diocleciano, princesa que se terá convertido ao Cristianismo. Perseguido e martirizado pelo sucessor de Diocleciano, acabou decapitado. Iconograficamente, é representado com o livro dos exorcismos, a estola e um diabo ou um dragão acorrentado – alusão ao exorcismo da princesa. SÃO DOMINGOS Bronceda Fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são também conhecidos por dominicanos. Filho de Joana de Aza e Felix de Gusmão, Domingos nasceu em 1170, em Caleruega, no interior do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza terratenente. Esta classe social, de índole guerreira, foi sendo criada à medida das necessidades de um território que ia crescendo, mercê das lutas de conquista cristã aos mouros. Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após conclusão dos estudos, em 1196 membro do cabido da sua Diocese natal, Osma. Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo S. Domingos sido companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte, tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial um com que certamente contactou, os cumanos. Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objectivo inicial, realizaram nova missão ao norte da Europa, tendo também efectuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul de França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias dos Albigenses e Cátaros. Estes dois grupos, defendiam uma vida apostólica, baseada na vida de Cristo e dos primeiros apóstolos. Um modo de vida simples, sem hierarquias que em tudo constratava com o cerimonial as hierarquias e poder financeiro e político de grande parte das estruturas da Igreja do seu tempo. Tiveram grande adesão popular em virtude do seu carisma e honestidade de vida. No entanto, tornaram-se heréticos, ao defenderem ideias contrárias aos fundamentos da Igreja, razão pela qual o Papa entendeu intervir, enviando delegados seus por forma a catequizar, pregar, converter e denunciar os erros dos heréticos. Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentida na missão dos legados papais, convencem-nos a adoptar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante, pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados, e riquezas. Os Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtualidades nesta nova forma de pregação, aprova a mesma e mandata Diogo e Domingo para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região e regressou à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho. SÃO FRANCISCO DE ASSIS MirandelaMirandela-Estátua na Avenida das Amoreiras São Francisco de Assis nascido Francesco Bernardone (Assis, na Úmbria, Itália, 26 de Setembro de 1181 - 3 de Outubro de 1226), foi um Santo vindo de uma família de comerciantes. Sua mãe talvez fosse francesa, o pai chamava-se Pedro Bernadone. Em Assis ficou conhecido como Francisco, ou seja o "pequeno francês". O nome de baptismo inicial era Giovane di Bernardone (João Bernardone), dado pela mãe provavelmente em homenagem a João Batista, que o pai, Pedro Bernardone, altera para Francesco Bernardone. Por razões ainda muito controversas, acredita-se que o nome seria em homenagem à França, país com quem mantinha relações comerciais; outra hipótese fala que teria sido terra natal de sua mulher; outra ainda que se tratava de um apelido dado pelos amigos pelo fato de o santo usar muito a língua francesa. Renunciou ao mundo em 1206, fez penitência durante dois anos e lançou-se a pregar em linguagem simples e ardorosa. Tem-se dito, que, imitando a cavalaria, Francisco também teve a sua dama, Madonna Povertà, a Senhora Pobreza, que ele serviu e cantou com grande entusiasmo. Em 1209 formou, com doze discípulos, a família dos doze irmãos menores. Os Clunicenses de Assis cederam-lhes um pouco de terreno, a porciúncula, e os Franciscanos construíram ali as suas choças. Adoptaram vestuário dos humildes: túnica grossa de lã, com uma corda na cinta, e sandálias. A sua missão consistia em praticar e pregar simplicidade e amor a Deus e a caridade cristã. Esteve em Espanha e África, onde se juntou aos cruzados do Nilo. Fundou a Ordem dos Frades Menores em 16 de Abril de 1209. Em 1212 recolhe junto de si Clara d'Offreducci e algumas companheiras, que, perseguindo o mesmo ideal de pobreza, funda a Ordem das Clarissas. Francisco tornou-se um árduo defensor da não-violência, não apenas em relação aos seres humanos, mas a toda natureza. Assim, amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo, que protegia animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente, de irmãos. Para ele, também a chuva, o vento e o fogo deveriam ser reverenciados e respeitados como irmãos. Nunca consumia mais que o mínimo necessário para viver e incentivava a todas as pessoas a fazerem o mesmo. São Francisco é respeitado por várias religiões pela sua mensagem de paz. Ficou famosa uma oração atribuída a ele que começa com os dizeres "Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz...". Embora não haja certeza de sua autoria, ela reflecte mais que qualquer outra os ensinamentos e a vida desse grande homem, reconhecido como santo no mundo todo e adoptado como patrono da Ecologia e, porque não, da paz. É dele a "Carta aos Governantes dos Povos": A todos os podestás, cônsules, juízes e regentes no mundo inteiro, e a todos quantos receberem esta carta, Frei Francisco, mísero e pequenino servo no Senhor, deseja saúde e paz. Considerai e vede que "se aproxima o dia da morte"(Gn 47,29). Peço-vos, pois, com todo o respeito de que sou capaz que, no meio dos cuidados e solicitudes que tendes neste século, não esqueçais o Senhor nem vos afastes dos seus mandamentos. Pois todos aqueles que o deixam cair no esquecimento e "se afastam dos seus mandamentos" são amaldiçoados (Sl 118,21) e serão por Ele "entregues ao esquecimento" (Ez 33,13). E quando chegar o dia da morte, "tudo o que entendiam possuir ser-lhe-á tirado" (Lc 8,18). E quanto mais sábios e poderosos houverem sido neste mundo, tanto maiores "tormentos padecerão no inferno" (Sb 6,7). Por isso aconselho-vos encarecidamente, meus senhores, que deixeis de lado todos os cuidados e solicitudes e recebais com amor o santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por ocasião de sua santa memória. Diante do povo que vos foi confiado, prestai ao Senhor este testemunho público de veneração: todas as tardes mandai proclamar por um pregoeiro, ou anunciai por algum sinal, que todo povo deverá render graças e louvores ao Senhor Deus Todo-Poderoso. E se não o fizerdes, sabei que havei de dar conta perante vosso Senhor Jesus Cristo no dia do juízo. Os que levarem consigo este escrito e o observarem saibam que serão abençoados por Deus nosso Senhor. Este Santo homem, pequeno e frágil, não vivia para si mesmo, mas para aquele que morreu por todos nós. Enchia a terra com o Evangelho de Cristo e em um dia percorria 4 ou 5 povoados anunciando o Reino de Deus, a Salvação, a Penitência e a Oração. Não sabia favorecer a vida dos pecadores e os repreendia pacientemente. Seus maiores milagres sempre foram através da Oração. São Francisco era como um rio caudaloso de graça celeste que alimentava os corações com sua palavra e exemplo, propunha uma nova forma de vida, o caminho da salvação, o amor a Deus. Estava sempre preocupado com a construção espiritual de seus filhos, o caminho das virtudes, a pobreza, obediência, a castidade e sobretudo com a renúncia. São Francisco tinha o rosto alegre, de olhar simples, afecto sincero e com o abraço fraterno colhia os desamparados. Amava tanto a Deus que lutava constantemente pela salvação das almas, seu amor ao próximo era tão intenso que quando não podia mais andar e quase cego, percorria as terras montado em um jumento para levar a benção do Senhor. Em seu amor a Deus sempre repetia: "Senhor! Minha alma tem sede de Vós e meu corpo mais ainda". Veio ao mundo com assinalado e luminoso destino, filho de pais abastados, nasceu em Assis velha cidade da Itália, situada na região da Úmbria em 26 de Setembro de 1182 e foi criado no luxo e na vaidade. Seu pai Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, sonhava fazê-lo homem de negócios e de fortuna, mas Francisco, de génio alegre e cavalheiresco pensava mais nas glorias do mundo do que nos negócios. Em 1202, com 20 anos, foi a guerra entre sua cidade natal e Perúgia, ao partir, jurou voltar consagrado cavaleiro. Caiu prisioneiro, ficando um ano na prisão. Comportou-se com serenidade, levantou a moral dos seus companheiros, transmitindo confiança e alegria. É resgatado pelo pai, por estar muito doente. Permanece um tempo em Assis para sua recuperação. Após uma mensagem em sonhos quis alistar-se novamente, mais ainda debilitado e doente, desiste e aceita os desígnios de Deus. SÃO FRUTUOSO Eixes Celebra-se a 21 de Janeiro. É conhecido como Frutuoso de Tarragona. Mártir peninsular do século III, nascido em Tarragona. O prefeito Emiliano tê-lo-á condenado a ser queimado vivo por se recusar a fazer sacrifício aos ídolos. Foi supliciado em conjunto com dois diáconos, Áugure e Eulógio. É apresentado iconograficamente vestido de bispo e tem por atributo a sua fogueira. Tudo o que se sabe sobre esse bispo de Tarragona, na Espanha, é que foi martirizado com seus diáconos Augúrio e Eulógio, no reinado de Valeriano e Galieno. Sua história relata que foram aprisionados quando iam dormir, sendo, alguns dias depois, levados à presença do governador. O interrogatório foi curto e preciso: os prisioneiros afirmaram sua adoração a um Deus único e, por isso, foram condenados à fogueira. No local, soldados procuravam evitar qualquer demonstração do povo. Alguns cristãos, porém, chegaram ao portão do anfiteatro e um deles pediu ao bispo que rezasse. Frutuoso respondeu de modo que todos pudessem ouvir: “Tenho em mente toda a Igreja universal, do Oriente ao Ocidente”, acrescentado palavras de conforto aos fiéis. À medida que as chamas envolviam os três, diz a história que “ergueram os braços como sinal da vitória do Senhor e rezaram até morrer”. Outro santo do mesmo nome, Frutuoso de Braga, fundou mosteiros e refúgios comunitários para famílias do povo hispano-românico na Espanha visigótica. Morreu como arcebispo de Braga, talvez em 665. É comemorado em 16 de Abril. SÃO GENS Marmelos Celebra-se a 16 de Maio. Foi um eremita que viveu em Monteux, Vale de Durance (França), no século XII. Estava um dia a lavrar com uma junta de bois e veio um lobo que lhe devorou um. São Gens atropelou-o juntamente com o outro boi e continuou a lavrar. Representa-se vestido de lavrador e tem como atributo uma charrua puxada por um boi e por um lobo. Padroeiro dos agricultores e evocado contra a seca. SÃO LOURENÇO Fradizela 10 de Agosto. Diácono, mártir em Roma no século III. Quando o Papa Sisto II celebrava a Eucaristia, com Lourenço a seu lado, a política imperial de Valeriano prendeu-o, pois o Cristianismo tinha sido então proibido por vários éditos. O Papa terá confiado a Lourenço a missão de guardar os arquivos, os valores e os livros litúrgicos da Igreja, no momento em que foi preso. Lourenço terá posto a bom recato esse espólio, e, quando foi preso, embora submetido a tormentos, não revelou o seu esconderijo. Foi depois executado. Na prisão terá convertido um guarda do cárcere que se terá sensibilizado, assistindo às crueldades a que o Santo foi submetido, as quais terá suportado com admirável fortaleza de alma. Chamava-se Hipólito e foi mártir também. Tendo tido largo culto ao longo dos tempos, foi inspiração para Filipe II conceber o seu Palácio do Escorial, cuja planta tem forma de grelha – de facto um dos martírios sofridos pelo Santo foi ser grelhado vivo. Daí ser padroeiro dos cozinheiros, dos bibliotecários e dos arquivistas. É representado vestido de diácono e tem como atributos a grelha do suplício e livros litúrgicos. SÃO MARTINHO Abambres Abambresmbres-MúriasMúrias-Vale de Martinho Não podemos dizer que a vida de São Martinho «se perde na noite dos tempos», porque este santo, nascido em território do império romano - Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria, entre 315 e 317, foi o primeiro santo do Ocidente a ter a sua biografia escrita por um contemporâneo seu - o escritor Sulpício Severo. Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição, filho de militar segue a vida militar, como filho de mercador é mercador e filho de pescador devia ser pescador. Martinho estudou em Pavia, para onde a família foi viver, e entrou para o exército com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial. Tinha a religião dos seus antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a imensidão do Império. As Gálias teriam os seus deuses próprios, como os tinham a Germânia ou a Hispânia. O jovem Martinho não estava insensível á religião pregada, três séculos antes, por um homem bom de Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, provavelmente, no ano de 338, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola e Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria milagre? Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos teus irmãos é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho passa a olhar para os cristãos de outro modo. Recordamos que o Cristianismo teve dificuldade em se impor como religião, e que um passo importante dado, nesse sentido, foi por Constantino I, que, em 313, permite que o Catolicismo seja livremente praticado no Império. Com o tempo foi aceite como religião do Estado. Constantino - o Grande - acreditou que o deus dos cristãos, que ele, de início associava ao Sol, o protegia e que lhe proporcionara a grande vitória contra Maxêncio, em 312. Acabará senhor absoluto do Império, tanto a Oriente, como a Ocidente, depois da vitória sobre Licínio, em 324. Consta que Constantino I terá visto no céu, antes da batalha com Maxêncio, a frase: «In Hoc Signo Vinces (Por este símbolo(cruz de Cristo) vencerás)» e daí o início da sua conversão. A testemunhar essa conversão existe o Arco de Constantino, em Roma, erigido para celebrar a vitória, onde consta a frase «por inspiração da Divindade e pela sua (de Constantino) grandeza de espírito». A testemunhar a sua conversão há o facto de o prefeiro pretoriano da Hispânia, Acílio Severo, conhecido por Lactâncio ter sido o primeiro prefeito cristão de Roma, em 326. Constantino I fundou a cidade de Constantinopla, onde fez a nova capital do Império, na antiga Bizâncio, e mandou edificar inúmeras igrejas, para o culto cristão, por todo o Império. A cidade foi sagrada no ano 330. As mais importantes igrejas foram a basílica de Latrão, a igreja de São Pedro, em Roma, a igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, bem como basílicas em Numídia e em Trèves. Deu-se origem às fundações da Igreja da Santa Sabedoria (Hagia Sophia), em Constantinopla, que, viria, em 1453 a ser tomada pelos árabes e Constantinopla passou a chamar-se Istambul. Constantino I é baptizado no leito de morte, no ano de 337 e sepultado na basílica dos Apóstolos naquela cidade. Deixa o império dividido pelos seus três filhos Constantino II, Constâncio e Constante, que vão lutar entre si ficando senhor do Império Constâncio II. Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o próprio Jesus, sente-se um homem novo e é baptizado, na Páscoa de 337 ou 339. Martinho entende que não pode perseguir os seus irmãos na fé. Percebe, que os outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos. Só tem uma solução - o exílio, porque, oficialmente, só podia sair do exército com 40 anos. Hoje o sentido de irmão está, no Ocidente, perfeitamente interiorizado, mas, na época era algo de totalmente revolucionário. Era uma sociedade estratificada, e os grandes senhores, onde se incluía a classe militar, não se misturavam com a plebe, e muito menos um escravo era considerada pessoa humana. Daí Cristo ter sido crucificado. O amor entre todos, como irmãos que pregava era verdadeiramente contra os usos do tempo. Todos o que o seguiram e praticaram a solidariedade eram vistos como marginais e mais ou menos perseguidos. Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir Martinho e optar pela a vida monástica. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371. Preocupado com a família, lá longe, e com todo o entusiasmo de um convertido vai à Hungria visitar a família e converte a mãe. A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como era prática no tempo, mandou destruir templos de deuses considerados pagãos, introduziu festas religiosas cristãs e defende a independência da Igreja do poder político, o que era muito avançado para a época. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes, maltratado. Sulpício Severo, aristocrata romano, culto e rico fica fascinado com o comportamento pouco comum de Martinho e escreve, entre 394 e 397 a biografia, daquele que ficaria conhecido por São Martinho de Tours. A obra chama-se apenas Vita Martini (escrito em latim), livro que teve enorme repercussão no mundo medieval. Espalhou-se até Cartago, Alexandria e Síria. Sabe-se que este livro foi muitíssimo lido (Enciclopedia Cattolica, Cidade do Vaticano, 1952, p. 220), o que era difícil numa época em que os livros eram caros e quando só o clero e monarcas mais cultos os leriam, mas o certo é que foi um verdadeiro «best-seller». Só em 357 Martinho é dispensado oficialmente do exército e continua a espalhar a sua fé. Morre em Candes, no dia 8 de Novembro do ano de 397 e o seu corpo foi acompanhado por 2 000 monges, muito povo e mulheres devotas. Chega à cidade de Tours no dia 11 de Novembro. O seu culto começou logo após a sua morte. Em 444 foi elevada uma capela no local. Não foram só as gentes das Gálias que o veneraram, o seu culto espalhou-se por todo o Ocidente e parte do Oriente. Na cidade francesa de Tours, foi erguida uma enorme basílica entre 458 e 489 que viria a ser lugar de peregrinação, durante séculos. Em França há perto de 300 cidades e povoações com o nome de São Martinho e, em Portugal, numa breve contagem, descobrimos 60. É, no entanto, importante frisar que nem todas serão evocações de São Martinho (o da capa), mas também de São Martinho de Dume (na região de Braga), também originário da Hungria (séc. VI). Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho estão relacionados com cultos da terra, das previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países vinícolas, do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os adágios «Pelo São Martinho vai à adega e prova o teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho». SÃO MIGUEL AvidagosAvidagos-Frechas Miguel Arcanjo, Arcanjo cujo nome significa "quem é como Deus", é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica. É o anjo do arrependimento e da justiça. É comemorado pela Igreja Católica, sob o nome de São Miguel Arcanjo em 29 de Setembro. SÃO JOÃO BATISTA Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-Suçães João Baptista (ou João Batista), também chamado de João, o Baptizador (Judeia, 2 a.C. - 30 d.C.) foi um líder religioso judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia. Filho do sacerdote Zacarias e Isabel (Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi considerado profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias (ou Cristo). Baptizou Jesus "o Cristo" bem como muitos outros, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adoptados pelo cristianismo. SÃO JOÃO BOSCO Mirandela Tinha apenas nove anos quando um sonho lhe fez intuir que deveria dedicar-se à educação da juventude. Ainda pequeno, começou a entreter os companheiros com jogos que alternava com a oração e a instrução religiosa. Ordenado sacerdote, escolheu como programa de vida, "Daime almas e levai o resto", e deu início ao seu apostolado entre os jovens mais pobres e abandonados, fundando o Oratório e pondo-o sob a protecção de S. Francisco de Sales. Daqui o nome de Salesianos. Morreu no dia 31 de Janeiro de 1888. No centenário da sua morte, João Paulo II declarou-o e proclamou-o Pai e Mestre da Juventude, determinando que "ele fosse honrado e invocado com este título, especialmente por quantos se reconhecem como seus filhos espirituais". Algumas datas significativas: 16 de Agosto de 1815 – nascimento 1817 - morte do pai (Francisco Bosco) 1825 - sonho sobre a missão 1826 - primeira comunhão 18301830-31 - escola em Castelnuovo d'Asti 18311831-35 - liceu de Chieri 18351835-41 - seminário de Chieri 5 de Junho de 1841 - ordenação sacerdotal 18411841-1844 - formação pastoral com S. José Cafasso 12 de Abril de 1846 - fixação do Oratório em Valdocco 1852 - inauguração da Igreja de S. Francisco de Sales 1853 - escolas profissionais; banda; publicação das Leituras Católicas 1864 - reconhecimento da Sociedade de S. Francisco de Sales 1872 - fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) 11 de Novembro de 1875 - primeira expedição missionária 31 de Janeiro de 1888 - morte de S. João Bosco SÃO PEDRO Mirandela (Verbenas)(Verbenas)-Vale de Asnes No primeiro encontro com Pedro, cujo nome era Simão, Jesus chamou-o de Cefas (pedra, em aramaico), para expressar a firmeza do apóstolo escolhido como cabeça do colégio apostólico. Discípulo de Jesus, irmão do apóstolo André, Pedro nasceu em Betsaida, mas na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum. Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai. As fontes de informação sobre a vida de Pedro são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), os Actos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas do próprio Pedro. Foi apresentado a Jesus por seu irmão, em Betânia, onde tinha ido conhecer o Cristo, por indicação de João Batista. Convertido, Pedro dedicou-se a Jesus com zelo extremado, marcado por atitudes impulsivas, como quando usou a espada para defender Jesus. Transformou-se em líder dos apóstolos, como destacam várias passagens evangélicas, e foi o primeiro a ver em Jesus o filho de Deus. Teve também seus momentos de fraqueza: após a prisão de Jesus, negou três vezes que o conhecia, mas essa atitude, da qual se arrependeu, em nada diminuiu a confiança que Jesus depositava nele, pois foi a Pedro que Cristo apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar. A partir da ressurreição, a liderança de Pedro acentuou-se, conforme narra a primeira parte do livro dos Actos. Presidiu a assembleia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas. Fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes, para a multidão estupefacta por ouvir os apóstolos falarem em diversas línguas, após o baptismo pelo Espírito Santo. Peregrinou por várias cidades e se encontrou com Paulo em Jerusalém. Viveu em Roma, onde, segundo a tradição, foi executado por ordem de Nero, entre os anos 64 e 67 da era cristã, quando pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por julgar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo. É festejado no dia 29 de Junho. SÃO SALVADOR São Salvador SÃO SEBASTIÃO BouçaBouça-CabanelasCabanelas-CobroCobro-MirandelaMirandela-CabanelasCabanelas- MúriasMúrias-RomeuRomeu-Vale de PradosPrados-Vale de Salgueiro São Sebastião (245 - 288), era natural da cidade de Narvonne (França). Recebeu aprimorada educação em Milão, terra natal de sua mãe, que era fervorosa cristã. Seguindo o exemplo materno, ele, também, desde criança, sempre se mostrou forte e piedoso na fé. Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador, pois nessa condição, pensava, teria melhor oportunidade de mitigar o sofrimento de seus irmãos em Cristo, encarcerados por tal "crime". A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador Deocleciano, que o nomeou Comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma, daquele tempo. Visitava com frequência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, pois estes receberiam a coroa da glória no céu. Logo, logo o Imperador soube que o Capitão Comandante de sua guarda era cristão, o que era considerado crime contra o Estado. O Imperador ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão, sem, no entanto, descurar de seus deveres de militar corajoso e leal. Em vão tentou o Imperador dissuadi-lo. Sebastião, com respeito, mas também com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos. O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados, para que amarassem o ex-chefe a uma árvore, fora da cidade, e o liquidassem à flecha. Tal ordem foi imediatamente cumprida. Num descampado, os soldados despiram-no e o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele várias setas, deixando-o exangue e supostamente morto. À noite, uma mulher, foi ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com grande admiração, encontraram-no ainda com vida. Sem demora, levou-o para sua casa, onde cuidou dele. Apenas restabelecido, procurou Sebastião o Imperador, e, sem pedir audiência, apresentou-se-lhe, acusando-o de injusto e sanguinário, por condenar inocentes, cujo grande mal era servir a Cristo. Este, tomado de surpresa, não sabia o que pensar e nem o que dizer, pois, tinha por certo que Sebastião estava morto. Perguntando-lhe quem era, Sebastião disse-lhe "Sou Sebastião, e o fato de eu estar vivo, devia concluir que é poderoso o Deus a quem adoro, e que não fazes bem perseguir-lhe os servos". O Imperador enfureceu-se com esta resposta. Ordenou aos soldados que levassem Sebastião ao Fórum, e, lá, na presença de todo o povo o matassem a pauladas e a golpes de bolas de chumbo, o que realmente aconteceu. E, para subtrair o cadáver à veneração dos cristãos, atiraram-no no esgoto público de Roma. Uma piedosa mulher, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias (Ossos), foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, e onde se encontram até hoje. SÃO TOMÉ Abambres 3 de Julho. Pescador da Galileia. O nome Tomé significa em aramaico «gémeo» mas não se sabe de quem. Presume-se que seria de Judas, irmão de Tiago, o Menor. Era de natureza céptica. Duvidou da Ressureição de Cristo e da Ascensão da Virgem Maria. No primeiro caso, Jesus fê-lo tocar na chaga do lado e, no segundo, a Virgem ter-se-á lançado o seu cinto como prova. Evangelizou as Índias e lá padeceu martírio, morrendo a golpes de lança. Os seus atributos são o cinto da Virgem Maria, um esquadro – alusão ao palácio espiritual que construiu – e o instrumento do seu martírio, uma lança. Quando alguém precisa de uma prova concreta e material para acreditar diz-se: "Ele é como São Tomé. Tem que ver para crer". SÃO VICENTE VICENTE Alvites 22 de Janeiro. Diácono nascido em Saragoça. Foi martirizado no princípio do século IV no tempo do imperador Diocleciano. Os seus martírios e tormentos foram numerosos. Nem depois de morto terá tido sossego. Após várias vicissitudes, foi o seu corpo transladado de Valência para Lisboa, em 1173, num barco, acompanhado de dois corvos. Estes terão acompanhado o corpo até à Sé de Lisboa, grasnando. A cidade adoptou por isso o barco e os dois corvos para as suas armas. S. Vicente é representado como jovem diácono ou «levita». Tem uma mó, uma grelha com puas, instrumentos da sua tortura, como atributos: e ainda um corvo, um modelo de navio e cacho de uvas, pois é padroeiro dos vinhateiros; ocasionalmente, uma tesoura de poda e uma podoa, pela mesma razão. A sua mão pousa sobre um pipo de vinho ou uma selha com uvas. SENHOR DO CALVÁRIO São Pedro Velho SENHOR DOS MILAGRES Fradizela SENHOR DOS PASSOS AbambresAbambres-Aguieiras SENHORA DO BARREIRO Vale de Telhas SENHORA DO VISO VISO Vale Pereiro