IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE DIFERENTES (des)IGUAIAS E DESCONECTADOS 13 a 15 de junho de 2010 EUGÊNIO CARLOS STIELER (Organizador) CADERNO DE RESUMOS UNEMAT UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO Campus Universitário de Tangará da Serra-MT Apoio: IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” CADERNO DE RESUMOS 13, 14 e 15 de junho de 2010 Need - Núcleo de Atividades, Estudos e Pesquisa sobre Educação, Ambiente e Diversidade Campus de Tangará da serra-MT Universidade do estado de mato grosso Brasil Caderno de Resumos Página 2 2010, Need - Núcleo de Atividades, Estudos e Pesquisa sobre Educação, Ambiente e Diversidade Campus de Tangará da Serra - Universidade do Estado de Mato Grosso-MT – Brasil ISSN 2178-0730 Ilustração da capa: Grupo Nação Umutina/ aldeia Umutina - Barra do Bugres - MT Foto: Eugênio Carlos Stieler Arte: Eugênio Carlos Stieler Página da web do IV Fórum de Educação e Diversidade: http://need.unemat.br/4_forum/index.html Construção da página: Eugênio Carlos Stieler Caderno de Resumos Página 3 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” COMISSÃO ORGANIZADORA ADMINISTRAÇÃO DA Unemat Eugênio Carlos Stieler Taisir Mahmudo Karin Reitor Marinez Cargnin-Stieler Hellen Cristina de Souza Leonice Aparecida de Fátima Alves Mourad Ivanete Inês Parzianello Carvalho Carlos Edinei de Oliveira Alex Andradre Mônica Cidele da Cruz Isaias Munis Batista Maria Helena Rodrigues Paes Regiane Cristina Custódio Comitê Científico Carlos Edinei de Oliveira – UNEMAT Edenir Maria Serigato - UNEMAT Elias Renato da Silva Januário Vice-Reitor Ariel Lopes Torres Coordenador Regional Marinez Cargnin-Stieler Coordenadora do NEED Agnaldo Rodrigues da Silva Pró-Reitor de Ensino e Graduação Carolina Joana da Silva Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Emilia Darci de Souza Cuyabano Pró-Reitora de Extensão e Cultura Anapaula Rodrigues Vargas Pró-Reitora da Administração Leonice Fátima Alves Mourad – UFMT Maria Helena Rodrigues Paes – UNEMAT Wilbun de Andrade Cardoso Pró-Reitor de Gestão Financeira Dra Maria Luiza P G Fragoso – UFRJ Angel Humberto Corbera Mori – UNICAMP Celice Alexandre Silva UNEMAT Caderno de Resumos Weily Toro Machado Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Página 4 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” SUMÁRIO COMISSÃO ORGANIZADORA .................................................................................................................................. 4 SUMÁRIO .......................................................................................................................................................... 5 BREVE HISTÓRICO DO IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ................................................................................ 9 O TEMA ............................................................................................................................................................. 9 PROGRAMAÇÃO ................................................................................................................................................ 10 PALESTRAS .................................................................................................................................................... 11 OS DESAFIOS DA PESQUISA EM LÍNGUAS INDÍGENAS NO BRASIL. ............................................................. 11 MESA REDONDA ............................................................................................................................................... 12 A LINGUÍSTICA COMO DISCIPLINA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS - UMA EXPERIÊNCIA NO PROJETO HAYÔ ................................................................................................................ 12 ARTE E TECNOLOGIA – INSTALAÇÕES MULTIMÍDIA INTERATIVAS .............................................................. 12 DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E PRÁTICA DOCENTE........................................................................................ 13 OFICINAS ........................................................................................................................................................ 14 GRUPOS DE TRABALHOS ................................................................................................................................... 17 RESUMOS........................................................................................................................................................ 18 GT 1 - CURRÍCULO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES ................................................................................................... 18 UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA DOCENTE DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA E OS GÊNEROS DO DISCURSO .................................................................................................................................................... 18 A CRIAÇÃO DE “CLUBES DE INTERESSE” NO ENSINO MÉDIO: ESPAÇO A DIVERSIDADE E O PROTAGONISMO JUVENIL ........................................................................................................................... 19 A IMPORTÂNCIA DE UMA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA NA GRADE CURRICULAR DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS................................................................................................................................................. 19 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: CONTEXTOS & APLICAÇÕES ................................................................................................................................................. 20 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS VISITANTES DO PARQUE NATURAL ILTO FERREIRA COUTINHO EM TANGARÁ DA SERRA/MT ....................................................................................................................... 21 DOAÇÃO DE SANGUE – UM PROJETO PEDAGÓGICO SOLIDÁRIO................................................................ 21 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERCEPÇÃO AMBIENTAL ENTRE ALUNOS QUE TRABALHAM E QUE NÃO TRABALHAM COM TEMA............................................................................................................................. 22 ENSINO JURÍDICO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E CONSTITUIÇÃO DO ACADÊMICO LEITOR ..................................................................................................... 23 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS DOCENTES QUANTO À UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO ........................................................................................................................................................ 23 ESTRUTURAÇÃO DE UMA AULA PRÁTICA BASEADA NA GERMINAÇÃO DO MILHO E DO FEIJÃO ............... 24 GESTAR: OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO EM SERVIÇO .................................................................................. 25 MOSAICO INTERCULTURAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS ............................................... 25 Caderno de Resumos Página 5 PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES PRÓXIMOS AO CÓRREGO ARAPUTANGA, EM TANGARÁ DA SERRA/MT .................................................................................................................................................... 26 A PRÁTICA CURRICULAR E O ESTREITAMENTO DA RELAÇÃO UNIVERSIDADE-SOCIEDADE: ATIVIDADE DESENVOLVIDA POR ALUNOS DE BIOLOGIA E ENFERMAGEM DA UNEMAT/TANGARÁ DA SERRA............ 26 AS PRÁTICAS DE DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DA SEDUC/MT NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA. ..................................................................................................................................................................... 27 A UTILIZAÇÃO DA PESQUISA SIGNIFICATICA NO CONTEXTO DAS SALAS MULTISSERIADAS DAS ESCOLAS DO CAMPO .................................................................................................................................................. 28 A DIVERSIDADE INVISIVEL: DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA ................................................................... 29 MAPAS CONCEITUAIS: FERRAMENTA FACILITADORA DO APRENDIZADO EM DISCIPLINAS NOS CURSOS DE BIOLOGIA ..................................................................................................................................................... 29 BULLYING NO ENSINO FUNDAMENTAL: A AGRESSIVIDADE VERBAL E FÍSICA EM TURMAS DE SÉRIES FINAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE TANGARÁ DA SERRA/MT ....................................................................... 30 FORMAÇÃO DE PROFESSORADO EM TANGARÁ DA SERRA: UMA ESCRITURA SOB(RE) A LÍNGUA ESPANHOLA ................................................................................................................................................. 31 AS POSSÍVEIS FORMAS DE ENSINO NA BIOLOGIA RELACIONANDO BIODIVERSIDADE E DIVERSIDADE DE CULTURAS. ................................................................................................................................................... 31 UTILIZAÇÃO E COMPREENSÃO DA NOMENCLATURA BIOLÓGICA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL WILSON DE ALMEIDA – NOVA OLÍMPIA/MT ................................................................ 32 GT 2: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIAS ......................................................................................................... 33 MODELAGEM MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: APRECIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA PELOS SUJEITOS PARTICIPANTES ............................................................................................................................................ 33 BALANÇO SOCIAL E MENSURAÇÃO ECONÔMICA EM INSTITUIÇOES DE ENSINO SUPERIOR ...................... 34 OS MEIOS TECNOLÓGICOS COMO RECURSOS PEDAGÓGICOS NA PRÁTICA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA .............................................................................................................................................. 34 A MATEMÁTICA E A SALA DE AULA: O COTIDIANO PRESENTE NO CURRICULO ......................................... 35 UM ESTUDO DA MATEMÁTICA DO COTIDIANO NA ESCOLA: ORÇAMENTO DOMÉSTICO .......................... 36 A IMPORTÂNCIA DOS SOFTWARES EDUCACIONAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA: ALGUMAS PROPOSTAS PARA O USO DO WINPLOT NO ENSINO DE DERIVADAS ............... 37 USANDO O GEOGEBRA NA CONSTRUÇÃO DE FIGURAS .............................................................................. 37 FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA NO INTERIOR DO ESTADO DE MATO GROSSO ....................................................................................................................................................... 38 A FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA. ................................. 39 UM ESTUDO DA APLICAÇÃO DA PLANILHA DO BrOffice Calc NO ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA 39 GT 3: LINGUAGENS EM CONTEXTOS MULTILINGUISTICOS ............................................................................................. 40 CONSTRUÇÃO DE FRASES NA LÍNGUA UMUTINA A PARTIR DOS SEUS ELEMENTOS CULTURAIS LUIZINHO ARIABÔ QUEZO ............................................................................................................................................ 40 A DIVERSIDADE DAS LÍNGUAS INDÍGENAS EM MATO GROSSO .................................................................. 41 GT 4: EDUCAÇÃO ESCOLAR E RELAÇÕES RACIAIS ...................................................................................................... 41 A INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAL - AFRO BRASILEIRA NO CURRÍCULLO ESCOLAR ..................................................................................................................................................................... 42 RELAÇÕES RACIAIS E PROCESSOS DISCRIMINATÓRIOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ................ 42 GT 5: EDUCAÇÃO DO CAMPO E TRABALHO ................................................................................................................ 43 Caderno de Resumos Página 6 O ACESSO ÀS ESCOLAS DO CAMPO E O TRANSPORTE ESCOLAR................................................................. 43 UMA REFLEXÃO SOBRE A REALIDADE DA EDUCAÇÃO NO CAMPO: ESCOLA E.E.F.M. “PROFESSORA JUCILEIDE PRAXEDES”. ................................................................................................................................. 44 SALAS MULTISSERIADAS: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA ............................................................................. 45 O USO DE METODOLOGIAS PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL DRº. JOAQUIM AUGUSTO DA COSTA MARQUES EM ARAPUTANGA- MT ...................................................................................................................................... 45 EDUCAÇÃO, IDENTIDADE E FONTES ICONOGRÁFICAS ATRAVÉS DOS MURAIS DA PRELAZIA..................... 46 ETNOCONHECIMENTO: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO PARA O ENSINO ............................................. 47 EDUCAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DO ESTADO PLURIÉTNICO: BOLÍVIA PÓS 2008 ................................ 47 A PRODUÇÃO ASSOCIADA ENQUANTO POSSIBILIDADE DE TRABALHO PARA AS RENDEIRAS DA COMUNIDADE DO LIMPO GRANDE ............................................................................................................. 48 NOTAS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ASSOCIADO: A EXPERIÊNCIA DOS PRODUTORES DE RAPADURA DA COMUNIDADE DO ENGENHO VELHO ................................................................................. 49 ESCOLA E DIREITOS HUMANOS: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA .......................................................... 50 MARGARIDA ALVES: UMA MÁRTIR CAMPONESA ....................................................................................... 51 ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL EM MATO GROSSO: A CONTRIBUIÇÃO DA AGENDA DO TRABALHO DECENTE ................................................................................................................................... 51 ESTRATÉGIAS DO CAPITAL PARA A EDUCAÇÃO DOS TRABALHADORES: O CASO DO NORTE DE MATO GROSSO ....................................................................................................................................................... 52 ASSENTAMENTO ANTONIO CONSELHEIRO: O PAPEL DA MULHER NA LUTA PELA TERRA ......................... 53 UNIVERSIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS: INTERFACES NA PERSPECTIVA DA AGROECOLOGIA E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA ................................................................................................................................ 54 GT 6: EDUCAÇÃO, MEDÓRIA, MIGRAÇÃO E IDENTIDADE: PERSPECTIVA HISTÓRICA E SÓCIO-EDUCACIONAL........................... 55 OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. ......................... 55 ERA UM POAIEIRO: IDENTIDADE CULTURAL E MEMÓRIA .......................................................................... 56 IDENTIDADE ESCOLAR: HABITOS E COSTUMES ........................................................................................... 57 IDENTIDADE ESTUDANTIL: PLURALIDADE CULTURAL ................................................................................. 57 O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.................................................................................... 58 “MEMORIAL DE MARIA MOURA”: A RESISTÊNCIA FEMININA EM TERRA DE CORONÉIS............................ 59 IDENTIDADES EM DISPUTA: SER OU NÃO SER QUILOMBOLA, O QUE GANHAMOS COM ISTO .................. 59 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRAFICA DO PROJETO DE PESQUISA “LEVANTAMENTO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, POCONÉ, BARRA DO BUGRES E CÀCERES/MT................................................................................................................................................ 60 IDENTIDADE ÉTNICA E FESTAS QUILOMBOLAS NO ESTADO DE MATO GROSSO ........................................ 61 PROJETO DE PESQUISA “LEVANTAMENTO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, POCONÉ, BARRA DO BUGRES E CÀCERES/MT: RESULTADOS PARCIAIS ..................................................................................................................................................................... 62 O PROCESSO DE FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM INDÍGENA KURÂ-BAKAIRI 63 ESPAÇOS E TERRITORIALIDADES INDÍGENAS .............................................................................................. 63 HISTÓRIA E MIGRAÇÃO DOS ESTUDANTES INDÍGENAS EM ESCOLAS URBANAS ........................................ 65 A PRAÇA COMO LUGAR DA DIVERSIDADE CULTURAL ................................................................................. 65 Caderno de Resumos Página 7 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL EUSÉBIO JUSTINO DE CAMARGO NOVA OLÍMPIA – MT ................................................................................................................................... 66 GT 7: EDUCAÇÃO ESCOLAR E MULTICULTURALISMO.................................................................................................... 67 EDUCAÇÃO DO CAMPO EM NOVA OLÍMPIA: DESCOBRINDO CAMINHOS .................................................. 67 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM TANGARÁ DA SERRA E OS DESAFIOS DA DIVERSIDADE CULTURAL ..................................................................................................................................................................... 68 PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS SOBRE A TEORIA DA ORIGEM DA VIDA ............................................................................................................................................................. 68 UMA ATITUDE PARA CURTIR A VIDA ........................................................................................................... 69 A PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO CEFAPRO PÓLO DE TANGARÁ DA SERRA E A PERSPECTIVA MULTICULTURAL ................................................................................................................... 70 A PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM MATEMATICA PARA PROFESSORES E ALUNO DO ENSINO MÉDIO DA ALDEIA FORMOSO ....................................................................................................................................... 71 A GÊNESE DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL: ENTRE A RELIGIÃO E O ESTADO ................. 72 EDUCAÇÃO ESCOLAR E MULTICULTURALISMO ........................................................................................... 72 FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS PÚBLICAS: O APRENDIZADO ACONTECE EM TODOS OS ESPAÇOS NA ESCOLA ..................................................................................................................................................................... 72 PROFESSORA, TENHO MEDO DE LOBISOMEM!........................................................................................... 73 POLÍTICAS DE ACESSO E DIVERSIDADE ÉTNICO- RACIAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA .............................. 73 A FORMAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES PARESÍ-HALITI ...................................................................... 74 ENSINO FUNDAMENTAL E CIÊNCIAS NATURAIS ANALOGIAS E PERCEPÇÕES ............................................. 74 AÇÕES DE COMBATE A HOMOFOBIA NAS ESCOLAS DO PÓLO DO CEFAPRO/SEDUC DE TANGARÁ DA SERRA-MT RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................... 75 TERRITÓRIO, PATRIMÔNIO E COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA .......................................................................................................................... 76 ESTUDO DE CASO: O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA PAULO FREIRE .................................. 77 ALGUMAS CONSIDER/AÇÕES SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA PÚBLICA DE TANGARÁ DA SERRA........................................................................................................................................................... 78 EDUCAR PARA POTENCIALIZAR A EMANCIPação HUMANA É EDUCAR PARA O DIVERSO, PARA O NÃOIDÊNTICO ..................................................................................................................................................... 78 GT 8: EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA ...................................................................................................................... 79 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E O PROCESSO DE DEMARCAÇÃO E PROTEÇÃO DO TERRITÓRIO UMUTINA..................................................................................................................................................... 79 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS INDÍGENAS: UM OLHAR NAS VIVÊNCIAS DAS ESCOLAS INDÍGENAS NO MUNICÍPIO DE JUARA - MATO GROSSO ................................................................................................ 80 RITUAL DA MENINA MOÇA NAMBIKWARA: AS PRÁTICAS CULTURAIS E A RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE .................................................................................................................................................... 80 POPULAÇÕES INDÍGENAS E ENSINO SUPERIOR NO PARANÁ – APONTAMENTOS ACERCA DA PERCEPÇÃO DE LIDERANÇAS KAINGANG E GUARANI SOBRE UMA POLÍTICA PÚBLICA EM ANDAMENTO ..................... 81 GRUPO DE DANÇA KAMAEHIYE ................................................................................................................... 82 INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR ENTRE OS PARESÍ ............................................................. 83 GT 9: DIVERSIDADE BIOLÓGICA E AMBIENTE ............................................................................................................. 83 Caderno de Resumos Página 8 CONTABILIDADE ECOAMBIENTAL REGISTRO DOS EFEITOS EXTERNOS – UM ENFOQUE PARA OBTER O PIB ECOLÓGICO .................................................................................................................................................. 83 CONHECIMENTO TRADICIONAL: TEORIA E PRÁTICA NO ASSENTAMENTO RIO BRANCO EM NOVA OLÍMPIA MATO GROSSO ............................................................................................................................................ 84 A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO/ CAMPO NOVO DO PARECIS-MT ................................................................................................................................................. 85 ESTUDO ETNOBIOLÓGICO DOS MORRADORES DO CÓRREGO BURITI – TANGARÁ DA SERRA/MT ............ 85 ÍNDICE DO TABAGISMO NO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA...................................................................... 86 MICROORGANISMOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DO PÃO E DO IOGURTE CASEIRO.............................. 87 RELATOS ETNOFARMACOBOTÂNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR ALGUNS MORADORES DO MUNICÍPIO DE PORTO ESTRELA-MT ...................................................................................................... 87 BREVE HISTÓRICO DO IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE O IV Fórum de Educação e Diversidade dá continuidade a uma série de eventos científicos, realizado a cada dois anos pelo Núcleo de Atividades, Estudos e Pesquisa sobre Educação, Ambiente e Diversidade – NEED do Campus Universitário da UNEMAT em Tangará da Serra e tradicionalmente reúne pesquisadores, professores do ensino superior e da educação básica, professores e estudantes indígenas, quilombolas e representantes dos movimentos sociais do campo e sendo assim destina-se a contribuir com a discussão que relaciona os movimentos sociais no campo, movimento indígena, movimentos quilombola e as recentes políticas educacionais. O TEMA O IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: Educação e Diversidade: "diferentes, (des) iguais e desconectados”, propõe uma discussão que reúna as ciências sociais, a antropologia e os estudos da comunicação, consolidando um espaço de debate que articule a realidade escolar e as recentes pesquisas sobre a educação e as tecnologias tendo como pano de fundo a diversidade étnicoracial e a construção das desigualdades sociais na modernidade tardia. Nesta edição, o tema faz uma referência ao conhecido texto de Nestor Garcia Canclini e tem o objetivo de contribuir para a construção de um espaço de discussão das práticas educacionais que se mostre aberto às mudanças tecnológicas e às transformações que caracterizam a relação com a diferença. E desta forma espera-se a constituição de novos grupos e redes de reflexão e pesquisa que promova o diálogo entre os movimentos sociais, indígenas, quilombolas e a formação inicial e continuada de professores como uma contribuição para a melhoria da qualidade da educação escolar. Caderno de Resumos Página 9 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” PROGRAMAÇÃO Dia 13 de junho: Domingo 17:00 às 19:00 - Entrega de Material 19:00 às 20:30 - Abertura Apresentação Cultural: Pareci 20:30 às 22:00 - Palestra: Educação e Tempo presente: algumas reflexões. • Leonice Aparecida de Fátima Alves Mourad - UFMT • Carlos Alberto Reis Maldonado • Coordenação: Genilson Kezomae Dia 14 de junho: segunda-feira Matutino: 7:30 às 9:30 – Mesa-Redonda: Diversidade Linguística e Prática Docente • Angel Humberto Corbera Mori – UNICAMP • Áurea Cavalcante Santana - UNEMAT • Mônica Cruz - UNEMAT • Ducinéia Tan Huare • Coordenação: Isaias Muniz Batista 9:30 às 9:50 - Intervalo 9:50 às 11:30 - Apresentação dos GTs Vespertino: 13:30 às 17:30 – Oficinas (das 16:00 às 16:15 – Intervalo) Noturno: Apresentação cultural: Umutina 19:00 às 20:30 - Palestra: Os desafios da pesquisa em línguas indígenas no Brasil • Angel Humberto Corbera Mori – UNICAMP • Coordenação: Eliane Borobonepá Monzilar 20:30 às 20:50 - Intervalo 20:50 às 22:30 - Mesa redonda: Pluralidade Cultural: currículo, trabalho e educação docente • Vitale Joanoni Neto - UFMT • Ana Maria Lopes - Educação do Campo – SEDUC • Edilza Andrade • Coordenação: Carlos Edinei de Oliveira Dia 15 de junho: Terça-feira Matutino: 7:30 às 9:30 – Mesa Redonda: Políticas Públicas: a resposta brasileira a questão multicultural • Carlos Abicalil • Hellen Cristina de Souza • Fátima Resende - Secretaria Adjunta de Educação SEDUC - MT • Coordenação: Miriam Paresi 09:30 às 9:50 - Intervalo Caderno de Resumos Página 10 10:00 às 11:30 - Mesa Redonda: Diversidade cultural, tecnologias e educação: limites e possibilidades • Maria Luiza P G Fragoso – UFRJ • Neodir Paulo Travessini - UNEMAT • Coordenação: Marinez Cargnin-Stieler Vespertino: 13:30 às 14:30 - Palestra: A inclusão digital e a diversidade cultural nos sistemas educacionais • Maria Luiza P G Fragoso – UFRJ • Coordenação: Eugênio Carlos Stieler 14:30 às 17:00 Apresentação dos GTs 17:00 Encerramento e Entrega de Certificados Feira de Artesanato: Todos os dias Artesões da Aldeia Umutina. Associação de Mulheres do Assentamento Antonio Conselheiro. Associação de Mulheres do Assentamento Riozinho. Apresentação de Livros. PALESTRAS OS DESAFIOS DA PESQUISA EM LÍNGUAS INDÍGENAS NO BRASIL. Angel Corbera Mori CELCAM/IEL-UNICAMP [email protected] No contexto dos países da América do Sul, o Brasil é o país onde se encontra a maior diversidade linguística e cultural. Considera-se que existem 180 línguas indígenas que identifica a mais de 216 povos etnicamente diferentes. Essas línguas estão agrupadas em famílias genéticas, ou seja, conjunto de línguas que tem uma origem comum e que partilham características fonéticas, gramaticais e lexicais. Reconhecem-se um total de 43 famílias linguísticas, algumas dessas famílias participam de agrupamentos genéticos mais abrangentes, sendo, por isso, inseridas em troncos linguísticos. Dois desses troncos são encontrados no Brasil, o Tronco Tupí e o Tronco Macro-Jê. Há, igualmente, várias línguas que por não partilharem de características com nenhuma outra língua ou família lingüística conhecida são identificadas como “isoladas”. Também existem diversos povos “isolados”, talvez entre 20 e 50, que vivem longe do contato com a sociedade não índia. Alguns dessas etnias possivelmente falam línguas ainda não identificadas (Rodrigues 2006). A grande maioria das línguas indígenas brasileiras, aproximadamente 140, se concentra na Amazônia Legal (Stenzel 2006). Os estados de Mato Grosso representam as segundas regiões mais importantes do Brasil em termos de diversidade lingüística e cultural. Neles são faladas mais de 45 línguas pertencentes a, aproximadamente, 16 famílias linguísticas. De acordo com o Atlas interativo elaborado pela UNESCO (2009), 17 línguas estão consideradas em perigo de extinção, 19 estão seriamente ameaçadas e 31 delas encontram-se em situação crítica. Mas, dada a situação político-social que os indígenas vêm atravessando, assume-se que todas as línguas faladas pelas diferentes sociedades indígenas são vulneráveis à extinção. Tendo como fundo esse panorama, ressaltam-se, na presente comunicação, os desafios que as universidades e os Caderno de Resumos Página 11 linguistas enfrentam no estudo das diversas línguas indígenas. Esses desafios inserem-se tanto no aspecto teórico de estudos da linguagem humana como no compromisso social de ‘retornar’ para as comunidades indígenas o resultado das pesquisas realizadas. Os desafios incluem também a documentação e descrição das línguas, assim como a formação de pesquisadores tanto nativos como não nativos, e o desenvolvimento de uma lingüística nacional que leve em conta a realidade linguístico-cultural do Brasil. Palavras-Chave: Línguas do Brasil; pesquisa linguística; línguas de Mato Grosso; línguas ameaçadas de extinção. MESA REDONDA A LINGUÍSTICA COMO DISCIPLINA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS - UMA EXPERIÊNCIA NO PROJETO HAYÔ Áurea Cavalcante Santana Funai – Cuiabá MT Fapemat [email protected] Resumo: A formação do professor indígena requer uma maior complexidade com relação aos conteúdos disciplinares e maiores cuidados dos gestores educacionais no que diz respeito às políticas lingüísticas para as escolas e professores indígenas. Um fato a ser considerado é que os cursos de formação de professores devem ter em seus programas curriculares mais espaço para a formação lingüística. Em 2009, participei como professora da disciplina Linguística para 04 turmas de alunos/professores do Projeto de Formação de Professores Indígenas Hayô nos Pólos de Juina, Canarana, Campinápolis e Posto Leonardo, no Alto Xingu. O maior desafio para mim, como professora da disciplina Linguística, foi coordenar uma carga horária reduzida com os muitos anseios e expectativas dos alunos/professores. Essas turmas, apesar de serem de constituídas de várias etnias e vivenciarem situações sociolinguísticas também diversas, compartilhavam angústias e insegurança com o chamado “ensino da língua na escola” entre outros anseios muito comuns. Dentre eles, ressaltamos um grande interesse em conhecer e entender melhor a estrutura de suas línguas étnicas; a preocupação com a escrita e ortografia dessas línguas; a curiosidade sobre as línguas de outras etnias e a necessidade de aprender o português. Nesta mesa, portanto, pretendo relatar sobre as discussões e reflexões em sala de aula da disciplina de Linguística, ministrada por mim, no Projeto Hayô. Palavras-chave: Linguística, Formação de Professores Indígenas, Projeto Hayô ARTE E TECNOLOGIA – INSTALAÇÕES MULTIMÍDIA INTERATIVAS Profa. Dra. Maria Luiza Pinheiro Guimarães Fragoso DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO VISUAL – EBA- UFRJ Resumo: Nossa pesquisa é teórico/pratica, direcionada para a área de arte e tecnologia, mais especificamente para a multimídia, entendida como a reunião de diversas mídias no contexto da arte digital. Temos como objetivo estudar processos de integração de imagens fotográficas, Caderno de Resumos Página 12 videográficas e animações a sistemas computacionais multimídia interativos. Envolvemos a captação e edição de imagens, o estudo sobre recursos computacionais (hardware e software) para animação e integração dessas imagens a sistemas e interfaces interativas, e por fim o desenvolvimento de instalações artísticas multimídia interativas para espaços expositivos e internet. Estamos trabalhando com o tema “culturas indígenas, mitos e rituais em processos de cura” a partir de uma parceria com o estudante de medicina, Josinaldo da Silva, de origem Atikum (PE). Paralelamente, realizamos discussões e reflexões sobre essa prática com produção de artigos e ensaios acadêmicos. Palavras-chave – fotografia, videoarte, animações computacionais, sistemas multimídia interativos, interfaces interativas, instalações artísticas, internet DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E PRÁTICA DOCENTE Angel Corbera Mori CELCAM/IEL-UNICAMP [email protected] Resumo: No contexto dos países da América do Sul, o Brasil é o país onde se encontra a maior diversidade linguística e cultural. Considera-se que existem 180 línguas indígenas que identifica a mais de 216 povos etnicamente diferentes. Essas línguas estão agrupadas em famílias genéticas, ou seja, conjunto de línguas que tem uma origem comum e que partilham características fonéticas, gramaticais e lexicais. Reconhecem-se um total de 43 famílias linguísticas, algumas dessas famílias participam de agrupamentos genéticos mais abrangentes, sendo, por isso, inseridas em troncos linguísticos. Dois desses troncos são encontrados no Brasil, o Tronco Tupí e o Tronco Macro-Jê. Dada essa diversidade linguística e cultural do Brasil, é necessário que os docentes que lidam diretamente com a educação indígena tenham conhecimentos instrumentais básicos proporcionados pela linguística. Um deles, por exemplo, diz respeito à diferença entre alfabetizar na língua materna e o ensino de uma segunda língua. De fato, ao se lidar com realidades socioculturais diferentes devemos pensar necessariamente numa análise sociolingüística da realidade e na estrutura das línguas em seus componentes fonético-fonológico, gramatical e lexical, tecendo uma ponte entre a linguística, a antropologia cultural e a prática pedagógica com a educação indígena. Com base nesses pressupostos, pretendo, nessa Mesa Redonda, usar a definição de língua como instrumento de comunicação, apresentado pelo linguista francês André Martinet (1978), tratando de mostrar a interface entre os aspectos linguísticos e culturais que todo docente deve conhecer. Palavras-Chave: Línguas do Brasil; educação indígena, lingüística antropológica, alfabetização. Caderno de Resumos Página 13 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” OFICINAS Oficina 1 REDES COMUNICACIONAIS E POPULAÇÕES TRADICIONAIS. Maria Helena Rodrigues Paes UNEMAT – Dptº de Letras [email protected] INTRODUÇÃO As ciências, a tecnologia e a indústria a cada dia, de modo antes inimaginável, vêm produzindo instrumentos e técnicas de forma acelerada, oferecendo uma série de recursos tecnológicos que produzem inúmeras transformações no mundo padronizado e idealizado pela Modernidade. Os meios de comunicação de massa invadem os territórios de todas as nações, buscando adequar suas formas de expressão sem “ferir” (muito) as tradições culturais de cada povo, no entanto, sem “perder” a característica agressiva da globalização economia. O processo de globalização parece tornar o mundo menor do que nossas representações tradicionais de tempo e espaço. As fronteiras mostram-se mais flexíveis, tornando os fluxos migratórios cada vez mais freqüentes e provocando transformações nos modos de ser e estar nesse mundo. Não há mais como se pensar em comunidades e sociedades isoladas e puras em sua cultura, aponta Sarlo (1997), ao discutir os efeitos da mídia sobre culturas populares. Néstor Garcia Canclini (1997) nos ensinou sobre o hibridismo cultural, assim como discutiu e continua a nos desafiar a respeito dos conflitos que vem produzindo o processo de globalização, principalmente a partir de Consumidores e Cidadãos. Conflitos Culturais da globalização (1999). Tendo vista a inserção cada vez mais agressiva dos sistemas de comunicação e informação nas diferentes culturas em contexto atual, se faz pertinente acompanhar o autor nas discussões acerca de “estar ou não conectado no mundo atual”. Nesse sentido, de que modo as culturas tradicionais se posicionam e ressiginificam seu modo de vida cultural tradicional tendo em vista os meios de comunicação e informação? De que modo os meios de comunicação e informação alcançam as culturas tradicionais? A esses e outros questionamentos, tal qual alguns de seus desdobramentos, que se dedica os trabalhos da Oficina que ora é proposta. EMENTA Discutir as questões das relações interculturais, as relações da tecnologia da comunicação e da informação com as diferentes culturas. Discutir, de modo especial, o texto de Néstor Gacia Canclini: diferentes, desiguais e desconectados: Mapas da interculturalidade, tendo contribuição de outros autores pós-estruturalistas, como Beatriz Sarlo. OBJETIVOS - Conceituar e compreender os conceitos de multiculturalismo, hibridismo e identidades híbridas; - Compreender o cenário pós-moderno e as expressões das comunidades tradicionais; - Discutir as tecnologias da comunicação e da informação e o posicionamento das comunidades tradicionais frente e na relação com essas ferramentas culturais. BIBLIOGRAFIA DE APOIO Caderno de Resumos Página 14 BAUMAN, Zigmunt. O mal estar da pós-modernidade. Jorge Zahar, 1999. CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Híbridas. Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1997. ______. Consumidores e Cidadãos. Conflitos multiculturais da globalização. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Ediora da UFRJ, 1999. ______. A globalização imaginada. Iliminuras, 2003 ______. Diferentes, desiguais e desconectados: Mapas da interculturalidade. Editora da UFRJ, 2005. ______. Leitores, Espectadores e Internautas. Iluminuras, 2008. HALL, Stuart. A identidade cultural na Pós-Modernidade. 4ª Ed. Rio de Janeiro, DP&A, 2000. SARLO, Beatriz. Cenas da vida Pós-moderna: intelectuais, arte e vídeo-cultura na Argentina. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 1997. Oficina 2 CINEMA E ENSINO DE HISTÓRIA José Amilcar Bertholini Oficina 3 ARTESANATO E PINTURA INDÍGENA Umutina Oficina 4 HISTÓRIA FUNDIÁRIA BRASILEIRA Leonice de Fátima Alves Mourad Oficina 5 IDENTIDADE CULTURAL NAS MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS MATOGROSSENSES Prof.ª Maria Cleunice Fantinati da Silva Daniele Cristina da Silva INTRODUÇÃO Como sabemos a cultura está vinculada ao cotidiano das pessoas e, também está interligada aos interesses políticos e econômicos que expressam o poder ou o não poder. A existência da expressão literária por ser uma necessidade humana de exprimir-se reflete todo esse processo de expressão regional, seja através de poemas, contos, narrativas que falam de seus anseios e sonhos. As constantes migrações do povo brasileiro para buscar melhores condições de vida proporcionaram um forte hibridismo cultural. Mato Grosso recebeu e continua recebendo migrantes de vários estados brasileiros. Podemos considerar que este fator migratório contribuiu para uma miscigenação de culturas. Por outro lado, devemos repensar o que pode ter conduzido uma transferência cultural, ou seja, a tentativa de uma cultura se enraizar em outra de modo a vir suplantar a primeira. Para Cocco, (2006, p.27), a globalização produz mudanças nos padrões de consumos que produzem identidades novas e globalizadas, que podem resultar em identidades não previsíveis. Considera a autora Apoud Woodward, 2002, p.19 que a homogeneidade cultural promovida pelo mercado global pode levar ao distanciamento da identidade relativamente à comunidade e à cultura local. Nesse sentido, a evidência de uma dominação e submissão cultural tona-se perceptível, ou seja, a identidade do sujeito da região acaba por ser morta, pois se perde o referente. A cultura dominada perde os meios materiais de expressar a sua originalidade. Então, entendemos que a literatura e as cantigas populares promovem o encontro entre passado e presente resgatando e revivendo os valores culturais de um povo. Caderno de Resumos Página 15 Ao possibilitar o contato com a sua história e memória, seja através da literatura ou cantigas e danças regionais, fortalece-se a identidade cultural dos sujeitos. EMENTA A figura dos heróis e de desbravadores presentes na literatura. Os aspectos culturais que permeiam as poesias e cantigas populares. As manifestações culturais presente e nas cantigas regionais e na poesia mato-grossense. OBJETIVOS Analisar o contexto histórico e social como condicionadores do fazer literário. Verificar as diferentes manifestações estéticas e culturais que configuram a produção artística de Mato Grosso. Evidenciar aspectos regionais presentes na poesia de Dom Aquino, Manoel de Barros e Aclyse de Mattos, e em cantigas populares. Discutir algumas propostas de atividades em sala de aula com textos literários e cantigas populares. BIBLIOGRAFIA CANDIDO, Antonio, 1918. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed. Belo Horizonte:Itatiaia Ltda. 2000. D´ONOFRIO,Salvator. Literatura Ocidental. Autores e obras fundamentais. São Paulo: Ática, 2007. MAGALHÃES, Hilda Gomes Dutra. História da literatura de Mato Grosso: século XX. Cuiabá: Unicen Publicações, 2001. LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. 17ªed. São Paulo: Brasiliense, 1995. Oficina 6 LÍNGUA PORTUGUESA E TECNOLOGIAS Isaias Munis Batista e Monica Cidele da Cruz As oficinas serão realizadas dia 14/06 (segunda feira) no período vespertino das 13h30min às 17h30min com intervalo das 16h às 16h15min. Caderno de Resumos Página 16 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” GRUPOS DE TRABALHOS GT 1: Currículo e Formação de Professores Coordenação: Ivanete Inês Parzianello Carvalho Marinalva Gomes GT 2: Educação matemática e tecnologias Coordenação: Marinez Cargnin-Stieler Eugênio Carlos Stieler Miriam Paresí GT 3: Linguagens em Contextos Multilinguisticos Coordenação: Mônica Cidele da Cruz Ducinéia Tan Huare GT 4: Educação Escolar e Relações Raciais Coordenação:Isaias Munis Batista Luciana Magalhães de França GT 5: Educação do Campo e Trabalho Coordenação: Leonice Aparecida de Fátima Alves Mourad Edilsa Andrade GT 6: Identidade cultural: perspectiva histórica e socioeducacional Coordenação: Alex Andrade Carlos Edinei de Oliveira GT 7: Educação Escolar e Multiculturalismo Coordenação: Hellen Cristina de Souza Ana Paula Lopes Edson Bakairi GT 8: Educação Escolar Indígena Coordenação: Maria Margarete Noronha Valentim Sidnei Marcos Zunizokae GT 9: Diversidade Biológica e Ambiente Coordenação: Edenir Maria Serigatto Celice Alexandre Silva Caderno de Resumos Página 17 IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE "Diferentes, (des) iguais e desconectados” RESUMOS GT 1 - CURRÍCULO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES O GT tem como objetivo reunir pesquisadores e estudos para discutir currículo e formação de professores na perspectiva da Diversidade Cultural e ambiente, tendo como pano de fundo a relação que se estabelece entre a formação, a construção do currículo e as práticas docentes. Coordenação: Ivanete Inês Parzianello Carvalho Marinalva Gomes UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA DOCENTE DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA E OS GÊNEROS DO DISCURSO Cinara Almeida Barcelos [email protected] Ana Arlinda Oliveira [email protected] Resumo: Esta comunicação que ora se apresenta a este fórum de educação e diversidade tem o problema: Como os professores concebem e desenvolvem a prática pedagógica, alicerçada nos gêneros do discurso, nas escolas de ensino fundamental do município de Cuiabá-MT? Levanta ainda as seguintes questões: como se realiza a prática pedagógica alicerçada nos gêneros do discurso? Há uma proposta de ensino da língua materna que contempla o uso dos diversos gêneros discursivos que circulam na sociedade para ampliar a competência linguística dos alunos, apontando inúmeras formas de participação social que conduzam ao letramento? A perspectiva enunciativa bakhtiniana juntamente com as reflexões de autores que tratam à língua em seus aspectos discursivos como Bernard Schnuewly e Dolz, Geraldi, Meure, Oliveira e Brandão são o aporte teórico. A visão presente nos PCN(s) de língua portuguesa para o 2º e 3º ciclos, por exemplo, é a de um usuário eficaz e competente da linguagem escrita, imerso em práticas sociais e em atividades de linguagem letradas, que, em diferentes situações comunicativas, utiliza-se dos gêneros do discurso para construir ou reconstruir os sentidos de textos que lê ou produz. Essa visão é bastante diferente da visão corrente do leitor/escrevente como aquele que domina o código escrito para decifrar ou cifrar palavras, frases e textos, e, mesmo, daquele leitor/escrevente que, dentre os seus conhecimentos de mundo, abriga na memória de longo prazo, as estruturas gráficas, lexicais, frasais, textuais, esquemáticas necessárias para compreender e produzir, estrategicamente, textos com variadas metas comunicativas. As observações demonstram que a prática pedagógica com ênfase nos gêneros do discurso não privilegia a variedade dos gêneros que circulam na sociedade. Os sinais de uma prática pedagógica tradicional aparecem na organização do trabalho pedagógico que se apóia na aprendizagem da gramática descontextualizada. Nota-se que o livro didático nas escolas é o único material de leitura para os alunos. Observa-se também que nas Instituições Escolares as bibliotecas são insuficientes com relação ao acervo e sub-utilizadas. Portanto, o objetivo de formar um aluno Caderno de Resumos Página 18 “leitor-escritor”, que é reiteradamente expresso nos currículos escolares e nos planos dos professores é na maior parte do tempo uma utopia. Palavras-chave: língua portuguesa; gêneros do discurso; prática pedagógica; ensino de língua materna. A CRIAÇÃO DE “CLUBES DE INTERESSE” NO ENSINO MÉDIO: ESPAÇO A DIVERSIDADE E O PROTAGONISMO JUVENIL Carla Regina Eidt Professora da E. E. João Batista, Tangará da Serra, MT [email protected] Michele Eidt Tognon Professora da E. E. Dom Bosco, Lucas do Rio Verde, MT Resumo: A juventude sempre foi considerada um período delicado, pois uma série de conflitos desafia os jovens. Surgem inquietações e questionamentos que exigem respostas, e nem sempre a família, a escola e a sociedade como um todo está preparada para isso. Além dessas, há também outras questões ligadas a desigualdade social que exclui uma grande parcela desses jovens, tornando-os por vezes, apáticos, individualistas e hedonistas. Se enquadrar nos “padrões de aluno” estabelecidos pela maioria das escolas talvez seja o maior deles. Faz-se necessário reconhecer que o problema não está no jovem, mas sim na estrutura social oferecida a estes jovens, é imperioso que criemos espaços significativos que permitam a participação ativa e efetiva do jovem estudante na dinâmica social de sua comunidade. Oferecer oportunidades para o desenvolvimento das potencialidades individuais dos estudantes se torna uma das contribuições mais significativas da escola na atual conjuntura. Para tanto esta comunicação tem por objetivo fomentar a formação de clubes de interesses no ensino médio como um espaço para manifestação das diversidades e o protagonismo juvenil. Partimos de uma experiência vivenciada na Escola Estadual Dom Bosco, em Lucas do Rio Verde, MT, que teve seu primeiro clube implantado no ano de 2009, por iniciativa de uma educadora que percebeu entre alguns alunos o gosto pela ciência e iniciação científica. Os primeiros clubes a surgir no Brasil foram os “clubes de ciências”, que durante as décadas de 1960 e 1970, atendiam apenas uma finalidade mercadológica, consumirem os rápidos avanços tecnológicos e a formação de mão de obra. O que se propõe nesta experiência é uma formatação diferenciada e flexível, o que esta se buscando na escola citada, é a construção de um espaço que permita aos estudantes se reunir em coletivos por interesses em comum, seja ele artístico, cultural, político ou científico. Possibilitando, num espaço não formal de educação, apesar de vinculada a formalidade escolar, troca de experiências e crescimento pessoal e coletivo. Palavras chave: práticas docentes; protagonismo juvenil; diversidade. A IMPORTÂNCIA DE UMA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA NA GRADE CURRICULAR DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS Marcelo Pereira Dantas da Silva UNEMAT – Campus de Cáceres [email protected] Caderno de Resumos Página 19 Resumo: A tecnologia da informação possui um importante papel na sociedade contemporânea, pois se tornou fundamental para o desenvolvimento econômico, social, científico e educacional. Diante desse contexto surge a discussão sobre a necessidade de uma disciplina de informática no currículo das escolas públicas brasileiras, englobando todos os níveis de ensino, ou seja, desde o ensino fundamental e médio, obedecendo a uma gradativa distribuição de conteúdos sobre informática com o objetivo de ser um instrumento de aprendizagem, de leitura, de escrita, de pesquisa, de produção científica e principalmente de produção tecnológica. A base legal da discussão está pautada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, os Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio e projetos de leis com a mesma natura em trâmites no congresso nacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece que os conteúdos, as metodologias e formas de avaliação serão organizadas de tal forma que, o discente demonstre domínio dos princípios científicos e tecnológicos existentes na produção da sociedade moderna, as escolas ainda devem promover transformações a fim de se adequarem ao novo contexto tecnológico da sociedade. Logo se espera que o corpo escolar seja incluído em um nível de ensino que o possibilite a interação do mesmo com mundo tecnológico e o mercado de trabalho cada vez mais exigente no que tange a tecnologia. Dentre os benefícios da implantação da disciplina no currículo das escolas públicas pode-se destacar a preparação do aluno para o mercado de trabalho e o mecanismo de justiça e inclusão social, visto que a aprendizagem ou educação tecnológica se dá atualmente por meio privado. Apesar do crescimento ao acesso a informação tecnológica no Brasil, ressalta-se que o analfabetismo tecnológico existente no país é ainda dantesco, pois não há qualquer instrução cientifica na formação nos níveis de ensino do país. Portanto, é de suma importância o ensino da informática nas escolas públicas do país seguindo diretrizes educacionais e conceitos técnicos, e a regulamentação da mesma para que o ensino decorra de forma continuada, contribuindo assim para a produção científica e tecnológica do país em todos os níveis de ensino. Palavras-Chave: Informática - Escolas Públicas - Currículo Escolar - Tecnologia. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: CONTEXTOS & APLICAÇÕES Ana Claudia Lemes de Morais Secretaria Municipal de Educação Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Nova Olímpia [email protected] Resumo: O artigo traz reflexões sobre uma experiência em formação continuada realizada em AVA, utilizando o Moodle como ferramenta de ensino e a ambiência do Portal Educação Nanet. A pesquisa trabalhou com uma pequena amostra retirada do universo de professores de Nova Olímpia, que de forma implícita apresentava certo descontentamento com as práticas de formação realizada em seus ambientes escolares. Procurou-se na experiência desenvolver uma formação em EAD, com apenas um momento presencial, cujo tema: “Informática na Educação – Introdução” teve como abordagem um conhecimento histórico, legal e teórico; além de apresentar um software de HQ como recurso possível de ser adaptado à prática em ambientes informatizados. Além do inconformismo de professores em relação a formação continuada, a escolha do tema surge em consequência de problemas vivenciados quanto ao uso da tecnologia como ferramenta auxiliar de ensino, viabilizada muitas vezes pela falta de conhecimento sobre os vários recursos existentes, gerando práticas caracterizadas como automação ou informatização de Caderno de Resumos Página 20 conteúdos. Um dos maiores problemas encontra-se na formação docente; enquanto docentes apresentam um conhecimento sobre recursos tecnológicos falta-lhes o conhecimento didáticopedagógico ou vice-versa. O professor ao utilizar as tecnologias é desafiado a levar o aluno a pensar e refletir, valorizando sempre seu erro. São ações que prevê muito estudo e certa ruptura com velhos paradigmas. Pesquisas apontam que o conhecimento técnico aliado ao conhecimento pedagógico pode trazer ótimos resultados. Assim a ênfase dada na pesquisa procura situar e responder parte destes problemas, além de realizar análises de aspectos qualitativos e quantitativos de elementos como: participação, interação, aplicabilidade, aceitação ou aversão ao novo modelo de formação. São análises de difícil generalização, mas que podem subsidiar e fortalecer as práticas de formação, valorizando os contextos e suas diferenças. A realidade social demanda profissionais que se apropriem do conhecimento tecnológico para possível incorporação das TICs à sua prática, contudo, quaisquer conclusões a respeito deverão ser criteriosas. Certamente a formação continuada do professor continua sendo o meio mais evidente de consolidação do processo de ensinagem, contudo, se forem considerados os contextos, as ambiências e estruturas organizacionais. Palavras-chave: Formação Continuada - Ambiente Virtual - TICs ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS VISITANTES DO PARQUE NATURAL ILTO FERREIRA COUTINHO EM TANGARÁ DA SERRA/MT Juscélia Victor Garcia Silva Eliane Soupinsk Daniella Aparecida Viana Ferreira Resumo: A degradação ambiental vem aumentando cada vez mais e em ritmos acelerados, devido à ocupação do espaço de ambientes naturais, a fim de suprir as necessidades de crescimento tecnológico do homem. Sendo assim, o trabalho realizado teve por objetivo verificar a percepção ambiental da sociedade que freqüenta o Parque Natural Ilto Ferreira Coutinho, ressaltando suas satisfações e insatisfações, perspectivas e também para incentivo dos pesquisadores em estar desenvolvendo trabalhos referentes às problemáticas ambientais. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa e a quantitativa. Pode-se perceber, após a realização do trabalho que, grande parte dos entrevistados, possui certo conhecimento sobre os problemas ambientais. Constatou-se que os entrevistados, além de serem participativos, respondendo ao questionário, possuem proposições em relação à percepção ambiental e preocupam-se com o meio em que estão inseridos, além de serem capazes de perceber mudanças e alterações no meio em que estão inseridos. Palavras chave: degradação ambiental; pesquisa; ambiente; percepção ambiental. DOAÇÃO DE SANGUE – UM PROJETO PEDAGÓGICO SOLIDÁRIO Crisley Dayane de Oliveira Cabral Alexandre Albino Dias Rodrigo Antonio Szablewski Escola Estadual Dom Bosco [email protected] Caderno de Resumos Página 21 Resumo: A cidade de Lucas do Rio Verde-MT não possui Hemocentro, porém quando se necessita de sangue, o mesmo vem do Hemocentro de Sorriso-MT. Desta forma, faz-se necessárias campanhas no município visando contribuir para a manutenção do estoque de sangue do Hemocentro da localidade vizinha. Com ações de caráter motivador e educacional pretendeu-se formar multiplicadores das informações sobre doação de sangue e verificar o perfil dos doadores de sangue do município. Para alcançar tais objetivos realizaram-se oficinas/palestras com os alunos dos terceiros anos da Escola Estadual Dom Bosco, buscando desmistificar os equívocos de compreensão relativos à doação e ressaltar a sua importância, e uma campanha de doação de sangue na cidade. O projeto foi desenvolvido pelos professores de biologia, língua portuguesa, artes, matemática, sociologia e filosofia. Cada aluno, de acordo com as suas potencialidades, ficou responsável por desenvolver uma ação dentro do projeto. Para o desenvolvimento das atividades contou-se com parceria de empresas e da Secretaria Municipal de Saúde. Os alunos participaram da campanha de doação e ajudaram no dia da doação. Neste dia realizaram-se entrevistas para registrar o perfil de doadores de LRV-MT e verificou-se que dos entrevistados, 56% foram do sexo masculino e 44% do feminino, destes 51% são doares regulares. A faixa etária que teve maior número de doadores foi entre 21 e 25 anos. Dos entrevistados, 29% possuem ensino fundamental incompleto, 73% estão a menos de 10 anos no município e para 49% das pessoas está foi a primeira vez que doaram sangue. E 60% doaram pelo motivo de poderem ajudar alguém. Para 32%, muitas pessoas não doam sangue por medo de contrair doenças. Os doadores ficaram sabendo da campanha por intermédio da mídia, por alunos da escola, por cartazes e faixas informativas e panfletos distribuídos por alunos. E todos acreditam que deveria ter um banco de sangue na cidade. O desenvolvimento desta temática oportunizou a desmistificação da doação restrita a locais como hemocentros, viabilizando uma coleta no município e ajudando a diminuir as faltas no banco de sangue da região. Incentivou o exercício da cidadania e reforçou o vínculo com a responsabilidade social da instituição de ensino e das empresas participantes do projeto, que demonstraram receptividade ao assunto. As atividades desenvolvidas despertaram nos estudantes a compreensão de que a doação de sangue é um ato de cidadania e solidariedade, tendo em vista que muitos tornaram-se, de fato, doadores. Palavras-chave: Doação de sangue; educação; solidariedade EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERCEPÇÃO AMBIENTAL ENTRE ALUNOS QUE TRABALHAM E QUE NÃO TRABALHAM COM TEMA Juscélia Victor Garcia Silva Érica Souza Marinez Cargnin-Stieler Ana de Medeiros Arnt UNEMAT- CUTS Resumo: Neste artigo discute-se como a Educação Ambiental (EA) vem sendo trabalhada, no ensino fundamental e também é realizado um comparativo entre alunos que trabalham e que não trabalham com o tema, no intuito de saber se há diferença significante em relação à percepção ambiental dos mesmos. A pesquisa teve abordagem qualitativa e quantitativa. Foram pesquisadas duas turmas de sétima série ambas as escolas públicas de características idênticas, uma em que trabalha EA e outra que não trabalha. Com a análise dos dados pode-se concluir que não houve uma diferença significante no conhecimento de alunos das duas escolas quanto os aspectos Caderno de Resumos Página 22 quantitativos. Isso pode ter ocorrido por falta de um estudo mais aprofundado de EA, vinculando teoria e prática, tanto na formação docente, como em projetos escolares, a fim de fugir do tradicional vínculo “EA e ecologia, lixo e horta” e também por EA não acontecer somente em sala de aula. Palavras chave: Educação ambiental; conhecimentos; escola; projeto. ENSINO JURÍDICO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E CONSTITUIÇÃO DO ACADÊMICO LEITOR Jonatas Rodrigues Japiassu dos Santos Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso Resumo: Testes como SAEB, PISA, INAF e o Prova Brasil, demonstraram através de seus resultados, que os alunos brasileiros possuem pouca competência e ainda muita limitação no quesito leitura e escrita, informação que também é ratificada pelas constantes reclamações feitas por professores do ensino básico. Após a conclusão daquele, muitos desses alunos buscam ingressar no ensino superior, dentre os quais, encontra-se em evidência o curso de Direito, onde, por também demonstrarem ter uma limitada capacidade leitora, passam a ser motivo de preocupação dos professores universitários. A competência leitora é definida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa – PCN’s, como sendo a capacidade que detém o leitor de, no contexto social, abstrair de textos escritos, conceitos que atendam as suas necessidades primárias. A peculiaridade da comunidade leitora, formada pelos docentes e graduandos do curso de Direito, conduz à necessidade de se destacar a importância do professor universitário na mediação do desenvolvimento de competências em leitura, principalmente no processo de construção do conhecimento e da apropriação da linguagem técnico-jurídica, pelos alunos. Buscando compreender as práticas que permeiam o início do processo de aprendizagem no ensino jurídico, e com subsidio em fundamentos teórico-metodológicos vinculados ao referencial da História Cultural, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, nos primeiros semestres do curso de Direito na cidade de Rondonópolis/MT. Dados obtidos à partir de observações realizadas em salas aula, aplicação de questionários e entrevistas feitas com professores e alunos, possibilitou compreender que, dentre alguns fatores relacionados à formação do aluno/leitor, estaria a prática de ensino adotada pelo docente, e possivelmente vinculada à sua formação, enquanto profissional dessa área. Palavras-chave: ensino jurídico; formação docente; leitor competente. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS DOCENTES QUANTO À UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO Raquel Veloso de Alcântara de Oliveira [email protected] André Luiz Borges Milhomem [email protected] Waghma Fabiana Borges Rodrigues [email protected] Nathiele dos Santos Jacovais Caderno de Resumos Página 23 Campus Universitário do Vale do Teles Pires-UNEMAT [email protected] Resumo: A formação de professores para o uso pedagógico do computador e a necessidade de tratar deste assunto torna-se cada vez mais importante na atualidade. Pois, segundo Almeida (2000), pensar na inserção dos computadores na educação requer criar mecanismos para a formação e capacitação de professores, através de cursos e treinamentos de curta ou longa duração, no qual, softwares são explorados, ficando sob responsabilidade do professor, o desenvolvimento das atividades com a utilização desta nova ferramenta junto aos alunos. Assim, a formação e capacitação dos docentes quanto à utilização dos recursos tecnológicos no ensino, torna-se indispensável. Segundo Preti (2000), após o professor receber treinamento e se habituar à utilização dos recursos tecnológicos como ferramenta de apoio em sala de aula, terá liberdade e autonomia profissional para decidir quais os meios e recursos adequados à sua prática pedagógica. Desta forma, o uso de tecnologias na prática pedagógica, proporciona ao professor a utilização de métodos de ensino-aprendizagem que ultrapassem as formas “tradicionais” de ensino, tornando assim as aulas mais atrativas, buscando reter a atenção dos alunos. A utilização destes recursos pelos professores é incentivada pelo Governo Federal através do Ministério da Educação (MEC). A capacitação profissional é ministrada por meio de cursos on-line à distância e gratuito, oferecido pelo “Portal do Professor”, espaço disponível na página web do MEC, destinado a troca de experiências entre professores da educação básica. Este Portal é um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos Professores. Os cursos disponíveis envolvem várias temáticas, como por exemplo, o curso “Mídias na Educação”, que consiste em um programa de educação à distância com o objetivo de capacitar professores quanto à utilização pedagógica das diferentes tecnologias da informação e da comunicação, tais como: TV e vídeo, informática, rádio e impresso. O professor dispõe de material na forma digital, vídeos, responde a atividades e participação de fóruns. Palavras-chave: Formação de professores, ensino-aprendizagem, educação, capacitação. ESTRUTURAÇÃO DE UMA AULA PRÁTICA BASEADA NA GERMINAÇÃO DO MILHO E DO FEIJÃO Silvana Coelho de Arruda Barbosa Daniella Ap. V. Ferreira Eliane Soupinski Juscélia V. Garcia Silva UNEMAT-CUTS. Resumo A germinação é o fenômeno pelo qual o embrião da semente rompe o seu invólucro, desenvolvese dando origem a uma planta independente. Para que a semente processe normalmente, a mesma precisa de três fatores externos: água, ar e calor. O presente experimento foi realizado no laboratório de botânica da UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso), e teve como objetivo geral analisar o desenvolvimento e o tempo de germinação de sementes de milho e de feijão. Para a execução do trabalho foram utilizadas duas garrafas pet de 500 ml cada, transparentes para facilitar a observação. Sua parede interna foi revestida por papel filtro e jornal. Foram utilizadas quatro sementes de feijão e quatro sementes de milho, as mesmas foram escolhidas ao acaso e dispostas nas garrafas de forma que o posicionamento destas fosse favorável a sua germinação. Durante todos os dias em que a pesquisa foi desenvolvida as sementes eram umedecidas com água e avaliadas o seu desenvolvimento. No primeiro dia da Caderno de Resumos Página 24 montagem do experimento, ocorreu a embebição, no qual se percebeu um considerável aumento no tamanho das sementes. Ao terceiro dia já pôde ser observada a radícula da semente de feijão, obtendo ótimo índice de germinação em curto tempo. Nas sementes de milho também foram observadas às radículas, só que em menor tamanho. No quarto dia os feijões apresentaram raízes primárias medindo aproximadamente três a quatro vezes o tamanho da radícula do milho. No quinto dia foi possível observar o desenvolvendo do caule do milho, enquanto o feijão apresentou apenas as raízes. Ao sétimo dia o feijão expôs suas folhas primárias, logo acima dos cotilédones, mas não conseguiu elevar-se, ou seja, o caule não conseguiu direcionar-se para cima, ao contrário do milho que se elevou, apresentando folhas primárias mais vigorosas e vistosas. Ao término dessa pesquisa pode-se concluir que apesar do milho e do feijão terem apresentado o início do desenvolvimento radicular juntos, foi possível perceber que as raízes do feijão tiveram uma maior proeminência em comparação com o milho. Isso foi perceptível ao terceiro dia de pesquisa. Apesar disso, o milho conseguiu desenvolver suas folhas primárias em melhores condições. Palavras chave: Experimento; Semente; Embebição; Germinação. GESTAR: OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO EM SERVIÇO Profª. Drª. Maria Elizabete Rambo Kochhann UNEMAT/Barra do Bugres-MT [email protected] Prof. Dr. Nelson Antônio Pirola UNESP/ Bauru – SP [email protected] Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar alguns resultados da pesquisa de doutorado na qual se buscou responder a seguinte pergunta de investigação: Em que medida um programa de formação de professores em exercício nos anos iniciais do Ensino Fundamental, GESTAR, contribuiu para o desenvolvimento de atitudes positivas em relação à geometria? Foram participantes doze professoras distribuídas em duas escolas do interior do estado de Mato Grosso. Os instrumentos para coleta de dados foram uma escala de atitudes em relação à Geometria (EARG) desenvolvida e testada por Viana e Brito (2004). Os resultados mostraram que houve uma mudança significativa em relação à geometria entre os dados do pré e pós-teste. Palavras-chave: formação de professores, geometria e atitudes. MOSAICO INTERCULTURAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS Sandra Maria Silva de Lima Professora Depto Direito-Unemat [email protected] Elias Renato da Silva Januário Coordenador Faculdade Indígena Intercultural [email protected] Resumo Para resgatar o histórico da institucionalização do ensino superior indígena em Mato Grosso, no contexto das políticas públicas, currículo e formação de professores, construiu-se um mosaico Caderno de Resumos Página 25 intercultural reafirmado pelos princípios da interdisciplinaridade e da interculturalidade da Educação Ambiental. Com ênfase na pesquisa colaborativa, qualitativa, documental objetivou por meio da docência a compreensão do Direito Ocidental, Indigenista e Indígena junto ao Programa de Ensino Superior Indígena Intercultural - PROESI (atual Faculdade Indígena Intercultural) entre os meses de fevereiro e dezembro de 2008 com estudantes colaboradores da 3ª Turma composta de 12 etnias, 22 aldeias e 14 cidades de Mato Grosso. As narrativas dos professores e estudantes deste Programa e a inserção de conteúdo programático da disciplina Direito e legislação com temas específicos e interculturais possibilitaram a revelação dos desafios da docência, da aprendizagem e do compromisso de formar e multiplicar o conhecimento nas escolas indígenas. A leitura dos conceitos jurídicos, dos termos técnicos e do vocabulário próprios do Direito teve relevância no entendimento da dinâmica dos processos legislativos e da atuação das diversas instituições envolvidas na aplicabilidade das diretrizes legais. Tendo como referencial teórico o Sociambientalismo que preconiza o respeito aos povos amazônicos, especialmente às populações indígenas, os colaboradores debateram problemáticas sociais como a criminalidade, o alcoolismo, a prostituição e as drogas presentes nas aldeias. A carência de políticas públicas para combatê-las destaca a necessidade de programas de educação com qualidade, valorização dos costumes e respeito às diferenças culturais. Enfocando a visibilidade, característica do Pluralismo Jurídico, trouxeram para UNEMAT os códigos de leis e valores com seus costumes e suas formas de convivência determinantes para a prática da tolerância, do respeito à identidade, bem como dos conhecimentos e riquezas naturais nas Terras Indígenas. Palavras-Chave: Ensino Superior Indígena; Direitos Indígenas; Mato Grosso. PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES PRÓXIMOS AO CÓRREGO ARAPUTANGA, EM TANGARÁ DA SERRA/MT Juscélia Victor Garcia Silva Cleidiomar Oliveira Borges Silvana Coelho de A. Barbosa Érica Baleroni Pacheco Resumo: Estudos de percepção ambiental são importantes ferramentas na análise sobre a relação que o homem estabelece com a natureza. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar a percepção ambiental dos moradores que residem próximos ao córrego Araputanga, um riacho urbano do município de Tangará da Serra-MT. Para a obtenção dos dados foi utilizada a pesquisa qualitativa por meio de entrevistas estruturadas e aplicação de formulário composto por perguntas abertas e fechadas. Foi possível constatar uma percepção ambiental contraproducente dos moradores em relação ao córrego, contudo foi notado que existem percepções diferentes. Pôde-se perceber que a maioria defende a proteção do córrego, ainda que não façam nada, de fato, para protegê-lo. Palavras chave: Meio ambiente; natureza; poluição; percepção. A PRÁTICA CURRICULAR E O ESTREITAMENTO DA RELAÇÃO UNIVERSIDADE-SOCIEDADE: ATIVIDADE DESENVOLVIDA POR ALUNOS DE BIOLOGIA E ENFERMAGEM DA UNEMAT/TANGARÁ DA SERRA Caderno de Resumos Página 26 Lucas Leal de Andrade [email protected] Diones Krinski [email protected] Daniela O. Pinheiro UNEMAT [email protected] Resumo: Sabe-se que promover a integração entre universidade e sociedade é uma obrigação de todos que desfrutam do ensino superior, principalmente quando esta integração é baseada na multiversidade como forma de prestação de serviços visando solucionar problemas sociais, como os relacionados com a saúde. Desta forma, este trabalho utilizou-se das atividades de práticas curriculares, que tem o intuito de promover a melhoria da formação acadêmica além de instruir as práticas docentes, para fortificar as relações de extensão entre a universidade e comunidade tangaraense. Considerando isto, graduandos de Ciências Biológicas (3º Semestre) e Enfermagem (2º Semestre) da UNEMAT/Tangará da Serra realizaram, nos dias 07-08/maio/2010, na Escola Estadual 13 de Maio e Praça da Bíblia, apresentações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) enfocando formas de controle e prevenção, utilização de métodos contraceptivos entre outras informações relacionadas aos sistemas reprodutores feminino e masculino. Os objetivos principais foram informar sobre causas e consequências das DSTs (AIDS, Sífilis, Cancro, Gonorréia, entre outras), bem como seus respectivos métodos preventivos, além de informar sobre métodos para evitar gravidez indesejada. Para isso, os graduandos foram sub-divididos em grupos de 5-7 acadêmicos, os quais foram orientados e habilitados para o início das atividades docentes. Para auxiliar na divulgação dos conteúdos foram disponibilizados materiais didáticos explicativos e distribuídos preservativos masculinos e femininos. Enfocou-se também a correta eliminação de preservativos em recipientes adequados, visando uma melhor preservação ambiental devido à problemática do lixo. Participaram das apresentações 253 jovens e adultos (de 13-40 anos), tendo como público-alvo principal os adolescentes (70% dos estudantes tinham entre 16-18 anos). A partir da realização deste trabalho, foi possível comprovar e constatar que o assunto (que envolve sexualidade) é de grande interesse, portanto deve ser mais explanado nas Escolas e na cidade de modo geral, merecendo assim receber mais incentivos e apoio das instituições de ensino. No ponto de vista de treinamento para atividades docentes, foi possível comprovar ainda a importância do incentivo em exposições orais, a fim de promover a desenvoltura acadêmica dos graduandos, uma vez que tal prática deveria ser frequentemente utilizada dentro dos cursos das diversas áreas. Palavras-chave: DSTs, educação, embriologia, métodos contraceptivos AS PRÁTICAS DE DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DA SEDUC/MT NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA. Sandra Maria Rodrigues dos Santos Motter PPGE /UFMT [email protected] Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa de mestrado em educação tem como objetivo compreender e analisar as práticas de descentralização das ações da SEDUC, processo de implantação da Assessoria Pedagógica no Município de Tangará da Serra –MT, A Caderno de Resumos Página 27 “descentralização” da gestão educacional para o município de Tangará da Serra teve início na década de 80 ano que se implantou a DERCs, neste município, posteriormente as SRECs e finalmente a ASPEM, em l995. Portanto, já se passaram mais de três décadas, e por isso é pertinente refletir sobre a contribuição desse processo de descentralização da gestão da educação e as práticas da Assessoria Pedagógica no município de Tangará da Serra, MT. Pesquisar as práticas da Assessoria Pedagógica no município significa lançar um novo olhar investigativo sobre esse processo, visto que inúmeras pesquisas já foram realizadas com o foco voltado para o ambiente escolar mais especificamente a gestão escolar.Tomo como opção metodológica a pesquisa qualitativa, utilizando-se, basicamente, três instrumentos: análise documental,observação e entrevistas semi-estruturadas. Na análise documental foram analisados Diário Oficial, Leis, Portarias, Decretos e edital publicados em Diário Oficial do Estado de Mato Grosso através da Secretaria de Estado de Educação SEDUC/MT, estabelecendo políticas educacional para o estados em consonância com as legislação vigente na rede estadual de ensino. Palavras-chave: Gestão Educacional: Descentralização e Práticas. A UTILIZAÇÃO DA PESQUISA SIGNIFICATICA NO CONTEXTO DAS SALAS MULTISSERIADAS DAS ESCOLAS DO CAMPO Vânia Hörner de Almeida Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT Campus de Luciara, Vila Rica, MT [email protected] Resumo: Este artigo resulta de uma pesquisa realizada nas Escolas do campo com salas multisseriadas do município de Vila Rica – MT. Com o objetivo de descobrir qual a visão dos professores, em relação ao uso da pesquisa significativa como um caminho para facilitar o processo de aprendizagem nas séries iniciais. São abordados conceitualmente os aspectos básicos educação do campo, salas multisseriadas, da pesquisa significativa, a importância da mesma na aprendizagem escolar, O levantamento de dados tem por base a metodologia qualitativa, com aplicação de questionário contendo 06 questões junto aos professores das series iniciais das salas multisseriadas nas escolas do campo da rede municipal de Vila Rica; analise de documentação na secretaria municipal de educação realização de levantamento bibliográfico com intuito de enriquecer o conhecimento sobre o assunto pesquisado; Na visão dos professores pesquisados, as dificuldades comuns estão relacionadas à leitura e interpretação de textos, organização do tempo em sala de aula e alguns professores responderam que não tem dificuldade, porque é possível trabalhar em conjunto buscando unificar e desenvolver atividades que contemple a todos. Esses professores acreditam que a pesquisa significativa seja um caminho para amenizar essas dificuldades, capaz de facilitar o processo de aprendizagem, porém na prática nem todos aplicam com freqüência, embora reconheçam sua importância. Percebe-se então como ponto positivo: a consciência que os professores têm quanto à importância da pesquisa, o seu reconhecimento como instrumento propício ao questionamento reconstrutivo e participativo que induz o sujeito a uma interação maior com a comunidade onde vive; o engajamento de alguns professores que na prática conseguem interagir e entrelaçar a teoria com a prática de utilizar a pesquisa em qualquer série que esteja. O ponto negativo é a distancia entre a teoria e a prática, entre a consciência e a realidade aplicada, Palavras chaves: Pesquisa, multisseriadas, ensino, aprendizagem. Caderno de Resumos Página 28 A DIVERSIDADE INVISIVEL: DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA Antônio Eustaquio de Moura Unemat, Campus de Cáceres [email protected] Resumo: O governo brasileiro tem com uma de suas metas o respeito a diversidade étnico cultural,ciente do papel da escola neste objetivo, aprovou a Lei 10.639/2003 que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e a Lei 11.645/2008 que determina a inclusão no currículo oficial da rede de ensino o ensino da história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas. Entretanto o respeito a diversidade de orientação sexual não recebeu tratamento idêntico as diversidades anteriormente citadas e a maioria dos professores e professoras, diretores (as) e funcionários (as) das escolas publicas e privadas têm dificuldades de atuarem nos problemas e assuntos relacionados à homossexualidade masculina e feminina e à bissexualidade, por terem pouco preparo, orientação e material. Neste trabalho buscaremos refletir sobre os problemas relacionados à homossexualidade na escola e a resolução dos mesmos respeitando a diversidade de orientação sexual. Palavras chaves – ensino fundamental e médio; GLBT; respeito as diferenças; papel dos diretores,professores e funcionários das escolas. MAPAS CONCEITUAIS: FERRAMENTA FACILITADORA DO APRENDIZADO EM DISCIPLINAS NOS CURSOS DE BIOLOGIA Diones Krinski UNEMAT - CUTS [email protected] Resumo: Um mapa conceitual, nada mais é do que a representação gráfica que indica as relações entre conceitos, os quais são interligados por palavras. São utilizados para auxiliar na ordem e seqüência hierárquica dos conteúdos de ensino, atuando como facilitador do aprendizado uma vez que os conceitos possuem pontos de ancoragem, onde novas idéias e informações são aprendidas. Baseada nos processos cognitivos, a teoria dos mapas conceituais foi desenvolvida por Joseph D. Novak em 1977, e é utilizada até hoje em pesquisas sobre prática pedagógica para revelar e avaliar a estrutura e complexidade do conhecimento construído pelos estudantes de ciências e demais disciplinas. Utilizando-se desta ferramenta de assimilação da aprendizagem, podemos analisar como os estudantes adquirem os conhecimentos, e como eles organizam os conteúdos em sua forma cognitiva. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar, ao longo do primeiro semestre do ano de 2010, como os conteúdos da disciplina de Fundamentos da Biologia são assimilados pelos alunos do terceiro semestre de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso/Campus Universitário de Tangará da Serra (UNEMAT/CUTS). Para isto, utilizou-se a elaboração de mapas conceituais. Estes foram elaborados sempre uma aula após o conteúdo ser apresentado para os estudantes. Os temas desenvolvidos foram: Origem da Vida, Tipos de Reprodução e Continuidade da Vida, Comportamento Animal, Biodiversidade, Classificação e Nomenclatura Biológica. Como resultados foram obtidos vários mapas conceituais baseados nos temas supracitados. Notou-se que a cada novo mapa construído, os acadêmicos conseguiam dar Caderno de Resumos Página 29 maior clareza e complexidade estrutural nas informações expressadas. A partir destes mapas pode-se investigar como o estudante compreendeu as informações obtidas. No final do processo de confecção dos mapas conceituais, indagou-se aos acadêmicos, qual a impressão deles perante a utilização dos mapas nas aulas, e as respostas foram satisfatórias, com podemos observar na respostas a seguir: (...) elaborar um mapa conceitual exige de fato estabelecer conexões, associar e especialmente compreender as informações contidas nos conteúdos, fazendo com que eles sejam fixados e não somente memorizados ou decorados (ILD, masculino XX anos). Desta forma, percebe-se que na medida em que os estudantes utilizam esta ferramenta para integrar e diferenciar conceitos, seja na análise de artigos, aulas, experiências de laboratórios, eles estarão usando o mapeamento como um recurso de aprendizagem, além de propiciar a visualização da organização de conceitos que o estudante atribuiu a um dado conhecimento. E nos cursos de licenciatura pode auxiliar no planejamento das aulas do futuro professor. Palavras-chave: construção do conhecimento, conceitos, conteúdos. BULLYING NO ENSINO FUNDAMENTAL: A AGRESSIVIDADE VERBAL E FÍSICA EM TURMAS DE SÉRIES FINAIS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE TANGARÁ DA SERRA/MT Graciele Neves Acadêmica do curso de Ciências Biológicas [email protected] Reniel Chaves de Paula Acadêmico do curso de Ciências Biológicas [email protected] Ana de Medeiros Arnt UNEMAT -CUTS [email protected] Resumo: O Bullying é um fenômeno que vem despertando interesse em diversas áreas de conhecimento e mobilizado pesquisas, em especial em grupos de crianças e adolescentes. Trata-se de um comportamento agressivo frequentemente presente nas escolas e consiste em violência física ou moral, provocado por alunos individualmente ou em grupos. A partir desta discussão, percebe-se como fundamental conhecer e analisar de que forma este fenônemo acontece no espaço escolar, para, com base nos estudos, termos condições de interferir, a fim de minimizar os efeitos do bullying. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo analisar de que formas se faz (ou não) presente, nas turmas de 5ª a 8ª série, em uma escola Municipal de Tangará da Serra – MT. Para tanto, realizaram-se observações nos momentos de intervalos de aulas, no perído matutino e vespertino, ao longo de uma semana, em março de 2010. Além disso, foram observadas também aulas, em que foram anotadas em diário de campo todas as práticas que representasse o bullying em sala de aula tanto de caráter moral, verbal, e físico. Ao longo das observações, várias práticas de bullying ocorreram. A agressão física é a mais comum dentre as quatro classes, desde pequenos acontecimentos gerados por gestos com a única finalidade de incomodar os colegas (cutucões e tapas), à discussões verbais que acabam em socos e pontapés, com direito a visitas na coordenação da escola. Nas agressões verbais e/ou morais percebeu-se xingamentos entre os colegas, apelidos com objetivo de humilhar, de cunhos preconceituosos (como “mulherzinha da sala”, “burro”, dentre outros). A partir do observado, pôde-se constatar que há prática de bullying constantemente nas escolas, e seriam necessárias medidas de apoio e intervenção para minimizar sua ocorrência e seus efeitos. Com base no observado na escola, consideramos relevante Caderno de Resumos Página 30 entender o que desencadeia o fenômeno bullying de modo mais aprofundado, uma vez que o tempo de permanência na escola nos permitiu verificar sua ocorrência, mas não compreender as causas e os possíveis efeitos nos estudantes. Para isso, seria de suma importância compreender como os estudantes percebem estes episódios de violência, seja verbal ou física, e o que os leva a comportarem-se deste modo, para, a partir de então, conseguirmos ver as medidas adequadas a serem tomadas para diminuir sua ocorrência e minimizar seus efeitos, seja com medidas disciplinares na escola, ou com auxílio da comunidade escolar, ou mesmo profissionais que atuem especificamente nesta área (psicólogos, psicopedagogos, dentre outros). Palavras Chave: Alunos; Bullying; Escola. FORMAÇÃO DE PROFESSORADO EM TANGARÁ DA SERRA: UMA ESCRITURA SOB(RE) A LÍNGUA ESPANHOLA Flavia Krauss de Vilhena UNEMAT – CUTS Resumo: Esta comunicação é resultado de um processo vivenciado na disciplina Estágio Supervisionado em Língua e Literatura Espanhola no semestre de 2009/01 do curso de Letras da Unemat, campus de Tangará da Serra. A partir do trabalho com os diários dialógicos [aqui tomado como instrumento de reflexão sobre a própria prática docente], teço uma colcha de retalhos que, de maneira metalingüística, procura compreender o mecanismo de confecção dos relatos feitos pelas alunas. Assim, me debruço sobre alguns pontos localizados no processo de constituição das subjetividades das envolvidas no processo de ensino-aprendizagem da língua espanhola no estado de Mato Grosso. Meu objetivo é duplo: 1) analisar algumas questões fulcrais implicadas tanto no processo de aprendizagem de dita língua quanto no de formação de professores; 2) me esforçar por tramar possíveis diretrizes na formação inicial [que se proponha como crítica] de professorado neste contexto em particular. Palavras-chave: ensino-aprendizagem de língua espanhola; constituição de subjetividades; formação de professores. AS POSSÍVEIS FORMAS DE ENSINO NA BIOLOGIA RELACIONANDO BIODIVERSIDADE E DIVERSIDADE DE CULTURAS. Caroline Antunes Agostinho Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso/FAPEMAT UNEMAT/CUTS – MT Resumo: Esta comunicação pretende levantar algumas discussões e reflexões acerca da temática “Biodiversidade e Diversidade Cultural” no sentido em que os dois temas podem ser trabalhados juntos nos espaços sociais em que se inserem. Nesse sentido, o universo de análise deste trabalho é o espaço escolar. Essa discussão é possível advinda do projeto de pesquisa “O ensino da Biologia nos terceiros anos de ensino médio (noturno) das escolas estaduais Pedro Alberto Tayano e 29 de Novembro – Tangará da Serra- MT”, que se encontra em andamento. Inicialmente realizaram-se leituras e análises bibliográficas sobre a temática, enfocando educação, ambiente, diversidade, Caderno de Resumos Página 31 cultura e identidade, o que possibilitou a discussão em grupo da temática e que a pesquisa fosse adquirindo consistência teórica e metodológica. Através da pesquisa de campo in loco os planos de ensino da disciplina biologia das duas escolas foram disponibilizados à pesquisa, permitindo que conhecêssemos os conteúdos que seriam ministrados em sala de aula, e com as visitas realizadas nas escolas o espaço escolar foi sendo descortinado e tornando possível perceber como se dá a sociabilidade entre os alunos. Após as análises bibliográficas, foram aplicados formulários que abordavam perguntas relacionadas ao seu local de origem, faixa etária e em específico a temática sobre a biodiversidade e sobre a aprendizagem dos alunos para com o conteúdo relacionado à zoologia e à botânica. No decorrer das análises dessas respostas nos formulários, algumas apontaram para falta de concentração em se tratando apenas de aulas expositivas, outras indicam que as aulas poderiam ser mais interessantes e produtivas se contassem com recursos como aulas práticas e aulas de campo. Podemos relacionar e inferir sobre como nessas escolas seria possível solucionar esse problema utilizando o espaço que o estado de Mato Grosso oferece em se tratando do meio ambiente, uma vez que essas aulas podem ser ministradas com mais ênfase e possibilitar o conhecimento e a importância da preservação da biodiversidade. È possível ainda desenvolver ações que podem contribuir em favor de um futuro sustentável enfocando a integração de diversas culturas em prol dessa preservação e refletir como o espaço escolar pode contribuir proporcionando articulações em que o ensino da Biologia pode trabalhar relacionando cultura e suas diversificações. Palavras – chave: Biodiversidade; diversidade cultural; ensino da Biologia; espaço escolar; UTILIZAÇÃO E COMPREENSÃO DA NOMENCLATURA BIOLÓGICA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ESTADUAL WILSON DE ALMEIDA – NOVA OLÍMPIA/MT Alex Júnior Malheiros Barbão Ildebrando Gomes de Oliveira UNEMAT/CUTS [email protected] Resumo Visto a biologia se tratar de uma disciplina cuja linguagem é composta de termos de origem grega e latina, seu estudo no Ensino médio é dificultado pela incompreensão dos alunos acerca de seus termos. Ademais, a utilização dos termos pelos alunos, quando fraca ou ausente, pode acarretar dificuldades também no ensino da disciplina. Desta forma, realizamos uma pesquisa com os alunos do Ensino Médio de uma escola estadual do município de Nova Olímpia visando atingir os seguintes objetivos: perceber a dificuldade de compreensão dos alunos em relação a alguns termos da biologia; verificar a frequência de utilização de alguns termos biológicos pelos alunos nas aulas de biologia e em outras ocasiões; verificar situações de ocorrência do uso da linguagem biológica em outras disciplinas, e finalmente; localizar a fonte da qual os alunos extraem a maior parte dos termos. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Wilson de Almeida, situada no município de Nova Olímpia – MT, com alunos do 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio, matriculados no ensino regular, no período vespertino. Participaram da pesquisa 76 alunos, sendo a maioria do sexo feminino, na faixa etária dos 14 – 17 anos. Cada aluno respondeu a dois questionários (um relativo à utilização e outro à compreensão dos termos), sendo um composto por 5 questões ( 4 fechadas e 1 aberta ) e outro contendo 4 questões ( 3 fechadas e 1 aberta ). Verificamos que a maioria dos alunos apresenta dificuldade de compreensão dos termos da biologia, não conseguindo interpretar corretamente ou desconhecendo totalmente o significado. Além disso, a Caderno de Resumos Página 32 utilização da nomenclatura biológica pelos alunos é pouco freqüente, estando presente nas aulas de biologia, mas tendo muito baixa ocorrência nas de outras disciplinas. Por fim, constatamos que é na escola onde os alunos acabam tendo contato e conseqüentemente extraindo a maior parte dos termos. Palavras-chave: Ensino de Biologia; Linguagem Biológica; Significado dos Termos Biológicos; Interdisciplinaridade. GT 2: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIAS O GT tem como proposta reunir pesquisadores, professores no intuito de discutir as percepções sobre educação matemática e tecnologias como práticas pedagógica em distintos ambientes de ensino. Coordenação: Marinez Cargnin-Stieler Eugênio Carlos Stieler Miriam Paresí MODELAGEM MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR: APRECIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA PELOS SUJEITOS PARTICIPANTES Marinez Cargnin-Stieler UNEMAT/CUTS [email protected] Resumo: Este trabalho é uma análise parcial dos dados de uma investigação com o intuito de contribuir com a atual discussão sobre a utilização da modelagem matemática em cursos de formação de professores. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa baseada em dados coletados em entrevista coletiva semi-estruturada. A entrevista foi estruturada com quatro questões para saber a opinião sobre a metodologia utilizada, sobre a importância do trabalho, se adotaria a mesma forma de trabalhar e avaliação das atitudes e atividades desenvolvidas pelas professoras. Os sujeitos participantes foram os alunos do sétimo semestre de um curso de Licenciatura em Matemática, utilizando-se a modelagem matemática para analisar as contribuições que ela pode oferecer ao ensino e aprendizagem dessa disciplina. A ação pedagógica envolveu temas escolhidos pelos alunos e a partir da exploração de dados e informações foram construídos modelos que permitiram elucidar os temas propostos e explorar conceitos matemáticos. A apreciação da experiência pelos futuros professores foi positiva e elencaram a contribuição na compreensão dos conteúdos matemáticos, desenvolvimento da habilidade de pesquisa, a significação das atividades escolares e o envolvimento dos alunos. Palavras-chave: Educação matemática; investigação matemática; Ensino e aprendizagem de matemática; Modelagem matemática Caderno de Resumos Página 33 BALANÇO SOCIAL E MENSURAÇÃO ECONÔMICA EM INSTITUIÇOES DE ENSINO SUPERIOR Vanessa Cristina de Moraes Acadêmica, UNEMAT - CUTS [email protected] Cleiton Franco UNEMAT - CUTS [email protected] Láercio Juarez Melz UNEMAT - CUTS [email protected] Resumo: A importância da elaboração do Balanço Social trata-se de um tema cada vez mais discutido no meio acadêmico, empresarial e por toda a sociedade. Há crescente conscientização desses meios quanto a responsabilidade social e ambiental como forma de construção de uma sociedade mais humana. Evidenciar os lucros deixou de ser prioridade para dar espaço a valorização do capital humano especializando a mão-de-obra, o que confere papel importante para o desenvolvimento sustentável, e valorizando o homem para o exercício da ética e cidadania nas relações sociais. A eficácia nas organizações não é mais medida apenas pela capacidade de crescimento, mas também pelo esforço de reduzir os problemas sociais, através do comprometimento com seus colaboradores. Com o objetivo de demonstrar a relação da empresa com o ambiente interno e externo, a Contabilidade Social fornece informações qualitativas e quantitativas, e, para que estas sejam claras e de fácil entendimento, a contabilidade utiliza o Balanço Social. Através do Balanço Social é possível evidenciar informações econômicas, financeiras e sociais do desempenho das entidades, pois se trata de um instrumento de gestão e informação que atende aos mais diferentes usuários, dentre estes os trabalhadores. As Universidades de Ensino Superior formam cidadãos atuantes para o crescimento de uma sociedade mais humanizada, através de gestão criativa e em permanente acompanhamento da ciência e tecnologia. Como forma de avaliação do desempenho das Universidades Públicas, utiliza-se a Mensuração Econômica, instrumento que mede a atuação do governo na prestação de serviços à comunidade. Tais serviços prestados quando comparados aos fornecidos por entidades particulares, desde que sejam com a mesma qualidade, gera a receita econômica, o que traz benefícios a toda a comunidade. A esses benefícios chamamos de Custo de Oportunidade, ou seja, o retorno que a sociedade recebe através de investimentos como na educação, benfeitorias, entre outras, utilizando esses serviços sem ter que dispor financeiramente para pagamento direto. Através deste trabalho realizado em Tangará da Serra, justifica-se a importância da elaboração do Balanço Social com a utilização da Mensuração Econômica da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, como demonstração da sua contribuição através da pesquisa, ensino e extensão, aos governos estaduais, municipais e toda a sociedade, de forma a sanar dúvidas de profissionais e estudantes. Palavras-chave: Balanço Social, Mensuração Econômica, UNEMAT. OS MEIOS TECNOLÓGICOS COMO RECURSOS PEDAGÓGICOS NA PRÁTICA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA Osinéia Albina Brunelli Professora Formadora de Matemática do Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica – CEFAPRO – Cáceres Caderno de Resumos Página 34 [email protected] Marta Maria Pontin Darsie Doutora em Educação e Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso [email protected] Resumo: O trabalho proposto é oriundo das discussões realizadas na disciplina de Seminário Avançado I do curso de Mestrado em Educação da Universidade Federal do Mato Grosso e de sugestões de estudos bibliográficos propostos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática – GRUEPEM – da linha de pesquisa em Educação em Ciências e Matemática do Programa de PósGraduação em Educação da instituição supracitada. Vivemos em um momento onde o tempo presente é caracterizado pelo desenvolvimento técnico-científico que interfere em toda vida social, produtiva e pessoal, e traz consigo novo vocabulário, novas práticas que são assimiladas pelas crianças e jovens com muita facilidade. Constatamos, portanto, que as escolas possuem uma grande dificuldade em acompanhar as transformações desencadeadas pelo avanço tecnológico. Observamos também que muitos educadores não se sentem preparados para introduzirem as novas tecnologias em sua sala de aula. Acreditamos que a maioria dos professores é consciente que não é possível ignorar a presença dos meios tecnológicos, o que acontece é que eles não sabem ao certo o que fazer com estes em sala de aula. Diante do problema apresentado, pretendemos tratar as dificuldades encontradas pelos professores de matemática em introduzir os meios tecnológicos em suas práticas pedagógicas. Pretendemos com o presente trabalho promover algumas reflexões sobre a introdução de tecnologias no ensino e aprendizagem de matemática. Abordaremos ainda, em nossas discussões a importância da escola como um ambiente que na atual conjuntura, deve ter como uma de suas funções, a promoção da inclusão digital. Para o embasamento teórico pretendemos chamar ao dialogo autores como Borba, D’Ambrósio, Penteado, Araújo, Fiorentini, Nóvoa, Imbernon e os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática. Finalmente nos encaminharemos para o campo da formação inicial e continuada de professores almejando desencadear um debate no sentido de promover uma reflexão sobre os modelos de formação presentes e o quanto estas formações têm possibilitado capacitação aos docentes para inclusão das novas tecnologias em seu trabalho. Palavras – Chave: Educação Matemática. Tecnologias. Formação de Professores. A MATEMÁTICA E A SALA DE AULA: O COTIDIANO PRESENTE NO CURRICULO Vânia Hörner de Almeida UNEMAT Campus de Luciara, Vila Rica, MT [email protected] Resumo: Este artigo resulta de uma pesquisa realizada na Escola Procópio Faria, zona rural do município de Vila Rica – MT, com os objetivos de estudar o processo pelo qual se pode estabelecer um relacionamento entre o cotidiano do aluno e a aprendizagem da matemática; utilizando estratégias que possibilitem aos alunos a resolução de situações problemas. A metodologia utilizada é a qualitativa, com observação da aplicação de um projeto com a temática “a produção de leite e derivados: uma fonte de renda familiar”, aos alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental; entrevista junto aos produtores de leite. A importância da modelagem matemática e a Etnomatemática é uma estratégia alternativa na metodologia da educação matemática e no processo ensino-aprendizagem. Essa metodologia de ensino da matemática pode auxiliar na Caderno de Resumos Página 35 percepção da realidade e na sua intervenção, esta possibilita a formação crítica. Com isso, os projetos estabelecidos em conjunto com os alunos podem impulsionar o estudo da matemática garantindo a ligação necessária entre teoria e prática. Muito se tem falado, atualmente, sobre o fraco desempenho dos alunos brasileiros da educação básica quanto à aprendizagem da Matemática. Diante de tal problemática, buscaremos, nesse artigo, refletir os resultados apresentados no processo ensino-aprendizagem dessa disciplina e a sua relação com os currículos escolares. Os objetivos deste são relacionar o cotidiano do aluno com a aprendizagem matemática; buscar dados e maneiras de utilizar a matemática no decorrer dos trabalhos que envolvem a própria realidade dos alunos, assim, visando meios que possam articular os conteúdos do currículo escolar matemático com os do cotidiano; obter modelos matemáticos que possibilitem aos alunos a resolução de situações problemas. O levantamento de dados tem por base a metodologia qualitativa, com realização de entrevistas informais junto aos pais e alunos da escola pública; observação de práticas de sala de aula, junto às turmas de 5ª a 8ª série, na Escola Municipal “Procópio Faria”; acompanhamento do desenvolvimento de um projeto de pesquisa, realizado na escola, referente à produção de leite e derivados. A escolha por esta temática não é aleatória, mas devido à matemática desempenhar um papel importante na formação básica do cidadão brasileiro e propiciar a inserção das pessoas para o mundo do trabalho. Palavras-chave: aprendizagem, cotidiano, ensino, Etnomatemática, Modelagem. UM ESTUDO DA MATEMÁTICA DO COTIDIANO NA ESCOLA: ORÇAMENTO DOMÉSTICO Julio Cezar Uzinski, Henrique Uzinski Acadêmico UNEMAT – Barra do Bugres Me. Richard de Souza Costa UNEMAT – Barra do Bugres Resumo: Nosso trabalho surge da possibilidade de trabalhar modelagem matemática além das pesquisas, ou seja, no ensino fundamental e médio, mais do que isso uma das oportunidades trabalhadas é o Centro Educacional de Jovens e Adultos onde os conteúdos matemáticos trabalhados pelos professores são estritamente ligados ao cotidiano dos alunos. É muito comum ouvir falar que a matemática está presente em tudo ou quase tudo na vida de uma pessoa, no entanto na escola muitas vezes o aluno fica preso ao estudo de uma matemática totalmente cientifica, que não parece ser aplicável. Por outro lado diversas vezes não sabem com certeza se fizeram ou não uso da matemática em uma situação do dia-a-dia. Um exemplo de escola que trabalha diretamente com conteúdos aplicáveis e mostrando a aplicação dos mesmos é o CEJA (Centro Educacional de Jovens e Adultos) em Barra do Bugres –MT. Nosso estudo é uma proposta de atividade que contempla uma situação corriqueira e que muitas pessoas têm dificuldades em trabalhar, no entanto de fundamental importância, o orçamento domestico. Desenvolvemos um estudo para este público, tentando atingir as metas apresentadas nos Parâmetros curriculares nacionais no que diz respeito a interdisciplinaridade, transdiciplinaridade, e sobretudo no que diz a respeito da contextualização do ensino de matemática. A atividade apresentada aqui é a construção de uma planilha eletrônica para controle do orçamento doméstico de uma família, esse estudo deve envolver muita matemática, um estudo referente às planilhas eletrônicas e também uma contextualização da realidade. Este trabalho foi aplicado a uma turma regular de oitava série na Escola Agrícola Municipal Hitler Sansão em Barra do Bugres na disciplina de informática da educação, mesmo que a maioria dos alunos não sejam responsáveis por um orçamento Caderno de Resumos Página 36 doméstico, o trabalho apresentou resultados impressionantes, pois a contextualização da matemática é uma das perspectivas do ensino desta disciplina. Palavras-chave: Modelagem matemática, CEJA, Orçamento doméstico, Planilha eletrônica. A IMPORTÂNCIA DOS SOFTWARES EDUCACIONAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA: ALGUMAS PROPOSTAS PARA O USO DO WINPLOT NO ENSINO DE DERIVADAS Julio Cezar Uzinski Henrique Uzinski Tarcisio Uzinski Acadêmicos UNEMAT – Barra do Bugres Me. William Vieira Gonçalves UNEMAT – Barra do Bugres Resumo: Este artigo apresenta uma reflexão da utilização da Tecnologia da informática educativa como contribuição na formação de professores de matemática, em termos de aprendizado em ambientes informatizados. Abordamos também as possibilidades oferecidas pelo uso dos aplicativos educacionais e programas didáticos, destacando os softwares gratuitos e também os livres uma vez que estes oferecem algumas vantagens como a liberdade de execução, cópia, distribuição, estudo, alteração e aperfeiçoamento do código. Estudaremos o papel do mesmo no processo ensino-aprendizagem, como explorar o recurso tecnológico de maneira viável e eficiente na construção de reflexões informatizadas. Acreditamos que o uso dos mesmos deve tornar o processo de aprendizado mais dinâmico e eficiente, e abordamos em especial um dos softwares livres que é o Winplot, trabalhando o ensino de derivadas, também realizamos uma abordagem do histórico sobre o conceito matemático de diferenciação, além de um breve histórico a respeito do Winplot. Apresentaremos uma reflexão sobre as dificuldades dos alunos com relação ao tema de diferenciabilidade, a partir dia daremos uma leve introdução ao conteúdo de diferenciabilidade para mostrarmos algumas representações gráficas e tecer uma discussão a respeito do assunto. Este estudo nos leva a procurar fontes e materiais para nos atualizar e levar aos “colegas” de trabalho a utilização de recursos tecnológicos com responsabilidade e trabalho sério para que tenhamos mais recursos ao trabalhar como educadores. Nosso trabalho parte da idéia de que a apresentação da informática por si só não é o suficiente para alterar práticas pedagógicas de forma satisfatória, mas se trabalhada na formação dos professores, não apenas pela informática, mas, sobretudo pela matemática ela tende a se tornar uma grande aliada dos professores desta disciplina. Palavras-chave: Softwares educativos, Winplot, derivadas. USANDO O GEOGEBRA NA CONSTRUÇÃO DE FIGURAS Julio Cezar Uzinski Henrique Uzinski Acadêmicos da UNEMAT – Barra do Bugres Resumo: O software GeoGebra pode ser muito útil quando se trata de trabalhar com cálculo e geometria, alguns pesquisadores da educação matemática afirmam também que este acessório pode ser Caderno de Resumos Página 37 utilizado no ensino, quando se trabalha geometria, trigonometria, enfim. Nosso trabalho surge de uma perspectiva que contempla esta citada, mas tem um olhar voltado para a construção de figuras utilizando este aplicativo. É claro que as figuras que nos interessam são relacionadas a trabalhos com matemática, mas num sentido além de atividades, por exemplo, a construção de uma figura para um trabalho ou outro documento. Outros aplicativos constroem gráficos em duas e três dimensões, mas as figuras que falamos por hora vão além de gráficos. O Geogebra é um software que alem das funções para o trabalho com geometria contempla muitas opções de trabalho com o cálculo, funções que são contempladas parte pelo Cabri Geometre e parte pelo Winplot, no entanto o Geogebra apesar de não ter uma interface tão agradável como os outros dois contempla ambas as funções. Esse programa nos chama atenção principalmente quando nos atentamos ao menu arquivo o qual será foco de nosso trabalho, e também os recursos pra escrever formulas e gerar códigos pstricks. Formulamos um roteiro para mostrar algumas vantagens deste aplicativo, que talvez sejam contempladas com mais força apenas em um curso especifico. No menu arquivo temos as opções Nova Janela, Novo e Abrir dão oportunidade para abrir documentos novos ou salvos em algum diretório, as opções Gravar e Gravar Como tem a função de salvar os arquivos com extensão *GGB, ainda temos a opção Visualizar Impressão e Fechar, mas nosso interesse maior está na opção Exportar. Através desse trabalho trazemos até o leitor algumas das opções do Geogebra menos discutidas em papers e outros, muitas vezes as pessoas precisam elaborar figuras, criar legendas, e mesmo usar essas figuras para documentos em LaTeX e essas questões não se encontrar em manuais. Acreditamos que este trabalho ajude tanto na construção de trabalhos mais elaborados quanto na simples atividade de desenhar de formas aproveitáveis, podendo sim ser usado até no ensino médio, pelos alunos também por essa perspectiva. Palavras-chave: Geogebra; figuras; Latex; Software Gratuito. FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA NO INTERIOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Maria Elizabeth Rambo Kochhann UNEMAT Cláudia Landin Negreiros UNEMAT Renata Barros Abelha Kabeya UNEMAT Resumo: Pretendemos mostrar, nesse trabalho, os resultados parciais decorrentes de uma investigação com professores que lecionam a disciplina Matemática no Ensino Fundamental. Resultados esses que serão apresentados por meio de duas atividades propostas aos participantes de um projeto de investigação, ainda em andamento, em uma cidade do interior do Estado de Mato Grosso. Esse projeto, aprovado pelo EDITAL UNIVERSAL- Nº 002/2007 – FAPEMAT, procura analisar as alterações dos conceitos, procedimentos e atitudes desses participantes e, ao mesmo tempo, oportunizar o desenvolvimento de atitudes mais positivas frente à aprendizagem e ao ensino do conteúdo matemático abordado, ou seja, grandezas e medidas. Os conteúdos trabalhados, relativos a essa temática, farão com que os participantes sejam co-produtores de materiais que poderão subsidiar práticas ‘inovadoras’ em situações de aprendizagens significativas do conhecimento matemático. Além de efetivar a máxima ação-reflexão-ação por meio de pressupostos que levem em conta os conhecimentos dos professores articulando-os aos projetos Caderno de Resumos Página 38 de cada escola, a proposta desse projeto de pesquisa é que sejam considerados: o respeito ao ritmo de cada aluno, a acomodação das inovações e das mudanças para refazer identidades, a incorporação dos conhecimentos didáticos e pedagógicos ao próprio processo de formação e também o desenvolvimento das dimensões coletiva e individual do processo. Nesse projeto, temos também os seguintes objetivos: 1) realizar uma formação continuada em serviço; 2) aplicar uma proposta de resolução de problemas; e 3) utilizar uma concepção de aprendizagem interativa e participativa para posteriores inferências nas práticas docentes dos participantes. A fundamentação teórica baseia-se em estudos de pesquisadores da Educação Matemática, Brown (1997), D´Ambrósio (1993) e outros. Palavras-chave: formação de professores; educação matemática; conteúdos matemáticos; grandezas e medidas. A FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA. Marinez Cargnin-Stieler UNEMAT/CUTS [email protected] Hellen Cristina de Souza CEFAPRO/ Pólo de Tangará da Serra. João Bosco Fernandes El Hage SMEC/ Barra do Bugres Resumo: Esta comunicação trata de uma proposta de formação continuada realizada em parceria com o CEFAPRO, pólo de Tangará da Serra, SEMEC de Barra do Bugres, Escola Estadual Indígena Jula Paré e a UNEMAT/NEED campus de Tangará da Serra.Tem como objetivo discutir os desafios da formação continuada em contextos interculturais. O trabalho esta organizado a partir de uma perspectiva colaborativa entre os professores indígenas e não indígenas para estudar, discutir e desenvolver metodologias e estratégias de ensino capazes de fortalecer os processos de aprendizagem nas aulas de matemática especificamente e nos componentes curriculares que necessitam de conhecimentos matemáticos. A natureza intercultural da proposta se propõe promover o intercambio entre a escola indígena Umutina, a universidade do estado de Mato Grosso e os sistemas estadual e municipal de educação escolar em Barra do Bugres, através do trabalho colaborativo entre os professores envolvidos no projeto. Os encontros são realizados periodicamente na Escola Estadual Indígena Jula Pare localizada na Aldeia Umutina no município de Barra do Bugres. Palavras-chave: formação continuada; educação matemática; educação escolar indígena UM ESTUDO DA APLICAÇÃO DA PLANILHA DO BrOffice Calc NO ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Eugênio Carlos Stieler UNEMAT – CUTS [email protected] Caderno de Resumos Página 39 Resumo: A matemática financeira é uma importante ferramenta para os cursos de Ciências Contábeis e Administração, entretanto muitos acadêmicos dos referidos cursos possuem dificuldades em compreendê-la. Trabalhando há vários anos com essa disciplina nos referidos cursos, sempre estive atento a metodologias que propiciassem aos acadêmicos a ter uma boa compreensão da referida disciplina. Atento as atitudes de alguns acadêmicos, notei que comentavam sobre o uso da planilha do Excel para a resolução de atividades envolvendo conceitos de financeira. Percebendo essa nova vertente tecnológica resolvi usar a planilha eletrônica do BrOffice Calc disponível nos laboratórios de informática da UNEMAT, Campus de Tangará da Serra, a fim de verificar se o aprendizado seria de mais fácil compreensão por parte dos acadêmicos. A metodologia utilizada foi a da Engenharia Didática, por ser vista como referencial para pesquisas no ensino, gerados na junção do conhecimento prático com o conhecimento teórico. Como a planilha é ótima para fazer tabelas, o conteúdo abordado foi Sistema de Amortização, enfatizando os sistemas: americano, Price ou Frances ou de prestações constantes, de amortização constante (SAC) e sistema de amortização misto (SAM). A realidade atual se apresenta como um momento singular para a utilização de novas tecnologias no ensino. As investigações sobre vantagens do uso das tecnologias no ensino e possíveis desvantagens são importantes para subsidiarem os professores no processo de preparação de novas formas de abordagem dos conteúdos. A pesquisa foi realizada em uma turma do segundo semestre do Curso de Ciências Contábeis da UNEMAT Campus de Tangará da Serra, no semestre 2009/1. Os conceitos da Matemática Financeira foram introduzidos através de situações-problema, com auxílio da planilha eletrônica do BrOffice Calc. As análises a posteriori apontam para uma adequada utilização de novas tecnologias no ensino de matemática financeira. Palavras-chave: Planilha eletrônica, matemática financeira, engenharia didática GT 3: LINGUAGENS EM CONTEXTOS MULTILINGUISTICOS O objetivo do GT é propiciar um espaço de discussão sobre os desafios do trabalho com a linguagem em contextos multilinguisticos para tratar das possibilidades do ensino da língua portuguesa e das línguas estrangeiras modernas em contextos de forte presença indígena e marcada pelas diversidades lingüísticas nas escolas. Coordenação: Monica Cidele da Cruz Ducinéia Tan Huare CONSTRUÇÃO DE FRASES NA LÍNGUA UMUTINA A PARTIR DOS SEUS ELEMENTOS CULTURAIS LUIZINHO ARIABÔ QUEZO Luizinho Ariabô Quezo Professor da Escola Indígena Julá Paré Resumo: Este trabalho, da área de lingüística, aborda a construção de frases na língua Umutina a partir de seus elementos culturais e, posteriormente, se transformará em um livro didático para a escola da aldeia. O trabalho de deu a partir de pesquisas bibliográficas, entrevistas com pessoas que sabiam Caderno de Resumos Página 40 falar no idioma Umutina, de ajuda de alunos do ensino médio para desenhar e ilustrar os elementos a serem mostrados. Foi preciso organizar todas as frases tanto no idioma Umutina como no português. Um trabalho como esse, exige muito cuidado, principalmente, quando expressa ou envolve a cultura de um povo. Além de se inserir dentro da Educação de modo geral, está garantido por lei e faz parte também da Educação Escolar Indígena. Para entender melhor a língua e revitalizá-la, é necessário conhecer seus aspectos fonéticos e fonológicos, morfológicos e a sua sintaxe, sendo esta última, foco desse estudo. A riqueza deste trabalho está na valorização da cultura, pois serve como um ato de mostrar a identidade de um povo Palavras-chave: lingüística, elementos culturais, língua Umutina, sintaxe. A DIVERSIDADE DAS LÍNGUAS INDÍGENAS EM MATO GROSSO Mônica Cidele da Cruz Unemat/Capes/Unicamp [email protected] Resumo: O Brasil é um país de grande diversidade lingüística. Fazendo parte dessa diversidade, temos o Estado de Mato Grosso, considerado a segunda região do Brasil que apresenta uma grande variedade de línguas indígenas, perdendo apenas para o Estado do Amazonas. Em todo Mato Grosso estão distribuídos cerca de 38 povos indígenas, falando em torno de 33 línguas, além de indícios de 9 etnias ainda não contactadas. São línguas pertencentes a quatro troncos genéticos da América do Sul: o tronco Tupi, o tronco Macro-Jê, a família Aruak e a família Karíb. Mas, apesar de apresentar toda essa diversidade lingüística, grande parte das línguas indígenas corre sério risco de extinção, como já aconteceu com muitas delas. Está comunicação tem o objetivo de mostrar um pouquinho de toda essa diversidade linguística, destacando-se, especialmente, as línguas indígenas presentes no município de Tangará da Serra, como a língua Paresi, a língua Umutina, em Barra do Bugres, as línguas Cinta Larga, Rikbáktsa, Enawenê-Nawê e língua Mynký/Irantxe na região de Juína e Brasnorte e a língua Nambikwára no município de Sapezal. Além disso, refletir também sobre o papel da Universidade do Estado de Mato Grosso em relação à pesquisa em línguas. Palavras-chave: diversidade linguística, Mato Grosso, línguas indígenas. GT 4: EDUCAÇÃO ESCOLAR E RELAÇÕES RACIAIS O GT objetiva socializar pesquisas e estudos relacionados a discussão sobre relações raciais na escola e sobre populações quilombolas e os seus desafios para a educação escolar e formação de professores. Coordenação: Isaias Munis Batista Luciana Magalhaes de França Caderno de Resumos Página 41 A INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAL - AFRO BRASILEIRA NO CURRÍCULLO ESCOLAR Maristela Mendes Pedroso Professora Formadora do CEFAPRO de Tangará da Serra, na Área da Diversidade: Educação Quilombola e Étnico-racial Afro-brasileira. [email protected] Resumo: O presente trabalho tem como objetivo abordar sobre a inclusão no Currículo Escolar da Educação Básica, a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, como Política Pública Educacional em Mato Grosso, na perspectiva da Lei. 10.639/03. As Orientações Curriculares para a Educação Básica de Mato Grosso - com objetivo de orientar as escolas na construção do Currículo escolar na Temática da Educação para as Relações Étnicoraciais têm como proposta fortalecer e valorizar as relações étnico-raciais. Coube às escolas, através do currículo, cumprir a execução da Lei 10.639/03. Não podemos desconsiderar que por séculos, e não anos, esta mesma escola tem trabalhado com material didático, aqui ressaltando os livros didáticos que sempre trouxeram o negro para dentro da sala de aula como um ser desvalorizado, escravizado, brigão, fujão, onde Capitães do Mato o caçavam como animais. Textos lidos e figuras mostradas sem nenhuma crítica em relação ao africano escravizado, omitindo e/ou apresentando de forma simplificada e estereotipada o cotidiano dos escravos. Diante desse contexto está o professor que, mesmo sem uma formação específica, tenta cumprir, através de ações muitas vezes pontuais, as modificações propostas nos currículos escolares. Não podemos simplesmente fazer um questionamento de qual é a atitude da escola quanto a inclusão da História Afro-Brasileira no Currículo Escolar. O que precisamos é questionar qual é o conhecimento destes educadores para aprofundar as discussões e o ensino da História Afro-Brasileira e África e ainda trabalhar na desconstrução do preconceito racial. Embora faça sete anos da Lei 10.639/03, a discussão nas escolas e em cursos para professores é nova e precisará de muitas discussões para que essa temática seja incluída, de fato, nos currículos escolares e deixem de ser tratada de forma pontual. Um dos desafios é o de convencer o professor que atua na sala de aula, da importância desta temática e que, tornou-se evidente, que as relações de desigualdade, preconceito e racismo não estão restritas às relações sociais fora da escola. A escola é um espaço importante para se trabalhar na perspectiva de incorporar no currículo estratégias para a desconstrução da construção social do preconceito étnico-racial sem negar as diferenças, mas respeitando o diferente em seus direitos no contexto de país que segundo o IBGE, em 2000 cerca de 76 milhões de pessoas (cerca de 44%) se assumem oficialmente como “pretas” e “pardas”. Palavras-chave: Educação, currículo, diversidade Afro-brasileira, Formação RELAÇÕES RACIAIS E PROCESSOS DISCRIMINATÓRIOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Renata B. Abelha. Kabeya. UNEMAT – Barra do Bugres [email protected] Resumo: Conhecer as trajetórias de escolarização de mulheres negras, alunas da Educação de Jovens e Adultos, é o objetivo desta pesquisa de mestrado. A idéia para desenvolver esta pesquisa surgiu através da experiência diária vivida em uma Escola Estadual no interior de Mato Grosso. A Caderno de Resumos Página 42 primeira observação feita empiricamente foi em relação ao grande número de alunos negros matriculados nesta modalidade de ensino, observação esta que considerava os aspectos do fenótipo dos alunos. Durante as entrevistas exploratórias, surgiram alguns apontamentos que modificaram o recorte da pesquisa. Primeiro: o fato dos jovens não serem a maioria dos alunos da escola; segundo: a dificuldade de entrevistar os poucos jovens matriculados; e terceiro: a maioria dos alunos matriculados serem do sexo feminino. Assim, definiu-se que os sujeitos da pesquisa seriam as mulheres negras e o objeto a ser estudado seria a trajetória de escolarização das mesmas. Foram entrevistadas 21 (vinte e uma) alunas negras, jovens e adultas, matriculadas na EJA da Escola Estadual Antonio Casagrande em Tangará da Serra – MT. Por meio da pesquisa qualitativa, optou-se por fazer um estudo das histórias de vida, que serão utilizadas como meio de entendimento do processo de escolarização vivido pelas alunas negras. Os pressupostos que embasam o conceito de História de vida, neste estudo, estão fundamentados no pensamento de Maria Isaura Pereira de Queiroz e Bourdieu. Através dos depoimentos coletados, foi possível perceber que as alunas matriculadas nesta modalidade de ensino, são originárias de famílias que também não tiveram acesso à educação, e na maioria dos relatos, fica claro que não só as condições sociais, mas também a discriminação racial contribuíram para que estas alunas não concluíssem seus estudos em idade regular. Pensar sobre as trajetórias de escolarização das alunas adultas da EJA é buscar compreendê-las como pessoas que tiveram suas histórias marcadas por questões raciais, de gênero, culturais, econômicas, históricas e sociais. Mulheres que no decorrer de suas vidas foram atribuindo sentidos e significados às suas praticas sociais e que não deixaram de sonhar dentro do campo das suas possibilidades. Palavras-Chave: Trajetórias de Escolarização, EJA, Relações Raciais. GT 5: EDUCAÇÃO DO CAMPO E TRABALHO Este GT tem como objetivo dar visibilidade as experiências didáticas da educação no campo e assim contribuir para as lutas e a resistência das populações rurais excluídas do modelo de mercado global imposto pelo capital. Coordenação: Leonice Aparecida de Fátima Alves Mourad Edilsa Andrade O ACESSO ÀS ESCOLAS DO CAMPO E O TRANSPORTE ESCOLAR Ester Simão Lopes Silva Unemat -CUTS [email protected] Ana de Medeiros Arnt Unemat-CUTS [email protected] Resumo: O presente estudo tem como objetivo apontar as dificuldades de acessibilidade enfrentadas pelos estudantes, professores e pesquisadores para freqüentar e trabalhar em uma escola do campo no estado de Mato Grosso. E discutir os percalços pelos quais passam a comunidade de estudantes Caderno de Resumos Página 43 rurícolas em relação a sua acessibilidade à escola; estrutura física, transporte escolar e formação docente. O colégio Paulo Freire esta situada num dos maiores Assentamento do mundo. Localizado no Estado de Mato Grosso que faz divisas com três municípios: Barra do Bugres, Tangará da Serra e Nova Olímpia. Entre outros aspectos, apresenta e discute a questão da acessibilidade a partir de experiências vivenciadas pelas pesquisadoras para se chegar à área da pesquisa. Como metodologias de pesquisa foram adotadas algumas das ferramentas da etnografia como: descrição no diário de campo, entrevista. Toda esta realidade abordada neste artigo aponta para o fato de que o processo de escolarização executado nas instituições camponesas muitas vezes “passam” ou tem uma tendência para um processo de escolarização de mecanização do conhecimento onde o aluno age como se fosse um robô, que apenas exerce a função para as quais foi programado retratando a inconformidade da instituição ao seu meio. Palavras-chave: Escola Rural; Acessibilidade as Escolas Rurais; Estudante camponês. UMA REFLEXÃO SOBRE A REALIDADE DA EDUCAÇÃO NO CAMPO: ESCOLA E.E.F.M. “PROFESSORA JUCILEIDE PRAXEDES”. Jocineide Catarina Maciel de Souza [email protected] Célia Regina de Jesus [email protected] Solange Borges Fernades [email protected] E.E.F.M “Professora Jucileide Praxedes” Resumo: Entende-se por Educação no Campo aquela educação voltada para alunos que moram ou vivem em áreas em que se predomina a prática agrícola, é sabido que o cotidiano de centenas de crianças, adolescentes e jovens da zona rural no Brasil é uma realidade muito árdua que, apesar de muito comentada, ainda apresenta muitas deficiências, principalmente no que se refere a condições dignas de transporte, alimentação entre outras. Essa apresentação tem por objetivo discutir essa realidade na cidade de Tangará da Serra e mais especificamente dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Professora Jucileide Praxedes”, localizada aproximadamente a 65 km da zona urbana, na Gleba Triângulo. Através de um trabalho de produção de texto, contatou-se que a escola é considerada o centro da comunidade. Podemos considerar essa afirmação a partir de dois pontos principais: o primeiro é a grande expectativa da escola em busca da melhoria de vida e o segundo é que a escola é o único lugar na qual os alunos podem se reunir com mais freqüência, essa escola recebe alunos oriundos de várias fazendas circunvizinhas, q alguns alunos percorrem diariamente cerca de 60 km no itinerário ida e vinda para escola. Esse trabalho é resultado dos relatos feito pelos próprios alunos que orgulhosamente apresentaram-nos as peripécias vividas no seu dia-a-dia e como ao longo dos tempos eles têm superado as barreiras pelo simples direito da educação escolar. Iremos apresentar um histórico de luta e de vitórias da comunidade Triângulo em defesa de uma educação de qualidade, com profissionais capacitados e acima de tudo com resultados na sociedade, na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Palavras chave: Educação no Campo; determinação; escola. Caderno de Resumos Página 44 SALAS MULTISSERIADAS: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA Elizandra Sinhori UNEMAT-CUTS [email protected] Vânia Horner de Almeida UNEMAT-CUTS [email protected] Resumo: Este artigo resulta de uma pesquisa realizada na Escola Municipal Bom Jesus, uma escola do campo situado a 31 km ao Norte do Município de Vila Rica – MT., com o objetivo de identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos e professores que convivem em salas multisseriadas e sua interferência na aprendizagem, vivendo as dificuldades tanto para se deslocar, e também para obter um ensino de qualidade, pois além dos alunos percorrerem uma distância muito grande para chegar à escola, depara-se com professores sem formação adequada e sem acompanhamento pedagógico específico para trabalhar com esta modalidade de ensino. Analisamos as opiniões dos professores atuantes em salas multisseriadas e dos alunos do ensino fundamental e médio. As classes multisseriadas são consideradas como ensino de segunda categoria e o que é pior, sem alternativa de melhoria. Partindo desse ponto de vista, muitos educadores e gestores optaram por esquecê-las, esperando que desaparecessem talvez como consequência natural de um processo de desenvolvimento econômico que destacou para as cidades, nas últimas décadas, enorme contingente da população rural. A pesquisa foi realizada no Núcleo Escolar Bom Jesus – situado ao Norte do Município de Vila Rica – MT a 31 km. Foi utilizada metodologia qualitativa com aplicação de um questionário aos alunos do ensino fundamental e médio e professores com a finalidade de identificar as dificuldades vividas. A escolha por esta temática não é aleatória, mas devido s classes multisseriadas ser consideradas como ensino de segunda categoria e o que é pior, sem alternativa de melhoria. Partindo desse ponto de vista, muitos educadores e gestores optaram por esquecê-las, esperando que desaparecessem talvez como consequência natural de um processo de desenvolvimento econômico que destacou para as cidades, nas últimas décadas, enorme contingente da população rural. Palavras chave: Educação; salas multisseriadas; capacitação. O USO DE METODOLOGIAS PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL DRº. JOAQUIM AUGUSTO DA COSTA MARQUES EM ARAPUTANGA- MT Leiliane Erminia da Silva Stefanello Professora de Biologia da rede estadual de educação básica [email protected] Leila Valderes Souza Gattass Professora do Departamento de Ciências Biológicas da UNEMAT. [email protected] Resumo O estudo apresentado neste trabalho refere-se à utilização de metodologias práticas no Ensino de Ciências. Para alguns a idéia de ensinar Ciências através de metodologias práticas é apenas a manifestação de boas idéias de como ensinar, porém esta visão desconhece a verdadeira Caderno de Resumos Página 45 finalidade do uso destas metodologias no ensino, que vai além do ambiente escolar. O desenvolvimento da pesquisa bibliográfica realizada nos leva a compreender que é com experimentações, aulas de campo, aulas de laboratório, em fim, aulas práticas é que se forma um pesquisador, onde o aluno compreende e socializa situações cotidianas, se preparando para o futuro. A escola enquanto instituição responsável pela formação e socialização do aluno, deve valorizar as atividades práticas na escola, disponibilizando recursos para a realização das mesmas e apresentação de seus resultados. A pesquisa desta monografia foi desenvolvida no âmbito bibliográfico e de campo, realizou-se a coleta de dados através de um questionário direcionado aos alunos e professores de uma Escola Estadual do município de Araputanga-MT. No total participaram 136 alunos e 2 professores do Ensino Fundamental, onde os resultados mostram que mais de 80% dos alunos gostam da disciplina de Ciências e preferem que ela seja realizada com aulas práticas. Os professores relatam resultados positivos na adoção destas metodologias para o ensino de Ciências. Dessa forma as aulas práticas além de dinamizarem o ensino, tornam-no mais eficaz. Para tanto o uso de metodologias práticas torna-se fundamental no Ensino de Ciências. Palavras chave: Ensino, Ciências, Metodologia de Ensino e Aulas Práticas. EDUCAÇÃO, IDENTIDADE E FONTES ICONOGRÁFICAS ATRAVÉS DOS MURAIS DA PRELAZIA Leonice Aparecida de Fátima Alves Dra. em História pela UNISINOS - São Leopoldo/RS. Professora do PPGHist. do Depto. de História/ICHS/UFMT em Cuiabá/MT [email protected] Luciene Aparecida Castavechi UFMT [email protected] Maria Henriqueta dos Santos Gomes UFMT [email protected] Resumo: O presente artigo resulta de uma pesquisa em andamento, cujo propósito é estudar os Murais da Prelazia de São Félix do Araguaia, que mais do que uma função estética, cumprem uma função pedagógica, no que diz respeito a constituição e consolidação da identidade de parte da população local - camponeses, indígenas, migrantes, etc., que historicamente foi desqualificada, especialmente diante do avanço do agronegócio da região. A presente investigação destaca ainda o uso da fonte iconográfica da alfabetização visual, visto que o estudo dos Murais do Araguaia pode ser percebido como uma chave explicativa importante para a interpretação da história recente local, desde que o analista possa percebê-lo como produto das relações concretas do contexto em que os mesmos estão inseridos, elemento de extrema importância para os docentes das áreas de ciências humanas e sociais, com especial ênfase na história. Como bem assevera Cardoso e Mauad (1997), a utilização de fontes históricas não escritas tanto, para a pesquisa como para o exercício da docência, já vem de longa data, ressignificando a noção de texto, que deixou de contemplar exclusivamente o material escrito permitindo uma infinidade de ‘novos textos’, dentre eles a pintura, a fotografia e o cinema, entre outros. Nesse sentido, é nossa proposta fazer uma investigação histórica tomando como referência as imagens constantes nos Murais do Araguaia. A leitura e análise desse material possibilitam a percepção - por parte do investigador de inúmeras experiências e projetos da população residente na região (indígenas, trabalhadores rurais, camponeses, religiosos, etc.), contribuindo de forma significativa para a constituição da Caderno de Resumos Página 46 identidade da população local. Dessa forma é possível afirmar que a denominada alfabetização visual é uma importante ferramenta para compreensão do mundo. Palavras-Chave: Educação; Ensino de História; Iconografia. ETNOCONHECIMENTO: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO PARA O ENSINO Mariana de Assunção Rodrigues UFMT [email protected] Rafael Jr. Passador UNEMAT/CUTS [email protected] Resumo: Tendo em vista as dificuldades encontradas pelos docentes recém graduados quanto à forma de aproximar o ensino-aprendizagem da realidade dos alunos, algumas questões geralmente são levantadas no que diz respeito a como transformar os conceitos acadêmicos em linguagem acessível àqueles de ensino básico. Pode-se perceber que, por causa das transformações da contemporaneidade (meios de comunicação, políticas educacionais, entre outras), as discussões sobre ensino tornaram-se uma temática muito relevante, haja vista que há uma certa banalização dos conteúdos e das formas de transmissão/recepção destes. Nas áreas das ciências humanas e naquelas que se relacionam as ciências da natureza e matemática, geralmente há uma ênfase num ensino acadêmico um tanto quanto desconectado do meio escolar. Mesmo nas licenciaturas, há uma grande dificuldade em transpor o conhecimento universitário para o mundo escolar, de tal sorte que os dois universos mal conseguem fazer um diálogo. Num outro sentido, o conhecimento adquirido através de transmissão não formal, sobretudo aquele derivado de comunidades tradicionais, também denominado de etnoconhecimento, transmitido de geração em geração, tem dificuldades em participar do processo de ensino aprendizagem na escola. Por conta de muitas vezes o conhecimento não formal ser interpretado como um conhecimento não científico, pela ausência de pertinência com a metodologia científica, difundi-se uma concepção que o mesmo é assistemático o que por si só o desvaloriza. O descrédito com este tipo de saber inviabiliza um dialogo entre a escola e a sociedade de um modo geral, bem como com o mundo acadêmico, salvo as tentativas recentes de união de saberes, possibilitadas pelas áreas denominadas de etno. Dentre estas áreas dá-se o destaque a etnobiologia como um esforço em aproximar diferentes mundos e formas de saber. Por conta de seu caráter interdisciplinar, os estudos ligados a esta área possibilitam a utilização de técnicas de diversas disciplinas, usualmente as ciências da natureza e humanas, a fim de estabelecer um ciclo do conhecimento (sociedade-escola-academia). Palavras-chave: Saber formal – escola - saber informal - etnobiologia EDUCAÇÃO ESCOLAR NO CONTEXTO DO ESTADO PLURIÉTNICO: BOLÍVIA PÓS 2008 Flávio Conche do Nascimento UFMT. [email protected]. Leonice Aparecida de Fátima Alves Caderno de Resumos Página 47 Dra. em História pela UNISINOS - São Leopoldo/RS. Professora do PPGHist. do Depto. de História/ICHS/UFMT em Cuiabá/MT [email protected] Resumo A presente comunicação tem o propósito de disponibilizar ao leitor alguns elementos introdutórios acerca do esforço legislativo do governo boliviano, pressionado por segmentos sociais – até bem pouco com reduzida visibilidade – no sentido do reconhecimento pluriétnico enquanto Estado, de tal sorte a evidenciar o caráter multicultural da sociedade boliviana, conforme dispositivo constante na Constituição promulgada em outubro de 2008. Tal reorientação deve-se antes de tudo pela inadequação do paradigma do Estado-Nação, de tradição européia e pautado numa pretensa homogeneidade cuja unidade ocultava o fenômeno da pluralidade do corpo social. Devemos referir ainda que essa mudança está em conformidade com as mais recentes orientações do direito internacional, merecendo destaque a superação dos dispositivos constantes na Convenção 107 da OIT, de 5 de junho de 1957, cujo propósito constante no seu preâmbulo era integrar as populações indígenas à comunidade nacional. A Convenção 169, de 7 de junho de 1989, por sua vez reconhece “as aspirações desses povos a assumir o controle de suas próprias instituições e formas de vida de seu desenvolvimento econômico, e manter e fortalecer suas entidades, línguas e religiões, dentro do âmbito dos Estados onde moram”, de tal sorte a ganhar relevância um novo padrão de respeito à heterogeneidade e mais precisamente a diferença. Faremos uma breve contextualização e historicidade do Estado boliviano, privilegiando os aspectos educacionais em razão do impacto dessa nova concepção de Estado em seu sistema escolar. Tratase de uma pesquisa bibliográfica e documental, cuja principal fonte é de natureza legislativa, qual seja a Constituição Federal Boliviana, bem como a Convenção 169 da OIT. É importante referir ainda que trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de grande incipiência, seja por parte dos pesquisadores ou aos recentes índices relacionados ao tema. Palavras-chave: Educação; Estado Pluriétnico; Bolívia A PRODUÇÃO ASSOCIADA ENQUANTO POSSIBILIDADE DE TRABALHO PARA AS RENDEIRAS DA COMUNIDADE DO LIMPO GRANDE Ilza Nunes da Cunha Polini Mestranda em Educação/UFMT . [email protected] Edson Caetano Professor/Instituto de Educação/UFMT. [email protected] Resumo Desde o final da década de 1980, para subsistir e/ou se contrapor a lógica capitalista, os trabalhadores expulsos do mercado de trabalho, por meio de ações coletivas autogestionárias, ocupam fábrica fechadas, ativam sua produção e criam associações cooperativas de produção, consumo e crédito. Surge a economia popular solidária, onde trabalhadores articulam redes de produção e complexos cooperativos e cadeias produtivas. O trabalho associado está sendo instituído no próprio contexto da formação social capitalista e necessita conquistar o seu lugar enquanto uma alternativa para a classe trabalhadora tanto da cidade quanto do campo, libertar-se das diversas formas do trabalho alienado. Os sujeitos estão vivendo um processo de disputa por legitimação e validação social desse modo de produção da existência, vinculada à reprodução ampliada da vida (e não do capital), tendo como objetivo a valorização do trabalho e dos seres Caderno de Resumos Página 48 humanos. Nossa pesquisa de mestrado com o título provisório Pedagogia da Produção Associada: saberes do trabalho associado nas experiências de auto-gestão intenciona compreender como as “relações de saber” vão se estabelecendo no processo produtivo? Como se dão as relações entre trabalho e educação? Como se dá o processo de consciência do eu/sujeito/coletivo? Como as associações populares disciplinam o trabalho coletivo? Quem fica responsável pela “gestão de pessoas? Quem é o “capataz”? Pretende-se apreender, através da análise de experiências do trabalho associativo, as dimensões do trabalho como princípio educativo e os processos econômicos, produtivos e educacionais que permeiam essas relações. A pesquisa de campo está sendo realizada na cidade de Várzea Grande – MT, com um grupo de 15 mulheres rendeiras que se dedicam a produção de redes de balanço, na Comunidade Limpo Grande localizada na zona rural. As visitas aqueles, na Baixada Cuiabana, Chapada dos Guimarães e Santo Antonio do Leverger, estão nos auxiliando a compreender esses protagonistas que vivendo do seu trabalho resistem nos espaços de vida e de trabalho do e no campo. A pesquisa qualitativa seguirá na perspectiva do materialismo histórico, na metodologia estudo de caso de caráter etnográfico. Os instrumentos serão as observações os relatos orais, entrevistas estruturadas/semi tudo minuciosamente registrados em Diário de Campo que nos ajudará a compreender o universo pesquisado. Palavras-Chave: trabalho e educação, produção associada, saberes do trabalho NOTAS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ASSOCIADO: A EXPERIÊNCIA DOS PRODUTORES DE RAPADURA DA COMUNIDADE DO ENGENHO VELHO Camila Emanuella Pereira Neves Mestranda em Educação/UFMT [email protected] Edson Caetano Professor/Instituto de Educação/UFMT [email protected] Resumo: Esta pesquisa surge a partir do trabalho que está sendo desenvolvido no Mestrado em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no qual investigamos alguns elementos constitutivos da pedagogia da produção associada junto aos produtores de rapadura, residentes na comunidade do Engenho Velho (zona rural do município de Santo Antônio do Leverger/Baixada Cuiabana/MT). A pedagogia da produção associada integra a educação popular na medida em que articula a economia popular e a educação, utilizando os saberes provenientes do trabalho como instrumento para a construção de conhecimentos, de novas práticas econômico-sociais e de suas próprias identidades. Nesse intento, partimos da revisão bibliográfica feita sobre os temas: educação popular, economia popular solidária, produção associada, cultura do trabalho, autogestão e pedagogia da produção associada. Temos como objetivo principal ampliar os olhares para a organização do trabalho associado e desmitificar/esclarecer alguns pontos que interferem na clara concepção a respeito dos termos inerentes e utilizados para tal organização. Esse tipo de organização da produção e do trabalho se diferencia da lógica capitalista (embora esteja inserida na mesma), pois a força de trabalho não é uma mercadoria, a mercadoria produzida não se separa do produtor e o trabalhador é detentor dos meios de produção. Entre os procedimentos metodológicos adotados para a pesquisa, utilizamos o levantamento e a análise bibliográfica sobre a temática e também a pesquisa qualitativa através de entrevistas semi-estruturadas com três famílias que produzem rapadura de forma associada. Acreditamos que esta pesquisa trará como Caderno de Resumos Página 49 contribuições, para as organizações econômicas populares e para as instituições educacionais, uma forma de repensar a formação humana e a práxis produtiva. E, isto, se fará através da análise de aspectos da vida cotidiana desses trabalhadores/artesões que poderão indicar por um lado, novos meios de se ensinar e aprender um ofício e por outro, apontar novas possibilidades de organização do processo de trabalho que assegurem a reprodução ampliada da vida dos sujeitos pertencentes aos setores populares. Palavras-chave: trabalho e educação, pedagogia da produção associada, cultura do trabalho. ESCOLA E DIREITOS HUMANOS: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA Marina Dorileo Barros bolsista PIBIC do Grupo de Pesquisa História, Terra e Trabalho, do Núcleo de Pesquisas em História do ICHS. [email protected] Leonice Aparecida de Fátima Alves Dra. em História pela UNISINOS - São Leopoldo/RS. Professora do PPGHist. do Depto. de História/ICHS/UFMT em Cuiabá/MT [email protected] Resumo O presente artigo é parte de uma pesquisa, ainda em fase de elaboração, que tem como objeto o estudo e a discussão sobre Direitos Humanos, realizada na condição de PIBIC do Núcleo de Pesquisa em História do ICHS. Nesse texto enfocaremos a temática da educação e do ensino dos Direitos Humanos nas escolas brasileiras, usando como base a cartilha “Direito Humano à Educação”, disponibilizada pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Plataforma DhESCA Brasil) e pela ONG Ação Educativa, com sua 1ª edição publicada em março de 2009. Inicialmente faremos algumas considerações e cunho geral acerca da constituição e consolidação dos direitos humanos, como elementos indispensáveis para a sociedade alcançar efetivamente um patamar de dignidade da pessoa humana, propósito maior de qualquer sociedade, especialmente da escola. Os direitos humanos são aqueles que podem ser reivindicados indistintamente por todo cidadão do planeta e em quaisquer condições, bastando a violação de um direito seu, reconhecido em um tratado internacional do qual seu país seja parte. Pressupõem que todo ser humano, independente de qualquer condição pessoal, deve ser igualmente reconhecido e respeitado. Na seqüência faremos a apresentação do trabalho da “Plataforma Dhesca Brasil”, relatando suas ações. Trata-se da organização não-governamental denominada “Ação Educativa”, que promove a cartilha em parceria com a Plataforma DhESCA. Esta organização, fundada em 1994, tem a missão de promover os direitos educativos e da juventude, visando a justiça social, a democracia participativa e o desenvolvimento sustentável no Brasil. Esta organização atua de forma a promover a participação da sociedade em processos locais, nacionais e globais. Para tanto, alia a formação e a assessoria a grupos nos bairros, escolas e comunidades com a atuação em articulações amplas, a pesquisa e a produção de conhecimento com a intervenção nas políticas públicas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, que utiliza, de forma bastante significativa, o estudo de fontes legislativas, quer nacionais, quer internacionais para a compreensão da temática referente aos Direitos Humanos. Palavras chave: Educação; Direitos Humanos; Escola. Caderno de Resumos Página 50 MARGARIDA ALVES: UMA MÁRTIR CAMPONESA Irani Santana Graduanda em Serviço Social pela UFMT/Cuiabá. [email protected] Milena Ferrari Graduanda em Ciências Sociais pela UFMT/Cuiabá. [email protected] Rayane Costa Graduanda em Serviço Social pela UFMT/Cuiabá, bolsista PIBIC. [email protected] Resumo Exclusão e desigualdade social são palavras que refletem o cotidiano dos camponeses, que fazem parte de um grupo social marginalizado pelo capital que apresenta o mercado como alternativa única, fazendo com que esses grupos sejam vistos como arcaicos, “atrasados”, devendo desaparecer. Com o avanço do capitalismo ao longo do século XX, os camponeses sofreram com o processo excludente cuja face mais visível é o êxodo rural e a fragilização da agricultura familiar. Diante desse cenário, o meio rural foi historicamente ignorado no que concerne às políticas de educação no campo. Com o os movimentos sociais no campo, especialmente pós 1980 surgiu a possibilidade de construir uma experiência educacional diferenciada, a partir das luta e enfretamentos que acabaram por provocar a conscientização dos trabalhadores rurais no sentido de construção de uma mundo onde o mercado não fosse a única possibilidade, sendo importante referir que a escola nesse cenário ganha uma centralidade significativa. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo apresentar a educação do/no campo de uma forma ampla, e não somente institucional, visto que a educação como tal possui um papel predominantemente reprodutor e conseqüentemente comprometido com a manutenção do status quo. Como forma de referendar as afirmações feitas passamos a expor uma experiência pedagógica materializada na trajetória de uma líder sindical – Margarida Alves, buscando na imagem da líder sindical referida, que em sua trajetória contribuiu para a conscientização e a organização de diferentes comunidades especialmente no interior do Estado de Pernambuco. A partir de uma breve contextualização da vida e luta sindical de Margarida Alves, será apresentada identificação como mártir da luta camponesa bem como a utilização de sua imagem como símbolo de luta e da representação de gênero no campo. Sendo que sua imagem inspira inclusive uma das mais importantes manifestações das mulheres camponesas no Brasil, qual seja Marcha Das Margarida, organizada pela CUT e Fetagri. Na trajetória dessa camponesa podemos perceber a estreita identificação entre educação e trabalho. Essa pesquisa, ainda em fase de elaboração, utilizada da pesquisa bibliográfica, documental e de fontes iconográficas, merecendo destaque o mural da Prelazia de São Félix do Araguaia, localizado no nordeste do Estado do Mato Grosso. Palavras – chave: Movimentos sociais; Trabalhadores rurais, Mulher no campo. ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL EM MATO GROSSO: A CONTRIBUIÇÃO DA AGENDA DO TRABALHO DECENTE Rayane de Paula Costa Caderno de Resumos Página 51 Graduanda em Serviço Social pela UFMT/Cuiabá, bolsista PIBIC. [email protected] Leonice Aparecida de Fátima Alves Professora do PPGHist. do Depto. de História/ICHS/UFMT em Cuiabá/MT [email protected] Vitale Joanoni Neto Professor do Departamento de História e do PPGHIS, ICHS/UFMT [email protected] Resumo O presente trabalho tem por objetivo apresentar a temática do trabalho decente no Mato Grosso, mais precisamente sobre a eliminação do trabalho infantil com base na Agenda Nacional de Trabalho Decente. O propósito da constituição dessa agenda atende a orientações da OIT estando pautada em 4 perspectivas centrais, quais sejam: cumprimento das normas internacionais de trabalho, em especial aquelas que fundamentam os direitos trabalhistas - nas quais encontramos a questão referente ao trabalho infantil -; a garantia de emprego de qualidade; “a extensão da proteção social” e o “dialogo social” entre os diferentes atores envolvidos. Como já citado, essa investigação tem como intuito focar a questão do trabalho infantil, para tanto, é necessária uma descrição acerca do contexto em que se encontra esse tipo de trabalho, incidência no estado (presença de adolescentes com idade inferior a 16 anos em serviços de lavagens, lubrificação e polimento de carros, serviço de mecânica em veículos, obras de urbanização dentre outros) bem como a apresentação de algumas medidas de proteção o encaminhamento ao conselho tutelar, além do acionamento da rede de proteção a criança e ao adolescente, uma vez que o combate a essa infração ocorrerá, necessariamente, em razão da ação conjunta e articulada tanto do poder publico quanto da sociedade civil organizada. A presente investigação tem como pressuposto a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental, merecendo destaque o ECA, legislação que regulamenta o tratamento despendido a crianças e adolescentes, bem como a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, além dos tratados internacionais que regulamentam a matéria. Merece destaque ainda a agenda nacional e a agenda estadual para a consolidação do trabalho decente. Informamos ainda que trata-se de uma pesquisa em andamento, de tal sorte a restringir, até o presente momento, considerações mais conclusivas.Por fim devemos referir que a constituição de uma agenda para o trabalho decente demanda, necessariamente, a implementação de uma série de medidas de caráter transversal capaz de garantir o efetivo compromisso assumido pelo governo brasileiro. Palavras – chave: Trabalho Infantil; Trabalho Decente; ECA. ESTRATÉGIAS DO CAPITAL PARA A EDUCAÇÃO DOS TRABALHADORES: O CASO DO NORTE DE MATO GROSSO Edison Antônio de Souza Doutor em História Social/UFF. Docente e Pesquisador da UNEMAT - SINOP/MT. [email protected] Resumo O objetivo desta comunicação é refletir sobre as estratégias do capital para educar o consenso, a direção e o controle hegemônico, manifestado entre os agentes e agências da sociedade civil e da Caderno de Resumos Página 52 sociedade política. Refletir as tentativas pedagógicas das classes dominantes, à qual segundo Gramsci, ‘denota a ação política que evita pôr em questão os fundamentos da ordem social’. Todas essas práticas pedagógicas -, não apenas enquanto classe dominante, mas também classe dirigente, estão a serviço da perpetuação e do fortalecimento da hegemonia burguesa que busca o consenso das classes trabalhadoras para a conservação dos interesses econômicos, políticos e ideológicas das várias frações do capital. As reflexões presentes nessa comunicação decorrem de pesquisa em andamento que tem como suporte os pressupostos da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, tendo como recorte espacial a região norte do Estado de Mato Grosso, privilegiando-se um recorte temporal contemporâneo, atrelando a relação entre avanço da fronteira econômica n e seus desdobramentos educacionais na região em estudo. Palavras-Chave: Fronteira, Capital e Educação no Norte de Mato Grosso. ASSENTAMENTO ANTONIO CONSELHEIRO: O PAPEL DA MULHER NA LUTA PELA TERRA Francisca Edilza Barbosa de Andrade Carvalho Escola M. D. Renê Barbour/Extensão do Campo [email protected] Plínio Olderi Carvalho Escola M. D. Renê Barbour/Extensão do Campo [email protected] Gerson Henrique de Andrade Nossa Lamêgo Escola Estadual Marechal Candido Rondon [email protected] Resumo: É noite escura em 1996, quando homens, mulheres e crianças saem peregrinos, semeando e chorando, de bandeira erguida e facão nas mãos, para ocupar as margens da rodovia MT 358. Eles queriam terra! Mas também queriam saúde, educação e dignidade. Razões pelas quais essas famílias se reuniam se organizavam e lutavam. È dia ensolarado em 1999, quando estes mesmos homens, mulheres e crianças rindo e cantando, trazem nos braços os primeiros frutos da terra, para festejar a conquista do chão. Eles venceram o latifúndio e fizeram raiar o maior assentamento do Brasil: Antonio Conselheiro. Gigantesco, seus limites cingem três municípios: Tangará da Serra, Barra do Bugre e Nova Olímpia. O assentamento Antonio Conselheiro está organizado em 36 agrovilas, que se subdividem em aproximadamente 25 lotes cada, devido ao formato de sol das agrovilas todos os lotes fazem fronteira com a área social, destinada à construção da coletividade. Além destas agrovilas o assentamento ainda abriga duas comunidades de lotes denominados de Serra dos Palmares(localizada no município de Tangará da Serra) e Comunidade Jatobá( localizada nos município de Nova Olímpia e Barra do Bugre), onde os lotes possuem o formato de quadrado. Totalizando 37.600 hectares de terra distribuídos entre 1050 famílias, o que o caracteriza com o segundo maior Assentamento da América Latina. Esta comunicação pretende refletir sobre o universo feminino no Assentamento Antonio Conselheiro, com a intenção de analisar o posicionamento político e ideológico da mulher assentada, enfatizando as diferenças memoriais na forma de narrar de mulheres em diferentes faixas etárias: a jovem e a adulta. Visando o registro e abordagem analítica de narrativas que concatenam saber popular e história individual e coletiva. Nessa direção, trilhamos a posição da mulher nas lutas ocorridas, tendo como pano de fundo a ação coletiva de um grupo de mulheres na implantação de uma das escolas do assentamento. Destacando como as circunstancias sociais podem interferir nos aspectos memoriais e ideológicos da mulher assentada. Caderno de Resumos Página 53 Palavra chave: Assentamento Antonio Conselheiro; memória; mulher; educação. UNIVERSIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS: INTERFACES NA PERSPECTIVA DA AGROECOLOGIA E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA M.Sc. Sandro Benedito Sguarezi UNEMAT/Tangará da Serra-MT/NECOMT M.Sc. Ana Maria de Lima UNEMAT/Tangará da Serra-MT/NECOMT M.Sc. Anderson Gheller Froehlich UNEMAT/Tangará da Serra-MT/NECOMT M.Sc. José Pereira Filho UNEMAT/Tangará da Serra-MT/NECOMT Dr. Jorge Luiz Schirmer de Mattos UFRPE Departamento de Educação Dr. Gilmar Laforga UNEMAT/Nova Xavantina-MT/NECOMT Resumo: Esse texto é produto de uma reflexão sobre o papel da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT/Campus Universitário de Tangará da Serra – MT/CUTS, através do Núcleo de Pesquisa, Extensão e Estudos da Complexidade no Mundo do Trabalho-NECOMT, na construção de estratégias articuladas entre ensino, pesquisa e extensão para o desenvolvimento local sustentável pelo viés da transdisciplinaridade e em pesquisas baseadas em metodologias participativas e interrelações sócio-políticas com os movimentos sociais. Os resultados, apesar de satisfatórios, demonstram que precisamos ousar mais, sermos mais competentes e talvez até mais comprometidos com a causa e com o protagonismo social. Aprendemos muito nessa caminhada, avançamos nas nossas consciências, mas temos noção de que esse foi apenas mais um passo de uma longa caminhada. Essa inquietude deve servir para motivar o sonho, a ousadia e a utopia do inédito viável, que nos empurram a idealizar, a construir, a realizar, a transgredir se necessário, mas para, além disso, transcender em nossos paradigmas e em nossas verdades rumo a uma sociedade e uma universidade sustentável, participativa e solidária. Palavras-chave: Universidade; Movimentos Sociais, Autogestão, Economia Solidária TRABALHO RURAL E SEGURANÇA ALIMENTAR: REFLEXÕES A CERCA DA REPRODUÇÃO DOS MODELOS DE INTEGRAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL À AGROINDÚSTRIA EM TANGARÁ DA SERRAMT Eng° Agr° Rodrigo Nei Chrysosthemos Mestrando em Engenharia da Produção: UNEMAT/UFSCar [email protected] Nutrª. Marise Felippin Chrysosthemos Mestranda em Nutrição Humana e Dietética: Universidad de Lèon – Espanha [email protected] Resumo: Caderno de Resumos Página 54 O município de Tangará da Serra tem uma população rural em torno de 9,9%, conforme dados da Prefeitura do município, e nesse contexto, aproximadamente 64% dessa população realiza sua atividade principal em minifúndios, onde se produz e com isso se abastece a população urbana com uma diversidade de alimentos. Além desse universo de trabalhadores rurais, verifica-se no município o crescimento de loteamentos rurais motivado pelo Crédito Fundiário, articulado à integração agroindustrial. Assim, o objetivo deste estudo é apresentar reflexões sobre a reprodução dos modelos de integração agroindustrial em Tangará da Serra-MT, com enfoque nas relações de trabalho e segurança alimentar das famílias de produtores rurais. Como método, utiliza-se da teoria das redes proposta por Fritjof Capra, a fim de apresentar o universo e dimensões do estudo e, a partir disso, refletir as inter-relações que ocorrem dessa multifuncionalidade, discutida amplamente por diversos autores. Nesse contexto, pode-se perceber no município a presença de comunidades rurais compostas por áreas demarcadas ainda da colonização do município, nas décadas de 60 a 70, caracterizando visivelmente núcleos tradicionais. Por outro lado, sabe-se da existência de lotes de assentamentos conquistados pelos movimentos sociais e, lotes de assentamentos dirigidos, distribuídos pelo Crédito Fundiário. Estas comunidades contam com estruturas de apoio à produção, como a EMPAER, o INDEA, as assessorias agronômicas de interesse privado, Escola Agrotécnica Municipal, universidades com cursos técnicos voltados para o meio rural, e o centro de ensino técnico agropecuário do interesse público estadual. O vínculo da produção rural ao consumidor se dá por algumas vias, como venda direta na Feira do Produtor, venda ao comércio, intermediários, e venda às agroindústrias de abate de frangos, de polpa de frutas, de abate de carnes, cerealistas beneficiadoras e armazéns gerais, torrefadoras e laticínios. A partir dessa realidade percebe-se que as redes de produção reproduzem um modelo elaborado ainda na década de 70, mas que atualmente não atende prerrogativas nem da saúde do alimento que se consome nem tampouco à segurança alimentar de quem produz. Palavras-chave: Trabalho Rural. Segurança Alimentar. Integração Agroindustrial. Redes. GT 6: EDUCAÇÃO, MEDÓRIA, MIGRAÇÃO E IDENTIDADE: PERSPECTIVA HISTÓRICA E SÓCIOEDUCACIONAL Considerando que identidade e alteridade tem sido objeto de investigação em diversas áreas do conhecimento, este grupo de trabalho interessa-se por pesquisas voltadas ao debate acerca de temas como "educação"; "identidade"; "diversidade cultural"; "migração" e "memória". Discutir alguns conceitos tendo como parâmetro o universo social plural em que nos inserimos pode possibilitar a compreensão da complexa rede de relações sociais desse universo. Coordenação: Alex Andrade Carlos Edinei de Oliveira OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. Pedro José de Lara Técnico Universitário: Pedagogo - UNEMAT [email protected] Caderno de Resumos Página 55 Resumo: A Educação de Jovens e Adultos, doravante EJA, por mais de quinhentos anos de história da educação brasileira, foi alvo de discriminação e sobreviveu na fímbria da sociedade, só começou a delimitar espaço a partir da década de trinta. O problema crônico de carência de escolarização de jovens e adultos, durante longos anos foi enfrentado basicamente pela tibieza dos programas e campanhas de alfabetização de massa. Somente pela promulgação da Constituição Federal de 1988 e da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, é que esta modalidade de ensino constituiu-se num direito fundamental do cidadão brasileiro. Objetivando inclusão social, inserção no mercado de trabalho e construção de cidadania, a EJA possui função reparadora, equalizadora e qualificadora. Devido à globalização, o advento das novas tecnologias e o surgimento da sociedade da informação, a EJA enfrenta os desafios de combate ao analfabetismo formal e digital. O seu processo pedagógico hodierno deve seguir diretrizes voltadas à formação integral do educando e sua inserção no mundo globalizado, discutir os seus objetivos face ao acelerado desenvolvimento, ao consumo exagerado e à acirrada competição do mercado de trabalho. Concretizar um processo de ensino aprendizagem de qualidade para a população excluída desse direito fundamental, esbarra em dificuldades como, escassez de recursos financeiros para aquisição de computadores e disponibilidade de acesso à Internet, infra-estrutura inadequada, falta de qualificação profissional de seus educadores, e mesmo rejeição dos educandos aos métodos não tradicionais de ensino e aprendizagem. A popularização das tecnologias de informação pela rede mundial de computadores em muito contribui para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, mas também cria problemas e riscos ambientais, ocasionados pela produção em larga escala de equipamentos eletrônicos efêmeros, viabiliza a prática de crimes diversos e a exclusão social dos analfabetos digitais. A escola deve promover a democratização do acesso às novas tecnologias e a produção de conhecimentos, pois são elementos fundamentais para o desenvolvimento econômico, cultural, político e social do país. A discussão e análise relativas à caracterização e historicidade da EJA e a inclusão digital são os eixos norteadores deste trabalho. Palavras-Chave: educação de jovens e adultos, sociedade, informação, tecnologia. ERA UM POAIEIRO: IDENTIDADE CULTURAL E MEMÓRIA Jocineide Catarina Maciel de Souza Pós graduanda – UNEMAT [email protected] Resumo: Refletir alguns elementos da cultura do estado de Mato Grosso é o que se propõe nessa apresentação. Alicerçado na obra literária de Alfredo Marien discutir-se-á alguns princípios culturais presentes na identidade e formação do povo mato-grossense, no víeis da literatura, através das peripécias da colheita da poaia uma planta muito comum em algumas regiões do estado nas primeiras décadas do século XX, os costumes sertanejos são explícitos nessa obra, no qual retrata alguns pontos do estado de Mato Grosso. Abordando tipos comuns e ressaltando suas particularidades, no processo de formação de identidade histórica da região. O livro Era um poaieiro romance/novela foi publicado em 1944. Esse estudo a partir da literatura é possível porque a literatura é coletiva, sendo assim deve atender as expectativas de todos, e não somente de grupos isolados, logo é necessário que se apresente uma atenção quanto aos aspectos regionais, que ainda hoje, são vistos de forma estigmatizada por críticos, que os consideram como cópia da realidade, e não como instrumento para solidificação das tradições culturais e literárias. A Caderno de Resumos Página 56 reflexão sobre a identidade cultural e memória foi/é possível se analisarmos a grande influencia que teve a província regional, tanto no processo de formação quanto no desenvolvimento da literatura brasileira, nesse sentido pode-se afirmar que a literatura tem mais vigor sempre que está próxima de suas raízes. E com base nessa contextualização da literatura enquanto manifestação cultural de um povo. Pode-se afirmar que em todos os tempos, e ainda em nossos dias, os focos locais atuam como fontes fecundas de cultura, de variedade, de estímulos espirituais e artísticos. A literatura, no Brasil, fenece — ou os escritores — sempre que se distancia daquelas fontes locais. Por outro lado, é através do particular que a arte atinge o geral, do individual que se alarga no humano. Palavras- chave: Literatura; poaia; identidade; cultura. IDENTIDADE ESCOLAR: HABITOS E COSTUMES Eder de Souza Mendes UNEMAT/CUTS [email protected] Resumo: A idéia principal é apresentar o quadro da diversidade cultural dando visibilidade à pluralidade do espaço escolar. Território de convivência diária em que os estudantes passam uma parte significativa do seu tempo, a escola constitui-se como um lugar privilegiado para que o debate em torno da diversidade cultural frutifique. Sugestão: O objetivo principal da pesquisa é problematizar dentro do cenário escolar, onde está tão presente a diversidade cultural, as ações dos sujeitos, professores e alunos, que se fazem histórica e socialmente. O debate a respeito da temática “identidades” além de considerar como os sujeitos sociais de uma dada época produzem e reproduzem seus hábitos e costumes, traz uma preocupação relacionada aos espaços coletivos, possibilitando pensar de que maneira esses espaços coletivos foram sendo organizados ao longo do processo histórico. Partindo deste pensamento sobre Diversidade Cultural na criação e transformação das identidades estudantis será possível compreender as ações desses sujeitos sociais que constroem essas identidades, histórica e socialmente, em que suas ações se refletem fora e dentro do ambiente escolar, a Escola Pedro Alberto Tayano, em Tangará da Serra – MT. Assim, pensar a escola e o espaço escolar na sua dimensão sócio-cultural implica enfocar o papel dos sujeitos na trama social constituída nas ações dos sujeitos. Busca-se uma análise sistemática sobre como é tratada essa identidade construída dentro deste espaço e como a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, regidos, naturalmente, pela Constituição da República Federativa do Brasil, trabalha e influência na construção da Identidade Cultural. Sendo assim o titulo deste texto foi criado a partir da Pesquisa: Identidades Estudantis na Escola Pedro Alberto em Tangará da Serra – (práticas e representações) que está em desenvolvimento. Palavras-chave: Escola Pedro A. Tayano , Diversidade Cultural, Identidade, Educação. IDENTIDADE ESTUDANTIL: PLURALIDADE CULTURAL Thaynara Patricia Pereira Vieira UNEMAT/CUTS [email protected] Caderno de Resumos Página 57 Resumo: Esta pesquisa tem a finalidade de identificar a diversidade cultural dentro do espaço da UNEMAT, Campus Universitário de Tangará da Serra. Considerando que há diversos acadêmicos provenientes de outras cidades, a idéia é identificar a pluralidade nesse espaço, trabalhando com acadêmicos que estão em Tangará da Serra apenas por motivo de estudo, pois entende-se que a universidade é um lugar de convivência diária entre os estudantes, onde passam boa parte do tempo, e por isso espera-se problematizar experiências vivenciadas por alunos e alunas, sua visão da cidade onde está morando no momento e também analisar os diferentes costumes trazidos por eles de cada região e também os costumes adquiridos depois de chegarem em Tangará da Serra, ou seja, estudar experiências vivenciadas e o que se adquiriu delas, o que foi possível aprender com essas experiências vivenciadas. O objetivo é identificar e mostrar a grande diversidade cultural existente no espaço da universidade, e também como se da a constituição das identidades estudantis. A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica a respeito da temática “identidades”, alguns instrumentos de coleta de dados tomados de empréstimo da etnografia, como a observação sistemática com anotações em diário de campo, além de realização de entrevistas, objetivando: 1) identificar os locais de origem dos acadêmicos; 2) estudar as práticas culturais dos alunos que são oriundos de outras cidades; 3) investigar as motivações que os fizeram vir para Tangará da Serra buscando ainda perceber como esses acadêmicos se vêem, e o que pensam da maneira como são vistos pelos moradores da cidade, como se vêem e como constroem suas identidades na cidade.Este titulo foi pensado a partir da idéia do projeto Identidades estudantis na UNEMAT/Tangará da Serra – MT: práticas e representações,que está em andamento, pois será analisado a pluralidade dentro desse ambiente,as diferentes praticas e costumes existentes nesse espaço, que é vinculado a um projeto maior que é o de Diversidade Cultural nas escolas públicas estaduais de Tangará da Serra – MT, vinculado ao NEED/UNEMAT. Palavras-chave: UNEMAT, Diversidade Cultural, Identidades, Pluralidade. O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Élia Amaral do Carmo Santos [email protected] Resumo: Neste artigo irá apresentar o resultado de uma pesquisa de trabalho de Dissertação de mestrado, onde trata-se sobre O Lúdico no processo ensino-aprendizagem com o objetivo de descrever a incorporação do lúdico na prática docente e os benefícios para o processo ensino-aprendizagem do primeiro ano do ensino fundamental. Para a realização deste trabalho fez-se necessário uma pesquisa e análise sobre a questão levantada, tanto no campo prático quanto bibliográfico. Fez-se a investigação com enfoque qualitativo, no nível descritivo com um esboço não experimental visando-se detalhar os procedimentos de execução do trabalho. As técnicas e instrumentos foram aplicados aos docentes das turmas do primeiro ano do ensino fundamental sendo aplicado um questionário contendo dez questões semi-estruturadas e utilizou-se de uma ficha guia para observação contendo seis itens a serem observados. A investigação fundamentalmente se encontra dividida em duas partes. A primeira parte apresenta-se os pormenores do estudo com o planejamento do problema, os objetivos da investigação, seguido do desenvolvimento do marco teórico. A segunda parte apresenta o trabalho de campo, quer dizer, os resultados das informações com suas respectivas análises e interpretação dos dados coletados. Finalmente as conclusões e recomendações. Neste considera-se que os docentes apresentam-se interesses e habilidades na aplicação do lúdico e reconhecem-se os benefícios do lúdico para o processo Caderno de Resumos Página 58 ensino-aprendizagem e que por falta de capacitação profissional encontram-se dificuldades para correlacionar o lúdico com os conteúdos curriculares e concluindo-se com a descrição de vários benefícios entre eles o de aprendizagem cognitiva, procedimental e atitudinal. Ao finalizar, a pesquisadora procura-se considerar, sugerir aos educadores da importância de que estejam atentos a algumas atitudes para que alcance seus objetivos pretendidos e para que saibam como avaliar os educandos aplicando adequadamente o lúdico (jogos, brinquedos e brincadeiras), como ferramenta/instrumento didático ao processo ensino-aprendizagem. E ainda dispõe-se de algumas sugestões de jogos, brinquedos e brincadeiras ‘em anexos’ para colaborar com os educadores e/ou a quem se interessar, pois se aborda a metodologia, disciplina, possíveis conteúdos e benefícios que trarão aos educandos do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal de educação Básica Basiliano do Carmo de Jesus. Palavras-chave: Lúdico e processo de ensino-aprendizagem. “MEMORIAL DE MARIA MOURA”: A RESISTÊNCIA FEMININA EM TERRA DE CORONÉIS Profª Esp.Terezinha Ferreira de Almeida FAIS –Faculdades Integradas de Sorriso –MT Escola Estadual Mário Spinelli – Sorriso -MT [email protected] A Literatura Brasileira a partir de 1928 recebe uma nova dimensão partindo de ideologias conflitantes que virão a ser chamadas de modernismo. Sob essa ótica, trabalharemos com “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz, autora que muito contribuiu para que tal fase se concretizasse. O presente trabalho consistiu em levantamento bibliográfico, leitura, fichamento e análise; iniciando pela contextualização da obra no universo literário e a inspiração na rainha Elizabeth I na construção da personagem principal, esta que por sua vez vem a ser o ponto de partida para análise da condição feminina na sociedade da época. Passando pela temática da simbologia do poder na ficção regionalista, que se estabelece pelas posses de terra e prática do cangaço , em seguida analisaremos a força feminina na terra de coronéis, isto é, a ruptura dos valores vigentes que a Maria Moura propõe, bem como a questão da religião que ora se funde em força como mecanismo de dominação, se configurando ora como repressora, ora como avalizadora dos feitos da Moura. Ainda em questão enfocaremos o dilema vivido pela protagonista que se encontra entre o amor, sentimento e necessidade inerente a todo ser humano, independente de sua condição social e atribuida à figura feminina como obrigação, e a honra que tanto preza e que tantas privações sofreu para alcançá-la, enfocando o processo de masculinização e a anulação da condição feminina a que a Moura se submeteu para alcançar a honra e o respeito, honra esta impossível de ser conquistada pela Moura “fêmea”. E concluindo com os elementos trágicos do mito da Moura valente que quase fenece em virtude de uma paixão avassaladora e de seus instintos femininos, aos quais ela cede até o ponto em que não ameaça seu poder. A partir daí ela então renuncia a sua condição de mulher progenitora e amante para não demonstrar sinal de fraqueza e assegurar a honra. Palavras – chave: Honra, poder, violência, resistência. IDENTIDADES EM DISPUTA: SER OU NÃO SER QUILOMBOLA, O QUE GANHAMOS COM ISTO Caderno de Resumos Página 59 Prof. Dr.Antônio Eustáquio de Moura UNEMAT/campus de Cáceres – Financiamento FAPEMAT [email protected] Este trabalho é resultado parcial das atividades realizadas nas comunidades negras rurais do município de Poconé/MT, inicialmente através do projeto de pesquisa “Levantamento das comunidades negras rurais do município de Poconé/MT”, depois através do projeto de extensão “Desvendando os quilombos” e do projeto de pesquisa “Levantamento das comunidades negras rurais dos municípios de Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barra do Bugres e Cáceres” Os moradores das comunidades negras rurais dispõem de diversas identidades sociais: trabalhadores rurais, pequenos agricultores, agricultores familiares, agricultores tradicionais, negros rurais, e remanescentes de quilombos(quilombola), podendo utilizá-las em diferentes situações e objetivos. Cada identidade social está relacionada à diferentes direitos e deveres. Algumas dessas identidades são êmicas, outras são externas e trazidas, principalmente, por pesquisadores, movimentos sociais e funcionários de órgãos governamentais. Nos primeiros contatos com as comunidades verificamos que as populações das mesmas desconheciam o que era remanescente de quilombo, bem como os direitos e deveres associados a esta identidade social. Através de reuniões, palestras, visitas, exibições de filmes e distribuições de textos, iniciamos um processo de divulgação da legislação federal e da legislação estadual referentes aos direitos dos quilombolas. Essas atividades resultaram em um processo de etnogenese da identidade de remanescente de quilombos nas comunidades negras rurais, que foi acompanhada pela emissão pela Fundação Cultural Palmares de Certificados de Remanescente de Quilombolas para 25 comunidade . Passados quase 5 anos da emissão destes certificados, a maioria das comunidades negras rurais não recebeu os benefícios das Políticas Publicas, especificas para quilombolas. Por outro lado, as comunidades tradicionais não quilombolas passaram a serem beneficiadas pelo INTERMAT, através do projeto Varredura”, com parcelamento das terras entre os herdeiros, legalização fundiária e construção de casas . Este fato, associado aos boatos que todas as terras das comunidades quilombolas, mesmos as parceladas e escrituradas, deveriam ficar “em comum” entre os moradores da comunidade, fizeram com que a população e lideranças de inúmeros agrupamentos negros rurais passassem a questionar as vantagens de serem remanescentes de quilombos, de forma que diversas comunidades recusaram a identidade e o Certificado de Comunidade Remanescente de Quilombo, visando serem artificialmente “transformadas em Assentamentos Rurais” pelo INTERMAT, para receberem os benefícios do projeto Varredura. Palavras chaves: identidades sociais; ser ou quilombola; direitos e deveres; políticas publicas; Estado de Mato Grosso DOCUMENTAÇÃO FOTOGRAFICA DO PROJETO DE PESQUISA “LEVANTAMENTO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, POCONÉ, BARRA DO BUGRES E CÀCERES/MT Prof. Dr. Antônio Eustáquio de Moura UNEMAT/campus de Cáceres – Financiamento FAPEMAT [email protected] Kele Cristina Reis [email protected] Resumo: Caderno de Resumos Página 60 Neste painel procuraremos através de fotografias realizadas durante a da etapa do projeto de pesquisa “Levantamento das comunidades negras rurais dos municípios de Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barra do Bugres e Cáceres”, realizada no município de Nossa Senhora do Livramento e Poconé /MT no período de fevereiro à maio de 2010. Esse projeto é financiado pela FAPEMAT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso e pela UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso/campus de Cáceres. As fotografias foram feitas durante as visitas as comunidades, nas reuniões e conversas informais com lideranças das comunidades.. Pretendemos demonstrar que 1 – A maioria das comunidades não recebeu as políticas publicas previstas na legislação federal e estadual e pelo Programa Brasil Quilombola. A grande exceção são os programas: de construção de casas executado pelo INTERMAT •, do acesso a energia elétrica executado pelo “Programa Luz para Todos” e do Programa “Bolsa Família” que beneficiam as famílias das comunidades; 2 – A forma como as comunidades se relacionam com o meio ambiente, de forma que a área das mesmas são mais conservados do que as de outros grupos de agricultores familiares,provenientes do Sul e Sudeste do Brasil; 3 - Locais de fabricação de farinha de mandioca e de rapadura são muito rústicas e não se enquadram nas condições de higiene previstas na legislação vigente, 4 – a maioria escolas que atendem alunos e alunas das comunidades negras rurais, tanto as existentes nas comunidades, quando as escolas núcleo são apresentam problemas sejam nas edificações quanto no material pedagógico; 5 - problemas no abastecimento domiciliar de água potável na maioria das casas das comunidades; 6 – diversidade racial, religiosa, organizacional, e política entre e dentro das comunidades. 7 – problemas ambientais relacionados a garimpos antigos ou em atividades. Palavras chave: fotografias; comunidades negras rurais, município de Nossa Senhora do Livramento e Poconé/MT; condições socioeconômica e ambientais;diversidade interna e externa. IDENTIDADE ÉTNICA E FESTAS QUILOMBOLAS NO ESTADO DE MATO GROSSO Prof. Dr. Antônio Eustáquio de Moura UNEMAT/campus de Cáceres – Financiamento FAPEMAT [email protected] Resumo: Inúmeros trabalhos sobre as festas realizadas pelas populações negras rurais relacionam a importância dessas festas no fortalecimento dos grupos de camponeses negros, bem como na positivação da identidade étnica dos mesmos. Este texto se refere às festas realizadas em comunidades quilombolas matogrossenses, observadas em trabalhos de campo realizados no período de 2000 a 2010. São comemorados Santos e Santas identificados com a população afrobrasileira, mas, também outros santos sem esta vinculação étnica. A forma de comemoração tradicional das festas é o levantamento do mastro com as bandeiras dos santos (as) comemorados, reza com ladainha em “latim”; o jantar com comidas da culinária afro - matogrossense acompanhados de licores e doces de variados sabores, o baile, e as danças do Cururu e do Siriri. No outro dia, “chá com bolo” pela manhã, as vezes a continuidade do baile e a descida dos mastros. A comida, o “chá com bolo”, os licores e os doces são gratuitos e servidos à vontade. As festas das comunidades negras rurais vêem passando por mudanças: as danças e musicas tradicionais (Cururu e o Siriri) estão desaparecendo ou tendo um papel cada vez mais secundário, mas festas, em detrimento do baile, com conjunto musical ou com som mecânico, que passam a ser a principal atração da festa, principalmente para os jovens e pessoas provenientes das cidades vizinhas. As rezas em frente ao altar, especialmente adornado, tornam-se mais rápidas e passam a Caderno de Resumos Página 61 ter pouca participação do publico. Com a etnogênese da identidade de remanescente de quilombo (quilombola) começou a haver mudanças nas festas de santo e/ou o inicio de festas de comemoração étnico e cultural, com objetivo político e social de divulgar a cultura afro-brasileira, as manifestações culturais quilombolas e reafirmar a identidade de quilombola (remanescente de quilombo). Pode-se citar como exemplo destas alterações as festas e comemorações no Complexo Sesmaria Boa Vida Quilombo Mata Cavalo,município de Nossa Senhora do Livramento,MT (festas na comunidade do Mutuca, comunidade de Mata Cavalo de Cima e a Exposição Cultural relacionada ao Dia da Consciência Negra realizada na comunidade de Mata Cavalo de Baixo). Outro exemplo marcante são as comemorações do “Dia da Consciência Negra” (20 novembro) realizada pelas comunidades negras rurais de Poconé, MT. Palavras chave: identidade étnica; festas quilombolas; mudanças culturais; comunidades negras rurais, Estado de Mato Grosso PROJETO DE PESQUISA “LEVANTAMENTO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS DOS MUNICIPIOS DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO, POCONÉ, BARRA DO BUGRES E CÀCERES/MT: RESULTADOS PARCIAIS Prof. Dr. Antônio Eustáquio de Moura UNEMAT/campus de Cáceres – Financiamento FAPEMAT [email protected] Resumo: Este trabalho é resultado parcial da etapa do projeto de pesquisa “Levantamento das comunidades negras rurais dos municípios de Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barra do Bugres e Cáceres”, realizada no município de Nossa Senhora do Livramento, e financiado pela FAPEMAT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso e pela UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso/campus de Cáceres. De acordo com as observações realizadas durante as visitas as comunidades e dados obtidos nas reuniões e conversas informais constatou-se que: 1 – A maioria das comunidades não recebeu as políticas publicas previstas na legislação federal e estadual e pelo Programa Brasil Quilombola. A grande exceção são os programas: de construção de casas executado pelo INTERMAT •, do acesso a energia elétrica executado pelo “Programa Luz para Todos” e do Programa “Bolsa Família” que beneficiam as famílias das comunidades; 2 – desconhecimento do que seja Comunidade Remanescente de Quilombo e os direitos fundiários, econômicos e sociais das comunidades quilombolas; 3 – ausência dos órgãos públicos federais e estaduais que deveriam executar as políticas publicas para as comunidades; 4 – Invisibilidade das comunidades e ausência de dados sobre as mesmas em diversos órgãos governamentais; 4 – Diversas entidades como a SEMA - Secretaria Estadual de Meio Ambiente, IBAMA não levam em consideração a foram diferenciada que as comunidades se relacionam com o meio ambiente, tratando-as do mesmo modo que outros grupos de agricultores familiares. 5 – inexistência de assistência técnica especializada em atuar com comunidades tradicionais; 6 - Locais de fabricação de farinha de mandioca e de rapadura são muito rústicas e não se enquadram nas condições de higiene previstas na legislação vigente; 7 - Escolas que atendem alunos e alunas das comunidades negras rurais não estão recebendo material e assessoria adequados para implantação da Lei 10.639 que trata do ensino da historia e da cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio; 7 - falta de abastecimento domiciliar de água potável na maioria das casas das comunidades; 8 – diversidade racial, religiosa, organizacional, e política entre e dentro das comunidades. 9 – problemas ambientais relacionados a garimpos antigos ou em atividades. Caderno de Resumos Página 62 Palavras chave: comunidades negras rurais, município de Nossa Senhora do Livramento/MT; levantamento das condições socioeconômica e ambientais. O PROCESSO DE FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM INDÍGENA KURÂBAKAIRI Cláudia Maria Guimarães Lopes de Castro Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso [email protected] Esta pesquisa buscou identificar o Processo de Formação e Atuação dos Auxiliares de Enfermagem Indígena Kurâ-Bakairi formados pelo Projeto Xamã, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde através da Escola Técnica de Saúde, hoje denominada Escola Pública de Saúde de Mato Grosso. A formação iniciou-se em 1997 foi concluída em 2000, com formatura em 2001. Foram objetivos conhecer as tensões que os Auxiliares de Enfermagem Indígena Kurâ-Bakairi formados pelo Projeto Xamã sofrem nas relações interculturais a que estão expostos no campo da Saúde Indígena, marcadas pela diferença e pela desigualdade, analisar a inserção dos Kurâ-Bakairi no campo da saúde indígena; discutir as formas de apropriação do Capital Cultural dos Auxiliares de Enfermagem Indígena Kurâ-Bakairi; identificar o espaço social ocupado pelos profissionais de saúde indígena Kurâ-Bakaíri no campo da Saúde Indígena. A metodologia adotada foi qualitativa, trabalhada com entrevistas semi-estruturadas. Fiz uso da Análise do Discurso proposta por Eni Orlandi para analisar os discursos dos Auxiliares de Enfermagem Indígena, posteriormente foram analisados através das categorias: espaço social, campo e capital cultural propostas por Bourdieu. Na trajetória da formação profissional observei que os indígenas acumularam capital cultural em seus três estados, pois ao serem voluntários adquiriram o capital cultural incorporado; através da manipulação das técnicas da biomedicina eles objetivaram este capital e através do Projeto Xamã o capital cultural foi institucionalizado pelo diploma. O diploma para estes auxiliares constitui uma conquista, mas não legitimação, pois o processo de legitimação não se esgota com a institucionalização do capital cultural, O campo da saúde não existe como um sistema isolado em que apenas os especialistas em saúde da cultura Bakairi circulam. Existe uma outra correlação de forças gerada pela subalternidade dos Bakairi ao Estado Brasileiro, devido ao contato e as formas de dominação e exploração construída historicamente. O campo social Bakairi vai sofrer nos processos de colonização uma desvalorização dos capitais dos seus especialistas de saúde quando ocorre o confronto entre os campos da medicina tradicional indígena e da biomedicina e, mesmo no seu território, o xamã estará em profunda desvantagem na correlação de poderes com a biomedicina. Há necessidade que se promova o diálogo intercultural visando à integralidade e a eqüidade das ações em saúde. Palavras-chave: Kurâ-Bakairi. Formação em Saúde Indígena. Capital Cultural. ESPAÇOS E TERRITORIALIDADES INDÍGENAS Josiani Aparecida da Cunha Galvão UNEMAT – Barra do Bugres [email protected] Caderno de Resumos Página 63 Resumo: As atuais sociedades indígenas estão se organizando para serem atores da construção e da realização de seus projetos societários, e ao tratar o protagonismo indígena no contexto das relações interculturais assinaladas pela predominância da cultura ocidental, é preciso que se possa reconfigurar o círculo das relações historicamente existentes, para uma maior capacidade de decisão sobre elementos culturais advindos do convívio com as demais sociedades. Com a promulgação da Constituição da República Federal do Brasil em 1988, delineou-se novos marcos para as relações entre os povos indígenas, de um lado, e o Estado e a sociedade brasileira de outro. O Objetivo deste trabalho é analisar as informações do protagonismo indígena na produção e planejamento da organização espacial das aldeias, das construções tradicionais e não tradicionais das mesmas. Face às políticas públicas de educação e saúde, que acabam inserindo construções exógenas às construções tradicionais, observam-se alterações nas configurações estruturais e morfológicas presentes na organização espacial das Aldeias, e nos espaços referentes aos aspectos simbólicos e rituais, entre o passado e o presente. Tal observação foi obtida nas disciplinas de Arqueologia e Habitações Indígenas, e na de Habitações Indígenas, ministradas a primeira em janeiro de 2006 e a segunda em julho de 2006, respectivamente, junto ao Programa de Educação Superior Indígena (PROESI) da UNEMAT, quando foi produzido material pelos cem professores indígenas de vinte e duas etnias do Estado do Mato Grosso, Turma 2005 -2009. A metodologia utilizada foi a de mapas mentais, considerada como ferramenta para externar significados do mundo vivido e/ou concebido. A organização do espaço da Aldeia e o espaço das habitações indígenas, onde acontecem as relações sociais, são carregados de significados simbólicos, e são considerados como aspectos que fazem parte da cultura material de um povo, da identidade de um povo. O conjunto de idéias expostas pelos professores indígenas relaciona-se a questões políticas em torno da organização espacial da aldeia, em seus aspectos materiais, sociais, culturais, simbólicos e afetivos. Palavras-Chave: Espaços e Territorialidades Indígenas, Organização Espacial, Políticas Públicas de Educação e Saúde. A PRESENÇA FEMININA NO ASSENTAMENTO ANTONIO CONSELHEIRO – MT Marcia Gomes Freire Escola Estadual Marechal Ronden [email protected] Resumo: Esta comunicação apresenta os dados iniciais da pesquisa que esta sendo desenvolvida sobre a mulher e a educação no Assentamento Antonio Conselheiro, zona rural do município de Tangará da Serra-MT. Esta análise estrutura-se a partir de entrevistas realizadas com algumas mulheres do ouvir as histórias de vida, vivências e trajetórias, de ães mães de família que têm suas vidas marcadas pelas mobilizações políticas, acampamentos e marchas promovidas pelo Movimento dos Sem Terras - MST. A comunicaão analisa a participação da mulher na luta pela terra, destacando a redefinição de seu espaço e o seu papel na sociedade, os saberes construídos pelas mulheres na luta pelo direito a terra, nesta luta, o papel e as experiências da mulher, em geral, são preteridos e esquecidos. Ao recuperar a história das mulheres assentadas, contribuímos significativamente para valorizar a organização feminina e o trabalho por elas realizado. Assim, pudemos Caderno de Resumos Página 64 compreender os fatos e conexões referentes à história da luta pela terra e às práticas educativas relativas ao movimento do campo, bem como abrimos espaços de expressão para retirar do silêncio o trabalho e os saberes femininos. Palavras-chave: mulher, assentados, conquistas história, memória HISTÓRIA E MIGRAÇÃO DOS ESTUDANTES INDÍGENAS EM ESCOLAS URBANAS Sérgio José Both Universidade Federal de Uberlândia - UFU [email protected] Resumo: Estudos recentes mostram que atualmente em Mato Grosso existem aproximadamente 35.000 índios de 38 diferentes etnias, em variadas situações de contato com a sociedade nacional. São atendidos por diversas agências governamentais e vivem diferentes cotidianos que caracterizam as relações estabelecidas entre as aldeias e as cidades, e buscam um entendimento escolar nas escolas urbanas ao longo da história. Este resumo trata da trajetória e do cotidiano vivido por estudantes indígenas do povo Paresi que procuram as escolas urbanas de Tangará da Serra – MT para darem continuidade aos estudos iniciados em suas aldeias de origem. O estudo foi realizado por meio da observação participante, do diálogo com lideranças indígenas locais, com estudantes indígenas e não-indígenas, com professores e com funcionários da administração de grupos escolares. O estudo tem como foco a tentativa de identificar e analisar as dificuldades e tensões que a comunidade educativa escolar enfrenta no convívio com a diversidade étnica caracterizada pela migração de estudantes Paresi nas escolas urbanas. Na história nota-se que a procura por escolas urbanas por parte dos estudantes indígenas não é um fato novo, mas requer uma reflexão mais sistemática na medida em que a oferta do ensino nas séries iniciais nas escolas das aldeias ampliou consideravelmente a demanda pelas séries finais nas escolas urbanas. Os Paresi procuram as escolas da cidade em busca de saberes necessários ao convívio intercultural, a um melhor entendimento do “mundo dos brancos” e a uma capacitação para uma profissão ou ao atendimento dos serviços disponíveis nas aldeias. Porque são agentes que contribuíram para a história e são cidadãos brasileiros. Como as escolas urbanas desenvolvem práticas pedagógicas monoculturalistas, os estudantes Paresi não se reconhecem nelas e o seu rendimento escolar é prejudicado. É necessário implementar nas escolas urbanas (e também nas escolas das aldeias) uma política multiculturalista de educação escolar que confira maior visibilidade aos membros dos diferentes grupos sociais e lhes garanta o exercício da cidadania plena. A oferta do ensino fundamental completo nas escolas das aldeias pode ser um importante passo para suprir a busca indiscriminada de formação nas cidades. Historicamente a educação escolar indígena foi dirigida com objetivos assimilacionistas. A política da educação escolar cidadã vem sendo definida pelo movimento indígena como mais uma ferramenta de trabalho e ação. Palavras-Chave: escola, história, educação, indígenas. A PRAÇA COMO LUGAR DA DIVERSIDADE CULTURAL Rafael Oliveira de Sousa Graduando em Arquitetura e Urbanismo – UNEMAT/Barra do Bugres Caderno de Resumos Página 65 [email protected] Prof. Dr. Carlos Edinei de Oliveira UNEMAT/Barra do Bugres. [email protected] Resumo: Este texto tem como objetivo principal mostrar a evolução morfológica da praça destacando-a como um elemento significativo nas trocas e relações culturais, configurando tal espaço como um ambiente que por excelência traduz exatamente o lugar físico da diversidade cultural, para isso far-se-á primeiramente uma introdução relativa ao tema ‘diversidade cultural’, e logo após, um “mergulho” na história analisando os elementos simbólicos e morfológicos da praça desde o período neolítico até o pós-moderno, passando pelo colonial brasileiro e chegando aos dias atuais, mostrando que para se entender devidamente o processo da diversidade cultural deve se levar em consideração a praça como primeiro espaço físico a proporcionar as trocas culturais, seja ela de mesmos povos ou de povos distintos. Palavras-chave: A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL EUSÉBIO JUSTINO DE CAMARGO NOVA OLÍMPIA – MT Luciani Gallo Machado Barreto Professora da rede pública de ensino, no município de Nova Olímpia [email protected]. Neide da Silva Professora da rede pública de ensino, no município de Nova Olímpia [email protected] Solange dos Santos Melo Professora da rede pública de ensino, no município de Nova Olímpia [email protected]. Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo a história do Centro de Educação Infantil Eusébio Justino de Camargo em Nova Olímpia - MT. A expansão da Educação infantil no Brasil tem ocorrido de forma progressiva nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, o trabalho extradomiciliar da mulher e suas repercussões no ambiente familiar. Hoje a Educação Infantil constitui um segmento importante no processo educativo, reconhecida como a primeira etapa da Educação Básica na nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9394/96). Parte daí a necessidade de se construir um ambiente voltado ao atendimento institucional à criança pequena, neste caso o Centro de Educação Infantil Eusébio Justino de Camargo em Nova Olímpia com o objetivo de proporcionar aos alunos conhecimento e criticidade num contexto interdisciplinar, envolvendo temas voltados para a sua realidade, alicerçando assim sua aprendizagem, desenvolvimento critico e participativo. A idéia de elaboração deste trabalho surgiu, portanto, no intuito de proporcionar informações concretas acerca da história da Educação Infantil no Brasil e principalmente historiar o Centro de Educação Infantil Eusébio Justino de Camargo na cidade de Nova Olímpia, bem como apontar a relevância do trabalho pedagógico desenvolvido nesta unidade de ensino infantil, no que diz respeito ao desenvolvimento das crianças que o freqüentam. Este texto, apesar de priorizar a história do Centro de Educação Infantil Eusébio Justino de Camargo, não ignora aspectos tão importantes quanto ele, como por Caderno de Resumos Página 66 exemplo, a definição do que é a Educação Infantil e qual a função pedagógica desempenhada nestas instituições para o desenvolvimento da criança, aborda também a importância da organização de um espaço físico adequado ao desenvolvimento de atividades que contribuam para o processo de ensino-aprendizagem das crianças na Educação Infantil, como devem ser organizadas essas atividades no tempo e no espaço e também sobre as diversificações destas atividades. Palavras-chave: Educação infantil – Espaço - Desenvolvimento GT 7: EDUCAÇÃO ESCOLAR E MULTICULTURALISMO O objetivo deste GT é discutir políticas públicas relacionadas a questão da diversidade. Baseia-se na compreensão de que a produção e a socialização do conhecimento em outros contextos culturais podem contribuir para a construção de um sistema de educação escolar mais democrático e dialógico. Coordenação: Hellen Cristina de Souza Ana Paula Lopes Edson Bakairi EDUCAÇÃO DO CAMPO EM NOVA OLÍMPIA: DESCOBRINDO CAMINHOS Francisca Edilza Barbosa de Andrade Carvalho Escola M. D. Renê Barbour/Extensão do Campo [email protected] Elienae Moreira de Oliveira Escola M. D. Renê Barbour/Extensão do Campo Gerson Henrique de Andrade Nossa Lamêgo Escola Estadual Marechal Candido Rondon [email protected] Resumo: Esta comunicação tem a pretensão de dar visibilidade à organização dos Assentamentos Riozinho, Rio Branco e Vale do Sol/ Paloma, Organizados através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Olímpia; Assentamento Antonio Conselheiro/Jatobá e o acampamento Oziel Pereira organizados através do MST; todos situados no município de Nova Olímpia. Esta comunicação pretende trilhar os enfoques memórias destacados por cada grupo de assentados nos caminhos percorridos desde o processo de acampamento até a chegada aos lotes definitivos, pontuando os posicionamentos políticos e ideológicos de cada grupo na luta pela implantação de uma escola que atendesse aos educandos da educação infantil ao ensino médio. A fim de perceber como a luta por educação de qualidade transformou a ação individual de cada pequeno assentamento em organização coletiva. Nesta direção, procuramos trabalhar com um viés da história destes assentamentos e acampamento no período em cada comunidade possuía uma escola improvisada nas quais os educandos, das series iniciais do ensino fundamental, estudavam em sistema uno docente. Enquanto os alunos das series finais e do ensino médio estudavam na sede do município de Nova Olímpia, localizada em torno de até 68 quilômetros de distancia dos Caderno de Resumos Página 67 assentamentos/acampamento. Tempo em que, para tomar posse do direito de estudar estes educandos e educandas precisavam sair de casa pela madrugada e só retornavam aos seus lares no final da tarde. Ônibus lotado, cansaço, sono e fome constituíam o cotidiano dos que teimavam em aprender, dos que insistiam em fazer acontecer e com coragem iam pouco a pouco, derrubando as cercas dos latifúndios da educação. Os dados selecionados para esta comunicação, foram recolhidos através de entrevistas cedidas pelos educadores e educadoras que trabalharam nas escolas dos assentamento/acampamento. Pessoas que contribuíram efetivamente para a implantação de uma escola que fosse capaz de atender aos interesses do povo do campo, que pensasse suas especificidades, valorizassem os seus saberes e, sobretudo partilhasse dos seus sonhos. È neste contexto que nasce a Escola Estadual Reinaldo Dutra Vilarinho, localizada no Assentamento Rio Branco. Palavras-Chave: coletividade. Assentamentos/acampamento de Nova Olímpia; memória; educação; EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM TANGARÁ DA SERRA E OS DESAFIOS DA DIVERSIDADE CULTURAL Raimunda Pereira Souza [email protected] Adriana Palhana Moreira [email protected] Vânia Gomes Cardoso [email protected] Letícia Romagna [email protected] Resumo: Esta comunicação apresenta os dados iniciais relacionados ao projeto Multiculturalismo: Diversidade Cultural na Escola, proposto pelos professores da área de Ciências Humanas do CEJA – Centro de Educação de Jovens e Adultos “Antonio Casagrande” no município de Tangará da Serra em Mato Grosso. A estrutura e organização pedagógica dos Centros de Educação de Jovens e Adultos oferecem um espaço importante para o diálogo e o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras. Inicialmente o projeto foi pensado para o espaço pedagógico das oficinas, no entanto as atividades propostas podem ter uma abrangência para além das fronteiras da área de conhecimento e das oficinas. A discussão teórica baseia-se nos estudos recentes sobre diversidade e educação de jovens e adultos e aproxima-se dos textos de Stuart Hall sobre multicultural e Multiculturalismo. Tem como objetivo analisar os limites e as possibilidades da construção de praticas pedagógicas culturalmente pertinentes na Educação de Jovens e Adultos. Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos; Diversidade Cultural; Multiculturalismo. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS SOBRE A TEORIA DA ORIGEM DA VIDA Reniel Chaves de Paula [email protected] Graciele Neves Caderno de Resumos Página 68 Marinez Cargnin-Stieler UNEMAT/CUTS [email protected] Resumo: O presente trabalho teve como objetivo verificar o entendimento dos alunos do curso prévestibular UNE-Todos, do primeiro semestre do ano de 2010 sobre a temática Origem da Vida, encontrada não somente nos livros didáticos, mas também hora ou outra comentada nos mais diferentes meios de comunicação, tal como discutido pelas mais diferentes crenças e culturas no mundo. Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário com cinco alunos do curso pré-vestibular em um dia letivo normal. No questionário encontravam-se as seguintes questões abertas para os alunos responderem, sendo elas sobre: o entendimento sobre a teoria da origem da vida na Terra; o conceito sobre a origem da vida que a humanidade teve ao longo da história e como os seres humanos construíram a concepção atual sobre a origem da vida. Os alunos questionados responderam à primeira questão mesclando conceitos científicos e criacionistas, um deles afirmou desacreditar que o homem “veio” do macaco; este aluno equivocou-se, pois na realidade a ciência afirma que o homem e os macacos podem ter se derivado de um mesmo ancestral em comum. Na segunda questão todas as respostas foram não, o que indica que os alunos têm uma noção de que esse assunto sempre foi alvo de discussão para a humanidade e que pensadores tem pontos de vista distintos sobre a origem da vida na terra. Na terceira questão, 40% dos alunos responderam que chegamos à concepção atual sobre a origem da vida através do ensinamento que temos na escola; essa resposta indica uma resposta não condizente com a pergunta e cabe uma discussão sobre leitura e interpretação. Os outros alunos responderam algo muito parecido com o que se encontra normalmente nos livros didáticos, ou seja, a concepção atual sobre a origem da vida se dá através de pesquisas e experimentos passados e realizados por cientistas interessados no assunto. Os alunos participantes desta pesquisa discorreram normalmente sobre as questões. De modo geral, sentiu-se forte influência do conteúdo didático sobre Origem da Vida que é trabalhado principalmente em biologia no ensino médio, mas vale ressaltar que eles tiveram uma boa noção do assunto visto que esses alunos já concluíram o ensino médio, alguns há vários anos e ainda não havia sido ministrado esse conteúdo no Pré-vestibular UNE-todos. Palavras Chave: Escola; alunos; Percepção; Evolução; UMA ATITUDE PARA CURTIR A VIDA Nasione Rodrigues Silva Poliana N. Ferreira Leite Ceja Antonio Casagrande [email protected] Resumo: Este trabalho que está sendo desenvolvido no Ceja Antonio Casagrande é de grande necessidade devido ao alto índice de gravidez precoce, o alto risco de contagio das DSTs e AIDS, a violência sexual e de gênero, drogas, bem como o preconceito escolar à homofobia. Neste contexto, o reconhecimento da diversidade sexual, a promoção e a valorização da saúde quanto as DSTs/ AIDS ao uso de drogas é relevante e a escola como formadora de conhecimentos é o espaço decisivo para conscientizar o sujeito quanto a diversidade e ao respeito humano, porque nela tanto alunos quanto pais professores e demais profissionais da educação permanecem e convivem. Tendo em vista que, não há como esconder esta realidade em nossos dias, pois pesquisas denotam que entre Caderno de Resumos Página 69 cada quatro famílias, uma tem parente ou filho gay, transgênero ou lésbica. Assim como os casos de AIDS que entre junho de 1980 a até junho de 2008 estavam infectados 333.485 homens e 172.995 mulheres, sendo que na região Centro Oeste em 2008 haviam 5,7% ou 28.719 casos acumulados de AIDS, com isto torna-se indispensável superar o conceito de grupo de risco e sensibilizar para as ações de prevenção e apoio àqueles que vivem vulneráveis em nossa sociedade, buscando mecanismos e recursos não só para a prevenção mas também para a cura ou prolongamento de vida de um Soro Positivo ou Aidético. Como já se sabe o uso de drogas não esta relacionado só apenas as lícitas cujo o efeito é prejudicial, mas também as drogas ilícitas que ocasionam alterações de comportamento, fisiológicas, que muitas vezes causam dependência que podem levar o sujeito a exclusão social, a marginalidade e a morte. Diante da realidade em que se vive é oportuna a reflexão critica sobre esses temas visando a transformação da cultura dos jovens e os adultos perpassando pela prática. Palavras-chave: preconceito, drogas, sexualidade, DSTs A PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA DO CEFAPRO PÓLO DE TANGARÁ DA SERRA E A PERSPECTIVA MULTICULTURAL Luciane de Almeida Gomes Professora Formadora – área: Linguagens/Educação Física [email protected] Resumo O presente estudo consiste em um relato de experiência das ações de formação proposta para a área de Linguagens, componente Educação Física do Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica do estado de Mato Grosso (CEFAPRO/MT) Pólo de Tangará da Serra, a partir da necessidade de considerar uma perspectiva multicultural, pelo atendimento às escolas indígenas. Para isso faz-se necessário conhecer o CEFAPRO (Centro de Formação e Atualização dos profissionais da Educação), as políticas públicas de formação que se concretizam através deles, bem como os princípios que norteiam os projetos de formação específicos do Pólo de atuação da unidade em questão. Assim, esse relato parte da experiência vivida no grupo de formação em Educação Física realizado no município de Barra do Bugres, que contava com a participação do professor de Educação Física da Escola Estadual Indígena “Jula Paré”, sediada na aldeia Umutina. Além de todos os desafios pedagógicos a serem considerados num processo de formação, no momento desse encontro específico, emergiu a necessidade de repensar uma proposta que trabalhasse os conhecimentos específicos da Educação Física numa perspectiva que contemplasse as diferenças culturais que construía o contexto de atuação dos professores do grupo em questão. Assim, o projeto de formação se deu a partir das orientações políticas estabelecidas pela SEDUC/MT, repassadas pela SUFP (Superintendência de Formação Profissional) em momentos de formações específicas, das orientações construídas coletivamente e registradas no PPDC (Projeto Pedagógico de desenvolvimento do CEFAPRO), que consideram o contexto específico das escolas atendidas pela unidade de Tangará da Serra, bem como pela reflexão teórica capaz de subsidiar uma proposta de formação continuada, que neste caso, exigiu uma perspectiva multicultural. Para pensar formação continuada, foram fundamentais os estudos de Paulo Freire, e Antonio Nóvoa, nesse sentido, o programa de formação, em especial o relatado neste texto, têm o objetivo de estimular o estudo e a investigação sistemática “na e sobre” a prática, com a contribuição das teorias pedagógicas gerais da Educação, das teorias específicas da Educação Física, considerando a organização em ciclos que é orientador das escolas estaduais em Mato Grosso, com o intuito de que as escolas e seus professores possam construir, reconstruir e Caderno de Resumos Página 70 transformar suas práticas e seus saberes, a fim de atender um projeto de Educação a partir de uma perspectiva multicultural que emergem das unidades escolares. Palavras Chave: Formação Continuada, Educação Física, multiculturalismo. A PROPOSTA DE FORMAÇÃO EM MATEMATICA PARA PROFESSORES E ALUNO DO ENSINO MÉDIO DA ALDEIA FORMOSO Jucileide das Chagas Lima Professora Escola Estadual Petrônio Portella [email protected] Resumo: O presente estudo consiste em um relato de experiência das ações de formação proposta para a área de matemática a partir das dificuldades identificadas na disciplina de matemática na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Petrônio Portella localizada no distrito de São Jorge no município de Tangará da Serra. A formação se deu a partir de uma parceria da própria escola com a SEMEC/Tangará da Serra e a FUNAI/Tangará da Serra. O projeto de formação foi proposto especificamente como um suporte para a complementação de conteúdos da disciplina de matemática conforme a demanda da comunidade Indígena aldeia Formoso. A aldeia Formoso é geograficamente muito próxima ao distrito São Jorge em Tangará da Serra, na aldeia funciona a Escola Municipal Indígena que oferece o ensino fundamental e assim parte significativa dos alunos indígenas oriundos da aldeia concluem a educação básica na escola do distrito. Esta proposta de formação se deu a partir da necessidade de considerar uma perspectiva multicultural no atendimento aos alunos indígenas e a escola indígena. Para isso faz-se necessário conhecer as reais necessidades da comunidade, as políticas públicas de formação que se concretizam através deles, bem como os princípios que norteiam a educação formadora Indígena. Assim, esse relato parte da experiência vivida no decorrer do curso de matemática ministrado na Aldeia Formoso e do qual participaram os professores da escola formoso indígenas e não indígenas, alunos indígenas do ensino médio da escola Ministro Petrônio Portella Nunes e moradores da aldeia. Além de todos os desafios pedagógicos a serem considerados num processo de formação, no momento desse encontro específico, emergiu a necessidade de repensar uma proposta do projeto que estava voltado para trabalhar um numero maior de conteúdos, mas o decorrer do trabalho levou a uma reorganização da proposta e definiu-se um foco voltado apenas para as quatro operações com enfoque maior na divisão, e em geometria foi-se trabalhado figuras planas, conceitos de área e construção de sólidos geométricos e sua identificações e classificação. Assim, o projeto de formação se deu a partir das orientações pedagógicas estabelecidas pelos PCNs, orientadas por livros didáticos e outras coleções seguindo as orientações do MEC para a formação específica de matemática, das construções coletivas e registradas em atividades e relatórios dos participantes, todo material confeccionado ficou na escola Formoso para utilização e modelos de futuras confecções de material pedagógico, bem como pela reflexão teórica capaz de subsidiar uma nova proposta de ensino, com o intuito de que as escolas e seus professores possam construir, reconstruir e transformar suas práticas e seus saberes, a fim de atender uma Educação de qualidade a partir de uma perspectiva multicultural que emergem da unidade escolar. Palavras Chave: Educação matemática, multiculturalismo, valorização do saber. Caderno de Resumos Página 71 A GÊNESE DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL: ENTRE A RELIGIÃO E O ESTADO Ewerton Rezer Gindri Professor Formador de Língua Portuguesa. CEFAPRO. Resumo: Pretende-se nesse texto confirmar a ideia de que o ensino de língua portuguesa no Brasil se efetiva depois da instalação do Diretório dos Índios, em 1757, e não no início da colonização. Recorreremos a conhecimentos históricos sobre a Reforma Protestante e sua antagonista a Contra-Reforma para construirmos um pano de fundo político-religioso. Também, baseando-se em textos da época, demonstra-se que o ensino da língua portuguesa insere-se em um contexto em que a política de estado lusitana, que nessa época buscava fortalecer-se e distanciar-se do estigma da dominação castelhana, era muito mais determinante do que as razões religiosas. Essas observações deverão, por fim, servir de base para a compreensão do surgimento do mito do monolinguísmo no Brasil e, juntamente com o estudo das tendências de ensino e pesquisa de língua, viabilizar uma análise coerente do preconceito lingüístico, em solo brasileiro. Palavras-chave: EDUCAÇÃO ESCOLAR E MULTICULTURALISMO Eny Santos Oliveira Hanauer Alexsandra de Marchi Weisheimer Escola Estadual Elcio de Souza [email protected] Resumo: Esta comunicação apresenta os dados iniciais da pesquisa realizada na Escola Estadual Dr. Hélcio de Souza considerando a diversidade cultural no contexto escolar. O objetivo do trabalho é identificar aspectos da inter-relação entre escola, sociedade e cultura mais precisamente a relação entre escola e os movimentos sociais e nesse sentido construir um projeto educativo que avance no combate a discriminação e se posicione contra as diversas formas de dominação e exclusão. Os dados foram recolhidos em uma pesquisa de campo pesquisa de campo realizada na escola e com os pais dos alunos. Palavras-chave: FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS PÚBLICAS: O APRENDIZADO ACONTECE EM TODOS OS ESPAÇOS NA ESCOLA Edilene Quirino Neiva Evangelista Escola Estadual Vereador Bento Muniz Tangará da Serra- MT [email protected] Resumo: Esta comunicação traz numa perspectiva de reflexão uma análise acerca da função dos funcionários de escola, neste momento representados em Mato Grosso pelos Técnico Administrativo Educacional e pelo Apoio Administrativo Educacional representados todos esses nas funções de: Vigia, Limpeza e Nutrição Escolar , secretário, técnico administrativo tanto na Caderno de Resumos Página 72 secretaria da escola, como também nas bibliotecas e nos laboratórios de informática. Tem como objetivo demonstrar que o fazer diário destes funcionários interfere no aprendizado dos alunos – a aprendizagem acontece em todos os espaços da escola. Palavras-chave: Aprendizagem, Profissionais da Educação, PROFESSORA, TENHO MEDO DE LOBISOMEM! Claudiomar Pedro da Silva PPGEL-UNEMAT Professor Formador Cefapro [email protected] Resumo: Os dados foram recolhidos entre os professores da Escola Estadual Sabino Ferreira Maia, localizada no Distrito de Currupira, município de Barra do Bugres – MT. Toma como referência principal os textos de Stuart Hall e Nestor Garcia Canclini para pensar a relação que se estabelece entre a tradição cultural da comunidade e os desafios do modelo educacional fundamentado na tradição da modernidade. Tem como objetivo analisar o modo como se relacionam no contexto das práticas pedagógicas o lugar onde a unidade escolar está inserida e os desafios da modernidade. Nesse sentido, considera aspectos relacionados ao processo de colonização, mitos, lendas e outros elementos culturais da comunidade. Diante deste contexto multicultural e pensando em uma educação escolar mais democrática e dialógica, percebe-se que o professor assume o papel de ‘intelectual’ ao discutir com seus alunos diferentes aspectos que envolvem a comunidade em que vivem e o mundo. Assim, o educando pode perceber-se no mundo pósmoderno e refletir sobre estas novas possibilidades identitárias. Palavras-chave: elementos da cultura, professor, educação escolar. POLÍTICAS DE ACESSO E DIVERSIDADE ÉTNICO- RACIAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Antônia Ustulin Professora formadora Tecnologia Educacional CEFAPRO-Tangará da Serra [email protected] Resumo: Este projeto parte da premissa de uma política baseada no princípio da educação para a diversidade é, portanto, uma idéia que indica que todos os estudantes, independente do grupo a que pertençam classe social, língua, religião, possa vivenciar a igualdade educacional tanto pelos sistemas regulares de ensino/escolas quanto pelas instituições que oferecem Educação à Distância por meio da Internet. Sabemos que hoje, fala-se constantemente em novos paradigmas educacionais, novas metodologias didáticas, novas práticas pedagógicas graças á percepção da importância decisiva da educação para o desenvolvimento do país. Não podemos esquecer que a educação para a diversidade foi e ainda o é, um movimento para promover a transformação da educação, com o objetivo democratizar o acesso para que estudantes de diferentes grupos tenham as mesmas chances para alcançar o sucesso. Esta comunicação trata da utilização e do acesso dos povos indígenas e das populações habitantes de quilombo da área de atuação dos pólos do CEFAPRO em Tangará da Serra e Cáceres no estado de Mato Grosso, aos cursos de formação promovidos pelas instituições que oferecem cursos em EAD, Educação a Distância. O Caderno de Resumos Página 73 objetivo é apresentar os dados iniciais de uma proposta de mapeamento do acesso de quilombolas e grupos indígenas e da existência de cursos a distância que considerem a diversidade cultural brasileira. Neste sentido a pesquisa será efetuada através da metodologia de pesquisa quantitativa por meio de estudo de caso e pesquisa de campo. Já que o governo vem implantando laboratórios de informática com Internet em todas as escolas públicas nas escolas das populações indígenas, e quantificar a existência dessas populações participando de cursos à distância por meio da Internet é o foco principal da referida pesquisa. Palavras Chave: Política de acesso, Diversidade, Educação à Distância. A FORMAÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES PARESÍ-HALITI Pedro Nazokemae Professor Escola Indígena da Aldeia Rio Verde/ Tangará da Serra –MT [email protected] Tereza Cristina Kezonazokerô Escola Estadual Indígena Malamalali [email protected] Hellen Cristina de Souza Professora SEDUC/Pesquisadora associada NEED/UNEMAT [email protected] Resumo: Os Haliti-Paresí são um povo indígena do tronco lingüístico Aruak e vivem em extensas terras na região central de Mato Grosso no divisor das águas das bacias Amazônica e Platina. As primeiras escolas entre os Paresí foram criadas pelo Serviço de Proteção aos Índios no início do Séc. XX em seguida foram estabelecidas as escolas das missões católicas e protestantes e por último as escolas ligadas aos municípios de Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis e Sapezal. Atualmente, nas escolas das aldeias os alunos indígenas podem cursar todas as séries da educação básica. O objetivo desta comunicação é apresentar dados sobre a formação de professores entre os Paresí. A pesquisa desenvolveu-se em dois momentos distintos primeiro na comunidade, a partir de documentos, entrevistas e pequenos relatos e depois nos documentos disponibilizados pelos projetos: Tucum, 3º Grau Indígena, Hayô e PROESI – Programa de Educação Superior Indígena e Intercultural. Palavras-Chave: Educação escolar; formação de professores; Paresí. ENSINO FUNDAMENTAL E CIÊNCIAS NATURAIS ANALOGIAS E PERCEPÇÕES Lucimar Aparecida da Silva Azambuja Escola Estadual Professor João Batista [email protected] Resumo: Todos os dias, novas descobertas científicas e tecnológicas são anunciadas na televisão, nos jornais e nas revistas sem que isso chegue às aulas de Ciências da Escola. Tais descobertas têm causado uma grande modificação no mundo atual e todos os cidadãos, de alguma forma, têm o direito de obter o mínimo de conhecimento possível a esse respeito, uma vez que é saberes que podem melhorar a vida das pessoas ou modificar seus entendimentos sobre o ambiente em que Caderno de Resumos Página 74 vivem (em relação ao modo como lidam com o lixo, com o uso da água). O objetivo deste trabalho foi: Verificar se para os alunos é importante a aula de Ciências, refletir se a mesma tem contribuído para o conhecimento científico dos alunos no dia-a-dia e analisar como os estudantes percebem que o ensino de ciências pode beneficiar na resolução de problemas cotidianos. As teorias científicas são tidas como complexas e abstratas não facilitando a comunicação direta com os alunos do Ensino Fundamental. A pesquisa foi feita através de observações na escola e entrevista semi-estruturadas, onde os alunos falaram livremente sobre o que eles pensam sobre o ensino de Ciências. Para executar a metodologia, utilizei ferramentas da etnografia: observação, descrição do que vi e vivi enquanto pesquisadora. A pesquisa foi realizada entre os alunos da sétima série, do Ensino Fundamental. Embora o projeto não tivesse como foco de pesquisa o tema Sexualidade e Reprodução, ele surgiu com maior relevância na pesquisa realizada, em função da série e época em que permaneci realizando as observações e entrevistas na escola. O tema sexualidade é tratado na aula de ciências, porém, apenas a partir das terminologias que identificam a função reprodutiva dos órgãos genitais: aparelhos reprodutores masculinos e femininos que são encontrados nos livros didáticos utilizados. Sendo que os aparelhos sexuais, além de reprodução, podem levar ao prazer, ao desejo. Mas o prazer, assim como o desejo, não é tratado pela Biologia. Quando os estudantes foram indagados se eles vêem importância no Ensino de Ciências, grande parte respondeu que sim. O ensino de ciências torna-se interessante para os alunos, porque essas questões sobre sexualidade e, até mesmo as doenças sexualmente transmissíveis, mexem com a curiosidade típica dos adolescentes. Todos os entrevistados citaram a importância de se prevenir contra doenças. No entanto, percebe-se um clima de medo quando se fala das DSTs, pois, sexualidade parece estar vinculada à doença e isso é usado como forma dos pais coibir os alunos para que não pratiquem o sexo. Segundo os adolescentes, as aulas de ciências têm contribuído com sua formação, eles citaram, principalmente, a importância de se prevenir contra doenças Sexualmente Transmissíveis e também a prevenção da gravidez na adolescência. Embora o tema da sétima série seja amplo, e existem outras questões que poderiam ter o mesmo "peso", para a maioria dos entrevistados, ciência está relacionada à sexualidade, e tudo que a envolve, a relação desses adolescentes, com o ensino de ciências está no fato de abordar assuntos relacionados aos seus interesses, nesse momento de suas vidas. Palavras chave: Ciências, sexualidade, Doenças Sexualmente Transmissíveis, adolescentes. AÇÕES DE COMBATE A HOMOFOBIA NAS ESCOLAS DO PÓLO DO CEFAPRO/SEDUC DE TANGARÁ DA SERRA-MT RELATO DE EXPERIÊNCIA Marcos Serafim Duarte SEDUC/CEFAPRO/TANGARÁ DA SERRA [email protected] Resumo: A secretaria de Estado de Educação, institui em 2009 o processo seletivo, para professor formador na área da Diversidade da Educação Básica, com objetivo de implementar nas escolas da rede estadual de ensino temáticas como: Direitos Humanos, Gênero e Diversidade Sexual e outras diversidades que se caracterizam no interior das escolas. O formador da Diversidade, desenvolve ações formativas junto aos professores do sistema público, discutindo temáticas relativas aos Direitos Humanos, Gêneros e Diversidade Sexual, bem como outras diversidades apresentadas na sociedade, tais como: diversidade geracional, religiosa, quanto a deficiência, diversidade territorial, e outras, bem discute de combate a homofobia nas relações pedagógicas travadas no interior das unidades escolares. Através de contatos mantidos com as escolas, através dos Caderno de Resumos Página 75 diretores , coordenadores pedagógicos, professores percebeu se que o ambiente escolar esta altamente carregado de preconceitos, o que foi confirmado pela pesquisa realizado FIPE (Fundação de Pesquisas Econômicas). A maioria das escolas tratam a homossexualidade como problema e em seguida negam a mesma, trabalham com alunos no sentido de converter o mesmo tornando-o homem ou mulher. Outro ponto a destacar é que a eleição dos meninos e meninos com problemas homossexual são aqueles que apresentam comportamentos que não se enquadram no perfil previamente definido para cada sexo, o que leva a equívocos e rotulações equivocadas. O preconceito em relação a homossexualidade se confunde em muito com preconceito de gênero, percebe-se que muitas das atitudes preconceituosas externadas durantes as atividades pedagógicas acontecem com homossexual masculino. A Diversidade desenvolve ações de formação continuada buscando minimizar as atitudes preconceituosas nas atividades desenvolvidas pela escola. Busca-se o combate a homofobia, visto ser este o preconceito mais forte e visível percebido no interior da escola, uma vez que a negação da homossexualidade é a primeira forma de preconceito. Relatos de professores e alunos apontam que as manifestações homossexuais são reprimidas e negadas no interior da escola. A estratégia adota, conforme as Orientações Curriculares e estudos apontam para a pedagogia do empoderamento de professores e alunos a cerca do exercício de seus direitos, inclusive o direito ao exercício da sexualidade. O principal avanço com a instalação da Diversidade na Educação Básica no CEFAPRO de Tangará da Serra é que as discussões sobre Direitos Humanos e o combate a homofobia esta começando a fazer parte das pautas pedagógicas das escolas, temáticas relativas à sexualidade e a homossexualidade estão sendo introduzidas nos currículos das escolas. Palavras chaves: homofobia, respeito, diversidade, direitos humanos. TERRITÓRIO, PATRIMÔNIO E COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA Adriana Germana Luzia SEDUC/CEFAPRO/TANGARÁ DA SERRA [email protected] Resumo: Esta comunicação abordará um relato de experiência de um projeto de formação continuada específico para as escolas do campo, desenvolvido pela equipe de professores formadores do CEFAPRO Pólo de Tangará da Serra durante o ano de 2009. O objetivo das ações de formação foi instigar reflexão acerca da construção e consolidação das políticas públicas de formação de professores no âmbito da modalidade da Educação do Campo, assim, contribuir com o fortalecimento das discussões e debates sobre os desafios da profissão atendendo às especificidades e complexidade das relações sociais identitárias do viver “no e do campo”, nesta perspectiva para subsidiar a reflexão teórica os estudos de autores como Paulo Freire, António Nóvoa tornam-se imprescindíveis em abordar formação continuada de professores na complexidade do fazer docente num contexto multicutural. A realidade educacional brasileira, pautada na racionalização e numa visão de sociedade moderna de matriz neoliberal, impõe uma concepção de educação que tende a desconsiderar as marcas identitárias que diferenciam indivíduos e grupos sociais em contexto diversos. Deste modo, considerando que o público alvo do curso, eram profissionais das escolas do campo, localizado no assentamento Antônio Conselheiro município de Tangará da Serra um dos maiores assentamentos do país, focalizamos nas ações formativa a dimensão política dos estudos e pesquisas sobre a os “lugares de memória” dos trabalhadores do campo, procurando dar visibilidade às relações de coexistência em um Caderno de Resumos Página 76 “território” com uma riquíssima história de luta pela posse da terra e um consistente aprendizado por parte dos sujeitos que participaram do processo de conquista da terra. Desta maneira este trabalho se deu a partir da necessidade de fortalecer as discussões acerca da valorização da história da comunidade, da trajetória de vida dos trabalhadores do campo, do aprendizado da luta pela terra como princípio educativo e da valorização dos saberes docente construído a partir das memórias compartilhadas do “lugar de onde se fala” norteados por autores como Michael Pollak, Antônio Torres Montenegro, Verena Alberti, etc. O projeto de formação contou com uma carga horária teórica e prática, organizado em quatro encontros presenciais complementados por atividades práticas completando a parte não-presencial, perfazendo carga horária total de 30 horas. Portanto o trabalho ressaltou um dos princípios da construção da identidade da Escola do Campo visando superar o paradigma de Educação Rural, na perspectiva da construção de Territorialidade, partindo das recentes discussões sobre patrimônio cultural, memória, história oral, arte cultura e a função didática dos museus comunitários, museus-escolar, tendo em vista sua incorporação no currículo escolar e na ressignificação das práticas pedagógicas, por considerar o contexto extraindo elementos da prática social. Palavras Chave: Formação Continuada, Patrimônio Cultural & Mémória, Políticas Públicas. ESTUDO DE CASO: O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA PAULO FREIRE Benedita Deizia de Araujo Marcia Freire Gomes Resumo: Segundo a filosofia da Escola Paulo Freire, por ser uma escola do campo, para o campo onde se forma sujeitos para o campo, conscientizados na construção de um projeto solidário e coletivo e de um compromisso com a soberania nacional, com a reforma agrária e outras formas de desconcentração de renda e da propriedade. Trabalha-se uma metodologia diferenciada voltada não só para o educando, mas para toda a comunidade que é ciente de todo o processo de ensino/aprendizagem da Escola Paulo freire, pois percebeu-se que com a interação da comunidade todo o corpo docente e discente da escola se mostra mais empenhados no desenvolvimento da metodologia da escola. Todo processo de aprendizagem na escola Paulo Freire é decidido no coletivo escolar e o conselho deliberativo da escola, quando o caso é, mas critico como o caso das estradas então a comunidade é quem decide nunca a direção escolar ou corpo docente decide alguma coisa sozinho. A escola trabalha metodologia em forma de coletivo onde todos se envolvem na atividade, trabalha-se com projetos direcionados a problemas apresentados pelos educandos, suprindo as necessidades dos mesmos, ajudando o educador na sala e fora da sala de aula. Todos sem exceção devem participar das reuniões de pais e pedagógicas, e atividades na escola. É de suma importância que todo o corpo escolar conheça o PPP e o regimento escolar para estar ciente de todo processo da escola. O dialogo é a fonte na coletividade, a troca de experiência, a ajuda a solidariedade, o companheirismo, a união e o amor a terra conquistada com luta, com resistência a escola Paulo Freire Trabalha para manter essa identidade de luta, de resistência e amor a natureza, ao companheiro a família, também se conscientiza a formar educandos para permanência no campo, e a sua valorização no seu lugar de origem. O importante é a continuação no campo, manter vivo o sonho de um acampado, de um assentado que lutou que viveu momentos difíceis embaixo de uma lona preta. A escola Paulo Freire trabalha para manter essa identidade, conscientizando sobre a importância de ser um campesino, de morar no campo. Caderno de Resumos Página 77 Palavras-Chave: Projeto Político Pedagógico, Assentamento Antonio Conselheiro, Educação Escolar ALGUMAS CONSIDER/AÇÕES SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA PÚBLICA DE TANGARÁ DA SERRA Flavia Krauss Regiane Custódio UNEMAT – CUTS Resumo: Para pensar a respeito de diversidade no espaço escolar, partimos da premissa que discutir tal temática nesse espaço possibilitará compreendê-lo na perspectiva de um olhar que levará em conta as ações de sujeitos sociais que se fazem histórica e socialmente; assim, compreendemos que a educação e os processos que lhe são inerentes como dinâmicas que ultrapassam os muros escolares e vão se ancorar nas relações sociais. Por isso, nesta comunicação apresentamos uma proposta de educação lingüístico-literária para duas escolas públicas de Tangará da Serra. Esta experiência-piloto efetivar-se-á por via de uma comunidade de trabalho coletivo e autogestionado: a criação de uma editora alternativa que se inspira no esquema lógicoorganizativo das “cartoneras latinoamericanas”. Apostamos na funcionalidade desta proposta porque acreditamos que esta forma de organização do trabalho tanto manual quanto intelectual, ao não separar a leitura do mundo da leitura da palavra, ao trabalhar a favor de uma educação mais horizontal e igualitária, valoriza, sobretudo, a diversidade em muitos de seus aspectos, na direção de uma prática que procura se pautar em uma utopia emancipadora, a partir da operacionalização do que chamamos de “inéditos viáveis”. EDUCAR PARA POTENCIALIZAR A EMANCIPação HUMANA É EDUCAR PARA O DIVERSO, PARA O NÃO-IDÊNTICO Neodir Paulo Travessini Doutorado em educação – UFRGS [email protected] Resumo: Nossa singela pretensão neste texto constitui-se em explorar o potencial de emancipação humana inerente a TAC – Teoria da Ação Comunicativa de Jürgen Habermas. Para realizar tal intento lançamos mão da reflexão crítica de natureza filosófica com vistas a melhor compreender o engendramento de sujeitos/atores sociais co-partícipes do processo de construção social, cujo papel da educação é central como categoria mediadora frente aos imperativos unilateralizantes de um mundo do sistema com sua racionalidade instrumental e, de outra parte, o mundo da vida em seus contextos socioculturais plurais e/ou marcados pela diversidade em sentido amplo. Nesse contexto o outro da comunicação, o não-idêntico, o diverso de nós (enquanto legítimos representantes da visão de mundo cristã ocidental hegemônica em termos de racionalidade sistêmica) tem direito a levantar sua pretensão de validade para o discurso proferido. Assim, todos os concernid@s têm direito a voz, pois é na pluralidade das vozes que se fundamenta o consenso provisório com vistas a ação dos sujeitos/atores sociais que almejam um mundo mais humano, feliz e capaz de garantir uma vida boa ao maior número possível. Aqui o giro lingüístico ensejado pela TAC habermasiana potencializa o sujeito aprendente a discernir um discurso ardiloso de um Caderno de Resumos Página 78 discurso sincero, veraz e justo. Em lugar das competências de caráter tecnicista que instrumentalizam o sujeito aprendente para o exercício repetitivo, sem criticidade de uma profissão, o potencial de emancipação humana inerente ao uso pragmático da linguagem prepara os sujeit@s da educação para o exercício da competência comunicativa. Cumpre então à reflexão filosófica, livrar-se das aporias da filosofia da consciência engendradora de sujeitos solipsistas, e dando ensejo para o engendramento de sujeitos solidários, competentes para validar os saberes próprios das dimensões estético-expressiva e prático-morais do mundo da vida tão sui generis como o é o mundo da vida ameríndio. Faz mister educar para além da dimensão da unilateralidade inerente ao discurso fundado nas premissas da razão instrumental capenga, pois só valorizar a dimensão do homo faber, em detrimento ao homem poético, mítico, místico, ético. Palavras-chave. Educação, emancipação; racionalidade sistêmica/instrumental; racionalidade comunicativa; competência comunicativa; filosofia pragmática da linguagem. GT 8: EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA Este GT objetiva reunir trabalhos relacionados as experiências sobre a educação escolar nas aldeias. Baseia-se na compreensão de que as vivências dos professores indígenas podem lançar novas luzes sobre as praticas pedagógicas nas escolas urbanas. Coordenação: Maria Margarete Noronha Valentim Sidnei Marcos Zunizokae EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E O PROCESSO DE DEMARCAÇÃO E PROTEÇÃO DO TERRITÓRIO UMUTINA Eliane Boroponepá. Monzilar Escola Estadual Indígena Jula Paré - Barra do Bugres-MT Resumo Este trabalho refere-se ao assunto de Educação Escolar Indígena e o Processo de Demarcação e Proteção do Território Umutina.O Território Umutina já esta demarcado: o processo foi efetuado em 24 de abril de 1960 e registrado no Cartório do Município do Rosário D’Oeste-MT, com uma área de 28.120 hectares. A homologação ocorreu pelo Decreto nº 98.144, de 14 de setembro de 1989 da área indígena. No município de Barra dos Bugres, Estado de Mato Grosso, pelo Presidente da República José Sarney. O Território Indígena Umutina é rico e de grande importância, pois é através dele que o povo retira o sustento para viver e estabelece suas relações sociais e culturais, ou seja, a terra é fundamental para manter viva a cultura UMUTINA. As técnicas utilizadas para a elaboração deste trabalho foram: as pesquisas bibliográficas e documental; os dados coletados através da entrevista feita com as pessoas da comunidade; a viagem de campo com os alunos, fotografia, e uso do gravador. Este trabalho contribuirá para que, as novas gerações, a comunidade e a escola, possam ter acesso ao conhecimento, aos saberes, valorizando assim o processo histórico da demarcação, servindo de registro e documento para a atual e as futuras gerações. Os dados obtidos irão fortalecer a cultura, e também servirão para material didático nas escolas indígenas, permitindo a socialização mais ampla ao público. Protegendo o território, como Caderno de Resumos Página 79 forma de cultivar e manter viva a cultura para que as gerações futuras possam também usufruir desse patrimônio. Palavras-chave: educação; demarcação; Umutina; cultura POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS INDÍGENAS: UM OLHAR NAS VIVÊNCIAS DAS ESCOLAS INDÍGENAS NO MUNICÍPIO DE JUARA - MATO GROSSO Maria do Carmo Barros Universidade Tecnológica Intercontinental [email protected] Resumo: O presente trabalho faz uma reflexão sobre as formas que as comunidades indígenas Rikabaktsa, Kayabi, Apiaka e Munduruku, localizadas no município de Juara, Estado de Mato Grosso, vivenciam as medidas públicas educativas. Como toda organização social possui suas lógicas, formas de conceber a vida e uma diversidade de culturas em seus contextos, fazer dos momentos escolarizados um local de reconhecimento, respeito e desafios são mecanismos importantes na política pública caminhe em conjunto com a realidade. No entanto para entender os sentidos atribuídos pelas vozes as medidas educativas é preciso aceitar a provocação de pensar sobre outra lógica, de buscar um olhar sobre o outro como possibilidades de crescimento. Ao investigar até que ponto as políticas públicas educacionais atendem a vivência diversa dos indígenas nas escolas Rikbaktsa, Kayabi, Apiaka e Munduruku recorreu-se as opiniões dos gestores em vigor e educadores indígenas, entendendo que a história, o tempo, a direção dos segmentos e a postura dialógica são estruturas necessárias para que o olhar interpretativo se manifeste com coerência. Para o cumprimento deste objetivo buscou conhecer o contexto escolar destas comunidades principalmente por causa do caráter diferenciado amparado no Referencial Curricular e nos planos de educação indígena. A pesquisa é de abordagem qualitativa e de cunho etnográfica pautada na interpretação da realidade por meio de uma representação segundo a visão dos sujeitos. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: questionário semi-estruturado, observação assistemática e analise documental. O método de interpretação dos sentidos utilizado na análise dos dados forneceu elementos significativos a respeito das forças e das arenas sociais que circundam a política publica educacional. Os sentidos atribuídos apontam que os segmentos sociais conquistaram mudanças nos fundamentos teóricos, mas no cotidiano as realizações estão em andamento díspar, de um lado o gerencialismo público em suas dinâmicas de gestão compartilhada espera investimentos em recursos humanos, materiais e orçamentários, por sua vez as comunidades indígenas vivenciam as propostas de forma diferenciada, assumem cada dia mais atos protagonistas, reinventam a educação escolar ultrapassando os condicionantes da sobrevivência. Em suma pode se dizer que as contribuições são que militância coletiva em torno da consciência politizada se faz por meio do currículo quando instrumentalizado de forma inovadora, criativa nos mundos culturais que norteiam a educação escolarizada, a exemplo destas etnias. Palavras chave: Políticas públicas, indígenas, educação, diversidade cultural RITUAL DA MENINA MOÇA NAMBIKWARA: AS PRÁTICAS CULTURAIS E A RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE Caderno de Resumos Página 80 Maria Margarete Noronha Valentim [email protected] Resumo: Esta proposta pretende discutir sobre a o ritual da menina moça e a relação com os impactos ambientais na região, devido às grandes fazendas agrícolas que cercam o território Tirecatinga do povo Nambikwara da aldeia Três Jacu no município de Sapezal - MT, que no decorrer de alguns anos vem dificultando a realização de caçadas e coleta de matéria prima, muito escassa na área, prejudicando a durabilidade do tempo deste ritual. Sapezal é um município jovem de colonização recente baseada na monocultura da soja na região noroeste do Estado de Mato Grosso. Tem grandes fazendas de plantações que rodeiam os territórios indígenas, tornando o espaço delimitado para as realizações de caçadas, práticas tradicionais cotidiana dos povos indígenas. Os Nambikwara são um povo indígena, atualmente habitante da Chapada dos Parecis no território Tirecatinga. Essa região era bastante diversa naquele tempo, em decorrência da expansão nacional, ocorrendo uma significante e preocupante imigração com esse povo, levando-se em consideração as alterações sofridas, ligadas a interesses que interferiram fortemente na organização sócio, político, religiosa dos Nambikwara. A maneira que esse grupo se autodenomina está intimamente relacionada ao seu meio ambiente de origem, a características comportamentais e hábitos alimentares. O ritual da menina moça durava mais tempo, porque tinha fartura de alimentos que dava também a sustentabilidade para toda a comunidade envolvida, e dos visitantes que moravam ali até terminar o ritual, alimentos esses retirados do meio ambiente que faz parte do ritual tradicional como a caça, coleta de matéria prima para os enfeites que são usados e a pesca. Com o passar dos tempos a festa vem sofrendo modificação, aonde a maioria das vezes o tempo de término da festa vem sendo antecipado por serem poucos os alimentos para manter o povo na festa, que cantam e dançam a noite inteira por vários dias. Com isso a realidade cultural e tradicional desse povo, sofre mudanças significativas com esses impactos no seu território. Isto tem como conseqüência vários fatores como: desmatamento, queimada em volta do território, entre outras. Com tudo isso, existe uma grande preocupação do povo Nambikwara com essas mudanças que vêm ocorrendo na cultura tradicional da menina moça e outros rituais. O ritual da menina moça acontece quando manifesta a primeira menstruação, tendo toda uma preparação ensinada pela mãe, avós, tias e cunhadas. Durante o dia, fica isolada dos homens e durante a noite os cantadores da aldeia a tiram da casa para cantar e dançar, ficando sempre com a cabeça baixa não pode olhar para os homens. A menina fica presa em uma casa tradicional construída para esse ritual. Essa pesquisa tem como objetivo mostrar as práticas culturais do povo Nambikwara, em particular a festa da menina moça, compreender como era antes e as mudanças que vêm ocorrendo nesse ritual como: na alimentação, material para a confecção de artesanato, entre outros, devido os impacto ambiental no seu território. Os dados da pesquisa serão obtidos através de entrevistas formais e informais, usando gravações, registros fotográficos, levantamento em arquivo da instituição, como de Ongs, FUNAI, coletando dados da região e material bibliográfico e documental, proporcionado uma discussão sobre as práticas tradicionais do ritual e sua relação com o meio ambiente Palavras-chave: Diversidade Cultural; Educação Tradicional; Meio Ambiente; Povo. POPULAÇÕES INDÍGENAS E ENSINO SUPERIOR NO PARANÁ – APONTAMENTOS ACERCA DA PERCEPÇÃO DE LIDERANÇAS KAINGANG E GUARANI SOBRE UMA POLÍTICA PÚBLICA EM ANDAMENTO Isabel Cristina Rodrigues Caderno de Resumos Página 81 Lab.Arqueologia, Etnologia e Etno-história/ Universidade Estadual de Maringá – LAEE/UEM Doutoranda do CSOPOS-PUC/SP [email protected] Em execução desde 2002, a Lei Estadual 13134/2001, substituída pela 14995/2006, oferece oportunidade aos membros de comunidades indígenas habitantes no território do estado Paraná, de concorrerem anualmente, a vagas suplementares nas universidades públicas para os cursos de graduação. Desde que foi implantada vêm aumentando o número de estudantes indígenas presentes nos bancos escolares universitários. Não se trata porém, de curso específico para esses povos, mas de vagas destinadas a todos os cursos que as instituições de ensino superior oferecem anualmente para qualquer estudante que tenha concluído o ensino médio e, para os candidatos indígenas são oferecidas vagas, que estes disputam entre si, através de um processo seletivo específico. Por ser uma experiência recente, alguns poucos trabalhos acadêmicos – artigos e dissertações – foram produzidos com o objetivo de avaliar o processo de seleção e de acompanhamento pedagógico desses estudantes indígenas. Há uma ausência, no entanto, de reflexões que abordem a problemática da questão pelo lado daqueles para quem a lei foi criada. Saber o que e como pensam tal política é de fundamental importância para a consolidação da referida lei. Nesse sentido o objetivo desta comunicação é apresentar uma reflexão acerca das manifestações de lideranças indígenas Kaingang e Guarani sobre os sentidos, resultados e impactos que tal política pública tem e causam para suas comunidades, bem como as expectativas que estas nutrem com relação ao retorno dos estudantes para suas terras indígenas de origem. Palavras-chave: política pública; ensino superior; populações Kaingang e Guarani GRUPO DE DANÇA KAMAEHIYE Geovani Kezokenaece Willian Mars Cristiano Nazokemai Neudivania Kenazokiê Escola Estadual Indígena Malamalali [email protected] Resumo: Os Paresí são um povo indígena falante de uma língua do tronco lingüístico Aruak e habitantes imemoriais do planalto divisor de águas das bacias Amazoniica e Platina. Este trabalho é um relato de experiência, tem o objetivo de contar a história do Grupo de Dança Kamaehiye foi criado em abril de 2009 como resultado da prática pedagógica desnvolvida no Ensino Fundamental da Escola Municipal Zozoitero. O grupo se organizou com a intenção de mostrar a pintura corporal, os grafismos Paresí, as formas de dançar e o canto, e as histórias que vem no canto. O grupo é composto por alunos das Escolas Zozoitero e Malamalali. O grupo é aberto, isto quer dizer que todos os alunos podem participar. Os pais dos alunos e os alunos assinam um Termo de Compromisso onde esta escrita que estão unidos e que se comprometem com a ajuda mútua e principalmente com fortalecimento e divulgação das manifestações da cultura tradicional. O grupo deve mostrar a cultura do povo haliti que nada mais é cultura do que a união do povo, na verdade é isto que nos distingue dos imuti. O nome escolhido kamaehye é o nome de um sábio, advinhador. Kamehiye é um herói mítico muito bom, uma pessoa boa do tempo que os Haliti Caderno de Resumos Página 82 saíram da pedra. A comunidade avalia bem o grupo, porque antes as apresentações dos alunos eram acompanhadas por um velho que deveria cantar e puxar o canto, mas agora os próprios alunos já fazem tudo e isso é uma evidência de que as coisas que os alunos desconheciam agora voltaram a saber e a praticar. Palavras-chave: Paresí-Haliti; Dança; Praticas Pedagogicas INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO ESCOLAR ENTRE OS PARESÍ Hellen Cristina de Souza CEFAPRO/Tangará da Serra [email protected] Geovani kezokenaece Escola Estadual Indígena Malamalali [email protected] Resumo: Esta comunicação trata dos processos de escolarização entre os Paresí, povo indígena falante de um língua do tronco Aruaque e habitante da região centro oeste do Brasil. O objetivo do trabalho é demonstrar que o modo Paresí de apropriar-se da escola possibilitou a construção de um projeto de educação intercultural a partir de si mesmos. A interculturalidade é um projeto histórico e social de autoria e insurgência que se dá no modo como os Paresí reatualizam as tradições míticas para incluir a educação escolar. Paradoxalmente, entre os Paresí, a ressignificação positiva dos processos de escolarização não anulou ou minimizou o caráter conflituoso da relação que os instituiu. A educação escolar continua sendo descrita como um projeto em oposição ao Estado. Palavras-Chave: Paresí; Educação Escolar; Interculturalidade GT 9: DIVERSIDADE BIOLÓGICA E AMBIENTE Coordenação: Edenir Maria Serigatto Celice Alexandre Silva CONTABILIDADE ECOAMBIENTAL REGISTRO DOS EFEITOS EXTERNOS – UM ENFOQUE PARA OBTER O PIB ECOLÓGICO Fabiana Pereira Leite Lancelotti UNEMAT-CUTS Nilson Dauzacker UFMT Resumo: Pela ciência econômica, no início do período e dentro dos conceitos da macroeconomia, projetar os valores que comporão o PIB Ecológico e pela ciência contábil, ao final do período e dentro dos conceitos microeconômicos, uma vez identificados os efeitos externos como atos contábeis, Caderno de Resumos Página 83 registrá-los e evidenciá-los em demonstrativo – Balanço Ecoambiental – que permita confirmar ou não as projeções da Economia quanto ao PIB Ecológico e assim oferecer sua contribuição à sociedade no que se refere aos eventos relacionados com as atividades e os serviços da própria natureza, assim como os impactos ambientais que provocam alterações nos ecossistemas. Propõe-se com este estudo, estender a aplicabilidade dos recursos das ciências contábeis para, com seus métodos e técnicas, medir, quantificar, valorar e evidenciar, em suas demonstrações, a interação entre as entidades públicas e privadas com o ecossistema quanto aos efeitos positivos e negativos gerados pelas externalidades; visualizam-se nos componentes valorados dos efeitos externos à economia soluções factíveis para oferecer, dentro de novo conceito e sob a égide dos procedimentos macro e microeconômicos, condições para obtenção do PIB Ecológico, além de constituírem instrumento para auxiliar no controle dos impactos ambientais. Palavras chave: Economia Ecoambiental; Contabilidade Ecoambiental; PIB Ecológico. CONHECIMENTO TRADICIONAL: TEORIA E PRÁTICA NO ASSENTAMENTO RIO BRANCO EM NOVA OLÍMPIA MATO GROSSO Marinalva Gomes E.E. Reinaldo Dutra Vilarinho [email protected] Hellen Cristina de SOUZA CEFAPRO/Tangará da Serra [email protected] Resumo Esta pesquisa foi realizada durante o período de julho de 2005 à maio de 2006, com auxílio de uma bolsa de iniciação científica, PROBIC/ UNEMAT, ligada ao NEED – Núcleo de Estudos de Educação e Diversidade/UNEMAT, Campus Universitário de Tangará da Serra, no contexto do projeto de pesquisa “Educação e Diversidade: Educação com Pertinência Cultural”. Este trabalho teve como objetivo contribuir com a atual discussão sobre modelos alternativos de ocupação da terra nos espaços da fronteira agrícola. A proposta metodológica foi elaborada a partir do referencial da pesquisa participante. O trabalho de campo incidiu em atividades de relatos de experiências e vivências, observação e entrevistas. No Assentamento Rio Branco no município de Nova Olímpia, vivem 86 famílias das quais foram entrevistados 55 moradores, foram aplicados questionários estruturados e semi-estruturados com amostragem aleatória simples. A discussão voltada para a distribuição de renda do município revelou uma estrutura fundiária altamente concentradora, 79,7% das terras municipais estão nas mãos de 4,7% dos proprietários, enquanto 37,5% possuem 1,4% do total das terras. Os registros sobre educação dão conta de elevados índices de analfabetismo, 25,45% dos entrevistados revelam que nunca frequentaram a escola, 50,9%, apenas as séries iniciais do ensino fundamental. Os dados sobre as práticas agrícolas mostram que a totalidade dos moradores do assentamento desenvolve alguma prática agroecológica, além de uma ampla variedade de cultivos sem a utilização de produtos químicos, dentre eles destacam-se o milho (Zea mays L.) e a mandioca (Manihot esculenta). A grande diversidade de práticas e cultivos, as alternativas de controle biológico, as práticas ambientalmente sustentáveis e de baixo custo revelam autonomia na produção que não esta associada a índices melhores de escolarização, no entanto são insuficientes frente as exigências do mercado.O conhecimento tradicional dos agricultores baseia-se nas vivências e experiências que são passadas para as futuras gerações através da tradição oral. Caderno de Resumos Página 84 Palavras Chave: Experiência-Agroecológica, Educação no Campo, Pequenos Agricultores, Práticas agrícolas, A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO/ CAMPO NOVO DO PARECIS-MT Giordana Quadros Brandão [email protected] Elaine Peres da Silva [email protected] Resumo: O objetivo deste trabalho foi verificar a importância dos desenhos animados no processo de ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no município de Campo Novo do Parecis-MT. Para realização desse trabalho além do planejamento minuncioso das aulas foi realizada investigação nas locadoras presente na cidade, com a finalidade de levantar os DVDs, que tratavam das discussões sobre Educação Ambiental, e que através da leitura visual e verbal de cada filme promovia a interdisciplinaridade e a focalização para os valores humanos universais, sistemas globais de vida, dinâmica populacional e riquezas humanas e naturais. Os filmens mais locados foram: Deu a louca em Chapeuzinho Vermelho, Os Sem floresta, Madagascar, Vida de inseto, O bicho vai pegar, Irmãos ursos I e II, Monstro S/A, Espanta tubarão, A fuga das galinhas, A família do futuro, Bob esponja e sua turma, A família do futuro, Vai dar onda, Lucas no formigueiro,O mundo dos animais. Esses filmes foram assistidos e interpretados em sala de aula durante período de realização dos trabalhos. O público alvo foram alunos do 2˚ e 3˚ Ano do Ensino Médio. A metodologia utilizada foi dividir os alunos em equipes para cumprirem as tarefas propostas durante o toda a pesquisa. A cada encontro, após assistir o filme proposto, a equipe interpretava e debatia sobre os temas abordados no filme, e planejavam como apresentar os resultados numa aula expositiva para a obtenção de maiores informações, planejamento em grupo e organização disciplinar. Os resultados obtidos sobre o projeto foram computados nas entrevistas com os alunos através de um questionário estruturado, 100% dos participantes perceberam como nossa vida está intimamente ligada aos elementos do ambiente e aos seres que nele vivem, e notaram que tudo que existe em nosso planeta constitui uma unidade cujo equilíbrio deve ser assegurado. Pôde-se perceber que os pontos de vistas dos alunos que participaram do projeto foram fundamentais nos resultados e discussão, pode se inferir que essas concepções serão indispensáveis para trabalhos futuros. O lúdico foi um ponto de partida que influenciou os estudos de Educação Ambiental no processo de ensino aprendizagem no Ensino Médio. Palavras-chave: Educação Ambiental, ensino aprendizagem, lúdico. ESTUDO ETNOBIOLÓGICO DOS MORRADORES DO CÓRREGO BURITI – TANGARÁ DA SERRA/MT Kristiane Fick Graduada em Ciências Biológicas – UNEMAT [email protected] Resumo: Caderno de Resumos Página 85 Através do estudo etnobiológico de uma comunidade, pode-se inferir a respeito do conhecimento e dos conceitos desenvolvidos e utilizados pela mesma a respeito do mundo natural, buscando compreender como tais grupos humanos apropriam-se intelectualmente e materialmente dos recursos naturais, considerando as influências que estes recebem sobre o desenvolvimento cultural do homem. Nesse sentido, a questão da cultura envolve a determinação das relações existentes entre o ser humano e a natureza. Com o objetivo de verificar as relações entre ser humano e meio ambiente, bem como a influência que um exerce sobre o outro, foi realizado um estudo etnobiológico da comunidade ribeirinha do córrego Buriti - Tangará da Serra/MT. As entrevistas foram realizadas, no período de abril a agosto de 2008, com 30 moradores ribeirinhos, com o tempo de residência mínima de cinco anos no local. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questões abertas e fechada, onde a escolha dos informantes foi realizada através da técnica “bola de neve” (BAILEY 1994, apud ALBUQUERQUE e LUCENA 2004). Os resultados demonstraram que 90% dos moradores do entorno do córrego notaram o surgimento de alterações no córrego, sendo as conseqüências mais visíveis: o assoreamento, o desmatamento, a poluição e a redução no volume de água. Além disso, a qualidade de vida dos moradores ribeirinhos esta sendo afetada, uma vez que 30% dos moradores consideraram muito ruim morar próximo ao córrego e 77% ponderaram aspectos negativos, sendo os mais citados: a poluição e o mau cheiro. Como consequência, observou-se alteração no comportamento dos moradores em relação ao córrego em questão, pois os mesmos deixaram de fazer uso do córrego em atividades como lavar roupa, limpar casa, banho, lazer, pesca, entre outros. De maneira semelhante, estes ribeirinhos passaram a manifestar preocupações com relação ao córrego, tais como: proteção do córrego, morte do córrego, a possível inutilização do mesmo, saúde, criminalidade e enchentes. Em contrapartida, ao serem indagados se já haviam realizado alguma medida de proteção do córrego, 77% dos entrevistados afirmaram ter efetuado alguma prática, sendo as mais citadas plantar árvores, mutirão de limpeza, procurar os órgãos públicos responsáveis, não jogar lixo e não deixar jogar lixo no local. Dessa maneira, pode-se concluir que existe uma relação de co-dependência entre o ambiente do córrego e a população ribeirinha, onde um exerce influência direta e indireta sobre o outro. Palavras-chave: Etnobiologia, córrego Buriti, co-dependência. ÍNDICE DO TABAGISMO NO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO, CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA Roseani Peixoto dos Reis Keity Natália dos Santos Pereira Janaína Pessoa Soares Rita de Cássia Servilha Acadêmica de Ciências Biológicas -UNEMAT-CUTS Resumo: O conhecimento da prevalência do tabagismo é necessário para a realização de programas institucionais adequadas que visem à diminuição do número de fumantes. O objetivo do trabalho foi verificar o índice do tabagismo dos acadêmicos de Ciência Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso(UNEMAT)/Campus de Tangará da Serra. Foram analisadas as respostas obtidas a partir de um questionário contento questões abertas e fechadas totalizando oito. Foram pesquisados os acadêmicos do primeiro e do quinto semestre. Dos pesquisados 65% são matogrossense sendo 20% tangaraense. A faixa etária dos acadêmicos foi de16 a 26 anos, sendo 70% do sexo feminino e 30% do sexo masculino e 85 % não são fumantes. Os resultados obtidos Caderno de Resumos Página 86 mostraram que a maioria dos acadêmicos fumantes começaram a fumar por influência de amigos. Observou-se que no período de aprendizagem dos adolescentes a possibilidade de começar a fumar é maior pelo fato de que nessa fase estão sempre a procura de novas experiências, por isso que a maioria dos fumantes começaram a fumar no ensino fundamental, ensino médio ou faculdade e isso esteve relacionado com a idade. Com base nesses dados e em leituras especializadas observou-se a impotancia de implementar programas de combate ao tabagismo mais efetivos nas escolas, pois, quando informações são levadas aos alunos e funcionários, podem trazer resultados apreciáveis na redução de fumantes regulares. É importante ressaltar que pode haver omissão, pois o resultado aponta apenas os universitários que assumiram-se fumantes, ou seja, pode ser que o número de fumantes seja maior que o apresentado. Palavras- chave: Acadêmicos, tabagismo, ciências biológicas. MICROORGANISMOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DO PÃO E DO IOGURTE CASEIRO Lucimar Aparecida da Silva Azambuja Escola Estadual Jada Torres [email protected] Resumo: Os microorganismos fazem parte de nosso dia-a-dia, sendo assim podemos interagir com eles de forma saudável ou não. A feira de conhecimento possibilita aos alunos, professores, pais e toda a comunidade, terem acesso a informações importantes para se utilizar no cotidiano. Objetivos: descrever os males e benefícios dos microorganismos de forma geral. Aprender como se faz o iogurte caseiro e expor sobre a importância do iogurte para a saúde. Descrever como é o processo que a bactéria utiliza para coalhar o leite. Verificar como é o processo de crescimento do pão e como atua o fungo Schaccaromyces cerevisae. Os alunos da 6ª série A, foram divididos em três grupos. O primeiro grupo pesquisou sobre os microorganismos em geral, o segundo pesquisou sobre o fungo que faz o pão e o terceiro grupo pesquisou sobre a bactéria que faz o iogurte. O projeto será apresentado pelos alunos. Este estudo possibilitou aos visitantes da feira, o contato com as informações sobre a utilização do fermento no preparo do pão que é um fungo que se desenvolve nas condições ideais da massa do pão. Outro fator é a fabricação do iogurte, mostrando que é uma bebida fácil de fazer e muito saudável para o organismo. A maioria das pessoas, que visitaram essa sala, não tinha conhecimento de que a bactéria não é só maléfica, mas muitas podem beneficiar o organismo dos seres humanos. Quanto ao fermento do pão foi com muita surpresa que os visitantes descobriram que o que faz o pão crescer é a ação de fungos, que em condições ideais eles se desenvolvem. Percebe-se, portanto que a feira de conhecimento tem uma função muito importante não só para os alunos, mas também para a comunidade de forma geral. Palavras chaves: bactérias, fungos, feira de conhecimento. RELATOS ETNOFARMACOBOTÂNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR ALGUNS MORADORES DO MUNICÍPIO DE PORTO ESTRELA-MT Fabiana Aparecida da Silva Professora Mestre Departamento de Farmácia, UNIC, Tangará Sul Paulo Pereira Ramos Júnior Caderno de Resumos Página 87 Acadêmico do curso de Farmácia, UNIC, Tangará Sul. Universidade de Cuiabá- Campus de Tangará da Serra Resumo: As plantas medicinais vêm sendo considerada uma rica fonte de obtenção de drogas para serem exploradas terapeuticamente. A utilização das mesmas é um fato que ocorre de geração em geração, geralmente sem prescrição médica, mas com efeitos farmacológicos conhecidos. No município de Porto Estrela, MT, com pouco mais de quatro mil habitantes. Neste local é comum o cultivo de plantas nos quintais principalmente para fins terapêuticos. O objetivo da pesquisa foi descrever os relatos dos moradores acerca do uso de plantas para fins terapêuticos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista. Os entrevistados após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido foram identificados de acordo do protocolo de anotação dos dados. As plantas mais citadas foram o poejo (Mentha pulegium), boldo brasileiro (Plectranthus barbatus), hortelã verde (Mentha spicata), manjericão (Ocimum basilicum), sabugueiro (Sambucus sp). De acordo com os relatos da entrevistada n.10, que reside há 35 anos no local e tem 72 anos de idade, quando chegou no município a incidência de malária era muito alta e para o tratamento da mesma, era utilizada a esponja vegetal (Luffa cylindrica). Esta planta é uma cucurbitácea trepadora, de grandes folhas as quais eram submetidas a infusão e segundo ela melhora as dores no corpo e diminui a temperatura corpórea. Ainda convém lembrar sobre as chamadas garrafadas, aonde são feitas as misturas de várias espécies de plantas com diversos efeitos terapêuticos. A mistura da folha de algodão (Gossypium hirsutum L.), do gerbão (Verbena officinalis L.) e do mentruz (Coronopus didymus), é um bom exemplo, onde esta combinação ajudará no melhoramento da fisiologia do estômago e no tratamento de câncer. As plantas medicinais além de serem benéficas na sua utilização em determinados tratamentos, podem vir a ser classificadas como métodos de prevenção. O chá de louro (Laurus nobilis) e a folha de mandioca (Manihot esculenta Crantz) são ingeridos para fim de digestão, o chamado chá de sete ervas evitando diversas patologias. Levando em conta os aspectos observados, fica notável que a utilização das plantas medicinais como atividade terapêutica é algo que deve ser mais explorado e divulgado, uma vez que muitos fármacos e conseqüentemente, as curas de diversas doenças podem vir a ser descobertos pela abordagem do conhecimento dos mais antigos e pelo investimento em pesquisas que revelem tais descobrimentos. Palavras-chave: Plantas medicinais, atividade terapêutica, tratamento medicinal, efeitos tóxicos. Caderno de Resumos Página 88