IGREJA BATISTA GÊNESIS
Série: HÁBITOS EFICAZES DE CRISTÃOS VITORIOSOS
Grupos Pequenos Batista Gênesis
Lição 5 – A PRÁTICA DE NÃO SE DOBRAR DIANTE DE DIFICULDADES
TEXTO B ÍBLICO :
(Salmos 107:6) - “E clamaram ao SENHOR na sua angústia, e os livrou das suas dificuldades”.
Ponto Saliente:
Quem se ajoelha perante Deus não se dobra diante das dificuldades.
Para conhecer e pensar:
A tarefa de Deus não é eliminar das nossas vidas as dificuldades, mas nos fortalecer para
vencê-las.
Objetivos deste estudo
 Compreender os benefícios produzidos pelas dificuldades.
 As dificuldades nos humanizam e geram dependência do cristão a Deus.
 Como reagir quando elas querem roubar nossas forças?
 Quais as atitudes que devo tomar quando elas parecem intransponíveis?
Conteúdo:
Por que os bons enfrentam dificuldades? Por que eles sofrem? A oração pode me livrar da
travessia e momentos difíceis? Esta questão tem desafiado as emoções do homem em
qualquer tempo da história. Não podemos criar uma regra para estas perguntas, porque
muitas vezes já vi Deus livrar pessoas das dificuldades através da oração, mas já em outros
casos percebo que a oração não surtiu efeito algum. Aqui a questão está relacionada com os
propósitos e com o plano de Deus para nós. Se Deus quer nos permitir atravessar dificuldades
para nos amadurecer, para nos provar ou para simplesmente produzir humildade e
dependência a ele ou simplesmente nos colocar no centro da sua vontade, não tem oração
que seja eficaz. Contudo sabemos que os planos e os propósitos de Deus para nós são bons,
como tão bem disse o profeta: (Jeremias 29:11) – “Porque eu bem sei os pensamentos que
tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim
que esperais”. O texto me lembra das dificuldades pelas quais passou José. Enquanto ele se
apegava a Deus para vencê-las foi sendo conduzido através das dificuldades para o local onde
Deus cumpriria seus planos em sua vida. Percebo que as dificuldades forneceram o transporte
que o conduziu ao local da bênção. E ele parece não fazer a leitura de que as dificuldades
estavam ali como um sinal de desproteção ou abandono divino, o que é mais importante.
Heródoto, filósofo grego, disse: “As adversidades têm o efeito de atrair a força e as qualidades
de um homem que estavam adormecidas na ausência delas”. É fato! Só sabemos da nossa real
capacidade, só conhecemos a intensidade da nossa força interior adormecida, quando somos
postos à prova.
Quando o exército de Israel esteve encurralado ante ao desafio proposto pelo gladiador Golias,
fomos surpreendidos com a coragem de um jovem que chegou ali “aparentemente por acaso”
e se ofereceu para enfrentar o gigante. Davi não fazia parte dos convocados para aquela
batalha, concretamente não tinha idade para prestar seu alistamento militar. Porém, diante
daquele quadro difícil ele se oferece ao desafio. Seus irmãos que estavam no exército não
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acreditaram na sua vitória. O próprio rei não acreditava na possibilidade de sair vitorioso
daquela batalha. Permitiu que Davi fosse apenas porque não tinha ninguém no exército que
houvesse se voluntariado, conforme Deus deixou registrado na sua palavra:
1 Sm 17.33 – “Respondeu Saul: "Você não tem condições de lutar contra esse filisteu; você é
apenas um rapaz, e ele é um guerreiro desde a mocidade".
A mulher siro fenícia é outro destes casos espetaculares de demonstração de força interior
que motiva a fé que quando é temperada pelo sal das dificuldades se agiganta. Sua dor era
profunda, e ao encontrar Jesus ela depositou seus pés toda sua confiança. “Senhor, filho de
Davi, tem misericórdia de mim, minha filha está miseravelmente endemoninhada” (Mt 15.22).
Percebe a intensidade do seu clamor? A presença do Espírito de Deus em nós nos fortalece,
anima e nos encaminha para o bem. Porém o Diabo quando se aloja em uma pessoa, e o faz
imitando a operação de Deus, querendo fazer de vidas humanas a habitação da sua presença,
ele o faz para matar, roubar e destruir. Uma das cenas mais tristes que pode ser vista em um
ser humano é vê-lo virando habitação de demônios. Era este o quadro da filha desta mulher.
Que dificuldade! Imagino que ela já houvesse tentado todas as possibilidades de libertação da
sua filha quando chegou até Jesus, sem óbvio lograr êxito. Porém, não se dobrou diante das
dificuldades, continuou lutando.
O texto diz que acentuando suas dificuldades Jesus não falou uma palavra àquela mulher. A
cena incomodou os discípulos, que chamando atenção de Jesus, pediram: “Diz alguma coisa
para esta mulher, ela vem gritando atrás de nós”. O incômodo produzido pela insistência
daquela mulher no coração dos discípulos revela quanto ela era tenaz, persistente, o quanto
não se dobra diante das dificuldades, do aparente desinteresse de Jesus em atendê-la. Muitos
precisam de estímulo oral, visual, de um empurrão, de incentivo que os estimulem a buscar
mais intensamente a ajuda de Jesus. Com aquela mulher acontece o inverso, as dificuldades
postas por Jesus era para fazer dobrar o de caráter mais frágil. O certo é que aquela mulher
não se dobrou diante das dificuldades postas por Jesus e mesmo recebendo várias negativas
continuou clamando. Você percebe que a maioria das pessoas quando recebem uma negativa
desistem? Através da vida desta mulher conhecemos o prêmio dos que insistem, dos que vão
até o fim.
Tenho um primo que falou para namorar a uma moça dezenove vezes antes de receber um
sim. Ela não se sentia atraída por ele, ainda que não fosse feio nem desagradável. No entanto,
sua insistência rendeu-lhe o grande prêmio. Eles terminaram namorando e casando anos
depois. Quantos não já desistiram com dificuldades menores? Ela contava que apesar de
insistir muito, não era chato. Sempre estava procurando servi-la, aceitou por um tempo ser
apenas um bom amigo. No final deu tudo certo, e deu porque ele não se dobrou diante das
dificuldades iniciais.
Aquela mulher siro fenícia é um dos personagens mais espetaculares da bíblia. Não
propriamente por sua segurança, pela insistência firme, mas, sobretudo, porque ela nos ensina
um caminho, o caminho da vitória. A vitória não contempla os que desistem fácil, mas os
persistentes. Veja sua atitude diante da afirmação nacionalista de Jesus: (Mateus 15:25) –
“Então achegando-se ela mais perto de Jesus, adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!”
Percebe? A negativa encontrou um coração disposto a adorar Jesus na adversidade, enquanto
estava recebendo uma estonteante negativa ao seu pleito. Ela troca momentaneamente o
pedido de socorro por uma adoração. Ao revelar sua necessidade, também dizia: “Você é meu
salvador, o único que pode fazer algo nesta situação”. Nós somos tentados a bater em tudo
quanto é porta na hora das dificuldades, ela não. Sua única porta era Jesus. Aquele milagre,
diferente de tantos outros, não sairia barato para aquela mulher, pois ainda teve que resistir a
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outra dificuldade, porque Jesus interrompe sua adoração com uma dura afirmação: “Não é
bom dar pão de filho a cachorrinhos” (26). Percebo que Jesus estava mesmo era querendo
testar a fé daquela mulher, porque muitos de nós queremos os milagres de Deus, mas não
aceitamos ao Deus de milagres. Sua resposta foi ainda mais espetacular: “Sim, Senhor (em
nenhum momento Jesus deixou de ser o Senhor dela, mesmo quando negava o milagre), mas
os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa do seu senhor” (27). Que
disposição! E que inteligência! Sim, porque comumente quando somos contrariados
emburrecemos. Ela não altera o seu comportamento nem a sua busca por nada, era de fato
uma adoradora, não apenas uma interesseira em busca dos favores de Deus. Se ela recebeu o
milagre que desejava? Lógico que sim, veja: (Mateus 15:28) – “Então respondeu Jesus, e disselhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela
hora a sua filha ficou sã”. Mas quem disse que é de milagres que estamos falando? Este foi um
dia em que um milagre espetacular foi completamente diminuído pela atitude elegante,
coerente e firme daquela mulher. O que nos ensina esta palavra? Ela não nos ensina o
caminho seguido para alcançar um milagre apenas, nos ensina como a fé deve ser exercida por
cada cristão. Ela precisava do milagre? Sim, lógico, precisava. Mas ela não vai arranhar sua
relação com o Senhor apenas porque está necessitada de um milagre. Existem pessoas, na
verdade a maioria de nós somos assim, que na hora da necessidade extrema respondemos
emocionalmente muito mal quando não somos correspondidos na íntegra em nossas
expectativas. O nosso comportamento beira a irracionalidade quando somos contrariados,
quando não somos atendidos de pronto. A estabilidade emocional e a capacidade de não se
dobrar diante dos obstáculos, de se manter serena, controlada, de dizer e agir da forma
correta permitiu Jesus observar a grandeza da fé daquela mulher.
Conclusão
Uma notícia péssima chegou da casa de Jairo quando Jesus já estava a caminho parar orar por
sua filha (Mc 5:35) que estava à beira da morte. Quando o pior e o definitivo se estabelecem,
arrefecemos o ânimo, desistimos da busca, sepultamos o ânimo. Não se dobrar diante das
dificuldades, ainda que elas pareçam extremamente instransponíveis e definitivas é a ordem
divina hoje. Servimos a um Deus de milagres e por isto devemos crer e tentar “em todo
tempo”. Olha só a palavra para Jairo: (Marcos 5:36) – “E Jesus, tendo ouvido estas palavras,
disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente”.
Existem três coisas a se observar aqui:

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Más notícias têm a capacidade de roubar o nosso foco.
A necessidade de crer do início ao fim.
A preocupação de Jesus em orientá-lo a continuar crendo, para poder receber o
milagre.
Por fim, quero encerrar afirmando que a vitória não é dos que tentam, mas dos que não se
dobram diante dos obstáculos e que, portanto chegam ao final nos seus projetos.
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