www.diocesedefoz.org.br Setembro / Outubro de 2013 - Edição Nº XXI - Ano III "Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós. Ela nos quer e nos cuida" Papa Francisco Página 03 Vida dos Santos São Miguel, São Gabriel, São Rafael e São Francisco Perspectivas da Ação Evangelizadora Página 04 Leitura Orante da Bíblia Para renovar as paróquias será preciso também melhor distribuir os recursos, tanto materiais e quanto humanos. Será preciso melhor distribuir o clero e acolher o auxílio dos conselhos de pastoral e de assuntos econômicos, etc. A fé deve ser transmitida com novas linguagens, sem abrir mão da Tradição e das verdades imutáveis da doutrina da Igreja. Página 15 Visita pastoral na paróquia de Matelândia .......... Página 05 Olhar do bispo ...................................................... Página 05 Uma jornada que não acaba: Ide! ......................... Página 06 Mês da Bíblia ........................................................ Página 10 Agenda do bispo .................................................. Página 14 A Leitura Orante não é estudo bíblico, discussão de idéias, aquisição de conhecimentos bíblicos. Não é leitura para depois fazer palestras para os outros. É rezar com a Bíblia para sermos discípulos de Jesus. Também, podemos dizer a Leitura Orante é uma experiência, um exercício, uma prática, uma relação pessoal, viva com Deus e com a realidade. Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus Página 16 Paróquia em DESTAQUE Página 12 02 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Editorial Expediente: Caríssimos leitores do nosso Jornal Precursor Diocesano, essa é a nossa quarta edição deste ano e é sempre uma grande alegria fazer acontecer este importante veículo de comunicação de nossa Diocese. A cada edição vamos abrangendo, o máximo, toda a extensão de nossa Diocese e mostrando, assim, os principais acontecimentos em nossas Paróquias e também de caráter diocesano. Nestes dois meses são muitos os bons motivos que nos levam a escrever para que todos partilhem das riquezas que celebramos: em setembro não pode passar despercebida a atenção à Palavra de Deus, é claro, que não se trata apenas destacá-la neste mês, o que a Igreja deseja, é que sempre mais possamos conscientizar-nos de sua importância em nossa vida, temos a oportunidade de aprender mais sobre a Lectio Divina(leitura orante da Bíblia). No Mês de setembro, também destacamos a festa dos Arcanjos, Miguel, Rafael e Gabriel, celebrada dia 29, neste ano ela será omitida em ser celebrada em todas as igrejas por cair em um domingo, contudo, será celebrada naquelas igrejas em que um dos arcanjos é Padroeiro principal. Da mesma forma, em relação ao mês do Rosário, celebrado em outubro, como seria bonito e expressivo se todos os católicos sentissem gosto em rezar o Terço, se arrumassem um tempinho para tão bela devoção. No que se refere ao mês de Outubro ainda é mais pleno de acontecimentos, além do que já se mencionou podemos destacar o seu início, dia de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face e, por isso é muito oportuno trazer no espaço Paróquia em Destaque, um pouco da história da Paróquia Santa Teresinha, da cidade de Santa Jornal da Diocese de Foz do Iguaçu Período: Bimestral Tiragem: 10.000 Diretor Proprietário: Dom Dirceu Vegini Administração: Pe. Antônio F. Melo Viana Redação: Pe. Dionísio Hülse Revisão: Professora Celimara Cristine Lima Strelow Marketing: Pe. Sérgio Bertotti Jornalista: Daiana Bremm da Silva - Mtb 8636 Arte e Diagramação: Elviston Spricigo Sugestão de Pauta e-mail: [email protected] Fone: (45) 3574-5811 Distribuição Mitra Diocesana: Everton dos Santos Alchapar Vanice de Andrade dos Santos Contatos: (45) 3574-5811 / (45) 3572-0513 E-mail: [email protected] Terezinha de Itaipu, mas também uma menção importante sobre outro santo que, como Santa Teresinha, é muito querido de todos, São Francisco de Assis, que inspirou ao novo Papa de como ele gostaria de ser chamado. E, é claro, um destaque carregado de afeto pela Mãe querida de todos os católicos brasileiros, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, seja sempre nossa principal intercessora junto à seu Filho Jesus. Mas também o mês de outubro traz outros importantes acontecimentos, é o mês missionário e, como a Igreja tem insistido em resgatarmos nossas origens de Igreja Missionária, temos o artigo sobre o COMIPA(Comissão Missionária Paroquial), que nos esclarece bem como formá-lo em nossas Paróquias e como pode nos ajudar em fazer nossas Paróquias verdadeiramente missionárias. Temos ainda o Dia Nacional da Juventude e algo mais sobre a Jornada Mundial da Juventude, em qual jovens de nossa Diocese mostram todo o seu entusiasmo, a eles devemos dar espaço e apoio para que construam, de fato, uma nova sociedade, mais plena do amor de Deus. Finalmente, caro(a) leitor(a), nesta edição temos ainda a satisfação de contar com artigos muito interessantes que, com certeza, nos farão bem e colaborarão para nosso crescimento como: Olhar do Bispo, trata-se da palavra no nosso Pastor, Dom Dirceu, que sempre nos orienta com palavras de encorajamento e otimismo, sua agenda, que nos informa sobre suas atividades em prol desta Igreja Particular. Um excelente artigo sobre a última Encíclica e, ao mesmo tempo, a Primeira Encíclica do Papa Francisco – Lumen Fidei – que neste Ano da Fé nos afirma que a Fé, verdadeiramente, é a luz que todo Cristão precisa para caminhar com firmeza nos dias atuais. O artigo “A Riqueza dos Pobres” de Dom Fernando nos esclarece bem o pensamento da Igreja sobre um tema que constantemente está sendo falado pela Igreja, assim como nos convida a buscar conhecer ainda mais sobre o tema. É muito importante que você também leia o artigo do Pe. Zezinho, “Cristo em Pedaços”, depois medite, sobre a importância de nós, católicos, marcarmos presença corajosa e dinâmica nos dias de hoje, enfim, está em suas mãos uma edição de nosso Jornal Diocesano preparado com muito carinho para você. No dia 26 de junho, o Papa Francisco nomeou o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, Dom João Carlos Seneme, para a vacante diocese de Toledo, depois da transferência de Dom Francisco Carlos Back para a diocese de São José dos Pinhais, no final do ano passado. Dom João assumiu sua diocese no último dia 08 de agosto, com a presença de muitos bispos, padres e povo de Deus. Nossa diocese deseja ao novo bispo de Toledo um profícuo apostolado, ao mesmo tempo em que, o acolhemos em nossa província eclesiástica. Seja bem vindo Dom João, conte com nossas orações e presença fraterna. Deus o abençoe. Diocese de Foz do Iguaçu. Óbulo de São Pedro A Diocese de Foz do Iguaçu depositou para a Nunciatura Apostólica no Brasil o valor de R$ 30.116,27 referente ao Óbulo de São Pedro do ano de 2013. Agradecemos a todos por este gesto de amor Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa vida? Papa Francisco na Via Sacra - JMJ Acesse: www.diocesedefoz.org.br LIVRARIA CATÓLICA SAGRADA FAMÍLIA ARTIGOS RELIGIOSOS PAPELARIA E PRESENTES Av. República Argentina, 1202 CEP 85851-200 - Centro Foz do Iguaçu - PR Fone: (45) 3523-6559 [email protected] GRAPEL Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 03 NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL A Imagem de Nossa Senhora Aparecida, foi encontrada no rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717, é de terracola, isto é, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura. Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio. A cor acanelada, com que, hoje, é conhecida, devese ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram. Entre os que confirmam ser uma Imagem do Século XVII, estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Bigra e Dom Paulo Lachenmayer. Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi- na época diretor do museu de Arte de São Paulo- que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras. Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Charturi, na época, restaurada do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo. O mais difícil foi determinar o autor da pequena Imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus. Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo, nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás. Todos estes detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e por isso, concluíram os peritos, Dom Clemente da silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus. A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a Imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho. A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu inicio pelos meados de 1717, quando chegou a noticia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto- MG. Convocado pela Câmara de Guaratinguetá,os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma Imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes vieram em abundância para os três humildes pescadores. Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas. A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente por D. José Camargo Barros. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI. Com o passar do tempo, a devoção à Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessário a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve inicio, em 11 de novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional; “maior Santuário Mariano do Mundo”. O primeiro prodígio, sem duvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato a não ser aquela da narrativa do achado da imagem. “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixes algum, dali por diante foi tão abundante a pesca que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera.” Entretanto, o mais simbólico e rico de significativos, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da Imagem. Numa noite, durante a reza do terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente. Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o Padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828. Em nossa Diocese de Foz de Iguaçu também muitos católicos são devotos de Nossa Senhora Aparecida e construíram várias comunidades tendo como padroeira Nossa Senhora sob este título. Na diocese temos três Paróquias como Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Em Foz do Iguaçu no Porto Meira , em Itaipulândia e em Diamante d’Oeste. Percebe-se a grande devoção que nosso povo tem também pelas inúmeras romarias que se faz ao Santuário de Aparecida. No olhar, no encontro com Nossa Senhora Aparecida está uma espiritualidade que não nos engana, ao contrário nos leva a Cristo. Certamente nosso coração se enche de alegria e esperança. Nota-se também que cresceu muito, nestes últimos tempos, a devoção e o amor a Nossa Senhora. É um bom sinal, pois, amando a Mãe, chegamos facilmente a amar o Filho. As historinhas contam quanto bem faz às pessoas uma simples expressão de devoção a Nossa Senhora. Quando queremos falar sobre Maria, sobre a vida, missão na Igreja, deparamo-nos com um problema que nos angustia no momento: como lidar com uma Nossa Senhora que é uma mulher do povo de Deus e no mesmo tempo, elaborar uma reflexão teológica. Maria não é uma idéia, uma reflexão, um esquema de ensinamento sem referência a uma pessoa. Por outro lado, ela não pode ser reduzida a uma simples mortal como outra qualquer, mesmo sendo a maior. Há algo mais. Partindo do humano, podemos chegar ao conceito. O humano de Maria está direcionado ao seu Filho Jesus. Maria aprendeu a ser o que Jesus era e com Ele está na redenção do mundo. Neste ano, temos como tema para a festa de Nossa Senhora Aparecida: “Com a Mãe Aparecida seguimos Jesus nossa Luz”. Preparemo-nos com muita alegria para celebrarmos com muita devoção e com o coração cheio de esperança a Festa de Nossa Padroeira. No mês de Outubro a Paróquia Espírito Santo e Nossa Senhora Aparecida, em Foz Iguaçu, estará recebendo a réplica da Imagem de Aparecida. Estará em nossa paróquia do dia 06 a 13 de outubro. Venha expressar sua devoção conosco. (Fonte: Site: Catequese católica) Pe. Dionísio Hülse 04 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br DNJ - Levante-se! Não temas! Seria coincidência “casar” esses dois imperativos para celebrar e viver o Dia Nacional da Juventude? “Levante-se, seja fermento” é mais uma das muitas orientações que recebemos durante esse ano, cheio de marcas históricas. Lembremos dos fatos que pudemos acompanhar: a abertura e vivência do Ano da Fé, a Campanha da Fraternidade voltada ao tema da igreja jovem, a Jornada Mundial da Juventude realizada em nosso País... De fato, se ainda não tínhamos essa certeza, agora não há possibilidades de dúvidas: nossa Igreja ama a Juventude! Não somos um grupo “a mais” na vida eclesial. Nós somos, junto aos demais, a Igreja de Cristo. E, dentro dessa Igreja, formamos a força de que tanto se necessita no atual contexto de Nova Evangelização. “O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo!” (Homilia do Papa Francisco, na Missa de encerramento e envio da JMJ Rio 2013) Aos que foram conquistados pela experiência do amor de Cristo ressuscitado, resta a missão: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. O Papa, em sua visita ao Brasil por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, dizia-nos que esta é sim uma ordem. Mas não uma ordem que nasce da imposição ou obrigação, e sim uma ordem que nasce do amor a Cristo. E, sem dúvida, aquele que fez a experiência desse amor, jamais queda em silêncio. Quer, antes, anunciar de alguma forma, comunicar aos amigos, aos familiares essa alegria que descobriu. Surge, então, um desejo interior e quase “nato” de missionariedade, tanto aos jovens como a todos os cristãos. E é nessa hora que não sabemos o que fazer com o desejo missionário que nasceu. Por vezes, silenciamos ou brecamos. Paramos em nossa experiência com o Ressuscitado. E a força que daí deveria nascer acaba se perdendo. Diz-nos, ainda, o Santo Padre: “A experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A Fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida...” (Homilia do Papa Francisco, na missa de encerramento e envio da JMJ Rio 2013). Nesse ponto, já podemos ter alguma ideia de como responder à pergunta inicial. Não! Não é coincidência o “casamento” dos imperativos. Tudo o que vivemos nesse tempo de partilhas, seja pelo Ano da Fé, pela Campanha da Fraternidade ou pela Jornada Mundial da Juventude, funcionou como um “prelúdio” do que será – ou “Já é!” – a nossa missão. Já não podemos mais fechar-nos em nossos grupos, fechar-nos em nossas paróquias, em nosso “mundo” por termos experimentado algo diferente do que o mundo experimenta. É a nossa vez! É a nossa hora! Já não há o que temer. Se antes tínhamos o medo de arriscar por não termos ajuda, hoje isso já não deve existir. Quantos subsídios nos foram dados por meio dos nossos pastores: a coleção “Aos jovens com Afeto”, a coleção “Youcat”, os diversos livros e pronunciamentos dos nossos Pais na fé. As forças estão aí, ora por meio de documentos, ora por meio de conversas amigáveis com nossos párocos, com nosso bispo... Esta é a nossa hora! Quando a Igreja nos diz que necessita da força jovem, ela não quer usar-nos só por meio das mídias sociais (com as quais temos muita facilidade), mas usar-nos na missão “rosto a rosto”. E disso, nós entendemos. Quanta facilidade temos para contagiar um ambiente. Em questão de minutos, conseguimos transformar um ambiente pessimista, pesado em um ambiente alegre, vivaz. Essa é a força que nos move. Somada à experiência com o Amor Ressuscitado, essa força é capaz de contagiar o nosso grupo, nosso bairro, nossa cidade, nossa diocese... É dessa forma que a mudança acontece. Porém, é necessário LEVANTAR. De que adiantaria toda essa movimentação da Igreja em torno da Juventude, se tudo isso acabasse com o encerramento da Jornada, do Ano da fé? Seria tudo em vão? Não! Alguém mudou nessa história toda. Ou estamos enganados? Se você chegou até aqui lendo esse artigo, creio que é porque em você existe Algo de diferente. É esse nosso “diferencial” que nos distingue de toda a massa, ora tachada de “normal”. E por sermos assim é que a Igreja acredita em nosso potencial. Levantemo-nos, portanto, e tomemos nossa posição: sejamos sal da terra e luz do mundo, certos de que existe Alguém nos sustentando e nos apoiando. Essa é a nossa Força, é a nossa Luz! Não há o que temer. Quem nos sustenta é o mesmo que nos disse: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. “Eu creio na força do Jovem, que segue o caminho de Cristo Jesus”. está próximo do homem e o céu está unido à terra. Os anjos vêm de Deus, “enviados a serviço, para vantagem daqueles que devem ser salvos” (Hb 1,14) Oração do Dia: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos Anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém” amor à pobreza, seu espírito evangélico inovador e reformador em plena adesão à Igreja, são mensagens vivas para o mundo atual. Oração do dia: “Ó Deus, que fizestes de são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.” Fonte: Missal Cotidiano – Paulus Allisson Wilhan da Silva Vida dos Santos 29 de setembro - São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos “Bendizei ao Senhor, mensageiros de Deus, heróis poderosos que cumpris suas ordens sempre atentos à sua palavra” Miguel, nome hebraico que significa “Quem é como Deus?” é lembrado duas vezes no livro de Daniel como protetor particular do povo eleito (Dn 10,13 e 12,1). A carta de São Judas (V.9) mostra-o em luta contra Satanás pelo corpo de Moisés. Também o Apocalipse recorda o combate de Miguel e seus anjos contra o dragão. A liturgia dos mortos pede-lhe que acompanhe as almas. Muito venerado pelos judeus, cedo tornou-se muito popular no culto cristão. Gabriel “força de Deus”, apresentou-se a Zacarias como “aquele que está diante de Deus” (Lc 1,19). Levar o anúncio de Deus é a tarefa que lhe reconhece Daniel (8,16; 9,21): de fato, anunciou o nascimento de João Batista e o de Jesus Cristo (Lc 1,5-22.26-38). Rafael, “Deus curou”, comparece no livro de Tobias como acompanhante do jovem Tobias em sua viagem e como portador de salvação do velho pai cego. São Lucas mostra muitas vezes a intervenção dos anjos nas origens da Igreja, porque com a vinda de Cristo a humanidade entrou em nova era, era definitiva, em que Deus 04 de outubro - São Francisco de Assis “Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, acolheu-o com amor.” Convertido a Cristo após uma juventude despreocupada, Francisco toma ao pé da letra as palavras do Evangelho e faz de sua vida uma imitação de Jesus pobre, todo empenhado em cumprir a vontade do Pai. Francisco afasta-se de antigo e tradicional conceito de vida monástica. Cria uma “fraternidade”; as grandes ordens franciscanas que dele têm origem – Frades Menores, Conventuais, Capuchinhos – encontram em Francisco mais que uma regra, um estilo de vida. Sua ação missionária, a pregação evangélica de ‘paz e bem’ foram direto ao coração dos povos. Poucos homens tiveram tanta influência na sociedade de seu tempo e além deste, como Francisco. Sua visão otimista da criação expressa no cântico das criaturas, seu Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO OLHAR DO BISPO A LUZ DA FÉ: A ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO O Papa Francisco presenteou-nos com a encíclica Lumen Fidei (A luz da Fé). Palavras do Papa: “A fé transmite-se de pessoa a pessoa, como uma chama que se acende noutra chama. Os cristãos, na sua pobreza, lançam uma semente tão fecunda que se torna uma grande árvore, capaz de encher o mundo de frutos”. Leia, caro leitor, o comentário do cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. A encíclica nos vem, não apenas para a melhor vivência do o Ano da Fé, mas para compreender e viver melhor a própria fé. Não é um texto para ser analisado com mera curiosidade intelectual, ou com o intuito de fazer uma análise teológica sobre ele, seria muito pouco. Bem mais, ele deve ser lido e degustado com o desejo de compreender e acolher cada palavra dita com amor de pai por quem fala com a sabedoria adquirida ao longo de uma longa existência e com o desejo de comunicar coisas essenciais à vida dos filhos... É interessante notar que o Papa não fala da fé a partir das “verdades da fé”: o primeiro capítulo traz o título – “acreditamos no amor”. Nosso ato de fé é precedido pelo amor de Deus, que se manifesta ao mundo e nos faz experimentar seu amor salvador; a experiência do amor precede a fé! Não é também isso que acontece entre as pessoas? Quando duas pessoas se amam verdadeiramente, elas passam a acreditar profundamente uma na outra... É o que já ouvimos do papa emérito Bento XVI, em outras ocasiões: "nossa fé e nossa experiência religiosa não decorrem de uma doutrina perfeita, nem de um ideal ético altíssimo, mas do encontro com a pessoa de Deus, amoroso e fiel, que se revelou, veio ao 05 Dom Dirceu Vegini − Bispo Diocesano nosso encontro e nos amou." É a isso que o Papa se refere, quando fala, na encíclica, sobre a Abraão, nosso pai na fé, a experiência histórica e mística do Povo de Israel, a vinda do Filho de Deus ao mundo e a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. “Ele me amou e por mim se entregou na cruz”, exclama São Paulo, depois de fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo, no caminho de Damasco, sua fé foi vivíssima e inabalável porque experimentou o “mistério” do amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus. Para os apóstolos e para os grandes cristãos, que foram e são os santos, falar da fé não significou tratar de verdades abstratas, bem elaboradas pela razão humana; eles falavam, antes de tudo, da pessoa de Deus e de Jesus Cristo, de sua ação envolvente, especialmente de seu amor misericordioso e de sua providência. As verdades da fé e da moral, também elaboradas, bem como doutrinas, seguem depois disso. A encíclica fala, no capítulo 2º, que é preciso crer para compreender, de fato, a fé é um dom sobrenatural, que nos é dado como luz forte, que nos faz perceber melhor aquilo que queremos compreender. É o contrário do que, geralmente, as pessoas imaginam: não é “ver para crer”, mas “crer para ver”. Na ordem da fé, podemos dizer: quem crê, compreende mais e melhor. Não é que a fé dispensa o esforço da razão e o estudo: fé e razão completam-se e não devem ser opostas, nem tidas como excludentes. Um belo capítulo trata da transmissão da fé: esta é uma das preocupações sérias da Igreja em nossos dias. O papa fala que a Igreja é “a mãe da nossa fé”. Esta não é um fato individual e subjetivo: aquilo que cremos foi transmitido a nós, vem de longe, dos apóstolos! “Transmitivos aquilo que eu mesmo recebi”, observou S.Paulo (1Cor 15,3). Cremos no testemunho de quem creu primeiro, e temos motivos bons para fazer isso! Cremos com quem já creu, os mártires, os santos, os mestres da fé ao longo da história. Cremos e temos o compromisso de continuar a transmitir hoje essa preciosa herança da fé! Enfim, a encíclica trata das obras da fé. “A fé, sem as obras, é morta em si mesma”, já advertia São Tiago! Mas não se trata de opor as obras à fé: estas são decorrência e fruto da fé verdadeira. Crendo, nós nos colocamos em sintonia com o plano de Deus sobre este mundo e sobre a nossa vida. E, então, surgem as obras da fé e cessam as obras contrárias à fé, porque são contrárias a Deus e ao seu amor! Dom Odilo Pedro Scherer AGRADECIMENTO DA PARÓQUIA DE MATELÂNDIA POR OCASIÃO DA VISITA PASTORAL A Paróquia Nossa Senhora de Caravággio completou este ano 50 anos e programamos vários eventos para comemorarmos. Tivemos a visita dos Freis Capuchinhos, que passaram um mês na Paróquia para melhor vivenciarmos o Ano da Fé. Em Maio, um mês todo especial, pois dia 26 celebramos Nossa Senhora de Caravággio, durante todo mês, comunidades foram visitadas e, como ponto forte, a coroação e a celebração dos 50 Anos, celebração, esta presidida pelo nosso Bispo Dom Dirceu. Tivemos agora, no mês de agosto, a graça de termos o nosso pastor Dom Dirceu novamente conosco, fazendo sua Visita Pastoral. Dia 11 de Agosto tivemos a celebração de abertura e, dia 18, o encerramento, com a celebração eucarística das 08h da manhã. A Visita Pastoral privilegia momentos de oração, encontro, revisão, confirmação da Fé e de renovação e, tudo isso, vimos acontecer na nossa Paróquia, durante a Visita do nosso pastor, em cada creche visitada, escola, colégio, postos de saúde, encontro com as lideranças, em especial mas celebrações eucarísticas. A presença de Dom Dirceu, suas palavras de ânimo e encorajamento, a bênção deixada em cada visita nos mostraram um Deus próximo, que caminha ao nosso lado, fortalecendo-nos e ajudando-nos a conscientizar a Renovação Paroquial, tão desejada. Agradecemos a Deus por esta graça e a Dom Dirceu, nosso muito Obrigado! Pe. Renildo Vieira. Pároco na Paróquia Nossa Sra. de Caravággio Diretor Espiritual: Padre Rainério Wenzel www.aveturismo.com.br - facebook.com/avelatinaturismo - Fone: (45) 3541-1407 / Cel: (45) 9975-4190 06 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Uma jornada que jamais acaba: Ide ! Os caminhos do mundo inteiro convergiram para o Rio de Janeiro em uma enorme corrente de amor, fé e fraternidade. A Cidade Maravilhosa pulsou de amor e o coração da Igreja pulsava forte nas batidas do Coração do Cristo Redentor, que acolhia a todos os peregrinos de braços abertos. Em seu convite para participar da Jornada Mundial da Juventude o Papa Emérito Bento XVI dizia à juventude: “Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens... Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa. O tema escolhido para este encontro foi “Ide e fazei discípulos entre as nações” (cf. Mt 28,19), este é o grande apelo missionário de Cristo à Igreja e aos católicos de todos os tempos e lugares, foi o convite que, com certeza, ressoou a toda a juventude reunida no Rio e à Igreja espalhada pelo mundo. Estar na JMJ é uma experiência profundamente marcante e que deixa sinais na alma. Encontrar com milhões de jovens de países, culturas, raças, línguas diferentes, mas que professam uma só fé e têm apenas um Mestre, Jesus Cristo, é provar da universalidade de ser católico e renovar o compromisso batismal. O encontro é a grande marca da Jornada, primeiramente com o Senhor, depois com os jovens do mundo e então com os Pastores, sob a guia amorosa do Sucessor de Pedro, o Papa Francisco. Nesta Jornada nós, jovens, encontramo-nos frente a frente com olhar profundo, o sorriso de pai, os braços acolhedores e as palavras firmes do Papa, “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Ele veio, encontrou-se conosco, ensinou e enviou-nos. Juntos, nos acolhemos, participamos das catequeses, das peregrinações, das Santas Missas, caminhamos com o Senhor pela sua Via Dolorosa, de joelhos, o adoramos, vigiamos com Ele, ouvimos, e aprofundamos a experiência do discipulado, tornamonos todos um “Campus Fidei”, onde a semente foi lançada, a fé foi fortalecida e a missão foi dada. Mas, apenas participar com entusiasmo da Jornada Mundial da Juventude não basta, é pouco, é só o começo. O discípulo é ensinado para uma missão, portanto, depois da experiência fantástica da JMJ, após os momentos de estar aos pés do Senhor, é preciso levantar e atender ao apelo: “Ide”. Agora é a hora de colocar em prática o tema desta jornada, atender ao apelo do Papa Francisco. A Igreja, é Viva, é Jovem, é Missionária. É necessário levantar, sair ao encontro de todos aqueles que necessitam, daqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo, anunciar o Evangelho nas periferias, acolher os excluídos e saciar os pobres e famintos, sempre a partir deste encontro com o Mestre, sempre a partir da sua Igreja, fortalecidos pela Eucaristia, pela oração e pelo amor fraterno. A verdadeira jornada da juventude jamais acaba. Ela teve início no batismo, é a jornada da vida, da fé e só se conclui quando nos encontrarmos face a face com aquele que nos enviou. Portanto o envio dado na JMJ é uma renovação e um impulso à vida missionária, ao encontro e, a nós jovens, fica o compromisso, resumido na Missa de Envio pelo Papa Francisco: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações". Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: "Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais". Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Que nos diz o Senhor? Ide, sem medo, para servir.” Lucas Marciel da Silva DEPOIMENTOS Uma experiência que vale a pena viver Para mim, a JMJ foi um momento muito especial e uma experiência maravilhosa que pude vivenciar e compartilhar com os meus 44 jovens de Matelândia. Foi ali, de fato, no meio dessa grande multidão de jovens, de toda raça, língua e nação, provindos de toda parte do mundo que pude ter a certeza de que ainda hoje os jovens têm muita fome e sede de Deus, e, o mais importante, que eles precisam de alguém como nós que anunciem a eles a beleza da vida nova em Jesus Cristo. Foi ali, que vi despertar, dentro de mim, mais uma vez, aquele mesmo entusiasmo que um dia levou-me a optar por uma vida de total doação ao Evangelho... Maravilhosas foram as palavras de encorajamento pronunciadas pelo Papa Francisco, as quais ainda hoje ouço ressoar com força nos meus ouvidos, convidado-me a ter coragem, a ser autêntico, a viver uma vida de oração e a amar os jovens como a menina dos nossos olhos. A sua frase, ou melhor, o seu ensinamento que mais me tocou foi aquele do pequeno pedaço de terreno bom que todos nós somos chamados a preparar no nosso coração para que Deus jogue as suas boas sementes que brotando nos trarão felicidade. Ao falar disso, o Papa nos encorajou dizendo que todos nós podemos e temos a capacidade de preparar esse pequeno terreno e portanto, todos nós podemos coma ajuda de Deus ser protagonistas da nossa própria felicidade. Por fim, tenho a dizer que também fizemos muitos sacrifícios; e talvez foi justamente isso que nos fez dar a cada momento um profundo valor. Não foi fácil dormir por terra, fazer filas enormes para o banheiro, passar horas sem comer, caminhar quilômetros com enormes mochilas nas costas, etc. Mas tudo valeu a pena. Depois de tudo isso acredito que posso concordar com os meus jovens que disseram: "Padre estamos pronto para Cracovia! Então vamos nos preparar." Padre Antonio Oliveira Rocha f.n (Piamartino) Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio O Deus que se faz presente A Jornada Mundial da Juventude pra mim, foi como poder enxergar Deus em milhares de pessoas, as pessoas sorriam para mim como se me conhecessem há muito tempo, um olhar amigo que nós acolhíamos. Partilhar uma mesma cidade, que estava tomada por jovens católicos, me fez crer ainda mais na minha missão, me entusiasmou a seguir adiante, em acreditar que não estou só, que existem pessoas com as mesmas coragens, ideias, religião e fé. A presença de Deus na minha jornada se mostrou nitidamente como o Pai que cuida o tempo todo de nós que, ao confiar e entregar os nossos medos a Ele, se mostrou que Deus é providência, e misericórdia. A sua providência é infalível, quando nosso coração confia e tem fé, me fez se apaixonar ainda mais, ter o ânimo de anunciar as suas obras a outros jovens. Como o papa mesmo dizia que não devemos ter medo, que nós temos que ter a coragem de testemunhar, e que nós, jovens, temos este poder de evangelizar outros jovens, não devemos guardar pra si mesmo, não devemos ser egoístas, precisamos falar de Jesus Cristo. Ver o papa passar diante de mim, acenando com um ''tchauzinho'', foi inacreditável, o coração batendo forte, as mãos trêmulas eram sinais dessa emoção. Quem diria que conseguiria vê-lo na jornada? Jornada é ser peregrino. E ser peregrina, para mim, foi, apesar de todo o sofrimento vivido, uma experiência grandiosa e que tornou a minha visão do sofrimento, como algo grande, pois quando amamos algo, nós não temos medo de sofrer, pois Deus sofre junto com a gente, e está ao nosso lado sempre. Jacqueline coordenadora do grupo de Jovens Ágape de Matelândia Amigos pela Fé A JMJ está gravada em nossos corações e inesquecível em nossas mentes. Quando me perguntam como foi a JMJ, quase não sei o que dizer, pois é muito difícil expressar em palavras o que marcou tão profundamente a alma, foram momentos e companhias inesquecíveis, uma experiência única de encontro com o Senhor. Agradeço a Deus por esta vivência de discipulado. Obrigado a todos que compartilharam comigo desta experiência que mudou minha vida e me fez ver as coisas com outros olhos. Há um mundo que precisa de nós, há pessoas que precisam ouvir a palavra de Deus e sentir o que sentimos, mudar de vida e "BOTAR FÉ" NaquEle que nos deu a vida e nos escolheu a dedo para contemplar as Suas maravilhas. "Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro." Eclo 6,14. Rafael Campos Paróquia Santa Teresinha Entre os Três milhões Não existe possibilidade de tristeza ou melancolia ao se falar de Igreja Jovem, depois de viver a experiência da JMJ Rio 2013. Não se espera, em condições “normais”, que de um número tão volumoso de pessoas, como registraram no Rio durante a Jornada, se pudesse “ouvir” tamanho silêncio. Vivendo momentos como este é que o coração fala mais alto, a alma sente o desejo de cantar e louvar o Único que pode prender a atenção dos olhares e dos corações do mundo inteiro. Era noite, um pouco frio... Talvez o cansaço começasse a mostrar sinais. E, mesmo assim, ao ver que o Rei daquela celebração chegara, todos os joelhos se dobraram. Rendemo-nos todos porque sabíamos que só Ele era digno e merecedor do Louvor que, daquele novo “Campus Fidei” brotaria, como que naturalmente. Hoje, conversando e trocando experiências, a pergunta que sempre fica no ar é: “o que aconteceu ali?” Sim, o Senhor, para quem todos os olhares e sentimentos se voltaram durante a Jornada, trabalhou no Campo interior de todos os que ali estavam, dando coragem, ânimo, força, mexendo onde não se poderia imaginar... Quanta coisa Ele transformou! Os que já se achavam cansados e abatidos, ali reencontraram o alimento que anima o corpo e alma. Tudo, graças ao Rei de toda a festa! Diante dessa experiência e de tantas outras, é impossível silenciar, sem agradecer e louvar o Criador pela alegria de ver toda aquela multidão prostrada para exaltar um nome apenas: Àquele que é, que era e que vem! A Ele o louvor daqueles que Ele reconquistou! Allisson Wilhan Paróquia Santa Teresinha Testemunho e Evangelização Dizer em palavras o que está no coração não é uma tarefa fácil. Jorge Bergoglio, um argentino simples, que ensino com suas palavras de humildade, amor e alegria aos jovens do mundo que não precisamos ter ouro nem prata pra sermos felizes porque temos o tesouro mais preciso da nossa vida JESUS CRISTO. Francisco enviou-me para que eu transmitisse essa experiência aos demais jovens de minha comunidade, Paróquia e Diocese, eu devo dar testemunho da Fé , anunciar o evangelho para todas, pessoas sem fronteiras, sem limites e barreiras . Não devo ter medo de ser instrumento da paz, de levar o amor. A JMJ não foi um encontro qualquer, não foram fogos de artifícios, muito pelo contrário, foi um momento e um local escolhido por Deus para uma grande manifestação de fé. "Ide e fazei discípulos..." Vamos, JOVENS, evangelizar o mundo com nosso jeito jovem de ser igreja. Wellington Silva Paróquia São Francisco Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO O olhar para a juventude A Juventude da Igreja Um acontecimento que nos possibilitou perceber mais precisamente a fé e o protagonismo de nossa juventude. Ver milhares de peregrinos buscando responder ao mandato de Jesus, “Ide fazei discípulos entre todas as nações”, é uma experiência motivadora para nós, como Igreja. A presença do Papa Francisco, seu carisma e atenção aos fiéis, foi um testemunho marcante, deixandonos um exemplo concreto de como agir, tendo como referência o Cristo Bom Pastor, refletindo para o mundo o rosto jovem da nossa Igreja. A JMJ foi, para nós, um grande exemplo de que a Igreja é jovem. Conseguimos ver o quão forte é a fé de nossa juventude, vimos que as diferenças encontradas foram motivos de união e aprendizado, com culturas e linguagens novas. Um exemplo que nos marcou, foi o nosso Sumo Pontífice Papa Francisco, sua humildade, seus gestos carinhosos e amorosos para com o povo de Deus. A JMJ renovou o espírito e, como dizia o seu lema, envia-nos em missão. Igreja, aí vamos nós, sua juventude! 07 Pe. Márcio Fernando Mangoni Reitor do Seminário Diocesano Seminarista Edinei Pellin Seminário Nossa Senhora de Guadalupe Foz Um só Ideal A JMJ continua em nós Encontro de fé Para mim, a jornada mundial da juventude não foi somente um encontro com os jovens e o Papa, e sim um momento que me ajudou muito a reforçar a minha fé. Estar ali com os jovens fez-me lembrar que eu também sou jovem, e que devo viver em plenitude a minha juventude, sem deixar-me levar muito pelas preocupações cotidianas. A JMJ me ensinou que não devo ter medo de pregar o Evangelho e, principalmente eu, como seminarista, não devo temer o mundo, pois tenho certeza de que ele precisa de Cristo. O que levo da JMJ para minha vida hoje é aquela frase de São Paulo que tanto me tocou nessa experiência: “Ai de mim se não pregar o Evangelho”. Essa frase me chama a atenção sobre a necessidade de não só ouvir o Evangelho, mas também de pregá-lo. A JMJ foi, para mim, um momento de felicidade, oração, de ser jovem com os demais. Volto dessa experiência renovado e com mais força e fé para seguir a minha vocação. Sei que pregar o Evangelho tem suas dificuldades, pois não são todos os que querem ouvilo, contudo, sei também que muitos desejam conhecer a Cristo, mas esperam que alguém o leve e que mostre o seu Amor e eu estou disposto a isso! Rafael Kubiak Seminarista do Seminário Menor de Matelândia Parece ontem, que o Brasil recebeu jovens de todas as partes do mundo para celebrar na cidade do Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude 2013. Um evento que trouxe até nós a presença do Santo Padre, o Papa Francisco, e cerca de 3,5 milhões de jovens. A JMJ com certeza fez-nos refletir em todos os seus momentos, a importância de ser um (a) jovem cristão (ã) para o mundo e para Deus, como diz o Papa Francisco: “ Deus conta com cada um de vocês”. Assim o Papa nos repassa a missão de sermos revolucionários no mundo, de levar a boa nova a todos que ainda não a conhecem não tendo vergonha e nem medo, mas sim a coragem. Sem dúvida nenhuma, a JMJ vai ficar na história, pelo simples motivo dos jovens continuarem a se reunir em oração, refletindo as palavras do Santo Padre, comunicando este Espírito Missionário vivendo por Cristo, com Cristo e em Cristo, mostrando ao mundo que seguindo Jesus somos felizes.Paz e Bem! David Naime Fioravante Seminarista da Escola Vocacional Frei Ricardo de Vescovana Céu Azul PR Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, minutos, horas, segundos que jamais esquecerei, 3,7 milhões de jovens com o mesmo objetivo, 3,7 milhões de sorrisos bobos, com algumas lágrimas de emoção. Poderia ficar horas para dizer tudo o que senti, tudo que passei, poderia fazer um livro ou qualquer coisa do gênero e creio que ainda não seria suficiente para expressar tudo o que vivenciei naqueles dias 5 dias. Sei que jamais esquecerei, é inexplicável a sensação de estar tão perto do nosso amado Papa Francisco, é indescritível a sensação de estar no meio de tantas pessoas, que, no momento da vigília ficaram em um silêncio absoluto, que só se ouvia o barulho das ondas do mar. Foi bom demais estar entre milhões de jovens e saber que todos estavam lá com o mesmo ideal, que não havia vergonha em dizer que Jesus é nosso Rei, de demonstrar o quanto o amamos. Não havia diferença entre cor, classe social, países, todos estavam lá por amor a Jesus Cristo. Bruno Mondardo Paróquia São Miguel NOTA DE AGRADECIMENTO SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MATELÂNDIA POR OCASIÃO DA VISITA PASTORAL Matelândia, 22 de agosto de 2013. Excelentíssimo e Reverendíssimo Bispo Dom Dirceu Vegini A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, juntamente com todos os estabelecimentos de Ensino da Rede Municipal e a administração Municipal através do Prefeito, vem agradecer as visitas do Excelentíssimo e Reverendíssimo Bispo, Dom Dirceu Vegini, junto aos estabelecimentos acima mencionados. Ressaltamos que sendo o Bispo uma pessoa familiarizada e intima com Deus, sentimo-nos alegres e honrados com a sua visita, a qual veio ao encontro das necessidades e anseios da população de Matelândia, uma vez que o mundo está passando por uma época de muitos acontecimentos trágicos em todos os aspectos, embora o homem hoje viva de uma forma moderna, não se pode negar que ele é completamente carente de Deus, que anseia e busca segurança para sobreviver diante de tantas adversidades e vulnerabilidades. A visita do bispo trouxe o evangelho e orientação aos munícipes desta cidade, através de palavras de apoio, de incentivo, de esperança, de confiança e, sobretudo de muita fé, uma vez que o mesmo sempre conta com a inspiração do Espírito Santo para falar do amor de Deus às pessoas. Agradecemos à presença do mesmo, a qual foi de grande valia, de modo que podemos dizer de coração que foi um momento muito significativo, principalmente por se tratar de uma pessoa abençoada, iluminada confidente e interlocutor de Deus. Neiva Romani Bosio – Secretária Municipal de Educação. Matelândia/PR 08 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Fatos & Eventos A cidade de São José das Palmeiras recebeu a Visita Pastoral do Bispo Diocesano, no dia 26 a 30 de junho. Pe. Mariano Venzo, chanceler do Bispado, presidiu a Santa Missa da Páscoa dos militares no dia 8 de agosto, na paróquia São João Batista. De 11 a 18 de agosto, Dom Dirceu Vegini realizou a Visita Pastoral na cidade de Matelândia. Do dia 11 ao dia 17 de agosto, foi celebrada nas paróquias da diocese, a Semana Nacional da Família. No dia 6 de agosto, aconteceu na cidade de Medianeira, a confraternização do Clero da diocese de Foz do Iguaçu. Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 09 No dia 16 de julho, o bispo diocesano abriu oficialmente a Semana Missionária na Diocese de Foz do Iguaçu, com missa na Paróquia São Paulo Apóstolo. Dia 11 de julho, o bispo diocesano celebrou a Santa Missa com a presença de representantes dos movimentos e novas comunidades presentes na diocese. Comemoração dos 30 anos do Seminário Diocesano na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe. No dia 11 de agosto, em missa presidida pelo bispo, foi admitido às Ordens Sacras o seminarista Nivaldo Aguilhera. V Academia Cultulral da Pastoral do Adolescente, realizada no dia 25 de agosto de 2013 em Foz do Iguaçu O Bispo Diocesano participou, no dia 8 de agosto, das atividades do fim do Ramadã, na Mesquita de Foz do Iguaçu. No dia 14 de julho, na Catedral diocesana, Dom Dirceu Vegini presidiu a Santa Missa com a participação dos ex-alunos da Escola de Teologia para Leigos. 10 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br LUMEN FIDEI A LUZ DA FÉ, PRIMEIRA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO Fidei - A luz da fé, assim se intitula a primeira Encíclica do Papa Francisco que hoje foi apresentada em conferência de imprensa, n o Va t i c a n o . D i r i g i d a a o s b i s p o s , sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos, a Encíclica – explica o Papa Francisco - já estava "quase completada" por Bento XVI. Àquela "primeira versão" o atual Pontífice acrescentou "ulteriores contribuições". A finalidade do documento é recuperar o caráter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana. Quem acredita, nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. E este é o coração da Lumen fidei. Numa época como a nossa, a moderna - escreve o Papa - em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, no amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história. Testemunha fiável da fé é Jesus, através do qual Deus atual realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquiteto, o farmacêutico, o advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em seguida o Papa – fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão. To r n a - s e , p o r t a n t o , e s s e n c i a l à evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Mas, de uma maneira especial, a fé se transmite através dos Sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia e, através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai Nosso, que SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA Para nós, católicos do Brasil, setembro é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. A Intenção é que durante este mês, em todas as comunidades cristãs, desenvolvam-se algumas atividades que nos permitam aproximar melhor e com mais aproveitamento a Palavra de Deus; contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação; facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande apaixonado pelas Sagradas Escrituras e foi o responsável pela sua tradução para o latim, chamada Vulgata. Grande tradutor e exegeta da Bíblia, São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja, nasceu na Dalmácia em 340, e mereceu ser conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor, como ninguém nas sagradas escrituras. Entendia que “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus e, quem ignora, portanto, ignorar as escrituras é ignorar a Cristo”. Com posse da parte recebida em herança dos pais, realizou sua vocação de amante dos estudos em Roma, e assim conheceu Jesus e recebeu do Santo Padre Libério o Batismo, que o levou a formar uma pequena comunidade religiosa, inclinado pela radicalidade. Viveu uma forte experiência monacal e, logo em seguida, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de são Gregório. São Jerônimo foi ordenado sacerdote e, feito monge, retirou-se para estudos, a fim de responder com a literatura as necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos de Cristo. A fé é uma, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da Igreja. Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca o serviço da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito pelo contrário, se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas por medo ou por interesse. A fé, pelo contrário, ilumina a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos jovens que desejam “uma vida grande", dá luz à natureza e nos ajuda a respeitá-la, para "encontrar modelos de desenvolvimento que não se baseiam apenas na "utilidade ou lucro, mas que consideram a criação como um dom”. Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido pelo fato de confiarmos em Deus, escreve ainda o Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha. Finalmente, o Papa lança um apelo: "Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus”. Fonte: Radio Vaticano Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido. (Lc 15) compreender as Escrituras, a pedido do Santo Padre Dâmaso, traduziu com precisão os textos inspirados. Saiu de Roma e, como monge penitente e estudioso, continuou seus trabalhos bíblicos, até falecer, em 420, aos 30 de setembro, com praticamente 80 anos. A Santa Igreja, Mãe e Mestra, declarou São Jerônimo padroeiro dos estudos bíblicos e o Dia da Bíblia foi colocado a 30 de setembro, dia de sua morte e posse da promessa bíblica da Vida Eterna. Assim, com São Jerônimo, queremos percorrer os dias deste mês com uma conversão pastoral profunda da leitura e da vivência diária do que nos ensina a Sagrada Escritura. Nesse propósito, ao nos dedicar à leitura da Bíblia, desde a simplicidade da História dos Primórdios nos primeiros capítulos do Gênesis, a vocação de Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado pela figura empolgante de Moisés e a grande gesta do deserto, das maravilhas de Deus, da Aliança do Sinai; depois, os juízes e os reis, com as figuras inexcedíveis de Davi e Salomão; a divisão do povo em dois reinos - Judá e de Israel; o exílio na Babilônia, a volta e a recomposição; tudo isso iluminado pela Palavra dos profetas, que iam mostrando o sentido das coisas de Deus para além das vicissitudes das guerras e do domínio da terra. Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em quase todas as casas, talvez nem façamos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade. A Bíblia é o fruto da comunicação entre Deus, que se revela, e a pessoa, que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele. Nas Sagradas Escrituras, Deus revela-nos através de palavras e de acontecimentos intimamente entrelaçados, de tal sorte que as obras ajudam a manifestar e a confirmar os ensinamentos e realidades significadas pelas palavras; e estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido (Dei Verbum 2/162). Deus serve-se de autores humanos, por Ele inspirados e de linguagem humana e até dos gêneros literários, usados em cada época, para nos manifestar a sua verdade. É o que São João Crisóstomo chamou de “Divina Condescendência”. Deus desce até nós e fica perto de nós. A Sagrada Escritura é viva e eficaz. Por isso, enquanto membros da Igreja, a comunidade dos fiéis é chamada a ser como aquela comunidade que “escuta religiosamente a palavra de Deus, santamente a guarda e fielmente a expõe” (Dei Verbum. 10/176). Pe. Rainerio Wenzel Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 11 A RIQUEZA DOS POBRES Encontre na Liturgia a beleza dos sinais visíveis da evangelização O nosso Papa Francisco disse que escolheu o nome do “pobrezinho de Assis”, inspirado no conselho de Dom Cláudio Hummes: “Não se esqueça dos pobres!” “Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!”, disse ele aos jornalistas. Aliás, foi assim que São Francisco de Assis recuperou a credibilidade da Igreja. Realmente, a mensagem evangélica é paradigmática: “O Reino (de Deus) pertence aos pobres e aos pequenos, isto é, aos que o acolheram com um coração humilde. Jesus é enviado para "evangelizar os pobres" (Lc 4,18). Declara-os bem-aventurados, pois "o Reino dos Céus é deles" (Mt 5,3); foi aos "pequenos" que o Pai se dignou revelar o que permanece escondido aos sábios e aos entendidos. Jesus compartilha a vida dos pobres desde a manjedoura até a cruz; conhece a fome, a sede e a indigência. Mais ainda: identifica-se com os pobres de todos os tipos e faz do amor ativo para com eles a condição para se entrar em seu Reino” (C. I. C. 544). “Quando envergamos a nossa casula humilde pode fazer-nos bem sentir sobre os ombros e no coração o peso e o rosto do nosso povo fiel, dos nossos santos e dos nossos mártires, que são tantos neste tempo. fixemos agora o olhar na ação. O óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas espalha-se e atinge «as periferias». O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção, amados irmãos, não é para nos perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-seia rançoso... e o coração amargo” (Papa Francisco, Homilia da Missa Crismal, 28/3/2013). A Igreja, seguindo o exemplo de Jesus, faz na sua evangelização a opção preferencial pelos pobres. Opção preferencial, mas não exclusiva, pois todos são chamados à salvação. A Igreja não despreza ninguém, os pobres, por serem os mais abandonados pela sociedade, e os ricos, os empresários, os que possuem bens e influência nesse mundo são sempre acolhidos: muitas vezes eles são até mais pobres e necessitados do que os que não têm bens materiais. Ademais, o dinheiro pode ser bem empregado, sobretudo em se tratando das coisas de Deus. Narra o Evangelho a passagem de Jesus na casa de Lázaro, quando Maria tomou um perfume precioso e caro e com ele ungiu os pés de Jesus. Judas se indignou e, diante do que julgava um desperdício, tomou a defesa dos pobres. Jesus, porém, defendeu o gesto de Maria: “Pobres, sempre os tereis entre vós. Mas a mim nem sempre me tereis!” (Jo 12, 3-8). Jesus, nascendo e vivendo pobre, não discrimina ninguém: no seu presépio, vemos pobres e ricos, pastores e reis. Todos são bem-vindos ao berço do “príncipe da paz”. Com seu exemplo, ele prega a humildade e não a soberba, a caridade e não a inveja, o desapego e não a ambição, a paz e não a luta de classes. A desigualdade, quando não é injusta, é natural e normal, podendo ser suavizada e superada pela prática das virtudes cristãs. Amemos e consolemos os pobres, os preferidos de Deus, sem lançarmos no coração deles a amargura da inveja e ambição. Vale ainda ressaltar que a riqueza dos pobres é a Igreja, sua rica doutrina e sua liturgia. As igrejas, os templos sagrados, são a casa dos pobres. Lá eles podem entrar sem serem impedidos. Lá eles podem se sentir bem, contemplar belas pinturas e arquiteturas, vasos sagrados, esplêndidas imagens, como não poderiam fazer em nenhuma outra casa ou palácio. Ali eles podem, pois é a casa deles. A pobreza pessoal, que devemos c u l t i v a r, n ã o s i g n i fi c a q u e d e v e m o s empobrecer a liturgia. Pelo contrário, a beleza exterior da liturgia deve refletir a glória de Deus, como nos ensina o Papa Francisco: “As vestes sagradas do Sumo Sacerdote são ricas de simbolismos; um deles é o dos nomes dos filhos de Israel gravados nas pedras de ónix que adornavam as ombreiras do efod, do qual provém a nossa casula atual...” “beleza de tudo o que é litúrgico, que não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado”. (Hom. Missa Crismal, 28/3/2013). O Santo Cura d'Ars, São João Maria Vianney, exemplo para todos os padres, amava a pobreza pessoal e os pobres. “Uma batina velha fica muito bem debaixo duma A GUASSU Geo Artesiano Ltda. casula bonita”, dizia ele. Ao lado da sua pobreza individual, não media esforços em adquirir o que havia de mais rico e suntuoso para a casa de Deus e as cerimônias litúrgicas. Ele dizia que se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência, com maior razão as Igrejas. Quando Cardeal, o Papa Bento XVI, lamentando a atual crise litúrgica, comentava: “Depois do Concílio, muitos padres deliberadamente erigiram a dessacralização como um programa de ação, argumentando que o novo testamento aboliu o culto do templo; o véu do templo, que se rasgou de alto a baixo no momento da morte de Cristo sobre a cruz, seria, para alguns, o sinal do fim do sagrado... Animados por tais ideias, eles rejeitaram as vestes sagradas; tanto quanto puderam, eles despojaram as igrejas dos seus resplendores que lembram o sagrado; e eles reduziram a liturgia à linguagem e aos gestos da vida de todos os dias, por meio de saudações, de sinais de amizade e outros elementos” (Conferência aos Bispos chilenos, Santiago, 13/7/1988). Falando sobre essa beleza da liturgia e respondendo às “acusações de 'triunfalismo', em nome das quais se jogou fora, com excessiva facilidade, muito da antiga solenidade litúrgica”, o então Cardeal Ratzinger explicava: “Não é triunfalismo, de forma alguma, a solenidade do culto com que a Igreja exprime a beleza de Deus, a alegria da fé, a vitória da verdade e da luz sobre o erro e as trevas. A riqueza litúrgica não é riqueza de uma casta sacerdotal; é riqueza de todos, também dos pobres, que, com efeito, a desejam e não se escandalizam absolutamente com ela. Toda a história da piedade popular mostra que, mesmo os mais desprovidos, sempre estiveram dispostos instintiva e espontaneamente a privar-se até mesmo do necessário, a fim de honrar, com a beleza, sem nenhuma avareza, ao seu Senhor e Deus” (Rapporto sulla Fede, 1985). Dom Fernanndo Arêas Rifan Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Poços Artesianos, Bombas Submersas e Desmonte de Rochas [email protected] Avenida 24 de Outubro, 1620 - Fone/Fax: (45)3264-1428 Medianeira - PR - CEP 85 884-000 12 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Paróquia em DESTAQUE Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus das mãos de Dom Armando Cirio a estola e as chaves da Igreja, símbolos da posse da paróquia. Nessa época, a cidade de Santa Terezinha de Itaipu ainda pertencia à Diocese de Toledo. Nesse mesmo ano de 1978, no dia 12 de agosto, foi sagrado bispo na cidade de São Paulo, Dom Olívio Aurélio Fazza, que em 26 de agosto seguinte tomou posse da então novíssima Diocese de Foz do Iguaçu. Foto: Acervo Cultural do Município Foto: Acervo Cultural do Município PRIMEIRA IGREJA SEGUNDA IGREJA No início da década de 1950 a comunidade de Santa Teresinha do Menino Jesus pertencia à Paróquia São João Batista de Foz do Iguaçu. Algum tempo depois, passou a ser assistida pela Paróquia São Miguel, de São Miguel do Iguaçu. Em 17 de março de 1979, a pedido do Pe. Selso, chegaram na Paróquia as Irmãs Filhas de Santa Maria da Providência, congregação religiosa que também pertence à Obra São Luiz Guanella. As primeiras irmãs que chegaram à paróquia foram Ir. Nilda Milla e Ir. Terezinha Chiarentim. Depois delas, tantas outras também trabalharam e continuam trabalhando na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. Hoje a comunidade é beneficiada com a presença de Ir. Alice, Ir. Lúcia e Ir. Adiles. Nestes 35 anos de presença Guaneliana, passaram muitos padres e também irmãos pela paróquia e, não querendo correr o risco de esquecer algum nome, pois foram tantos, é melhor citar apenas os nomes dos párocos, lembrando, porém que, sempre juntos com estes, trabalharam outros padres e irmãos. Em 1965, Dom Armando Cirio, Bispo de Diocesano de Toledo, pediu ao Provincial dos Capuchinhos para fazer um levantamento e verificar a possibilidade de criar uma nova Paróquia no então distrito de Santa Terezinha, pertencente ao município de Foz do Iguaçu. Assim, com a provisão de Dom Armando Cirio, em março de 1966, foi criada a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus, tendo como seu primeiro pároco o Pe. Valter Bontenn. Foto: Elviston Spricigo Em 10 de março de 1968, foi nomeado o Pe. Santo Pelizzer como novo pároco, que permaneceu na comunidade até 13 de março de 1969, quando lhe sucedeu o Pe. Abramo Forlin, que trabalhou até 1973, sendo então substituído pelo Pe. Antonio Tolocsko; este ficou até dia 24 de fevereiro de 1977, sendo o Frei Eusébio Ferreto seu sucessor. Este padre ficou poucos dias na Paróquia, em seu lugar veio o Pe. Onório Benacchio, que chegou à paróquia em 18 de março de 1977. Assim como seu antecessor, este pároco também ficou pouco tempo no cargo, pois em 3 de dezembro de 1977 tomou posse o Pe. Palmino Finato. No dia 9 de abril de 1978, a Província Brasileira dos Servos da Caridade (Obra São Luiz Guanella), assumiu a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, de modo que o Pe. Selso Feldkircher recebeu IGREJA ATUAL Párocos deste período: Pe. Selso Feldkircher; Pe. Mário Tarani; Pe. Ivo Catani; Pe. Alcides Vergütz; Pe. Flávio Demoliner; Pe. Antonio Viana, que é o pároco atual e com ele atuam Pe. Renato Shineider e Pe. D'Aquin. Acontecimentos marcantes na vida da comunidade em sua história como paróquia: em 1973, a ordenação presbiteral do Pe. Clemente Damiani, pelas mãos de Dom Armando Círio; em 1986, a ordenação presbiteral do Pe. Geraldo Ascari; em 1992, a ordenação presbiteral do Pe. Mauro Vogt; e em 2001, a ordenação presbiteral do Pe. Clodoaldo Frassetto, estes pelas mãos de Dom Olívio Aurélio Fazza. Com a vinda dos Servos da Caridade foi iniciada a construção do seminário, no ano de 1978, sendo inaugurado em 1981, para formação de futuros padres e irmãos e funcionou por um bom período, chegando a contar com a participação de 30 internos. Esta casa de formação deu muitos frutos para a Igreja, porém, com o passar dos anos, seu público interno foi diminuindo. Em1990 ainda contava com 6 aspirantes, mas em 1991 foi desativado como seminário, sendo posteriormente readequado para outras finalidades. Foto: Elviston Spricigo IGREJA ATUAL Outra importante Obra Guaneliana na Foto: Elviston Spricigo IGREJA ATUAL comunidade é a SOS, Casa de Promoção do Menor, hoje denominada “Casa São Luiz Guanella”, construída para atender crianças em horário de contraturno escolar, estas participam de oficinas, reforço escolar, além de atividades de recreação e espiritualidade. Esta casa continua ativa até hoje, atendendo meninos e meninas e sendo administrada pelos Cooperadores Guanelianos, (que é o terceiro ramo da família de São Luiz Guanella), com o apoio da Igreja, do poder público e pessoas da comunidade. Sem dúvida alguma, a construção da Igreja Matriz é o ponto alto dessa presença dos Servos da Caridade, e é uma obra que enaltece a cidade, pois é destaque na região pela sua beleza arquitetônica e pela bela obra de arte que expressa a ressurreição de Jesus, assinada pelo renomado artista de obras sacras Marcílio Soares. Mas é claro que as belíssimas celebrações que ocorrem na Igreja Matriz, onde os paroquianos têm a oportunidade de vivenciar sua fé, são o motivo maior do nosso orgulho em relação a nossa igreja. Todos os anos, no final do mês de setembro, acontece o novenário em honra à Padroeira Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, na ocasião a paróquia tem a graça de ter a presença de vários padres convidados, que presidem as celebrações e de nossos bispos, que sempre se fazem presentes, além da grande participação da comunidade. É um tempo especial para todos os paroquianos que, fervorosamente, rezam, pedindo e agradecendo à padroeira. No dia primeiro de outubro é solenemente celebrada a festa de Santa Teresinha. Hoje a paróquia é composta, além da igreja matriz, por mais doze capelas: São José, Santa Mônica, Santa Luzia – Assentamento, Santa Luzia – BNH, São Cristovão, São Vendelino, Cristo Rei, São Pedro, São João, Nossa Senhora do Carmo, Santo Antônio e Sagrado Coração de Jesus. Veja mais informações no site da paróquia: www.paroquiasti.com.br João Augusto da Silva e Paulo Sérgio de Lima Alunos da Escola Diaconal São Filipe Colaboração: Pe. Roberto Agostinho. Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO COMIPA (Conselho Missionário Paroquial) Em princípio a Igreja, por sua natureza, é missionária. De fato, todos os membros da igreja que já foram batizados fazem parte dessa Igreja missionária. Sua missão é fazer uma Igreja toda missionária, isto é, cumprir com coragem a missão que foi dada por Jesus o mestre. Ele é sujeito principal desse plano celestial, como filho, Jesus foi enviado pelo Pai. E somos enviados pelo seu filho Jesus, como Ele mesmo disse, “Ide e fazei todos os povos meus discípulos, batizando-os em nome do Pai , do Filho e do Espírito Santo”. (Mt 28,19-20) Acredito que, com Jesus, faremos uma igreja toda missionária. Se Jesus é o “ enviado do Pai” (Jo 5,7), a Igreja é a confirmação da sua presença no mundo. Sem duvida, a igreja local (diocese ou paróquia), precisa crescer e caminhar na luz de Jesus, o ressuscitado. Esta luz ajuda-nos enxergar melhor o mundo com uma visão missionária e universal. Como os discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). A Igreja precisa, abrir-se de suas estruturas que, muitas vezes difícil assimilar pelos seus fiéis. Às vezes precisa mais flexibilidade e mais agilidade na sua ação, como uma igreja missionária. Deixando-se abrir para as realidades distintas que desafiam a evangelização no mundo atual. Diante de tudo isso, é necessário ter discernimento para caminhar pelo caminho certo, como os discípulos de Emaús. Precisamos passar por momentos de desentendimento no caminho em que o próprio Jesus, caminha conosco sem ninguém perceber. Temos medo, incerteza, não sabemos como levar os outros para conhecer melhor Jesus. Com certeza, essas dificuldades impedem-nos a anunciar com clareza a boa nova de Jesus Cristo para aqueles que precisam escutar a sua palavra, pois a grande maioria não está na igreja. Por falta de testemunho dos próprios discípulos, dificultam o crescimento da igreja no sentido querigmático. Como igreja, nós devemos nos preocupar com a nossa missão dentro da igreja e na sociedade (missão ad intra e ad extra). Nesta caminhada missionária é urgente rever em cada cristão uma atitude cristã e missionária, isto é, ter coragem de parar e de voltar, saber identificar Jesus no caminho, através da partilha do pão, e criar coragem a voltar ao encontro com os outros, levar no seu coração a boa noticia e alegria de caminhar com Jesus no caminho de Emaús. Ao descobrir quem era o desconhecido no meio deles, eles voltaram para Jerusalém, carregando sua experiência com Jesus ressuscitado, com esperança de dar continuidade da missão de Jesus, após a ressurreição. Um bom cristão deve viver plenamente a missão como alma de sua caminhada, como discípulo e missionário de Jesus. A igreja só encontra seu sentido mais perfeito na missão, uma igreja é morta quando não se atualiza na missão, portanto, cada cristão deve assumir seu papel de ser protagonista da missão ontem, hoje e sempre. A missão caracteriza-nos como verdadeira igreja de Cristo. Precisamos ter esperança, alegria e não termos medo de ser feliz, assim comentou Papa Francisco. Esta inspiração impulsiona-nos a seguir Jesus pelo caminho com mais confiança. Acreditamos sempre em mais uma igreja, cada vez missionária. O Papa Paulo VI foi muito claro a esse respeito, assim disse o Papa: “ O concílio quer despertar as imensas energias.. quase latentes no seio da Igreja”. Com essa afirmação podemos dizer que o projeto da igreja deve ser um projeto universal e missionário. Além disso, em sua missão deve mostrar com rigor a força do espírito missionário, ser mais objetivo e autêntico, em que todos assumem, com responsabilidade, a sua missão, que é de Cristo. As missões devem ser assumidas pela igreja local ou paróquia como uma resposta ao apelo de Jesus. A Missão é um elemento necessário para a sua vitalidade missionária. Podemos entender que Igreja só pode viver através de sua atuação missionária, cumprindo a missão de Jesus, “ Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Chegamos a uma conclusão que toda igreja missionária deve viver plenamente sua missão, seguindo exemplo do seu Mestre. Cada missionário deve se identificar claramente com Ele, sempre mergulhar profundamente no sonho e na utopia evangélica que Jesus plantou, acreditando que, na missão de Cristo, a Igreja se transforma em novas criaturas. Como uma comunidade missionária, temos que nos educar ao espírito missionário de Jesus. Pois ser discípulo e missionário de Jesus não é mais um fenômeno isolado do cristianismo contemporâneo, mas sim uma missão universal para todos os cristãos. Infelizmente muitos dos batizados vivem numa escuridão sem limites, sem saber por onde andar e para onde vai. Eles estão sem direção. Na carta encíclica do Papa Francisco “ Lumen Fidei”, o pontifício comparou Jesus como a Luz que ilumina a escuridão do mundo. Muitos vivem como se Deus não existisse e não tivesse nenhuma importância em sua vida. Isso, cada vez torna-se mais grave, em uma sociedade moderna e idolatrada pelo consumismo. O sonho de consumo faz com que o ser humano esqueça o que é essencial para a sua vida. Diante dessa situação tão complexa, como recuperar o espírito missionário sem perder o equilíbrio na vida pessoal e eclesial? Aliás podemos perguntar se ainda existe o espírito missionário em nossa comunidade ? Será que podemos encontrar facilmente as pessoas que tem coragem de arriscar tudo para viver uma missão como mística de Cristo? Como batizados que vivem na sua comunidade, com certeza encontra-se as pessoas que deram testemunho de vida missionária, que mostram o caminho da verdadeira missão. Essas pessoas vivem em 13 plena comunhão com seus irmãos. Para eles a vida é um dom de Deus a ser vivida e doado, como semente que caiu por terra e morreu para poder crescer e dar de novo uma vida nova. Um verdadeiro missionário vive sua felicidade junto com os outros, numa vida partilhada, para eles vale a pena doar-se porque a felicidade é patrimônio daqueles que, mesmo nas dificuldades, sabem doar-se uns pelos outros, assim, vivendo uma fraternidade verdadeira como fruto de uma missão. Essas são pessoas que tem coragem de deixar tudo para seguir Jesus, o grande missionário do Pai. O verdadeiro cristão é aquele que, no dia-a-dia, sabe imitar o jeito de Jesus na sua vida como igreja, sem distinção de raça e língua, de status social baixo ou elevado. No conceito, cristão o grande missionário é aquele que vive a verdadeira fraternidade, seguindo o modelo de Jesus na paz e na alegria como irmãos. Podemos ter certeza que mais da metade da humanidade não conhece Jesus e seu estilo de vida fraterna. Por isso, missão é único caminho para levá-lo a todos para ser mais conhecido e adorado. Todos os cristãos, através de uma missão continuada, devem sempre se preocupar com um trabalho missionário na comunidade em que vive, de forma simples e organizada. Precisa formar uma equipe missionária comunitária, ou seja, COMIPA ( Conselho Missionário Paroquial). É um grupo de pessoas empenhadas na área missionária da comunidade paroquial, com forte carisma missionário que se contribuem com todo tipo de trabalho missionário. Sua tarefa é cuidar para que a comunidade cristã não se feche em si mesma. O COMIPA deve caminhar em comunhão e sintonia com as demais pastorais e movimentos da igreja. Motivar e planejar encontros e celebrações missionárias. Trabalhar em conjunto como igreja missionária, isto é, uma, santa católica e apostólica. Através da POM (Pontifícias Obras Missionárias), ligada à CNBB, o COMIPA pode realizar todo tipo de atividades missionárias juntos com todas as forças vivas da comunidade, valorizando, entres outras, campanhas missionárias, celebrar bem o dia mundial das missões, dinamizar tipicamente espírito missionário em culto ou liturgia dominical, incentivando a comunidade a viver sua vocação missionária e assumir seu compromisso batismal. Cada dia realizando as atividades missionárias com objetivo de viver a missionariedade com mais ardor e compaixão rumo a renovação paroquial. Finalmente, que cada batizado possa ser um verdadeiro discípulo e missionário de Cristo, como disse Dom Casaldáliga: "se é batizado é missionário, se não é missionário então não é cristão." Portanto seja um verdadeiro Cristão Missionário. Pe. Paulus K. Tolang, SVD 14 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Agenda do Bispo Diocesano Setembro de 2013 DIA 1 HORA 09h 3 ATIVIDADE / LOCAL Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena Conselho Episcopal de Pastoral (presidência do regional sul II) 11 09h Conselho de Formadores - Seminário Menor N. Sra. De Guadalupe 18h45 Santa Missa - Casa de Recuperação Sagrada Família - Foz 12 13 15 4º Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora 19h30 Santa Missa - Paróquia Santa Teresinha 09h Santa Missa- Capela Nossa Senhora das Dores (Paróquia N. Sra. Da Saúde) 18h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira 18 18h Santa Missa - Casa de Recuperação Recanto Parque Iguaçu - Medianeira 19 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira 20 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira 21 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena 22 09h Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena 25 20h Reunião com a Equipe Ampliada de Pastoral 16 e 17 Formação do Clero - Paróquia Nossa Sra. do Perpétuo Socorro Santa Missa e Abertura da Novena do Padroeiro - Paróquia São Francisco de Assis 27 a 29 30 Assembleia do Povo de Deus 19h15 Santa Missa - Catedral Diocesana Nossa Sra. De Guadalupe Outubro de 2013 DIA HORA ATIVIDADE / LOCAL 1 19h30 Santa Missa - Paróquia Santa Teresinha 2 19h Reunião com os alunos da Escola Diaconal São Filipe - Cúria Diocesana 4 09h 3ª Pastoral Presbiteral - Cúria Diocesana 20h Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro 5 6 7 08h Santa Missa e Crismas - Paróquia N. Sra. de Fátima 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro 14h 4º Conselho Presbiteral - Cúria Diocesana 5º Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora 10 20h Santa Missa - Grande Imagem - Itaipulândia 11 20h Santa Missa - Paróquia Esp. Santo e N. Sra. Aparecida 12 08h Santa Missa – N. Sra. da Conceição Aparecida (Solenidade) - Catedral Diocesana 13 a 19 6ª Visita Pastoral (dia 13 somente a noite) - Paróquia Santa Teresinha – Sta. Terezinha de Itaipu 15 e 16 Reunião da CF 2013 e Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) - Curitiba 10h Santa Missa e Crismas - Comunidade N. S. Rosa Mística (Paróquia N. Sra. de Fátima) 23 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira 24 18h45 Santa Missa - Seminário Menor N. Sra. de Guadalupe 25 e 26 27 06/09 – Pe. Vincent Chinnaiyan A. Samy 26/09 – Pe. Leandro Blasius 05/10 - Pe. Dionísio Hülse 08/10 – Pe. Valdir Antonio Ribodi 08/10 – Fr. Pedrinho Bazzo 15/10 – Pe. Jurandi Fernando F. Sobrinho 23/10 – Pe. Renildo Vieira 27/10 – Pe. Antonio Francisco de Melo Viana Aniversário Sacerdotal 01/09 – Pe. Leandro Blasius 18/09 – Pe. Sergio Bertotti 29/09 – Pe. Paulus Koko Tolang Mobilização da Juventude - Foz do Iguaçu 9 20 Padres Aniversariantes Dom Dirceu Vegini nomeou, no dia 17 de julho de 2013, os Revmos. Pe. Ademar Oliveira Lins, Pe. Anderson Chiamulera de Matos, e Pe. Marcio Fernando Mangoni, para a coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese de Foz do Iguaçu. Confiantes e pela intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, rogamos a Deus que abençoe o trabalho pastoral dos padres nomeados nesta Igreja Particular. Assembleia Diocesana 09h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. da Saúde 28 17h Santa Missa - Carmelo Cristo Rei 30 19h Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira 31 20h Santa Missa - Comunidade Nossa Sra. do Rosário (Catedral) www.glassfoz.com.br * BOX TEMPERADO BLINDEX * BOX PREMIUM * VIDROS P/ OBRAS EM GERAL * BALCÕES E VITRINES * ESPELHOS * VIDROS CURVOS Rua Castelo Branco, 1091 - FONE: (45) 3574-2437 CEP 85.852-010 - Foz do Iguaçu - PR e-mail: [email protected] Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO 15 Perspectivas da Ação Evangelizadora A Diocese de Foz do Iguaçu caminha nas trilhas do 12º Plano de Pastoral, propondo-se a renovação paroquial, bem como a sua setorização. Também as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora norteiam essa preponderante questão. O objetivo da ação evangelizadora da diocese é anunciar Jesus Cristo na força do Espírito Santo, sendo uma igreja discípula, missionária e profética, que se alimenta do Pão da Palavra de Deus e da Eucaristia. À luz da opção preferencial pelos pobres e da renovação paroquial, a Igreja, que é sacramento de comunhão dos filhos de Deus, caminha rumo ao reino definitivo. Neste mundo, casa dos homens, pátria terrena e a orbe das criaturas, todos os filhos de Deus militam e aguardam a chegada do tempo oportuno de adentrar a morada do Altíssimo, no tempo que não tem fim, na pátria definitiva. A Igreja, desde o tempo de Pedro, organizou-se com estrutura adequada para a evangelização, e para “cuidar” pastoralmente daqueles seusmembros, os batizados, que já congregavam em seu redil. Por isso, a Igreja anuncia Jesus Cristo que, por sua vida, paixão, morte e ressurreição, trouxe a salvação à humanidade caída no pecado dos nossos primeiros pais, cumprindo em plenitude e transmitindo tudo aquilo que era necessário que os homens conhecessem da parte de Deus. A evangelização é o anúncio da pessoa e missão de Jesus, é o anúncio da sua proposta de salvação. A Igreja é a anunciadora de Jesus Cristo, ela existe para propagar a pessoa de Cristo Salvador e Redentor. As primeiras comunidades cristãs organizavamse como uma pequena igreja doméstica. A casa era o lugar de oração, de encontro dos irmãos, de partilha da Palavra e de celebração da Sagrada Liturgia Eucarística. A casa-igreja era o espaço sagrado que antecedia aquela casa de Deus, o mundo do Criador, o reino definitivo prometido por Jesus. Passaram-se quase dois mil anos, desde que surgiram as primeiras “paróquias”, e vê-se hoje a necessidade de renová-las, não para voltar no tempo e refazer o modelo do passado, mas para ir adiante, sem esquecer tudo aquilo que deu certo e impulsionou a Igreja e ser autêntica anunciadora de Nosso Senhor Jesus Cristo. A paróquia é a menor porção de fiéis dentro de uma diocese. Deve ser de tal forma que atenda as necessidades pastorais dos fiéis que congregam em seu território, embora atualmente as pessoas se vinculam às paróquias não por proximidade física, mas por afetividade e afinidade. Portanto, a paróquia deve ser a pátria terrena e temporária dos filhos de Deus que aguardam o momento de adentrarem à pátria celeste e definitiva. Todavia, a paróquia não é apenas isso. Ela é lugar de encontro, de celebração, de vida e partilha, etc. É um importante organismo de evangelização, estrutura que atualmente é a propulsora da ação evangelizadora da Igreja. Vivemos em um mundo predominantemente urbano, ao passo que as paróquias têm suas raízes históricas no ambiente rural e sua existência primeira esteve sempre voltada para essas condições. “O discípulo missionário de Jesus Cristo faz parte do povo de Deus e vive sua fé na comunidade. Sem a pertença à vida comunitária, não há como concretizar o Reino de Deus” (12º PAE-DFI). Assim, a comunidade paroquial, comunidade de comunidades, deve ser o ambiente de encontro, de acolhida, de formação dos discípulos missionários. O desafio que a Diocese de Foz do Iguaçu se propõe é a renovação da paróquia, a setorização das grandes comunidades, para evitar a massificação dos fiéis em multidões que inviabilizam a ação evangelizadora. O maior desafio está nas áreas urbanas, independentemente de serem grandes ou pequenos centros urbanos. A evangelização precisa se inculturar nesse ambiente complexo da cidade, sair da pastoral de conservação para uma pastoral profética e missionária. A isso se exige conversão pessoal e pastoral. A Igreja quer acolher em seu redil aqueles que estão distanciados da fé. A comunidade é lugar de encontro com Jesus Cristo, de acolhida de todos, mas especialmente dos que se afastaram de Deus e da Igreja, dos jovens, dos enfermos, dos pobres, dos excluídos, etc. No pequeno grupo pode-se promover a “leitura refletida e orante da Bíblia, a catequese com adultos, o aprofundamento da fé, o despertar de vocações e ministérios, a formação de lideranças, a prática concreta do amor, a solução de conflitos pessoais e grupais” (12º PAE-DFI). O estilo de pastoral deve ser adequado ao contexto urbano, à sua linguagem e estruturas. A Igreja deve marcar maior presença nos centros de decisão da sociedade e evangelizar também nos condomínios e nas favelas. É urgente recuperar as bases da vida cristã: vivência da Palavra, da Eucaristia e da caridade. Setorizar a comunidade é também descentralizar o atendimento paroquial, adaptar horários que favoreçam os fiéis, delegar responsabilidade aos leigos, formar lideranças, suscitar ministérios e serviços, acolher as diversas pessoas e grupos que procuram a Igreja ou que estão à espera de serem encontrados: universitários, jovens, crianças, idosos, encarcerados, doentes, migrantes, artistas, empresários, moradores de rua, enlutados, casais, etc. As paróquias, de forma orgânica, devem “avaliar o que está sendo realizado, interpretar os sinais dos tempos e ter a coragem de mudar, com fidelidade criativa, o que precisa ser revisado em vista da nova evangelização” (doc. 104, CNBB, n. 140). Por isso, é preciso abandonar as velhas estruturas que já não evangelizam mais e adotar novas posturas que sejam mais convenientes à atual mudança de época. Acolher a boa nova do Reino de Deus é viver de acordo com os valores que Jesus viveu e ensinou. A conversão pessoal e pastoral que necessitamos para renovar a Igreja passa também pelos ministros ordenados: os diáconos, os bispos, os párocos e todos os demais presbíteros devem ter um renovado amor a pastoral, como expressão do amor a própria existência sacerdotal. A paróquia, comunidade de comunidades, “há de fazer a diferença no atendimento, começando pelo padre” (doc. 104, CNBB, n. 177), pois o presbítero não é um simples delegado ou um administrador, mas um verdadeiro servidor do Povo de Deus e, para tal ministério, deve exercer sua paternidade espiritual, deve ser um homem de Deus (PDV, n. 17) e pastor do rebanho. Para renovar as paróquias será preciso também melhor distribuir os recursos, tanto materiais e quanto humanos. Será preciso melhor distribuir o clero e acolher o auxílio dos conselhos de pastoral e de assuntos econômicos, etc. A fé deve ser transmitida com novas linguagens, sem abrir mão da Tradição e das verdades imutáveis da doutrina da Igreja. O modelo de paróquia imensa, física e sacramental já está saturado. Deve-se aproveitar os espaços que as mídias e meios de comunicação oferecem e atualizar também a pregação e a homilia com novas técnicas de comunicação e adequado conteúdo, sem timidez e, muito menos, proselitismo. “A paróquia é a grande escola da fé, da oração, dos valores e dos costumes cristãos. Nela vive a Igreja reunida em torno do Senhor. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair muitos outros para essa grande família de Deus, a Igreja: sacramento de salvação” (doc. 104, CNBB, n. 236). A paróquia ainda é uma referência importante também para os não cristãos e para os não-praticantes. É necessário vencer o vazio e o deserto de valores, bem como a crise da vida comunitária, e ser Igreja de Jesus Cristo sem medo e sem temor de seguir e anunciar o evangelho da vida. Pe. Ademar Oliveira Lins Pe. Marcio Fernando Mangoni Pe. Anderson Chiamulera de Matos Coordenadores da Ação Evangelizadora da Diocese de Foz do Iguaçu 16 Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br Leitura Orante da Bíblia A) A ESPIRITUALIDADE BÍBLICA A Bíblia ocupa um lugar muito especial na espiritualidade da pessoa. É o principal alimento para formar uma nova espiritualidade autên ca. O primeiro livro que Deus escreveu é a própria vida. A Bíblia quer iluminar a nossa vida, orientar, mostrar o que Deus quer dizer através de situações e acontecimentos. Por isso, devemos sempre ler a Bíblia a par r de nossa realidade concreta e ver qual é a luz que a Bíblia nos traz para transformar aquilo que não é conforme o Projeto de Deus. Precisamos aprender a ler, meditar, rezar e viver a Palavra de Deus. São Jerônimo nos disse: “Ignorar as escrituras é ignorar Cristo”. (Dei Verbum 25) B) UM P O UCO D E HISTÓ RIA DA LEITURA ORANTE Na sua origem, nada mais é que a leitura que os primeiros cristãos faziam para animar sua fé, esperança e amor. Ela é tão an ga quanto a própria igreja, que vive a Palavra de Deus. A expressão em la m (Lec o Divina), em português (Leitura Divina) vem de Orígenes, estudioso da Bíblia que viveu no século III (185 – 260). Ele diz: "para ler a Bíblia com proveito é necessário um esforço e atenção e de assiduidade, cada dia de novo, temos que voltar à fonte da Escritura." A sistema zação da Leitura Orante em quatro degraus ou passos, como nós a conhecemos hoje, veio somente no século XII. Por volta de 1150, Guigo, um monge Cartuxo, escreveu um livrinho chamado “A Escada dos Monges”. No século XIII, a Lec o Divina tornou-se a fonte inspiradora de todos os movimentos de Reforma da Vida Religiosa que vieram depois. Passado um longo tempo, a Lec o Divina foi esquecida. C) A IGREJA E A LEITURA ORANTE DA PALAVRA A Igreja recomenda muito a an ga e sempre nova tradição da prá ca da Lec o Divina (Leitura Orante recordar tudo o que Jesus ensinou e tem a dizer hoje (JO 14, 26). É o momento de aquecer o coração e abrir espaço para ouvir o Espírito. O Espírito só age onde encontra acolhida e disposição para a conversão. Em cada degrau é feita uma pergunta. 1º PASSO: LEITURA DO TEXTO O que diz o texto em si? Ler o texto várias vezes e procurar compreender o que ele está dizendo. Leitura lenta e atenta, prestando atenção aos lugares, personagens, às ações e reações das pessoas. Isso exige silêncio e escuta. De preferência situá-lo no seu contexto. da Bíblia), seja individualmente ou comunitária, como grande tesouro da tradição da Igreja oferecida aos fiéis. O Concílio Va cano II pede com grande insistência a Leitura Orante da Bíblia, acheguem-se de boa mente ao texto sagrado, sela pela liturgia, pela piedosa leitura, por cursos apropriados (Dei Verbum 25). As Diretrizes Gerais da CNBB, desde 2003 assim expressam: “seja incen vada e reforçada a prá ca da leitura pessoal e Orante da Bíblia". No Sínodo dos Bispos, sobre a Palavra, em 2008, em Roma, muitos peritos se pronunciaram dizendo que o melhor método para refle r, rezar e viver a Palavra é a Leitura Orante. Os úl mos Documentos da Igreja e o Documento de Aparecida voltam, com insistência, o convite para a prá ca da Leitura Orante da Bíblia. (Doc. De Aparecida, nº 249) D) OBJETIVO DA LEITURA ORANTE A Leitura Orante não é estudo bíblico, discussão de idéias, aquisição de conhecimentos bíblicos. Não é leitura para depois fazer palestras para os outros. É rezar com a Bíblia para sermos discípulos de Jesus. Também, podemos dizer a Leitura Orante é uma experiência, um exercício, uma prá ca, uma relação pessoal, viva com Deus e com a realidade. Não é apenas um método teórico: é um caminho de transformação. É fonte de ardor apostólico. E) OS QUATRO DEGRAUS DA LEITURA ORANTE Iniciar invocando o Espírito Santo. Este ponto é fundamental, pois, o Espírito Santo, além de ser o principal autor da Bíblia, tem a missão de falar e 2º PASSO: MEDITAÇÃO O que o texto diz para mim, para nós? É o momento de entrar em diálogo com o texto... Refle r, dialogar, atualizar, ouvir o que o texto diz para a própria vida e a realidade pessoal e social. É importante que a maioria das pessoas falem. 3º PASSO: ORAÇÃO O que o texto me faz dizer a Deus? O texto me leva a dizer algo ao Senhor. É o momento da súplica, do louvor, do pedido de perdão, da ação de graças... É hora da prece, conversar com Deus a par r do texto. Todos são convidados a fazer sua prece espontânea, após pode-se rezar um salmo ou pai Nosso ou um mantra, se achar oportuno. 4º PASSO: CONTEMPLAÇÃO E COMPROMISSO É um olhar o mundo e a vida com os olhos. Mergulhar no Mistério e saborear algo do olhar de Deus. É mostrar, pela vida, que o amor de Deus se revela no amor ao próximo. Escolher uma palavra ou frase do que foi meditado e contemplar profundamente, em silêncio, por alguns momentos. Tirar um compromisso concreto para vivenciar no dia ou na semana. Pode-se encerrar a Leitura Orante com um canto ou mantra. Irmã Joanna Gasparin Missionária Scalabriniana