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Setembro / Outubro de 2013 - Edição Nº XXI - Ano III
"Uma mãe se esquece de seus filhos?
Ela não se esquece de nós.
Ela nos quer e nos cuida"
Papa Francisco
Página 03
Vida dos Santos
São Miguel, São Gabriel, São Rafael
e São Francisco
Perspectivas da Ação
Evangelizadora
Página 04
Leitura Orante da Bíblia
Para renovar as paróquias
será preciso também melhor
distribuir os recursos, tanto
materiais e quanto humanos.
Será preciso melhor distribuir o
clero e acolher o auxílio dos
conselhos de pastoral e de
assuntos econômicos, etc. A fé deve ser
transmitida com novas linguagens, sem abrir mão
da Tradição e das verdades imutáveis da doutrina
da Igreja.
Página 15
Visita pastoral na paróquia de Matelândia .......... Página 05
Olhar do bispo ...................................................... Página 05
Uma jornada que não acaba: Ide! ......................... Página 06
Mês da Bíblia ........................................................ Página 10
Agenda do bispo .................................................. Página 14
A Leitura Orante não é
estudo bíblico, discussão de
idéias, aquisição de
conhecimentos bíblicos.
Não é leitura para depois
fazer palestras para os
outros.
É rezar com a Bíblia para sermos discípulos de
Jesus. Também, podemos dizer a Leitura Orante é
uma experiência, um exercício, uma prática, uma
relação pessoal, viva com Deus e com a realidade.
Paróquia Santa Teresinha
do Menino Jesus
Página 16
Paróquia em
DESTAQUE
Página 12
02
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Editorial
Expediente:
Caríssimos leitores do nosso Jornal
Precursor Diocesano, essa é a nossa quarta
edição deste ano e é sempre uma grande
alegria fazer acontecer este importante
veículo de comunicação de nossa Diocese. A
cada edição vamos abrangendo, o máximo,
toda a extensão de nossa Diocese e
mostrando, assim, os principais
acontecimentos em nossas Paróquias e
também de caráter diocesano.
Nestes dois meses são muitos os bons
motivos que nos levam a escrever para que
todos partilhem das riquezas que
celebramos: em setembro não pode passar
despercebida a atenção à Palavra de Deus, é
claro, que não se trata apenas destacá-la
neste mês, o que a Igreja deseja, é que
sempre mais possamos conscientizar-nos de
sua importância em nossa vida, temos a
oportunidade de aprender mais sobre a
Lectio Divina(leitura orante da Bíblia). No
Mês de setembro, também destacamos a
festa dos Arcanjos, Miguel, Rafael e Gabriel,
celebrada dia 29, neste ano ela será omitida
em ser celebrada em todas as igrejas por cair
em um domingo, contudo, será celebrada
naquelas igrejas em que um dos arcanjos é
Padroeiro principal. Da mesma forma, em
relação ao mês do Rosário, celebrado em
outubro, como seria bonito e expressivo se
todos os católicos sentissem gosto em rezar
o Terço, se arrumassem um tempinho para
tão bela devoção.
No que se refere ao mês de Outubro ainda
é mais pleno de acontecimentos, além do
que já se mencionou podemos destacar o
seu início, dia de Santa Teresinha do Menino
Jesus e da Sagrada Face e, por isso é muito
oportuno trazer no espaço Paróquia em
Destaque, um pouco da história da Paróquia
Santa Teresinha, da cidade de Santa
Jornal da Diocese de Foz do Iguaçu
Período: Bimestral
Tiragem: 10.000
Diretor Proprietário:
Dom Dirceu Vegini
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Redação:
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Terezinha de Itaipu, mas também uma
menção importante sobre outro santo que,
como Santa Teresinha, é muito querido de
todos, São Francisco de Assis, que inspirou
ao novo Papa de como ele gostaria de ser
chamado. E, é claro, um destaque carregado
de afeto pela Mãe querida de todos os
católicos brasileiros, Nossa Senhora da
Conceição Aparecida, seja sempre nossa
principal intercessora junto à seu Filho
Jesus.
Mas também o mês de outubro traz outros
importantes acontecimentos, é o mês
missionário e, como a Igreja tem insistido em
resgatarmos nossas origens de Igreja
Missionária, temos o artigo sobre o
COMIPA(Comissão Missionária Paroquial),
que nos esclarece bem como formá-lo em
nossas Paróquias e como pode nos ajudar
em fazer nossas Paróquias
verdadeiramente missionárias. Temos ainda
o Dia Nacional da Juventude e algo mais
sobre a Jornada Mundial da Juventude, em
qual jovens de nossa Diocese mostram todo
o seu entusiasmo, a eles devemos dar
espaço e apoio para que construam, de fato,
uma nova sociedade, mais plena do amor de
Deus.
Finalmente, caro(a) leitor(a), nesta
edição temos ainda a satisfação de contar
com artigos muito interessantes que, com
certeza, nos farão bem e colaborarão para
nosso crescimento como: Olhar do Bispo,
trata-se da palavra no nosso Pastor, Dom
Dirceu, que sempre nos orienta com
palavras de encorajamento e otimismo, sua
agenda, que nos informa sobre suas
atividades em prol desta Igreja Particular.
Um excelente artigo sobre a última Encíclica
e, ao mesmo tempo, a Primeira Encíclica do
Papa Francisco – Lumen Fidei – que neste
Ano da Fé nos afirma que a Fé,
verdadeiramente, é a luz que todo Cristão
precisa para caminhar com firmeza nos dias
atuais. O artigo “A Riqueza dos Pobres” de
Dom Fernando nos esclarece bem o
pensamento da Igreja sobre um tema que
constantemente está sendo falado pela
Igreja, assim como nos convida a buscar
conhecer ainda mais sobre o tema. É muito
importante que você também leia o artigo do
Pe. Zezinho, “Cristo em Pedaços”, depois
medite, sobre a importância de nós,
católicos, marcarmos presença corajosa e
dinâmica nos dias de hoje, enfim, está em
suas mãos uma edição de nosso Jornal
Diocesano preparado com muito carinho
para você.
No dia 26 de junho, o Papa Francisco
nomeou o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de
Curitiba, Dom João Carlos Seneme, para a
vacante diocese de Toledo, depois da
transferência de Dom Francisco Carlos
Back para a diocese de São José dos
Pinhais, no final do ano passado.
Dom João assumiu sua diocese no último
dia 08 de agosto, com a presença de muitos
bispos, padres e povo de Deus. Nossa
diocese deseja ao novo bispo de Toledo um
profícuo apostolado, ao mesmo tempo em
que, o acolhemos em nossa província
eclesiástica.
Seja bem vindo Dom João, conte com
nossas orações e presença fraterna.
Deus o abençoe.
Diocese de Foz do Iguaçu.
Óbulo de São Pedro
A Diocese de Foz do Iguaçu depositou para
a Nunciatura Apostólica no Brasil o valor de
R$ 30.116,27 referente ao Óbulo de São
Pedro do ano de 2013.
Agradecemos a todos por este gesto de
amor
Nesta tarde, acompanhando o Senhor,
queria que ressoassem três perguntas nos
seus corações:
O que vocês terão deixado na Cruz,
queridos jovens brasileiros, nestes dois
anos em que ela atravessou seu imenso
País?
E o que terá deixado a Cruz de Jesus em
cada um de vocês?
E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a
nossa vida?
Papa Francisco na Via Sacra - JMJ
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GRAPEL
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
03
NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL
A Imagem de Nossa Senhora Aparecida, foi
encontrada no rio Paraíba na segunda quinzena de
outubro de 1717, é de terracola, isto é, depois de
modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40
centímetros de altura.
Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma
policromia, como era costume na época, mas não há
documentos que comprovem. Quando foi pescada, o
corpo estava separado da cabeça e, muito
provavelmente, sem a policromia original, devido aos
anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo
do rio.
A cor acanelada, com que, hoje, é conhecida, devese ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao
picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu
estilo é seiscentista, como atestam alguns
especialistas que a estudaram.
Entre os que confirmam ser uma Imagem do Século
XVII, estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os
monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na
Bahia, Dom Clemente da Silva Bigra e Dom Paulo
Lachenmayer.
Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira
em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao
Prof. Pietro Maria Bardi- na época diretor do museu
de Arte de São Paulo- que a examinou, juntamente
com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens
brasileiras.
Foi totalmente reconstituída pela artista plástica
Maria Helena Charturi, na época, restaurada do
Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme
estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi
moldada com argila paulista, da região de Santana do
Parnaíba, situada na Grande São Paulo.
O mais difícil foi determinar o autor da pequena
Imagem, pois não está assinada ou datada. Assim,
após um estudo comparativo, os peritos chegaram à
conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo
do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e
também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de
Jesus.
Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios,
queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha;
penteado, flores em relevo, nos cabelos, broche de
três pérolas na testa e porte empinado para trás.
Todos estes detalhes se encontram na Imagem de
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e por isso,
concluíram os peritos, Dom Clemente da silva Nigra e
Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi
esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de
Jesus.
A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi
coroada, a Imagem passou a usar, oficialmente, a
coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem
como o manto azul-marinho.
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
tem seu inicio pelos meados de 1717, quando chegou
a noticia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de
Almeida e Portugal, Governador da Província de São
Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de
Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade
de Ouro Preto- MG.
Convocado pela Câmara de Guaratinguetá,os
pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João
Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba.
Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de
muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto
Itaguaçu.
João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o
corpo de uma Imagem de Nossa Senhora da
Conceição sem a cabeça. Lançou novamente
a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem.
Daí em diante, os peixes vieram em abundância
para os três humildes pescadores.
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a
família de Felipe Pedroso, que a levou para
casa, onde as pessoas da vizinhança se
reuniam para rezar. A devoção foi crescendo
no meio do povo e muitas graças alcançadas
por aqueles que rezavam diante a imagem.
A fama dos poderes extraordinários de
Nossa Senhora foi se espalhando pelas
regiões do Brasil. A família construiu um
oratório, que logo tornou-se pequeno.
Por volta de 1734, o Vigário de
Guaratinguetá construiu uma Capela
no alto do Morro dos Coqueiros,
aberta à visitação pública em 26 de
julho de 1745. Mas o número de
fiéis aumentava, e, em 1834 foi
iniciada a construção de uma
igreja maior (atual Basílica
Velha).
No ano de 1894, chegou a
Aparecida um grupo de
padres e irmãos da
Congregação dos
Missionários Redentoristas
para trabalhar no atendimento
aos romeiros que acorriam aos pés da
Virgem Maria para rezar com a Senhora
“Aparecida” das águas.
A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa
Senhora da Conceição Aparecida foi coroada,
solenemente por D. José Camargo Barros. No dia 29
de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica
Menor.
Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila
que se formara ao redor da igreja no alto do Morro
dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929,
nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL
E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do
Papa Pio XI.
Com o passar do tempo, a devoção à Nossa
Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o
número de romeiros foi aumentando cada vez mais.
A primeira Basílica tornou-se pequena.
Era necessário a construção de outro templo, bem
maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por
iniciativa dos missionários Redentoristas e dos
Senhores Bispos, teve inicio, em 11 de novembro de
1955 a construção de uma outra igreja, atual
Basílica Nova.
Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo
Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica
Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a
Basílica de Aparecida Santuário Nacional; “maior
Santuário Mariano do Mundo”.
O primeiro prodígio, sem duvida alguma, foi a pesca
abundante que se seguiu ao encontro da imagem.
Não há outras referências sobre o fato a não ser
aquela da narrativa do achado da imagem. “E,
continuando a pescaria, não tendo até então pego
peixes algum, dali por diante foi tão abundante a
pesca que, receosos de naufragarem pelo muito
peixe que tinham nas canoas, os pescadores se
retiraram as suas casas, admirados com o que
ocorrera.”
Entretanto, o mais simbólico e rico de significativos,
sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima
relação com a fé. Aconteceu no primitivo
oratório do Itaguaçu, quando o povo se
encontrava em oração diante da Imagem.
Numa noite, durante a reza do terço, as velas
apagaram-se repentinamente e sem motivo,
pois não ventava na ocasião. Houve espanto
entre os devotos e, quando Silvana da
Rocha procurou acendê-las novamente,
elas se acenderam por si,
prodigiosamente.
Significativo também é o prodígio das
correntes que se soltaram das mãos de
um escravo, quando este implorava a
proteção da Senhora Aparecida.
Existem muitas versões orais sobre
o fato. Algumas são ricas em
pormenores. O primeiro a
mencioná-lo por escrito foi o
Padre Claro Francisco de
Vasconcelos, em 1828.
Em nossa Diocese de Foz de
Iguaçu também muitos
católicos são devotos de
Nossa Senhora Aparecida
e construíram várias
comunidades tendo como
padroeira Nossa Senhora
sob este título. Na diocese
temos três Paróquias
como Padroeira Nossa Senhora
Aparecida. Em Foz do Iguaçu no Porto
Meira , em Itaipulândia e em Diamante d’Oeste.
Percebe-se a grande devoção que nosso povo tem
também pelas inúmeras romarias que se faz ao
Santuário de Aparecida. No olhar, no encontro com
Nossa Senhora Aparecida está uma espiritualidade
que não nos engana, ao contrário nos leva a Cristo.
Certamente nosso coração se enche de alegria e
esperança. Nota-se também que cresceu muito,
nestes últimos tempos, a devoção e o amor a Nossa
Senhora. É um bom sinal, pois, amando a Mãe,
chegamos facilmente a amar o Filho. As historinhas
contam quanto bem faz às pessoas uma simples
expressão de devoção a Nossa Senhora. Quando
queremos falar sobre Maria, sobre a vida, missão na
Igreja, deparamo-nos com um problema que nos
angustia no momento: como lidar com uma Nossa
Senhora que é uma mulher do povo de Deus e no
mesmo tempo, elaborar uma reflexão teológica.
Maria não é uma idéia, uma reflexão, um esquema
de ensinamento sem referência a uma pessoa. Por
outro lado, ela não pode ser reduzida a uma simples
mortal como outra qualquer, mesmo sendo a maior.
Há algo mais. Partindo do humano, podemos chegar
ao conceito. O humano de Maria está direcionado ao
seu Filho Jesus. Maria aprendeu a ser o que Jesus
era e com Ele está na redenção do mundo.
Neste ano, temos como tema para a festa de Nossa
Senhora Aparecida: “Com a Mãe Aparecida
seguimos Jesus nossa Luz”. Preparemo-nos com
muita alegria para celebrarmos com muita devoção
e com o coração cheio de esperança a Festa de
Nossa Padroeira.
No mês de Outubro a Paróquia Espírito Santo e
Nossa Senhora Aparecida, em Foz Iguaçu, estará
recebendo a réplica da Imagem de Aparecida.
Estará em nossa paróquia do dia 06 a 13 de outubro.
Venha expressar sua devoção conosco.
(Fonte: Site: Catequese católica)
Pe. Dionísio Hülse
04
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
DNJ - Levante-se! Não temas!
Seria coincidência “casar” esses dois
imperativos para celebrar e viver o Dia Nacional
da Juventude? “Levante-se, seja fermento” é
mais uma das muitas orientações que
recebemos durante esse ano, cheio de marcas
históricas. Lembremos dos fatos que pudemos
acompanhar: a abertura e vivência do Ano da
Fé, a Campanha da Fraternidade voltada ao
tema da igreja jovem, a Jornada Mundial da
Juventude realizada em nosso País...
De fato, se ainda não tínhamos essa certeza,
agora não há possibilidades de dúvidas: nossa
Igreja ama a Juventude! Não somos um grupo
“a mais” na vida eclesial. Nós somos, junto aos
demais, a Igreja de Cristo. E, dentro dessa
Igreja, formamos a força de que tanto se
necessita no atual contexto de Nova
Evangelização. “O Brasil, a América Latina, o
mundo precisa de Cristo!” (Homilia do Papa
Francisco, na Missa de encerramento e envio
da JMJ Rio 2013) Aos que foram conquistados
pela experiência do amor de Cristo
ressuscitado, resta a missão: “Ide e fazei
discípulos entre todas as nações”. O Papa, em
sua visita ao Brasil por ocasião da XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, dizia-nos que
esta é sim uma ordem. Mas não uma ordem que
nasce da imposição ou obrigação, e sim uma
ordem que nasce do amor a Cristo. E, sem
dúvida, aquele que fez a experiência desse
amor, jamais queda em silêncio. Quer, antes,
anunciar de alguma forma, comunicar aos
amigos, aos familiares essa alegria que
descobriu.
Surge, então, um desejo interior e quase “nato”
de missionariedade, tanto aos jovens como a
todos os cristãos. E é nessa hora que não
sabemos o que fazer com o desejo
missionário que nasceu. Por vezes,
silenciamos ou brecamos. Paramos em nossa
experiência com o Ressuscitado. E a força
que daí deveria nascer acaba se perdendo.
Diz-nos, ainda, o Santo Padre: “A experiência
deste encontro não pode ficar trancafiada na
vida de vocês ou no pequeno grupo da
paróquia, do movimento, da comunidade de
vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma
chama que arde. A Fé é uma chama que se faz
tanto mais viva quanto mais é partilhada,
transmitida...” (Homilia do Papa Francisco, na
missa de encerramento e envio da JMJ Rio
2013).
Nesse ponto, já podemos ter alguma ideia de
como responder à pergunta inicial. Não! Não é
coincidência o “casamento” dos imperativos.
Tudo o que vivemos nesse tempo de partilhas,
seja pelo Ano da Fé, pela Campanha da
Fraternidade ou pela Jornada Mundial da
Juventude, funcionou como um “prelúdio” do
que será – ou “Já é!” – a nossa missão. Já não
podemos mais fechar-nos em nossos grupos,
fechar-nos em nossas paróquias, em nosso
“mundo” por termos experimentado algo
diferente do que o mundo experimenta. É a
nossa vez! É a nossa hora! Já não há o que
temer. Se antes tínhamos o medo de arriscar
por não termos ajuda, hoje isso já não deve
existir. Quantos subsídios nos foram dados
por meio dos nossos pastores: a coleção “Aos
jovens com Afeto”, a coleção “Youcat”, os
diversos livros e pronunciamentos dos nossos
Pais na fé. As forças estão aí, ora por meio de
documentos, ora por meio de conversas
amigáveis com nossos párocos, com nosso
bispo... Esta é a nossa hora!
Quando a Igreja nos diz que necessita da força
jovem, ela não quer usar-nos só por meio das
mídias sociais (com as quais temos muita
facilidade), mas usar-nos na missão “rosto a
rosto”. E disso, nós entendemos. Quanta
facilidade temos para contagiar um ambiente.
Em questão de minutos, conseguimos
transformar um ambiente pessimista, pesado
em um ambiente alegre, vivaz. Essa é a força
que nos move. Somada à experiência com o
Amor Ressuscitado, essa força é capaz de
contagiar o nosso grupo, nosso bairro, nossa
cidade, nossa diocese... É dessa forma que a
mudança acontece.
Porém, é necessário LEVANTAR. De que
adiantaria toda essa movimentação da Igreja
em torno da Juventude, se tudo isso acabasse
com o encerramento da Jornada, do Ano da fé?
Seria tudo em vão? Não! Alguém mudou nessa
história toda. Ou estamos enganados? Se você
chegou até aqui lendo esse artigo, creio que é
porque em você existe Algo de diferente. É esse
nosso “diferencial” que nos distingue de toda a
massa, ora tachada de “normal”. E por sermos
assim é que a Igreja acredita em nosso
potencial. Levantemo-nos, portanto, e
tomemos nossa posição: sejamos sal da terra e
luz do mundo, certos de que existe Alguém nos
sustentando e nos apoiando. Essa é a nossa
Força, é a nossa Luz! Não há o que temer.
Quem nos sustenta é o mesmo que nos disse:
“Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até
o fim do mundo”.
“Eu creio na força do Jovem, que segue o
caminho de Cristo Jesus”.
está próximo do homem e o céu está unido à
terra. Os anjos vêm de Deus, “enviados a
serviço, para vantagem daqueles que devem
ser salvos” (Hb 1,14)
Oração do Dia: “Ó Deus, que organizais de
modo admirável o serviço dos Anjos e dos
homens, fazei que sejamos protegidos na
terra por aqueles que vos servem no céu. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém”
amor à pobreza, seu espírito evangélico
inovador e reformador em plena adesão à
Igreja, são mensagens vivas para o mundo
atual.
Oração do dia: “Ó Deus, que fizestes de são
Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por
uma vida de humildade e pobreza, concedei
que, trilhando o mesmo caminho, sigamos
fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco
na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.”
Fonte: Missal Cotidiano – Paulus
Allisson Wilhan da Silva
Vida dos Santos
29 de setembro - São Miguel, São Gabriel e
São Rafael, Arcanjos
“Bendizei ao Senhor, mensageiros de Deus,
heróis poderosos que cumpris suas ordens
sempre atentos à sua palavra”
Miguel, nome hebraico que significa “Quem é
como Deus?” é lembrado duas vezes no livro de
Daniel como protetor particular do povo eleito
(Dn 10,13 e 12,1). A carta de São Judas (V.9)
mostra-o em luta contra Satanás pelo corpo de
Moisés. Também o Apocalipse recorda o
combate de Miguel e seus anjos contra o
dragão. A liturgia dos mortos pede-lhe que
acompanhe as almas. Muito venerado pelos
judeus, cedo tornou-se muito popular no culto
cristão.
Gabriel “força de Deus”, apresentou-se a
Zacarias como “aquele que está diante de
Deus” (Lc 1,19). Levar o anúncio de Deus é a
tarefa que lhe reconhece Daniel (8,16; 9,21): de
fato, anunciou o nascimento de João Batista e o
de Jesus Cristo (Lc 1,5-22.26-38).
Rafael, “Deus curou”, comparece no livro de
Tobias como acompanhante do jovem Tobias
em sua viagem e como portador de salvação do
velho pai cego. São Lucas mostra muitas vezes
a intervenção dos anjos nas origens da Igreja,
porque com a vinda de Cristo a humanidade
entrou em nova era, era definitiva, em que Deus
04 de outubro - São Francisco de Assis
“Francisco de Assis, homem de Deus, deixou
sua casa e sua herança e se fez pobre e
desvalido. O Senhor, porém, acolheu-o com
amor.”
Convertido a Cristo após uma juventude
despreocupada, Francisco toma ao pé da
letra as palavras do Evangelho e faz de sua
vida uma imitação de Jesus pobre, todo
empenhado em cumprir a vontade do Pai.
Francisco afasta-se de antigo e tradicional
conceito de vida monástica. Cria uma
“fraternidade”; as grandes ordens
franciscanas que dele têm origem – Frades
Menores, Conventuais, Capuchinhos –
encontram em Francisco mais que uma regra,
um estilo de vida.
Sua ação missionária, a pregação evangélica
de ‘paz e bem’ foram direto ao coração dos
povos. Poucos homens tiveram tanta
influência na sociedade de seu tempo e além
deste, como Francisco. Sua visão otimista da
criação expressa no cântico das criaturas, seu
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
OLHAR DO BISPO
A LUZ DA FÉ:
A ENCÍCLICA DO
PAPA FRANCISCO
O Papa Francisco presenteou-nos com a
encíclica Lumen Fidei (A luz da Fé).
Palavras do Papa: “A fé transmite-se de
pessoa a pessoa, como uma chama que se
acende noutra chama. Os cristãos, na sua
pobreza, lançam uma semente tão fecunda
que se torna uma grande árvore, capaz de
encher o mundo de frutos”.
Leia, caro leitor, o comentário do cardeal
Dom Odilo Pedro Scherer.
A encíclica nos vem, não apenas para a melhor
vivência do o Ano da Fé, mas para
compreender e viver melhor a própria fé. Não é
um texto para ser analisado com mera
curiosidade intelectual, ou com o intuito de
fazer uma análise teológica sobre ele, seria
muito pouco. Bem mais, ele deve ser lido e
degustado com o desejo de compreender e
acolher cada palavra dita com amor de pai por
quem fala com a sabedoria adquirida ao longo
de uma longa existência e com o desejo de
comunicar coisas essenciais à vida dos filhos...
É interessante notar que o Papa não fala da fé a
partir das “verdades da fé”: o primeiro capítulo
traz o título – “acreditamos no amor”. Nosso ato
de fé é precedido pelo amor de Deus, que se
manifesta ao mundo e nos faz experimentar
seu amor salvador; a experiência do amor
precede a fé! Não é também isso que acontece
entre as pessoas? Quando duas pessoas se
amam verdadeiramente, elas passam a
acreditar profundamente uma na outra...
É o que já ouvimos do papa emérito Bento XVI,
em outras ocasiões: "nossa fé e nossa
experiência religiosa não decorrem de uma
doutrina perfeita, nem de um ideal ético
altíssimo, mas do encontro com a pessoa de
Deus, amoroso e fiel, que se revelou, veio ao
05
Dom Dirceu Vegini − Bispo Diocesano
nosso encontro e nos amou." É a isso que o
Papa se refere, quando fala, na encíclica,
sobre a Abraão, nosso pai na fé, a experiência
histórica e mística do Povo de Israel, a vinda
do Filho de Deus ao mundo e a paixão, morte e
ressurreição de Jesus Cristo.
“Ele me amou e por mim se entregou na cruz”,
exclama São Paulo, depois de fazer a
experiência do encontro com Jesus Cristo, no
caminho de Damasco, sua fé foi vivíssima e
inabalável porque experimentou o “mistério”
do amor de Deus, manifestado em Cristo
Jesus. Para os apóstolos e para os grandes
cristãos, que foram e são os santos, falar da fé
não significou tratar de verdades abstratas,
bem elaboradas pela razão humana; eles
falavam, antes de tudo, da pessoa de Deus e
de Jesus Cristo, de sua ação envolvente,
especialmente de seu amor misericordioso e
de sua providência. As verdades da fé e da
moral, também elaboradas, bem como
doutrinas, seguem depois disso.
A encíclica fala, no capítulo 2º, que é preciso
crer para compreender, de fato, a fé é um dom
sobrenatural, que nos é dado como luz forte,
que nos faz perceber melhor aquilo que
queremos compreender. É o contrário do que,
geralmente, as pessoas imaginam: não é “ver
para crer”, mas “crer para ver”. Na ordem da fé,
podemos dizer: quem crê, compreende mais e
melhor. Não é que a fé dispensa o esforço da
razão e o estudo: fé e razão completam-se e
não devem ser opostas, nem tidas como
excludentes.
Um belo capítulo trata da transmissão da fé:
esta é uma das preocupações sérias da Igreja
em nossos dias. O papa fala que a Igreja é “a
mãe da nossa fé”. Esta não é um fato individual
e subjetivo: aquilo que cremos foi transmitido a
nós, vem de longe, dos apóstolos! “Transmitivos aquilo que eu mesmo recebi”, observou
S.Paulo (1Cor 15,3). Cremos no testemunho
de quem creu primeiro, e temos motivos bons
para fazer isso! Cremos com quem já creu, os
mártires, os santos, os mestres da fé ao longo
da história. Cremos e temos o compromisso de
continuar a transmitir hoje essa preciosa
herança da fé!
Enfim, a encíclica trata das obras da fé. “A fé,
sem as obras, é morta em si mesma”, já
advertia São Tiago! Mas não se trata de opor
as obras à fé: estas são decorrência e fruto da
fé verdadeira. Crendo, nós nos colocamos em
sintonia com o plano de Deus sobre este
mundo e sobre a nossa vida. E, então, surgem
as obras da fé e cessam as obras contrárias à
fé, porque são contrárias a Deus e ao seu
amor!
Dom Odilo Pedro Scherer
AGRADECIMENTO DA PARÓQUIA
DE MATELÂNDIA POR OCASIÃO
DA VISITA PASTORAL
A Paróquia Nossa Senhora de Caravággio
completou este ano 50 anos e programamos
vários eventos para comemorarmos. Tivemos
a visita dos Freis Capuchinhos, que passaram
um mês na Paróquia para melhor
vivenciarmos o Ano da Fé. Em Maio, um mês
todo especial, pois dia 26 celebramos Nossa
Senhora de Caravággio, durante todo mês,
comunidades foram visitadas e, como ponto
forte, a coroação e a celebração dos 50 Anos,
celebração, esta presidida pelo nosso Bispo
Dom Dirceu.
Tivemos agora, no mês de agosto, a graça de
termos o nosso pastor Dom Dirceu novamente
conosco, fazendo sua Visita Pastoral. Dia 11
de Agosto tivemos a celebração de abertura e,
dia 18, o encerramento, com a celebração
eucarística das 08h da manhã.
A Visita Pastoral privilegia momentos de
oração, encontro, revisão, confirmação da Fé
e de renovação e, tudo isso, vimos acontecer
na nossa Paróquia, durante a Visita do nosso
pastor, em cada creche visitada, escola,
colégio, postos de saúde, encontro com as
lideranças, em especial mas celebrações
eucarísticas.
A presença de Dom Dirceu, suas palavras de
ânimo e encorajamento, a bênção deixada em
cada visita nos mostraram um Deus próximo,
que caminha ao nosso lado, fortalecendo-nos
e ajudando-nos a conscientizar a Renovação
Paroquial, tão desejada.
Agradecemos a Deus por esta graça e a Dom
Dirceu, nosso muito Obrigado!
Pe. Renildo Vieira.
Pároco na Paróquia Nossa Sra. de Caravággio
Diretor Espiritual: Padre Rainério Wenzel
www.aveturismo.com.br -
facebook.com/avelatinaturismo - Fone: (45) 3541-1407 / Cel: (45) 9975-4190
06
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Uma jornada que jamais acaba: Ide !
Os caminhos do mundo inteiro convergiram para o Rio de
Janeiro em uma enorme corrente de amor, fé e
fraternidade. A Cidade Maravilhosa pulsou de amor e o
coração da Igreja pulsava forte nas batidas do Coração do
Cristo Redentor, que acolhia a todos os peregrinos de
braços abertos. Em seu convite para participar da Jornada
Mundial da Juventude o Papa Emérito Bento XVI dizia à
juventude: “Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa
experiência de encontro com Cristo, junto com tantos
outros jovens... Deixai-vos amar por Ele e sereis as
testemunhas de que o mundo precisa. O tema escolhido
para este encontro foi “Ide e fazei discípulos entre as
nações” (cf. Mt 28,19), este é o grande apelo missionário
de Cristo à Igreja e aos católicos de todos os tempos e
lugares, foi o convite que, com certeza, ressoou a toda a
juventude reunida no Rio e à Igreja espalhada pelo
mundo. Estar na JMJ é uma experiência profundamente
marcante e que deixa sinais na alma. Encontrar com
milhões de jovens de países, culturas, raças, línguas
diferentes, mas que professam uma só fé e têm apenas
um Mestre, Jesus Cristo, é provar da universalidade de
ser católico e renovar o compromisso batismal. O
encontro é a grande marca da Jornada, primeiramente
com o Senhor, depois com os jovens do mundo e então
com os Pastores, sob a guia amorosa do Sucessor de
Pedro, o Papa Francisco. Nesta Jornada nós, jovens,
encontramo-nos frente a frente com olhar profundo, o
sorriso de pai, os braços acolhedores e as palavras firmes
do Papa, “Bendito o que
vem em nome do Senhor”!
Ele veio, encontrou-se
conosco, ensinou e
enviou-nos. Juntos, nos
acolhemos, participamos
das catequeses, das
peregrinações, das
Santas Missas,
caminhamos com o Senhor pela sua Via Dolorosa, de
joelhos, o adoramos, vigiamos com Ele, ouvimos, e
aprofundamos a experiência do discipulado, tornamonos todos um “Campus Fidei”, onde a semente foi
lançada, a fé foi fortalecida e a missão foi dada. Mas,
apenas participar com entusiasmo da Jornada Mundial
da Juventude não basta, é pouco, é só o começo. O
discípulo é ensinado para uma missão, portanto, depois
da experiência fantástica da JMJ, após os momentos de
estar aos pés do Senhor, é preciso levantar e atender ao
apelo: “Ide”. Agora é a hora de colocar em prática o tema
desta jornada, atender ao apelo do Papa Francisco. A
Igreja, é Viva, é Jovem, é Missionária. É necessário
levantar, sair ao encontro de todos aqueles que
necessitam, daqueles que ainda não conhecem Jesus
Cristo, anunciar o Evangelho nas periferias, acolher os
excluídos e saciar os pobres e famintos, sempre a partir
deste encontro com o Mestre, sempre a partir da sua
Igreja, fortalecidos pela Eucaristia, pela oração e pelo
amor fraterno.
A verdadeira jornada da juventude jamais acaba. Ela teve
início no batismo, é a jornada da vida, da fé e só se
conclui quando nos encontrarmos face a face com
aquele que nos enviou. Portanto o envio dado na JMJ é
uma renovação e um impulso à vida missionária, ao
encontro e, a nós jovens, fica o compromisso, resumido
na Missa de Envio pelo Papa Francisco: “Ide e fazei
discípulos entre todas as nações". Com estas palavras,
Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: "Foi bom
participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar
a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra,
mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos
demais". Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão!
Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o
que nos diz o Senhor? Que nos diz o Senhor? Ide, sem
medo, para servir.”
Lucas Marciel da Silva
DEPOIMENTOS
Uma experiência que vale a pena viver
Para mim, a JMJ foi um momento muito especial e uma
experiência maravilhosa que pude vivenciar e
compartilhar com os meus 44 jovens de Matelândia. Foi
ali, de fato, no meio dessa grande multidão de jovens, de
toda raça, língua e nação, provindos de toda parte do
mundo que pude ter a certeza de que ainda hoje os jovens
têm muita fome e sede de Deus, e, o mais importante, que
eles precisam de alguém como nós que anunciem a eles
a beleza da vida nova em Jesus Cristo. Foi ali, que vi
despertar, dentro de mim, mais uma vez, aquele mesmo
entusiasmo que um dia levou-me a optar por uma vida de
total doação ao Evangelho... Maravilhosas foram as
palavras de encorajamento pronunciadas pelo Papa
Francisco, as quais ainda hoje ouço ressoar com força
nos meus ouvidos, convidado-me a ter coragem, a ser
autêntico, a viver uma vida de oração e a amar os jovens
como a menina dos nossos olhos. A sua frase, ou melhor,
o seu ensinamento que mais me tocou foi aquele do
pequeno pedaço de terreno bom que todos nós somos
chamados a preparar no nosso coração para que Deus
jogue as suas boas sementes que brotando nos trarão
felicidade. Ao falar disso, o Papa nos encorajou dizendo
que todos nós podemos e temos a capacidade de
preparar esse pequeno terreno e portanto, todos nós
podemos coma ajuda de Deus ser protagonistas da
nossa própria felicidade. Por fim, tenho a dizer que
também fizemos muitos sacrifícios; e talvez foi justamente
isso que nos fez dar a cada momento um profundo valor.
Não foi fácil dormir por terra, fazer filas enormes para o
banheiro, passar horas sem comer, caminhar quilômetros
com enormes mochilas nas costas, etc. Mas tudo valeu a
pena. Depois de tudo isso acredito que posso concordar
com os meus jovens que disseram: "Padre estamos
pronto para Cracovia! Então vamos nos preparar."
Padre Antonio Oliveira Rocha f.n (Piamartino)
Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio
O Deus que se faz presente
A Jornada Mundial da Juventude pra mim, foi como poder
enxergar Deus em milhares de pessoas, as pessoas
sorriam para mim como se me conhecessem há muito
tempo, um olhar amigo que nós acolhíamos. Partilhar
uma mesma cidade, que estava tomada por jovens
católicos, me fez crer ainda mais na minha missão, me
entusiasmou a seguir adiante, em acreditar que não
estou só, que existem pessoas com as mesmas
coragens, ideias, religião e fé.
A presença de Deus na minha jornada se mostrou
nitidamente como o Pai que cuida o tempo todo de nós
que, ao confiar e entregar os nossos medos a Ele, se
mostrou que Deus é providência, e misericórdia. A sua
providência é infalível, quando nosso coração confia e
tem fé, me fez se apaixonar ainda mais, ter o ânimo de
anunciar as suas obras a outros jovens. Como o papa
mesmo dizia que não devemos ter medo, que nós temos
que ter a coragem de testemunhar, e que nós, jovens,
temos este poder de evangelizar outros jovens, não
devemos guardar pra si mesmo, não devemos ser
egoístas, precisamos falar de Jesus Cristo.
Ver o papa passar diante de mim, acenando com um
''tchauzinho'', foi inacreditável, o coração batendo forte,
as mãos trêmulas eram sinais dessa emoção. Quem
diria que conseguiria vê-lo na jornada?
Jornada é ser peregrino. E ser peregrina, para mim, foi,
apesar de todo o sofrimento vivido, uma experiência
grandiosa e que tornou a minha visão do sofrimento,
como algo grande, pois quando amamos algo, nós não
temos medo de sofrer, pois Deus sofre junto com a
gente, e está ao nosso lado sempre.
Jacqueline
coordenadora do grupo de Jovens Ágape de Matelândia
Amigos pela Fé
A JMJ está gravada em nossos corações e inesquecível
em nossas mentes. Quando me perguntam como foi a
JMJ, quase não sei o que dizer, pois é muito difícil
expressar em palavras o que marcou tão
profundamente a alma, foram momentos e companhias
inesquecíveis, uma experiência única de encontro com
o Senhor. Agradeço a Deus por esta vivência de
discipulado. Obrigado a todos que compartilharam
comigo desta experiência que mudou minha vida e me
fez ver as coisas com outros olhos. Há um mundo que
precisa de nós, há pessoas que precisam ouvir a palavra
de Deus e sentir o que sentimos, mudar de vida e
"BOTAR FÉ" NaquEle que nos deu a vida e nos escolheu
a dedo para contemplar as Suas maravilhas. "Um amigo
fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu
um tesouro." Eclo 6,14.
Rafael Campos
Paróquia Santa Teresinha
Entre os Três milhões
Não existe possibilidade de tristeza ou melancolia ao se
falar de Igreja Jovem, depois de viver a experiência da
JMJ Rio 2013. Não se espera, em condições “normais”,
que de um número tão volumoso de pessoas, como
registraram no Rio durante a Jornada, se pudesse “ouvir”
tamanho silêncio. Vivendo momentos como este é que o
coração fala mais alto, a alma sente o desejo de cantar e
louvar o Único que pode prender a atenção dos olhares e
dos corações do mundo inteiro. Era noite, um pouco
frio... Talvez o cansaço começasse a mostrar sinais. E,
mesmo assim, ao ver que o Rei daquela celebração
chegara, todos os joelhos se dobraram. Rendemo-nos
todos porque sabíamos que só Ele era digno e
merecedor do Louvor que, daquele novo “Campus Fidei”
brotaria, como que naturalmente.
Hoje, conversando e trocando experiências, a pergunta
que sempre fica no ar é: “o que aconteceu ali?” Sim, o
Senhor, para quem todos os olhares e sentimentos se
voltaram durante a Jornada, trabalhou no Campo interior
de todos os que ali estavam, dando coragem, ânimo,
força, mexendo onde não se poderia imaginar... Quanta
coisa Ele transformou! Os que já se achavam cansados e
abatidos, ali reencontraram o alimento que anima o
corpo e alma. Tudo, graças ao Rei de toda a festa!
Diante dessa experiência e de tantas outras, é
impossível silenciar, sem agradecer e louvar o Criador
pela alegria de ver toda aquela multidão prostrada para
exaltar um nome apenas: Àquele que é, que era e que
vem! A Ele o louvor daqueles que Ele reconquistou!
Allisson Wilhan
Paróquia Santa Teresinha
Testemunho e Evangelização
Dizer em palavras o que está no coração não é uma
tarefa fácil. Jorge Bergoglio, um argentino simples, que
ensino com suas palavras de humildade, amor e alegria
aos jovens do mundo que não precisamos ter ouro nem
prata pra sermos felizes porque temos o tesouro mais
preciso da nossa vida JESUS CRISTO. Francisco
enviou-me para que eu transmitisse essa experiência
aos demais jovens de minha comunidade, Paróquia e
Diocese, eu devo dar testemunho da Fé , anunciar o
evangelho para todas, pessoas sem fronteiras, sem
limites e barreiras . Não devo ter medo de ser instrumento
da paz, de levar o amor. A JMJ não foi um encontro
qualquer, não foram fogos de artifícios, muito pelo
contrário, foi um momento e um local escolhido por Deus
para uma grande manifestação de fé. "Ide e fazei
discípulos..." Vamos, JOVENS, evangelizar o mundo
com nosso jeito jovem de ser igreja.
Wellington Silva
Paróquia São Francisco
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
O olhar para a juventude
A Juventude da Igreja
Um acontecimento que nos possibilitou perceber mais
precisamente a fé e o protagonismo de nossa juventude.
Ver milhares de peregrinos buscando responder ao
mandato de Jesus, “Ide fazei discípulos entre todas as
nações”, é uma experiência motivadora para nós, como
Igreja. A presença do Papa Francisco, seu carisma e
atenção aos fiéis, foi um testemunho marcante, deixandonos um exemplo concreto de como agir, tendo como
referência o Cristo Bom Pastor, refletindo para o mundo o
rosto jovem da nossa Igreja.
A JMJ foi, para nós, um grande exemplo de que a Igreja é
jovem. Conseguimos ver o quão forte é a fé de nossa
juventude, vimos que as diferenças encontradas foram
motivos de união e aprendizado, com culturas e
linguagens novas. Um exemplo que nos marcou, foi o
nosso Sumo Pontífice Papa Francisco, sua humildade,
seus gestos carinhosos e amorosos para com o povo de
Deus. A JMJ renovou o espírito e, como dizia o seu lema,
envia-nos em missão. Igreja, aí vamos nós, sua
juventude!
07
Pe. Márcio Fernando Mangoni
Reitor do Seminário Diocesano
Seminarista Edinei Pellin
Seminário Nossa Senhora de Guadalupe Foz
Um só Ideal
A JMJ continua em nós
Encontro de fé
Para mim, a jornada mundial da juventude não foi
somente um encontro com os jovens e o Papa, e sim um
momento que me ajudou muito a reforçar a minha fé. Estar
ali com os jovens fez-me lembrar que eu também sou
jovem, e que devo viver em plenitude a minha juventude,
sem deixar-me levar muito pelas preocupações
cotidianas. A JMJ me ensinou que não devo ter medo de
pregar o Evangelho e, principalmente eu, como
seminarista, não devo temer o mundo, pois tenho certeza
de que ele precisa de Cristo. O que levo da JMJ para
minha vida hoje é aquela frase de São Paulo que tanto me
tocou nessa experiência: “Ai de mim se não pregar o
Evangelho”. Essa frase me chama a atenção sobre a
necessidade de não só ouvir o Evangelho, mas também
de pregá-lo. A JMJ foi, para mim, um momento de
felicidade, oração, de ser jovem com os demais. Volto
dessa experiência renovado e com mais força e fé para
seguir a minha vocação. Sei que pregar o Evangelho tem
suas dificuldades, pois não são todos os que querem ouvilo, contudo, sei também que muitos desejam conhecer a
Cristo, mas esperam que alguém o leve e que mostre o
seu Amor e eu estou disposto a isso!
Rafael Kubiak
Seminarista do Seminário Menor de Matelândia
Parece ontem, que o Brasil recebeu jovens de todas as
partes do mundo para celebrar na cidade do Rio de
Janeiro a Jornada Mundial da Juventude 2013. Um
evento que trouxe até nós a presença do Santo Padre, o
Papa Francisco, e cerca de 3,5 milhões de jovens. A JMJ
com certeza fez-nos refletir em todos os seus momentos,
a importância de ser um (a) jovem cristão (ã) para o
mundo e para Deus, como diz o Papa Francisco: “ Deus
conta com cada um de vocês”. Assim o Papa nos repassa
a missão de sermos revolucionários no mundo, de levar a
boa nova a todos que ainda não a conhecem não tendo
vergonha e nem medo, mas sim a coragem. Sem dúvida
nenhuma, a JMJ vai ficar na história, pelo simples motivo
dos jovens continuarem a se reunir em oração, refletindo
as palavras do Santo Padre, comunicando este Espírito
Missionário vivendo por Cristo, com Cristo e em Cristo,
mostrando ao mundo que seguindo Jesus somos
felizes.Paz e Bem!
David Naime Fioravante
Seminarista da Escola Vocacional
Frei Ricardo de Vescovana
Céu Azul PR
Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro,
minutos, horas, segundos que jamais esquecerei, 3,7
milhões de jovens com o mesmo objetivo, 3,7 milhões de
sorrisos bobos, com algumas lágrimas de emoção.
Poderia ficar horas para dizer tudo o que senti, tudo que
passei, poderia fazer um livro ou qualquer coisa do
gênero e creio que ainda não seria suficiente para
expressar tudo o que vivenciei naqueles dias 5 dias.
Sei que jamais esquecerei, é inexplicável a sensação de
estar tão perto do nosso amado Papa Francisco, é
indescritível a sensação de estar no meio de tantas
pessoas, que, no momento da vigília ficaram em um
silêncio absoluto, que só se ouvia o barulho das ondas do
mar.
Foi bom demais estar entre milhões de jovens e saber
que todos estavam lá com o mesmo ideal, que não havia
vergonha em dizer que Jesus é nosso Rei, de demonstrar
o quanto o amamos. Não havia diferença entre cor,
classe social, países, todos estavam lá por amor a Jesus
Cristo.
Bruno Mondardo
Paróquia São Miguel
NOTA DE AGRADECIMENTO
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MATELÂNDIA POR OCASIÃO DA VISITA PASTORAL
Matelândia, 22 de agosto de 2013.
Excelentíssimo e Reverendíssimo
Bispo Dom Dirceu Vegini
A Secretaria Municipal de Educação
e Cultura, juntamente com todos os
estabelecimentos de Ensino da Rede
Municipal e a administração Municipal
através do Prefeito, vem agradecer as
visitas do Excelentíssimo e
Reverendíssimo Bispo, Dom Dirceu Vegini,
junto aos estabelecimentos acima
mencionados.
Ressaltamos que sendo o Bispo uma
pessoa familiarizada e intima com Deus,
sentimo-nos alegres e honrados com a sua
visita, a qual veio ao encontro das
necessidades e anseios da população de
Matelândia, uma vez que o mundo está
passando por uma época de muitos
acontecimentos trágicos em todos os
aspectos, embora o homem hoje viva de
uma forma moderna, não se pode negar
que ele é completamente carente de Deus,
que anseia e busca segurança para
sobreviver diante de tantas adversidades e
vulnerabilidades.
A visita do bispo trouxe o evangelho e
orientação aos munícipes desta cidade,
através de palavras de apoio, de incentivo,
de esperança, de confiança e, sobretudo
de muita fé, uma vez que o mesmo sempre
conta com a inspiração do Espírito Santo
para falar do amor de Deus às pessoas.
Agradecemos à presença do mesmo, a
qual foi de grande valia, de modo que
podemos dizer de coração que foi um
momento muito significativo,
principalmente por se tratar de uma
pessoa abençoada, iluminada confidente
e interlocutor de Deus.
Neiva Romani Bosio – Secretária
Municipal de Educação. Matelândia/PR
08
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Fatos & Eventos
A cidade de São José das Palmeiras recebeu a Visita Pastoral
do Bispo Diocesano, no dia 26 a 30 de junho.
Pe. Mariano Venzo, chanceler do Bispado, presidiu a Santa Missa da Páscoa
dos militares no dia 8 de agosto, na paróquia São João Batista.
De 11 a 18 de agosto, Dom Dirceu Vegini realizou a
Visita Pastoral na cidade de Matelândia.
Do dia 11 ao dia 17 de agosto, foi celebrada nas paróquias da diocese, a Semana Nacional da Família.
No dia 6 de agosto, aconteceu na cidade de Medianeira,
a confraternização do Clero da diocese de Foz do Iguaçu.
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
09
No dia 16 de julho, o bispo diocesano abriu oficialmente a Semana Missionária na Diocese de Foz do Iguaçu,
com missa na Paróquia São Paulo Apóstolo.
Dia 11 de julho, o bispo diocesano celebrou a Santa Missa com a presença
de representantes dos movimentos e novas comunidades presentes na diocese.
Comemoração dos 30 anos do Seminário Diocesano
na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe.
No dia 11 de agosto, em missa presidida pelo bispo, foi admitido
às Ordens Sacras o seminarista Nivaldo Aguilhera.
V Academia Cultulral da Pastoral do Adolescente, realizada no dia 25 de agosto de 2013 em Foz do Iguaçu
O Bispo Diocesano participou, no dia 8 de agosto,
das atividades do fim do Ramadã,
na Mesquita de Foz do Iguaçu.
No dia 14 de julho, na Catedral diocesana, Dom Dirceu Vegini presidiu a Santa Missa
com a participação dos ex-alunos da Escola de Teologia para Leigos.
10
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
LUMEN FIDEI A LUZ DA FÉ, PRIMEIRA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO
Fidei - A luz da fé, assim se intitula a primeira
Encíclica do Papa Francisco que hoje foi
apresentada em conferência de imprensa,
n o Va t i c a n o . D i r i g i d a a o s b i s p o s ,
sacerdotes, diáconos, religiosos e
religiosas e a todos os fiéis leigos, a
Encíclica – explica o Papa Francisco - já
estava "quase completada" por Bento XVI.
Àquela "primeira versão" o atual Pontífice
acrescentou "ulteriores contribuições". A
finalidade do documento é recuperar o
caráter de luz que é específico da fé, capaz
de iluminar toda a existência humana.
Quem acredita, nunca está sozinho, porque
a fé é um bem comum que ajuda a edificar
as nossas sociedades, dando esperança. E
este é o coração da Lumen fidei. Numa
época como a nossa, a moderna - escreve o
Papa - em que o acreditar se opõe ao
pesquisar e a fé é vista como um salto no
vazio que impede a liberdade do homem,
é importante ter fé e confiar, com
humildade e coragem, no amor
misericordioso de Deus, que endireita as
distorções da nossa história.
Testemunha fiável da fé é Jesus, através
do qual Deus atual realmente na história.
Como na vida de cada dia confiamos no
arquiteto, o farmacêutico, o advogado,
que conhecem as coisas melhor que nós,
assim também para a fé confiamos em
Jesus, um especialista nas coisas de
Deus. A fé sem a verdade não salva, diz
em seguida o Papa – fica a ser apenas um
bonito conto de fadas, sobretudo hoje em
que se vive uma crise de verdade, porque
se acredita apenas na tecnologia ou nas
verdades do indivíduo, porque se teme o
fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo
contrário, a fé não é intransigente, o crente
não é arrogante: a verdade que vem do
amor de Deus não se impõe pela
violência, não esmaga o indivíduo e torna
possível o diálogo entre fé e razão.
To r n a - s e , p o r t a n t o , e s s e n c i a l à
evangelização: a luz de Jesus brilha no
rosto dos cristãos e se transmite de
geração em geração, através das
testemunhas da fé. Mas, de uma maneira
especial, a fé se transmite através dos
Sacramentos, como o Batismo e a
Eucaristia e, através da confissão de fé do
Credo e a Oração do Pai Nosso, que
SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA
Para nós, católicos do Brasil, setembro é o mês
dedicado à Bíblia, isso desde 1971. A Intenção é que
durante este mês, em todas as comunidades cristãs,
desenvolvam-se algumas atividades que nos
permitam aproximar melhor e com mais
aproveitamento a Palavra de Deus; contribuir para o
desenvolvimento das diversas formas de presença
da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no
Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas
de comunicação; facilitar o diálogo criativo e
transformador entre a Palavra, a pessoa e as
comunidades. O mês de setembro foi escolhido
como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é
dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu
em 420 dC).
São Jerônimo foi um grande apaixonado pelas
Sagradas Escrituras e foi o responsável pela sua
tradução para o latim, chamada Vulgata. Grande
tradutor e exegeta da Bíblia, São Jerônimo,
presbítero e doutor da Igreja, nasceu na Dalmácia
em 340, e mereceu ser conhecido como escritor,
filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético,
historiador, exegeta e doutor, como ninguém nas
sagradas escrituras. Entendia que “Cristo é o poder
de Deus e a sabedoria de Deus e, quem ignora,
portanto, ignorar as escrituras é ignorar a Cristo”.
Com posse da parte recebida em herança dos pais,
realizou sua vocação de amante dos estudos em
Roma, e assim conheceu Jesus e recebeu do Santo
Padre Libério o Batismo, que o levou a formar uma
pequena comunidade religiosa, inclinado pela
radicalidade. Viveu uma forte experiência monacal
e, logo em seguida, dirigiu-se a Constantinopla,
atraído pela fama oratória de são Gregório. São
Jerônimo foi ordenado sacerdote e, feito monge,
retirou-se para estudos, a fim de responder com a
literatura as necessidades da época. Tendo
estudado as línguas originais para melhor
envolvem o crente nas verdades que
confessa e o fazem ver com os olhos de
Cristo. A fé é uma, sublinha o Papa, e a
unidade da fé é a unidade da Igreja.
Também é forte a ligação entre acreditar e
construir o bem comum: a fé torna fortes os
laços entre os homens e se coloca o serviço
da justiça, do direito e da paz. Essa não nos
afasta do mundo, muito pelo contrário, se a
tirarmos das nossas cidades, ficamos
unidos apenas por medo ou por interesse. A
fé, pelo contrário, ilumina a família fundada
no matrimônio entre um homem e uma
mulher; ilumina o mundo dos jovens que
desejam “uma vida grande", dá luz à
natureza e nos ajuda a respeitá-la, para
"encontrar modelos de desenvolvimento
que não se baseiam apenas na "utilidade
ou lucro, mas que consideram a criação
como um dom”. Mesmo o sofrimento e a
morte recebem um sentido pelo fato de
confiarmos em Deus, escreve ainda o
Pontífice: ao homem que sofre o Senhor
não dá um raciocínio que explica tudo, mas
a sua presença que o acompanha.
Finalmente, o Papa lança um apelo: "Não
deixemos que nos roubem a esperança,
não deixemos que ela seja frustrada com
soluções e propostas imediatas que nos
bloqueiam o caminho para Deus”.
Fonte: Radio Vaticano
Alegrai-vos comigo,
encontrei o que estava perdido.
(Lc 15)
compreender as Escrituras, a pedido do Santo
Padre Dâmaso, traduziu com precisão os textos
inspirados. Saiu de Roma e, como monge
penitente e estudioso, continuou seus trabalhos
bíblicos, até falecer, em 420, aos 30 de setembro,
com praticamente 80 anos. A Santa Igreja, Mãe e
Mestra, declarou São Jerônimo padroeiro dos
estudos bíblicos e o Dia da Bíblia foi colocado a 30
de setembro, dia de sua morte e posse da
promessa bíblica da Vida Eterna.
Assim, com São Jerônimo, queremos percorrer os
dias deste mês com uma conversão pastoral
profunda da leitura e da vivência diária do que nos
ensina a Sagrada Escritura. Nesse propósito, ao
nos dedicar à leitura da Bíblia, desde a
simplicidade da História dos Primórdios nos
primeiros capítulos do Gênesis, a vocação de
Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado
pela figura empolgante de Moisés e a grande gesta
do deserto, das maravilhas de Deus, da Aliança do
Sinai; depois, os juízes e os reis, com as figuras
inexcedíveis de Davi e Salomão; a divisão do povo
em dois reinos - Judá e de Israel; o exílio na
Babilônia, a volta e a recomposição; tudo isso
iluminado pela Palavra dos profetas, que iam
mostrando o sentido das coisas de Deus para além
das vicissitudes das guerras e do domínio da terra.
Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em
praticamente todas as línguas do mundo e está em
quase todas as casas, talvez nem façamos ideia,
mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e
impresso em toda a história da humanidade.
A Bíblia é o fruto da comunicação entre Deus, que se
revela, e a pessoa, que acolhe e responde à
revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias
de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de
interpretar sua realidade à luz da presença de Deus
e compreender que a vida é um projeto de amor que
parte de Deus e volta para Ele.
Nas Sagradas Escrituras, Deus revela-nos através
de palavras e de acontecimentos intimamente
entrelaçados, de tal sorte que as obras ajudam a
manifestar e a confirmar os ensinamentos e
realidades significadas pelas palavras; e estas, por
sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério
nelas contido (Dei Verbum 2/162). Deus serve-se de
autores humanos, por Ele inspirados e de linguagem
humana e até dos gêneros literários, usados em
cada época, para nos manifestar a sua verdade. É o
que São João Crisóstomo chamou de “Divina
Condescendência”. Deus desce até nós e fica perto
de nós.
A Sagrada Escritura é viva e eficaz. Por isso,
enquanto membros da Igreja, a comunidade dos
fiéis é chamada a ser como aquela comunidade que
“escuta religiosamente a palavra de Deus,
santamente a guarda e fielmente a expõe” (Dei
Verbum. 10/176).
Pe. Rainerio Wenzel
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
11
A RIQUEZA DOS POBRES
Encontre na Liturgia
a beleza dos sinais
visíveis da evangelização
O nosso Papa Francisco disse que escolheu o
nome do “pobrezinho de Assis”, inspirado no
conselho de Dom Cláudio Hummes: “Não se
esqueça dos pobres!” “Ah, como eu queria uma
Igreja pobre e para os pobres!”, disse ele aos
jornalistas. Aliás, foi assim que São Francisco
de Assis recuperou a credibilidade da Igreja.
Realmente, a mensagem evangélica é
paradigmática: “O Reino (de Deus) pertence
aos pobres e aos pequenos, isto é, aos que o
acolheram com um coração humilde. Jesus é
enviado para "evangelizar os pobres" (Lc 4,18).
Declara-os bem-aventurados, pois "o Reino
dos Céus é deles" (Mt 5,3); foi aos "pequenos"
que o Pai se dignou revelar o que permanece
escondido aos sábios e aos entendidos. Jesus
compartilha a vida dos pobres desde a
manjedoura até a cruz; conhece a fome, a sede
e a indigência. Mais ainda: identifica-se com os
pobres de todos os tipos e faz do amor ativo
para com eles a condição para se entrar em seu
Reino” (C. I. C. 544).
“Quando envergamos a nossa casula humilde
pode fazer-nos bem sentir sobre os ombros e
no coração o peso e o rosto do nosso povo fiel,
dos nossos santos e dos nossos mártires, que
são tantos neste tempo. fixemos agora o olhar
na ação. O óleo precioso, que unge a cabeça
de Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas
espalha-se e atinge «as periferias». O Senhor
dirá claramente que a sua unção é para os
pobres, os presos, os doentes e quantos estão
tristes e abandonados. A unção, amados
irmãos, não é para nos perfumar a nós
mesmos, e menos ainda para que a
conservemos num frasco, pois o óleo tornar-seia rançoso... e o coração amargo” (Papa
Francisco, Homilia da Missa Crismal,
28/3/2013).
A Igreja, seguindo o exemplo de Jesus,
faz na sua evangelização a opção preferencial
pelos pobres. Opção preferencial, mas não
exclusiva, pois todos são chamados à
salvação. A Igreja não despreza ninguém, os
pobres, por serem os mais abandonados pela
sociedade, e os ricos, os empresários, os que
possuem bens e influência nesse mundo são
sempre acolhidos: muitas vezes eles são até
mais pobres e necessitados do que os que não
têm bens materiais. Ademais, o dinheiro pode
ser bem empregado, sobretudo em se tratando
das coisas de Deus. Narra o Evangelho a
passagem de Jesus na casa de Lázaro,
quando Maria tomou um perfume precioso e
caro e com ele ungiu os pés de Jesus. Judas
se indignou e, diante do que julgava um
desperdício, tomou a defesa dos pobres.
Jesus, porém, defendeu o gesto de Maria:
“Pobres, sempre os tereis entre vós. Mas a
mim nem sempre me tereis!” (Jo 12, 3-8).
Jesus, nascendo e vivendo pobre, não
discrimina ninguém: no seu presépio, vemos
pobres e ricos, pastores e
reis. Todos são bem-vindos
ao berço do “príncipe da
paz”. Com seu exemplo, ele
prega a humildade e não a
soberba, a caridade e não a
inveja, o desapego e não a
ambição, a paz e não a luta
de classes. A desigualdade,
quando não é injusta, é
natural e normal, podendo
ser suavizada e superada
pela prática das virtudes
cristãs. Amemos e
consolemos os pobres, os
preferidos de Deus, sem
lançarmos no coração deles
a amargura da inveja e
ambição.
Vale ainda ressaltar que a
riqueza dos pobres é a
Igreja, sua rica doutrina e
sua liturgia. As igrejas, os templos sagrados,
são a casa dos pobres. Lá eles podem entrar
sem serem impedidos. Lá eles podem se sentir
bem, contemplar belas pinturas e arquiteturas,
vasos sagrados, esplêndidas imagens, como
não poderiam fazer em nenhuma outra casa
ou palácio. Ali eles podem, pois é a casa deles.
A pobreza pessoal, que devemos
c u l t i v a r, n ã o s i g n i fi c a q u e d e v e m o s
empobrecer a liturgia. Pelo contrário, a beleza
exterior da liturgia deve refletir a glória de
Deus, como nos ensina o Papa Francisco: “As
vestes sagradas do Sumo Sacerdote são ricas
de simbolismos; um deles é o dos nomes dos
filhos de Israel gravados nas pedras de ónix
que adornavam as ombreiras do efod, do qual
provém a nossa casula atual...” “beleza de
tudo o que é litúrgico, que não se reduz ao
adorno e bom gosto dos paramentos, mas é
presença da glória do nosso Deus que
resplandece no seu povo vivo e consolado”.
(Hom. Missa Crismal, 28/3/2013).
O Santo Cura d'Ars, São João Maria
Vianney, exemplo para todos os padres,
amava a pobreza pessoal e os pobres. “Uma
batina velha fica muito bem debaixo duma
A GUASSU
Geo Artesiano Ltda.
casula bonita”, dizia ele. Ao lado da sua
pobreza individual, não media esforços em
adquirir o que havia de mais rico e suntuoso
para a casa de Deus e as cerimônias litúrgicas.
Ele dizia que se os palácios dos reis são
embelezados pela magnificência, com maior
razão as Igrejas.
Quando Cardeal, o Papa Bento XVI,
lamentando a atual crise litúrgica, comentava:
“Depois do Concílio, muitos
padres deliberadamente
erigiram a dessacralização
como um programa de ação,
argumentando que o novo
testamento aboliu o culto do
templo; o véu do templo, que
se rasgou de alto a baixo no
momento da morte de Cristo
sobre a cruz, seria, para
alguns, o sinal do fim do
sagrado... Animados por tais
ideias, eles rejeitaram as
vestes sagradas; tanto
quanto puderam, eles
despojaram as igrejas dos
seus resplendores que
lembram o sagrado; e eles
reduziram a liturgia à
linguagem e aos gestos da
vida de todos os dias, por
meio de saudações, de
sinais de amizade e outros
elementos” (Conferência aos Bispos chilenos,
Santiago, 13/7/1988).
Falando sobre essa beleza da liturgia e
respondendo às “acusações de 'triunfalismo',
em nome das quais se jogou fora, com
excessiva facilidade, muito da antiga
solenidade litúrgica”, o então Cardeal
Ratzinger explicava: “Não é triunfalismo, de
forma alguma, a solenidade do culto com que a
Igreja exprime a beleza de Deus, a alegria da
fé, a vitória da verdade e da luz sobre o erro e
as trevas. A riqueza litúrgica não é riqueza de
uma casta sacerdotal; é riqueza de todos,
também dos pobres, que, com efeito, a
desejam e não se escandalizam
absolutamente com ela. Toda a história da
piedade popular mostra que, mesmo os mais
desprovidos, sempre estiveram dispostos
instintiva e espontaneamente a privar-se até
mesmo do necessário, a fim de honrar, com a
beleza, sem nenhuma avareza, ao seu Senhor
e Deus” (Rapporto sulla Fede, 1985).
Dom Fernanndo Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney.
Poços Artesianos,
Bombas Submersas
e Desmonte de Rochas
[email protected]
Avenida 24 de Outubro, 1620 - Fone/Fax: (45)3264-1428
Medianeira - PR - CEP 85 884-000
12
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Paróquia em DESTAQUE
Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus
das mãos de Dom Armando Cirio a estola e as
chaves da Igreja, símbolos da posse da paróquia.
Nessa época, a cidade de Santa Terezinha de
Itaipu ainda pertencia à Diocese de Toledo.
Nesse mesmo ano de 1978, no dia 12 de agosto,
foi sagrado bispo na cidade de São Paulo, Dom
Olívio Aurélio Fazza, que em 26 de agosto
seguinte tomou posse da então novíssima
Diocese de Foz do Iguaçu.
Foto: Acervo Cultural do Município
Foto: Acervo Cultural do Município
PRIMEIRA IGREJA
SEGUNDA IGREJA
No início da década de 1950 a comunidade de Santa
Teresinha do
Menino Jesus pertencia à Paróquia São João Batista
de Foz do Iguaçu. Algum tempo depois, passou a ser
assistida pela Paróquia São Miguel, de São Miguel
do Iguaçu.
Em 17 de março de 1979, a pedido do Pe. Selso,
chegaram na Paróquia as Irmãs Filhas de Santa
Maria da Providência, congregação religiosa que
também pertence à Obra São Luiz Guanella. As
primeiras irmãs que chegaram à paróquia foram Ir.
Nilda Milla e Ir. Terezinha Chiarentim. Depois
delas, tantas outras também trabalharam e
continuam trabalhando na Paróquia Santa
Teresinha do Menino Jesus. Hoje a comunidade é
beneficiada com a presença de Ir. Alice, Ir. Lúcia e
Ir. Adiles.
Nestes 35 anos de presença Guaneliana,
passaram muitos padres e também irmãos pela
paróquia e, não querendo correr o risco de
esquecer algum nome, pois foram tantos, é melhor
citar apenas os nomes dos párocos, lembrando,
porém que, sempre juntos com estes, trabalharam
outros padres e irmãos.
Em 1965, Dom Armando Cirio, Bispo de Diocesano
de Toledo, pediu ao
Provincial dos Capuchinhos para fazer um
levantamento e verificar a possibilidade de criar uma
nova Paróquia no então distrito de Santa Terezinha,
pertencente ao município de Foz do Iguaçu. Assim,
com a provisão de Dom Armando Cirio, em março de
1966, foi criada a Paróquia de Santa Teresinha do
Menino Jesus, tendo como seu primeiro pároco o Pe.
Valter Bontenn.
Foto: Elviston Spricigo
Em 10 de março de 1968, foi nomeado o Pe. Santo
Pelizzer como novo pároco, que permaneceu na
comunidade até 13 de março de 1969, quando lhe
sucedeu o Pe. Abramo Forlin, que trabalhou até
1973, sendo então substituído pelo Pe. Antonio
Tolocsko; este ficou até dia 24 de fevereiro de 1977,
sendo o Frei Eusébio Ferreto seu sucessor. Este
padre ficou poucos dias na Paróquia, em seu lugar
veio o Pe. Onório Benacchio, que chegou à paróquia
em 18 de março de 1977. Assim como seu
antecessor, este pároco também ficou pouco tempo
no cargo, pois em 3 de dezembro de 1977 tomou
posse o Pe. Palmino Finato.
No dia 9 de abril de 1978, a Província Brasileira dos
Servos da Caridade (Obra São Luiz Guanella),
assumiu a Paróquia Santa Teresinha do Menino
Jesus, de modo que o Pe. Selso Feldkircher recebeu
IGREJA ATUAL
Párocos deste período: Pe. Selso Feldkircher; Pe.
Mário Tarani; Pe. Ivo Catani; Pe. Alcides Vergütz;
Pe. Flávio Demoliner; Pe. Antonio Viana, que é o
pároco atual e com ele atuam Pe. Renato
Shineider e Pe. D'Aquin.
Acontecimentos marcantes na vida da
comunidade em sua história como paróquia: em
1973, a ordenação presbiteral do Pe. Clemente
Damiani, pelas mãos de Dom Armando Círio; em
1986, a ordenação presbiteral do Pe. Geraldo
Ascari; em 1992, a ordenação presbiteral do Pe.
Mauro Vogt; e em 2001, a ordenação
presbiteral do Pe. Clodoaldo Frassetto, estes
pelas mãos de Dom Olívio Aurélio
Fazza.
Com a vinda dos Servos da Caridade foi iniciada a
construção do seminário, no ano de 1978, sendo
inaugurado em 1981, para formação de futuros
padres e irmãos e funcionou por um bom período,
chegando a contar com a participação de
30 internos. Esta casa de formação deu muitos
frutos para a Igreja, porém, com o passar dos
anos, seu público interno foi diminuindo. Em1990
ainda contava com 6 aspirantes, mas em 1991 foi
desativado como seminário, sendo
posteriormente readequado para outras
finalidades.
Foto: Elviston Spricigo
IGREJA ATUAL
Outra importante Obra Guaneliana na
Foto: Elviston Spricigo
IGREJA ATUAL
comunidade é a SOS, Casa de Promoção do Menor,
hoje denominada “Casa São Luiz Guanella”,
construída para atender crianças em horário de
contraturno escolar, estas participam de oficinas,
reforço escolar, além de atividades de recreação e
espiritualidade. Esta casa continua ativa até hoje,
atendendo meninos e meninas e sendo
administrada pelos
Cooperadores Guanelianos, (que é o terceiro ramo
da família de São Luiz Guanella), com o apoio da
Igreja, do poder público e pessoas da comunidade.
Sem dúvida alguma, a construção da Igreja Matriz é
o ponto alto dessa presença dos Servos da
Caridade, e é uma obra que enaltece a cidade, pois
é destaque na região pela sua beleza arquitetônica e
pela bela obra de arte que expressa a ressurreição
de Jesus, assinada pelo renomado artista de obras
sacras Marcílio Soares. Mas é claro que as
belíssimas celebrações que ocorrem na Igreja
Matriz, onde os paroquianos têm a oportunidade de
vivenciar sua fé, são o motivo maior do nosso
orgulho em relação a nossa igreja.
Todos os anos, no final do mês de setembro,
acontece o novenário em honra à Padroeira Santa
Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, na
ocasião a paróquia tem a graça de ter a presença de
vários padres convidados, que presidem as
celebrações e de nossos bispos, que sempre se
fazem presentes, além da grande participação da
comunidade. É um tempo especial para todos os
paroquianos que, fervorosamente, rezam, pedindo
e agradecendo à padroeira. No dia primeiro de
outubro é solenemente celebrada a festa de Santa
Teresinha.
Hoje a paróquia é composta, além da igreja matriz,
por mais doze capelas: São José, Santa Mônica,
Santa Luzia – Assentamento, Santa Luzia – BNH,
São Cristovão, São Vendelino, Cristo Rei, São
Pedro, São João, Nossa Senhora do Carmo, Santo
Antônio e Sagrado Coração de Jesus.
Veja mais informações no site da paróquia:
www.paroquiasti.com.br
João Augusto da Silva e Paulo Sérgio de Lima
Alunos da Escola Diaconal São Filipe
Colaboração: Pe. Roberto Agostinho.
Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
COMIPA (Conselho Missionário Paroquial)
Em princípio a Igreja, por sua natureza, é
missionária. De fato, todos os membros da igreja
que já foram batizados fazem parte dessa Igreja
missionária. Sua missão é fazer uma Igreja toda
missionária, isto é, cumprir com coragem a
missão que foi dada por Jesus o mestre. Ele é
sujeito principal desse plano celestial, como filho,
Jesus foi enviado pelo Pai. E somos enviados
pelo seu filho Jesus, como Ele mesmo disse, “Ide
e fazei todos os povos meus discípulos,
batizando-os em nome do Pai , do Filho e do
Espírito Santo”. (Mt 28,19-20)
Acredito que, com Jesus, faremos uma igreja
toda missionária. Se Jesus é o “ enviado do Pai”
(Jo 5,7), a Igreja é a confirmação da sua presença
no mundo. Sem duvida, a igreja local (diocese ou
paróquia), precisa crescer e caminhar na luz de
Jesus, o ressuscitado. Esta luz ajuda-nos
enxergar melhor o mundo com uma visão
missionária e universal. Como os discípulos de
Emaús (Lc 24,13-35). A Igreja precisa, abrir-se de
suas estruturas que, muitas vezes difícil assimilar
pelos seus fiéis. Às vezes precisa mais
flexibilidade e mais agilidade na sua ação, como
uma igreja missionária. Deixando-se abrir para as
realidades distintas que desafiam a
evangelização no mundo atual.
Diante de tudo isso, é necessário ter
discernimento para caminhar pelo caminho certo,
como os discípulos de Emaús. Precisamos
passar por momentos de desentendimento no
caminho em que o próprio Jesus, caminha
conosco sem ninguém perceber. Temos medo,
incerteza, não sabemos como levar os outros
para conhecer melhor Jesus. Com certeza, essas
dificuldades impedem-nos a anunciar com
clareza a boa nova de Jesus Cristo para aqueles
que precisam escutar a sua palavra, pois a
grande maioria não está na igreja. Por falta de
testemunho dos próprios discípulos, dificultam o
crescimento da igreja no sentido querigmático.
Como igreja, nós devemos nos preocupar com
a nossa missão dentro da igreja e na sociedade
(missão ad intra e ad extra). Nesta caminhada
missionária é urgente rever em cada cristão uma
atitude cristã e missionária, isto é, ter coragem de
parar e de voltar, saber identificar Jesus no
caminho, através da partilha do pão, e criar
coragem a voltar ao encontro com os outros, levar
no seu coração a boa noticia e alegria de
caminhar com Jesus no caminho de Emaús. Ao
descobrir quem era o desconhecido no meio
deles, eles voltaram para Jerusalém, carregando
sua experiência com Jesus ressuscitado, com
esperança de dar continuidade da missão de
Jesus, após a ressurreição.
Um bom cristão deve viver plenamente a
missão como alma de sua caminhada, como
discípulo e missionário de Jesus. A igreja só
encontra seu sentido mais perfeito na missão,
uma igreja é morta quando não se atualiza na
missão, portanto, cada cristão deve assumir seu
papel de ser protagonista da missão ontem, hoje e
sempre. A missão caracteriza-nos como
verdadeira igreja de Cristo. Precisamos ter
esperança, alegria e não termos medo de ser
feliz, assim comentou Papa Francisco. Esta
inspiração impulsiona-nos a seguir Jesus pelo
caminho com mais confiança. Acreditamos
sempre em mais uma igreja, cada vez
missionária.
O Papa Paulo VI foi muito claro a esse
respeito, assim disse o Papa: “ O concílio quer
despertar as imensas energias.. quase latentes
no seio da Igreja”. Com essa afirmação podemos
dizer que o projeto da igreja deve ser um projeto
universal e missionário. Além disso, em sua
missão deve mostrar com rigor a força do espírito
missionário, ser mais objetivo e autêntico, em
que todos assumem, com responsabilidade, a
sua missão, que é de Cristo. As missões devem
ser assumidas pela igreja local ou paróquia
como uma resposta ao apelo de Jesus. A Missão
é um elemento necessário para a sua vitalidade
missionária. Podemos entender que Igreja só
pode viver através de sua atuação missionária,
cumprindo a missão de Jesus, “ Eu vim para que
todos tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10,10).
Chegamos a uma conclusão que toda igreja
missionária deve viver plenamente sua missão,
seguindo exemplo do seu Mestre. Cada
missionário deve se identificar claramente com
Ele, sempre mergulhar profundamente no sonho
e na utopia evangélica que Jesus plantou,
acreditando que, na missão de Cristo, a Igreja se
transforma em novas criaturas. Como uma
comunidade missionária, temos que nos educar
ao espírito missionário de Jesus. Pois ser
discípulo e missionário de Jesus não é mais um
fenômeno isolado do cristianismo
contemporâneo, mas sim uma missão universal
para todos os cristãos. Infelizmente muitos dos
batizados vivem numa escuridão sem limites,
sem saber por onde andar e para onde vai. Eles
estão sem direção.
Na carta encíclica do Papa Francisco “ Lumen
Fidei”, o pontifício comparou Jesus como a Luz
que ilumina a escuridão do mundo. Muitos vivem
como se Deus não existisse e não tivesse
nenhuma importância em sua vida. Isso, cada
vez torna-se mais grave, em uma sociedade
moderna e idolatrada pelo consumismo. O
sonho de consumo faz com que o ser humano
esqueça o que é essencial para a sua vida.
Diante dessa situação tão complexa, como
recuperar o espírito missionário sem perder o
equilíbrio na vida pessoal e eclesial? Aliás
podemos perguntar se ainda existe o espírito
missionário em nossa comunidade ? Será que
podemos encontrar facilmente as pessoas que
tem coragem de arriscar tudo para viver uma
missão como mística de Cristo?
Como batizados que vivem na sua
comunidade, com certeza encontra-se as
pessoas que deram testemunho de vida
missionária, que mostram o caminho da
verdadeira missão. Essas pessoas vivem em
13
plena comunhão com
seus irmãos. Para eles a
vida é um dom de Deus a
ser vivida e doado, como
semente que caiu por
terra e morreu para poder
crescer e dar de novo
uma vida nova. Um
verdadeiro missionário
vive sua felicidade junto
com os outros, numa vida partilhada, para eles
vale a pena doar-se porque a felicidade é
patrimônio daqueles que, mesmo nas
dificuldades, sabem doar-se uns pelos outros,
assim, vivendo uma fraternidade verdadeira
como fruto de uma missão. Essas são pessoas
que tem coragem de deixar tudo para seguir
Jesus, o grande missionário do Pai. O verdadeiro
cristão é aquele que, no dia-a-dia, sabe imitar o
jeito de Jesus na sua vida como igreja, sem
distinção de raça e língua, de status social baixo
ou elevado. No conceito, cristão o grande
missionário é aquele que vive a verdadeira
fraternidade, seguindo o modelo de Jesus na paz
e na alegria como irmãos.
Podemos ter certeza que mais da metade da
humanidade não conhece Jesus e seu estilo de
vida fraterna. Por isso, missão é único caminho
para levá-lo a todos para ser mais conhecido e
adorado. Todos os cristãos, através de uma
missão continuada, devem sempre se preocupar
com um trabalho missionário na comunidade em
que vive, de forma simples e organizada. Precisa
formar uma equipe missionária comunitária, ou
seja, COMIPA ( Conselho Missionário
Paroquial). É um grupo de pessoas empenhadas
na área missionária da comunidade paroquial,
com forte carisma missionário que se contribuem
com todo tipo de trabalho missionário. Sua tarefa
é cuidar para que a comunidade cristã não se
feche em si mesma. O COMIPA deve caminhar
em comunhão e sintonia com as demais
pastorais e movimentos da igreja. Motivar e
planejar encontros e celebrações missionárias.
Trabalhar em conjunto como igreja missionária,
isto é, uma, santa católica e apostólica.
Através da POM (Pontifícias Obras
Missionárias), ligada à CNBB, o COMIPA pode
realizar todo tipo de atividades missionárias
juntos com todas as forças vivas da comunidade,
valorizando, entres outras, campanhas
missionárias, celebrar bem o dia mundial das
missões, dinamizar tipicamente espírito
missionário em culto ou liturgia dominical,
incentivando a comunidade a viver sua vocação
missionária e assumir seu compromisso
batismal. Cada dia realizando as atividades
missionárias com objetivo de viver a
missionariedade com mais ardor e compaixão
rumo a renovação paroquial. Finalmente, que
cada batizado possa ser um verdadeiro discípulo
e missionário de Cristo, como disse Dom
Casaldáliga: "se é batizado é missionário, se não
é missionário então não é cristão." Portanto seja
um verdadeiro Cristão Missionário.
Pe. Paulus K. Tolang, SVD
14
Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Agenda do Bispo Diocesano
Setembro de 2013
DIA
1
HORA
09h
3
ATIVIDADE / LOCAL
Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena
Conselho Episcopal de Pastoral (presidência do regional sul II)
11
09h
Conselho de Formadores - Seminário Menor N. Sra. De Guadalupe
18h45 Santa Missa - Casa de Recuperação Sagrada Família - Foz
12
13
15
4º Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora
19h30 Santa Missa - Paróquia Santa Teresinha
09h
Santa Missa- Capela Nossa Senhora das Dores (Paróquia N. Sra. Da Saúde)
18h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira
18
18h
Santa Missa - Casa de Recuperação Recanto Parque Iguaçu - Medianeira
19
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira
20
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira
21
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena
22
09h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Santo Antônio – Santa Helena
25
20h
Reunião com a Equipe Ampliada de Pastoral
16 e 17
Formação do Clero - Paróquia Nossa Sra. do Perpétuo Socorro
Santa Missa e Abertura da Novena do Padroeiro - Paróquia São Francisco de Assis
27 a 29
30
Assembleia do Povo de Deus
19h15 Santa Missa - Catedral Diocesana Nossa Sra. De Guadalupe
Outubro de 2013
DIA
HORA
ATIVIDADE / LOCAL
1
19h30 Santa Missa - Paróquia Santa Teresinha
2
19h
Reunião com os alunos da Escola Diaconal São Filipe - Cúria Diocesana
4
09h
3ª Pastoral Presbiteral - Cúria Diocesana
20h
Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro
5
6
7
08h
Santa Missa e Crismas - Paróquia N. Sra. de Fátima
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia São Pedro
14h
4º Conselho Presbiteral - Cúria Diocesana
5º Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora
10
20h
Santa Missa - Grande Imagem - Itaipulândia
11
20h
Santa Missa - Paróquia Esp. Santo e N. Sra. Aparecida
12
08h
Santa Missa – N. Sra. da Conceição Aparecida (Solenidade) - Catedral Diocesana
13 a 19
6ª Visita Pastoral (dia 13 somente a noite) - Paróquia Santa Teresinha – Sta. Terezinha de Itaipu
15 e 16
Reunião da CF 2013 e Conselho Regional da Ação Evangelizadora (CRAE) - Curitiba
10h
Santa Missa e Crismas - Comunidade N. S. Rosa Mística (Paróquia N. Sra. de Fátima)
23
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira
24
18h45 Santa Missa - Seminário Menor N. Sra. de Guadalupe
25 e 26
27
06/09 – Pe. Vincent Chinnaiyan A. Samy
26/09 – Pe. Leandro Blasius
05/10 - Pe. Dionísio Hülse
08/10 – Pe. Valdir Antonio Ribodi
08/10 – Fr. Pedrinho Bazzo
15/10 – Pe. Jurandi Fernando F. Sobrinho
23/10 – Pe. Renildo Vieira
27/10 – Pe. Antonio Francisco de Melo Viana
Aniversário
Sacerdotal
01/09 – Pe. Leandro Blasius
18/09 – Pe. Sergio Bertotti
29/09 – Pe. Paulus Koko Tolang
Mobilização da Juventude - Foz do Iguaçu
9
20
Padres
Aniversariantes
Dom Dirceu Vegini nomeou, no dia 17 de
julho de 2013, os Revmos. Pe. Ademar
Oliveira Lins, Pe. Anderson Chiamulera
de Matos, e Pe. Marcio Fernando
Mangoni, para a coordenação da Ação
Evangelizadora da Diocese de Foz do
Iguaçu.
Confiantes e pela intercessão de Nossa
Senhora de Guadalupe, rogamos a Deus
que abençoe o trabalho pastoral dos
padres nomeados nesta Igreja Particular.
Assembleia Diocesana
09h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. da Saúde
28
17h
Santa Missa - Carmelo Cristo Rei
30
19h
Santa Missa e Crismas - Paróquia Nossa Sra. Medianeira
31
20h
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Publicação da Diocese de Foz do Iguaçu - JORNAL PRECURSOR DIOCESANO
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Perspectivas da Ação Evangelizadora
A Diocese de Foz do Iguaçu caminha nas trilhas
do 12º Plano de Pastoral, propondo-se a
renovação paroquial, bem como a sua
setorização. Também as Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora norteiam essa
preponderante questão. O objetivo da ação
evangelizadora da diocese é anunciar Jesus
Cristo na força do Espírito Santo, sendo uma
igreja discípula, missionária e profética, que se
alimenta do Pão da Palavra de Deus e da
Eucaristia. À luz da opção preferencial pelos
pobres e da renovação paroquial, a Igreja, que é
sacramento de comunhão dos filhos de Deus,
caminha rumo ao reino definitivo.
Neste mundo, casa dos homens, pátria terrena e
a orbe das criaturas, todos os filhos de Deus
militam e aguardam a chegada do tempo
oportuno de adentrar a morada do Altíssimo, no
tempo que não tem fim, na pátria definitiva. A
Igreja, desde o tempo de Pedro, organizou-se
com estrutura adequada para a evangelização, e
para “cuidar” pastoralmente daqueles
seusmembros, os batizados, que já congregavam
em seu redil. Por isso, a Igreja anuncia Jesus
Cristo que, por sua vida, paixão, morte e
ressurreição, trouxe a salvação à humanidade
caída no pecado dos nossos primeiros pais,
cumprindo em plenitude e transmitindo tudo
aquilo que era necessário que os homens
conhecessem da parte de Deus. A evangelização
é o anúncio da pessoa e missão de Jesus, é o
anúncio da sua proposta de salvação. A Igreja é a
anunciadora de Jesus Cristo, ela existe para
propagar a pessoa de Cristo Salvador e Redentor.
As primeiras comunidades cristãs organizavamse como uma pequena igreja doméstica. A casa
era o lugar de oração, de encontro dos irmãos, de
partilha da Palavra e de celebração da Sagrada
Liturgia Eucarística. A casa-igreja era o espaço
sagrado que antecedia aquela casa de Deus, o
mundo do Criador, o reino definitivo prometido por
Jesus. Passaram-se quase dois mil anos, desde
que surgiram as primeiras “paróquias”, e vê-se
hoje a necessidade de renová-las, não para voltar
no tempo e refazer o modelo do passado, mas
para ir adiante, sem esquecer tudo aquilo que deu
certo e impulsionou a Igreja e ser autêntica
anunciadora de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A paróquia é a menor porção de fiéis dentro de
uma diocese. Deve ser de tal forma que atenda as
necessidades pastorais dos fiéis que congregam
em seu território, embora atualmente as pessoas
se vinculam às paróquias não por proximidade
física, mas por afetividade e afinidade. Portanto, a
paróquia deve ser a pátria terrena e temporária
dos filhos de Deus que aguardam o momento de
adentrarem à pátria celeste e definitiva. Todavia, a
paróquia não é apenas isso. Ela é lugar de
encontro, de celebração, de vida e partilha, etc. É
um importante organismo de evangelização,
estrutura que atualmente é a propulsora da ação
evangelizadora da Igreja.
Vivemos em um mundo predominantemente
urbano, ao passo que as paróquias têm suas
raízes históricas no ambiente rural e sua
existência primeira esteve sempre voltada para
essas condições. “O discípulo missionário de
Jesus Cristo faz parte do povo de Deus e vive
sua fé na comunidade. Sem a pertença à vida
comunitária, não há como concretizar o Reino de
Deus” (12º PAE-DFI). Assim, a comunidade
paroquial, comunidade de comunidades, deve
ser o ambiente de encontro, de acolhida, de
formação dos discípulos missionários.
O desafio que a Diocese de Foz do Iguaçu se
propõe é a renovação da paróquia, a setorização
das grandes comunidades, para evitar a
massificação dos fiéis em multidões que
inviabilizam a ação evangelizadora. O maior
desafio está nas áreas urbanas,
independentemente de serem grandes ou
pequenos centros urbanos. A evangelização
precisa se inculturar nesse ambiente complexo
da cidade, sair da pastoral de conservação para
uma pastoral profética e missionária. A isso se
exige conversão pessoal e pastoral.
A Igreja quer acolher em seu redil aqueles que
estão distanciados da fé. A comunidade é lugar
de encontro com Jesus Cristo, de acolhida de
todos, mas especialmente dos que se afastaram
de Deus e da Igreja, dos jovens, dos enfermos,
dos pobres, dos excluídos, etc. No pequeno
grupo pode-se promover a “leitura refletida e
orante da Bíblia, a catequese com adultos, o
aprofundamento da fé, o despertar de vocações
e ministérios, a formação de lideranças, a prática
concreta do amor, a solução de conflitos
pessoais e grupais” (12º PAE-DFI).
O estilo de pastoral deve ser adequado ao
contexto urbano, à sua linguagem e estruturas. A
Igreja deve marcar maior presença nos centros
de decisão da sociedade e evangelizar também
nos condomínios e nas favelas. É urgente
recuperar as bases da vida cristã: vivência da
Palavra, da Eucaristia e da caridade. Setorizar a
comunidade é também descentralizar o
atendimento paroquial, adaptar horários que
favoreçam os fiéis, delegar responsabilidade aos
leigos, formar lideranças, suscitar ministérios e
serviços, acolher as diversas pessoas e grupos
que procuram a Igreja ou que estão à espera de
serem encontrados: universitários, jovens,
crianças, idosos, encarcerados, doentes,
migrantes, artistas, empresários, moradores de
rua, enlutados, casais, etc.
As paróquias, de forma orgânica, devem “avaliar
o que está sendo realizado, interpretar os sinais
dos tempos e ter a coragem de mudar, com
fidelidade criativa, o que precisa ser revisado em
vista da nova evangelização” (doc. 104, CNBB,
n. 140). Por isso, é preciso abandonar as velhas
estruturas que já não evangelizam mais e adotar
novas posturas que sejam mais convenientes à
atual mudança de época.
Acolher a boa nova do Reino de Deus é viver de
acordo com os valores que Jesus viveu e
ensinou. A conversão pessoal e pastoral que
necessitamos para renovar a Igreja passa
também pelos ministros ordenados: os
diáconos, os bispos, os párocos e todos os
demais presbíteros devem ter um renovado
amor a pastoral, como expressão do amor a
própria existência sacerdotal. A paróquia,
comunidade de comunidades, “há de fazer a
diferença no atendimento, começando pelo
padre” (doc. 104, CNBB, n. 177), pois o
presbítero não é um simples delegado ou um
administrador, mas um verdadeiro servidor do
Povo de Deus e, para tal ministério, deve exercer
sua paternidade espiritual, deve ser um homem
de Deus (PDV, n. 17) e pastor do rebanho.
Para renovar as paróquias será preciso também
melhor distribuir os recursos, tanto materiais e
quanto humanos. Será preciso melhor distribuir
o clero e acolher o auxílio dos conselhos de
pastoral e de assuntos econômicos, etc. A fé
deve ser transmitida com novas linguagens, sem
abrir mão da Tradição e das verdades imutáveis
da doutrina da Igreja. O modelo de paróquia
imensa, física e sacramental já está saturado.
Deve-se aproveitar os espaços que as mídias e
meios de comunicação oferecem e atualizar
também a pregação e a homilia com novas
técnicas de comunicação e adequado conteúdo,
sem timidez e, muito menos, proselitismo.
“A paróquia é a grande escola da fé, da oração,
dos valores e dos costumes cristãos. Nela vive a
Igreja reunida em torno do Senhor. Ela existe
para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair
muitos outros para essa grande família de Deus,
a Igreja: sacramento de salvação” (doc. 104,
CNBB, n. 236). A paróquia ainda é uma
referência importante também para os não
cristãos e para os não-praticantes. É necessário
vencer o vazio e o deserto de valores, bem como
a crise da vida comunitária, e ser Igreja de Jesus
Cristo sem medo e sem temor de seguir e
anunciar o evangelho da vida.
Pe. Ademar Oliveira Lins
Pe. Marcio Fernando Mangoni
Pe. Anderson Chiamulera de Matos
Coordenadores da Ação Evangelizadora da
Diocese de Foz do Iguaçu
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Diocese de Foz do Iguaçu - Setembro / Outubro de 2013 - www.diocesedefoz.org.br
Leitura Orante da Bíblia
A) A ESPIRITUALIDADE BÍBLICA
A Bíblia ocupa um lugar muito especial na
espiritualidade da pessoa. É o principal alimento
para formar uma nova espiritualidade autên ca.
O primeiro livro que Deus escreveu é a própria vida.
A Bíblia quer iluminar a nossa vida, orientar, mostrar
o que Deus quer dizer através de situações e
acontecimentos. Por isso, devemos sempre ler a
Bíblia a par r de nossa realidade concreta e ver qual
é a luz que a Bíblia nos traz para transformar aquilo
que não é conforme o Projeto de Deus. Precisamos
aprender a ler, meditar, rezar e viver a Palavra de
Deus. São Jerônimo nos disse: “Ignorar as escrituras
é ignorar Cristo”. (Dei Verbum 25)
B) UM P O UCO D E HISTÓ RIA DA LEITURA
ORANTE
Na sua origem, nada mais é que a leitura que os
primeiros cristãos faziam para animar sua fé,
esperança e amor. Ela é tão an ga quanto a própria
igreja, que vive a Palavra de Deus. A expressão em
la m (Lec o Divina), em português (Leitura Divina)
vem de Orígenes, estudioso da Bíblia que viveu no
século III (185 – 260). Ele diz: "para ler a Bíblia com
proveito é necessário um esforço e atenção e de
assiduidade, cada dia de novo, temos que voltar à
fonte da Escritura."
A sistema zação da Leitura Orante em quatro
degraus ou passos, como nós a conhecemos hoje,
veio somente no século XII. Por volta de 1150,
Guigo, um monge Cartuxo, escreveu um livrinho
chamado “A Escada dos Monges”. No século XIII, a
Lec o Divina tornou-se a fonte inspiradora de todos
os movimentos de Reforma da Vida Religiosa que
vieram depois.
Passado um longo tempo, a Lec o Divina foi
esquecida.
C) A IGREJA E A LEITURA ORANTE DA PALAVRA
A Igreja recomenda muito a an ga e sempre nova
tradição da prá ca da Lec o Divina (Leitura Orante
recordar tudo o que Jesus ensinou e tem a dizer
hoje (JO 14, 26). É o momento de aquecer o coração
e abrir espaço para ouvir o Espírito. O Espírito só
age onde encontra acolhida e disposição para a
conversão.
Em cada degrau é feita uma pergunta.
1º PASSO: LEITURA DO TEXTO
O que diz o texto em si?
Ler o texto várias vezes e procurar compreender o
que ele está dizendo. Leitura lenta e atenta,
prestando atenção aos lugares, personagens, às
ações e reações das pessoas. Isso exige silêncio e
escuta. De preferência situá-lo no seu contexto.
da Bíblia), seja individualmente ou comunitária,
como grande tesouro da tradição da Igreja
oferecida aos fiéis. O Concílio Va cano II pede com
grande insistência a Leitura Orante da Bíblia,
acheguem-se de boa mente ao texto sagrado, sela
pela liturgia, pela piedosa leitura, por cursos
apropriados (Dei Verbum 25). As Diretrizes Gerais
da CNBB, desde 2003 assim expressam: “seja
incen vada e reforçada a prá ca da leitura pessoal
e Orante da Bíblia". No Sínodo dos Bispos, sobre a
Palavra, em 2008, em Roma, muitos peritos se
pronunciaram dizendo que o melhor método para
refle r, rezar e viver a Palavra é a Leitura Orante.
Os úl mos Documentos da Igreja e o Documento
de Aparecida voltam, com insistência, o convite
para a prá ca da Leitura Orante da Bíblia. (Doc. De
Aparecida, nº 249)
D) OBJETIVO DA LEITURA ORANTE
A Leitura Orante não é estudo bíblico, discussão de
idéias, aquisição de conhecimentos bíblicos. Não é
leitura para depois fazer palestras para os outros. É
rezar com a Bíblia para sermos discípulos de Jesus.
Também, podemos dizer a Leitura Orante é uma
experiência, um exercício, uma prá ca, uma
relação pessoal, viva com Deus e com a realidade.
Não é apenas um método teórico: é um caminho
de transformação. É fonte de ardor apostólico.
E) OS QUATRO DEGRAUS DA LEITURA ORANTE
Iniciar invocando o Espírito Santo. Este ponto é
fundamental, pois, o Espírito Santo, além de ser o
principal autor da Bíblia, tem a missão de falar e
2º PASSO: MEDITAÇÃO
O que o texto diz para mim, para nós?
É o momento de entrar em diálogo com o texto...
Refle r, dialogar, atualizar, ouvir o que o texto diz
para a própria vida e a realidade pessoal e social. É
importante que a maioria das pessoas falem.
3º PASSO: ORAÇÃO
O que o texto me faz dizer a Deus?
O texto me leva a dizer algo ao Senhor. É o
momento da súplica, do louvor, do pedido de
perdão, da ação de graças... É hora da prece,
conversar com Deus a par r do texto. Todos são
convidados a fazer sua prece espontânea, após
pode-se rezar um salmo ou pai Nosso ou um
mantra, se achar oportuno.
4º PASSO: CONTEMPLAÇÃO E
COMPROMISSO
É um olhar o mundo e a vida com os olhos.
Mergulhar no Mistério e saborear algo do olhar
de Deus. É mostrar, pela vida, que o amor de
Deus se revela no amor ao próximo.
Escolher uma palavra ou frase do que foi
meditado e contemplar profundamente, em
silêncio, por alguns momentos. Tirar um
compromisso concreto para vivenciar no dia ou
na semana. Pode-se encerrar a Leitura Orante
com um canto ou mantra.
Irmã Joanna Gasparin
Missionária Scalabriniana
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"Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós