18º ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDIUNIDADE
CONCLUSÃO DOS ESTUDOS REALIZADOS COM BASE NAS MENSAGENS DE
ANTONIO DE AQUINO E NA ENTREVISTA COM ALTIVO
FÉ E MEDITAÇÃO
Fé – adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro; firmeza na execução de
uma promessa ou compromisso; crédito, confiança; crença religiosa.
Meditação – ação ou efeito de estudar, considerar, ponderar, refletir.
Alertados por Antonio de Aquino quanto a nossa falta de fé e suas conseqüências, somos
convidados a aprender a silenciar nossos corações e nossas almas, tendo como fundo a observação
da Natureza.
Acreditar em si mesmo – base para acreditar nos outros e, acima de tudo, em Deus.
Ausência da fé leva à :
- rudeza
- prepotência
- autoritarismos
- ignorância das Leis Divinas e, consequentemente, o desconhecimento da Lei de Causa e Efeito.
ESE Cap.XIX itens 2 e 11.
ESE Cap. XI itens 8 e 13: “... a caridade sem a fé não é suficiente para manter entre os homens
uma ordem social capaz de torná-los felizes...a caridade é impossível sem a fé.”
“A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; ela extingue as misérias sociais.”
“...para praticar a lei de amor tal como Deus quer, é preciso que, gradativamente, passeis a amar
todos os vossos irmãos indistintamente.”
Demonstração de amor fraterno – dar às criaturas a certeza de que nada está perdido; tudo está
de conformidade com a Lei de Deus
Trabalho no bem + exemplo + bondade = elementos de despertamento para as almas dos maus
e desorientados
O papel da religião na Terra – estimular o exercício do bem, a prática da caridade e a vivência
do amor fraterno.
A Doutrina Espírita clareia para nós o significado da palavra caridade ( LE 886 e NK)
( Ver também “Pela Graça Infinita de Deus”, Balthazar – lição “Caridade e amor” )
Aproveitamento do nosso tempo – pensar no bem daqueles que estão a nossa volta e esperam
de nós a ajuda, “para que seus olhos possam se abrir”
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Ver o trabalho mediúnico, a mediunidade, não só como oportunidade de crescimento para nós;
mas entender que, com o fracasso neste trabalho, nós e dezenas de almas (que através de nós,
poderiam ser atendidas) permaneceremos nas zonas de sofrimento e desespero pela falta de
esclarecimento, de entendimento, de socorro à nossa natureza espiritual.
EIS QUE VOS ENVIO
Reconhecemos a necessidade do alimento espiritual. Mas para a “distribuição desse alimento”,
o Cristo requer trabalhadores devotados e de forte decisão, com vontade de servir ao bem e ao
próximo.
Quem são esses trabalhadores? Somos nós, médiuns e trabalhadores da Casa Espírita.
“Todos os que já aportaram ao Evangelho, receberam os recursos indispensáveis à semeadura –
revelações, mensagens, estudos apoios múltiplos – provas evidentes da misericórdia do Pai, que se
multiplicam nas mãos dos que foram convidados ao divino serviço.”
Se escolhemos e/ou somos convidados, é porque já recebemos os recursos para a realização dos
trabalhos.
Deus opera por vários meios, mas é principalmente a nós encarnados, que os Bons Espíritos
vêm nos chamar a atenção para que, como trabalhadores da Seara do Cristo, dentro de uma Casa
Espírita em que se faz, num estudo sistematizado, o aprofundamento de idéias, possamos atender
àqueles que “tombam ao longo da estrada” (jornada terrestre).
O entendimento através do estudo e a segurança adquirida no trabalho do bem, NÃO tira de nós
as lutas que nos pertencem. Tudo que passamos está dentro do cabimento da Lei de Deus; não
existe injustiça.
Estamos estudando, buscando recursos físicos e espirituais para sermos devotados,
desenvolvendo e aprimorando a vontade de servir.
Mas “... o Cristo não promete facilidades”. Vivemos num mundo de provas e expiações.
Mesmo os espíritos superiores, que encarnam em missão na Terra, enfrentam as condições da vida
material que caracterizam o nosso planeta.
ESE Cap. V, principalmente o item 20 (A felicidade não é deste mundo)
ESE Cap.VI item 1
LE “Escolha das provas” – Q258 em diante
ESE Cap. III item 13 (Mundos de expiações e de provas).
Mas apesar de tudo, o Cristo, até hoje, ainda trabalha em nosso favor, vencendo os obstáculos,
as dificuldades impostas por nós mesmos e que dificultam a tarefa de renovação da humanidade
sofredora e aflita.
Quais são esses obstáculos?
- má vontade
- preguiça
- insegurança
- nós nos subestimamos – fruto do nosso orgulho e da nossa vaidade
- falta de fé
- medo de errar
- falta de mudança dos nossos valores e do nosso comportamento
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- fruto do nosso interesse pessoal
LE Q913, 914 e 917
“...a tarefa do Cristo não oferece as vantagens comuns do mundo...”
Quais são as vantagens do mundo?
- financeira
- reconhecimento pelo trabalho e pelo esforço realizado
- poder
- status
- títulos
- privilégios
Apesar de conhecermos o Evangelho e de termos recebido os recursos necessários ao
desempenho de nossas tarefas, ainda falhamos. Mas os Bons Espírito (os benfeitores que trabalham
na Casa Espírita, os nossos guias espirituais) não desistem de nós porque nos conhecem, nos olham
com benevolência, com amor, trabalham por amor, olham para o nosso potencial de trabalho e
sabem que é pelo trabalho no bem que também iremos crescer. Eles valorizam o que temos de
melhor e nos estimulam a prosseguir servindo no bem, no trabalho mediúnico, sem deixar de nos
chamar a atenção para a necessidade de nos melhorarmos espiritualmente.
“...ao atenderem a esta convocação, estarão frente à única oportunidade de realizarem a sua
caminhada, livre das algemas mais pesadas do sofrimento...”
“ O campo do mundo aí está...solicitando igualmente, suor na erradicação das ervas que
proliferam...”
O que é o “suor”?
- devotamento dos trabalhadores encarnados e desencarnados
- resistência
- disciplina
- perseverança
- espírito de renúncia
- esforço pessoal
- ser trabalhador do Cristo enfrentando as nossas dificuldades terrenas (doenças, dificuldades
financeiras, trabalho difícil, família difícil etc)
- desenvolvimento de uma determinação consciente através do estudo metódico e sistematizado
- mudança do foco de interesse
LM Q185 em diante – “Dos médiuns especiais”
VINHA DE LUZ – lição 49 – “Exortados a batalhar”
LM Q197 – “Bons médiuns”
“Embaixadores do Cristo, que tendes feito da delegação que vos foi dada?”
Embaixador – fig. emissário, mensageiro
Delegar – enviar (alguém) com poderes de agir, julgar e resolver
Somos os mensageiros do Cristo, seus representantes aqui na vida terrena, capacitados a
decidir, agir, julgar e resolver diversas situações que nos competem no dia a dia. Como estamos
desempenhando estas funções?
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Nosso crescimento se fará através de sacrifícios e renúncias diárias (pequenas renúncias) no
esforço da nossa vida, aprendendo a servir com alegria. O trabalho no bem é o meio pelo qual
iremos alcançar a felicidade que tanto desejamos.
O CAMINHO DA COMPREENSÃO
Espiritismo = compreensão – encontro da luz através da razão – daí a necessidade de estudo da
Doutrina Espírita (DE)
luz – que aclara dúvidas e traz paz para as nossas vidas
“ Compreender a vida é saber recebê-la tal qual ela se apresenta...” – é a aceitação daquilo que me
pertence
A vida que eu tenho – Lei de Causa e Efeito – lei esta que é acionada por mim mesmo a partir
do momento em que eu promovo a causa. Se não promovermos a causa, não haverá o efeito. Tudo
o que fazemos terá uma conseqüência para o bem ou para o mal.
“Viver a vida” = compreendê-la = vencer a vida
Para o verdadeiro espírita:
- sofrimento é efeito de causas antigas;
- Deus é justiça;
- ele sabe que traçou seu próprio destino;
- não se revolta contra as dores, nem contra Deus;
- sabe que Deus não tira de seu caminho as pedras que o ferem;
- respeita e acata os que tombam, os que cometem erros e estende a mão fraterna para reerguê-los.
DESENCANTO COM A VIDA = alma fechada para o entendimento, para a crença na grandeza de
Deus.
“Deixai-os! Suplicai para eles apenas a luz...Cuidado, pois!”
Portas cerradas à compreensão de DE não quer dizer que só será “salvo” quem for espírita.
Deus é justo e misericordioso, mesmo para aqueles que não conhecem a DE; estes deverão
receber o socorro de acordo com aquilo que conhecem.
Ninguém está deserdado; o socorro é de acordo com o que ele pode entender, pelo merecimento
que tem, por intercessão de amigos, familiares e dos Bons Espíritos.
Nosso exemplo de transformação (pequeno ou grande) é que poderá sensibilizar as almas ainda
vacilantes. Devemos, portanto, nos livrar dos maus exemplos, das más palavras e dos maus gestos.
Espiritismo – ciência espírita – conteúdo trazido pelos espíritos superiores – não há
possibilidade de manipulação do conteúdo doutrinário, de deturpação do mesmo para atender aos
interesses pessoais.
VINHA DE LUZ – lição “Os maiorais”
“Livrai-vos dos maus exemplos... é o milagre do teu sorriso!”
ESE Cap.XXI - “Os falsos profetas”
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A falta de esforço para a modificação moral bloqueia o entendimento da lei moral. Buscamos
justificativas para não fazer o que é o certo.
FALTA DO ENTENDIMENTO – limitação intelectual (para poder)
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VIVER A CRENÇA – limitação moral
Além de estudar, é preciso meditar. Associar o que eu sei à prática do meu dia a dia.
Jesus resume a Lei Divina: Amar à Deus sobre todas as coisas;
Amar ao próximo como a si mesmo.
Toda a compreensão das Leis Divinas passa pelo esforço do estudo constante (inteligência) e
pelo esforço da aplicação desse conhecimento (moralidade).
Espíritas – não nos afastemos dos estudos da DE nem da fonte de luz que é a Casa Espírita.
“Não diremos às mães...” até o final.
Qualquer evento é precedido por uma ação.
Quem pode fazer mais é quem conhece mais.
Falar é fácil; difícil é realizar. Devemos fazer uso da vontade (ação) para realizar o que se fala,
estuda, ensina etc.
Que todos nós possamos enaltecer o nome de Deus – não com palavras, mas com gestos e com
exemplos.
Não há milagres – sempre há ajuda se “bater para a porta abrir”.
ESE Cap.XXV –“Buscai e achareis”
MEDIUNIDADE
DOR – fruto da condição espiritual dos que vivem em mundos de provas e expiações (ver ESE
Cap. III) – caminho mais curto para Deus e para o conhecimento da verdade. CONSEQUÊNCIA
DAS VIDAS PASSADAS (ESE Cap.V)
DOM DA MEDIUNIDADE – para almas que já atingiram um grau de progresso, para que as suas
faculdades psíquicas possam ser desenvolvidas e colocadas a serviço do Bem.
DOR + MEDIUNIDADE = FATORES DE PROGRESSO ESPIRITUAL
PROGRESSO ESPIRITUAL = CARIDADE PRATICADA
FELICIDADE DA CARIDADE = COMPLEMENTO DO PROGRESSO – é preciso a dor para
que se atinja esta compreensão.
Dor no médium – é o que o movimenta para o desenvolvimento da mediunidade e para o início
de missão de caridade para com a humanidade.
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LM Q226 5ªpergunta.
Mediunidade – não exime ninguém da dor que lhe cabe
MEDIUNIDADE
X
DOR / SOFRIMENTO
MEDIUNIDADE - suprema oportunidade, saldando faltas na realização do bem.
DOR / SOFRIMENTO - dor – conseqüência dos erros; sofrimento – como eu encaro essas
conseqüências.
LE Q614
Sofrimento: resignação e progresso OU revolta e retrocesso – estagnação
Mediunidade: caminho do bem OU caminho do mal – cala a dor que nos faria progredir
Mediunidade no caminho do bem + revolta = cancelamento do trabalho mediúnico que fazemos
EVANGELHO = código do bem
GRANDE MÉDIUM = aquele que muito já sofreu e aprendeu (experiência); tem grande força no
coração, muita resignação e luz para espalhar grande messe de caridade.
MEDIUNIDADE = PRUDÊNCIA + SILÊNCIO – “Realmente, médium, só é aquele que sabe
silenciar...Porque a caridade feita em silêncio tem valor.”
MEAL – ENTREVISTA COM ALTIVO
Determinação de um grupo de espíritos encarnados comprometidos com o trabalho no bem,
através de ações materiais e da mediunidade;
Estudo constante – fidelidade à Kardec;
Superação dos obstáculos materiais (que cabem aos espíritos encarnados) em função de algo maior
que é o progresso espiritual e o atendimento aos necessitados da matéria e da alma;
Oração e vigilância para superar os ataques espirituais;
Superação de si mesmo, comparecendo às tarefas mesmo em condições físicas difíceis;
Sempre atentos às diretrizes dos Bons Espíritos, dos guias espirituais da Casa e dos seus próprios
guias;
DR. HERMANN: “...mediuidade também é exercício, é trabalho, é esforço, é dedicação...”
“...é isto, a CONSCIENTIZAÇÃO que o trabalhador espírita precisa ter, em
particular o médium, dentro da Casa Espírita...A criatura precisa aprender a trabalhar de forma
consciente naquilo que ela está desempenhando e não simplesmente vir, se deixar arrastar ou ser
submetido a uma série de intempéries...Se esta é a minha tarefa, este é o meu papel, eu vou fazer
isto, conscientemente, para chegar àquele objetivo maior.”
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