® 2007, Sebrae/DF – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal. Todos os direitos reservados. Ministério do Meio Ambiente - MMA Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental – Semuc/MMA Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal - SEBRAE/DF A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº. 9.610). 1ª edição/ 1ª impressão (2007): 1.000 exemplares Ministério do Meio Ambiente Esplanada dos Ministérios, Bloco “B”, Cep: 70.068.900 Brasília - DF Ministra: Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima Secretário Executivo João Paulo Ribeiro Capobianco Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental Secretária: Thelma Krug DDD (61) Telefones: 3317 12 04/12 30 Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 8º andar - Gabinete Cep: 70068-900 - FAX: 4009-1759 Brasília - DF Volney Zanardi Júnior Diretor do Departamento de Licenciamento e Avaliação Ambiental Moema Pereira Rocha de Sá Gerente de Avaliação e Instrumentos Ambientais Fernanda Helena Ferreira Leite Assessora Técnica Sebrae/DF SIA Trecho 3, lote 1.580 – CEP 71200-030 – Brasília - DF. Telefone (61) 3362 16 00 Internet http://www.df.sebrae.com.br E-mail [email protected] Coordenação no Sebrae/DF James Hilton Reeberg Equipe técnica CS Planejamento e Consultoria Ambiental Antonio de Souza Gorgonio Carmem Sílvia Salomão João Pedro Martins da Silva Editoração eletrônica Stefania Montiel Revisão Mário Maciel SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................9 1 INTRODUÇÃO..............................................................................................10 2 PASSO A PASSO PARA A CONSTRUÇÃO DO SGA...........................................14 2.1 PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO..................................................................14 2.2 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE GESTÃO AMBIENTAL.........................................15 2.2.1 O Número 1.........................................................................................16 2.2.2 O Representante da Administração - RA........................................16 2.2.3 O Escriba.............................................................................................17 2.2.4 Os Auditores Internos......................................................................17 2.2.5 Os Demais Colaboradores................................................................18 3 CARATERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E HISTÓRICA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ......................................................................................................................19 3.1 RECONHECIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS NA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO...............................................................................................19 3.2 MISSÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO..................................................20 3.3 VISÃO DE FUTURO PARA A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO...........................22 4 ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DA NORMA ABNT NBR ISO 14001..............24 4.1 REQUISITOS GERAIS..................................................................................24 4.2 POLÍTICA AMBIENTAL ..............................................................................25 4.3 PLANEJAMENTO .......................................................................................26 4.3.1 Aspectos Ambientais..........................................................................27 4.3.1.1 Diagrama das atividades – Fluxo de Valor................................29 4.3.2 Requisitos Legais e OutrAs EXIGÊNCIAS............................................32 4.3.3 Objetivos, Metas e Programas Ambientais....................................33 4.3.3.1 Ações de controle dos aspectos ambientais significativos..34 4.3.3.2 Objetivos e Metas Ambientais....................................................35 4.3.3.3 Programas Ambientais...............................................................37 4.4 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO...............................................................39 4.4.1 Recursos, Funções, Responsabilidade e Autoridade ..................39 4.4.2 Competência, Treinamento e Conscientização...........................40 4.4.3 Comunicação...................................................................................40 4.4.4 Documentação................................................................................41 4.4.5 Controle de Documentos..............................................................41 4.4.6 Controle Operacional...................................................................41 4.4.7 Preparação e Resposta a Emergências.........................................42 4.5 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA..........................................................42 4.5.1 Monitoramento e Medição - a Questão da Biodiversidade.......42 4.5.2 Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e Outros.........42 4.5.3 Não-Conformidade: Ação Corretiva e Ação Preventiva...........43 4.5.4 Controle de Registros...................................................................43 4.5.5 Auditorias Internas........................................................................44 4.5.6 Análise Pela Administração...........................................................44 5 AUDITORIAS..............................................................................................46 5.1 AUDITORIA PLENA..................................................................................46 5.2 PRÉ-AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO.........................................................46 5.3 AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO................................................................46 6 TREINAMENTO DE PESSOAL.........................................................................47 6.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA ABNT NBR ISO 14001...............................47 6.2 FORMAÇÃO DE AUDITORES AMBIENTAIS INTERNOS..................................47 7 OUTROS ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL.........................48 7.1PADRÃO DE CONDUTA AMBIENTAL PARA CONCESSIONÁRIOS....................48 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................49 9 GLOSSÁRIO..................................................................................................51 10 BIBLIOGRAFIA............................................................................................55 11 ANEXOS.....................................................................................................56 APRESENTAÇÃO Esta metodologia é produto do Convênio firmado entre o Ministério do Meio Ambiente - MMA e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal - SEBRAE/DF, com o objetivo de Elaboração e Implementação de Sistemas de Gestão Ambiental - SGA em Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. O “Projeto-Piloto” desenvolvido com o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, apoiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) do MMA, possibilitou fazer modificações na abordagem das metodologias convencionais em função da sua especificidade. A elaboração e implementação do Sistema de Gestão Ambiental nos Parques Nacionais do Iguaçu e da Serra dos Órgãos evidenciaram a necessidade e a importância de se implantar SGA em outras unidades de conservação, de diferentes categorias de manejo, com vista ao seu aprimoramento e à formação de equipes multiplicadoras capazes de disseminála em todo o País. Como metodologia de trabalho voltada para as questões ambientais, esta apresenta uma grande plasticidade no sentido de poder adaptar-se às características específicas das Unidades de Conservação – UC das diversas categorias de manejo, constantes, ou não do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC em que forem empregadas. Por último, o objetivo desta metodologia é permitir ao gestor público encarregado do manejo de unidades de conservação elaborar e implementar Sistema de Gestão Ambiental – SGA com base nos requisitos da norma ABNT NBR ISO 14001, passíveis de serem auditados por organização independente. Agradecimentos Os autores agradecem a todos as pessoas que, direta e indiretamente, contribuiram para a realização deste trabalho, especialmente os chefes dos Parques Nacionais da Tijuca, do Iguaçu e da Serra dos Órgãos, seus funcionários ténicos e administrativos, bem como os terceirizados e representantes de diversas concessionárias, que se esmeraram em desenvolver seus respectivos Sistemas de Gestão Ambiental. A todos, nossa gratidão e votos de boa gestão ambiental em suas unidades de conservação. 1 INTRODUÇÃO Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como o mecanismo de controle que integra um conjunto de procedimentos e instruções usados para gerir ou administrar uma organização de modo a alcançar o melhor relacionamento possível com o meio ambiente. Nos últimos vinte anos, diversos documentos foram elaborados, entre eles o da Comissão Bruntland, a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente, e a Agenda 21, que, demonstram a importância de um gerenciamento voltado para o desenvolvimento ecologicamente correto. Com a globalização da economia mundial e a criação de grandes blocos, como a União Européia, Nafta e Mercosul, o cuidado com o meio ambiente passa a ser fator importante para qualquer organização. Entre as metodologias existentes para o desenvolvimento de SGAs destaca-se a Norma ISO 14001, fruto do trabalho integrado de organizações e países no fórum mundial para normalização das atividades humanas que é a International Organization for Standartization (ISO) com sede em Genebra, Suíça, que, em seu Comitê Técnico 207, abriga mais de 127 países, entre os quais o Brasil, através da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que discutem e definem diretrizes para a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental eficientes. Essas normas são voluntárias e demonstram a preocupação com as condições ambientais da Terra. Sistemas de Gestão Ambiental podem ser aplicados em qualquer atividade econômica, fabril ou prestadoras de serviços e, em especial, naquelas cujo funcionamento oferece riscos ou que geram impactos ambientais. Podemos esquematizar seu desenvolvimento e implementação com base nos seguintes Princípios (ABNT NBR ISO 14001): - Princípio 1 – Comprometimento e Política – a direção da organização deve estar comprometida com seu desempenho ambiental expressando suas intenções na sua política ambiental; - Princípio 2 – Planejamento – a organização deve elaborar um plano para cumprir sua política ambiental. Para isso deve identificar todos os aspectos ambientais de suas atividades, determinando os que são significativos e definindo ações de controle para que não gerem impactos ambientais negativos. Deve, também, identificar e atender os aspectos legais a que está sujeita, de acordo com o tipo 10 de atividade que desenvolve e, ainda, estabelecer objetivos, metas e programas que possibilitem o atendimento de sua política ambiental, dos requisitos legais e das preocupações de outras partes com o seu desempenho ambiental; - Princípio 3 – Implementação e Operação – a organização deve desenvolver a capacitação e o apoio necessários para a efetiva implementação da sua política ambiental, seus objetivos e metas ambientais e programas ambientais; - Princípio 4 – Verificação – a organização deve monitorar e avaliar sistematicamente o seu desempenho ambiental; e - Princípio 5 – Análise pela Administração – a organização deve ter sistematizado a avaliação crítica e o aperfeiçoamento contínuo de seu Sistema de Gestão Ambiental com o propósito de aprimorar seu desempenho ambiental global. Assim, a implantação de um SGA passa pela fase de planejamento, quando seu Plano de Ações de Melhoria do Desempenho Ambiental é estabelecido. Na implementação e controle dessas ações e demais processos previstos nos Princípios 3, 4 e 5 citados acima, completa-se o Sistema de Gestão Ambiental, podendo a organização solicitar, então, que um Organismo de Certificação Acreditado (OCA) o avalie e ateste sua conformidade aos requisitos da norma ABNT NBR ISO 14001, com a emissão de certificado reconhecido nacional e internacionalmente. Um Sistema de Gestão Ambiental, longe de ser uma redundância numa instituição cujo principal objetivo é a conservação da natureza, possibilita que o chefe da unidade de conservação e toda sua equipe tenham conhecimento dos pontos conflitantes entre seu objetivo e sua prática. Permite, no dia-a-dia e, de forma sistemática, definir programas com objetivos e metas específicos para controlarem os aspectos ambientais significativos de suas atividades e assim prevenir impactos ambientais negativos. O Sistema de Gestão Ambiental possibilitará ao administrador da unidade de conservação o controle ambiental de suas atividades e as de suas concessionárias, priorizando ações que atendam aos objetivos estabelecidos pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade/MMA ou seu órgão estadual/municipal de controle. O SGA permite estabelecer objetivos e metas ambientais com vista a harmonizar sua vocação turística, de pesquisa ou de preservação de espécies raras e ou ameaçadas de extinção, com as necessidades de conservação e preservação da parte do bioma em que se insere a unidade de conservação em pauta. 11 Formas de gestão para UCs têm sido experimentadas por todo o mundo, bem como suas formas de avaliação do desempenho e efetividade: será que a UC realmente cumpre as finalidades para as quais foi criada? A resposta ainda está sendo pesquisada em todo o mundo, mas a implantação de um SGA pode possibilitar alguns resultados positivos, pois além do planejamento, um SGA prevê registros, análises e monitoração de fatos. Principalmente monitoração. A ABNT NBR ISO 14001 determina que a análise do desempenho do SGA seja feita por avaliações sistemáticas e planejadas, as auditorias ambientais internas, que buscam encontrar pontos de melhoria no sistema e assegurar que o planejado esteja sendo cumprido. Desta forma, os planos e atividades previstos no Plano de Manejo da UC podem ser controlados e, antes que se tornem inviáveis, medidas alternativas são tomadas para redirecionar os meios e atingir os objetivos. Assim, sistematizando o monitoramento do Plano de Manejo, pode-se garantir maior eficiência na sua execução e, conseqüentemente, melhoria da gestão da UC. Em unidades de conservação, um Sistema de Gestão Ambiental segundo os requisitos da ABNT NBR ISO 14001 envolve necessariamente grande número de atores, dentre eles as concessionárias, as prestadoras de serviço, os que ocupam residências e outras organizações que têm na UC o objeto de seus negócios, como operadoras de turismo, instituições de pesquisa, etc. Suas participações no processo de implementação são fundamentais, o que deve tornar tal processo um verdadeiro mosaico de interpretações, muito rico nas suas múltiplas experiências. A presente metodologia deve ser aplicada de forma a conduzir as equipes de gestão ambiental das unidades de conservação a interiorizarem os conceitos, as definições e os requisitos da ABNT NBR ISO 14001 e, ao final, terem construído SGAs para suas unidades de conservação. Normalmente, um SGA é descrito em forma de manual, que, em linhas gerais, deve conter: • Histórico da UC contendo, também, uma caracterização físico-ambiental; • Organograma operacional da unidade de conservação; • Missão da UC, onde deve ser enfatizada sua razão de ser; • Visão de futuro para a unidade de conservação, do ponto de vista institucional e ou dos dirigentes da unidade naquele momento; • Levantamento completo de todos os requisitos legais, nos níveis federal, estaduais e municipais, e outros requisitos que incidem sobre a unidade de 12 conservação (atender aos requisitos da Convenção dos Sítios do Patrimônio da Humanidade, da Unesco, por ser Patrimônio Mundial Natural); •Política ambiental, elaborada pela equipe de gestão e confirmada pela alta administração da unidade de conservação; •Fluxo, escrito ou em diagrama, das atividade desenvolvidas, para cada setor gerencial da unidade de conservação; • Levantamento completo dos aspectos ambientais decorrentes de suas atividades e das organizações concessionárias e prestadoras de serviço à unidade de conservação, inclusive atividades desenvolvidas na área de amortecimento, pois podem conter riscos à integridade da UC; •Identificação e valoração dos impactos ambientais reais e potenciais relativos aos aspectos ambientais da UC e das organizações concessionárias ou prestadoras de serviço à unidade de conservação; •Cronograma físico para execução das ações de controle dos aspectos ambientais significativos; •Programas ambientais organizados em objetivos, metas e ações, elaborados pela equipe de gestão ambiental e confirmados pela alta administração da unidade de conservação; •Sistema de documentação que envolva todos os requisitos da ABNT NBR ISO 14001, objeto de auditorias com base na ABNT NBR ISO 19011; •Padrões de conduta ambiental estabelecidos para controle dos aspectos ambientais significativos das organizações concessionárias e prestadoras de serviço à unidade de conservação, caso não contemplados no Plano de Manejo. 13 2 PASSO A PASSO PARA A CONSTRUÇÃO DO SGA Uma vez definida a intenção de implantar um SGA, segue-se o desenvolvimento de operações de rotina, que devem ser executadas pelos elementos envolvidos com a operação da unidade de conservação. É de fundamental importância que o dirigente máximo da unidade de conservação queira realmente implementar um SGA e que esteja ciente de todas as injunções a que estará sujeito, inclusive as questões referentes a recursos humanos e financeiros, entre outros. Sem essa condição, é pouco provável que o intento tenha sucesso. Caso as equipes da unidade de conservação não tenham condições de aplicar, sozinhas, esta metodologia, é necessário recorrer a uma consultoria especializada e que, se possível, tenha experiência em implantação de SGA em organizações dessa natureza. 2.1 PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO É comum, nas organizações que se propõem a implementar um SGA as seguintes perguntas. “...qual a necessidade de implantar um SGA ou para que serve o SGA? O que é que o Sistema vai nos mostrar que ainda não sabemos? Há incompatibilidade entre o SGA e o Plano de Manejo da Unidade de Conservação?” Deve-se iniciar o processo de elaboração e implantação de um SGA com uma palestra de sensibilização proferida para todas as pessoas que, direta ou indiretamente, venham a ser afetadas pelo SGA da unidade de conservação que estiver sendo trabalhada. Deve abordar temas gerais sobre meio ambiente e mostrar, em linhas gerais, o que é e a que se destina a gestão ambiental segundo os requisitos da ABNT NBR ISO 14001. Deve mostrar que não há conflito entre o sistema operacional existente e o SGA, ao contrário, deve ficar claro que, se o SGA não ajudar no processo de gerenciamento, ele não terá razão de existir. Os responsáveis pelas organizações concessionárias e que prestam serviços à UC, representantes de organizações do entorno da unidade de conservação, como associação de moradores, de universidades, das prefeituras, dos órgãos de meio ambiente municipais e outros, devem ser convidados a participar do evento de abertura, para poderem ter ciência das mudanças que virão com a implantação do SGA naquela unidade de conservação. 14 2.2 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE GESTÃO AMBIENTAL Todo o trabalho a ser desenvolvido na unidade de conservação deve ser feito por pessoal que esteja envolvido com sua operação. Isto porque são essas pessoas que conhecem as rotinas operacionais e que, geralmente, já sabem o que precisa melhorar. Antes da formação da equipe de gestão ambiental da unidade de conservação é preciso que os pretendentes a integrá-la saibam que, além de suas atribuições rotineiras, terão que desempenhar outras tarefas pertinentes ao SGA e seu desenvolvimento. A equipe que vai elaborar, implantar e manter o SGA deve estar composta por elementos definidos de acordo com suas funções na organização, conforme exemplo abaixo. Exemplo da Composição de uma Equipe de Gestão Ambiental • Representante da Administração (RA) • Responsável pelo setor de pessoal • Responsável pelo setor de compras • Responsável pelo setor de pesquisa • Responsável pela manutenção • Responsável pelo monitoramento • Outros setores Em geral, uma equipe de SGA não deve ter mais que uma dezena de representantes. Isso não quer dizer que haverá sobrecarga de atividades para esses elementos, pois eles devem delegar tarefas a outros, já que todas as pessoas da unidade de conservação deverão, direta ou indiretamente, estar envolvidas com o SGA, em algum momento. Cada componente da equipe de gestão ambiental deve ter qualificação compatível com a função que vai exercer no SGA, a saber: 15 2.2.1 O NÚmero 1 Essa pessoa deve ser o responsável pela unidade de conservação, no caso, o seu chefe. Esse elemento, além do encargo de dirigir a UC, terá algumas atribuições específicas com relação ao SGA, a saber: • Formalizar, por portaria, ou outro instrumento normativo conveniente, a equipe de gestão ambiental; • Nomear o RA (Representante da Administração); • Assegurar recursos humanos, financeiros e materiais para executar os programas e ações ambientais planejados, constantes do SGA; • Estabelecer e implantar a política ambiental da UC; • Acompanhar a implementação do SGA; • Realizar a Análise Crítica do SGA. 2.2.2 O Representante da Administração - RA O RA tem a incumbência de gerenciar a construção do SGA e responsabilizarse por sua implantação. Para tanto, deve ter nível gerencial de chefia e poder, dentro do possível, tomar decisões na ausência do Número 1. O RA deve conhecer os requisitos da ABNT NBR ISO 14001, para, junto com os demais componentes da equipe de gestão ambiental, interpretá-los e zelar pelo seu cumprimento. É responsabilidade do RA, entre outras: • Gerir o SGA em toda a sua abrangência; • Coordenar o cumprimento das atribuições dos demais integrantes da equipe de gestão ambiental; • Coordenar e fazer implementar as ações planejadas para o sucesso do SGA; • Prestar contas do andamento do SGA ao Número 1. 16 2.2.3 O Escriba O Escriba é, geralmente, um estagiário(a) esperto(a) que tem facilidade de comunicação com as pessoas da organização A comunicação eficiente é uma de suas principais características porque o Escriba vai possibilitar a todos os colaboradores da organização, de uma forma ou de outra, a participação na construção do Sistema de Gestão Ambiental. Deve ser simpático para que as pessoas se sintam à vontade em sua presença, e assim descrevam suas atividades com a certeza de que correspondem exatamente às suas realidades. O Escriba não precisa conhecer os processos da organização, pois ele apenas vai descrever o que as pessoas determinarem, sem fazer qualquer julgamento de valor. Cabe ao responsável pelo processo e ao RA avaliarem a sua eficiência da maneira como foi descrito, e sugerir melhorias quando necessário. O Escriba vai a cada posto de trabalho que tenha necessidade de documentar seu processo e “ouve” o operador da atividade, esboçando um resumo com os principais pontos da operação. Este resumo dará condições ao Escriba de desenvolver um texto descritivo da atividade, que é apresentado ao operador para conferência. Depois disso o texto é encaminhado ao RA para verificação. Por fim, o documento é formatado e ajustado, ganhando sua identificação específica e, após a devida formalização (aprovação pelos responsáveis), passa a fazer parte da documentação do Sistema de Gestão Ambiental, estando já praticamente implantado, justamente por ter retratado o que é feito na realidade. 2.2.4 Os Auditores Internos Os auditores internos são os responsáveis pelo feedback do Sistema de Gestão Ambiental. São eles que avaliam se as ações planejadas estão efetivamente sendo realizadas com a eficiência requerida. O papel dos auditores nunca é o de achar problemas ou culpados, mas descobrir pontos de melhoria do sistema que orientarão a organização na sua busca por um desempenho ambiental ótimo. 17 2.2.5 Os Demais Colaboradores Quando uma organização está envolvida com a gestão ambiental, todos os funcionários contratados, terceirizados e outros elementos prestadores de serviço têm, de alguma forma, vínculo com a gestão ambiental. Portanto, devem ser treinados e/ou informados sobre o porquê do SGA, devem conhecer a política ambiental definida pela chefia da UC, assim como os objetivos, as metas e os programas ambientais, para poderem assegurar o êxito de sua participação, qualquer que seja. Todos devem conhecer os efeitos sobre o ambiente de suas atividades e saber as conseqüências das possíveis falhas que possam cometer. Todos devem ser capazes de agir eficazmente nas situações de emergência. 18 3 CARATERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E HISTÓRICA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Esta caracterização deve ser suscinta o bastante para proporcionar às partes interessadas uma idéia geral de sua localização geográfica, e abrangente o suficiente para informar os principais elementos que justificam a existência da unidade de conservação. Deve abordar sua história, do ato de sua criação até o momento presente, decrever de forma resumida sua biodiversidade, suas relações com a comunidade do entorno, com a comunidade científica local, nacional e internacional e demais partes interessadas e, por fim, apresentir o organograma administrativo da unidade de conservação. É um resumo do descrito no Plano de Manejo. A caracterização da unidade de conservação, bem como os demais documentos que serão produzidos ao longo da construção do SGA, deverão ser arquivados na forma de um documento único que expressará a memória do sistema de gestão. Ao final, servirá de subsídio para a construção do Manual de Gestão Ambiental da unidade de conservação. Este manual será o guia que orientará o SGA ao longo da sua existência. 3.1 RECONHECIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS NA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO A unidade de conservação existe como produto da iniciativa da comunidade que a estabeleceu, por algum motivo justo. É formada por elementos de infraestrutura logística, de meio físico, meio biótico e de pessoas. Este conjunto de elementos interage para atingir um objetivo específico, que diz respeito à conservação ambiental e preservação da biodiversidade, a prestação de serviços ambientais e como base para pequisa, recreação e lazer da comunidade. As partes interessadas¹ de uma unidade de conservação são as pessoas que a gerenciam, as comunidades vizinhas ou não, o poder público municipal, estadual ou federal e até a comunidade internacional. Assim, são de grande valia para a gestão de uma unidade de conservação e constituem elemento importante na construção do seu SGA. Reconhecer quais são suas partes interessadas e o que elas desejam da unidade de conservação é ponto-chave para o estabelecimento do SGA. ¹Sempre que uma palavra aparecer em destaque, verifique sua definição ou conceito no glossário. 19 O quadro a seguir é um instrumento útil para o levantamento e o reconhecimento das partes interessadas de uma unidade de conservação, Anexo 1. PARTES INTERESSADAS NA UC Quem são? Responsável pelo levantamento: O que querem da UC? O que fazer para conhecer e atender suas expectativas Data: 3.2 MISSÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Será que todos os elementos que atuam dentro de uma unidade de conservação têm consciência de sua real importância? E a comunidade local, qual é a sua percepção sobre a UC? Essa unidade de conservação tem razão de existir? É necessário que as partes interessadas em uma unidade de conservação conheçam sua razão de ser, sua missão. Sem esse conhecimento, o gerenciamento não se faz a contento e o número de eventuais atritos com a comunidade vizinha pode ser incontrolável, ou, no mínimo, desgastante. Caso a unidade de conservação ainda não tenha definido sua missão, é importante que a equipe de gestão ambiental o faça e que o Número 1a valide. O quadro a seguir é a sugestão de um instrumento que pode ser utilizado para ajudar a equipe de gestão ambiental a definir a missão da sua unidade de conservação e em seguida escrevê-la de modo concreto. Sugere-se que o grupo de pessoas faça uma reflexão sobre a razão de ser da referida unidade de conservação, da seguinte forma: Escrever nas linhas da coluna da esquerda a razão de ser da UC, do ponto de vista das partes interessadas, identificadas nas linhas da coluna da direita, por exemplo. 20 Como é que a comunidade do entorno vê a unidade ? Alguém já perguntou a ela ou ao próprio meio ambiente como é que eles vêem a unidade de conservação? O grupo deve se colocar no lugar dessa comunidade e até mesmo do próprio meio ambiente e expressar, sucintamente, a razão de ser da UC, segundo seu ponto de vista. Da mesma forma identificar a razão de ser da UC, do ponto de vista dos demais elementos descritos nas diversas linhas e outros que a equipe achar conveniente, Anexo 2. UC: PARTES INTERESSADAS Missão Do Ponto de Vista... da comunidade do Ministério do Meio Ambiente do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade do Meio Ambiente Outros... Responsável pelo levantamento: Data: Feita essa discussão, a equipe de gestão ambiental deve escrever, sucintamente, a partir dos pontos estabelecidos anteriormente, a missão da unidade de conservação que deve servir de subsidio para a definição da sua política ambiental . O quadro abaixo é sugerido como instrumento que pode ser utilizado para a definição da missão da unidade de conservação, Anexo 3. UC: MISSÃO (Descreva a missão da sua UC) Responsável: Data: O Anexo 4 exemplifica a Missão de um Parque Nacional. 21 3.3 VISÃO DE FUTURO PARA A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Embora não seja requisito da norma ABNT NBR ISO 14001 em que se baseia o SGA, a visão de futuro deve ser tida como um a ser perseguido na busca de uma melhor performance para se atingir a excelência. O próprio Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve conter um elenco de itens que refletem sua visão de futuro. É preocupante observar que muitos administradores não têm visão de futuro para a organização que gerencia. Este fato é causado, muitas vezes, pela volubilidade dos administradores públicos, a visão de futuro, quando existe, é de curto prazo, ou seja, fazer alguma coisa dentro de um mandato efêmero, sem se preocupar com o que virá depois, o que é contrário a qualquer atividade desenvolvida dentro de um SGA, onde tudo deve ter continuidade, dentro de um processo de melhoria contínua. Para trabalhar e desenvolver a percepção da visão de futuro, a equipe de gestão ambiental da unidade de conservação, da mesma forma que atuou para e estabelecer a missão, deve interagir com representantes das partes interessadas, para identificar o que se pretende para o futuro da UC. Para isso sugere-se o quadro a seguir como ferramenta de trabalho já testada em inúmeros casos de implementação de SGA, Anexo 5. UC: PARTES INTERESSADAS Visão de Futuro Do Ponto de Vista ... da comunidade do Ministério do Meio Ambiente do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade do Meio Ambiente Outros... Responsável pelo levantamento: 22 Data: O quadro abaixo, Anexo 6, pode ser utilizado como instrumento para ilustrar a visão de futuro da unidade de conservação, e divulgado posteriormente entre as partes interessadas. UC: VISÃO DE FUTURO (Descreva a visão de futuro da sua UC) Responsável: Data: Exemplo de visão de futuro de organização similar pode ser visto no Anexo 7. 23 4 ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DA NORMA ABNT NBR ISO 14001 Esses requisitos são os elementos do Sistema de Gestão Ambiental preconizados pela norma, passíveis de verificação. Quando necessário, esses requisitos podem ser auditados com base em critérios próprios, sistematizados pela norma ABNT NBR ISO 19011. 4.1 REQUISITOS GERAIS A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental é voluntária, não existe obrigatoriedade de fazê-lo. Por outro lado, uma vez decidido que a organização quer implementar seu SGA, ela deve, por força de aplicação dos requisitos imperativos da ABNT NBR ISO 14001, atender ao que segue: • Estabelecer uma política ambiental própria. • Identificar seus aspectos ambientais passados, existentes e planejados, para determi-nar os impactos ambientais significativos. • Identificar os requisitos legais aplicáveis e outras exigências. • Identificar prioridades e estabelecer objetivos e metas ambientais apropriados e que sejam, quando possível, mensuráveis. • Montar uma estrutura² e programas para fazer cumprir sua política ambiental e atingir os objetivos e metas estabelecidas. • Facilitar as atividades de planejamento, controle, monitoramento, ações preventivas e corretivas, auditorias e análises de forma a assegurar que a política ambiental seja implementada e que o SGA permaneça efetivo. • Ser capaz de adaptar-se a mudanças de circunstâncias. Ao serem definidos objetivos e metas ambientais, o RD deve levar ao conhecimento do Número 1 a relação de elementos necessários ao seu cumprimento. Muitos objetivos e metas requerem grande esforço (humano e financeiro) para ser alcançados; não prever esses recursos é arriscar-se a futuras não-conformidades no SGA. ² 24 O Anexo 8 é um modelo de questionário que pode ser utilizado para levantamento de informações dessa natureza. Ele pode ser modificado convenientemente, caso a caso. ³ Embora não sejam imperativos da NBR ISO 14001, é recomendável que, como requisitos básicos para implementação de um SGA, a organização analise o quadro presente das suas atividades em relação ao meio ambiente³, no que se refere a quatro áreas principais, a saber: • Identificar os aspectos ambientais associados às condições de normais, anormais e emergenciais, acidentes e outros; trabalho • Verificar os requisitos legais aplicáveis ao item anterior; • Levantar as possíveis práticas de gestão ambiental exercidas pela organização; • Avaliar as situações de emergência e acidentes anteriores. 4.2 POLÍTICA AMBIENTAL Definida a missão da unidade de conservação, o próximo passo é estabelecer sua política ambiental. De acordo com a Norma ABNT NBR ISO 14001, “A alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que [...] a política: • Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços; • Inclua um comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição; • Inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e outras exigências subscritas pela organização que se relacionem a seus aspectos ambientais; • Forneça uma estrutura para o estabelecimento e a análise dos objetivos e metas ambientais; • Seja documentada, implementada e mantida; • Seja comunicada a todos que trabalham na organização ou que atuem em seu nome; e • Esteja disponível para o público.” 25 A política ambiental é uma carta de compromisso da unidade de conservação. Como tal deve ser datada e assinada pelo Número 1 e divulgada para conhecimento de todos que atuam na UC, das partes interessadas e do público em geral. O quadro abaixo pode ser utilizado pela equipe de gestão ambiental para formular a sua política ambiental, Anexo 9. UC POLÍTICA AMBIENTAL Descreva a política ambiental da sua Unidade de Conservação Responsável: Data: Como exemplo de política ambiental de unidades de conservação, veja as que foram estabelecidas para os Parques Nacionais da Tijuca, do Iguaçu e da Serra dos Órgãos, Anexo 10. Note que as políticas ambientais para organizações similares são muito parecidas, pois todas elas têm, obrigatoriamente que expressar requisitos referentes à sua categoria de manejo e os imperativos da norma ABNT NBR ISO 14001. Assim, as mudanças são de forma, e grafia, e não necessariamente de conteúdo. 4.3 PLANEJAMENTO Em uma organização pública, como outra qualquer, é comum planejar aquilo que se deve fazer. Assim, para se construir um SGA a base é o planejamento das atividades, dispostas em uma sequência de eventos que, ao final, dá o objeto planejado, o SGA implementado, certificado e auditado periodicamente, para aferição de sua conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR ISO 14001. A diferença entre o planejamento convencional e o ambiental, com base na ISO, é que todo e qualquer aspecto ambiental4 e seus possíveis impactos ambientais, reais ou potenciais, benéficos ou adversos, devem ser documentados e 4 26 Para a ABNT NBR ISO 14001, Aspecto Ambiental é o elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente (Aspecto Ambiental Significatico é aquele que pode causar um Impacto Ambiental Significativo). De acordo com esta norma, Impacto Ambiental é qualquer mudança do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, de um aspecto ambiental. controlados por ações que eliminem ou minimizem seus efeitos quando adversos e significativos ou, quando benéficos, incentivem sua ocorrência. Devem também ser monitorados para e acompanhamento do seu controle efetivo. O Processo de Planejamento no SGA será justamente o conjunto de ações, programas, etc., que vão garantir a plena realização da política ambiental da UC. Para isso, deve identificar os aspectos ambientais de suas atividades, definindo os que forem significativos; Deve também identificar os requisitos legais aplicáveis às atividades da UC e outras exigências subscritas (como, por exemplo, ser Patrimônio Natural Nacional ou Mundial); Deve ainda definir seus critérios de desempenho ambiental e estabelecer os objetivos e metas ambientais e os programas para alcançá-los. 4.3.1 Aspectos Ambientais A identificação dos aspectos ambientais de um empreendimento é um processo contínuo que determina o impacto (positivo ou negativo) passado, presente e potencial das atividades de uma organização sobre o meio ambiente. Deve também incluir a identificação dos impactos sobre a saúde e a segurança, além da avaliação de risco ambiental. Para levantar os aspectos ambientais da unidade de conservação é necessário que a equipe de gestão ambiental elabore um procedimento específico, como o modelo apresentado no Anexo 11, e tenha em mãos o fluxograma das atividades desenvolvidas, para que se observe o que entra de insumos e materiais no processo e deduzir o que sai ao final da realização de cada um. Em geral, grande parte dos elementos de saída do processo vão se caracterizar como aspectos ambientais, que podem ser significativos, ou não. Os aspectos ambientais de uma organização podem abranger: Ruído, vibração, odor, poeira, vapores, névoa, partículas dispersas no ar; Radiações ionizantes e não-ionizantes; Descargas gasosas para a atmosfera que possam conter CO2, CO, SOx, NOx, etc.; 27 Efluentes líquidos (esgotos domésticos, efluentes com metais pesados, óleos, graxas, tóxicos, adubos e fertilizantes, etc.) liberados para o solo ou corpos d’água; Consumo com desperdício de água, de energia elétrica, de ar comprimido, de carvão vegetal, madeira, papel, bagaço; Consumo com desperdício de combustíveis fósseis, argila, plásticos, etc.; Consumo de produtos químicos como N2, O2, H2, ácidos, bases, sais, açúcares, proteínas, vitaminas, etc.; Escape de gases perigosos e/ou tóxicos; Explosões, incêndios e inundações; Uso indevido do solo, de reservas nativas, de áreas culturais e paisagísticas; Perda da biodiversidade; Reciclagens e reutilizações; Riscos de acidentes; Geração de resíduos sólidos (restos de alimentos, lixo, graxas, sucatas, etc.); e Manuseio, transporte e armazenamento de produtos perigosos e/ou tóxicos; Os aspectos ambientais podem causar impactos que podem influenciar: • O meio físico (ar, solo, oceanos, etc.) – poluição da atmosfera, recuperação do solo, contaminação por derramamento de óleo, etc.; • O meio biótico (fauna/flora) – extinção de espécies, contaminação de ecossistema, comprometimento da biodiversidade, etc.; e • O meio antrópico (segurança e saúde, social, cultural, econômico e estético) – lesões/contaminações coletivas, epidemias, acidentes com animais peçonhentos, etc. O levantamento dos aspectos ambientais de uma organização começa no seu Diagrama de Atividades: 28 4.3.1.1 Diagrama das atividades – Fluxo de Valor Para montar um Diagrama de Atividades, a equipe precisa, a partir dos produtos e serviços da organização, listar as atividades que os realizam em uma ordem racional, geralmente em bases cronológicas: o que é feito primeiro é trabalhado pela atividade seguinte, e assim por diante, até completar a lista de todas as atividades envolvidas na realização de determinado produto ou serviço. Assim, os Serviços Ambientais de uma UC constituem o produto final de uma série de atividades voltadas para a conservação da natureza, entre elas: • Caracterização da biota da UC; • Monitoramento da fauna e da flora; • Manejo da fauna e da flora; • Monitoramento da qualidade das águas das nascentes e demais corpos d’água existentes; • Outras atividades que se seguem naturalmente. Então, um conjunto de atividades que utilizam recursos (energia, conhecimento, equipamentos, etc.) e transformam insumos em produtos e serviços que possuem determinado valor para o usuário (cliente final) é chamado de Fluxo de Valor (ou Cadeia de Valor Agregado). Uma vez terminado o Diagrama de Atividades com seus vários Fluxos de Valores, a equipe de gestão ambiental pode utilizar o formulário a seguir, Anexo 12, para o levantamento dos aspectos ambientais das atividades. Nele coloca-se a atividade em análise e avalia-se se o uso de energia e de recursos naturais está adequado ou não. Em seguida listam-se os aspectos, estabelecendo os meios que afeta, se o físico (F), o biótico (B) e/ou o antrópico (A). Na coluna seguinte, “Condição”, coloca‑se N, se o aspecto acontece normalmente, A, se ele acontece em situações anormais, ou E, de emergência, se ele acontece em situações de emergência. Para completar, coloca-se o requisito legal ou outra exigência aplicável ao aspecto, e, no campo de observações, se necessário, mencionase algum fato ou lembrete que caracterize melhor o aspecto. O formulário preenchido a seguir mostra o levantamento dos aspectos ambientais referentes a caminhada em trilha ecológica feito para o Parque Nacional da Tijuca. 29 Formulário para Identificação dos Aspectos Ambientais da Unidade de Conservação e sua Relação com o Meio Ambiente UC ATIVIDADE: N.º Data: ___/___/___ ASPECTOS AMBIENTAIS Página __ de ___ Uso de Energia: Aspectos Meio afetado F B A C Uso de RN Legislação aplicável Observações Uso de Energia: Bom ou PM (pode melhorar) // Uso de RN = Recursos Naturais: Bom ou PM; Meio afetado: F = Físico; B = Biótico; A = Antrópico // C = Condição (tipo de ocorrência): N = Normal; A = Anormal; E = Emergência; NA = Não se aplica Exemplo de Levantamento de Aspectos Ambientais em uma Atividade (caminhada em trilha ecológica do Parque Nacional da Tijuca) Parque Nacional da Tijuca ATIVIDADE: Caminhada em trilha ecológica N.º Aspectos Data: ___/___/___ Aspectos Ambientais Página ___ de __ Uso de Energia: NA Meio afetado F B A C Legislação aplicável x x N - x N Sim 1 Emissão de ruído pelos visitantes 2 Geração de resíduos x x 3 Pisoteamento do solo x x N Sim 4 Retirada de vegetação x x N Sim 5 Risco de acidente x N - 6 Risco de picada por animais peçonhentos x N - 7 Risco de assalto x N - Uso de RN: PM Observações Pode afugentar a fauna Pode viciar a fauna silvestre Uso de Energia: Bom ou PM (pode melhorar) // Uso de RN = Recursos Naturais: Bom ou PM; Meio afetado: F = Físico; B = Biótico; A = Antrópico // C = Condição (tipo de ocorrência): N = Normal; A = Anormal; E = Emergência; NA = Não se aplica 4.3.1.2 Impactos ambientais De acordo com a norma ABNT NBR ISO 14001, Impacto Ambiental é “Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização” . Observe-se que um aspecto ambiental pode ou não vir a causar um impacto ambiental. 30 O impacto só ocorre quando o aspecto ambiental interage com o meio ambiente. Quando se trata de gestão ambiental, o foco da atenção está voltado para o controle do aspecto ambiental, ou seja, a atuação deve prevenir a ocorrência do impacto ambiental negativo. Os aspectos levantados devem ser analisados quanto à sua influência nos meios físico (F), biótico (B) e antrópico (A), bem como sua ocorrência (normal, anormal ou emergência), planilha a seguir, Anexo 13. Os impactos são avaliados quanto à sua gravidade (G), possibilidade de ocorrência (O) e retenção (R), fator que estabelece a dificuldade de estancar ou reverter seus efeitos negativos. O Grau de Risco (GR), que estabelece, junto com os requisitos legais e reclamações das partes interessadas, a significância do impacto e determina a prioridade das ações mitigadoras (ações de controle – C, ações de emergência – E e ações de reforma, obra ou aquisição de equipamentos – R) é gerado a partir do produto dos três valores (GxOxR). Nota - Sempre que um impacto ambiental for considerado significativo, o aspecto ambiental também será considerado significativo e, por isso requer ação de controle. Observe-se que, no exemplo abaixo, os aspectos ambientais ocorrem em condições normais (n) de trabalho, dentro das ações planejadas (pl). A significância do impacto ambiental negativo e, conseqüentemente, do seu aspecto gerador, pode ser ajustada pela equipe de gestão ambiental. Como o valor obtido pode variar entre 1 e 1.000, pode-se, por exemplo presumir como significativo os impactos cujos valores sejam maiores que ou iguais a 100. Neste caso a ações de controle dos aspectos ambientais devem ser estabelecidas apenas para os aspectos ambientais 5 e 6 (Risco de acidente e Risco de picada por animais peçonhentos), planilha sugerida a seguir. Formulário para Identificação dos Aspectos Ambientais Significativos pela Avaliação dos Impactos Ambientais Negativos Unidade de Conservação Atividade: Aprovado por: Identificação dos Impactos Ambientais Negativos N° Aspectos T C Impactos Página: __/__ Data: Exame G O Filtros R GR pi Sig rl Obs.: S T: Tempo (p: passado pr: presente pl: planejado) /C: Condição (n: normal an: anormal e: emergência) / G: gravidade O: ocorrência R: retenção GR: grau de risco pi: partes interessadas rl: requisito legal S: Significância do impacto ambiental 31 Exemplo de Identificação dos Aspectos Ambientais Significativos pela Avaliação dos Impactos Ambientais Negativos da atividade (caminhada em trilha ecológica) do Parque Nacional da Tijuca Parque Nacional da Tijuca Atividade: Caminhada em trilha ecológica Aprovado por: Identificação dos Impactos Ambientais Negativos Data: Exame Página: _/_ Filtros Sig N° Aspectos T C Impactos G O R GR pi rl 1 Emissão de ruído pelos visitantes pr n 1.1 Poluição sonora 2 3 2 12 - - 2 Geração de resíduos pr n pr n 3 3 3 4 2 1 1 1 3 3 6 6 6 24 18 S Pisoteamento do solo 2 2 2 2 3 - 3 2.1 Desequilíbrio da fauna 2.2 Poluição visual 3.1 Danos à flora 3.2 Erosão 3.3 Deslizamento - s 4 Retirada de vegetação pr n 4.1 Danos à flora 1 2 1 2 - S 5 Risco de acidente pr n 5.1 Ferimento, invalidez, morte 5 2 10 100 - - S 6 Risco de picada por animais peçonhentos pr n 6.1 Ferimento, doença, morte 5 2 10 100 - - S 7 Risco de assalto pr n 7.1 Ferimento 7.2 Estresse 7.3 Perdas materiais 5 3 5 3 2 2 2 2 2 30 12 20 - - T: Tempo (p: passado pr: presente G: gravidade O: ocorrência R: retenção do impacto ambiental pl: planejado) // C: Condição (n: normal GR: grau de risco pi: partes interessadas Obs.: S an: anormal e: emergência) // rl: requisito legal S: Significância 4.3.2 Requisitos Legais e OutrAs EXIGÊNCIAS De acordo com a ABNT NBR ISO 14001 a organização deve estabelecer e manter procedimentos, Anexo 14, para identificar os requisitos legais pertinentes e determinar como esses requisitos se aplicam aos seus aspectos ambientais. Para tanto é importante que a unidade de conservação tenha elencado todos os dispositivos legais que incidem sobre suas atividades a começar pelo seu plano de manejo. O Formulário a seguir, Anexo 15, é um instrumento útil para o levantamento e ordenamento dos requisitos legais que dizem respeito às atividades de uma unidade de conservação. Uma vez listados os aspectos ambientais na primeira coluna, coloca-se o nome do dispositivo legal e o requisito aplicável na coluna do meio, sua condição, isto é, se está sendo atendido ou não e, finalmente, a ação de adequação necessária para atender ou manter o atendimento do requisito. 32 Formulário para Levantamento de Requisitos Legais Aplicáveis à UC. UC: Aspecto Ambiental REQUISITOS LEGAIS Aplicáveis à atividade Data: C Ação de adequação Responsável pelo levantamento: C= Condição (A= atendida; N= não atendida) 4.3.3 Objetivos, Metas e Programas Ambientais Este item da norma ABNT NBR ISO 14001 afirma que a organização “deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas ambientais documentados, nas funções e níveis relevantes...” Propõe que os objetivos e metas devem ser mensuráveis, sempre que exequíveis, e que devem estar em acordo com a política ambiental definida. Antes da definição de objetivos e metas ambientais, é importante para a unidade de conservação estabelecer e implementar ações de controle dos aspectos ambientais significativos, já identificados. 4.3.3.1 Ações de controle dos aspectos ambientais significativos Identificados os aspectos ambientais significativos na unidade de conservação, o próximo passo deve ser o estabelecimento de ações de controle desses aspectos. Para isto, a equipe de gestão ambiental deve definir que ações serão suficientes para controlar os aspectos ambientais significativos e com isso minimizar a possibilidade de ocorrência de impactos ambientais negativos decorrentes desses aspectos. Observe que, para a atividade “caminhada em trilha ecológica” desenvolvida no Parque Nacional da Tijuca, foram levantados sete aspectos ambientais, e para estes foram identificados 12 impactos ambientais. A valoração dos impactos 33 ambientais mostrou que dois deles apresentaram grau de risco igual a 100. Tendo em vista que foi estabelecido que, sempre que o grau de risco for igual a ou maior que 100, o impacto ambiental seria considerado significativo. Por conseguinte, os dois aspectos ambientais correspondentes também foram considerados significativos. Determinados os aspectos ambientais significativos, o próximo passo é estabelecer ações de controle desses aspectos. Observe que no exemplo abaixo foram estabelecidas seis ações de controle, sendo duas “C” controle ou obra, três (3) “R” reforma ou obra de engenharia e uma “E” de emergência. Observe que as ações vão minimizar a intensidade dos impactos caso eles ocorram, mas nenhuma delas garante a eliminação da possibilidade da ocorrência dos impactos potenciais possíveis. Note que, para o cumprimento das ações propostas, é necessário designar alguém como responsável pela sua execução, determinando-se, ainda, a data e os resultados esperados da execução da ação. O Formulário a seguir, Anexo 16, pode ser utilizado pela equipe de gestão ambiental para a definição das ações ambientais previstas. O formulário sugerido exemplifica as ações estabelecidas para controle dos aspectos ambientais significativos, referentes à atividade “Caminhada em trilha ecológica”, constante do Plano de Ações do Parque Nacional da Tijuca. Formulário para Definição de Ações para Controle dos Aspectos Ambientais Significativos Unidade de Conservação: Data: Atividade: NO Aspectos / Impactos S = Significância do Aspecto; 34 S Ação C = Controle; Responsável E = Emergência; Data Resultados esperados R = Reforma ou Obra Obs.: Exemplo de Definição de Ações para Controle dos Aspectos Ambientais Significativos Parque Nacional da Tijuca Data: Atividade: Caminhada em trilha ecológica NO Aspectos / Impactos S Ação Mortes ou ferimentos causados por acidentes, na floresta, durante a caminhada C 1 100 e R e 2 Mortes ou ferimentos causados por picadas de animais peçonhentos, na floresta, durante a caminhada S = Significância do Aspecto; R 100 R E C Elaborar instruções para os guias informarem aos ecoturistas sobre prevenção de acidentes Providenciar rádio de comunicação para uso durante a caminhada Instalar postos de primeiros socorros no Parque Equipar veículos com material para primeiros socorros Elaborar procedimentos de emergência para acidentes Treinar os guias em atendimento a acidentes de emergência C = Controle; Responsável Data Resultados Esperados Funcionário X Ago/02 Instruções elaboradas e guias treinados Funcionário Z Rádio Maio/02 providenciado e disponível Funcionário Y Dez/02 Postos instalados Funcionário A Dez/02 Veículos equipados Funcionário Y Ago/02 Procedimentos elaborados Funcionário Z Ago/02 Guias treinados E = Emergência; Obs.: R = Reforma ou Obra 4.3.3.2 Objetivos e Metas Ambientais A norma ABNT NBR ISO 14001 determina que “ao estabelecer seus objetivos e metas, uma organização deve considerar os requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos e seus aspectos ambientais significativos. Deve também considerar suas opções tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais, comerciais e a visão das partes interessadas”. Atender à política ambiental, à legislação pertinente às atividades da unidade de conservação e controlar seus aspectos ambientais significativos é o mínimo que deve ser feito. Considerando-se a melhoria contínua, há que se fazer mais, é preciso avançar. É sabido que as pessoas se frustram ao deixar de alcançar um objetivo específico. Para evitar isto, um objetivo pode e deve ser desmembrado em metas. Cada meta 35 deve ter seu próprio responsável e seu prazo de realização. Deve ser definido um indicador, para monitorar se a meta está sendo alcançada e se suas ações estão sendo realizadas. O Formulário a seguir, Anexo 17, pode ser utilizado como instrumento de organização e monitoramento dos objetivos ambientais de uma unidade de conservação. A divisão de trabalho para o cumprimento de objetivos e metas deve ser bem equacionada, pois se um elo da cadeia falhar o objetivo não será atingido dentro do prazo determinado. Por isso, deve haver um nível hierárquico entre o responsável pelo objetivo e os responsáveis pelas metas, onde a responsabilidade maior cabe à pessoa encarregada da realização do objetivo. A seguir mostra-se um exemplo de como foram definidos alguns objetivos e metas ambientais em parque nacional. Exemplo de Objetivo e Metas Ambientais definido para o Parque Nacional do Iguaçu Data: 29/02/05 Página: 1 / 2 ParNa do Iguaçu Objetivo 1: Controlar Espécies Exóticas nos Domínios do ParNa Nº da Descrição da Meta Responsável Meta 1 2 3 Retirar espécies exóticas da flora das áreas em manutenção ou recuperação, e do seu entorno “B” (Manutenção) Prevenir a entrada de espécies exóticas da flora e da fauna no ParNa “C” e “D” (Fiscalização e Educação Ambiental) Controlar população de animais domésticos nas moradias do ParNa “A” (Manejo) Responsável: Funcionário “A” (Manejo) Data Indicador Observações Set/06 Volume de material retirado (quantidade de arbóreos retirados/mês) Suprir 100% da necessidade de madeira bruta do ParNa em um ano Quantidade (%) de moradores sensibilizados; Atingir 100% em um ano No de ocorrências/mês Zero ocorrências/ mês, em um ano Quantidade (%) de moradores sensibilizados; Atingir 100% em um ano No de ocorrências de novos animais/mês Zero ocorrências/ mês, em um ano Nov/06 Set/07 Nota - Observe no exemplo acima que o funcionário “A”, responsável pela execussão dos objetivos, divide as metas com outros funcionários, cada qual em sua competência. No sistema de gestão ambiental a divisão de tarefas é uma prática muito importante para se evitar sobrecarga de trabalho. 36 4.3.3.3 Programas Ambientais Os Programas de Gestão Ambiental são estabelecidos para apoiar a realização dos objetivos e metas da organização, assim como dar cumprimento a sua política ambiental. Para a realização de um programa de gestão ambiental é indispensável a figura do responsável geral, além de outros que deverão responsabilizar-se por atingir objetivos, metas e ações planejadas. De acordo com a norma ABNT NBR ISO 14001 “A organização deve estabelecer, implementar e manter programa(s) para atingir seus objetivos e metas”. O Formulário a seguir, Anexo 18, pode ser utilizado pela equipe de gestão ambiental para a montagem e monitoramento dos programas de gestão ambiental. A seguir, um exemplo de programa de gestão ambiental em parque nacional (Programa de Manejo de Espécies Exóticas ): Formulário para Definição de Programas Ambientais UC: Nome do Programa: Objetivo 1: Meta 1 Ações 1 2 n Meta 2 Ações 1 2 n Meta n Ações 1 2 Data: __/__/__ Página:__/__ Responsável: Descrição da Meta Responsável Data Indicador Observações Responsável Data Indicador Observações Responsável Data Indicador Observações Descrição das Ações Descrição da Meta Descrição das Ações Descrição da Meta Objetivo 2: Meta 1 Responsável: Responsável: Descrição da Meta Responsável Data Indicador Observações Descrição das Ações n Objetivo n: Responsável: 37 Exemplo de Programa Ambiental Definido para o Parque Nacional do Iguaçu Nome do Programa: Manejo das espécies exóticas Responsável: Chefe do Manejo Objetivo 1: Controlar Espécies Exóticas nos Domínios do ParNa Responsável: Funcionário “A” (Manejo) Meta 1: Retirar espécies exóticas da flora das áreas em manutenção ou recuperação, e do seu entorno Nº Ações Indicador: Observação: Quantidade de arbóreos retirados/mês Suprir 100% da necessidade de madeira bruta do ParNa em um ano Responsável Data Local 1 Elaborar lista de espécies exóticas da flora existentes no ParNa, no entorno das áreas administrativas e residenciais “A” 3/5/06 Sede 2 Identificar exemplos das espécies exóticas no campo “A” 30/6/06 campo 3 Treinar os colaboradores do Setor de Manutenção na identificação das espécies exóticas “A” 30/8/06 campo 4 Orientar os colaboradores para a retirada das espécies exóticas nas áreas em manutenção e recuperação, e seu entorno “A” 30/8/06 campo Meta 2: Prevenir a entrada de espécies exóticas da flora e da fauna no ParNa Nº Ações “C” e “D” (Fiscalização e Educação Ambiental) Responsável Observação: Atingir 100% em um ano Data Local “D” 30/10/06 2 Realizar treinamento para moradores “D” 20/11/06 Auditório 3 Orientar os colaboradores da Portaria para a realização de verificação na Entrada do ParNa “C” 30/11/06 Portaria Nº 1 2 3 4 5 Indicador: Observação: Quantidade de arbóreos retirados/mês Suprir 100% da necessidade de madeira bruta do ParNa em um ano Responsável Estabelecer diretrizes para o controle dos animais domésticos no ParNa Chefia do ParNa 30/5/07 Sede “D” 30/7/07 Escola Parque “D” 30/8/07 Auditório “A” 30/9/07 Sede/ Auditório Auditoria Interna 30/11/07 Moradias Verificar cumprimento do cronograma Obs.: Escola Parque Ações Elaborar material informativo para moradores do ParNa Realizar treinamentos de sensibilização para os moradores Montar cronograma de ações conforme o estabelecido nas diretrizes, com participação dos moradores Enfatizar formas de impedir rebrotamento Quantidade (%) de moradores sensibilizados; 1 “A” Obs.: Indicador: Elaborar material informativo para moradores do ParNa Meta 3: Controlar população de animais domésticos nas moradias do ParNa 38 “B” (Manutenção) Data Local Obs.: 4.4 IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO A implantação e operação de um sistema de gestão ambiental depende, em um primeiro momento, do querer. Este querer deve partir do dirigente máximo da organização, que deverá dar meios e condições para que o seu querer se transforme em realidade. Depois do querer, é importante planejar o que fazer e dispor de tempo e recursos financeiros e humanos para que tudo aconteça conforme o planejado. Na fase de implementação já se tem a concepção do tamanho da empreitada para se atingir o objetivo maior, a certificação do SGA, pois já se construíram os elementos básicos do sistema, constituintes do seu planejamento. Agora, é dar o impulso final e, após a certificação, manter o sistema funcionando para não se desviar do foco principal: sua política ambiental, seus objetivos e metas, promovendo a melhoria contínua de seu desempenho ambiental. 4.4.1 Recursos, FunçÕes, Responsabilidade e Autoridade O aporte de recursos necessários para a operação do SGA deve ser garantido pela Alta Administração, que o insere como novo item no planejamento operacional anual da unidade, o POA. Para que um sistema de gestão ambiental seja bem-sucedido é necessário o comprometimento de todos na organização: funcionários, terceirizados e pessoas que atuem em seu nome. Desta forma, é recomendado que as funções e responsabilidades não se restrinjam àquelas regimentais, mas abranjam as atividades que geram aspectos ambientais significativos e a própria operacionalização do SGA. É importante que as principais funções e responsabilidades sejam bem definidas e comunicadas a todas as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, com o SGA. O comprometimento deve começar nos níveis mais elevados da organização: seus dirigentes devem estabelecer a política ambiental da organização e assegurar os meios necessários à sua realização. No caso de um parque nacional, o dirigente máximo é o seu chefe. Os demais componentes da organização são seus subordinados – funcionários, terceirizados e concessionárias. 39 4.4.2 Competência, Treinamento e Conscientização Uma organização comprometida com a implantação de um SGA deve garantir que as pessoas estejam imbuídas de consciência, conhecimento, compreensão e habilidades necessárias para realizar suas tarefas. A norma ABNT NBR ISO 14001 requer que: • Pessoas cujas atividades na organização possam causar impacto(s) ambiental(is) significativo(s) sejam competentes para realizar essas atividades; •Todas as pessoas conheçam a política ambiental e os objetivos e metas da organização, os aspectos ambientais das suas atividades, incluindo os requisitos legais pertinentes, e as conseqüências ambientais das possíveis falhas; • Todos devem saber agir numa situação de emergência; • Para garantir o atendimento aos itens anteriores, é preciso identificar as necessidades de treinamento e empreender ações para assegurar o treinamento de todos; • Todas essas ações de treinamento, quando realizadas, devem gerar registros que as comprovem. O Anexo 19 mostra um exemplo de procedimento no Parque Nacional da Serra dos Órgãos para orientar treinamentos. 4.4.3 Comunicação A organização deve estabelecer meios para garantir que as informações sobre as questões ambientais de sua competência sejam efetivamente recebidas pelo(s) destinatário(s), sejam eles internos, entre os seus diversos setores funcionais, ou externos, instituições ou pessoas que não pertençam à sua equipe. A norma ABNT NBR ISO 14001 exige que a organização estabeleça canais de comunicação com suas partes interessadas externas para que todas as questões ambientais colocadas por elas sejam respondidas. O Anexo 20 exemplifica um procedimento para comunicação do Sistema de Gestão Ambiental do Parque Nacional do Iguaçu. 40 4.4.4 Documentação O objetivo dos documentos do SGA é fornecer as informações necessárias para que todos conheçam a política ambiental, os objetivos e metas ambientais e, muito importante, realizem suas atividades com segurança e competência. Onde houver uma possibilidade de dano ambiental ou falha de segurança deve haver um procedimento descrevendo como a atividade é realizada com um mínimo de risco possível. 4.4.5 Controle de Documentos A documentação do SGA deve ser muito bem controlada para garantir que somente documentos atualizados estejam em uso, mesmo quando forem de origem externa, como normas, orientações técnicas, etc. O Anexo 21 é um exemplo de procedimento para controle de documento do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Os documentos podem ser eletrônicos, acessáveis pela rede interna aos que dela fazem uso, em papel, distribuídos para quem os utiliza, ou outro meio. O importante é retirar imediatamente de circulação os documentos que forem substituídos por novas revisões e garantir sua entrega aos que deles fazem uso. 4.4.6 Controle Operacional Todas as atividades que apresentarem aspectos ambientais significativos devem ter um procedimento de controle operacional que descreva sua realização com risco mínimo, ou nenhum risco. Todas as pessoas que realizam a atividade em questão devem ser oficialmente treinadas no seu procedimento específico. Não há limites quanto ao número de procedimentos de controle operacional que uma organização pode ter, isto depende da quantidade de suas atividades que tenham aspectos ambientais significativos. Os Anexos de 22 a 26 constituem exemplos de procedimentos operacionais importantes que fazem parte da documentação dos SGAs dos parques nacionais do Iguaçu e da Serra dos Órgãos. 41 4.4.7 Preparação e Resposta a Emergências A organização deve fazer uma avaliacão de seus riscos ambientais e estabelecer medidas de emergência para esses possíveis acidentes. Incêndios, ataques de animais peçonhentos, inundações, queda de barreiras, afogamentos, etc. são situações que requerem ação imediata para evitar fatalidades. Essas ações de emergência devem ser objeto de treinamento intensivo de todos os envolvidos, inclusive com simulações periódicas para reforçar as participações individuais e avaliar a eficácia da ação emergencial. O Anexo 27 apresenta um procedimento para atendimento a emergências do Parque Nacional do Iguaçu. 4.5 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA 4.5.1 Monitoramento e Medição - a Questão da Biodiversidade O monitoramento dos indicadores de desempenho ambiental é fundamental para o correto gerenciamento da organização. É fundamental para verificar o atendimento da sua política ambiental, de seus objetivos e metas ambientais. Outro ponto importante é sua metodologia para monitoramento do seu objeto de conservação principal, sejam espécies ameaçadas, sua biodiversidade, seus aspectos culturais e arqueológicos, etc. A organização precisa responder se está sendo realmente efetiva em atingir os objetivos para os quais foi criada. O Anexo 28 é um exemplo de procedimento para monitoramento em unidade de conservação e corresponde a um sistema de gestão ambiental desenvolvido no Parque Nacional do Iguaçu. 4.5.2 Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e Outros A partir dos requisitos legais a que está sujeita, a organização precisa, de tempos em tempos, avaliar se está em conformidade com eles, e precisa garantir que todos estão sendo atendidos adequadamente. 42 Essa avaliação é feita, em geral, durante as auditorias internas, como será visto adiante. 4.5.3 Não-Conformidade: Ação Corretiva e Ação Preventiva O tratamento das não-conformidades é um dos mais potentes alanvacadores da melhoria contínua em uma organização. Quando algum resultado não atinge o que foi planejado, uma não-conformidade é aberta para que as causas desse desvio sejam analisadas. A partir de então, são estabelecidas ações, com datas e responsáveis, para eliminar essas causas. São as ações corretivas. Elas precisam de acompanhamento para verificar sua execução na data prevista e, principalmente, se foram eficazes na solução do problema, garantindo que ele não ocorrerá novamente. Na eliminação sistemática das causas dos problemas reais que aparecem no diaa-dia, a organização caminha para a situação de desempenho ideal. Pode ainda fazer um levantamento de problemas possíveis, que ainda não tenham ocorrido, e definir ações para eliminar suas causas. Neste caso, essas ações são chamadas de ações preventivas, previnem a ocorrência de um problema potencial; O Anexo 29 constitui um procedimento gerencial para controle de nãoconformidades, ação corretiva e ação preventiva, constante do Sistema de Gestão Ambiental do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. 4.5.4 Controle de Registros Registros são evidências de que foram realizadas ações, por isso formam um importante testemunho de que tudo o que foi planejado foi realizado. Certificados de treinamentos, planilhas de monitoramento e análises, tratamento de não-conformidades reais ou potenciais, verificações do atendimento aos requisitos legais, relatórios técnicos, relatórios de auditoria, memorandos, ofícios, listas de presença, atas de reunião e outros são registros normais, em papel ou em meio digital, gerados por um SGA em funcionamento. 43 A organização deve estabelecer formas de guardar esses registros para que possam ser consultados quando necessário, e que resistam às intempéries de armazenamento. 4.5.5 Auditorias Internas As auditorias internas são a melhor ferramenta para avaliar o desenvolvimento do SGA: se está cumprindo suas funções e atingindo seus objetivos. Elas devem ser realizadas periodicamente por auditores treinados e seu resultado encaminhado à Alta Administração como relatório consolidado. Além de realizar a avaliação dos elementos do SGA, as auditorias internas devem também se preocupar com o atendimento aos requisitos legais a que a organização está submetida. A periodicidade das auditorias internas pode variar de acordo com a conveniência. Normalmente elas são sincronizadas com as auditorias de manutenção do Organismo Certificador, antecedendo essas últimas em semanas para que a Análise pela Administração seja realizada antes da auditoria externa. Um bom planejamento das auditorias vai evitar a pressa e garantir a independência da equipe auditora – o auditor nunca audita a própria área ou setor onde trabalha. O Anexo 30 contém um procedimento para auditoria interna elaborado para o SGA do Parque Nacional da Tijuca. 4.5.6 Análise Pela Administração A Chefia da Unidade de Conservação precisa avaliar periodicamente se o SGA está de acordo com seu planejamento. Para isso utiliza informações de várias fontes: • auditorias internas; • atendimento aos requisitos legais; • reclamações das partes interessadas externas; • indicadores do desempenho ambiental da organização; 44 • a situação dos objetivos e metas estabelecidos; • ações corretivas e preventivas realizadas; • acidentes e situações de emergência que ocorreram; • mudanças que influenciaram suas atividades, seus produtos e serviços, inclusive nos requisitos legais; • avanços científicos e novas tecnologias disponíveis; • recomendações para melhoria, entre outros. O resultado dessa avaliação são decisões sobre a adequação do SGA, de sua política ambiental, de seus objetivos e metas ambientais ou outros elementos do SGA, incluindo mudanças na alocação de recursos físicos, administrativos e financeiros para o bom desempenho do SGA. 45 5 AUDITORIAS Após as auditorias internas terem completado pelo menos um ciclo, e com a realização da Reunião de Análise pela Aministração, a organização deve estar pronta para a fase seguinte: as auditorias externas. 5.1 AUDITORIA PLENA Esta auditoria é realizada por auditores externos à organização, nos mesmos moldes de uma auditoria de certificação do OCA - Organismo de Certificação Acreditado. É uma ajuda importante para detectar os pontos fracos do SGA, ainda em tempo de fortalecê-los, garantindo que a organização esteja preparada para receber os auditores do OCA. 5.2 PRÉ-AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO Também chamada por alguns OCAs de Auditoria Inicial, ou Visita Inicial, é o primeiro contato real da organização com os auditores externos do OCA que fazem uma avaliação preliminar do SGA e sua documentação, ressaltando alguns pontos ainda sujeitos a melhorias. 5.3 AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO Essa auditoria geralmente leva o dobro do tempo da Auditoria Inicial e nela os auditores do OCA analisam com profundidade se os elementos do SGA da organizaçào estão de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR ISO 14001. Se no final da auditoria não houver nenhuma não-conformidade grave que possa comprometer o sistema, os auditores anunciam sua recomendação para certificação. O resto é comemoração. 46 6 TREINAMENTO DE PESSOAL 6.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA ABNT NBR ISO 14001 Em princípio, o trabalho de implantação de um sistema de gestão ambiental é desenvolvido passo a passo atendendo aos requisitos da norma ABNT NBR ISO 14001. Para facilitar o entendimento, é comum fazer-se o treinamento na interpretação desta norma para as pessoa envolvidas com o sistema de gestão ambiental em construção. O CD anexo contém um mínimo de slides, em Power Point, para orientar a referida abordagem. Cabe ao coordenador da implementação do SGA, o RA, chamar para si a responsabilidade de conhecer o referido tema e repassar aos demais. Fora isto, outro recurso existente é o grupo receber esse treinamento por uma organização que presta este serviço. 6.2 FORMAÇÃO DE AUDITORES AMBIENTAIS INTERNOS Como já foi dito anteriormente, a necessidade de se auditar o SGA, periodicamente, para corrigir eventuais desvios, requer que a unidade de conservação mantenha uma equipe de auditores ambientais treinados para executarem as referidas auditorias ambientais internas. O CD anexo contém um mínimo de slides, em Power Point, para orientar a referida abordagem. Os mesmos procedimentos previstos acima para a análise e interpretação da norma, podem ser adotados para a formação desses auditores. 47 7 OUTROS ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 7.1PADRÃO DE CONDUTA AMBIENTAL PARA CONCESSIONÁRIOS Os mesmos procedimentos adotados para a elaboração do PMDA devem ser seguidos para definição dos Padrões de Conduta Ambiental no tocante às organizações concessionárias que desenvolvem atividades dentro da unidade de conservação. Note-se que tal instrumento é de grande valia para se evitar que ocorram problemas ambientais nas unidades de conservação e que fujam às responsabilidades dessas organizações. Os Padrões de Conduta Ambiental devem traduzir a postura ambiental esperada das organizações e concessões que atuam na unidade de conservação. Esses Padrões devem ser baseados nas ações definidas pelas próprias organizações, por isso são naturalmente operacionais e poderão servir para futuras negociações de concessão, renovação de concessões ou contratação de organização para prestação de serviços no âmbito da unidade de conservação. Como exemplo das características de padrões de conduta, apresentam-se alguns exemplos estabelecidos no Parque Nacional da Tijuca, Anexos de 31 a 35. 48 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho constitui um marco para as instituições ambientais brasileiras, pois pela primeira vez três Unidades de Conservação (Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Parque Nacional do Iguaçu) se propuseram a implantar um sistema de gestão ambiental segundo o modelo proposto pela norma ABNT NBR ISO 14001. Esta norma traduz a excelência da gestão ambiental no mundo e é utilizada pelas mais variadas organizações, desde pequenos escritórios de contabilidade até empresas globais de alta tecnologia. No Brasil existem mais de 3.000 organizações que já obtiveram sua adequação à ABNT NBR ISO 14001, certificada por organismo credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro, dentro do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, o que garante a seriedade do processo, permitindo, assim, que elas o demonstrem aos seus pares comerciais e demais partes interessadas, fator que eleva sua competitividade e as coloca no topo da escala dos empreendimentos ecologicamente corretos. Como vemos acontecer pelo mundo afora, cada vez mais o fator ambiental está presente nas transações comerciais. Como pode uma Unidade de Conservação, cujo objetivo é a preservação e conservação ambiental, longe dos fóruns comerciais do mundo, ter vantagens na implantação de um Sistema de Gestão Ambiental nos moldes das normas ISO? Para responder a esta questão devemos lembrar que a principal diretriz de uma UC é seu Plano de Manejo. Nele estão descritas, de forma sistemática, as suas características e as atividades necessárias para cumprir o objetivo para o qual foi criada. A dificuldade aparece na falta constante de recursos para implementar as ações previstas e do controle necessário para garantir que as ações em andamento atinjam suas metas. O sistema de gestão ambiental surge como ferramenta fundamental para controlar o que acontece no dia-a-dia, pois geralmente o que ocorre nunca está dentro do planejado, e então as rotas divergem para longe do objetivo original, muitas vezes tornando quase impossível o retorno. Além do planejamento, o SGA prevê registros dos fatos, análises e monitoração, principalmente esta. A ISO 14001 determina que a monitoração seja feita também por avaliações sistemáticas e planejadas, as auditorias internas, que, longe de buscar culpados, pretende encontrar pontos de melhoria no sistema e assegurar que o planejado esteja sendo cumprido. A cada não-conformidade encontrada, ações corretivas são definidas. Desta forma, as atividades previstas no Plano 49 de Manejo podem ser controladas e, antes que se tornem problemas, medidas alternativas redirecionam os meios para atingir o objetivo original. A norma ABNT NBR ISO 14001prevê ainda uma análise minuciosa das atividades para garantir que elas não estejam prejudicando o meio ambiente. Assim, uma atividade de realização de um evento pode provocar pressões na biodiversidade pelas tintas e outros materiais empregados na sua preparação que, se deixados de lado, poluem os cursos d’água e a vegetação adjacente. A obra de restauração de um patrimônio histórico pode desequilibrar a fauna pelos inseticidas, herbicidas e fungicidas empregados, sem falar no risco de picadas de cobras e outros animais peçonhentos a que os operadores estão sujeitos. Para todos os aspectos considerados importantes, ações de controle devem ser estabelecidas visando à prevenção ou o resultado de mínimo impacto. Ações de emergência são formuladas quando não se consegue eliminar totalmente os riscos e algo precisa ser feito para minimizar os efeitos, quando estes ocorrerem de modo indesejado. Um ponto muito importante de um SGA é que ele garante a continuidade dos processos. Desta forma, mesmo que a equipe executora de determinada atividade seja substituída, a nova equipe vai realizá-la da forma prevista (claro que após ser treinada), sem nenhuma alteração importante nos resultados. O mesmo se aplica ao chefe e demais técnicos responsáveis quando assumem seus postos numa UC com SGA em funcionamento: precisam se adequar num primeiro instante e promover as mudanças de sua gestão dentro das regras estabelecidas. Devemos lembrar que um SGA busca sempre a melhoria contínua. Nunca é estático ou definitivo. Essa evolução se realiza através das melhorias dos processos cujos procedimentos são então alterados para refletir estas mudanças, como também na própria política ambiental e nos objetivos e metas ambientais, que devem ser alterados quando uma mudança estratégica se faz necessária. Estes são alguns exemplos de como a norma ABNT NBR ISO 14001 pode apoiar uma UC na implementação de seu Plano de Manejo. Nunca esquecer que um SGA deve trazer felicidade para todos. Se isto não estiver acontecendo, alguma coisa precisa ser revista. 50 9 GLOSSÁRIO Este glossário contém conceitos e definições de uso corrente em implementação de Sistema de Gestão Ambiental, em geral, constantes nas normas citadas na referência bibliográfica. Seguem-se outras definições igualmente importantes e que requerem compreensão por quem está envolvido com SGA. Ação Corretiva – Ação para eliminar a causa de uma não-conformidade real identificada, ou outra situação indesejada. Ação Preventiva – Ação para eliminar a causa de uma não-conformidade potencial ou outra situação potencial indesejável. Nota 1- Pode existir mais de uma causa para uma não-conformidade. Nota 2- Uma ação corretiva é executada para prevenir a repetição da não-conformidade, ao passo que a ação preventiva é adotada para prevenir sua ocorrência. Acidente – Evento imprevisto e indesejável que tem como conseqüência , efeito adverso à saúde, ferimento, danos ou outras perdas, inclusive a fatalidade. Alta Direção – Pessoa ou grupo de pessoas que dirige uma organização no mais alto nível hierárquico. Análise Critica – Atividade realizada para determinar a pertinência, a adequação e a eficácia do que está sendo examinado, para alcançar os objetivos estabelecidos. Aspecto Ambiental - Elemento das atividades, ou produtos ou serviços de uma organização, que pode interagir com o meio ambiente. (ABNT NBR ISO 14001) Auditado – Organização que está sendo auditada (para efeito da norma ABNT NBR ISO 19011). Auditor – Pessoa com competência para realizar auditoria (para efeito da norma ABNT NBR ISO 19011). Auditor Ambiental – Pessoa qualificada para executar auditorias ambientais. Evidência de Auditoria – Registros, apresentação de fatos ou outras informações, pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis (para efeito da norma ABNT NBR ISO 19011). Nota - A evidência de auditoria pode ser quantitativa ou qualitativa. 51 Desempenho Ambiental – Resultados mensuráveis da gestão ambiental de uma organização sobre seus aspectos ambientais. (ABNT NBR ISO 14001) Desenvolvimento Sustentável – satisfação das necessidades da geração atual sem comprometimento da possibilidade de que futuras gerações satisfaçam suas necessidades. (Relatório Bruntland) Ecossistema – Complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e o seu meio inorgânico, que interagem como uma unidade funcional (Resolução Conama 305/ 2002). Gestão Ambiental – Parte da gestão global de uma organização relacionada aos impactos ambientais, objetivos, metas e programas ambientais e sua política ambiental. Impacto Ambiental - Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização. (ABNT NBR ISO 14001) Manual de Gestão Ambiental – Documentação que descreve os principais elementos de um sistema de gestão ambiental e que contém uma referência à documentação relacionada. Meio Ambiente 1 – Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. (ABNT NBR ISO 14001) Meio Ambiente 2 – Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (Brasil, Lei federal nº. 6.938, de 31/8/81). Melhoria Contínua – Processo recorrente de se avançar com o Sistema da Gestão Ambiental com o propósito de atingir o aprimoramento do desempenho ambiental geral, coerente com a política ambiental da organização. (ABNT NBR ISO 14001) Meta Ambiental – Requisito de desempenho detalhado, aplicável à organização ou a parte dela, resultante dos objetivos ambientais e que necessita ser estabelecida e atendida para que tais objetivos sejam atingidos. (ABNT NBR ISO 14001) Missão – Razão da existência da organização no que concerne às necessidades por ela atendidas e seu foco básico de negócio. Não-conformidade – Não-atendimento a um requisito (ABNT NBR ISO 14001). Objetivo Ambiental – Propósito ambiental geral, decorrente da Política Ambiental que uma organização se propõe a atingir (ABNT NBR ISO 14001). 52 Oca - Organismo Certificador Acreditado - Organização que audita e certifica sistemas de gestão ambiental; no Brasil, essas organizações são acreditadas pelo Imetro. Parte Interessada (Meio Ambiente) – Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma organização (ABNT NBR ISO 14001). Passivo Ambiental – O passivo ambiental de uma organização pode ser entendido como sendo a “dívida” que esta tem, relacionada a questões ambientais. Esta dívida pode ser decorrente, por exemplo, da contaminação do solo e/ou do lençol freático, e/ou do não-cumprimento de eventuais termos de compromisso firmados com órgãos oficiais de controle ambiental, e/ou de ações do Ministério Público decorrente de reclamações da comunidade. Nota - Resultados econômicos das organizações, passíveis de serem sacrificados em função da preservação, recuperação e proteção ambiental. Plano de Auditoria – Descrição das atividades e arranjos para a realização de uma auditoria (ABNT NBR ISO 19011). Poluição Ambiental – “É a adição ou lançamento de qualquer substância ou forma de energia (luz, calor, som, etc.) ao meio ambiente em quantidades que resultem em concentrações maiores que as naturalmente encontradas.” (Feema: 1992) Prevenção de Poluição – Uso de processos, práticas, materiais ou produtos que evitem, reduzam ou controlem a poluição, os quais podem incluir reciclagem, tratamento, mudanças de processo, mecanismos de controle, uso eficiente de recursos e substituição de materiais (Sebrae: 2004). Procedimento – Forma especificada de se realizar uma atividade ou um processo (ABNT NBR ISO 14001). Nota 1- Procedimentos podem ser documentados ou não. Nota 2 - Quando um procedimento é documentado, o termo “procedimento escrito”, ou “procedimento documentado”, é freqüentemente usado. O documento que contém um procedimento pode ser chamado de “documento de procedimento” (Sebrae: 2004). Programa Ambiental – Passos, cronogramas, recursos, responsabilidades e ações necessários à consecução da política e dos objetivos declarados da organização. Nota 1- Programa Ambiental ou Plano de Ação ambiental traduz a política ambiental da organização em objetivos e metas e identifica as atividades para atingi-los; define as responsabilidades dos funcionários e compromete os recursos humanos e financeiros necessários para a implementação. 53 Programa de Auditoria – Conjunto de uma ou mais auditorias planejado para um período de tempo específico e direcionado a um propósito específico (ABNT NBR ISO 19011). Nota 1- Um programa de auditoria inclui todas as ações necessárias para planejar e realizar as atividades previstas. Registro – Documento que declare os resultados atingidos, ou que forneça evidência sobre as atividades realizadas (Sebrae: 2004). Nota 1- Registros podem ser usados, por exemplo, para documentar a rastreabilidade e fornecer evidência de verificação, ação preventiva e ação corretiva. Plano de Manejo – Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade (Brasil, Lei Federal n.º 9.985, de 2000). SGA - Sistema de Gestão Ambiental – A parte de um sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implantar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. 54 10 BIBLIOGRAFIA ABNT NBR ISO 14001, Sistema de gestão ambiental – Requisitos com orientação para uso ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental ABNT NBR ISO 14004, Sistema de gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio ABNT NBR ISO 14050, Gestão ambiental – Vocabulário Metodologia Sebrae para Implementação de Gestão Ambiental em Micro e Pequenas Empresas - Brasília: Sebrae, 2004. Sistema integrado de gestão: meio ambiente, qualidade, saúde ocupacional e responsabilidade social : conceitos, definições e termos usuais. _ Brasília: Sebrae, 2004 FEEMA – Vocabulário Básico de Meio Ambiente – 1992. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Lei n.º 9.985, de 18 de junho de 2000. Ministério do Meio Ambiente: 2000. Legislação de Direito Administrativo : legislação de direito ambiental : Constituição Federal/ Angher, Anne Joyce, coordenação. – 1 ed. – São Paulo: Rideel, 2003. 55 11 ANEXOS Nas experiências adquiridas durante a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental em inúmeras organizações, inclusive em unidades de conservação, observou-se a dificuldade dos elementos das equipes de gestão ambiental em visualizar a formatação de certos documentos comuns à construção de um SGA. Para tanto se sugerem formulários que podem ser utilizados durante as etapas de construção e implementação do SGA, podendo ser melhorados segundo as necessidades de cada equipe. Para os técnicos que não têm vivência com SGA, são disponibilizados exemplos de documentos gerados por ocasião da construção e implantação dos sistemas de gestão ambiental do Parque Nacional da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, RJ, e do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, Paraná. 56 ANEXO 1 - FORMULÁRIO PARA LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS UC: PARTES INTERESSADAS Quem são? O que querem? O que fazer para conhecer e atender suas expectativas • • • • • • • Responsável pelo levantamento: Data: 57 ANEXO 2 FOMULÁRIO PARA DEFINIÇÃO DA MISSÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO UC: MISSÃO Missão Do Ponto de Vista... da comunidade do Ministério do Meio Ambiente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do meio ambiente Outros... Responsável pelo levantamento: 58 Data: ANEXO 3 FORMULÁRIO PARA DESCREVER A MISSÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO UC: Responsável: MISSÃO Data: ANEXO 4. EXEMPLOS DE MISSÃO - PARQUE NACIONAI DO IGUAÇU PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU MISSÃO Proteger e conservar seu remanescente de Mata Atlântica, a beleza cênica das Cataratas do Iguaçu e os aspectos históricos e culturais; desenvolver o uso público, a pesquisa científica, a educação ambiental e fomentar o turismo sustentável dos municípios do seu entorno. Responsável: Data: 59 ANEXO 5. FORMULÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DA VISÃO DE FUTURO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO UC: Data: Visão de Futuro Do Ponto de Vista ... da comunidade do Ministério do Meio Ambiente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do meio ambiente Outros... Responsável pelo levantamento: 60 ANEXO 6. FORMULÁRIO PARA DESCREVER A VISÃO DE FUTURO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO UC: Responsável: VISÃO DE FUTURO Data: 61 ANEXO 7. EXEMPLO DE VISÃO DE FUTURO EM PARQUE NACIONAL UC: Parque Nacional da Serra dos Órgãos VISÃO DE FUTURO O ParNa Serra dos Órgãos com estrutura e credibilidade, promovendo o ecoturismo, a educação e sensibilização ambiental e condutas conscientes e sustentáveis das comunidades do entorno; funcionando como reservatório de biodiversidade e sendo referência em conservação da natureza. Responsável: Data: ANEXO 8. QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO AMBIENTAL INICIAL O objetivo da avaliação ambiental inicial é ter um conhecimento geral sobre cada setor de uma organização, em relação às questões ambientais inerentes a cada atividade da unidade de conservação, das concessionárias e demais organizações envolvidas com a UC e seu entorno. Nome do setor: Nome do responsável pelas informações: Contato: e-mail 62 Telefones: Informações sobre os resíduos gerados, por setor ou atividade Resíduos Sólidos Descrição dos Elementos 1. É feita a separação do lixo? 1 2. Qual o tipo de separação? 2 3. Qual é o destino desse lixo? 4. O setor trata seu lixo? 3 4 5. Qual o destino final do lixo (tratado ou não) 6. O setor gera lixos perigosos? 5 7. Quais? 7 8. Qual a sua destinação? 9. O setor armazena algum material perigoso? 8 6 9 10. O setor dispõe de algum tanque de 10 produtos químicos? Informações sobre emissões aéreas Emissões Aéreas* 1. O setor tem alguma fonte de emissão aérea? 2. Qual? 3. Qual emissão? 4. Essas emissões resultam em reclamações? Descrição dos Elementos 1 2 3 4 5 5. Quais as medidas adotadas? 6. O setor dispõe de algum controle de 6 emissão? 7 7. Quais? * Ruído, poeira, gases, calor, radiações 63 Informações sobre o uso de água Uso da Água Descrição dos Elementos 1. Qual é a origem da água utilizada? 1 2. A água recebe algum tratamento no setor, antes de sua utilização? 2 3. Qual? 4. O setor faz monitoramento da água utilizada? 5. Qual? 6. Qual a tabela de custo da água utilizada pelo setor? 7. É adotado procedimento para redução de desperdício de água? 8. Qual procedimento? 9. Foi constatada alguma redução? 10.De quanto? 3 4 5 6 7 8 9 10 Informações sobre a geração e a destinação de efluentes Geração e Destinação de Efluentes Lançamento 1. Há geração de água de processo? 1 2. Há geração de efluente sanitário? 2 3. O efluente é destinado a estação de tratamento? 3 4. O efluente é destinado a sumidouro? 4 5. O efluente é destinado a fossa séptica? 5 64 6. O efluente é lançado a céu aberto? 6 7. O efluente é lançado em manancial? 7 8. Existe monitoramento de efluentes? 9. Qual? 10. Existem registros do monitoramento? 8 9 10 Informações sobre o uso de energia Uso de Energia 1. Quais são os tipos de energias utilizadas? 2. É feito o acompanhamento do consumo de energia? 3. De que forma? 4. Há consumo de energia elétrica no horário de ponta? 5. É adotado procedimento para reduzir desperdício de energia? 6. Qual procedimento? 7. Foi constatada alguma redução? 8. De quanto? 9. A luz solar poderia ser aproveitada no setor? Descrição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Informações sobre saúde e segurança Saúde e Segurança 1. Já ocorreu algum acidente com vítima? 2. Descreva o ocorrido. 3. O ambiente de trabalho apresenta algum desconforto (ar, luz, calor)? 4. Descreva o desconforto. 5. Existe algum item das instalações que caracteriza perigo? 6. É utilizado algum tipo de EPI* no setor? 7. Qual (is)? 8. Existe alguma instrução escrita sobre procedimento para prevenção e controle de acidentes? 9. O setor dispõe de brigada de incêndio ou atendimento a emergência? 10.O setor tem alguma interação com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil? Descrição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 * Equipamento de Proteção Individual 65 ANEXO 9. FORMULÁRIO PARA DESCREVER A POLÍTICA AMBIENTAL UC: Responsável: 66 POLÍTICA AMBIENTAL Data: ANEXO 10. EXEMPLOS DE POLÍTICAS AMBIENTAIS DE PARQUES NACIONAIS Optou-se por colocar os três exemplos de organizações similares, em seus objetivos de manejo, para o usuário do manual verificar que os conteúdos das políticas não diferem muito entre si. Isto porque a norma ABNT NBR ISO 14001 exige que requisitos importantes estejam, de alguma forma, expressos na política ambiental. A política ambiental é o documento-base para o estabelecimento do Sistema de Gestão Ambiental. Abaixo, exemplos dessa definição. POLÍTICA AMBIENTAL DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA O Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil, parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, comprometido em garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, com a execução da Política Nacional do Meio Ambiente e com a melhoria contínua do desempenho ambiental, divulga sua política ambiental que compreende: • Proteção e conservação da diversidade biológica do bioma Mata Atlântica; • Preservação das riquezas naturais, históricas e culturais; • Incentivo à gestão integrada da Unidade, com o envolvimento de seus diversos participantes; • Garantia dos meios para assegurar sua auto-sustentabilidade financeira; • Participação da população em programas ambientais de interpretação, educação e recreação; • Monitoramento das atividades desenvolvidas no Parque, minimizando possíveis impactos ao meio ambiente; • Promoção da participação de funcionários e colaboradores na execução e revisão periódica de sua política, objetivos e metas ambientais; • Garantia da proteção de suas florestas a fim de conservar os mananciais hídricos e de manter a regulação climática da cidade do Rio de Janeiro; • Incentivo à produção e difusão de conhecimento concernente à conservação e preservação do meio ambiente; • Cumprimento da legislação ambiental e demais requisitos legais aplicáveis ao Parque; • Redução e otimização do consumo de energia e recursos naturais. Rio de Janeiro-RJ __/____/_____ Direção (nome, cargo) 67 POLÍTICA AMBIENTAL DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, PARANÁ – BRASIL. O Parque Nacional do Iguaçu, Patrimônio Natural Mundial, estabelece sua política ambiental assumindo os seguintes compromissos: • Monitorar e buscar controlar os aspectos e os impactos ambientais de suas atividades por meio da minimização do uso dos recursos naturais, do incentivo à utilização de produtos alternativos, da adoção de práticas conservacionistas e prevenção da poluição; • Buscar o controle das atividades potencialmente poluidoras no entorno; • Estabelecer e atingir os objetivos e metas ambientais num processo de melhoria contínua; • Atender a legislação ambiental pertinente e outros requisitos legais; • Promover a participação da comunidade, visitantes, moradores e colaboradores em ações de educação ambiental; • Produzir e difundir conhecimentos relativos à conservação e preservação do meio ambiente; • Ofertar produtos e serviços com qualidade e segurança, buscando aumentar o nível de satisfação dos visitantes; • Estimular o desenvolvimento turístico sustentável das comunidades do entorno; • Buscar auto-sustentação financeira. Esta política ambiental será divulgada interna e externamente e será revisada sempre que necessário. Foz do Iguaçu, 30 de maio de 2006. ____________________________________ (assinatura) Chefe do Parque Nacional do Iguaçu 68 POLÍTICA AMBIENTAL DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, RIO DE JANEIRO, BRASIL O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Patrimônio Natural Nacional e parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, estabelece sua política ambiental assumindo os seguintes compromissos: 1 Proteger a diversidade biológica, as riquezas naturais, históricas e culturais do Parque e de sua área de influência; 2 Atender a legislação ambiental pertinente e outros requisitos legais; 3 Monitorar e buscar controlar os aspectos e os impactos ambientais de suas atividades por meio da minimização do uso dos recursos naturais, a adoção de práticas conservacionistas e prevenção da poluição; 4 Buscar o controle das atividades potencialmente impactantes no seu interior e na zona de amortecimento; 5 Estabelecer e atingir os objetivos e metas ambientais num processo de melhoria contínua de seu desempenho ambiental; 6 Promover a participação da comunidade, visitantes, moradores e colaboradores na gestão do Parque; 7 Fomentar a pesquisa e disseminar conhecimentos relativos à conservação do meio ambiente; 8 Propiciar a visitação, lazer e recreação de forma ordenada voltados para a sensibilização ambiental, a valorização e a conservação do patrimônio natural; 9 Promover a educação ambiental, constituindo-se como espaço pedagógico difusor de conceitos e práticas ambientalmente corretas; 10 Ofertar produtos e serviços de apoio à visitação, com qualidade e segurança; 11 Estimular atividades econômicas sustentáveis nas comunidades do entorno; 12 Divulgar interna e externamente esta política ambiental e revisá-la sempre que necessário. Teresópolis-RJ __/____/_____ Direção (nome, cargo) 69 ANEXO 11. PROCEDIMENTO PARA LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS SUMÁRIO: 1- objetivos, 2- doc. referência, 3- definições, 4-detalhamento, registros, 6- anexos Data 70 Rev. Itens revisados Aprovação Responsáveis ELABORADO POR: Assinatura Data LIBERADO POR: Assinatura Data APROVADO POR: Assinatura Data 5- 1. OBJETIVOS Este procedimento tem como objetivo fixar condições para o levantamento e análise dos aspectos e impactos ambientais gerados pelas atividades desenvolvidas no Parque Nacional da Tijuca, para que ações mitigadoras sejam devidamente estabelecidas. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Norma ABNT - NBR ISO 14001/96 3. DEFINIÇÕES SGA: Sistema de Gestão Ambiental CT: Comitê Técnico integrado pelos técnicos do Parque Nacional da Tijuca RA: Representante da Administração 4. DETALHAMENTO 4.1 Condições Gerais Os aspectos e impactos das atividades desenvolvidas pelo Parque Nacional da Tijuca devem ser levantados em reunião do Comitê Técnico. 4.2 Aspectos Ambientais A identificação dos aspectos ambientais das atividades desenvolvidas pelo Parque Nacional da Tijuca deve ser realizada analisando, para cada atividade, os aspectos ambientais e de segurança envolvidos. 71 Em cada aspecto identificado devem ser avaliados, em discussão realizada entre os membros do Comitê Técnico, os seguintes tópicos: • meio afetado: o Comitê deve avaliar se o aspecto identificado afeta o meio físico (construções, piso, equipamentos), biótico (animais, insetos, água, solo) ou antrópico (seres humanos); • uso de energia: o Comitê deve avaliar se os recursos energéticos empregados na atividade estão dentro de parâmetros controlados, ou se podem ser melhorados, visando sua redução; • uso de recursos naturais: o Comitê deve avaliar se os recursos naturais empregados na atividade estão dentro de parâmetros controlados, ou se podem ser melhorados, visando sua redução; • tipo de ocorrência do aspecto: o Comitê deve avaliar se a ocorrência é normal (se sua ocorrência é inerente à própria atividade), anormal (se sua ocorrência é observada eventualmente, apenas em situações anormais) ou emergencial (se a ocorrência é observada em situações de emergência); • legislação aplicável: o RA deve pesquisar se existe legislação que se aplique ao aspecto em questão, informando os parâmetros estipulados pela lei às partes pertinentes à realização da atividade, mediante emissão de Relatório de Avaliação Técnica. Os aspectos observados devem ser registrados na planilha de Aspectos e Impactos Ambientais, conforme Anexo I. 4.3 Impactos Ambientais Para cada aspecto verificado, devem ser definidos os impactos pertinentes, em reunião do Comitê Técnico; O Comitê Técnico deve avaliar se o aspecto causa os impactos listados a seguir: • Poluição do solo; • Poluição do ar; • Poluição de águas; 72 • Danos à flora; • Danos à fauna; • Danos ao patrimônio histórico-cultural • Acidente humano com ferimentos; e • Incômodo à vizinhança, etc. Para cada impacto observado, o Comitê Técnico deve determinar o seu Grau de Risco (GR), analisando e pontuando o impacto do seguinte modo: 1. Gravidade do Impacto (G): A pontuação deve seguir o estipulado na tabela 1: TABELA 1: PONTUAÇÃO DA GRAVIDADE DE IMPACTOS Pontuação Definição 10 Morte, danos ambientais irreversíveis. 8 Ferimentos graves, doença ocupacional, danos grandes ao sistema ou ao meio ambiente; consumo significativo de recursos naturais; geração elevada de poluição. 6 Ferimentos; danos ao sistema ou ao meio ambiente; consumo médio de recursos naturais; geração de poluição e rejeitos. 4 2 Ferimentos leves; danos pequenos ao sistema ou ao meio ambiente; consumo moderado de recursos naturais; geração moderada de poluição e rejeitos. Pequenos ferimentos; consumo não mensurável de recursos naturais; não causa poluição significativa. 73 2. Ocorrência do impacto (O): a pontuação deve seguir o estipulado na tabela 2: TABELA 2: PONTUAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE IMPACTOS Pontuação Definição 10 Ocorre freqüentemente, ou ocorre permanentemente quando iniciada a atividade. 8 Ocorrerá várias vezes na atividade. 6 Ocorrerá algumas vezes ao longo da atividade. 4 Não se espera que ocorra (embora haja alguma expectativa) ao longo da atividade 2 Pode-se presumir que não ocorrerá ao longo da atividade 3.Retenção do Impacto (R): a pontuação deve seguir o estipulado na tabela 3: TABELA 3: PONTUAÇÃO DA RETENÇÃO DE IMPACTOS Pontuação Definição 10 Os impactos atingem amplas áreas externas ao Parque, é tecnicamente impossível reverter os efeitos 8 Os impactos atingem a região adjacente ao Parque; é muito difícil reverter os efeitos 6 Os impactos se restringem aos limites físicos do Parque; é difícil reverter os efeitos 4 Os impactos se restringem aos limites físicos do local em que houve a ocorrência, é fácil reverter os efeitos 2 Os impactos se restringem somente ao local de ocorrência; é muito fácil reverter os efeitos O Grau de Risco do Impacto é obtido através do produto G*O*R. Considera-se um impacto ambiental significativo todo aquele cujo Grau de Risco for igual ou superior a 20. 74 Os Impactos observados, analisados e quantificados devem ser registrados na planilha de Aspectos e Impactos Ambientais, conforme Anexo II, e enviados para apreciação da Direção do Parque. 4.4 Ações de controle Para cada impacto significativo verificado, devem ser planejadas ações visando o controle, redução, ou eliminação destes impactos. Essas ações podem ser de controle (C), reforma (R) ou emergência (E). Tais ações devem ser definidas em reunião do Comitê Técnico, na qual devem ser estipulados: • Tipo de ação: controle, reforma ou emergência; • Responsável pela ação; • Resultados esperados; e • Prazo para implantação. As ações estipuladas devem ser registradas em planilha de Ações de Controle e Emergência, conforme Anexo II, e enviados para aprovação da Direção do Parque. 5. REGISTROS Os registros gerados por essas atividades são: 5.1 - Planilhas de Levantamento e Análise dos Aspectos e Impactos Ambientais da Atividade; 5.2 - Planilha das Ações de Controle Os registros de levantamento de aspectos e impactos, bem como as ações mitigadoras estipuladas, devem ser arquivados por 5 anos, mesmo que o aspecto/impacto seja eliminado. 75 6. ANEXOS Anexo I - Planilha de Levantamento e Análise de Aspectos e Impactos Ambientais Anexo II - Planilha das Ações de Controle Os anexos deste procedimento correspondem aos Anexos 12 e 13 a seguir. ANEXO 12. FORMULÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE Data: ___/___/___ Unidade de Conservação ASPECTOS AMBIENTAIS Página ___ de ___ ATIVIDADE: N.º Aspectos Meio afetado F B A Uso de energia Uso de Legislação Condição RN aplicável Obs.: Meio afetado: F = Físico; B = Biótico; A = Antrópico / Uso de Energia: Bom ou PM (pode melhorar) / RN = Recursos Naturais: Bom ou PM; Condição (tipo de ocorrência): N = Normal; A = Anormal; E = Emergência; NA = Não se aplica 76 ANEXO 13. FORMULÁRIO PARA IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS PELA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS Unidade de Conservção Atividade: Aprovado por: Data: Identificação dos Impactos Ambientais Negativos Exame Filtros Sig N° Aspectos p pr pl n an e Impactos G O R GR pi rl Página: __/__ Obs.: S P: Passado Pr: Presente Pl: Planejado N: Normal An: Anormal E: Emergência G: Gravidade O: Ocorrência R: Retenção Gr: Grau de Risco Pi: Partes Interessadas Rl: Requisito Legal S:Significância do Impacto Ambiental ANEXO 14. PROCEDIMENTO PARA OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS SUMÁRIO: 1–objetivos, 2–documento de referência, 3–definições, 4 –detalhamento, 5–registros, 6–anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 77 1 OBJETIVOS Este procedimento tem como objetivo fixar as condições para o levantamento dos requisitos legais e outros requisitos, bem como sua atualização e revisão periódica, para atendimento ao item 4.3.2 da ISO 14001:2004. 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Norma ABNT – ABNT NBR ISO 14001 3 DEFINIÇÕES SGA – Sistema de Gestão Ambiental. CA – Comitê Ambiental. RD – Representante da Diretoria. Colaborador – Qualquer funcionario da organização, independentemente de sua formação ou cargo. 4 DETALHAMENTO 4.1 Condições Gerais: Os levantamento e a revisão dos requisitos legais e outras exigências são de responsabilidade do Setor de Patrimônio em, conjunto com a Assessoria Jurídica. O levantamento será feito com base nos aspectos ambientais significativos identificados pelo CA. Seus registros serão mantidos em arquivo digital pelo ambiente de rede: (\\informatica\sga\requisitos legais). A atualização dos requisitos legais e outras exigências ser efetuada mensalmente, verificando se houve atualização na legislação existente, ou novos requisitos emitidos, a legislação federal por meio de consulta ao site da empresa Ambiente 78 Brasil ( http://www.ambientebrasil.com.br ) contratada para fornecer boletins informativos de legislação; para a confirmação da informação deve-se consultar o Diário Oficial da União ( http://www.in.gov.br ). A legislação estadual deverá ser consultada através do site do governo do estado (http://www.pr.gov.br/meioambiente/legislacao.shtml ). A legislação municipal do entorno deverá ser consultada através de ofícios encaminhados às Prefeituras Municipais. Normas emitidas pela ABNT deverão ser consultadas diretamente à ABNT (http:// abnt.org.br). Licenciamentos, acordos, convênios e outros documentos firmados com partes interessadas, deverão ser consultados junto à Chefia do Parque. Os resultados das pesquisas dos requisitos deverão ser registrados e arquivados no Setor de Patrimônio. O registro de alteração dos requisitos legais (6.1, Anexo I) deverá ser preenchido pelo Setor de Patrimônio, com a identificação de que tipo de requisito está sendo alterado, a descrição da alteração, por exemplo, descrever que uma lei foi revogada pela aprovação de outra que é referente a determinado aspecto, ambiental, assinada e datada por quem efetuou a alteração e assinada e datada pelo RD. As alterações deverão ser comunicadas aos colaboradores que desenvolvam atividade corelata ao requisito alterado, de acordo com o Procedimento de Comunicação Interna. 5 REGISTROS Os resultados das pesquisas de atualização deverão ser arquivados por cinco anos, no Setor de Patrimônio. 6 ANEXOS 6.1 Anexo I: Relatório de Atualização de Requisitos Legais e Outras Exigências. 79 ANEXO 15. FORMULÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE REQUISITOS LEGAIS Uc: REQUISITOS LEGAIS Instrumento legal Número Responsável pelo levantamento: 80 Título Data: Requisito legal aplicável à atividade ANEXO 16. FORMULÁRIO PARA DEFINIÇÃO DE AÇÕES CONTROLADORAS DOS ASPECTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS Unidade de Conservação: Data: Atividade: NO Aspectos / Impactos S Ação Responsável Data Resultados esperados Obs.: S = Significância do Aspecto; C = Controle; E = Emergência; R = Reforma ou Obra 81 ANEXO 17. FORMULÁRIO PARA DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS Data: __/__/__ Página: __/___ Unidade de Conservação: Objetivo 1: Nº da Meta 1 2 n Responsável: Descrição da Meta Responsável Objetivo 2: Nº da Meta 1 2 n Descrição da Meta Responsável Descrição da Meta Responsável 82 Data Indicador Obs.: Data Indicador Obs.: Responsável: Descrição da Meta Responsável Objetivo n: Nº da Meta 1 n Obs.: Responsável: Objetivo 4: Nº da Meta 1 2 n Indicador Responsável: Objetivo 3: Nº da Meta 1 2 n Data Data Indicador Obs.: Responsável: Descrição da Meta Responsável Data Indicador Obs.: ANEXO 18. FORMULÁRIO PARA DEFINIÇÃO DE PROGRAMAS AMBIENTAIS Unidade de Conservação: Nome do Programa: Objetivo 1: Meta 1 Ações 1 2 n Meta 2 Ações 1 2 n Meta n Ações 1 2 n Data: __/__/__ Página:__/__ Responsável: Descrição da Meta Responsável Data Indicador Obs.: Responsável Data Indicador Obs.: Responsável Data Indicador Obs.: Descrição das Ações Descrição da Meta Descrição das Ações Descrição da Meta Objetivo 2: Meta 1 Responsável: Responsável: Descrição da Meta Responsável Data Indicador Obs.: Descrição das Ações Objetivo n: Responsável: ANEXO 19. PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE TREINAMENTO SUMÁRIO: 1- objetivos, 2 - doc. referência, 3 - definições, 4 - detalhamento, 5 - registros, 6 - anexos Data Rev. Itens revisados Aprovação 83 1. OBJETIVOS Este procedimento tem como objetivo fixar as condições para o levantamento das necessidades de execução de treinamentos, a fim de garantir que todos os servidores/funcionários do Parque Nacional da Serra dos Órgãos sejam devidamente capacitados, para atendimento ao item 4.4.2 da ISO 14001:2004. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Norma ABNT - ABNT NBR ISO 14001 3. DEFINIÇÕES SGA – Sistema de Gestão Ambiental. Colaborador – Qualquer funcionário da Organização, independentemente de sua formação ou cargo. 4. DETALHAMENTO 4.1 Condições Gerais As necessidades de participação do pessoal técnico/administrativo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos em treinamentos, seminários, congressos e outras formas de obtenção de conhecimento visando sua capacitação para as atividades sob sua responsabilidade, deverão ser direcionadas ao setor de Recursos Humanos através de memorando assinado pelo Chefe da Área requisitante explicitando os objetivos da capacitação, data, carga horária, entidade realizadora, local, instrutores, custos de inscrição e justificativas, junto com a solicitação de treinamento. O setor de Recursos Humanos deverá encaminhar o memorando à Chefia do Parque para aprovação e, conforme o caso, liberação dos recursos necessários. 84 4.2 Levantamento das Necessidades de Treinamento O levantamento das necessidades de treinamento deverá ser realizado ao final de cada ano corrente pelos Chefes de Área, para viabilização de Convênios e/ ou incorporação ao Plano Operacional Anual e assim ser dotado de previsão orçamentária. Deverão ser levados em consideração os seguintes aspectos: - Atualização tecnológica; - Reciclagem do quadro funcional; - Capacitação de novos funcionários; - Implementação de novas atividades e projetos; e - Disponibilidades do treinamento/seminário/congresso, de pessoal e de recursos. Uma vez identificadas as necessidades de treinamento, cabe aos chefes das áreas informá-las ao setor de Recursos Humanos, que deverá elaborar o Programa de Treinamento para o ano seguinte, abrangendo os seguintes itens: - Cronograma; - Participantes; - Assuntos; - Objetivos; - Local; e - Custos. O Programa de Treinamento deverá ser apresentado à Chefia para avaliar, aprovar e incorporar aos Convênios/POA. Os treinamentos e capacitações assim aprovados não necessitarão de nova aprovação pela Chefia do Parque na ocasião de sua realização. 85 4.3 Execução e Avaliação dos Treinamentos Na ocasião da realização de um treinamento externo por parte de um servidor, os Anexos III, IV e V deverão ser preenchidos e encaminhados à Superintendência do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – Rio e/ou Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - Brasília pelo setor de Recursos Humanos. Para os terceirizados/ contratados isso não será necessário. Os treinamentos internos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos deverão ter um registro (Anexo I) e serão avaliados pelos participantes para verificar a eficiência da metodologia, assimilação do conteúdo, qualidade do material didático e do local, etc. (Anexo II). O Registro de Treinamento deve conter os seguintes dados: - Curso / Atividade; - Local; - Instituição; - Carga horária; - Conteúdo; - Nome / assinatura dos participantes; - Data; e - Nome / assinatura do instrutor. O resultado do treinamento deve ser registrado na ficha de cada participante. A avaliação da eficácia do treinamento, feita pelos chefes imediatos após o período máximo de três meses de sua realização, deverá ser formalizada em memorando ao setor de Recursos Humanos. O registro do treinamento externo ou participação em congressos e seminários é o próprio certificado fornecido pelo realizador do evento, devendo ser realizado na ficha funcional de cada participante. Sempre que um funcionário participar de um treinamento/seminário/congresso externo deverá apresentar seu conteúdo aos demais colaboradores de setor, até, três meses após a realização do evento. 86 4.4 Treinamento em procedimentos Os treinamentos nos procedimentos operacionais dos coloboradores do Parque Nacional da Serra dos Órgãos poderão ser realizados na ocasião da implantação dos procedimentos sem necessidade de aprovação da Direção do Parque nem formalização ao setor de Recursos Humanos por memorando. Deverão ser averbados em Registro de Treinamento (Anexo I) ou Registro de Reunião (Anexo VI) que ateste a compreensão de como executar as atividades previstas pelos procedimentos e das conseqüências do não-cumprimento dos procedimentos. 5. REGISTROS As fichas serão arquivadas por, no mínimo, dois anos após o término do treinamento, no setor de Recursos Humanos do Parque Nacional. 6. ANEXOS 6.1 Anexo I - Registro de Treinamento 6.2 Anexo II - Avaliação de Treinamento 6.3 Anexo III - Afastamento para Treinamento – Chefia 6.4 Anexo IV - Afastamento para Treinamento – Servidor 6.5 Anexo V - Termo de Compromisso 6.6 Anexo VI - Registro de Reunião Estes anexos foram omitidos por falta de espaço, mas constituem ferramentas importantes para o gerenciamento do setor de treinamento na organização. 87 ANEXO 20. PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA SUMÁRIO: 1 – Objetivos, 2 – Documentos de referência, 3 – Definições, 4 –Detalhamento, 5 – Registros, 6 – Anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Os objetivos deste documento são regulamentar e aperfeiçoar as comunicações internas e externas do Parque Nacional do Iguaçu. 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Não há. 3 DEFINIÇÕES Avaliação de Satisfação do Visitante - em pontos estratégicos, que abordam questões sob a satisfação do visitante em todas as atividades oferecidas e oferecem espaço para sugestões e reclamações. Livro de Registro de Monitores Ambientais (LRMA) - onde são registradas diariamente as atividades dos monitores. Relatório Mensal dos Monitores Ambientais (RMMA) - o relatório é preparado pelo coordenador do Programa de Monitores Ambientais do ParNa Iguaçu a partir do Livro de Registros de Monitores Ambientais da Escola Parque, posteriormente entregues ao chefe do setor. 88 4 DETALHAMENTO 4.1 Comunicação interna Toda comunicação interna entre funcionários e setores do Parque Nacional e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade em geral, deverá ser feita através de memorandos; Esse memorando deverá ser devidamente preenchido conforme modelo (Anexo I). Cada Área Funcional (AF) deve manter numeração própria para os memorandos que emitir; O memorando só terá validade quando assinado pelo responsável pelo Setor; Todo memorando entregue deverá conter a data e a rubrica de funcionário do Setor de destino, acusando o recebimento em um protocolo de controle; Quando a comunicação interna se destinar a todos os funcionários, ou a uma área específica, deverá ser memorando-circular, podendo seguir a mesma numeração dos memorandos não circulares. A secretária da área remetente deverá entregar uma cópia do memorando a cada destinatário, que deverá rubricar o “ciente” ao lado do nome do memorando que ficará arquivado na área específica. Todas as Áreas Funcionais (AF) deverão manter um arquivo destinado à comunicação interna expedida. 4.2 Comunicação externa 4.2.1 Comunicação externa enviada A comunicação externa do Parque Nacional do Iguaçu deverá ser feita através de um ofício, preenchido conforme modelo (Anexo II), assinado pela Chefia do Parque quando destinado ao Gabinete (GAB), e, quando necessário, pelos chefes das áreas Administrativa e Financeira (AAF) e Conservação e Manejo (ACOM), excetuando-se as respostas às solicitações dos visitantes; Todas as Áreas Funcionais (AF) deverão manter um arquivo destinado à comunicação externa expedida. Este documento será destinado à comunicação com organizações como empresas, operadoras, comunidade ou qualquer outra instituição com a qual a comunicação do ParNa se faça necessária; O envio da comunicação externa deverá, sempre que possível, ser comprovado 89 através de data e rubrica, registro de emissão de fax ou qualquer outro mecanismo que ateste o recebimento do ofício pelo destinatário, anexado à cópia. 4.2.2 Comunicação externa recebida Toda comunicação externa recebida deverá ser protocolada pela pessoa responsável pelo setor de Protocolo e encaminhada à secretária do Gabinete (GAB) colhendo junto a este a rubrica e data de recebimento, e posteriormente encaminhada ao Chefe do Parque, pela secretaria. O mesmo se aplica ao recebimento de encomendas, pacotes, etc.; Toda comunicação externa recebida pelo Chefe do Parque é despachada por ele, ao destinatário responsável; Quando o destinatário responder a comunicação externa recebida, deve devolver ao responsável pelo protocolo, que arquivará a comunicação como respondida; Todas as Áreas Funcionais deverão arquivar a comunicação externa recebida no setor de Protocolo, mantendo assim um único arquivo de documentos externos recebidos. 4.2.3 Comunicação do visitante A recepcionista deve incentivar quem entra no Centro de Visitantes a preencher os instrumentos destinados à comunicação do visitante; Quando um visitante quiser fazer alguma observação sobre o ParNa no Centro de Visitantes, o funcionário da recepção deverá perguntar sobre que tipo de observação gostaria de fazer: * Em caso de reclamações ou sugestões, o visitante deverá preencher a Avaliação de Satisfação do Visitante (Anexo III). Esta deverá ser entregue ao responsável pelo setor de Uso Público para prévia análise e encaminhamento à Chefia da Área específica do setor e, posteriormente, encaminhada ao Chefe do Parque; O Monitor Ambiental, quando estiver atendendo a um visitante e este desejar fazer uma comunicação ao Parque, deve anotar a sugestão, reclamação ou congratulação do visitante, seu nome, e-mail ou endereço e CEP nas suas fichas de atividade; Essas sugestões, reclamações ou congratulações devem ser encaminhadas ao responsável pelo setor de Uso Público através dos Relatórios de Monitoramento Ambiental (RMA) e dos Relatórios Mensais dos Monitores Ambientais (RMMA); 90 O responsável pelo setor de Uso Público deverá fazer um relatório de análise das informações dos visitantes a cada quinze dias e distribuí-lo às Chefias da Área Funcional direta e do Parque; A Chefia da Área Funcional (AF) do setor de Uso Público deverá responder ao visitante que fez a comunicação, através de e-mail ou carta, conforme o caso; Um resumo semestral de comunicações dos visitantes deve ser distribuído às Áreas Funcionais e Chefia do Parque. 5 Registros Os registros gerados por estas atividades são: 5.1 Memorando interno Deve ser preenchido por qualquer funcionário do Parque Nacional quando necessitar se comunicar por escrito com funcionário de outro Setor. O memorando deve ser emitido com cópia, onde o destinatário ou outra pessoa da área coloca a data e rubrica, indicando que recebeu a comunicação. O memorando deve ficar arquivado no setor emitente em Memorandos Expedidos, e enviado para Arquivo Morto todo final de ano. 5.2 Ofício Pode ser preenchido por qualquer funcionário do Parque e submetido à Chefia de sua Área Funcional antes de ser encaminhado para a ciência da Chefia do Parque e envio. Uma cópia do ofício deve ser arquivado na área funcional que gerou o documento como Ofícios Expedidos, devendo ser enviado ao Arquivo Morto todo final de ano. 5.3 Protocolo É um caderno sob a responsabilidade do Setor de Protocolo onde são anotados os recebimentos de correspondências, encomendas, pacotes, etc. Quando o ofício recebido é respondido e devolvido ao setor de Protocolo, o responsável pelo setor deverá arquivar no arquivo geral de Documentos Recebidos. 5.4 Livro de parabéns É um caderno onde os visitantes expressam suas congratulações ao Parque e sua equipe. Deve ser guardado por, no mínimo, cinco anos no setor de Uso Público. 91 5.5 Avaliação da Satisfação da Visitante É onde o visitante coloca sua sugestão ou reclamação sobre o Parque e sua equipe. Deve ser guardado por, no mínimo, cinco anos, inicialmente no setor de Uso Público e todo final de ano no Arquivo Morto. 5.6 Relatório Mensal dos Monitores Ambientais (RMMA) É o relatório preparado pelo responsável pelo Programa de Monitores Ambientais do Parque a partir das Fichas de Registro com as atividades dos Voluntários. Cópias devem ser distribuídas às Áreas Funcionais e Chefia do Parque, ficando arquivadas por, no mínimo, um ano. 6 Anexos 6.1 Anexo I - Modelo de memorando. 6.2 Anexo II - Modelo de ofício. 6.3 Anexo III - Avaliação da Satisfação do Visitante. Os anexos foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas de gerenciamento da comunicação. ANEXO 21. PROCEDIMENTO DOCUMENTOS DO SGA PARA ELABORAÇÃO E CONTROLE DE SUMÁRIO: 1 - objetivos, 2 - doc. referência, 3 - definições, 4 - detalhamento, 5 - registros 6 - anexos Data 92 Rev. Itens revisados Aprovação 1. OBJETIVOS Este documento tem o objetivo de definir os parâmetros para a elaboração dos documentos do SGA do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e criar um método para seu controle rigoroso, assegurando que: a) sejam facilmente localizados; b) sejam aprovados pelos responsáveis antes de sua efetiva implantação; c) tenham apenas revisões atualizadas em todos os locais onde são executadas as ações e operações essenciais ao funcionamento do SGA; d) ao se tornarem obsoletos, sejam rapidamente recolhidos de todos os pontos de emissão e uso, ou de outra forma, garantidos contra o uso não-intencional; e) sejam identificados facilmente como válidos ou obsoletos. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Norma ABNT - NBR 14001:2004 3. DEFINIÇÕES SGA: Sistema de Gestão Ambiental RA: Representante da Administração Documentos - são todos os procedimentos, instruções, planos e programas ambientais que compõem o Sistema de Gestão Ambiental do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. 4. DETALHAMENTO 4.1 Condições Gerais Os documentos do Parque devem ser compostos por folha de rosto com o seguinte conteúdo e conforme modelo em anexo: 93 a) cabeçalho contendo as logomarcas do Parque, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, e armas da República, o nome do documento, a data de aprovação e seu n.º de páginas; b) Sumário composto, basicamente, pelos seguintes títulos e respectivos números: 1. OBJETIVOS; 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA; 3. DEFINIÇÕES; 4. DETALHAMENTO; 5. REGISTROS e 6. ANEXOS; c) Quadro com a descrição das revisões, datas e assinaturas de aprovação. Todas as demais folhas deverão conter cabeçalho, conforme modelo em anexo. 4.1.1 No item objetivos Deve ser indicada a finalidade do procedimento e seu campo de aplicação. 4.1.2 No item documentos de referência Descrição de todos os documentos que foram consultados para elaboração do procedimento ou que contenham informações complementares. 4.1.3 No item definições Descrição dos termos específicos utilizados e suas definições. 4.1.4 No item detalhamento Todas as instruções detalhadas, passo a passo, para a sua devida operacionalização. 4.1.5 No item registros Todos os registros gerados pelo procedimento, quem gera, a quem são encaminhados, onde são guardados e por quanto tempo. Quando o procedimento for somente de orientação (caso deste documento) e não houver a necessidade de geração de registros, escrever “não há” no campo “REGISTROS”. 4.1.6 No item anexos Fluxogramas das atividades do procedimento; Formulários utilizados; e 94 Outros esclarecimentos complementares e instruções necessárias. 4.2 Formatação dos documentos do SGA. Os documentos do SGA devem ser digitados conforme o modelo em anexo. Deve-se fazer obrigatoriamente “back-up” de todos os arquivos gerados. 4.3. Elaboração e aprovação dos documentos do SGA – documentos do SGA poderão ser elaborados por qualquer funcionário do Parque que deverá obter aprovação de sua chefia imediata e então encaminhá-los ao responsável pelo setor de informática, que deverá obter sua aprovação junto à Chefia do Parque. A Folha de Rosto do procedimento com a assinatura de aprovação da Chefia deve ser arquivada em pasta específica. 4.4. Controle dos documentos do SGA - após a elaboração e aprovação de um documento do SGA, o responsável pelo setor de Informática deverá convertê-lo em formato PDF e colocá-lo na pasta protegida (só leitura) “Procedimentos do SGA” que se localiza dentro da pasta “SGA”, na “Pasta Compartilhada de Usuários” da rede. 4.5. Revisão e alteração dos documentos do SGA – os documentos do SGA devem expressar a melhoria contínua do Sistema de Gestão Ambiental e para isso devem ser revisados sempre que necessário. A necessidade de alteração de documentos poderá ser detectada por qualquer colaborador do Parque, que deve encaminhar a sugestão ao RA. Alterações podem também ocorrer em conseqüência de ações corretivas e preventivas. O RA submeterá a sugestão aos que elaboraram o documento original e, se aceita, procederá a alteração e a submeterá ao processo descrito nos itens 4,3, 4.4 e 4.6. 4.6. Distribuição de Cópias – documentos novos ou alterados, inseridos na pasta “Documentos do SGA” e tornados disponíveis aos usuários, que deverão ser avisados por e‑mail com confirmação de seu recebimento. Cópias em papel devem ser impressas e distribuídas para os setores que não estiverem conectados à rede, os quais devem confirmar seu recebimento no próprio memorando de encaminhamento. As cópias obsoletas devem ser recolhidas no mesmo instante e identificadas por risco de lápis ou caneta, sendo então disponibilizadas para servir de rascunho; 95 4.7. Lista-mestra – o setor responsável pela documentação do SGA deve gerar uma Lista-mestra com os nomes e datas dos procedimentos atualizados e em uso e colocá-la na pasta ”Documentos do SGA” para consulta dos usuários em rede, e distribuir sua cópia impressa aos setores não conectados; 4.8. Arquivamento do Original: todo documento original (não cópia) deverá ser arquivado de acordo com sua classificação em local específico para documentos do SGA obsoletos. 5. REGISTROS Os registros gerados por essas atividades são: 5.1. – e-mails dos usuários da rede, com confirmação de recebimento das informações de disponibilização de documentos do SGA; 5.2. - memorandos de encaminhamento com confirmação de recepção, pelos setores não conectados; 5.3. – Lista-mestra – listagem com toda a documentação do SGA atualizada e disponível para utilização. 5.4. - Rede – mensagem automática de leitura do documento. 5.5. – Painéis – disponíveis em cada setor que não possui rede para divulgar os procedimentos. 6. ANEXOS Não há 96 ANEXO 22. PROCEDIMENTO OPERACIOANL PARA CONTROLE DE ENTRADA DE VISITANTES SUMÁRIO: 1 - objetivos, 2 - doc. referência, 3 - definições, 4 - detalhamento, 5 - registros, 6 - anexos Data Rev. Itens revisados Aprovação 1. OBJETIVOS Este documento tem o objetivo regular a entrada dos visitantes e tráfego de veículos no Parque. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12/2/1998 e Decreto 3.174 de 21/9/1999); SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985, de 18 de julho de 2000); Regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros (Dec. 84.017, de 21 de setembro de 1979); Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos 3. DEFINIÇÕES Não há 97 4. DETALHAMENTO 4.1 Procedimentos de definição para entrada e saída de visitantes 4.1.1 Entrada e saída do Parque – Portarias (Teresópolis, Guapimirim e Petrópolis) equipe de plantão na portaria: 1 vigilante (ou 2) • Os vigilantes de plantão nas portarias de Teresópolis e Guapimirim do Parnaso deverão orientar os usuários sobre os cuidados necessários dentro de uma Unidade de Conservação, tais como: - Não trafegar acima de 20km/h (velocidade máxima permitida); - Não estacionar em locais não permitidos; - Não trafegar na contramão; - Não trafegar com veículos que estiverem soltando fumaça negra e emitindo ruídos altos (segundo o previsto no do Código Nacional de Trânsito). • Os vigilantes de plantão nas Portarias de Teresópolis, Guapimirim e Petrópolis do Parque Nacional da Serra dos Órgãos deverão observar o visitante e seu veículo, que terá sua entrada barrada quando: - Estiver acompanhado de animais exóticos (cachorros, gatos, etc.); - O veículo for ônibus, que não podem entrar na Sede Teresópolis; - Sendo caminhões ou outros veículos de entrega, a equipe de plantão deve solicitar autorização da administração do Parque Nacional da Serra dos Órgãos para sua entrada; - Estiver portando armas de fogo, ou armas brancas, ou outros materiais proibidos; - Estiver portando drogas ou estar embriagado. • Visitantes com bicicleta deverão ser informados pelos vigilantes de plantão na portaria sobre a proibição de bicicletas em trilhas. • Todo visitante deverá ser orientado nas portarias Teresópolis e Guapimirim para que se encaminhe ao Centro de Visitantes, onde será orientado, antes de prosseguir no seu passeio. 98 • O funcionário responsável pela arrecadação deverá realizar a cobrança de ingressos dos visitantes de acordo com as taxas previamente determinadas. • O funcionário responsável pela arrecadação nas portarias deverá emitir diariamente um relatório de cobranças acompanhado do cupom fiscal, que deverá ser enviado à firma responsável por esse controle (ANEXOI), para posterior prestação de contas mensal ao Parnaso. 4.1.2 Entrada para visita ao centro de referência (biblioteca e herbário) e saída • Os vigilantes de plantão na portaria de Teresópolis deverão identificar os visitantes que pretendem consultar a biblioteca ou o herbário. • Os vigilantes de plantão deverão anotar no “livro de entrada de visitante para biblioteca e herbário”, nome e identidade do visitante, fornecer um crachá ao visitante, anotar o número deste crachá para avisar por rádio ao vigilante de plantão no posto 2, que está subindo um visitante para o Centro de Referência com número de crachá determinado. • Não será cobrado ingresso dos visitantes para a biblioteca ou herbário. • Os vigilantes de plantão deverão informar o visitante de que o crachá não dá direito a visitação de outros atrativos do Parque e que deverá devolver o crachá na saída do Parque. • Os vigilantes de plantão deverão dar baixa nos crachás fornecidos aos visitantes à medida que forem saindo do Parque. 4.1.3 Entrada e saída das áreas de montanha • O funcionário responsável pela arrecadação de Teresópolis e Petrópolis deverá cobrar dos visitantes taxa correspondente à utilização de trilhas em áreas de montanha e solicitar o preenchimento do Termo de Conhecimento de Risco (TCR) (ANEXOII). Caso o visitante seja menor e esteja desacompanhado dos pais ou professores, deverá apresentar uma autorização por escrito, com cópia da célula de identidade do responsável. • Os vigilantes de plantão nas Portarias de Teresópolis e Petrópolis deverão checar no TCR a data pretendida de saída e a saída efetivada. No caso de saída prevista por outra portaria (travessia), o vigilante deverá enviar o TCR por fax para a portaria correspondente. 99 • Os vigilantes de plantão nas portarias deverão “dar baixa” nos TCRs à medida que os visitantes forem saindo do PARNASO. No caso de os visitantes não saírem do Parnaso na data prevista no TCR, deverão dar início aos procedimentos de busca e salvamento. 4.1.4 ENTRADA NÃO AUTORIZADA - desrespeito à ordem dos vigilantes de plantão na portaria • O vigilante de plantão na portaria do PARNASO deverá comunicar por rádio aos demais vigilantes o ocorrido, juntamente com os dados do veículo e dos ocupantes e bloquear a saída do veículo, se necessário através do fechamento dos portões; • Os vigilantes deverão realizar uma busca à procura do infrator, a fim de aplicar as penas relacionadas à infração cometida e/ou conduzir/solicitar a presença da Polícia Militar. 5. REGISTROS Os registros gerados por essas atividades são: 5.1 RELATÓRIO DIÁRIO DE COBRANÇAS - preenchido diariamente pela equipe de plantão das portarias com os registros das cobranças realizadas. Deve ser encaminhado diariamente à firma responsável pelo controle e prestação de contas, que emitirá um relatório mensal à administração da UC, sendo arquivado por, no mínimo, 2 anos. 5.2 LIVRO DE ENTRADA DE VISITANTE PARA BIBLIOTECA E HERBÁRIO – preenchido pela equipe de plantão na portaria Teresópolis com a identificação de visitantes para a área do Centro de Referência. Deve ser arquivado, quando do seu término, por, no mínimo, 2 anos; 5.3- FICHA DE OCORRÊNCIA POLICIAL – preenchida pela autoridade da Polícia Militar, devendo a UC solicitar da autoridade policial cópia para arquivamento na administração do PARNASO por, no mínimo, 2 anos; 5.4- TERMO DE CONHECIMENTO DE RISCOS (TCR) - preenchido pelos visitantes das áreas de montanha. Deve ser encaminhado ao Setor de Uso Público e arquivado por, no mínimo, 2 anos. 100 6. ANEXOS Anexo I – Relatório Diário de Cobranças. Anexo II – Termo de Conhecimento de Riscos. Os anexos referentes a este procedimento foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas para o gerenciamento dessa atividade. Anexo 23. Procedimento Operacioanl para Controle da Manutenção Predial e Serviços Gerais SUMÁRIO: 1 – objetivos, 2 – documentos de referência, 3 – definições, 4 –detalhamento, 5 – registros, 6 – anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Os objetivos destes procedimentos são a discriminação das tarefas realizadas pela equipe de serviços gerais e manutenção predial na área de Uso Público, que se encontra sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Resolução do Conama N° 307, de 5 de julho de 2002 3 DEFINIÇÕES EPIs - Equipamentos de Proteção Individual. 101 4 DETALHAMENTO Utilizar EPIs adequados – ver anexo I; Orçar os serviços antes de realizá-los. 4.1 Limpeza dos materiais e destinação dos descartes (Marceneiro e auxiliares de serviços gerais) a) Lavar os pincéis ou pistolas de tinta com aguarraz, sobre serragem, a qual é armazenada em sacos plásticos, levados para lixeiras adequadas; b) Estocar os restos de madeiras e sucatas para futuras doações, ou eliminação em locais apropriados; c) Varrer e juntar o pó de serra e limalha de ferro produzidos a cada dois dias em sacos plásticos e colocá-los nas lixeiras adequadas; d) Destinar as baterias obsoletas aos vendedores; 4.2 Manutenção de equipos (marceneiro e operadores de máquinas) a) Realizar revisões preventivas periódica dos equipamentos conforme tabela (anexo 2); b) Enviar os equipamentos que apresentarem problemas a locais de mão-deobra especializada; c) Montar e desmontar os equipamentos a serem levados/trazidos das oficinas especializadas; 4.3 Construções e reformas prediais (eletricista, encanador, pedreiro, auxiliar de pedreiro e pintor) a) Desligar as instalações elétricas e hidráulicas (respectivos responsáveis) quando necessário; b) Desmontar as estruturas atentamente para evitar acidentes; c) Separar e destinar os resíduos da atividade por tipo: Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, azulejos, etc.), argamassa e concreto; blocos, tubos, meios-fios, etc., devem ser agrupados separadamente e encaminhados ao Serviço de Coleta da Prefeitura; 102 Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros, que devem ser colocados nos coletores de resíduos secos para serem coletados normalmente. 4.3.1 Reparos elétricos (eletricista) a) Ao trocar lâmpadas e reparar as calhas, levar à oficina de manutenção as lâmpadas descartadas e os restos de materiais, colocando-os nos recipientes apropriados para destinação adequada. 4.4 Lavagem de carros (auxiliares de serviços gerais) a) Lavar o carro no pátio da oficina com a utilização de bomba de alta pressão e xampu biodegradável diluído para a lavagem; b) Utilizar o aspirador de pó e um pano úmido somente em água, para limpar o interior do carro; c) Destinar os resíduos adequadamente. 4.5 Limpeza de áreas verdes e do pátio da oficina de manutenção (operadores de máquinas e auxiliares de serviços gerais) a) Varrer, rastelar diariamente o pátio, recolher as folhas e galhos, levando-as para a mata e lavá-lo semanalmente utilizando apenas água. b) Realizar o corte de gramíneas, podas de árvores e arranque de espécies exóticas (registrar na ficha de controle e retirada de exóticas – 6.3 Anexo III), nas áreas do uso público sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, recolhendo os restos orgânicos (folhas, gramíneas, troncos) e espalhando-os na mata. No caso de espécies exóticas arbóreas, devem-se utilizar as madeiras, quando necessárias; 4.7 Preservação da passarela da trilha das cataratas em dias de enchentes (Toda a equipe) a) Em função de enchente do rio e a pedido da concessionária responsável, toda a equipe deve se dirigir ao local; b) Com a utilização de EPIs necessários, parte da equipe retira as grades de proteção manualmente com chaves de mão; c) Os demais integrantes da equipe carregam as grades para o local de início da passarela; e 103 d) Quando o nível do rio voltar ao normal, e atendendo a pedido da concessionária, a equipe deve recolocar as grades de proteção em seus devidos locais. 5 REGISTROS Não há 6 ANEXOS 6.1 Anexo I - Atividade x EPIs 6.2 Anexo II - Manutenção periódica dos equipamentos utilizados para manutenção predial. 6.3 Anexo III - Fixa de controle e retirada de exóticas Os anexos referentes a este procedimento foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas para o gerenciamento dessa atividade. ANEXO 24. PROCEDIMENTO OPERACIOANL PARA CONTROLE DE PESQUISAS SUMÁRIO: 1- objetivos, 2- doc. referência, 3- definições, 4-detalhamento, 5- registros, 6- anexos Data 104 Rev. Itens revisados Aprovação 1. OBJETIVOS Este documento tem o objetivo de regulamentar a pesquisa e as atividades do Centro de Referência no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a solicitação da licença pelo pesquisador, o acompanhamento de seu desenvolvimento, o acesso do PARNASO aos resultados, a utilização da biblioteca, Laboratório de Geoprocessamento, Herbário Carlos Toledo Rizzini, Laboratório, Sala de aula/ vídeo e Lobby/Sala de exposições. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Decreto 98.830, de 15 de janeiro de 1990 - Dispõe sobre a coleta, por estrangeiros, de dados e materiais científicos no Brasil, e dá outras providências; Instrução Normativa nº 154/2007, de 1º de março de 2007- Instituto Chico Mendes de Biodiversidade/MMA - que fixa normas para a realização das atividades de coleta e transporte de material biológico, captura ou marcação de animais silvestres in situ, manutenção temporária de espécimes da fauna silvestre em cativeiro, recebimento e envio de material biológico de e ao exterior e realização de pesquisa em unidade de conservação federal ou em cavidade natural subterrânea, e que institui o Cadastro Nacional de Coleções Biológicas (em fase de conclusão pelo CAT Sisbio) e o módulo de georeferenciamento. Renima de 15 de janeiro de 1990 - Dispõe sobre a coleta, por estrangeiros, de dados e materiais científicos no Brasil, e dá outras providências; Renima - Portaria nº. 048/1993 - para o fortalecimento e integração do Sisnama, bem como a necessidade de propiciar às unidades do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e às comunidades que as contornam acesso mais ágil a recursos informacionais para suas atividades, Portaria nº. 22 de 30 de março 2007 – Dispõe sobre diretrizes para acervos de bibliotecas. Memorando 100/2006 – Dispõe sobre o Acordo de Cooperação Técnica / JBRJ 105 3. DEFINIÇÕES SUPES – Superintendência Estadual; CGEUC - Coordenação do Bioma da Mata Atlântica; DIREC – Diretoria de Ecossistemas. 4. DETALHAMENTO 4.1 Solicitação de pesquisa • O responsável pela Pesquisa no Parque Nacional da Serra dos Órgãos deve orientar os pesquisadores que desejarem desenvolver pesquisas no Parque a seguirem a legislação vigente (Instrução Normativa nº 154/07) e preencherem corretamente o formulário de solicitação disponível em www.ibama.gov.br/ sisbio; • O Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa, ao receber a solicitação de pesquisa, analisa sua adequação às normas, regulamentos e linhas de pesquisa desenvolvidas no Parnaso; • Se a pesquisa envolver coleta de qualquer tipo de material ou espécies, o Setor de Pesquisa deverá analisar o impacto gerado sobre as populações; • O Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa, ao receber a solicitação de pesquisa, deve analisar o local previsto para a pesquisa e, se for o caso, orientar o pesquisador para que encontre local mais apropriado que ofereça menos riscos; 4.2 Recomendações ao pesquisador O Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa do Parnaso deve distribuir a Cartilha do Pesquisador do Parnaso, que contém as normas gerais e específicas de conduta na UC, a todos os pesquisadores. 4.3 Informações para a fiscalização O Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa do Parnaso deixará disponível na “pasta controle de pesquisa”, disponível na pasta Pesquisa na rede compartilhada do Parnaso, informações sobre as pesquisas autorizadas. 106 4.4 Solicitação e autorização para entrada de pesquisadores • Toda visita ao Parnaso para trabalho de campo e reserva de alojamento de pesquisadores deverá ser agendada com antecedência mínima de 10 dias, através de fax (21-2152-1101 ou 1103) ou e-mail (pesquisa.parnaso.rj@ibama. gov.br). Em casos excepcionais poderá ser autorizada a reserva com menor antecedência. • O agendamento deve ser feito mesmo no caso de visita a áreas sem acesso por portaria. • Pesquisas com visitas freqüentes e sem uso de infra-estrutura poderão fazer agendamento diferenciado. • O trabalho de campo de pesquisadores estrangeiros deverá ser agendado com anuência da contraparte brasileira. • A autorização para pesquisadores deverá ser feita conforme modelo anexo (Anexo I). • Após a autorização, o Setor de Pesquisa deverá registrar a visita na agenda da Casa do Pesquisador e/ou alojamento, se necessário. • Todas as autorizações concedidas deverão ser registradas no arquivo “autorizações 2007” disponível na “Pasta compartilhada dos usuários /Uso Público”. 4.5 Atividades da biblioteca • O horário de funcionamento da biblioteca é de segunda a sexta, das 09:00 às 17:00 horas. • É proibido comer e beber no interior da biblioteca. • Não é permitido nenhum empréstimo. • A retirada de material para cópia não é permitida. Em casos excepcionais poderá ser autorizada, mediante retenção de documento. • O acervo deverá ser catalogado e organizado seguindo as diretrizes da Renima. • O recepcionista da biblioteca deverá solicitar a todo usuário que se registre no livro de visitas da biblioteca. • Todos os dias o funcionário responsável deverá desligar os desumidificadores e retirar a água pela manhã, e ligar no fim do dia. 107 • As portas da biblioteca deverão ser mantidas trancadas na ausência do funcionário responsável ou outro funcionário do Parnaso. • O recepcionista não deverá sair da biblioteca quando ali houver usuários, evitando deixá-los sozinhos. • O recepcionista deverá organizar/guardar os livros consultados por usuários no fim do dia. 4.5 Atividades do laboratório • O laboratório poderá ser utilizado por funcionários, pesquisadores e outras pessoas autorizadas. • Os pesquisadores poderão utilizar o freezer e a estufa para guardar material coletado, desde que o material esteja identificado com o nome do pesquisador. • Os armários da bancada do laboratório estarão disponíveis para armazenar material de campo dos pesquisadores, sendo estes armários gerenciados pelo Setor de Pesquisa. • O freezer deverá ser mantido ligado quando houver qualquer material no seu interior. • È terminantemente proibido o uso de produtos químicos no laboratório. • As portas do laboratório deverão ser mantidas trancadas na ausência do funcionário responsável ou outro funcionário do Parnaso. 4.5 Atividades do Herbário Carlos Toledo Rizzini • O Herbário é uma coleção de referência da flora local, ligado ao Herbário RB (Jardim Botânico do Rio de Janeiro). • O Herbário não faz permuta de material. • Todo material existente no Herbário está disponível para consulta por parte de pesquisadores ou outros interessados. • A consulta deve ser acompanhada pelo Setor de Pesquisa ou funcionário responsável. • Todo visitante deverá registrar sua consulta no livro de visitas do Herbário. • Os responsáveis por pesquisas que incluam coleta de material botânico deverão sempre enviar duas duplicatas do material coletado para o Herbário RB do Jardim 108 Botânico do Rio de Janeiro. Uma duplicata ficará no Herbário RB e outra será enviada para o herbário do Parnaso. • O empréstimo de exsicatas para pesquisadores com licença válida poderá ser permitido em casos excepcionais, após análise pelo Setor de Pesquisa. • Todos os dias o funcionário responsável deverá desligar os desumidificadores e retirar a água pela manhã e ligar no fim do dia. 4.6 Atividades do laboratório de geoprocessamento • O laboratório de geoprocessamento poderá ser utilizado por funcionários, pesquisadores e outras pessoas autorizadas. • O laboratório de geoprocessamento deverá ser mantido trancado quando não estiver em uso. • Todos os equipamentos deverão estar desligados e fora da tomada quando não estiverem em uso. 4.6 Atividades da sala de aula • A sala de aula será utilizada provisoriamente para atendimento a visitas escolares e demais visitantes. • Para a utilização da sala para cursos/eventos/reuniões deverá ser feito o agendamento no calendário da sala de aula, disponível na pasta Ascom, na pasta compartilhada dos usuários na rede do Parnaso. • A sala de aula deverá ser mantida trancada quando não estiver em uso. • Todos os equipamentos deverão estar desligados e fora da tomada quando não estiverem em uso. 5. REGISTROS Os registros gerados por essas atividades são: 5.1 – Solicitação de pesquisa – no caso de processos anteriores ao estabelecimento da IN 154/2007, a solicitação de pesquisa preenchida pelos pesquisadores que desejarem realizar pesquisas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos é analisada pelo Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa, e deve ficar arquivada no setor por, no mínimo, 2 anos. 109 5.2 – Recomendações ao pesquisador – através da distribuição da Cartilha do Pesquisador do Parnaso, pelo Setor de Controle e Incentivo a Pesquisa. 5.3 – Autorização da pesquisa – emitida pelo Sisbio, após análise pelo Setor de Controle e Incentivo à Pesquisa do Parnaso, sendo arquivada no próprio sistema. 5.4 – Autorizações para entrada de pesquisadores – emitidas pelo setor de Pesquisa. Deverão ser registradas no arquivo “autorizações 2007” disponível na “Pasta compartilhada dos usuários/Uso Público” e arquivadas no setor por, no mínimo, 2 anos. 5.5 – Livro de visitas à biblioteca – preenchido por visitantes da biblioteca. Deve ser arquivado, quando do seu término, por, no mínimo, 2 anos; 5.6 – Livro de visitas ao Herbário Carlos Toledo Rizzini – preenchido por visitantes do herbário. Deve ser arquivado, quando do seu término, por, no mínimo, 2 anos; 5.7 – Calendário de agendamento da sala de aula – preenchido pelo Setor de Comunicação marcando a data de utilização da sala. Deve ser arquivado em meio digital por, no mínimo, 1 ano; 6. ANEXOS 6.1 Anexo I - Cartilha do pesquisador do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, disponível em arquivo PDF. 6.2 Anexo II – Modelo de autorização para pesquisadores. Os anexos referentes a este procedimento foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas para o gerenciamento dessa atividade. 110 ANEXO 25. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PARA CONTROLE DE EXPEDIÇÕES SUMÁRIO: 1 – objetivos, 2 – documentos de referência, 3 – definições, 4 –detalhamento, 5 – registros, 6 – anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Auxiliar na organização das incursões de campo nesta Unidade de Conservação, com objetivos diversos como pesquisas, proteção e manejo. 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Levantamentos de equipamentos para incursões de campo. 3 DEFINIÇÕES PIC – Posto de Informação e Controle Incursões – organização de pessoas com intuitos variados (pesquisa, proteção, reconhecimento, manejo, documentários) para local predeterminado, cujo percurso pode ser conhecido ou não. Trabalhos/saídas de campo – Trabalhos realizados fora do ambinte administrativo, de escritório, com carater prático. Equipe de campo - Grupo de pessoas que realizam as incursões Equipe de apoio - Grupo de pessoas fora das incursões, responsáveis pelos atendimentos emergenciais 111 4 DETALHAMENTO 1. Elaborar cronograma e organizar a equipe com refêrencia ao objetivo do trabalho; 2. Comunicar ao Chefe da Área de Conservação e Manejo; 3. Descrever datas, área de trabalho, responsabilidades, forma de deslocamento e necessidades particulares à equipe e a todos os envolvidos; 4. Traçar pontos de atendimento aos objetivos da equipe, locais de trabalho e horários de parada (alimentação, descanso, acampamento, reorientação); 5. Elaborar plano de atendimentos emergencial de acordo com a expedição e necessidades da equipe; 6. Definir os responsáveis da equipe de campo por cartografia e orientação e equipe de apoio para atendimento emergencial e logístico; 7. Levantar dados de toda a equipe (Anexo l); 8. Comunicar ao batalhão da Policia Ambiental a realização da atividade; 9. Agendar a liberação de transporte terrestre e aquático; 10. Contactar equipe da Helisul ou Instituto Chico Mendes de Biodiversidade quando houver a necessidade de transporte aéreo; 11. Levantar os equipamentos de comunicação (6.2 Anexo II); 12. Levantar equipamentos e materiais de localização(6.2 Anexo II) e coleta de materiais biológicos (sacos, canetas, caderneta de campo); 13. Verificar recarga ou baterias adicionais de equipamentos eletro/eletrônicos, como GPS e telefone via satélite e separar a cartografia necessária; 14. Levantar equipamentos de campo (6.2 Anexo ll), kit de primeiros socorros (6.3 Anexo lll) e alimentação (6.4 Anexo IV); 15. Testar e revisar todos os equipamentos; 16. Informar a base, periodicamente ou quando necessário, o ponto de localização da equipe e prestar demais informações necessárias. 112 5 REGISTROS Cronograma e lista de dados individuais das equipes de expedições (6.1 Anexo l). 6 ANEXOS 6.1 Anexo l – Cronograma e lista de dados individuais das equipes de expedições 6.2 Anexo ll – Lista de equipamentos para expedições 6.3 Anexo lll – Lista do kit de primeiros socorros 6.4 Anexo Vl – Lista de alimentos 6.1 Anexo l – Cronograma e lista de dados individuais das equipes de expedições Saída: cidade/ local e data. Chegada: cidade/local e data Coordenada geográfica de início: Coordenada geográfica de término: Responsável pela incursão: Telefones: e-mail: Responsável operacional: Telefones: e-mail: Apoio de orientação: Telefones: e-mail: Apoio logístico: Telefones: e-mail: Apoio emergencial: Telefones: e-mail: 113 Equipe: integrantes da Expedição Nome Função Contato (e-mail e telefone) Lista de equipamentos para expedições Equipamentos de campo: • Sacos de dormir; • Isolantes térmicos; • Artigos pessoais; • Guias de campo; • Cadernetas de anotações; • Artigos para coletas; • Roupas; • Material de higiene; • Lanternas; • Calçados para campo e acampamento; • Medicamento pessoais; • Barracas; • Pratos e copos (plásticos não descartáveis); 114 Tipo sangüineo Alergias • Talheres; • Panelas de alumínio • Canecas plásticas; • Suporte de ferro para cozinha (grade dobrável) – para panelas; • Lona 6X4m; • Materiais de fogo (velas e fósforo); • Bucha e sabão para lavar louças; • Saco estanque para equipamentos eletrônicos; e • Alimentos. 6.2 Anexo ll – Lista de equipamentos para expedições a) Equipe de Campo: • Rádio de comunicação HT; • Celular via satélite; e • Celular . b) Equipe de Apoio: • Celular via satélite; e • Telefone celular c) Equipamentos para localização • Cartas; • Mapas; • Escalímetro; • Gps; e • Bússola. 115 6.3 Anexo lll – Lista do kit de primeiros socorros Qtde Primeiros socorros 2 2 4 1 1 1 6 1 1 1 1 1 1 1 Cobertores térmicos aluminizados Pares de luvas de procedimento Pacotes de gaze Rolo de esparadrapo Cx de Band aid Cx de antiflamatório: Voltarem Pastilhas de Antiácido: Pastilhas de Milantra Plus Cx de Antiespamódico: Buscopan (gotas) Cx de Antidiarréico: Imosec Frasco de colírio: Lacrima Analgésico e antitérmico: Tylenol ou Novalgina (gotas) Cx de Plasil Antiestamínico: Allegra 180 ou Claritin Frasco de água oxigenada 6.4 Anexo Vl – Lista de alimentos • Salame – Carne de charque • Feijão – Feijoada pronta • Cebolas • Tomates • Maçã • Banana • Extrato de tomates • Grãos enlatados • Macarrão/Arroz/Batatas • Carne de frango/bovina/proteina de soja • Pães 116 • Biscoitos • Barras de cereais • Café solúvel • Suco solúvel • Leite em pó • Açúcar/adoçante • Manteiga • Óleo/azeite • Sal • Tempero pronto ANEXO 26. PROCEDIMENTO OPERACIONAL A ESCOLA PARQUE SUMÁRIO: 1 – objetivos, 2 – documentos de referência, 3 – definições, 4 –detalhamento, 5 – registros, 6 – anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Estes procedimentos visam estabelecer as formas de agendamento para a participação da população escolar nos programas oferecidos e realização de visitas à Base da Escola Parque de Foz do Iguaçu. 117 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Não há 3 DEFINIÇÕES EP - Escola Parque CV - Centro de Visitantes 4 DETALHAMENTO 4.1 Agendamento (Secretaria) a) Orientar os interessados a participarem das visitas e atividades da EP e enviarem um ofício via fax, à Chefia do Parque no número 045-3521-83-60; b) Receber os ofícios com o pedidos autorizados pela Chefia e entrar em contato com a escola para agendamento; c) Agendar no máximo quatro turmas diariamente, cada atendimento com duração de 3h, com no máximo 43 pessoas: uma das turmas de cada turno é atendida na EP e a outra somente na trilha das Cataratas; d) Disponibilizar as normas necessárias para a visitação via fax ou por meio das secretarias da educação municipais e estaduais; c) Elaborar semanalmente um cronograma com os agendamentos realizados e enviar ao Chefe do Setor de Manejo, à Concessionária Cataratas S.A. e Hotel das Cataratas, anexo a uma solicitação de lanches. 4.2 Atendimento às turmas e respectivos programas 4.2.1 Agendamento (Técnico da EP) a) Receber as turmas no CV e levá-las ao Espaço Ambiental Permanente; b) Encaminhá-las à EP para iniciarem as atividades; c) Realizar atividades lúdicas relacionadas ao meio ambiente, específicas ao público (6.1 - anexo I); 118 d) Liberar as turmas ao intervalo, para lanche; e) Seguir com os alunos à trilha das Cataratas (6.2 – anexo II); f) Orientar a turma a voltar ao CV. 4.2.2 Atividades (Monitores Ambientais) a) Receber as turmas no CV e levá-las à Exposição Ambiental Permanente; b) Encaminhá-las à trilha das Cataratas (6.2 anexo II); c) Realizar atividades lúdicas relacionadas ao meio ambiente, específicas ao público conforme o anexo I ( 6.1) ; d) Retornar com as turmas ao CV. 4.2.3 Atendimento a escolas do entorno (Técnicos da EP) a) Deslocar aos locais requeridos, para a realização de palestras no entorno, quando solicitadas; b) Auxiliar os professores durante o curso de capacitação para formação de monitores ambientais; c) Realizar atividades de educação ambiental com base no Anexo I, com os alunos das comunidades lindeiras. 4.3 “Curso/Laboratório de Capacitação em Educação Ambiental no Processo Educativo” (Técnicos da EP e Voluntários) a) Elaborar e planejar os 12 módulos a serem desenvolvidos ao longo do curso; b) Abrir as inscrições; c) Acompanhar os docentes nos municípios do entorno para a realização dos módulos nas Escolas Parque das bases Matelândia, Capanema e Foz; d) Visitar os 14 municípios do entorno e os dois argentinos após o curso/ laboratório, para o acompanhamento dos projetos desenvolvidos; e) Realizar o seminário temático em julho (6.3 – Anexo III); f) Expor ao público o trabalho realizado na Mostra de Educação Ambiental ( 6.3 - Anexo III). 119 5 REGISTROS Ofícios e Caderno de Agendamento da EP arquivados na secretaria da EP, sede de Foz do Iguaçu por um ano, para então serem encaminhados ao arquivo morto. 6 ANEXOS 6.1 Anexo I – Apostila de atividades, Programação do Seminário temático e Programação da Mostra de Educação Ambiental 6.2 Anexo II – Roteiro de atividades para a Trilha das Cataratas Os anexos referentes a este procedimento foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas para o gerenciamento desta atividade. ANEXO 27. PROCEDIMENTO PARA ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA SUMÁRIO: 1 – objetivos, 2 – documentos de referência, 3 – definições, 4 – detalhamento, 5 – registros, 6 – anexos. Data Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Auxiliar na padronização do sistema de atendimento emergencial do Parque Nacional do Iguaçu, envolvendo todas as insituições que desevolvam alguma atividade no interior dessa Unidade de Conservação. 120 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Lista de planos de ação e prevenção a situações emegenciais das consecionadas do ParNa Iguaçu. Plano operacional de Incêndios – 2005 Lista de brigadistas e equipamentos Lista de responsábilidades no operacional do combate Lista de telefones para atendimento emergencial Modelo de estabelecimento de contatos e responsábilidades operacionais 3 DEFINIÇÕES - Sede: Na figura, a administração central da Unidade de Conservação, composta pelas Áreas e setores. - Ceate: Central de Atendimento Emergencial do ParNa Iguaçu, que será instalado no Portão de serviços da Unidade, localizado na Br-469, km 18. - Prevfogo: Centro de prevenção a incêndios florestais - Brigadista: oficial responsável pela prevenção e combate a incêndios florestais. 4 DETALHAMENTO 4.1 Ocorrências Emergenciais Gerais a) Contactar os telefones disponíveis para atendimento das situações emergenciais • Corpo de Bombeiros - Siat • Policia Florestal • Portão do Parque 121 b) Providenciar o isolamento da área e iniciar as ações de primeiros socorros, se possível c) Aguardar a chegada da equipe de atendimento ao local d) Infomar a equipe do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - Parque Nacional do Iguaçu, para acompanhamento e viabilização do operacional (Chefia do ParNa Iguaçu, Chefia da Área de Conservação e Manejo, e Chefia do Setor de Proteção) 4.2 Incêndios Florestais a) Contactar os telefones disponíveis para atendimento das situações emergenciais (Anexo) - Responsável pelo Prevfogo do ParNa Iguaçu (Gerente de fogo) - Chefe do Setor de Proteção - Chefe da Área de Conservação e Manejo - Chefe do ParNa Iguaçu b) Proporcionar ao responsável pelo Prevfogo do ParNa Iguaçu a viabilização de deslocamento à área do ocorrido – seja por via áerea, terrestre ou aquática. c) O responsável pelo Prevfogo deverá contactar a equipe da Sede do ParNa (responsável pelo setor de proteção, chefe da Acom e chefia do ParNa Iguaçu) para viabilização de apoio operacional e dos trâmites informativos dentro do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade ( Superintendência do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade no estado do Paraná, com cópia para: Prevfogo-DF e Paraná, Coordenadoria do Bioma Mata Atlântica-CGUC). d) A sede administrativa do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade do ParNa Iguaçu ficará responsável pelo contato com os batalhões do corpo de bombeiros; na impossibilidade deste, o responsável pelo Prevfogo deverá realizar o contato. e) É de responsábilidade do Gerente de Fogo a viabilização de equipamentos e brigadistas para auxilio ao atendimento do incêndio; em caso da necessidade de mais apoio, o contato com a sede do ParNa Iguaçu. f) A sede do ParNa deverá proporcionar o apoio necessário para a plena execução das atividades de combate ao fogo. 122 4.3 Incêndios em edificações a) Todos os funcionários deverão estar aptos a manusear os extintores de incêndio, através do treinamento periódico sobre o seu uso e sobre as medidas de prevenção e emergência em caso de incêndio; b) Qualquer funcionário é responsável por acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros; c) A Lista de Telefones de Emergência (6.3 Anexo - III) deverá estar próxima a todos os ramais telefônicos 4.4 Pessoas feridas por animais peçonhentos a) Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la locomover-se; b) Remover anéis, pulseiras, braceletes, colares, etc.; c) Lavar o local da(s) picada(s) com água e sabão; d) Proteger o local da lesão com gaze seca e esparadrapo; e) Transportar a vítima para o hospital (lista de hospitais especializados – Hospital Costa Cavalcanti - Foz do Iguaçu, e Cascavel - PR); f) Se possível, desde que feito com segurança e não comprometa ou retarde o transporte da vítima, capturar o animal peçonhento e levá-lo também ao hospital; g) Se ocorrer parada cardiorrespiratória, manobras de reanimação cardiopulmonar deverão ser feitas por pessoas treinadas, presentes no local (treinamento de primeiros socorros); 4.5 Atropelamento de animais Em caso de animais machucados ou mortos encontrados no Interior da UC, deverá ser mantido contato com o portão do Parque Nacional do Iguaçu, que por sua vez deverá fazer contato com a equipe técnica do Parque Nacional do Iguaçu. 123 5 REGISTROS Lista de telefones dos funcionários do ParNa Iguaçu, lista de telefones para atendimento emergencial no Iguaçu, lista de brigadistas e respectivos telefones, lista de telefones para operacionalização de situações de incêndios florestais (Anexos 6.1 I, 6.2 II, 6.3 III, 6.4 IV). 6 ANEXOS 6.1 Anexo I - Lista de telefones de funcionário do ParNa Iguaçu 6.2 Anexo II - Modelo de atendimento emergencial - concessionária 6.3 Anexo III - Plano Operacional da Brigada de Incêndios Florestais 6.4 Anexo IV - Lista de telefones emergenciais 6.5 Anexo V - Modelo de memorando de comunicação à Superintendência Os anexos referentes a este procedimento foram omitidos, mas constituem importantes ferramentas para o gerenciamento desta atividade. ANEXO 28. PROCEDIMENTO PARA MONITORAMENTO SUMÁRIO: 1 – objetivos, 2 – documentos de referência, 3 – definições, 4 –detalhamento, 5 – registros, 6 – anexos. Data 124 Rev. Itens revisados Aprovação Assinatura 1 OBJETIVOS Monitorar as concessionárias do Parque Nacional do Iguaçu: a infra-estrutura, incluindo os seus efluentes, qualidade do atendimento e segurança de todos os serviços disponibilizados aos visitantes e monitorar o ambiente através das pesquisas realizadas nesta unidade de conservação. 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Não há. 3 DEFINIÇÕES UC – Unidade de Conservação. ParNa Iguaçu – Parque Nacional do Iguaçu. 4 DETALHAMENTO 4.1 Monitoramento das Concessionárias 1. Os monitoramentos devem ser realizados 2 vezes, semanalmente em cada concessionária. 2. O monitoramento deve ser realizado conforme as orientações de preenchimento das planilhas. No final de cada mês, deve ser apresentado relatório final ao Chefe da Área de Conservação e Manejo para conhecimento e, caso necessário, envio de oficio listando os problemas e sugestões às concessionárias. Será exigido que em 7 dias a concessionária envie oficio-resposta propondo soluções para os itens selecionados, como também previsão da data para solucionar os problemas. O monitoramento nas concessionárias deverá ser realizado por técnicos da Área de Conservação e Manejo do Setor de Uso Público, como também por estagiários do Parque, sob orientação de técnicos da Acom. 125 O técnico fará uso da ficha de coleta de procedimentos. 4.2 Projeto Aqua Iguaçu Monitoramento de Sistemas de Tratamento de Efluentes em Pontos de Visitação do Parque Nacional do Iguaçu, a ser realizado em 2006. Parâmetros Físico-Químico-Biológicos (Efluentes Bruto e Final no Rio Iguaçu) Periodicidade Buscando uniformidade nos parâmetros dos diferentes pontos analisados, bem como em suas periodicidades, ficou acordado que as análises seguirão o mesmo padrão de tipos, métodos e períodos mínimos em todos os pontos amostrados, quer sejam: Analises no decorrer do ano Análise Fevereiro Abril Junho Agosto Outubro Dezembro Efluente Bruto Efluente Final − − − Corpo Receptor Mês de realização das análises − Análises eventuais, a critério da Concessionária. Os pontos de lançamento de efluentes no solo (sumidouro) deverão passar por análises, sendo coletadas amostras do tanque final do processo e do corpo receptor (solo). A Concessionária Cânion Iguaçu realizará análises conforme descrito no Relatório Técnico Nº 002 AQUA/PNI/2005-Instituto Chico Mendes de Biodiversidade/PR. Parâmetros Efluentes Bruto e Final Conforme acordado em reunião com técnicos das concessionárias, os parâmetros analisados para os efluentes bruto e final e em pontos do Corpo Receptor, estão relacionados a seguir: Parâmetros: T: Temperatura, em graus Celsius (oC); 126 pH: Potencial Hidrogeniônico, adimensional; STD: Sólidos Dissolvidos Totais ou Resíduos de Evaporação a 103o C (180o C), em miligrama (mg) / litro (L); MS: Materiais Sedimentáveis Totais, em mililitro (mL) / L; OG: Óleos e Graxas, em mg / L; DQO: Demanda Química de Oxigênio, em mg O2 / L; DBO5: Demanda Bioquímica de Oxigênio de 5 dias, a 20o C, em mg de O2 / L; P: Fósforo Total, em mg PO43- / L; NO2-: Nitrito, em mg NO2--N / L; NO3-: Nitrato, em mg NO3--N / L; S: Sulfetos, em mg S2- / L; CR: Cloro Residual, em mg de Cl2 / L; CT: Coliformes Totais, em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) / 100 mL, ou Número Mais Provável (NMP) de organismos / 100 mL; CTT: Coliformes Termotolerantes, em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) / 100 mL, ou Número Mais Provável (NMP) de organismos / 100 mL; com a seguinte periodicidade mínima: Parâmetro Efluente T pH STD MS OG DQO DBO P NO2− NO3− S CR CT CTT Bruto − − − − − − − − − Final − − Análise bimestral − Análise quadrimestral (não-obrigatória) Corpo Receptor O Rio Iguaçu é o corpo receptor de efluentes dos pontos analisados, à exceção dos pontos que utilizam sumidouro, no qual deverão ser realizadas análises do solo onde o efluente é disposto, comparando com padrão (“branco”) definido pela concessionária/empresa analisadora. 127 Cada ponto de emissão demandará análises uniformizadas: a montante, considerando uma distância de 100 a 200 metros dos pontos de lançamento; • na zona de mistura (região do corpo receptor onde ocorre a disposição/ emissão/diluição de um efluente), considerando um raio entre 50 e 100 metros do ponto de mistura; • a jusante, considerando uma distância de 100 a 150 metros. Quando a proximidade permitir, a região à jusante de um ponto de emissão pode ser a região à montante de outro imediatamente na seqüência, podendo ser realizada uma única análise em ponto comum, acordado entre as concessionárias envolvidas. Parâmetros: T: Temperatura, em graus Celsius (oC); pH: Potencial Hidrogeniônico, adimensional; Trb: Turbidez, em Unidade Neflométrica de Turbidez (NTU); STD: Sólidos Dissolvidos Totais ou Resíduos de Evaporação a 103o C (180o C), em miligrama (mg) / litro (L); OG: Óleos e Graxas, em mg / L; DQO: Demanda Química de Oxigênio, em mg O2 / L; DBO5: Demanda Bioquímica de Oxigênio de 5 dias, a 20o C, em mg de O2 / L; OD: Oxigênio Dissolvido, em mg de O2 / L; P: Fósforo Total, em mg PO43- / L; NO2-: Nitrito, em mg NO2--N / L; NO3-: Nitrato, em mg NO3--N / L; S: Sulfetos, em mg S2- / L; Cl-: Cloreto Total, em mg Cl- / L; CT: Coliformes Totais, em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) / 100 mL, ou Número Mais Provável (NMP) de organismos / 100 mL; 128 CTT: Coliformes Termotolerantes, em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) / 100 mL, ou Número Mais Provável (NMP) de organismos / 100 mL; É sugerida a seguinte periodicidade: Parâmetro Localização T pH Trb STD OG DQODBO OD P NO2− NO3− S Cl− CT CTT Montante − − − Zona de Mistura − − − − − − − − − − Jusante − − − Solo − − − − − − − − − − Sublençol − − − − Análise obrigatória; − Análise eventual, ou não se fazem necessárias analises regulares. Na continuidade do Projeto, as ações buscarão: • definir quais metais pesados deverão ser analisados e a periodicidade dessas análises; • caracterizar e padronizar o efluente líquido gerado nos sistemas de tratamento existentes, quanto às condições físico-químicas e biológicas; • monitorar o corpo receptor (Rio Iguaçu) quanto às suas classificação e características bio-físico-químicas a montante e a jusante dos pontos de descarga de efluentes; • construir um Plano de Monitoramento, conforme consta na descrição do Projeto Iguaçu; Este Analista solicita aos técnicos das concessionárias que, além das cópias dos Laudos de Análises, apresentem as Planilhas, anexas a este Informativo, preenchidas o mais completamente possível, proporcionando maior facilidade no necessário monitoramento. As datas programadas para reuniões com técnicos das concessionárias serão definidas a partir da primeira reunião do ano, que deverá ocorrer no mês de ... Demais assuntos poderão ser tratados durante a próxima reunião ou através de e-mail. 129 4.3. Monitoramento do Ambiente A pesquisa científica em unidades de conservação é uma das prioridades para se alcançarem os objetivos aos quais essas áreas foram concebidas. As pesquisas são fontes progressivas de geração de conhecimento e possibilitam melhor entendimento das questões que permitem o manejo dos recursos naturais, culturais e históricos da unidade. O Parque Nacional do Iguaçu tem uma política de incentivo ao desenvolvimento de pesquisas na unidade, apoiando os pesquisadores interessados com a disponibilização de bases de apoio, alojamentos e laboratório. Além disso, mantém pesquisas institucionais sendo desenvolvidas, as quais são voltadas para as principais necessidades de manejo da unidade, como o monitoramento da dieta dos carnívoros silvestres, monitoramento de trilhas, caracterização da fauna em diferentes zonas do ParNa Iguaçu, coleta de atropelados, entre outras. O setor de pesquisa existe para viabilizar, estruturar, acompanhar e realizar pesquisas científicas no interior do parque, orientando as áreas temáticas das investigações a serem desenvolvidas, bem como os pesquisadores. Mais do que buscar conhecimento sobre a biodiversidade e sobre os processos naturais, procura-se conhecimento para orientar o manejo da unidade. O monitoramento deverá ser realizado em conjunto com a pesquisa e conforme o Plano de Manejo, efetivando o processo de avaliação, conhecimento e aplicação dos dados científicos gerados em campo. 5 REGISTROS Relatorio Mensal - Arquivados no Setor de Uso Público 6 ANEXOS 6.1. Orientações de preenchimento das planilhas da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A 6.1.1 Monitoramento do Centro de Visitantes I 6.1.2 Monitoramento do Centro de Visitantes II 6.1.3 Monitoramento do Transporte 130 6.1.4 Monitoramento da Trilha das Cataratas 6.1.5 Monitoramento do Espaço Naipi I 6.1.6 Monitoramento do Espaço Naipi II 6.1.7 Monitoramento do Espaço Porto Canoas I 6.1.8 Monitoramento do Espaço Porto Canoas II 6.2 Orientação de preenchimento das planilhas da concessionária Macuco Safari 6.2.1 Monitoramento dos Serviços de guia e motorista 6.2.2 Monitoramento dos Serviços I 6.2.3 Monitoramento dos Serviços II 6.2.4 Monitoramento Ambiental 6.2.5 Monitoramento das Estruturas 6.3 Orientação de preenchimento das planilhas da concessionária Macuco Ecoventura 6.3.1 Monitoramento dos Serviços de guia e motorista 6.3.2 Monitoramento dos Serviços l 6.3.3 Monitoramento dos Serviços II 6.3.4 Monitoramento Ambiental 6.3.5 Monitoramento das Estruturas 131 PLANILHA DE RESULTADOS Referências: Conama: n° 274/2000 e n° 357/200 Concessionária Mês de Referência Local da coleta Data da coleta Data da Análise Empresa Analisadora Observações Parâmetros das Análises Físico-químicas e Microbiológicas de Efluente ________ Parâmetros Temperatura pH °C - Sólidos Totais a 103° C mg/L Óleos e Graxas mg/L DQO mg O2/L DBO5 mg O2/L Materiais Sedimentáveis Totais mL/L Fósforo Total mg PO4-3/L Nitrito mg NO2-/L Nitrato mg NO3-/L Sulfetos mg S2-/L Cloro Residual mg Cl2/L Coliformes Totais UFC/100ml Coliformes Termotolerantes UFC/100ml Monitoramento / 2006 132 Unidade Resultados PLANILHA DE RESULTADOS Referências: Conama: n° 274/2000 e n° 357/2005 Concessionária Mês de Referência Local da coleta Data da coleta Data da Análise Empresa Analisadora Observações Parâmetros das Análises Físico-químicas e Microbiológicas do Corpo Receptor Resultados Parâmetros Temperatura pH Turbidez Sólidos Totais a 103° C Óleos e Graxas DQO DBO5 Oxigênio Dissolvido Fósforo Total Nitrito Nitrato Sulfetos Cloreto Total Coliformes Totais Coliformes Termotolerantes Unidade °C NTU mg/L mg/L mg O2/L mg O2/L mg/L mg PO4-3/L mg NO2-/L mg NO3-/L mg S2-/L mg Cl-/L UFC/100ml UFC/100ml Montante Zona de mistura Jusante Monitoramento / 2006 133 6.2 Anexos de monitoramento da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A 1.1 Planilhas de monitoramento da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A 1.2 Procedimentos da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A ANEXO 29. PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE NÃO-CONFORMIDADE, AÇÕES CORRETIVA E PREVENTIVA CONTROLE DE NÃO-CONFORMIDADES SUMÁRIO: 1 - objetivos, 2 - doc. referência, 3 - definições, 4 - detalhamento, 5 - registros 6 - anexos Data Rev. Itens revisados Aprovação 1. OBJETIVOS Tratar as não-conformidades reais e potenciais relativas às atividades do Parque Nacional da Serra dos Órgãos através de ações para eliminar definitivamente as suas causas; Definir as responsabilidades para o estabelecimento das ações corretivas e preventivas. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Manual do Meio Ambiente da Mata Dentro - MMA Plano de Manejo do Parnaso 134 3. DEFINIÇÕES Não-conformidade – não-atendimento de um requisito; Ação Corretiva - uma ação para prevenir a recorrência da não-conformidade; Ação Preventiva - toda ação para prevenir a ocorrência de uma nãoconformidade; RD – Representante da Direção, responsável pela coordenação do Sistema de Gestão Ambiental do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. 4. DETALHAMENTO 4.1. Não-Conformidade Real - Ação Corretiva Qualquer pessoa que detectar uma não-conformidade deve descrevê-la no item “descrição do ocorrido”, marcando-a como “real”, no formulário apropriado (Anexo I) disponível na Secretaria do Parque. Se for necessário maior detalhamento, deverá ser utilizado o verso do formulário; A própria pessoa ou o responsável pela área onde ocorreu a não-conformidade deve descrever a correção adotada para minimização ou eliminação do problema – a ação imediata - no campo “ação imediata”. O formulário deve ser, então, entregue pela Secretaria da Chefia do Parque ao setor envolvido, que deverá, em equipe, estudar a não-conformidade, definir suas causas (descrevê-las no campo “possíveis causas”) e propor uma ação que elimine definitivamente essa(s) causa(s) (descrevê-la no campo “ações propostas”), marcando o item como “corretiva”. A equipe do setor definirá neste instante o responsável pela execução e a data; Após a definição da data para execução e do responsável, o encarregado pelo setor deverá informar ao Auditor Líder sobre a não-conformidade, encaminhando cópia do formulário com todas as informações pertinentes. 4.2. Não-Conformidade Potencial - Ação Preventiva Qualquer pessoa que suspeite da possibilidade da ocorrência de uma nãoconformidade deve descrevê-la no mesmo formulário (Anexo I), item “descrição do ocorrido”, marcando-a como “potencial”. Caso queira explicar com detalhes, pode usar o verso da folha; 135 O campo “ação imediata” não deverá ser preenchido; O formulário deve ser, então, entregue pela Secretaria da Chefia do Parque ao setor envolvido, que deverá, em equipe, estudar a não-conformidade em potencial, definir suas causas (descrevê-las no campo “possíveis causas”) e propor uma ação que elimine definitivamente essa potencialidade (descrevê-la no campo “ações propostas”), marcando o item como “preventiva”. A equipe do setor definirá neste instante o responsável pela execução e a data; Após a definição da data para execução e do responsável, o encarregado pelo setor deverá informar ao Auditor Líder sobre a não-conformidade, encaminhando cópia do formulário com todas as informações pertinentes. 4.3. Acompanhamento O Auditor Líder deve fazer o acompanhamento da execução e da eficiência da ação corretiva ou preventiva conforme sistemática definida no procedimento para auditoria interna, devendo ela, ao final, ser arquivada em pasta específica. 5. REGISTROS 5.1 Relatório de Não-Conformidade – preenchido por qualquer pessoa que detectar uma não-conformidade real ou potencial, deve ser enviado pela Secretaria do Parque ao setor envolvido, que, em equipe, promoverá o estudo da ação corretiva, comunicando ao Auditor Líder para acompanhamento, assim que for estabelecida a data para execução e o responsável da ação corretiva. O Relatório de Não-Conformidade deve ficar arquivado na Secretaria do Parque e com o Auditor Líder por, no mínimo, 2 anos; 6. ANEXOS 6.1 Anexo I - Formulário - Relatório de não-conformidade; O formulário foi omitido, mas constitui uma ferramenta de apoio para elaboração do referido relatório. 136 ANEXO 30. PROCEDIMENTO PARA AUDITORIA AMBIENTAL INTERNA SUMÁRIO: 1- objetivos, 2- doc. referência, 3- definições, 4-detalhamento, 5- registros, 6- anexos Data Rev. Itens revisados Aprovação Responsáveis ELABORADO POR: Data LIBERADO POR: Data APROVADO POR: Data 1. OBJETIVO Estabelecer procedimentos para a realização das Auditorias Ambientais Internas no Parque Nacional de Tijuca. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA MMA – Manual do Meio Ambiente do Parque Nacional da Tijuca. Norma NBR ISO 14001. 137 3. DEFINIÇÕES Lista de Verificação – check list – relação de perguntas que orientarão a realização de uma boa auditoria, organizando as ações e evitando o esquecimento de pontos importantes a serem avaliados; Auditor Interno – pessoa treinada para executar auditorias ambientais e com importante papel no desenvolvimento do Sistema. É responsável pelo feedback do Sistema de Gestão Ambiental, identificando quais são os pontos que devem ser melhorados; RA – Representante da Administração, responsável pela coordenação do Sistema de Gestão Ambiental do Parque Nacional da Tijuca. 4. DETALHAMENTO As auditorias ambientais do Parque Nacional da Tijuca devem ser realizadas a cada 6 meses de acordo com o Programa de Auditorias Internas, ou com maior freqüência, no caso de algum processo em implantação ou ajuste, sendo então consideradas parciais. Devem ser executadas por pessoas que não tenham relação direta com a área a ser auditada, que tenham sido treinadas e capacitadas a realizar auditorias ambientais internas, com participação mínima de 75% das horas do curso de Formação de Auditores Ambientais Internos com duração de 24h, ter realizado a prova escrita e ter obtido nota mínima de 65 pontos, ter participado de auditorias parciais realizadas pela consultoria, totalizando um mínimo de 10 horas, ter sido considerado apto na realização da prática, pela consultoria. Além disso, o Auditor Interno deve: • Ter visão técnica abrangente; • Saber conduzir uma reunião; • Ser organizado e pontual; • Ter integridade, honestidade e discrição; e • Ser capaz de trabalhar em equipe. 138 4.1 – O Auditor Líder As auditorias devem ser coordenadas pelo Auditor Líder, indicado pela Diretoria, que deverá: • Elaborar o Plano de Auditorias Ambientais Internas e submetê-lo à aprovação da Diretoria, encaminhando cópias para todas as Áreas Funcionais do PNT; • Definir a equipe de Auditores que executará as auditorias; • Receber as ações corretivas e preventivas para programar seu acompanhamento; • Avisar aos responsáveis pelas áreas a serem auditadas, pelo menos quinze dias antes, sobre a realização da auditoria; • Elaborar relatório conclusivo com parecer e sugestões ao final de cada fase das auditorias previstas no Programa de Auditorias, para apreciação do RA e da Diretoria do PNT; • Guardar em arquivo todos os registros referentes às auditorias ambientais. 4.2 – Auditorias: 4.2.1 Preparação - a partir da constituição da equipe de auditores (mínimo de 2 auditores), estes deverão elaborar ou ajustar a Lista de Verificação que servirá de roteiro básico para a execução da auditoria, podendo ser enviada previamente aos responsáveis pela área a ser auditada. 4.2.2 Execução – as auditorias internas não necessitam de ser precedidas por reuniões iniciais formais, podendo ser resumidas em simples apresentação das pessoas envolvidas, tanto auditores como auditados. Os auditores devem verificar as evidências existentes no cumprimento dos itens de referência seguindo a Lista de Verificação adotada e anotar as nãoconformidades encontradas. Os auditores devem guardar seus comentários para a Reunião Final, cuidando para que as pessoas estejam entendendo suas perguntas – o objetivo da auditoria é encontrar pontos de melhoria do SGA, e nunca o de apontar culpados; Antes da Reunião Final, os auditores devem rever os pontos positivos e negativos encontrados e preparar a minuta do relatório final a ser apresentado aos auditados; 139 4.2.3 Reunião Final – a Reunião Final deve ser realizada imediatamente após a auditoria, quando as não-conformidades deverão ser consensadas com os auditados e suas ações corretivas definidas por estes. Essas ações corretivas deverão ter seus prazos de implantação e acompanhamento estipulados durante essa mesma reunião. O Relatório Final de Auditoria preenchido durante a Reunião Final deve ser encaminhado ao Auditor Líder para registro e futuro acompanhamento, podendo uma cópia ficar com os auditados. 4.2.4 Acompanhamento das Ações Corretivas e Preventivas – o Auditor Líder deve planejar o acompanhamento das ações corretivas definindo o(s) auditor(es) para verificar a execução (implantação) da ação e sua eficácia, registrando os resultados nos campos apropriados do Relatório Final de Auditoria. As ações preventivas devem ser acompanhadas dessa mesma forma. 4.2.5 Encerramento da Ação Corretiva e Preventiva – só se dá quando for atestada a sua eficiência. O auditor líder deve arquivar os registros da ação corretiva ou preventiva encerrada. 4.2.6 Relatório de Auditoria- o Auditor Líder deve elaborar um relatório semestral com os resultados das auditorias realizadas e da situação das ações corretivas e preventivas existentes no período, para encaminhamento ao RA e à Diretoria. 5. REGISTROS 5.1 Plano de Auditorias Ambientais Internas – elaborado pelo Auditor Líder e aprovado pela Diretoria do PNT, deve ser enviado a todas as Áreas Funcionais do Parque Nacional da Tijuca e mantido em arquivo por, no mínimo, 2 anos; 5.2 Lista de Verificação de Auditoria Ambiental – preenchida pela equipe de Auditores durante a preparação de uma Auditoria Ambiental Interna, deve ser encaminhada ao Auditor Líder, que deverá arquivá-la junto ao Relatório Final de Auditoria por, no mínimo 2 anos; 5.3 Relatório Final de Auditoria Ambiental – preenchido pelo responsável pela auditoria realizada, deve ser encaminhado ao Auditor Líder, que deverá arquiválo por, no mínimo, 2 anos; 140 5.4 Relatório de Auditoria – elaborado pelo Auditor Líder ao final de cada ciclo de Auditorias Ambientais Internas, deve ser enviado ao RA e à Diretoria do PNT. 6. ANEXOS 6.1 Anexo I - Plano de Auditorias Ambientais Internas 6.2 Anexo II - Lista de Verificação de Auditoria Ambiental 6.3 Anexo III - Relatório Final de Auditoria Ambiental 6.4 Anexo IV - Acompanhamento das Ações Corretivas e Preventivas Anexo I - PLANO DE AUDITORIAS AMBIENTAIS INTERNAS 1. Objetivo: 2. Área(s) Auditada(s) / Responsável: 3. Data: 4. Equipe Auditora / Auditor Responsável: Dia Hora Responsável Área /Atividade Auditor 141 Anexo II - LISTA DE VERIFICAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL ____ de ____ Relatório de Auditoria nº Data: Processo(s): Setor(es): Auditores: Auditados: Documentos de referência: Códigos da Avaliação: C = conforme NC = não-conforme AR = aceitável com restrições NA = não aplicável NV = não verificado/não auditado Item Assunto Aval. Obs.: 142 Anexo III - RELATÓRIO FINAL DE AUDITORIA AMBIENTAL Área/Departamento: Itens auditados: Processo: Auditores: Pessoas contatadas: Auditor Responsável: Não-conformidades e ações corretivas N.º Não-conformidade Ação corretiva Prazo Responsável Obs.: Anexo IV - ACOMPANHAMENTO DE AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS N.º Data Roteiro Ação (corretiva ou preventiva) Descrição (real n° descrição quem Data ou potencial) Acompanhamento Eficiência Execução quem data quem data 143 ANEXO 31. PADRÃO DE CONDUTA PARA SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO Para atuar em Unidade de Conservação de Proteção Integral, o restaurante ou lanchonete deverá, além de atender à legislação ambiental própria, seguir padrão de conduta de excelência ambiental, segundo o qual os aspectos e impactos ambientais provocados por suas atividades, produtos ou serviços sejam adequadamente controlados. Os itens abaixo descritos, dos padrões de conduta de excelência ambiental, serão utilizados para avaliação da conduta dos restaurantes e lanchonetes, tendo em vista a autorização, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, do exercício de suas atividades na UC. O cumprimento dos referidos itens será comprovado através de verificação sistemática pela Equipe de Auditores Internos da UC, treinados para esse fim. O processo de identificação dos impactos ambientais relevantes e das ações de controle e gestão ambiental foi desenvolvido juntamente com as partes interessadas. Atividade: alimentação - Restaurante e Lanchonete 1. Impactos ambientais relevantes (reais ou potenciais) • Poluição visual, do solo e da água e desequilíbrio da fauna/flora resultantes de resíduos das embalagens; • Poluição do solo e da água, poluição visual e geração de odores causados pelos efluentes da limpeza do restaurante, cozinha, utensílios e do uso dos sanitários; • Mortes e ferimentos por atropelamento, incêndios na floresta, poluição do solo e da água, desequilíbrio da fauna e da flora causados por veículos de transporte de mercadorias; • Poluição sonora e atmosférica causada por ruídos e emissão de fumaça dos veículos de transporte de mercadorias; 144 • Poluição do ar e incômodo dos clientes e visitantes devido à geração de fumaça das frituras; • Desperdício de água na lavagem e preparação de alimentos, limpeza do restaurante e uso dos sanitários; • Desequilíbrio da fauna silvestre alimentada pelos clientes; • Incêndio nos prédios e na mata causado por curto circuito nos equipamentos e fiação elétrica ou por vazamentos de gás de cozinha; • Introdução de espécies exóticas e proliferação de vetores devido à geração de resíduos orgânicos; • Desmatamento decorrente do uso de lenha; 145 • Poluição visual causada por resíduos das embalagens de alimentos consumidos pelos clientes. 2. Itens de gestão e controle ambiental que deverão ser adotados nas atividades de alimentação – restaurantes e lanchonetes ITENS IMPLEMENTADOS Participação na limpeza das vias de acesso e suas imediações Identificação dos riscos ambientais provocados por suas atividades e instalações Disponibilização, em locais de acesso dos funcionários, de lista de telefones de emergência Evidências geradas Comprovante da participação Verificação de rotina Documento enumerando e avaliando os riscos ambientais, acessível aos funcionários Lista de telefones de emergência em ordem de prioridade, acessível aos funcionários Treinamento de funcionários nas ações de emergência e Registros de treinamento prevenção de incêndios, acidentes e outras ocorrências Procedimento para registro de ocorrências danosas ao meio ambiente e do encaminhamento dessas informações aos agentes da UC Procedimento documentado Livro de registro de ocorrências Relatórios Solicitação às transportadoras para que realizem manutenção e revisão periódica de seus veículos e que seus motoristas sigam as regras de direção defensiva Documento de solicitação às transportadoras Procedimento para separar os resíduos gerados, inclusive Procedimento documentado as sobras de alimentos, para disposição adequada ou Recipientes adequados reciclagem Verificação de rotina Manutenção periódica de equipamentos e instalações elétricas, hidráulicas e de gás Registros e notas de serviços; Rotina de manutenção e limpeza de filtros de exaustão Registros de serviços Manutenção e revisão periódica de extintores de incêndios Registros e notas de serviços Manutenção e limpeza das instalações de coleta de efluentes e do seu tratamento Registros e notas de serviços; Verificação de rotina Utilização exclusiva de lenha autorizada pela UC ou comprada com garantia de origem nos casos de uso de lareira e/ou fogão a lenha. Notas de serviços, Autorizações do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade Procedimento para disponibilizar comunicações aos Procedimento documentado clientes sobre a necessidade da disposição adequada de Cartazes e folhetos disponíveis aos clientes resíduos Manutenção da boa aparência das edificações Verificação de rotina Cuidados com o patrimônio natural, histórico e cultural nas imediações. Verificação de rotina Procedimento para encaminhar animais silvestres feridos Procedimento documentado e animais exóticos como cães, gatos e pombos aos Registros das ações agentes da UC 146 Procedimento para orientação de conduta adequada de visitantes Procedimento documentado Folhetos e avisos de “não alimente os animais” ANEXO 32. PADRÃO DE CONDUTA PARA TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Para atuar em Unidade de Conservação de Proteção Integral, a concessionária de energia elétrica deverá, além de atender à legislação ambiental própria, seguir padrão de conduta de excelência ambiental, segundo o qual os aspectos e impactos ambientais provocados por suas atividades de transmissão e distribuição de energia elétrica sejam adequadamente controlados. Os itens abaixo descritos, dos padrões de conduta de excelência ambiental, serão utilizados para avaliação da conduta das concessionárias de energia, tendo em vista a autorização, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, do exercício de suas atividades na UC. O cumprimento dos referidos itens será comprovado através de verificação sistemática pela Equipe de Auditores Internos da UC, treinados para esse fim. O processo de identificação dos impactos ambientais relevantes e das ações de controle e gestão ambiental foi desenvolvido juntamente com as partes interessadas. 147 Atividade: transmissão e distribuição de energia elétrica 4. Impactos ambientais relevantes (reais ou potenciais) • Mortes e ferimentos por atropelamento, incêndios na floresta, poluição do solo e da água, desequilíbrio da fauna e da flora causados pelos veículos de transporte dos funcionários; • Poluição sonora e atmosférica causada por ruídos e emissão de fumaça dos veículos; • Mortes e ferimentos por queda em barrancos e precipícios, queda de galhos, picadas de animais peçonhentos, etc., durante a atividade de manutenção da rede e das torres de transmissão; • Poluição do solo e da água e poluição visual causados pelos resíduos da atividade de manutenção da rede e das torres de transmissão; • Acidentes com ferramentas e equipamentos de corte; • Acidentes com visitantes causados pelas ferramentas deixadas no local; • Estresse da fauna e incômodo pela poluição sonora dos helicópteros em sobrevôo de vistoria das torres; • Poluição do solo e da água pelos efluentes da pintura das torres de transmissão; • Degradação do patrimônio natural e histórico por descuido dos funcionários, 148 danos a espécies da flora em extinção; • Ingresso de espécies exóticas atraídas pelas sobras de alimentação dos funcionários durante a manutenção da rede e das torres de transmissão. 5. Itens de gestão e controle ambiental que deverão ser adotados nas atividades de transmissão e distribuição de energia elétrica ITENS IMPLEMENTADOS Identificação dos riscos ambientais provocados por suas atividades Procedimento de emergência para acidentes com veículos, ferramentas, equipamentos e animais peçonhentos EVIDÊNCIAS GERADAS Documento enumerando e avaliando os riscos, acessível aos funcionários Procedimento documentado Especificação do uso de equipamentos de proteção individual para as diversas atividades de manutenção das torres e linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica Especificação documentada Verificação de rotina Treinamento das equipes nos procedimentos de emergência, segurança, prevenção de acidentes, primeiros socorros, acidentes com animais peçonhentos e direção defensiva (para motoristas) Registros de treinamento Treinamento em cuidados com o meio ambiente Registros de treinamento Procedimento de regulagem periódica dos veículos próprios: emissões, ruído e consumo de combustível Procedimento documentado Instruções de serviços Procedimento documentado Recipientes adequados Verificação de rotina Procedimento documentado Recipientes adequados Verificação de rotina Procedimento para separar os resíduos gerados nas atividades de operação e manutenção, inclusive as sobras de alimentos, para disposição adequada ou reciclagem Procedimento para evitar contaminação do solo nas atividades de pintura/manutenção das torres Procedimentos de mínimo impacto aplicados às necessidades de abertura de trilhas e roçada para manutenção das torres de transmissão Procedimentos documentados Verificação de rotina Procedimentos para consulta aos agentes da UC sobre espécies da flora em extinção aplicados às necessidades de roçada e da poda de árvores Procedimentos documentados Verificação de rotina Procedimento para verificação das ferramentas no início e fim dos trabalhos Registros da verificação Procedimento para especificação das alturas mínimas para os Procedimento documentado sobrevôos de helicópteros sobre a UC na vistoria aérea das torres de Verificação de rotina transmissão Plano de Melhorias Plano de Melhorias para os helicópteros prevendo a busca de documentado tecnologias mais eficientes e silenciosas Registros das ações Cuidados com o patrimônio natural, histórico e cultural nas imediações dos locais de trabalho e das linhas de transmissão e Verificação de rotina distribuição de energia 149 Procedimento para registro de ocorrências danosas ao meio ambiente e do encaminhamento dessas informações aos agentes da UC Procedimento para encaminhamento de animais silvestres feridos e animais exóticos como cães, gatos e pombos aos agentes da UC Procedimento documentado Livro de registro de ocorrências Relatórios Procedimento documentado Registros das ações ANEXO 33. PADRÃO DE CONDUTA AMBIENTAL PARA ATIVIDADES DE CAMINHADAS Para atuar em Unidade de Conservação de Proteção Integral, os Guias e Condutores autônomos ou pertencentes a Operadoras de Turismo, Associações Desportivas, Escolas e outras instituições deverão, além de atender à legislação ambiental vigente, seguir o Padrão de Conduta Ambiental determinado pela UC relativo às suas atividades no interior do Parque Nacional da Tijuca, com o objetivo de melhorar cada vez mais a qualidade da visitação e preservação do meio ambiente do Parque. Os itens presentes neste documento têm o objetivo de inserir procedimentos de minimização de impactos ambientais na rotina dos profissionais e instituições de turismo, educação ambiental e outras, que são responsáveis por um aporte regular de visitantes ao Parque. O documento presente serve também para criar um mecanismo de avaliação e acompanhamento da conduta desses profissionais e instituições tendo em vista a autorização, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, do exercício de suas atividades na UC. O cumprimento dos referidos itens será comprovado através de verificação sistemática pelas equipes de fiscais, monitores ambientais, guardas municipais e auditores internos da UC, treinados para esse fim. Atividade: transporte e caminhada em trilhas 1. Impactos ambientais relevantes (reais ou potenciais) • Mortes e ferimentos por atropelamento, incêndios na floresta, poluição de solo e água, decorrentes de acidentes causados por imprudência dos motoristas; • Poluição sonora e atmosférica (geração de ruídos e emissão de fumaça), poluição do solo e água (vazamento de óleo), decorrentes da utilização de veículos sem manutenção adequada; 150 • Mortes e ferimentos por queda em barrancos e precipícios, queda de galhos, picadas de animais peçonhentos, decorrentes da falta de atenção do participante ou falta de orientação do responsável; • Incêndio, poluição do solo e água, danos à fauna e flora, incômodo aos visitantes, decorrentes da falta de conduta ambiental adequada; • Erosão, deslizamentos, estresse da fauna, danos à flora, incômodo aos visitantes, decorrentes do número excessivo de pessoas nas trilhas; • Agravamento de acidentes decorrentes de falhas na comunicação ou inabilidade para prestar atendimento de primeiros socorros por parte dos responsáveis; • Ingresso de espécies exóticas decorrente do descarte de sementes de frutas. 2. Itens de gestão e controle ambiental que deverão ser adotados para a realização de caminhadas em trilhas do PNT ITENS IMPLEMENTADOS EVIDÊNCIAS GERADAS Realizar o cadastramento no posto da Cascatinha Verificação do nome do guia ou condutor na lista do PNT Respeitar as regras de trânsito específicas da UC e os limites sobre a utilização de equipamentos sonoros Não-ocorrência de infrações Manutenção dos veículos em condições adequadas segundo as normas do Detran Não-detecção de irregularidades nos veículos Solicitar autorização prévia ao Setor de Ecoturismo quando se tratar de grupos que ultrapassem 30 pessoas Autorização concedida e registrada no setor de ecoturismo Assumir responsabilidade sobre a própria segurança e de terceiros Termo de Responsabilidade assinado 151 Utilizar mínimo de 1 guia ou condutor para cada 10 participantes (utilizar sempre um “cerra - fila”) Verificação de rotina Conduzir grupos de no máximo 20 pessoas por trilha. Capacitar-se em atendimento de primeiros socorros e situações de emergência Informar aos participantes a conduta adequada nas trilhas (ver anexo 1) Verificação de rotina (inabilidade ou demora para prestar socorro aos participantes nas trilhas) Verificação de rotina 3. Recomendações • Planejar com atenção a atividade, levando em conta fatores como a duração total do passeio, equipamentos e itens necessários, condições climáticas, condicionamento físico dos participantes, etc. • Orientar os participantes com relação à roupa apropriada para o passeio e o que deverá levar (calçado apropriado, capa de chuva, casaco, repelente, protetor solar, lanche, água, etc.), de acordo coma trilha a ser realizada; • Evitar as trilhas mais freqüentadas pelos visitantes; • Procurar obter mapa da trilha; • Fazer alongamento antes e depois da caminhada; • Orientar os participantes quanto à postura e atenção na trilha com relação a animais peçonhentos, buracos, proximidade de barrancos, precipícios, etc.; • Dividir os participantes em grupos de 10 pessoas, aos finais de semana. 4. Conduta adequada nas trilhas Antes de começar a caminhada, durante o seu desenrolar ou, principalmente, ao observar uma irregularidade sendo cometida, o guia ou condutor deve informar aos seus participantes sobre como se comportar : . Utilizar os banheiros do Parque; 152 . Caminhar em fila indiana; . Manter silêncio na trilha; . Não coletar, retirar, ou causar qualquer tipo de dano à flora; . Não coletar, perseguir, alimentar ou causar qualquer tipo de dano à fauna; . Não retirar minerais ou matéria orgânica das trilhas; . Andar sempre nos limites da trilha, não fazendo ou utilizando atalhos; . Fazer paradas para descanso nos pontos apropriados, combinados com o guia ou condutor; . Não utilizar equipamento sonoro em volume alto; . Recolher o lixo produzido e o encontrado na trilha (incluindo casca ou sementes de frutas) e depositá-lo nos contentores de coleta seletiva, ao término da caminhada; . Não fazer fogueiras ou jogar pontas de cigarro no chão; . Não danificar equipamentos de sinalização ou de manutenção das trilhas; e . Não tomar banho nos rios ou cachoeiras da Floresta da Tijuca. ANEXO 34. PADRÃO DE CONDUTA PARA MORADORES O ocupante de residência em uma Unidade de Conservação de Proteção Integral deverá, além de atender à legislação ambiental própria, seguir padrão de conduta de excelência ambiental, segundo o qual os aspectos e impactos ambientais provocados por suas atividades residenciais sejam adequadamente controlados. Os itens abaixo descritos, dos padrões de conduta de excelência ambiental, serão utilizados para avaliação da conduta dos moradores, comprovados através de verificação sistemática pela Equipe de Auditores Internos da UC, treinados para esse fim. O processo de identificação dos impactos ambientais relevantes e das ações de controle e gestão ambiental foi desenvolvido juntamente com as partes interessadas. 153 Atividade: moradia 7. Impactos ambientais relevantes (reais ou potenciais) • Mortes e ferimentos por atropelamento, incêndios na floresta, poluição do solo e da água, desequilíbrio da fauna e da flora causados por veículos; • Poluição sonora e atmosférica causada por ruídos e emissão de fumaça dos veículos; • Incêndio nas residências e na mata causado por curto-circuito nos equipamentos e fiação elétrica ou por vazamentos de gás de cozinha; • Poluição do solo e da água, poluição visual, proliferação de vetores e geração de mau cheiro pelos efluentes da limpeza (residências, cozinha, utensílios), uso de sanitários e lixo gerado; • Ingresso de espécies exóticas pelas sobras de alimentos (como sementes, caules, etc.); • Doenças e ferimentos causados por acidentes com animais peçonhentos; • Desperdício de água por vazamentos na instalação hidráulica; e • Desequilíbrio da fauna pelo uso impróprio de iluminação externa. 8. Itens de gestão e controle ambiental que deverão ser adotados pelos moradores da UC ITENS IMPLEMENTADOS EVIDÊNCIAS GERADAS Respeito às regras de trânsito específicas da UC Manutenção e revisão periódica das instalações hidráulicas, elétricas e de gás Não-ocorrência de infrações Registro das vistorias e nãoocorrência de irregularidades detectadas Registro dos serviços de manutenção e revisão das instalações Manutenção em boas condições das instalações de coleta e tratamento de águas servidas e esgoto Registro dos serviços de manutenção e limpeza Uso de produtos de limpeza biodegradáveis Verificação de rotina Manutenção dos veículos em condições adequadas segundo as normas do Detran 154 Participação no Programa de Coleta Seletiva da UC Lixo separado e disposto em contentores apropriados Participação no treinamentos em ações de emergência e prevenção de acidentes, inclusive aqueles com Registro de treinamento animais peçonhentos Utilização de lâmpadas especiais repelentes de insetos Verificação de rotina na iluminação externa Manutenção da boa aparência das edificações Verificação de rotina Conduta adequada de respeito ao meio ambiente Cuidados como patrimônio natural, histórico e cultural nas imediações Compromisso de encaminhar animais silvestres feridos e animais exóticos como cães, gatos e pombos aos agentes da UC Não-ocorrência de irregularidades Verificação de rotina Documento contendo o procedimento Registros das ações ANEXO 35. PADRÃO DE CONDUTA PARA TRANSPORTE DE VISITANTES Para atuar em Unidade de Conservação de Proteção Integral, a empresa de transporte e operadora de turismo deverá, além de atender à legislação ambiental própria, seguir padrão de conduta de excelência ambiental, segundo o qual os aspectos e impactos ambientais provocados por suas atividades, produtos ou serviços sejam adequadamente controlados. Os itens abaixo descritos, dos padrões de conduta de excelência ambiental, serão utilizados para avaliação da conduta das operadoras, tendo em vista a autorização, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, de exercício de suas atividades na UC. O cumprimento dos referidos itens será comprovado através de verificação sistemática pelas equipes de fiscais, monitores ambientais, guardas municipais e Auditores Internos da UC, treinados para esse fim. O processo de identificação dos impactos ambientais relevantes e das ações de controle e gestão ambiental foi desenvolvido juntamente com as partes interessadas. Atividade: transporte de turismo 10. Impactos ambientais relevantes (reais ou potenciais) • Mortes ou ferimentos por atropelamento; incêndios na floresta; poluição do solo e da água, desequilíbrio da fauna e da flora, causados por veículos no 155 transporte e translado de turistas; • Poluição sonora e atmosférica causada por ruídos e emissão de fumaça dos veículos; • Mortes e ferimentos em virtude de queda em barrancos e precipícios, queda de galhos, picadas de animais peçonhentos, etc., durante a atividade turística na floresta; • Incêndio, poluição e degradação do patrimônio da UC causados pelos turistas por falta de orientação da operadora; • Erosão, estresse da fauna e danos à flora pelo número excessivo de turistas nas trilhas da floresta; • Poluição causada pela geração de sucata de peças na manutenção dos veículos; • Poluição da água e do solo pela geração de resíduos oleosos na manutenção dos veículos; e • Poluição do solo e água pela geração de efluentes na lavagem dos veículos; 11. Itens de gestão e controle ambiental que deverão ser adotados nas atividades de transporte turístico ITENS IMPLEMENTADOS Identificação dos riscos ambientais de suas atividades Inserção do item “Controle de Velocidade” no Procedimento Operacional para motoristas e acompanhantes no translado de turistas Procedimento de emergência para acidentes Motoristas, monitores e acompanhantes treinados nos procedimentos de emergência, segurança, prevenção de acidentes, primeiros socorros, animais peçonhentos e direção defensiva Procedimento de regulagem periódica dos veículos próprios: emissões, ruído e consumo de combustível Verificação da satisfação do turista 156 EVIDÊNCIAS GERADAS Documento, acessível aos funcionários identificando os riscos Documento, acessível aos funcionários, contendo o referido item “Controle de Velocidade” Procedimento documentado Registros dos treinamentos Procedimento documentado Instruções de serviços Mecanismo de verificação Relatórios Disponibilização de informações aos turistas quanto aos cuidados com o meio ambiente Procedimento para registro de ocorrência e coleta de lixo encontrado nos trajetos Procedimento para separar os resíduos gerados, inclusive as sobras de alimentos, para disposição adequada ou reciclagem Instrução para utilização de oficinas e postos licenciados Procedimento para registro de ocorrências danosas ao meio ambiente e do encaminhamento dessas informações aos agentes da UC Procedimento para encaminhamento de animais silvestres feridos e animais exóticos como cães, gatos e pombos aos agentes da UC Plano de Modernização e Melhoria dos veículos, prevendo formas alternativas para o uso de combustíveis Roteiro para informação turística Folhetos Registros das ocorrências Procedimento documentado Recipientes adequados Verificação de rotina Instrução documentada Registros e notas de serviços; Procedimento documentado Livro de registro de ocorrências Relatórios Procedimento documentado Registros das ações Documento contendo o Plano Registros das modernizações e melhorias Cronograma Físico da Execução Horas de consultoria por Fase de maio junho julho Execução Introdução e atendimento até o requisito 3.3 da ABNT NBR ISO 80 14001 Atendimento aos requisitos gerais 160 da norma até o item 4.3.3 Atendimento aos requisitos da norma até o item 4.5.6 Outros elementos do SGA (treinamento, formação de auditores internos) e anexos ago. set. Total - - 80 - - 160 - - 160 - - 160 - - - 70 - 470 157