Microchip – A Identificação Eletrônica dos Animais
Microchip - The Electronics Identification of the Animals
Luanna Matieli
Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC
E-mail: [email protected]
Scheila Curto
Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC
E-mail: [email protected]
Trabalho Específico para a disciplina Administração de Sistema de Informação I
Professor Eduardo Max Amaral
Resumo
Este estudo tem como objetivo evidenciar um serviço que vem ganhando mercado
nos últimos anos: a aplicação de microchip em animais. Por ser um método prático e
seguro, seu destino vai além de identificar o proprietário do animal, um microchip
pode conter informações substanciais fornecidas pelo veterinário, como data de
nascimento, raça, cor, histórico de vacinas e doenças. Sua utilização na
identificação e recuperação dos animais permite armazenar um número de registro
único e permanente. O método de implantação é muito parecido com a aplicação de
uma vacina, sendo injetado bem abaixo da pele, na parte de trás do pescoço do
animal, entre as omoplatas. Os Estados Unidos, alguns países da Europa, assim
como o Brasil já regulamentaram esse procedimento, com intuito inicialmente de
controlar os casos de raiva e monitorar a posse do responsável. Seu uso estava
restrito às raças de caça, raças perigosas ou para animais que estivessem em
exposição para fins comerciais. Hoje, no Brasil, é obrigatória a utilização do
microchip em viagens internacionais, algumas espécies exóticas, bem como os que
participam de campeonatos, permitindo o controle sobre o número de animais
importados e a identificação de espécies que foram comercializados de forma ilegal.
Palavras-chave: microchip; animais; armazenamento de informações; tecnologia.
Abstract
This study aims to demonstrate a service that has been gaining market in recent
years: the application of microchip in animals. As a practical and safe, their fate will
also identify the owner of the animal, a microchip can contain substantial information
provided by the veterinarian, such as date of birth, race, color, history of vaccines
and diseases. Its use in the identification and recovery of animals can store a record
number of unique and permanent. The method of deployment is very similar to the
application of a vaccine, is injected just below the skin in the back of the neck of the
animal, between the scapula. The United States, some European countries, as Brazil
has regulated this procedure in order to control the first cases of rabies and monitor
the possession of the person responsible. Its use was restricted to the hunting
breeds, races or dangerous to animals that were on display for commercial purposes.
Today, in Brazil, it is mandatory to use the chip in international travel, some exotic
species, and those who participate in championships, allowing control over the
number of imported animals and identification of species that have been sold
unlawfully.
Keywords: microchip; animals, storage of information, technology.
I. Introdução
Com o avanço tecnológico, as velhas fichas de papel e os cartões de
vacinação estão prestes a se extinguir. O mercado veterinário brasileiro vem se
adequando aos novos conceitos de modernidade, com destaque no sistema de
identificação eletrônica de animais.
Por muitos anos, criadores e donos de animais de estimação utilizaram
etiquetas de coleiras e tatuagens como identificador de animais. Entretanto, não é
seguro, pois etiquetas podem ser perdidas ou retiradas e tatuagens, devido ao
embaraço do pelo, dificulta a visualização da pequena série de números de registro.
Diante deste contexto, pessoas vem descobrindo métodos mais eficazes de
identificação. Os microchips são um dos sistemas mais modernos e populares.
II. Base Teórica
Semelhante aos códigos de barra e fitas magnéticas, os microchips são uma
forma de tecnologia de identificação automática, usados para armazenar e transmitir
informações especificamente relacionadas a alguma coisa ou a alguém. De acordo
com a [HowStuffWorks, 4], podem ser implantados tanto por meio de injeção ou
procedimento cirúrgico. São utilizados sinais de radiofrequência para retransmitir as
informações armazenadas.
O chip e uma antena são selados em uma cápsula biocompatível, hermética,
feita de vidro. O mecanismo inteiro pode variar de tamanho, entre 1 a 3 cm de
comprimento. Cada cápsula injetada possui uma sequência de 15 algarismos, que
podem ser lidos por um aparelho específico. O próprio dispositivo não contém
nenhuma bateria, e seu circuito eletrônico é ativado somente quando ele está sendo
monitorado.
Figura 1. Os componentes do dispositivo.
III. Estudo de Caso
O processo de implantação é bem simples. O pequeno chip eletrônico vem
encapsulado em um cilindro de vidro biocompatível. Trata-se do mesmo vidro
utilizado em marca-passos. Durante a fabricação, o microchip recebe uma
numeração única e inalterável, podendo seu tamanho variar entre 1 cm e 3 cm.
Segundo o veterinário Gustavo Mantovani [Cláudia Silveira, 6], é um dispositivo
passivo e só será ‘ativado’ quando uma leitora for aproximada do animal para a
conferência do código de identificação, através de sinais de radiofreqüência.
Figura 2. O microchip médio tem aproximadamente o tamanho de um grão de arroz.
O método de implantar o microchip é muito parecido com a aplicação de uma
vacina. Um aplicador esterilizado é usado para injetar o microchip bem abaixo da
pele, na parte de trás do pescoço do animal, entre as omoplatas, explica a
[HowStuffWorks, 4].
Para evitar a migração do dispositivo, empresas como Biobond® [D4 Microchip
– Digital Angel, 5] utilizam uma cobertura patenteada para promover a união entre o
tecido fibroso e a cápsula do microchip. Trata-se de um estojo de polímero poroso,
cujo resultado mostrou que todas as cápsulas permaneceram no local em que foram
implantadas, em perfeitas condições de leitura por um período superior a 18 meses.
Verificou-se ainda que nenhuma drenagem, crescimentos, tumores ou inflamações
estavam presentes.
Depois que o microchip é implantado, ele pode ser ‘lido’ usando-se um
dispositivo de varredura (scanner). Este emite um sinal de rádio de baixa freqüência,
ativando o microchip. O dispositivo, por sua vez, envia um número de identificação
único de volta ao scanner. Após a decodificação, o scanner exibe um número em
seu display de LCD. Este número é, então, inserido em um banco de dados,
juntamente com as informações de contatos apropriadas.
Figura 3. Scanner.
Quando um animal ‘chipado’ desaparece, o proprietário deverá entrar em
contato com o veterinário responsável pela implantação do chip, bem como a
empresa fornecedora do dispositivo. Isso porque, no Brasil, não há um banco de
dados unificado e cada empresa que comercializa o aparelho dispõe de um cadastro
próprio. Há no país duas grandes redes de banco de dados, sendo necessário,
portanto, que o proprietário do animal cadastre-se nas duas redes, com o propósito
de facilitar a localização, podendo esse animal também ser identificado em qualquer
parte do mundo, haja vista que o leitor (scanner) segue um padrão internacional.
Vale ressaltar que é obrigatória, nas grandes cidades, a “microchipagem” em todos
os Centros de Controle de Zoonoses.
De acordo com a Veterinária Adriana Cristina Januário [Jornal da Cidade de
Bauru, 7], o custo para a implantação do microchip varia entre R$ 50,00 e R$
100,00. Sua vida útil dura em média 25 anos, tendo garantia por toda a vida do
animal. O dispositivo, uma vez estabelecido no organismo, não requer nenhum
cuidado especial.
IV. Conclusão
A aplicação de microchip em animais é, portanto, um método tecnológico
eficiente, seguro e com crescente atuação no mercado. Vimos neste artigo, que a
tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano dos indivíduos e o microchip
está diretamente inserido neste contexto.
A principal vantagem desse dispositivo é a localização do animal no caso de
perda ou roubo. Além disso, é utilizado como fonte segura de armazenamento das
informações, tanto do animal quanto de seu dono. A implantação é simples e seu
custo acessível à grande maioria. Por esta razão que o microchip é considerado o
‘RG’ dos animais.
V. Bibliografia
1. Animall Tag. Disponível em: http://www.animalltag.com.br/noticias.php?News=1&
newsid=10. Acessado em: 05.05.09.
2. Silvia C. Parisi. Disponível em: http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?
Menu= microchip.htm. Acessado em 05.05.09.
3. Folha de São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.dogtimes.com.br/chip.htm.
Acessado em: 05.05.09.
4. HowStuffWorks, 2009. Disponível em: http://casa.hsw.uol.com.br/questao690.htm.
Acessado em: 05.05.09.
5. D4 Microchip - Digital Angel. Disponível em: http://www.d4microchip.com.br.
Acessado em: 05.05.09.
6.
Cláudia
Silveira.
Disponível
em:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,
MUL860145-5605,00 –DONOS + IMPLANTAM + MICROCHIP + EM + ANIMAIS +
ADULTOS+PARA+FACILITAR+IDENTIFICACAO.html. Acessado em 05.05.09.
7. Jornal da Cidade de Bauru, 2006. Disponível em: http://novaordemmundial.net/
marcadabesta_rg_animais.html. Acessado em: 05.05.09.
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