MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Os participantes do 7º Conselho Extraordinário (CONAD) do ANDES Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de ensino Superior (ANDES-SN), reunidos em Brasília nos dias dois e três de maio de 2015, manifestam, de forma veemente, o repúdio à violência cometida pelo Estado contra os servidores públicos do Estado do Paraná. Desde o inicio do movimento, nossos companheiros insistiram em abrir o diálogo com o governo, tendo como resposta a aprovação da Lei que retira direitos previdenciários, em meio à truculência do estado contra os manifestantes no último dia 29. Os trabalhadores utilizavam-se de um direito constitucional para manifestar suas discordâncias em relação às medidas. Durante o ato, onde os manifestantes (servidores públicos e movimentos solidários à causa), que apenas usavam faixas, cartazes e palavras de ordem, foram atacados pelo aparelho de repressão policial (PM), configurando um inaceitável cenário de massacre com mais de 150 pessoas feridas, muitas em estado grave. Somando-nos a outros movimentos solidários à causa, vimos publicamente exigir a responsabilização do Governo do Estado, Beto Richa, do Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Ademar Traiano (PSDB) e do Secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini. Que o Estado responda pelos atos de terror causados contra a classe trabalhadora. Ao mesmo tempo, exigimos: a) Abertura de inquérito pelos órgãos competentes para apurar a conduta do Estado que levou ao ataque aos trabalhadores com acompanhamento do Ministério Público do Paraná, da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública estadual; b) Que o governo estabeleça um processo de negociação efetiva com os professores/servidores públicos, já. Espera-se que as medidas sejam tomadas para que situações como essas sejam varridas das páginas da história de nosso país. Certamente o episódio marca um dos dias mais vergonhosos da história do Paraná, como disse uma professora: “depois de 23 anos de magistério tivemos como resposta do Estado às nossas reivindicações, a violência de uma bomba no rosto”. A defesa da educação pública é de nossa responsabilidade, pois nela estão assentadas a história e os sonhos das gerações. É inaceitável qualquer forma de violência impetrada às lutas em defesa de direitos da classe trabalhadora. Destinatários: Governo do Estado do Paraná, Prefeitura de Curitiba, Ministério Público do Estado do Paraná, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/Nacional e do Paraná; Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Polícia Militar do Estado; Guarda Municipal Metropolitana de Curitiba; Conselho Estadual de Educação; Conselho Municipal de Educação de Curitiba; Sindicato dos Professores da Educação Básica; Seções Sindicais do Andes-ANDES; Comissão de Direitos Humanos (Nacional e Paraná); Assembleia Legislativa do Paraná; Defensoria Pública do Paraná; Ministério da Justiça;