Workshop sobre Fitoterápicos CONTROLE DE QUALIDADE Evelin E. Balbino COFID/GTFAR/GGMED/ANVISA Brasília, 31 de maio de 2010 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Análise Fiscal Inspeção Metodologia Analítica Lotes Piloto Lotes Matéria-prima Lotes Industriais Auditorias de registro Testes Estabilidade Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de qualidade Objetivos: identificação da planta ou seu derivado, através da detecção de componentes característicos; quantificação de um marcador ou atividade biológica; detecção e quantificação de alguma substância tóxica ou alguns contaminantes, como por exemplo os metais pesados e contaminantes microbiológicos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de qualidade Qualidade do medicamento está diretamente relacionada à qualidade dos insumos farmacêuticos empregados em sua produção; Medicamento de qualidade, deve fornecer a dose segura e eficaz do fármaco. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Farmacopéia Brasileira Código Oficial Farmacêutico do país; Requisitos mínimos de qualidade para fármacos, insumos, drogas vegetais, medicamentos e produtos para a saúde; Parâmetros para controle de qualidade das plantas medicinais e/ou seus derivados; Uso obrigatório para os que fabricam, manipulam, fracionam e controlam produtos farmacêuticos; Parâmetro para as ações da vigilância sanitária, como: registro, inspeção e análise fiscal. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Portaria nº 782/08 Competência da ANVISA promover o desenvolvimento, a revisão e a atualização da FB e seus produtos. • Atualizar métodos e verificar a sua reprodutibilidade; • Harmonizar os trabalhos da FB com as principais Farmacopéias internacionais; • Publicar o Código Farmacêutico Oficial atualizado em um compêndio único. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ampliação do números de métodos específicos, precisos, exatos e robustos; monografias revisadas e atualizadas; menor investimento em pesquisa, desenvolvimento e validação de novos métodos de controle de qualidade; agilidade na análise dos processos de registro e resultados apresentados durante as inspeções. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de qualidade RDC 14/10 – registro de medicamentos fitoterápicos • emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais; • drogas vegetais e seus derivados; • formas farmacêuticas; • análise qualitativa e quantitativa. RDC 10/10 – notificação de drogas vegetais • droga vegetal para decocção, infusão ou maceração; • sachê ou caixa; • análise qualitativa – validade 1 ano; • análise qualitativa e quantitativa – validade superior a 1 ano. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Relatório Técnico RDC 14/10 Salix alba nomenclatura botânica completa; parte da planta; layout de bula, rótulo e embalagem; local de fabricação; dados de produção; controle de qualidade; segurança e eficácia. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Relatório de Controle de Qualidade Zingiber officinale RDC 14/10 Informações gerais Droga vegetal Derivado vegetal Produto acabado Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Informações Gerais Cynara scolymus I - controle da Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET); II - estudo de estabilidade acelerada de três lotes-piloto e estudos de longa duração em andamento, ou estudo de estabilidade de longa duração concluído; III - referências farmacopeicas consultadas e reconhecidas pela ANVISA. RDC 37/09 - na ausência de monografia oficial inscrita na Farmacopéia Brasileira, poderá ser adotada monografia oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios internacionais: Farmacopéia Alemã, Americana, Argentina, Britânica, Européia, Francesa, Internacional (OMS), Japonesa, Mexicana e Portuguesa. - descrição detalhada das metodologias utilizadas, com métodos analíticos validados, indicando a fonte de desenvolvimento. RE 899/03 - "Guia de validação de métodos analíticos e bioanalíticos" Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Droga Vegetal I - testes de autenticidade, caracterização organoléptica, identificação macroscópica e microscópica; II - descrição da droga vegetal; Farmacopéias reconhecidas pela ANVISA Ausência publicação técnico-científica indexada laudo de identificação emitido por profissional habilitado Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Baccharis trimera Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Baccharis trimera Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Droga Vegetal Pimpinella anisum Stryphnodendron adstringens III - testes de pureza e integridade; Cinzas totais: quantidade de cinza fisiológica e a não fisiológica; Cinzas insolúveis em ácido clorídrico: teor de sílica e componentes silicosos da droga. Teor acima do preconizado indica procedimentos de coleta inadequados; Umidade e/ou perda por dessecação: água estimula crescimento microbiano, de fungos e insetos, reações de hidrólise e ação de enzimas, com deterioração de constituintes da droga. Em geral, de 8 a 14%; Matérias estranhas: outras partes da planta, elementos estranhos e impurezas de natureza mineral; Contaminantes microbiológicos; Pesquisa de metais pesados. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Peumus boldus Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Microbiológico Contaminação microbiana de um produto não estéril (especialidade e matéria-prima farmacêutica) pode conduzir não somente à sua deterioração, com as mudanças físicas e químicas associadas, mas também ao risco de infecção para o usuário. Produtos farmacêuticos orais e tópicos não estéreis (comprimidos, suspensões, cremes, etc.) devem realizar controles de contaminação microbiológica. [email protected] Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Microbiológico NOVO CP 25/10: Adequação dos métodos farmacopeicos eliminação de atividade antimicrobiana das amostras; necessidade de métodos alternativos, como neutralização, diluição filtração; ou eficácia e ausência de toxicidade do agente inativante e/ou substâncias tensoativas utilizadas na preparação das amostras; capacidade nutritiva dos meios de cultura; microrganismos para o teste de recuperação microbiana; controle negativo – esterilidade dos meios de cultura. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Droga Vegetal IV - método de estabilização, secagem e conservação utilizados; V - método para eliminação de contaminantes e a pesquisa de eventuais alterações; VI - avaliação da ausência de aflatoxinas; VII - local de coleta; VIII - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica; IX - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Análise qualitativa Matricaria recutita Top of the plate Guaiazuleno: vermelho Bornyl-acetate: marrom amarelado Borneol: marromamarelado Reference solution Farm. Eur. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Terpenos: zonas vermelhas Zona marrom Zonas vermelho-violetas: uma das quais bisabolol Matricina: azul Test solution USP www.anvisa.gov.br Análise quantitativa Matricaria recutita USP – inflorescências secas. Contém no mínimo 0,4 % de óleo essencial azul e no mínimo 0,3% de apigenina-7-glicosídeo e 0,15% de derivados do bisabolano, calculado como levomenol. Farm. Eur. – capítulos florais secos. Contém no mínimo 0,4 % de óleo essencial azul e no mínimo 0,25% de apigenina-7-glicosídeo. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Análise qualitativa Heterotheca inuloides Top of the plate Ácido cafeico: azul Manchas marromamareladas e verdeamarelada Calendula officinalis Ácido clorogênico: fluorescente Mancha fluorescente Rutina: amarelo alaranjado Arnica montana Mancha azul Reference solution Não apresentar manchas amarela Arnica montana Farm. Eur. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Análise quantitativa Arnica montana Farm. Eur. – capítulos florais secos, contendo no mínimo 0,4% de sesquiterpenos lactônicos totais expressos em tiglato de helenalina. F.B. CP 38/2009 – capítulos florais secos, contendo no mínimo 0,4% de sesquiterpenos lactônicos totais expressos em tiglato de helenalina. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Análise quantitativa Valeriana officinalis USP – partes subterrânes, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial e no mínimo 0,05% de ácido valerênico. Farm. Eur. - partes subterrânes inteiras ou fragmentadas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial na droga vegetal inteira (seca), no mínimo 0,3% de óleo essencial na droga vegetal fragmentada (seca) e no mínimo 0,17% de ácidos sesquiterpênicos expressos como ácido valerênico (ácido valerênico + ácido acetoxivalerênico). F.B. CP 24/2010 - semelhante à Farm. Eur. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Droga Vegetal Valeriana officinalis USP – partes subterrâneas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial. A quantificação deve ser realizada com material recentemente e grosseiramente triturado. Farm. Eur. - partes subterrânes inteiras ou fragmentadas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal inteira (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial. A droga vegetal fragmentada (seca) contém no mínimo 0,3% de óleo essencial. Armazenagem da droga vegetal? Inteira ou fragmentada? Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Baccharis trimera Especificação Referência Resultados Lote 001 Caracteres organolépticos Sabor amargo F. B. De acordo Microscópico farmacopeica F. B. De acordo Macroscópico farmacopeica F. B. De acordo Cinzas totais ≤ 8% F. B. 7,6% Umidade ≤ 10% F. B. 9,5% Matérias estranhas ≤ 2% F. B. 1,0% Identificação Mancha laranja e mancha verde acima F. B. De acordo Doseamento ≥ 1,4 ác. cafeicos totais 1,8-2,2% ác. cafeico ≤ 0,002% F. B. Esp. interna F. B. 1,9% Microbiológico ≤ 104 bactérias totais, ≤ 102 Enterobactérias e ≤ 102 fungos Farm. Internacional ≤102 Enterobactérias, Bactérias e ≤10 fungos Patógenos Ausentes: Salmonella ssp, E. Farm. Internacional Ausente Metais pesados Agência Nacional de Vigilância Sanitária coli, S. aureus. ≤ 0,002% www.anvisa.gov.br Derivado vegetal I - solventes, excipientes e/ou veículos utilizados; uso tradicional literatura estudo clínico II - relação droga vegetal:derivado vegetal; uso tradicional ou estudos clínicos - droga vegetal farmacopéias ou publicações técnico-científicas - teor mínimo de marcador Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Derivado vegetal III - testes de pureza e integridade; contaminantes microbiológicos monografia estipula limites; Farm. Internacional: fungos totais - 10² UFC /g ou ml, bactérias totais - 10³ UFC /g ou ml; F. B. – ausência de microorganismos patógenos: Pseudomonas aeruginosas, Staphylococcus aureus, Salmonella sp. e Escherichia coli. metais pesados F. B. - limite máximo de metais pesados 0,002%. resíduos de solventes exceto água e etanol. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Derivado vegetal IV - método de eliminação de contaminantes e pesquisa de alterações; V - caracterização físico-química do derivado vegetal; extratos líquidos caracterização organoléptica, resíduo seco, pH, teor alcoólico, densidade. extratos secos umidade/perda por dessecação, solubilidade e densidade aparente. óleos essenciais densidade, índice de refração, rotação óptica. óleos fixos índice de acidez, de éster, de iodo. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Derivado vegetal VI - avaliação da ausência de aflatoxinas; VII - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica; VIII - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Derivado vegetal: aquisição derivado vegetal Laudo de análise do fornecedor I - nomenclatura botânica completa; II - parte da planta utilizada; III - solventes, excipientes e/ou veículos utilizados na extração do derivado; IV - relação aproximada droga vegetal:derivado vegetal; V - descrição do método para eliminação de contaminantes, quando utilizado, e a pesquisa de eventuais alterações. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Produto acabado I - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica; II - análise quantitativa do(s) marcador(es) específico(s) de cada espécie ou controle biológico; III - resultados dos testes realizados no controle da qualidade de um lote do medicamento; IV - especificações do material de embalagem primária; V - controle dos excipientes. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Produto acabado § 1º Para associações de espécies vegetais em que a determinação quantitativa de um marcador por espécie não é possível, poderá(ão) ser apresentado(s) o(s) perfil(is) cromatográfico(s), que contemple(m) a presença de ao menos um marcador específico para cada espécie na associação, complementado pela determinação quantitativa do maior número possível de marcadores específicos para cada espécie. § 2º A impossibilidade técnica de determinação quantitativa de um marcador para cada espécie da associação deve ser devidamente justificada. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cromatografia de Camada Delgada (CCD) foto colorida de CCD – droga vegetal, derivado e produto acabado; nº do lote das amostras e substância química de referência (SQR); corrida paralela da solução teste e SQR especificadas na método; utilizar todas SQR recomendadas pela monografia farmacopeica; marcar linha inicial e final da corrida; manchas bem definidas; manchas de cor e posição semelhante à descrição na monografia. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cromatografia de Camada Delgada • Ácido cafeico Luteolinaglicosídeo Ácido clorogênico Quercetina Rutina Cinarina 1-Padrão ácido cafeico 2-Padrão ácido clorogênico 3-Padrão cinarina 4-Extrato seco alcachofra Lote 3542 5- Padrão de rutina 6-Padrão de luteolina-glicosídeo 7-Comprimido Alcachofra Lote 0106 Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1 2 3 4 5 6 7 www.anvisa.gov.br Validação de métodos analíticos RDC 17/10 - Ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. RE 899/03 - Demonstração da adequabilidade do método para a determinação qualitativa e/ou quantitativa de fármacos e outras substâncias em produtos farmacêuticos: Especificidade Linearidade Intervalo Precisão Exatidão Robustez Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Especificidade RE 899/03 - Capacidade do método medir exatamente um composto em presença de outros componentes como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz. matriz complexa do derivado vegetal – outros componentes ativos ou inativos podem estar presentes; excipiente; produtos de degradação – condições de estresse (luz, calor, umidade, hidrólise ácida/básica, oxidação...); impurezas. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Espectrofotometria Calendula officinalis comparar a absorbância das soluções branco, placebo, padrão de referência e amostra 100%; solução de excipientes - evidenciar ausência ou absorvância reduzida no comprimento de onda do método; especificar a concentração de toda as soluções; varreduras espectrais da solução teste e do padrão de referência devem ter máximos de absorção similares; detecção de um conjunto de componenntes que absorvem no comprimento de onda em que o extrato apresenta o máximo de absorção. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Espectrofotometria Padrão de referência 300 nm 400 nm 500 nm 600 nm varreduras espectrais do placebo e da amostra – placebo: absorbância mínima no comprimento de onda do método. Amostra a 100% varreduras espectrais da amostra e da SQR devem ter máximos de absorção similares – comprimento de onda ideal do método. 300 nm 400 nm 500 nm 600 nm Placebo 300 nm 400 nm 500 nm 600 nm Agência Nacional de Vigilância Sanitária Amostra a 100% 300 nm 400 nm 500 nm 600 nm www.anvisa.gov.br Espectrofotometria • valiosa para identificação de grupos funcionais; moléculas com ligações simples e duplas alternadamente (ligações conjugadas) absorção em comprimentos de ondas maiores; quanto mais extenso for o sistema conjugado, mais longos serão os comprimentos de onda absorvidos, podendo chegar à região do visível: ultravioleta - faixa de 200 a 400 nm visível - faixa de 400 a 800 nm a posições dos máximos também são afetadas pelo solvente e por detalhes estruturais da molécula contendo os cromóforos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Espectros ultravioleta • Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Espectrofotometria Calendula officinalis Espectros de absorção no ultravioleta como auxiliar na identificação; Análise da absorvância para determinar a espécie química presente na amostra; Detectar contaminações ou processos de degradação de matérias-primas pela comparação dos espectros de absorção da amostra e do padrão da mesma; Deve ser especificada a extensão da varredura, solvente, concentração da solução e espessura da cubeta. Farm Bras 4ª ed Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Cataranthus roseus mesmo tempo de retenção do marcador e do padrão de referência indicativo da identidade; placebo não deve apresentar nenhum pico com o mesmo tempo de retenção do marcador; parâmetros cromatográficos: resolução, fator de retenção, fator de separação e fator de cauda; garantir a pureza dos picos cromatográficos; Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Phillantus niruri garantir a pureza dos picos cromatográficos; o espectro de absorção do marcador deve ser igual ao da substância química de referência; pureza dos picos - espectros em pontos diferentes de cada pico; soluções contendo a substância a ser identificada, do padrão de referência e de mistura dos dois em partes iguais, são cromatografados nas mesmas condições, sucessivamente. A mistura deve apresentar apenas um pico (no tempo de retenção de interesse); a relação entre os tempos de retenção da substância em exame, do padrão e da mistura, e o tempo de retenção de um padrão interno pode ser usado como um parâmetro de identificação; coincidência de parâmetros de identidade sob 3 a 6 diferentes conjuntos de condições cromatograáficas (fluxo da fase móvel, composição da fase móvel, comprimento de onda, etc.); Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de qualidade Perfil cromatográfico a 280 nm Cromatograma HPLC com detector de arranjo de fotodiodos Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 25,8 Detector de arranjo de diodo: espectro de absorção Substância química de referência Concentração conhecida Área do pico correspondente 25,8 Amostra do medicamento Diluição conhecida – concentração semelhante SQR Agência Nacional de Vigilância Sanitária Área do pico correspondente www.anvisa.gov.br Perfis cromatográficos de uma mesma amostra em comprimentos de onda diferentes MTF – metoxiflavona Padrão interno Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Comparação das características espectrais dos marcadores na solução teste ( ) e SQR correspondentes ( ) - Sobreposição dos espectros de absorção. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ( ( ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) Solução teste ) Mistura SQR ) Solução teste + SQR www.anvisa.gov.br 10 20 10 30 20 40 30 50 40 50 Flavonóide x min 200 200 225 250 275 300 325 350 375 nm 7,8 8 8,2 8,4 min (88 of 88 spectra are within the threshold limit.) 993,110 5 (Selection automatic, 5) Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cromatografia a Gás Symphytum officinale o tempo de retenção indica fortemente a identidade, mas não constitui identificação definitiva; índice de Kovats ou índice de retenção – alcanos não ramificados como padrões de referenciamento; relação entre os tempos de retenção da substância em exame, do padrão e da mistura, e o tempo de retenção de um padrão interno pode ser usado como um parâmetro de identificação; coincidência de parâmetros de identidade sob 3 a 6 diferentes conjuntos de condições cromatográficas (temperatura, cargas de coluna, adsorventes, eluentes, solventes de desenvolvimento, derivados químicos vários, etc.); placebo não deve apresentar nenhum pico com o mesmo tempo de retenção do marcador. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Linearidade As respostas analíticas são diretamente proporcionais às concentrações das substâncias em estudo. padrão de referência; cinco concentrações diferentes; intervalo de 80 a 120% da concentração teórica do teste; equação da reta e tratamento estatístico dos resultados; Coeficiente de correlação (r) ≥ 0,98. Espectrofotômetro: leitura da absorbância X quantidade analito Cromatografia líquida: área do pico X quantidade analito Cromatografia gasosa: área ou altura do pico X quantidade analito Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Precisão Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. Amostra do produto acabado – etapas de extração e interferência dos excipientes; Repetibilidade: grau de concordância entre resultados de análise individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente a múltiplas análises de amostra, em idênticas condições de teste. Precisão intermediária: expressa a variação dentro de um laboratório, como, dias diferentes, analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes, sobre amostras do medicamento; Reprodutibilidade: comparação interlaboratorial. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Recuperação A recuperação é um parâmetro de validação importante em termos da sua repetibilidade e precisão intermediária, uma vez que uma recuperação variável leva necessariamente a imprecisão na análise. O mais importante é a precisão e a exatidão da recuperação; O nível de recuperação deve ser suficiente para não impactar negativamente no limite de detecção e quantificação do analito; No caso de recuperação baixa do analito, também pode-se utilizar padrão interno. Amostras e padrões devem ser submetidos ao mesmo tratamento. Perde-se o analito na mesma proporção que o padrão interno nas etapas de preparação por compensação Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exatidão É a concordância dos valores experimentais com os verdadeiros. Não existe placebo do medicamento fitoterápico – não existe extrato sem marcador (placebo); Adicionar quantidades conhecidas de padrão de referência, de pureza definida, a uma solução do produto acabado; Preparar uma solução do produto final a 50% e adicionar quantidades adequadas de padrão de referência para obter as concentrações teóricas de 80%, 100% e 120%; Resultados dentro da faixa de linearidade; Reta paralela à curva de linearidade realizada com padrão de referência. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Exatidão Senna alexandrina Espectrofotometria – método F.B. (CP 24) leitura 515 nm; absorvância específica senosídeo B = 240; teor de derivados hidroxiantracênicos calculados como senosídeo B; utilizar metanol como solução branco. Preparar uma solução do produto final a 50% e adicionar quantidades adequadas de senosídeo B (padrão de referência) para obter as concentrações teóricas de 80%, 100% e 120%; Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Robustez Capacidade de um método não ser afetado por uma pequena e deliberada modificação em seus parâmetros marca de solvente; temperatura; variação do pH; variação na composição da fase móvel; fluxo da fase móvel; diferentes lotes de fabricantes de coluna. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Adequabilidade de uso • • F.B. 3ª edição • Teste geral do funcionamento do sistema analítico: circuitos eletrônicos, equipamento, materiais, amostras e operações analíticas; Verificação da efetividade do sistema final de operações – teste de adequabilidade antes do uso; Dados confrontados com dados especificados na monografia (ou validação da metodologia), como: precisão interna, tempo de retenção, curva de calibração, resolução e recuperação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Adequabilidade de uso • • • USP Para usar metodologia analítica farmacopeica é necessário verificar sua adequação nas condições rotineiras de uso. INMETRO O laboratório deve confirmar que tem competência para aplicar o método de modo apropriado e que atinge o pretendido e que opera bem sob as condições normais de uso. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Adequabilidade de uso Padrão externo Precisão e exatidão dependem da reprodutibilidade da injeção da amostra; Curva de calibração. Adição de padrão interno Relação entre a área do pico do componente em exame e o padrão interno é comparada de um cromatograma para outro. Absorvância no mesmo comprimento de onda do marcador, tempo de retenção exclusivo; Controla todas as etapas de extração; Controla pequenas variações nos parâmetros da coluna e do detector. F.B. 3ª edição Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Metodologia: 1 g de droga ou extrato Olhar o formulário de petição (FP): Ex 1 cápsula, contém 100 mg de extrato seco de castanha da índia a 5% de escina. 100 mg de extrato _________________ 5 mg de escina 1000 mg _________________ 50 mg de escina A massa (m) na fórmula será 50 mg Precisão: relata o peso real da amostra pesada. Ex 1007 mg 100 mg de extrato 1007 mg _________________ _________________ 5 mg de escina x x = 50,35 mg X = valor esperado Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 1 g de droga pulverizada em 100 mL Evaporar 30 mL Dissolver o resíduo em 50 mL de ácido acético glacial(completar o volume) Transferir 2 mL e adicionar 4 mL de cloreto férrico (volume final 6 mL) Fator de diluição (FD) = m x 30 x 2 = m 100 50 6 500 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br De acordo com a metodologia o fator de diluição é igual a 500 e a absorção específica da escina A(1%,1cm) é de 60, então para uma solução de 1%, ou seja, 1 g/100 mL, deve apresentar leitura de absorbância de 60 em uma cubeta de 1 cm de comprimento. C Ax A P = C P x A A Onde C A = Concentração da amostra (%) A P = Absorbância do padrão C P = Concentração do padrão escina (%) A A = Absorbância da amostra Levando em consideração o fator de diluição FD = m 500 C A x FD x 60 = 1 x A A C A x _m_ x 60 = 1 x A A 500 C A = A A _ x 500 60 x m C A = 8,333 x A A m C A (%) = 8,333 x A A m Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Tintura farmacopeica: 1 g de droga vegetal em 10 mL de tintura Ex. FP 1 mL DE TINTURA 0,05% de senosídeos, em 10 mL de solução oral 0,05 g de senosídeos em 100 mL de tintura Equivale a 50 mg ___________________ 100 mL X ____________________ 1 mL X = 0,5 mg/mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Cola nítida Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Padrões de referência Digitalis purpurea RE 899/03 - utilizar substâncias de referência oficializadas pela Farmacopéia Brasileira ou, na ausência destas, por outros códigos autorizados pela legislação vigente. No caso da inexistência dessas substâncias, será admitido o uso de padrões de trabalho, desde que a identidade e o teor sejam devidamente comprovados. Padrões de referência devem ser acompanhados de laudo de análise, incluindo resultados da análise química, físico-química e espectroscópica. Pode-se qualificar um extrato através de substâncias química de referência e perfil cromatográfico, e usar esse extrato qualificado como padrão de trabalho. Apresentar os dados da qualificação, nº de lote da SQR e do extrato qualificado, assim como seu prazo de validade. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br 25,8 Qualificação de padrão de trabalho – em relação à SQR de teor e identidade conhecidos Substância química de referência Concentração conhecida Área do pico correspondente 25,8 Amostra do medicamento Diluição conhecida – concentração semelhante SQR Agência Nacional de Vigilância Sanitária Área do pico correspondente www.anvisa.gov.br Unidades de medida µg% mL g 2,5 MG/ML XPE Densidade do xarope: 1,27 Densidade da tintura: 0,97 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Formulário de petição Campo 16 Componentes da Fórmula Campo 18 Tipo Campo 19 Campo 20 Concentração Demonstração Quant./Volume da Fórmula Tintura de Aloe ferox 99.999-9 Mill (75,2 µg de aloína/mL de extrato) 05 0,133 mL 1 mL Água 16 1 mL QSP 1 mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária Campo 17 Código DCB 00445 www.anvisa.gov.br Formulário de petição Campo 16: Preencher corretamente, considerando que deve constar o teor de marcador para cada derivado de droga vegetal. Exempo: Tintura de Aloe ferox Mill (75,2 µg de aloína/mL de extrato) Bula – RDC 47/09 Composição-para o(s) princípio(s) ativo(s), descrever a composição qualitativa e quantitativa. Exempo: Tintura de Aloe ferox Mill. .......0,133 mL (10 µg de aloína/mL do produto) Veículo Q.S.P. ………………...1,0 mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de Qualidade Análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico, conforme Art. 11, inciso VIII, da RDC 14/10. Modo de preparo das amostras: transferir 0,2 g do extrato mole para balão volumétrico de 25 mL. Concentração da solução? Densidade? Formulário de petição: Tintura de Aloe ferox Mill (75,2 µg de aloína/mL de extrato) ..... 0,133 mL ....... 1 mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de Qualidade O laudo de análise deve incluir a caracterização físico-química do derivado vegetal incluindo a caracterização organoléptica, resíduo seco, pH, teor alcoólico e densidade (para extratos líquidos), conforme Art.11, inciso V, alínea a, da RDC 14/10. A densidade auxilia na caracterização de um derivado. A densidade é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). Densidade = massa volume Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Estudo de Estabilidade X Formulário de Petição Matéria prima Extrato mole 3:1 Aloe Quantidade 4,45 mg Matéria Quantidade prima Tintura de 0,133 mL Aloe ferox (75,2 µg de aloína/mL) Água QSP 1 mL Água Agência Nacional de Vigilância Sanitária QSP 1 mL www.anvisa.gov.br Controle de Qualidade Densidade = massa volume Densidade = 0,00445 g 0,133 mL Densidade = 0,033 g/mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Controle de Qualidade Modo de preparo das amostras: transferir 0,2 g do extrato mole para balão volumétrico de 25 mL. Após filtração, 0,4 mL são transferidos para vial, juntamente com 0,8 mL de metanol. Matéria-prima Quantidade Extrato mole 3:1 Aloe 4,45 mg Água QSP 1 mL Bula: Tintura de Aloe ferox .......0,133 mL (10 µg de aloína/mL do produto) Veículo Q.S.P. …………1,0 mL Agência Nacional de Vigilância Sanitária 4,45 mg extrato ............ 10 µg aloína 200 mg ......................... X x = 449,4 µg 449,4 µg ………………25 mL x …………….. 0,4 mL x = 7,19 µg 7,19 µg ………………1,2 mL x …………….. 1,0 mL x = 6 µg/mL www.anvisa.gov.br Controle de Qualidade RE 899/03 - Para a validação da metodologia analítica quantitativa, recomenda-se a determinação da linearidade pela análise de, no mínimo, 5 concentrações diferentes do padrão de referência, no intervalo de 80-120% da concentração teórica do teste. Concentrações de aloína para a curva de calibração: amostra a 100% é de 6 µg/mL Recomendado: 4,8 µg/mL, 5,4 µg/mL, 6,0 µg/mL, 6,6 µg/mL e 7,2 µg/mL. Apresentado no prodesso: 384 µg/mL, 192 µg/mL, 96 µg/mL, 24 µg/mL e 12 µg/mL. Exigência - adequar as concentrações da curva de linearidade: a RE 899/03. Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Resultados Identificação das amostras; Data; Carimbo e assinatura do responsável. Ginkgo biloba Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Obrigada pela atenção!!! medicamento.fitoterá[email protected] COFID- Coordenação de Fitoterápicos, Dinamizados e Notificados GTFAR- Gerência de Tecnologia Farmacêutica GGMED-Gerência Geral de Medicamentos SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília - DF CEP: 71.205-050 (61) 3462 5526 Ginkgo biloba Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br