Biomassa e biocombustíveis Modernidade ou retorno às origens? Nossos antepassados sempre utilizavam a madeira e o carvão como principal fonte de energia. Os óleos e resinas de origem animal e vegetal alimentaram as lâmpadas, lamparinas e lampiões, desde muitos séculos. Com a descoberta das propriedades do petróleo e o início de sua extração e beneficiamento, utilizar madeira e óleos passou a ser considerado “primitivo”; e, assim, entramos na era industrial moderna, desprezando antigas tecnologias. Com a previsão de esgotamento das reservas do petróleo para os próximos 50 ou 100 anos, e também com os indícios de que a utilização de combustíveis fósseis está causando danos ambientais ao planeta, a humanidade está revendo seus conceitos do que seja “moderno”. Os exemplos da queima da madeira e do carvão são bastante esclarecedores. A prática de queimar madeira e carvão já transitou de “normal” para “crime ambiental”, em poucas décadas. Mas, agora, com a possibilidade da utilização de madeira reflorestada ou de carvão vegetal de reflorestamento, sua queima passa a ser considerada atividade “ecologicamente correta”. A madeira de reflorestamento é um recurso energético renovável, cujo carbono estava, recentemente, na atmosfera na forma de gás carbônico, em ciclos de, no máximo, dez anos, que é o tempo de crescimento e corte do eucalipto. Enquanto a madeira é extraída, nova floresta é plantada no mesmo lugar. Por outro lado, o petróleo – antes, o “herói” do desenvolvimento nas décadas de 1940 até 1970 – foi tomando ares de “arquivilão” destruidor do planeta, nas décadas mais recentes. Essa mudança de paradigmas sobre a melhor forma de produzir e consumir energia é uma das maiores transformações que estamos presenciando atualmente, em todo o mundo. A utilização da biomassa está intimamente ligada a essa transformação de conceitos, pois ela é o conjunto de todas as substâncias orgânicas de uma “massa biológica” produzida em um ambiente qualquer; seja numa floresta natural, numa floresta artificial ou em resíduos de uma atividade humana, seja de uma indústria, cidade ou residência. Como já vimos, qualquer substância orgânica é um combustível. Ela contém energia solar armazenada na forma de energia química, que foi guardada nas ligações entre os átomos, quando a planta original realizou a fotossíntese. Veja a equação termoquímica geral da fotossíntese: 6 CO2 (g) + 6 H2O (l) + 2800kJ → C6H12O6 (S) Energia absorvida + 6O2 (g) Obs.: Esta equação é uma simplificação da fotossíntese, uma vez que ela acontece em várias etapas bastante complexas, em diferentes organelas das células vegetais, em fases claras e escuras, envolvendo também moléculas de clorofila diferentes, com diferentes funções. Diversos cientistas no mundo todo estão tentando reproduzir a reação da fotossíntese artificialmente, em laboratório, para melhor aproveitamento da energia solar. Se considerarmos a mesma reação no sentido inverso, a energia, antes absorvida, é liberada na forma de calor e luz, como na chama de uma fogueira. C6H12O6 (S) + 6O2 (g) → 6 CO2 (g) + 6 H2O (l) + 2800kJ Energia liberada É claro que as substâncias orgânicas não têm a mesma fórmula geral (C 6H12O6). Existem substâncias orgânicas com apenas um e outras com milhares de átomos de carbono, sem mencionar os outros elementos. São cerca de 6 milhões de substâncias orgânicas conhecidas atualmente; e, como elas podem ser fabricadas artificialmente, esse número só tende a aumentar. Mesmo assim, a biomassa pode ter C6H12O6 como fórmula geral para efeito de cálculos. Ou, de forma mais simples ainda, para uma árvore, por exemplo, considera-se que a metade da massa de seu tronco e seus galhos – a parte lenhosa - seja formada de carbono e, portanto, conversível em carvão. Exemplos de biomassa por atividade humana Imagine, então, que você seja o administrador de uma atividade comercial qualquer e que tenha grande quantidade de rejeitos produzidos mensalmente. Será que nesses rejeitos existem substâncias orgânicas que poderiam ser aproveitadas para, por exemplo, suprir parte da necessidade de energia de sua empresa? Se “jogada fora”, a energia solar armazenada nas ligações químicas (energia química) será perdida com a decomposição da substância, até sua total mineralização; ou seja, tornar-se-á novamente inorgânica. Então, para que deixá-la apodrecer? Vejamos alguns casos: Madeireira e fábrica de móveis Gera, mensalmente, uma grande quantidade de madeira sem utilidade, na forma de pequenos pedaços e serragem. Deixados apodrecer, não terão qualquer serventia. Mas a madeira pode ser queimada, gerando calor, que, por sua vez, pode gerar eletricidade; ou pode ser fermentada em biodigestores para a geração de gás metano. A serragem - ou “pó de serra” - é explosiva. Não aproveitá-la e fazer depósitos próximos do local de trabalho ou de residências é um grande risco de incêndio. Atividade florestal Florestas artificiais de eucalipto são muito utilizadas para produção de carvão vegetal, especialmente para atender às indústrias siderúrgicas. Não há melhor termo-redutor para o minério de ferro que o carvão. Mas existem vários rejeitos nessa atividade, como palha de troncos, gravetos e folhas, que são substâncias orgânicas. Esses rejeitos podem ser fermentados ou queimados diretamente para a produção de energia térmica ou elétrica; ou, ainda, podem gerar fertilizantes. Existem até projetos para a transformação de florestas artificiais – que são renováveis, ou seja, “replantáveis” – com a finalidade de alimentar usinas termoelétricas, que deixariam de usar combustíveis fósseis. Produtora e beneficiadora de grãos A casca de arroz e vários outros grãos também podem ser fermentados ou queimados diretamente para a produção de energia. A energia dos grãos também é imensa, especialmente a soja e o milho. Se parte de uma safra estiver impossibilitada de comercialização como alimentos, os óleos contidos nos grãos podem ser utilizados como matéria-prima para produção de biocombustíveis. Existem até casos em que silos (containers de armazenamento) de grãos explodem espontaneamente por emitirem gases inflamáveis, que se misturam ao oxigênio do ar e entram em combustão. Lanchonete e residências O óleo de soja usado em frituras de pastéis e salgados em geral pode ser destinado à produção de biodiesel. Existem vários modelos de projetos de pequeno porte, muitos deles até “caseiros”, que convertem os óleos vegetais usados em biodiesel, que, depois, pode abastecer diretamente o motor de um carro a diesel. Descartados diretamente na rede de esgotos, o óleo de soja é grande poluidor das águas dos rios. Pecuária e aves Os estercos suíno, bovino e de aves sempre sobram nas atividades de criação, mesmo quando utilizados para adubar o solo na agricultura. Sua fermentação gera gás metano, excelente combustível. Para essa fermentação, existem vários modelos de biodigestores domésticos ou comunitários. O sólido e o líquido que sobra do biodigestor são excelentes adubos para a lavoura. Esgoto urbano É um conjunto enorme de substâncias orgânicas e inorgânicas jogadas fora, mas é muito rico em gorduras e óleos, que poderiam ser separados, beneficiados quimicamente e aproveitados como combustíveis. O biogás de esgoto também é rico em metano e existem muitos projetos para aproveitá-lo a partir das usinas de tratamento de esgoto nas grandes cidades. Infelizmente a maior parte das cidades brasileiras não têm qualquer tratamento de esgoto, que é descartado diretamente nos rios, matando a fauna e a flora aquáticas. Além de erro ecológico, um desperdício energético. Lixo urbano É uma mistura de todos os tipos de substâncias recicláveis e reaproveitáveis, mas quase sempre toda descartada. Além da possibilidade de reciclar plásticos, metais e vidros, o lixo orgânico pode ser separado e fermentado para produção de gás metano. Além disso, o material líquido e sólido que sobra dessa fermentação, retirando possíveis metais pesados, é excelente fertilizante. Até mesmo os plásticos que não estiverem em condições para reciclagem por fusão (derretimento) podem ser queimados, com excelente rendimento térmico. Mas lembre-se de que os plásticos são derivados do petróleo, podendo ser considerados “combustíveis fósseis”, se forem incinerados. Aterro sanitário Mesmo o lixo que não foi reciclado, que não sofreu qualquer beneficiamento, entra em fermentação anaeróbica (sem oxigênio do ar) e produz gás metano. Esse gás costuma sair do solo aterrado e até entrar em combustão espontânea, quando chega à superfície, pelo contato com o oxigênio do ar. Existem muitos projetos para aproveitamento do gás de lixo a partir de aterros sanitários, faltando apenas verbas para sua implementação. Produção de açúcar, etanol e cachaça O bagaço da cana-de-açúcar é a principal fonte de biomassa utilizada no Brasil atualmente. Grandes usinas de açúcar e álcool no Brasil gaseificam o bagaço seco, e esse gás é usado como aquecimento dos sistemas de destilação ou mesmo para a produção de energia elétrica para a usina. Atualmente o bagaço é utilizado para suprir integralmente as necessidades energéticas das usinas e ainda sobra! Mesmo o produtor de cachaça mais rústico queima o bagaço seco para aquecer seu alambique para a destilação da bebida. Com esse aproveitamento, lenha, carvão ou gás deixam de ser utilizados. Açúcar A sacarose, obtida no Brasil a partir da cana-de-açúcar, também pode ser obtida de outros vegetais, como a beterraba. Fermentada, ela é a principal fonte de etanol, principal biocombustível produzido atualmente. Além da sacarose, outros açúcares também podem ser fermentados para a produção de etanol. O Brasil é pioneiro na produção do álcool de cana em larga escala, tornado-o uma alternativa viável aos derivados do petróleo, além de ser o primeiro país a desenvolver a tecnologia da produção de automóveis movidos a álcool, e de motores conhecidos como “flex”, que funcionam ao mesmo tempo com gasolina e álcool, misturados em qualquer proporção. Fábrica de suco de laranja Ela gera uma grande quantidade de cascas e bagaço de laranja, que, depois de secos, são gaseificados e o gás é usado como combustível para geração de energia térmica e elétrica para a indústria. É um processo bastante semelhante ao do aproveitamento do bagaço de cana. Esse processo já é utilizado nas grandes produtoras de sucos no Brasil, principalmente para exportação. Plantas oleaginosas Soja, milho, babaçu, mamona, canola, girassol, várias espécies de côco, dendê, algodão, amendoim e muitas outras oleaginosas podem ser fontes de combustíveis que, além do etanol, também são “biocombustíveis”. Geralmente esses óleos vegetais precisam ser convertidos em compostos de cadeia carbônica menor para se tornarem substâncias com propriedades mais semelhantes à do diesel do petróleo, embora continuem sendo de famílias orgânicas bem distintas das dos hidrocarbonetos. Essa conversão acontece através de reações químicas de esterificação, transesterificação ou craqueamento, dependendo da matéria-prima ou opção mercadológica. A mais utilizada é a transesterificação, pois ela usa etanol ou metanol como reagente e tem a glicerina como subproduto de alto valor para a indústria de cosméticos. O nome “biodiesel” é atribuído a esse biocombustível porque ele pode ser utilizado em motores diesel. Desde 2008, os postos de combustíveis no Brasil vendem “biodiesel”; mas, apesar do nome, trata-se de uma mistura de diesel de petróleo com apenas 2% de biodiesel, por enquanto. Outros óleos vegetais de cadeia carbônica menor estão sendo estudados como fonte direta de biocombustíveis, sem a necessidade de passarem por reações como a de esterificação. Portanto, existem cinco formas principais de aproveitamento energético da biomassa: Queima direta para produção de energia térmica Gaseificação e queima em termoelétricas para converter a energia térmica em eletricidade Fermentação em biodigestores para produção de gás metano (biogás) Fermentação alcóolica de açúcares para produção de etanol (biocombustível) Esterificação ou craqueamento de óleos e gorduras para produção de biodiesel (biocombustível) O Brasil é um dos países com as melhores condições naturais para ser líder mundial em aproveitamento energético da biomassa, pois tem grande incidência de sol, boa pluviosidade, muita água disponível para irrigação, espécies vegetais nativas ricas em energia química, grande rebanho bovino, suíno etc. Não é à toa que a Petrobrás, antes uma empresa exclusivamente petrolífera, se diversifica hoje em diversos segmentos de energia renovável. No site da empresa, pode-se ler: (…) Os investimentos em biocombustíveis reafirmam nosso compromisso com o desenvolvimento associado à responsabilidade socioambiental. Nosso objetivo é criar e aprimorar tecnologias que assegurem a liderança mundial na produção de biocombustíveis. Em 2008, a Petrobras criou a subsidiária integral Petrobras Biocombustível, que atua na produção de etanol e biodiesel. Presente em todas as regiões do País, a empresa tem como missão produzir biocombustíveis no Brasil e no exterior de forma segura e rentável, com sustentabilidade social e ambiental, contribuindo para a redução das emissões de gases do efeito estufa e promovendo o desenvolvimento nos países onde atua. No segmento de etanol, a Petrobras Biocombustível constitui parcerias para a produção do biocombustível. O bagaço da cana-de-açúcar utilizada na produção de etanol é aproveitado para geração de energia elétrica. Uma parte dessa energia move as usinas e o restante é comercializado. No negócio de biodiesel, a Petrobras Biocombustível atua na produção e na comercialização. A empresa ainda comercializa os subprodutos derivados do biodiesel, como: a glicerina, o ácido graxo, a goma, o óleo de mamona, o farelo de soja, a torta de mamona, o farelo de girassol e o óleo de girassol.” Fonte: http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/biocombustiveis/ - Acesso em 15/10/2013. Como se processa a fermentação anaeróbica para gerar o biogás? O biodigestor é um tanque metálico ou construído em alvenaria, em diversos modelos e tamanhos, onde a matéria orgânica úmida - geralmente fezes animais - é metabolizada por bactérias, na ausência de oxigênio. O gás obtido é uma mistura formada principalmente de metano e gás carbônico. Biodigestor rústico de pequena propriedade rural Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Biodigestor.JPG – Acesso em 15/10/2013. Considere a equação abaixo, normalmente usada para representar a biodigestão de matéria orgânica: 116 C6H12O6 → Matéria orgânica (Observe que a fórmula usada é a mesma da glicose) → 126 CH3COOH + 48 CH3CH2COOH + 26 CH3CH2CH2COOH + 125 CO2 + 71 CH4 + 54 H2O ácidos carboxílicos líquidos: biogás etanóico, propanóico e butanóico Como se pode perceber, boa parte do carbono original é convertido a gás carbônico e outros para a forma de substâncias orgânicas em fase úmida, difícil de ser queimada. Pouco mais de um décimo do carbono total (116 x 6 = 696) é realmente convertido em gás combustível, metano (71 mol de CH4). Porque “gaseificação” e não “biodigestão”? Por causa da relação metano/carbono total acima, a gaseificação do material seco é bem mais rentável energeticamente, pois toda a massa é convertida em monóxido de carbono (CO) e gás hidrogênio (H2), ambos combustíveis. Nos sistemas de gaseificação, boa parte da energia térmica liberada na queima dessa mistura gasosa é convertida em energia elétrica, como uma termoelétrica a vapor, sendo que, para os processos em que seja necessária a energia térmica, ela é aproveitada diretamente. Certamente, para isso, são necessárias instalações muito maiores e grandes investimentos. Mas o governo brasileiro tem vários programas de crédito e de assistência técnica para a instalação dessas usinas em empresas e fazendas do agronegócio. Mesmo assim, para pequenas propriedades rurais, cooperativas e comunidades agrícolas, um biodigestor comum já é bastante vantajoso. Se o projeto for bem dimensionado, o biogás gerado pode suprir quase integralmente a necessidade de energia da comunidade. Quais as diferenças entre as reações de esterificação, transesterificação e de craqueamento para a produção de biodiesel? A reação de esterificação geral acontece entre um ácido carboxílico e um monoálcool, produzindo éster e água, em meio ácido como catalisador. Esterificação geral Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Esterifica%C3%A7%C3%A3o.png – Acesso em 15/10/2013. Se o ácido for ácido graxo (gordura animal ou vegetal), o éster formado pode ser usado como biodiesel ou bio-óleo, dependendo do tamanho da cadeia R. Se o álcool for o metanol, R1 terá um carbono apenas; se for etanol, R1 terá dois carbonos. As vantagens da esterificação consistem no aproveitamento de resíduos oleosos pouco nobres, tidos como rejeitos, e o fato de ter água como subproduto. No Brasil, o biodiesel de resíduos do óleo de palma é feito por esterificação. Já a transesterificação é o método atualmente preferido, inclusive adotado pela Petrobrás Biocombustíveis. Consiste em uma série de reações reversíveis em meio alcóolico em excesso – que também pode ser metanol ou etanol – em que um triglicerídeo (éster de cadeia longa) reage com álcool, tendo um meio básico forte como catalizador. A reação gera novos ésteres de cadeia menor e glicerina (triálcool), substância de alto valor agregado para a indústria de cosméticos. Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Generic_Biodiesel_Reaction1.gif – Acesso em 15/10/2013. Na equação abaixo, está representada a reação de um triglicerídeo de origem animal, de cadeia carbônica longa, com 55 átomos de carbono. O método é o FAME (fatty acid methyl ester), usado em análise de gorduras por transesterificação. Os três tipos de ésteres formados podem ser usados como biodiesel. Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:FAME_Synthesis_V.2.png – Acesso em 15/10/2013. No caso do craqueamento, é usado apenas o calor e catalisadores de vários tipos para quebrar as moléculas grandes em tamanhos menores. O craqueamento pode ser realizado na presença de moléculas de hidrogênio, que reagem com os átomos de oxigênio, gerando um biocombustível sem compostos oxigenados, bem semelhante à do diesel de petróleo. Esta tecnologia é chamada “H-Bio” ou “hidrocraqueamento” e também é desenvolvida na Petrobrás Biocombustíveis. Quadro resumo das principais fontes de biomassa Biocombustível Matéria-prima Processos de obtenção Composição química Carvão Vegetal Álcool Madeira Açúcares (glicose, amido, celulose etc.) Fermentação anaeróbica Biomassa em geral Pirólise Fermentação anaeróbica Carbono Etanol (CH3CH2OH) Todo o tipo de Biomassa Óleos e gorduras Esterificação ou transesterificação Craqueamento ou hidrocraqueamento Hidrocarbonetos leves (metano) e CO2 Mistura de vários gases, essencialmente CO e H2 Mono-ésteres de ácidos graxos Hidrocarbonetos e compostos oxigenados Biogás Biogás de síntese Biodiesel Bio-óleo Óleos e gorduras Gaseificação Fonte: Revista Química Nova na Escola, nº 28, maio/2008 Principais ácidos graxos conhecidos na natureza (Moretto e cols., 1989) Ácido Graxo Nome Sistemático Fórmula P.F. (oC) Láurico Dodecanoico C12H24O2 44,8 Palmítico Hexadecanoico C16H32O2 62,9 Palmitoleico cis-9-hexadecenoico C16H30O2 0,50 Esteárico Octadecanoico C18H36O2 70,1 Oleico cis-9-octadecenoico C18H34O2 16,0 Linoleico cis-9,cis-12-Octadecadienoico C18H32O2 -5,0 Linolênico cis-9,cis-12,cis-15-Octadecatrienoico C18H30O2 -17,0 Fonte: Revista Química Nova na Escola, nº 28, maio/2008 Porcentagem de ácidos graxos de alguns óleos e gorduras vegetais Fonte do óleo ou gordura Palmítico Esteárico Oléico Linoléico Linolênico Algodão 17-31 1-4 13-44 33-59 0,1-2,1 Amendoim 6-16 1,3-6,5 35-72 13-45 <1 Dendê 32-59 1,5-8 27-52 5-14 <1,5 Girassol 3-10 1-10 14-65 20-75 <0,7 Oliva 7,5-20 0,5-3,5 56-83 3,5-20 <1,5 Milho 8-19 0,5-4 19-50 34-62 4-11 Soja 7-14 1,4-5,5 19-30 44-62 4-11 Fonte: Adaptado de Revista Química Nova na Escola, nº 28, maio/2008 Recomendamos os seguintes filmes e reportagens sobre biodiesel: Reportagem TVE parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=6-NIpiw9N8w Reportagem TVE parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=iHquSLs90-o&list=PLAEACAFBA01B35FB9 Globo News / babaçu parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=Pq2nwcnQb6A&list=PLAEACAFBA01B35FB9 Globo News / babaçu parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=taDSoG38Wg4&list=PLAEACAFBA01B35FB9 Globo News / babaçu parte 3 http://www.youtube.com/watch?v=bJ_Si8vwDyk&list=PLAEACAFBA01B35FB9 Faça seu próprio biodiesel http://www.youtube.com/watch?v=MyaXr3iseC8 http://www.youtube.com/watch?v=-BETWVFwbgM Biodigestor comunitário http://www.youtube.com/watch?v=HDi09emfzjE&list=PLk0o-8XFLRrkuVGDgUB-Ey4vg36rDz_WI