Assunto: Alerta de 23 Novembro - Direcção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia Aumento das emissões de carbono associado à fase de construção Um recente estudo finlandês refere que as emissões dos gases com efeito de estufa (GEE) resultantes da construção de novas casas são tão altas que ultrapassam as emissões de três décadas de utilização. A pesquisa baseia-se em casas que cumprem as normas de eficiência energética na construção, recentemente introduzidas. Segundo os autores, como os edifícios se tornam mais eficientes, este aumento das emissões de carbono associado à construção é mais importante do que tem sido referido em estudos anteriores. Em 2010, a Finlândia aprovou um novo National Building Code que aumenta a procura de empresas de construção que forneçam habitação sustentável, por exemplo, através de requisitos do consumo de energia para aquecimento, que representam uma redução em cerca de metade em comparação com a média actual em Helsínquia. No entanto, o estudo sugere que a fase de construção vai causar um impacto considerável sobre as emissões totais associadas à habitação, contribuindo com quase metade de todas as emissões ao longo de um prazo de 25 anos. Estudos anteriores referiam que a construção contribuía com cerca de 10% (para todos os tipos de edifícios). De acordo com os investigadores, seriam precisos mais de 30 anos para emitir a mesma quantidade de carbono apenas com a vida/utilização das casas. Os investigadores realizaram uma análise do ciclo de vida para as emissões dos gases com efeito de estufa (GEE), com base nos planos de desenvolvimento da Área Metropolitana de Helsínquia, que tem tido um crescimento rápido da população. Concentraram-se nos primeiros 25 anos do ciclo de vida dos edifícios, sendo que este prazo foi escolhido em parte porque é em torno dos 25 anos de utilização que as grandes reformas, por exemplo, a renovação dos edifícios tendem a ser necessárias. Estas reformas podem também causar um aumento nas emissões, mas é menos significativo do que no caso da construção e a renovação pode depois diminuir as emissões da fase de utilização da propriedade. Os investigadores supõem que as pessoas que vivem em moradias emitem mais gases com efeito de estufa, por exemplo, através do consumo de mais energia para aquecimento, o que resulta em emissões de carbono equivalentes a uma média de 4,9 toneladas por pessoa por ano, em comparação com 3,6 para os residentes em apartamentos. No entanto, essas emissões não ultrapassam o caso da construção inicial de casas, com uma média de 125 toneladas por habitante – e durante muitos anos. Na fase de construção, a utilização de concreto foi a maior fonte de emissões, seguida pela alvenaria, a energia utilizada no local da construção e o aço. Na fase de utilização, o aquecimento e a electricidade são os responsáveis pela maior quantidade das emissões. Os investigadores testaram três diferentes estratégias de gestão de carbono que poderiam afetar as emissões do edifício: a utilização de materiais de construção alternativos, a construção de casas de baixa energia, tais como as casas passivas e as alternativas aos combustíveis fósseis para aquecimento local e produção de energia. No entanto, nenhuma teve um efeito significativo, todas com reduções abaixo de 10%. Sugerem que tal resulta de, supostamente, toda a habitação cumprir as exigências dos novos regulamentos dos edifícios, que irão reduzir o consumo de energia em 20%, sendo difícil outras melhorias. Os investigadores afirmam que também desenvolveram um quadro para a combinação da avaliação das emissões nas fases de construção e de utilização, que pode ser usado na formulação de políticas de desenvolvimento urbano. Até agora, a maioria das pesquisas têm-se concentrado, tanto na fase de construção, como na fase de utilização, em vez de uma visão global. th Science for Environment Policy, November 23 2011, A Longitudinal Study on the Carbon Emissions of a New Residential Development. Sustainability, European Commission DG Environment News Alert Service. Todo o estudo pode ser visto em: www.mdpi.com/2071-1050/3/8/1170/pdf Contacto: [email protected] Este texto tem por base informação proveniente do Gabinete de Relações Internacionais do MAMAOT.