Otimizando a IT
O Datacenter verde
Mais que responsabilidade social: uma base para
o crescimento, para ganhos econômicos e estabilidade
operacional
O datacenter verde
Página Sumário
2 Introdução
4 Desafios para os CIOs
7 Mudando para um datacenter
verde
10 A quem cabe o trabalho
10 Diminuindo a necessidade
de resfriamento
11 Aumentando a eficiência dos
sistemas nas instalações
13 Reduzindo o consumo de
energia com tecnologias
inovadoras
17 Você tem uma estratégia de
jogo?
18 Conclusão
Introdução
Após anos sendo considerados por muitos como uma preocupação apenas
para poucos, os problemas ambientais estão agora nas manchetes em todo o
mundo. Defrontados por alertas cada vez mais urgentes sobre as conseqüências
do aumento previsto da demanda de energia e das emissões de gases de efeito
estufa, governos e empresas estão agora, como nunca antes estiveram, dando
maior atenção à necessidade de aumentar sua eficiência energética.
Para a maioria dos CEOs, cujo olhar está sempre firmemente voltado para
o crescimento e expansão dos negócios, consumo de energia e preocupações
ambientais podem vir a assumir um novo significado quando começarem
a bloquear a capacidade de crescimento de suas empresas. Datacenters
corporativos são bem conhecidos como importantes usuários de energia.
Se o datacenter da empresa não consegue acomodar novos servidores
ou dispositivos de armazenamento em função da indisponibilidade de energia
ou de restrições de infra-estrutura, a incorporação de novas capacitações
online pode se tornar um sério obstáculo em termos de tempo e dinheiro.
Para os CIOs, isso se traduz na necessidade de encontrar maneiras de
ampliar a capacidade das operações com dados para atender às exigências
impostas pelo crescimento do negócio. Um número cada vez maior de
CIOs está se dando conta de que a preocupação ambiental e o sucesso
do negócio podem andar de mãos dadas – e que um datacenter verde ou
ambientalmente amigável pode, na realidade, constituir um dos melhores
meios tanto para acomodar o crescimento quanto para causar um impacto
positivo sobre os resultados de uma empresa.
O datacenter verde
Página Destaques
Embora criar um datacenter verde
possa ser uma tarefa complexa,
existem muitas soluções e técnicas
disponíveis para ajudar nessa
transição.
Com os custos de energia subindo e os equipamentos de tecnologia da
informação (TI) pressionando a infra-estrutura de energia e resfriamento
– o que, por sua vez, ameaça a resiliência operacional – muitos acreditam
que uma crise econômica e operacional está em via de acontecer. Hoje, os
CIOs estão sendo desafiados a repensar as estratégias dos seus datacenters,
adicionando a eficiência energética a uma lista de parâmetros operacionais
críticos que já incluem disponibilidade, confiabilidade e performance.
Uma iniciativa verde pode ajudar uma empresa a recuperar capacidade de
energia e resfriamento, a recuperar resiliência e, assim, ajudar a atender às
necessidades do negócio – reduzindo ao mesmo tempo e dramaticamente os
custos de energia e o custo total de propriedade.
A transição para um datacenter verde e a otimização da eficiência operacional
podem ser uma tarefa complexa. São muitos os componentes
a considerar na equação – e os melhores resultados podem, muitas vezes,
ser alcançados pela integração de melhorias em diversas frentes. A boa notícia
é que existem muitas soluções e técnicas disponíveis para ajudar a fazer essa
transição. Além disso, o processo pode ocorrer passo a passo, reduzindo riscos
e ajudando a produzir benefícios ao longo do caminho.
Ser verde está se tornando mais do que uma aspiração politicamente correta
para salvar o planeta. Está ficando cada vez mais claro que tornar-se verde
é uma necessidade que as empresas vão precisar incorporar o quanto antes
se quiserem sobreviver economicamente.
O datacenter verde
Página Desafios para os CIOs
Destaques
Servidores de alta densidade,
montados em rack, podem
aumentar os pontos
de concentração de calor
e sobrecarregar os sistemas
de resfriamento, tornando mais
difícil para datacenters antigos se
manter alinhados
com as demandas de hoje.
Em resposta às demandas do consumidor por uma melhor performance
a menores custos, o setor de tecnologia da informação produziu servidores
mais rápidos, dispositivos de armazenamento de custo mais baixo
e equipamentos de rede mais flexíveis. Mas embora esses novos componentes
possam muitas vezes oferecer performances cada vez maiores por unidade
de energia, eles podem demandar também cada vez mais energia. Além
disso, a evolução dos servidores de alta densidade, montados em rack,
aumentou consistentemente a densidade térmica, criando pontos de
concentração de calor e sobrecarregando os sistemas de resfriamento.
Calor excessivo pode também comprometer a estabilidade operacional,
a resiliência e a produtividade do pessoal.
Muitos dos datacenters que abrigam essa nova tecnologia “quente” já tem
entre 10 e 15 anos de existência. Em conseqüência, o seu equipamento
crítico de infra-estrutura está se tornando provavelmente menos eficiente, e
chegando mesmo ao fim de sua vida útil. Esses antigos datacenters estão tendo
dificuldade para se manter alinhados com as demandas de hoje. Datacenters
típicos despendem cerca de duas a três vezes mais do que a quantidade de
energia exigida pelo equipamento de TI, porque os projetos convencionais
de datacenters são superdimensionados para uma capacidade máxima e
componentes mais antigos de infra-estrutura podem ser extremamente
ineficientes. Os custos associados a esse nível de consumo de energia podem
ter um impacto significativo sobre o custo total de propriedade de instalações
e sistemas de TI em datacenters.
O datacenter verde
Página Destaques
Custos de energia e resfriamento
representam até 44% do custo total
de propriedade de um datacenter,
embora algumas empresas estejam
descobrindo que não conseguem
comprar eletricidade adicional, seja
qual for o preço.
O custo crescente do kilowatt de eletricidade intensificou ainda mais
o problema. Custos de eletricidade e resfriamento representam, atualmente,
até 44% do custo total de propriedade, de um datacenter. Conforme o The
Uptime Institute, o custo para fornecer energia e resfriar servidores durante
três anos é atualmente 1,5 vez maior do que o custo de compra do software
do servidor.¹ Como descobriu recentemente um administrador universitário
de alto nível, “Com a demanda crescente por clusters de computação mais
baratos e de performance cada vez mais alta, o problema não é só o de pagar
pelos computadores, mas o de saber se temos verba suficiente para pagar pela
energia e resfriamento”.
Além disso, algumas empresas sequer conseguem instalar mais servidores,
porque a eletricidade adicional não está disponível, seja qual for o preço.
Muitos provedores de energia, especialmente aqueles que operam em
densas áreas urbanas, estão comunicando aos seus consumidores que
as suas fontes de abastecimento de energia estão em sua capacidade máxima,
e que simplesmente não há mais energia disponível para venda.
Um estudo realizado por Jonathan Koomey, do Lawrence Berkeley National
Laboratory e da Universidade de Stanford, indicou que a demanda
de energia para servidores duplicou de 2000 para 2005. O estudo estima
que a energia utilizada para servidores, resfriamento e infra-estrutura
de apoio foi responsável por 1,2% de todo o uso de eletricidade nos
Estados Unidos – o equivalente, em termos de capacidade, a cerca
de cinco usinas elétricas de 1.000 MW.²
O datacenter verde
Página Destaques
Os custos de energia estão
subindo, o fornecimento
é limitado, a infra-estrutura
dos datacenters está sendo
sobrecarregada, e sua capacidade
de atender às necessidades
do negócio está em questão.
Esse problema não escapou à atenção das companhias energéticas
ou das organizações governamentais. Nos Estados Unidos, mais de 80
provedoras locais de energia e programas estaduais de eficiência energética
estão oferecendo descontos tarifários como contrapartida a uma maior
eficiência energética por parte de seus consumidores. Uma das primeiras
a oferecer esse tipo de programa é a Pacific Gas and Electric (PG&E),
da Califórnia. A companhia aprovou um plano para reembolsar parte
dos custos de projetos de consolidação de servidores e armazenamento,
incluindo software, hardware e consultoria, até o máximo de US$ 4 milhões
por consumidor. O Marc Bramfitt, da PG&E, disse que “Não queremos
construir mais nenhuma usina de força. O que queremos é que os nossos
consumidores poupem energia, e vamos pagar para quem fizer isso”³.
Além disso, governos em nível nacional e regional estão iniciando programas
de eficiência energética. Por exemplo, nos Estados Unidos, o Congresso votou
recentemente um projeto que autoriza a U.S. Environmental Protection
Agency (EPA) a analisar o crescimento do consumo de energia em datacenters.
A União Européia estabeleceu uma diretiva visando a uma redução de 20% na
utilização de energia até 2020. E a Austrália exige que qualquer empresa que
consuma mais de 150 mil MWH de eletricidade por ano prepare um plano de
avaliação e de ação.
A mensagem é clara. Os custos de energia estão subindo, o fornecimento
é limitado, a infra-estrutura dos datacenters está sendo sobrecarregada
e sua capacidade de atender às necessidades do negócio está em jogo. Os CIOs
que pretendem resolver esses problemas terão que direcionar o seu foco para
a inovação dos datacenters.
O datacenter verde
Página Transitando na direção de um datacenter verde
Destaques
As tecnologias e estratégias para
melhoria da eficiência energética
de datacenters abrangem todo esse
ecossistema.
O que fazer então para criar um datacenter verde, energeticamente
eficiente? Os mais de 30 anos de experiência prática da IBM na concepção,
suporte e operação de datacenters representaram inúmeras oportunidades
para saber o que funciona e o que não funciona.
E também nos deram uma perspectiva única para saber como aplicar
esse conhecimento para ajudar a criar estratégias possíveis para aumentar
a eficiência energética.
Como mostra o gráfico abaixo, as tecnologias e estratégias para melhoria
da eficiência energética de datacenters abarcam todo esse ecossistema. Em
geral, as empresas alcançam os melhores resultados quando integram
as mudanças energéticas e de resfriamento com tecnologias avançadas, como
virtualização, hardware e software eficientes em termos de energia, além de
iniciativas de gerenciamento de energia e de cargas de trabalho.
Oportunidades para eficiência energéticas em datacenters
Gerenciamento
de carga térmica
Fornecimento variável
de resfriamento
Melhorias em sistemas
de instalações
Remoção liquida
de calor
Integração maximiza
economias de energia
Integrar resfriamento com demanda dos equipamentos
Reduzir perdas no sistema de energia pela
utilização de equipamentos mais eficientes
Otimizar fornecimento de
energia e resfriamento ao centro
de dados (reduzir desperdicio)
Gerenciamento
de fluxo de ar
Layout de rack/ sala
Eficiência energética
de componentes
Ger. de energia
Projeto de rack
Medição
Ger. de energia e
carga de trabalho
Virtualização
Ajuste
à carga de
Cap trabalho
Datacenter
Rede
Projeto de produto
e gerenciamento de carga
de trabalho/ energia
O datacenter verde
Página Destaques
Uma avaliação de melhores
práticas e uma auditoria
energética permitem apontar
áreas de alto uso de energia
e estabelecer uma linha de base
para planejamento futuro.
Muito embora não haja claramente um único “caminho certo” para criar um
datacenter verde, especialistas acreditam que o passo inicial mais produtivo
para os CIOs é realizar uma avaliação das melhores práticas existentes, além
de uma auditoria energética. Esse check-up sistemático fornece, em tempo
real, um perfil e um modelo sobre as condições de
uso de energia pelo datacenter, o que permite apontar áreas de alto
uso de energia e estabelecer uma linha de base para planejamento futuro.
Ao mesmo tempo, os CIOs deverão desenvolver uma visão holística
do ambiente, levando em consideração os seguintes fatores:
• Um inventário dos seus sistemas atuais, seu dispêndio de energia
e sua localização
• Os planos de negócio e de crescimento da empresa – para ajudar
na previsão de necessidades futuras
• Regulamentações governamentais atuais ou planejadas sobre eficiência
energética na região em que se encontram
• Descontos ou incentivos econômicos por parte de fontes governamentais
ou do provedor de energia por conta de eficiência energética
• Quaisquer metas já estabelecidas para a redução das emissões de carbono
na empresa – e o prazo previsto para alcançá-las
O datacenter verde
Página Destaques
Oportunidades para melhoria
da eficiência energética podem
ir desde grandes projetos de
upgrade de infra-estrutura até
medidas simples e baratas.
Uma análise cuidadosa da avaliação e do perfil vai permitir que o CIO
construa uma lista de oportunidades para extrair o máximo de eficiência
energética do datacenter. Caso a equipe ainda não tenha olhado
de perto para as características térmicas do datacenter da empresa,
é provável que ela venha a encontrar inúmeras oportunidades para melhoria
da eficiência energética. Essas oportunidades podem ir desde grandes projetos
de upgrade da infra-estrutura, tais como o upgrade de resfriadores
ou do suprimento ininterrupto de energia (UPS), até medidas simples
e baratas, tais como:
•
•
•
•
Bloqueio de aberturas para cabos para impedir a saída de ar frio
Remoção de bloqueios de cabos sob o piso que impeçam a circulação de ar
Desligamento de servidores que estejam sem carga de trabalho
Desligamento de unidades de ar-condicionado de salas de computadores
(CRAC) em áreas que estejam refrigeradas em excesso
Obviamente, qualquer análise da sua situação atual precisa reconhecer
o fato de que as necessidades de negócio vão provavelmente mudar ao longo
do tempo. Por exemplo, seria prudente aplicar um enfoque modular no projeto
futuro com relação à capacidade de energia e de resfriamento, de forma a
permitir uma fácil expansão ou modificação. Pode ser também importante
levar em conta as condições locais e períodos de tempo de uso que serão
necessários. E, embora a utilização do equipamento de TI e de UPS
vá provavelmente permanecer razoavelmente constante, a utilização de
energia para resfriamento ou aquecimento, ventilação e ar-condicionado
(HVAC) vai variar conforme as condições de temperatura externa e umidade.
Além disso, é importante assegurar que os cenários de suprimento de energia
de resfriamento sejam projetados para recuperação e não apenas para a
situação de operação-padrão.
O datacenter verde
Página 10
A quem cabe o trabalho?
Destaques
Os departamentos de instalações
e de TI precisam colaborar
mutuamente – às vezes com
ajuda externa – na busca de
formas para enfrentar os desafios
ambientais e energéticos.
Até recentemente, o gerenciamento ambiental e os gastos energéticos
estavam normalmente sob a responsabilidade dos departamentos
de engenharia. Mas os crescentes custos de energia e as maiores demandas
de TI estão mudando tudo isso. Está se tornando essencial que
os departamentos de engenharia e de TI formem uma parceria e colaborem
mutuamente nessa área. Mesmo assim, muitas empresas não dispõem das
competências ou das ferramentas necessárias para perfilar e modelar
condições térmicas e para aplicar essas informações de forma apropriada ao
planejamento ou upgrade de seus datacenters. Visto que essas competências
são altamente especializadas, a obtenção de ajuda externa nessa fase do
processo é um investimento que pode valer a pena.
Reduzindo as necessidades de resfriamento
Há toda uma série de fatores que deverá ser considerada ao se desenvolver
um plano para melhoria da eficiência energética e de resfriamento por meio
da redução do calor gerado no datacenter. Melhorias no layout de racks
e salas podem aumentar a eficiência energética com investimento inicial
relativamente baixo. As oportunidades incluem:
• Organizar o equipamento de TI em uma configuração que inclua uma
ala quente e uma outra ala fria
• Posicionar o equipamento de forma a tornar possível controlar o fluxo de
ar entre as alas quente e fria e impedir que o ar quente circule novamente
pelas entradas de resfriamento do equipamento de TI
O datacenter verde
Página 11
Destaques
Organizar os datacenters
em zonas térmicas pode eliminar
os pontos de concentração de
calor que sobrecarregam os
sistemas de resfriamento além,
de aumentar a confiabilidade do
sistema, contribuindo para evitar
falhas de hardware devidas ao
aquecimento.
• Utilizar opções complementares de resfriamento de baixo custo – como
água ou outros refrigeradores
• Aumentar a eficiência de resfriamento dos racks utilizando um trocador
de calor de porta traseira ou um sistema de racks embutidos para dissipar
calor de sistemas de computação de alta densidade, antes que ele
ingresse na sala.
Da mesma forma, melhorias relativamente simples no gerenciamento
dos fluxos de ar podem aumentar a eficiência energética. Por exemplo,
você poderá:
• Aproveitar-se da capacidade atual desfazendo bloqueios sob o piso
e implementando um gerenciamento efetivo de cabeamento
• Assegurar que as aberturas no piso sejam compatíveis com a carga
térmica do equipamento, adicionando ou removendo azulejos perfurados
nas entradas de ar dos equipamentos
• Considerar a inclusão de retornos por dutos
Finalmente, as empresas deverão tentar organizar os seus datacenters em
zonas térmicas – destinando um determinado conjunto de equipamentos
e de área de piso a unidades específicas de HVAC ou CR AC. Esse tipo
de planejamento térmico e de espaço vai eliminar os pontos de concentração
de calor que sobrecarregam os sistemas de resfriamento, aumentando também
a confiabilidade do sistema ao contribuir para evitar falhas de hardware
devidas ao aquecimento.
O datacenter verde
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Eficiência crescente do sistema de instalações
Destaques
Novos sistemas de resfriamento,
sistemas de armazenamento de
calor e sistemas de suprimento
de ar podem ajudar a reduzir
necessidades e custos de energia.
A eficiência energética dos equipamentos de infra-estrutura aumentou
de maneira significativa nos últimos anos. A substituição de sistemas
de resfriamento ou de UPS em serviço há 15 anos ou mais pode resultar
em economias substanciais. Novos sistemas de UPS de primeira linha podem
apresentar 70% a menos de perda do que equipamentos de UPS legados.
Novos sistemas de resfriamento podem aumentar em 50% a eficiência. Novas
unidades de resfriamento podem também ser instaladas com acionamento
a velocidades variáveis, reduzindo, com isso, a utilização de energia pelo
sistema de bombeamento e permitindo uma melhor integração do sistema
de líquido refrigerador com a infra-estrutura de água refrigerada. Redutores
de água auxiliares, que utilizam o ar externo para refrigerar diretamente
a água fria, podem reduzir ainda mais a energia necessária à operação dos
resfriadores.
A capacidade e eficiência dos sistemas de água gelada podem ser aumentadas
com sistemas de armazenamento térmico, que armazenam a energia gerada
durante a noite, quando os resfriadores em geral operam de forma mais
eficiente, e depois liberam essa energia durante o dia, quando os custos
de energia são mais altos.
O suprimento de ar para o datacenter também pode ser feito de maneira mais
eficiente, seja através de sistemas centrais de HVAC ou de unidades
de CR AC com acionamento a velocidade variável. A central de HVAC tende
a ser mais eficiente, na medida em que os sistemas são maiores ou mais
receptivos à possibilidade de tirar proveito do resfriamento a custo zero,
que acontece quando as temperaturas do ar externo são suficientemente baixas
para atender a parte ou a todas as necessidades de resfriamento. Por outro lado,
as unidades de CR AC permitem uma maior flexibilidade no gerenciamento do
datacenter.
O datacenter verde
Página 13
Destaques
Com os equipamentos de TI
ficando cada dia mais eficientes em
termos de energia e também ficando
cada vez mais verdes, a substituição
de equipamentos antigos de TI
por modelos novos pode reduzir
as necessidades de energia e
resfriamento em geral.
Mesmo sem fazer qualquer upgrade nos equipamentos de instalações,
as empresas ainda podem economizar energia e aumentar a sua capacidade
de resfriamento diminuindo a rigidez das suas exigências quanto à umidade
relativa e temperatura em seus datacenters. Como essas exigências
em geral são originadas pela presença de pontos de concentração de calor,
a simples remoção desses pontos vai permitir o seu afrouxamento, o que ajuda
a reduzir a energia necessária à operação do datacenter.
Além da redução do consumo de energia em seu datacenter, uma empresa pode
também reduzir as suas emissões de carbono tirando proveito de opções que
envolvam fontes de energia ecologicamente mais amigáveis. Integrar alguma
energia renovável – solar, eólica, hidráulica e a biomassa – ao suprimento de
energia é uma boa maneira de reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Empresas que têm flexibilidade para realocar ou abrir novos datacenters estão
até mesmo, como parte de sua estratégia ambiental corporativa, procurando
localizações que sejam ricas em recursos energéticos renováveis.
Reduzindo o consumo de energia com tecnologias inovadoras
A aplicação de tecnologias inovadoras nos datacenters pode resultar
em mais poder de computação por kilowatt. Os equipamentos de TI estão
ficando cada dia mais eficientes em termos de energia e cada vez mais verdes,
também. Com a evolução tecnológica e com a inovação passando à frente da
expectativa de vida dos equipamentos dos datacenters, muitas empresas estão
descobrindo que substituir equipamentos de TI antigos por modelos novos
pode reduzir de maneira significativa as necessidades de energia
e resfriamento em geral e liberando ainda espaço.
O datacenter verde
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Destaques
A operação de um servidor
que tem apenas 15% de utilização
custa tanto quanto a de um que
tem utilização plena, fazendo
com que a virtualização seja
uma opção eficiente e econômica
em termos de energia.
Por exemplo, estudos da IBM demonstraram que os servidores blade reduzem
as necessidades de energia e resfriamento em 25% a 40%, em comparação
com tecnologias de uma só unidade. Embora possa parecer financeiramente
desaconselhável substituir equipamentos antes de sua total depreciação,
as vantagens que um modelo novo pode trazer – menor consumo de energia,
de duas a três vezes mais poder de computação que modelos
antigos – combinadas com economias potenciais de espaço, energia
e resfriamento são mais que suficientes para compensar qualquer perda
em termos de valor patrimonial.
Virtualização
A virtualização pode ser uma tremenda aliada na redução de calor e de despesas
– simplesmente porque ela significa que você vai precisar de um menor número
de servidores. Servidores usam energia e emitem calor, quer sejam utilizados
em 100% do tempo ou em 15%, e a diferença real em termos de consumo
de eletricidade e de calor gerado entre esses dois pontos é insignificante.
Isso quer dizer que a operação de um servidor que tem apenas 15% de
utilização custa tanto quanto a de um que tem utilização plena.
A tecnologia de virtualização foi concebida para permitir o processamento,
em uma única máquina, de cargas de trabalho múltiplas – cada uma com
o seu próprio ambiente de computação e seus próprios objetivos de níveis
de serviço. Isso acaba com aquele enfoque de dedicar uma única carga de
trabalho a um único servidor – uma prática que resulta em baixos índices
de utilização – e permite que servidores virtualizados operem próximos
de sua capacidade máxima.
O datacenter verde
Página 15
Destaques
Assim como a virtualização
de servidores reduz o número
de servidores necessários,
a virtualização do armazenamento
reduz o número de spindles exigidos.
Um ambiente virtualizado também é, em geral, mais resiliente que um ambiente
de servidores dedicados. Falhas em componentes podem ser gerenciadas
automaticamente, de forma a reiniciar imediatamente a carga de trabalho.
Além disso, os recursos em um ambiente virtualizado podem ser gerenciados a
partir de um único ponto de controle, o que melhora a operação como um todo.
As vantagens da virtualização não se limitam aos servidores. A virtualização
do armazenamento pode ser usada para combinar a capacidade, de
armazenamento de diferentes fornecedores em um único reservatório de
capacidade que pode ser gerenciado a partir de um ponto central. Assim como
a virtualização de servidores reduz o número de servidores necessário, a
virtualização do armazenamento reduz o número de spindles exigidos,
o que aumenta o espaço de disco disponível e otimiza as taxas de utilização.
A virtualização do armazenamento pode ainda aumentar a disponibilidade
das aplicações, isolando as aplicações host de mudanças na infra-estrutura física
de armazenamento.
A virtualização, especialmente quando combinada com uma concepção verde
de novos itens de hardware de servidores e armazenamento, oferece uma
solução eficaz para manter sob controle os custos de energia e resfriamento.
O equipamento mais eficiente que existe em termos de energia é o equipamento
que não está mais sendo usado – seja ele um servidor, um roteador ou um
dispositivo de armazenamento.
Com a virtualização, você vai poder consolidar suas cargas de trabalho,
hoje distribuídas entre uma multiplicidade de dispositivos subutilizados,
em um número menor e mais eficiente de itens de equipamento – e começar
a perceber economias e eficiências possíveis que estavam difíceis de
se conseguir apenas com a concepção de sistemas e prédios, por mais
ecologicamente corretos que eles sejam.
O datacenter verde
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Gerenciamento de energia em sistemas de TI
Destaques
Uma nova tecnologia de
gerenciamento de energia permite
mensurar o atual consumo de
energia e delimitar o volume de
energia utilizada por um único
servidor ou grupo de servidores.
Idealmente, a utilização de energia em um datacenter deveria ser proporcional
à carga de trabalho. Uma forma de alcançar esse equilíbrio
é manter inativos itens de equipamento desnecessários. Essa é uma técnica
eficaz, mas difícil de ser administrada. Uma nova tecnologia de gerenciamento
de energia, no entanto, dá aos gerentes de datacenters um controle integral
sobre a otimização do consumo de energia – graças a recursos de software e
hardware para gerenciamento de cargas de trabalho.
Essa tecnologia permite mensurar o atual consumo de energia e produzir
dados de tendência para qualquer sistema físico ou grupo de sistemas.
O volume de energia utilizada por um único servidor, ou grupo de servidores,
pode ser delimitado – a partir de cargas de trabalho e tendências de
negócio – para otimizar o uso de energia e a performance das aplicações,
sem sacrificar a produtividade.
O datacenter verde.
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Virando verde na IBM
Como muitas empresas, a IBM
descobriu que dar suporte a iniciativas
ambientalmente corretas pode constituir
uma sábia jogada de negócios. Uma
área de foco significativa está reduzindo
a emissão de carbono de uma empresa,
ou a quantidade de dióxido de carbono
(CO2) pelo qual uma empresa é direta ou
indiretamente responsável. O consumo
de energia é considerado como uma
contribuição indireta à emissão de carbono,
visto que as provedoras de energia emitem
CO2 ao gerar eletricidade.
““Embora alguns pensem que reduzir
emissões de CO2 custe dinheiro às
empresas, nós descobrimos que é
exatamente o contrário”, disse Wayne Balla,
vice-presidente, Corporate Environmental
Affairs and Product Safety. “Soluções de
eficiência energética resultaram numa
economia média anual de US$ 15.8 milhões
para a IBM e alcançaram uma invejável taxa
anual de 4,9% de redução de consumo de
energia desde 1998. Em termos de redução
da emissão de CO2, isso equivale a remover
51.600 carros das ruas, cada um rodando
16 mil quilômetros por ano”.
Descarte ecologicamente correto
Para ajudar a acelerar o movimento em direção a equipamentos mais verdes,
estão disponíveis ofertas de descarte ecologicamente responsáveis.
Esses serviços descartam sistemas de uma maneira ecoamigável,
assegurando a conformidade com a regulamentação e removendo
os dados antes do descarte.
Você tem uma estratégia de jogo?
A maioria das empresas espera que os seus CIOs forneçam uma infra-estrutura
confiável, de alta performance, que dêem suporte ao negócio dentro dos
orçamentos que foram alocados. Você está preparado para continuar a atender
a essas expectativas num ambiente em constante mudança? Tem certeza
de que o seu datacenter pode suportar crescentes demandas de energia e
resfriamento? Dispõe de um plano para gerenciar o impacto de custos crescentes
de energia? Está preparado para contribuir com iniciativas corporativas no
sentido de reduzir as emissões de gás estufa? Tem uma estratégia para o
seu datacenter de forma a assegurar que você pode continuar a atender às
expectativas da sua empresa? Se a sua resposta não for um sonoro “sim” à
maioria dessas perguntas, talvez tenha chegado a hora de reavaliar a sua
estratégia.
O datacenter verde
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Conclusão
Destaques
Os esforços contínuos dos CIOs
para “pensar verde” vão ajudar
suas empresas a operar no azul.
À medida que governos e corporações intensificam o seu foco na redução
das demandas de energia e das emissões de gases estufa, a pressão para
aumentar a eficiência energética em datacenters vai continuar a aumentar.
Acreditamos que os “quatro Rs” seguintes têm que desempenhar um papel
essencial no desenvolvimento de qualquer iniciativa visando à criação de um
datacenter verde:
•
•
•
•
Recuperar a capacidade de energia e de resfriamento
Recapturar a resiliência
Reduzir os custos de energia
Reciclar os equipamentos ao fim de seu ciclo de vida
Os CIOs de sucesso vão fazer desses quatro Rs o seu mantra. E, ao fazer isso,
seus esforços contínuos para “pensar verde” vão ajudar as suas empresas
a operar no azul.
Para mais informações
Para obter mais informações sobre como criar um datacenter verde,
ligue para o seu representante IBM ou visite:
ibm.com/cio
O datacenter verde
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Contribuições
Jay Dietrich, engenheiro profissional e membro do staff técnico, assuntos
ambientais corporativos. Jay é responsável pela política ambiental corporativa
para monitoramento do clima e energia e representa a IBM nesses
assuntos junto a clientes, U.S. EPA e outros grupos governamentais ou
não-governamentais que atuam em assuntos de eficiência energética. Seu e-mail
para contato é [email protected].
Roger Schmidt é um engenheiro ilustre (engenharia térmica) do IBM Systems
and Technology Group. Roger tem mais de 25 anos de experiência no projeto
térmico dos computadores IBM de grande porte e é citado em mais de 25
patentes da IBM em tecnologia térmica. As sociedades profissionais de que
participa, bem como seus títulos, incluem ASHRAE TC 9.9 Mission Critical
Facilities, Arquiteto-Chefe da Área Térmica da IBM, membro da Academia de
Tecnologia da IBM, membro da Academia Nacional de Engenharia (USA) e
ASME Fellow. Seu e-mail para contato é [email protected].
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Referências nesta publicação a produtos e serviços IBM não significam que a IBM
pretenda disponibilizá-los em todos os países
em que opera.
1 K
enneth G. Brill, “Data Center Energy Efficiency
and Productivity,” The Uptime Institute. 2007.
2 J onathan G. Koomey Ph.D. Staff Scientist,
Lawrence Berkeley National Laboratory and Consulting Professor, Stanford University,
“Estimating total power consumption by servers in
the U.S. and the world”, 15 de Fevereiro, 2007.
3 A
lex Barrett, “For PG&E customers, it pays to
virtualize”, SearchServerVirtualization.com, 26 de
Outubro, 2006. http://searchservervirtualization.
techtarget.com/originalContent/0,289142,sid94_
gci1226458,00.html.
GTW01270-USEN-00
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