No mês de agosto, o Sicoob deseja a todos os pais o melhor presente: ver o crescimento e a realização dos seus filhos. Parabéns! ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 3 Fale conosco Coordenação Geral Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob ltda. – Sicoob Confederação SIG Quadra 6 – Lote 2080 – 71.610-460 – BRASÍLIA - DF Conselho de Administração José Salvino de Menezes – Sicoob Goiás Central Bento Venturim – Sicoob Central ES FALE CONOSCO Alberto Ferreira – Sicoob Central Crediminas Jadir Girotto – Sicoob Central MT/MS Henrique Castilhano Vilares – Sicoob Central Cocecrer Comitê Editorial Jadir Girotto – Diretor-Presidente do Sicoob Central MT/MS José Alves de Sena – Diretor-Presidente do Sicoob Central DF Valdecir Manoel Affonso Palhares – Diretor-Presidente do Sicoob Central Amazônia Neilson Santos Oliveira – Superintendente do Sicoob Central NE Abelardo Duarte de Melo Sobrinho – Diretor de Desenvolvimento Organizacional do Sicoob Confederação Envie sua opinião sobre as matérias da Revista. Sua carta será publicada* e respondida na próxima edição. As cartas podem ser enviadas para: SIG Quadra 6 - Lote 2.080 - CEP 70.610-460 - Brasília - DF [email protected] Conecte-se também com o Sicoob na Web. Curta a fan page do Sicoob: Sicoob Oficial Siga o Sicoob no Twitter: SICOOB_oficial Ricardo Antonio de Souza Batista – Diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação Luiz Paulo Lima e Silva – Conselheiro de Administração do Bancoob Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor-Presidente do Bancoob *Em razão do espaço destinado à coluna, a Revista Sicoob reserva-se o direito de editar as cartas. Ênio Meinen – Diretor Operacional do Bancoob Ricardo Belízio de Faria Senra – Gerente Jurídico do Bancoob Andrea Hollerbach Athayde – Gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Débora Márcia Bruno – Supervisora de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães – Analista de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Correspondentes Renato Altino Paiva Neto – Sicoob Central BA Personagens da capa: Neilson Santos Oliveira – Sicoob Central NE Lisley Geovana Gonçalves – Sicoob Central Crediminas Celso Vicenzi – Sicoob Central SC Cristiane Lopes Orso – Sicoob Central MT/MS Alessandra Del Nero – Sicoob Central Cecresp Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central Anderly Godinho Minetto – Sicoob Central PR Karla Brandão Lage – Sicoob Central Cecremge Marcelo Vieira da Silva – Sicoob Central ES Edivaldo Alves de Oliveira – Sicoob Central DF Edson Quevedo Soares – Sicoob Central Norte Valdecir Manoel Affonso Palhares – Sicoob Central Amazônia Roberta Miranda de Marco – Sicoob Central Cocecrer Brunna Marques Duarte – Bancoob Coordenação Editorial Andrea Hollerbach Athayde – Sicoob Confederação Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central e Sicoob Central DF Coordenação de Produção Débora Márcia Bruno – Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães – Sicoob Confederação Produção Editorial Press Comunicação Empresarial Jornalistas Responsáveis Luiz Augusto Araújo / Lícia Linhares Projeto Gráfico e Editoração Press Comunicação Empresarial Designers Fernando Freitas / Luis Américo Revisão Cláudia Rezende Impressão Gráfica Coronário Tiragem 30 mil exemplares 4 Adriana Cristina Silva Arantes Mendanha (Sicoob Goiás Central); Adriana Martins (Sicoob Crediparnor); Alessandra Brito (Sicoob Central DF); Aline Buril (Sicoob Crediembrapa); Alita Graziele Moura Noleto (Sicoob Goiás Central); Ana Cristina Penido (Sicoob Central Cecremge); Ana Maria Costa (Sicoob Credialto); Ana Balsan (Sicoob Transcredi); Cláudia Beatriz Pinto (Sicoob Agrorural); Edina Francisca de Souza Fileti (Sicoob Goiás Central); Elayne Michelle Oliveira (Sicoob Crediembrapa); Eliza Goulart (Sicoob Credialto); Elizabete de Fátima Borba (Sicoob Credpom); Elizabete Gonçalves Rodrigues (Sicoob Goiás Central); Handressa Pereira Assis (Sicoob Goiás Central); Hérika Soares Pereira (Sicoob Goiás Central); Fabiana Rui (Sicoob Central Cecresp); Flavia Sousa (Sicoob Crediembrapa); Helena Teixeira (Sicoob Executivo); Heloisa Morato (Sicoob Credpit); Jaqueline Gomes (Sicoob Central BA); Josiane Melo (Sicoob Goiás Central); Jovânia de Castro (Sicoob Crediembrapa); Juliana de Oliveira (Sicoob Crediembrapa); Juraci Maria Schwantes (Sicoob Credibrasília); Juscilene Tolentino (Sicoob Crediembrapa); Lara Vieira (Sicoob Goiás Central); Letícia Ramos (Sicoob Central DF); Lindarci Aparecida Memlak (Sicoob Crediparnor); Lousanne Resende (Sicoob Nossacoop); Manuele Maria Fritzen (Sicoob Credioeste); Maria Luisa Lasarim (Sicoob Crediauc); Maria Rosânia da Conceição (Sicoob Crediembrapa); Marina Coelho (Sicoob Creder); Maristania Santiago (Sicoob Creder); Marizete de Mesquita (Sicoob Coopercred); Michelle Martins (Sicoob Central DF); Nádia Alessandra Silva (Sicoob Central DF); Nadir Lulu Costa (Sicoob Médio Oeste); Nathália Rodrigues (Sicoob Central DF); Nathália Sampaio (Sicoob Central DF); Neyla Barbosa (Sicoob Meio-Norte); Rejane Almeida (Sicoob Credicoop); Roberta Maria Chaves Calandro (Sicoob Goiás Central); Rosa Maria Bicalho (Sicoob Credifisco); Rosilene Pontes (Sicoob Crediembrapa); Sâmia Rahman (Sicoob Crediembrapa); Sandra Helena Kwak (Sicoob Central ES); Sandramar Dias de Freitas (Sicoob Goiás Central); Selma Arantes (Sicoob Aracoop); Simone Braga (Sicoob Credicopa); Sirlene Félix (Sicoob Coopecic); Telma Souza (Sicoob Cooprev); Vivian Terra (Sicoob Central DF); Walquierene Cruvinel (Sicoob Goiás Central). Entrevista Capa 07 Comunicação Monique Leroux credita o crescimento do cooperativismo de crédito às fusões e incorporações e à ampliação dos produtos e serviços 21 Mulheres assumem liderança nas cooperativas de crédito Para Débora Bruno, a marca é um dos maiores valores de uma organização 08 Educação Sicoob Credirama desenvolve programa educacional voltado para jovens da região 10 Investimento 18 Qualidade de Vida Histórias de casais que encontraram, no Sicoob, a fórmula do amor 41 29 Ponto de Vista Rui Silva aborda a gestão como fator fundamental para o crescimento no mercado 30Artigo Marco Aurélio Almada aborda a política econômica e seus impactos no cooperativismo de crédito 31 Jurídico Novas regras sobre o uso de cheques 13Perfil 32 Produto 14Planejamento 34 Responsabilidade Social Plataforma vai auxiliar gestores no dia a dia das cooperativas de crédito 16 Serviços 36 Eventos 26 Cooperados do Sicoob Saromcredi descobrem o poder da negociação em conjunto e comemoram a economia de quase R$ 150 mil De degrau em degrau, conheça a ascensão de Sílvio Giusti no setor cooperativista Correspondentes Cooperativos do Sicoob auxiliam na prestação de serviços financeiros Gestão Conheça as mulheres que participaram da estruturação do Sicoob Confederação Inovações nos cartões Cabal ampliam parceria, gerando mais negócios Cooperativas apoiam projeto de atendimento odontológico às crianças e aos adolescentes de Brasília e cidades satélites Cooperativas de crédito apostam em eventos regionais e nacionais 44Giro Saiba o que acontece nas cooperativas centrais e singulares de todo o país ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 5 Editorial Mulheres no cooperativismo de crédito Sicoob Confederação Assim como em grande parte das empresas, as mulheres já são maioria nas cooperativas de crédito. É comum vê-las predominarem, por exemplo, na área de atendimento, nos caixas e na área administrativa das instituições financeiras. "Assim como em grande parte das empresas, as mulheres já são maioria nas cooperativas de crédito.” Aos poucos, elas também vêm conquistando espaço nos cargos de supervisão, gerência e direção das instituições cooperativas. E isso inclui o próprio Sicoob Confederação, que teve, na sua estruturação, a participação ativa de mulheres. Na época em que a Confederação incorporou a área de Tecnologia da Informação (TI), recebendo do Bancoob um contingente de cerca de 300 empregados, a maioria dos gestores era mulher. Não há dúvida de que elas foram e são, até hoje, as responsáveis pela organização administrativa da Confederação. Nesta edição, mostramos o pioneirismo e a liderança das mulheres no Sicoob, com destaque para as que ocupam cargos de direção nas cooperativas. Nossa entrevistada, Monique Leroux, é a única mulher na história a presidir o Desjardins, sistema cooperativista de crédito canadense, que é considerado um dos maiores e mais eficientes do mundo. Na entrevista, ela afirma que o Sicoob está no caminho certo ao investir em comunicação e marketing e ao estimular as fusões e incorporações, processo que racionaliza os custos, promove ganhos de escala e melhora a eficiência operacional da cooperativa de crédito. 6 Outra ação que reduz os custos das cooperativas e amplia as opções de atendimento são os Correspondentes Cooperativos – estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que funcionam como ponto de atendimento do Sicoob. Nesses locais, são atendidos cooperados e não cooperados. Em muitos casos, os Correspondentes Cooperativos funcionam como únicos agentes financeiros da localidade. A revista traz, também, matéria sobre a Plataforma de Apoio à Decisão (PAD), que tem o objetivo de aprimorar a gestão das cooperativas, pela disponibilização de informações relevantes para a tomada de decisão. Uma das ações mais representativas no campo dos negócios neste ano, foi a implementação da parceria firmada entre a Cabal, nossa bandeira de cartões, e a Redecard. Com isso, o dinheiro de plástico, até então com atuação regional, passa a ser aceito em mais de 1,2 milhão de estabelecimentos comerciais em todo o país. Comemoramos essa conquista com nossos parceiros argentinos, durante a visita dos líderes do Sicoob, que conheceram de perto as instalações da Cabal Argentina. Essa e outras conquistas, ações sociais, cenários e novidades estampam as próximas páginas desta edição. Boa leitura! José Salvino de Menezes Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Confederação comunicação Gestão eficiente, marca forte! Estudos norte-americanos indicam que, naquele país, as pessoas são expostas diariamente a mais de 600 marcas enquanto assistem à TV, navegam na internet, caminham pelas ruas etc. Qualquer pessoa é capaz de identificálas, olhando somente a logomarca, ouvindo um jingle ou até mesmo ao inalar um perfume. Crianças que não sabem ler identificam marcas com muita facilidade. Tamanho poder vem acompanhado de grande responsabilidade. Perder esse patrimônio para um concorrente ou ter a marca abalada por problemas de imagem pode render transtornos e prejuízos incalculáveis e talvez irreparáveis. Portanto, além de instituir uma marca e associá-la a bons produtos e serviços, atendimento qualificado e divulgação constante, entre outros aspectos organizacionais, é necessário preservá-la, ou seja, fazer sua adequada gestão. A proteção da marca envolve, inicialmente, o registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Ela pode ocorrer nas apresentações: figurativa (símbolo), nominativa (nome), mista (figurativa e nominativa), e tridimensional, em classes relacionadas ao objetivo social da organização ou, se for pessoa física, conforme a atividade profissional. Além da proteção no INPI, quando uma cooperativa contrata uma empresa para criar a logomarca, deve requerer a cessão dos direitos patrimoniais sobre a criação e, então, providenciar o registro de direito autoral na Escola de Belas Artes (EBA). Segue a mesma sorte o manual de identidade visual, cujo registro, no entanto, processa-se na Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Por fim, e como providência não menos importante, recomenda-se a proteção marcária na rede mundial de computadores. Importante esclarecer que não basta o registro do endereço eletrônico da marca da cooperativa adicionado de “.com.br”. Deve-se, também, promover o registro em extensões correlacionadas, por exemplo “.coop”, e, ainda, sem o “.br”, cuja extensão indica domínio internacional. Depois de todos os registros, cumpre monitorar constantemente a aplicação da marca em materiais publicitários, na mídia e na internet, principalmente nas tão prestigiadas redes sociais. Construir uma marca é fundamental para que a cooperativa se diferencie das demais instituições e seja lembrada pelos cooperados e pelas comunidades por seus atrativos financeiros e sociais. Mas, para manter a distinção, tanto na percepção quanto na imagem, é necessário proteger a marca amplamente, valorizando-a como o mais importante ativo intangível da organização. Sicoob Confederação As marcas são capazes de identificar e distinguir produtos e serviços de outros similares e estão cada vez mais valorizadas. "As marcas são capazes de identificar e distinguir produtos e serviços de outros similares e estão cada vez mais valorizadas." Por Débora Márcia Bruno Supervisora de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 7 Investindo na educação Sicoob Credirama desenvolve programa educacional voltado para jovens da região A saída encontrada pela Cooperativa de Crédito da Região de Iturama Ltda. (Sicoob Credirama), em Minas Gerais, foi investir na capacitação dos jovens em situação de risco. Desde 2004, ela mantém a Fundação Credirama Viva, por meio de repasse financeiro da verba do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (Fates). Atualmente, a Fundação oferece reforço escolar para 81 crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 14 anos, com oficinas de literatura, linguística, cidadania, matemática, redação, informática, inglês, espanhol, xadrez, artes e teatro. Os alunos são de escolas municipais e estaduais. A prioridade é dada aos que residem na periferia, integrando famílias com baixa renda. Segundo o gerente administrativo do Sicoob Credirama, João Machado Junior, “a fundação tem como objetivo dar oportunidade aos menos favorecidos, preparando-os para o mercado de trabalho”. A procura por uma vaga tem sido grande. Em 2011, foram realizadas mais de 150 inscrições e 25 novos alunos ingressaram na entidade. Fernanda Silva Soler, uma das alunas matriculadas, valoriza o aprendizado. “A educação tem sido essencial para a minha Beneficiados pela Fundação Credirama Viva: oportunidade e capacitação para o mercado de trabalho 8 Fotos: Sicoob Credirama Para milhões de crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas, a educação é a única forma de ascensão social. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) defende-a como direito fundamental, condição que igualmente assume na Constituição Federal brasileira e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Mas, mesmo com esse respaldo, nem sempre o ensino recebe o cuidado e a atenção que merece. Com isso, todos saem perdendo, e o maior prejudicado é o aluno, que tem comprometido o seu desenvolvimento pessoal e profissional. formação. Minha vida mudou de maneira significativa e torneime uma cidadã mais consciente.” E os estudantes não são os únicos satisfeitos. O corpo docente também valoriza a iniciativa. “Participar da Credirama Viva é gratificante. A entidade prima pela educação de qualidade e, para isso, disponibiliza todos os recursos necessários e possíveis. Tudo com o intuito de formar cidadãos críticos e capazes de se desenvolver plenamente”, argumenta o professor da oficina de Linguística e Redação Comercial, Fábio Donelli. Missão cumprida A Fundação promove a educação e a formação dos seus membros, representantes eleitos e trabalhadores, além de informar o público em geral, especialmente os jovens e os formadores de opinião. “A entidade desenvolve-se, a cada dia, cumprindo com seu objetivo de preparar as pessoas para um mundo mais equânime”, evidencia a diretora educacional da Fundação, Tereza Márcia Queiroz Pontes. A Fundação Credirama Viva oferece toda a infraestrutura necessária para o pleno aprendizado dos alunos A instituição trabalha em prol do desenvolvimento sustentável das comunidades atendidas. A coordenadora administrativa da entidade, Juliana Cristina Pereira de Oliveira, ressalta que “ao se analisar a educação brasileira, percebe-se como o trabalho é significativo para a região. A Fundação tenta suprir as lacunas e busca provocar mudanças na sociedade". Boletim sem notas vermelhas Iniciativas como a do Sicoob Credirama permitem mudar o cenário do ensino no Brasil. Os métodos de avaliação de ensino têm apontado uma evolução positiva na qualidade da educação. Um deles é o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que registra a opinião e a avaliação da população brasileira sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas. Segundo o Sips, em 2010 quase 50% da população considerou que o ensino melhorou no país. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado a cada dois anos pelo Ministério da Educação (MEC), registrou desenvolvimento entre 2007 e 2009, o que foi confirmado pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pisa mostra que o Brasil foi o terceiro país que mais evoluiu ao longo da última década, ficando atrás apenas do Chile e de Luxemburgo. Fora das salas de aula, alunos participam de atividades artísticas, culturais e recreativas Direção, funcionários e corpo docente da Fundação acreditam no desenvolvimento das crianças ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 9 Investimento A união faz a força Cooperados do Sicoob Saromcredi comemoram economia de quase R$ 150 mil em negociação conjunta A Cooperativa de Crédito de São Roque de Minas (Sicoob Saromcredi) preocupa-se em oferecer mais do que serviços financeiros usuais aos seus associados. A cooperativa trabalha também para o crescimento e o desenvolvimento de seus cooperados e, principalmente, da cidade de São Roque de Minas, em Minas Gerais. No dia 2 de junho, mais uma iniciativa foi tomada em prol de produtores rurais da região. Dezesseis deles foram beneficiados com mais de R$ 1 milhão, investidos na aquisição de máquinas agrícolas e equipamentos. Os números são surpreendentes: média de 25% de redução nos equipamentos agrícolas e de 5% nos tratores. E o raciocínio de Joãozinho, como é conhecido o presidente da coperativa, João Carlos Leite, vai além do desconto. “Esse é um investimento em tecnologia que gera incremento na produção com menor custo e, consequentemente, aumenta o volume financeiro na cooperativa”, esclarece. Fotos: Victor Lupianez Como sempre era procurado por produtores que buscavam financiamento subsidiado para a lavoura, o Sicoob Saromcredi, além de oferecer o crédito a juros baixos, passou apoiar o seu associado nas negociações para aquisição de máquinas e implementos. A cooperativa reuniu um grupo maior de compradores e negociou com os fornecedores descontos para o pagamento à vista. Ao centro, Joãozinho, presidente do Sicoob Saromcredi, entrega as chaves do trator ao cooperado Anaor 10 Satisfação garantida Segundo Eder de Oliveira Melo, supervisor de Crédito Rural do Sicoob Saromcredi, a ideia começou a partir de uma demanda de dois produtores rurais. “Quando fomos pesquisar os preços, recebemos uma contraproposta informando que os custos seriam bem menores se formássemos um grupo de, no mínimo, cinco pessoas. Foi então que decidimos buscar novos interessados.” Produtor rural Cláudio (ao lado de Joãozinho): o financiamento pela cooperativa garantiu a ele economia na compra de máquina de café A cooperativa já havia financiado máquinas agrícolas para outros 12 produtores, no final do ano passado, mas as condições de pagamento não eram tão facilitadas. “Hoje, com os recursos do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), obtidos por meio do Bancoob, conseguimos dividir financiamento em cinco anos. A prestação ficou menor do que o produtor pagava para terceirizar o serviço que ele agora vai fazer com seu próprio equipamento”, conta Eder. O produtor rural Cláudio Luiz Wolf já havia comprado uma carreta com a ajuda do Sicoob Saromcredi e, agora, adquiriu um descascador de café volante e um lavador do grão. “Foi uma economia de quase R$ 16 mil. Se não tivesse esse financiamento, eu não teria conseguido comprar as máquinas”, conta Cláudio, que pretende triplicar a safra no próximo ano. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 11 investimento Negócio fechado O produtor rural Saulo de Tarso Maciel foi procurado por Eder Melo para fazer a proposta do financiamento de um trator. A ideia veio em boa hora. Ele comprou seu primeiro trator, o modelo 275 cafeeiro. "Como acabei de plantar o café, já terei feito a colheita quando for pagar a primeira prestação”, comemora Saulo. Já Anaor José Ferreira estava querendo trocar seu trator, um modelo 265 de 2001, pois ele não era suficiente para o trabalho, durante o período das chuvas. “Precisava de um modelo mais forte, com maior tração”. Foi aí que o Sicoob Saromcredi deu uma “mãozinha”. A cooperativa conseguiu um comprador para seu antigo trator e, então, o cooperado aceitou participar do negócio, levando o modelo 4275 agrícola zero quilômetro. De acordo com o gerente de vendas da Prodoeste, Adão Ribeiro, existem outros produtores rurais interessados em adquirir novas máquinas. “Em breve, vamos começar um novo processo de negociação. Acreditamos que o próximo grupo será ainda maior, já que essa empreitada deu certo”, completa. Sucesso comprovado Confira os números da iniciativa do Sicoob Saromcredi Associados atendidos com máquinas e equipamentos utilizados na produção: 9 Volume total: R$ 454 mil Desconto total obtido: R$ 116 mil Prazo para financiamento: 5 anos Juros: 6,25% e 6,75% Associados atendidos com tratores: 7 Volume total: R$ 560 mil Desconto total obtido: R$ 28 mil Prazo para financiamento: 5 anos Juros: 6,75% Saulo comemora a compra do primeiro trator: proposta irrecusável 12 perfil Dos pampas ao planalto central De degrau em degrau, conheça a ascensão de Sílvio Giusti no setor cooperativista Arquivo Pessoal O primeiro contato de Sílvio Giusti com o cooperativismo foi ainda em sua adolescência. Aos 15 anos, teve a oportunidade de trabalhar na Cooperativa Tritícola Sarandi (Cotrisal), Sarandi, uma das maiores do ramo no Rio Grande do Sul. Já com 21 anos, o jovem talentoso iniciou sua escalada ao ingressar numa cooperativa do Sicredi, no mesmo município, onde começou a trabalhar como contínuo. Não demorou muito, ele foi promovido a caixa, depois, a encarregado de unidade e, finalmente, a gerente – função que exerceu em mais de 10 cidades da região até 2005. No cooperativismo há mais de 20 anos, Sílvio Giusti, 37 anos, é natural de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul (RS). É graduado em Administração e pós-graduado em Administração Financeira pela Universidade de Chapecó (Unochapecó), em Santa Catarina (SC). Atualmente, chefia a Gerência de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Contudo, foi longe da sua terra natal que a carreira decolou. Sua irretocável passagem à frente das cooperativas gaúchas foi o passaporte para ingressar na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em 2006, em Brasília, onde tem atuado com afinco, deixando suas marcas em projetos ligados ao cooperativismo de crédito. Tanta dedicação rendeu-lhe o convite, em 2010, para assumir a Gerência de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito (Gecred), nova área criada pela OCB. Em pouco mais de duas décadas no setor, o cooperativista ocupa posto de destaque em sua carreira. Dono de grande conhecimento, acumulado ao longo dos anos, Sílvio sente que pode ir além. Motivação é o que não lhe falta. Para ele, trabalhar em prol do cooperativismo de crédito é uma causa que se renova diariamente, sobretudo pelos benefícios socioeconômicos que proporciona às pessoas e pela repercussão no desenvolvimento do país. Amor à primeira vista Desde que pisou em Brasília (DF), Sílvio afirma que estabeleceu com a capital federal uma relação harmoniosa, pautada pela admiração, pelo respeito e pelo cuidado. Ele tem orgulho da cidade, palco para o encontro de pessoas de diversas origens e culturas. Hoje, Sílvio respira Brasília e, quando possível, gosta de andar e correr no parque da cidade. Como bom gaúcho, não dispensa um chimarrão e uma costela bem assada. Apaixonado por música, o cooperativista é um multiinstrumentista. Toca violão, guitarra, teclado, cuíca e gaita cromática. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 13 planejamento Segurança na hora de decidir Plataforma vai auxiliar gestores no dia a dia das cooperativas de crédito Para tomar uma decisão acertada, é preciso ter em mente alguns critérios. Estar bem informado, a fim de elaborar uma boa estratégia e agir com segurança, é um deles. Compartilhando dessa ideia, o Sicoob Confederação criou a Plataforma de Apoio à Decisão (PAD). Desenvolvida pela Gerência de Sistemas Corporativos (Gesic) e pela Gerência de Sistemas e Apoio à Decisão (Gesad), a PAD disponibilizará instrumentos de suporte à tomada de decisão, relativos ao retorno e ao risco 14 das operações realizadas nas cooperativas, além de fornecer diversas informações gerenciais para consulta. A PAD vai integrar o Sistema de Informática do Sicoob (Sisbr 2.0). A plataforma vem sendo desenvolvida desde 2008, e o objetivo é que cooperativas singulares, centrais, Sicoob Confederação e Bancoob recebam um protótipo ainda neste ano. Com a avaliação concluída, novas funcionalidades serão desenvolvidas agregando as observações e sugestões dos usuários. A PAD irá suprir uma carência do sistema Sicoob, que, atualmente, não possui uma ferramenta-padrão de avaliação de resultados. O diretor de desenvolvimento organizacional do Sicoob Confederação, Abelardo Duarte Sobrinho, diz que, “a plataforma vai conferir mais tecnicidade aos dirigentes e gestores das cooperativas, aumentando a eficiência e maximizando retornos aos associados, objetivo maior do Sistema". Vantagens De acordo com o gerente de Sistemas e Apoio à Decisão, Álvaro Alberto de Morais, a PAD vai atender às mais diversas áreas do Sicoob, por meio de uma interface de fácil navegação, com rapidez na geração de relatórios e facilidade na obtenção das informações. “Como ferramenta gerencial, ela será um instrumento vital para a tomada de decisão por parte dos executivos, ao apresentar dados e convertê-los em informações úteis às cooperativas”, explica. Alguns serviços da PAD Para Abelardo, a plataforma vai conferir mais tecnicidade aos dirigentes e gestores das cooperativas Retorno das operações: - relatórios com a rentabilidade das principais carteiras da cooperativa, sua evolução e sua importância na geração de resultados; - indicadores de estrutura de capital, produtividade e liquidez, bem como rankings que posicionarão a cooperativa dentro do seu segmento, de sua Central e no Sistema Sicoob. Risco das operações: Bancoob - relatórios com as exposições e os requerimentos de capital relativos a risco de crédito, mercado, liquidez e operacional; - relatório sintético com as ocorrências verificadas pelo componente de gestão de risco do Sicoob. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 15 Segundo Alexandre, os estabelecimentos não têm nenhuma despesa trabalhando como Correspondentes. Apenas bons resultados Papel relevante Correspondentes Cooperativos são importantes aliados na prestação de serviços financeiros no Sicoob Contribuindo para o desenvolvimento econômico e social de seus associados, por meio da cooperação financeira e de serviços, o Correspondente Cooperativo Sicoob é um diferencial na área de prestação de serviços bancários. Ele atua como agente intermediário entre a cooperativa e o cooperado e está presente hoje em 461 pontos em todo o país. Para ampliar os canais de atuação das cooperativas, o serviço de Correspondente funciona por meio de convênios firmados com empresas e pontos de vendas, o que gera desenvolvimento econômico e social para as regiões. "É de fundamental importância o uso de mecanismos que facilitem o acesso a serviços financeiros, a baixo custo, aos cooperados situados nas mais diversas regiões, principalmente naquelas cuja realidade socioeconômica torna inviável a instalação de sedes de cooperativas de crédito ou mesmo Postos de Atendimento Cooperativo (PACs)”, avalia o superintendente de Desenvolvimento Organizacional do Sicoob Confederação, Marden Soares. Autorizados e capacitados a atender os associados por meio de convênios, empresas e estabelecimentos comerciais contribuem para aumentar a capilaridade do Sicoob. 16 Eles oferecem ao público acesso aos mais variados serviços financeiros, como o pagamento de contas de água, luz, telefone, boletos bancários, entre outros. Para a cooperativa, menos custo operacional; para a população, um horário de atendimento diferenciado e maior comodidade. Sem custo algum, os estabelecimentos que atuam como Correspondentes recebem treinamentos e instruções sobre procedimentos para arrecadação e prazo de repasse dos valores, entre outras informações. “A própria cooperativa é orientada a treinar os novos Correspondentes e fornecer a infraestrutura necessária para o funcionamento. Não há dispêndio para o estabelecimento”, ressalta Alexandre Rebello Luiz, analista de Projetos do Sicoob Central Santa Catarina (SC). Resultados Com a simples operacionalização do serviço, farmácias, padarias, lojas de conveniência, postos de gasolina, entre outros estabelecimentos comerciais, estão encontrando no Correspondente Cooperativo a fórmula ideal para elevar as vendas. Arquivo pessoal Serviços Em Sooretama, região Norte do Espírito Santo, o empresário Sebastião Miranda Filho garante bons resultados, desde que se tornou um Correspondente Cooperativo, há três anos. O seu negócio apresentou significativo crescimento nas vendas, impulsionado pelo aumento do fluxo de clientes após a implantação do serviço. Após a implantação do serviço, o empresário Sebastião obteve resultados expressivos em sua empresa Além da ampliação dos negócios do estabelecimento comercial, o serviço possibilita maior remuneração direta do empresário, na forma de tarifa por documento recebido, e fortalecimento da imagem de sua empresa junto à comunidade. De acordo com o diretor-executivo do Sicoob Central ES, Francisco Reposse Junior, a remuneração por transação realizada varia conforme o tipo de documento que está sendo arrecadado. A média gira em torno de R$ 0,28 por autenticação. Números destaques Com 108 Correspondentes, o estado do Espírito Santo apresentou números notáveis em arrecadação. Em 2010, esses estabelecimentos responderam por 31,22% do volume de documentos arrecadados. Esse serviço é utilizado por toda a população (cooperado ou não), principalmente por quem não possui conta bancária. A única exigência para o empresário interessado em implantar o Correspondente é ser cooperado do Sicoob. Segundo a norma do Conselho Monetário Nacional, as cooperativas só podem manter operações de crédito com associados e, como o estabelecimento recebe um limite de crédito para operar como Correspondente, há necessidade, portanto, de sua associação ao Sicoob. Para Junior, o serviço de Correspondente gera remuneração por documentos recebidos e amplia os negócios do estabelecimento ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 17 Entrevista Primeira mulher a estar à frente do Desjardins, Monique Leroux tem uma atuação expressiva no cooperativismo de crédito Os caminhos de sucesso do Desjardins Monique Leroux credita o crescimento do cooperativismo de crédito às fusões e incorporações e à ampliação dos produtos e serviços ofertados Há 110 anos, os bancos canadenses da província de Québec só concediam empréstimos a empresas e pessoas físicas. As pessoas tinham que recorrer a agiotas, pagando juros abusivos. Incomodado com essa situação, o jornalista Alphonse Desjardins criou uma cooperativa com conceito de poupança e empréstimos, a fim de orientar e educar as pessoas sobre suas próprias finanças. Nascia, assim, o sistema cooperativo Desjardins. Tal como o Sicoob, cada cooperativa de crédito do Desjardins (conhecidas como caisses) é autônoma, porém integrada a uma grande rede de atendimento. Mais de um século depois, em Québec, o Desjardins é, de longe, a maior instituição financeira. O sistema tem forte atuação em Ontário e possui também filiais em todo o Canadá, totalizando 5,8 milhões de associados, 42 mil funcionários, além de 6 mil diretores eleitos. Tradução e colaboração de Lidiane Silva Menezes, formada em jornalismo pela Oklahoma City University, com mestrado em Administração de Empresas, também pela Oklahoma City University, e MBA em Cooperativismo de Crédito pela Fundação Getúlio Vargas 18 Um dos maiores e mais eficientes sistemas de crédito cooperativo do mundo é comandado por uma mulher. Monique Leroux preside o Conselho de Administração e atua como CEO (diretora-executiva) desde 2008. Primeira mulher a estar à frente do Desjardins, ela implantou seu modelo de gestão e diz que o crescimento do cooperativismo passa por fusões e incorporações, ampliação na oferta de produtos e serviços e investimentos em marketing. Confira a seguir sua entrevista exclusiva para a Revista Sicoob: REVISTA SICOOB - Qual é a relevância do Desjardins para a província de Québec, no Canadá? Quais são os seus principais números atuais e sua participação no mercado? Monique Leroux - O Desjardins é o principal agente financeiro de Québec e dominante em vários segmentos. Temos uma excelente fatia do mercado de empréstimos hipotecários (38%) e expressiva participação em poupança (43,4%), crédito agrícola (42,7%), crédito ao consumidor (22,8%) e empréstimos ao consumidor e industriais (25,4%). sua ação. Todos esses esforços, mais um excelente desempenho financeiro, nos permitiram ser nomeados "A Instituição Financeira do Ano 2010", no Canadá, pela revista The Banker. Estamos muito orgulhosos por essa conquista. No Brasil, o Sicoob tem intensificado a diversificação do portfólio de produtos e serviços, como seguros, previdência complementar e, em breve, consórcios. Com base na experiência do Desjardins, quais são as vantagens da ampliação do portfólio? O Desjardins atua em todos os segmentos da população? Adaptar, continuamente, a nossa oferta de serviços para melhor Como está dividida a receita do sistema? atender às expectativas de nossos associados e clientes tem nos Nossa organização cooperativa tem sido capaz de crescer, graças permitido obter maior penetração de mercado de todos os nosa nossa capacidade de atender a todos os segmentos da populasos negócios, em todo o país, mas, sobretudo, em Ontário e no ção, especialmente aqueles com rendimenoeste do Canadá, com incursões interessantos mais baixos e os que moram ou atuam tes. Somos a única instituição financeira que em áreas rurais. Mas, também servimos aos pode oferecer uma linha completa de produ“Nossa recente membros mais ricos. Como uma instituição tos. Isso nos permitirá estabelecer uma fidefinanceira cooperativa, parte de nossos exlidade dos associados, oferecendo um onereestruturação cedentes é redistribuída aos nossos coope-stop-shop (compra em uma só parada) para corporativa foi muito rados. Em 2010, os dividendos dos associatodas as suas necessidades financeiras. Além dos e as contribuições para a comunidade disso, há pouco, adquirimos o Western Fiimportante (patrocínios, doações e bolsas de estudo) nancial Group, o maior varejista de seguros e para nosso contínuo totalizaram US$ 385 milhões. Nossas prinserviços financeiros no oeste do Canadá, com sucesso. Ao longo cipais linhas de negócio contribuíram, na 121 escritórios nas províncias de Colúmbia seguinte proporção, para os nossos resultaBritânica, Alberta, Saskatchewan e Manitoba. dos próximos anos, o dos: Serviços Pessoais e Serviços EmpresaIsto nos permitirá expandir ainda mais a nossa grupo riais e Institucionais (58,5%), Gestão de Paoferta de serviços, em particular no setor de trimônios e Seguro de Vida e Saúde (19,4%) seguros de bens e acidentes pessoais. Desjardins focará na e Seguros de Propriedades e de Acidentes continuação do seu (7,2%). O processo de racionalização foi crucial para o sucesso do Desjardins? Quais são crescimento e do seu Como foi o resultado financeiro de 2010 os principais desafios atualmente? fortalecimento.” em relação a 2009? Nossa recente reestruturação corporativa foi Nossos ganhos excedentes combinados muito importante para nosso contínuo sucesso. Ao longo dos próximos anos, o grupo atingiram um recorde de US$ 1,4 bilhão em 2010, 34% a mais que em 2009. O retorno sobre o capital foi de Desjardins focará na continuidade do seu crescimento e do seu fortalecimento. Também vamos trabalhar no sentido de manter 11,6%. Nossa receita total foi de US$ 11,7 bilhões, o que represennossos índices de capital elevados e estabelecer novas alianças ta um aumento de cerca de 10% no final do ano fiscal de 2010. estratégicas em todo o Canadá. Também estamos empenhados O nosso balanço foi sustentado por uma capitalização de mais em reforçar a nossa responsabilidade social e programas de dede US$ 13 bilhões, um aumento de 15,1% em relação a 2009, e senvolvimento sustentável, que estão no cerne de nossa missão. nossos ativos totais são superiores a US$ 172 bilhões. Dito isso, os hábitos dos nossos associados têm mudado consideravelmente ao longo dos anos, com a ajuda das novas tecO que o Desjardins tem feito para manter a liderança do mernologias, como a internet. Hoje, apenas 5% das transações são cado em Québec e se sobressair perante os concorrentes? feitas no balcão, enquanto as transações realizadas pela internet Para garantir que continuemos a crescer a um ritmo constante, aumentaram 2.200% nos últimos 10 anos. Nossa rede de districentralizamos nossa equipe de gestão e simplificamos nossa esbuição deve-se adaptar a esse novo ambiente, a fim de melhor trutura, criando quatro setores de atividade, que representam os responder às expectativas dos nossos membros. principais mercados em que operamos: Gerenciamento de Portfólio e Seguro de Vida, Serviços Pessoais, Serviços Empresariais e O Sicoob prepara para outubro deste ano uma campanha Seguros Gerais. Essa nova estrutura está em consonância com o nacional de marketing. Qual a importância dos investimenPlano de Desenvolvimento, lançado no outono de 2008. Com o tos nessa área? tema “Cooperar para moldar o nosso destino”, o plano permitiInvestir em comunicação e marketing é essencial quando se trará que todo o grupo aperfeiçoe o desempenho e acelere o deta de explicar os benefícios da nossa diferença cooperativa. Aqui senvolvimento, baseando-se na força de seu capital humano e no Canadá, temos um conceito de publicidade em que o nome reafirmando que seus valores cooperativos são fundamentais à ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 19 Entrevista Desjardins, geralmente acompanhando a nossa logomarca (uma colmeia de abelha), passa a ter os nomes dos nossos membros, destacando o fato de que eles também são donos de suas cooperativas. Nosso novo slogan é "Cooperar na Construção do Futuro". Em sua opinião, quais os caminhos que o Sicoob e os demais sistemas devem seguir para impulsionar o crescimento do cooperativismo de crédito brasileiro? Eu sugiro que vocês reduzam os custos por meio da fusão e da incorporação entre as cooperativas de crédito. Eficiência e cooperação são o nome do jogo, mas não devem ser conseguidas à custa dos associados. Vocês também devem procurar manter uma forte base de capital social. Isso é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do Sicoob. As cooperativas não estão imunes à concorrência e é por isso que elas precisam ser o mais financeiramente sólidas possível, de modo a garantir o seu próprio futuro. Também é importante promover os diferenciais de uma entidade cooperativa. Essa não é apenas a base do negócio, mas é o elemento que a separa da concorrência. Além disso, o Sicoob e demais sistemas devem considerar a diversificação da oferta de serviços. Há, no Canadá, tratamentos diferenciados às cooperativas de crédito em relação ao sistema bancário convencional? A diferença fundamental entre as cooperativas e os bancos canadenses é que as cooperativas são regulamentadas provincialmente, enquanto os bancos são regulados pelo governo federal. Mas, de um modo geral, e como a maioria dos bancos, nós operamos em um ambiente empresarial altamente competitivo e globalizado. Temos também que levantar fundos nos mercados internacionais, por isso, devemos respeitar os mesmos padrões elevados em termos de requisitos regulamentares, governança corporativa e boas práticas de gestão de risco. Quais os projetos sociais desenvolvidos e apoiados pelo Desjardins? Todo ano, apoiamos uma série de importantes projetos na comunidade. Um em particular, do qual tenho muito orgulho, é o co-opme.D, lançado em março de 2011, em nossa Assembleia Geral Ordinária. É um vasto programa para desenvolver nossas atividades educativas e de cooperação. Vamos investir 1% da receita excedente no programa, trazendo a contribuição anual da organização para cerca de US$ 40 milhões neste ano. A nova iniciativa incidirá no reforço das ações da Fundação Desjardins, uma entidade privada que oferece bolsas de estudos nas universidades de Québec. O programa também vai beneficiar o Instituto Desjardins (DCI), nossa universidade corporativa, e revitalizar o programa Escola Caisse para educar os jovens. Hoje, mais de mil escolas primárias em Québec e 70 escolas primárias em Ontário têm uma escola ativa, e mais de cem mil alunos depositam as suas poupanças ali. 20 “Manter uma forte base de capital social é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do Sicoob.” Capa Quando a palavra final é delas Mulheres assumem liderança nas cooperativas de crédito Impecáveis em tailleurs e salto alto ou irreconhecíveis por trás de Equipamentos de Proteção Individual. As mulheres estão cada vez mais presentes em diversos setores do mercado de trabalho. Elas ainda ocupam espaço tímido em cargos de alta hierarquia, contudo esse cenário vem-se redesenhando. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ethos e pelo Ibope sobre o perfil das 500 maiores organizações do Brasil, é evidente a evolução da participação de mulheres no nível executivo, se comparados os números de 2007 e 2010: de 11,5% para 13,7%, um aumento de 2,2 pontos percentuais. Os resultados confirmam a contínua expansão da presença feminina no topo das empresas. O Sicoob acompanha essa evolução. Há diversas mulheres em cargos de liderança nas cooperativas. Munidas de valores como alta capacidade de trabalho em equipe, poder de persuasão e cooperação, elas reúnem o perfil ideal para uma atuação bem-sucedida junto ao cooperativismo de crédito, colaborando com a construção de um sistema sólido, presente nos quatro cantos do país. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 21 Capa A pioneira Foi em 1988 que a empreendedora Margarida Maria Alacoque idealizou e coordenou o processo de fundação da Cooperativa de Crédito da Região de Alpinópolis (Sicoob Credialp). Atualmente, ela é a diretora-presidente e, segundo pesquisas, foi a primeira mulher a ocupar esse cargo no Sistema. Sua administração é considerada modelo de gestão eficiente e austera. O Sicoob Credialp é uma alavanca no desenvolvimento de Alpinópolis (MG) e região. Com 40 anos de cooperativismo, ela também foi uma das primeiras mulheres a presidir uma cooperativa de produção no Brasil, a Cooprol. Durante sua gestão, a entidade presenteou o município com mais uma grande realização: a criação de uma rádio comunitária. Outro trabalho muito importante foi sua participação na implantação da Cooperativa de Ensino e da Associação Comercial de Alpinópolis. Reconhecida como “uma mulher de fé e confiante em Deus”, Margarida sempre atuou em benefício das causas sociais da cidade. “Um dos princípios do cooperativismo é o interesse e a preocupação com a comunidade. Por isso, sempre que pudermos, devemos proporcionar melhoria na qualidade de vida das pessoas”, afirma Margarida Cooperativista desde cedo O primeiro emprego, no cooperativismo de crédito, foi aos 16 anos. A recepção de uma pequena cooperativa do setor atacadista era responsabilidade de Fabiana Rui, mas parecia insuficiente para os sonhos da jovem, que logo começou a se envolver em outras funções, um tanto por curiosidade e outro por presteza. Escalada para cobrir as férias de um colega, ela não fez o caminho de volta à recepção. Ao contrário, foi promovida. “Tinha muita vontade de aprender e me apaixonei pelo trabalho”, enfatiza. Tempos depois, após se formar em Ciências Contábeis, Fabiana foi convidada para trabalhar na Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados das Empresas Industriais, Comerciais e de Assistência Técnica, nas áreas de Metalurgia e Material Elétrico das Regiões de São Paulo e Campinas (Credicont). Como estagiária, sua tarefa era colocar a parte financeira em ordem. “Eu ia para a entidade ‘caçar’ os funcionários para serem sócios”, brinca. Com o tempo e o empenho, apareceram novas atividades: auxiliar de assistência social e contabilidade, encarregada e gerente. Atualmente, cumpre seu segundo mandato como diretora-conselheira do Sicoob Central Cecresp, onde também passou pelo Conselho Fiscal. “Sempre fui muito curiosa. Se, no início da carreira, eu encontrei alguma resistência, hoje, isso não acontece mais”, afirma. Para levar a vida pessoal, precisou encontrar uma forma de estar junto das duas filhas. “Sempre que possível, elas viajavam comigo 22 para os seminários e as assembleias”. Também foi com 'jeitinho' e criatividade que Fabiana Rui criou uma banda, junto com os funcionários do Grêmio da cooperativa. O sucesso foi tanto que as apresentações em eventos cresceram. Hoje, ela se desdobra entre a família, a cooperativa e administração da Banda BSH. Soma que rende resultados Vinte e três anos de cooperativismo, todos eles passados na Cooperativa de Crédito do Alto Uruguai Catarinense (Sicoob Crediauc). Quando Maria Luisa Lasarim priorizou em sua vida o lado profissional, as mulheres estavam começando a galgar novos horizontes no meio cooperativista. “Havia pouquíssimas mulheres, principalmente nas presidências e gerências”, recorda. Formada em Direito e Ciências Contábeis, Maria Luisa começou como escriturária e atuou como gerente geral durante 13 anos, tempo em que esteve em contato direto com João Rech Netto, sócio número um do Sicoob Crediauc, a quem sucedeu na presidência. Ela foi eleita por unanimidade, pelos mais de 3 mil sócios presentes na Assembleia Geral Ordinária, para um mandato que se estende até 2015. “Mesmo me sentindo plenamente preparada, presidir o Sicoob Crediauc é, ao mesmo tempo, uma honra e um grande desafio.” Talvez a versatilidade seja a grande aliada desse momento. Antes da cooperativa, Lasarim exerceu outras tarefas, como a de operadora de som em uma rádio local. Já na cooperativa, fez diversos cursos e treinamentos, além de visitar a Espanha, para conhecer o modelo cooperativo de Mondragón. Chegar à presidência, para ela, foi um processo natural, que comprova a atuação feminina. “Não é uma disputa entre homens e mulheres. Prefiro pensar em soma, cooperação.” Líder nata “Se eu não me fiscalizar, falo de cooperativismo o tempo todo.” Para Telma Solange da Silva Souza, a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Servidores do INSS (Sicoob Cooprev), da Paraíba, é uma extensão de sua casa. Também pudera: Telma participou da sua fundação, em 1996, e foi membro do Conselho Fiscal por duas vezes. Em 2002, foi eleita para a Diretoria Financeira, numa gestão composta apenas por mulheres, sendo reeleita em 2005, outra gestão formada pelo sexo feminino. “Sempre fui muito atuante, independentemente do cargo”, afirma. A dedicação lhe garantiu a experiência necessária para assumir, em 2009, o cargo de diretora-presidente da Cooprev. “A intenção sempre foi contribuir para o desenvolvimento da Cooperativa. As ocupações dos cargos foram um processo natural”, afirma. Por falar em liderança, é preciso muita disciplina para cumprir a jornada tripla, que começa em casa, estende-se ao trabalho como servidora do INSS e culmina nas responsabilidades de uma D3iretoria, com encontros diários e trabalhos nos finais de semana e feriados. “Muitas vezes, fica difícil conciliar tudo. É preciso um verdadeiro malabarismo”, brinca. Quanto à participação das mu- lheres no cooperativismo, Telma se mostra otimista. “Nunca senti resistência por parte dos colegas. Apesar de achar que há pouca participação das mulheres, vejo que, aos poucos, elas estão chegando ao topo.” ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 23 Capa Talento de sobra “Se existia alguma mulher, eu não tinha nem conhecimento”, relembra Zélia Maria Alvez Rabelo, ao pensar na participação feminina em cargos de liderança, no início de sua carreira, por volta de 1989. Ela preside, há 17 anos, a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo de Servidores Públicos e Trabalhadores da Rede de Ensino da Região e Colar Metropolitano do Vale do Aço (Sicoob Cosmipa). Conhecendo a Cosmipa como a palma da mão, assumiu a presidência por necessidade, quando o cargo ficou vago, após a saída de um colega. Desde então, nunca mais saiu de lá. A intimidade com o cooperativismo vem de berço. Mesmo nunca tendo ouvido falar dessa forma de organização, vivenciou a proximidade e a colaboração no meio rural, onde está sua origem. “É algo que está incorporado em mim. Já na questão da liderança, as pessoas é que comentam. Muitas vezes, temos determinados talentos que nós mesmos nem imaginamos”, conclui. Esse talento nato é utilizado para levar adiante o trabalho da cooperativa, que não para de crescer. A fórmula? Formação adequada e identificação com o ideal. “Não faço questão de me promover. A relação de confiabilidade conquistada junto aos cooperados é a minha recompensa, reflexo de um trabalho bem feito por toda a equipe”, finaliza. Trabalho apaixonante Algumas carreiras acabam influenciando as outras. É o caso de Itália de Mello Castro, diretora administrativa da Cooperativa de Crédito da Microrregião do Alto Paranaíba (Sicoob Credisg), desde a sua fundação. Convidada para formatar o processo de constituição da Cooperativa de Crédito Rural de São Gotardo, em 1997, ela veio do sistema bancário, tendo trabalhado na extinta Minas Caixa durante 25 anos. “Quando cheguei ao Sistema, éramos apenas duas dirigentes, eu e a dona Margarida, de Alpinópolis. Hoje, somos um número bem maior. Vi as mulheres ganharem espaço no Sicoob em todo o Brasil”, conta. Aos 63 anos, ela reconhece que o sentimento de valorização encontrado no cooperativismo foi combustível de uma verdadeira paixão, refletida no profissionalismo com que ela, mãe de cinco filhos e avó de sete netos, conduz sua carreira à frente da Diretoria Administrativa da Credisg e Conselho Fiscal do Sicoob Central Crediminas, do qual é membro pelo terceiro mandato. 24 Juntas rumo ao sucesso É no coração de Rondônia (RO) que uma trinca de mulheres conduz, com firmeza e elegância, a primeira cooperativa de empresários da região Norte do país. Um mix entre uma baiana, uma gaúcha e uma paulista, que sabem utilizar a diversidade cultural e a emoção na medida certa para cuidar da Cooperativa de Crédito dos Empresários de Jí-Paraná/RO (Sicoob Emprecred). “A mulher é mais cautelosa, cuidadosa. Por isso, ela pensa um pouco mais antes de tomar decisões”, afirma Raquel Graeff, presidente da cooperativa desde sua fundação, em 2006. Ao seu lado, outras duas mulheres de fibra: a diretora administrativa e amiga desde os tempos da faculdade de Administração de Empresas, Cleusa Tarnoschi, e a diretora operacional, Raquel Vian. Juntas, e contando com uma equipe de 23 funcionários, elas trabalham pelo sucesso da cooperativa que, após cinco anos, já possui dois pontos de atendimento e mais de 700 associados. Empreendedoras Conheça outras mulheres que ocupam cargos de direção em cooperativas de crédito Ana Maria de Faria Costa Diretora financeira do Sicoob Credialto Manuele Maria Fritzen Diretora-presidente do Sicoob Credioeste Ana Balsan Presidente do Sicoob Transcredi Maria Madalena Fernandes Rocha Diretora administrativa do Sicoob Credicitrus Carla Maria Gonçalves Correa Generoso Presidente do Sicoob Credicenm Maria Teresa Soares Presidente do Sicoob Coopercred Edneia Aparecida Vieira Brentini de Almeida Diretora de Crédito Rural do Sicoob Credicocapec e Conselheira de Administração do Sicoob Central Cocecrer Nadir Lulu Ferreira da Costa Presidente do Sicoob Médio Oeste Eliza Goulart Conselheira de Administração do Sicoob Credialto Elizabete de Fátima Vivian Borba Diretora-presidente do Sicoob Credpom Encarnação Manzano Diretora administrativa do Sicoob Credlíder Heloisa Morato Diretora financeira do Sicoob Credpit Rejane Almeida Presidente do Sicoob Credicoop Rosa Maria Bicalho Presidente do Sicoob Credifisco Selma Carraro Arantes Conselheira administrativa do Sicoob Aracoop Simone Braga Diretora administrativa do Sicoob Credicopa Lousanne Cavalcanti Barros Resende Diretora financeira do Sicoob Nossacoop ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 25 gestão Determinação feminina Elas participaram da estruturação do Sicoob Confederação. E fizeram a diferença Imagine uma situação: você trabalha em uma empresa com pouco mais de 30 pessoas. Está acostumado com rotinas de trabalho que já são intensas. De repente, da noite para o dia, a organização recebe mais de 300 funcionários, de uma só vez. Do campo da imaginação para a realidade, esse foi um dos desafios no caminho da estruturação do Sicoob Confederação. À frente desse processo, mulheres determinadas, que arregaçaram as mangas e enfrentaram a tarefa de colocar ordem na casa, ajudando a Confederação a atingir sua proposta: fortalecer o Sistema Cooperativo de Crédito no Brasil. Daniela Pinheiro Cancian, Débora Márcia Bruno, Giovana Altoé, Tatiana Matos Rodrigues e Sylvia Serabion começaram suas atividades no Sicoob Confederação quase à mesma época, trazendo na bagagem experiência adquirida em cooperativas singulares, centrais e no Bancoob. Assim, tinham o manejo necessário para realizar uma transição segura, apesar das dificuldades. Ao assumir a responsabilidade de sanar problemas e dar respostas com importante repercussão no Sistema, o Sicoob Confederação exigiu muito trabalho e esforço de uma equipe ainda pequena. “Na área de Normas, da qual atualmente faço parte, uma das maiores dificuldades foi iniciar o processo de padronização normativa. Falar em instrumentos e rotinas-padrão para um sistema que, até então, era composto de muitas realidades distintas foi algo desafiador e complexo”, afirma a gerente de Normas (Genor), Daniela Cancian. Atual surpevisora de Comunicação e Marketing, Débora Bruno passou pelo primeiro desafio na Confederação com a organização sistêmica da Comunicação e do Marketing, que envolveu um intenso trabalho de gestão e estímulo ao uso da marca Sicoob. 26 Da esq. para a dir.: Tatiana; Daniela; Giovana; Sylvia e Débora: talento, dedicação e compromisso que fizeram a diferença ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 27 Gestão AI/JUN 0 ANO 2 - N 6 - ABR/M 2011 UMA REVISTA DO S DE CRÉDITO DO RATIVA SISTEMA DE COOPE BRASIL O novo lado da moeda Brasil, Banco Central do o Na Presidência do pelo cooperativism a a sua admiração Tombini express r seto ra apoio ao reite e ito créd de Governança ão inaugura Sicoob Confederaç rnança gove novo modelo de Jurídico do STJ Decisão histórica sistêmicos fortalece pilares Foram inúmeras viagens às centrais e singulares, reportando a importância de uma identidade forte e fiscalizando a aplicação da marca pelas cooperativas. Em 2009, outro desafio, talvez o maior de sua carreira: a criação da Revista Sicoob e a mudança da marca e da identidade visual do Sistema. “Só tínhamos três pessoas na área. Mesmo assim, conseguimos coordenar e desenvolver todas as atividades”, enfatiza. Determinação e trabalho exaustivo, somados ao apoio da Diretoria-executiva do Sicoob Confederação e do Bancoob, garantiram o lançamento da marca, da Revista Sicoob e de uma prévia do Manual de Identidade, em fevereiro de 2010. Fruto do desempenho positivo, a Diretoria autorizou a estruturação da Gerência de Comunicação e Marketing (Gecom), hoje com 19 profissionais. Quando chegou ao Sicoob Confederação para compor o Núcleo de Desenvolvimento Organizacional, Tatiana Rodrigues não encontrou uma área de gestão de pessoas formada. “Entrei para a entrevista sem entender bem o papel da Confederação. Em poucos minutos de conversa, estava completamente apaixonada pelo desafio,” conta. Pulso firme diante das mudanças Giovana Altoé, atualmente assessora da Controladoria, chegou à Confederação para integrar a Gerência de Monitoramento e Apoio à Decisão (Gemad). Sua experiência nas áreas Contábil e Financeira foi necessária para desenvolver um trabalho que classifica como árduo e contínuo, indo da normatização de processos internos à política de frequência para a implantação do ponto eletrônico. “Participamos de diversas discussões para o mapeamento dos processos administrativos da Confederação. Sem processos definidos e instituídos, não existe uma orientação de trabalho”, explica. 28 Outro ponto importante nessa fase foi a reestruturação da área Administrativa e Financeira (Seafi). “Aos poucos, percebemos que a estrutura de seis pessoas estava subdimensionada para a quantidade de atividades sob nossa responsabilidade”, afirma. Passados três anos e meio, a área se transformou na Gerência Administrativa e Financeira (Geafi) e conta hoje com 25 funcionários. Entra em cena a Tecnologia O marco de todo o processo estrutural foi a transferência da área de Tecnologia da Informação (TI) do Bancoob para o Sicoob Confederação, envolvendo mais de 300 profissionais e uma série de adaptações. Um mundo novo se abria, e organizar os departamentos para atender às novas demandas não foi tarefa fácil. Uma das principais dificuldades foi a contratação de muitos empregados sem uma área de RH estruturada. "Nosso quadro funcional aumentou 160% da noite para o dia. A nossa sorte é que os profissionais da Confederação aprenderam a trabalhar muito com o pouco”, ressalta Tatiana, hoje gerente de Gestão Estratégica de Pessoas (Gepes). As mudanças englobaram todos os setores. Débora, por exemplo, teve que ampliar o foco de suas ações, até então voltado para as centrais e singulares. Contando com a ajuda de um estagiário, ela se viu às voltas com a publicação das ações realizadas. “Com a vinda da TI, o diretor, os superintendentes e os gerentes começaram a solicitar campanhas de divulgação dos produtos e serviços desenvolvidos,” lembra. Outra que se recorda bem das adaptações necessárias é Sylvia Serabion, gerente da Auditoria (Geaud). Para ela, preparar a Confederação para a recepção de mais 300 novos colaboradores, entre funcionários e terceirizados, exigiu muito esforço, tanto no aspecto administrativo quanto no cultural. “Nosso pensamento era voltado para o desenvolvimento do Sistema e do cooperado, e os novos funcionários vinham de um ambiente financeiro”, ressalta. “Precisamos voltar nossas atenções imediatamente para a estruturação de nossas rotinas, de forma que pudéssemos iniciar essa nova fase, com organização e transparência”, endossa Daniela. Diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação, Ricardo Antonio de Souza Batista, acompanhou de perto esse processo. “De repente, todos os artigos tecnológicos tiveram que ser instalados e as pessoas acomodadas. A área de Recursos Humanos, por exemplo, tinha apenas uma funcionária e uma estagiária. Imagina a loucura que foi cuidar da contratação de mais de 300 pessoas e dos afazeres diários,” observa. O presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Menezes, credita o sucesso organizacional da entidade ao trabalho dessas funcionárias. “Elas eram a maioria entre os gestores. Portanto, as mulheres da Confederação foram e são até hoje as grandes responsáveis pela nossa estruturação administrativa”, reconhece. ponto de vista O segredo da boa gestão Para isso, o Sicoob SC conta, desde o ano 2000, com uma Escola de Dirigentes e Executivos (Edex). Até dezembro de 2010, foram investidos R$ 3,7 milhões para realizar 280 cursos, com 677 turmas, num total de 18.563 participantes. Além disso, o Sicoob SC tem estimulado a participação em cursos de especialização e organiza, para 2012, a quinta viagem internacional, porque acredita que o intercâmbio e a troca de experiências possibilitam ampliar a visão estratégica dos dirigentes e capacitá-los para os desafios de uma sociedade em acelerado processo de mudanças, sobretudo tecnológicas e, portanto, também de comportamento. É preciso saber identificar oportunidades, antecipar demandas, estar em fina sintonia com as necessidades e os desejos dos associados e clientes. E, ao mesmo tempo, disseminar os princípios cooperativistas, que são o nosso grande diferencial – ou seremos apenas mais uma instituição financeira. O governo e o parlamento podem oferecer uma importante contribuição para que mais brasileiros participem de um sistema democrático, transparente e solidário, que não é baseado no lucro, mas na distribuição dos resultados alcançados por todos. Em uma cooperativa de crédito, o associado ou o cliente é também dono do negócio. O esforço de ampliar os horizontes do cooperativismo tem sido constante no Sicoob SC, que espera terminar a atual gestão, em 2014, com a instalação de um Ponto de Atendimento ou um Correspondente Cooperativo em todos os municípios catarinenses. Atualmente, estamos presentes em 70% dos municípios. Investir na capacitação de dirigentes e funcionários, na conscientização dos associados, na fiscalização das normas, em novas tecnologias, em comunicação e marketing – entre outros – e conhecer profundamente os processos de gestão de uma cooperativa de crédito são a base de uma receita que tem tudo para dar certo. Quando a isso se juntam disciplina, trabalho, criatividade e entusiasmo pela causa do cooperativismo de crédito, eis a chave, o segredo do sucesso. Sicoob Confederação O Sistema Sicoob, líder em cooperativismo de crédito no país e em Santa Catarina, tem investido, cada vez mais, na capacitação de dirigentes e funcionários, porque acredita que a gestão é fundamental para crescer e ampliar a participação no mercado. Planejar, executar e fiscalizar são verbos importantes para avançar rumo a novas conquistas. Mas, não basta crescer, é preciso consolidar os avanços. Crescer com segurança. Natural de Tubarão (SC), Rui Schneider da Silva é economista e advogado. Possui pós-graduação e MBA, com extensão no Canadá e Espanha. Iniciou a sua trajetória no cooperativismo de crédito em Concórdia, no Oeste de Santa Catarina. Foi sócio-fundador e o primeiro presidente da Cooperativa de Crédito Rural Alto Uruguai Catarinense (Crediauc), onde exerce atualmente a função de vice-presidente. Elegeu-se presidente do Sicoob Central SC em 1999, reelegendo-se em 2002, 2006 e 2010, com mandato até 2014. É também presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), integrante do Conselho Fiscal do Sescoop/SC – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – e membro do Ceco – Conselho Especializado de Crédito da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras. Por Rui Schneider da Silva Presidente do Sicoob Central SC ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 29 artigo A atual política econômica e seus impactos O governo Dilma, por meio do Ministério da Fazenda e do Banco Central do Brasil (BC), tem adotado um conjunto de medidas nesse sentido. De forma geral, elas se orientam por dois eixos principais: a reversão das políticas anticíclicas utilizadas durante a crise mundial de 2008 e a manutenção da política de ajuste da taxa básica de juros. Tais medidas são acrescidas, ainda, de ações complementares de desaceleração do crédito para consumo, sobretudo, de bens duráveis. As medidas macroprudenciais adotadas abrangem uma série de fatores, relacionados ao requerimento de capital para operações de crédito de longo prazo, aos instrumentos de captação de recursos, às alíquotas de compulsório sobre depósitos à vista e a prazo, ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e ao uso de cartões de crédito. A esse conjunto de medidas, somam-se as novidades regulamentares provenientes do Comitê de Basileia e a nova realidade cambial do Brasil, que tende a trazer uma complexidade adicional à gestão do risco de mercado de instituições bancárias de pequeno e médio portes. 30 Em sua maioria, as decisões governamentais devem produzir um efeito positivo para o cooperativismo de crédito. Isso ocorre porque a maior parte das alterações no regime tributário e de compulsórios – que foi agravado para os bancos – não abrange o segmento. Especialmente com relação aos bancos pequenos e médios, mais impactados pelas mudanças implementadas pela política econômica atual, as cooperativas encontram-se em posição diferenciada de atendimento, possuindo melhores condições para manutenção das taxas de juros nos mesmos patamares, enquanto as taxas dos bancos devem continuar subindo. Esses diferenciais terão melhor percepção nas linhas de crédito estruturadas com recursos próprios das cooperativas, tais como: cheque especial, crédito consignado, desconto de recebíveis e financiamento direto ao consumidor. Por sua vez, as cooperativas com melhor posicionamento no “índice de Basileia” se encontram em situação vantajosa, pois poderão usar a folga de limite no fomento de novas operações de crédito. É importante ressaltar, também, o valor estratégico dos depósitos à vista, uma vez que a proporção desse tipo de depósito sobre a captação total influi diretamente na definição do custo médio de captação da cooperativa, reduzindo-o. Nesse sentido, dois produtos do Sicoob ganham destaque por estimularem o crescimento dos saldos em conta-corrente: o débito automático (PF) e a cobrança bancária (PJ). Concluo, dessa forma, que o diferencial competitivo proporcionado pelo ambiente econômico torna-se mais efetivo quando associado a estratégias próprias de atuação. Para isso, o Bancoob e o Sicoob Confederação, com amplo apoio das centrais, têm trabalhado firmemente no desenvolvimento de produtos e serviços que atendam amplamente às necessidades das cooperativas de crédito Sicoob. Vale a pena conhecê-los! Por Marco Aurélio Almada Diretor-presidente do Bancoob Bancoob O Brasil tem apresentado índices de crescimento econômico superiores aos observados nas economias consideradas desenvolvidas. No entanto, na comparação com outras economias emergentes, o país apresenta crescimento modesto. Um exemplo disso é que, em recente avaliação do crescimento alcançado pelo grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), figuramos na penúltima posição, à frente apenas da Rússia. Entre as justificativas dessa performance, destaca-se o fato de a política econômica nacional estar voltada, atualmente, para a contenção do processo inflacionário. Jurídico Nova regulamentação sobre cheque Sicoob Confederação No último dia 28 de abril, o Conselho Monetário Nacional aprovou a Resolução no 3.972, que estabelece novas regras sobre o uso de cheques. O objetivo almejado com essa medida é “aumentar a segurança, a transparência e a credibilidade desse instrumento de pagamento”. situações que implicam possibilidade de interrupção ou não fornecimento de folhas de cheques. Em caso de efetivação de sustação ou revogação de cheques, foi mantida a exigência de solicitação formalizada pelo interessado, não cabendo, no entanto, à instituição o julgamento sobre o mérito ou a relevância da justificativa apresentada. A Resolução no 3972 confere às instituições financeiras a responsabilidade de conscientizar os seus correntistas sobre Entretanto, no que diz respeito a solicitaas regras de fornecimento e uso dos cheções de sustação ou reques, cumprindo ressaltar: vogação de cheques baa) a disciplina no uso do "O objetivo seadas em furto, roubo cheque, bem como as práticas que podem ocasionar almejado com essa ou extravio, passou a ser a apresentação abuso de direito, é incommedida é aumentar exigida do respectivo boletim patível por parte do emide ocorrência, lavrado tente; b) e as sanções resula segurança, a pela autoridade policial. tantes do uso inadequado transparência e a Uma vez efetivada a susdesse meio de pagamento, além das medidas em que credibilidade desse tação ou a revogação com base nesses motipodem incorrer o emitente instrumento de vos, não poderá haver infrator. pagamento”. anulação do pedido. A nova regulamentação Objetivando facilitar a impõe às instituições ficobrança de cheques, as instituições financeiras a obrigatoriedade de adequar nanceiras devem fornecer ao beneficiário os seus sistemas de controle e acompanhamento das contas-correntes, com visde cheques devolvidos em razão de insufitas a detectar comportamentos incompaciência de fundos, sustação ou revogação, tíveis com a disciplina de uso de cheques. desde que não motivada por furto, roubo Caso a instituição verifique a ocorrência de ou extravio, o nome completo e os endeinfração à legislação de regência dos chereços residencial e comercial do emitente ques, deve adotar as seguintes medidas: do cheque. No caso de sustação ou revoa) orientar o correntista; b) expedir uma gação não motivada por furto, roubo ou notificação formal, advertindo sobre a inextravio, a instituição deve fornecer, ainda, fração constatada; c) suspender o fornecópia da solicitação formal apresentada cimento de uso de cheques; d) em casos pelo correntista. mais graves, proceder ao encerramento da conta-corrente. Resta, agora, verificar e acompanhar a implementação das medidas recém-anunOs contratos de abertura de conta de deciadas, para verificar o impacto e a eficácia pósito à vista, por outro lado, devem preque irão proporcionar. ver regras para o fornecimento de folhas Por Léo Dias de cheque; as sanções aplicáveis em caso Gerente jurídico do Sicoob Goiás Central de infração às mencionadas regras e as ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 31 Produto Líderes do Sicoob recebem homenagem na Argentina Cartão Cabal renovado e fortalecido Divulgação Inovações no produto ampliam parceria, gerando mais negócios Assim que decretado o fim da exclusividade do relacionamento entre as bandeiras e os seus credenciadores no Brasil, a Cabal, inaugurando o novo momento do mercado de cartões no país, tratou de firmar parceria – a primeira nesse contexto de abertura – com a Redecard. Com isso, a Cabal deixa de ser uma bandeira regional (35 mil comércios credenciados) para tornar o seu plástico, nas suas funções clássicas de crédito e débito, aceito em mais de 1,2 milhão de estabelecimentos em todo o país. O próximo passo para a expansão da base de cartões inclui tratativas para a aceitação do Cabal nas máquinas e nos equipamentos da Cielo (ex-Visanet), o que elevará a Cabal a um verdadeiro produto sistêmico de meio de pagamento, compondo, com o diferencial de bandeira própria, a família SicoobCard. “A solução contempla as funcionalidades de crédito e débito, e os pré-pagos, vales alimentação e refeição”, ressalta o superintendente da Cabal Brasil, Marcos Borges. “Além do novo design, com 32 a revitalização da marca, os cartões têm os custos mais atrativos e, em breve, conterão a tecnologia chip”, adianta o diretor operacional do Bancoob, Ênio Meinen. O cartão do Sicoob, o cartão do Mercosul Entre os eventos de relançamento do cartão, o grande momento foi a visita, entre os dias 11 e 14 de maio, dos presidentes e principais executivos das centrais, da Confederação, do Bancoob e da Cabal Brasil às instalações da Cabal Argentina (sócia do Bancoob no Brasil) e do Banco Cooperativo Credicoop, em Buenos Aires. A comitiva do Sicoob, composta por 36 representantes, foi recebida sob a liderança dos presidentes da Cabal Argentina, Rubén Vásquez, e do Banco Credicoop, Carlos Héller, que estavam acompanhados do primeiro quadro de executivos de ambas as empresas, incluindo os diretores da Cabal no Paraguai e no Uruguai. Parceria confirmada Confira alguns depoimentos de líderes cooperativistas sobre a importância e o significado do intercâmbio "A visita à Cabal Argentina foi muito proveitosa para ampliarmos os laços de relacionamento e para melhor conhecermos nossa parceira. O intercâmbio foi importante para estreitarmos entendimentos e definirmos novas estratégias para os cartões Cabal no Brasil. Acredito que ações como essas promovem o crescimento do nosso Sistema". "A visita deixou claro pelo menos dois fatos: somos um Sistema e, portanto, devemos atuar como tal; e temos o nosso cartão. Com as mudanças ocorridas no setor, o desafio agora é o de tornar o cartão Cabal o primeiro cartão de nossos 2 milhões de associados Sicoob em todo o país. Mais que um desafio, é um compromisso.” José Salvino de Menezes Diretor-presidente do Sicoob Confederação Ciro Buldrini Filogonio Presidente do Conselho de Administração do Bancoob “A visita à Cabal Argentina foi um momento especial, no qual todos os presentes puderam conhecer com mais profundidade os produtos Cabal, o sistema cooperativo que lhe deu origem e os mais de 10 anos de história que temos juntos. Ficou claro que temos nas mãos um produto consistente, que deve, com certeza, tornar-se um diferencial importante para o Sicoob.” “Essa visita se mostrou de fundamental importância, já que permitiu que nos conhecêssemos mais, tanto no aspecto pessoal como institucionalmente falando. Dessa união, surgirá, com certeza, a consonância, no campo ideológico, dos princípios cooperativos, assim como possibilitará afinar os laços de afeto e irmandade entre os dirigentes de nossas instituições.” Marco Aurélio Borges de Almada Abreu Diretor-presidente do Bancoob Rubén Vásquez Presidente da Cabal Argentina “Nos sentimos realmente honrados e felizes em receber a delegação dos companheiros do Sistema Sicoob na sede do nosso Banco Cooperativo. Isso nos permitiu realizar um rico intercâmbio de ideias e experiências, com intuito de prestar melhor atendimento aos nossos associados, oferecendo-lhes produtos e serviços financeiros de alta qualidade e preço justo. Ambas as instituições demonstram, na prática, que é possível unir democracia e eficiência, o grande desafio do cooperativismo.” Carlos Héller Presidente do Banco Credicoop Em síntese, o encontro, inédito na história do cooperativismo no Brasil e na Argentina, aproxima ainda mais as entidades e consolida a sociedade entre Sicoob, Cabal e Credicoop, reafirmando o compromisso com a expansão da Cabal no Brasil, agora não mais apenas como processadora, mas também como bandeira sistêmica, condição que eleva muito a sua importância como ativo estratégico do Sicoob. Comitiva do Sicoob visitou as instalações da Cabal Argentina e do Banco Credicoop ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 33 Responsabilidade social Sicoob ajuda a cativar sorrisos Apoiada por cooperativas, Fundação CDL-DF lança projeto para prestar atendimento odontológico a crianças e adolescentes de Brasília e cidades satélites No sorriso de criança, mora a verdadeira alegria. Para a Fundação CDL-DF, cooperativas do Sicoob e outros parceiros, a alegria somente fica completa se vier acompanhada de um belo e bem cuidado sorriso. E é isso é a isso que se propõe o projeto Cativando Sorrisos: cuidar da saúde bucal de crianças e adolescentes socialmente desfavorecidos. Iniciado em julho deste ano, o projeto deverá contemplar cerca de 2 mil crianças e adolescentes de 20 instituições, creches e abrigos do Distrito Federal, assistidos pela Fundação. “Tínhamos vontade de trabalhar com iniciativas sociais de grande impacto. Com o Cativando Sorrisos, temos a oportunidade de fazer a diferença na sociedade”, diz o presidente da Fundação CDL-DF, Diógenes Taroni da Silva, que também é procurador da Diretoria-executiva do Sicoob Credilojista. O atendimento é realizado nas próprias dependências das instituições, por meio de duas dentistas e uma auxiliar de serviço bucal, dentro de um veículo equipado. “Ficamos estacionados quantos dias forem necessários para atender todas as crianças e os adolescentes de cada local. Aquelas que necessitarem de atendimentos mais complexos serão encaminhadas às clínicas parceiras”, ressalta. Atendimento especial O primeiro atendimento do consultório odontológico (odontomóvel) foi realizado na instituição Obras das Filhas do Amor de Jesus Cristo, em Gama, formada pelo Centro de Convivência Divino Espírito Santo Creche Escola e pela Casa do Menino Jesus, que oferece apoio para crianças e adolescentes acometidos por câncer, oriundos de outros estados e que, durante o tratamento nos hospitais de Brasília, ficam abrigados no local. Ao todo, foram atendidas 150 pessoas. “Tínhamos casos de crianças que não se alimentam direito por falta de tratamento 34 Beneficiado pelo programa Cativando Sorrisos recebe atendimento Além do atendimento às crianças, as mães e as gestantes receberam orientações de como cuidar da saúde bucal dos filhos. “O atendimento é exclusivo às crianças. Não vamos atender seus parentes nem os funcionários das instituições”, frisa Taroni. Divulgação odondológico. Estamos em estado de graça e muito felizes com o apoio da Fundação CDL-DF”, diz a coordenadora da instituição, Alda Menezes. Apoio Sicoob O Sicoob Central DF, Sicoob Credfaz e Sicoob Credilojista são apoiadores do Cativando Sorrisos, que demanda investimentos mensais de R$ 15 mil para custear os funcionários, a empresa que recolhe o lixo hospitalar e a manutenção do “odontomóvel”. O presidente do Sicoob Central DF e Sicoob Credfaz, José Alves de Sena, acredita que, com o lançamento do projeto, outras cooperativas do Sicoob irão apoiá-lo. “Nossa expectativa é que, conhecendo melhor sua importância e seu funcionamento, as cooperativas do Distrito Federal e algumas de outras regiões adotem o Cativando Sorrisos”, destaca. Além do Sicoob, os outros apoiadores do projeto são: CDL-DF, Drogaria Rosário, CTIS, Casa dos Parafusos, Só Reparos, P7 – Grupo Peugeot, Millenium e Nara Veículos. Sócio Benemérito Você também pode ajudar! A Fundação CDL-DF lançou o projeto Sócio Benemérito, no qual as pessoas físicas e jurídicas podem fazer doações em dinheiro, de qualquer quantia, a fim de contribuir para a manutenção do Cativando Sorrisos. Os interessados em contribuir com o projeto devem entrar em contato com a Fundação pelo e-mail [email protected]. “O próximo passo é estruturar o projeto para que tenhamos recursos suficientes para adquirir e manter um segundo veículo, e ampliar ainda mais o atendimento às crianças carentes”, antecipa Taroni. Divulgação Representantes do Sicoob DF posam em frente ao odontomóvel: parceria que beneficiará, ao todo, 2 mil crianças ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 35 eventos As vitrines do Sicoob Para fechar negócios ou aumentar sua divulgação, cooperativas de crédito apostam em eventos regionais e nacionais Os publicitários defendem a ideia de que “quem não é visto, não é lembrado.” O universo do marketing acredita que para a marca ser lembrada e conhecida pelos seus clientes é preciso que a empresa a promova. As cooperativas do Sicoob tiram essa lição de letra e fazem essa divulgação por meio de patrocínios a grandes eventos regionais e nacionais, fortalecendo não só o nome da entidade, mas também o cooperativismo de crédito. Segundo Andréa Hollerbach, gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação, a entidade tem o papel de incentivar e estimular a divulgação das cooperativas, com o apoio na produção do material gráfico e a obtenção de maior espaço nos veículos de comunicação. “Damos o suporte para manter a padronização na imagem da marca. Além disso, esses momentos viabilizam o fechamento de novos negócios”, ressalta. Em contrapartida ao patrocínio, os organizadores dos eventos oferecem a divulgação da marca da cooperativa em diferentes espaços, nas festas ou feiras, onde, geralmente, circulam milhares de pessoas. “Por meio dessas iniciativas, conseguimos difundir as vantagens do cooperativismo e do Sicoob, não só fortalecendo a marca, mas também mostrando uma forma diferente de crédito, mais humana e mais justa”, completa Andréa. 36 Divulgação Propaganda trilegal O Sicoob Central SC, por meio de suas cooperativas, tem forte presença em eventos de grande porte que são realizados em várias cidades do estado de Santa Catarina. A Cooperativa de Crédito Rural de Urubici (Sicoob Crediaraucária) é um exemplo. Ela é patrocinadora da Festa Nacional das Hortaliças, que, neste ano, aconteceu entre os dias 24 e 27 de março, no Parque de Exposições da cidade. O evento contou com exposição, feira de hortaliças, rodeio, feira do gado e shows. Durante os três dias, cerca de 30 mil pessoas passaram pelo local. “Há 10 anos, patrocinamos esse evento, que é muito importante para a nossa região, cujo destaque é a comercialização de hortifrutigranjeiros e de gado de corte e de leite”, comenta o presidente do Sicoob Crediaraucária, Elmo Meurer. O patrocínio, além de trazer visibilidade para a marca, é uma oportunidade de promover o desenvolvimento cultural. “Com a festa, a cidade recebe muitos turistas, e a presença do Sicoob Crediaraucária propaga o seu nome pela região, além de informar sobre os nossos serviços”, pontua. A cooperativa também patrocina a Festa do Milho Verde, que nestre ano aconteceu de 6 a 8 de março, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Para ter sua marca exposta na segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest, o Sicoob Blucredi fechou uma parceria com a Prefeitura Municipal de Blumenau, desde 2000, ficando responsável pelo gerenciamento das cobranças de ingressos e dos serviços financeiros da festa. Com essa participação, a cooperativa tem direito a inserções da marca em espaços do evento que, neste ano, acontece de 6 a 23 de outubro. “Além do retorno financeiro, em razão da prestação do serviço, a cooperativa tem um considerável ganho em imagem institucional e, sobretudo, na agregação de credibilidade aos seus serviços”, pondera Marcel Siebert, diretor-secretário do Sicoob Blucredi. Durante o evento, a entidade promove a Noite do Associado, quando os cooperados têm acesso livre à festa. “É uma ação de relacionamento que já se tornou tradição entre os associados”. A tradicional festa alemã Oktoberfest conta com o apoio do Sicoob Blucredi Integração e maior visibilidade A máxima “a união faz a força” é confirmada com a integração entre associações na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, por meio da participação da Cooperativa de Crédito Maxi Alfa de Livre Admissão de Associados (Sicoob Maxicrédito). Em 1999, foi criado o Pavilhão das Cooperativas na Exposição Feira Agropecuária e Comercial de Chapecó (Efapi). “Neste ano, o diferencial consiste em um estande próprio, destacando o atendimento ao associado e ao visitante, os diversos produtos e serviços e a divulgação na nova marca”, conta o diretorsecretário do Sicoob Maxicrédito, Ari José Roman. O resultado da visibilidade é logo percebido nas semanas seguintes ao evento, que, neste ano, acontece de 7 a 16 de outubro. Quem vai viver essa experiência pela primeira vez é a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Oeste Catarinense (Sicoob Oestecredi), que irá apoiar o maior evento da cidade de Palmitos (SC), a Festa do Vinho Colonial. Realizado desde 1997, o festejo oferece atrações para a comunidade, como concurso do melhor vinho colonial, feiras de produtos coloniais e agroindustriais, mostra de pequenos animais e da indústria moveleira, entre outros. “O objetivo é mostrar a potencialidade econômica do município e fortalecer a nossa busca por diversificar e fomentar economicamente a atividade agrícola,” comenta Michele Bondan Bortoli, gerente do Sicoob Oestecredi. Em 2011, o evento ocorreu de 10 a 12 de junho e recebeu mais de 60 mil pessoas. O Sicoob Maxicrédito apostou em um estande na Efapi ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 37 Eventos Divulgação Fechando negócios Goiânia também tem força no apoio a grandes eventos, com destaque para os do segmento de negócios. Há 16 anos, é realizada a Convenção de Vendas (Covendas), da Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de Goiás (Adag). A Cooperativa de Crédito dos Distribuidores e Atacadistas das Regiões de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Ceres, Rialma e Anápolis (Sicoob Crediadag) é a patrocinadora oficial do evento. Fazer negócio também é o lema da Tecnoshow Comigo, que aconteceu em Rio Verde, de 12 a 16 de abril. Com o patrocínio e o estande, a Cooperativa de Crédito Rural de Rio Verde (Sicoob Credi-Rural) fechou negócios no total de R$ 15 milhões, repassando R$ 6 milhões de recursos aos associados. Também trocamos experiências entre cooperativas de toda parte do país, já que vêm pessoas de outras cidades para o Tecnoshow Comigo”, explica o diretor-administrativo do Sicoob Credi-rural, José Antônio Nogueira Júnior. O Sicoob Credi-Rural participa de eventos para fortalecer a marca no setor e ampliar o número de associados Divulgação Realizado em 26 de fevereiro, a Covendas buscou aperfeiçoar a mão de obra na área de vendas, por meio de palestras de conteúdos prático e motivacional, para 2,5 mil vendedores participantes. “Com a divulgação da cooperativa, percebemos uma reação imediata nos dias posteriores ao evento e um aumento no número de adesões de cooperados", diz Dalton Souza Barros Thomáz, presidente do Sicoob Crediadag e da Adag. Palestras motivacionais fizeram parte da programação do Covendas, patrocinado pelo Sicoob Crediadag Divulgação Brasília também não fica de fora. Cerca de 60 mil pessoas passaram pelos cinco dias da Agrobrasília, uma feira de tecnologia e negócios voltada ao agronegócio, que aconteceu de 17 a 21 de maio. No estande compartilhado pelo Sicoob Noroeste de Minas e pela Cooperativa de Crédito Rural de Brasília (Sicoob Credibrasília), foram fechados R$ 8,5 milhões de financiamentos. “A cada edição, o sucesso é ainda maior”, garante Antônio Mazurek, presidente da cooperativa. “Essa iniciativa é uma oportunidade de levar aos participantes a mensagem do cooperativismo, seus fundamentos e sua filosofia", completa. O Sicoob Credibrasília fechou R$ 8,5 milhões em financiamentos durante a Agrobrasília 38 Ações direcionadas Rural de Franca (Sicoob Credicocapec) patrocina a iniciativa desde a primeira edição. “Esse é o maior evento regional, que reúne milhares de produtores e as principais empresas do setor, possibilitando boa repercussão local”, garante o presidente da cooperativa, Maurício Niarelli. Divulgação Alguns eventos são voltados para um público específico, como produtores rurais. É o caso do Simcafé, ocorrido nos dias 13 e 14 de abril, na cidade de Franca (SP), em que foram abordados temas de interesse dos cafeicultores, como qualidade da bebida, perspectiva para produção, manejo na adubação, boas práticas agrícolas e sustentabilidade na lavoura. A Cooperativa de Crédito Voltado aos cafeicultores, o Simcafé conta com o patrocínio do Sicoob Credicocapec, desde a primeira edição Desenvolvimento social Fechar negócios ou divulgar a marca não são os únicos resultados almejados com os patrocínios de diferentes eventos. A Cooperativa de Crédito Rural do Extremo Oeste de São Paulo (Sicoob Credlíder) apoia, há dois anos, a Expô/Fisav 2011 (Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Votuporanga), realizada de 3 a 8 de agosto, no recinto de Exposições da cidade. A festa é beneficente, com a renda revertida para instituições de caridade. A programação oferece shows com grandes artistas, além de rodeio e parque de diversões para as crianças. Com a divulgação, a gerente da cooperativa, Cristina Domingos Ferrarezi, acredita no fortalecimento da marca. “Abordamos o crescimento e as vantagens do cooperativismo de crédito. Quem não conhecia o Sistema acaba nos procurando posteriormente para se associar, e nossos cooperados se sentem valorizados por estarmos presentes em um evento de grande porte”, conta. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 39 eventos Presença essencial Oferecer o atendimento no local também foi um serviço disponibilizado pelo Sicoob Sistema Crediminas durante a Superagro, maior evento de agronegócio de Minas Gerais, que aconteceu entre os dias 2 e 5 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte. No estande, o visitante pôde conhecer a nova marca e o grande avanço e a consolidação do Sistema. Na Superagro, o estande do Sicoob Central Crediminas divulgou a nova marca De acordo com o vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Crediminas, Vitor Hugo Gomes, é fundamental a presença do Sistema no evento. “O maior volume de recursos, depósitos e operações de crédito advém do agronegócio. Por isso, é tão importante a presença do Sicoob, que se consolida, cada dia mais, como um instrumento de crédito do setor rural”, reforça Vitor Hugo. Vitor Hugo acredita que a presença no evento é fundamental Os criadores e tratadores de animais usaram colete com a marca Sicoob durante a Superagro 40 A marca do Sicoob Sistema Crediminas foi exposta em grande blimp, ficando visível para todo o público do evento Qualidade de vida Um trabalho apaixonante Histórias de casais que encontraram, no Sicoob, a fórmula do amor Ser bem-sucedido na profissão e construir uma família. Para alguns casais, esses dois sonhos realizaram-se de uma só vez quando começaram a trabalhar no Sicoob. Em meio a uma rotina cheia de relatórios e reuniões, muitos funcionários conseguiram encontrar o seu grande amor e construíram, juntos, uma relação de admiração e respeito, que se perpetua ao longo da vida. Um desses casais é formado pela analista de Capacitação Andrea Soares e pelo coordenador de TI, David Blasdavenio Machado, do Sicoob Central SC. “Costumamos brincar que o Sicoob nos deu tudo: carreira, amigos e uma família linda”, conta a analista. Os dois se conheceram em 2000, quando Andrea foi contratada para o cargo de telefonista. “O David já trabalhava na Central. Ele me deu bastante apoio, porque eu havia acabado de chegar. Aos poucos, nos tornamos amigos e, um tempo depois, assumimos o namoro”, diz. Hoje, 11 anos depois do primeiro contato, o casal é famoso no andar em que trabalha. “Somos conhecidos pelos colegas como a família 3D: Dea, David e Duda”, diverte-se Andrea, referindo-se à filha do casal, Maria Eduarda. Família 3 D: David, Dea e Duda Surpresa Foi em uma viagem de trabalho que Sófocles Barbosa de Oliveira, gerente de Auditoria Interna do Sicoob Central Nordeste, conheceu Rafaella Pires Ribeiro de Oliveira, que atualmente é atendimento do Sicoob Coopercret, na Paraíba. “Nós nos encontramos em 2008, em uma inspeção que fui fazer no Sicoob Credipajeú, no município de Afogados da Ingazeira (PE), onde ela trabalhava. Foi uma visita rápida, não mantivemos contato, mas já houve um interesse subentendido de ambas as partes. Cerca de um ano depois, fui fazer um trabalho na sede da cooperativa, em São José do Egito (PE), e, para minha surpresa, a Rafaella estava trabalhando lá temporariamente”, conta Sófocles. Mesmo com o gerente residindo em João Pessoa (PB) e Rafaella, no interior de Pernambuco, a distância não se tornou um obstáculo. “Como estávamos a 370 km um do outro, Sófocles e Rafaella: viagem a trabalho que resultou em casamento ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 41 QUALIDADE de Qualidade DE vida VIDA fomos nos conhecendo por telefone e e-mail. Em fevereiro de 2010, ela me convidou para visitá-la, eu conheci sua família e começamos a namorar”. Depois disso, tudo mudou: “para continuarmos juntos, precisávamos morar mais perto. Estávamos pensando em montar um negócio ou mesmo procurar outro emprego na Paraíba, mas não foi necessário. Apareceu uma vaga no Sicoob Coopercret, em João Pessoa, para o mesmo cargo que a Rafaella exercia em Pernambuco. Ela participou da seleção e conseguiu o trabalho. Dois meses depois, ela veio morar na capital e nós nos casamos”, conta Sófocles. Outro casal que se conheceu durante o expediente foi a assistente de Desenvolvimento Organizacional da Central das Cooperativas de Economia e Crédito de Minas Gerais (Sicoob Central Cecremge), Cláudia Cristina Vieira de Paiva, e Alexandre Paiva, ex-técnico de Suporte da mesma entidade. “Nós tínhamos contato só quando ele ia manusear as nossas máquinas”, conta. Alexandre, Cláudia e os filhos Lucca e Enzo: cumplicidade em casa e no trabalho Mesmo não compartilhando uma rotina de trabalho, o amor falou mais alto. “Passávamos os horários de lanche conversando, almoçávamos juntos. Fomos criando uma amizade, uma cumplicidade”. Daí para o namoro não demorou muito. “Começamos a sair, a frequentar os mesmos lugares, e as coisas foram acontecendo”, diz Cláudia. Aliar o amor às atividades do trabalho não foi difícil para o casal, que preferiu não correr riscos. “Quando começamos a namorar, senti necessidade de conversar com meus superiores para dizer que estávamos juntos e que isso não ia atrapalhar nosso rendimento profissional”, ressalta a assistente. E, de fato, os dois souberam separar bem as coisas. “Algumas pessoas aqui dentro só descobriram que estávamos juntos quando ficamos noivos”, lembra Cláudia. A discrição foi ainda maior com Humberto Mafra Almeida, gerente de Desenvolvimento Organizacional, e Raquel Carvalhais, analista de Recursos Humanos, ambos da Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais (Sicoob Central Crediminas), na capital mineira. “Uma vez, um colega comentou comigo: ‘que coincidência, sua aliança é igual à da Raquel’. Respondi: ‘é porque ela é minha esposa!’”, conta Humberto. Quem também faz questão de separar a vida profissional da pessoal é Jacqueline Rosadini de Freitas Leite, advogada, e atualmente trabalhando no Bancoob, e Dênio Álbaro de Lima Rodrigues, superintendente de TI do Sicoob Confederação. “Procuramos ter sempre uma postura profissional, até para as pessoas não pensarem que pode haver algum tipo de favorecimento. Não tem diferença no tratamento só porque ele é meu marido”, diz. 42 O relacionamento de Raquel e Humberto sempre foi marcado pela discrição Para Jacqueline e Dênio, a postura profissional deve ser sempre mantida Coincidências da vida Em 2000, o então chefe da área de Reestruturação do Sicoob Central DF, Edivaldo Alves de Oliveira, conheceu a estagiária de contabilidade, Cleo Oliveira. Ela trabalhou apenas três mêses na Central, tempo suficiente para despertar a paixão de seu colega de trabalho. Edivaldo e Cleo engataram um namoro pouco tempo depois de ela sair da Central para trabalhar numa cooperativa filiada, o Sicoob Legiscred. Já são mais de 10 anos de união. Atualmente, o casal trabalha no mesmo prédio, no Centro Corporativo Sicoob: ela como supervisora administrativa do Sicoob Confederação, e ele como superintendente do Sicoob Central DF. Edivaldo e família comemoram a união que começou no Sicoob A Central também foi palco de outra história de amor. O gerente de Auditoria e Risco, Alaôr José de Morais, conheceu Sônia Bezerra em 2002 e, três anos depois, eles ficaram juntos. Dessa relação, nasceu Maria Eduarda, hoje com 5 anos de idade. O segundo filho, Vinícius, já está a caminho e deve nascer no mês de fevereiro de 2012. Ela saiu da Central, trabalhou no Sicoob Executivo, depois no Sicoob Confederação e, neste ano, começou a atuar como servidora do governo do Distrito Federal. Sicoob Central DF foi palco para o amor de Alaôr e Sônia Namoro com ética No Sicoob, os funcionários devem ficar atentos às normas éticas de cada cooperativa quanto ao relacionamento no ambiente de trabalho. Além disso, existe um Código de Ética que rege as relações profissionais de todo o Sistema. As regras gerais apontam para a separação entre a vida pessoal e a profissional, afastando atividades particulares das rotinas diárias de trabalho e baseando as decisões exclusivamente em aspectos profissionais. O consultor de processos organizacionais Marcelo Boog é especialista em oferecer soluções para o gerenciamento de pessoas e competências, integrando os resultados do negócio à dimensão humana. Sobre os relacionamentos no ambiente de trabalho, ele concorda com a posição adotada pelo Sistema Sicoob. “Relacionamentos afetivos entre colegas de trabalho devem ser mantidos ausentes durante o período de trabalho. Na organização, o foco deve ser o profissional, não o pessoal”. Além dos desafios de separar as duas relações – afetiva e profissional –, Boog destaca que todo cuidado é pouco ao manter um relacionamento com um colega de trabalho: “existem diversos estágios de namoro e o impacto organizacional dependerá da maturidade do casal. Em alguns casos, o estar sempre junto pode acabar prejudicando não só o trabalho, como também o próprio relacionamento do casal”. Quando eles conseguem conciliar o trabalho com o amor, é fundamental optar pela transparência. “O relacionamento não deve ser escondido da organização. Quanto mais maturidade na relação entre o casal e de cada parte com o seu empregador, mais tranquila será a forma de lidar com a questão”, diz Marcelo. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 43 Giro Sicoob Central Cocecrer realiza seminário No dia 28 de abril, o Sicoob Central Cocecrer, com sede em Ribeirão Preto (SP), recebeu a visita do diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Borges de Almada Abreu, dos diretores Marcus Guilherme Andrade de Freitas e Rubens Rodrigues Filho e do diretor-superintendente do Bancoob DTVM, Francisco Ney Magalhães Júnior. No encontro com dirigentes da Central e singulares, eles abordaram temas como planejamento, controles financeiros e novas tendências do mercado financeiro. Para este semestre, o Sicoob Central Cocecrer irá promover o tradicional seminário da entidade entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro. O evento será no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas (SP), com o Representantes do Bancoob e do Sicoob compõem mesa do seminário tema “Economia e Recursos”. A programação será diversificada, e contará com a apresentação do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Além dele, estão confirmados Ricardo Amorim, Sílvio Giusti, Alberto Matias, Amílcar Barca Teixeira Júnior, Irene Kazumi Miura, Wilson Carnnevali Filho e Mario Sérgio Cortella. O encerramento será com show do cantor e compositor Almir Sater. Mais informações pelo e-mail seminario@ cocecrersp.org.br. Aprovação automática de TEDs Fruto de um planejamento conjunto do Bancoob e do Sicoob Confederação, desde o dia 1º de junho, as TEDs efetuadas pelos associados no Sicoobnet Pessoal, Empresarial, Celular e nos caixas eletrônicos são aprovadas automaticamente pelo sistema e-SPB, de acordo com regras que permitem maior segurança no processo. Com a mudança, os associados têm suas transferências eletrônicas efetuadas de imediato, liberando as cooperativas de qualquer aprovação manual e mantendo-as focadas na realização de negócios. Cred’Saúde reinaugura Sicoob Itinerante O Sicoob Cred’Saúde reinaugura o Sicoob Itinerante, iniciativa que leva o atendimento da cooperativa a hospitais, entre outros locais. A primeira ação do Sicoob Itinerante foi realizada no Hospital de Base de Brasília, no dia 13 de junho. O primeiro dia de atendimento contabilizou a filiação de sete novos sócios, a comercialização de três seguros de automóveis, além de diversas operações de crédito. A reinauguração do Sicoob Itinerante contou com a palestra “A importância do Cooperativismo de Crédito”, ministrada pelo presidente da cooperativa, Benedito Faustino, e um café da manhã para aproximadamente 250 servidores do hospital. Ação de incentivo ao Microcrédito na Bahia Entre os dias 9 e 20 de maio 2011, o Sicoob Central BA realizou ações de incentivo ao microcrédito no PAC Maragogipe, do Sicoob Recôncavo. Além de oferecer treinamento sobre a modalidade, também foram desenvolvidas ações promocionais em parceria com a equipe da cooperativa, como: divulgação em carro de som, faixa na praça, mutirão promocional nas feiras, no centro da cidade e na zona rural. A programação contou, ainda, com uma palestra informativa, realizada em parceria com a associação dos feirantes, para divulgação do produto e para fortalecimento da marca Sicoob na região. A iniciativa gerou resultados positivos, como a ampliação do número de operações de microcrédito, diminuição do risco das operações, difusão da marca Sicoob e expansão do número de associados. 44 Sucesso da Compe por Imagem é apresentado no Ciab 2011 O Sicoob participou do Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab 2011), realizado entre os dias 15 e 17 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP). O objetivo foi apresentar o case de sucesso de sua Compensação Digital (Compe por Imagem). Enquanto a maioria das instituições financeiras adotou a compensação digital de forma centralizada, o Sicoob optou pelo escaneamento dos cheques direto no caixa, reduzindo, dessa forma, o tempo de processamento e o custo com transportes. Seguindo o sucesso do modelo adotado pelo Sicoob, os bancos começaram a investir na migração para o modelo de compensação digital de cheques descentralizado, com captura nos caixas. No evento, o Sicoob esteve presente no estande da Panini, empresa parceira da Confederação para fornecimento de scanners de captura de cheques. Sicoob chega ao Amapá No dia 17 de maio, foi inaugurada a primeira cooperativa de crédito do Estado do Amapá. No evento de inauguração da Cooperativa de Crédito de Empresários do Estado do Amapá (Sicoob CredEmpresas-AP), estiveram presentes o governador do estado, Camilo Capiberibe; o diretor operacional do Bancoob, Ênio Meinen; o diretor de Desenvolvimento Organizacional do Sicoob Confederação, Abelardo Duarte de Melo Sobrinho; o presidente do Sicoob Central Amazônia, Valdecir Manoel Affonso Palhares; e o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras, Sílvio Giusti. O Sicoob CredEmpresas-AP, filiado ao Sistema Sicoob por meio da Central Amazônia, conta com estrutura física adequada para atender e oferecer aos seus cooperados produtos e serviços de qualidade com taxas diferenciadas. Representantes do Sicoob CredEmpresas comemoram a chegada da cooperativa no Amapá Sicoob Crediparnor ajuda pequeno empreendedor em Paracatu No dia 3 de junho, na cidade de Paracatu (MG), foi lançado o programa "Empreender Para Crescer", cujo objetivo é incentivar a formalização dos pequenos negócios, por meio de um programa de crédito. Este último oferece todo apoio necessário ao empreendedor individual na hora de organizar, desenvolver e ampliar seu negócio, além de cursos e treinamentos gratuitos em gestão, marketing, formalização (como Empreendedor Individual) e serviço contábil. O evento de lançamento do programa atraiu centenas de pessoas e contou com a participação de várias autoridades, lideranças locais e representantes das instituições que formam parceria na execução da iniciativa, com destaque para o presidente do Sicoob Crediparnor, Darcy da Silva Neiva Filho, que iniciou o projeto. ANO 2 - No 7 - JUL / AGO / SET / 2011 45 GIRO Coopserjusmig muda de nome e adere à marca Sicoob O ano começou com uma grande novidade para a Coopserjusmig em sua recente história de nove anos. A cooperativa aderiu à marca Sicoob e alterou seu nome de Coopserjusmig para Sicoob Credjus (MG). A cooperativa possui cerca de 3,1 mil cooperados em todo o estado. “Com a significativa mudança, esperamos grande integração com o Sistema, melhor visibilidade e credibilidade, para, com isso, obtermos mais reconhecimento para nossa cooperativa”, explica o diretor-presidente do Sicoob Credjus, Ivo Campos Athayde. Parceria garante novos convênios O Sicoob Central NE assinou convênios com o Sebrae de Alagoas e com o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) para a elaboração de Projeto de Constituição de Cooperativas de Empresários do Agreste Alagoano e Profissionais da Área de Saúde do Rio Grande do Norte. A solenidade aconteceu no dia 15 de março, na cidade de Arapiraca (AL), e contou com as presenças do diretor-presidente e do superintendente do Sicoob Central NE, João Feitoza Neto e Neilson Santos Oliveira, respectivamente. Sicoob Credisul celebra o cooperativismo Entre os dias 7 e 9 de julho, a cidade de Vilhena foi palco das comemorações da semana do cooperativismo em Rondônia. O evento, que teve como tema "Juventude: o futuro do cooperativismo", foi realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras em Rondônia (OCB-RO), em parceria com a Cooperativa de Crédito do Sul de Rondônia (Sicoob Credisul). Diversas autoridades do Estado e dirigentes do sistema cooperativista de todo o Brasil visitaram a nova sede do Sicoob Credisul em Vilhena e participaram de palestras. O presidente da entidade e do Sicoob Central Norte, Ivan Capra, falou sobre o sucesso do setor na região. “Enquanto a participação do cooperativismo de crédito no mercado nacional está na casa dos 2%, em Vilhena, com a Sicoob Credisul, esse número é de 31%”, explica. São João na Paraíba O maior São João do Mundo acontece no estado da Paraíba, mais precisamente na cidade de Campina Grande. Neste ano, a festa teve o apoio da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empresários de Campina Grande e Região (Sicoob CGcred), filiada ao Sicoob Central NE. Já na cidade de Monteiro (PB), o Sicoob Credipajeú também esteve presente nas festividades juninas. 46 "Juventude: o futuro do cooperativismo" foi o tema da semana do cooperativismo em Rondônia Sicoob Credivas em primeiro lugar A Cooperativa de Crédito do Vale do Sapucaí Ltda. (Sicoob Credivas) foi eleita a melhor instituição financeira em São Gonçalo do Sapucaí (MG), em 2010. A premiação foi baseada em pesquisa de opinião pública, realizada pela rádio Onda Sapucaí – 101,5 FM.