2 9 MA11987 fíVC O ESTADO DE S. PAULO — ^ Com a Carta virá o I consenso Guimarães quanto Marco Maciel ^se aferram à tese de que o mandato'do. presidente José Sarney precisará ser de cinco anos. Fosse de quatro, e Os trabalhos da Assembleia Na- veríamos, em 1988, esse trabalho^dé cional Constituinte, agora em nova compatibilização legislativa s$r fase, nas oito comissões temáticas, atropelado pela campanha sucegat^ revelam dado suplementar capaz de ria. As posições se radicalizarlanj; e » transcender o próprio texto a ser os trabalhos ficariam imobilizados : promulgado no fim do ano: apesar ou andando a passo de tartaruga\'0 do emocionalismo e da radicaliza- resultado seria uma Constituiçãtyá ção de certos grupos, o consenso po- votada e promulgada mas incapaz derá acabar prevalecendo. Se verifi- de funcionar por impossibilidade rie cada essa tónica nas demais etapas respaldo na legislação, ordinária*' do processo constituinte, como re- pois não serão muitos os seus artisultado final, a consequência será gos auto-aplicávets. Nova frustraum período de entendimento e de ção e, quem sabe, munição para c4vi convívio partidário, essencial para didatos extremados. '</ t a consolidação democrática. Com as eleições presidenciais É claro que essas previsões, parem 1989, as coisas nju' filhadas por Ulysses Guimarães, realizando-se dariam de figura. As campanhas sè Marco Maciel e outros líderes — e, abririam depois de o País ter síÀÒ dizem, pelo próprio presidente José inteiro passado a limpo, até , Sarney —, sempre estarão sujeitas a por pelo trabalho a que deverão, : reviravoltas e a inusitados. Mas são mesmo dedtcar-se no próximo ano as A V nesse sentido suas expectativas e, sembléias Legislativas, precisando mais do que elas, suas previsões. No adaptar as Constituições estaduais, ' fim de tudo, não obstante a ebulição, ao novo texto federal. -;~i os confrontos e entreveros, quem saPor isso se diz que do burbújjè \ be não se caracterize clima propício da balbúrdia de muitas ses• ao aprimoramento institucional? Os nho econstituintes, e dos reclanwl} | partidos, é quase certo, não perma- sões daqueles que vêm tendo suas teses'. • necerão como estão. Do PMDB, para rejeitadas nas fases iniciais, pode um lado ou para outro, sairão aque- multo bem ser que apareça o conseni les que se sentirem desajustados so. Primeiro na nova Constituição, | com a maioria Pode ser que o cha- na medida em que não abriguemos i mado centro democrático decida ideias de apenas uma corrente".dè unir-se ao PFL ou a parte dele, para pensamento, qualquer que seja. Dej a criação de uma legenda de centro, verá compor anseios reformistas como deseja o deputado Roberto com realidades estáveis, em lodosos i Cardoso Alves. Mas também pode planos. Como liberdade e ordem r&s ' ser que a chamada esquerda pro- capítulos dos direitos humanos àdá £ gressista busque outros apriscos, co- organização do Estado, ou proteç&à í mo já previu o senador Fernando às minorias sem perda da prevalêni Henrique Cardoso. Tudo dependerá cia dos interesses das maiorias. JVâp ! de quem detiver a maioria no Con- será fácil, mas parece possível cójnj gresso e entre os governadores. patibilizar uma economia capitalista com exceções imprescindíveis #pr I Caso possa haver entendimento ra a atuação do Estado. Vale o m!es> C entre os sefores empenhados na re- mo no capítulo da ordem social. -*\ ! dação da nova Carta, o natural é j que ele prosstga nas relações partiO único aspecto em que a conci1 darias. Quaisquer que sejam as mu- liação de postulados não dará ceiitp tações ditadas pela doutrina, pela ê o do sistema de governo. Se nâofpr ideologia e pelos interesses. Será da obstada a tese de um parlamentarismaior importância que isso ocorra, mo presidencialista, ou Rober.ta tanto faz se continuando ou não a Close, graves problemas sobrevirão, Aliança Democrática, conforme capazes áté.,de alterar a esperáàá pensam os presidentes do PMDB e tranquilidade político- partidária do PFL. Maciel e Ulysses, envolvi- posterior à promulgação da nova dos com a pesada rotina constituin- Carta. Talvez por isso Ulysses Gjii* te, encontram tempo para prospec- maráes e Marco Maciel sustentem ó tar o futuro e concluem que, sem esse presidencialismo e estejam atuantia convívio e esse entendimento preten- no âmbito de suas atribuições parti didos, o risco de convulsões será preservá-lo — como, aliás, se manigrande. Porque tão importante festou o presidente da Hepública.* quanto o ano em curso será o próxiAs oito comissões temáticas %è-, mo. Elaborada a nova Constituição, deputados e senadores enfrentarão rão até 15 de junho para apresentar tarefa igualmente densa e aguda, a seus relatórios, englobando os 24 âjide compatibilizar toda a legislação teprojetos já prontos dás subcomisordinária com os novos postulados sões. Será o momento, então, deT.a. constitucionais. Lei de Imprensa, Comissão de Sistematização ordeLei de Segurança, códigos os mais nar os textos, produzindo um projelp variados, legislação relativa à eco- que o relator-geral, Bernardo Canomia e ao plano social necessita- bral, entende deva representar a mçrão de revisões e adaptações maio- dia das opiniões. Depois, todos 'os. títulos, capítulos e artigos irão a deres ou menores. bate em plenário, operação que pfeC.C; Por esse motivo, tanto Ulysses císará ser repetida. BRASÍLIA AGÊNCIA ESTADO