5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Oscilações acopladas e modos normais Os sistemas naturais não são isolados, mas interagem entre si. Em particular, se dois ou mais sistemas capazes de oscilar tiverem algum tipo de interação, ou acoplamento, entre si, uma grande variedade de fenômenos interessantes pode ocorrer. Observem que falamos acima de sistemas naturais acoplados e não somente de sistemas físicos. Isto porque há muitos casos em química, biologia, sociologia, etc em que o acoplamento entre sistemas que oscilam possui consequências observáveis importantes. Muitos desses fenômenos que não envolvem sistemas físicos são atualmente estudados utilizando-se técnicas da física e da matemática. Uma leitura recomendada para os interessados em saber mais sobre efeitos do acoplamento entre osciladores nas mais diversas áreas do conhecimento (mesmo na física) é o livro de Steven Strogatz: Sync – The Emerging Science of Spontaneous Order, New York: Hyperion Books, 2003. ISBN: 0-7868-6844-9. Nesta aula, vamos fazer apenas um estudo introdutório de alguns sistemas físicos simples acoplados. O objetivo é apresentar alguns conceitos importantes, desenvolver algumas ferramentas teóricas novas e mostrar alguns fenômenos interessantes. 1 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Vamos começar considerando o caso mais simples em que pode acontecer acoplamento entre osciladores, a saber, o de apenas dois osciladores acoplados. Vamos começar considerando o caso de dois pêndulos idênticos, A e B, unidos por uma mola cujo comprimento d no repouso é exatamente igual à distância de equilíbrio entre os corpos de massa m nos dois pêndulos. A figura abaixo ilustra a situação. Os dois pêndulos, se estivessem livres, teriam a mesma frequência angular de oscilação, dada por (lembre-se da aula 3): ω0 = g l . (1) Vamos chamar de xA e xB os deslocamentos dos dois corpos de massa m em relação às suas respectivas posições de equilíbrio (veja a figura acima). 2 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Vamos supor que esses deslocamentos são suficientemente pequenos para que possamos fazer as aproximações x A ≈ lθ A e x B ≈ lθ B , (2) onde θA e θB são os ângulos de desvio (veja a figura abaixo). Em um instante arbitrário, em que a posição do corpo A é xA e a posição do corpo B é xB, o comprimento da mola é d + (xA − xB). Portanto, a deformação da mola é dada por (xA − xB). Em um caso em que (xA − xB) > 0, como na figura, a mola está esticada e produz uma força −k(xA − xB) (para a esquerda) sobre o corpo A e uma força de mesmo módulo e sentido contrário, k(xA − xB) (para a direita), sobre o corpo B. Em um caso em que (xA − xB) < 0, a mola está comprimida e produz uma força −k(xA − xB) > 0 (para a direita) sobre o corpo A e uma força de mesmo módulo e sentido contrário, k(xA − xB) < 0 (para a esquerda), sobre o corpo B. 3 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Note que nos dois casos a força feita pela mola sobre o corpo A é escrita como FMA = − k ( x A − xB ) (3) e a força feita pela mola sobre o corpo B é escrita como FMB = k ( x A − xB ) . (4) Além dessas forças, os dois corpos estão sujeitos às tensões exercidas pelos fios e à força gravitacional. As componentes radiais das forças gravitacionais se cancelam com as tensões, mas as componentes tangenciais das forças gravitacionais constituem forças restauradoras sobre os corpos (que sempre tendem a levá-los de volta à posição de equilíbrio). Elas são dadas por (veja a aula 3): A: FGA = − mgsenθ A B: FGB = −mgsenθ B . No caso de pequenas oscilações, sen θ ≈ θ . Portanto: A: FGA ≈ − mgθ A B: FGB ≈ − mgθ B . Usando as aproximações da equação (2): A: FGA ≈ − mg x A l B: FGB ≈ − mg xb l . 4 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Usando agora (1) podemos escrever essas forças como: A: FGA ≈ −mω02 x A (5) B: FGB ≈ −mω02 xB . (6) Combinando tudo o que foi visto até agora, podemos escrever as equações de movimento (sem amortecimento) para os dois corpos como: m&x&A = −mω02 x A − k (x A − xB ) (7) m&x&B = −mω02 xB + k ( x A − xB ) . (8) Dividindo por m e definindo ωc2 ≡ k m, (9) temos ( ) = −(ω ) )x &x&A = −ω02 x A − ωc2 (x A − xB ) = − ω02 + ωc2 x A + ωc2 xB &x&B = −ω02 xB + ωc2 ( x A − xB 2 0 + ωc2 B + ωc2 x A . Passando todos os termos para o lado esquerdo obtemos, finalmente: ( + (ω ) )x &x&A + ω02 + ωc2 x A − ωc2 xB = 0 &x&B 2 0 + ωc2 B − ωc2 x A = 0 . (10) (11) 5 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 O sistema de equações diferenciais dado por (10) e (11) constitui um sistema de duas equações diferenciais lineares de 2a ordem acopladas. A primeira equação, que descreve a aceleração de A, depende de xB; e a segunda equação, que descreve a aceleração de B, depende de xA. Matematicamente, isto quer dizer que as duas equações não podem ser resolvidas independentemente. Fisicamente, isto quer dizer que o movimento de A afeta o movimento de B e vice-versa. Como as equações são de 2a ordem, a solução geral de cada uma depende de 2 constantes arbitrárias, determinadas pelas condições iniciais. Essas 4 constantes serão ajustadas conhecendo-se as posições e velocidades iniciais dos dois corpos: x A (0), xB (0), x& A (0) e x& B (0) . Uma estratégia muito usada para resolver sistemas de equações diferenciais acopladas é tentar encontrar um novo sistema de coordenadas (vamos chamá-las de q1, q2, q3, etc) tal que, nesse sistema de coordenadas, as equações diferenciais sejam desacopladas. 6 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 No caso do sistema dado pelas equações (10) e (11) isto pode ser feito. A maneira é a seguinte: Somando (10) e (11) temos, &x&A + &x&B + ω02 ( x A + xB ) = 0 , ou (fica mais fácil aqui usar a notação d/dt para derivadas), d2 (x A + xB ) + ω02 (xA + xB ) = 0 . 2 dt (12) Subtraindo (11) de (10) temos (usando novamente a notação d/dt), d2 2 2 ( ) x − x + ω + 2 ω 0 A B c ( x A − xB ) = 0 . dt 2 ( ) (13) Se definirmos duas novas variáveis, q1 = x A + xB q2 = x A − x B , (14) podemos escrever (12) e (13) em termos de q1 e q2 como: d 2 q1 + ω02 q1 = 0 2 dt (15) e 7 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 d 2 q2 2 2 + ω + 2 ω 0 c q2 = 0 . 2 dt ( ) (16) Definindo ω '2 = ω02 + 2ωc2 , (17) d 2 q2 2 + ω ' q2 = 0 . 2 dt (18) a equação (16) fica As equações (15) e (18) são duas equações desacopladas de oscilações harmônicas simples. Na primeira, a frequência angular é ω0 e, na segunda, a frequência angular é ω’. As soluções gerais dessas duas equações (veja a aula 1) são: q1 (t ) = C cos(ω0t + ϕ1 ) (19) q2 (t ) = D cos(ω ' t + ϕ 2 ) (20) e as soluções gerais das duas equações originais para xA e xB são: x A (t ) = 1 (q1 (t ) + q2 (t ) ) = 1 [C cos(ω0t + ϕ1 ) + D cos(ω ' t + ϕ2 )] (21) 2 2 xB (t ) = 1 (q1 (t ) − q2 (t ) ) = 1 [C cos(ω0t + ϕ1 ) − D cos(ω ' t + ϕ 2 )] . (22) 2 2 e 8 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 As soluções gerais para os dois pêndulos acoplados, equações (21) e (22), indicam que os pêndulos não executam mais movimentos harmônicos simples. Os seus movimentos são mais complicados, dados por superposições de oscilações com frequências diferentes. As coordenadas q1 e q2, no entanto, oscilam como movimentos harmônicos simples independentes. Coordenadas que satisfazem esta propriedade são chamadas de coordenadas normais do sistema. Cada coordenada normal oscila em MHS com uma freqüência própria distinta, chamada de frequência normal. A coordenada normal q1 oscila com a frequência normal ω0 e a coordenada normal q2 oscila com a frequência normal ω’. Notem que há dois casos particulares das soluções gerais (21) e (22) em que as coordenadas xA e xB oscilam ambas com a mesma frequência, igual a uma das frequências normais. a) Se D = 0 em (21) e (22) as coordenadas xA e xB oscilam com a mesma frequência, igual a ω0. b) Se C = 0 em (21) e (22) as coordenadas xA e xB oscilam com a mesma frequência, igual a ω’. 9 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Um regime de oscilações de um sistema formado por N partículas em que todas as N partículas oscilem com a mesma frequência e estejam sempre em fase ou em oposição de fase é chamado de modo normal de oscilação do sistema (também chamado de modo normal de vibração do sistema). Um sistema com N graus de liberdade possui, no máximo, N modos normais de vibração. No caso do exemplo dos dois pêndulos acoplados, o número de graus de liberdade é dois (correspondentes às coordenadas dos dois corpos, xA e xB). Portanto, ele possui apenas dois modos normais de vibração, que são justamente os casos a) e b) acima. A técnica de solução de um problema de oscilações acopladas em termos de coordenadas normais q1, q2, q3, ... qN é importante não somente porque ela transforma o sistema de equações diferenciais em um sistema desacoplado, mas também porque ela nos dá as frequências dos N modos normais de vibração do sistema. Elas são justamente as freqüências normais com as quais as coordenadas normais q1, q2, q3, ... qN oscilam. 10 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Em resumo, o sistema de dois pêndulos idênticos acoplados do exemplo possui dois modos normais de vibração: a) Os dois corpos oscilam com a mesma frequência ω0; b) Os dois corpos oscilam com a mesma frequência ω’. Vamos tentar interpretar fisicamente estes dois modos. Pelas equações (21) e (22), a condição para que os dois corpos oscilem com freqüência ω0 é que D = 0. Neste caso, as equações de movimento para os dois corpos são iguais: x A (t ) = xB (t ) = C cos(ω0t + ϕ1 ) . 2 (23) Esta equação implica que os dois corpos não apenas oscilam com a mesma freqüência e a mesma fase, mas também possuem a mesma amplitude. A que situação física corresponde esta situação? Tente responder por conta própria antes de olhar adiante. Dica: tente basear seu raciocínio em termos de algum tipo de simetria no movimento dos corpos. A situação física em que os dois pêndulos oscilam com amplitudes e frequências iguais é mostrada na figura abaixo. Os deslocamentos 11 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 dos dois corpos são iguais a qualquer instante de tempo (inclusive para o instante inicial t = 0) e a deformação da mola é nula. É como se a mola não existisse e os dois pêndulos oscilassem livremente. É por isso que a frequência de oscilação dos dois é ω0 = (g/l)1/2, pois esta é a frequência de oscilação do pêndulo livre. Devido ao fato de que neste modo normal os deslocamentos dos dois pêndulos são iguais, ele é chamado de modo normal simétrico. A maneira de gerar este modo normal é puxar os dois corpos, A e B, para um lado por quantidades iguais e depois soltá-los. A partir daí eles oscilarão como se estivessem soltos. Por outro lado, a condição para que os dois pêndulos oscilem com frequência ω’ é que a constante C seja nula nas equações (21) e (22). Fazendo isso naquelas equações obtemos: 12 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 x A (t ) = D D cos(ω ' t + ϕ 2 ) e x B (t ) = − cos(ω ' t + ϕ 2 ) . 2 2 Neste caso, os dois corpos oscilam com a mesma freqüência e a mesma amplitude, mas estão defasados por 180o (estão em oposição de fase), ou seja, x A (t ) = − xB (t ) . (24) A qual situação física corresponde este caso? Tente novamente responder sem olhar adiante. Tente mais uma vez explorar a simetria do sistema. Neste caso os deslocamentos dos dois corpos são iguais e contrários. Este caso pode ser produzido, por exemplo, puxando os corpos A e B para os lados por quantidades iguais, mas em sentidos opostos e soltando-os em seguida (a figura abaixo ilustra este caso). No instante inicial a mola estará esticada e puxará os dois corpos para o centro; algum tempo depois, a mola estará comprimida e empurrará os dois corpos para os lados. Cada pêndulo executa um 13 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 MHS, mas eles estão sempre defasados por 180o. Por causa disso, este modo normal é chamado de modo normal anti-simétrico. Neste caso, os movimentos dos dois corpos são sempre forçados pela mola. Como a deformação dela é sempre igual a 2xA, a equação de movimento para um dos corpos, por exemplo o corpo A, é m&x&A + mω02 x A + 2kx A = 0 ⇒ ( ) ⇒ &x&A + ω02 + 2ωc2 x A = 0 ⇒ ⇒ &x&A + ω '2 x A = 0 . (25) Esta equação também poderia ter sido obtida fazendo xB = −xA na equação (10). Ela implica (como já sabemos) que os dois pêndulos oscilam com a mesma frequência ω’. Note que ω’ > ω0, ou seja, o modo normal simétrico oscila com frequência menor que o modo normal assimétrico. Em geral, para sistemas físicos compostos por N partículas que possuam algum tipo de simetria espacial em relação a um ou mais eixos, é possível determinar muitos dos modos normais de vibração fazendo-se apenas análises de simetria. 14 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Obviamente, a análise de simetria não permite determinar o valor das freqüências normais de vibração, mas a determinação de um modo normal (o tipo de movimento das partículas) já é suficiente para sugerir uma possível forma funcional para ele (que servirá como “chute” para resolver o sistema de equações diferenciais para o problema). Os dois casos vistos acima, para C = 0 e D = 0, nos deram os dois modos normais de oscilação do sistema de dois pêndulos acoplados por uma mola. Sabemos que só existem esses dois modos normais, mas eles não são as únicas maneiras em que o sistema pode oscilar. Há muitas outras. As equações (21) e (22) nos mostram, porém, que qualquer outro tipo de movimento vibratório que o sistema possa ter pode ser descrito matematicamente por uma superposição de oscilações harmônicas com as frequências normais do sistema. Vejamos, a seguir, um desses vários tipos de movimentos oscilatórios que o sistema de dois pêndulos acoplados pode ter. Ele é o caso em que as condições iniciais são as seguintes: as velocidades iniciais dos dois corpos são nulas, a posição inicial de um deles é nula, mas a posição inicial do outro é diferente de zero. 15 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Consideremos que o corpo cuja posição inicial é não nula é o A. A situação inicial está mostrada na figura abaixo. Vamos considerar que x A (0) = A0 , xB (0) = 0, x& A (0) = 0 e x& B (0) = 0 . Pelas equações (14), que definem q1(t) e q2(t) em termos de xA(t) e xB(t), as condições iniciais acima implicam que: q1 (0) = A0 , q2 (0) = A0 , q&1 (0) = 0 e q&2 (0) = 0 . Com estas condições iniciais para q1(t) e q2(t), as soluções (19) e (20) nos dão: q1 (0) = C cos(ϕ1 ) = A0 q2 (0) = D cos(ϕ 2 ) = A0 q&1 (0) = −ω0Csen (ϕ1 ) = 0 q&2 (0) = −ω ' Dsen (ϕ 2 ) = 0 16 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 Estas equações implicam que: ϕ1 = ϕ2 = 0; C = D = A0 . Substituindo estes resultados nas equações (21) e (22): x A (t ) = A0 [cos(ω0t ) + cos(ω ' t )] 2 (26) x B (t ) = A0 [cos(ω0t ) − cos(ω ' t )] . 2 (27) e Cada uma dessas soluções é uma superposição de dois movimentos harmônicos simples com mesma amplitude. Notem que as equações (26) e (27) são idênticas à equação (15) da aula 6, em que estudamos superposições de movimentos harmônicos simples. Portanto, podemos estudá-las usando os mesmos métodos desenvolvidos naquela aula. Em particular, definindo (lembre-se que ω’ > ω0) ω = 1 (ω 0 + ω ') 2 ∆ ω = ω '− ω 0 = pode-se escrever (depois de 2 0 2 c ω + 2ω − ω 0 manipulações , (28) trigonométricas inteiramente similares às que levaram da equação (16) à equação (17) na aula 6), 17 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 ∆ω x A ( t ) = A 0 cos 2 t cos ω t (29) e ∆ω x B ( t ) = A 0 sen t sen ω t . 2 (30) No caso em que o acoplamento é fraco, ωc << ω0 e ∆ω << ω , temos um caso de batimento conforme discutido na aula 6. Os dois pêndulos oscilam harmonicamente com frequência ω e suas amplitudes são moduladas, também de forma harmônica, mas com frequência bem menor dada por ∆ω. As amplitudes dos dois pêndulos variam no tempo como ∆ω a A ( t ) = A 0 cos 2 t (31) e ∆ω a B ( t ) = A 0 sen t , 2 (32) ou seja, quando a amplitude de um é máxima a amplitude do outro é nula (dizemos que os pêndulos estão em quadratura; veja a figura abaixo). 18 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 No instante inicial, o pêndulo A está na posição de máximo deslocamento e o pêndulo B está em repouso. A partir daí, a amplitude de oscilação do pêndulo A vai diminuindo enquanto a amplitude de oscilação do pêndulo B vai aumentando. No instante em que o pêndulo A para o pêndulo B está com o deslocamento máximo. Depois, as oscilações do pêndulo A começam a crescer em 19 5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque Aula 10 amplitude enquanto que as oscilações do pêndulo B diminuem de amplitude. O processo continua assim, com os dois pêndulos alternando oscilações de amplitudes crescentes e decrescentes, indefinidamente. 20