foto: Flavia Rocha | 360 ANO VI 360 na internet: www.caderno360.com.br RIO Pardo é o centro circulação mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema • Palmital • Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar das atenções na região foto: cortesia Pedro Figueira Nesta edição: 64 junho | 2011 •p.26 Acompanhe o is át gr Paola faz perguntas diretas a professor da UNESP que fez palestra sobre os impactos dos projetos de hidrelétricas no Rio Pardo. ar pl em ex Ela quer saber gastronomia_Risotos da “Mana” foto: Flavia Rocha | 360 para agradar em dias quentes ou frios! agro_ O uso de EPIs divide opiniões entre fabricantes de defensivos e produtores rurais que aplicam os produtos •p.4 Nova escola de música de Sta. Cruz é inaugurada com semana de workshops e shows musicais •p.18 foto: Flavia Rocha | 360 cultura_ O Movimento Rio Pardo Vivo ganha espaço na comunidade para discutir os projetos de instalação de hidrelétricas no rio que nasce em Pardinho e desagua nas águas do Paranapanema em Salto Grande, servindo a agricultura e abastecendo municípios do oeste paulista. Na foto, religiosos da arquidiocese de Ourinhos visitam área que poderá ser alagada caso sejam feitas as barragens. •p.12 Índice artte: Wellington Ciardulo | 360 •p.10 2_ editorial _oração 4_ agronegócio 6_ gente _drops 8_ esportes 9_ meninada 10_gastronomia 11_ponto de vista 12_ meio ambiente 18_ cultura 19_ agenda cultural 20_ papo cabeça 21_bem viver 2 • editorial “Calar-se é dizer SIM.” Consentimento. Quando fatunidade para tomar conhecilamos em cidadania, não dá mento do assunto, antes que para pensar em omissão. É preseja tarde demais para opiniar. José Sanches Marin, ciso agir. Não há outro jeito. A Como diz o empresário José vice-presidente da ACE Santa Cruz Sanches Marin, que integra o situação do Rio Pardo, que continua sendo o principal tema do “Grupo da Onça”, calar-se signi360 depende da ação dos cidafica consentir. E como consentir dãos que vivem nas cidades por onde ele passa. algo que se desconhece? Não importa se a pessoa vive em Pardinho, onde ele nasce, ou em Salto Grande, onde ele finalmente desagua no rio Paranapanema. Todas as comunidades por onde ele passa têm o dever e o direito de interferir na decisão sobre os projetos de hidrelétricas que foram propostos para o Pardo. Isso não significa que quem vive fora do eixo do rio também não possa agir. Todo cidadão brasileiro pode sim atuar em benefício da preservação dos nossos recursos naturais, assim como de patrimônios históricos, entre outros bens da humanidade. No caso do rio Pardo, um grupo de cidadãos de Santa Cruz resolveu ir além da postura do “contra ou a favor”. Denominado “Chegou a Hora da Onça Beber Água”, o conjunto de pessoas que incluem especialistas técnicos, entre engenheiros, biólogos e advogados, além de cidadãos comuns, entre jornalistas, empresários e agricultores, está fazendo um trabalho de conscientização da população a respeito da questão – ainda em vias de decisão, vale destacar. Para isso, não apenas está visitando escolas, instituições e empresas no sentido de levar as informações disponíveis, como tratando de avançar nos estudos a respeito dos impactos ambientais, econômicos e sociais causados pelos projetos, assim como na ponderação a respeito de quais soluções devem ser tomadas para que todos ganhem. As cidades, o rio e o país. Cabe agora aos cidadãos, aproveitar mais essa opor- Nesta edição, trazemos mais informações a respeito do assunto, assim como a divulgação do evento de esclarecimento à população, programado para a FAPI 2011, que acontece em Ourinhos de 2 a 12 deste mês de junho. Aproveite também para conferir a agenda agro do mês, além dos eventos culturais e ecológicos, já que se trata do mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6). Nossa reportagem também traz notícias do mundo da prevenção à saúde, tanto do homem do campo, em mais uma matéria sobre o uso de EPIs (equipamentos de Proteção Individual), que aparece em AGRONEGÓCIO, como dos cuidados que o inverno pede para que tenhamos uma pela viçosa e saudável, como você poderá conferir em BEM VIVER. Confira ainda os artigos deste mês, que estão excelentes, as novidades do esporte da região e receitas deliciosas de risoto, um prato ótimo para dias frios, que você confere em GASTRONOMIA. Para completar, as peripécias do Pingo em pleno arraial junino, em MENINADA e as previsões astrológicas do mês, em BEM VIVER. Boa Leitura! Flávia Manfrin editora 360 | [email protected] “Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.” c orreio Agradecemos as cartas dos leitores da região. Pedimos a compreensão pela publicação de trechos das respectivas. Eles enviaram também os questionários sobre o Rio Pardo. E vão receber como prêmio a camiseta do movimento Rio Pardo Vivo. Professor Beto Magnani, seu artigo no jornal 360 (ed. 63) teve grande repercussão para manter vivo o nosso querido Rio Pardo. Todos que desejam o rio pardo vivo agradecem. Alladin do Rio | Chavantes Dona Liliana descreve um episódio de abate de gado e questiona o tratamento dado aos animais. E conclui sua carta dizendo: “Parabéns à garota Paola, de grande futuro.” Liliana Cesa Luchetti | Águas de Sta. Bárbara Ora, Ação! e xpediente João 12 Vs: 26 360 é publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem desta edição: 13 mil exemplares Circulação:• Águas de Sta. Bárbara • Agudos • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo • Tatuí • Timburi e postos das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista Cabral Rennó e Orlando Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹revisão›, Odette Rocha Manfrin ‹separação, receitas›, Paola Pegorer Manfrim ‹repórter especial›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Elaine Moraes ‹assistente de produção›. Colunistas: Guca Domenico, José Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, André Rubio, Tiago Cachoni e Adriana Righetti Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Clara Basseto e Wellington Ciardulo Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. •Endereço: Praça Deputado Leônidas Camarinha, 54 - CEP 18900-000 – Santa Cruz do Rio Pardo/SP • F: 14 3372.3548 _ 14 9653.6463 • Redação/Correio: [email protected] • Publicidade e Assinaturas: [email protected] • 360 on Line: www.caderno360.com.br | junho_2011 4 • agronegócio dEFEnSIvOS: como aliar regras à realidade Tema recente de nossa reportagem, a aplicação correta de defensivos agrícolas continua sendo um desafio para fabricantes, que precisam ter suas normas cumpridas pelos usuários, e para agricultores, que encontram dificuldade para cumprí-las Apesar de sua postura proativa, a Andef e suas dicas de orientação ao usuário de defensivos parece estar diante de um abismo quando ouvimos o produtor rural. Em conversas informais – não fomos autorizados a citar as fontes – tanto fazendeiros, que delegam a tarefa para empregados, como pequenos produtores, que fazem eles próprios a aplicação de defensivos em fotos: Flávia Rocha | 360 Em conversa com a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal) que esteve presente na Agrishow 2011, em Ribeirão Preto, fomos informados do esfoço da entidade que congrega fabricantes de defensivos agrícolas (grandes empresas multinacionais que atuam também no Brasil) para que os agricultores respeitem as indicações de uso dos produtos, tanto cumprindo prazos de aplicação para que os alimentos resíduos prejudiciais à saúde do consumidor, quanto no uso dos EPIs, os Equipamentos de Proteção Individual, que protegem trabalhadores que aplicam o produto de intoxicação e doenças decorrentes, algumas fatais, como o câncer. Ribeiro e o mascote da ANDEF. A associação sente falta de ação dos governos estadual e federal e alerta produtores para a fiscalização e aplicação de multa para quem não usa EPI suas lavouras, afirmam que descumprem os prazos de carência na aplicação dos produtos e também deixam de lado os equipamentos de proteção. Teoria e realidade – “Como vou obrigar um funcionário antigo a usar o equipamento?”, questionou a fazendeira de Minas Gerais, para quem o preço dos EPIs é muito alto. Ela mostrou desconhecer a legislação, que permite ao empregador demitir por justa causa o funcionário que se recusar a usar o EPI, e os investimentos necessários para implantar o seu uso, já que cada traje tem uma vida útil capaz de diluir seu custo consideravelmente no orçamento da produção agrícola. Entre os pequenos produtores, a realidade também preocupa. “Sigo os prazos de carência de aplicação dos defensivos, para que meus produtos não tenham resíduos e causem danos à saúde do consumidor, mas não uso o EPIs com o rigor que o fabricante recomenda”, afirma um produtor rural de Santa Cruz do Rio Pardo. Segundo ele, a razão é o desconforto do traje, que deve ser usado sobre uma roupa convencional. “No inverno até dá para usar, mas no verão é capaz de você des- maiar se tiver que aplicar várias bombas em locais fechados, como estufas, por exemplo”, diz. Ele afirma ter consciência dos riscos que corre quando trabalha em locais onde aplicou o produto antes do prazo de carência exigido para sua própria segurança. “Nesse caso, o produtor deve entrar no ambiente de trabalho usando novamente o EPI, mesmo que vá executar outra tarefa”, explica Luiz Carlos Ribeiro, gerente técnico e de regulamentação estadual da Andef. Já o produtor explica que isso é inviável. “Não dá para usar o traje para fazer tarefas que exijam contato manual direto com as plantas, sem luvas, e que leve muitas horas”, garante. Desafio legal – A questão merece atenção dos governos, já que cabe ao Estado garantir que os trabalhadores possam realizar suas tarefas com conforto mínimo e segurança total. “Nós trabalhamos na educação do homem do campo sistematicamente. Não nos omitimos a fazer isso, mas é preciso maior participação do governo estadual e federal”, avalia Ribeiro. gramação de exposição animal e outros eventos agropecuários: 9 a 12/6: Rodeio em Touro_ Prêmio_ Ford Ká 0Km ao vencedor _ 21h 12/6: Cavalgada_Passeio de charretes, carroças e cavaleiros pelas ruas de Ourinhos_ 8h PaleSTRaS TéCnICaS 6/6 _9h: (teatro) Como cuidar do seu animal de estimação (FIO) _20h: Reforma do Código Florestal e a conservação ambiental na agricultura (FATEC/GETA) 7/6 _9h: Saúde e Meio ambiente na agricultura (FATEC/GETA) _ 16h: agricultura de Precisão (CATI) _20h: logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas (FATEC/GETA) 8/6 _9h: Os gases do efeito estufa na pecuária (FATEC/GETA) _ 16h: Milho safrinha (FIO) _ 20h: Sustentabilidade e Uso de Fertilizantes (FATEC/GETA) 9/6 _9h: (mesa redonda) Meio ambiente e agronegócio (CATI) _17h: O Rio Pardo e projetos de Hidrelétricas (Movimento Rio Pardo Vivo) _ 20h: Olericultura (CATI) 10/6_9h: Casco dos bovinos: Cuidados básicos (FIO) _ 20h: Reflorestamento econômico (CATI) eXPOSIÇÂO de anIMaIS BOVInOS Gir leiteiro_ Entrada: 30/05. Concurso Leiteiro: 1 a 4/6. Julga- mento: 5/6. Saída: 5 e 6/6 Brahman_ Entrada: 2/6. Pesagem e Data Base: 3/6. Julgamento: 4/6. Saída: 5/6 foto: divulgação 45ªFapi _ Começa a maior feira da região. Confir a pro- Girolando_ Entrada: 2/6 Julgamento: 4/6. Saída: 5/6 Guzerá_ Entrada: 2/6 Pesagem e Data Base: 3/6 Julgamento: 4 e 5/6. Saída: 5/6 Sta. Gertrudis_ Entrada: 2/6. Pesagem e Data Base: 3/6. Julgamento e Provas: 4/6. Saída: 5/6 nelore_ Entrada: 7/6. Pesagem e Data Base: 8/6. Julgamento: 9-12/6. Saída: 12/6 nelore Mocho_ Entrada: 7/6. Pesagem e Data Base: 8/6 Julgamento: 11/6. Saída: 12/6 OVInOS Entrada: 7/6. Pesagem e Admissão: 8/6. Julgamento: 9 e 10/6. Saída: 12/6 11/06_ 12h – tradicional Queima do Cordeiro. 14h– eQUInOS leilão de OvinoseQUInOS Mini Horse_ Entrada: 2/6 Julgamento e Provas: 3 e 5/6 Saída: 6/6 appaloosa_ Entrada: 3/6 Julgamento e Provas: 4 e 5/6 Saída: 5/6 Mangalarga_ Entrada: 3/6 Julgamento e Provas: 4 e 5/6 Saída: 5/6 Muares_ Entrada: 3/6 Julgamento e Provas: 4 e 5/6. Saída: 5 e 6/6 Crioulo_ Entrada: 9 e 10/6. Julgamento e Provas: 10-12/6 Saída: 12/6 Mangalarga Marchador_ Entrada: 9/6. Julgamento e Provas: 10- 12/6. Saída: 12/6 foto: divulgação agenda Agro 18ª Hortitec_ Hortitec Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas. A maior feira do setor da América Latina acontece traz novidades em instalações, equipamentos, insumos e demais tecnologias para flores, frutas, hortaliças, flo- DeSTaQUe: 3 a 6/6_ 4º encontro nacional de Muladeiros e 5ª Prova nacional de Marcha de restais e demais culturas intensivas. São mais de 350 expositores do Brasil e do exterior apresentando novas alternativas e tecnologias para o setor. 15 a 17/6, no pavilhão da Expoflora, em Holambra - SP Info: www.hortitec.com.br Muares e equinos InFO: SRO_ 14 3322.5523 6 • gente_ drops Sta. Cruz a Garotada virou Moçada E os amantes do rock, fi fiz zeram presença. Landau 69 no Barrica | SCRP BLACK TIE em TRIO A banda Black Tie, de Santa Cruz, agora embala seu pop-rock-balada-mpb ao som do baixo de Jeferson Cardoso. Depois da experiência com o extinto lado Black, ele foi convidado por Maurício Salemme e Marcelo Yoneda para integrar a banda. Jé, como é conhecido, também é baixista da banda no Fate. Não importa o futuro. Namorar agora é m,uito bom! Landau 69 no Barrica | SCRP 12 de Junho Dia dos Namorados! Prévia na Garagem Haus Bar | SCRP show Black Tie eba em ca om.br R ec Garagem Haus Bar | SCRP omercia l 0.c Garagem Haus Bar | SCRP :c sa caderno36 @ EL A S são “as meninas” ELES são “os caras” INSCRIÇÕES_ Festival Instumental INSCRIÇÕES_ Projetos LGBT INSCRIÇÕES_ Projetos Hip Hop Estão abertas até 15/6 as inscrições para o 18º Festival de MPB – Painel Instrumental Festival do Conservatório de Tatuí. O evento que acontece de 3 a 9 de julho é aberto a qualquer pessoa, sem limite de idade ou de conhecimento musical. Na programação, workshops, apresentações e shows. Os participantes concorrem a vagas como bolsistas. Info: www.conservatoriodetatui.org.br/ painelinstrumental Também estão abertas inscrições para projetos lGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais),nas áreas de Dança, Teatro, Literatura, HQ, Cinema, Circo e Festivais de Arte. Até julho, serão lançados 26 editais, que têm um investimento total de R$ 34 milhões. Info: www.cultura.sp.gov.br. Estão abertas até as inscrições para o edital de Promoção das Manifestações da Cultura Hip Hop, que integra o Programa de ação Cultural (ProaC) da Secretaria de estado da Cultura.A verba total deste edital é de R$ 375 mil. Os projetos serão avaliados por uma comissão formada por integrantes da Cultura Hip Hop, atuantes no desenvolvimento desta cultura. Podem ser inscritos projetos de dança, música, graffiti e todas as novas vertentes do Hip Hop. Ao todo serão selecionados 15 projetos e cada um vai receber R$ 25 mil. Info: www.cultura.sp.gov.br. Os times do Ica/Sta. C ruz: Feminino_Larissa, As equipes de Voleibol Feminino e C a rlinha, Camila, Amanda, Masculino sub 18 de Santa Cruz, I s abela, Lidiane, AmandiIcaiçara Clube / Prefeitura Municipal, n h a, Andressa e Marta. venceram a etapa Regional dos Jogos M a s culino_Lucas, Danilo, abertos da Juventude realizada em G u s tavinho, Raul, WudPompéia em maio. Classificados para a s o n , Raphael, Willian, fase final, que acontece de 10 a 18 de G u s tavão e Jhonatan. junho em Osvaldo Cruz, os times do T é c n icos: Emanuel e Ica/Sta. Cruz estão entre os 16 melhores Rafael do estado de São Paulo. CAMPEÕES do Vôlei 8 • esportes ABRAM alas pra campeã! No ano em que comemora seus 80 anos de existência a Associação Esportiva Santacruzense, chamada de “Tricolor da Vila Sidéria” ou simplesmente “Esportiva” pelos seus apaixonados torcedores, realizou a melhor campanha de sua historia garantindo o vice-campeonato da série A3 e o acesso a Série A2 Paulista (Segunda Divisão) para o ano de 2012. fora de campo o clube luta para adequar o Estádio Municipal Leônidas Camarinha para a disputa de 2012. O regulamento da competição exige um mínimo de 15 Mil lugares para todos os 20 clubes participantes e atualmente o Leônidas Camarinha só tem 10 Mil lugares disponíveis o que deixaria o clube fora da disputa. Rocha, além do atacante Neto Mineiro com jogadores jovens como o lateral esquerdo Ruan, o volante Diogo Kachuba e o meia Washington, o clube alcançou o vice-campeonato ao ser derrotado pelo Clube Atlético Penapolense que ficou com o título. foto: cortesia Pedro Figueira O feito inédito para Santa Cruz do Rio Pardo alcançado apesar das inúmeras dificuldades comuns as equipes de futebol do interior do Brasil, coloca o time entre os 40 principais do futebol paulista. A diretoria do clube encabeçada por Hélio Majoni (Presidente), Luciano Rosalém (Vice-presidente) e Pedro Catalano Neto (Vice-presidente), assumiram ainda em 2010 com a proposta de reestruturar e reconduzir o clube aos seus tempos de gloria, quando ficou conhecida como a locomotiva. Ainda em 2010 o clube disputou a “Segunda Divisão Paulista” (Quarta Divisão do Estado) e conquistou o acesso para a Série A3 de 2011. Com um elenco que mesclava atletas experientes como o goleiro Pitarelli, os zagueiros Zé Ilton e Rafael No total a Santacruzense entrou em campo 26 vezes nesse ano pela A3, sendo 12 vitórias, 9 empates e 5 derrotas; O time que foi dirigido por 4 técnicos diferentes na temporada (Lelo, Carlos Alberto Seixas, Carlos Rossi e Aldo Cavallari) marcou 40 e sofreu 29 gols. Tanto diretoria como representantes do governo municipal lutam contra o tempo para deixar o estádio em condições para o torneio. Os 5 mil lugares que ainda faltam realmente representam muito pouco perto de tudo que esse time de guerreiros já conseguiu. Parabéns a todos da Associação Esportiva Santacruzense pelo belo trabalho !! *A.R. No segundo semestre o clube tem pela frente a Copa Federação Paulista que dá ao campeão o direito de disputar a Copa do Brasil, o torneio servirá de preparação para o time que no que vem jogará Campeonato Paulista da A2. O desafio agora passa a ser outro, A Ousadia e Alegria Ele costuma apanhar mais que todo mundo. Em número de pancadas recebidas em seus jogos só perde para a bola. É caçado por zagueiros que perdem o sono só por imaginarem que terão que marcá-lo. Mesmo com toda a intimidação de adversários que quase sempre tem o dobro de seu tamanho, ele nunca abandona seu jeito de ser. Robinho, o último grande nome revelado no Vila Belmiro e uma espécie de “Muso Inspirador”, recentemente ao final de mais um jogo decidido pelo talento desse garoto profetizou: “Quando ele for para a Europa terá todo o reconhecimento que merece, esse é o caminho, ele com certeza será o melhor do mundo”. E o rei das pedaladas está certo. Dribla de todas as maneiras, com uma autoconfiança que assusta. Do alto de seus 19 anos é de longe o melhor atacante do país. Marrento, de poucas palavras, para muitos até de pouco conteúdo intelectual, mas dentro das quatro linhas como já dizia René Simões, o menino se tornou um monstro. Você, eu, todos sabemos o que esta prestes a acontecer. Está no ar uma sensação de “Quem puder ver que aproveite”. Os shows estão acabando, não devem durar mais que o final dessa temporada. Isso se não acabarem ainda no meio desse ano. Portanto compre seu ingresso e vá aos jogos do Santos. * André Rubio Não interessa se é corintiano, palmeirense, são-paulino, ou se é daqueles que só lembram de futebol de quatro em quatro anos nas Copas do Mundo. Não importa se ele é mimado ou não. Se falta-lhe conteúdo para falar sobre qualquer coisa. Se você acha ridículo seu moicano, ou detesta o tal “Ousadia e Alegria” que ele vive repetindo como um mantra. Não pense na besteira e no mau exemplo que deu ao engravidar uma menina de 17 anos. Releve tudo isso, pois ainda há a possibilidade de vê-lo aqui, de pertinho, num estádio qualquer do Brasil. Propicie a você mesmo o prazer de reverenciar o talento extraordinário, desse gênio de nome Neymar. EMPREGOS • •REPRESENTANTE COMERCIAL •DESIGNER GRÁFICO •ASSISTENTE ADMINISTRATIVO MODA • BELEZA • enviar C V para [email protected] CASA • P I N G O 9 • meninada PINGO você é um animal Cachorro gosta de fazer buraco, de escon- der ossos, de farejar, farejar, farejar, latir, bom, nem todos ficam a latir, latir por qual- quer coisa, como por exemplo, o Pingo que é de poucas palavras, quer dizer, de poucos latidos, mas é de muitos buracos. Pingo adora cavar, cavar e, enquanto fareja, os bu- racos vão aumentando em número e tamanho. Outro dia Pingo descobriu ca- vando que o sofá da varanda é recheado de espuma. A mãe de Alvinho não se conteve e, irritadíssima, gritou: Pingo, você é um ani- mal. Pingo parou, levantou o focinho, os olhos, as orelhas tentando entender e, apesar de pouco latir, latiu feliz: Au! Au! artes: Wellington Ciardulo | 360 Respostas_ Os 7 Erros:1.Peixe. 2. Coração da carta. 3. Fogo da panela- 4. Estrela do lado esquerdo. 5. Moita do lado esquerdo. 6. Bandeirinha. 7. Laço do lenço do Pingo. Advinha: O Garfo. PASSATEMPO_ Alvinho aproveitou o Arraiá para apresentar seus dotes musicais. Pingo adorou, mas algo está errado na cena. Encontre os 7 erros! Adivinha… …o que é magro pra chuchu, tem dentes mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome? 10 • gastronomia RISOTO em 2 versões Aldine Rocha Manfrin | especial para o 360 fotos: Flávia Rocha | 360 O risoto é um prato italiano que permite muitas variações e é apreciado no mundo todo. Na Itália, geralmente é servido antes do prato principal. Conta a lenda que a iguaria surgiu na época da construção da Catedral de Milão, quando era costume adicionar um pouco de ouro aos pratos de festa, aspirando assim boa sorte aos convidados. Receita de Aldine R. Manfrin Risoto de Funghi com Filet Ingredientes: para servir de 6 a 10 pessoas 1/2kg de filet mignon cortado em tiras finas 100g funghi seco 1 colher sopa rasa manteiga 1 cebola media picada miudinho sal e pimenta a gosto Preparo: deixe o funghi de molho para amolecer por pelo nemos 1 hora e reserve a água. Corte o funghi em tirinhas ou pedaços. Faça o mesmo com o filet, que deve ser temperado com sal e pimenta. derreta a manteiga numa panela e acrescente a carne picada. Mexa bem e vá fritando, tratando de tirar o caldinho que a carne forma para usar mais tarde. Acrescente a cebola e mexa até se misturar bem à carne. Acrecente o caldinho da carne que reserve. Junte o funghi e misture bem. Prove para ver se está bom de tempero. Certa vez, um homem muito pobre e sem condições de seguir a tradição no casamento da filha substituiu o metal precioso por açafrão. Ele sequer podia imaginar que seu improviso era o surgimento de um dos pratos mais tradicionais da cozinha italiana. Risoto de Camarão com Brócolis Ingredientes: para servir de 6 a 10 pessoas 1 colher sopa rasa manteiga 2 dentes de alho amassado 1kg camarão médio ou 2kg camarão pequeno 500gr de brócolis caldo de 1limão sal e pimeta a gosto Preparo: Tempere os camarões com sal, pimenta e o limão. Cozinhar o brócolis por 2 minutos, escorra e corte em pedacinhos. Em uma panela coloque a manteiga e o alho amassado. Refogue e adicione camarões cuidando para que eles sejam passados rapidamente na manteiga quente para não endurecer. Adicione o brócolis, misture e reserve. CAldo - Preparo: (para todos os tipos de risotos): Cozinhar numa panela com 2 litros de água: cenoura, mandioquinha salsa, abobrinha, cebola, salsão e/ou outros legumes de sua preferência, todos cortados em pedaços de + ou - 2cm. Pode-se colacar umas 3 folhas de loro.Em fogo bem baixo cozinhar por pelo menos 2 horas. Após 1 hora de cozimento colocar uma colher de sopa rasa de sal. Obs: Tomate não deve ser usado. O caldo que sobrar pode ser congelado. Arroz - Ingredientes: 4 copos de arroz tipo Arbório 1 cebola picada pequeno 1 copo de vinho branco seco 2 colheres de sopa de manteiga caldo de legumes 200gr de parmesão ralado na hora sal a gosto *na opção de funghi, usar 4 conchas da água onde ele ficou de molho Preparo: derreta a manteiga em uma panela. Acrescente a a cebola e mexe até que fique transparente. Adicione o arroz e mexa fritando por uns 5 minutos. Coloque o vinho e mexa até evaporar. depois comece a colocar o caldo de legumes. O ideal é ir colocando aos poucos 2 ou 3 conchas por vez, tratando de mexer sempre até secar. Em seguida, coloque mais caldo, mexa até secar. Continue o proceso até que o arroz fique “al dente”, ou seja, cozido, mas durinho. nesse ponto, acrescente os ingredientes, seja o Camarão com Brócolis ou o Filet com Funghi. Mexa bem. Adicione uma colher de manteira, o parmesão ralado e miture bem. Polvilhe com parmesão para levar à mesa. 11 • ponto de vista nEM todo cimento *Fernanda Lira FAzER planos Fazer planos, sonhar, delirar, extrapolar os limites do bom senso. Quem limita o possível? Onde fica a barreira da ousadia? Vencer o medo, o maior inimigo. Interno, invisível. Calar as vozes gravadas que censuram, inibem, constrangem. Liberdade é um grito preso na alma. Soltar a voz, dizer, declarar, não se intimidar com a corrente contrária – respeitar a força-bruta, não temê-la. Dar o primeiro passo. Pequeno, mas simbólico. Atrever-se a mirar um alvo. Quem sabe, a Lua. Atingi-la no cerne, cravejar uma flecha na minguante. Delirar, já se disse. Sonhar grande e não deixar de fazer o mínimo, aquilo que está ao alcance da mão. Vislumbrar novos horizontes, remover idéias de impedimento. Por que não? Porque sim! Exercitar a fé no poder criador, livrar-se dos obstáculos. Colocar no papel para posterior aferição de resultados. Registrar na celulose do espírito e expressar desejos inconscientes. Enxergá-los em forma de letra para compreendê-los e se fazer entender. Ainda que poucos saibam, pensamento é a ante-sala do feito. arte : Fra nco Cat alan o nar do | 36 0 *Guca Domenico Projetar o bem sem pedir medalha, sentir prazer em auxiliar anonimamente. Despir-se das causas. Causá-las! Acreditar na evidente (inevitável) vitória do amor perene sobre o ódio passageiro, praticar o perdão, esquecer a ignorância que fere e bendizer as graças recebidas a um custo ínfimo. Pretender a melhora do mundo começando o trabalho em casa. Organizar-se para ganhar tempo livre. Caprichar no dia-a-dia. Dar importância a tudo – porque as relações são intrínsecas. Nada e nem ninguém está descolado do todo. Um ato mesquinho reverbera negativamente e desencadeia o indesejável. Entender a responsabilidade que se chama Vida e não se esquecer de sorrir. Amar, antes de tudo, apesar de tudo, sobretudo. Tudo. *Músico e escritor santa-cruzense que vive em São Paulo | www.gucadomenico.com.br é desenvolvimento Você sabia que depois da água, o cimento é o item mais usado pelo homem? Pois é, mas isso acontece tanto para o bem como para o mal. O cimento costuma ser usado como símbolo do progresso. Isso vem desde os tempos da ditadura, quando queriam porque queriam manipular nossas ideias. Mas é fato que nem todo cimento é legal. Nem toda obra traz progresso, nem toda modernização traz sucesso, qualidade ou vitória. Um exemplo são os alimentos orgânicos. Podem ser mais feios, mirrados, desiguais. Não levam em sua receita de produção os modernos defensivo agrícolas, desenvolvidos a custa de muitos milhões de dinheiro. Mas são os melhores. E por serem melhores, são mais caros. O mercado reconhece que têm mais qualidade. Voltando ao “progresso cinza”, é comum as pessoas pensarem que grandes obras significam desenvolvimento. Isso não é verdade. Quando um patrimônio histórico tem suas paredes recobertas de argamassa ou seus pisos trocados por mármore, não se apura o desenvolvimento, mas a prova de falta de cultura e informação. No caso do Rio Pardo, considerar que barragens que geram lagos onde supostamente se possa arrepiar com manobras de jet sky e lanchas turbinadas é desenvolvimento é um equívoco sem precedentes. Em pleno século 21, onde a consciência e a prática ambiental é uma exigência, tendo como respaldo a capacidade do homem em solucionar problemas e transpor obstáculos através de sua inventividade, pensar que grandes barragens de cimento num dos poucos rios ainda intactos e despoluídos do Estado de São Paulo, até mesmo do país, é desenvolvimento, é um erro muito grande. Explico a razão: há, hoje, além de alternativas viáveis de geração de energia que não comprometem matas originais e recursos hídricos ainda saudáveis, a plena consciência de que o futuro exige um presente pautado na visão do que se sustenta, não do que se esgota. Até hoje, mais de 500 após a vinda dos portugueses para o Brasil, o país se ressente do caráter explorador de seus colonizadores. Levaram ouro, pedras preciosas, madeiras. Uma visão extrativista, sabemos há séculos, não leva um povo ao desenvolvimento, aliás não leva a nada. Atrasa, isso sim. As barragens propostas para o Pardo, ouso dizer, não atendem ao chamado do progresso. Mas a interesses escusos de quem viu no rio limpo do Oeste Paulista uma mina de ouro para poucos, não para as comunidades, muito menos para o país. E para provar que além de serem obras ultra antiquadas essas que querem trazer para a região do 360, lanço aqui uma foto do Prof. Pirolli, da UNESP, que mostra que, além de tudo, a exigência por replantio de matas é uma grande cascata. Ou então, “Cadê as árvores que deveriam ser plantadas em torno da barragem da foto?” Pense amigo leitor. E aja! Ou melhor, reaja. *Jornalista de São Paulo que adora o interior | [email protected] 12 • meio ambiente Um grupo de cidadãos de Santa Cruz do Rio Pardo assume a tarefa de buscar mais clareza e dados capazes de assegurar qual a melhor atitude em relação à proposta de instalação de hidrelétricas no Rio Pardo por Flávia Rocha Manfrin CIdAdãOS se mobilizam pelo rio Pardo Já não é de hoje que a iniciativa privada tem assumido tarefas que originalmente caberiam aos poderes públicos. Foi, aliás, para suprir deficiências governamentais, especialmente num país sangrado pela corrupção crônica como é o Brasil, que centenas, para não dizer milhares, de empresários trataram de colocar sua competência na iniciativa privada para realizar tarefas ligadas à educação, cultura, ação social e, naturalmente, ao meio ambiente, um dos mais emergentes campos de ação do homem moderno. Em seu estado atual, o rio Pardo possui alto potencial para o turismo, além de servir a agricultura e abastecer muitas cidades E de onde vem tal emergência? Da própria ação do homem, que se valeu da natureza de maneira irracional e sem ter consciência de sua finitude. Mas isso são águas passadas. Hoje todo mundo sabe quanto é importante evoluir sem deixar de preservar os recursos naturais. E mais do que governos, tem sido no campo da cidadania comum que se verificam as ações em torno da sustentabilidade, essa palavrinha que é nova em nosso vocabulário, mas já pode ser chamada de “carne de vaca”, de tanto que é citada em todo lugar. E o que é a sustentabilidade senão a capacidade de agirmos em relação a algo de modo a não torná-lo finito, mas sim duradouro? Pois é com essa missão que um grupo de cidadãos que estiveram presentes às audiências públicas, está fazendo uma lição de casa que caberia aos governantes, do executivo e legislativo, em relação aos projetos de pequenas centrais hidrelétricas, chamadas PCHs, que querem construir no Rio Pardo. Formado por empresários, profissionais liberais, técnicos e especialistas da região, entre moradores de Santa Cruz, Piraju, Ourinhos, Bernardino e Avaré, o grupo está empenhado em conscientizar as comunidades a respeito da situação que envolve o maior patrimônio natural ainda preservado da região, dando conta chamado Movimento Rio Pardo Vivo. Questionamentos – Considerando a fase de avaliação dos projetos pelos órgãos públicos competentes e a necessária análise dos próprios municípios a respeito do tema, o principal foco de ação do Movimento Rio Pardo Vivo tem sido levantar questões importantes a respeito dos projetos, de modo que sejam plenamente esclarecidas a ponto de termos o melhor desfecho para o episódio. Um deles refere-se ao tamanho das obras. As PCHs propostas para o rio Pardo, ao que se apurou até o momento, são pequenas apenas no quanto poderão gerar de energia, pois as barragens têm 33 metros de altura. Isso é praticamente o dobro da barragem da hidrelétrica de Piraju, que tem 16m metros de altura. Também são pequenos os benefícios que constam nos projetos se comparados aos seus custos. Não apenas de investimentos, mas também das perdas que a região terá. As dúvidas são inúmeras e respondem por aspectos ambientais, econômicos e sociais. Para levantar todas as questões necessárias e também conscientizar as comuniades, o Movimento Rio Pardo Vivo tem agido de modo a disseminar o debate necessário num momento em que um dos maiores municípios de todo o Estado de São Paulo, com preponderante área rural já que seus limites urbanos congregam apenas cerca de Trabalho missionário — Entre as ações para o Movimento Rio Pardo Vivo, a “turma da onça”, nome reduzido do grupo, uma homenagem à onça que foi encontrada em plena área urbana, às margens do Pardo, está a tarefa de disseminar as informações que até agora foram apuradas. E fomentar o questionamento, o debate e a crítica para que o melhor desfecho para a cidade e para a região seja alcançado. E isso, em tempos atuais, de consciência ambiental e sustentabilidade, obrigatoriamente inclui a preservação da qualidade de vida do rio, um dos poucos do Estado ainda despoluídos e capazes de suprir de peixes os incontáveis lagos do Paranapanema, rio retalhado por dezenas de hidrelétricas. cial: Rio pe fotos: FLávia Rocha | 360 foto: cortesia Pedro Figueira 40 mil pessoas, precisa ter a maturidade e o discernimento necessários para dizer: sim ou não para os projetos em questão. Es Esse é o primeiro e principal questionamento do grupo que tem se mobilizado para atrair técnicos em engenharia, meio ambiente, biologia, direito e todos os outros campos de estudos que precisam ser levados aos órgãos públicos que analisam os projetos, no caso a CETESB. Afinal, será com base nos estudos da empresa que quer construir as obras e nas análises dos próprios municípios será dado um veredito para o assunto. s Pontas de machadinhas indígenas encontradas nas margens do Pardo, em Santa Cruz. O rio também tem valor histórico CH Acima, a onça encontrada às margens do Pardo, em Santa Cruz. A fauna nativa corre risco de extinção na região os de P jet rdo e os pro Pa Alunos do Colégio Camões ouvem os argumentos e análise do Prof. Pirolli, da UNESP Além da visita a empresas onde as informações ainda vagam no simples raciocínio do “contra ou a favor”, a turma do Movimento Rio Pardo Vivo tem visitado escolas, associações de classe e instituições. A diocese católica de Santa Cruz e região foi uma delas. Aproveitando uma reunião programada para a cidade, com presença do bispo e de dezenas de sacerdores, aproveitou-se o tema da Campanha da Fraternidade 2011, pautada no meio ambiente, para informar a igreja a respeito do assunto. Fapi promove debate – Outra ação do grupo acontece no mais importante evento da região, a FAPI, feira de agronegócios de Ourinhos (veja anúncio na página 18 desta edição). Ali, numa mesa redonda que pretende reunir os autores dos projetos, o órgão que os avalia, no caso o Departamento de Análise de Impactos da CETESB, ligada à Secretaria de Meio Ambiente e especialis- tas, entre produtores rurais, biólogos, engenheiros florestais e ambientalistas, o público poderá esclarecer dúvidas e levar suas opiniões. O evento acontece dia 9/6, no Tattersal da feira, e tem entrada franca. Omissão pública – Como ressalta da gerente do Departamento de Análise de Impacto da CETESB, Maria Silvia Romitelli, que atendeu à reportagem do 360 através de e-mail, respondendo (em parte) às perguntas sobre a situação do rio Pardo (veja na página 17) , é tarefa dos prefeitos agir no sentido para preservar os municípios de iniciativas que sejam rechaçdas pela comunidade, mas isso não está acontecendo. Por isso, vale a cada cidadão brasileiro o apelo do Movimento Rio Pardo Vivo: informem-se e opinem. O site www.riopardovivo.org traz informações, documentos e abaixo-assinado para que todos possam se informar e opinar. SINAL VERDE_ assuntos que visam a melhoria da relação homem-meio ambiente DA preservação da paisagem ao desenvolvimento sustentado *Antônio Meira © Roman Babaevskiy | dreamstime.com Num passado recente, ao nos referirmos ao meio ambiente, utilizávamos os termos “Paisagem”, “Preservação da natureza” e “Conservação da natureza”. Àqueles que se colocavam em defesa destes ideais, designava-se, pejorativamente, o termo “ecologistas”. Insistia-se em (des)qualificar os ideais para a manutenção da qualidade de vida como sendo frutos de indivíduos radicais e desprovidos de qualificação técnica. ambiente é mexer com toda a humanidade. Concomitantemente, a agricultura vira agronegócio, volta a ter grande influência sócio-institucional e gran-de importância para os conjuntos econômico e social brasileiros. A expansão agropecuária torna-se incontrolável. O mundo se globaliza. Seguir normas ambientais é obrigação para a exportação agrícola. Os técnicos ambientalistas endurecem na ocupação do solo, e o fruto econômico e social do agro-negócio interrompe a lógica do processo histórico recente. Torna-se impossível tratar do assunto ambiente sem considerar os aspectos econômicos. Tal fato se dava logo após a instituição do Código Florestal de 1965, fruto de um processo de quase 30 anos, que de meu ponto de vista, inadvertidamente, transformou os 20% de área de florestas das propriedades rurais, que se destinavam à manutenção do estoque madeireiro, em áreas destinadas à preservação e manutenção da natureza, entretanto, sob a tutela obrigatória e, portanto, onerosa, dos proprietários rurais. Seria como se o Estado Republicano, através do código de 1965, estivesse fazendo justiça entre aqueles que foram privilegiados – tanto no Brasil Colônia assim como no Brasil Império – com terras agricultáveis, e aqueles que não o foram. Surge o desenvolvimento sustentado, abarcando os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Não há mais espaço para considerar como interesses distintos: os dos proprietários rurais e os dos técnicos ambientais. É o momento do diálogo e da união. O código de 1965, numa análise histórica, não se restringiu a normatizar as florestas e o uso e ocupação do solo, mas, também, representou uma vitória, dos ditos comunistas, em pleno período da Ditadura Militar pós 1964. Essa ação, donde o Estado brasileiro se eximiu da conservação e preservação da natureza, inferiu a responsabilidade aos proprietários rurais e, além de não se fazer justiça, aprofundou a divisão entre proprietários e ecologistas. Observando as décadas de 1970 e 1980, vemos características claras desse processo. Ecologistas buscando qualificação científica e proprietários rurais buscando o uso máximo de suas áreas. Esqueceu-se a preservação da paisagem; à preservação e à conservação da natureza, sobraram as áreas de posse do Estado e os 20% das reservas legais dos proprietários rurais. Nesse momento se apresenta o meio ambiente. Na década de 1990, os agora técnicos das ciências ambientais, ocuparam espaços ins-titucionais e promoveram normas legais; alicerçaram órgãos estatais de comando e controle. Inverteram-se as qualificações: os ambientalistas – não mais ecologistas – passaram a ser os justos defensores do bem estar social. E os proprietários rurais, a ser estigmatizados e chamados como degradadores do meio ambiente, provocadores da piora na qualidade de vida. Pelo viés do meio ambiente, com a resolução CONAMA n° 01, observa-se os aspectos físicos, biológicos e sociais; unem-se à natureza, pela norma, os aspectos sociais. Pelo viés da agricultura, começam-se a colher os frutos da ciência rural com os resultados recordes de produtividade por área utilizada. Vem a década de 2000, os técnicos ambientalistas chegam ao auge de sua influência institucional; leis ambientais passam a ser mais severas que as demais normas. Mexer com o meio Não há utopia, pois, vejo e presencio o que se desenvolve na região do rio Pardo: a união entre técnicos ambientalistas, agricultores, comerciantes; a união de toda a sociedade, comprovando-se que o diálogo e a união em torno do desenvolvimento sustentado se apresentam como o caminho inequívoco para a qualidade de vida e o bem estar dos indivíduos. Parabéns a Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos, Canitar, Bernardino de Campos, Óleo e Águas de Santa Bárbara. Tenho orgulho de vocês. *Engenheiro Florestal graduado pela UNIFENAS-MG, especializado em Gestão e Tecnologias Ambientais pela Escola Politécnica – USP-SP E spe e Paola c ial 3 pórt er 6 0 R Para esclarecer os alunos sobre os impactos ambientais que os projetos de hidrelétricas para o Rio Pardo podem causar, o Colégio Camões recebeu o Prof. Dr. Edson Luis Pirolli. Ele falou com turmas do 9º ano e do ensino médio. Pirolli explicou em detalhes as perdas de matas, o risco de vida animal e as mudanças que o rio sofrerá se os projetos forem aprovados. Após sua apresentação, ele recebeu uma rápida visita da nosssa repórter, que fez perguntas diretas sobre o caso e quais as medidas a serem tomadas COMO agir a respeito do Rio Pardo? Paola: Você é contra ou a favor das usinas hidrelétricas? Prof. Pirolli: Eu sou contra por que vai causar um grande dano e poucos benefícios. Paola: Quais danos são esses? Prof. Pirolli:vai alagar muita mata nativa do Rio Pardo e vai prejudicar os animais que habitam estas matas. Paola: Quanto? Prof. Pirolli:vai alagar mil alqueires. Paola: O que você acha que as pessoas contra devem fazer? Prof. Pirolli: Eu acho que elas devem se manifestar. Paola: Você é a favor ou não das passeatas? Prof. Pirolli: Eu sou a favor. Paola: Obrigada pela sua atenção e até logo. Cida: Foi um prazer. 360: Os projetos foram apresentados nas audiências públicas. E agora, o que vai acontecer? Quais os próximos passos? CETESB: O licenciamento ambiental de PCHs é realizado através da Avaliação de Impacto Ambiental, e impõe ao empreendedor, cumpridas etapas específicas, a obtenção das licenças: I- licença Prévia (lP) concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas cial: Rio pe 360: Parte da população comenta que não adianta questionar o projeto, pois são “favas contadas”. Isso é verdade? Por que? O que a comunidade pode fazer se considerar que as obras são inadequadas? CETESB: na fase da Licença Prévia, a realização da Audiência Pública é uma oportunidade privilegiada para a participação pública, pois qualquer entidade ou cidadão pode se manifestar. Há ainda outras formas de participação da região e, em especial, dos municípios afetados, com destaque para a manifestação formal das Prefeituras Municipais quanto à sua posição frente à proposição do empreendimento, exigida pelo parágrafo 1º do artigo 10 . Outra manifestação relevante no caso de interferências nos recursos hídricos é o Comitê de Bacia. A análise da viabilidade ambiental dos empreendimentos está em curso e, portanto, não há decisão até o momento. Assim, não se aplica a figura “de favas contadas”. As contribuições recebidas na audiência pública são inseridas no processo e consideradas pela equipe técnica responsável pela análise. É claro, que argumentos técnicos bem fundamentados trazidos pela comunidade são valiosos na avaliação da significância dos impactos, assim como também na definição de medidas mitigadoras e compensatórias apropriadas. vale lembrar que a análise realizada pelo órgão ambiental tem uma base técnica e segue procedimentos administrativos previstos em normas legais. É preciso, portanto, que as manifestações apresentem elementos técnicos mais específicos para contrapor a eventuais informações e avaliações apresentadas pelo EIA e suas complementações. A análise deve ser levada adiante até que haja conclusão sobre a viabilidade ou não do projeto proposto, pois a CETESB deve responder à solicitação de licença formulada pelo interessado. 360: Quais são os critérios da CETESB para se aprovar projetos de grande impacto ambiental que vão afetar tantas comu- nidades como o caso dos projetos de PCHs propostos pela empresa Hidrotérmica para três pontos do Rio Pardo? CETESB: As intervenções de grande porte em corpos d'água devem ser avaliadas muito criteriosamente, de modo a identificar os impactos, verificar a suficiência das medidas de mitigação e compensação desses impactos e possibilitar a confrontação dos impactos negativos e benefícios para a tomada de decisão. Todos os aspectos relacionados aos impactos da intervenção proposta pelo conjunto das PCHs serão analisados no departamento de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb por uma equipe multidisciplinar e capacitada para tanto. Esta equipe levará em consideração todos os problemas apresentados no EIA-RIMA, assim como aqueles identificados em vistorias técnicas, audiências publicas e análises que serão feitas por técnicos das Prefeituras Municipais, do IPHAn, Comitês de Bacia, dAEE, sobre as interferências do empreendimento nos atributos ambientais e recursos naturais da região, compreendendo também os aspectos econômicos, sociais e culturais. 360: Além dos impactos ambientais, como ficam os impactos sociais e culturais decorrentes de obras como os projetos das PCHs? CETESB: Quanto aos impactos sociais e culturais, entende-se que os mesmos são parte dos impactos ambientais, visto que o meio ambiente é composto pelos meios biótico, físico e socioeconômico. Assim, os impactos sociais e culturais devem ser abordados no Estudo de Impacto Ambiental tão detalhadamente quanto os impactos físicos e bióticos, para que o EIA/Rima seja completo. Cabe lembrar, que impactos ao patrimônio arqueológico e cultural são avaliados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional – IPHAn, cuja manifestação é subsídio para a análise de viabilidade ambiental. 360: As empresas estão propondo projetos individuais dentro de um mesmo rio. Há inventário da ANEEL indicando 9 pontos passíveis de PCHs no Rio Pardo, sendo que já são cinco projetos apresentados, dos quais três dentro do município de Santa Cruz do Rio Pardo. Não é muita interferência para apenas um rio? CETESB: Foi solicitada pela CETESB no Termo de Referência para elaboração do EIA Rima a análise de impactos cumulativos e sinérgicos, considerando os demais empreendimentos da bacia. Es O disciplinamento da aplicação deste tipo de instrumento de licenciamento está definido por uma série de documentos legais, dentre os quais se destacam as Resoluções COnAMAnº01/86 e 237/97. A própria Constituição Federal de 1988 prevê a realização da Avaliação de Impacto Ambiental, no inciso Iv do artigo 225: “Iv - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;”. fases de sua implementação; II - licença de Instalação (lI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - licença de operação (lo) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. s CETESB: O licenciamento ambiental através da Avaliação de Impacto Ambiental é um procedimento que consiste na análise das consequências da implantação de determinado projeto num dado sítio, abrangendo todos os aspectos envolvidos, de modo a identificar os impactos no meio físico (qualidade e quantidade de água, instalação de processos erosivos etc.), no meio biótico (flora e fauna terrestre e aquática) e no meio sócio-econômico (aspectos da economia regional e local, demografia, condições de saúde , educação e habitação, patrimônio histórico, arqueológico, turístico e cultural), de modo a fundamentar uma decisão quanto à implantação ou não do projeto. O que diz a CETESB sobre os projetos de PCHs no Rio Pardo CH 360: Como funciona o processo de aprovação de projetos de PCHs? s de P jeto não conseguimos entrevista direta, pessoalmente ou por telefone. Restou-nos enviar um questionário, repondido por Maria Silvia Romitelli, gerente do Departamento de avaliação de Impacto ambiental da CeTeSB, órgão da Secretaria de Meio ambiente do estado de São Paulo responsável pela avaliação dos projetos de hidrelétricas no Rio Pardo rdo e os pro Pa 360: O que ocorrerá se os projetos forem autorizados e haja impactos imprevistos? CETESB: A avaliação de impactos é um processo sistemático de avaliação dos efeitos de um empreendimento (ou da cumulatividade de impactos de diversos empreendimentos, como no caso em questão). Com a disponibilidade de informações existentes e levantadas pelos estudos e o conhecimento já adquirido sobre Avaliação de Impactos dessa tipologia de empreendimento, entendemos que existe pouca probabilidade de aparecerem impactos imprevistos significativos após a conclusão da análise de viabilidade. Ressalta-se ainda que o processo de licenciamento de um projeto é um processo contínuo (ao longo das fases de LP, LI , LO e renovação da LO) e portanto, poderão ser realizados eventuais ajustes necessários nas fases subsequentes do projeto, após aprovação e acompanhamento do órgão ambiental. 360: Com tantas alternativas mais modernas e sustentáveis de geração de energia, faz sentido levar adiante projetos que degradam um rio despoluído e que ainda pode ser usado para criadouro de peixes? Além disso, qual a necessidade de a região produzir energia se a geração de energia já é tão grande na bacia do Paranapanema, do qual o rio Pardo é afluente? CETESB: A avaliação da intervenção proposta do ponto de vista da necessidade ou não de produção de energia não compete à CETESB e é considerada na análise ambiental apenas com relação à justificativa do empreendimento. Em outras palavras, é a viabilidade ambiental das intervenções que estão em avaliação na CETESB, independentemente da prioridade sob o aspecto estrito da geração de energia elétrica, de jurisdição exclusiva da AnEEL. PERGUNTAS QUE FICARAM NO AR: 360: Considerando que os pequenos municípios não estão preparados com legislações de uso e ocupação do solo que venham a gerar impactos ambientais, como fazer para reverter uma situação e preservar os recursos naturais dos municípios? 360: Diante dos projetos de preservação das águas, promovidos pela CETESB, faz sentido autorizar a implantação de cinco PCHs que vão causar grandes impactos num rio despoluído como o Pardo? 360: Quais as chances do rio Pardo continuar um “rio vivo” com a construção de PCHs em seu leito? 18 • cultura SAnTA Cruz ganha nova escola de música Os alunos da cidade já são muitos e viajam sistematicamente a Ourinhos, para onde crianças interessadas em aprender a tocar algum instrumento musical ou ter aulas de canto tinham dificuldades de ir. A parceria com Luciano Pimentel, o Barry, seu aluno de longa data, já era bastante afinada: os dois tocam bateria em bandas que trataram de formar por conta própria, com amigos. E que têm uma agenda cheia, aliás. Foi assim que o músico e professor Rodrigo Donato, proprietário da Studio Musical, escola de Ourinhos, resolveu aportar em Santa Cruz, com mais uma unidade do seu negócio, desta vez tendo Barry como sócio e gerente da escola. Estrutura profissional – Além de professores renomados, muitos formados pelo Conservatório de Tatuí, onde Rodrigo estudou e também tornou-se professor, a Studio Musical terá uma estrutura completa para quem quer aprender a tocar instrumentos de percussão e cordas, além de técnicas vocais. Segundo eles, além de professores especializados para todas as idades, inclusive para a iniciação musical (crianças a partir de quatro anos), a escola estará equipada dos melhores equipamentos e salas de estudo climatizadas e com isolamento acústico, além de um estúdio para ensaio de bandas. Apelo musical – A decisão de Barry em abandonar a informática, sua formação profissional, e abraçar a música mostra que essa é uma área praticável para quem realmente quer viver dessa atividade. O sócio, aliás, é um exemplo dessa possibilidade. Além da escola de Ourinhos, Rodrigo, que é natural de Chavantes, dá aulas de percussão e toca em muitas bandas, de estilos variados, entre rock, jazz, samba, chorinho, entre outras. Seu currículo é extenso também na participação e produção de festivais. Semana sonora – Com a meta de “fazer algo diferente”, como diz Barry, a ideia é suprir Santa Cruz e região de aulas de qualidade e de eventos musicais. Para tanto a Studio Musical está montando um espaço para eventos na própria escola e abre a casa com uma semana de worshops seguidos de shows (de 13 a 17/6 na antiga Microlins). 19 • agenda FESTAR promete agitar o Interior A turma da Secretaria de Cultura de Bernardino pede para avisar aos leitores do Caderno 360 para se prepararem para o 7º FESTAR, Festival de Teatro de Bernardino de Campos, que está programado para o início do mês de julho. Grande sucesso de público e de crítica em toda a região, o FESTAR deste ano traz como novidade a realização de espetáculos profissionais, além de manter a tradição de receber grupos amadores. O evento terá eso petáculos para público adulto e infantil, que tem somado cerca de 5 mil pessoas a cada ano. Os ingressos são benemerentes: Basta levar 1 quilo de alimento não perecível, que será entregue às famílias atendidas pela Secretaria de Assistência Social de Bernardino. Onde: Praça Quintino Bocaiúva e Casa da Cultura. 5 a 10/7 Info: 14 3346-2010 circuito SESC chega a AvARÉ O Circuito SESC de Artes 2011, que está percorrendo 88 cidades paulistas de 1 a 19/6 com música, teatro, circo, dança, entre outras linguagens apresentadas em espaços público, chega a Avaré, no dia 9 de junho, no Largo São João, a partir das 17h30. A programação é grátis e livre para todos os públicos. Confira; A Mulher que Comeu o Mundo: O espetáculo brinca com a metáfora da ganância desmedida e da busca desenfreada pelo poder, revelando a ridícula condição humana de querer a permanência e a posse das coisas por meio de lutas e dominação. Clube do Balanço; Grupo de samba rock liderado pelo guitarrista e cantor Marco Mattoli, Circo Malabarístico – Irmãos Becker: Dois palhaços cômicos demonstram de modo criativo e bem humorado diversas técnicas de malabarismo. Outro Lugar – Focus Cia de Dança: Outro lugar é uma construção coreográfica marcada pela movimentação do corpo em relação à arquitetura. A coreografia é composta por sete bailarinos, que durante quinze minutos interagem numa dança. VRUM – DMV22: Um artista visual, um dançarino e um músico interagem em uma improvisação multimídia. A Estrada de Tijolos Dourados – Base V: A Estrada de Tijolos Dourados remete ao clássico O Mágico de Oz, pois assim como na história, essa intervenção performática simboliza um caminho a ser escolhido. Todas as Palavras me Convém – Cia. Ilustrada: Intervenção literária e poética em que a palavra é a protagonista, seja ela falada ou cantada. Info: 14 97746933 divulgue seu evento aqui. E grátis! [email protected] Grátis! LUME cineclube 7 / 6: asas do Desejo_ Direção: Wim Wenders (Alemanha, 1987 - 130 min.) Propõe uma reflexão sobre a existência humana, numa disputa entre o divino e o efêmero. Na Berlin do pós-guerra, um batalhão de anjos vela pelas almas que sofrem e se desesperam em silêncio, assistindo às desventuras terrenas, sem poder sentir as dores e as alegrias humanas. 1 4 / 6 : educação_Direção: Lone Scherfig (UK, 2009 - 95 min.). Baseado nas memórias de Lynn Barber, conta a história de Jenny, que vive com a família no subúrbio londrino em 1961 e sofre com o tédio da adolescência e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. 2 4 / 6 : Do Outro lado_ Direção: Fatih Akin (Alemanha/Turquia, 2007 - 122 min.). História de não-encontros, tem como referência o problema dos imigrantes turcos de segunda geração, que vivem na Alemanha e carregam o peso de ter de construir uma identidade que una dois lados: o país de onde seus pais vieram e o novo lar. 3 1 / 6 : amor à Flor da Pele_DiDireção: Wong Kar-Wai (China, 2000 - 90 min.). A Hong Kong dos anos 60, embalada ao som de Nat King Coleambiental um filme sobre amor e nostalgia, de incrível beleza. Um homem e uma mulher descobrem que seus respectivos cônjuges mantêm um relacionamento amoroso. Sessões do Videoclube LUME: toda 3ª-feira_20h. Sala 5 do Colégio COC Jean Piaget _ Ourinhos 20 • popo cabeça Que país é esse em que um grupo de mães com seus bebês vai a um Centro Cultural e, ali, todas, sentadas no chão, ou nas cadeiras, tiram um peito pra fora. No rosto o sorriso matreiro e arteiro, desses sorrisos que brilham e cintilam nos olhos, encantam e rejuvenescem a alma, irradiam o ambiente, denunciam uma deliciosa rebeldia infantil. As mães iniciam o ato sagrado: dar de mamar a seus bebês. Tudo porque dias antes uma mãe foi impedida de, ali, amamentar seu bebê. Que país é esse em que um grupo de moradores de um bairro de elite sai às ruas para protestar contra a construção, ali, de uma estação de metrô. Justificam assim sua atitude: não queremos essa gente diferenciada no bairro. Outro grupo, esse da gente diferenciada, sai às ruas no mesmo bairro e, ali, em frente ao suntuoso Shopping Center faz churrasco e canta para protestar contra a discriminação . © Bluevision | Dreamstime.com Que país é esse em que um grupo de pessoas sai às ruas para que o uso da maconha seja descriminalizado? Em que o Se há dois meses eu reclamei da fraca safra de lançamentos em 2011, capitaneada pelos decepcionantes discos de Radiohead e Strokes, agora tenho quatro motivos para comemorar. Vamos a eles. BEASTIE BOYS – “Hot Sauce Committee Part II”. Há 7 anos não escutávamos as rimas do trio nova-iorquino de rap (o penúltimo disco, “The Mix-Up”, é instrumental). Ficaram um tempo em stand by (Adam Yauch, o MCA, luta contra um câncer na garganta), mas voltaram com este disco sensacional. Eu não consigo lem- MãE gentil ou Brasil varonil *José Mário Rocha de Andrade governador do estado mais famoso estimula os policiais e bombeiros a participarem da parada gay com uniformes, viaturas e cami-nhões das corporações porque, justifica: “aqui cada um pode mostrar o que é”. Que país é esse em que o Ministério Público investiga os poderosos, desmascara fraudes e em que o povo voltou a sair às ruas contra a corrupção dos políticos? No Brasil de hoje a Mãe gentil protesta com um maravilhoso mamaço, o Brasil varonil sai às ruas com samba, churrasco, palavras de luta e enfrenta a polícia de alguns governantes que gostam de democracia, mas precisam aprender a gostar de povo. Nosso país não é mais o mesmo. É gentil, sim. É varonil, também *médico santa-cruzense que vive em Campinas | [email protected] QUATRO pérolas POP (e eu agradeço) *Tiago Cachoni brar de outra banda com mais de 30 anos de carreira sem uma única decepção. Não vou destacar faixas aqui porque é tarefa ingrata. E eles ainda prometem a parte 1 (sim, a lógica é estranha mesmo) para breve. guramente um dos melhores da carreira. Um tapa no ouvido. “Rope” e “White Limo” (veja no youtube ela ao vivo no Letterman) são os grandes destaques num disco de alto nível. O produtor é Butch Vig, o mesmo de “Nevermind”. Diz muita coisa. FOO FIGHTERS – “Wasting Light”. De coadjuvante de uma das maiores bandas da história do rock a protagonista de outra delas: em síntese, é a trajetória de Dave Grohl. Após discos medianos e o subestimado “Echos, Silence, Patiente and Grace” (2007), a banda vem com este petardo, se- R.E.M. – “Collapse Into Now”. Outro medalhão do rock com respeitabilíssima carreira. “Accelerate”, disco de 2008, já mostrava um R.E.M. mais cru, conectado com seu passado. Pois “Collapse...” aprofunda esta inclinação, com grandes canções (“Discoverer”, “It Happened Today”, “Mine Smell Like Honey”), e uma balada fantástica: “Überlin”. PJ HARVEY – “Let England Shake”. A inglesa deixou de lado as guitarras distorcidas, apostou num som soturno, em temáticas incomuns (como o envolvimento da Inglaterra em guerras), e nos trouxe um disco estranho, pouco palatável de início, mas apaixonante após algumas audições. * músico, vocalista da Banda Landau 69, que mantém seus ouvidos abertos e atentos a todos os sons 21 • bem viver vIvA © Jana Guothova | dreamstime.com o inverno O inverno, todo mundo sabe, chega macio, mas faz um forte estrago na pele. O vento e o tempo seco são tão danosos como o verão com suas temperaturas acima da média. Mas assim como os dias quentes de água, céu e mar, a estação do frio nos presenteia com dias lindos, ensolarados e transparentes. De uma beleza e aconchego que só eles têm. Para curtir tudo isso sem ficar com a pele ressecada e ardente, o que não faltam são produtos cosméticos, que fazem parte cada vez mais da nossa rotina. Eles podem até ser considerados supérfluos, mas prefiro chamá-los de companheiros de bem estar. Por isso a ideia desta pequena matéria com dicas de cuidados básicos para a pele nessa época do ano. Elas foram apontadas pela esteticista Luciana Simão Poli, que mantém um estúdio para tratamento e estética com todo o aparato profissional. Ou seja, material descartável, ambiente limpo e organizado, equipamentos eficazes e.... produtos que propõe alta qualidade. Algo que ela mostra estudar bastante. Confira os cuidados abaixo e repare nos produtos que usamos para ilustrar. São todos muito bom se cumprem o que um cosmético deve ser antes de mais nada: agradável à pele e aos sentidos, como o olfato, por exemplo. A praticidade de seu uso também pesou na seleção, assim como a textura e, naturalmente, os resultados. Agora, se você já tem os seus preferidos, aposte neles. O que vale é a gente se sentir bem tratada e saudável por Flávia Rocha Manfrin Limpeza da Pele 1_ Ajuda a ter melhores resultados com uso de produtos e tratamentos de rejuvenescimento e acne. Consiste em retirar comedões (cravos) e miliuns (bolinhas brancas), que são gorduras + sujeiras acumuladas. Peeling_ Tratamento que retira a camada da pele para diminuir manchas, linhas *Adriana Righetti de expressão e cicatrizar a acne. Há vários tipos, indicados pelo esteticista ou dermatologista de acordo com a situação da pele. Os produtos usados podem manchar a pele sob o sol, pois isso é indicado para ser feito no inverno, que tem sol ameno e dias mais curtos. Causa uma leve descamação da pele. Então é bom evitar fazer dias antes de festas e finais de semana. Hidratação_ É o cuidado mais simples, pois não requer ajuda. Serve para manter a camada natural da pele (manto hidrolipídico) equilibrada apesar do tempo mais seco, vento e chuveiro mais quente. Indicada para todas as idades, inclusive bebês. dica: abuse dos produtos específicos para mãos, pés e cotovelos. Os astros em JUnHO arte: Clara Basseto | 360 Em junho, o Sol ficará até o dia 21 em Gêmeos, ingressando depois em Câncer. No período em que ele se encontrar em Gêmeos, Mercúrio, que é o regente deste signo, caminhará ao lado dele, nos conferindo mais lucidez, clareza e boas ideias. poderá ficar um pouco mais lenta. Por um lado será bom demorarmos um pouco mais para agir, uma vez que a conexão tensa entre Mercúrio e Netuno nos avisa que devemos ficar atentos a todas as situações que se apresenSol e Mercúrio camitarem para não nos ennhando juntos deixam ganarmos. É importante em evidência as relações que mantenhamos nossa pessoais e as negociações atenção em tudo o que Clara homenageia as priminhas gêmeas e geminianas comerciais. Alguns aspeccombinarmos e assinarMaisa e Isabel , que acabam de nascer. Bem-vindas! tos com Júpiter reforçam mos, além de nos preocuas transições internacionais, favorecendo o contato par em nos comprometermos apenas com o que com o estrangeiro, bem como um bom momento pudermos cumprir. para se aprender outros idiomas. Seremos mais solicitados socialmente e o encontro A comunicação, a educação e os estudos são regicom amigos, as reuniões, festas e atividades cultudos por Gêmeos e Mercúrio, que também despertam rais estarão muito favorecidas. nosso interesse por diversos assuntos. O difícil será se aprofundar em algum deles, já que nossa curiosiPlutão, Saturno e Urano em signos cardeais e em dade estará muito aflorada. Devemos absorver ao quadratura ainda sugerem que devemos por em máximo tudo com que mantivermos contato, pois pauta as questões ambientais, materiais e políticas muitas informações poderão ser úteis em breve. com muita consciência, evitando mais desperdícios e degradação. Ao entrar em Touro no dia 22, Marte acentua que a firmeza e a fidelidade são ingredientes indispensáSerá um mês mais tranquilo em algumas questões, veis nas relações humanas. Marte também facilitará uma vez que nos permitamos soltar as rédeas da estabelecermos um caminho, fazendo com que não vida e nos deixar levar por ela. Bom momento para nos desviemos dele tão facilmente. Nos dará tamdesfrutarmos de tudo o que conquistamos, deibém muita resistência física. Porém, nossa iniciativa xando nossa mente e coração mais leves e soltos. *astróloga paulistana que vive em São Tomé das Letras | [email protected] No rosto_ A água fria é ideal para lavar o rosto antes do uso de um hidratante para pele do rosto. Há muitas opções, segundo o tipo de pele, a idade.... No corpo_ É indicado sabonete do tipo neutro ou hidratante. A dica é terminar o banho aplicando óleo ou MON NÉCESSAIRE hidratante de banho. Esses produtos são aplicados com o corpo molhado e pedem um pequeno enxague com mais uma ducha quentinha. Maquiagem_ deve ser retirada antes de dormir porque a noite nosso metabolismo diminui favorecendo a permeação do que estiver sobre a pele, seja bons produtos ou sujeira. ONDE IR • ACONTECE MODA • SAÚDE • BELEZA