Aula Aberta
7º Curso de Mestrado em Reabilitação da Arquitectura e Núcleos Urbanos - FAUTL
A Água no Espaço Urbano
Requalificação de cursos de água
em meio urbano
Maria da Graça Amaral Neto Saraiva
Profª Associada da FA-UTL / Investigadora do CESUR/IST
Gsaraiva AT sapo.pt
PLANEAMENTO E GESTÃO SUSTENTÁVEIS DA ÁGUA
EM MEIO URBANO:
• abastecimento público
• economia e poupança nos consumos
• drenagem de águas pluviais
• controlo de cheias e inundações
• protecção e conservação dos recursos hídricos,
superficiais e subterrâneos - melhoria da qualidade da água
• retenção e infiltração hídrica
• tratamento de águas residuais
• reutilização / reciclagem (rega, lavagem de pavimentos)
• utilização como elemento estético e valorizador do meio
urbano
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Poluição / Contaminação
Riscos
Ribª da Laje, Algueirão
Carta do leito de cheia dos 100 anos
Valores
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Problemas nas relações água/território:
Maior concentração das áreas urbanas
no litoral e maior densidade populacional
coincidindo com:
• pior qualidade da água nos troços finais
dos rios e cursos de água;
• áreas sujeitas a riscos de cheia;
• degradação ambiental e paisagística dos
cursos de água;
• formações mais permeáveis e vulneráveis
à poluição de aquíferos.
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Contexto regulamentar e de enquadramento para
a gestão da água e do território e para a requalificação
da agua em meio urbano em Portugal
A nivel Europeu:
• Directiva Quadro da Água (Directiva 2000/60/EC) e outras Directivas
• Programas de requalificação urbana
• Programas de requalificação ambiental
A nivel nacional:
• Nova Lei da Água e Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos
• Plano Nacional da Água e Planos de Bacia Hidrográfica
• Sistema de planeamento territorial (nacional, regional e local)
• Planos Regionais e Especiais de OT
• Planos Sectoriais
•Planos Directores Municipais, Planos de Urbanização e
Planos de Pormenor (PMOT)
• Agenda Local 21
• Domínio hídrico
• Servidões de protecção ambiental (REN, RAN, etc.);
• Programas e projectos de requalificação urbana (ex. Programa
Polis)
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Directiva Quadro da Política da Água (2000)
União Europeia
Alguns objectivos:
• Planeamento e gestão por bacias;
• Protecção das águas superficiais e subterrâneas;
• Alcance de estado de boa qualidade ecológica (até 2015);
• Protecção, melhoramento e recuperação de todas as massas de
água de superficie, incluindo as “fortemente modificadas”;
Algumas medidas:
• Estratégias de combate à poluição;
• Instrumentos legislativos, administrativos, económicos e fiscais;
• Codigos de boas práticas,
• Projectos de reabilitação;
• Projectos educativos.
Processo de transposição efectivado através da
aprovação da Lei da Água (Set. 2005) e subsequente
regulamentação
Reabilitação de rios nas cidades - novas oportunidades
Recreio
Valorização
Estética
Biodiversidade
Ciclo hidrológico
Habitat
Qualidade da Água
Melhoria da qualidade da água
Estrurura Ecológia Urbana
Espaços Verdes
Reabilitação de zonas ribeirinhas
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the policies’ skyline...
Water
Framework
Directive
European
Landscape
Convention
Local
Agenda 21
Policy integration “
“Gotenburg strategy”
Thematic strategy on
urban environment
Landscape quality
Water quality
Urban sustainability
Urban ecology
Environmental integration
Urban quality of life
Ecological potential
cities
rivers
Novas perspectivas:
Recuperação e sustentabilidade
Reabilitação de frentes ribeirinhas
da cidade para o rio......
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Novas perspectivas:
Recuperação e sustentabilidade
Do rio para a cidade......
Exemplos de recuperação e naturalização de cursos de água na Alemanha
Exemplos de reabilitação ecológica de cursos de água urbanos
Santa Rosa Creek, CA, USA
Stream daylighting in Leipzig, Germany
Rehabilitaion of urban creeks, Gaia
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Da cidade para o rio...
Programas de
requalificação urbana
(ex.POLIS)
Rio Fervença em Bragança - antes e depois da intervenção
Qualidade de vida urbana
Qualidade do ambiente construído
Recreio e lazer
Tratamento de resíduos
Infraestruturas e equipamentos
Acessibilidades e
Transportes
Sistemas de tratamento de águas residua
Àreas verdes urbanas
“Programa Polis”
Cacém -Portugal
ARQUITECTOS PAISAGISTAS ASSOCIADOS
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Do rio para a cidade...
Equilíbrio entre
Valorização de ambientes
Efeitos
elementos naturais e
urbanos
restaurativos da
culturais
natureza
Reabilitação de rios e cursos de água
Em meio urbano
O Projecto URBEM
Urban River Basin Enhancement Methods
2002-2005
5th European Framework Programme
Energy, Environment and Sustainable Development Programme
Partners
Key Action 4: City of tomorrow and
cultural heritage
Section 4.1: Sustainable city planning
and rational resource management
Sub-section 4.1.2: Improving the quality
of urban life
Contract Nº EVK4-CT-2002www.urbem.net
• Hydraulic Research Wallingford, UK
• New Economics Foundation, UK
• Institut fur Okologische
Raumordnung, D
•Technische Universitat Dresden, D
• University of Newcastle, UK
• Newcastle City Council, UK
• LNEC, P
• CESUR, IST,P
• CEMAGREF, F
• Centre for Urban Waters Network, UK
• University of Ljubljana, SL
• JP Vodovod-Kanalizacija Ljubljana, SL
• Universitat fur Bodenkultur, Vienna, A
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URBEM WP2 Existing Urban River Rehabilitation Schemes, Schanze et al., 2004
Objectives of urban river rehabilitation projects
named objectives of urban river
rehabilitation projects
flood control
9 (39%)
ecological improvement
22 (96%)
visual improvement
6 (26%)
amenity/recreation
10 (43%)
10 (43%)
urban upgrading
Public involvement
8 (35%)
education
5 (22%)
others
8 (35%)
0
5
10
15
20
num ber of nam ings (n=23)
Objectives of urban river rehabilitation projects
Objectives of ecological improvement
in urban rehabilitation projects
w ater quality
named objectives of
ecologcal enhancement
Figure 1:
8 (36%)
hydrlology / hydaulics
7 (32%)
stream morphology
11 (50%)
continuum
5 (23%)
lateral connectivity
5 (23%)
target species
6 (27%)
vegetation
2 (9%)
other parameters
3 (14%)
0
2
4
6
8
10
12
14
num ber of nam ings (n=22)
Figure 1: Objectives of ecological improvement in urban rehabilitation projects
? ? ? ?? ?
? ? ? ?
?
?
Enhance aesthetic
values and raise
its perception
aesthetics
reabilitation projects
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Conceptual framework
Material World
Objectivity
observation
The physical world is
independent of human
beings. We can shape it
but we are subject to its
laws
RIVER
CITY
Physical attributes,
Natural laws,
Requirable care
Language, meaning,
social practices,
rules, resources,
constrains
Social World
InterSubjectivity
participation
Members of a social system,
where we participate in.
individual thoughts,
emotions,
values, beliefs.
PEOPLE
Personal World
Subjectivity
experience
Generated by, and only accessible to,
the individual subject
Based on Habermas’s three worlds – the main dimensions of a problem situation.
Structuring “Post it” Session: Expert Panel
“What can influence the aesthetical
quality of watercourses in cities ?”
ƒ
(3) Hydraulic Engineers
ƒ
(1) Environmental Engineer
ƒ
(1) Geomorphologist
ƒ
(2) Architects
ƒ
(3) Landscape Architects
ƒ
(1) Environmental Psychologist
ƒ
(1) Biologist
ƒ
(2) Planners
ƒ
(1) Economist
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The network of concepts
“What can influence the aesthetical quality of watercourses in cities ?”
Minimal network of factors
CITY
RIVER
PEOPLE
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Natural features in the landscape – the RIVER
Fundamental
viewpoint
River Typology
River Morphology
Biological
Components
Natural and
Technological
Hazards
Elementary viewpoint
Basin size
Stream order
River width
Valley morphology
Degree of disturbance of the natural
dynamics
Sinuosity
Bank Shape
Presence of elements in the channel
Biological diversity
Presence of riparian vegetation in river
banks
Width of riparian vegetation
Presence of different type of vegetation
species
Flood vulnerability
Bank erosion or landslide risk
The width of a watercourse is determined
by several aspects:
‰
‰
‰
‰
‰
‰
Size of the basin
Stream order
Flow discharge
Climate
Profile of the valley
Hydrological regime
…
and influences several factors :
‰
‰
‰
‰
‰
Visual contact with opposite margin
Number of bridges
Potential uses in the river
Visual basin
Traffic of boats, ferries,…
…
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Urban environment in the landscape – the CITY
Fundamental
viewpoint
Viewpoint
Elementary viewpoint
Urban space quality
Visual permeability: - Visual contact
- Depth of views
- Width of views
Density of landmarks
Built space quality
Public utility of riverfront
Intensity of construction
Cultural heritage
Cultural heritage
Activities
Diversity of uses
Attractiveness of riverfront
Accessibility
River crossing: - Existence of bridges
- Use of bridges
Surface of parking
Public transport
Walkways and bikeways
Level of disruption
Anchorage places
Use of river by boats
Pollution
Pollution
Urban Space Quality
‰ Visual permeability
Perspectives on the river
Deepness of views
Wideness of perspectives –
panoramic views, belvederes, public terraces...
Influence of urban morphology
Equity of visual access from buildings
Contact with water (near/close/over the water)
Indicators:
ƒ Linear density of visual intersections
ƒ Average length of visual axes with the river
ƒ Number of belvederes or focal points
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Viewpoint
Urban Space Quality
‰ Public utility of river watersides
Public access – private access
State of conservation
Balance between public open areas
(in good conditions) and private open areas
in both watersides of river
Parque das Naç
Nações (Expo
(Expo 98) - Lisbon
Indicator:
Public open areas (in good conditions) of river watersides / private open areas
in riverfront
Human Perception of the Landscape – the PEOPLE
Fundamental
viewpoint
Public perception
Place Identity
Restorative Capacity
Elementary viewpoint
In relation to the River
- Aesthetic
- Water
- Biodiversity
- Risk (perception of flood risk)
- Pollution
In relation to the City
- Urban quality
- Accessibilities
- Security Infrastructures
People relationship with the river
- Relax
- Attachment
Continuity
Self-esteem
Self-efficacy
Distinctiveness
Being away
Fascination
Extent
Compatibility
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Question?
It is possible to evaluate the Restorative capacity of any River?
It is possible that any river contribute to the place identity of the
residents in this area?
Jardas River - Lisbon
Tagus River - Lisbon
Methodology
Indicators, descriptors,
criteria and evaluation scores
P l aus M I N
100%100
100, 0
100
Scor e
91, 7
P l aus M A X
75, 7
75, 0
70, 2
66, 7
68
65, 2
66
54
50%50
50
50
50, 0
50, 0
50, 0
50, 0
50, 0
54
50
45
43
33, 3
33, 3
31, 5
28, 7
31
28
28
21, 0
CITY
P8
P1
0
P6
0, 0
P4
0, 0
C1
9
0, 0
P2
1, 7
C1
5
0, 0
C1
7
0, 0
C1
3
C9
0, 0
C1
1
0, 0
C7
C3
C5
0, 0
C1
R9
R1
1
R5
R7
RIVER
R1
3
0, 0
0
R3
R1
0
Plausible
Maximum
score
29
Plausible
minimum
score
PEOPLE
Profile of Aesthetical Performance
(Jardas Stream,
Cacém-Portugal)
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Indicadores de Sucesso na Recuperação de Rios Urbanos
URBEM WP 10
Leibniz Institute of Ecological and Regional Development, Dresden (IOER)
Jochen Schanze, Alfred Olfert e Dresden University of Technology (TU Dresden)
Joachim T. Tourbier, Ines Gersdorf
Indicadores de contexto
42 Indicadores ecológicos (DQA)
26 Indicadores sociais
8 Indicadores económicos
Exemplos:
Indicadores Ecológicos
Variação da profundidade e
largura do rio
Acidez
Indicadores Sociais
Indicadores Económicos
Nº Lugares de estacionamento
Paragens de transportes públicos
Investimento na Reabilitação
Valor médio da propriedade
Pontos de acesso de bicicletas
Actividades que produzem
rendimento
Inundabilidade
Zonas de contacto com a água
% de comprimento de rio com
vegetação rípicola
Pontos de ancoragem (rios
navegáveis)
Reutilização de águas de
drenagem pluvial
Atravessamentos do Rio
(nº pontes)
Profundidade do nível freático
Utilização pública da frente ribeirinha
Continuidade do rio
Pontos de referência (landmarks)
Presença de vegetação ripícola
nas margens
Equipamentos recreativos
Largura da faixa de vegetação
rípicola
Percursos recreativos
Pontos de vista /miradouros
Eventos culturais
Integração de elementos
patrimoniais
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Aplicação Prática dos Indicadores de Sucesso (WP 10)
Caso de Estudo: Rio Fervença, Bragança
PROGRAMA POLIS BRAGANÇA – Área de Intervenção
Objectivo:
Urban River Basin Enhancement Methods
Estudar o sucesso da operação de
reabilitação do Rio Fervença e da sua
área envolvente.
funded by
European Commission
5 th Framework Programme, Key Action 4
“City of tomorrow and cultural heritage“
Indicators of Success
(Work package 10)
Indicadores de sucesso:
Ecológicos
Sociais
Económicos
Leibniz Institute of Ecological and Regional Development,
Dresden (IOER)
Jochen Schanze, Alfred Olfert
Dresden University of Technology (TU Dresden)
Joachim T. Tourbier, Ines Gersdorf
RIO FERVENÇA – Aplicação de Indicadores de Sucesso
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Objectivos Específicos da Intervenção:
- Requalificação e valorização do rio Fervença, com a criação de um contínuo verde envolvendo o rio “Corredor Verde”;
- Restituir o Rio Fervença à cidade atribuindo-lhe um carácter estruturante;
- Recuperação de zonas urbanas desqualificadas, com a constituição de um espaço público de qualidade;
- Reordenamento da malha viária, incentivando a redução do tráfego automóvel e estabelecendo um percurso pedonal e
uma ciclovia ligando o Centro Histórico ao rio;
- Valorização do património histórico, arqueológico, natural e edificado.
RIO FERVENÇA – Exemplos do cálculo de indicadores
METODOLOGIA
RESULTADOS
Indicadores Ecológicos: Presença de vegetação rípicola nas margens
Existência de vegetação rípicola
apenas num troço da margem direita do
Rio.
Definição: % de vegetação rípicola nas margens/km de rio;
Indicadores Sócio-Urbanísticos: Zonas de contacto físico com a água
Existência de um troço de rio que
permite o contacto directo com a água,
em maior extensão do que na situação
anterior à intervenção.
Definição: % de zonas de contacto físico com o rio/km de rio.
Indicadores Económicos: Actividades que geram rendimento
Definição: rendimento de actividades ao longo
do corredor ribeirinho/custos de manutenção
associados ao rio e ao corredor ribeirinho.
Não se verificou a existência de
qualquer
actividade
que
gere
directamente rendimento dentro da
área de intervenção.
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Categoria dos Indicadores
% DE INDICADORES CALCULADOS POR CATEGORIA
Económicos
Indisponibilidade de informação
Processo de aquisição de informação difícil
Sociais
Inexistência de informação
Processo de aquisição de informação difícil
Ecológicos
Inexistência de informação
Processo de cálculo complexo
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
% de Indicadores Calculados
RIO FERVENÇA – Dificuldades de Aplicação
Corredor Ribeirinho do Rio FERVENÇA – Conclusões gerais
INDICADORES
RESULTADOS
Sócio-Urbanísticos
Ecológicos
Económicos
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ênfase nos objectivos sociais e culturais
necessidade de maior integração dos
objectivos ecológicos e ambientais...
Relações cidade - rio
2ª geração Rio Tejo, Lisboa
Espaço público
3ª geração
Requalificação
ambiental e
ecológica renaturalização
1ª geração
Regeneração
imobiliária
Thames River, Londres
20
Download

A Água no Espaço Urbano