27.04.2012 | 08:45 Compartilhe: twitter orkut facebook + Delicous Blogger Windows live Digg Buzz MySpace Cultura Experiência da Bomba do Hemetério é exemplo de inclusão Circuito cultural na comunidade recifense será prioridade para promoção do turismo durante a Copa de 2014 Vinícius Carvalho (ExpoBrasil) e Anderson Lima (Da ASN em Pernambuco) Tweet var addthis_config = {"data_track_clickback":true}; Brasília - Com população de 12 mil habitantes, a Bomba do Hemetério, na zona norte do Recife, reúne carências típicas das periferias dos grandes centros urbanos e uma grande capacidade de articulação e reivindicação. Lideranças comunitárias da comunidade deram o aviso nessa quinta-feira (26), na capital federal, durante a X Expo Brasil – Desenvolvimento Local, que tem apoio do Sebrae. Considerada um dos berços culturais da cidade, com 56 das agremiações carnavalescas mais antigas e tradicionais de Pernambuco, a comunidade aposta na criação de roteiros culturais capazes de levar renda e inclusão social para as famílias do bairro. O mote é o Circuito Bomba Cultural, que oferece aos turistas visitas estruturadas às agremiações da comunidade, com foco na cultura de raiz e nos saberes dos mestres locais. O circuito será um dos 12 territórios da cidade priorizados pela prefeitura para a promoção do turismo na Copa de 2014. A escolha não foi feita à toa. Na Bomba, estão grupos como o Maracatu Nação Elefante (de 1800), a Tribo Canindé do Recife (1897), o Maracatu Nação Estrela Brilhante (1906) e a Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda (1934), entre outros mais recentes. Apesar de toda essa riqueza, quase não há no bairro equipamentos públicos voltados ao lazer e à cultura, nem espaços para geração de renda a partir da comercialização de produtos e serviços culturais da região. "O que une a todos na Bomba é a cultura de raiz. Foi aí que percebemos a importância da economia da cultura", explica a assessora para assuntos culturais do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), Karina Zapata. Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Wall Mart aponta que 62% dos moradores da Bomba destacam a importância das agremiações culturais para a comunidade. O mesmo estudo indica, contudo, um cenário de fortes carências sociais. De cada cinco moradores do bairro, quatro recebem entre um e três salários mínimos. No quesito educação, 71% das pessoas com idade entre sete e 30 anos apresentam defasagem entre a idade e a série escolar. Cidadania Desenvolvido pelo Instituto Walmart (IWM) com o apoio do IADH, o circuito faz parte do Programa Bombando Cidadania, que será executado até 2013 para promover o desenvolvimento local integrado e sustentável da Bomba do Hemetério. As ações tiveram início em 2008. "Ao invés de focar em temas, resolvemos trabalhar por territórios. Todas as ações são pactuadas com a comunidade e voltadas para a sustentabilidade. Nosso objetivo sempre foi a construção do capital social na comunidade", avisa Adriana Franco, do Instituto Wallmart. 1/2 De olho nessa participação, o IADH estimulou a criação do Comitê Comunitário da Bomba do Hemetério. Formado por artistas, donas de casa, estudantes e agentes de saúde, o colegiado decide que projetos serão tocados na comunicade. Uma das integrantes é a radialista comunitária Dilma Felix. "É tudo voluntário, a gente não ganha nada. A gente fica é muito feliz por ver as pessoas se ajudando. O que vem da Bomba é bom", garante. Como resume a coordenadora do IADH, Tânia Zapata, "dinheiro não produz ideias. Desenvolvimento só existe com pessoas, capital humano, cidadania e inteligência voltadas para o coletivo em longo prazo e a Bomba do Hemetério está fazendo isso", destaca. Interesse Esse caldeirão cultural chamou a atenção da inglesa Jude Kelly, um dos nomes mais influentes no Reino Unido no campo da economia criativa. Presidente do Comitê para as Artes, Educação e Cultura das Olimpíadas de Londres, Kelly esteve no Recife, em janeiro deste ano, para identificar oportunidades para o Transform, que será lançado em 2012 e levado a diversas cidades brasileiras durante seis meses. O programa promove iniciativas para formar vínculos de longo prazo entre indivíduos, instituições e governos dos dois países. "Esses projetos são extremamente criativos. Dos melhores que eu já vi. E olhe que eu já estive em muitos lugares", afirmou Kelly, após ter sido apresentada às ações desenvolvidas na comunidade. "São coisas sobre as quais temos enorme interesse no Reino Unido. Recife é uma iniciativa maravilhosa. Temos muito a aprender com o que está sendo feito aqui", completa a inglesa.
 As palestras das mesas das salas Santa Cruz 1 e Praça Brasil, na Expo Brasil Desenvolvimento Local, estão sendo transmitidas ao vivo pela internet. Veja aqui. Serviço Agência Sebrae de Notícias (61) 3243-7852/2107-9104/3243-7851/9977-9529 Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 www.agenciasebrae.com.br www.twitter.com/sebrae www.facebook.com/sebrae 2/2