Profª : Mcs Gisele Maciel Monteiro Rangel Doutoranda em Educação - UFPEL Geografia e Libras- IF RS Campus Rio Grande Escutar com olhos“ “ Permita-se “ ouvir “ essas mãos, pois somente assim será possível mostrar aos surdos como eles podem “ ouvir” o silêncio da palavra . Ronice Muller Quadros A Sociedade brasileira reconheceu legalmente os direitos dos cidadãos surdos do acesso ao bilingüismo (Língua Brasileira de sinais/Português) com o Decreto nº5.626. Tal reconhecimento implica ações efetivas para que as referidas línguas e os saberes das comunidades surdas possam ver valorizados, expandidos e incorporados pelo tecido social. Lembremos que há muito tempo a Língua brasileira de sinais permaneceu à margem de um processo educacional, político e social, o que trouxe conseqüências dramáticas para os surdos em termos de acesso ao conhecimento e socialização. O estatuto lingüístico em uma modalidade gesto-sinestésico-visual demorou muito tempo para adentrar nos meios acadêmicos brasileiros, que permanecem ainda concentrados, predominantemente, nas modalidades das línguas orais. O que é pedagogia pedagogia de surdos? surda ou A expressão Pedagogia para surdos foi traduzida por Pedagogia da Diferença, pela pesquisadora surda Gládis Perlin (Mestre em Educação de surdos pela UFRGS) e Doutora na mesma linha, quando ministrou a aula inaugural do Curso de Pedagogia para surdos em 09 de março de 2002, na UDESC Foto UDESC Escola Inclusiva? Escola de surdos? Escola Especial? Escola regular? Sala só surdos? Sala Mista? Sala só um surdo e outros ouvintes? Metodologia diferente; Avaliação diferente; Materiais: texto adaptado, apresentação visual e etc... Ampliação visual; Língua de sinais; Educação do surdo: práticas de escolarização; Conhecer Cultura surda; história de surdos e artes surdas; Precisa ter intérprete de Libras; Precisa ter professor surdo; Espaço surdo; Curso de libras para servidores, família e comunidade; Formação de professores na área de educação de surdos; FOTO SALA Objetivou-se diferenciar três processos relacionados com as línguas no contexto educacional dos surdos: 1. a aquisição da linguagem que deve ser garantida através de uma língua espaçovisual, isto é, uma língua de sinais (no caso do Brasil, a LIBRAS); 2. a alfabetização que deve acontecer naturalmente através da escrita das línguas de sinais; 3. a aquisição/aprendizagem do português que envolve um processo de aquisição de L2. Cultura surda? “ Jeito surdo de ser, de perceber, de sentir, de vivenciar, de comunicar. De transformar o mundo de modo a torná-lo habitável.” Gládis Perlin As práticas da inclusão A mídia veicula algumas histórias de superação por parte de indivíduos surdos que desvelam para a sociedade ouvinte aspectos inusitados e inspiradores e sensibilizam as pessoas por fazerem com elas se sintam parte de humanidade capaz de grandes vitórias. Na maioria das vezes o cotidiano dos surdos oferece poucas oportunidades e grandes dificuldades. Não queremos que alguns poucos surdos tenham sucesso; é preciso que a escola ofereça a todos a superação da exclusão. Os movimentos surdos apontam para a construção de outra história para sua educação, uma história para a sua educação, uma história que não a da falta. Temos sugerido caminhos e mostrado que recursos sociais e artefatos culturais podem tornar a surdez aquilo que ela realmente é: uma diferença a ser respeitada. Os surdos não querem que contem sobre eles histórias heróicas de superação, querem que seja colocada sua capacidade virtual para uma educação que não é menos nem mais do que a dos outros, mas é diferente. A educação de surdos marca um debate fundamental dentro da implementação das políticas de educação inclusiva. Em destaque, o próprio significado do termo: quem disse que estar incluído é vivenciar a escola de ouvintes? Há outros significados da inclusão que precisam ser discutidos como condição social de viver os bens culturais que oferece a cidade. Muito obrigada!!!!!