Ano VIII - Número 92 - Setembro de 2014 WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Cidadania Votar com fé é preciso 12 E agora? A tecnologia em nossas vidas 11 Animal! A tecnologia em nossos pets 14 Palavra de amigo É tempo de escolher 7 Eleições: momento de exercer a cidadania e transmitir valores Editorial Chuva de rosas Nosso amigo Ayrton, que toda a paróquia conhece, costuma brincar com seu próprio tamanho dizendo que é candidato a um cargo público com o slogan “dos males o menor”. Sempre rimos dessa brincadeira, mas cabe aqui uma reflexão: temos mesmo que politicamente conviver com o mal, mesmo que seja o menor de todos? Somos presa de uma sensação de que a política é algo que só serve para que pessoas sem caráter busquem através dela enriquecer e conseguir vantagens pessoais, mas será que é assim mesmo? Será que não existem candidatos aptos a promover mudanças sociais calcadas em valores cristãos e éticos, dentro de uma moral não excludente dos mais desfavorecidos? Naturalmente que existem, mas percebamos que se não votarmos nesses candidatos, que adianta eles existirem? Ninguém está nos cargos executivos ou legislativos porque simplesmente se colocou lá. Nós é que os colocamos lá, através do nosso voto, e por isso que na hora de votarmos, é necessário que busquemos em nossa fé cristã a inspiração para buscar candidatos de perfil que sirvam ao nosso propósito de construir uma sociedade mais fraterna e solidária. E é justamente sobre esse paralelo entre fé e exercício de nossas obrigações civis que nosso amigo Aloísio trata em sua coluna CIDADANIA na página 12. Precisamos sim aprender a votar melhor, precisamos aprender a escolher melhor nossos representantes, como nos alerta Pe. Estevão na PALAVRA DE AMIGO da página 7. E a Igreja pode auxiliar-nos nesse aprendizado, com orientações, trazendo informações e promovendo debates para que conheçamos as propostas dos candidatos que mais se coadunam com nossos princípios, e vamos conhecer um pouco mais disso tudo, lendo a matéria das páginas centrais. E a principal força motriz de mudanças na sociedade, essa força espetacular chamada juventude, onde é que entra nessa história? Ela pode e deve usar de toda sua energia e vontade de um mundo melhor, entendendo e exercitando melhor seu valor político, como lembra nosso amigo o SC Rogério de Oliveira, na entrevista da última página. Enfim, as eleições acontecem somente em outubro com o advento do primeiro turno, mas escolhemos desde esta edição de setembro trazer este assunto para que você possa ter tempo suficiente para ler, refletir e participar mais consciente do exercício de sua cidadania na escolha daqueles que poderão conduzir nossa sociedade à comunhão e fraternidade ideais. Boa leitura a todos e até o mês que vem. SC Carlos R. Minozzi [email protected] facebook.com/pascomst Expediente em ação Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal Santana Distribuição interna, sem fins lucrativos. Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140, Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 - São Paulo - SP Tel.: (11) 2979-8161 Site: www.paroquiasantateresinha.com.br Diretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDB Jornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108 Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124 Colaborador: Rafael Carreira Arte e diagramação: Toy Box Ideas Pesquisa: PASCOM Revisão: PASCOM Fotos: PASCOM e Banco de Imagens Impressão: Gráfica Atlântica Tel. (11) 4615-4680 Tiragem: 3.000 exemplares email:[email protected] Capa: Foto do Tribunal Superior Eleitoral O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores. 2 • Santa Teresinha em Ação Uma graça marcada para sempre! A companhia de Santa Teresinha é forte e constante em cada momento da vida de Angélica Santos. Ela mesma conta as provações e a forma que encontrou de agradecer à intercessão de Santa Teresinha: “Só em ver essas fotos meu coração se aquece!... Lembro do cheiro daquele lugar... A rosa colhida no jardim do Carmelo está (sequinha) aqui comigo!”, conta Angélica, emocionada. “Minha história de devoção a Santa Teresinha não contempla um fato específico, mas o reconhecimento de sua intercessão em um período muito difícil da minha vida. Sempre morei na Zona Sul de São Paulo mas quando me casei, vim morar em Santana, e estava afastada das práticas religiosas. Em seguida meu marido foi diagnosticado com Síndrome do Pânico! A doença dele evoluiu e ele teve de se submeter ao uso de medicamentos fortíssimos e à uma licença médica de mais de 40 dias! Foi aí que comecei a frequentar a Paróquia de Santa Teresinha! Eu tinha apenas 27 anos e nenhuma intimidade com Deus! Mas precisava de ajuda... Então participava das missas aos domingos e ia à Horários das Missas Segundas-feiras, às 16h30 e 19h30 De terça a sexta, às 8h e 19h30 Aos sábados, às 8h e às 16h Aos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30 Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30 igreja outras tantas vezes quanto sentisse vontade, e ficava lá sozinha, rezando, chorando. Ao final de uma missa, foi nos dado o recado de que um grupo para Crisma estaria se formando. Eu senti como que um chamado, e fiz minha inscrição naquele momento! Algumas semanas depois as reuniões se iniciaram e eu era a mais velha de um grupo de mais de 100 jovens. Em 2006, após três anos e meio do início das dificuldades, nosso casamento se desfez! Voltei a morar com minha mãe, passei dois meses muito triste e quis me suicidar! Mas Santa Teresinha nunca me deixou e mesmo distante, continuei frequentando sua paróquia! Me descobri forte, capaz, vencedora. Me reencontrei! E sempre devotei minhas conquistas à essa linda santinha! Decidi então externar meu reconhecimento às bênçãos de Santa Teresinha tatuando uma “Chuva de Rosas” em minhas costas e as bênçãos nunca mais pararam! Desde 2010 me organizo de forma a conhecer novos lugares ao redor do mundo e no mês passado encontrei AS MAIS LINDAS ROSAS QUE JÁ VI!. Sim, eu estive ao lado dela em Lisieux! Mas ela continua para sempre dentro de mim!” Horário da secretaria: De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30 Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18h Tel. (11) 2979-8161 Apoiaram esta edição: Recolast Ambiental 3437-7450 Bolos da Guria 2978-8581 e outros 6 apoiadores palavra do pastor Testemunha de Jesus Cristo...! No dia 02 de setembro, completei dois anos na missão em São Paulo como discípulo missionário, auxiliando Dom Odilo no pastoreio do Povo de Deus, preferencialmente na Região Episcopal Santana. P or ocasião de minha vinda para São Paulo, Dom Odilo me presenteou com o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo. Iniciei logo a leitura e, já nas primeiras páginas, encontrei uma pergunta que dá o norte de toda a nossa ação pastoral: “qual é o primeiro objetivo da presença da Igreja em São Paulo? Tantas poderiam ser as respostas, mas uma delas é a principal: A Igreja está aqui para ser testemunha de Jesus Cristo e do Evangelho do Reino de Deus na grande cidade de São Paulo” (11º Plano de Pastoral, p. 5). Fiquei encantado com o texto, porque veio à mente o encontro de Jesus com os discípulos, por ocasião da sua gloriosa ascensão, quando Ele disse: ‘Recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas... até os confins da terra’ (At 1,8). Os Apóstolos fizeram desse mandato de Jesus o centro de todo o seu ministério e sua vida, razão pela qual São Paulo chega a dizer: “anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não evangelizar”. A Igreja está aqui para ser testemunha de Jesus Cristo e do Evangelho do Reino de Deus na grande cidade de São Paulo O entusiasmo com o Plano de Pastoral não foi só de momento, mas permanece até agora porque tenho me esforçado juntamente com vocês, discípulos missionários, em ser testemunha de Jesus Cristo à luz das orientações e propostas pastorais contidas no Plano. O Senhor me chamou para cooperar na missão da Igreja em São Paulo para que a missão avance, segundo o caminho desta Igreja, sua história, sua tradição e os projetos de evangelização construídos à luz da fé, do diálogo e da participação ativa dos Pastores com os leigos e leigas. Não pensei em nenhum momento em testemunhar Jesus à luz de outras propostas pastorais ou a partir de um projeto pessoal, porque ser testemunha de Jesus não é tarefa opcional, mas parte integrante da minha identidade cristã; é a extensão testemunhal da vocação recebida (Cf. DA 144). Além disso, testemunhar Jesus Cristo à luz do Plano de Pastoral evita-se a dispersão de uma preciosa força missionária e faz com que o nosso testemunho seja mais credível, ganhe mais vigor e eficácia, seja mais pé no chão, capaz de iluminar a realidade paroquial, social e cultural em que vivemos. Você, que também é chamado a ser testemunha de Jesus na Comunidade Paroquial, junte-se a nós e pense a pastoral, as atividades, a catequese, a liturgia, a formação à luz do nosso Plano de Pastoral. Vamos, juntos, construir uma ação pastoral forte para que a missão cresça e Jesus seja sempre mais amado e adorado. Dom Sergio de Deus Borges Vigário Episcopal para a Região Santana facebook.com/sergio.borges.56211 Palavra do pároco O tempo passa Tempus fugit, diziam os latinos. É mesmo assim: o tempo corre, foge, passa depressa. E, se não temos atenção, acabamos sendo envolvidos no turbilhão e não nos damos conta do que acontece ao redor P ara estarmos atentos ao passar do tempo, às coisas que nos circundam, lembremos algumas coisas boas que nos traz o mês de setembro, ainda há pouco iniciado. Comecemos com a recordação de que em breve estaremos celebrando a nossa padroeira, santa Teresinha. Logo mais iniciaremos a novena, mais um pouco será o dia da festa. Claro, o melhor da festa é prepará-la bem, e é isto o que faremos. Setembro também traz à memória a Bíblia, uma vez que a Igreja do Brasil con- sagra ao livro sagrado este mês. Santa Teresinha disse, certa vez, que gostaria de ser sacerdote, só para ter um contato mais assíduo e profundo com a Sagrada Escritura. Ela mesma sabia de cor trechos inteiros da Palavra, e os citava frequentemente, como o comprovam os seus escritos. Duas festividades litúrgicas ocorrem neste período. Uma, a festa da Exaltação da Santa Cruz. Para nós, cristãos, a cruz não é sinônimo de dor e sofrimento, mas de vitória, de redenção. Celebrar a Cruz de Nosso Senhor reforça em cada um a certeza de que, se sofremos com Ele, com Ele venceremos. Sempre intimamente ligada aos mistérios do Redentor, ao celebrarmos do lenho sagrado logo temos diante dos nossos olhos Maria Santíssima, Mãe sempre firme e forte Para nós, cristãos, a cruz não é sinônimo de dor e sofrimento, mas de vitória, de redenção ao lado da Cruz. Não por acaso, à festa da Exaltação da Cruz segue-se a festa de Nossa Senhora das Dores. A Mãe e o Filho, sempre unidos, sempre nos apontando a estrada a seguir. Lembrança feliz igualmente deste momento é a chegada da primavera. O renascimento da natureza, a beleza das flores e frutos, o desabrochar da vida: tudo nos leva a louvar e bendizer o Senhor. Aproveitemos então o tempo que nos é dado, vivamos intensamente todas e cada uma das circunstâncias que nos são oferecidas e cresçamos na comunhão com Deus e com os irmãos. Um abraço carinhoso a todos Pe. Camilo P. da Silva, sdb Pároco www.facebook.com/cpsdb Santa Teresinha em Ação • 3 Sacramentos O Sacramento da Eucaristia S ão Francisco de Sales costumava dizer que a Eucaristia “é o sol dos exercícios espirituais.” Séculos depois, o Concílio Vaticano II definiu a Eucaristia como a “fonte e ápice de toda a vida cristã.” Tudo na Igreja está ligado a este sacramento, porque ele contém todo o bem espiritual (= tesouro) da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa. Este sacramento conclui a iniciação cristã. É uma pena que alguns cristãos levam a sério, no sentido da palavra, esta conclusão. Param aqui. Pensam que ao participarem da catequese de primeira eucaristia recebem o “diploma de cristãos” e não precisam mais fazer nada, nem participar de mais nada. Existe tanta riqueza na Eucaristia que este sacramento exprime-se em diversos nomes. Vejamos: chamamos de Eucaristia porque é ação de graças a Deus. Ceia do Senhor, pois trata-se da ceia que o Se- nhor fez com seus discípulos na véspera de sua paixão. Fração do Pão, porque todos comem de um único pão partido, o Cristo. E assim entramos em comunhão com ele e formamos um só corpo. Assembleia eucarística, porque a Eucaristia é celebrada na assembleia dos fieis, expressão visível da Igreja. Memorial da Paixão e da Ressurreição do Senhor. Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo Salvador e inclui a oferenda da Igreja. Santa e divina Liturgia, porque toda a liturgia da Igreja encontra o seu centro e a sua expressão na celebração deste sacramento. Fala-se também em Santíssimo Sacramento. Comunhão, porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo que nos torna participantes do seu Corpo e do seu Sangue para formarmos um só corpo. Finalmente, Santa Missa, porque a liturgia na qual se celebrou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis para que cumpram a vontade de Deus na vida cotidiana. Todos os sacramentos são realizados através de sinais. Os sinais da Eucaristia são o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Na última ceia, Jesus tomou o pão e disse: “tomai e comei, isto é o meu Corpo que será entregue por vós.” Em seguida, pegou o cálice com vinho e disse: “Tomai e bebei, este é o cálice do meu Sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por todos, para a remissão dos pecados. Fazei isto em Memória de mim.” O que acontece quando participamos da Eucaristia? Em primeiro lugar, aumenta a nossa união com Cristo. O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual. Em segundo lugar, a Comunhão separanos do pecado. Jesus disse que o sangue foi derramado para a remissão dos pecados. Em terceiro lugar, nós, como Igreja, nos unimos mais intimamente a Cristo, pois somos o corpo místico de Cristo e precisamos ficar unidos. A Eucaristia nos ajuda e nos dá forças para isso. Em quarto lugar a Eucaristia nos compromete com os pobres. Precisamos reconhecer Cristo nos mais pobres. A Eucaristia sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida e faz-nos desejar a vida eterna e nos une já à Igreja do céu, à Santa Virgem Maria e a todos os santos. Pe. Tarcízio P. Odelli Secretário Inspetorial de Porto Alegre facebook.com/tarciziopaulo CATEQUESE FAMILIAR PARA 1a EUCARISTIA É na família cristã que a criança ou o jovem obtém os exemplos do verdadeiro amor, que lhes darão condições de desenvolver todas as possibilidades de crescimento e amadurecimento na fé, com pais bem preparados dispostos a transmitir seus conhecimentos adquiridos a partir da experiência de Cristo em suas vidas. É aí que en- 4 • Santa Teresinha em Ação tra a Catequese Familiar com seu fundamento, levar o Cristo para as famílias fazendo com que a família assuma como “igreja doméstica” a catequese dos filhos, levar o ministério da catequese aos pais no ambiente familiar, dando um novo impulso em sua fé. É a Igreja indo ao encontro da família, visitando o ser humano em seu espaço sagrado, o lar, sendo assim uma catequese que privilegia a “igreja doméstica”, envolvendo a família nas atividades catequéticas. Esta proposta oferecida pelo ministério da catequese familiar, nos seus diversos ambientes e lugares, criando condições e inserindo nos corações de seus filhos o sentido primeiro da fraternidade é que vai ao futuro servir de alicerce na construção de uma sociedade mais justa, tornando-os verdadeiros missionários e discípulos de Jesus. De acordo com o Diretório Nacional de Catequese, “é na família onde encontramos os fundamentos para construção da personalidade do ser humano [...]” (CNBB, 84, p. 186). Atendendo fielmente a esses fundamentos é que a Paróquia Santa Teresinha oferece a todos uma verdadeira Catequese Familiar para a 1ª Eucaristia, não se restringindo somente aos ensinamentos cristãos à criança e os resultados obtidos ao longo de tantos anos dessa Pastoral atestam que essa catequese Os irmãos Lucas (acima) e Felipe (ao lado) tomam sua primeira comunhão, dada a eles por Pe. Chico é também a porta que se abre para que muitas famílias retornem ao convívio da Igreja. Coordenação da Pastoral de Catequese Familiar Estreia 2014 O que é a Caridade? Queridos irmãos (ãs), paz! Continuemos caminhando com Dom Bosco! Em nosso diálogo, encontramo-nos desta vez com a CARIDADE. Centro e síntese da espiritualidade salesiana! A perspectiva da caridade como amor, completando a tríade junto a Eros e Agaphe, tem no cristianismo sua máxima “Amar ao próximo como a si mesmo”, esse ensinamento, atribuído a Jesus Cristo, serve para qualificar o ato de caridade como uma atitude antes de tudo, altruísta. O papa Bento XVI, em sua primeira encíclica, explicou que: “O amor — caritas — será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa. Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor. Quem quer desfazer-se do amor, prepara-se para se desfazer do homem enquanto homem. Sempre haverá sofrimento que necessita de consolação e ajuda. Haverá sempre solidão. Existirão sempre também situações de necessidade material, para as quais é indispensável uma ajuda na linha de um amor concreto ao próximo. Um Estado, que queira prover a tudo e tudo açambarque, torna-se no fim de contas uma instância burocrática, que não pode assegurar o essencial de que o homem sofredor — todo o homem — tem necessidade: a amorosa dedicação pessoal. Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda.” Assim, a caridade, não é, necessariamente, uma ação de entrega material. É antes disso a demonstração de que o amor entre pares, à irmandade, é uma condição “sine qua non” para a existência da própria humanidade, essa reconheci- da não só como um ajuntamento de seres humanos, mas como a sublimação de nossa condição existencial, a nossa utopia de comunidade. Vamos ao Evangelho? Sim! E o que vemos ali? Vemos Jesus e suas ações... Vemos a Deus e o seu amor sem fim! A caridade é mais que uma virtude, tal qual emerge uma disposição para o “esforço”. É mais do que uma medida da nossa capacidade de dar coisas. É um coração que realiza pelo bem do outro! É parte da natureza inata do ser humano, é a percepção de que o outro, sofrendo, reproduz a nossa miséria, e nosso ato de amor ajuda a aplacar a nossa finitude. Quando lemos através da vida de Dom Bosco que, ele “não deu passo, não pronunciou palavra, nada empreendeu que não visasse à salvação da juventude”, constatamos que a sua vida inteira foi movida por esta “força” de amor, cuja expressão mais límpida foi à síntese de sua vida, toda consagrada a Deus e aos jovens. A caridade é, portanto, a parte fundamental do espirito salesiano. É amor que conduz cada ação realizada. É a atualização da entrega salvadora de Jesus a nós. É acolhida àqueles que necessitam do meu amor. É ao mesmo tempo: Gratuidade e gratidão! É generosidade que não se mede com qualquer “régua”, se não, com a “régua’ do coração! E aqui, São João Bosco é mestre, quando afirma que, do “coração humano, o dono é Deus!” Até o nosso próximo encontro, e até lá, sejam as nossas ações um sinal do amor de Deus no amor que colocamos em cada coisa que fazemos! Assim seja! Abraços, com afeto salesiano, P. Alexandre Luís de Oliveira – SDB Diretor da comunidade salesiana de Lorena - SP facebook.com/alexandre.luisdeoliveira Família salesiana Alberto Marvelli – exemplo de leigo na missão salesiana N o último final de semana de agosto foi celebrado a importância do papel leigo em nossas igrejas, fato esse que me motivou a falar de um grande modelo da nossa Família Salesiana: Alberto Marvelli (1918-1946). Há dez anos, no dia 5 de setembro, foi beatificado o membro do Oratório Salesiano de Rimimi (Itália), cujo exemplo de leigo engajado demonstra o quanto se pode fazer pela missão de evangelização da juventude. Logo ao entrar no oratório, Marvelli se mostra sempre disponível, torna-se catequista e animador: o braço direito dos Salesianos; gosta de esportes e pratica de tudo. Estudante de engenharia em Bolonha, participa ativamente da FUCI (Federação Universitária Católica Italiana), permanecendo fiel, com sacrifício, à eucaristia quotidiana. Forma-se em 1942 e começa a trabalhar na Fiat de Turim. Faz o serviço militar em Trieste e consegue levar muitos de seus companheiros à Eucaristia. Durante a segunda guerra mundial torna-se apóstolo entre os refugiados e uma verdadeira providência para os pobres. Depois da entrada dos aliados em Ri- mini, é nomeado assessor municipal junto ao ofício de alojamentos e reconstrução e engenheiro responsável pela engenharia civil: “Os pobres passem por primeiro - dizia -, os outros podem esperar”. Aceita participar das eleições nas listas da Democracia Cristã. É reconhecido por todos como cristão empenhado, mas não faccioso, tanto que um adversário comunista dirá: “O meu partido pode até perder. Basta que o engenheiro Marvelli se torne prefeito”. O bispo nomeou-o presidente dos laureados católicos. Imaginemos o quanto a juventude seria beneficiada por pessoas como nosso beato que tanto viveu o carisma salesiano fora dos muros da Igreja. Esse é um dos seus mais belos ensinamentos, utilizar da própria vida e atitudes como meio de levar o Evangelho no ambiente em que frequenta. Sigamos o seu exemplo, sendo sal e luz na vida de quem nos encontra, independente do local em que estejamos. Dc. Rafael Galvão Barbosa, sdb facebook.com/rafael.galvaobarbosa Santa Teresinha em Ação • 5 CF 2014 Ainda persiste a escravidão Caros amigos e amigas, a Palavra de Deus, celebrada com mais centralidade, neste mês, nos ajuda a abordar a realidade da vida, nosso chão sagrado T ive uns dias de Retiro, e me deparei com Jesus Bom Pastor, sentindo falta de uma ovelha, no meio de uma centena. Ele sai em busca dela, e na minha contemplação, vejo Jesus, não só encontrando a ovelha que se distanciou mas encontrando um rebanho inteiro perdido, que migrou em busca de outras pastagens, pois onde este rebanho estava não havia liberdade; o ambiente era hostil e as ovelhas corriam perigo. ”Felicidade” era uma palavra remota, talvez referência de um lugar desejado, mas ainda não encontrado. Essa realidade hoje é o fenômeno migratório, ou mobilidade humana. Migrantes e imigrantes partem em busca de sobrevivência, de trabalho, de dias melhores para suas famílias, porém, devido à situação ilegal, encontram quem explora a mão de obra barata e escrava. O tráfico de pessoas e o trabalho escravo estão interligados. Encontram-se presentes em países pobres e ricos, vitimando homens e mulheres, jovens e adultos. O trabalho escravo alimenta, de forma criminosa, a economia capitalista em todos os continentes. No Brasil, o trabalho escravo ocorre no meio rural e nas cidades. As situações encontradas são diversas: retenção de documentos pelos contratantes, como a carteira de trabalho e a cédula de iden- tidade, impedimento do direito de ir e vir dos trabalhadores, dívidas assumidas com o “coiote” desde o local de origem, privação da liberdade, jornada de trabalho extensa, com produtividade exaustiva, trabalho degradante em locais sujos, sem ventilação, perigosos, com fiação elétrica improvisada, máquinas sem proteção adequadas e sem equipamentos de proteção. Em São Paulo, o setor têxtil, principalmente, está inserido neste contexto de precariedade, havendo famílias inteiras em situações de exploração e de trabalho escravo, envolvendo pessoas de diferentes nacionalidades. Muitas vezes os próprios imigrantes empregam outros imigrantes em condições de violação de direitos para conseguir serviços terceirizados, forman- do uma cadeia de exploração já que essas empresas não se preocupam com as condições de trabalho, mas com o produto de baixo custo que recebem. Essas informações são divulgadas pelo CAMI - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante, que também atua entre os imigrantes na cidade de São Paulo. Trabalho é Dignidade, é pão na mesa, é teto para morar. Que Cristo Bom Pastor conte conosco para alertar e cuidar dos nossos irmãos e irmãs que buscam a dignidade do trabalho nesta cidade de mil raças e povos. Amém! Ir. Ana Beatriz Freitas de Mattos (FMA) [email protected] Centro de apoio ao imigrante já atendeu mais de 50 mil casos em 8 anos de história O CAMI – Centro de Apoio e Pastoral do Migrante, localizado em São Paulo, tem feito um excelente de trabalho de apoio e ajuda ao imigrante. Para se ter uma ideia do tamanho dessa ajuda, desde 2005, ano que foi fundado, até agora, foram mais de 50 mil imigrantes ajudados pelo centro. O CAMI foi lançado pelo SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes. De acordo com Carmem Hilari, responsável pela comunicação do CAMI, basicamente, os imigrantes que procuram o centro o fazem para ter suporte no que diz 6 • Santa Teresinha em Ação respeito à regularização migratória e, também, buscam ajuda com assessoria jurídica. Todo este trabalho é feito de forma gratuita. “Atendemos uma média de 20 imigrantes por dia e, na maioria das vezes, nos procuram para se regularizarem ou precisam de alguma ajuda jurídica”, afirma Carmem. Ainda segundo ela, essa ajuda jurídica não é apenas para resolver problemas trabalhistas mas, em muitos casos, também é para orientar e ajudar em relação a violência doméstica, trabalho escravo, etc. No ranking das nacionalidades mais atendidas, boliviana, paraguaia e peruana. Para quem ainda não conhece, o Centro de Apoio e Pastoral do Migrante também promove encontros de formação para cidadania sobre saúde, educação, liderança, arte e teatro e tráfico de pessoas. Capacita e articula trabalho social com agentes multiplicadores de base que são lideranças nas comunidades de imigrantes na Grande São Paulo que visitam diariamente as oficinas de costura com intuito de conscientizar e orientar as condições de trabalho, saúde, residência e formalização fiscal das oficinas de costura. Neste ano, o CAMI implementou mais um serviço: dois pontos de atendimento móvel para trâmites documentais de imigrantes que não conseguem se deslocar até a sede do CAMI; um funciona todos os domingos na Praça Kantuta (espaço de grande concentração de imigrantes) e um outro que circula nas comunidades. Fora todo trabalho de atendimento no centro mesmo, o CAMI também atua, fortemente, com ações públicas para melhorar e facilitar a vida do imigrante no país, desenvolvendo campanhas junto a fóruns parlamentares, redes de imigrantes, MERCOSUL social e participativo, de forma a ampliar os direitos dos imigrantes e assegurar assistência e acompanhamento às vítimas de trabalho escravo, tráfico de pessoas e de todo tipo de exploração. “Nossa metodologia de trabalho consiste em ir aonde o imigrante está, nas suas comunidades com ações desenvolvidas e acompanhadas por uma equipe de imigrantes de diferentes nacionalidades que trabalham conosco”, finaliza Carmem. DENUNCIE O TRABALHO ESCRAVO CAMI - Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (11) 2694-5428 www.camimigrantes.com.br Palavra de amigo Aprendendo a escolher Olá meus irmãos e amigos, Paz a todos! O mês de setembro é tradicionalmente dedicado à Palavra de Deus Na história do Povo de Deus a partir do Antigo Testamento, Ele se revela e instrui seu Povo para aprender a reconhecer Sua Presença e “escolher” a Sua vontade como indicação do melhor para a vida desse Povo. Aprender a escolher faz parte de aprender a viver. Observando a história humana, constatamos que esse aprendizado é o mais difícil: o bem ou o mal; o certo ou o errado; o bom ou o ruim; o novo ou o antigo; a nossa vontade ou a Vontade de Deus... Todos esses dilemas nos colocam diante de uma capacidade que é presente somente no ser humano em toda a criação: o uso da inteligência, da razão para que as escolhas sejam as que devemos fazer e produzam um resultado satisfatório para nós, um bem para todos. Portanto nossas escolhas não podem, de forma alguma, atender somente a nossa pequena compreensão. Grandes males na história foram produzidos por conta de escolhas “particulares”; indo mais longe: os males pessoais são produzidos devido a escolhas assim que trazem amarguras, ressentimentos, mágoas, divisões, agres- sões, violências, dependências que nos atingem todos os dias e durante muito tempo. Escolher ser cristão é ser cidadão do Reino dos Céus que começa a acontecer aqui na terra. Nossas escolhas “na terra” devem levar em consideração consequências que podem produzir. Estamos em tempo de “eleições” que deriva de “electio = escolha ; eligere = escolher, selecionar”. Como na vida não podemos fazer escolhas sozinhos, apenas para atender nossas expectativas pessoais, levemos em consideração a voz, a necessidade, o conhecimento, a experiência, a história de outras pessoas que como nós buscam o Bem Maior para todos. Que o Espírito Santo seja nosso maior conselheiro em todos esses momentos. Boas escolhas para você e para todos nós. Deus te abençoe com a Paz, o Amor de Jesus e com a Alegria de Maria. Pe. Estevão Ferreira Assessor eclesiástico para a Pastoral Familiar na Região Santana http://programapalavradeamigo.blogspot.com.br Ouça Pe. Estevão diariamente às 14h00 no programa "Palavra de Amigo" na Rádio 9 de Julho - AM 1600 e aos sábados às 19h00 no programa "Tocando em Frente" com orientações sobre dependência química a familiares e usuários. Caminho de emaús Nossa vocação Toda vocação cristã se resume num ato de colaboração com a obra divina, mas é o próprio Deus que faz com que sejamos dignos dessa vocação e nos capacita para o cumprimento da missão I sto se evidencia na própria Palavra de Jesus: “sem mim, nada podeis fazer.” A graça de Deus envolve o cristão como o ar que ele respira e por isso toda atividade cristã nasce e se desenvolve na oração onde Deus ouve o apelo por capacitação e insere Sua graça para tornar a obra eficaz. . Em síntese: ao apelo divino o homem responde com seu “sim” e a partir de então dá sua colaboração ao Senhor. Mas, onde encontrará força, coragem e discernimento para nada recusar, nada excluir de tudo aquilo que o Senhor colocar em seu caminho no cenário do mundo como meio de santificação: doença, sacrifício, doação, injustiça? Só na comunhão entre a vontade do homem e a graça de Deus essa necessidade será atingida. Não há como se tornar colaborador da obra divina sem contar com a participação e a Graça do próprio Deus. Precisamos nos convencer disso, pois está claro que toda tentativa em alcançar a santidade fracassa quando contamos unicamente com nosso esforço. Só com a concessão da Graça as virtudes e boas obras deixam de serem apenas sonhos e projetos para se tornar realidade e alcançar o coroamento da gloria. Tendo isto como fato nos cabe agir com dedicação e oração. É neste contexto que todo trabalho com fim tros cristãos para que intercedam com suas orações para espiritual, individual ou coletivo, todo plano de ação, o êxito da missão. A principio a missão parece ser só nostodo planejamento e atividades nas diversas linhas de sa ou de um grupo, mas que na realidade, pelo mistério pastoral necessitam de recolhimento, preparo espiritu- da Igreja, atinge também aquele que intercede. al e clamor junto ao Pai para que envie o Espírito Santo que atenderá aos apelos e dará a devida orientação. O Paulo Henriques simples ativismo não encontra eco e nem resposta, pois [email protected] não se encontra nele a graça operante e sem ela o resul- www.facebook.com/paulo.henriques.3192 tado é pífio. Compreende-se aqui como oração o deixar-se levar num apelo confiante e espírito atento à sua resposta. A moção divina interior irá permitir examinar atentamente a origem e o curso das ações, desejos e intenções a que Missão Visão nos propomos comparando-as as do próprio Senhor Jesus e dos santos que o imitaram. Este Foco processo não deixa de se assemelhar aquele de discernimento de que falava e praticava Santo Inácio de Loiola. Como resultado iremos aprender e permitir aceitar de bom grado as normas que a tradição e a lei da Igreja adquiriu à luz de uma experiência secular da Vocação assistência do Espírito Santo. Para que o resultado de um plano seja agraVisão de mundo Visão de mundo dável a Deus, cabe também apelar junto a ou- Santa Teresinha em Ação • 7 Precisamos falar de política. E aí, está afim? Assessoria de imprensa da cnbb Destaque N ão adianta adiar. Precisamos falar de eleições e, por mais que muita gente ache um assunto chato, que gera briga e discórdia, a política tem de ser tratada com muita seriedade. Afinal, é ela que conduz uma nação. Mas, como se engajar? Como curtir a política sendo que o exemplo não é bom? Como se inteirar e ter esperança? Para os especialistas, é aí que está o X da questão. A política está tão desgastada no Brasil que já virou motivo de piada e, pior ainda, é tida como “sem futuro”, sem jeito, sem noção. Apesar de todas adversidades, a Igreja, como parte fundamental de uma sociedade, precisa se pronunciar. E é por isso que desde o começo do segundo semestre, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que fica em Brasília, no centro do poder do país, tem se movimentado. No último dia 29 de agosto, lançou um documento falando sobre a importância do engajamento e da participação dos fiéis no processo eleitoral. “A CNBB entende que é responsabilidade de todo cidadão, participar, conscientemente, da escolha de seus representantes. Para os cristãos tal escolha deve ser iluminada pela fé e pelo amor cristãos, os quais exigem a universalização do acesso às condições necessárias para a vida digna de filhos de Deus. Afinal, “ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um 8 • Santa Teresinha em Ação Elza Fiuza/ABR Pode ser chato para muitos, mas ela está em todo lugar. Para a Igreja, é papel de todo cristão votar com consciência e sabedoria. Que tal um exercício? Bispos da CNBB lançam documentos a fim de alertar fiéis profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela”. Movimento para uma reforma política democrática Além dessa mensagem, disponível para downloud no site da CNBB (www.cnbb.org.br) os bispos têm feito reuniões e convocado os órgãos necessários para que juntos possam discutir a questão. E, de acordo com Dom Joaquim Giovani Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação, uma reforma política se faz necessário. Para tanto, convoca todos os cristãos a participar de um abaixo -assinado, pedindo que, não só durante a semana da Pátria, que aconteceu de 1 a 7 de setembro, mas durante todo o mês, procure participar dessa ação da Igreja. “Essa semana da Pátria teve um significado especial, já que a Igreja se mobilizou para juntar assinaturas e conseguir, por meio do diálogo e participação do povo, pedir ao Congresso e aos órgãos competentes que repensem a nossa política. Todos nós sabemos que uma reforma política democrática se faz necessária e é neste linha que a CNBB acredita. O povo precisa se engajar mais e cumprir o seu dever de cidadão”, afirma Dom Joaquim. O projeto de lei de iniciativa popular Todos nós sabemos que uma reforma política democrática se faz necessária e é nesta linha que a CNBB acredita pela Reforma Política e Eleições Limpas é organizado por uma Coalizão de cem entidades, entre elas a CNBB, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). A proposta, protocolada no Congresso Nacional com o número 6.316 de 2013, tem o objetivo de afastar das eleições a influência do poder econômico sobre as candidaturas, proibindo o financiamento das campanhas com dinheiro privado; alterar o sistema eleitoral, implementando eleição em dois turnos, sendo o primeiro para escolha de uma proposta e o segundo para eleição da pessoa que a colocará em prática; fortalecer a participação das mulheres e demais grupos subrepresentados; além da regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, para intensificar os mecanismos de participação popular, como Projeto de Lei de Iniciativa Popular, do Plebiscito e do Referendo, mesclando a democracia representativa com a democracia participativa. A outra iniciativa, promovida por centenas de movimentos sociais, busca a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte para mudar o sistema político no Brasil. O plebiscito popular serve para pressionar as instâncias governamentais a convocar um Plebiscito Oficial para ouvir a população sobre a convocação da Constituinte. Movimento das Dioceses E, por iniciativa e pedido da CNBB, as dioceses pelo país vêm orientando as paróquias e comunidades. A diocese de São Paulo, por exemplo, lançou, no último dia 29/08, uma Orientação para as Comunidades Católicas do Estado de São Paulo. Dentre outras orientações, a carta diz que é preciso verificar se o candidato tem ficha limpa, a importância de não votar em candidatos assumidamente corruptos, se possível dar o voto ao candidato comprometido e etc. O documento também orienta às paróquias Dia 16 de setembro, promovido pela CNBB, acontecerá um debate com os presidenciáveis, transmitido pela TV Aparecida A religião não deve ser usada como “cabresto político” a não fazer das missas um ato eleitoral. “Os templos e lugares de culto, bem como os eventos religiosos, não devem ser usados para a propaganda eleitoral partidária (cf Lei 9504, art. 37 §4º). A Igreja Católica Apostólica Romana valoriza a liberdade de consciência e as escolhas autônomas dos cidadãos. A religião não deve ser usada como “cabresto político” e as comunidades da Igreja não devem ser transformadas em “currais eleitorais”. Tal como a Arquidiocese de São Paulo, outras espalhadas pelo país também divulgaram suas orientações, de modo que todos trabalham com o discurso alinhado. Debate dos presidenciáveis na TV Aparecida Para se ter uma ideia, no último dia 22 de agosto, dom Damasceno Assis participou de uma reunião com os representantes dos partidos onde ficou acertado que, no próximo dia 16 de setembro, em Aparecida, acontecerá um debate com os candidatos à presidência da república. A maioria e os mais cotados ao cargo confirmaram presença. O debate será transmitido pela TV Aparecida. Para o evento, foram convidados mais de 350 bispos da CNBB, que irão colaborar com sugestão de perguntas que poderão ser incluídas no debate. No primeiro bloco, os convidados irão responder a uma única pergunta elaborada pela presidência da Conferência dos Bispos, em ordem já definida por sorteio na presença dos representantes dos partidos. Cada candidato terá dois minutos para resposta. Já no segundo bloco do debate, os candidatos irão responder a perguntas propostas pelos bispos indicados pela CNBB, sobre temas como saúde, educação, habitação, reforma agrária, reforma política e lei do aborto. No terceiro bloco, os convidados responderão a perguntas de jornalistas das mídias católicas. O quarto bloco será de embate entre os candidatos à presidência do Brasil. O último bloco será dedicado às considerações finais dos convidados. Santa Teresinha em Ação • 9 Que Delícia! Recebeu um convite? Leve uma quiche e agrade! Q uiche é um tipo de torta feita com recheio à base de ovos e creme de leite ao qual se adicionam pedacinhos de toucinho defumado, e que não leva cobertura. Embora seja atualmente um prato da culinária francesa, sua origem é alemã. Com pedaços de queijo, temos a quiche Lorraine e com cebolas, a quiche alsaciana. Também a culinária atual permite muitos outros sabores (não nomeados ainda) com a adição de alho poró, champignon, espinafre e mesmo de um peixe como o salmão ou bacalhau. O bom de agradar levando para uma reunião de amigos é que pode ser servida à temperatura ambiente e acompanha tanto pratos doces (em um chá ou lanche da tarde), ou salgados – como uma carne assada ou peixe assado em uma salada verde em uma refeição mais leve. Versátil e deliciosa! Nesta edição, vou dar uma receita que criei a partir do corte de calorías e gorduras na receita original, assim agradamos ao paladar e à saúde. Utilizei coberturas de alho poró em uma delas e outra de cogumelos com cenouras e tomatinhos cereja. Quiche de alho poró Para a massa: 1 rolo de massa folhada congelada (descongelar como instruções do fabricante); abrir a massa e forrar a forma. Para o recheio: 1 ricota média, 1 ovo, 1 dente de alho picado, sal, pimenta, leite o quanto baste para formar um creme Bater tudo no liquidificador. Colocar o creme sobre a massa e cobrir com uma unidade de alho poró cortado em rodelas e temperado com azeite e pimenta. Por cima de tudo, colocar queijo ralado (mussarela light, minas padrão ou ricota defumada) Asse em forno a 180 graus até dourar o queijo, tire do forno, deixe esfriar e enfeite com pimenta de bico (não arde). Lembre-se de todas as outras opções de coberturas para substituir o alho poró e faça sucesso! Rosângela Melatto, chef de cozinha [email protected] facebook.com/rosangela.melatto Bom apetite! Experiência Vicentina De pai para filho Você sabia que o Gil Antonio Ferreira Junior, presidente da Conferência Margarida Maria Alacoque, além de herdar o nome do pai, herdou também a vocação vicentina? N este mês, tive o privilégio de entrevistar e conhecer mais profundamente a trajetória do Gil pela Sociedade de São Vicente de Paulo. Em seu coração, sempre houve um anseio de dedicar parte do tempo ao próximo. A semente foi plantada pelo seu pai, Gil Antonio Ferreira (in memoriam), que foi vicentino por muitos anos, 10 • Santa Teresinha em Ação desde a juventude. E a semente foi regada, cresceu e deu frutos ao ver os grupos atuantes na igreja, na época da catequese dos filhos, pois ficou encantado com pessoas que atuavam na comunidade. Foi aclamado em setembro de 1998 e eleito como presidente em maio de 2012. O que o motiva a ser Confrade por tanto tempo? São vários motivos: seriedade e confiança do trabalho vicentino, acompanhamento das famílias em visitas semanais, o objetivo (e esperança) em promover socialmente a família. Ultrapassa o assistencialismo. Além disso, os casos de sucesso o convencem que a caminhada precisa continuar. É resultado do desprendimento de cada um e da certeza que é possível fazer a diferença. Nem sempre é alcançado o objetivo proposto inicialmente. O compromisso é sério e o desafio sem limites. Gil, como todo vicentino, participa da vida das pessoas que pedem socorro, sendo imprescindível a dedicação e esforço para mudar a situação da família. Elas têm que querer e fazer parte delas. Como mensagem final, Gil comenta que Frederico Ozanam sonhou em transformar o mundo em uma grande rede de caridade. “Por isso, caro leitor, junte-se a nós, nos ajude nessa caminhada. Venha conhecer esse trabalho que, além de ser muito organizado, digno e nobre, é, sem dúvida, uma oportunidade para você dedicar parte do seu tempo para com o próximo”. As reuniões semanais ocorrem de segunda-feira, logo após a missa das 19h30. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para Sempre Seja Louvado! Renata Sayuri Habiro Consócia Vicentina facebook.com/renata.habiro E agora? E Agora? On ou off? O mundo está mudando cada vez mais rápido,vivemos uma era em que as grandes transformações acontecem a mais de 100.000kB por segundo E stamos compartilhando individualidade ao invés de solidariedade? Antes vivíamos conectados mais às pessoas, à natureza,às coisas que nos eram importantes. Hoje, estamos conectados à Internet. ON ou OFF ? De que lado devemos estar? A internet trouxe uma profunda mudança de comportamento na nossa sociedade. Como ferramenta de trabalho, trouxe agilidade, facilidade e rapidez. Algumas pessoas não mais precisam se deslocar para trabalhar, seja no escritório ou em casa, consultam sites que lhes aportam informações valiosas. Na aprendizagem, influiu de maneira muito positiva, trazendo conhecimento de forma prática e global. O tempo que era usado para deslocar-se até bibliotecas ou mesmo buscar em livros, agora é bem aproveitado obtendo maior número de informações em menor tempo. A variedade e qualidade dos textos e fotos enriquecem a pesquisa. Surpreendentes são as transformações ocorridas no mundo a partir da revolução digital. A tecnologia abriu um fluxo praticamente ininterrupto de informações e apresentou ao homem novas formas de interação, refinando a maneira de trabalhar, estudar e pesquisar. A possibilidade de estar conectado a amigos em ocasiões em que isso seria impossível por se estar no trabalho ou do outro lado do mundo , é um importante fator de atração. Compartilhar um momento sem dividir o mesmo espaço físico é um sinal da desterritorialização das relações, promovida pela revolução digital, criando um novo modelo de sociabilização. Porém o alerta surge quando a pessoa se torna tão dependente da internet, que passa a ser como um vício da qual não tem consciência, e não consegue nem quer se libertar. Muitas vezes, a pessoa só consegue se relacionar através da internet. Como avaliação algumas questões favorecem a reflexão acerca dessa dependência: 1. Não há para o indivíduo atividade mais importante que estar conectado, e isso domina seus pensamentos, sentimentos e conduta. 2. Modificação do humor. 3. Tolerância: aumenta cada vez mais o tempo que fica conectado. 4. Síndrome de abstinência: efeitos negativos quando se diminui ou interrompe o tempo que fica conectado. 5. Conflito: entre o indivíduo e o que o rodeia; com outras atividades como trabalho ou estudo; intrapsíquico – dentro do próprio individuo. 6. Recaída: tendência a voltar aos padrões anteriores, após algum tempo de abstinência. J.C. 36 anos, depois de muito sofrimento e algumas perdas reconheceu sua dependência e procurou ajuda no Ambulatório de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo que oferece o “ Grupo de Dependência de Internet”. Tenhamos sempre em mente a importância do EQUILÍBRIO para tudo na nossa vida, e assim a internet será uma ferramenta que bem utilizada traz alegria e complementa as relações pessoais. Rose Meire de Oliveira Psicóloga [email protected] facebook.com/Rose.rsgo E a família, como vai? Força, Jovens Casais! “Minha casa está firme junto a Deus, pois sua aliança comigo é para sempre, em tudo ordenada e bem segura. Ele fará prosperar meus desejos de salvação.” (II Samuel 23, 5) O início do casamento é uma época árdua. Mesmo que os dois já se conheçam e namorem há muito tempo, assimilar e harmonizar comportamentos exige comprometimento, renúncia e muito amor. No matrimônio, dimensão sacramentada do casamento, o casal recebe um dom específico disponível para sempre: “Esta graça própria do sacramento do Matrimónio destinase a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indissolúvel. Por meio desta graça, eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos. Cristo é a fonte desta graça. Assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do Matrimónio. Fica com eles, dá-lhes a coragem de O seguirem tomando sobre si a sua cruz, de se levantarem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do outro, de serem submissos um ao outro no temor de Cristo (Ef 5,21) e de se amarem com um amor sobrenatural, delicado e fecundo.” (Catecismo da Igreja Católica, 1641 e 1642) Nesta fase da vida do casal, faz muito bem a procura incessante pelo desenvolvimento de sua espiritualidade. E isto é muito mais fácil quando se é ajudado. Este é o objetivo dos grupos de Jovens Casais. A partir de um encontro inicial, que na nossa paróquia este ano acontecerá em 14 de setembro, eles se reúnem periodicamente conforme a disponibilidade dos casais, discutem temas ligados à sua vida cotidiana, se fortalecem na fé e desenvolvem uma espiritualidade humana, de “pé no chão”, aprendendo a confiar cada vez mais naquele que tudo pode e que comparou o amor à sua Igreja com o amor esponsal. E para os casais com mais tempo de estrada, a Pastoral Familiar vai oferecer um encontro nos dias 1 e 2 de novembro. Reserve esta data e aguarde as notícias e instruções para inscrição que serão divulgadas em breve. Luiz Fernando e Ana Filomena [email protected] facebook.com/anafilomenag facebook.com/lzgarcialz Santa Teresinha em Ação • 11 Cidadania A coerência entre a fé e o nosso voto V amos falar de eleições, porém de uma forma diferente. Primeiramente vamos lembrar Cazuza: “A tua piscina tá cheia de ratos. Tuas ideias não correspondem aos fatos” Gostaríamos de colocar este refrão da musica “O tempo não para” como reflexão na seguinte perspectiva: Como anda nossa coerência político -eleitoral? Será que votamos de acordo com a fé que professamos? Devemos ter o cuidado de examinar quais as teses que cada candidato defende, verificando aquelas que convergem para nossa fé. Não se trata aqui de votar apenas em candidatos oriundos dessa ou daquela corrente religiosa, mas votar naqueles que defendem os mesmos preceitos e ideais contidos nos ensinamentos de Cristo. Para citar apenas alguns: A defesa da vida, da família, a opção pelos mais necessitados. Ainda citando Cazuza: “Pois aquele garoto. Que ia mudar o mundo. Mudar o mundo. Agora assiste a tudo. Em cima do muro. Em cima do muro! “ Novamente gostaríamos que examinar este trecho da musica “Ideologia”, refletindo sobre nossa apatia politica. Na verdade nossa sociedade tende a tornar os sonhos de mudança em “coisa de jo- vens”. E na medida em que vamos ficando “mais experientes”, vamos deixando de lado a busca de melhorias sociais. Com o passar do tempo passamos a nos concentrar no nosso próprio crescimento social. Em junho de 2013, muitas pessoas foram às ruas protestar, sinalizando nossa insatisfação com a situação do país, mas o ânimo inicial se perdeu com o tempo. Na verdade vivemos períodos de “soluços” nos quais protestamos, rugimos com leões e depois como felinos enjaulados voltamos a dormir. Foi assim no inicio dos anos 90 com os “caras pintadas”, foi assim agora em 2013. Além disso, outros interesses pegam carona nos movimentos por mudança, buscando evidenciar suas demandas, ou simplesmente partindo para o “quebra-quebra”, como no caso dos “Black Blocs”. Isto tudo resulta em uma ideia de que a politica se resume a votar nas eleições. Poucas são as pessoas que de fato acompanham os candidatos que votaram nas ultimas eleições e que podem dizer se estes realmente cumpriram o que prometeram ou se locupletaram do poder. Devemos fazer um exame de consciência, tal como fazemos no sacramento da reconciliação, buscando votar com nossa consciência e coerentes com a nossa fé. E a partir de então acompanhar os eleitos, cobrando deles o que prometeram. Aloísio Oliveira Advogado facebook.com/aloisio.oliveira.54 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) setor Sul II acaba de lançar uma CARTILHA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA para as eleições 2014. O objetivo da cartilha produzida é contribuir para a formação política das pessoas, motivá-las à participação no processo político e fornecer critérios para orientar os cidadãos nas eleições deste ano. Ela é voltada para os grupos das comunidades: grupo de jovens, de oração, de estudo, de reflexão, e até mesmo associação de moradores. É elaborada numa linguagem simples, traz indicações básicas sobre o universo da política a partir do olhar da Igreja Católica, reúne informações sobre o sistema político brasileiro e também sobre as eleições que teremos neste ano. É vendida pelo valor unitário de R$ 0,80 (número mínimo de pedidos: 100 unidades) no site www.cnbbs2.org.br mas pode também ter seu conteúdo baixado em http://paroquiasantateresinha.com.br/eleicoes2014. 12 • Santa Teresinha em Ação Fala, Francisco! “...de pecadores que eram, acabaram se tornando corruptos. É muito difícil que um corrupto consigavoltar atrás. O pecador sim, porque o Senhor é misericordioso e nos espera a todos. Mas o corrupto vive obstinado com as suas coisas, e eles eram corruptos. Era por isso que se justificavam, porque Jesus, com a sua simplicidade, incomodava”. Homilia feita no Vaticano, para cerca de 500 parlamentares italianos em 27 de março de 2014 Juventude “ A palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes.” Hebreus 4:12 Mês da Biblía, a palavra de Deus na juventude Estamos iniciando o mês da Bíblia, mês este mais do que especial para a fé cristã. Apesar de se comemorar o dia da Bíblia no último domingo de setembro, somos convidados por Deus a contemplar as tantas maravilhas que a sagrada escritura nos tem a ensinar. Por meio desse, tomamos conhecimento da palavra de Deus e tudo aquilo que Ele quer para o seu povo. Muitos jovens ainda têm certa dificuldade de entender a importância da palavra de Deus. Para simplificar, ela é o caminho de felicidade. Tudo que foi dito por Deus tem um propósito, Ele nos quer felizes e de bem com o caminho da fé. Para entender mais sobre os planos e as maravilhas que Ele te reserva, ler sobre é essencial! Se permita! Apesar da correria e das dificuldades, reserve um tempo para aquilo que verdadeiramente alimenta a vida. Experimente entender os ensinamentos do pai para seguir um caminho do bem e entender verdadeiramente o amor que Ele possui por cada um de nós. Busque conhecer esse caminho! Procure na palavra a comunicação essencial com o Deus que se revela e acolha tudo aquilo que Ele precisa nos ensinar. Ao serem perguntados sobre qual passagem da bíblia mais lhes tocavam o coração, alguns jovens responderam: “Cada palavra de Deus é comprovada, e ele é um escudo para quem nele se abriga.” Provérbios 30 :5 FOCO, FORÇA E FÉ! Setembro é o mês da Bíblia, sabemos que nossos queridos jovens tomam a Bíblia como incentivo no decorrer do cotidiano, a fim de que se refugiem nas palavras de nosso Pai do céu, e assim, trilhando o caminho da FÉ! “Alegre-se jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias de sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até aonde sua vista alcançar, mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará o julgamento.” (Eclesiastes 11:9) SER JOVEM ! Ser jovem é estar em constante preparação, é o tempo de questionar, arriscar, e principalmente: SUPERAR-SE ! Em Eclesiastes aparecem duas ordens, sim ordens de nosso querido Pai, “Alegre-se e Siga”, ser guiado pelas palavras d’Ele faz dos jovens mais perseverantes e confiantes na trilha da vida. Confia à mocidade que têm o livre arbítrio para tomar qualquer decisão diante de nossos desejos, mas que tudo aquilo que for plantado com nosso coração, será colhido com a nossa razão, pois toda ação gera uma reação. Que vocês, nossos amados jovens, estejam sempre em paz e sintam-se abraçados com o amor de Cristo ! #VIVAOHOJE! Santa Teresinha em Ação • 13 Envelhescência Doença renal crônica: atenção para os sinais Hipertensão, diabetes, obesidade e tabagismo são fatores de risco para a doença renal crônica, um terror para os idosos U m estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) indica que 65% dos idosos atendidos no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) possuem Doença Renal Crônica (DRC), perda progressiva e irreversível das funções renais. Apesar da pesquisa ter sido feita com pacientes do hospital, essa é uma realidade brasileira. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal. Esse percentual pode chegar a 30% ou 50% nos idosos. “É evidente que o risco do aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento”, afirma o nefrologista Daniel Rinaldi. Anualmente, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realiza uma campanha cujo objetivo é a prevenção. Em 2014, o tema do Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março, foi “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”. A ideia central das ações é de conscientização dos idosos. “Há fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo e histórico familiar de doença renal. É necessário estar sempre atento”, destaca o especialista. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considerando a população brasileira maior de 18 anos, mais de 20% têm hipertensão arterial, 8% têm diabetes, 18% são fumantes e 50% apresentam excesso de peso, fatos que influenciam na prevalência da doença. A incidência de mortalidade de pacientes com DRC é por doença cardiovascular. 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal que pode chegar a 30% ou 50% nos idosos Animal! Tecnologia animal C om o mercado de smartphones em expansão, até os animais de estimação estão virando foco para a criação de novos aplicativos que visam facilitar a criação, os cuidados e a atenção dos donos com seus pets. Dá para monitorar de longe o seu pet através de webcans espalhadas pela casa. Aplicativos no formato de redes sociais para cães e donos, que permitem a criação de perfis, fornecendo informações sobre raças e até “marcando território” através do GPS mostrando outros usuários que visitaram a área em um raio de 200 metros. Aplicativos que servem de agenda do pet lembrando as tarefas cotidianas, como visita ao veterinário e horário de remédios, com alarmes sonoros e compartilhamento de informações para notificar o resto da família sobre a agenda. Aplicativos que auxiliam na saúde do seu animal desde uma enorme lista de plantas que podem ser venenosas ajudando a diminuir os riscos de intoxicação até vídeos, ilustrações e artigos mostrando passo a passo o que você deverá fazer em casos de emergência ou para cuidar melhor 14 • Santa Teresinha em Ação da saúde e do conforto dos pets. Para a parte de lazer com seu pet existem aplicativos que informam a previsão do tempo antes dos passeios e outros que ensinam truques através de tutoriais, com vídeos e fotos, que mostram como ensinar e praticar truques simples, como “sentar” e “deitar”, até algo mais circense. Os esportistas poderão ficar em forma junto ao seu pet rastreando em tempo real a rota de suas caminhadas, o tempo, distância, velocidade e calorias gastas podendo ainda compartilhar fotos e dados de referências geográficas e salvar mapas com o percurso de seus caminhos preferidos. Existem aplicativos curiosos como os que reproduzem sons para chamar o cachorro e até mesmo o Dog Translator uma forma divertida de traduzir o que seu cão diz. Para gatos existem jogos onde surgem criaturas em toda tela que fazem barulho e aceleram. Visite uma loja de aplicativos e divirta-se com seus pets. Raquel Raimondo Médica veterinária facebook.com/raquel.raimondo Acontece Pastoral Familiar promove Semana da Família. Veja em http://goo.gl/tFQbt4 Paróquia participa da Romaria Salesiana. Veja em http://goo. gl/KdSaQ0 Tríduo e Festa de Dom Bosco em http://goo.gl/Ikba0m Vocação é serviço que você vê em http://goo.gl/vQrZ82 Novena e Festa de Santa Teresinha “Somos chamados a ser anunciadores do Evangelho” De 22 a 30 de setembro Novena Dias 28 de setembro e 5 de outubro Celebrações festivas Dias 20, 21, 27 e 28 Quermesse com grandioso Bingo no dia 27 Dia 1o de outubro 8h - Missa 10h - Celebração com colégios 12h - Missa 15h - Missa dos enfermos e idosos 19h30 - Procissão solene e festiva 20h - Missa solene Santa Teresinha em Ação • 15 entrevista Por Daya Lima Juventude e política mudam o mundo A pesar de parecer um tema chato, é muito necessário. Veja a entrevista que fizemos com Rogério Oliveira, Salesiano Cooperador de São Paulo, de 41 anos. Ele foi assessor da Pastoral da Juventude do Estado de SP entre 2011 e 2014 e é autor do livro “Pastoral da Juventude - E a Igreja se fez jovem” pelas Paulinas. Certamente, um entendedor sobre o assunto. A vivência nos grupos juvenis precisa ser um espaço de conversa sobre a realidade humana, política e social Santa Teresinha em Ação - Na sua opinião, é importante o jovem ser politizado? Porque? Rogério Oliveira - Primeiramente, é preciso olhar para as duas ideias da pergunta: politização e juventude. De uma forma geral, é fundamental que toda pessoa seja politizada. Isto aponta a necessidade de que, nas relações políticas, as pessoas participem da vida social com plena cidadania. Neste sentido, é preciso que não sejamos ingênuos. Toda sociedade se fundamenta a partir dos grupos mais articulados e organizados. É preciso saber como as engrenagens da sociedade funcionam e se relacionam para poder intervir. Quanto à segunda ideia da pergunta, temos a ideia de jovem. Juventude não é um grupo de pessoas com as mesmas características, porém, é conhecido por nós o potencial transformador das juventudes, bem como o conceito comum de que esta é uma fase da vida cercada por incertezas e experimentações. Por isto acredito que sim, é importante que o jovem seja politizado para que, sabedor das ferramentas disponíveis, possa usar do seu potencial e da sua vontade de transformação, atuando em grupo, para que a sociedade possa ser mais justa e solidária. “casa” serve de modelo para toda nossa vida fora dela. Uma segunda atitude é o debate das ideias na época de eleição: o que é importante valorizar numa candidatura, para que servem os cargos X, Y, Z, onde buscar informações sobre o passado dos candidatos e sobre o programa dos partidos, quem investe nestas candidaturas, que promessas são possíveis de serem realizadas. Uma terceira atitude é dentro da própria dinâmica da comunidade. Ter clareza sobre as escolhas das lideranças dos nossos grupos pastorais e de movimentos. Uma quarta atitude é referente à vivência nos grupos juvenis. Eles precisam ser espaços de conversa sobre a realidade humana, política e social. STA - E de que forma a juventude da Igreja pode contribuir para a política em si? RO - Há um pensamento recorrente, e não só entre os jovens, de que a política é algo sujo e que não é saudável nos aproximarmos da sujeira. Este é um conceito que precisa ser combatido. A presença do cristão no meio social é urgente e necessária. Há valores evangélicos nos quais acreditamos que estão sendo desrespeitados e a mudança desta situação só irá ocorrer pelas vias políticas. Portadores que somos da mesma missão que Jesus, é preciso que mostremos às pessoas que um outro mundo é possível, através de nossas palavras e, principalmente, de nossas atitudes. STA - Você acha que a Igreja tem um papel fundamental em mostrar como votar correto? RO - Creio que uma atitude fundamental é a de sempre valorizar as relações éticas. Isto vale tanto para que as comunidades cristãs não busquem apoio em políticos envolvidos em corrupção. O que vivemos em 16 • Santa Teresinha em Ação STA - O que um jovem cristão tem de levar em conta na hora de escolher o seu candidato? RO - Para os cargos executivos (presidente, governador ou prefeito), eu recomendaria que fosse visto quem é que apoia esta candidatura. Nesta hora, pessoalmente, analisaria o histórico dos partidos. Para os cargos legislativos (senador, deputados, vereador) vale uma análise semelhante, mas com outra finalidade. Os partidos fazem coligação e em razão do quociente eleitoral, as coligações mais votadas elegem mais legisladores. Isto significa que se votamos num candidato do partido A que está coligado com o partido B, podemos estar ajudando a eleger candidatos deste último também. Analise também o passado do seu candidato. Ele é “ficha -limpa”? E por último, não é recomendável votar em candidatos ou partidos cujas plataformas de governo ou bandeiras políticas não estejam condizentes com os valores da ética, da vida humana, da participação popular. STA - De que forma ele pode se informar das considerações da Igreja? RO - Sempre antes das eleições, a CNBB lança algumas considerações sobre o evento. É sempre bom estar atento a elas. Estas análises estão disponíveis no site da instituição e servem de debate para os nossos grupos paroquiais e comunitários. STA - Você vê futuro nessa juventude de hoje no que se refere ao engajamento político? É importante que o jovem seja politizado para que possa usar seu potencial e mudar a sociedade RO - Certamente. Afinal, como eu disse antes, há várias juventudes. E sempre existirão os mais engajados e os que não querem saber. A tendência da maioria das pessoas é achar que estes últimos são a cara única da juventude. Não o são. STA - Deixe uma mensagem para os jovens da paróquia Santa Teresinha. RO - Não existe fator de conversão mais poderoso que o poder do testemunho. A nossa causa, como jovens cristãos, é a mesma de Jesus. Seu pedido a nós foi de levar a Boa Notícia aos quatro cantos do mundo. São Francisco de Assis nos deixou uma frase memorável neste sentido: “Pregue o Evangelho o tempo todo. Se necessário, use palavras”. Divulguemos a Boa Notícia de Jesus, que veio ao mundo para que todos tivessem vida e vida em abundância. E que nosso testemunho possa ser dado preferencialmente de forma grupal. Assim ele terá mais força e coerência. Grande abraço a todos e todas.