Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas». Mt 22, 34-40 Deus não te pede muitas coisas porque, por si mesma, a caridade é o pleno cumprimento da Lei (Rom 13,10). Mas este amor é duplo: amor a Deus e amor ao próximo. […] Quando Deus te manda amar o próximo, não te diz: ama-o com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente; mas diz-te: ama o teu próximo como a ti mesmo. Portanto, ama a Deus com todo o teu ser, porque Ele é maior do que tu; ama o teu próximo como a ti mesmo, porque ele é como tu. […] Mas, se há três objectos do nosso amor, porque há apenas dois mandamentos? Vou dizer-te: Deus não julgou necessário encarregar-te de te amares a ti próprio porque não há ninguém que não se ame a si mesmo. Mas muita gente se perde porque se ama mal. Ao mandar-te amá-Lo com todo o teu ser, Deus deu-te a regra segundo a qual deves amar. Queres amar-te? Então ama a Deus com todo o teu ser. Com efeito é nele que te encontrarás, evitando assim perderes-te em ti. […] Deste modo é-te dada a regra segundo a qual deves amar-te: ama Aquele que é maior do que tu e amar-te-ás a ti mesmo. Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja - Sermão inédito sobre a carta de São Tiago. Diz a Escritura: Deus dá a graça aos humildes e resiste aos soberbos. Considerai, irmãos caríssimos, qual a retribuição de uns e de outros e ficareis a entender o que deveis amar e o que deveis odiar. Este, pelo amor à humildade, é enriquecido pela graça; aquele, por causa da soberba, é merecedor de castigo. Corrija se cada qual a si mesmo, se de alguém se apoderou o orgulho, para não atrair sobre si a justiça celeste. Porquanto, dificilmente passará sem perigo de vida, aquele que se expõe ao combate contra um poder mais alto. Inclinemos, portanto, o nosso espírito com toda a humildade, a fim de alcançarmos a graça junto do Senhor. Mas podereis compreender como é grave a culpa da soberba e como é necessário evitar tão grande castigo da ira divina. A humildade sai sempre ilesa, porque não pode ser vencido quem não está implicado na luta. Mas a soberba atrai ódios e perigos, porque dificilmente escapa ao combate quem cometeu a ofensa. Contudo, será fácil para nós escapar de todo o perigo, se lutarmos com humildade contra os vícios da soberba. Deus dá a graça aos humildes e resiste aos soberbos. Refiro me àquela humildade verdadeira e santa que é inspirada no amor de Deus e da religião, e não aquela que provém do temor servil. Falo daquela humildade que anda sempre associada à caridade, que não se desvanece com a autoridade mas se alimenta com a lei da vida. Consideremos, irmãos caríssimos, os bens da humildade. A humildade é serena e atenciosa, é grata nas amizades e calma nas afrontas. O humilde não se exalta com a prosperidade, nem se perturba com a adversidade; não pede serviços nem os impõe; por deferência, é o primeiro a saudar e o último a sentar-se; não se deixa seduzir pelos aduladores, nem ambiciona saudações lisonjeiras; não busca pretextos de louvor, nem espera o favor dos aplausos; evita o coro das reclamações, porque o louvor ofende a modéstia da boa consciência. Não dá ouvidos a vozes aduladoras aquele que se reconhece indigno de louvor; tolera com dificuldade os louvores dos amigos aquele que os merece. Todavia, se cai nalguma falta, espera que seus actos sejam notados e justamente censurados. A humildade anda sempre acompanhada pela bondade. Assim como não sabe ofender ninguém, também não se queixa das afrontas. Nas discussões, o homem humilde tem mais satisfação em calar se do que em vencer; nos juízos, antes quer parecer ignorante do que ser tido como imprudente; é circunspecto no falar e prudente ao responder. Caríssimos: amemos e procuremos a humildade, abracemo-la e conservemo-la com entusiasmo, para não perdermos a recompensa da graça prometida. Ouvi as palavras do Evangelista: Quem se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado. Das Homilias de São Valeriano, bispo (Hom. 14, 2.4.6-7: PL 52, 735-738) (Séc. V) Nota Histórica Nasceu em Lagos (Portugal), no ano 1360; partiu para Lisboa, ainda jovem, com o intuito de ingressar num instituto religioso e tomou o hábito na Ordem dos Eremitas de S. Agostinho. Renunciou, por humildade, a doutorar se em Teologia. Foi prior em vários conventos da sua Ordem. Morreu em Torres Vedras no dia 15 de Outubro de 1422. Sábado, 25 de Outubro 14h30, Solenidade da dedicação da Igreja Catedral. Missa presidida pelo Senhor Patriarca D. Manuel Clemente na Sé. Domingo XXX do Tempo Comum, 26 de Outubro 16h, Missa com a Comunidade Angolana, na Madalena, presidida pelo Padre Manuel Charumbo, neo-sacerdote da Diocese de Luanda. 18h - Convívio com a Comunidade Angolana Segunda-feira, 27 de Outubro 21h, Distribuição "refeição quente" a pessoas em situação de sem abrigo, no Largo das Cebolas. 21h, Ensaio do Coro Gaudete in Domino, no Convívio. Terça-feira, 28 de Outubro 15h, Reunião e Trabalho do grupo de restauro, em tecidos, na Sala Pe. Gustavo de Almeida. Quarta-feira, 29 de Outubro Atendimento no Banco Solidário de Roupa, Igreja da Madalena. Distribuição do cabaz semanal de São Nicolau, a famílias necessitadas. 21h, Ensaio do Coro Gaudete in Domino, na Biblioteca. Quinta-feira, 30 de Outubro 19h, Formação de Iniciação cristã, na Biblioteca 20h30, "Conversas" em São Nicolau com o Prof. João César das Neves, sobre a Doutrina Social da Igreja, organizado pela Irmandade do Santíssimo de São Nicolau. Inscrição prévia na secretaria da Paróquia. Sexta-feira, 31 de Outubro 20h, Encontro com as pessoas “em situação de sem abrigo” na Igreja da Conceição Velha e distribuição de refeição quente no Largo das Cebolas. Sábado, 1 de Novembro Solenidade de Todos os Santos. Dia Santo de guarda. As Missas no dia de Todos os Santos não são vespertinas de Domingo e celebram-se nos horários das Missas de Sábado, às 12h30, 17h e 22h.