COMPETITIVIDADE E DESENVOLVIMENTO David Kupfer 26-27 de setembro de 2006 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 0 Programa Diagnóstico da Competitividade I: Competitividade: conceitos e medidas II: Fatores determinantes da competitividade III: Padrões de concorrência e competitividade IV: Competitividade em APLs CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 1 I. Competitividade: conceitos e medidas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 2 Definições de Competitividade • aptidão para vender aquilo que é produzido (Mathis et al, 1988) • uma empresa (ou economia) que é vitoriosa no enfrentamento de seus competidores no mercado (comércio internacional) • capacidade das empresas (países) projetar, desenvolver, produzir e vender seus produtos em competição com outras empresas (países) (Alic, 1987) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 3 Definições de Competitividade • capacidade imediata e futura das empresas de projetar, produzir e vender mercadorias cujos atributos em termos de preços e qualidade formam um “pacote” mais atrativo para os consumidores que os produtos similares oferecidos pelos concorrentes (European Management Forum, 1980) • quando uma empresa (país) pode ao menos igualar os níveis de eficiência alcançados pelas demais empresas (países) quanto a utilização de recursos e qualidade (Araujo Jr et al, 1989) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 4 Definições de Competitividade • capacidade de uma empresa, indústria ou país de produzir bens com padrões de qualidade específicos, requeridos por mercados determinados, utilizando recursos em níveis iguais ou inferiores aos que prevalecem em indústrias semelhantes no resto do mundo, durante um certo período de tempo (Haguenauer, 1989) • capacidade de um país de lograr objetivos fundamentais de política econômica tais como crescimento da renda e do emprego, sem incorrer em dificuldades do balanço de pagamentos (Fagerberg, 1988) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 5 Definições de Competitividade • capacidade de produzir, distribuir y prover o serviço dos bens na economia internacional em competição com os bens e serviços produzidos em outros países de uma forma que aumente o nível de vida da população (Scott, 1985) • grau em que uma nação pode, sob condições de mercado livre e equitativo (free and fair market conditions) produzir bens e serviçoas que satisfaçam os requisitos dos mercados internacionais e, simultaneamente, manter ou expandir a renda real dos seus cidadãos (President's Commission on Industrial Competitiveness, 1985) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 6 Definições de Competitividade • grau pelo qual um país, em um mundo de mercados abertos, produz bens e serviços que satisfaçam as exigências do mercado e simultaneamente expande seu PIB per capita ao menos tão rapidamente quanto seus sócios comerciais (Jones e Teece, 1988) • capacidade de um país para sustentar e expandir sua participação nos mercados internacionais e elevar simultaneamente o nível de vida de sua população. Isto exige o incremento da produtividade e, portanto, a incorporação de progresso técnico (Fajnzylber, 1988) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 7 Famílias de Conceitos Em relação ao objeto • Micro - objeto é a empresa • Macro - objeto é o país = macroeconomia • Bem-Estar – objeto é o país = população CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 8 Famílias de Conceitos Em relação ao objetivo • Desempenho = competitividade revelada __ ex-post • Eficiência = competitividade potencial __ ex-ante CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 9 Conceitos de Competitividade • competitividade = desempenho é expressa pela participação no mercado (market-share) alcançada por uma firma em um mercado em um momento do tempo é a demanda no mercado que, ao arbitrar quais produtos de quais empresas serão adquiridos, estará definindo a posição competitiva das empresas, sancionando ou não as ações produtivas, comerciais e de marketing que as empresas tenham realizado CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 10 Conceitos de Competitividade • Competitividade = eficiência é expressa pela capacidade da empresa de converter insumos em produtos com maior eficácia que os concorrentes está relacionada à tecnologia, produtividade e às condições gerais ou específicas de produção (custos de insumos, salários, etc...) é o produtor que, ao escolher as técnicas que utiliza, submetido às restrições impostas pela sua capacitação tecnológica, gerencial, financeira e comercial, define a sua competitividade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 11 Indicadores Ex-post • Market-share • Participação relativa no comércio internacional • Taxa de cobertura • Taxa de auto-suprimento Obs: Indicadores dinâmicos (taxas de crescimento) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 12 Indicadores ex-ante • Índices de preços Preço de exportação / preços de competição Preço de exportação / preço interno • Índices de custos Relação câmbio-salário Custos salariais relativos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 13 Indicadores ex-ante • Índices de produtividade • Índices de capacitação baixos custos alta qualidade flexibilidade qualidade pós-venda rapidez de entrega outros • Índices tecnológicos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 14 Indicadores • Métricas diretas ou indiretas internas ou externas (benchmarking) • paradoxo das métricas: estático x dinâmico CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 15 Métricas de Competitividade Ex-Post • taxa e variabilidade da taxa de crescimento das exportações e das importações; • participação relativa no comércio mundial das exportações, importações ou saldo comercial do país, setor ou produto; • grau de diversificação: variação no número de produtos na pauta de exportação e/ou importação; • grau de concentração: participação dos produtos, setores ou empresas no total exportado e/ou importados; • grau de diversificação de mercado de destino das exportações ou de origem das importações; • coeficientes de exportação e de importação geral, setorial ou da empresa: relação entre o valor (quantidade) exportada ou importada e a produção (vendas); • grau de cobertura da economia: relação entre o saldo comercial e a soma das exportações e das importações • grau de abertura da economia: relação entre a soma das exportações e das importações e o PIB CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 16 Métricas de Competitividade Ex-Ante • relação câmbio / salário; • taxa de câmbio real e real efetiva e variabilidade da taxa; • custo unitário relativo da mão-de-obra e custo absoluto da mão-de-obra; • participação dos salários no valor da produção; • relação preço de exportação do país e dos demais países concorrentes; • relação preço doméstico e preço de exportação e/ou de importação; • produtividade da mão-de-obra; • produtividade multifatorial; • indicadores de qualidade dos produtos produzidos: participação dos produtos defeituosos no total, número de reclamações, número de devoluções, ocorrências no tempo certo, etc. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 17 Métricas de Competitividade Ex-Ante • participação dos gastos - públicos e privados- em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no PIB e nos valores de produção setorial; • participação dos gastos em educação no PIB; • gastos com compra ou licenciamento de tecnologia estrangeira; • participação dos gastos em treinamento de recursos humanos no faturamento; • número de patentes solicitadas e concedidas: por setor, origem e tamanho das empresas; • idade tecnológica dos equipamentos; • taxa de escolaridade: população matriculada / população em idade escolar, por nível de instrução; • pessoal ocupado em atividades de P&D, por nível de instrução CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 18 Métricas de Competitividade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 19 II. Fatores determinantes da competitividade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 20 Determinantes da Competitividade Competitividade Potencial Competitividade Revelada (ex-ante) (ex-post) Eficiência Market-share Efeito “Tostines” – vende porque é eficiente ou é eficiente porque vende? Conexão => é necessária uma teoria! CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 21 Determinantes da Competitividade • Enfoque MACRO • Enfoque MICRO • Enfoque ESTRUTURAL CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 22 Determinantes da Competitividade • Enfoque MACRO – ambiente econômico determina a competitividade Competitividade é o resultado da eficiência alocativa da economia: preços certos => investimento certo => padrão de especialização certo CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 23 Determinantes da Competitividade • Enfoque MICRO organização empresarial determina a competitividade Competitividade é o resultado da eficiência técnica das empresas: “best practices” => produtividade => “market share” CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 24 Determinantes da Competitividade • Enfoque ESTRUTURAL – Competitividade é o resultado da interação entre empresas e ambiente econômico CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 25 Teorias do Comércio Internacional Vantagem Absoluta x Vantagem Comparativa • Vantagem Absoluta: capacidade de produzir mais com uma certa quantidade de recursos = melhor tecnologia • Vantagem Comparativa: capacidade de produzir uma certa quantidade de produto com menor custo de oportunidade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 26 Vantagens Absolutas PRODUÇÃO COM 1 HORA DE TRABALHO Produto 1 Produto 2 Qtde/hora Qtde/hora PAÍS A 2 4 PAÍS B 20 5 PAÍS B tem vantagem absoluta na produção de 1 e 2 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 27 Vantagens Comparativas PRODUÇÃO DE QUANTIDADE UNITÁRIA Produto 1 Produto 2 custo em horas custo de oportunidade (em qtde de 2) custo em horas custo de oportunidade (em qtde de 1) PAÍS A 0,5 2 0,25 0,5 PAÍS B 0,05 0,25 0,20 4 PAÍS A: vantagem comparativa em 2 PAÍS B: vantagem comparativa em 1 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 28 Vantagens Comparativas AUTARQUIAS Produto 1 Produto 2 custo em horas Produção (qtde) custo em horas Produção (qtde) PAÍS A 0,5 1 0,25 2 PAÍS B 0,05 10 0,20 2,5 TOTAL 11 4,5 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 29 Vantagens Comparativas ESPECIALIZAÇÃO Produto 1 Produto 2 custo em horas Produção (qtde) custo em horas Produção (qtde) PAÍS A 0,5 0 0,25 4 PAÍS B 0,05 20 0,20 0 TOTAL 20 4 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 30 Vantagens Comparativas ESPECIALIZAÇÃO Produto 1 Produto 2 custo em horas Produção (qtde) custo em horas Produção (qtde) PAÍS A 0,5 0 0,25 4 PAÍS B 0,05 16 0,20 1 TOTAL 16 5 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 31 Vantagens Comparativas ESPECIALIZAÇÃO E COMÉRCIO Produto 1 Produto 2 PAÍS A (qtde) PAÍS B (qtde) Total PAÍS A (qtde) PAÍS B (qtde) Total Autarquia 1 10 11 2 2,5 4,5 Especialização 0 16 16 4 1 5 Comércio 2 14 16 2,25 2,75 CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 5 32 Comércio Internacional Modelo Heckscher-Ohlin-Samuelson • explica as vantagens comparativas de um país através da dotação de fatores naturais • padrão de especialização deve refletir a estrutura relativa de dotação de fatores: eficiência alocativa => participação no comércio CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 33 Comércio Internacional Em síntese: • Vantagens comparativas determinam padrão de especialização e comércio • Vantagens Absolutas determinam preços relativos • Livre comércio aumenta bem-estar CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 34 Comércio Internacional Fatores Naturais Recursos naturais Trabalho Fatores Construídos Trabalho qualificado Tecnologia/Base de conhecimento Ambiente político, institucional, etc.. Fatores culturais CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 35 Comércio Internacional Porém: • Competição imperfeita, diferenciação de produtos e economias de escala interferem nesses resultados possibilitando que os ganhos do comércio sejam apropriados de forma desigual entre as nações CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 36 Competitividade Atenção: • Vantagem comparativa: n produtos em 1 país • Vantagem competitiva: 1 produto em n países CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 37 Competitividade e padrões de concorrência • Abordagem estrutural ex-ante Foco no processo competitivo: confronto entre empresas nos mercados Relacionado a competências centrais e capacitação dinâmica CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 38 Competitividade e padrões de concorrência Competitividade: capacidade de formular e implementar estratégias que permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado Padrão de conjunto de fatores chave para concorrência: o sucesso em um mercado específico Empresa estratégias, capacitações e desempenho coerentes com Competitiva: padrão de concorrência setorial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 39 Competitividade Estrutural C (capacitação) define D (desempenho) E (estratégia) modifica C (capacitação) C (capacitação) restringe E (estratégia) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 40 Competitividade Estrutural CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 41 Determinantes da competitividade Fatores Empresariais Mercado Fatores Estruturais Configuração da indústria Articulação na cadeia produtiva Macroeconômicos Fatores Sistêmicos Político-institucionais Infra-estruturais CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 42 Competitividade e padrões de concorrência • 2 características importantes dos Padrões de Concorrência são setor/mercado específicos podem mudar devido aos efeitos da inovação tecnológica e de transformações na estrutura industrial ou no ambiente macro-institucional CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 43 Fatores Empresariais • são internos à empresa • ligados ao estoque de recursos acumulado pela empresa. • pertencem à esfera decisória da empresa e podem ser controlados ou modificados através de condutas empresariais ativas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 44 Fatores Empresariais • capacitação tecnológica (em processo, produto, gestão) capacitação produtiva - grau de atualização dos processos e dos equipamentos e métodos gerenciais qualidade e produtividade dos recursos humanos capacitação gerencial (habilidade de servir o mercado, eficiência administrativa, planejamento estratégico, etc.) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 45 Fatores Estruturais • referentes ao ramo/cadeia produtiva • capacidade de intervenção da empresa é limitada pelo processo de concorrência, isto é, depende de ações e reações das demais empresas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 46 Fatores Estruturais • Mercado taxas de crescimento distribuição geográfica e em faixas de renda grau de sofisticação tecnológica e outros requisitos impostos aos produtos; oportunidades de acesso a mercados internacionais sistemas de comercialização. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 47 Fatores Estruturais •Configuração da Indústria: nível de concentração da produção escalas típicas de operação distribuição espacial da produção adequação da infra-estrutura física regime de P&D e integração com infraestrutura tecnológica relacionamento da empresa com fornecedores, usuários e concorrentes relação capital-trabalho grau de verticalização e diversificação setorial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 48 Fatores Estruturais • Regime de incentivos e regulação da concorrência: grau de rivalidade entre concorrentes grau de exposição ao comércio internacional ocorrência de barreiras tarifárias/ não-tarifárias às exportações estrutura de incentivos e tributos à produção e comércio exterior efetividade da regulação das práticas de concorrência linhas especiais de financiamento CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 49 Fatores Sistêmicos • Referentes à economia • Externalidades sobre as quais a empresa detém escassa ou nenhuma possibilidade de intervir (parâmetros do processo decisório). CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 50 Fatores Sistêmicos Determinantes macroeconômicos taxa de crescimento do PIB regime cambial regime fiscal regime monetário sistema de crédito CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 51 Fatores Sistêmicos • Determinantes político-institucionais política tributária política de comércio exterior e tarifária uso seletivo do poder de compra do governo política científica e tecnológica. política de incentivos fiscais e financeiros política salarial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 52 Fatores Sistêmicos • Determinantes legais-regulatórios defesa da concorrência e do consumidor defesa do meio-ambiente regime de proteção à propriedade intelectual regulação do capital estrangeiro CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 53 Fatores Sistêmicos • Determinantes infra-estruturais disponibilidade, qualidade e custo de: energia transporte telecomunicações pesquisa científica e tecnológica serviços de engenharia, consultoria e projetos metrologia, normalização e qualidade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 54 Fatores Sistêmicos Determinantes sociais educação e qualificação da mão-deobra relações trabalhistas proteção social básica CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 55 Fatores Sistêmicos Determinantes internacionais acordos comerciais e diplomacia tendência dos fluxos de comércio: multilateralismo X regionalismo tendência dos fluxos de capitais: investimento direto externo e capital financeiro tendência dos fluxos tecnológicos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 56 Determinantes da competitividade CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 57 Regime de Incentivos e Regulação da Concorrência • Políticas Públicas incentivos visam aumentar a capacidade de resposta das empresas diante dos desafios impostos pela economia regulações buscam condicionar condutas empresariais em direções socialmente desejáveis. • Instituições Intermediárias conjunto de instituições não empresariais com funções de coordenação ou execução de ações de política industrial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 58 “Framework” Institucional SISTEMA DE C & T C&T Mercado de Capitais Crédito Especializado Crédito de Longo Prazo Capital de Risco Extensão Tecnologia Industrial Básica (TIB) Energia Transportes EMPRESA/ INDÚSTRI A Tecnologias de Informação Educação Básica Formação Profissional Educação Superior SISTEMA EDUCACIONAL Regime Regulatório Regime de Incentivos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 59 III. Padrões de concorrência e competitividade da indústria brasileira CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 60 Fatores Empresariais: um Novo Modelo de Empresa Princípios da gestão competitiva tendência à diminuição do número de níveis hierárquicos e maior delegação de poderes no interior das cadeias de comando aumento da densidade do fluxo de informações horizontais crescimento dos fluxos verticais de informações envolvendo fornecedores e clientes CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 61 Fatores Empresariais: um Novo Modelo de Empresa Capacidade Inovativa comportamento estratégico centrado na inovação concentração dos esforços em áreas tecnológicas nucleares -core competences sofisticação das formas institucionais de condução de atividades de P&D (pesquisa extra-muros, alianças tecnológicas, projetos cooperativos) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 62 Fatores Empresariais: um Novo Modelo de Empresa Capacidade Produtiva consolidação do novo paradigma produtivo baseado em qualidade de produto, flexibilidade e rapidez de entrega, além da racionalização dos custos de produção aumento da automação microeletrônica nos processos, no controle e na gestão da informação difusão das inovações organizacionais CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 63 Fatores Empresariais: um Novo Modelo de Empresa Recursos Humanos aumento da qualificação e do treinamento da mão de obra multifuncionalidade participação nos processos decisórios e compartilhamento dos ganhos do aumento da eficiência CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 64 Fatores Estruturais: Competição e Colaboração nas Cadeias Produtivas Mercado dinamismo do mercado difusão de padrões de consumo mais fortemente baseados em tecnologia e mais globalizados aumento do grau de exigência dos consumidores presença sistemática no mercado internacional. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 65 Fatores Estruturais: Competição e Colaboração nas Cadeias Produtivas Configuração da Indústria intenso movimento de fusões e absorções entre empresas setores de elevada intensidade de capital: re-centragem setores de alta tecnologia: joint-ventures e alianças tecnológicas setores de menor intensidade de capital: formação de redes constituição de pólos regionais de produção formação de amplos networks envolvendo produtores, fornecedores, clientes e entidades tecnológicas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 66 Condicionantes globais da competitividade • Acirramento da competição pela inovação aumento da complexidade aumento dos custos de P&D redução dos ciclos de produtos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 67 Condicionantes globais da competitividade • Mudança do paradigma produtivo automação microeletrônica novas técnicas organizacionais novas formas de articulação interempresarial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 68 Condicionantes globais da competitividade • Desemprego "tecnológico” • Multilateralismo X Regionalismo - aumento da importância da OMC como instância reguladora e crescimento dos blocos econômicos (EU, Nafta, Asean-pacific, Mercosul) • Globalização Financeira e Investimento Direto Externo Ciclo CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer de 69 Padrões de Concorrência • 4 PdCs, segundo seus fatores chave de sucesso competitivo: Custo - Commodities (petroquímica, celulose, minério de ferro, aço) Diferenciação – Duráveis (automóveis, eletrônicos de consumo) Resposta - Tradicionais (laticínios, calçados, móveis, textil e confecção) Inovação - Difusores (informática, software, bens de capital) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 70 Padrões de Concorrência Fontes das vantagens competitivas Gestão Produção Vendas Inovação Estratégia de Custos Estratégia de Diferenciação Estratégia de Respostas FATORES EMPRESARIAIS Qualificação dos Controle de Flexibilidade trabalhadores e processos organizacional da gestão Capacitação de Eficiência dos montagem e de Controle de fluxos de massa coordenação da qualidade e energia cadeia de fornecedores Estratégia Inovativa Integração P&Dproduçãomarketing Projeto de manufatura Criação de mercado e marketing business to business Acesso aos canais de distribuição Imagem da marca Informação mercadológica Tecnologia de processo Capacidade de projeto de produtos e componentes Tecnologias incorporadas e P&D + design learning by doing Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 71 Padrões de Concorrência Fontes das vantagens competitivas Mercado Estratégia de Custos Estratégia de Diferenciação Estratégia de Respostas Estratégia Inovativa FATORES ESTRUTURAIS Segmentação por Segmentação por Segmentação por qualidade e padronização níveis de renda e necessidades áreas de tipos de produtos tecnológicas mercado preço, marca, Preço, marca, Preço e conteúdo prazos de Atendimento de conformidade tecnológico, entrega, especificações técnica serviços pósorientação para das clientelas venda consumidor Acesso ao Mercado local e Mercado local e Comércio comércio comércio comércio regional e global internacional internacional regional e global Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 72 Padrões de Concorrência Fontes das vantagens competitivas Estratégia de Custos Estratégia de Diferenciação Estratégia de Respostas Estratégia Inovativa FATORES ESTRUTURAIS Economias de escala ao nível da planta industrial Acesso às Configuração da matérias-primas Indústria e à logística de transporte economia de escala e escopo da planta e da empresa Economias da aglomeração Economia da especialização e das interações tecnológicas Articulação montadorfornecedordistribuidor Networking horizontal e vertical Interacão com usuários Metrologia, normalização & certificação, informação tecnológica e mercadológica, treinamento Sistema de ciência e tecnologia Serviços técnicos Metrologia & especializados normalização Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 73 Padrões de Concorrência Fontes das vantagens competitivas Estratégia de Custos Estratégia de Diferenciação Estratégia de Respostas Estratégia Inovativa FATORES ESTRUTURAIS Regime de incentivos e regulação anti-dumping & Direitos de política comercial marca Anti-dumping Direitos de propriedade intelectual Política de meio- Defesa do ambiente consumidor Política de competição e defesa do consumidor Proteção seletiva Poder de compra do Estado Custo do capital Crédito ao consumidor Apoio às PME Financiamento de risco Crédito ao usuário Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 74 Setores Produtores de Commodities Insumos metálicos minério de ferro siderurgia, alumínio Química básica petróleo, petroquímica fertilizantes Agroindústrias de exportação óleo e farelo de soja, suco de laranja Celulose e papel celulose, papel CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 75 Setores Produtores de Commodities PADRÃO DE CONCORRÊNCIA Oligopólios Homogêneos: padronização e vantagens de custos Preço e conformidade técnica dos produtos. Mercados globalizados. Indústrias de processo contínuo. Elevadas escalas técnicas Dependência de recursos naturais/agrícolas. Necessidade de logística de movimentação. Crédito, câmbio, acesso a mercados externos CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 76 Setores Produtores de Commodities •DESEMPENHO COMPETITIVO Homogeneidade da capacidade competitiva Adequados níveis de integração vertical (produtividade da base agrícola), escalas técnicas e níveis de exportação. Eficiência técnica Pequeno porte empresarial em termos globais e baixos níveis de internacionalização Pauta de produtos com baixo valor agregado; heterogeneidade cresce quando se avança ao longo das cadeias produtivas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 77 Setores Produtores de Commodities Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 78 Setores de Bens Duráveis de Consumo Complexo Metal-Mecânico automobilística; autopeças Complexo Eletrônico eletrônica de consumo CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 79 Setores de Bens Duráveis de Consumo •PADRÃO DE CONCORRÊNCIA: Oligopólios diferenciados e concentrados: importância da diferenciação de produtos (marca, preço, adequação ao uso e assistência técnica) Crescente peso da inovação de produtos associada à microeletrônica. Mercados globalizados e/ou regionalizados importância da capacidade de projeto Indústrias de montagem em massa - forte dependência das cadeias verticais Altas escalas técnicas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 80 Setores de Bens Duráveis de Consumo DESEMPENHO COMPETITIVO Homogeneidade aquém das melhores práticas. Problemas de escala produtiva Exploração de mercados regionais com integração produtiva entre plantas Pronunciado ajuste produtivo Internacionalização das compras de parte dos insumos e aproximação entre montadoras e grupo de autopeças locais Autopeças: Concentração e desnacionalização CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 81 Setores de Bens Duráveis de Consumo Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 82 Setores Tradicionais Complexo Agroindustrial abate; laticínios Complexo Têxtil têxtil; vestuário; calçados de couro Extra-Complexo móveis de madeira CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 83 Setores Tradicionais PADRÃO DE CONCORRÊNCIA Adequação ao uso do produto: Capacidade de resposta em preço, qualidade e prazo de entrega Mercados segmentados por níveis de renda e tipo de produto. Dependência de cadeias verticais e horizontais. Variedade de sistemas técnicos de produção. Variedade de escalas técnicas e econômicas. Importância da capacitação gerencial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 84 Setores Tradicionais DESEMPENHO COMPETITIVO Heterogeneidade com presença de um núcleo de empresas competitivas Acentuadas diferenças por porte das empresas. Problemas no abastecimento de insumos. Experiências localizadas de redes integradas de produção. Baixa intensidade de ajuste produtivo; crescente informalização das empresas. Ameaça de importações (Ásia, China) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 85 Setores Tradicionais Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 86 Setores Difusores de Progresso Técnico Complexo eletrônico Eletro-mecânica informática; telecomunicações; automação industrial; software máquinas-ferramenta; máquinas agrícolas; equiptos para energia elétrica CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 87 Setores Difusores de Progresso Técnico PADRÃO DE CONCORRÊNCIA Incorporação de inovações aos produtos e atendimento às especificações dos clientes Crescente importância da inovação tecnológica. Mercados segmentados por necessidades técnicas. Dependência de cadeias verticais e de relações com a infra-estrutura científica e tecnológica. Montagem em lotes ou processos em bateladas. Variedade de escalas técnicas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 88 Setores Difusores de Progresso Técnico DESEMPENHO COMPETITIVO Heterogeneidade com fragilidade estrutural Baixos níveis de utilização de capacidade pela queda dos investimentos e precariedade do financiamento. Compensação parcial pela exportação. Excessiva diversificação e verticalização das empresas. Elevados níveis de importação de partes e componentes. Aceleração das associações com e entre empresas estrangeiras. Ajuste produtivo concentrado no corte de emprego; desmobilização de grupos de P&D. Concorrência com produtos importados; destruição ou perda de capacidade produtiva CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 89 Setores Difusores de Progresso Técnico Fonte: Extraído de Ferraz, J. C., Kupfer, D; Iootty, M. Made in Brazil: industrial competitiveness 10 years after economic liberalisation. L.A.S. Series no. 4. IDE-JETRO.RJ. 2003 – disponível em www.ie.ufrj.br/gic CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 90 IV. Competitividade em APLs CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 91 Caracterização das APLs • Um aglomerado é um agrupamento geograficamente concentrado de empresas inter-relacionadas e instituições correlatas numa determinada área, vinculadas por elementos comuns e complementares. • Os aglomerados assumem diversas formas, dependendo de sua profundidade e sofisticação, mas a maioria inclui empresas de produtos e serviços finais, fornecedores de insumos especializados, componentes, equipamentos e serviços, instituições financeiras e empresas de setores correlatos. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 92 Caracterização das APLs • Os aglomerados incluem também empresas em setores a jusante (ou seja, distribuidores ou clientes), fabricantes de produtos complementares, fornecedores de infraestrutura especializada, instituições governamentais e outras, dedicadas ao treinamento especializado, educação, informação, pesquisa e suporte técnico (como universidades e prestadores de serviços de treinamento vocacional) e agências de normalização. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 93 Caracterização das APLs • Órgãos governamentais, assim como associações comerciais e outras entidades associativas do setor privado, que apóiam seus participantes com influência significativa sobre o aglomerado, também integram a APL CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 94 Caracterização das APLs •Mega Aglomeração – conjunto de atividades distintas (complexo), cujos bens ou serviços satisfazem a demanda de uma grande área funcional da procura final permitem a exploração de vantagens de interligação e articulação em rede, entre si e com outras entidades, nomeadamente as que permitem a acumulação do “capital imaterial” para o conjunto das empresas envolvidas. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 95 Caracterização das APLs • Aglomeração Industrial – conjunto de empresas inter-relacionadas, fornecedores, prestadores de serviços, empresas de indústrias relacionadas e de instituições associadas (Universidades, Centros de certificação de qualidade, associações comerciais) que desenvolvem a sua atividade em campos diferentes, recorrendo a tecnologias distintas, mas complementares inovações obtidas pelas partes geram efeitos de spillover que incrementam a competitividade do conjunto CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 96 Caracterização das APLs • Aglomeração Regional – similar ao cluster industrial, mas com articulações principais funcionando em um dado espaço geográfico e gerando efeitos de spillover por meio da proximidade geográfica as articulações podem repetir-se em outras regiões do país CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 97 Caracterização das APLs •Aglomeração Local (ou Micro) – conjunto geograficamente próximo de empresas e instituições, inter-relacionadas por elementos comuns e complementariedades, atuando num campo particular de atividade (no mesmo setor ou eventualmente no mesmo segmento de um setor); empresas concorrem entre si no mercado dos produtos (ou serviços) e são capazes de cooperar entre si CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 98 Tipologia de APLs • Paché (1991) Externalização da Grande Firma: parceria de firma líder com outras firmas (muitas vezes PMEs) Redes de PMEs: grupos de pequenas empresas autônomas ou inter-complementares que produzem em conjunto Redes de Tecno-polarização: grupos de firmas com o objetivo de gerar ou aproveitar sinergias entre competências de Universidades, Instituições de Pesquisa e Indústria CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 99 Tipologia de APLs • Garofoli (1993) Redes Horizontais: grupos de pequenas e médias empresas com baixas economias internas e altas economias externas. Redes Verticais: sistemas de produção e montagem em grande escala, com presença de grandes empresas interligadas a redes de fornecedores. Presença de economias internas de escala e escopo, conjuntamente com a possibilidade de apropriação de “economias externas” CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 100 Tipologia de APLs • Garofoli (1993) Sistemas de Produção em Grande Escala (Redes Verticais): hierarquia entre grandes empresas de montagem e produtores de componentes Produção Descentralizada (com Presença de Firma Dominante): idem ao anterior, mas com dispersão espacial Sistemas de Pequenas Empresas (Distritos Industriais): aglomerado espacial de pequenas firmas em cooperação bidirecional Acordos Cooperativos baseados em Alianças Estratégicas: idem ao anterior, mas com dispersão espacial CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 101 Tipologia de APLs • Langlois e Robertson (1992) Rede Centralizada: ligação de fornecedores à firma principal, que atua como núcleo da estrutura. Rede Descentralizada: estruturada em diversos níveis, a partir da interdependência dos requerimentos de compatibilidade técnica. Estes requerimentos impõem a montagem de um sistema de normalização intra-rede bem estruturado, o que estimula a intensificação dos fluxos informacionais entre agentes. CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 102 Tipologia de APLs • Langlois e Robertson (1995) Distrito Marshalliano: aglomeração espacial com graus baixos de integração da propriedade e coordenação por meio de especialização horizontal e vertical de PMEs autônomas Distritos do Tipo "Terceira Itália": aglomeração espacial com baixa integração de propriedade e elevada coordenação. Forte especialização horizontal-vertical de pequenas firmas com competição em áreas de competências distintivas (design, p.ex) e cooperação para geração de economias de escala em atividades funcionais ( infra-estrutura e serviços, p.ex.) CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 103 Tipologia de APLs •Langlois e Robertson (1995) - continuação Distritos Inovativos do Tipo Venture Capital (ex: Sylicon Valley): menor coordenação que no caso de 'Terceira Itália", promovida por meio de "venture capital". Crescimento a partir de capacitação tecnológica. Possibilidade de consolidação patrimonial Redes Japonesas (Kaisha Networks): coordenação promovida por firma principal por meio de contratos “relacionais” de longo prazo, visando confiança e redução de custos de transação. Otimização da logística via JIT e CQT. Possibilidade de interpenetração de propriedade e de conexões financeiras entre agentes CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 104 Propriedades Internas dos APLs • Relacionadas à cooperação técnicoprodutiva Eficiência Operacional Flexibilidade Produtiva • Relacionadas à coordenação interorganizacional Eficácia da Coordenação Flexibilidade Inter-organizacional • Relacionadas à cooperação tecnológica Capacidade de Processar Informações Integração de Capacitações Inovativas CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 105 Cooperação técnico-produtiva •Eficiência Operacional Características • Ganhos técnico-econômicos gerados ao nível da rede com impactos sobre custos decorrentes da divisão de trabalho interna à rede e da difusão de práticas organizacionais indutoras de eficiência. Elementos Críticos • • • • • economias de escala e escopo ganhos de especialização ganhos de produtividade ganhos de qualidade ganhos de padronização CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 106 Cooperação técnico-produtiva •Flexibilidade Produtiva Características • Capacidade de ajustamento da logística interna da rede face da evolução do mercado, tanto em termos dos níveis de produção com em termos de requerimentos relacionados à qualidade dos produtos Elementos Críticos • grau de difusão de práticas just-in-time . ganhos decorrentes da integração de sistemas • ganhos de modularidade • ganhos de customização CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 107 Coordenação Inter-Organizacional •Eficácia da Coordenação Características • Ações coletivas implementadas visando melhor enfrentar a turbulência e incerteza ambientais. Associada a princípios de confiança mútua e solidariedade nos relacionamentos intra-rede Elementos Críticos • • • • • grau de centralização da rede hierarquização interna da rede sofisticação dos mecanismos de incentivo formas de ações coletivas sistemas de códigos e valores CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 108 Coordenação Inter-Organizacional •Flexibilidade Inter-organizacional Características • Capacidade de adaptação da estrutura da rede em função de estímulos ambientais e pressões competitivas, via o movimento de entrada e saída de agentes do arranjo Elementos Críticos • • • • base contratual das ligações intra rede regras de entrada e saída na rede horizonte temporal das relações intra-rede “retratibilidade” da estrutura da rede CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 109 Cooperação Tecnológica •Capacidade de Processar Informações Características • Coordenação do intercâmbio de informações a partir de determinada infra-estrutura de comunicação e da consolidação de códigos de comunicação que favoreçam as interações. Elementos Críticos • complexidade das informações transmitidas. códigos de linguagem e canais de comunicação • sistemas de informação • intensidade da circulação de conhecimento. interatividade da circulação de conhecimento CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 110 Cooperação Tecnológica •Integração de Capacitações Inovativas Características • Realização de esforços tecnológicos conjuntos, através de divisão de tarefas ao longo do ciclo de P&D. Aglutinação de competências entre os membros da rede com propósitos de inovação Elementos Críticos • co-desenvolvimento de produtos e sistemas • especialização em estágios do ciclo de P&D • grau de complementaridade entre as competências tecnológicas dos agentes CEPAL-SEBRAE – Gestão de Projetos em APL – 2006 Disciplina: Diagnóstico da Competitividade – Prof: David Kupfer 111