CAPÍTULO 1
Desenvolvimento humano – passado, presente
e futuro
O desenvolvimento humano é muito mais do que o aumento ou quebra dos rendimentos nacionais. Tem a ver
com a criação de um ambiente no qual as pessoas possam desenvolver o seu pleno potencial e levar vidas
produtivas e criativas, de acordo com as suas necessidades
e interesses. As pessoas são a verdadeira riqueza das
nações. O desenvolvimento tem a ver, portanto, com o
alargamento das escolhas que as pessoas têm para levar
uma vida a que dêem valor. E tem a ver com muito mais
do que o crescimento económico, que é apenas um
meio – ainda que muito importante – de alargar as escolhas das pessoas.
Para alargar estas escolhas, é fundamental a criação
das capacidades humanas – o conjunto de coisas que as
pessoas podem ser, ou fazer, na vida. As capacidades mais
elementares para o desenvolvimento humano são: ter
uma vida longa e saudável, ser instruído, ter acesso aos
recursos necessários para um nível de vida digno e ser
capaz de participar na vida da comunidade. Sem estas,
muitas outras escolhas simplesmente não estão
disponíveis e muitas oportunidades na vida mantém-se
inacessíveis.
Esta forma de olhar para o desenvolvimento, frequentemente esquecida na preocupação imediata com
a acumulação de bens e riqueza financeira, não é nova.
Os filósofos, economistas e líderes políticos, desde há
muito que enfatizam o bem-estar humano como o objectivo, o fim, do desenvolvimento. Como dizia Aristóteles, na Grécia antiga, "A riqueza não é, evidentemente,
o bem que procuramos, pois ela é útil apenas para obter
outra coisa qualquer".
Na procura dessa outra coisa qualquer, o desenvolvimento humano comunga de uma visão comum
com os direitos humanos. O objectivo é a liberdade humana. E esta liberdade é vital na persecução das capacidades e na realização dos direitos. As pessoas têm
de ser livres para exercer as suas escolhas e para participar
na tomada de decisão que afecta as suas vidas. O desenvolvimento humano e os direitos humanos reforçamse mutuamente, ajudando a garantir o bem-estar e a
dignidade de todos, criando respeito próprio e respeito
pelos outros.
O desenvolvimento tem
TRINTA ANOS DE PROGRESSO IMPRESSIONANTE –
MAS , UM LONGO CAMINHO AINDA A PERCORRER
das escolhas que as
Os desafios do desenvolvimento humano mantém-se
grandes no novo milénio (quadros 1.1 e 1.2). Vemos, em
todo o mundo, níveis inaceitáveis de privação na vida
das pessoas. Dos 4,6 mil milhões de pessoas nos países
em desenvolvimento, mais de 850 milhões são analfabetas, perto de mil milhões não têm acesso a fontes de
água melhoradas, e 2,4 mil milhões não têm acesso a
saneamento básico.1 Perto de 325 milhões de rapazes e
raparigas estão fora da escola.2 E 11 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem todos os anos de
causas evitáveis – o equivalente a 30.000 por dia.3 Cerca
uma vida a que dêem
a ver com o alargamento
pessoas têm para levar
valor
QUADRO 1.1
Privações graves em muitos aspectos da vida
Países em desenvolvimento
Saúde
968 milhões de pessoas não têm acesso a fontes de água melhoradas (1998)
2,4 mil milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico (1998)
34 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA (final de 2000)
2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido à poluição do ar interna (1996)
Educação
854 milhões de analfabetos adultos, dos quais 543 milhões de mulheres (2000)
325 milhões de crianças fora da escola nos níveis primário e secundário, das quais
183 milhões de raparigas (2000)
Privação de rendimento
1,2 mil milhões de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de
1993), 2,8 mil milhões com menos de 2 dólares por dia (1998)
Crianças
163 milhões de crianças com peso deficiente menores de cinco anos (1998)
11 milhões de crianças menores de cinco anos morrem anualmente de causas
evitáveis (1998)
Países da OCDE
15% de adultos são funcionalmente analfabetos (1994-98)
130 milhões de pessoas privadas de rendimento (com menos de 50% do rendimento
médio) (1999)
8 milhões de pessoas subalimentadas (1996-98)
1,5 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA (2000)
Fonte: Smeeding 2001b; UNAIDS 2000a, 2000b; UNESCO 2000b; World Bank 2000d, 2001b, 2001c, 2001f; WHO 1997,
2000c; OECD e Statistics Canada 2000.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
9
cadores deste Relatório fornecem um rico conjunto de
dados sobre muitos indicadores de desenvolvimento
humano, para 162 países, assim como agregados para
países agrupados por região, rendimento e nível de desenvolvimento humano. O destaque 1.2 dá-nos um instantâneo.
QUADRO 1.2
Países que sofreram retrocessos no índice de desenvolvimento humano, 1999
IDH
mais baixo
que em 1975
IDH
lmais baixo
que em 1980
IDH
mais baixo
que em 1985
IDH
mais baixo
que em 1990
IDH
mais baixo
que em 1995
Zâmbia
Federação Russa
Roménia
Zimbabwe
Botswana
Bulgária
Burúndi
Congo
Letónia
Lesoto
África do Sul
Bielorrússia
Camarões
Lituânia
Moldávia
Quénia
Suazilândia
Ucrânia
Malawi
Namíbia
CONTRASTES
DO PROGRESSO
Fonte: Quadro de indicadores 2.
FIGURA 1.1
O crescimento do rendimento
varia entre regiões
Taxa de crescimento anual do
PIB per capita (percentagem), 1975-99
6
Ásia Oriental
e Pacífico
31%
Parcela da
população
mundial
5
4
3
2
1
0
–1
Ásia
do Sul
OCDE
19%
América Latina
e Caraíbas
Países Árabes
4%
África Subsariana
10%
Fonte: Quadro de indicadores 11.
10
23%
8%
REGIONAIS NO CAMINHO
de 1,2 mil milhões de pessoas vivem com menos de 1
dólar por dia (dólares PPC de 1993),4 e 2,8 mil milhões
com menos de 2 dólares por dia.5 Estas privações não
estão limitadas aos países em desenvolvimento. Nos
países da OCDE, mais de 130 milhões de pessoas estão
privadas de rendimento,6 34 milhões estão desempregadas e as taxas de analfabetismo funcional entre os adultos são, em média, de 15%.
A magnitude destes desafios parece desencorajadora. Contudo, só muito poucas pessoas reconhecem
que os impressionantes ganhos do mundo em desenvolvimento, nos últimos 30 anos, demonstram a possibilidade de erradicar a pobreza. Uma criança nascida
agora pode esperar viver mais oito anos do que uma
nascida há 30 anos. Muitas mais pessoas podem ler e escrever, tendo a taxa de alfabetização de adultos aumentado de um valor estimado de 47%, em 1970, para
73% em 1999. A parcela de famílias rurais com acesso
a água potável aumentou mais de cinco vezes.7 Muitas
mais pessoas podem beneficiar de um nível de vida
digno, tendo os rendimentos médios nos países em desenvolvimento quase duplicado, em termos reais, entre
1975 e 1998, de 1.300 dólares para 2.500 dólares (dólares
PPC de 1985).8
As condições básicas para obter liberdades humanas transformaram-se nos 10 últimos anos, à medida
que mais de 100 países em desenvolvimento e em transição acabaram com regimes militares ou de partido
único, abrindo-se a escolhas políticas. E o compromisso
formal com os padrões internacionais de direitos humanos cresceu extraordinariamente desde 1990. Estes
são, apenas, alguns dos indicadores dos ganhos impressionantes em muitos aspectos do desenvolvimento
humano (destaque 1.1).
Para lá deste resultado de progresso mundial, está
um quadro mais complexo de experiências variadas
através de países, regiões, grupos de pessoas e dimensões de desenvolvimento humano. Os quadros de indi-
Todas as regiões fizeram progressos no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos, mas avançando a
passos muito diferentes e alcançando muito níveis diferentes. A Ásia Oriental e Pacífico fez um progresso
rápido, sustentado, na maior parte das áreas, desde a expansão do conhecimento até à melhoria da sobrevivência,
e ao aumento dos níveis de vida. A Ásia do Sul e a
África Subsariana ficam muito para trás de outras regiões,
com a pobreza humana e a privação de rendimento
ainda elevadas. A taxa de alfabetização de adultos na Ásia
do Sul é ainda de 55% e, na África Subsariana, de 60%,
bem abaixo da média de 73% dos países em desenvolvimento. A esperança de vida à nascença na África
Subsariana é ainda de apenas 48,8 anos, em comparação com mais de 60 anos em todas as outras regiões. E
a parcela de pessoas que vivem com menos de 1 dólar
por dia atinge 46% na África Subsariana e 40% na Ásia
do Sul, comparando com 15% na Ásia Oriental e Pacífico e na América Latina.9
Os Países Árabes também estão atrasados em muitos
indicadores, mas têm estado a realizar o progresso mais
rápido. Desde o princípio dos anos 70, a esperança de
vida à nascença melhorou cerca de 14 anos e a taxa de
mortalidade infantil de 85 por mil nados-vivos e, desde
1985, a taxa de alfabetização de adultos cresceu cerca
de 15 pontos percentuais – um progresso mais rápido
do que em qualquer outra região.
As diferenças entre regiões e países são particularmente marcadas no crescimento económico, o qual gera
recursos públicos para investir na educação e serviços
de saúde e aumenta os recursos de que as pessoas dispõem para beneficiarem de um nível de vida digno e melhorarem muitos outros aspectos das suas vidas. Em
1975-99, o rendimento per capita quadruplicou na Ásia
Oriental e Pacífico, crescendo 6% ao ano (figura 1.1).
A taxa de crescimento na Ásia do Sul excedeu 2%. Dois
países que, em conjunto, contribuem para um terço da
população mundial, tiveram bom desempenho: o rendimento per capita da China cresceu a uma taxa impressionante de 8% ao ano, e o da Índia a uma taxa média
de 3,2%. Os países da OCDE tiveram um crescimento
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
DESTAQUE 1.1
O PROGRESSO NOS ÚLTIMOS 30 ANOS TEM SIDO IMPRESSIONANTE…
Reconhecimento mais activo
dos direitos humanos
A estrutura mundial do desenvolvimento humano transformou-se
Países que ratificaram os 6 mais importantes
convénios e convenções de direitos humanos
Desenvolvimento
humano
1975 Desenvolvimento humano predominantemente baixo e médio
191 (universal ratification)
Elevado
CDC
650 milhões
1,6 mil milhões
Médio
Baixo
CEDAW
ICERD
ICCPR
CIDESC
CAT
150
1,1 mil milhões
100
1999 Desenvolvimento humano predominantemente médio e elevado
Elevado
50
900 milhões
3,5 mil
milhões
Médio
500 milhões
Baixo
0
1990
Número de pessoas
Nota: Os dados referem-se apenas aos países que têm dados disponíveis para 1975 e 1999.
Fonte: Baseado nos quadros de indicadores 2 e 5.
As pessoas vivem mais, com mais saúde…
Esperança
Taxa de Mortalidade Pessoas
de vida mortalidade de menores subalià nascença
Infantil
de 5 anos mentadas
1970–75 to
1995–2000
(anos)
80
1970–99
(por 1.000
nados-vivos)
0
1970–99
(por 1.000
nados-vivos)
0
1975–99
(milhões)
Nota: Para os nomes completos das convenções,
ver as abreviaturas..
Fonte: UN 2001b.
…estão mais alfabetizadas e mais instruídas…
Taxa de
alfabetização
de adultos
1970–2000 (est.)
(percentagem)
2001
(30 de Março)
Crianças
fora da escola
1970–97 (percentagem)
Primária
Secundária
100
100
100
90
90
80
…e têm rendimentos mais elevados
Países em desenvolvimento
Taxa de
escolarização bruta
1970–2000 (est.)
(milhões)
Rendimento
Privação de
rendimento
1975–98
(PIB per capita,
dólares PPC 1985)
1990–98
(percentagem)
300
4,000
15
325
3,000
20
700
50
70
50
800
100
80
80
70
70
60
60
60
900
150
60
50
150
1,000
1970
50
Progresso em direcção à igualdade entre os sexos…
Taxa de escolarização feminina
(em percentagem da taxa masculina)
Primária Secundária
35
100
100
90
90
90
80
80
Nota: Os dados sobre a pobreza referem-se à parcela da população
que vive com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993).
Fonte: Cálculos da Gabinete do Relatório de Desenvolvimento
Humano baseados em World Bank 2001g, 2001h..
… à sustentabilidade ambiental…
Emissões de dióxido
de carbono
0
… e à democracia
Eficiência da energia
(PIB em dólares PPC por kg
de equivalente petróleo)
5.0
1997
4.0
1.0
80
0
Fonte: UNESCO 2000b.
(toneladas de carvão per capita)
Superior
100
1,000
400
0
Fonte: Quadro de indicadores 8 e FAO 2000b.
Melhoria
30
375
20
50
250
25
2,000
40
100
200
Melhoria
350
Melhoria
Melhoria
3.0
Países com
eleições multipartidárias
(percentagem)
100
1998
80
Melhoria
60
1998
1.1
70
70
70
60
60
60
50
50
50
Fonte: Baseado em UNESCO 2001a.
1998
1970
1.2
2.0
1980
Melhoria
40
Improvement
1980
1.3
Fonte: UNDP, UNDESA e WEC 2000;
quadro de indicadores 18.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
1974
1.0
0
20
0
Fonte: IMF, OECD, UN
e World Bank 2000.
11
DESTAQUE 1.2
…MAS A MARCHA DO PROGRESSO E OS NÍVEIS DE REALIZAÇÃO VARIAM AMPLAMENTE ENTRE REGIÕES E GRUPOS
Variações regionais na sobrevivência humana, educação e rendimento
Taxa de mortalidade infantil
Esperança de vida à nascença
Taxa de alfabetização de adultos
Rendimento
(por 1.000 nados-vivos)
(anos)
(percentagem)
(PIB per capita, dól. PPC)
1970
1970–75
1999
0
1985
1995–2000
80
OCDE
Europa do Leste & CEI
América Latina & Caraíbas
Ásia Oriental e Pacífico
Países Árabes
25
50
90
América Latina & Caraíbas
Ásia Oriental e Pacífico
Europa do Leste & CEI
Países Árabes
70
22,000
OCDE
América Latina & Caraíbas
Ásia Oriental e Pacífico
7,500
80
América Latina & Caraíbas
Europa do Leste & CEI
Ásia do Sul
60
70
5,000
Países menos desenvolvidos
África Subsariana
100
1999
Europa do Leste & CEI
OCDE
Ásia do Sul
75
1999
100
60
Países menos desenvolvidos
África Subsariana
50
125
Países Árabes
Países Árabes
África Subsariana
Ásia Oriental e Pacífico
Ásia do Sul
Países menos desenvolvidos 2,500
50
150
40
40
Fonte: Quadro de Indicadores 8.
Fonte: Quadro de Indicadores 8.
Fonte: Quadro de Indicadores 10.
Ásia do Sul
África Subsariana
Países
menos desenvolvidos
0
Fonte: Quadro de indicadores 11.
Variações regionais no rendimento e pobreza humana
Privação de rendimento
(percentagem)
Crianças com peso deficiente menores de cinco
Fontes de água melhoradas
(percentagem)
(percentagem de pessoas sem acesso)
1998
1995–2000
0
0
Europa & Ásia Central
Médio Oriente & África do Norte
10
10
Ásia Oriental & Pacífico
América Latina & Caraíbas
2000
0
América Latina & Caraíbas
10
Arab States
Ásia Oriental & Pacífico
20
Médio Oriente & África do Norte
Ásia do Sul
América Latina & Caraíbas
20
20
Ásia Oriental & Pacífico
30
40
30
Ásia do Sul
30
África Subsariana
40
40
África Subsariana
África Subsariana
Ásia do Sul
50
Fonte: Quadro de indicadores 7.
Disparidade urbano-rural nas realizações e nas privações
Percentagem
100
80
80
60
40
70
50
Urbano
Taxa de
alfabetização
de adultos
El Salvador, 1995
Rural
Sem acesso a
saneamento adequado
Brasil, 1995
Que vivem abaixo da linha
de pobreza
Burkina Faso, 1998
Por todo o mundo, as realizações das mulheres
atrasam-se e as privações são maiores
Por 1.000 nados-vivos
50
80
70
20
Escolarização
secundária
10
bruta
1997
0
50
0
Rural
Feminino
Taxa de
mortalidade
infantil
(1-4 anos)
1988-98
Taxa de
40
alfabetização
de adultos,
30
2000
90
60
20
Urbano
Nota: Os dados referem-se às classificações regionais
do Banco Mundial.
Fonte: World Bank 2001h.
Percentagem
100
Percentagem de pessoas
100
90
60
50
50
Nota: Os dados referem-se às classificações regionais
do Banco Mundial e mostram a parcela da população que
vive com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993).
Fonte: World Bank 2001c.
Masculino
Feminino
Masculino
Fonte: IFAD 2001.
Fonte: UNESCO 2000b.
Fonte: World Bank 2001h.
12
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
médio de 2% ao ano, aumentando os já elevados rendimentos para uma média superior a 22.000 dólares (PPC).
Mas, nos Países Árabes e na América Latina e
Caraíbas, o crescimento foi mais lento, de menos de 1%
em média. Muito mais devastador foi o desempenho da
África Subsariana, onde os já baixos rendimentos caíram;
em 1975-99, o crescimento do PIB per capita na região
foi de – 1% em média. Madagáscar e Mali têm, actualmente, rendimentos per capita de 799 e 753 dólares
(dólares PPC de 1999) – abaixo dos 1.258 e 898 dólares
(dólares PPC de 1999) de há 20 anos atrás. Em 16 outros países subsarianos, os rendimentos per capita também foram mais baixos em 1999 do que em 1975. Na
Europa Oriental e Comunidade de Estados Independentes (CEI), os rendimentos caíram acentuadamente.
Desde 1990, os rendimentos per capita diminuíram em
16 países-em 4 dos quais, caíram mais de metade.
NOVOS
DESAFIOS E RETROCESSOS
O trajecto do desenvolvimento humano nunca é constante. O mundo em mudança traz sempre novos desafios,
e a última década assistiu a retrocessos e reversões preocupantes.
• No final de 2000, cerca de 36 milhões de pessoas
viviam com HIV/SIDA-95% das quais nos países em desenvolvimento e 70% na África Subsariana. Só em 1999,
foram mais de 5 milhões de novos infectados.10 Na África
Subsariana, entre 1985-90 e 1995-2000, mais de 20 países
experimentaram quebras na esperança de vida, devido,
principalmente, ao HIV/SIDA. Em seis países – Botswana,
Burúndi, Namíbia, Ruanda, Zâmbia e Zimbabwe – a esperança de vida reduziu-se de mais de sete anos.11 A propagação do HIV/SIDA tem múltiplas consequências para
o desenvolvimento. Rouba aos países pessoas na sua plenitude e deixa crianças ao desamparo. No final de 1999,
13 milhões de crianças eram órfãos da SIDA.12
• Na Europa Oriental e CEI, o impacte destruidor da
transição arrancou um elevado tributo em vidas humanas, com efeitos adversos sobre o rendimento, escolarização e esperança de vida, especialmente nos homens.
• A segurança pessoal continua a ser ameaçada pela
criminalidade e pelos conflitos. A globalização criou
muitas oportunidades para a criminalidade transfronteiriça e para o aumento de sindicatos multinacionais do
crime e de redes. Em 1995, o comércio ilegal de drogas
estava estimado em 400 mil milhões de dólares,13 e cerca
de 1,8 milhões de mulheres e crianças foram vítimas de
tráfico ilegal.14 E, devido a conflitos, o mundo tem actualmente 12 milhões de refugiados e 5 milhões de pessoas deslocadas internamente.15
• A democracia é frágil e, frequentemente, sofre reversões. Governos eleitos foram derrubados em países
como a Costa do Marfim e o Paquistão.
FIGURA 1.2
O
.800
QUE REVELAM OS Í NDICES DE
Caminhos diferentes
do progresso humano
Índice de desenvolvimento humano
DESENVOLVIMENTO E DE POBREZA HUMANAS
O Relatório deste ano apresenta estimativas do
índice de desenvolvimento humano (IDH) para 162
países, assim como as tendências do IDH para 97
países com dados para 1975-99 (caixa 1.1; ver quadros
de indicadores 1 e 2). Os resultados mostram uma mudança substancial da população mundial, de níveis
baixos para níveis médios de desenvolvimento humano e de níveis médios para níveis elevados (ver
destaque 1.1).
Como medida resumo do desenvolvimento humano, o IDH realça o sucesso de alguns países e o progresso mais lento de outros. Por exemplo, a Venezuela
começou com um IDH mais alto do que o Brasil, em
1975, mas o Brasil fez um progresso muito mais rápido
(figura 1.2). Coreia do Sul e Jamaica tinham posições
idênticas no IDH, em 1975, mas actualmente a Coreia
está na posição 27 e a Jamaica na 78.
As posições no IDH e no PIB per capita podem
ser bastante diferentes, mostrando que os países não
têm de esperar pela prosperidade económica para
fazer progressos no desenvolvimento humano (ver o
quadro de indicadores 1). Costa Rica e Coreia do Sul
tiveram, ambas, ganhos impressionantes no desenvolvimento humano, reflectidos em IDH superiores a
0,800, mas a Costa Rica obteve este resultado humano com apenas metade do rendimento da Coreia.
O Paquistão e o Vietname têm rendimentos semelhantes, mas o Vietname fez muito mais na transformação desse rendimento em desenvolvimento humano
(figura 1.3). Portanto, com as políticas certas, os países
podem progredir mais depressa no desenvolvimento
humano do que no crescimento económico. E se conseguirem assegurar que o crescimento favorece os pobres, podem fazer muito mais com o crescimento para
promover o desenvolvimento humano.
O IDH mede apenas a realização nacional média,
não mede se ela é bem, ou mal, distribuída num país.
A desagregação do IDH de um país por região e grupo
populacional, pode realçar grandes disparidades e,
em muitos países, os resultados animaram o debate nacional e ajudaram os decisores políticos a avaliar as
diferenças no desenvolvimento humano, entre áreas
rurais e urbanas, entre regiões e entre grupos étnicos
e de rendimento. Na África do Sul, em 1996, o IDH
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Venezuela
Brasil
.700
.600
1975
1999
Fonte: Quadro de indicadores 2.
FIGURA 1.3
Nenhuma ligação automática
entre rendimento
e desenvolvimento humano
Rendimento igual, IDH diferente, 1999
Rendimento
Índice de
PIB per capita desenvolvimento
humano
(dólares PPC)
.800
8,000
7,000
.700
6,000
5,000
Vietname
.600
4,000
3,000
.500
Paquistão
2,000
.400
1,000
0
Fonte: Quadro de indicadores 1.
13
CAIXA1.1
Medidas do desenvolvimento humano
Os Relatórios de Desenvolvimento Humano,
desde o primeiro, em 1990, têm publicado o índice
de desenvolvimento humano (IDH) como uma medida compósita de desenvolvimento humano. Desde
então, foram desenvolvidos três índices complementares: o índice de pobreza humana (IPH), o
índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG)
e a medida de participação segundo o género
(MPG). O conceito de desenvolvimento humano,
contudo, é muito mais amplo do que o IDH e os
índices complementares. É impossível apresentar
uma medida compreensiva – ou mesmo um conjunto
compreensivo de indicadores – porque muitas dimensões vitais do desenvolvimento humano, tais
como a participação na vida da comunidade, não são
facilmente quantificáveis. Embora as medidas compósitas simples possam chamar a atenção para as
questões, com bastante eficácia, estes índices não
substituem o tratamento completo de uma perspectiva plena de significado como é a do desenvolvimento humano.
Índice de desenvolvimento humano
O IDH mede os progressos globais de um país, em
três dimensões básicas do desenvolvimento humano – longevidade, conhecimento e nível de vida
digno. É medido pela esperança de vida, nível educacional (alfabetização de adultos e escolarização
combinada do primário, secundário e superior) e
rendimento per capita ajustado, em paridades de
poder de compra (PPC). O IDH é um resumo e não
uma medida compreensiva de desenvolvimento
humano.
Como resultado de refinamentos na metodologia do IDH, ao longo do tempo, e de modificações
nas séries de dados, os valores do IDH não devem
ser comparados entre as diferentes edições do Re-
latório do Desenvolvimento Humano (ver
quadro de indicadores nº 2, para uma tendência do
IDH desde 1975, baseada em metodologia e dados
consistentes). A procura de novos aperfeiçoamentos metodológicos e nos dados para o IDH continua.
dade à nascença de não ultrapassar os 60 anos, a taxa
de analfabetismo funcional dos adultos, a percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de
privação de rendimento (com rendimento
disponível das famílias inferior a 50% do valor
médio) e a taxa de desemprego de longa duração
(12 meses ou mais).
Índice de pobreza humana
Enquanto que o IDH mede o progresso global de
um país na realização do desenvolvimento humano,
o índice de pobreza humana (IPH) reflecte a distribuição do progresso e mede a acumulação de privações ainda existente. O IPH mede a privação nas
mesmas dimensões do desenvolvimento humano
básico que o IDH.
IPH -1
O IPH-1 mede a pobreza nos países em desenvolvimento. Aborda as privações em três dimensões:
longevidade, medida pela probabilidade à nascença
de não ultrapassar os 40 anos; conhecimento, medido pela taxa de analfabetismo de adultos; e aprovisionamento económico global, público e privado,
medido pela percentagem de pessoas que não utilizam fontes de água melhoradas e pela percentagem
de crianças menores de cinco anos com peso deficiente.
IPH -2
Dado que a privação humana varia com as
condições sociais e económicas da comunidade,
foi concebido um índice separado, o IPH-2, para
medir a pobreza humana em países seleccionados
da OCDE, baseado na maior disponibilidade de
dados. O IPH-2 aborda a privação nas mesmas
três dimensões que o IPH-1, e numa adicional, a
exclusão social. Os indicadores são a probabili-
Índice de desenvolvimento ajustado
ao género
O índice de desenvolvimento ajustado ao género
(IDG) mede os progressos nas mesmas dimensões,
e utilizando os mesmo indicadores, que o IDH, mas
capta as desigualdades na realização entre mulheres e homens. É, simplesmente, o IDH ajustado para
baixo pela desigualdade entre os sexos. Quanto
maior a disparidade entre os sexos quanto ao desenvolvimento humano básico, menor o IDG de um
país, comparado com o seu IDH.
Medida de participação segundo o género
(MPG)
A medida de participação segundo o género (MPG)
mostra se a mulher pode tomar parte activa na
vida económica e política. Ela aborda a participação, medindo a desigualdade entre os sexos nas
áreas fundamentais da participação económica e
política e da tomada de decisão. Rastreia a percentagem de mulheres no parlamento, entre os
legisladores, funcionários superiores e gestores e
entre trabalhadores especializados e técnicos – e a
disparidade ente os sexos quanto ao rendimento
auferido, reflectindo a independência económica.
Diferindo do IDG, expõe a desigualdade de oportunidades em áreas seleccionadas.
IDH, IPH-1, IPH-2, IDG - Mesmas componentes, medidas diferentes
Índice
Longevidade
Conhecimento
Nível de vida digno
Participação ou exclusão
IDH
Esperança de vida
à nascença
1. Taxa de alfabetização de adultos
2. Taxa de escolarização combinada
PIB per capita (dólares PPC)
—
IPH-1
Probabilidade à nascença Taxa de analfabetismo de adultos
de não ultrapassar
os 40 anos
Privação no aprovisionamento económico medido por:
1. Percentagem de pessoas que não usa fontes
de água melhoradas
2. Percentagem de crianças menores de cinco anos
com peso deficiente
—
IPH-2
Probabilidade à nascença Percentagem de adultos que são
de não ultrapassar
funcionalmente analfabetos
os 60 anos
Percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de
privação de rendimento (50% do rendimento disponível
médio das famílias)
Taxa de desemprego
de longa duração
(12 meses ou mais)
IDG
Esperança de vida
à nascença
feminina e masculina
1. Taxas de alfabetização feminina e masculina Rendimentos auferidos estimados
2. Taxas de escolarização combinadas
feminino e masculino, reflectindo o poder
do primário, secundário e superior
das mulheres e homens sobre os recursos
feminina e masculina
—
Fonte: Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano.
14
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
para a Província do Norte era de apenas 0,531, comparativamente aos 0,712 de Gauteng.16 No Camboja,
em 1999, o IDH dos 20% mais pobres era de 0,445,
bem abaixo da média nacional de 0,517 e, mais importante, quase um terço menos do que o IDH de
0,623 dos 20% mais ricos.17 Na Guatemala, em 1998,
o IDH rural, de 0,536, estava bem abaixo do IDH urbano, de 0,672.18 Nos Estados Unidos, em 1999, o IDH
dos americanos brancos era de 0,870, á frente dos
0,805 dos afro-americanos e bem mais à frente dos
0,756 das pessoas de origem hispânica.19 No Nepal,
em 1996, o IDH dos intocáveis era de 0,239, quase
metade dos 0,439 dos Brâmanes.20
Outra forma de olhar para a distribuição das realizações nacionais do desenvolvimento humano, é a de
estimar o índice de pobreza humana (IPH), uma medida multidimensional de pobreza introduzida em
1997. Tanzânia e Uganda, por exemplo, têm posições
muito semelhantes no IDH (140 e 141), mas o Uganda
tem maior pobreza humana (figura 1.4; ver quadro de
indicadores 3). Da mesma forma, os 17 países da
OCDE para os quais o IDH foi estimado, têm IDH
muito idênticos, contudo os seus IPH variam desde
6,8% na Suécia, até 15,8% nos Estados Unidos (ver
quadro de indicadores 4).
A desagregação regional do IPH de um país pode
identificar concentrações de empobrecimento. No Irão,
em 1996, o IPH desagregado mostrou que a pobreza
humana em Teerão era apenas um quarto da de Sistan
e de Baluchestan.21 O IPH urbano das Honduras, em
1999, foi menos de metade do índice das áreas rurais.22
Na Namíbia, em 1998, o IPH das pessoas de língua inglesa foi menos de um nono do que o das pessoas de
língua San.23 Existem diferenças semelhantes no mundo
desenvolvido. Nos Estados Unidos, em 1999, o IPH do
Wisconsin foi menos de metade do índice do Arkansas.24
DESIGUALDADES
ENTRE SEXOS NAS
CAPACIDADES E OPORTUNIDADES
FIGURA 1.4
Porque avalia apenas a realização média, o IDH mascara as diferenças entre os sexos no desenvolvimento humano. Para revelar estas diferenças, o índice de
desenvolvimento ajustado ao género (IDG), introduzido
em 1995, ajusta o IDH às desigualdades nas realizações
de homens e mulheres. Este ano, o IDG foi estimado para
146 países (ver quadro de indicadores 21).
Com igualdade entre os sexos no desenvolvimento
humano, o IDG e o IDH seriam iguais. Mas, para todos
os países, o IDG é mais baixo do que o IDH, indicando a presença de desigualdade entre os sexos em todo
o lado. Contudo, a extensão da desigualdade varia significativamente. Por exemplo, enquanto em muitos países
as taxas de escolarização feminina e masculina são idênticas, em 43 países – incluindo a Índia, Moçambique e
Iémen – as taxas masculinas são, no mínimo, 15 pontos
percentuais mais altas do que as taxas femininas. E,
embora tenha havido um bom avanço na eliminação das
disparidades entre os sexos na escolarização primária e
secundária, com o rácio entre raparigas e rapazes a atingir 89% no ensino primário e 82% no ensino secundário,
nos países em desenvolvimento, em 1997,25 a escolarização secundária líquida das raparigas diminuiu em 27
países, entre meados dos anos 80 e 1997 (quadro 1.3).
A medida de participação segundo o género
(MPG), introduzida também em 1995, ajuda a avaliar
a desigualdade entre aos sexos nas oportunidades
económicas e políticas. Este ano, ela foi estimada para
64 países (ver quadro de indicadores 22). Algumas
observações:
• Os valores da MPG variam de menos de 0,300 até
mais de 0,800, mostrando a grande variação em todo o
mundo na capacitação das mulheres.
Nenhuma ligação automática
entre desenvolvimento humano
e pobreza humana
IDH igual, IPH diferente, 1999
Índice de desenvolvimento
humano
1.00
Índice de pobreza humana
(percentagem)
40
Uganda
(IPH-1)
30
Tanzânia
(IPH-1)
.900
.800
.700
20
Estados
Unidos
(IPH-2)
.600
.500
10
Noruega
(IPH-2)
.400
0
Fonte: Quadro de indicadores 1, 3 e 4.
QUADRO 1.3
Países onde as taxas de escolarização secundária líquida das raparigas diminuiu, 1985-97
Países Árabes
Ásia e Pacífico
Barém
Catar
Iraque
Kuwait
Síria
Mongólia
Europa do Leste
e CEI
América Latina
e Caraíbas
Bulgária
Croácia
Estónia
Federação Russa
Geórgia
Letónia
Quirguistão
Roménia
Bolívia
Equador
Haiti
Honduras
África Subsariana
Angola
Camarões
Congo
Costa do Marfim
Guiné
Guiné Equatorial
Lesoto
Moçambique
Rep. Centro-Africana
Nota: Refere-se ao declínio de 5% ou mais.
Fonte: UNIFEM 2000
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
15
• Apenas 3 dos 64 países – Islândia, Noruega e Suécia – têm uma MPG de mais de 0,800. Cerca de 25 países
têm uma MPG de menos de 0,500. Portanto, muitos
países têm de avançar muito mais no alargamento de
oportunidades económicas e políticas às mulheres.
• Alguns países em desenvolvimento ultrapassam o desempenho de países industrializados muito mais ricos.
Baamas e Trindade e Tobago estão à frente da Itália e
Japão. Barbados têm uma MPG 30% superior ao da
Grécia. A mensagem: rendimentos elevados não são um
pré-requisito para criar oportunidades para as mulheres.
• As desagregações da MPG nos relatórios nacionais
de desenvolvimento humano mostram que as diferenças
dentro de um país também podem ser grandes. Por
exemplo, a MPG para o distrito de Puttalam no Sri
Lanka, em 1994, era menos de 8% da de Nuwara Eliya.26
O crescimento do
rendimento tem variado
consideravelmente entre
países, nas últimas
décadas, mais até do que
as tendências em muitos
indicadores de
desenvolvimento humano
Há muita coisa a melhorar nas oportunidades
económicas e políticas das mulheres. A parcela das mulheres em emprego remunerado, na indústria e serviços,
aumentou na maior parte dos países. No entanto, em
1997, as mulheres que trabalhavam nestes sectores ganhavam, geralmente, 78% da remuneração homens. Apenas
em oito países as mulheres detêm 30%, ou mais, dos lugares parlamentares. E apenas em quatro – Dinamarca,
Finlândia, Noruega e Suécia – houve progressos simultâneos nas taxas de escolarização secundária feminina
(até 95% ou mais), na parcela das mulheres em emprego
remunerado na indústria e serviços (até cerca de 50%)
e na sua parcela de lugares parlamentares (até pelo menos
30%).27
FIGURA 1.5
Rendimentos comparados - regiões em desenvolvimento
e países OCDE de rendimento elevado
PIB per capita regional médio (dólares PPC de 1985) em proporção do dos países OCDE de rendimento elevado
OCDE
América Latina
& Caraíbas
OCDE /5
Ásia Oriental
e Pacífico
OCDE /10
Ásia do Sul
OCDE /15
África
Subsariana
Países
menos
desenvolvidos
OCDE /20
1960
1965
1970
1975
1980
1985
1990
1995 98
Nota: OCDE de rendimento elevado exclui os membros da OCDE classificados como países em desenvolvimento e os da Europa
do Leste e CEI. Ver a classificação dos países.
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g.
16
RENDIMENTOS DESIGUAIS
O rendimento é um meio muito importante de alargar
as escolhas das pessoas e é usado no IDH como uma
aproximação ao nível de vida digno. O crescimento do
rendimento tem variado consideravelmente entre países,
nas últimas décadas, mais até do que as tendências em
muitos indicadores de desenvolvimento humano. A distribuição do rendimento mundial e a forma como está
a mudar, são, assim, uma questão vital que merece consideração especial.
Os níveis de rendimento entre os países têm divergido e convergido – com algumas regiões a fecharem
o intervalo de rendimento e outros a alargarem-no
(figura 1.5). Em 1960, houve um agrupamento por
regiões, com a Ásia Oriental e Pacífico, a Ásia do Sul,
a África Subsariana e os países menos desenvolvidos, a
revelarem um rendimento médio per capita entre 1/9 e
1/10 do observado nos países de rendimento elevado da
OCDE. A América Latina e Caraíbas andaram melhor,
mas ficaram ainda apenas entre 1/3 e 1/2 do rendimento
per capita desses países da OCDE.
O crescimento impressionante da Ásia Oriental e
Pacífico está reflectido na melhoria do rácio entre o
seu rendimento e o dos países de rendimento elevado
da OCDE, de cerca de 1/10 para quase 1/5, em 1960-98.
O rendimento relativo na América Latina e Caraíbas permaneceu mais ou menos igual. O rendimento da Ásia
do Sul – depois de ter piorado nos anos 60 e 70, melhorando depois significativamente, nos anos 80 e 90 –
mantém-se em cerca de 1/10 do rendimento dos países
da OCDE. Na África Subsariana, a situação piorou dramaticamente: o rendimento per capita, de quase 1/9 do
observado nos países de rendimento elevado da OCDE,
em 1960, caiu para cerca de 1/18, em 1998.
Apesar de redução nas diferenças relativas entre
muitos países, os intervalos absolutos no rendimento per
capita aumentaram (figura 1.6). Mesmo para a Ásia
Oriental e Pacífico, a região de crescimento mais rápido,
a diferença absoluta do rendimento para o existente
nos países de rendimento elevado da OCDE, alargou-se
de cerca de 6.000 dólares, em 1960, para mais de 13.000
dólares, em 1998 (dólares PPC de 1985).
DESIGUALDADE
DENTRO DE CADA PA Í S
–
O QUE SE ESCONDE POR DETR Á S
DOS RENDIMENTOS MÉDIOS ?
Igualmente importante é a desigualdade de rendimentos
dentro dos países, a qual pode afectar a prosperidade a
longo prazo (caixa 1.2). Embora existam dados razoáveis
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
sobre a desigualdade dentro de cada país, para posições
no tempo, os dados não assentam em levantamentos uniformes através dos países e, portanto, as comparações
têm de ser tratadas com cuidado (ver quadro de indicadores 12).28 Mas, ainda que muito grosseiras, essas comparações revelam bastante sobre a desigualdade dentro de
cada país. A variação é ampla, com os coeficientes de
Gini variando de menos de 20 na Eslováquia, até 60 na
Nicarágua e Suazilândia (figura 1.7).
A situação tem vindo a melhorar, ou a deteriorar-se?
Não é claro. Um estudo de 77 países, com 82% da população mundial, mostra que, entre os anos 50 e 90, a desigualdade cresceu em 45 países e caiu em 16.29 Muitos
dos países com desigualdade crescente são os da Europa
Oriental e CEI, que sofreram de crescimento baixo, ou
negativo, nos anos 90. Nos restantes 16 países, ou não houve
uma tendência clara, ou o rendimento diminuiu inicialmente, para depois se uniformizar.
Os países da América Latina e Caraíbas têm das
mais elevadas desigualdades de rendimento do mundo.
Em 13 dos 20 países que possuem dados para os anos
90, os 10% mais pobres mais pobres possuem menos
de 1/20 do rendimento dos 10% mais ricos. Esta grande
desigualdade de rendimento coloca milhões na pobreza extrema e limita fortemente o efeito que um
crescimento distribuído igualmente tem sobre a pobreza. Assim, a América Latina e Caraíbas apenas
podem atingir a meta de desenvolvimento da Declaração do Milénio de reduzir a pobreza para metade até
2015, se a região gerar maior crescimento e se esse
crescimento beneficiar mais do que proporcionalmente
as populações pobres.30
FIGURA 1.6
Alargamento do hiato
do rendimento entre
regiões
PIB per capita (dól. PPC de 1985)
1960
15.000
1998
OCDE
de rendimento
elevado
CAIXA1.2
Porque razão a desigualdade é importante
Se a desigualdade tem importância, e porquê, é uma
velha questão – recuando para o tempo de Karl Marx e
mesmo antes. Para os economistas do desenvolvimento,
preocupados principalmente com os países pobres do
mundo, as questões centrais têm sido o crescimento e a
redução da pobreza, não a desigualdade. E para os economistas da corrente principal, durante a maior parte do
período do pós-guerra do século XX, a desigualdade
foi, na pior das hipóteses, um mal necessário – que ajudou a melhorar o crescimento com a concentração do
rendimento nos ricos, que poupam e investem mais, e que
criou incentivos para os indivíduos trabalharem com
empenho, inovarem e assumirem riscos produtivos.
Mas a desigualdade de rendimento é importante. Ela
é importante, em si mesma, se as pessoas – e os países –
se preocuparem com o estatuto do seu rendimento relativo. Ela pode importar, igualmente, por razões instrumentais – ou seja, porque afecta outros resultados.
• A desigualdade pode exacerbar os efeitos do mercado e dos fracassos políticos sobre o crescimento e, consequentemente, sobre o progresso contra a pobreza.
Isto torna a desigualdade um problema especial dos
países pobres, onde os mercados imperfeitos e os fracassos institucionais são comuns. Por exemplo, onde os
mercados de capitais são fracos, os pobres, a quem faltam bens colaterais, estão impossibilitados de pedir empréstimos. O seu potencial para iniciar pequenos
negócios é limitado – reduzindo o crescimento global e
limitando as oportunidades dos pobres. Embora o crescimento não seja sempre suficiente para fazer avançar o
desenvolvimento humano e reduzir a privação de rendimento, a experiência da China, da Coreia do Sul e de
outros países da Ásia Oriental, sugere que o seu contributo é grande. Finalmente, existe a realidade aritmética. Mesmo que haja crescimento e os pobres
consigam ganhos proporcionais, a mesma taxa de crescimento gera menos redução da pobreza quando a desigualdade é elevada inicialmente.
• A concentração do rendimento no topo pode minar
as opções de políticas públicas – tais como o apoio a
uma educação pública universal de alta qualidade – que
podem fazer progredir o desenvolvimento humano. As
políticas populistas que geram inflação prejudicam
os pobres, a longo prazo. Os preços artificialmente
baixos da água e saneamento significam que os serviços
públicos arruinados nunca se estendem às comunidades pobres. Se os ricos apoiarem os subsídios à indústria ou empréstimos baratos aos grandes
proprietários de terras, isso poderá, também, reduzir
directamente o crescimento. Desenvolver e executar
boas políticas sociais é particularmente difícil onde as
desigualdades assumem a forma de concentração no
topo, combinada com pobreza substancial na base-e,
portanto, com falta de uma classe média que exija um
governo responsável.
• A desigualdade pode corroer o capital social, incluindo o sentimento de confiança e de responsabilidade dos cidadãos, que é fundamental para a formação
e sustentabilidade de organizações públicas sãs. Ela pode
minar a participação em esferas tão comuns da vida da
comunidade como, os parques, ligas desportivas locais
e associações de pais – professores de escolas públicas.
A criminalidade de rua mina a vida comunitária e as
diferenças na desigualdade de rendimento entre países
estão estreitamente associadas com as diferenças nas
taxas de criminalidade e violência.
• A desigualdade pode, ao longo do tempo, aumentar
a tolerância de uma sociedade para com a desigualdade.
Se as pressões mundiais conduzirem a aumentos nas
diferenças de salários (por exemplo, quando sobem os
salários das pessoas mais qualificadas e com maior mobilidade internacional), a norma social sobre qual é o hiato
salarial aceitável pode, eventualmente, mudar. Se a desigualdade tem importância, por qualquer uma das razões
acima mencionadas, também tem importância a possibilidade de ela poder piora.
10.000
5.000
América Latina
e Caraíbas
Ásia Oriental
e Pacífico
0
Ásia do Sul
África
Subsariana
Países
menos
desenvolvidos
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de
Desenvolvimento Humano
baseados em World Bank 2001g.
Fonte: Birdsall (a publicar).
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
17
No início dos anos 90,
os 10% mais pobres
da população
mundial tinham apenas
1,6% do rendimento
dos 10% mais ricos
Todos os cinco países sul-asiáticos, para os quais há
dados, têm coeficientes de Gini bastante baixos, na ordem
de 30. Embora os Países Árabes apresentem maior variação, também têm desigualdade de rendimento bastante
baixa. Os países da Ásia Oriental e Pacífico não apresentam um padrão claro – variando da Coreia e Vietname,
quase iguais, para a Malásia e Filipinas, bastante menos
iguais.
A China e Índia – dois países com rendimentos per
capita baixos, mas de crescimento rápido, e com grandes
populações – merecem consideração especial. Na China,
a desigualdade seguiu um padrão em forma de U, caindo
até meados dos anos 80 e crescendo desde então. A história
é melhor na Índia, com a desigualdade em queda até há
pouco e estacionária, depois.31
Muitos países na África Subsariana têm níveis elevados de desigualdade de rendimento. Em 16 dos 22 países
subsarianos com dados para os anos 90, os 10% mais pobres da população tem menos de 1/10 do rendimento dos
10% mais ricos, e em 9 países, menos de 1/20. Apesar da
necessidade premente de entender o que está a acontecer
com a desigualdade de rendimento ao longo do tempo,
nesta região pobre, os dados da tendência na distribuição
do rendimento continuam demasiado limitados para permitirem conclusões.
A maior parte dos países na Europa Oriental e
CEI tem desigualdade relativamente baixa – embora
existam excepções notórias, como as da Arménia e
Federação Russa.32 Antes da transição para economias
de mercado, os países da Europa Oriental e CEI estavam
agrupados muito proximamente, com os coeficientes de
Gini entre o baixo e o meio, na casa dos 20. As alterações na desigualdade durante a transição foram pequenas em países da Europa Oriental, como a Hungria
e Eslovénia, mas bastante mais notórias nos países da
antiga União Soviética. A Rússia viu o seu coeficiente
de Gini dar um salto espectacular de cerca de 24 pontos e a Lituânia de cerca de 14.33
Entre os países da OCDE também existe diversidade na desigualdade de rendimento, desde os baixos
níveis da Áustria e Dinamarca, até aos relativamente elevados do Reino Unido e Estados Unidos. Contudo, em termos gerais, a desigualdade de rendimento entre estes
países é relativamente baixa.34 O que se passa com as
tendências ao longo do tempo? Os resultados de vários
estudos de países, e entre países, sugerem que a desigualdade de rendimento aumentou em muitos países da
OCDE, entre meados e finais de 80 e meados e finais de
90 (quadro 1.4). Embora os dados dos períodos anteriores
sejam mais limitados, estes países parecem ter experimentado uma alteração em forma de U na desigualdade,
com as diminuições dos anos 70 a transformarem-se em
aumentos, nos anos 80 e 90. O nível constante do Canadá
e a ligeira melhoria da Dinamarca são excepções à tendência aparente.
DESIGUALDADE
MUNDIAL
Uma outra medida de desigualdade observa tanto as
comparações entre países, como dentro de cada país –
alinhando toda a população mundial, desde os mais ricos
até aos mais pobres (quanto ao poder de compra real),
FIGURA 1.7
Desigualdade de rendimento dentro dos países
Coeficiente de Gini, 1990-98 a
60
50
Nicarágua
Brasil
México
40
Suazilândia
Nigéria
Papua-Nova Guiné
Ethiopia
China
Federação
Russa
Tunísia
Estados Unidos
Jamaica
30
20
América
Latina
e
Caraíbas
Burúndi
África
Subsarianaa
Indonésia
Coreia
do Sul
Ásia Oriental
e Pacífico
Egipto
Eslováquia
Europa
do Leste
e CEI
10
0
Polónia
Países
Árabes
Alemanha
Dinamarca
Paquistão
Índia
Ásia
do Sul
OCDE
Igualdade perfeita (Gini = 0)
a. Os dados referem-se ao último ano disponível em 1990-98.
Fonte: Quadro de indicadores 12.
18
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
independentemente das fronteiras nacionais (caixa 1.3).
Um estudo recente de Milanovic compara a população
mais rica do mundo com a mais pobre, traçando um
quadro muito mais completo da desigualdade mundial
do que a simples comparação de médias de países.
Com base em inquéritos às famílias, para o período
1988-93, o estudo cobre 91 países (com cerca de 84%
da população mundial) e ajusta os níveis de rendimento utilizando as conversões das paridades de poder
de compra.35 A desvantagem é que o estudo se apoia
totalmente em inquéritos sobre orçamentos familiares
que não são necessariamente comparáveis e que são limitados no seu âmbito. No entanto, o estudo produziu alguns resultados poderosos:36
• A desigualdade mundial é muito elevada. Em 1993,
os 10% mais pobres da população mundial tinham apenas 1,6% do rendimento dos 10% mais ricos.
• O 1% mais rico da população mundial recebeu
tanto rendimento como os 57% mais pobres.
• Os 10% mais ricos da população dos Estados Unidos
(cerca de 25 milhões de pessoas) tinham um rendimento conjunto maior do que o rendimento dos 43%
mais pobres da população mundial (cerca de 2 mil milhões de pessoas).
• Cerca de 25% da população mundial recebia 75%
do rendimento mundial (em dólares PPC).37
• No Peru, tem havido um grande movimento de
descida e subida na escada do rendimento. As oportunidades estão a aumentar com as reformas do mercado,
mas as inseguranças também estão. Entre 1985 e 1991,
61% das famílias tiveram aumentos de rendimento de 30%
ou mais, e 14% tiveram quebras de 30% ou mais. Globalmente, a mobilidade descendente dominou entre 1985-91,
e a mobilidade ascendente dominou em 1991-97.
Em todos os países, o ambiente familiar influencia
significativamente a duração da escolaridade das crianças. As crianças com pais mais ricos e mais instruídos têm,
sempre, mais probabilidade de melhor desempenho.
Mas há grande variação entre países e períodos, dependendo das condições macroeconómicas e das políticas
públicas de educação. Uma ênfase posta na escolaridade básica, na despesa pública, melhora a mobilidade
intergeracional na América Latina.39 Nesta região, uma
E MOBILIDADE
Duas sociedades com a mesma desigualdade de rendimento
podem diferir muito quanto à mobilidade e oportunidade
de cada indivíduo – e quanto à mobilidade e oportunidade que as crianças têm relativamente aos seus pais. A incidência na mobilidade ajuda a identificar os factores que
bloqueiam as oportunidades dos pobres e contribuem
para a transmissão intergeracional de pobreza. Esta abordagem é bastante adequada para avaliar os efeitos das mudanças de política sobre a pobreza e a desigualdade.
O problema é que a mobilidade é difícil de medir
com precisão. No entanto, os poucos estudos que a
examinam são sugestivos.38
• Na África do Sul, 63% das famílias pobres, em
1993, continuavam a sê-lo em 1998, enquanto 60% das
famílias na categoria de rendimento mais elevada, em
1993, se mantinham nela, em 1998, demonstrando mobilidade de rendimento limitada.
• Na Rússia, a mobilidade descendente foi extrema
nos últimos anos da década de 90. Entre as famílias no
quintil de rendimento mais elevado, em 1995, perto de
60% deslizou para quintis mais baixos, até 1998 – e 7%
caiu para o último quintil.
da população mundial
recebeu tanto rendimento
como os 57% mais pobres
pessoa precisa de pelo menos 10 anos de escolaridade para
ter 90% ou mais de probabilidade de não cair na pobreza,
QUADRO 1.4
Tendências da distribuição do rendimento
nos países da OCDE
País
DESIGUALDADE
O 1% mais rico
Austrália
Áustria
Bélgica
Canadá
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Irlanda
Itália
Japão
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Suécia
Suíça
Reino Unido
Estados Unidos
Início a
meados de 70
para
início a
meados de 80
Meados ao
final de 80
para
meados ao
final de 90
0
0
0
–
..
–
–
–
–
––
0
0
0
0
–
..
++
++
+
++
+
0
–
+
..
+
+
++
++
++
+++
++
+
+
++
++
Nota: Os resultados são baseados na variação percentual dos coeficientes de Gini e reflectem as tendências gerais relatadas em estudos
nacionais e comparativos. Contudo, as tendências são sempre sensíveis
aos pontos iniciais e finais, bem como a outros factores. Os símbolos
seguintes indicam a mudança na desigualdade do rendimento:
+ + + Crescimento de mais de 15%
+ + Crescimento de 7-15%.
+
Crescimento de 1-7%.
0
Variação entre -1% e 1%.
–
Diminuição de 1-7%.
– – Diminuição de 7-15%.
– – – Diminuição de mais de 15%.
..
Não existem estimativas consistentes disponíveis.
Fonte: Smeeding 2001a (a aparecer).
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
19
ou de sair dela. E possuir apenas menos dois anos de escolaridade representa menos 20% de rendimento para
o resto da vida activa de uma pessoa.40
Com a globalização e o crescimento conduzido
pela tecnologia, como irão mudar os determinantes da
mobilidade?
O DESENVOLVIMENTO HUMANO – NO CENTRO
DA AGENDA ACTUAL
Os relatórios nacionais de
desenvolvimento humano
introduziram o conceito
de desenvolvimento
humano nos diálogos
de política nacional
Mais de 360 relatórios nacionais e sub-nacionais de
desenvolvimento humano foram produzidos por 120
países, a acrescentar a 9 relatórios regionais. Os relatórios introduziram o conceito de desenvolvimento humano nos diálogos de política nacional – não somente
através de indicadores de desenvolvimento humano e de
recomendações de política, mas também através de
processos de consulta conduzidos pelos países, recolha
de dados e elaboração de relatórios.
O relatório de desenvolvimento humano de 2000,
do Botswana, foca o modo como o HIV/SIDA está a reduzir o crescimento económico e a aumentar a pobreza,
e dá orientações de política para a acção política aos mais
altos níveis.41 O relatório estimulou a discussão pública
sobre a acessibilidade aos medicamentos antiretrovirais e se o Governo deve ser responsável pela sua provisão. O Ministro da Saúde do Botswana pediu, então,
ao Banco do Botswana para explorar a viabilidade financeira de tal abordagem. Foram convocadas reuniões
no PNUD com os principais accionistas, incluindo a
Agência Nacional de Coordenação da SIDA, os Ministérios da Saúde, Finanças e Desenvolvimento e as principais companhias de seguros. Aquelas consultas
conduziram a uma decisão do Presidente do Botswana,
em Março de 2001, de prover medicamentos antiretrovirais grátis aos 17% da população do país com HIV.
O relatório de 2000, das Filipinas, analisa as questões
da educação e os desafios que a sociedade filipina enfrenta nos próximos anos.42 Apela ao país para tirar
partido da era das redes e das transformações tecnológicas actuais. O relatório estimulou importantes
debates sobre a reforma da educação, no Senado e no
seio do Governo do país. O relatório nacional de 1997
ajudou a catalisar uma directiva presidencial requerendo
CAIXA1.3
Comparações internacionais de padrões de vida –
a necessidade das paridades de poder de compra
Para comparar os rendimentos das pessoas em países
diferentes, os rendimentos têm, primeiro, de ser convertidos numa moeda comum. Até 1999, o Relatório do
Desenvolvimento Humano utilizou medidas de rendimento baseadas nas conversões de taxas de câmbio, para
avaliar a desigualdade mundial do rendimento (como na
comparação do rendimento dos 20% mais ricos e dos 20%
mais pobres do mundo). Mas as conversões das taxas de
câmbio não tomam em consideração as diferenças de
preços entre os países, o que é fundamental quando se
comparam padrões de vida. Para ter em conta estas diferenças de preços, são usadas as taxas de conversão de paridades de poder de compra (PPC) para converter os
rendimentos numa moeda comum, da qual foram eliminadas as diferenças entre os níveis de preços nacionais.
As duas abordagens para medir a desigualdade produzem resultados muito diferentes. A utilização de taxas
de câmbio não só produz medidas de desigualdade muito
mais elevadas, como também afecta as tendências da desigualdade.
Com a medida da taxa de câmbio, o rácio do rendimento entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres
cresceu de 34 para 1, em 1970, para 70 para 1, em 1997.
Com a medida da PPC, o rácio desceu de 15 para 1 até
13 para 1. Embora ambas as medidas mostrem desigualdade crescente entre os 10% mais ricos e os 10%
mais pobres, a medida da taxa de câmbio mostra um aumento muito maior do que o crescimento dos padrões
de vida reais.
Embora a PPC seja a melhor forma de converter o
rendimento quando se comparam padrões de vida, elas
não estão livres de problemas teóricos e práticos. Estes
problemas apontam para a necessidade de maior apoio
– financeiro e organizacional – à recolha de dados da PPC.
Desigualdade de rendimento entre os mais ricos e os mais pobres do mundo, com base nas médias dos
países, 1970 e 1997
Medida
10% mais ricos para
os 10% mais pobres
1970
1997
20% mais ricos para
os 20% mais pobres
1970
1997
Taxa de câmbio
Paridade de poder de compra
51,5
19,4
33,7
14,9
127,7
26,9
70,4
13,1
Fonte: UN 2000b; Melchior, Telle e Wiig 2000; Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001h e 2001g.
20
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
que os governos locais destinassem pelo menos 20% do
rendimento interno às prioridades do desenvolvimento
humano.43
Muitos dos 25 estados da Índia rivalizam com países
de dimensão média, em dimensão, população e diversidade. O governo de Madhya Pradesh foi o primeiro
a preparar um relatório estadual sobre o desenvolvimento
humano, em 1995, para trazer o tema para o discurso
político e para o planeamento do investimento.44 Até
1998, os serviços sociais representavam mais de 42% do
investimento planeado, em comparação com os 19% do
orçamento do plano anterior.45 Relatórios do desenvolvimento humano foram também preparados em Gujarat, Karnataka e Rajasthan e estão em curso em
Arunachal Pradesh, Assam, Himachal Pradesh e Tamil
Nadu.46 A preparação dos relatórios pelos estados transformou as prioridades de desenvolvimento humano em
parte importante do discurso político e das estratégias
de desenvolvimento.
O primeiro relatório de desenvolvimento humano
do Kuwait, em 1997, aumentou a consciência sobre o
conceito de desenvolvimento humano e sobre a sua
relevância na luta do país para mudar da dependência
do petróleo para uma economia baseada no conhecimento.47 A produção e a promoção do relatório contribuíram para o avanço de novas ideias nas
universidades, instituições de investigação e Governo.
O Ministério do Plano começou a monitorizar o desenvolvimento humano e a incorporar a abordagem do
desenvolvimento humano nos seus indicadores de
planeamento estratégico. Dado o sucesso do primeiro
relatório, o Ministério está a dar seguimento a um segundo.
O relatório de 2000, da Colômbia, olha para os direitos humanos como uma parte intrínseca do desenvolvimento e mostra como eles trazem princípios de
responsabilidade e justiça social para o processo de desenvolvimento.48 Mostrando as fraquezas na interpretação e execução de alguns direitos constitucionais, o
relatório conduziu os debates e diálogos sobre os direitos humanos para um novo nível, focando fortemente
os direitos económicos, sociais e culturais. Sublinha os
serviços sociais básicos, discute a exclusão social e revisita os direitos do trabalho na globalização, trazendo
uma nova visão para o desenvolvimento da Colômbia.
O relatório de 2000, da Bulgária, analisando a situação socioeconómica em cada um dos 262 municípios do
país, iniciou uma concorrência saudável entre municípios
vizinhos para melhorar o desenvolvimento humano.49
O relatório foi utilizado na determinação de posições alvo
para um amplo programa governamental de criação de
emprego em pequenas actividades. Animou, também, debates construtivos nos meios de comunicação e entre presidentes de Câmaras, governadores e ministros, sobre
assuntos como a descentralização, orçamentos municipais, realização educacional e subsídios.
Depois do lançamento, em 2000, do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil – uma base de
dados electrónica com indicadores de desenvolvimento
humano para todos os 5.000 municípios brasileiros – a
lei orçamental da administração central, para 2000,50 foi
revista de forma a tornar o IDH obrigatório na abordagem dos programas sociais. Encorajado por esse
movimento, o Estado de São Paulo produziu um novo
índice que reflecte quer o desenvolvimento humano, quer
a responsabilidade social. Tendo decidido institucionalizar o índice, o órgão legislativo do Estado tenciona
aprovar um decreto tornando a produção do índice
obrigatória para as administrações das cidades.
OS OBJECTIVOS DO DESENVOLVIMENTO E ERRADICAÇÃO
DA POBREZA DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO
A Declaração do Milénio
reconhece a sua
"responsabilidade colectiva
de defender os princípios
da dignidade humana,
igualdade e equidade,
ao nível mundial"
À medida que o mundo entrava no novo milénio, chefes
de estado e de governo reuniram-se na Assembleia
Geral das Nações Unidas para definir a sua visão para
o mundo. Os líderes da cimeira adoptaram a Declaração
do Milénio das Nações Unidas reconhecendo a sua
"responsabilidade colectiva de defender os princípios
da dignidade humana, igualdade e equidade, ao nível
mundial". Entre os muitos objectivos estabelecidos pela
declaração estão objectivos específicos, quantificados e
monitorizáveis, para o desenvolvimento e erradicação da
pobreza até 2015:
• Reduzir a metade a proporção da população
mundial que vive com menos de 1 dólar por dia.
• Reduzir a metade a proporção da população
mundial que sofre de fome.
• Reduzir a metade a proporção da população
mundial que não tem acesso a água potável.
• Alcançar a escolaridade primária completa a nível
mundial.
• Alcançar a igualdade entre os sexos no acesso à educação.
• Reduzir em três quartos as taxas de mortalidade materna.
• Reduzir em dois terços as taxas de mortalidade de
menores de cinco anos.
• Parar e começar a inverter a propagação do
HIV/SIDA, malária e outras doenças importantes.
Estas metas baseiam-se nos objectivos de desenvolvimento internacional, que incluem mais três metas até
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
21
DESTAQUE 1.3
OBJECTIVOS DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO PARA 2015
Um balanço geral do desenvolvimento humano – objectivos, realizações e percurso incompleto
Objectivos
Realizações
Reduzir para metade a proporção das pessoas que vivem em pobreza extrema.
Entre 1990 e 1998, a parcela das pessoas
que vivem com menos de 1 dólar (PPC
dólares 1993) por dia, nos países em desenvolvimento, foi reduzida de 29% para
24%.
O número de pessoas subalimentadas, no
mundo em desenvolvimento, caiu até 40
milhões, entre 1990-92 e 1996-98.
Mesmo que a proporção seja reduzida
para metade em 2015, existirão ainda 900
milhões de pessoas vivendo em pobreza
extrema, no mundo em desenvolvimento.
Reduzir para metade a proporção das pessoas que não têm acesso a água potável.
Cerca de 80% das pessoas do mundo em
desenvolvimento têm, agora, acesso a
fontes de água melhoradas.
Perto de mil milhões de pessoas não têm,
ainda, acesso a fontes de água melhoradas.
Inscrever todas as crianças no ensino
primário.
Obter a realização universal da escolaridade primária.
Até 1997, mais de 70 países tinham taxas
de escolarização primária líquidas superiores a 80%.
Em 29 dos 46 países com dados, 80% das
crianças inscritas atingem o 5º ano.
Nos próximos 15 anos deverão ser tomadas
medidas para os 113 milhões de crianças
que estão agora fora do ensino primário e
para os milhões que vão entrar na idade escolar.
Capacitar as mulheres e eliminar as desigualdades entre os sexos na educação
primária e secundária.
Até 1997, a taxa de escolarização feminina
nos países em desenvolvimento tinha
atingido 89% da taxa masculina ao nível
do primário e 82% no secundário.
Em 20 países, as taxas de escolarização secundária das raparigas continuam a ser
menores do que dois terços das taxas dos
rapazes.
Reduzir as taxas mortalidade materna até
três quartos.
Apenas 32 países conseguiram uma taxa
de mortalidade materna registada inferior
a 20 por 100.000 nados-vivos.
Em 21 países, a taxa de mortalidade materna registada excede 500 por 100.000
nados-vivos.
Reduzir as taxas de mortalidade infantil
até dois terçosa
Em 1990-99 a mortalidade infantil foi reduzida em mais de 10%, de 64 por 1.000
nados-vivos para 56.
A mortalidade de menores de cinco anos
foi reduzida de 93 por 1.000 nados-vivos
para 80, em 1990-99.
A África Subsariana tem uma taxa de mortalidade infantil superior a 100 e uma taxa
de mortalidade de menores de cinco anos
superior a 170 – e tem vindo a fazer um
progresso mais lento do que outras
regiões.
Parar e começar a inverter a propagação
do HIV/SIDA.
Em alguns países, como o Uganda e possivelmente a Zâmbia, a prevalência do
HIV/SIDA está a dar sinais de declínio.
Cerca de 36 milhões de pessoas vivem com
HIV/SIDA.
Prover acesso a serviços de saúde reprodutiva a todos os interessados.a
A prevalência de contraceptivos atingiu
cerca de 50% nos países em desenvolvimento.
Cerca de 120 milhões de casais que
querem usar a contracepção não têm
acesso a ela.
Executar estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável até 2005, para inverter a perda de recursos ambientais até
2015.a
O número de países que estão a adoptar
estratégias de desenvolvimento sustentável
cresceu de menos de 25 em 1990 para mais
de 50 em 1997.
A execução das estratégias continua a ser
mínima.
Reduzir para metade a proporção das pessoas famintas.
Reduzir as taxas de mortalidade de
menores de cinco anos até dois terços.
Percurso incompleto
O mundo em desenvolvimento tem ainda
826 milhões de pessoas subalimentadas.
a. Objectivo do desenvolvimento internacional.
22
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Os objectivos do desenvolvimento e erradicação da pobreza da Declaração do Milénio: como vão os países?
Número de países
muito atrasados ou em queda
Objectivo
(para 2015)
Realizado No caminho
Igualdade entre os sexos
Eliminar a disparidade no ensino primário
15
Realizado
57
Eliminar a disparidade no ensino secundário
2 13
39
25
3
Muito atrasado
Em queda
Total
1
2
16
África
PMD Subsariana
14
9
9
18
10
12
82
27
35
76
26
34
37
27
31
41
27
26
40
16
21
22
9
10
15
11
11
70
14
17
50
9
13
NÚMERO DE PAÍSES
Mortalidade infantil e juvenil
Reduzir as taxas de mortalidade infantil até dois terços a
63
Reduzir as taxas de mortalidade de menores de cinco até dois terços
66
14
73
17
9
66
10
Mortalidade materna
Reduzir as taxas de mortalidade materna até três quartos
13
49
46
37
Comodidades básicas
Reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso a água potável
18
32
42
41
Fome
Reduzir para metade a proporção de pessoas famintas
37
6
23
3
17
Educação universal
Inscrever todas as crianças no ensino primário
5
Obter a realização universal da escolaridade primária
8
27
4
32
13
9
28
15
Privação de rendimento extrema
Reduzir para metade
a proporção de pessoas
que vivem em pobreza extrema
Padrão de crescimento
das actividades habituais
Padrão de crescimento
favorável aos pobres
11
29
39
4
6
19
31
31
Nota: A análise exclui os países de rendimento elevado da OCDE. Ver a nota técnica 3 para uma explicação dos critérios de avaliação do progresso e para informação sobre as fontes dos dados usados. PMD significa
países menos desenvolvidos.
a. Objectivo do desenvolvimento internacional.
Objectivos da Declaração do Milénio: como vão os países?
Percentagem da população mundiala
Realizado ou
no caminho
Atrasado,
muito atrasado
ou em queda
Sem dados
Igualdade entre os sexos
Eliminar a disparidade no ensino primário
Eliminar a disparidade no ensino secundário
58
42
5
22
22
21
Mortalidade infantil e juvenil
Reduzir as taxas de mortalidade infantil até dois terçosb
Reduzir as taxas de mortalidade de menores de cinco até dois terços
23
23
62
62
(.)
(.)
Mortalidade materna
Reduzir as taxas de mortalidade materna até três quartos
37
48
(.)
Comodidades básicas
Reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso a água potável
12
70
3
Fome
Reduzir para metade a proporção de pessoas famintas
62
11
12
Educação universal
Inscrever todas as crianças no ensino primário
Obter a realização universal da escolaridade primária
34
26
5
13
46
46
Privação de rendimento extrema
Reduzir para metade a proporção
de pessoas que vivem em pobreza extrema
43
54
34
23
8
8
Objectivo (para 2015)
Padrão de crescimento das actividades habituais
Padrão de crescimento favorável aos pobres
Nota: As parcelas da população não somam 100 porque a análise exclui os países de rendimento elevado da OCDE.
a. Refere-se à soma das populações dos países nas respectivas categorias, em percentagem da população mundial.
b. Objectivo do desenvolvimento internacional.
Fonte: FAO 2000b; UNICEF 2001b, 2001c; World Bank 2000c, 2001h; UNESCO 2000b; UNFPA 2001; UNAIDS 1998, 2000b; IMF, OECD, UN e World Bank 2000; Hanmer, Healey e Naschold 2000.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
23
2005 – nomeadamente, reduzir em dois terços as taxas
de mortalidade infantil, prover o acesso aos serviços de
saúde reprodutiva a todos os que o queiram e executar
estratégias nacionais para o desenvolvimento sustentado,
para inverter a perda de recursos ambientais até 2015.51
Quais são as perspectivas de realização destes objectivos? As boas notícias são as de que, para a educação
primária universal e igualdade entre os sexos na educação, muitos dos países em desenvolvimento que possuem dados, já atingiram estes objectivos ou estão no
caminho para o conseguir (figura 1.3). Devido à importância da educação para tantas áreas do desenvolvimento, estas brilhantes perspectivas reforçam as
possibilidades de acelerar o progresso em direcção a ou-
tros objectivos (ver a contribuição especial do Presidente
Kim Dae-jung da Coreia do Sul). Para além disso, mais
de 60% da população mundial vive em 43 países que atingiram, ou estão em vias de atingir, o objectivo de redução
para metade do número de pessoas famintas.
As más notícias são as de que, em outras áreas,
mais de metade dos países para os quais existem dados
disponíveis, não irão atingir os objectivos sem uma
aceleração significativa no progresso. Muitos destes
fazem parte dos países menos desenvolvidos, na África
Subsariana. Enquanto 50 países atingiram, ou estão em
vias de atingir, o objectivo da água potável, 83 países ,
representando 70% da população mundial, estão a
atrasar-se ou estão muito para trás. E enquanto 62 países
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
Desenvolvimento dos recursos humanos no século XXI: aumentar o conhecimento e as capacidades de informação
Estamos a viver numa era de conhecimento e de informação, repleta de oportunidades mas, também,
de perigos. Existem oportunidades para que os
menos privilegiados e os pobres se tornem ricos e
fortes. Mas, ao mesmo tempo, existe o perigo de que
o hiato entre os países ricos e pobres possa alargar-se. A mensagem é clara. Temos que continuar
a desenvolver os nossos recursos humanos.
O sucesso ou o fracasso dos indivíduos e dos países,
assim como a prosperidade da humanidade, depende de conseguirmos desenvolver sensatamente
os nossos recursos humanos.
Durante o século XX elementos tão tangíveis
como o capital, o trabalho e os recursos naturais
foram a força condutora por detrás do desenvolvimento económico. Mas, no novo século, elementos tão intangíveis como a informação e a
criatividade darão aos países uma vantagem competitiva. Consequentemente, se formos bem sucedidos no desenvolvimento do potencial dos nossos
cidadãos, fomentando um espírito de aventura criativo, os indivíduos e os países tornar-se-ão ricos,
mesmo que não possuam muito capital, trabalho ou
recursos naturais.
A Coreia do Sul não é dotada com recursos
naturais e capital suficientes, mas o seu povo possui o espírito do desafio e a confiança de que se
pode tornar num país avançado de primeira ordem
no novo século. A fonte da sua confiança está no
seu potencial inato e na sua determinação de se desenvolver ao máximo. Com o seu entusiasmo permanente pela educação, o povo Coreano
desenvolveu uma base de conhecimento impressionante. A percentagem de alunos do ensino secundário que entra na Universidade é de 68% na
Coreia, uma das taxas mais elevadas do mundo.
Os Coreanos têm também uma rica tradição de
criatividade, absorvendo as culturas importadas na
sua própria cultura, como é exemplificado pelas
24
suas próprias escolas de Budismo e Confucionismo.
Baseados nesta tradição, estamos a fazer um
esforço concertado para desenvolver os nossos recursos humanos com vista a tomar a dianteira na
era do conhecimento e da informação. Estamos
a oferecer oportunidades educativas a todos os
cidadãos, incluindo estudantes, agricultores,
pescadores, homens e mulheres das forças militares e prisioneiros, para aumentar as suas capacidades de informação. Completámos a
construção de uma rede nacional de auto-estradas
de informação e estamos, agora, a providenciar
às escolas elementares, médias e secundárias o
acesso rápido e gratuito à Internet. Estamos a
combinar indústrias convencionais, como a produção de automóveis, construção naval, têxteis e
mesmo a indústria agrícola, com capacidades de
informação.
O número de utilizadores da Internet na Coreia atingiu, recentemente, o máximo de 20 milhões
e cerca de 28% da população, ou 4 milhões de
famílias, têm acesso rápido à Internet. E planeamos
produzir cerca de 200.000 especialistas em informação e tecnologia por volta de 2005. Tudo isto faz
parte dos nossos esforços para tornar a Coreia num
país com capacidades de conhecimento e informação avançadas no século XXI.
Acredito que os países em desenvolvimento
que ficaram para trás na sua industrialização, durante o século XX, podem ultrapassar a pobreza e
alcançar o crescimento económico através do desenvolvimento bem sucedido dos seus recursos humanos. E para o fazerem, são vitais a ajuda e a
cooperação da comunidade internacional.
O aumento das capacidades de informação
pode trazer-nos a abundânica, através do aumento
da eficiência. Mas a divisão digital entre os que
detém a tecnologia de informação e os que não a
detém, está também a alargar-se. O mundo inteiro
deve cooperar para estreitar a diferença e procurar
a prosperidade comum. Para esse fim, devemos
levar "a globalização da informação" um passo
mais adiante, para "a globalização dos benefícios
da informação". Os países em desenvolvimento
devem ser capazes de participar no processo de promoção das capacidades de informação e de receber a sua parcela justa de benefícios. Devemos
fazer um esforço conjunto, quer regional, quer
mundialmente, para que toda a humanidade possa
partilhar os benefícios da informação avançada e
das tecnologias de comunicação.
As propostas da Coreia para o desenvolvimento conjunto de indústrias de ponta foram
adoptadas em vários fóruns multilaterais, incluindo
a ASEM, a APEC e a ASEAN+3. Além disso, a
Coreia organizou em Seul, em Fevereiro de 2000,
um fórum sobre Cooperação Sul-Sul em Ciência
e Tecnologia, em conjugação com o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento, para ajudar a construir uma rede de cooperação de desenvolvimento tecnológico entre os países em
desenvolvimento.
A Coreia continuará a apoiar os países em desenvolvimento através do programa de ajuda pública
ao desenvolvimento, ao mesmo tempo que participa
activamente nos esforços internacionais para ajudar esses países a aumentar as suas capacidades de
informação. É crença deste governo, que só através
de tais esforços toda a humanidade pode partilhar
a paz e a prosperidade.
Kim Dae-jung
Presidente da Coreia do Sul
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
estão em vias de reduzir a mortalidade materna até três
quartos, 83 estão a atrasar-se ou estão muito para trás.
Quanto à privação de rendimento, mais de 40% da
população mundial vive em países que estão no caminho
para atingir o objectivo. Mas, estão concentrados em 11
países, incluindo a Índia e a China, enquanto 70 países
estão muito atrasados ou em queda. Ainda que estes
países contenham apenas um terço da população
mundial, no entanto, correspondem a mais de metade
de todos os países em desenvolvimento. Sem a China e
a Índia, 9 países, com 5% da população mundial, estariam
no caminho para reduzir a metade a proporção das pessoas que vivem com extrema privação de rendimento.
A situação é possivelmente muito séria para a mortalidade de menores cinco anos. Enquanto 66 países estão
em vias de atingir o objectivo, 83 países, com cerca de
60% da população mundial, estão a atrasar-se ou a ficar
muito para trás – e em 10 países, as taxas de mortalidade
de menores de cinco anos estão a aumentar. Embora não
existam dados de tendência comparáveis sobre a
prevalência do HIV/SIDA para fazer uma análise completa, a prevalência mundial do HIV/SIDA entre os
adultos está ainda em crescimento, com apenas poucos
países, como o Uganda e, possivelmente, a Zâmbia, a
darem sinais de redução.52
O progresso humano nos últimos 30 anos mostranos o que é possível. O mesmo faz o Relatório deste ano.
Uma das suas principais mensagens é a de que o avanço
tecnológico contribuiu grandemente para a aceleração
do progresso humano nos vários séculos anteriores.
Estas contribuições têm a promessa duma aceleração
ainda maior.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
O avanço tecnológico
contribuiu grandemente
para a aceleração do
progresso humano nos
vários séculos anteriores
25
CAPÍTULO 2
Transformações tecnológicas actuais –
criação da era das redes
A inovação tecnológica é essencial para o progresso
humano. Desde a tipografia ao computador, desde a
primeira utilização da penicilina até à utilização alargada
de vacinas, as pessoas têm procurado instrumentos para
a melhoria da saúde, aumento da produtividade e aperfeiçoamento da aprendizagem e comunicação. Hoje, a
tecnologia está a merecer uma nova atenção. Porquê?
Porque os progressos digitais, genéticos e moleculares
estão a avançar as fronteiras de possibilidades de utilização da tecnologia para a erradicação da pobreza.
Estes avanços estão a criar novas possibilidades de
melhoria da saúde e nutrição, de expansão dos conhecimentos, de estímulo do crescimento económico e de
maior poder de participação das pessoas nas suas
comunidades.
As transformações tecnológicas actuais estão interligadas com uma outra transformação – a globalização
– e juntas estão a criar um novo paradigma: a era das
redes. Estas transformações alargam as oportunidades
e aumentam as recompensas sociais e económicas da
criação e utilização de tecnologia. Também estão a alterar as formas através das quais – e através de quem
– a tecnologia é criada e possuída, e as formas como ela
é disponibilizada e utilizada. Um novo mapa de inovação e difusão está a emergir. Pólos de crescimento
tecnológico – centros que juntam institutos de investigação, empresas emergentes e capital de risco – estão
a espalhar-se pelo mundo, desde Silicon Valley (Estados Unidos) a Bangalore (Índia) ou El Ghazala
(Tunísia), ligados através de redes de desenvolvimento
de tecnologia. Mas estas novas redes e oportunidades
sobrepõem-se a um outro mapa que reflecte uma longa
história de tecnologia distribuída desigualmente, tanto
dentro de como entre países.
Nenhum indivíduo, organização, empresa ou governo pode ignorar estas mudanças. Este novo terreno requer mudanças na política pública – nacional
e mundial – para aproveitar as transformações tecnológicas actuais como instrumentos para o desenvolvimento humano.
A TECNOLOGIA PODE SER UM INSTRUMENTO – E NÃO
APENAS UMA RECOMPENSA – DE DESENVOLVIMENTO
As transformações
A tecnologia não é intrinsecamente boa ou má – os
resultados dependem da forma como é utilizada. Este
Relatório trata das formas como as pessoas podem criar
e utilizar a tecnologia para melhorar as vidas humanas,
especialmente para reduzir a pobreza global.
Algumas pessoas argumentam que a tecnologia é
uma recompensa do desenvolvimento, sendo inevitável
que a desigualdade digital segue a desigualdade de
rendimentos. É verdade que, à medida que os rendimentos aumentam, as pessoas ganham acesso aos benefícios dos avanços tecnológicos. Mas, muitas tecnologias
são instrumentos do desenvolvimento humano, que permitem às pessoas aumentarem o seu rendimento,
viverem mais tempo, serem mais saudáveis, gozar um
melhor nível de vida, participarem mais nas suas comunidades e terem vidas mais criativas. Desde os tempos mais remotos que as pessoas concebem
instrumentos para resolverem os desafios da sua existência, desde a guerra aos cuidados de saúde até à
produção agrícola (caixa 2.1). A tecnologia é como a
educação – permite às pessoas saírem da pobreza.
interligadas com uma
tecnológicas actuais estão
outra transformação –
a globalização – e juntas
estão a criar a era das
redes
CAIXA 2.1
Tecnologia e identidade humana
A tecnologia tem estado no coração do progresso humano desde os tempos mais antigos. Os nossos antepassados pré-humanos
preparavam varas para alcançar alimentos,
usavam folhas para apanhar água e atiravam
pedras quando estavam zangados, tal como
os chimpanzés fazem hoje. A primeira espécie humana chama-se Homo habilis – o
"homem hábil". Os seus fósseis, com mais
de 2,5 milhões de anos, jazem ao lado de pedras lascadas, as primeiras incontestáveis
ferramentas de pedra. O Homo antigo pode
ter usado as tecnologias perecíveis de cabaças
para beber água e suspensórios de cabedal
para carregar bebés. Há cerca de meio milhão de anos, por toda a África, Ásia e Europa, o Homo erectus preparava elegantes
machados em forma de folhas e aparentemente usava o fogo. A nossa própria espécie, o Homo sapiens – o "homem sábio", de
há 40.000 anos atrás na Europa, Médio Oriente e Austrália – fabricava ferramentas de
pedra, osso e hastes, bem como adornos
como colares, e desenhava arte simbólica
nas paredes de pedra – tecnologia ao serviço
de ideias e da comunicação.
Fonte: Jolly 2000.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
27
FIGURA 2.1
Ligações entre tecnologia e desenvolvimento humano
Construção das capacidades humanas
Viver uma vida longa e saudável
Adquirir conhecimento e ser criativo
Gozar de um nível de vida digno
Participar na vida social, económica
e política de uma comunidade
Recursos para educação,
saúde, comunicação
Emprego
Conhecimento
Criatividade
Crescimento económico
Ganhos de
Recursos para produtividade
o desenvolvimento
tecnológico
Progressos na
medicina,
comunicações,
agricultura,
energia,
manufactura
Mudança tecnológica
CAIXA 2.2
A Ciência moderna cria tecnologias simples – terapia
de reidratação oral e vacinas adaptadas às condições das aldeias
Quando a terapia de reidratação oral foi
desenvolvida no Centro Internacional de Investigação de Doenças Diarreicas, do Bangladeche, a Lancet, uma revista de medicina de
referência, assinalou-a como sendo provavelmente a descoberta médica mais importante
do século 20. Até então, o único medicamento
eficaz contra a desidratação provocada pela diarreia era o fornecimento de soro esterilizado
através de gotejamento intravenoso – custando cerca de 50 dólares EUA por criança, muito
para além dos orçamentos, instalações e capacidades da maioria dos centros de saúde
dos países em desenvolvimento. Mas, os cientistas descobriram que dar a uma criança pequenos golos de uma simples mistura de açúcar
e sal, nas proporções certas, permitia que a taxa
de absorção da mistura na criança fosse 25
vezes maior que a absorção da água simples.
Durante os anos de 1980, fabricaram-se centenas de milhões de pacotes de sais de reidratação oral, a maior parte vendida por menos
de 0,10 dólares cada.
Outra grande descoberta foi a adaptação
de vacinas contra doenças mortíferas –
sarampo, rubéola, coqueluche, difteria, téFonte: Jolly 2001; UNICEF 1991; WHO 1998.
28
tano, tuberculose – às condições dos países em
desenvolvimento. Os antigenes para combater
as seis doenças já eram conhecidos há muito
tempo. Mas exigiam condições de esterilização e uma cadeia de frio estável – um sistema
de frigoríficos com boa manutenção e transporte frigorificado do ponto da produção de
vacinas para as clínicas e centros de saúde, em
aldeias a milhares de quilómetros de distância.
As melhorias tecnológicas permitiram progressos importantes: uma vacina contra a poliomielite, que requer apenas uma gota na língua,
vacinas congeladas a seco e mais estáveis em
relação à temperatura, que não necessitam de
refrigeração, e o desenvolvimento de cocktails de vacinas numa injecção única.
Tanto para a terapia de reidratação oral,
como para os novos métodos de vacinação,
os progressos tecnológicos tiveram que andar
de mãos dadas com os avanços na organização. Foram desenvolvidas campanhas
maciças para disseminar o conhecimento.
Políticos, igrejas, professores e organizações
não governamentais foram recrutados para
sublinhar os factos e ajudar a organizar os esforços.
Logo, a tecnologia é um instrumento para, e não apenas uma recompensa de, crescimento e desenvolvimento.
A inovação tecnológica afecta o desenvolvimento
humano de duas formas (figura 2.1). Primeiro, pode
melhorar directamente as capacidades humanas. Muitos
produtos – variantes de plantas resistentes a secas para
agricultores que habitam em climas incertos, vacinas
para doenças infecciosas, fontes de energia limpa para
cozinhar, acesso à Internet para a informação e comunicação – melhoram directamente a saúde, nutrição, conhecimento e nível de vida das pessoas,
aumentando a sua capacidade de participar mais activamente na vida social, económica e política de uma
comunidade.
Segundo, a inovação tecnológica é um meio para
atingir o desenvolvimento humano, através do seu
impacte no crescimento económico através dos ganhos
de produtividade que gera. Aumenta o rendimento das
colheitas dos agricultores, o produto dos trabalhadores
industriais e a eficiência dos fornecedores de serviços
e das pequenas empresas. Também cria novas actividades e indústrias – tal como no sector de tecnologias
da informação e da comunicação – contribuindo para
o crescimento económico e para a criação de emprego.
O desenvolvimento humano também é um importante meio para o desenvolvimento tecnológico. A inovação tecnológica é uma expressão do potencial humano.
Níveis elevados de educação têm um contributo particularmente forte para a criação e difusão tecnológicas.
Mais cientistas podem entregar-se à investigação e desenvolvimento, e agricultores e empregados industriais
com melhor educação podem aprender, dominar e utilizar novas técnicas com maior facilidade e eficácia.
A liberdade social e política, a participação e o acesso
a recursos materiais também criam condições para incentivar a criatividade das pessoas.
Desta forma, o desenvolvimento humano e o avanço
tecnológico podem reforçar-se mutuamente, criando um
ciclo virtuoso. As inovações tecnológicas na agricultura, medicina, energia, indústria transformadora e comunicações foram importantes factores – apesar de
não serem exclusivos – nos avanços em desenvolvimento humano e erradicação de pobreza documentados no capítulo 1. Estas inovações quebraram barreiras
ao progresso, tais como rendimentos baixos ou constrangimentos institucionais, permitindo obter ganhos
mais rápidos.
Sobrevivência e saúde. Avanços na medicina, tais
como as vacinas e antibióticos, resultaram em ganhos
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
mais rápidos na América Latina e Ásia Oriental, durante
o século 20, do que os registados na Europa, durante
o século 19, com a melhoria da nutrição e do saneamento. A saúde e a sobrevivência humanas começaram
a melhorar consideravelmente em ambas as regiões,
durante os anos de 1930.1 Nos anos de 1970, a esperança
de vida à nascença tinha aumentado para mais de 60
anos, alcançando em quatro décadas um aumento que
a Europa levou um século e meio a atingir, a partir do
início do século XIX.
Os anos de 1980 viram o impacte de duas novas
descobertas – a terapia de reidratação oral e vacinas
melhor adaptadas às condições dos países em desenvolvimento. Estas tecnologias, difundidas através
de importantes campanhas mundiais, permitiram
significativas reduções na mortalidade infantil (caixa
2.2). Entre 1980 e 1990, as mortes devidas às principais doenças infantis e à diarreia reduziram-se em
cerca de 3 milhões nos países em desenvolvimentouma realização particularmente impressionante, se
considerarmos que foi conseguida durante a "década perdida" para o crescimento económico, quando
o crescimento do rendimento foi negativo ou estagnou
(figura 2.2).2 Para além disto, entre 1970 e 1999, a
mortalidade das crianças com menos de cinco anos
reduziu-se em quase metade, de 170 para 90 por
1.000.
A importância da tecnologia é quantificada num estudo recente do Banco Mundial, que demonstra que o
progresso tecnológico contribuiu para 40 a 50% da redução da mortalidade, entre 1960 e 1990 – provando
que a tecnologia é uma fonte mais importante de benefícios do que rendimentos mais elevados, ou do que um
nível de educação mais elevado entre as mulheres
(quadro 2.1).3
Produção de alimentos e nutrição. O progresso
tecnológico tem desempenhado um papel semelhante
na aceleração da produção de alimentos. Demorou
quase 1.000 anos para as colheitas de trigo na Inglaterra
aumentarem de 0,5 para 2 toneladas por hectare , mas
apenas 40 anos para passar de 2 para 6 toneladas por
hectare.4 Começando em 1960, uma revolução verde
transformou a produtividade da terra e do trabalho em
todo o mundo, através da selecção de plantas, utilização de fertilizantes, melhoria de sementes e controlo de
irrigação. Isto tem efeitos dinâmicos no desenvolvimento humano: o aumento da produção de alimentos
e a redução dos seus preços eliminou muitos dos problemas de subnutrição e fome crónica na Ásia, América
Latina e Países Árabes. Dado que as famílias mais pobres dependem da agricultura como meio de subsistência e gastam metade dos seus rendimentos em
alimentação, isto também permite enormes reduções na
privação de rendimento.
Participação. Tal como a tipografia nos séculos
mais recuados, o telefone, rádio, televisão e fax do
século 20 abriram as comunicações, reduzindo o isolamento e permitindo às pessoas estarem melhor informadas e participarem nas decisões que afectam as
suas vidas. Ligada a estas tecnologias está a comunicação social livre, um pilar de todas as democracias activas. A divulgação da máquina de fax durante
os anos de 1980 permitiu uma mobilização popular
muito mais rápida, tanto nacional como mundialmente.
Emprego e crescimento económico. Nos anos
de 1970, a aquisição e adaptação de tecnologias transformadoras trouxe ganhos rápidos no emprego e no
rendimento à Coreia do Sul, Malásia e Singapura.
A revolução industrial foi despoletada pela mudança
tecnológica, e os economistas defendem que o progresso
tecnológico joga um papel central no crescimento
económico sustentado no longo prazo.5 Estudos transversais sugerem que a mudança tecnológica é responsável por uma grande parte das diferenças entre taxas
de crescimento.6
FIGURA 2.2
Terapia de reidratação oral
reduz a mortalidade infantil
sem crescimento do rendimento
Rendimento
5.628
(PIB per capita em dólares PPC)
5.580
1983
Introdução da
TRO
274
Mortalidade
de menores
de cinco
por doenças
diarreicas
(por 100.000)
1978–80
144
1988–90
MÉXICO
Fonte: Gutierrez e outros 1996;
World Bank 2001g.
QUADRO 2.1
Tecnologia como uma fonte de redução da mortalidade, 1960-90
(percentagem)
Melhorias na
Contribuição
dos ganhos
no rendimento
Taxa de mortalidade de menores de cinco
Taxa de mortalidade adulta feminina
Taxa de mortalidade adulta masculina
Esperança de vida à nascença feminina
17
20
25
19
Contribuição
dos ganhos nos
níveis de educação
das mulheres adultas
Contribuição
dos ganhos
no progresso
técnico
38
41
27
32
45
39
49
49
Fonte: Wang e outros 1999.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
29
AS ACTUAIS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS
CONJUGAM - SE COM A GLOBALIZAÇÃO PARA CRIAR
A ERA DAS REDES
O custo de transmitir mil
biliões de bits
Os avanços tecnológicos de hoje são mais rápidos
(lei de Moore) e mais fundamentais (avanços na
genética). Estão a reduzir os custos (informáticos e de
comunicações) a um ritmo nunca antes visto. Conduzindo estas transformações estão os desenvolvimentos acelerados na tecnologia da informação e
comunicação, na biotecnologia e na emergente nanotecnologia.
TECNOLOGIA
DE INFORMAÇÃO E
de informação, de uma
COMUNICAÇÃO
ponta à outra dos Estados
ALCANCE CRESCENTE E CUSTOS
–
CRIAÇÃO DE REDES COM
DECRESCENTES
Unidos, diminuiu
de 150.000 dólares EUA
em 1970 para 0,12 hoje
30
As tecnologias de informação e comunicação implicam inovações na microelectrónica, na informática
(hardware e software), nas telecomunicações e na
optoelectrónica – microprocessadores, semicondutores e fibras ópticas. Estas inovações permitem o
processamento e armazenamento de enormes quantidades de informação, juntamente com a rápida distribuição da informação através de redes de
comunicação. A lei de Moore prevê a duplicação da
capacidade de processamento informático, todos os
18 a 24 meses, devido à rápida evolução da tecnologia de microprocessamento. A lei de Gilder prevê a
duplicação da capacidade de comunicação todos os
seis meses – uma explosão da largura de banda – devido ao avanço nas tecnologias de rede de fibra óptica.7 Ambas são acompanhadas por enormes reduções
de custos e poderosos aumentos na velocidade e
quantidade (destaque 2.1).
Em 2001, pode-se enviar mais informação por um
único cabo, em apenas um segundo, do que era possível
enviar em 1997 por toda a Internet, durante um mês inteiro.8 O custo de transmitir mil biliões de bits de informação, de uma ponta à outra dos Estados Unidos,
diminuiu de 150.000 dólares EUA em 1970 para 0,12
hoje. Uma chamada de três minutos, de Nova Iorque
para Londres, custava mais de 300 dólares em 1930 (a
preços correntes) e custa hoje menos de 0,20.9 Enviar
um documento de 40 páginas por correio electrónico,
do Chile para o Quénia, custa menos de 0,10 dólares;
enviá-lo por fax custa cerca de 10 e por correio expresso
50 dólares.10
Ligar equipamentos informáticos e permitir a
comunicação de uns com outros, cria sistemas de
informação em rede baseados num protocolo
comum. Indivíduos, famílias e organizações estão
ligados através do processamento e execução de um
enorme número de instruções, em períodos de
tempo imperceptíveis. Isto altera radicalmente o
acesso à informação e a estrutura da comunicação
– estendendo o alcance da rede a todos os cantos
do mundo.
BIOTECNOLOGIA –
TRANSFORMAR AS
CI Ê NCIAS DA VIDA
A biotecnologia moderna – a tecnologia de recombinação do ADN – está a transformar as ciências da vida.
O poder da genética pode agora ser utilizado para a engenharia dos atributos de plantas e outros organismos,
criando o potencial para enormes avanços, em particular
na agricultura e medicina. A clonagem da ovelha Dolly
e o mapa do genoma humano abriram as fronteiras
científicas e transformarão o desenvolvimento da tecnologia nos anos vindouros (destaque 2.2). A genética é,
agora, a base das ciências da vida, com grande parte da
investigação farmacêutica e da criação de plantas a
basear-se na biotecnologia.
E,
TALVEZ BREVEMENTE ,
A NANOTECNOLOGIA
A estas duas novas tecnologias pode brevemente
juntar-se uma terceira, a nanotecnologia. A nanotecnologia está a evoluir a partir de descobertas
científicas que permitem a engenharia e a ciência ao
nível molecular. (um nanometro é igual a mil milionésimos do metro). A nanotecnologia reorganiza os
átomos para criar novas estruturas moleculares. Poucas áreas da actividade humana não serão afectadas
pela nanotecnologia. Robôs à escala nanométrica
irão curar tecidos humanos, removendo obstruções
ao sistema circulatório e assumindo funções de organitos celulares. As nanotecnologias solares irão
fornecer energia a uma população sempre crescente.
Num mundo biónico, onde a nanotecnologia e a
biotecnologia se juntam, podemos antecipar a existência de biocomputadores e biosensores capazes de
monitorizar tudo, desde reguladores de plantas a
comícios políticos. Por agora, a investigação permanece limitada em relação a outras tecnologias –
cerca de 500 milhões de dólares EUA por ano nos
Estados Unidos em 2000, com o Japão e a Europa
a seguir – mas o investimento tem vindo quase a duplicar todos os anos.11
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
TRANSFORMAÇÕES TECNOL ÓGICAS
E GLOBALIZAÇÃO – REFORÇAM - SE
MUTUAMENTE
As actuais transformações tecnológicas estão interligadas com uma outra grande mudança histórica – a globalização económica, que está a unificar os mercados
mundiais rapidamente. Estes dois processos reforçam-se
mutuamente. A integração dos mercados mundiais
verificada no final do século 20 foi impulsionada pela
liberalização do comércio e por outras mudanças
dramáticas nas políticas no mundo – a privatização, a
queda do comunismo e da antiga União Soviética. Os
novos instrumentos da tecnologia da informação e
comunicação reforçaram e aceleraram este processo.
A globalização impulsionou o progresso tecnológico
através da concorrência e dos incentivos dos mercados
globais e dos recursos financeiros e científicos mundiais.
E o mercado mundial assenta sobre a tecnologia, com
a tecnologia como factor principal da concorrência de
mercado.
A indústria transformadora de alta tecnologia tem
sido a área com maior crescimento no comércio mundial
(quadro 2.2) e é, actualmente, responsável por um
quinto do total. Um estudo de 68 economias responsáveis por 97% da actividade industrial mundial demonstra que, durante 1985-97, a produção de alta tecnologia
cresceu mais do dobro que a produção total, em todos
os países menos um.12
DA ERA INDUSTRIAL PARA A ERA
– UMA MODIFICAÇÃO HIST ÓRICA
DAS REDES
As estruturas da produção e outras actividades têm sido
reorganizadas em redes que abarcam o mundo. Na
era industrial – com os seus elevados custos de acesso
à informação, comunicação e transporte – as empresas e organizações integravam-se verticalmente. Na
era das redes, com os custos de comunicação e infor-
mação reduzidos quase a zero, as redes horizontais
fazem mais sentido. A produção é cada vez mais organizada entre participantes separados – subcontratadores, fornecedores, laboratórios, consultores de
gestão, institutos de educação e investigação, empresas de investigação de marketing, distribuidores. As suas
interacções complexas, com cada um a jogar um papel
de nicho, criam a cadeia de valor que impulsiona a
economia mundial baseada na tecnologia.
A nova era está a dar origem a redes mundiais em
muitas áreas de actividade. Quando estas redes alcançam uma massa crítica de membros e interacções,
tornam-se numa nova força importante na definição do
caminho e na difusão da tecnologia.
• Investigação científica e inovação – a comunicação
em rede original entre as universidades, que deu vida
à Internet – é cada vez mais colaborante com organizações e países. Desde 1995-97, cientistas dos Estados
Unidos foram co-autores de artigos com cientistas de
173 outros países; cientistas do Brasil com 114, do
Quénia com 81, da Argélia com 59.13
• Produção – as grandes empresas mundiais, frequentemente sedeadas na América do Norte, Europa e
Japão, mas com instalações de investigação em vários
países e compra de serviços em todo o mundo, atraem
muitos países para a criação dos seus canais de valor
mundiais. Em 1999, na Costa Rica, Malásia e Singapura,
as exportações de alta tecnologia excederam 40% do total.
• Comércio electrónico – emergindo apenas agora
como uma rede futura de comércio, o comércio electrónico, negócio a negócio, está projectado para crescer.
• Diáspora – a procura vertiginosa de pessoal qualificado em tecnologias de informação e comunicação
criou a mobilidade mundial dos cientistas e tecnólogos
de topo. Quando são provenientes dos países em desenvolvimento, a sua dispersão mundial cria a diáspora, que pode tornar-se numa rede valiosa de finança,
contactos de negócios e transferência de qualificações
para os seus países de origem.
A nova era está a dar
origem a redes mundiais
em muitas áreas de
actividade – uma nova
força importante
na definição do caminho
e na difusão
da tecnologia
QUADRO 2.2
Os produtos de alta tecnologia dominam a expansão das exportações
(percentagem anual média do crescimento das exportações, 1985-98)
Área
Manufacturas de
alta tecnologia
Mundo
Países em desenvolvimentoa
OCDE rendimento elevadob
Manufacturas de
média tecnologia
13,1
21,4
11,3
9,3
14,3
8,5
Manufacturas de
Manufacturas
baixa tecnologia baseadas em recursos
9,7
11,7
8,5
7,0
6,0
7,0
Produtos
primários
3,4
1,3
4,4
a. Inclui Europa do Leste e Comunidade de Países Independentes.
b. Inclui Chipre, Israel e Malta.
Fonte: Lall 2001.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
31
DESTAQUE 2.1
A ESPERANÇA DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES
Cronologia da tecnologia
de informação
3000 AC Desenvolvimento do ábaco
1823–40 Charles Babbage concebe uma
máquina de cálculo automática
1946 Primeiro computador electrónico de
alta velocidade, ENIAC, funciona mil vezes
mais depressa que as máquinas de cálculo
anteriores
1947 Gordon Bell inventa o transistor
1959 Robert Noyce inventa o circuito integrado, colocando um circuito electrónico inteiro num chip de silício minúsculo
1966 IBM introduz o primeiro disco de armazenamento
1971 Marcian Hoff inventa o microprocessador
1975 Introdução do primeiro computador
pessoal – pequena máquina programável e
suficientemente barata par ser usada individualmente
1980 A Seattle Computer Products introduz
o QDOS (Sistema Operativo Rápido e Não
Limpo), depois designado por MS-DOS pela
Microsoft
1984 A Apple Computers introduz o Macintosh, estabelecendo o padrão para ambientes
gráficos de apontar e clicar. Seguiu-se, em
1985, o sistema operativo Windows (versão
rudimentar)
1980s Introdução do computador portátil
(laptops)
1993 Desenvolvimento e comercialização de
Palm Pilot – a emergência de mecanismos de
computação sofisticados seguráveis numa
mão
1994 Seagate introduz uma drive de disco
com taxa de transferência de mais de 100
megabytes por segundo
1995 Estandardização do Disco Digital Versátil (DVD), capaz de armazenar informação
oito vezes superior ao disco compacto (CD)
2000 Introdução do microprocessador AMD
Gigahertz
Agenda de investigação futura: linguagem natural input e output, inteligência
artificial, computadores de utilização permanente, nanocomputação, computação em sistemas distribuídos
Progressos rápidos em duas tecnologias-armazenagem digital e processamento de informação (informação)
e transmissão da informação por satélite e fibra óptica (comunicações)- estão a criar novos e mais rápidos meios de armazenamento, manipulação, distribuição e acesso à informação. Mais do que isso, estes
avanços estão a baixar significativamente os custos.
OS BENEFÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO ESTÃO APENAS A COMEÇAR
Estas novas tecnologias aumentam significativamente o acesso à informação e às comunicações, quebrando
barreiras ao conhecimento e à participação. Mas será que estes instrumentos conseguem chegar às pessoas pobres? O potencial está apenas a começar a ser explorado. As iniciativas estão a proliferar e prometem possibilidades tremendas.
A participação política está a ser redefinida pela utilização criativa de comunicações em dois sentidos.
Nas Filipinas, uma rede de advocacia electrónica foi estabelecida no início de 2001, em resposta ao julgamento do antigo Presidente Joseph Estrada, reunindo mais de 150.000 assinaturas para uma petição
e coordenando uma campanha para escrever cartas dirigidas aos senadores para votarem de acordo com
a sua consciência e não com os seus interesses políticos. Nas Honduras, uma organização de pescadores,
de pequena dimensão, enviou para o Congresso um vídeo da destruição ilegal dos seus mangues por agricultores comerciais politicamente poderosos, aumentando o conhecimento em relação a este assunto e protestando contra a perda dos seus meios de subsistência e habitat. No futuro, salas de comissões virtuais poderão
ajudar os cidadãos a testemunhar em várias questões, expandindo as possibilidades da Internet contribuir
para a participação.
A maior transparência no planeamento e nas transacções está a fazer com que os mercados e as instituições funcionem melhor. Em Marrocos, os ministérios das finanças e do planeamento utilizaram a tecnologia da informação e das comunicações para tornar o processo orçamental mais eficiente, criando uma
plataforma comum para partilhar dados sobre receita fiscal, auditoria e gestão da despesa. O tempo
necessário à preparação do orçamento foi reduzido para metade e os orçamentos reflectem melhor as
receitas e despesas correntes. No estado indiano de Gujurat, os agricultores de lacticínios são pagos com
base no peso e conteúdo de gordura do seu leite, que pode ser testado instantaneamente utilizando equipamento de baixo custo. Estas medidas transparentes e exactas reduzem o risco de subavaliação; as contas dos agricultores passam a estar de acordo com a base de dados do seu gado, mantendo um registo
das necessidades de vacinação – e ajudando as cooperativas a gerir melhor as necessidades de factores
produtivos e de serviços veterinários.
Rendimento. Utilizações criativas da Internet estão a aumentar os rendimentos nos países em desenvolvimento. Em Ondicherry, na Índia, a Fundação de Investigação MS Swaminathan estabeleceu centros de informação rurais para comunicações locais e acesso à Internet, utilizando energia solar e eléctrica
e comunicações com e sem fio. Os agricultores recebem informação sobre os preços de mercado, permitindo-lhes negociar melhor com os intermediários. Os pescadores podem aceder a imagens por satélite
que indicam onde estão os cardumes de peixes. As ligações via Internet com outras aldeias têm incenti-
Mais pessoas têm acesso . . .
. . . a mais informação . . .
. . . a um custo mais baixo
Milhões de utilizadores de Internet
Número de sítios da Web
Custos de transmissão
Mil milhões
em 2005
400
107
Mais de 400 milhões de
utilizadores no fim de 2000
106
O crescimento rápido da Internet
Anfitriões de Internet (milhares)
Brasil
China
Coreia do Sul
Macedónia
Uganda
Ucrânia
1995
26,8
10,6
38,1
0,1
0,1
2,4
2000
1.203,1
159,6
863,6
3,8
0,9
59,4
300
Primeira guerra cibernética
em grande escala
coincide com o
conflito entre a
Servia e Kosovo
103
200
104
100
103
0
Menos de 20 milhões
de utilizadores no fim
de 1995
1996 1998 2000
102
Dólares EUA por mil biliões de bits,
Boston a Los Angeles
105
104
105
1994
32
20 milhões de sítios da Web
no fim de 2000
Primeiros anúncios em
bandeira aparecem
em hotwired.com
Primeiros centros comerciais
na Internet
Menos de 200 sítios
da Internet
a meio de 1993
1994 1996 1998
2000
Uma transferência
102 de dados igual
a 150.000 dólares
em 1970, custava
10 0,12 dólares em 1999
1.0
0.1
1970
1980
1990
1999
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
1999
Torre Petronas
O edifício mais alto
do mundo
Kuala Lumpur, Malásia
Cronologia da tecnologia
de comunicação
1833 Samuel Morse desenvolveu o Código
Morse, permitindo a transmissão de sinais
através de fios. Primeiro telégrafo introduzido
em 1837
1876 Alexander Graham Bell introduz o telefone
1895 Guglielmo Marconi demonstrou a
transmissão e recepção sem fios
1920s Experimentadores e demonstradores
mostram a televisão em todo o mundo
1947 Claude Shannon estabelece a teoria
matemática das comunicações, fornecendo
uma base teórica para toda a comunicação
digital moderna
1966 Desenvolvimento das telecomunicações por satélite (Telestar)
1977 Ericsson estabeleceu, na Arábia Saudita, a primeira rede móvel de telecomunicações
1977 AT&T e GTE instalam o primeiro sistema de comunicações por fibra óptica
1979 Hayes introduz o primeiro modem de
computador
1982 Protocolo de rede básico adoptado
como padrão, levando a uma das primeiras
definições de Internet
1989 Cern desenvolve o conceito de World
Wide Webb
1993 Introdução do Mosaico – o primeiro interface gráfico popular para o World Wide
Webb
1995 US National Science Foundation
estabelece a Internet pública com serviço
backbone de alta velocidade ligado aos centros de supercomputação
1995 MP3, Real Audio e MPEG melhoram a
distribuição Internet de serviços de conteúdo
áudio e vídeo, tais como Napster e Real
Player
1997 Desenvolvimento do Protocolo de Aplicação sem Fios (WAP)
5.9 mb
vado o diálogo local sobre técnicas agrícolas, gestão de microcrédito,
oportunidades de negócio e de educação, acontecimentos religiosos
e de medicina tradicional. Cerca de um terço dos utilizadores são
de agregados familiares sem posses e cerca de 18% são mulheres.
A Grameen Telecom fornece telefones por todo o Bangladeche, permitindo a indivíduos, escolas e centros de saúde receber informação
de que precisam e de forma económica. Os estudos sugerem que uma
única chamada permite uma poupança real de 3 a 10% no rendimento
médio mensal de uma família, beneficiando os agregados familiares
pobres que utilizam os telefones da aldeia para fazer chamadas e substituindo a necessidade de recolher informação através de meios mais
caros.
1990
.13 mb
.002
Saúde. Onde os problemas de saúde estão relacionados com a falta de informação,
surgem agora novas soluções. Em Ginnack, uma ilha remota no rio Gâmbia, as
enfermeiras utilizam uma câmara digital para registar os sintomas dos pacientes.
As imagens são enviadas electronicamente para uma cidade próxima, para serem
diagnosticadas por um médico local, ou enviadas para o Reino Unido caso seja
necessária a opinião de um especialista.
O Projecto Helathnet é uma rede de redes lançada em 1989 para profissionais do
sector da saúde - sobretudo os que se situam em áreas remotas - em África, Ásia
e América Latina. Permite-lhes encomendar equipamento de forma eficiente, cooperar com instituições médicas em todo o mundo
e fornecer informação sobre surtos de doenças
emergentes. A Helathnet do Nepal tem 150 ponIntel Pentium III
500mHz
tos de acesso em todo o país, chegando a 500
profissionais da saúde e com 300 consultas por dia
no seu Website.
Estes exemplos são apenas o começo. Aproveitar
o potencial destas novas tecnologias dependerá
da sua adaptação às condições dos países em desenvolvimento, sobretudo dos utilizadores pobres. E muita coisa dependerá de inovações tecnológicas, institucionais e empresariais - para
criar aparelhos de baixo custo e de fácil utilização e para estabelecer o acesso a partir de
centros públicos ou de mercado com produtos a preços acessíveis.
O futuro: conexão de alta velocidade para
todas as casas, junção da Internet com
mecanismos de jogos, fusão de telefones
móveis e assistentes digitais pessoais
Intel Pentium II
333mHz
A velocidade dos microprocessadores
duplicou em cada 18 meses
Milhões de instruções por segundo
O custo da computação –
que quantidade de memória
compra um dólar?
Megabits de DRAM de armazenagem
Intel Pentium Pro
200mHz
1 megabit de
DRAM custava
5,27 dólares
em 1970 e
17 cêntimos
em 1999
.0002
Fonte: Fortier e Trang 2001; Chandresekhar 2001; Hijab 2001; Tamesis 2001; UNDP, Accenture and the Markle Foundation 2001; Zakon 2000; ITU 2001b; Nua Publish 2001; Cox e Alm
1999; Archive Builders 2000; Universitiet Leiden 1993; W3C 2000; Bell Labs 2000; Bignerds
2001; Teli Mobile 2000.
i486DX2
50mHz
Intel
4004
Intel
80286
1970
1980
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
Intel 80486
Intel 80386
1990
2000
1970 1980 1990 1999
33
DESTAQUE 2.2
A ESPERANÇA DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
BIOTECNOLOGIA
Cronologia da biotecnologia
1856 Gregor Mendel estabelece o
gene como a unidade funcional
da hereditariedade
1871 Frederich Miescher descobre
o ADN
1909 Wilhelm Jorgenson introduz
a palavra gene, substituindo os
factores de Mendel
1944 Oswald Avery, Colin
MacLeod e Mclyn MacCartey determinam que os genes são codificados pelo ADN
1953 James Watson e Francis
Crick introduzem a estrutura do
ADN – a hélice dupla
1960s Werner Arber, Hamilton
Smith e Daniel Smith descobrem
que as proteínas são responsáveis
pelo corte do ADN (enzimas de
restrição)
1972 Paul Berg construiu a
primeira recombinação tecnológica do ADN
1973 Herb Boyer e Stanley Cohen
são os primeiros a usar o plasmídeo para clonar o ADN, permitindo a reprodução e uso de
módulos de recombinação do
ADN
1982 Primeiro medicamento biotecnológico produzido para uso
1982 Primeiras plantas transgénicas introduzidas experimentalmente
1996 Primeiras plantas transgénicas disponíveis comercialmente
1996 A ovelha Dolly foi clonada
no Roslin Institute de Edimburgo
2000 Celera Genomics e o Projecto do Genoma Humano do Instituto Nacional de Saúde dos
Estados Unidos anunciam um
documento de trabalho conjunto
sobre o genoma humano
Informação biotécnica
Unidades identificadas
107
10,1 mil milhões
em 2000
106
105
Pares base
(X 1.000)
Sequências
104
3
10
102
OS BENEFICIOS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO ESTÃO APENAS A COMEÇAR
Aplicações mais avançadas na medicina e na agricultura têm um elevado potencial para acelerar o desenvolvimento humano. Mas este potencial só será verdadeiramente efectivo se a biotecnologia for utilizada para
enfrentar os desafios fundamentais da saúde e agricultura dos países pobres-doenças tropicais e as colheitas
e meios de subsistência das zonas ecologicamente marginais deixadas para trás pela revolução verde. E só
se for feita com uma abordagem sistemática para avaliar e gerir os riscos de danos para a saúde humana,
ambiente e equidade social.
Na saúde, as empresas farmacêuticas estão a mudar da descoberta e desenvolvimento dos medicamentos
baseados na química médica para a concepção e desenvolvimento de medicamentos baseados na informação
fornecida pela genomologia e técnicas relacionadas. Quase 300 biomedicamentos foram aprovados para uso
ou estão a ser analisados pela Administração da Alimentação e Medicamentos dos Estados Unidos. O mercado de produtos farmacêuticos baseado na genomologia, deverá crescer de 2,2 mil milhões de dólares em
1999 para 8,2 mil milhões em 2004. Estes produtos oferecem tratamento para doenças que não eram possíveis tratar anteriormente. A insulina como um instrumento para combater a diabetes foi tornada possível
através da tecnologia de recombinação do ADN, tal como aconteceu com a vacina para a hepatite B. Mas,
isto é apenas o começo. O conhecimento biotecnológico tem potencial para desenvolver melhores tratamentos
e vacinas para a SIDA, malária, cancro, doenças do coração e desordens nervosas. Terapias do gene e tecnologias antisensoriais transformarão para sempre o tratamento das doenças, até agora mais orientado para
curar do que para tratar sintomas. Prevê-se que estejam no mercado, até 2005, cinco medicamentos de terapia de genes para várias formas de cancro. Investigadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos,
criaram tomates e bananas transgénicos que contêm a vacina da hepatite B. Apenas uma fatia fina de banana seca ou uma porção de pasta de tomate numa bolacha contém o suficiente da medicação necessária
para actuar como uma dose – custando menos que um cêntimo do dólar, em contraste com os habituais 15
dólares. PowderJect Pharmaceuticals, uma empresa inglesa, criou vacinas baseadas em ADN que dispensam a utilização de agulha para as tomar. O aparelho, que cabe numa mão, lança uma vacina microscópica
pulverizada sobre a pele, num jacto de gás e sem dor, o que constitui um processo mais fácil e mais seguro
do que a utilização de uma seringa, além de que dispensa a necessidade de refrigeração. O conhecimento
biotecnológico pode, também, ser usado para modificar organismos que transmitem as doenças – por
exemplo, criando o mosquito "perfeito", incapaz de transportar a malária.
Na agricultura, a reprodução das plantas promete gerar colheitas mais elevadas e resistentes à seca, pragas
ou doenças. A reprodução cruzada tradicional leva tempo, normalmente entre 8 a 12 anos. A biotecnologia acelera o processo de produção de culturas com características alteradas, utilizando uma característica
genética específica de uma qualquer planta e transferindo-a para o código genético de qualquer outra. Mais
importante, a modificação das plantas deixa de ser restringida pelas características da espécie. Genes do cacto,
responsável pela tolerância à seca, podem ser usados para ajudar as culturas alimentares a sobreviverem à
seca. Genes de plantas anãs utilizadas para aumentar o rendimento dos cereais mostraram os mesmos
efeitos sobre outras culturas, pelo que podem aumentar o rendimento em culturas anteriormente incapazes
de beneficiar desses genes. O controlo genético do vírus da mancha amarela do arroz mostra o que os transgénicos podem fazer quando as abordagens convencionais falham. E agricultores chineses foram capazes
de controlar a lagarta do algodão, que já não podia ser controlada por químicos ou protecção de plantas
hospedeiras, com o crescimento do algodão apoiado com o Bacillus thuringiensis.
Novo tratamento para as doenças do gado aparece como a mais significativa área para o desenvolvimento
da produção. Testes de diagnóstico e vacinas de recombinação do ADN para a peste bovina, theileriosis (febre
da costa leste) ou a doença da febre aftosa têm os relatórios preparados para testes alargados ou para desenvolvimento do produto.
680.000
em 1982
606 em 1982
1982
34
10,1
milhões
em 2000
A tecnologia de recombinação do ADN – um grupo de tecnologias que melhoram a nossa capacidade de
manipular geneticamente os materiais – é o que, geralmente, se refere como sendo a biotecnologia. Desde
as descobertas dos anos de 1960, a introdução das moléculas de recombinação do ADN nos organismos passou a ser mais eficiente e mais eficaz – tornando possível o uso do poder da genética para a engenharia dos
atributos de um produto. Desenvolveram-se, então, técnicas mais precisas, melhorando a modificação
genética da maior parte das culturas e plantas alimentares. A biotecnologia foi, também, aplicada aos temas
de saúde aparentemente mais intratáveis, determinando que genes são responsáveis pela criação ou melhoria dos processos de doença, como os genes controlam esses processos e o que pode ser feito para pará-los.
2000
Fonte: Cohen 2001; Bloom, River Path Associates e Fang 2001; CDI 2001; BBC Rsearch 2000; Bipharma 2001; Powderjet 2001; Doran 2001;
NCBI 2001.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
• Advocacia – a globalização dos problemas da sociedade civil – do Jubileu 2000 à proibição das minas
terrestres – traz vantagens para a advocacia em rede
globalizada. Os problemas da tecnologia são, igualmente, enfrentados com pressão compensatória e
opiniões alternativas, desde o acesso aos medicamentos do HIV/SIDA e direitos de propriedade intelectual
até aos riscos dos alimentos modificados geneticamente.
A NOVA ERA TECNOLÓGICA TRAZ NOVAS
POSSIBILIDADES – PARA UM AVANÇO AINDA MAIOR
NO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Os actuais avanços tecnológicos podem acelerar o desenvolvimento humano em muitas áreas.
A biotecnologia fornece um caminho para avançar
na medicina e agricultura, em áreas onde os métodos
anteriores tinham menos sucesso. A preparação de
novos medicamentos e tratamentos com base na
genomologia e tecnologias associadas, oferece a possibilidade de enfrentar os principais desafios de saúde que
os países e as pessoas pobres enfrentam – levando possivelmente, por exemplo, a vacinas contra a malária e
o HIV/SIDA. A genomologia pode acelerar a criação
de plantas e impulsionar o desenvolvimento de novas
variedades de culturas com maior resistência à seca e
a doenças, com menor impacte ambiental e maior valor
nutricional. A biotecnologia oferece o único ou melhor
"instrumento de escolha" para zonas ecológicas marginais – deixadas para trás pela revolução verde, mas
que dão abrigo a mais de metade das pessoas mais pobres do mundo, dependentes da agricultura e de gado.
Há um longo caminho a percorrer até o potencial
da biotecnologia ser mobilizado. As culturas transgénicas aumentaram de 2 milhões de hectares plantados em 1996, até 44 milhões de hectares em 2000. Mas,
98% desta extensão situa-se em apenas três países – a
Argentina, Canadá e os Estado Unidos.14 Para além
disso, todos os governos têm de encontrar novas políticas institucionais e científicas para gerir os riscos de
saúde, ambientais e sociais desta nova inovação (capítulo 3).
As aplicações da tecnologia de informação e
comunicações vão mais à frente do que as da biotecnologia. A Internet tem crescido exponencialmente,
de 16 milhões de utilizadores em 1995 para mais de
400 milhões em 2000 – e espera-se 1 milhar de milhão
de utilizadores em 2005.15 A possibilidade de ligação
está a aumentar a ritmos espectaculares na Europa,
Japão, Estados Unidos e muitos países em desenvolvimento (ver destaque 2.1). Na América Latina, a
utilização da Internet está a crescer a mais de 30% ao
ano – embora isso signifique que apenas 12% dos indivíduos estarão ligados até 2005. Uma maior expansão é limitada pelos rendimentos baixos das
famílias.16
Ligar uma grande parte da população será um desafio nas regiões em desenvolvimento. Mas a desigualdade digital não é necessariamente permanente, se as
adaptações tecnológicas e a inovação institucional expandirem o acesso. A criatividade e espírito empreendedor no Brasil, Índia, Tailândia, Níger e outros
países já permitiram desenvolver software para utilizadores analfabetos e aparelhos sem fios, de baixo
custo e alimentados a energia solar (caixa 2.3). O acesso
comunitário – público e privado – está a espalhar-se em
cenários urbanos e rurais. Desde a África do Sul ao
Bangladeche, inovações como cartões de telefone
pré-pagos estão a expandir o acesso à informação e às
tecnologias da informação. Múltiplas utilizações têm sido
encontradas, desde a saúde à educação e à participação
política, para não mencionar o aumento dos rendimentos de famílias pobres.
O que é que é novo e diferente na tecnologia da informação e da comunicação como meio de erradicação
da pobreza, no século 21? Primeiro, é um factor comum
a quase todas as actividades humanas: tem um potencial de utilização numa quase infinita gama de localizações e objectivos. Segundo, as tecnologias de
informação e comunicação quebram barreiras ao desenvolvimento humano, pelo menos de três formas que
não eram possíveis anteriormente:
• Quebrar barreiras ao conhecimento. O acesso à
informação é tão essencial quanto é a educação na construção de capacidades humanas. Enquanto a educação
A desigualdade digital
não é necessariamente
permanente,
se as adaptações
tecnológicas e a inovação
institucional expandirem
o acesso
CAIXA 2.3
Quebrar barreiras ao acesso à Internet
A World Wide Web é demasiado cara para
milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, em parte devido ao custo dos computadores, que são o ponto de entrada habitual
na Web: em Janeiro de 2001, o computador
Pentium III mais barato custava 700 dólares
EUA-custo muito pesado para ponto de acesso
de comunidades com baixo rendimento. Para
além disso, a interface baseada em texto coloca
a Internet fora do alcance de pessoas analfabetas.
Para ultrapassar estas barreiras, académicos do Instituto Indiano de Ciência e engenheiros da Encore Software, empresa de design
sedeada em Bangalore, desenvolveram um
aparelho de Internet que cabe numa mão e
custa menos de 200 dólares EUA. Baseado no
sistema operativo de fonte aberta da Linux, a
primeira versão do Simputer permitirá o acesso
à Internet e correio electrónico em línguas locais, com ecrã de toque e aplicações microbancárias. As próximas versões prometem
incluir software com reconhecimento de voz e
software de texto para voz, para utilizadores
analfabetos. Os direitos de propriedade intelectual foram transferidos gratuitamente para
a Fundação Simputer, que está a licenciar a
tecnologia a fabricantes por uma quantia simbólica – e o aparelho será lançado brevemente.
Fonte: PC World 2000; Simputer Trust 2000; Kirkman 2001.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
35
desenvolve qualificações cognitivas, a informação dá conteúdo ao conhecimento. A Internet e a World Wide Web
podem fornecer informação tanto aos pobres como aos
ricos.
• Quebrar barreiras à participação. As pessoas e as
comunidades pobres são muitas vezes isoladas e não
têm meios para a acção colectiva. As comunicações
mundiais da Internet têm alimentado muitos movimentos das sociedades civis, em anos recentes: o acordo
para banir a utilização de minas terrestres, iniciativas
para o alívio da dívida nos países pobres e esforços para
fornecer medicamentos para o HIV/SIDA em países
pobres. A Internet é, igualmente, poderosa na mobilização local das pessoas. Campanhas contra a corrupção, por correio electrónico, influenciaram as
eleições de 1999 na Coreia e deram origem ao recente
movimento que depôs o Presidente Filipino Joseph
Estrada. Em todo o mundo, os cidadãos têm cada vez
CAIXA 2.4
A nova economia e paradoxos de crescimento
Os defensores da nova economia afirmam que
a revolução tecnológica actual criou um novo
paradigma de crescimento, que permitirá a
expansão do PIB dos Estados Unidos a bem
mais de 4% ao ano – um novo motor de crescimento de longo prazo, mais elevado, comparável aos caminhos de ferro ou à electricidade.
Mas um grupo crítico, que ganhou força com
o decréscimo dos preços das acções das
dot-coms e do NASDAQ, afirmam que os
crescimentos de produtividade se limitaram
ao sector informático, empurrados pela expansão do ciclo económico – e que os computadores e a Internet não são comparáveis à
revolução industrial. Mudou tudo, ou nada?
A realidade é que o crescimento da nova economia não desafiou as leis da economia (o sobreinvestimento continua a sobreaquecer a
economia). Mas contribui para o rápido crescimento recente da economia americana.
O que é que aconteceu? Primeiro, o
rápido crescimento do sector informático –
hardware, software, a Internet – contribuiu
directamente para o crescimento norte-americano, sendo responsável por cerca de um
quarto do crescimento do produto na década de 1990. Segundo, desde meados da
década de 1990 que a utilização de computadores e da Internet tem afectado outras
partes da economia, aumentando a produtividade na indústria transformadora tradicional e nos serviços. Depois de 20 anos em
que a produtividade cresceu a uma taxa
média anual de 1%, ela tem vindo a crescer,
desde 1995, a uma taxa de cerca de 3% ao ano
– e sustentou esse nível mesmo quando a
economia abrandou, em 2000-01.
Esta experiência recente dos Estados
Unidos parece resolver o chamado paradoxo
da produtividade, que levou Robert Solow a
comentar, no final da década de 1980, que se
"pode ver a era dos computadores em todo
o lado menos nas estatísticas da produtividade". Mas não é esse o caso em todos os
países da OCDE. Na maior parte da Europa
e no Japão, o crescimento da produtividade
não acelerou.
Porquê? Alguns defendem que os benefícios do computador e da Internet só se
começam a sentir quando atingirem cerca
de 50% de penetração e começarem a reduzir custos noutras partes da economia.
Essa taxa só foi atingida nos Estados Unidos
em 1999. Não é o número de computadores
que despoleta a produtividade mais elevada,
mas a mudança global na forma como a
economia funciona-se o trabalho é móvel de
uma localização e tipo de emprego para outras, se algumas empresas falham enquanto
outras arrancam, se os investidores mudam
o seu dinheiro de uma ideia nova para outra,
se as relações entre empresas e seus fornecedores tradicionais se quebram e se realinham, se as organizações mudam. Num
inquérito recente nos Estados Unidos, um
quarto das empresas responderam que tinham
realizado mudanças organizacionais em resposta à emergência da Internet.
Fonte: President of the United States 2001; Bassanini, Scarpetta e Visco 2000; Solow 1987; Jorgenson e Stiroh 2000; David
1999¸OECD 2000a; The Economist 2000.
36
mais capacidade de utilizar a Internet para responsabilizar mais os governos.
• Quebrar barreiras à oportunidade económica.
Apesar da queda recente das acções nas bolsas tecnológicas e a morte das dot-coms, as tecnologias de informação e comunicação e as indústrias associadas estão
entre os sectores mais dinâmicos da economia mundial
(caixa 2.4). Oferecem aos países em desenvolvimento
o potencial para expandir as exportações, criar bons empregos e diversificar as suas economias. O sector das
tecnologias de informação e comunicação requer menos
investimento inicial em capital e infra-estruturas do
que os sectores mais tradicionais – o que pode explicar
porque é que as indústrias de alta tecnologia estão a
crescer mais rapidamente do que as de média tecnologia, nos países em desenvolvimento. Para além disto,
estas indústrias são trabalho-intensivas, fornecendo
novos empregos e salários a empregados com formação.
Os salários dos profissionais de software na Índia são
elevados, mas competitivos em termos do mercado
mundial (caixa 2.5).17
O que é que o futuro nos reserva? Projecta-se que
a despesa mundial nas tecnologias de informação e
comunicação aumentara de 2,2 mil biliões de dólares
EUA em 1999, para 3 mil biliões em 2005 – oferecendo muitas oportunidades de nicho para prestadores de serviços nos países em desenvolvimento.18
Existe, actualmente, 2,5 mil milhões de páginas Web
originais e publicamente acessíveis na Internet e 7,3
milhões de páginas novas são acrescentadas todos os
dias.19 Com a Internet acessível através de aparelhos
sem fio, incluindo telefones móveis que, segundo as
expectativas, ultrapassarão os computadores pessoais em termos de acesso, até 2005,20 as pessoas e
as empresas nos países em desenvolvimento serão
cada vez mais capazes de aceder à preciosa informação disponível na Internet. Prevê-se que o comércio electrónico empresas-consumidor crescerá, em
termos mundiais, de 25 mil milhões de dólares EUA
em 1999, para 233 mil milhões até 2004;21 as previsões
relativas ao comércio electrónico entre empresas
estão entre os 1,2 e os 10 mil milhões de dólares até
2003.22
Os países em desenvolvimento que podem criar as
infra-estruturas necessárias, podem participar em novos
modelos de intermediação de negócios mundiais, como
o outsourcing de processos empresariais e integração
na cadeia de valor. À medida que aumenta a base de
utilizadores, que os custos diminuem e que as tecnologias são adaptadas às necessidades locais, o potencial
das tecnologias de informação e comunicação nos países
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
em desenvolvimento só será limitado pela imaginação
humana e a vontade política.
A ERA DAS REDES ESTÁ AMUDAR A FORMA COMO
AS TECNOLOGIAS SÃO CRIADAS E DIFUNDIDAS –
DE 5 FORMAS
É necessário entender vários contornos desta nova era,
de forma a permitir aos países e às pessoas pobres
tirarem vantagem das novas oportunidades.
Em primeiro lugar, as capacidades são mais importantes do que nunca no actual mercado mundial mais
competitivo. A transferência e a difusão da tecnologia
não são fáceis. Os países em desenvolvimento não
podem simplesmente importar e aplicar os conhecimentos do exterior através da aquisição de equipamento, sementes e comprimidos. Nem todos os países
têm a capacidade de desenvolver tecnologias de ponta,
mas todos os países precisam ter a capacidade interna
de identificar os benefícios potenciais da tecnologia e
de adaptar as novas tecnologias às suas necessidades e
limitações. Para utilizar uma tecnologia, empresas e
agricultores têm de ser capazes de aprender e desenvolver com facilidade novas capacidades. Na Tailândia,
quatro anos de educação triplicam as probabilidades de
um agricultor utilizar um fertilizante eficazmente. Na
Índia, é mais provável que os agricultores com formação utilizem técnicas de irrigação e sementes melhoradas. Nesta era de avanços tecnológicos rápidos, a
aprendizagem de novas tecnologias é um processo contínuo. Não é possível aos países permanecerem competitivos sem a constante actualização de conhecimentos
e capacidades (capítulo 4).
Em segundo lugar, as novas regras mundiais que
atribuem valor à tecnologia são mais importantes. As
novas regras subscritas por quase todos os países têm
aumentado a protecção mundial dos direitos intelectuais.
Isto aumenta o valor de mercado da tecnologia, aumentando os incentivos ao investimento na investigação e desenvolvimento. Mas também implica novas
escolhas para os países em desenvolvimento no acesso
à tecnologia e uma mudança nos custos ao consumidor
(capítulo 5).
Em terceiro lugar, o sector privado lidera a investigação e desenvolvimento mundial, detendo a maior
parte do financiamento, conhecimento e pessoal especializado para a inovação tecnológica. Na maioria dos
países da OCDE, o sector privado financia 50-60% da
investigação e desenvolvimento. As empresas têm um
papel ainda maior na Irlanda, Japão, Coreia e Suécia.
Na maior parte dos países, as empresas aplicam mais in-
vestigação do que aquela que financiam, indicando que
existe algum financiamento do governo à investigação
e desenvolvimento empresarial. As Universidades geralmente conduzem 15-20% da investigação e desenvolvimento nacional, enquanto a investigação pública
na América do Norte e países Nórdicos é responsável
por cerca de 10% e na União Europeia ligeiramente mais
de 15% (quadro 2.3).23
Fazem parte da história as novas formas de financiamento privado de investigação de alto risco. Iniciativas empresarias pequenas e com base em tecnologia
estão associadas a um risco elevado, fazendo delas candidatas improváveis para as formas convencionais de financiamento. O capital de risco, essencial para a
explosão tecnológica nos Estados Unidos e que apoia
novas empresas tecnológicas na Europa e Japão, permite
que seja o mercado a escolher os vencedores. Começa
CAIXA 2.5
As oportunidades de exportação da Índia na nova economia
Que promessas reais é que a nova economia traz
para os países em desenvolvimento? A rápida
expansão mundial das tecnologias de informação e comunicação tem criado novas oportunidades para actividades de nicho. Na Índia,
em 1999, a indústria gerou 330 mil milhões de
rupias (7,7 mil milhões de dólares EUA), 15
vezes mais do que o nível de 1990, e as exportações aumentaram de 150 milhões em 1990
para quase 4 mil milhões de dólares em 1999.
Um estudo estimou que as exportações devem
aumentar para 50 mil milhões até 2008, fazendo
com que a tecnologia de informação seja responsável por 30% das exportações da Índia e
7,5% do seu PIB. Estima-se que o emprego na
indústria de software aumente de 180.000 em
1998 para 2,2 milhões em 2008, passando a ser
responsável por 8% do emprego formal da
Índia.
As tecnologias de informação e comunicação criaram novas oportunidades de outsourcing, permitindo que um serviço seja
prestado num país e entregue noutro. Estes
serviços, entregues por telecomunicações ou
por redes de dados, incluem a gestão de cartões
de crédito, resolução de litígios de seguradoras,
pagamento de salários de empresas e a gestão
de recursos financeiros, humanos e de clientes.
O mercado de outsourcing mundial vale mais
de 100 mil milhões de dólares EUA, com 185
das empresas da Fortune 500 a recorrer à Índia
para o outsourcing das suas necessidades de
software. A Índia tem actualmente 1.250 empresa a exportar software.
A Índia mostra que a política pública é importante. Ao prover educação para a tecnologia da informação – as escolas técnicas indianas
de língua inglesa formam mais de 73.000 licenciados por ano – e investir em infra-estruturas (sobretudo ligações de alta velocidade e
portais internacionais com largura de banda
suficiente), o Governo assegurou um lugar para
a Índia na nova economia. Estes esforços resultarão em benefícios de longo prazo para o
desenvolvimento humano e um crescimento
económico equitativo.
Fonte: Landler 2001; Reuters 2001; Chandrasekhar 2001.
QUADRO 2.3
O sector privado lidera a criação de tecnologia
(percentagem das despesas de investigação e desenvolvimento, 1995)
Fonte
América do Norte
Financiamento do sector privado
Realização do sector privado
Realização das universidades
Realização do sector público
59
71
16
10
União Europeia
Países nórdicos
53
62
21
16
59
67
23
10
Nota: Exclui a investigação e desenvolvimento pelas organizações sem fins lucrativos.
Fonte: Lall 2001.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
37
A difusão desigual
da tecnologia não é
novidade – há muito
tempo que existem
enormes diferenças
entre países
a surgir noutros lugares – incluindo a China, Índia, Israel e Singapura (quadro 2.4).
As grandes empresas dominam a investigação e
desenvolvimento nas tecnologias de informação e comunicação e na biotecnologia, tão importantes para o
desenvolvimento humano. Em todo o mundo, a indústria farmacêutica e biotecnológica gastou 39 mil
milhões de dólares EUA em investigação e desenvolvimento, em 1998. Empresas farmacêuticas americanas
que assentam na investigação investiram 24 mil milhões
de dólares em 1999, aumentando para 26,4 em 2000. As
20 maiores empresas farmacêuticas duplicaram a sua despesa em investigação e desenvolvimento, desde meados
dos anos de 1990. Se essa tendência se mantiver, a despesa média por empresa pode aumentar até 2,5 mil
milhões de dólares EUA até 2005.24
Em quarto lugar, emergiu um mercado de trabalho
mundial para os profissionais das tecnologias de ponta.
Impulsionados pela escassez de qualificações na Europa, Japão e nos Estados Unidos, estes trabalhadores
têm cada vez maior mobilidade entre países. Em 2000,
os Estados Unidos aprovaram legislação que permite
mais 195.000 licenças de trabalho por ano para profissionais qualificados. Das 81.000 licenças aprovadas
entre Outubro de 1999 e Fevereiro de 2000, 40%
foram concedidas a indivíduos provenientes da Índia
e mais de metade foram para actividades relacionadas
com a informática, um sexto para ciências e engenharia.25 Surgiu um efeito secundário: um novo tipo
de negócio ou diáspora do cérebro. Uma forte relação entre Silicon Valley e Bangalore assenta nas
redes económicas da diáspora indiana, à medida que
QUADRO 2.4
O capital de risco expande-se por tudo
o mundo
(milhões de dól. EUA correntes em investimento)
País ou área
1995
2000
Estados Unidos
Reino Unido
Japão
Alemanha
França
Hong Kong, China (RAE)
Singapura
Suécia
Israel
Índia
Finlândia
China
Coreia do Sul
Filipinas
África do Sul
4.566
19
21
13
8
245
5
—
8
3
—
—
1
2
—
103.170
2.937
1.665
1.211
1.124
769
651
560
474
342
217
84
65
9
3
Nota: Os dados para a Finlândia e Suécia representam acções privadas.
Fonte: Thomson Financial Data Services 2001.
38
elas investem no país de origem, o que facilita também
os contactos para o acesso ao mercado.
Em quinto lugar, empresas em início de actividade,
laboratórios de investigação, financiadores e grandes
empresas estão a convergir em novos pólos mundiais
de inovação, criando um ambiente dinâmico que reúne
o conhecimento, o financiamento e a oportunidade.
Cientistas de topo e empresários entusiásticos de todo
o mundo convergem nestes centros, atraindo investidores. A revista Wired identificou 46 centros de topo
e classificou-os por importância e vitalidade, de acordo
com a presença de escritórios de grandes empresas,
capitais de risco, universidades, laboratórios de investigação e empresas em início de actividade . Os Estados Unidos tem 13 pólos, a Europa tem 16, a Ásia
9, América do Sul 2, África 2, Austrália 2, Canadá 1
e Israel 1 (mapa 2.1). Outros pólos podem, brevemente, juntar-se à lista – Hyderabad na Índia ou Pequim e Xangai na China.
AS OPORTUNIDADES DA ERA DAS REDES
EXISTEM NUM MUNDO DE CAPACIDADE
TECNOLOGICA DESIGUAL
A difusão desigual das tecnologias de informação e
comunicação – a desigualdade digital – tem chamado
a atenção dos líderes mundiais. Reduzir esta desigualdade é actualmente um objectivo mundial. Mas
difusão desigual da tecnologia não é novidade. Há
muito tempo que existem enormes diferenças entre
países. Como resultado, os 200 e poucos países do
mundo enfrentam o desafio do desenvolvimento
humano na era das redes, começando de pontos de
partida muito diferentes. O índice de realização tecnológica, neste Relatório, apresenta um perfil das realizações médias de cada país na criação e difusão
tecnológica e na construção de capacidades humanas
para dirigir novas inovações (ver mapa 2.1, p. 45; e
anexo 2.1, p. 46).
Para além da diferença entre países, o índice revela disparidades consideráveis dentro dos países. Observemos a Índia, que alberga um dos pólos mais
dinâmicos do mundo – Bangalore, que a Wired classificou em 11º entre 46 pólos. No entanto, a posição
da Índia no índice de realização tecnológica é 63º,
caindo para o lugar mais baixo dos seguidores dinâmicos. Porquê? Devido a variações enormes nas realizações tecnológicas entre os estados indianos. O país
tem o sétimo maior número de cientistas e engenheiros no mundo, cerca de 140.000 em 1994.27 No entanto, em 1999, o número médio de anos de
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
escolaridade era de apenas 5,1 anos e o analfabetismo
adulto de 44%.
O índice de realização tecnológica foca três dimensões ao nível dos países:
• Criação de novos produtos e processos através da
investigação e desenvolvimento.
• Utilização de novas – e velhas – tecnologias na
produção e consumo.
• Existência das qualificações necessárias para a
aprendizagem e inovação tecnológica.
computadores a baixos custos, a Tailândia desenvolveu tratamentos para a febre dengue e para a
malária (ver caixa 5.2) e o Vietname desenvolveu
tratamentos para a malária utilizando conhecimento
tradicional (caixa 2.6). A Argentina, China, Coreia,
México e Tailândia estão a submeter quantidades
substanciais de patentes. Na Coreia, a despesa na investigação e desenvolvimento chega a 2,8% do PIB,
mais do que em qualquer outro país, exceptuando a
Suécia (quadro 2.5).
CRIAÇÃO
UTILIZAÇÃO
TECNOLOGICA
O desenvolvimento de novos produtos e invenções,
geralmente como resultado do investimento sistemático
na investigação e desenvolvimento, é conduzido quase
exclusivamente nos países da OCDE e nalguns países
em desenvolvimento da Ásia e América Latina.28 Os
países da OCDE, com 14% da população mundial, são
responsáveis por 86% dos 836.000 pedidos de patente
submetidos em 1998 e 85% dos 437.000 artigos em revistas científicas publicadas mundialmente.29 Estes
países também investem mais tanto em termos absolutos como relativos – uma média de 2,4% do seu PIB vai
para a investigação e desenvolvimento, comparado com
0,6% na Ásia do Sul (quadro anexo A.2.2). A inovação
também significa propriedade. Dos pagamentos de
royalties e de direitos de licenças em 1999, no mundo,
54% foram para os Estados Unidos e 12% foram para
o Japão.30
No entanto, este perfil de concentração nos
países da OCDE oculta a real evolução e dinamismo
em muitos países em desenvolvimento. Existem centros de inovação no Brasil, Índia, África do Sul,
Tunísia e noutros locais e vários outros países da
Ásia e América Latina estão cada vez mais envolvidos na criação tecnológica. O Brasil está a desenvolver
TECNOLOGICA
Como se poderia esperar, a utilização de novas e velhas
tecnologias é desigual – uma função obvia do rendimento, entre outros factores. O que é surpreendente é
a rápida difusão de novas tecnologias nalguns países e
as tendências diversas entre eles.
Em Hong Kong (China, RAE), Islândia, Noruega,
Suécia e Estados Unidos, a Internet chega a mais de
metade da população e noutros países da OCDE chega
CAIXA 2.6
Combinação de conhecimentos tradicionais e de métodos científicos
para gerar inovações no tratamento da malária no Vietname
O Vietname reduziu extraordinariamente os
casos e mortes por malária, utilizando medicamentos de alta qualidade produzidos localmente. Entre 1992 e 1997, o número de mortes
causadas pela malária caiu 97% e o número de
casos quase 60%. O que é que permitiu estes
enormes avanços?
No início dos anos de 1990, o Governo
vietnamita aproveitou uma melhoria na economia, aumentando o seu investimento no controlo da malária e identificando a luta contra a
malária como uma prioridade nacional.
O primeiro grande avanço foi o desenvolvimento
e fabrico de um novo medicamento – artemisina
– para o tratamento dos casos graves de malária
e resistentes às combinações de medicamentos.
O novo produto, extraído da árvore indígena
thanh hao, tinha sido utilizado na medicina tradicional chinesa e vietnamita durante séculos. A colaboração entre indústria e investigadores levou
à produção local, a baixo custo, de artemisina de
alta qualidade e de outros derivados.
Fonte: WHO 2000a.
QUADRO 2.5
Investimento na capacidade tecnológica doméstica
País ou grupo
Coreia do Sul
Singapura
Suécia
Tailândia
Estados Unidos
Países em desenvolvimento
OCDE de rendimento elevado
Taxa de escolarização superior bruta
(percentagem)
1980
1997
15
8
31
15
56
7
39
Parcela da escolarização superior
em ciências
(percentagem)
1995–97
Despesas de investigação
e desenvolvimento
(percentagem do PNB)
1987–97
34,1
62,0
30,6
20,9
17,2
27,6
28,2
2,8
1,1
3,8
0,1
2,6
..
2,4
68
43
55a
22a
81a
9a
64a
a. Refere-se a um ano anterior.
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em UNESCO 1999 e 2001a e World Bank 2001h.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
39
DESTAQUE 2.3
DIFUSÃO DESIGUAL DA TECNOLOGIA-ANTIGAS E NOVAS . . .
UTILIZADORES DE INTERNET – AINDA SÃO UM ENCLAVE MUNDIAL
O círculo grande representa a população mundial.
As fatias mostram parcelas regionais
da população mundial..
As cunhas escuras mostram utilizadores de Internet.
Estados
Unidos
OCDE de
rendimento
elevado
excl. EUA
Ásia do Sul
Utilizadores de Internet em percentagem
da população nacional
60
1998
África
Subsariana
50
Países Árabes
40
Ásia Oriental
e Pacífico
Utilizadores de Internet
(em percentagem da população)
Estados Unidos
OCDE de rendimento elevado
(excl. EUA)
América Latina e Caraíbas
Ásia Oriental e Pacífico
Europa do Leste e CEI
Países Árabes
África Subsariana
Ásia do Sul
Mundo
Suécia
Estados Unidos
Noruega
Singapura
América Latina
e Caraíbas
Europa do Leste
e CEI
2000
1998
2000
26,3
54,3
6,9
0,8
0,5
0,8
0,2
0,1
0,04
2,4
28,2
3,2
2,3
3,9
0,6
0,4
0,4
6,7
30
Japão
Irlanda
20
10
0
Malásia
Brasil
África do Sul
China
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em dados fornecidos por Nua Publish 2001 e UN 2001c.
A desigualdade diminui –
mas ainda muito lentamente
Mais de três quartos dos
utilizadores de Internet vivem nos países
da OCDE de rendimento elevado,
que contém 14% da população mundial
OCDE de
elevado
População mundial rendimento
14%
População que usa a Internet
OCDE de rendimento
elevado 88% em 1998
79% em 2000
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de
Desenvolvimento Humano baseados em dados
fornecidos por Nua Publish e UN 2001c.
A desigualdade digital no interior dos países
Apesar dos dados sobre a demografia dos utilizadores da
Internet serem limitados, constata-se que a sua utilização é claramente concentrada. Na maior parte dos países,
os utilizadores da Internet são predominantemente:
• Urbanos e localizados em certas regiões. Na
China, as 15 províncias com menos ligações, com 600
milhões de pessoas, têm apenas 4 milhões de utilizadores de Internet – enquanto que Xangai e Pequim, com 27 milhões de pessoas, têm 5 milhões de
utilizadores. Na República Dominicana, 80% dos utilizadores situam-se na capital, Santo Domingo. E na
Tailândia, 90% vivem em áreas urbanas, onde se
encontram apenas 21% da população do país. Entre
as 1,4 milhões de ligações de Internet da Índia, mais
de 1,3 milhões são nos cinco estados de Delhi, Karnataka, Maharashtra, Tamil Nadu e Mumbai..
• Mais ricos e com melhor educação. Na Bulgária,
os 65% mais pobres da população incluem apenas
29% dos utilizadores da Internet. No Chile, 89% dos
utilizadores da Internet tiveram educação superior,
no Sri Lanka 65% e na China 70%.
• Novos. Em qualquer lado, é mais provável que as
pessoas mais novas estejam ligadas. Na Austrália, as
pessoas com 18-24 anos têm cinco vezes mais probabilidade de serem utilizadores de Internet do que as
que têm mais de 55 anos. No Chile, 74% dos utilizadores têm menos de 35 anos; na China essa percentagem é de 84%. Outros países seguem o mesmo
padrão.
• Homens. Os homens constituem 86% dos utilizadores na Etiópia, 83% no Senegal, 70% na China,
67% na França e 62% na América Latina.
Algumas destas disparidades estão a diminuir.
Por exemplo, a assimetria entre os sexos está a
diminuir rapidamente – como acontece na Tailândia,
onde a percentagem de utilizadoras saltou de 35% em
1999 para 49% em 2000, ou nos Estados Unidos,
onde as mulheres representavam 38% dos utilizadores
em 1999 e passaram para 51% em 2000. No Brasil,
onde a utilização da Internet tem aumentado rapidamente, as mulheres representam 47% dos utilizadores.
Fonte: UNDP, Country Offices 2001; Nanthikesan 2001.
40
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
. . . ENTRE PAÍSES . . .
A divisão digital não é
uma novidade. A difusão
de invenções com décadas
diminuiu
ELECTRICIDADE
TRACTORES
TELEFONES
Kilowatt-hora per capita
Por 1.000 hectares de terra
permanentemente cultivada
OCDE de
rendimento
40
elevado
Telefones por cabo por 1.000 pessoas
8.500
OCDE de
rendimento
elevado
600
8.000
OCDE de
rendimento
elevado
500
35
7.500
400
30
América Latina
e Caraíbas
Países Árabes
1.500
1.000
10
Ásia Oriental
& Pacífico
África
Subsariana
Ásia do Sul
500
0
1990
América Latina
e Caraíbas
Ásia do Sul
Países Árabes
Ásia Oriental
& Pacífico
5
América Latina
e Caraíbas
80
Ásia Oriental
& Pacífico
Países Árabes
40
África
Subsariana
0
1990
1997
120
Ásia do Sul
0
1990
1997
1999
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001h, FAO 2000a e ITU 2001b.
VARIEDADES MODERNAS DE CULTURAS
Percentagem de terras agrícolas permanentemente cultivadas
América Latina
Tipo
Trigo
Arroz
Milho
Sorgo
Milho-miúdo
Mandioca
Ásia
África Subsariana
Médio Oriente e África do Norte
1970
1980
1990
1998
1970
1980
1990
1998
1970
1980
1990
1998
1970
1980
1990
1998
11
2
10
46
22
20
83
52
30
90
65
46
66
7
86
65
70
70
78
12
38
2
74
55
45
54
50
2
16
1
49
35
25
20
30
0
5
0
19
10
10
4
5
0
5
0
1
0
0
0
22
2
4
8
0
0
32
15
15
15
5
2
52
40
17
26
14
18
Nota: As áreas sombreadas indicam que menos de 30% da terra é plantada com variedades modernas de culturas.
Fonte: Evenson e Gollin 2001.
. . . E NO INTERIOR DOS PAÍSES
Acesso a electricidade
(percentagem
de famílias)
Estado indiano/território
1994
Maharashtra
Punjab
Kerala
Karnataka
West Bengal
Orissa
Uttar Pradesh
59,7
83,5
61,1
63,0
15,6
18,8
20,1
Telefones
(por 1.000 pessoas)
1999
Ligações
de Internet
(por 1.000 pessoas)
1999
Taxa de frequência
bruta no secundário
(percentagem)
1996
43
47
43
29
16
9
10
8,21
1,24
0,87
2,73
2,51
0,12
0,12
66
64
83
52
44
54
43
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em NCAER 1999; UNDP, Índia Country Office 2001; Chandrashekar 2001; Government of
Índia, Department of Education 2001.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
41
A difusão estagnou
ou ficou bloqueada,
esbarrando
aparentemente contra
as limitações
de rendimento,
de infra-estruturas
e de instituições
a perto de um terço.31 No resto do mundo a percentagem é muito menor, chegando a apenas 0,4% das pessoas da África Subsariana. Mesmo na Índia, onde se
localiza um dos maiores pólos tecnológicos do mundo,
apenas 0,4% da população utiliza a Internet. Com estes
níveis, serão necessários anos para reduzir a desigualdade digital. Actualmente, 79% dos utilizadores da Internet vivem em países da OCDE, que apenas contam
com 14% da população mundial.
No entanto, a Internet está a explodir em muitos
países – nos países da OCDE de rendimento elevado,
excluindo os Estados Unidos, a percentagem de utilizadores da Internet quadruplicou, de 7% para 28%
entre 1998 e 2000. O aumento tem sido considerável,
mesmo nos países em desenvolvimento: de 1,7 milhões
para 9,8 milhões de utilizadores no Brasil, de 3,8 milhões
para 16,9 milhões de utilizadores na China e de 2.500
para 25.000 no Uganda.32 No entanto, como estão a partir de uma base muito baixa, a parte da população com
acesso permanece pequena.
A difusão da Internet também tem sido desigual
QUADRO 2.6
Concorrência nos mercados mundiais:
os 30 exportadores líderes de produtos
de alta tecnologia
País
Posição ou área
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Mil milhões de
dólares EUA,
Índice
1998–99
(1990=100)
Estados Unidos
206
Japão
126
Alemanha
95
Reino Unido
77
Singapura
66
França
65
Coreia do Sul
48
Holanda
45
Malásia
44
China
40
México
38
Irlanda
29
Canadá
26
Itália
25
Suécia
22
Suíça
21
Bélgica
19
Tailândia
17
Espanha
11
Finlândia
11
Dinamarca
9
Filipinas
9
Israel
7
Áustria
7
Hungria
6
Hong Kong, China
(RAE)
5
Brasil
4
Indonésia
3
República Checa
3
Costa Rica
3
250
196
206
255
420
248
428
310
685
1.465
3.846
535
297
177
314
231
296
591
289
512
261
1.561
459
172
..
111
364
1.811
..
7.324
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano
baseados em dados de Lall 2000 e UN 2001a.
42
dentro dos países, concentrando-se nas áreas urbanas,
entre homens jovens e entre pessoas com rendimentos
e níveis de educação mais elevados. Um sinal positivo
é a redução da diferença entre os sexos em vários países,
aumentando também a utilização de grupos de rendimentos mais baixos, à medida que se espalham locais
de acesso tais como cafés com Internet e centros de informação comunitários.
Muitos países estão a usar tecnologia de ponta nas
indústrias transformadoras, de forma competitiva, como
se demonstra pelo seu sucesso com exportações de alta
tecnologia. Dos 30 maiores exportadores, 11 pertencem
ao mundo em desenvolvimento – incluindo a Coreia,
Malásia e México (quadro 2.6). Mas, na África Subsariana, Países Árabes e Ásia do Sul as exportações de
média e alta tecnologia representam menos de 5% do
total (quadro anexo A2.3).
De igual modo, muitas invenções com décadas de
idade não foram adoptadas em todo o mundo, apesar
do seu enorme valor como instrumentos do progresso
humano. Com muitas destas velhas tecnologias, a difusão
estagnou ou ficou bloqueada, esbarrando aparentemente contra as limitações de rendimento, de infra-estruturas e de instituições.
• A electricidade ainda não chegou a cerca de 2 mil
milhões de pessoas, um terço da população mundial. Em
1998, o consumo médio de electricidade na Ásia do Sul
e na África Subsariana era menos de um décimo do dos
países da OCDE.
• O telefone já tem mais de cem anos. Apesar de existir mais de 1 ligação à rede telefónica por cada 2 pessoas, nos países da OCDE, existe apenas 1 para cada 15
nos países em desenvolvimento – e 1 para cada 200 nos
países menos desenvolvidos. Estas disparidades impedem o acesso à Internet e dificultam as ligações na era
das redes. Contudo, recentes investimentos em infra-estruturas, reformas institucionais, inovações de marketing e progressos tecnológicos têm acelerado a difusão
de cabos de ligação telefónica. Entre 1990 e 1999, a densidade de cabos de telefone aumentou de 22 para 69 por
1.000 habitantes nos países em desenvolvimento. Os telefones móveis têm ultrapassado as restrições de infra-estruturas, espalhando-se nalguns países tão rapidamente
quanto os cabos telefónicos. A África do Sul tem 132
utilizadores de telemóvel comparado com 138 ligações
de telefone fixo por 1.000 habitantes e Venezuela tem
143 assinantes de telemóveis por 1.000 pessoas (quadro
anexo A.2.4). Mas apesar disso e até hoje, os telefones
móveis têm contribuído para aumentar as assimetrias,
já que têm aumentado muito mais rapidamente nos
países da OCDE.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
• As transformações agrotécnicas de criação de
plantas, selecção de sementes, controlo de água e mecanização começaram na Europa em meados do século 18
e espalharam-se pelo resto do mundo. Com a revolução
verde, o rendimento mundial de cereais duplicou entre
o início dos anos de 1960 e o final dos anos de 1990,
crescendo de forma particularmente rápida na Ásia e
América Latina. Mas a África Subsariana ficou muito
para trás na utilização de variedades de sementes modernas, tractores e fertilizantes.33 O clima e a terra ajudam
a explicar algumas das diferenças, mas o rendimento
mais baixo também reflecte um nível mais baixo de
factores de produção tecnológicos (quadro 2.8).
• Os progressos médicos que impulsionaram enormes
ganhos na sobrevivência continuam fora do alcance de
muitos. Cerca de 2 mil milhões de pessoas não têm
acesso a medicamentos essenciais, como a penicilina.
A reidratação oral continua a não ser utilizada em 38%
dos casos de diarreia, nos países em desenvolvimento.
E metade das crianças africanas com 1 ano não foi vacinada contra a difteria, coqueluche, tétano, poliomielite
e sarampo.34
QUUALIFICAÇÕES
HUMANAS
Os países em desenvolvimento que estão bem classificados na ordenação do índice de realização tecnológica
têm conseguido ganhos espectaculares ao nível das
qualificações humanas nas últimas décadas. As taxas de
escolarização bruta superior na Coreia aumentaram de
15% para 68% entre 1980 e 1997, e 34% dessa escolarização foram em ciências e matemática – bem à
frente de 28%, a média da OCDE.35 Mas, a maior parte
dos países em desenvolvimento está muito atrasada em
relação aos países da OCDE na escolarização (figura
2.3).
TRANSFORMAR A TECNOLOGIA NUM INSTRUMENTO
DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REQUER ESFORÇO
No final do século 19, a aplicação da ciência as técnicas manufactureiras ou às práticas agrícolas tornou-se
na base dos sistemas produtivos, tendo contribuído de
alguma forma para aumentar o rendimento da maioria dos trabalhadores. No século 20, a investigação e
o desenvolvimento transformaram o conhecimento
num factor produtivo crucial e as invenções produzidas pelos laboratórios industriais rapidamente encontraram o seu caminho para o mercado. A iniciativa
empresarial e os incentivos de mercado aceleraram o
progresso tecnológico para satisfazer a procura do
consumidor. Mas, foi só nos últimos 10 anos que a
reserva de conhecimentos indígenas começou a chegar
às pessoas de forma mais alargada. O seu valor poderá
ser realçado quando for desenvolvido com métodos
modernos, difundido e comercializado (ver caixa 2.6).
Mas o mercado não é suficiente para canalizar o
desenvolvimento tecnológico para as necessidades humanas. O mercado pode produzir jogos de vídeo e curas
para a calvície, mas não eliminará, necessariamente, a
falta de saúde, subnutrição, isolamento e falta de conhecimentos que afectam as pessoas pobres. Muitos dos
sucessos do século 20 obrigaram a esforços deliberados para desenvolver soluções tecnológicas para os
problemas humanos, adaptando-as aos países em desenvolvimento e difundindo-as amplamente entre as
pessoas pobres. Para a revolução verde ocorrer, foi
necessário mobilizar a comunidade internacional para
um gigantesco programa de investigação agrícola para
prevenir a fome mundial, juntamente com a investigação
e adaptação científicas ao nível local. A terapia de reidratação oral emergiu com a investigação de ponta, mas
a sua disseminação exigiu um grande esforço público
(ver caixa 2.2). Apesar da descoberta da penicilina em
1928, esta só foi comercializada 15 anos mais tarde.
Porquê? A procura de antibióticos por satisfazer era
sem dúvida enorme, mas as empresas farmacêuticas não
se mostraram interessadas. Foi necessário haver uma
guerra para que a procura se cristalizasse num mercado
viável.36
Assim, transformar a tecnologia num instrumento
de desenvolvimento humano requer, muitas vezes, um
esforço deliberado e investimento público para criar e
difundir amplamente as inovações. Não basta investir
na criação, adaptação e comercialização de produtos
necessários às pessoas pobres, ou que estas possam
adquirir – os seus salários são demasiado baixos e não
representam uma oportunidade de mercado para o
sector privado. As capacidades nacionais nos países
em desenvolvimento também são limitadas. Benefícios
potencialmente enormes requerem uma coordenação
difícil ao nível mundial. Os direitos de propriedade
intelectual podem estimular a inovação, mas no mundo
de hoje, de profundo desequilíbrio na procura e capacidade, eles não são suficientes para estimular a inovação em muitos países em desenvolvimento. Ao nível
mundial, benefícios potencialmente vastos requerem
uma coordenação difícil. Contudo, o investimento
público no desenvolvimento tecnológico pode ter retornos enormes. Por exemplo, estima-se que cerca de
1.800 programas públicos de investigação sobre o trigo,
arroz, milho e outras culturas – que ocorrem em todas
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
FIGURA 2.3
A escolarização reflecte o progre
desigual na construção de capac
ESCOLARIZAÇÃO SECUNDÁRIA
Taxa de escolarização bruta (percentagem)
100
OCDE
de rendimento
elevado
80
Mundo
60
Países em
Desenvolvimento
40
20
0
1970
Países menos
Desenvolvidos a
1995
ESCOLARIZAÇÃO SUPERIOR
Taxa de escolarização bruta (percentagem)
60
OCDE
de rendimento
elevado
50
40
30
20
Mundo
10
0
1970
Países em
desenvolvimento
Países menos
desenvolvidos a
1995
a. Os dados referem-se a 1970 e 1994.
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de
Desenvolvimento Humano baseados
em UNESCO 1999.
43
QUADRO 2.7
Taxas elevadas de retorno com o
investimento na investigação agrícola
(percentagem)
Localização
Todas as localizações conhecidas
África Subsariana
Ásia e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia Ocidental e África do Norte
Multinacional ou internacional
Taxa interna
de retorno,
1958–98
44
33
48
41
34
35
Nota: As classificações regionais diferem das utilizadas em qualquer
outro lugar no Relatório. Mostram a média de 1.809 programas do
sector público.
Fonte: Lipton, Sinha e Blackman 2001.
44
as regiões e ao longo de quatro décadas, desde 1958 –
tiveram uma taxa média de retorno interno real de
44% (tabela 2.9).
O resto deste Relatório explora as formas como
as políticas públicas, nacionais e mundiais, podem
enfrentar os constrangimentos fundamentais à criação e difusão de tecnologia para as pessoas e países
pobres. O capítulo 3 concentra-se na gestão de
riscos, o capítulo 4 na construção de capacidade
nacional e o capítulo 5 na promoção de iniciativas
mundiais.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
MAPA 2.1
A GEOGRAFIA DA INOVAÇÃO E REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
Índice de realização
tecnológica
Líderes
Líderes potenciais
Seguidores dinâmicos
Marginalizados
Dados não disponíveis
Resultados de inovação
Centros tecnológica
16 (máximo)
4 (mínimo)
Centros mundiais de inovação tecnológica Em 2000, a revista Wired consultou fontes locais nos governos, indústria e meios de comunicação social, para encontrar as localizações mais importantes na nova geografia digital. Cada uma foi classificada de 1 a 4, em quatro áreas: a capacidade das áreas universitárias e das instalações de investigação para formar trabalhadores qualificados ou desenvolver novas tecnologias, a presença de companhias e de grandes empresas multinacionais para fornecer competências e estabilidade económica, o impulso empresarial da população para iniciar novas aventuras e
a disponibilidade do capital de risco para assegurar que as ideias se orientam para o mercado. Quarenta e seis locais foram identificados como centros tecnológicos, identificados no mapa com círculos pretos.
Resultados
16 Sillicon Valley, EUA
15 Boston, EUA
15 Estocolmo-Kista, Suécia
15 Israel
14 Raleigh-Durham-Chapel
Hill, EUA
14 Londres, RU
14 Helsínquia, Finlândia
13 Austin, EUA
13 São Francisco, EUA
13 Taipé, Taiwan (província
da China)
13 Bangalore, Índia
12 Nova Iorque, EUA
12 Albuquerque, EUA
12 Montreal, Canadá
12 Seattle, EUA
12 Cambridge, RU
12 Dublin, Irlanda
11 Los Angeles, EUA
11 Malmo, Suécia Copenhaga, Dinamarca
11 Baviera, Alemanha
11 Flandres, Bélgica
11 Tóquio, Japão
11 Quioto, Japão
11 Hsinchu, Taiwan
(província da China)
10 Virgínia, EUA
10 Vale do Tamisa, RU
10 Paris, França
10 Bade-Wurttemberg,
Alemanha
10 Oulu, Finlândia
10 Melbourne, Austrália
9 Chicago, EUA
9 Hong Kong, China (RAE)
9 Queensland, Austrália
9 São Paulo, Brasil
8 Salt Lake, EUA
8
8
8
8
8
8
8
7
6
4
4
Santa Fé, EUA
Glasgow-Edinburgo, RU
Saxónia, Alemanha
Sophia Antipolis, França
Inchon, Coreia do Sul
Kuala Limpur, Malásia
Campinas, Brasil
Singapura
Trondheim, Noruega
El Ghazala, Tunísia
Gauteng, África do Sul
Fonte: Hillner 2000.
Quatro categorias do índice de realização tecnológica (ver anexo 2.1, p. 46; e quadro anexo A2.1, p. 48)
LÍDERES
Finlândia (2 centros)
Estados Unidos (13 centros)
Suécia (2 centros)
Japão (2 centros)
Coreia do Sul (1 centro)
Holanda
Reino Unido (4 centros)
Canadá (1 centro)
Austrália (1 centro)
Singapura (1 centro)
Alemanha (3 centros)
Noruega (1 centro)
Irlanda (1 centro)
Bélgica (1 centro)
Nova Zelândia
Áustria
França (2 centros)
Israel
LÍDERES POTENCIAIS
Espanha
Itália
República Checa
Hungria
Eslovénia
Hong Kong, China (RAE)
Eslováquia
Grécia
Portugal
Bulgária
Polónia
Malásia
Croácia
México
Chipre
Argentina
Roménia
Costa Rica
Chile
SEGUIDORES DINÂMICOS
Uruguai
África do Sul (1 centro)
Tailândia
Trindade e Tobago
Panamá
Brasil (2 centros)
Filipinas
China (2 centros)
Bolívia
Colômbia
Peru
Jamaica
Irão
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
MARGINALIZADOS
Tunísia (1 centro)
Paraguai
Equador
El Salvador
República Dominicana
Síria
Egipto
Argélia
Zimbabwe
Indonésia
Honduras
Sri Lanka
Índia (1 centro)
Nicarágua
Paquistão
Senegal
Gana
Quénia
Nepal
Tanzânia
Sudão
Moçambique
45
ANEXO 2.1
O ÍNDICE DE REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA – UMA NOVA MEDIDA DA CAPACIDADE DOS PAÍSES PARTICIPAREM NA ERA DAS REDES
Este relatório introduz o índice de realização tecnológica (IRT), cujo objectivo é retratar a forma como
um país cria e difunde a tecnologia e constrói uma
base de capacidades humanas – reflectindo a capacidade de participação nas inovações tecnológicas
da era das redes. Este índice compósito mede realizações e não o potencial, esforços ou inputs. Não é
uma medida para conhecer o país que lidera no desenvolvimento tecnológico mundial mas, antes, para
avaliar se um país no seu todo está a participar bem
na criação e na utilização da tecnologia. Consideremos os Estados Unidos – uma fonte de influência da
tecnologia mundial – e a Finlândia. Os Estados
Unidos têm um total de invenções e anfitriões de Internet muito maior do que a Finlândia, mas não se
classifica tão bem na ordenação do IRT, porque na
Finlândia a Internet está mais amplamente difundida e muito se faz para desenvolver uma base de qualificações tecnológicas por toda a população.
As realizações tecnológicas de um país são mais
amplas e mais complexas do que este ou qualquer
outro índice pode retratar. É impossível reflectir a
gama completa de tecnologias – da agricultura à medicina e indústria transformadora. Muitos aspectos da
criação, difusão e qualificações humanas tecnológicas
são difíceis de quantificar. E mesmo se fosse possível
quantificá-los, a falta de dados fidedignos faz com que
seja impossível reflecti-los completamente. Consideremos, por exemplo, a ocorrência de importantes
inovações tecnológicas no sector informal da economia e nos sistemas de conhecimento indígenas. Mas,
como não são registadas não podem ser quantificadas. Por isso, o IRT é construído utilizando indicadores, e não medidas directas, das realizações de um
país em quatro dimensões. Fornece um resumo em
bruto – e não uma medida compreensiva – das realizações tecnológicas de uma sociedade.
Porquê um índice composto?
O IRT destina-se a ajudar os decisores políticos na
definição de estratégias tecnológicas. Este Relatório
defende que as estratégias tecnológicas precisam ser
redefinidas na era das redes. Como primeiro passo,
apela aos decisores políticos para considerarem de
novo as suas realizações tecnológicas actuais. Um
índice compósito ajuda um país a situar-se em relação
a outros, sobretudo aqueles que estão mais avançados. Há muitos elementos que compõem as realizações tecnológicas de um país, mas uma avaliação
global é realizada com mais facilidade através de
uma única medida compósita do que através de várias
medidas diferentes. Tal como outros índices compósitos dos Relatórios de Desenvolvimento Humano
(o índice de desenvolvimento humano, por exemplo),
O IRT é para ser usado como ponto de partida para
uma avaliação global, seguida pela análise pormenorizada de diferentes indicadores.
A elaboração do índice reflecte duas preocupações particulares. Primeiro, concentra-se em indicadores que reflectem as preocupações políticas de
todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento tecnológico. Segundo, ser útil aos
países em desenvolvimento. Para o conseguir, este
46
índice tem de ser capaz de distinguir entre países que
estão no fundo da classificação.
Componentes do índice
O IRT concentra-se em quatro dimensões da capacidade tecnológica que são importantes para colher
os benefícios da era das redes. Os indicadores seleccionados estão relacionados com objectivos importantes da política tecnológica de todos os países,
independentemente do seu nível de desenvolvimento:
• Criação de tecnologia. Nem todos os países precisam de estar na vanguarda do desenvolvimento
tecnológico mundial, mas a capacidade de inovar é
relevante para todos os países e constitui o nível mais
elevado da capacidade tecnológica. A economia
mundial dá grandes recompensas aos líderes e proprietários da inovação tecnológica. Todos os países
precisam ter a capacidade de inovar, porque a possibilidade de inovar na utilização da tecnologia não
pode ser plenamente desenvolvida sem que exista a
capacidade de criar – sobretudo de adaptar produtos e processos às condições locais. A inovação ocorre
em toda a sociedade, em contextos formais e informais, apesar da tendência actual ser no sentido de aumentar a comercialização e formalização do processo
de inovação. Na ausência de indicadores perfeitos e
de séries de dados, o IRT utiliza dois indicadores para
captar o nível de inovação numa sociedade. O primeiro é o número de patentes concedidas per capita,
para reflectir o nível actual de actividades de invenção. O segundo é dado pelas receitas de royalties
e direitos de licenças recebidos do estrangeiro per
capita, para reflectir o stock de inovações bem sucedidas no passado que ainda são úteis e, portanto, têm
valor de mercado.
• Difusão de inovações recentes. Todos os países
têm de adoptar inovações para beneficiar das oportunidades da era das redes. Isto é medido pela difusão
da Internet – indispensável à participação – e pela exportação de produtos de alta e média tecnologia
como uma parcela do total de exportações.
• Difusão de invenções antigas. A participação na
era das redes exige a difusão de muitas invenções antigas. Embora seja possível saltar etapas, o avanço tecnológico é um processo cumulativo e a ampla difusão
de invenções mais antigas é necessária para adoptar
invenções mais recentes. Os dois indicadores utilizados aqui – telefones e electricidade – são particularmente importantes, porque são necessários para
a utilização das tecnologias mais novas e, também,
porque são inputs difusos de uma grande variedade
de actividades humanas. Contudo, ambos os indicadores são expressos como logaritmos, cujo máximo
é o nível médio da OCDE, dado que são importantes numa fase inicial do avanço tecnológico mas
não nas suas fases mais avançadas. Assim, embora seja
importante para a Índia concentrar-se na difusão da
electricidade e dos telefones, para que as suas populações possam participar na revolução tecnológica, o
Japão e a Suécia já passaram esta fase. Exprimir a medida em logaritmos garante que, à medida que os
níveis aumentam, a sua contribuição para o índice é
menor.
• Qualificações humanas. Uma massa crítica de
qualificações é indispensável ao dinamismo tecnológico. Tanto os criadores como os utilizadores de
nova tecnologia precisam de qualificações. A tecnologia de hoje exige a adaptabilidade – qualificações
para dominar o fluxo constante de novas inovações.
As bases desta capacidade são o ensino básico, para
desenvolver capacidades cognitivas, e qualificações
em ciências e matemáticas. Utilizam-se dois indicadores para reflectir as qualificações humanas
necessárias à criação e absorção de inovações: anos
médios de escolaridade e taxa de escolarização bruta
de estudantes do ensino superior inscritos em ciência, matemática e engenharia. Apesar de ser desejável
incluir indicadores de formação profissional, estes
dados não estão disponíveis.
Fontes de dados e limitações
Os dados utilizados para construir o IRT provêm das
séries internacionais mais utilizadas na análise de
tendências tecnológicas, sendo portanto os mais
fidedignos do conjunto disponível, como se mostra
no quadro. O conjunto de indicadores apropriados
limita-se àqueles que têm uma cobertura razoável.
Ao interpretar os valores e a classificação do
IRT, deve-se ter em consideração as limitações das
séries de dados. Alguns países podem ter inovações
subavaliadas, porque os registos de patentes e os
pagamento de royalties são os únicos dados sobre inovação tecnológica que são recolhidos sistematicamente, mas que deixam de fora inovações valiosas mas
não comercializadas, como as que ocorrem no sector informal e em sistemas de conhecimento indígenas. Para além disto, os sistemas e tradições nacionais
diferem no seu âmbito e nos critérios. A difusão de
novas tecnologias pode ser subavaliada em muitos
países em desenvolvimento. O acesso à Internet é medido através de anfitriões de Internet, porque estes
dados são mais fidedignos e têm melhor cobertura do
que os dados sobre utilizadores de Internet, ao nível
do país.
Ponderação e agregação
A metodologia para a construção do IRT é apresentada em pormenor na nota técnica. Cada uma das quatro dimensões tem igual ponderação. E cada um dos
indicadores que compõem as dimensões também
tem igual ponderação.
Valores e classificações do IRT
As estimativas do IRT foram preparadas para 72
países, para os quais existem dados disponíveis e de
qualidade aceitável. Para outros, não existiam dados
ou eram insatisfatórios para um ou mais indicadores.
Muitos dos países do mundo em desenvolvimento não
têm dados sobre patentes e royalties. Como a falta de
dados geralmente indica que existe pouca inovação
formal, utilizou-se nestes casos um valor igual a zero
para o indicador em falta.
Os resultados mostram três tendências: um mapa
de grandes disparidades entre países, diversidade e
dinamismo no progresso tecnológico entre países
em desenvolvimento e um mapa de pólos tecnológi-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Dimensão
Indicador
Fonte
Criação de tecnologia
Patentes concedidas per capita
Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (WIPO 2000)
Receitas de royalties e direitos de licenças do exterior, per capita
Banco Mundial (World Bank 2001h)
Anfitriões de Internet per capita
União Internacional das Telecomunicações
(ITU 2001a)
Exportações de alta e média tecnologia como parcela de todas as exportações
Divisão de Estatísticas das Nações Unidas
(calculado com base em dados de Lall 2001 e
UN 2001a)
Logaritmo dos telefones per capita (cabo e telemóveis combinados)
União Internacional das Telecomunicações
(ITU 2001b)
Logaritmo do consumo de electricidade per capita
Banco Mundial (World Bank 2001h)
Anos médios de escolaridade
Barro e Lee (Barro e Lee 2000)
Taxa de escolarização bruta no ensino superior em ciências, matemática e engenharia
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (cálculos baseados
em dados da UNESCO 1998, 1999 e 2001a)
Difusão de inovações recentes
Difusão de inovações antigas
Qualificações humanas
cos sobrepostos em países com níveis de desenvolvimento diferentes.
O mapa de grandes disparidades mostra quatro
grupos de países (ver mapa 2.1), com os valores do
IRT a variar de 0,744 para a Finlândia a 0,066 para
Moçambique. Estes países podem ser considerados
como líderes, líderes potenciais, seguidores dinâmicos ou marginalizados:
• Líderes (IRT acima de 0,5) – liderados pela Finlândia, Estados Unidos, Suécia e Japão, este grupo
está na vanguarda da inovação tecnológica. A inovação é auto-sustentada e estes países têm realizações elevadas na criação, difusão e qualificações
tecnológicas. A seguir vem a Coreia do Sul, em
quinto e Singapura, em décimo – dois países que,
nas décadas recentes, avançaram rapidamente na tecnologia. Este grupo separa-se do resto pelo seu
índice de invenção mais elevado, com uma diferença
significativa entre Israel, neste grupo e a Espanha,
no seguinte.
• Líderes potenciais (0,35-0,49) – a maior parte
destes países investiu em níveis elevados de qualificações humanas e difundiu amplamente tecnologias
antigas, mas inova pouco. Cada um tende a posicionar-se relativamente baixo numa ou duas dimensões, tal como a difusão de inovações recentes ou de
invenções antigas. Mas, a maior parte tem níveis de
qualificação comparáveis aos do grupo do topo.
• Seguidores dinâmicos (0,20-0,34) – estes países
são dinâmicos na utilização de novas tecnologias.
Muitos são países em desenvolvimento com níveis de
qualificações humanas significativamente mais elevados que os do quarto grupo. Inclui, entre outros,
o Brasil, China, Índia, Indonésia, África do Sul e
Tunísia. Muitos destes países têm indústrias de alta
tecnologia e centros tecnológicos importantes, mas
a difusão de invenções antigas é lenta e incompleta.
• Marginalizados (menos de 0,20) – a difusão
tecnológica e a construção de qualificações ainda
têm um longo caminho a percorrer nestes países.
Largos sectores da população não beneficiaram da difusão de antigas tecnologias.
Estas classificações não seguem as do rendimento e mostram um dinamismo considerável no
campo das realizações tecnológicas, em vários países
– por exemplo, a Coreia tem melhor classificação do
que o Reino Unido, Canadá e outras economias industrializadas já estabelecidas. A Irlanda classificou-se acima da Áustria e da França. Países em
desenvolvimento de grande dimensão – China, Brasil,
Índia – têm prestações piores do que seria de esperar,
porque esta não é uma classificação do "poderio
tecnológico" de um país.
Finalmente, os pólos tecnológicos têm um efeito
limitado no índice devido às disparidades no interior
dos países. Se o IRT fosse estimado apenas para os
pólos, estes países seriam sem dúvida classificados
entre os líderes ou líderes potenciais.
Realizações tecnológicas
e desenvolvimento humano
Apesar das realizações tecnológicas serem importantes para o desenvolvimento humano, o IRT mede
apenas as realizações tecnológicas. Não nos dá indicação sobre o nível de tradução destas realizações em
desenvolvimento humano. Apesar disso, o IRT mostra
uma correlação elevada com o índice de desenvolvimento humano (IDH) e correlaciona-se melhor com
o IDH do que com o rendimento.
Fonte: Desai e outros 2001.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
47
A2.1 Índice de
realização
tecnológica
Ordem IRT
Difusão das inovações
recentes
Criação de tecnologia
Índice de
realização
tecnológica
(IRT)
valores
Patentes Receitas de
concedidas royalties e direia residentes tos de licenças
(por milhão (dólares EUA por
de pessoas) 1.000 pessoas)
1998 a
1999 b
Qualificações humanas
Exportações Difusão das inovações
antigas
de alta
Taxa de escoAnfitriões
e média
Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta
(por 1.000
(em % das
por
(kilowatt-hora
(15 anos
em ciências
pessoas)
exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita)
e acima)
(%)
2000
1999
1999
1998
2000
1995–97 c
Líderes
Finlândia
Estados Unidos
Suécia
Japão
Coreia do Sul
0,744
0,733
0,703
0,698
0,666
187
289
271
994
779
125,6
130,0
156,6
64,6
9,8
200,2
179,1
125,8
49,0
4,8
50,7
66,2
59,7
80,8
66,7
1,203 d
993 d
1,247 d
1,007 d
938 d
14,129 e
11,832 e
13,955 e
7,322 e
4,497
10,0
12,0
11,4
9,5
10,8
27,4
13,9 f
15,3
10,0 g
23,2
6
7
8
9
10
Holanda
Reino Unido
Canadá
Austrália
Singapura
0,630
0,606
0,589
0,587
0,585
189
82
31
75
8
151,2
134,0
38,6
18,2
25,5 h, i
136,0
57,4
108,0
125,9
72,3
50,9
61,9
48,7
16,2
74,9
1,042 d
1,037 d
881
862
901
5,908
5,327
15,071 e
8,717 e
6,771
9,4
9,4
11,6
10,9
7,1
9,5
14,9
14,2 f
25,3
24,2 h
11
12
13
14
15
Alemanha
Noruega
Irlanda
Bélgica
Nova Zelândia
0,583
0,579
0,566
0,553
0,548
235
103
106
72
103
36,8
20,2 i
110,3
73,9
13,0
41,2
193,6
48,6
58,9
146,7
64,2
19,0
53,6
47,6
15,4
874
1,329 d
924 d
817
720
5,681
24,607 e
4,760
7,249 e
8,215 e
10,2
11,9
9,4
9,3
11,7
14,4
11,2
12,3
13,6 f
13,1
0,544
0,535
0,514
165
205
74
14,8
33,6
43,6
84,2
36,4
43,2
50,3
58,9
45,0
987 d
943 d
918 d
6,175
6,287
5,475
8,4
7,9
9,6
13,6
12,6
11,0 f
19 Espanha
20 Itália
0,481
0,471
42
13
8,6
9,8
21,0
30,4
53,4
51,0
730
991 d
4,195
4,431
7,3
7,2
15,6
13,0
21
22
23
24
25
República Checa
Hungria
Eslovénia
Hong Kong, China (RAE)
Eslováquia
0,465
0,464
0,458
0,455
0,447
28
26
105
6
24
4,2
6,2
4,0
—
2,7
25,0
21,6
20,3
33,6
10,2
51,7
63,5
49,5
33,6
48,7
560
533
687
1,212 d
478
4,748
2,888
5,096
5,244
3,899
9,5
9,1
7,1
9,4
9,3
8,2
7,7
10,6
9,8 f, g
9,5
26
27
28
29
30
Grécia
Portugal
Bulgária
Polónia
Malásia
0,437
0,419
0,411
0,407
0,396
(,)
6
23
30
—
0,0 j
2,7
—
0,6
0,0
16,4
17,7
3,7
11,4
2,4
17,9
40,7
30,0 i
36,2
67,4
839
892
397
365
340
3,739
3,396
3,166
2,458
2,554
8,7
5,9
9,5
9,8
6,8
17,2 f
12,0
10,3
6,6 f
3,3 f
31
32
33
34
35
Croácia
México
Chipre
Argentina
Roménia
0,391
0,389
0,386
0,381
0,371
9
1
—
8
71
—
0,4
—
0,5
0,2
6,7
9,2
16,9
8,7
2,7
41,7
66,3
23,0
19,0
25,3
431
192
735
322
227
2,463
1,513
3,468
1,891
1,626
6,3
7,2
9,2
8,8
9,5
10,6
5,0
4,0
12,0 g
7,2
36 Costa Rica
37 Chile
0,358
0,357
—
—
0,3
6,6
4,1
6,2
52,6
6,1
239
358
1,450
2,082
6,1
7,6
5,7 g
13,2
38 Uruguai
39 África do Sul
40 Tailândia
0,343
0,340
0,337
2
—
1
0,0 j
1,7
0,3
19,6
8,4
1,6
13,3
30,2 k
48,9
366
270
124
1,788
3,832
1,345
7,6
6,1
6,5
7,3
3,4
4,6
41
42
43
44
45
Trindade e Tobago
Panamá
Brasil
Filipinas
China
0,328
0,321
0,311
0,300
0,299
—
—
2
(,)
1
0,0 i
0,0
0,8
0,1
0,1
7,7
1,9
7,2
0,4
0,1
14,2
5,1
32,9
32,8
39,0
246
251
238
77
120
3,478
1,211
1,793
451
746
7,8
8,6
4,9
8,2
6,4
3,3
8,5
3,4
5,2 f
3,2
46
47
48
49
50
Bolívia
Colômbia
Peru
Jamaica
Irão
0,277
0,274
0,271
0,261
0,260
—
1
—
—
1
0,2
0,2
0,2
2,4
0,0 i
0,3
1,9
0,7
0,4
(,)
26,0
13,7
2,9
1,5 i
2,0
113
236
107
255
133
409
866
642
2,252
1,343
5,6
5,3
7,6
5,3
5,3
7,7 f, g
5,2
7,5 f
1,6
6,5
1
2
3
4
5
16 Áustria
17 França
18 Israel
Líderes potenciais
Seguidores dinâmicos
48
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.1 Índice de
realização
tecnológica
Difusão das inovações
recentes
Criação de tecnologia
Patentes Receitas de
concedidas royalties e direia residentes tos de licenças
(por milhão (dólares EUA por
de pessoas) 1.000 pessoas)
1999 b
1998 a
Qualificações humanas
Exportações Difusão das inovações
antigas
de alta
Taxa de escoAnfitriões
e média
Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta
(por 1.000
(em % das
por
(kilowatt-hora
(15 anos
em ciências
pessoas)
exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita)
e acima)
(%)
2000
1999
1999
1998
2000
1995–97 c
Ordem IRT
Índice de
realização
tecnológica
(IRT)
valores
51
52
53
54
55
Tunísia
Paraguai
Equador
El Salvador
República Dominicana
0,255
0,254
0,253
0,253
0,244
—
—
—
—
—
1,1
35,3
—
0,2
—
(,)
0,5
0,3
0,3
1,7
19,7
2,0
3,2
19,2
5,7 i
96
137
122
138
148
824
756
625
559
627
5,0
6,2
6,4
5,2
4,9
3,8
2,2
6,0 f, g
3,6
5,7
56
57
58
59
60
Síria
Egipto
Argélia
Zimbabwe
Indonésia
0,240
0,236
0,221
0,220
0,211
—
(,)
—
(,)
—
—
0,7
—
—
—
0,0
0,1
(,)
0,5
0,2
1,2
8,8
1,0
12,0
17,9
102
77
54
36
40
838
861
563
896
320
5,8
5,5
5,4
5,4
5,0
4,6 g
2,9
6,0
1,6
3,1
61 Honduras
62 Sri Lanka
63 Índia
0,208
0,203
0,201
—
—
1
0,0
—
(,)
(,)
0,2
0,1
8,2
5,2
16,6 i
57
49
28
446
244
384
4,8
6,9
5,1
3,0
1,4
1,7
64 Nicarágua
65 Paquistão
0,185
0,167
—
—
—
(,) j
0,4
0,1
3,6
7,9
39
24
281
337
4,6
3,9
3,8
1,4 f, g
66
67
68
69
70
Senegal
Gana
Quénia
Nepal
Tanzânia
0,158
0,139
0,129
0,081
0,080
—
(,)
(,)
—
—
0,0 j
—
(,)
0,0
(,)
0,2
(,)
0,2
0,1
(,)
28,5
4,1
7,2
1,9 i
6,7
27
12
11
12
6
111
289
129
47
54
2,6
3,9
4,2
2,4
2,7
0,5 f, g
0,4 f, g
0,3 f
0,7
0,2
71 Sudão
72 Moçambique
0,071
0,066
—
—
0,0
—
0,0
(,)
0,4 i
12,2 i
9
5
47
54
2,1
1,1
0,7 f, g
0,2
Albânia
Angola
Arménia
Azerbaijão
Baamas
—
—
—
—
—
—
—
8
—
—
—
—
—
—
—
0,1
(,)
0,9
0,1
—
4,2 i
—
11,7
6,3
—
39
10
158
118
422
678
60
930
1,584
—
—
—
—
—
—
2,7
—
4,0
7,3 f
—
Barém
Bangladeche
Barbados
Bielorrússia
Belize
—
—
—
—
—
—
(,)
—
50
—
—
(,)
0,8
0,1
0,0 i
3,6
0,0
0,5
0,3
2,2
5,7 i
2,9 i
31,3
46,5
0,2 l
453
5
538
259
182
7,645
81
—
2,762
—
6,1
2,6
8,7
—
—
6,7 f
—
6,1
14,4
—
Benim
Butão
Botswana
Brunei
Burkina Faso
—
—
—
—
—
—
—
1
—
—
—
—
(,)
—
—
(,)
2,1
2,7
8,0
(,)
—
—
—
—
—
—
18
150
451
5
46
—
—
7,676
—
2,3
—
6,3
—
—
0,5
—
1,6
0,4
0,2
Burúndi
Camboja
Camarões
Cabo Verde
República Centro-Africana
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0,0
—
—
(,) i
—
0,0
(,)
(,)
0,1
(,)
—
—
2,2 i
—
13,6 i
3
11
—
131
—
—
—
185
—
—
—
—
3,5
—
2,5
—
0,2
—
—
—
Chade
Comores
Congo
Congo, Rep, Dem,
Costa do Marfim
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0,0 j
—
—
(,)
0,1
(,)
(,)
0,1
—
—
—
—
—
—
10
—
—
33
—
—
83
110
—
—
—
5,1
3,0
—
0,1
—
—
—
—
Dinamarca
Djibuti
Guiné Equatorial
Eritreia
Estónia
—
—
—
—
—
52
—
—
—
1
—
—
—
—
1,2
114,3
0,1
0,0
(,)
43,1
41,0
—
—
—
31,9
1,179
14
—
7
624
6,033
—
—
—
3,531
9,7
—
—
—
—
10,1
—
—
—
13,4
g
Marginalizados
Outros
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
49
A2.1 Índice de
realização
tecnológica
Ordem IRT
50
Difusão das inovações
recentes
Criação de tecnologia
Índice de
realização
tecnológica
(IRT)
valores
Patentes Receitas de
concedidas royalties e direia residentes tos de licenças
(por milhão (dólares EUA por
de pessoas) 1.000 pessoas)
1998 a
1999 b
Qualificações humanas
Exportações Difusão das inovações
antigas
de alta
Taxa de escoAnfitriões
e média
Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta
(por 1.000
(em % das
por
(kilowatt-hora
(15 anos
em ciências
pessoas)
exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita)
e acima)
(%)
2000
1999
1999
1998
2000
1995–97 c
Etiópia
Fidji
Gabão
Gâmbia
Geórgia
—
—
—
—
—
—
—
—
1
67
—
—
—
—
—
(,)
0,9
(,)
(,)
0,4
—
—
0,9 i
—
—
3
130
39
27
142
22
—
749
—
1,257
—
8,3
—
2,3
—
0,3
—
—
—
20,2
Guatemala
Guiné
Guiné-Bissau
Guiana
Haiti
—
—
—
—
—
(,)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0,5
(,)
(,)
0,1
0,0
16,0
—
—
—
3,2 i
86
9
—
78
12
322
—
—
—
33
3,5
—
0,8
6,3
2,8
—
0,4
—
2,7
—
Islândia
Jordânia
Cazaquistão
Kuwait
Quirguistão
—
—
—
—
—
15
—
55
—
14
—
—
—
—
—
232,4
0,2
0,6
4,4
1,1
9,8
—
15,0
6,8
10,9
1,297
105
111
398
77
20,150
1,205
2,399
13,800
1,431
8,8
6,9
—
6,2
—
7,4
—
13,7
4,4
3,3 f
Laos
Letónia
Líbano
Lesoto
Líbia
—
—
—
—
—
—
71
—
—
—
—
4,3
—
6,5
—
0,0
13,4
2,3
0,1
(,)
—
12,4
—
—
1,8 i
8
412
—
—
—
—
1,879
1,820
—
3,677
—
—
—
4,2
—
—
9,5
4,5
0,3
—
Lituânia
Luxemburgo
Macedónia
Madagáscar
Malawi
—
—
—
—
—
27
202
19
—
—
(,)
272,6
1,1
(,) i
—
7,5
49,5
1,9
0,1
0,0
29,2
34,0
23,8 i
3,0
—
401
1,211
258
—
6
1,909
12,400
—
—
—
—
—
—
—
3,2
11,7
—
7,6
0,4
—
Maldivas
Mali
Malta
Mauritânia
Maurícias
—
—
—
—
—
—
—
18
—
—
0,0 j
—
0,0
0,0 i
0,0
1,7
(,)
19,5
(,)
5,2
—
—
72,0
—
4,3
90
—
609
6
312
—
—
3,719
—
—
—
0,9
—
—
6,0
—
—
3,9
—
1,0
Moldávia
Mongólia
Marrocos
Mianmar
Namíbia
—
—
—
—
—
42
56
3
—
—
(,)
0,4
0,2
(,)
3,5 i
0,7
0,1
0,1
0,0
3,7
6,2
3,2 i
12,4 i
—
—
131
53
66
6
82
689
—
443
64
—
—
—
—
2,8
—
12,0
4,2
3,2
2,3
0,4
Níger
Nigéria
Omã
Papua-Nova Guiné
Catar
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(,)
(,)
1,4
0,1
—
—
0,4
13,2
—
—
—
—
139
14
406
—
85
2,828
—
13,912
1,0
—
—
2,9
—
—
1,8
2,4
—
—
Federação Russa
Ruanda
Samoa Ocidental
Arábia Saudita
Serra Leoa
—
—
—
—
—
131
—
—
(,)
—
0,3
0,0
—
0,0
—
3,5
0,1
5,3
0,3
0,1
16,0
—
—
5,2 i
—
220
3
—
170
—
3,937
—
—
4,692
—
—
2,6
—
—
2,4
19,7 g
—
—
2,8
—
Suriname
Suazilândia
Suíça
Tajiquistão
Togo
—
—
—
—
—
—
—
183
2
—
0,0 i
0,2
—
—
—
0,0
1,4
82,7
0,1
0,1
1,0 i
—
63,6
—
0,4
213
45
1,109
35
12
—
—
6,981
2,046
—
—
6,0
10,5
—
3,3
—
1,3
10,3
4,7
0,4
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.1 Índice de
realização
tecnológica
Ordem IRT
Difusão das inovações
recentes
Criação de tecnologia
Índice de
realização
tecnológica
(IRT)
valores
Patentes Receitas de
concedidas royalties e direia residentes tos de licenças
(por milhão (dólares EUA por
de pessoas) 1.000 pessoas)
1998 a
1999 b
Qualificações humanas
Exportações Difusão das inovações
antigas
de alta
Taxa de escoAnfitriões
e média
Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta
(por 1.000
(em % das
por
(kilowatt-hora
(15 anos
em ciências
pessoas)
exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita)
e acima)
(%)
2000
1999
1999
1998
2000
1995–97 c
Turquia
Turquemenistão
Uganda
Ucrânia
Emiratos Árabes Unidos
—
—
—
—
—
(,)
10
—
84
—
—
—
0,0 j
—
—
2,5
0,3
(,)
1,2
20,9
26,7
—
2,2
—
—
384
83
5
203
754
1,353
859
—
2,350
9,892
5,3
—
3,5
—
—
4,7
—
0,3
—
3,2
Usbequistão
Venezuela
Vietname
Iémen
Zâmbia
—
—
—
—
—
25
—
—
—
(,)
—
0,0
—
—
—
(,)
1,2
(,)
(,)
0,2
—
6,2
—
—
—
68
253
31
18
12
1,618
2,566
232
96
539
—
6,6
—
—
5,5
—
—
—
0,2
—
a. Com o fim de calcular o IRT, utilizou-se um valor igual a 0 para os países que não tinham dados disponíveis.
b. Com o fim de calcular o IRT, utilizou-se um valor igual a 0 para os países fora da OCDE que não tinham dados disponíveis.
c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
d. Com o fim de calcular o IRT, foi utilizado o valor médio ponderado para os países da OCDE (901).
e. Com o fim de calcular o IRT, foi utilizado o valor médio ponderado para os países da OCDE (6,969).
f. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período 1989-94.
g. Os dados são baseados nas estimativas provisórias da UNESCO da taxa de escolarização superior bruta.
h. Os dados são de fontes nacionais.
i. Os dados referem-se a 1998.
j. Os dados referem-se a 1997.
k. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui Botswana, Lesoto. Namíbia, África do Sul e Suazilândia.
l. Os dados referem-se apenas às exportações de média tecnologia.
Fonte: Coluna 1: calculado com base nos dados das colunas 2-9; para pormenores, ver nota técnica 2; coluna 2: WIPO 2001a; coluna 3: World Bank 2001h, a não ser quando indicado de outro modo; coluna 4: ITU 2001a; coluna 5: calculado com base em dados de exportações, de Lall 2001 e UN 2001a; coluna 6: ITU 2001b; coluna 7: World Bank 2001h; coluna 8: Barro e Lee 2000; coluna 9: calculado
com base em dados das taxas de escolarização superior bruta e escolarização superior em ciências, de UNESCO 1998, 1999 e 2001a.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
51
A2.2 Investimento
na criação de
tecnologia
Nas empresas
(em % do total)
1987–97 a
Cientistas e
engenheiros
em I&D
(por 100.000
pessoas)
1987–97 a
Despesas de investigação
e desenvolvimento (I&D)
Anos médios de escolaridade
(15 anos e acima)
Ordem IDH
1970
1980
1990
2000
Em %
do PNB
1987–97 a
7,2
10,2
9,1
8,0
8,8
8,2
10,3
10,3
9,7
8,2
11,6
10,4
11,0
9,5
8,9
11,9
10,9
11,6
11,4
9,3
1,6
1,8
1,7
3,8
1,6
49,9
45,7
50,7
62,9
64,8
3.664
3.357
2.719
3.826
2.272
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
9,5
6,6
7,8
7,5
6,1
11,9
7,4
8,2
8,5
7,2
11,7
8,1
8,8
9,0
9,4
12,0
8,8
9,4
9,5
10,0
2,6
—
2,1
2,8
2,8
59,4
34,6
44,7
81,7
57,7
3.676
4.131
2.219
4.909
2.799
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
8,5
—
5,7
7,7
8,8
10,4
—
6,7
8,3
9,0
10,1
—
7,0
8,8
9,6
10,5
—
7,9
9,4
9,7
2,6
—
2,3
2,0
2,0
67,4
—
48,7
51,9
49,8
3.006
—
2.659
2.448
3.259
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
7,4
—
6,8
9,7
5,5
7,3
—
7,5
11,5
5,9
7,8
9,9
8,8
11,3
6,5
8,4
10,2
9,4
11,7
7,2
1,5
2,4
1,6
1,0
2,2
49,0
61,4
63,4
33,9
43,7
1.627
2.831
2.319
1.663
1.318
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (RAE)
Chipre
4,8
8,1
5,4
6,3
5,2
6,0
9,4
7,0
8,0
6,5
6,4
9,4
8,0
9,2
8,7
7,3
9,6
8,7
9,4
9,2
0,9
2,4
0,5
—
—
40,3
35,7
20,2
2,8
13,1
1.305
—
773
—
209
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
5,1
4,9
2,6
—
—
5,5
7,9
3,8
—
—
6,0
9,9
4,9
6,6
—
7,1
10,8
5,9
7,1
—
1,1
2,8
0,6
1,5
—
62,5
84,0
18,9
49,1
—
2.318
2.193
1.182
2.251
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
9,7
4,8
—
6,2
—
6,8
6,0
—
7,0
—
7,9
—
9,2
8,1
8,9
8,7
—
9,5
8,8
9,3
—
—
1,2
0,4
1,1
—
—
63,1
11,3
60,4
—
—
1.222
660
1.866
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
8,1
5,7
7,9
5,7
2,8
9,1
6,2
8,8
6,4
3,6
8,9
7,1
9,5
7,0
5,0
9,1
7,6
9,8
7,6
6,1
0,7
—
0,8
0,7
—
79,6
—
31,8
15,2
—
1.099
—
1.358
445
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
3,9
—
3,1
—
—
5,2
—
4,5
—
—
5,6
—
5,8
9,0
—
6,1
—
6,2
—
—
0,2
—
0,2
0,6
—
—
—
64,3
7,7
—
532
—
230
2.017
—
—
—
—
—
—
—
5,9
9,4
—
6,3
—
—
1,0
0,7
—
19,0
—
—
1.916
2.028
—
5,3
—
7,3
—
7,2
9,5
7,8
—
—
0,4
—
20,5
—
1.049
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
52
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.2 Investimento
na criação de
tecnologia
Nas empresas
(em % do total)
1987–97 a
Cientistas e
engenheiros
em I&D
(por 100.000
pessoas)
1987–97 a
Despesas de investigação
e desenvolvimento (I&D)
Anos médios de escolaridade
(15 anos e acima)
Ordem IDH
1970
1980
1990
2000
Em %
do PNB
1987–97 a
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
3,7
4,8
—
—
—
4,8
6,4
—
—
—
6,7
8,1
—
—
—
7,2
8,6
—
—
—
0,3
—
1,1
—
0,9
17,6
—
27,9
—
15,5
214
—
2.248
—
3.587
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
3,9
6,6
6,2
—
—
5,1
7,3
7,8
—
—
6,0
9,2
9,4
—
—
6,8
9,5
9,5
—
—
0,2
0,6
0,7
—
—
8,3
60,5
23,1
—
28,2
93
1.747
1.387
—
1.335
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
3,2
3,1
4,2
—
—
5,5
4,4
5,2
—
—
5,0
4,7
5,6
—
—
6,6
5,3
6,0
—
—
0,5
—
0,4
—
—
—
—
2,4
—
—
209
—
361
—
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
4,1
5,5
—
3,3
4,8
4,4
6,8
—
3,1
6,5
5,6
7,9
—
4,0
7,3
6,5
8,3
—
4,9
8,2
0,1
—
—
0,8
0,2
12,2
—
—
40,0
1,9
103
—
—
168
157
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
—
4,6
—
—
—
—
6,1
—
—
—
—
6,2
—
8,9
—
—
7,6
—
—
—
—
—
—
0,3
—
—
27,2
46,3
1,0
—
1.485
233
2.171
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
—
3,2
—
4,2
—
—
4,1
—
5,1
—
—
4,7
—
6,1
—
—
5,3
—
6,2
—
—
—
0,2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
2.791
—
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
4,7
2,6
—
3,5
—
5,6
3,4
—
6,1
—
6,1
4,2
—
5,9
—
6,9
5,3
—
6,4
—
—
0,5
—
(,)
—
—
32,9
—
—
—
191
291
—
146
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
3,4
—
3,3
1,5
1,6
3,8
4,8
4,3
2,9
2,8
4,4
5,9
6,0
3,9
4,0
4,9
6,4
6,9
5,0
5,3
—
0,7
0,3
0,3
0,5
—
—
—
—
—
—
454
94
125
560
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
—
4,5
4,6
2,7
—
—
5,2
3,8
3,2
—
—
5,7
5,4
4,3
—
—
6,3
6,1
5,2
—
0,2
—
0,7
—
—
24,8
—
54,4
—
—
584
—
1.031
20
Samoa Ocidental
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
6,4
2,2
—
—
1,6
5,9
3,7
—
—
2,7
—
5,1
9,2
—
4,3
—
5,8
—
—
5,4
—
0,2
0,9
—
—
—
—
51,4
—
—
—
30
330
1.763
—
96
97
98
99
100
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
53
A2.2 Investimento
na criação de
tecnologia
Nas empresas
(em % do total)
1987–97 a
Cientistas e
engenheiros
em I&D
(por 100.000
pessoas)
1987–97 a
Despesas de investigação
e desenvolvimento (I&D)
Anos médios de escolaridade
(15 anos e acima)
Ordem IDH
1970
1980
1990
2000
Em %
do PNB
1987–97 a
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
—
2,9
—
4,8
—
—
3,7
—
4,6
2,3
3,8
4,0
9,8
5,0
4,3
—
5,0
—
5,6
5,5
—
0,1
—
0,5
0,2
—
76,4
—
—
—
—
182
666
172
459
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
2,9
2,2
1,7
—
—
3,2
2,8
2,7
—
—
3,7
4,2
3,0
—
—
4,6
4,8
3,5
—
—
—
—
0,2
—
—
—
—
0,5
—
—
204
—
104
234
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
—
2,5
2,0
2,3
—
—
3,9
3,1
3,3
—
—
5,3
5,3
4,1
—
—
6,0
6,3
5,1
—
—
—
—
0,7
—
—
—
—
24,0
—
—
—
—
149
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
—
2,0
1,4
3,3
3,4
—
2,1
1,6
3,4
3,8
—
5,0
2,5
3,6
3,9
—
5,4
2,8
3,9
4,2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
910
—
—
—
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
1,1
2,2
—
1,9
—
—
1,7
3,4
—
2,4
—
—
2,3
3,7
—
3,1
5,1
—
2,9
4,2
—
3,5
5,1
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
25,5
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
1,5
0,8
0,2
—
2,1
2,3
0,9
—
4,2
2,9
1,6
—
3,9
3,3
2,4
—
0,9
0,5
—
—
—
—
—
—
72
98
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
—
0,9
—
1,2
—
—
1,9
0,3
1,9
—
—
2,2
1,5
2,9
—
—
2,6
—
2,8
—
—
(,)
—
—
0,2
—
—
—
—
—
—
52
—
—
12
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tanzânia
—
—
0,6
—
2,8
—
—
1,1
—
2,7
—
—
1,6
2,4
2,8
—
—
2,1
—
2,7
0,1
—
—
—
—
—
—
—
—
—
15
—
—
—
—
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
1,4
1,2
2,8
—
1,7
1,8
2,0
3,9
—
2,2
3,3
2,8
4,2
—
2,3
3,5
3,0
5,5
—
2,6
0,6
—
—
—
(,)
2,2
—
—
—
—
21
—
—
—
3
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
0,5
—
—
—
—
1,1
—
0,9
—
—
2,0
—
1,6
—
—
2,3
—
2,3
—
—
0,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
176
—
—
—
54
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.2 Investimento
na criação de
tecnologia
Despesas de investigação
e desenvolvimento (I&D)
Anos médios de escolaridade
(15 anos e acima)
Ordem IDH
1970
1980
1990
2000
Em %
do PNB
1987–97 a
Nas empresas
(em % do total)
1987–97 a
Cientistas e
engenheiros
em I&D
(por 100.000
pessoas)
1987–97 a
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
República Centro-Africana
Chade
1,9
1,1
0,3
0,8
—
2,7
1,7
0,5
1,3
—
2,7
2,1
0,7
2,4
—
3,2
2,6
0,9
2,5
—
—
(,)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
35
—
56
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burúndi
—
0,6
—
—
—
0,3
0,8
—
—
—
0,7
0,9
—
—
1,4
0,8
1,1
—
—
—
—
—
—
0,2
0,3
—
—
—
—
—
—
—
—
17
33
0,3
0,9
0,6
1,6
0,8
2,1
1,0
2,4
—
—
—
—
—
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
—
—
—
—
3,8
2,1
—
—
7,3
7,7
3,9
—
—
4,7
4,4
3,0
—
—
8,6
9,2
4,9
—
—
5,7
5,3
3,9
—
—
9,1
9,5
—
—
—
—
6,1
4,7
—
—
9,6
10,0
—
—
—
1,3
0,6
0,6
—
0,9
2,3
2,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
152
—
2.437
2.585
3.141
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
7,6
—
—
8,9
4,1
1,8
9,4
5,1
2,8
9,9
—
—
2,3
0,6
—
—
—
—
2.827
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
7,7
—
—
9,1
4,8
—
9,5
5,9
—
10,0
—
—
2,4
1,0
0,9
—
—
—
3.127
687
—
Mundo
—
5,2
6,0
—
2,2
—
959
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
Fonte: Colunas 1-4: Barro e Lee 2000; colunas 5-7: World Bank 2001h, baseado em dados da UNESCO; coluna 6: UNESCO 1999.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
55
A2.3 Difusão de
tecnologia
Agricultura e
manufactura
Consumo de fertilizantes
Tractores em uso
Exportações de baixa
(kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável
tecnologia
e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens)
Ordem IDH
Exportações de média
Exportações de alta
tecnologia
tecnologia
(em % das export. de bens) (em % das export. de bens)
1970
1998
1970
1998
1980
1999
1980
1999
1980
1999
244,3
23,2
18,4
164,6
511,2
225,8
39,1
58,0
100,6
365,4 a
110,6
7,8
13,6
59,0
97,8 a
163,0
5,8
15,6
59,3
127,5 a
5
4
5
16
20 a
4
5
9
12
15
18
7
25
39
30 a
14
11
38
34
37
3
2
6
11
6a
5
5
11
26
11
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
11
12
13
14
15
a
81,6
3.335,4
749,3
337,2
188,8
110,5
3.100,0
494,2
289,5
140,6
27,7
1.411,7
156,0
48,0
60,2
26,8
1.753,2
164,7
450,6
89,7
—
5
11
16
19
10
2
12
8
9
—
3
22
59
21
34
8
25
51
24
—
(,)
9
14
4
32
2
26
30
27
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
383,1
—
243,5
263,1
223,4
749,4
—
247,5
330,4
169,8
189,6
—
64,4
62,1
65,3
255,1
—
65,1
79,3
59,0
16
—
17
12
16
15
37
14
11
19
40
—
36
33
24
38
24
37
33
22
16
—
11
15
9
26
10
22
29
19
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
242,6
384,4
306,7
128,1
89,6
170,4
242,7
519,9
201,7
157,9
148,1
121,5
61,1
27,6
41,2
238,3
88,6
123,3
23,2
133,7
29
16 b
15
8
32
23
13
10
8
30
34
48 b
17
4
37
38
46
12
10
40
8
12 b
12
1
8
12
18
42
5
11
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (RAE)
Chipre
59,3
140,1
86,1
—
120,9
110,4
277,1
123,3
—
143,0
12,7
40,0
15,8
—
27,2
44,1
56,1
61,2
—
118,9
23
—
26
63
32
16
12
26
56
24
31
—
12
22
12
43
16
13
10
11
5
—
1
9
2
10
29
5
24
12
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
250,0
245,0
41,8
—
45,6
2.350,0
457,6
96,1
268,7
90,9
1,7
(,)
10,4
—
10,2
65,0
82,7
60,1
367,5
45,1
8
47
35
—
—
7
18
36
28
19
18
25
16
—
—
17
34
34
38
11
14
10
8
—
—
58
33
7
12
61
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
335,3
—
—
3,3
—
176,5
—
90,3
29,8
66,3
24,4
0,6
—
6,5
—
34,4
10,3
25,5
10,3
15,6
28
—
—
9
—
16
—
26
9
24
9
—
—
9
—
22
—
40
16
42
13
—
—
2
—
9
—
12
3
7
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
149,7
48,5
167,8
31,6
—
90,3
102,0
113,2
194,6
100,0
12,1
20,7
14,7
8,3
—
18,3
25,2
91,1
23,5
2,0
24
—
18
—
—
17
24
31
3
4c
11
—
36
—
—
40
12
28
5
5c
26
—
10
—
—
24
2
8
1
(,)
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
100,1
133,3
—
—
—
391,9
30,0
300,0
28,5
390,1
10,3
5,9
9,0
—
11,7
13,9
11,0
11,7
44,9
3,4
—
—
—
—
—
13
—
1
26
—
—
—
—
—
—
8
—
6
15
—
—
—
—
—
—
44
—
(,)
17
—
—
—
—
127,7
46,5
58,8
—
—
25,0
1,7
28,2
4,4
—
—
—
27
30
—
—
—
—
33
22
—
—
—
—
8
7
—
88,0
—
86,9
23,8
18,5
—
22,1
28,5
1
—
11
32
1
—
13
6
(,)
—
1
6
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
c
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
56
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.3 Difusão de
tecnologia
Agricultura e
manufactura
Consumo de fertilizantes
Tractores em uso
Exportações de baixa
(kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável
tecnologia
e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens)
Exportações de média
Exportações de alta
tecnologia
tecnologia
(em % das export. de bens) (em % das export. de bens)
Ordem IDH
1970
1998
1970
1998
1980
1999
1980
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
23,2
38,7
—
73,3
—
62,5
49,2
145,0
52,8
8,5
3,9
4,4
—
12,7
—
6,3
7,6
15,2
12,9
6,7
—
—
—
—
—
16
9
22
12
6
—
—
—
—
—
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
43,6
141,1
56,5
6,2
—
184,9
37,5
36,5
23,8
69,3
1,0
11,8
10,2
1,9
—
5,7
5,5
16,8
16,1
85,0
3
—
—
—
—
9
23 c
48
2c
40 c
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
17,0
28,7
209,5
56,3
135,4
69,6
152,4
312,3
82,1
196,4
5,5
4,5
2,7
24,2
7,7
14,0
5,1
3,5
19,9
18,2
—
10
21
—
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
5,9
40,7
3,3
29,5
26,9
81,5
77,2
84,1
88,0
62,8
0,5
15,1
0,4
4,9
0,9
10,8
24,6
2,5
12,4
1,2
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
—
30,0
—
—
95,2
—
45,7
15,4
1,5
0,9
—
3,9
—
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
—
87,3
—
9,8
32,7
—
85,6
12,2
26,9
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
55,5
15,7
—
13,3
73,6
123,4
80,9
89,1
57,5
35,8
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
96
97
98
99
100
Samoa Ocidental
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
1999
1980
1999
39
3
42
(,)
13
—
—
—
—
—
28
2
5
—
3
4
—
—
—
—
16
24 c
21
2c
21 c
10
—
—
—
—
52
6
4
(,)
3
3
11
67
(,) c
—
—
4
2
—
—
6
11
3
1c
—
—
1
3
—
—
(,)
2
1
(,)
—
11
(,)
(,)
—
12
19
—
1c
12
7
9
(,)
(,)
—
3
19
—
5c
24
7
1
—
(,)
—
1
30
—
(,)
9
26
2,4
31,3
3,2
10,3
2,1
—
—
11
—
—
3
9
12
—
5
—
—
3
—
—
11
8
2
—
12
—
—
1
—
—
2
4
1
—
3
—
—
7,0
—
5,2
15,5
—
11,2
17,1
7,2
—
—
3
—
—
—
—
18 c
2
9
—
—
2
—
—
—
—
1c
5
1
—
—
(,)
—
—
—
—
(,)
1
1
7,1
3,8
—
1,2
10,0
3,9
32,4
29,5
3,0
11,7
12
—
—
1
—
64
47
—
3
61 c
1
—
—
1
—
2
20
—
2
2c
(,)
—
—
(,)
—
3
7
—
1
2
2c
5
18
—
16
2
c
—
—
—
(,)
—
(,)
21
—
3
(,)
33,4
43,0
8,7
7,6
6,0
61,6
258,8
60,1
24,7
66,6
1,7
1,2
8,8
4,7
1,3
1,5
5,2
12,3
7,2
12,1
—
—
—
20
—
44
—
52
5
—
—
—
10
—
—
—
27,0
42,2
104,0
—
39,7
32,7
49,7
102,0
0,1
—
9,0
11,8
4,0
0,4
13,3
7,3
5,6
4,2
3
—
—
4d
—
—
5
—
11 d
28
2
—
—
5d
—
—
7
—
26 d
13
(,)
—
—
(,) d
—
—
4
—
4
6
—
6,8
—
—
16,3
—
60,0
55,5
177,2
11,7
0,1
1,5
—
—
5,9
0,6
17,0
20,2
35,1
11,4
1
4
—
—
(,)
—
6
20
—
(,)
1
2
—
—
(,)
—
1
4
—
1
—
(,)
—
—
(,)
—
(,)
2
—
(,)
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
c
c
c
c
c
c
c
c
d
57
A2.3 Difusão de
tecnologia
Agricultura e
manufactura
Consumo de fertilizantes
Tractores em uso
Exportações de baixa
(kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável
tecnologia
e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens)
Ordem IDH
Exportações de média
Exportações de alta
tecnologia
tecnologia
(em % das export. de bens) (em % das export. de bens)
1970
1998
1970
1998
1980
1999
1980
1999
1980
1999
50,7
9,2
—
0,9
131,2
268,6
89,5
65,4
3,4
337,2
0,5
0,3
—
1,3
6,1
17,0
2,3
33,7
2,6
27,3
—
1
—
1
—
—
23
—
10
24
—
(,)
—
1
—
—
11
—
5
7
—
1
—
(,)
—
—
7
—
21
2
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
21,5
15,6
29,8
—
8,4
19,2
68,4
116,7
0,8
—
0,4
1,1
2,0
2,7
0,3
1,0
2,5
2,3
3,0
0,4
—
—
—
—
—
3
11
14
(,) c
—
—
—
—
—
—
3
7
12
(,) c
—
—
—
—
—
—
(,)
1
4
1
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
11,7
39,6
4,2
13,7
—
35,1
30,6
12,1
99,1
3,1
1,4
7,6
4,0
0,6
3,8
4,3
16,2
17,3
9,1
—
11
—
—
33
—
22 c
—
—
38 c
—
3
—
—
10
—
12 c
—
—
11 c
—
(,)
—
—
3
—
(,)
—
—
5
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
2,2
43,7
2,1
1,0
1,0
3,8
52,1
16,9
2,9
18,5
7,4
6,2
0,5
0,8
1,0
5,3
6,9
0,8
0,7
6,2
—
—
—
—
—
7c
11
—
7
—
—
—
—
—
—
3c
11
—
2
—
—
—
—
—
—
(,)
1
—
2
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
1,2
4,3
12,5
—
3,4
48,3
3,3
22,4
28,2
2,5
5,5
22,9
0,4
2,9
1,8
—
(,)
4,2
0,3
1,7
3,2
—
0,1
3,2
—
—
4
—
1
(,)
—
—
10
—
3c
—
—
—
2
—
1
(,)
—
—
6
—
2c
—
—
—
1
—
(,)
(,)
—
—
2
—
1
—
c
c
c
c
c
Desenvolvimento humano baixo
58
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
14,6
0,2
2,7
—
111,7
7,5
40,9
0,6
1,1
(,)
0,4
—
14,5
(,)
1,5
—
—
2
—
—
76
5
74 c
—
—
2
—
—
7
(,)
2c
—
—
(,)
—
—
1
(,)
(,)
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
0,3
15,7
0,1
0,4
6,1
11,9
140,5
13,5
8,9
2,8
0,4
0,2
1,2
0,2
1,0
1,0
0,6
3,6
0,2
1,1
—
64
10 e
—
3
—
87 c
—
72 c
34
—
2
32 e
—
(,)
—
3c
—
(,) c
1
—
(,)
2e
—
2
—
(,)
—
3
2
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tanzânia
0,2
—
2,8
1,1
5,1
6,1
—
2,2
4,2
6,0
0,1
—
0,4
0,4
5,8
1,0
—
0,6
0,8
1,6
—
—
—
—
—
(,)
—
2c
—
4
—
—
—
—
—
(,)
—
(,) c
—
5
—
—
—
—
—
(,)
—
(,)
—
2
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
1,4
0,6
7,3
6,4
3,4
0,3
—
7,6
15,4
11,8
0,3
0,1
0,6
0,4
0,1
0,7
0,3
1,1
0,5
0,2
—
—
—
—
3
1
—
—
—
8
—
—
—
—
9
2
—
—
—
22
—
—
—
—
2
(,)
—
—
—
7
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
3,3
4,4
—
2,3
2,7
1,5
20,4
13,0
7,5
2,2
2,1
0,1
—
0,3
(,)
2,9
0,1
1,2
0,2
0,4
(,)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(,)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
c
c
c
c
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.3 Difusão de
tecnologia
Agricultura e
manufactura
Consumo de fertilizantes
Tractores em uso
Exportações de baixa
(kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável
tecnologia
e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens)
Ordem IDH
1970
1998
1970
1998
1980
1999
Exportações de média
Exportações de alta
tecnologia
tecnologia
(em % das export. de bens) (em % das export. de bens)
1980
1999
1980
1999
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
República Centro-Africana
Chade
8,5
0,3
3,1
1,2
0,7
25,1
0,3
11,3
0,3
4,7
0,7
0,1
0,3
(,)
(,)
0,7
0,1
0,6
(,)
(,)
6
—
1
(,)
—
—
—
—
(,) c
—
(,)
—
(,)
(,)
—
—
—
—
13 c
—
(,)
—
(,)
(,)
—
—
—
—
(,)
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burúndi
—
2,2
0,4
0,3
0,5
1,7
1,5
15,5
14,6
1,9
(,)
1,4
0,2
(,)
(,)
0,1
1,7
0,3
0,6
0,2
—
—
(,)
3
—
—
3c
—
—
—
—
—
(,)
2
—
—
11 c
—
—
—
—
—
—
1
—
—
1
—
—
—
0,1
5,7
0,2
5,6
(,)
0,3
(,)
0,2
1
—
—
—
1
—
—
—
(,)
—
—
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
19,2
3,4
16,6
33,9
21,8
13,6
7,4
—
94,4
99,8
100,7
18,1
44,9
193,3
71,3
98,6
13,8
—
113,6
118,3
1,9
0,6
2,6
1,0
5,1
0,7
1,8
—
27,4
31,4
7,7
0,7
7,4
5,9
9,7
9,5
1,5
—
39,6
40,6
—
—
—
—
—
—
—
—
17
16
20
—
10
24
12
31
8
18
14
13
—
—
—
—
—
—
—
—
37
37
20
—
7
20
26
3
12
26
38
38
—
—
—
—
—
—
—
—
10
10
25
—
1
33
16
1
2
8
21
20
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
97,1
24,4
4,5
114,6
118,1
28,8
28,7
2,2
0,5
40,2
8,7
2,6
17
—
—
13
21
—
36
—
—
37
19
—
10
—
—
22
19
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
99,8
39,2
9,9
118,5
129,6
65,6
31,4
4,3
0,6
40,6
12,6
5,4
17
—
—
13
21
21
36
—
—
37
22
7
10
—
—
21
20
4
Mundo
50,1
105,4
12,3
18,6
—
15
—
33
—
22
161 Níger
162 Serra Leoa
c
c
a. Inclui o Luxemburgo.
b. Os dados referem-se à República Federal da Alemanha antes da unificação.
c. Os dados referem-se a 1998.
d. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui Botswana, Lesoto. Namíbia, África do Sul e Suazilândia.
e. Os dados referem-se à antiga república Árabe do Iémen.
Fonte: Colunas 1-4: calculado com base em dados do consumo de fertilizantes e uso da terra, de FAO 2000a; colunas 5-10: calculado com base em dados de exportações, de Lall 2000 e UN 2001a.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
59
A2.4 Difusão de
tecnologia
Informação e
comunicações
Telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
Ordem IDH
Assinantes
de telemóveis
(por 1.000 pessoas)
Custo de chamada
local de 3 minutos
Anfitriões de Internet
(por 1.000 pessoas)
Índice
Dól. PPC (1990 = 100)
1999
1999
1990
1999
1990
1999
1995
2000
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
503
456
565
681
393
712
520
655
665
502
46
11
22
54
4
617
343
227
583
314
20,1
17,7
17,5
18,6
3,5
193,6
125,9
108,0
125,8
58,9
0,07
0,18
—
—
0,16
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
545
510
464
441
534
682
677
606
558
552
21
39
5
7
52
312
619
435
449
651
21,1
31,3
12,2
2,3
42,2
179,1
232,4
136,0
49,0
200,2
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
574
481
495
441
567
699
724
579
575
685
18
2
5
19
29
411
487
364
463
495
12,9
5,7
3,1
8,4
11,4
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
418
441
281
434
388
472
588
478
490
462
10
4
7
16
5
514
286
447
230
528
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
316
343
389
450
428
418
459
528
576
545
1
3
0
24
5
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
349
310
243
211
360
482
438
424
378
512
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
281
136
158
93
135
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
Lista de espera de
telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
1990
1999
51
—
—
—
77
0
0
0
0
2
0
0
0
0
—
—
0,10
0,13
0,06
0,12
—
188
77
91
93
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
82,7
49,5
36,4
57,4
114,3
0,10
0,10
0,11
0,17
0,09
80
67
83
—
86
1
8
0
0
0
0
0
0
0
0
7,1
6,3
4,2
15,1
1,6
84,2
41,2
48,6
146,7
30,4
0,16
0,10
—
0,00
—
84
—
—
—
—
4
(,)
1
(,)
1
0
0
—
0
0
312
459
311
636
190
1,8
5,4
0,8
5,2
0,6
21,0
43,2
16,4
33,6
16,9
0,11
—
0,08
0,00
0,03
221
—
—
—
—
7
4
107
1
35
(,)
—
2
0
6
17
2
1
0
0
419
500
468
309
97
7,4
0,8
1,3
2,9
0,2
72,3
4,8
17,7
20,3
19,5
0,02
0,06
0,14
—
0,20
—
94
121
—
453
(,)
(,)
23
36
57
0
0
3
3
2
427
246
371
201
308
0
7
0
(,)
0
111
205
189
121
171
(,)
0,5
2,2
0,2
0,6
0,5
8,0
25,0
8,7
10,2
—
—
0,36
—
0,35
—
—
146
—
—
11
52
30
24
21
3
—
7
—
13
96
134
86
66
192
371
271
263
207
249
(,)
0
0
1
11
162
95
102
151
205
1,6
0,2
0,6
0,7
0,2
21,6
19,6
11,4
6,2
3,6
0,30
0,24
0,15
—
—
111
266
339
—
—
59
29
62
24
(,)
8
0
—
—
—
101
274
247
204
206
204
369
240
357
407
0
8
15
0
17
35
53
158
268
347
0,6
5,1
0,7
2,4
0,2
4,1
—
4,4
43,1
20,9
0,05
—
—
0,14
—
24
—
—
—
—
16
—
—
—
1
9
—
0
27
(,)
172
212
190
365
311
263
(,)
0
8
66
90
143
0,5
0,1
0,0
6,7
7,5
—
—
0,13
—
—
—
—
39
55
1
—
20
—
141
234
216
300
0
0
30
112
0,2
0,5
7,7
13,4
—
0,27
—
—
1
—
8
8
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
60
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.4 Difusão de
tecnologia
Informação e
comunicações
Telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
Assinantes
de telemóveis
(por 1.000 pessoas)
Ordem IDH
1990
1999
1990
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
65
93
153
92
140
112
164
257
156
210
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
89
242
102
48
148
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
71
72
73
74
75
Custo de chamada
local de 3 minutos
Anfitriões de Internet
(por 1.000 pessoas)
1999
1995
1
0
0
0
0
79
86
2
26
9
0,2
0,3
(,)
(,)
0,2
9,2
1,9
0,3
2,2
3,5
0,22
—
0,06
0,12
0,09
203
354
167
—
234
5
0
0
0
0
137
42
61
—
24
0,3
0,1
0,1
0,0
0,1
2,4
3,7
2,7
(,)
1,9
82
75
52
92
118
109
160
224
171
—
(,)
0
2
0
0
143
75
89
42
194
0,1
0,1
0,0
(,)
0,1
24
57
77
65
10
86
101
129
149
39
1
0
1
(,)
0
38
29
40
89
38
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
60
157
26
136
80
90
155
67
199
108
2
0
(,)
0
0
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
99
29
45
86
27
123
80
199
95
55
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
7
121
60
48
12
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
96
97
98
99
100
Samoa Ocidental
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
Lista de espera de
telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
1990
1999
86
—
—
—
—
13
6
—
14
74
—
—
43
—
44
0,06
—
—
—
0,02
44
—
—
—
—
5
67
42
54
—
—
40
33
15
—
1,2
1,9
5,2
0,0
2,3
—
—
0,10
—
—
—
—
—
—
—
32
14
52
23
—
—
—
25
88
—
0,1
0,1
0,1
0,2
(,)
1,6
0,9
0,3
7,2
0,4
0,23
0,13
—
—
0,00
—
80
—
—
—
18
17
8
3
9
7
—
—
—
—
49
2
40
4
3
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
1,4
0,9
0,7
1,2
0,6
—
0,49
—
—
—
—
—
—
—
—
3
—
17
69
45
—
20
1
52
11
0
0
0
0
0
19
11
56
23
81
(,)
0,0
0,1
(,)
(,)
0,4
1,7
0,4
0,1
0,5
—
0,19
—
—
—
—
—
—
—
—
53
4
39
—
2
19
2
—
11
—
36
265
82
91
36
(,)
1
0
0
0
12
119
1
31
3
(,)
0,2
0,0
0,1
(,)
0,2
2,5
0,3
0,3
0,1
0,18
—
—
0,03
0,06
137
—
—
351
86
3
25
24
15
77
12
7
13
—
26
48
6
58
38
40
98
86
87
90
125
(,)
(,)
(,)
(,)
0
50
34
18
6
7
0,1
(,)
0,1
(,)
(,)
1,7
0,1
0,2
(,)
(,)
—
0,06
0,06
0,07
0,03
—
—
197
27
—
—
1
15
15
9
—
—
5
9
18
24
72
20
87
24
112
76
75
138
76
0
0
0
(,)
0
19
1
3
132
62
0,0
0,0
0,0
1,2
(,)
0,1
1,1
0,1
8,4
0,3
0,11
—
0,02
0,21
0,13
—
—
35
—
—
—
22
29
3
14
14
14
88
—
—
26
40
106
69
32
—
102
127
67
52
0
0
0
0
(,)
17
(,)
4
2
2
0,0
0,0
(,)
(,)
(,)
5,3
0,0
0,7
(,)
(,)
—
0,02
0,17
—
—
—
35
—
—
—
6
124
49
17
27
—
179
27
2
—
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
2000
Índice
Dól. PPC (1990 = 100)
1999
1999
61
A2.4 Difusão de
tecnologia
Informação e
comunicações
Telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
Ordem IDH
1990
1999
Assinantes
de telemóveis
(por 1.000 pessoas)
Custo de chamada
local de 3 minutos
Anfitriões de Internet
(por 1.000 pessoas)
1990
1999
1995
2000
Índice
Dól. PPC (1990 = 100)
1999
1999
Lista de espera de
telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
1990
1999
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
1
6
45
28
30
27
29
35
62
70
0
(,)
0
0
(,)
4
11
(,)
52
7
0,0
(,)
0,0
(,)
(,)
(,)
0,2
0,1
0,3
0,1
0,37
0,08
0,03
0,20
0,07
—
44
—
—
—
—
2
—
—
22
—
—
—
1
19
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
13
17
21
22
4
30
44
55
32
—
0
0
(,)
0
0
9
12
30
7
—
(,)
0,0
(,)
0,0
0,0
0,4
(,)
0,5
(,)
0,0
0,43
0,17
0,19
—
—
—
223
127
—
—
7
24
22
3
—
22
27
—
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
39
16
17
21
6
64
53
31
75
27
0
(,)
0
0
0
18
13
14
75
2
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
3,7
0,1
1,4
2,7
0,1
0,16
0,22
0,17
—
0,09
—
—
83
—
45
—
8
10
6
2
3
—
—
—
4
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
32
12
2
3
7
39
21
6
8
—
0
0
0
0
0
13
15
(,)
4
—
0,0
(,)
0,0
(,)
(,)
0,1
0,5
0,0
(,)
0,1
0,08
—
—
0,34
—
—
—
—
131
—
26
6
—
1
5
15
—
2
—
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
(,)
8
8
8
3
7
3
13
10
10
—
—
0
0
0
0
0
0
8
2
1
0
—
—
0,0
0,0
(,)
0,0
0,0
0,0
(,)
0,1
0,2
0,1
(,)
(,)
0,15
—
0,14
0,62
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
4
1
—
1
—
—
4
—
—
—
8
3
3
4
22
8
11
18
(,)
0
0
0
2
4
(,)
0
(,)
0,0
(,)
0,0
0,1
0,1
0,1
2,1
0,08
0,40
0,08
—
41
60
31
—
6
1
4
—
—
4
12
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
2
2
11
7
2
7
3
17
9
3
0
0
0
0
0
2
1
2
3
—
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
(,)
0,0
0,1
—
0,14
0,04
—
0,25
—
65
318
—
91
—
1
4
—
—
—
1
7
—
(,)
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tanzânia
3
11
3
3
3
—
14
9
6
5
0
0
0
0
0
—
(,)
(,)
0
2
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
(,)
0,1
0,0
(,)
(,)
—
—
0,10
0,37
0,17
—
—
—
84
300
3
(,)
—
(,)
4
—
0
12
18
1
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
2
1
9
6
6
3
—
9
15
18
0
0
0
0
0
3
—
3
18
10
(,)
0,0
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
0,2
0,1
0,2
0,64
—
0,11
0,15
0,32
—
—
111
69
—
1
—
7
1
1
(,)
—
1
—
3
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
8
3
—
7
2
8
—
7
23
6
0
0
—
0
0
2
—
0
4
3
0,0
0,0
0,0
0,0
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
0,20
—
0,12
1,34
0,40
—
—
—
484
125
—
—
—
6
—
2
—
5
13
—
62
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
A2.4 Difusão de
tecnologia
Informação e
comunicações
Telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
Ordem IDH
1990
1999
Assinantes
de telemóveis
(por 1.000 pessoas)
1990
Custo de chamada
local de 3 minutos
Anfitriões de Internet
(por 1.000 pessoas)
1999
1995
2000
Índice
Dól. PPC (1990 = 100)
1999
1999
Lista de espera de
telefones por cabo
(por 1.000 pessoas)
1990
1999
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
República Centro-Africana
Chade
3
2
1
2
1
4
2
—
3
1
0
0
0
0
0
2
2
—
—
—
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
(,)
(,)
(,)
0,12
—
—
—
—
122
—
—
—
—
1
(,)
—
—
(,)
3
1
—
—
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burúndi
6
3
3
2
2
—
4
3
4
3
0
0
0
0
0
—
1
(,)
(,)
(,)
0,0
0,0
(,)
0,0
0,0
(,)
(,)
(,)
(,)
0,0
—
—
0,15
0,37
—
—
—
47
—
—
—
2
2
—
(,)
—
2
4
—
—
1
3
—
—
0
0
—
—
0,0
0,0
(,)
0,1
—
0,10
—
21
(,)
4
—
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
22
3
34
17
63
7
—
125
392
473
69
5
69
85
131
29
—
205
509
594
(,)
0
(,)
(,)
(,)
(,)
—
(,)
10
13
34
1
17
45
82
2
—
35
322
371
0,1
(,)
(,)
0,1
0,2
(,)
0,1
0,3
8,4
11,0
1,0
(,)
0,4
0,6
5,6
0,1
0,6
4,7
75,0
96,9
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
416
28
4
542
79
9
11
(,)
(,)
347
28
2
9,0
(,)
(,)
80,5
1,0
(,)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
470
45
11
591
122
27
13
(,)
(,)
373
55
3
10,8
0,1
(,)
95,2
2,1
0,1
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Mundo
102
158
2
85
1,7
15,1
—
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
Fonte: Colunas 1-4, 9 e 100: ITU 2001b; colunas 5 e 6: ITU 2001a; coluna 7: calculado com base em dados de chamadas locais, de ITU 2001b e dados dos factores de conversão das paridades de poder
de compra, de World Bank 2001h; coluna 8: calculado com base em dados de chamadas locais, de ITU 2001b e dados dos deflatores do PIB e dos factores de conversão das paridades de poder de compra, de World Bank 2001h.
TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES
63
CAPÍTULO 3
Gestão dos riscos da mudança tecnológica
Todos os avanços tecnológicos trazem benefícios
e riscos potenciais, alguns dos quais não são fáceis de
prever. Os benefícios das tecnologias podem ser bastante
melhores do que os seus criadores previram. Quando
Guglielmo Marconi inventou o rádio em 1897, fê-lo para
uma comunicação privada em dois sentidos, não para
a transmissão. Hoje, o transistor é anunciado como
uma das maiores invenções de sempre – embora,
aquando da sua invenção em 1947, apenas se pensasse
nalguns usos para além do desenvolvimento de melhores
ajudas para as pessoas surdas. Nos anos de 1940, a
IBM nunca pensou que o mercado de computadores iria
crescer mais do que umas unidades de venda por ano.
Ao mesmo tempo, os custos ocultos das tecnologias podem ser devastadores. A encefalite espongiforme
bovina – doença das vacas loucas-quase de certeza que
a sua origem e propagação se devem às poupanças de
custos nas técnicas usadas para produzir rações. O poder
nuclear, que então se acreditava ser uma fonte inesgotável
de energia, tornou-se uma perigosa ameaça para a saúde
e o ambiente após os acidentes de Three Mile Island (Estados Unidos) e Chernobyl (Ucrânia). Alguns perigos
são rapidamente denunciados e removidos. A talidomida, registada inicialmente, em 1957, para tratar
náuseas matinais das mulheres grávidas, resultou em horríveis defeitos de nascimento em milhares de crianças
de todo o mundo, tendo sido banido no início dos anos
de 1960. Mas outros horrores estiveram escondidos
durante décadas. Os Clorofluorocarbonetos (CFC),
inventados em 1928, eram largamente utilizados nos refrigeradores, latas de aerossol e condicionadores de ar.
Só em 1984 – mais de 50 anos depois – se tornou uma
evidência convincente a sua ligação com o esgotamento
da camada de ozono e o aumento dos cancros da pele,
em países mais expostos aos raios ultravioleta. Ainda utilizado em muitos países, os CFC deverão ser retirados
até 2010.
As sociedades respondem a estas incertezas procurando maximizar os benefícios e minimizar os riscos das
mudanças tecnológicas. Fazer isto não é fácil: gerir tal
mudança pode ser complexo e politicamente controverso. Apesar da tecnologia agrícola da revolução verde
ter mais do que duplicado a produção de cereais na Ásia,
entre 1970 e 1995,1 os impactes nos rendimentos dos trabalhadores agrícolas e no ambiente são, ainda, debatidos intensamente.
Tal como em momentos anteriores de mudança, as
transformações tecnológicas actuais aumentam as preocupações com os seus possíveis impactes ecológicos,
socioeconómicos e na saúde. As plantas geneticamente
modificadas são suspeitas de terem introduzido novas
fontes de alergias, de terem criado ervas daninhas resistentes e de ameaçar espécies como as borboletas
monarcas. A investigação biotecnológica de ponta aumentou as preocupações éticas com a possibilidade de
clonagem humana e a facilidade de produção de armas
biológicas destruidoras. As tecnologias de informação
e comunicação facilitam a criminalidade internacional,
suportam as redes de comércio da droga e permitem a
difusão da pornografia infantil.
Perante tais preocupações, porquê adoptar novas
tecnologias? Por três razões.
• Benefícios potenciais. Tal como descreve o capítulo 2, as possibilidades de promoção do desenvolvimento humano através das transformações tecnológicas
são imensas nos países em desenvolvimento. Nalguns
casos, os benefícios esperados são pelo menos tão
grandes como os riscos.
• Custos de inércia versus custos de mudança.As
novas tecnologias melhoram frequentemente as que
vão substituir: o jacto moderno, por exemplo, é mais
seguro do que o aeroplano a hélice. Se os operários
tivessem sido bem sucedidos na proibição da adopção
dos teares mecânicos giratórios, a Inglaterra teria impedido o crescimento de produtividade que permitiu
o crescimento irreversível do emprego e dos rendimentos.
• Meios de gestão dos riscos. Muitos perigos potenciais podem ser geridos e as suas possibilidades reduzidas através da investigação científica sistemática,
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLOGICA
Todos os avanços
tecnológicos trazem
benefícios e riscos
potenciais, alguns dos
quais não são fáceis
de prever
65
As sociedades esperam
benefícios diferentes,
enfrentam riscos
diferentes e têm
capacidades muito
variadas para gerir
os riscos com segurança
regulação e capacidade institucional. Quando estas capacidades são fortes, os países têm muito mais possibilidades de assegurar que as alterações tecnológicas se
tornam uma força positiva para o desenvolvimento.
No entanto, para além destes motivos para adoptar a mudança, coloca-se um dilema para muitos países
em desenvolvimento: os benefícios potenciais de mudança podem ser maiores do que os custos da inércia
– mas a capacidade institucional e reguladora necessária
à gestão dos riscos pode ser demasiado exigente.
O trade-off da mudança tecnológica varia de país para
país e de uso para uso: as sociedades esperam benefícios diferentes, enfrentam riscos diferentes e têm capacidades muito variadas para gerir os riscos com
segurança.
De acordo com esta perspectiva, a maior parte dos
países em desenvolvimento está em desvantagem para
enfrentar a mudança tecnológica, porque lhes faltam as
instituições reguladoras necessárias para gerir adequadamente os riscos. Mas, pode haver desvantagens
para os que são apenas seguidores. Contrariamente aos
corredores da frente, os seguidores não incorrem nos
riscos dos primeiros no uso das novas tecnologias:
podem, pelo contrário, observar como esses riscos ocorreram nos outros países. Podem, igualmente, aprender
com os outros o desenho dos regulamentos e das instituições. Finalmente, para algumas tecnologias, podem
estabelecer sistemas reguladores de baixo custo, ou
apoiar-se nos padrões de regulação dos primeiros inovadores.
Finalmente, as sociedades enfrentam escolhas, em
tempo e extensão, na adopção da mudança tecnológica.
Dada a importância da opção correcta e perante os
riscos de uma adesão errada, os países em desenvolvimento precisam construir políticas nacionais e necessitam de apoio internacional para criar a capacidade que
os habilita a aproveitar as novas oportunidades. Mas que
critério deve ser utilizado na adopção de tecnologias e
que vozes devem ser ouvidas no debate? Como podem
os países desenvolver abordagens sistemáticas para
analisar os riscos tecnológicos? Que políticas e que
práticas-nacionais e internacionais-são necessárias?
Estas questões constituem o objecto deste capítulo.
TAREFA ARRISCADA: AVALIAÇÃO DOS CUSTOS
E BENEFICIOS POTENCIAIS
Alguns riscos de mudanças tecnológicas estão enraizados no comportamento humano e na organização social. A pesquisa biotecnológica pode ser transformada
em armas se os governos ou terroristas escolherem esse
66
caminho – por isso, a necessidade de interdições multilaterais contra a criação de armas biológicas e da realização de inspecções para monitorizar a anuência. As
tecnologias de informação e comunicação podem conduzir a uma invasão da privacidade e ao branqueamento de dinheiro, comércio de armas e drogas – daí
a importância da regulação interna e internacional para
controlar estes problemas.
Outros riscos estão directamente associados às
tecnologias. Poderão os genes que fluem de organismos
geneticamente modificados para organismos colaterais
pôr em perigo as populações colaterais? Depende do
modo como aqueles organismos interagem com o seu
ambiente. Poderá o uso de telefones móveis causar cancro no cérebro ou no olho? Depende da forma como a
radiação do receptor do telefone afecta o tecido humano.
O facto de esses danos poderem ou não acontecer é uma
questão científica – mas se as possibilidades forem reais,
a extensão perante a qual elas se tornam riscos depende
da forma como as tecnologias são postas em acção.
A construção de zonas agrícolas amortecedoras em
redor de culturas geneticamente modificadas elimina a
possibilidade do fluxo do gene e das ervas daninhas resistentes; com o aumento da consciência pública e modificando-se a concepção dos telefones móveis reduz-se
a probabilidade de cancro.
O primeiro tipo de risco tem sido tratado, desde
há muito tempo, pelas instituições económicas, sociais
e políticas que planeiam e regulam a forma como as
tecnologias são utilizadas pelas sociedades. Mas, a gestão
do segundo tipo de risco apela por uma ciência sã e, também, por uma forte capacidade reguladora. E muitas
preocupações levantadas sobre esta revolução tecnológica, particularmente a biotecnologia, estão focadas
em riscos semelhantes a estes – assim se explica a atenção
dada, em todo o mundo, para o papel que a ciência e a
regulação devem desempenhar na gestão desta era de
mudança tecnológica.
Existem duas ameaças potenciais que estão a ser
analisadas:
• Possíveis ameaças para a saúde humana. As
tecnologias há muito que impõem ameaças para a saúde
humana. Algumas poluem o ar e a água: centrais eléctricas que usam combustíveis fósseis produzem dióxido
de carbono, que em grandes concentrações pode irritar o aparelho respiratório. Outros podem introduzir
substâncias perigosas para o corpo através de medicamentos como a talidomida, ou através da cadeia alimentar. Novas aplicações biotecnológicas nos cuidados
de saúde-de vacinas e diagnósticos a medicamentos e
terapia de genes – podem ter efeitos laterais inespera-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
dos. Com alimentos geneticamente modificados, as
duas preocupações principais são que a introdução de
novos genes pode tornar um alimento tóxico e pode introduzir novos alergénios na alimentação, causando
reacções nalgumas pessoas.
• Possíveis ameaças para o ambiente. Alguns reclamam que os organismos geneticamente modificados
podem destabilizar os ecossistemas e reduzir a biodiversidade de três formas. Primeiro, os organismos
transformados podem deslocar espécies existentes e alterar o ecossistema. A história mostra o perigo: seis coelhos europeus introduzidos na Austrália, em 1850,
multiplicaram-se rapidamente em 100 milhões, destruindo habitats e a flora e fauna nativas. Actualmente, os coelhos custam às indústrias agrícolas
australianas 370 milhões de dólares por ano.2 A questão
é saber se os organismos geneticamente modificados
poderão superar os ecossistemas de forma similar. Segundo, os genes que fluem entre as plantas podem
transferir os novos genes para espécies relacionadas,
conduzindo, por exemplo às ervas daninhas resistentes.
Terceiro, os novos genes podem ter efeitos nocivos inesperados em espécies colaterais. Estudos laboratoriais
mostraram que o pólen do milho Bt, concebido para
o controlo da praga que atinge os caules, também
pode matar borboletas monarcas se estas consumirem
o suficiente.
Alguns destes riscos são iguais em todos os países:
danos potenciais para a saúde devido aos telefones
móveis, ou os da talidomida para as crianças durante o
período da gravidez, não são diferentes para as pessoas
da Malásia ou de Marrocos – apesar da capacidade de
os monitorizar e gerir poder variar consideravelmente.
Mas outros riscos variam significativamente: os genes
provenientes do milho geneticamente modificado fluem
mais facilmente num ambiente que tem muitas espécies
relacionadas com o milho selvagem do que noutro que
não tem. Por este motivo, os riscos ambientais da biotecnologia são frequentemente específicos de ecossistemas
individuais e devem ser avaliados caso a caso. Os riscos
para a saúde humana são mais comuns entre os continentes.
Estes riscos merecem atenção – mas não podem ser
a única consideração na formulação das opções de
tecnologia: uma abordagem da avaliação dos riscos que
apenas dá atenção aos perigos potenciais seria imperfeita. Uma avaliação completa dos riscos deve ponderar
os danos esperados da nova tecnologia com os benefícios esperados – e compará-los em termos do:
• Valor esperado dos danos e benefícios das tecnologias existentes que seriam substituídas..
• Valor esperado dos danos e benefícios das tecnologias alternativas, que poderiam ser preferíveis às
novas ou às existentes.
As pessoas fazem estas avaliações a toda a hora, frequentemente de forma inconsciente, escolhendo os
benefícios de actividades como viajar de carro e avião,
em detrimento dos seus perigos potenciais. Contudo,
os debates actuais acontecem, frequentemente, como se
os riscos sobre produtos específicos pudessem ser isolados dos contextos nos quais ocorrem.
Os adversários das novas tecnologias ignoram,
muitas vezes, os perigos do status quo. Um estudo
destacando o risco do pólen do milho transgénico resistente à praga para as borboletas monarcas recebeu
atenção mundial, mas perdido no processo estava o
facto destas culturas poderem reduzir a necessidade de
pesticidas que podem danificar a qualidade do solo e
da saúde humana. A exposição continuada aos pesticidas pode causar esterilidade, lesões na pele e dores de
cabeça. Um estudo sobre os trabalhadores de uma
plantação de batatas com uso de pesticidas, no Equador,
mostrou que as dermatites crónicas eram duas vezes mais
comuns entre eles do que entre as outras pessoas.3
De modo semelhante, os proponentes das novas
tecnologias falham, frequentemente, na consideração de
alternativas. A energia nuclear, por exemplo, deve ser
ponderado não apenas em relação aos combustíveis
fósseis, mas também em relação a terceiras alternativas
– preferíveis, possivelmente – tais como a energia solar
e as pilhas de hidrogénio. E muitas pessoas defendem
que o uso de organismos geneticamente modificados
deve ser ponderado em relação a alternativas como as
plantações orgânicas, que nalguns casos podem ser uma
escolha mais apropriada.
Mas, mesmo quando as sociedades e as comunidades consideram todas as situações, elas podem
tomar decisões diferentes devido à variedade de riscos
e benefícios que enfrentam e à sua capacidade para
lidar com eles. Os consumidores europeus, que não
enfrentam faltas de alimentos ou deficiências nutricionais, vêem poucos benefícios nos alimentos geneticamente modificados; estão mais preocupados com
possíveis efeitos na saúde. Contudo, as populações subalimentadas dos países em desenvolvimento preocupam-se, mais provavelmente, com os benefícios
potenciais de produções mais elevadas e com maior
valor nutricional; os riscos da não mudança podem
pesar mais de que quaisquer preocupações com efeitos
na saúde. As escolhas podem diferir, mesmo entre dois
países em desenvolvimento que necessitam dos benefícios nutricionais de produções geneticamente modi-
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
Uma avaliação completa
dos riscos deve ponderar
os danos esperados
da nova tecnologia com
os benefícios esperados
67
ficadas, na medida em que um deles pode estar melhor
adaptado para gerir os riscos.
A condução destes debates num contexto global altera os temas dominantes e muda as vozes que influenciam a tomada de decisão.
FORMAÇÃO DAS ESCOLHAS:
O PAPEL DA OPINIÃO PUBLICA
As perspectivas que
dominam o debate
mundial podem conduzir
a decisões que não são
do melhor interesse para
as comunidades locais
Nos sistemas democráticos, as opiniões públicas sobre
o trade-off dos riscos das mudanças são, frequentemente, determinantes fundamentais da promoção ou
proibição de uma tecnologia. As preferências públicas
importam, uma vez que são os indivíduos e as comunidades que, em última instância, têm os ganhos ou suportam os custos. Mas, as perspectivas que dominam o
debate mundial podem conduzir a decisões que não são
do melhor interesse para as comunidades locais.
CONDUÇÃO
DO DEBATE : MEDO P Ú BLICO
E INTERESSES COMERCIAIS
Pelo menos dois factores foram importantes na formação dos debates:
Confiança pública nos reguladores. A má gestão
das crises da saúde e do ambiente na Europa minaram
a confiança nos responsáveis pela saúde e ambiente
públicos. No Reino Unido, a doença das vacas loucas
resultou no morticínio de milhões de cabeças de gado
e na morte de dúzias de pessoas, devido a uma doença
relacionada do cérebro.4 O sangue infectado com HIV,
utilizado em transfusões, infectou mais de 3.600 pessoas
CAIXA 3.1
Tentativas históricas para banir o café
Muitas das culturas que hoje dominam o mercado mundial passaram por longos períodos
de rejeição, devido aos riscos conhecidos. Por
exemplo, o café, actualmente o segundo produto
primário mundial mais comercializado em valor,
tem uma história marcada por episódios de
difamação e de clara condenação. Em Londres,
em 1674, a Petição das Mulheres Contra o Café
protestou contra "as grandes inconveniências
que resultavam para o seu sexo do uso excessivo do licor secante e debilitante". A oposição
aos cafés teve, frequentemente, um fundamento
político – o Rei Carlos II de Inglaterra tentou
proibi-los em 1675, porque eram os viveiros
da revolução.
Em 1679, quando se compreendeu que o
café concorria com o vinho em França, os
Fonte: Pendergrast 2000; Roast and Post Coffee Company 2001.
68
médicos atacaram a bebida. Um médico sugeriu que o café secava os fluídos cerebrais conduzindo à exaustão, impotência e paralisia.
Na Alemanha, onde o café era igualmente controverso, os médicos sustentavam que ele
causava esterilidade feminina e nascimentos de
nados-mortos. Em 1632, Johann Sebastian
Bach compôs o seu Kaffee-Kantate parcialmente como uma ode ao café e parcialmente
como um protesto contra o movimento para
impedir as mulheres de o beberem. Em 1775,
Frederico o Grande, preocupado com os
efeitos de drenagem que as importações de
café verde tinham sobre a riqueza da Prússia,
condenou o aumento do consumo de café,
como "repugnante", e incitou o seu povo a
beber cerveja tal como os seus antepassados.
em França em meados de 1980.5 Nestes e noutros casos,
uma falta de transparência sobre o que se conhecia e adiamentos nas responsabilidades políticas, denegriram a
reputação dos responsáveis. Esta desconfiança disseminou as atitudes relativamente às novas tecnologias.
Em 1997, num inquérito que perguntava aos europeus
em quem mais confiavam para lhes dizer a verdade
sobre culturas geneticamente modificadas, 26% referiram as organizações ambientais – enquanto apenas 4%
indicaram as autoridades públicas e 1% nomeou a indústria.6
Reclamações sobre os interesses concorrenciais.
A representação pública do risco também pode ser influenciada pelas reclamações e contra-reclamações dos grupos de interesse, algumas vezes aumentadas de forma
exagerada pelos meios de comunicação. A evidência científica pode ser apresentada de forma selectiva ou distorcida completamente. Esta táctica já não é nova: quando,
nos séculos XVII e XVIII, a bebida do café começou a
ameaçar os interesses económicos e políticos, despertaram-se os receios sobre os seus efeitos na saúde como
forma de os proteger (caixa 3.1). Tal como hoje, tanto os
apoiantes como os adversários das mudanças tecnológicas tentam moldar a opinião pública.
No caso das culturas transgénicas, o lóbi comercial
destaca os ganhos imediatos que os organismos geneticamente modificados podem proporcionar às pessoas
mais carenciadas. Entretanto, o lóbi contrário salienta os
riscos da sua introdução, mas secundariza os riscos de a
nutrição piorar na sua ausência. Alguns agricultores europeus utilizaram o medo público dos organismos geneticamente modificados para proteger os seus mercados
domésticos; alguns partidos políticos e organizações não
governamentais exploraram este receio público para
obter apoios e mobilizar recursos. A própria linguagem
tornou-se uma arma política. "Sementes milagrosas" e
"arroz de ouro" exageravam os pontos positivos, enquanto "tecnologias traidoras", "frankenfoods" e "poluição genética" eram utilizados deliberadamente para criar
medo e ansiedade.
Nestas condições, é difícil um debate bem informado. As opiniões dos mais vociferantes podem conduzir a tomada de decisão, mais do que aqueles que
podem perder ou ganhar mais.
GLOBALIZAÇÃO
DAS PERCEPÇÕES : DAS
RA Í ZES LOCAIS PARA O DOM Í NIO MUNDIAL
Enquanto antes eram necessários anos para difundir a mudança tecnológica pelo mundo, hoje um novo
pacote de software pode ser introduzido, instantaneaRELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
mente, em todos os mercados. A comunicação sobre
riscos e benefícios obtidos com as novas tecnologias é,
igualmente, mundial. Os activistas estão organizados
globalmente e os princípios de uma governação
democrática tomaram lugar na arena internacional,
abrindo os debates políticos a uma mais ampla participação. Quando as comunidades altamente mobilizadas
e vociferantes promovem os seus pontos de vista e os
seus valores em todo o mundo, as raízes locais das suas
preferências podem acabar por ter uma dimensão
mundial, influenciando comunidades que enfrentam
diferentes ganhos e riscos.
Os debates sobre as tecnologias emergentes tendem
a espelhar as preocupações dos países ricos. A oposição
às culturas transgénicas de rendimento intensificado
nos países industrializados, com excedentes alimentares, poderá bloquear o desenvolvimento e transferir
essas culturas para países com défices alimentares. Os
livros electrónicos podem não fazer muito pelos trabalhadores das principais editoras mundiais, mas podem
ser uma dádiva para os programas de educação nos
países pobres. Para os países industrializados, banir o
uso do DDT químico (dicloro-difenil-tricloroetano)
pode ter sido uma opção fácil. Mas alargar esta proibição
aos programas de ajuda ao desenvolvimento, apesar do
valor único do DDT no controlo da malária, tornou-se
numa imposição das escolhas e valores de uma sociedade sobre as necessidades e preferências de outra
(caixa 3.2).
Os países em desenvolvimento têm preocupações
e interesses distintos na revolução biotecnológica. Alguns tiveram receio que a biotecnologia pudesse deslocar os seus produtos tradicionais, por exemplo,
utilizando a cultura de tecidos vivos para criar substitutos de baixo custo para a goma – arábica e baunilha.
Outros quiseram utilizar novos instrumentos para aumentar a produtividade, reduzir a subnutrição crónica
e transformar os seus recursos biológicos abundantes em
produtos de valor acrescentado. Mas o debate dominante
entre a Europa e os Estados Unidos sobre os alimentos transgénicos tem concentrado a sua atenção nas
questões de alergias e efeitos tóxicos sobre a saúde.
Não é apenas a opinião pública que pode ter influência mundial. Os países em desenvolvimento podem
ser pressionados pelas agências doadoras, fundações não
lucrativas, empresas multinacionais e organizações internacionais para adoptarem tanto políticas impeditivas
como permissivas, alinhando atrás da Europa ou dos Estados Unidos. Por exemplo, quando os países europeus
fornecem assistência para a concepção de legislação
sobre biosegurança, eles podem modelar a legislação
pelos padrões de precaução em vigor na Europa, mesmo
quando esta não é a preferência do país que recebe a
assistência.
Se os países em desenvolvimento quiserem fazer as
melhores escolhas informadas possíveis sobre mudança
tecnológica, o desequilíbrio de vozes e influências deve
ser rectificado e as suas próprias escolhas devem conduzir as tomadas de decisão. Tal como o Ministro da
Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Nigéria, referiu
recentemente, "A biotecnologia agrícola, através da
qual as sementes são aumentadas para instilar a tolerância
aos herbicidas ou para criar resistência aos insectos e
doenças, é uma grande promessa para África… Nós não
queremos rejeitar esta tecnologia por causa de uma
noção mal informada de que não compreendemos os
perigos das consequências futuras".7
O desequilíbrio de vozes
e influências deve ser
rectificado
TOMADA DE PRECAUÇÕES: DIFERENTES PAÍSES,
DIFERENTES ESCOLHAS
Todos os países têm de tomar uma posição sobre a
avaliação dos riscos. Uma ferramenta muito discutida para a tomada de decisão é o princípio de precaução – frequentemente interpretado como a regra
em que um país pode ou deve rejeitar os produtos resultantes de novas tecnologias, quando não existe
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
CAIXA 3.2
DDT e malária: de quem é o risco e de quem é a escolha?
Os conservadores demonstraram aos governos do Ocidente que o DDT é um poluente irremediável, o que obriga todos os países
industrializados a pararem com o seu uso. Excelente: o uso permanente e extensivo do DDT
como pesticida agrícola tem consequências ambientais consideráveis – a bioacumulação de
DDT fragiliza a casca dos ovos e quebra a capacidade reprodutiva dos pássaros – e os países
ricos têm pouco a ganhar com o seu uso.
Nos países em vias de desenvolvimento,
pelo contrário, o DDT é um dos poucos instrumentos eficientes e de custos suportáveis
no controlo da malária e é utilizado em quantidades muito menores, sem graves impactes
ambientais. Uma campanha de erradicação da
malária com uso do DDT, lançada nos anos de
1950 e 1960, teve resultados imediatos impressionantes. Em menos de 20 anos, a carga
anual da malária no Sri Lanka caiu de 2,8 milhões de casos e 7.300 mortes para 17 casos e
nenhuma morte; reduções semelhantes ocorreram na Índia e na América Latina. Em contraste com os países ricos, alguns países em
desenvolvimento com propensão para a malária
têm muito a ganhar com a utilização do DDT.
Um tratado do Programa das Nações
Unidas para o Ambiente, assinado em Maio de
2001, bane a produção e uso do DDT para
qualquer fim – mas com a excepção do uso
para a saúde pública, devido às suas vantagens na luta contra a malária. Contudo, apesar desta excepção, algumas agências e
governos doadores não financiam o seu uso.
O DDT pode provocar danos à saúde: pode
ser um cancerígeno e pode interferir com a lactação, apesar de nenhum destes males ter sido
confirmado conclusivamente. Mas, os países em
desenvolvimento devem ser capazes de pesar
estas considerações relativamente aos benefícios
do DDT, muitas vezes o único instrumento com
custos suportáveis e eficaz contra uma doença que
mata mais de um milhão de pessoas por ano, principalmente crianças das áreas pobres dos trópicos. Na ausência de uma alternativa melhor, pelo
menos 23 países tropicais utilizam o DDT para
combater a malária, embora possam ser impedidos de continuar a fazê-lo.
Fonte: Attaran e outros 2000.
69
O princípio da precaução
ainda está a evoluir
uma certeza científica total de que tais produtos não
causarão danos. De facto, o princípio de precaução é,
justamente, um novo conceito com muitas formulações diferentes mas nenhuma clara, princípio
imutável consagrado na lei internacional (caixa 3.3).
Um conjunto de formulações – de suaves a fortes – é
utilizado em circunstâncias diferentes, porque situações
e tecnologias diferentes requerem diferentes graus de
precaução. Pelo menos seis elementos podem diferenciar-se entre formulações suaves e fortes:
• Consideração de benefícios e riscos da tecnologia corrente. Formulações suaves guiam as acções reguladoras, considerando não só os riscos nefastos das
mudanças tecnológicas, mas também os benefícios potenciais, assim como os riscos da tecnologia que poderia ser removida. As formulações fortes, pelo contrário,
examinam frequentemente apenas os riscos directos da
nova tecnologia.
• Custo efectivo da prevenção. Formulações suaves
enfatizam a necessidade de equilibrar os custos de prevenção dos potenciais danos ambientais associados às
novas tecnologias com os custos dos prejuízos. As formulações fortes não ponderam, muitas vezes, os custos
de prevenção.
• Certeza de danos e certeza de segurança. As for-
CAIXA 3.3
"Use o princípio de precaução!" Mas qual?
Existem vários princípios de precaução, desde
as formulações suaves às mais radicais. Uma fórmula relativamente suave apareceu na Declaração sobre Ambiente e Desenvolvimento, no
Rio de Janeiro em 1992, onde se dizia que
"para proteger o ambiente, os estados deverão,
de acordo com a sua capacidade, aplicar amplamente uma abordagem de precaução. Onde
existem ameaças de danos sérios ou irreversíveis, não deverá ser utilizada a falta de total
certeza científica como razão para o adiamento
de medidas que previnem a degradação ambiental, com eficiência de custos". Ou seja, os reguladores podem tomar medidas eficientes em
custos para impedir danos sérios ou irreversíveis, mesmo quando não há certeza de que
esses danos vão ocorrer.
Uma formulação forte foi exposta na Terceira Declaração Ministerial sobre o Mar do
Norte, em 1920, que pediu aos governos para
"aplicarem o princípio de precaução, ou seja,
para tomarem as medidas necessárias para evitar os impactes potencialmente danosos de
substâncias [tóxicas] … mesmo quando não
haja prova científica que demonstre uma ligação
causal entre emissões e efeitos." Esta determinação requer que os governos tomem providên-
cias sem considerar factores de compensação
e sem provas científicas de danos.
Entre estas duas declarações existe uma
grande variedade de posições. Por exemplo, o
Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança,
de 2000, estabelece que "a falta de certeza
científica devida ao insuficiente… conhecimento relativo à dimensão dos efeitos adversos potenciais de um organismo modificado
sobre a conservação e uso sustentável da diversidade biológica no Participante-importador, tomando também em consideração os
riscos para a saúde humana, não deverão impedir esse Participante de tomar uma decisão
adequada, em relação à importação dos organismo modificados vivos em questão… para
evitar ou minimizar tais efeitos adversos potenciais." Esta formulação deixa cair a necessidade da prevenção ser eficiente em custos e
transfere o ónus da prova de segurança para
os países exportadores. Ao mesmo tempo, a recusa da importação é uma opção, não uma
obrigação, e os países podem decidir aceitar os
riscos com base em outros factores que considerem relevantes, tais como benefícios potenciais e os riscos inerentes das tecnologias que
seriam substituídas.
Fonte: UNEP 1992a; Matlon 2001; Juma 2001; Soule 2000; SEHN 2000.
70
mulações suaves defendem que a ausência de certeza
sobre os danos não impede acções reguladoras. As formulações fortes requerem, frequentemente, a certeza da
segurança para evitar acções reguladoras, que em sistemas complexos e dinâmicos é muitas vezes impossível
de alcançar.
• O fardo da prova. As formulações suaves colocam
o fardo da prova naqueles que reclamam que haverá
consequências se uma nova tecnologia for introduzida.
As formulações fortes podem deslocar o fardo da prova
para os produtores e importadores de uma tecnologia,
exigindo que eles demonstrem a sua segurança.
• Acção opcional ou obrigatória. Formulações suaves
permitem que os reguladores tenham a iniciativa da
acção, enquanto as formulações fortes, normalmente, exigem acções.
• Localização da tomada de decisão. As formulações
suaves atribuem a autoridade aos reguladores, enquanto as formulações fortes podem atribuir poder aos
líderes políticos.
O princípio de precaução ainda está a evoluir e o
seu carácter final será moldado pelos processos científicos e políticos. Mesmo formulações individuais são,
muitas vezes, referidas vagamente – deliberadamente,
segundo alguns – para permitir interpretações múltiplas na adaptação às circunstâncias locais e aos diferentes interesses. Quando usado para proteger as
práticas comerciais discriminatórias, o princípio perde
a sua utilidade limitando-se a ser um empreendimento
político. Qualquer formulação do princípio que não
comece com uma avaliação e gestão dos riscos bem estabelecida e baseada no conhecimento será reduzida
a uma afirmação retórica com pouco valor operacional.
Finalmente, os países acabam por fazer diferentes
opções-e por bons motivos. Enfrentam custos potenciais e benefícios diferentes das novas tecnologias. Os
seus cidadãos podem ter atitudes diferentes relativamente à tomada de riscos e variam amplamente nas suas
capacidades para lidar com consequências potenciais.
Os países em desenvolvimento estão a tomar medidas
diferentes relativamente aos organismos geneticamente
modificados – de preventivas a promocionais – através
das suas políticas de biosegurança, segurança alimentar e escolhas dos consumidores, investimento na investigação pública e comércio (quadro 3.1).
CONSTRUÇÃO DA CAPACIDADE PARA GERIR RISCOS
Uma abordagem sistemática da avaliação e gestão do
risco garante melhor a utilização segura das novas tecnologias. Isto exige clareza nas políticas e nos procedi-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
mentos de regulação – não apenas aprovar a legislação,
mas executar, impor e monitorizar as suas condições.
Para a introdução das culturas geneticamente modificadas, todos os países precisam criar um sistema de
biosegurança com directrizes claras e coerentes, pessoal
qualificado para conduzir a tomada de decisão, um
processo de revisão adequado e mecanismos para recolher as reacções dos agricultores e consumidores.
UTILIZAÇÃO
DE INFORMAÇÃO CIENT Í FICA :
TRANSFORMAR A INCERTEZA EM RISCO
tros internacionais do Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional (CGIAR) planeiam as
pesquisas, utilizam os resultados de análises de impactes das pesquisas semelhantes para conduzir as
avaliações projectadas.
Mas quando a tecnologia é genuinamente nova ou
está a ser introduzida num novo ambiente, a incerteza
resultante deve ser transformada em probabilidade informada através da pesquisa. Por isso, a novidade dos
organismos geneticamente modificados estimulou, correctamente, pesquisas extensas (caixa 3.4).
Uma abordagem
Na ausência de informação, apenas existe incerteza. A investigação científica gera informação sobre os impactes
prováveis da nova tecnologia, transformando essa incerteza em risco-a probabilidade estimada de que ocorrerá um certo impacte negativo. Com mais e melhor
informação, o risco pode ser previsto de forma mais
cuidada e, assim, melhor gerido.
Quando as tecnologias são familiares, num dado ambiente, já existem informações sobre os seus impactes.
A reprodução tradicional de novas variedades de culturas, por exemplo, integra técnicas utilizadas ao longo
de muitos anos, de forma que os seus benefícios e danos
potenciais são bem conhecidos. Assim, quando os cen-
ASSEGURAR
PARTICIPAÇÃO P Ú BLICA
ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO DOS RISCOS
sistemática da avaliação
e gestão do risco garante
Debates recentes sobre a comercialização da biotecnologia agrícola sublinharam a importância da participação pública e da educação sobre os seus riscos –
porque é o público que, em última instância, produz e
consome os produtos das novas tecnologias. Um inquérito realizado recentemente na Austrália salienta a
necessidade de melhor educação: 49% dos que
responderam sentem que os riscos da agricultura biológica superam os seus benefícios, mas 59% não conseguiram nomear um risco específico.8
melhor a utilização segura
das novas tecnologias
QUADRO 3.1
Posições de política em relação às culturas geneticamente modificadas – as escolhas para os países em desenvolvimento
Área de política
Promocional
Permissiva
Precaução
Preventiva
Biosegurança
Sem análise cuidadosa;
apenas análise simbólica ou
autorização baseada nas
autorizações de outros países
Análises, caso a caso, principalmente para os riscos provados, dependendo do uso
projectado do produto
Análises, caso a caso, por
dúvidas científicas devidas
à novidade do processo
de desenvolvimento
Nenhuma análise cuidadosa, caso a caso; assunção do risco devido aos processos de desenvolvimento
Segurança alimentar
e escolha do consumidor
Nenhuma distinção reguladora
entre alimentos modificados
e não modificados
na análise ou rotulagem
para segurança alimentar
Distinção feita sobre
alguns rótulos de alimentos,
mas sem exigir a separação
dos canais de mercado
Rotulagem compreensiva de
todos os alimentos modificados, exigidos e impostos
com separação de mercado
Proibição das vendas
de alimentos geneticamente
modificados, ou exigência
de rótulos de advertência,
que estigmatizam os
alimentos modificados
como não seguros
Investimento
na investigação pública
Recursos públicos utilizados
no desenvolvimento
e adaptação local
da tecnologia
de culturas modificadas
Recursos públicos utilizados
na adaptação local
da tecnologia de culturas
modificadas, mas não
no desenvolvimento
de novos transgénicos
Não são utilizados recursos
públicos significativos na
investigação ou adaptação
de culturas modificadas;
os doadores concedem financiamento para a adaptação
local das culturas modificadas
Não são utilizados financiamentos públicos ou de
doadores para a adaptação
ou desenvolvimento da
tecnologia das culturas
modificadas
Comércio
Promoção de culturas
geneticamente modificadas
para reduzir os custos dos
produtos primários e aumentar
as exportações; nenhuma
restrição à importação
de sementes modificadas
ou matérias-primas
Restrições à importação
de produtos primários
modificados idênticas às dos
produtos não modificados,
de acordo com as normas
da Organização Mundial
do Comércio
As importações de sementes
e matérias modificadas são
analisadas ou controladas
separadamente e mais cuidadosamente que os não modificados;
rotulagem exigida para as
importações de alimentos e
produtos primários modificados
Bloqueamento das importações de sementes e plantas
geneticamente modificadas;
manutenção do estatuto das
não modificadas, na esperança
do mercado de exportação
Fonte: Paarlberg 2000.
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
71
A comunicação de riscos-a partilha de informação e
opiniões sobre os riscos entre todos os participantes no
processo de gestão dos riscos-ajuda a desenvolver tomadas
de decisão transparentes e credíveis e a criar confiança
pública nas decisões políticas. Muitos países asseguram
a comunicação dos riscos através de consultas públicas,
incluindo a França, Noruega, Espanha, Suécia e Estados
CAIXA 3.4
Sementes milagrosas ou Frankenfoods? As provas até ao presente
Têm sido observados poucos riscos de saúde
ou ambientais resultantes do uso na agricultura de culturas modificadas geneticamente. Contudo, ainda não foram feitos
muitos dos estudos de longo prazo necessários sobre riscos ambientais potenciais.
Qual é a prova até agora?
Riscos com a saúde
Alergias. Há a preocupação de que a introdução de novos produtos genéticos, com
novas proteínas, poderá causar problemas
alérgicos. A transmissão da proteína da noz
do Brasil para a soja confirmou que a engenharia genética pode conduzir à transmissão
de proteínas alérgicas.
Toxicidade. A possível introdução ou aumento de componentes tóxicos pode aumentar a toxicidade. Serão necessários testes
adicionais – o potencial de toxicidade humana
de novas proteínas produzidas em plantas deveria estar sob fiscalização.
Efeitos pleiotrópicos. A combinação
prévia de proteínas desconhecidas pode ter
efeitos secundários imprevistos nas plantas
alimentares. Apesar de ser necessária a monitorização adicional, não se registaram efeitos
secundários significativos resultantes de plantas ou produtos transgénicos disponíveis
comercialmente.
Resistência aos antibióticos. Tem aumentado a preocupação sobre os marcadores dos antibióticos tais como a kanamicina, usada na
transformação de plantas. Estes antibióticos ainda
são usados para tratar infecções nos humanos e
a exposição crescente aos seus efeitos pode tornar
as infecções resistentes aos antibióticos, tornando
estes medicamentos ineficazes. Apesar de não
haver provas definitivas de que o uso dos marcadores pode ser prejudicial para os humanos, as
alternativas estão a ficar disponíveis rapidamente
e são cada vez mais úteis no desenvolvimento
das culturas alimentares.
Riscos ambientais
Efeitos inesperados em espécies colaterais.
Apesar dos estudos laboratoriais terem relatado os danos na larva da borboleta monarca,
que se alimenta do pólen das plantas Bt, como
um caso específico de efeitos em espécies colaterais, nenhum estudo mostrou um efeito
negativo actual sobre a densidade das borboletas na vida selvagem. Mais uma vez, é
necessária investigação adicional.
Efeitos do fluxo de genes aos parentes
mais próximos. A dispersão do pólen pode
conduzir à dispersão dos genes, embora apenas
alguns vestígios sejam dispersos em distâncias
superiores a poucos metros. A transferência de
características de resistência transgénica para
ervas familiares pode piorar os problemas das
ervas, embora tais problemas não tenham sido
observados ou adequadamente estudados.
Crescimento de ervas daninhas. Algumas
novas características introduzidas nas culturas
– tais como resistência à praga ou resistência
patogénica – podem fazer com que as culturas
transgénicas se transformem em ervas daninhas
problemáticas. Isto poderia resultar em graves
danos económicos e ecológicos para os agricultores ou habitats de vida selvagem.
Desenvolvimento da resistência à praga
às plantas protegidas da praga. Os insectos, as
ervas e micróbios têm o potencial de superar a
maioria das opções de controlo à disposição
dos agricultores, com impactes ambientais significativos. Mas podem ser utilizados processos
de gestão para adiar as adaptações às pragas.
Preocupações com culturas resistentes
aos vírus. Plantas transformadas contendo a
resistência ao vírus podem facilitar a criação
de novas cadeias de viroses, introduzir novas
características de transmissão ou causar mudanças na susceptibilidade a outras viroses
relacionadas. É pouco provável que as plantas
alteradas apresentem problemas diferentes
dos associados com a reprodução tradicional
para a resistência aos vírus.
Ameaças à biodiversidade. A mudança
genética pode propagar-se a espécies selvagens
que são raras ou estão em perigo – especialmente se a mudança ocorrer em locais de diversidade de culturas. Os cientistas devem
melhorar o seu conhecimento destes e de outros
problemas resultantes do fluxo de genes potencial das culturas modificadas geneticamente.
Fonte: Cohen 2001, baseado em Altieri 2000; Royal Society of London, US National Academy of Sciences, Brazilian Academy
of Sciences, Chinese Academy of Sciences; India National Science Academy; Mexican Academy of Sciences e Third World
Academy of Sciences 2000; National Research Council 2000.
72
Unidos. Alguns países exigem a rotulagem de produtos
geneticamente transformados, de forma que os consumidores possam decidir se os querem adquirir – como na
Austrália, Brasil, Japão e Reino Unido. Outros países
estão a ser pressionados para seguir o exemplo. Nos Estados Unidos, onde não há rotulagem, os inquéritos
mostram que cerca de 80 a 90% dos consumidores defendem-na.9
CRIAÇÃO
DE INSTITUIÇÕES FLEX Í VEIS
E DIVERSIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS
Se as sociedades estão dispostas a gerir a tecnologia de
forma segura, necessitam de instituições flexíveis e com
capacidade de resposta, mas também de um conjunto
de opções tecnológicas para a criação de soluções alternativas – por isso, a necessidade de investir na construção da capacidade institucional e de investigação.
A rígida dependência da antiga União Soviética
em relação à energia nuclear, pôs em destaque os perigos da inflexibilidade. Nos anos de 1980, a rede de
Kiev dependia exclusivamente da energia nuclear gerada em Chernobyl, pelo que o reactor tinha uma produção anormalmente elevada em 1986, mesmo enquanto
decorriam os testes. Esta sobrecarga, combinada com
erros cometidos durante os testes, resultaram na explosão
fatal. Porque não tinha fontes alternativas de energia,
a estação de Chernobyl foi reaberta apenas seis meses
após o acidente. A diversidade tecnológica e a flexibilidade institucional teriam permitido o uso de outras
fontes de energia – evitando, possivelmente, o acidente
e prevenindo a necessidade de reabertura da central eléctrica em condições tão adversas.
Em alguns casos, os interesses económicos investidos inibem o desenvolvimento de tecnologias alternativas. Por exemplo, as indústrias de petróleo e
gás, tradicionalmente, têm encarado as energias alternativas e as tecnologias de transporte como uma ameaça.
Mas os incentivos e os regulamentos podem superar tais
obstáculos. Por exemplo, os elevados preços da gasolina
e os novos critérios para as emissões na Europa, alteraram o modo como os carros são produzidos para o mercado, tornando-os cada vez mais eficientes.
DESAFIOS QUE OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
ENFRENTAM
Apesar de todos os países terem de encontrar as formas de lidar com os riscos da mudança tecnológica,
os países em desenvolvimento enfrentam vários desafios específicos, que podem acrescer os custos, auRELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
mentar os riscos e reduzir a sua capacidade para gerir
a mudança com segurança.
• Escassez de pessoal qualificado. Investigadores
especializados e técnicos qualificados são essenciais
para adaptar as novas tecnologias ao uso local. Contudo, mesmo nos países em desenvolvimento com capacidade mais avançada, como a Argentina e o Egipto,
os sistemas de biosegurança quase esgotaram a competência nacional. A escassez de pessoal qualificado,
desde os investigadores laboratoriais até aos funcionários de serviços de extensão, podem criar sérios
constrangimentos à capacidade de um país para criar
um sistema de regulação forte.
• Recursos inadequados. O custo de estabelecimento e manutenção de um quadro regulador pode,
também, colocar uma forte pressão financeira sobre os
países pobres. Nos Estados Unidos, três das maiores
e consolidadas agências – o Departamento de Agricultura, a Administração de Alimentos e Medicamentos e a Agência para a Protecção Ambiental – estão
todas envolvidas na regulamentação dos organismos geneticamente modificados. Mas até estas instituições
estão a apelar a aumentos orçamentais para lidar com
os novos desafios levantados pela biotecnologia. Os
institutos de investigação dos países em desenvolvimento, pelo contrário, sobrevivem com pouco financiamento e são, muitas vezes, largamente financiados
pela ajuda dos doadores – uma dependência arriscada
se as fontes locais de financiamento também não estiverem asseguradas.
• Estratégias de comunicações fracas.O nível de
consciência pública sobre os organismos geneticamente
modificados varia entre os países em desenvolvimento,
mas em muitos não existe uma estratégia de comunicações
para informar o público sobre aqueles organismos e
sobre o modo como a biodiversidade está a ser gerida.
As dificuldades próprias da criação de campanhas públicas de informação eficazes são combinadas com altas taxas
de analfabetismo nalguns países e com a falta de tradição
de poder das populações e de consumidores mais activos
exigindo informações e afirmando o seu direito ao conhecimento. Como resultado, quando as campanhas nos
órgãos de comunicação aumentam os receios e criam
oposição pública à mudança tecnológica, as instituições
responsáveis pela gestão da biodiversidade não têm, frequentemente, nem planos nem meios para responder com
uma perspectiva alternativa.
• Mecanismos de reacção inadequados. Ultimamente, a tecnologia começou a ser utilizada, não nos
laboratórios, mas em casa e nas escolas, nas fazendas e
nas fábricas. A capacidade de um utilizador seguir pro-
cedimentos seguros determina se os benefícios da tecnologia serão colhidos ou perdidos. Mas os mecanismos
para a provisão de informação e recolha das reacções
dos utilizadores podem não estar bem desenvolvidos.
Nos Estados Unidos, onde os agricultores têm múltiplas
fontes de apoio e aconselhamento sobre os procedimentos de segurança, um inquérito realizado em 2000
mostrou que 90% dos agricultores com culturas de
milho transgénico acreditavam que estavam a seguir os
procedimentos de segurança correctos – mas, de facto,
apenas 71% o faziam.10 Nos países em desenvolvimento, os mecanismos para a provisão de informação
e recolha de reacções são normalmente fracos.
Estas barreiras constituem um importante factor
de bloqueamento ao uso da biotecnologia em benefício do desenvolvimento. O Quénia, por exemplo, introduziu com assistência do governo alemão, em
1998, legislação razoavelmente ajustada à biosegurança. Mas, muito menos assistência na construção da
capacidade científica e técnica e nas infra-estruturas
necessárias para executar as políticas seguidas. Os gestores da biosegurança, que trabalham em tais situações, sabem que serão criticados pelas organizações
não governamentais e pelos meios de comunicação se
não conseguirem atingir os padrões elevados definidos
no papel. Em consequência, tendem a movimentar-se
lentamente e a tomar o mínimo possível de decisões.
O Quénia demorou 18 meses a aprovar a investigação sobre batatas-doces transgénicas, apesar dos
poucos riscos envolvidos. Para permitir que os países
em desenvolvimento possam beneficiar das oportunidades das novas tecnologias, estes desafios devem
ser ultrapassados com políticas nacionais e apoio
mundial.
Vários desafios específicos
podem acrescer os custos,
aumentar os riscos
e reduzir a capacidade
para gerir a mudança
com segurança
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA LIDAR
COM OS DESAFIOS DO RISCO
Apesar dos desafios, os países em desenvolvimento
podem conceber estratégias para construir a capacidade de gerir o risco, aproveitando as vantagens de
serem seguidores tecnológicos e procurando o máximo
de colaboração regional.
APRENDER
COM OS L Í DERES TECNOL Ó GICOS
Os países em desenvolvimento podem tirar partido da
sua condição de seguidores tecnológicos, aprendendo
com as experiências e as melhores práticas dos pioneiros.
Os quadros de regulação, por exemplo, podem ser baseados nos estabelecidos pelos primeiros inovadores. A Ar-
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
73
Os países em
desenvolvimento podem
tirar partido da sua
condição de seguidores
tecnológicos, aprendendo
com os pioneiros
gentina e o Egipto definiram as suas directrizes para
garantir a segurança ambiental da libertação dos organismos geneticamente modificados a partir da análise dos
documentos reguladores da Austrália, Canadá, Estados
Unidos e outros, adaptando-os, depois, às condições
agrícolas nacionais.
Os países em desenvolvimento podem, igualmente, estabelecer sistemas reguladores de baixo custo
construídos com base, ou apoiando-se mesmo, nos
padrões de regulação dos primeiros inovadores. Alguns
países industrializados utilizam acordos de reconhecimento mútuo, aceitando as autorizações de produtos de cada um quando partilham padrões comuns.
Tais acordos podem ajudar a facilitar o comércio,
eliminando testes redundantes e colocando novos
produtos no mercado muito mais rapidamente. 11
A União Europeia e os Estados Unidos adoptaram esta
aproximação, em 2001, para uma variedade de produtos como instrumentos de medicina e equipamentos de telecomunicações. Espera-se que o acordo possa
favorecer a indústria e os consumidores em cerca de
mil milhões de dólares por ano.12 Os países em desenvolvimento podem, igualmente, tirar partido da capacidade reguladora e da experiência dos outros países
– frequentemente industrializados. Por exemplo, o
impacte dos medicamentos na saúde das pessoas tende
a variar pouco de um país para o outro. Isto permite
aos países em desenvolvimento optar pela aceitação das
autorizações reguladoras de medicamentos concedidas nos países com muito mais capacidade de realizar
essas avaliações – tal como os Estados Unidos, cuja
principal agência de protecção ao consumidor, a
Administração de Alimentos e Medicamentos, tem
um orçamento anual que excede mil milhões de
dólares.
HARMONIAÇÃO
DE PADRÕES ATRAVÉS
DA COLABORAÇÃO REGIONAL
Um dos primeiros passos na promoção da confiança na tecnologia é o desenvolvimento de padrões
de saúde e ambientais e sua harmonização com os desenvolvidos, independentemente, noutros países. As
divergências nas normas de segurança entre regras
ambientais e comerciais tendem a criar conflitos no
tratamento da segurança dos alimentos derivados da
biotecnologia. As diferenças na introdução e na regulação de culturas geneticamente modificadas já estão
a causar fricções comerciais. Abordagens consistentes, onde for possível, reduziriam tais conflitos e
a harmonização poderia disponibilizar mais infor74
mação para o público e, assim, promover a responsabilização.
Cooperação regional na partilha do conhecimento,
melhores práticas, objectivos de investigação, competências em biodiversidade e autorizações reguladoras
sobre ambientes e ecossistemas semelhantes, permitiriam
alcançar grande eficácia – reunindo informação de base
para a avaliação e gestão do risco regionalmente harmonizado. A Associação para o Reforço da Investigação
Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA)
começou a fazer isso, permitindo que a experiência regional seja partilhada e que os países membros com
menos capacidade reguladora possam beneficiar com as
capacidades científicas mais avançadas da região. Dado
o movimento informal de matérias-primas agrícolas
através das fronteiras nacionais dentro da região, a investigação e regulação coordenadas serão decisivas para
garantir a utilização segura da biotecnologia.
DESENVOLVER
AS CAPACIDADES NACIONAIS
CIENT Í FICAS E DE EXTENSÃO
É crucial para os países desenvolverem as suas capacidades de investigação, adaptável ou aplicada. Para os
países pobres, a investigação adaptável é mais relevante
– permitindo-lhes pedir emprestado e adaptar as tecnologias geradas em qualquer lado. Para os países com
uma base científica mais forte, o desenvolvimento da investigação aplicada pode ser possível – permitindo-lhes
gerar novas tecnologias para as condições locais. Em
ambos os casos, a competência científica deve ser direccionada para melhorar a compreensão dos riscos potenciais associados à tecnologia, quer seja emprestada ou
"desenvolvida em casa". O risco social da marginalização dos pobres em relação aos benefícios das novas
tecnologias pode ser evitado se se assegurar que a sua participação é central para experiências de campo e disseminação de estratégias (ver a contribuição especial de
M.S. Swaminathan).
REFORÇAR
AS INSTITUIÇÕES REGULADORAS
A execução efectiva de medidas de segurança requer capacidade humana e institucional a nível nacional.
A análise das políticas científicas e tecnológicas é um
campo ainda embrionário e inexistente na maior parte
dos países em desenvolvimento. A construção de competências neste campo coloca o mundo em desenvolvimento numa posição mais privilegiada para gerir
os benefícios e os riscos associados com a tecnologia
emergente. Mas, as discussões sobre a introdução de me-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
didas reguladoras têm sido acompanhadas por preocupações sobre os custos de tais regulamentações. A Argentina e o Egipto constituem bons exemplos de como
a regulação para a introdução de organismos geneticamente modificados foram incorporados nas regulações
existentes (caixa 3.5).
MOBILIZAR
VOZES LOCAIS
Vários países lançaram programas cujo objectivo era
o envolvimento do público com a tecnologia
disponível. Isto é essencial se os agricultores e consumidores dos países em desenvolvimento pretendem influenciar os decisores nacionais e captar mais
vozes diferentes para o debate mundial. A organi-
zação não governamental ActionAid criou um júri
de cidadãos na Índia, envolvendo um conjunto de
agricultores que poderiam ser afectados pelas culturas geneticamente modificadas. Especialistas universitários, sindicatos de agricultores, organizações
não governamentais, governos estaduais e nacionais
e Monsanto, o maior produtor de culturas transgénicas comerciais, apresentaram, ao júri de agricultores, provas a favor e contra a utilização de
sementes transgénicas. Os membros do júri discutiram, então, se as culturas melhorariam as condições
de vida das famílias ou aumentariam a pobreza e insegurança, acabando por formar a sua própria
posição sobre o assunto. Tais discussões públicas
podem, também, ser organizadas por governos na-
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
A aproximação antyodaya: um caminho para a revolução sempre verde
Os retrocessos ecológicos e sociais das novas técnicas
de produção de culturas devem-se frequentemente
às monoculturas, à excessiva aplicação de fertilizantes
e pesticidas químicos e à insustentável exploração
do solo e das águas subterrâneas. Simultaneamente,
a expansão populacional – associado com o aumento do poder de compra – deixa a maior parte
dos países em desenvolvimento sem nenhuma opção,
com excepção de produzir mais em condições de
diminuição da terra arável e dos recursos de irrigação
per capita. A opção de importação dos alimentos,
aparentemente fácil, só agravará o desemprego rural
em países onde a segurança dos meios de subsistência de mais de 60% das famílias rurais dependem
da agricultura. Como podemos, então, atingir um
crescimento contínuo da produtividade biológica
sem associá-lo com danos económicos e sociais?
Felizmente, entrámos na era da Internet, dos
genomas e dos proteomas. As últimas três décadas
indicam que a transformação tecnológica de pequenas explorações agrícolas – se baseadas nos
princípios da ecologia, economia, igualdade social
e sexual e produção dos meios de subsistência –
podem contribuir, significativamente, quer para a erradicação da pobreza, quer para a integração social.
A tecnologia tem sido, sem dúvida, um factor importante no alargamento da desigualdade entre ricos
e pobres, desde o início da revolução industrial na
Europa. Mas, temos hoje oportunidades pouco habituais para incluir a tecnologia como um aliado no
movimento para a igualdade entre os sexos. Progressos recentes na biotecnologia e nas tecnologias
espaciais e de informação estão a ajudar no lançamento de uma revolução sempre verde, capaz de habilitar as pequenas famílias a alcançar melhorias
sustentáveis na produtividade e no rendimento por
unidade de terra, tempo, trabalho e capital.
A nova genética, envolvendo o mapeamento e
a modificação molecular, é um instrumento
poderoso para o fomento de explorações ecológicas, bem como para melhorar a produtividade de
solos secos e salinos. Cientistas na Índia transferiram genes do Amarantus para as batatas, para
melhorar a qualidade e quantidade de proteínas, e
dos mangues para culturas anuais, para dar tolerância
à salinidade. O mapeamento baseado nos sistemas
de informação geográfica (SIG) e o progresso nas
previsões meteorológicas do curto e médio prazo,
associados ao desenvolvimento dos mercados e da
informação sobre preços, estão a ajudar os agricultores a atingir um equilíbrio correcto entre o uso da
terra e os factores ecológicos, meteorológicos e de
marketing. Os avanços são decisivos, dado que a agricultura fornece o mais amplo caminho para o novo
emprego através de empresas ambientais – tais
como a reciclagem de resíduos sólidos e líquidos, a
bioterapia, ecotecnologias desenvolvidas pela combinação de conhecimentos tradicionais com a ciência moderna, e sistemas de segurança dos alimentos
e água baseados na comunidade.
A nossa experiência em Pondicherry, Índia,
mostrou que os centros de conhecimento rural geridos por mulheres e orientados pelos utilizadores,
com apoio de computadores e ligados à Internet, ajudam a transpor, simultaneamente, a desigualdade
entre os sexos e a digital. Sinergias entre tecnologias
e políticas públicas, por um lado, e parcerias entre
o público e o privado, por outro, irão conduzirão
ao progresso rápido na criação de novos meios de
subsistência rural e não rural. Mas, é importante entender, se o mercado for o único determinante nas
decisões de investimento na investigação, "os órfãos
permanecerão órfãos" e as desigualdades económicas e tecnológicas aumentarão.
Como podemos assegurar que um movimento
de revolução sempre verde, baseado nas tecnologias
genéticas e digitais, é caracterizado pela inclusão social e sexual? A resposta a esta questão foi dada por
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
Mahatma Gandhi há mais de 70 anos, quando disse:
"Recorde-se da cara das pessoas mais pobres e mais
fracas que viu e pergunte a si mesmo se os momentos de contemplação vão ter alguma utilidade para
ele". Uma aproximação antyodaya – isto é o desenvolvimento baseado na atenção às pessoas mais pobres – na transposição da desigualdade digital,
genética e sexual, adoptada nas nossas biocidades na
Índia, provou ser muito eficaz na inclusão dos excluídos na capacitação tecnológica e de qualificações.
Os meus quase 40 anos de experiência –
começados na Índia, em 1964, com o Programa
Nacional de Demonstração, sobre milho e arroz,
bem como a minha experiência posterior em vários
países asiáticos e africanos com os sistemas de Cultivo Sustentado do Arroz e de Mulheres nas Redes
de Cultivo do Arroz, do Instituto de Investigação
Internacional sobre o Arroz – levaram-me a considerar duas directrizes básicas na concepção de programas de ensaio e difusão tecnológica:
• Se as demonstrações e ensaios forem organizados nos campos dos agricultores pobres em recursos, todos os agricultores beneficiam. O inverso
pode não acontecer.
• Se as mulheres estiverem capacitadas com informação tecnológica e qualificações, todos os
membros de uma família beneficiam. O inverso
pode não acontecer.
O caminho antyodaya deve ser o ponto de partida em todos os programas de planeamento do desenvolvimento e de difusão tecnológica, se quisermos
evitar, no futuro, o crescimento conduzido pela desigualdade e as práticas ambientais insustentáveis.
M. S. Swaminathan
Vencedor do Prémio Alimentar Mundial
de 1987
75
cionais e locais ou por organizações baseadas na comunidade.
COLABORAÇÃO MUNDIAL NA GESTÃO DOS RISCOS
Restaurar, ou manter,
a confiança pública
é fundamental para
construir fortes sistemas
nacionais de regulação
Para lá das fronteiras nacionais, alguns desafios à gestão
dos riscos afectam e influenciam as comunidades por
todo o mundo. É necessária mais investigação sobre os impactes possíveis da biotecnologia, para aumentar a compreensão dos seus riscos em qualquer lado. Os efeitos
dos riscos da má gestão da saúde e da segurança ambiental
podem, rapidamente, atravessar as fronteiras através do
comércio e das viagens. E a regulação fraca da tecnologia
num país pode criar falta de confiança pública na ciência
internacional. É do interesse de todos que cada país procure gerir bem os riscos.
REALIZAR
MAIS INVESTIGAÇÃO
E COM MAIOR DURAÇÃO
O debate actual sobre biotecnologia tem falta de avaliações consolidadas e de base científica, para fornecer
provas rigorosas e equilibradas sobre os impactes das
tecnologias emergentes na saúde e no ambiente. Avaliações mais equilibradas e transparentes poderiam criar
uma base para o diálogo e ajudar a construir a confiança
CAIXA 3.5
O reforço da capacidade institucional na Argentina e Egipto para lidar
com produtos primários modificados geneticamente
A Argentina e o Egipto estão entre os países
em desenvolvimento que mais progrediram no
uso corrente e intencional de culturas e produtos modificados geneticamente. O Egipto
aprovou testes de campo das libertações e
está à beira de comercializar a sua primeira cultura modificada geneticamente. A Argentina
tem exportado produtos primários modificados geneticamente desde 1996.
Ambos os países partilham vários sucessos
na forma como têm reforçado a sua capacidade para lidar com questões de biosegurança:
• Foram formuladas directrizes nacionais
para garantir a segurança ambiental dos
organismos modificados geneticamente,
através do exame dos regulamentos dos
países com competências nesta área e posterior adaptação desses regulamentos às
condições agrícolas nacionais.
• Os procedimentos de aplicação, inspecção e autorização relacionados com a
segurança alimentar e registo de sementes
foram construídos a partir de leis existentes.
Os procedimentos evoluíram ao longo do
Fonte: Cohen 2001.
76
tempo, permitindo a coordenação entre
ministérios e reguladores dos processos de
regulação.
• Os institutos de investigação avançada
conduzem investigação biotecnológica sobre
o estado da arte, e o seu pessoal altamente
qualificado é convidado a trabalhar em
comissões de biosegurança ou como conselheiros técnicos.
• Têm sido estabelecidos normas claras
para avaliação dos riscos de uma libertação
proposta. As avaliações comparam os impactes previstos dos organismos modificados geneticamente com os das variedades
não modificadas equivalentes. As variedades
modificadas geneticamente que não apresentam grandes riscos são considerados
aceitáveis para testar e eventual autorização
de comercialização.
Tais políticas mostram que, mesmo enfrentando desvantagens iniciais, os países
em desenvolvimento podem criar sistemas
de biosegurança que lhes permitam avançar
na gestão da segurança tecnológica.
nessas tecnologias. Tais avaliações poderiam, igualmente, ajudar a basear as percepções públicas nos objectivos científicos e técnicos. Em 2000, as academias
nacionais das ciências do Brasil, China, Índia, México,
Reino Unido e Estados Unidos e a Academia das Ciências do Terceiro Mundo analisaram conjuntamente as
provas e apelaram para mais pesquisas: "Dado o uso
limitado de plantas transgénicas em todo o mundo e as
condições geográficas e ecológicas relativamente constrangidas da sua produção, as informações concretas
sobre os seus efeitos actuais no ambiente e diversidade
biológica são ainda muito dispersas. Em consequência,
não existe consenso sobre a gravidade, ou mesmo existência, de qualquer dano ambiental potencial da tecnologia MG [modificação genética]. Há, portanto,
necessidade de uma avaliação cuidadosa dos riscos das
consequências prováveis, numa fase inicial, do desenvolvimento de todas as variedades de plantas transgénicas, bem como a monitorização do sistema para
avaliar estes riscos em subsequentes testes de campo e
de libertações".13
RESTAURAR
A CONFIANÇA P Ú BLICA
NA CI Ê NCIA
Perante as incertezas ligadas à tecnologia, uma quebra
de confiança nas instituições reguladoras pode ser desastrosa. Restaurar, ou manter, a confiança pública nas
suas decisões e políticas é fundamental para construir
fortes sistemas nacionais de regulação, baseados na
consulta popular. Como vem expresso no relatório produzido por seis academias nacionais das ciências e pelas
considerações da Academia das Ciências do Terceiro
Mundo, "Finalmente, nenhuma prova credível de cientistas ou de instituições reguladoras influenciará as
opiniões públicas populares, a menos que haja confiança
pública nas instituições e mecanismos que regulam tais
produtos".14
Nalguns países, especialmente na Europa, a ciência perdeu a confiança do público – e isto afecta as expectativas de progresso tecnológico mundial. Mas, por
vezes essa desconfiança está deslocada. Políticas fracas, regulação inadequada e falta de transparência – e
não de ciência – são frequentemente a causa de prejuízos. Os métodos científicos, quando combinados com
deliberações públicas, criam as bases para a gestão de
riscos tecnológicos, devendo os reguladores utilizá-los
adequadamente. Muitos países utilizam caracterizações de perigos e avaliações de riscos, caso a caso,
com base científica, desenvolvem regulamentos apoiados nas instituições existentes, em vez de estabelecer
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
novos regulamentos, e reduzem a regulação dos produtos considerados de baixo risco.
Alguns observadores questionam, por vários motivos, se a ciência está a contribuir como deveria.
Primeiro, os cientistas, como todas as outras pessoas,
abordam os problemas com metodologias específicas
e têm interesses e incentivos que influenciam o seu trabalho. Como consequência, nem todas as investigações
relevantes são prosseguidas. Considere-se o caso dos
desperdícios industriais. A investigação científica analisa geralmente os efeitos de substâncias isoladas, mas
muitos dos desperdícios industriais mais graves envolvem interacções entre substâncias. Por exemplo,
quando um fluoreto é acrescentado à água, aumenta
a absorção do chumbo dos canos – um perigo que não
viria à luz através de estudos isolados do chumbo ou
dos fluoretos. Contudo, devido à falta de financiamentos, têm sido efectuados poucos estudos
compreensivos sobre os efeitos acidentais de multi-substâncias.
Segundo, a complexidade dos assuntos, significa
que os cientistas que realizam tais estudos podem
chegar a resultados inconclusivos – mas resultados
claros num campo específico podem trazer mais reconhecimento. Terceiro, as provas científicas sobre os
perigos e danos são por vezes ignoradas, suprimidas ou
atacadas por lóbis: a indústria do tabaco suprimiu
provas dos efeitos cancerígenos do tabaco, durante
décadas, antes da informação passar, finalmente, para
o domínio público. Estas pressões fazem com que alguns cientistas estejam menos dispostos a realizar tais
estudos, devido às possíveis consequências sobre as suas
carreiras.15 Estas preocupações sublinham a importância
da investigação financiada publicamente e da procura
de novas formas de reconhecimento dos cientistas que
se dedicam a descobrir prejuízos e perigos no interesse
da sociedade.
PARTILHA
DE INFORMAÇÕES E EXPERI Ê NCIAS
As tecnologias de informação e de comunicações são
importantes para a partilha de informações e experiências com avaliações de risco. Mas, também, são
necessários outros factores se se pretende divulgar estas
informações aos que mais precisam delas. Câmaras de
compensação de informações seguras entre agências nacionais e internacionais podem desempenhar aqui um
papel útil.
O Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança,
adoptado em 2000 na Convenção sobre Diversidade
Biológica, estabelece câmara de compensação de
biosegurança para os países partilharem informações
sobre organismos geneticamente modificados. Os
países têm de informar a câmara num prazo de 15 dias
após a aprovação de qualquer tipo de variedade de
cultura que pode ser utilizada na alimentação, rações
e processamento. Os exportadores são obrigados a
obter uma autorização de importação do país, através
de um procedimento informação prévia, para carregamentos iniciais de organismos geneticamente
modificados – tais como sementes e árvores – que se
pretendem libertar no ambiente. Os organismos geneticamente modificados considerados para alimentação, rações e processamento – por outras palavras,
produtos primários – estão isentos dessa exigência.
Contudo, têm de ser rotulados para mostrar que
"podem conter" organismos geneticamente modificados e os países podem decidir, na base de uma
avaliação científica do risco, se importam ou não
esses produtos. Outras câmaras de compensação
podem partilhar e divulgar experiências sobre segurança tecnológica entre comunidades públicas, privadas e académicas e entre países e regiões.
Estas discussões de risco devem envolver os países
em desenvolvimento. A União Europeia e os Estados
Unidos estabeleceram um fórum consultivo sobre
biotecnologia, que aborda questões de interesse para os
países em desenvolvimento. Contudo, o fórum não inclui nenhum membro representativo do mundo em
desenvolvimento.
EXPANSÃO
A liberdade de inovar –
e aceitar riscos –
continuará
a desempenhar
um papel central no
desenvolvimento mundial
DA AJUDA PARA A CONSTRUÇÃO
DE CAPACIDADE
Nos últimos 10 anos, foram criados mais programas orientados para criação das capacidades humanas
necessárias para a regulação da segurança tecnológica,
através de formação e da realização de workshops,
seminários e encontros técnicos. As organizações internacionais desempenharam um papel fundamental
no apoio a estas actividades. Mas são ainda necessários
mais esforços formais e sustentados. O apoio tem sido
obtido, frequentemente, para a concepção de legislação
e criação de sistemas de biosegurança – mas não para
a sua execução.
•
•
•
As rupturas tecnológicas na segunda metade do
século 20 abriram novos caminhos para o desen-
GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA
77
volvimento humano. Estes avanços oferecem muito
benefícios, mas também colocam riscos, aumentando
a procura de sistemas de governação que tragam a
gestão da tecnologia para o controlo das instituições
democráticas. A liberdade de inovar – e aceitar riscos
– continuará a desempenhar um papel central no
78
desenvolvimento mundial. O desafio que todos enfrentamos é o de assegurar que aqueles que exercem
esta liberdade fundamental o façam de forma a promover a boa ciência, a construir confiança na ciência e na tecnologia e a expandir o seu papel no
desenvolvimento humano.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
CAPÍTULO 4
Estratégias nacionais para estimular
a criatividade humana
A revolução tecnológica é, antes de mais, uma questão
nacional – porém, nenhum país beneficiará da nova
era da informação se ficar à espera que os benefícios
caiam do céu. Hoje em dia, as transformações tecnológicas dependem da capacidade de cada país para estimular a criatividade da sua população, permitindo-lhe
compreender e dominar a tecnologia, inovando e adaptando essa tecnologia às suas necessidades e oportunidades específicas.
Para estimular a criatividade, é necessário um ambiente económico dinâmico, competitivo e flexível. No
caso da maioria dos países em desenvolvimento, isto implica reformas que promovam a abertura – a novas
ideias, novos produtos e novos investimentos. Contudo, o papel central no fomento da criatividade cabe
à expansão das qualificações humanas. Por esse motivo,
a mudança tecnológica aumenta significativamente a importância que cada país deve dar ao investimento na educação e nas qualificações da sua população.
Um grande número de países em desenvolvimento
está em boa posição para tirar partido das oportunidades da revolução tecnológica e promover o desenvolvimento humano. Outros, porém, deparam-se com
barreiras consideráveis, como a falta de um ambiente
económico propício à inovação e de instituições e competências que permitam adaptar as novas tecnologias às
necessidades e constrangimentos locais.
No entanto, uma política económica adequada
pode fazer a diferença. A chave está em criar um ambiente que mobilize o potencial criativo da população
para utilizar e desenvolver as inovações tecnológicas.
CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE
PROP ÍCIO À INOVAÇÃO TECNOLOGICA
A criação de um ambiente propício à inovação requer estabilidade política e macroeconómica. Veja-se o
exemplo das histórias de sucesso na Ásia, assentes numa
forte aposta na educação e saúde, aliada a uma inflação
baixa, défices orçamentais e da balança de pagamentos
moderados e níveis elevados de poupança e investimento.
Não são só as grandes empresas que precisam de estabilidade. As pequenas empresas e as explorações agrícolas
familiares também dependem dum quadro financeiro
estável, em que as poupanças estejam seguras e seja possível recorrer a empréstimos. E elas estão onde normalmente começa a inovação e a adaptação tecnológicas.
Apesar de necessária, esta estabilidade não é suficiente. São também necessárias políticas pró-activas de
estímulo à inovação.
• A política tecnológica pode ajudar a criar um entendimento comum, entre os vários actores fundamentais, acerca do papel central da tecnologia na
diversificação económica.
• As reformas com objectivo de aumentar a concorrência no sector das telecomunicações são essenciais para
proporcionar às pessoas e às organizações um melhor
acesso às tecnologias de informação e comunicação.
• Para estimular a investigação orientada para a
tecnologia, os governos podem promover laços entre universidades e empresas – e oferecer incentivos fiscais à
investigação e desenvolvimento das empresas privadas.
• É também essencial estimular o espírito empresarial, assumindo o capital de risco uma importância fundamental no estímulo às novas iniciativas de base
tecnológica.
CRIANDO
Nenhum país beneficiará
da nova era da
informação se ficar
à espera que os benefícios
caiam do céu
UMA VISÃO PARA A TECNOLOGIA
Os governos deverão executar uma estratégia tecnológica ampla, em parceria com todos os participantes
fundamentais envolvidos. Diversos governos têm promovido o desenvolvimento tecnológico de forma directa.
Alguns têm subsidiado indústrias de alta tecnologia –
com políticas industriais muitas vezes amplamente criticadas porque o governo nem sempre sabe escolher devidamente os beneficiários. Mas, o que os governos
podem fazer é identificar as áreas em que a sua coordenação é essencial, porque nenhum investidor privado actuará sozinho – é o caso, por exemplo, da criação
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
79
de infra-estruturas. Neste campo, alguns governos têm
realizado um trabalho credível.
Muitos países têm levado a cabo "estudos de
prospectiva", para tornar mais coerente a política científica e tecnológica e identificar exigências e desafios futuros, ligando as políticas de ciência e tecnologia com
as necessidades económicas e sociais. Este processo
promove a consciência dos participantes em relação à
situação da actividade tecnológica no país, às tendências mundiais emergentes e às suas implicações sobre a
competitividade e as prioridades nacionais. O envolvimento da sociedade civil nas áreas relacionadas com os
novos desenvolvimentos tecnológicos de impacte social
e ambiental potencialmente forte, ajuda a criar con-
CAIXA 4.1
Previsão tecnológica no Reino Unido – criação de consensos
entre os principais participantes
O programa de previsão tecnológica do Reino
Unido, anunciado em 1993, está a gerar uma
parceria mais estreita entre cientistas e industriais para orientar a actividade científica e
tecnológica financiada com recursos públicos.
Mais orientada para o mercado e menos conduzida pela ciência do que outros projectos
semelhantes, este programa encontra-se na sua
terceira fase.
A primeira fase criou 15 painéis de especialistas sobre mercados e tecnologias relevantes para o país, cada um presidido por um
industrial sénior. Cada painel ficou responsável pelo desenvolvimento de cenários do futuro na sua área de análise, identificando as
tendências fundamentais e sugerindo alternativas de resposta. Em 1995, os painéis apresentaram os seus relatórios a uma comissão
directiva, que sintetizou as principais conclusões e identificou as prioridades nacionais.
Na segunda fase, a comissão elaborou um
relatório com as principais recomendações divididas em seis temas: tendências e impactes
sociais das novas tecnologias; comunicações e
informática; genes e novos organismos, processos e produtos; novos materiais, sínteses e
processamento; precisão e controlo na gestão,
automação e engenharia de processos; e questões ambientais.
A comissão determinou três categorias como
prioritárias: áreas tecnológicas fundamentais,
para as quais era indispensável o desenvolvimento de novos trabalhos; as áreas intermédias,
cujos trabalhos precisavam ser reforçados; e as
áreas emergentes, onde os trabalhos poderiam ser
considerados se as oportunidades de mercado fossem promissores e se fosse possível desenvolver
capacidades de nível mundial.
Fonte: UK Government Foresight 2001; Lall 2001.
80
Actualmente, estão a ser executadas as recomendações do estudo. Por exemplo, a investigação nas quatro áreas prioritárias –
nanotecnologia, comunicações móveis sem fios,
biomateriais e energia sustentável – está a ser
apoiada através de um esquema de prémios à
investigação. Outro exemplo é a sua aplicação
na Escócia. A Scottish Enterprise recebe o coordenador deste programa para a Escócia, que
procura promover a previsão como um instrumento das empresas para reflectirem e reagirem
de forma estruturada às mudanças futuras. Este
coordenador trabalha com um vasto conjunto
de actores públicos, privados e académicos.
Um dos objectivos principais é ajudar cada uma
das empresas a gerir melhor a mudança, o que
é feito mediante a canalização de esforços através
de uma série de intermediários empresariais de
confiança – organismos industriais, redes empresariais e organizações de distribuição locais
– que têm uma influência sustentável nas
actividades das empresas. Todos os painéis e grupos de trabalho enfrentam dois temas transversais: desenvolvimento sustentável e educação,
qualificações e formação.
Na educação e qualificações, a filosofia do
programa de previsão está sintetizada numa das
suas conclusões: "As raízes do nosso sistema
de aprendizagem – salas de aula e anfiteatros
– remontam às necessidades da era industrial
do século XIX. No início do século XXI, é
necessário reconstruir o processo de aprendizagem. Apesar de muitas das instituições
educativas permanecerem, terão um aspecto
muito diferente do actual. Tornar-se-ão ambientes sociais de apoio à aprendizagem eficaz,
desempenhando novas funções e com responsabilidades diferentes".
sensos. A Índia, Coreia do Sul, África do Sul, Tailândia e vários países latino-americanos estão, actualmente,
a levar a cabo exercícios deste tipo. No Reino Unido,
um estudo deste género levou à afectação de recursos
e criação de incentivos com vista ao fomento das novas
tecnologias numa economia madura (caixa 4.1).
Nem sempre são os governos a liderar o processo.
Na Costa Rica, foram as empresas que tomaram a iniciativa no esforço que levou à decisão da Intel de investir neste país. A Costa Rica conseguiu atrair investimento
directo estrangeiro intensivo em tecnologia devido à sua
estabilidade social e política, à sua proximidade em relação aos Estados Unidos e à sua força de trabalho altamente qualificada, criada durante décadas de ênfase
na educação (caixa 4.2).
CRIAR
A CONCORR Ê NCIA NOS SERVIÇOS
DE TELECOMUNICAÇÕES
Os custos das telecomunicações e da Internet são particularmente elevados nos países em desenvolvimento.
As taxas mensais de acesso à Internet correspondem a
cerca de 1,2% do rendimento mensal médio do utilizador norte-americano típico, em contraste com os
614% de Madagáscar,1 278% do Nepal, 191% do
Bangladeche, ou 60% do Sri Lanka (quadro 4.1).2
Com custos elevados e rendimentos baixos, a
chave para a disseminação da Internet em grande parte
dos países em desenvolvimento é o acesso comunitário.
Computadores, contas de correio electrónico e ligações
à Internet são frequentemente repartidos entre vários
indivíduos ou famílias. Telecentros, quiosques de Internet e centros de aprendizagem comunitária tornam
os telefones, computadores e a Internet mais acessíveis
e menos dispendiosos para um maior número de pessoas.
Na Tanzânia, a Ademi Communications International fornece o primeiro serviço telefónico fiável. Instalou unidades resistentes e de fácil utilização, capazes
de efectuar chamadas locais, de longa distância e internacionais. O sistema sem fios desta empresa é muito
flexível, permitindo instalar telefones públicos onde
são mais necessários, independentemente da existência
de cabos telefónicos. As pequenas empresas dependentes das telecomunicações foram extremamente beneficiadas.3 No Peru, a Red Cientifica Peruana, o maior
fornecedor de acesso à Internet deste país, criou uma
rede nacional constituída por 27 telecentros.4
Os custos elevados devem-se, em grande parte, ao
domínio monopolista do Estado sobre o sector das
telecomunicações na maioria destes países. Sem conRELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
CAIXA 4.2
A atracção de investimento directo estrangeiro intensivo em tecnologia na Costa Rica –
através de qualificações humanas, estabilidade e infra-estruturas
A Costa Rica exporta mais software per capita do que
qualquer outro país da América Latina. Duas decisões
recentes da Intel contribuíram para o desenvolvimento
da indústria nacional. Em primeiro lugar, a Intel decidiu investir na criação de um centro de desenvolvimento
de software para a empresa e contribuir para o desenho
de semicondutores, ultrapassando os limites de uma
velha fábrica de montagem e teste. Em segundo lugar, a
Intel investiu, através do seu fundo de capital de risco,
numa das mais promissoras empresas de software da
Costa Rica. Além disso, estas actividades foram reforçadas
pela presença de centros de investigação, ensino e formação, internacionalmente reconhecidos.
Como é que a Costa Rica alcançou este sucesso? Um
dos elementos decisivos foi a aposta, de longa data, que
o país fez na educação. Porém, apesar da sua importância, as qualificações humanas devem ser completadas
com outros factores.
Após a crise económica do início dos anos de 1980,
tornou-se claro que o país tinha de abandonar a substituição
de importações. Por isso, orientou-se para a promoção de
exportações (e melhor acesso aos mercados dos Estados
Unidos), através de dois sistemas de incentivos fiscais:
• Um sistema de zonas de processamento das exportações permitiu às empresas importar todos os inputs e
equipamento livres de impostos e evitar o pagamento de
impostos sobre os rendimentos durante oito anos. Este
sistema revelou-se fundamental na atracção de empresas
multinacionais de alta tecnologia.
• Para ajudar as empresas nacionais a orientarem-se
para a exportação, foi-lhes concedido um período livre
de impostos sobre os rendimentos, o direito de importar equipamento e inputs livres de impostos e um subsídio igual a 10% do valor das suas exportações. O subsídio
foi concebido para compensar os exportadores pelas
ineficiências nos serviços públicos, como os portos, electricidade e telecomunicações, e pelos elevados custos dos
serviços financeiros, como a banca e seguros.
Previsão tecnológica – através de uma organização
não governamental
Este novo modelo de promoção das exportações foi
apoiado desde o início pelo Comité para o Investimento
e Desenvolvimento (CINDE) da Costa Rica, uma organização privada não-lucrativa fundada em 1983 por empresários proeminentes, apoiada pelo Governo e
financiada por doações de privados. O seu objectivo
principal era a promoção do desenvolvimento económico,
mas atrair o investimento directo estrangeiro foi sempre
a primeira prioridade.
No início dos anos de 1990, o CINDE apercebeu-se
de que a Costa Rica estava a perder competitividade nos
sectores baseados em trabalho não qualificado e que o
Acordo de Comércio Livre da América do Norte
(NAFTA) daria ao México um acesso mais fácil ao mercado dos Estados Unidos. Por isso, decidiu concentrar
os seus esforços na atracção de investimento para os sectores que constituiriam uma boa aposta para os níveis educacionais relativamente elevados da Costa Rica. Escolheu
a electrónica e actividades relacionadas, indústrias de
rápido crescimento que requeriam trabalho qualificado.
Entretanto, a Intel começava a procurar um local para
instalar uma fábrica de montagem e teste de chips.
O CINDE fez campanha pela Costa Rica e, em 1996, a
Intel decidiu instalar a sua fábrica neste país. Foram
quatro os factores determinantes:
• A Costa Rica era um estado de direito, com estabilidade política e social e níveis baixos de corrupção; regras relativamente liberais em relação ao comércio
internacional e aos fluxos de capital; força de trabalho
relativamente bem instruída e qualificada tecnicamente,
mas de baixo custo, e com conhecimentos aceitáveis de
Inglês; ambiente "favorável aos negócios"e com uma
atitude favorável em relação ao investimento directo estrangeiro; um bom pacote de incentivos; e com boa localização e logística de transportes.
• A ênfase crescente da Costa Rica na atracção de investimento directo estrangeiro de alta tecnologia deu
credibilidade ao argumento de que este país possuía os
recursos humanos exigidos pela Intel.
• Uma agência de promoção do investimento estrangeiro agressiva, eficaz e conhecedora (CINDE), com ligações ao Governo, promoveu encontros bem sucedidos
entre os executivos da Intel e as autoridades públicas.
• O Governo compreendeu a importância do investimento da Intel no país. O Presidente encontrou-se com
executivos da empresa e encorajou o resto do Governo
a ajudar a Intel.
FIGURA 4.1
O custo de estar ligado
Custo do acesso mensal à Internet
em percentagem do rendimento mensal médio
Nepal 278%
Bangladeche 191%
Butão 80%
Sri Lanka 60%
Efeitos de interdependência
O investimento da Intel teve um forte impacte na
capacidade da Costa Rica atrair outros investimentos
directos estrangeiros em indústrias de alta tecnologia –
e na competitividade geral da economia nas indústrias intensivas em qualificações. A reputação da Intel de seleccionar os locais rigorosamente deu a outras empresas
a confiança necessária para investir no país.
A Intel também contribuiu através da formação da
sua própria força de trabalho e do apoio às universidades.
O Instituto Tecnológico da Costa Rica (ITCR) ganhou
o estatuto de "Associado da Intel" e diversos novos programas de graduação. E a presença da Intel aumentou o
conhecimento sobre as oportunidades de carreira na engenharia e outros campos técnicos. No ITCR, as inscrições em engenharia subiram de 9,5% dos estudantes
em 1997, para 12,5% em 2000.
Actualmente, a Costa Rica está a seguir uma estratégia que parece gozar de forte apoio dos participantes
fundamentais: reconhecimento da necessidade de liberalizar as telecomunicações; melhoramento das infra-estruturas através da participação do sector privado;
aperfeiçoamento da protecção dos direitos de propriedade
intelectual; e melhoramento do acesso aos mercados externos, através de acordos de comércio livre com países
como o Canadá, Chile e México. Algumas das reformas
têm encontrado resistências e expressões abertas de desacordo – o que faz parte do debate político numa sociedade plural.
Estados
Unidos
1,2%
Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de
Desenvolvimento Humano baseados
em ITU 2000 e World Bank 2001h.
Fonte: Rodríguez-Clare 2001.
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
81
corrência, os preços mantêm-se elevados – o que é
válido tanto para o aluguer de linhas telefónicas, como
para o acesso à Internet ou para as chamadas locais e
de longa distância. O desmantelamento destes
monopólios faz a diferença. Quando a AT&T, monopolista norte-americana nas chamadas de longa distância, foi desmantelada em 1984, os preços das
chamadas telefónicas de longa distância caíram cerca
de 40%.5
Em plena crise asiática, o número de assinantes no
mercado coreano de telefones móveis duplicou em cada
ano, entre 1996 e 1998, apesar do declínio na procura
dos consumidores.6 Como foi possível este rápido crescimento? Devido à entrada no mercado de cinco fornecedores concorrentes, que ofereceram crédito acessível e
subsídios à aquisição de aparelhos. No Sri Lanka, a
concorrência também provocou um aumento no investimento, mais ligações e melhor qualidade de serviço.7
O fornecimento de acesso à Internet ocorre em
concorrência na maioria dos países inqueridos num
estudo recente (quadro 4.1). Porém, apesar das vantagens dos mercados de telecomunicações concorrenciais, o aluguer de linhas telefónicas e as chamadas
locais e de longa distância continuam a ser dominados por monopólios ou duopólios. E muito está ainda
por fazer nos mercados mais inovadores, como o
serviço de paging, a televisão por cabo ou os telefones
móveis digitais.
A privatização pode aumentar o nível de concorrência nestes mercados. Mas, só por si, não produz
um sector liberalizado e concorrencial. Em muitos
países, os monopólios estatais foram substituídos por
monopólios privados. E, apesar de muitos países terem
privatizado rapidamente as telecomunicações, foram
muito mais lentos na construção da capacidade reguladora. A natureza e amplitude das reformas de regulação têm uma grande influência no desempenho das
telecomunicações. Por exemplo, ao prosseguir simultaneamente a privatização e a regulação, o Chile
O fomento das ligações
entre universidades
e empresas pode
estimular a inovação
QUADRO 4.1
Arranjos nas telecomunicações em vários países, por sector, 2000
Número de países
Sector
Monopólio
Telefonia local
Longa distância local
Longa distância internacional
Móvel digital
Mercado de móvel por satélite
Mercado de fixo por satélite
Serviço de Internet
121
134
129
47
32
61
13
Duopólio
Concorrência
Total
inquirido
19
12
16
28
12
14
3
44
36
38
79
65
59
81
184
182
183
154
109
134
97
Fonte: Análise dos dados de 2000 da UIT pelo Centro para o Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, tal
como citado em Kirkman 2001.
82
obteve muito melhores resultados do que as Filipinas, onde a regulação só foi criada numa fase posterior.8
ESTIMULAR
A INVESTIGAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO
Os governos têm a responsabilidade de fomentar a investigação e desenvolvimento (I&D). Parte dela deve
ser levada a cabo pelo sector público, especialmente no
caso das necessidades da população que o mercado
pode não satisfazer. Contudo, os governos não têm de
tomar a seu cargo a totalidade da I&D – e podem criar
incentivos para outros actores. Na promoção da investigação orientada para a tecnologia, há dois instrumentos que se têm revelado particularmente importantes
– as ligações entre universidades e empresas e os incentivos fiscais para promover a I&D das empresas
privadas.
O fomento das ligações entre universidades e empresas pode estimular a inovação. As empresas de alta
tecnologia baseiam-se na criatividade e nos conhecimentos de ponta, bem como na excelência científica
e técnica das universidades. Os pólos científicos e
tecnológicos são criados quando os empresários decidem instalar as suas empresas na vizinhança de universidades.
A Universidade de Tecnologia de Tampere, na
Finlândia, liga a Nokia, o Centro de Investigação Técnica da Finlândia e empresas do sector de processamento de madeira. Os industriais das áreas da ciência
e tecnologia despendem 20% do seu tempo nas universidades, dando aulas aos estudantes nas suas áreas
de competência. O trabalho destes "professores
adjuntos" encontra-se na estimulante fronteira entre a
indústria e a academia, permitindo aos estudantes compreender a relevância da tecnologia para a indústria.9
Na China, as instituições de ensino superior também
apoiam o esforço tecnológico das empresas. A Universidade de Tsinghua criou, em conjunto com a Sino Petrochemical Engineering Company, o Instituto de
Engenharia Química e Química Aplicada, que já concedeu mais de 3,6 milhões de dólares para apoiar as
actividades de investigação da universidade e já recrutou
mais de 100 dos seus licenciados.10 O Programa State
Torch visa estimular as empresas a fortalecer as suas
ligações com as organizações de investigação, de forma
a acelerar o processo de comercialização dos resultados
da investigação. As universidades chinesas também têm
criado parques de ciência. O Parque Tecnológico de
Xangai constitui uma incubadora para a aplicação rápi-
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
da dos resultados do trabalho científico e tecnológico à
indústria.
Nos anos 90, a China dedicou-se fundamentalmente
ao desenvolvimento da indústria de alta tecnologia,
através de uma série de programas governamentais de
apoio à I&D. Porém, hoje em dia, a China também está
a utilizar a I&D para aumentar a produtividade de actividades tradicionais como a agricultura. O Programa
Spark difunde as tecnologias nas zonas rurais e ajudar os
agricultores a utilizá-las no desenvolvimento da agricultura.11
Os governos utilizam um conjunto de opções de
política para estimular a I&D das empresas (caixa 4.3).
Uma delas é a provisão de fundos combinados para
essas actividades. O governo da Malásia contribui para
esses fundos com o equivalente a 125% dos recursos
aplicados pelas empresas privadas.12 Outra medida
consiste em co-financiar a I&D através de um fundo
tecnológico. Neste caso, os fundos são afectados como
um empréstimo condicional, a ser reembolsado se os
projectos tiverem sucesso, mas sem efeito em caso
contrário.
CAIXA 4.3
Estratégias para estimular a investigação e desenvolvimento na Ásia Oriental
Governos de países da Ásia Oriental têm utilizado
uma série de incentivos para estimular a investigação
e desenvolvimento (I&D) pelo sector privado,
apoiando-se numa combinação de financiamento
público e benefícios fiscais para encorajar a I&D
no interior das empresas, bem como na colaboração
entre agências governamentais, universidades e
sector privado.
Coreia do Sul
O Governo coreano apoiou directamente a I&D
privada através de incentivos e de outras formas de
apoio. Concedeu às empresas fundos livres de impostos para as actividades de I&D (embora estivessem sujeitos a impostos punitivos se não fossem
utilizados dentro de um período determinado).
Os fundos também podiam ser investidos no
primeiro fundo coreano de capital de risco, a Empresa para o Desenvolvimento Tecnológico da
Coreia, ou em esforços de I&D em parceria com
institutos públicos de investigação. O Governo
concedeu créditos fiscais, permitindo a rápida
amortização dos investimentos em instalações de
I&D, e redução de impostos e direitos alfandegárias
sobre os equipamentos de investigação. Também
utilizou outros incentivos fiscais para promover a
importação de tecnologias. O Governo concedeu,
ainda, subsídios e empréstimos bonificados de
longo prazo às empresas participantes em projectos de I&D e benefícios fiscais e fundos públicos
aos institutos de I&D, públicos e privados.
Porém, o principal estímulo à I&D industrial
na Coreia veio menos dos incentivos específicos
do que da estratégia global – criação de grandes
conglomerados de empresas (chaebol), através
da concessão de financiamento, da protecção do
mercado interno para lhes proporcionar espaço
suficiente para dominarem as tecnologias mais
complexas e, posteriormente, da sua orientação
para os mercados de exportação através do levantamento de barreiras de protecção. A estratégia
coreana de promoção da tecnologia proporcionou
às chaebol uma base sólida para a exigente produção de massa. Apesar de muitos aspectos do sis-
tema das chaebol terem criado ineficiências e
estarem agora a ser reformulados, a Coreia é,
ainda assim, um dos mais extraordinários exemplos de rápida transformação tecnológica.
Taiwan (Província da China)
Tal como na Coreia, o principal estímulo ao desenvolvimento das actividades de I&D em Taiwan
(Província da China) veio da orientação para a exportação, combinada com medidas para encaminhar
as empresas para actividades mais complexas e reduzir a sua dependência em relação à importação
de tecnologia. Mas, o Governo taiwanês não promoveu o crescimento de grandes conglomerados privados. Apesar da estrutura industrial "mais leve" de
Taiwan (Província da China) ter resultado num
menor crescimento da I&D privada, em comparação com a Coreia, foi também uma fonte de energia – levando à emergência de capacidades de
inovação mais flexíveis, mais sensíveis aos mercados
e mais amplamente disseminadas pela economia.
O Governo começou por apoiar as capacidades locais em I&D no final da década de 1950,
quando a dependência crescente do comércio reforçou a necessidade de desenvolver e diversificar
as exportações. Em 1979, foi criado um programa
de ciência e tecnologia para o desenvolvimento
orientado para a energia, automação da produção,
ciências da informação e ciências e tecnologias dos
materiais. Em 1982, foram acrescentados a esta lista
a biotecnologia, a electróptica, o controlo da hepatite
e a tecnologia dos alimentos. Para prosseguir o
planeamento estratégico, foi lançado um plano de
desenvolvimento científico e tecnológico para
1986-95, cuja meta para a I&D era atingir um valor
correspondente a 2% do PIB em 1995.
Cerca de metade da I&D é financiada pelo Estado. No entanto, a I&D das empresas cresceu, à
medida que algumas empresas locais se expandiam
e se transformavam em grandes multinacionais.
O Governo utilizou, ao longo dos anos, uma variedade de incentivos para estimular essa I&D, incluindo o provimento de capital de risco e de
financiamento para as empresas que desenvolvessem
produtos industriais estratégicos. O sistema fiscal
estabelece a dedução total das despesas com I&D,
amortização acelerada do equipamento de investigação e incentivos especiais às empresas instaladas
no Parque Científico de Hsinchu. O Governo exige,
ainda, às grandes empresas que invistam entre 0,5%
e 1,5% das suas vendas em actividades de I&D e
lançou consórcios de investigação de grande dimensão, co-financiados pela indústria, para desenvolver produtos fundamentais, tais como
motores de automóvel de nova geração ou chips de
memória para computadores mais sofisticados.
Singapura
Em 1991, o Governo de Singapura lançou um
plano tecnológico quinquenal, envolvendo 1,1 mil
milhões de dólares, para promover o desenvolvimento de sectores como a biotecnologia, microelectrónica, tecnologia dos materiais e as ciências
médicas. Para a despesa em I&D, o plano estabeleceu uma meta de 2% do PIB em 1995. Um novo
plano, lançado em 1997, duplicou a despesa em
ciência e tecnologia, direccionando os fundos para
indústrias estratégicas, de forma a assegurar a competitividade futura.
Singapura utiliza diversos sistemas para promover a I&D no sector privado. O Programa Cooperativo de Investigação concede subsídios às
empresas locais (com participação local de pelo
menos 30% das acções) para desenvolverem a sua capacidade tecnológica, através da colaboração com
universidades e instituições de investigação. O Sistema de Incentivos à Investigação nas Empresas
concede subsídios para o estabelecimento de centros
de excelência nas tecnologias estratégicas, abertos a
qualquer empresa. O Sistema de Assistência à I&D
concede subsídios para produtos específicos e investigação de processos que promovam a competitividade das empresas. E a Comissão Nacional para
a Ciência e Tecnologia cria consórcios de investigação
para permitir às empresas e institutos de investigação a reunião dos seus recursos de I&D. Em conjunto, estes sistemas permitiram o crescimento da
parcela da I&D privada para 65% do total.
Fonte: Lall 2001.
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
83
ESTIMULAR
REPENSAR OS SISTEMAS EDUCATIVOS PARA
O ESP Í RITO EMPREENDEDOR
ENFRENTAR OS NOVOS DESAFIOS DA ERA DAS REDES
A qualidade e orientação
do ensino, em cada nível,
são decisivas para
o domínio da tecnologia
84
Para além de promoverem a I&D, as ligações fortes
entre a indústria e a academia também podem estimular o espírito empreendedor. O Centro para a Inovação e Empreendimento, uma unidade autónoma
da Universidade de Limköping na Suécia, ligada à
Fundação para o Desenvolvimento das Pequenas Empresas dessa cidade, tem aplicado o conhecimento
técnico e recursos financeiros para estimular o crescimento e desenvolvimento de empresas de base tecnológica.13
O capital de risco também pode estimular o espírito
empreendedor, não sendo surpreendente que os Estados Unidos dominem neste campo. Contudo, outros
países onde a inovação se tornou importante, como Israel e a Índia, também têm mercados de capitais de risco
francamente desenvolvidos.14
Em 1986, existiam apenas dois fundos de capitais
de risco em Israel, que reuniam menos de 30 milhões
de dólares de activos passíveis de serem investidos.
Actualmente, cerca de 150 empresas de capital de risco
gerem quase 5 mil milhões de dólares de capitais de risco
e acções privadas. O mercado descolou no início dos
anos 90, quando o Governo criou uma empresa de
capital de risco, a Yozma, com o objectivo de agir
como catalisador da indústria emergente. Com um
orçamento de 100 milhões de dólares, a Yozma investiu em empresas locais e atraiu capitais estrangeiros
da Europa e dos Estados Unidos. O fundo Yozma é um
modelo para a criação de capital de risco e indústria de
alta tecnologia conduzida pelo Estado.
Na Índia, os investimentos anuais em capital de risco
alcançaram os 350 milhões de dólares em 1999, com a
maior parte concentrada nos pólos tecnológicos do Sul
e Oeste do país. O governo desenvolveu linhas de orientação política para fomentar o capital de risco e a Associação Nacional das Empresas de Software e Serviços
estima que, até 2008, poderão estar disponíveis cerca de
10 mil milhões de dólares em capital de risco.
Tanto na Índia como em Israel, o governo desempenhou um papel importante na criação de uma indústria de capital de risco e no estímulo à inovação, mas
a existência de um sector financeiro desenvolvido foi uma
pré-condição para atrair o capital de risco. Entre outros
elementos que também foram essenciais, contam-se as
fortes ligações a empresários e investidores de capital
de risco nos Estados Unidos e sistemas educativos que
produzem números consideráveis de pessoas altamente
qualificadas, gerando uma massa crítica para as actividades inovadoras.
Para dar vida a um ambiente de criatividade tecnológica, é necessário que as pessoas tenham qualificações
técnicas e que os governos invistam no desenvolvimento dessas qualificações. As transformações tecnológicas actuais aumentam o valor dessas qualificações
e modificam a procura de diferentes tipos de qualificações. Isso obriga a repensar as políticas de educação
e de formação. Em alguns países, os sistemas precisam
ser totalmente reformulados. Noutros, basta uma reorientação dos fundos públicos. Quanto deverá caber à
educação pública? E à ciência? E ao ensino formal?
E para o ensino profissional? Trata-se, com efeito, de
decisões difíceis.
ÊNFASE
CRESCENTE NA QUALIDADE
Não basta aumentar a quantidade de recursos e as
taxas de escolarização. A qualidade e orientação do
ensino, em cada nível, e a sua relação com a procura
de qualificações são decisivos para o domínio da tecnologia.
O ensino primário universal é essencial. Ela desenvolve algumas das capacidades mais básicas para o
desenvolvimento humano. E cria uma base de literacia
(textual e quantitativa) que habilita as pessoas a serem
mais inovadoras e produtivas. Embora a maior parte dos
países no escalão baixo do desenvolvimento humano
apresentem taxas de escolarização primária líquida inferiores a 60%, muitos outros países em desenvolvimento quase alcançaram a escolarização primária
universal (ver quadro de indicadores 10).
Os ensinos secundário e superior também são decisivos para o desenvolvimento tecnológico. O ensino
universitário produz indivíduos altamente qualificados
que colhem benefícios através de salários mais elevados.
Mas também é decisivo para a criação da capacidade nacional de inovação, para a adaptação da tecnologia às
necessidades do país e para a gestão dos riscos da mudança tecnológica – benefícios que atingem toda a sociedade. Em 1995, as taxas brutas de escolarização nos
países em desenvolvimento eram, em média, de 54% no
ensino secundário e de 9% no ensino superior, em contraste com os valores de 107% e 64%, respectivamente,
nos países da OCDE de rendimento elevado.15
Não basta aumentar a quantidade do ensino,
pois é a baixa qualidade das escolas secundárias que
conduz a baixas taxas de conclusão em muitos países
– e, consequentemente, a baixas taxas de escolariza-
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
ção no ensino superior. Coreia e Singapura basearam
os seus níveis elevados de escolarização universitária
em taxas elevadas de conclusão do ensino secundário,
em escolas de qualidade. Nos testes de matemática
para comparação internacional, são os estudantes de
Singapura, Coreia, Japão e Hong Kong (China, RAE)
que apresentam os melhores resultados. A África do
Sul e a Colômbia, em contrapartida, obtiveram resultados bastante abaixo da média internacional.16
Algumas das diferenças entre países reflectem diferenças de rendimento, mas isso não explica tudo.
A Coreia posiciona-se, nestes testes, acima de países
com o dobro do seu PIB per capita, tal como a
Noruega.
As comparações internacionais, apesar de todos
os seus problemas, têm duas vantagens importantes.
Em primeiro lugar, deslocam o debate da avaliação
dos meios, como os orçamentos da educação, para
a avaliação dos resultados. Em segundo lugar,
obrigam os decisores políticos a procurar formas
mais sofisticadas de medir a qualidade das qualificações. Por exemplo, diversos países estabeleceram
padrões locais e nacionais para avaliação dos resultados. Podem não ser internacionalmente comparáveis, mas estabelecem níveis de referência
importantes. As avaliações com base nestes padrões
tornam claro que, ao nível do ensino primário e secundário, os países em desenvolvimento precisam aumentar o tempo de ensino de ciências e matemática,
decisivo para a melhoria do desempenho dos alunos
nestas matérias.17
O Chile está a dar passos importantes para melhorar
a qualidade do ensino, avaliando a qualidade dos resultados e provendo recursos e incentivos (caixa 4.4).
E a Ásia Oriental demonstrou que a orientação tecnológica e o conteúdo do ensino são tão importantes como
o aumento dos recursos (caixa 4.5).
Nas economias avançadas, a reforma do ensino
colocou uma nova ênfase no auxílio à adaptação das pessoas às novas procuras de qualificações que acompanham
as mudanças nos padrões de emprego. Os estudantes
são encorajados a manter em aberto as suas opções de
formação e carreira. Na Dinamarca, os cursos gerais inseridos em programas profissionais abriram novos caminhos de acesso ao ensino superior. No Reino Unido,
os sistemas de avaliação permitem que os estudantes escolham matérias tanto dos programas gerais como dos
profissionais. Na Finlândia, o governo elevou o estatuto
do ensino profissional e aumentou os recursos públicos
destinados à formação em exercício. Desde 1999, todos
os cursos profissionais de três anos são obrigados a
proporcionar, a todos os estudantes, seis meses de experiência de trabalho.18
UTILIZAR
TECNOLOGIA PARA MELHORAR
A QUALIDADE
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicações, tornou-se decisivo o ensino
de qualificações básicas de informática às crianças.
A principal preocupação para os países em desenvolvimento é a falta de recursos – tanto físicos como humanos – para assegurar equipamento adequado e ensino
eficiente dessas qualificações nas escolas. O custo de um
computador é superior ao rendimento anual da maioria das pessoas nos países em desenvolvimento – e os
professores precisam de receber formação para utilizar
novos materiais de ensino.
No entanto, as tecnologias de informação e comunicações também trazem novas possibilidades de melhorar a qualidade do ensino a baixo custo. Nos países
em desenvolvimento, tem-se observado uma proliferação
CAIXA 4.4
Um impulso à qualidade do ensino no Chile – avaliação dos resultados
e criação de incentivos
O Chile está a fazer um esforço concertado para
melhorar a qualidade do ensino. As principais
medidas representam uma mudança nas suas
políticas de educação, passando da ênfase nos
meios para a preocupação com os resultados:
• Avaliação nacional. Um sistema compreensivo e padronizado de testes – Sistema de
Medición de la Calidad de la Educación
(SIMCE) – avalia, de dois em dois anos, as
qualificações em Espanhol e matemática dos estudantes dos 4º e 8º anos e monitoriza os progressos das escolas na melhoria desses resultados.
• Discriminação positiva. Um programa
público, conhecido como o Programa P900,
orienta o apoio – desde novos manuais e materiais escolares, até apoio especializado aos
professores – às 900 escolas primárias mais
pobres.
• Recompensas. Um sistema nacional de
avaliação do desempenho das escolas financiadas pelo Estado – Sistema Nacional de Evaluación del Desempeño de los Establecimientos
Educacionales Subvencionados (SNED) – concede prémios a todos os professores de uma escola, com base nos resultados dos estudantes.
Os resultados da avaliação do SIMCE são
disponibilizados e publicados nos principais
jornais, servindo vários propósitos:
• Os decisores políticos utilizam os resultados para comparar o desempenho das várias
escolas a nível nacional e identificar as escolas
que requerem especial atenção.
• As escolas utilizam os bons resultados para
se publicitarem e atraírem mais estudantes.
• Os pais utilizam os resultados para os ajudar
a escolher a melhor escola para os seus filhos.
Os resultados do SIMCE são, também,
usados para avaliar o ritmo de progresso das
crianças que frequentam escolas pertencentes
ao Programa P900. As escolas cuja melhoria de
resultados é suficiente para serem "graduadas", passam a estar integradas no programa
principal de reforma do ensino primário e são
substituídas por outras no Programa P900.
O SNED estabeleceu a concorrência entre
escolas cuja população estudantil e nível
sócio-económico são relativamente semelhantes. Cerca de 31.000 professores receberam
prémios em cada uma das duas primeiras fases
de atribuição dos prémios SNED.
Muitos pais, professores e directores escolares crêem que este sistema de padrões exteriores e de avaliação constitui uma boa forma
de medição do desempenho das escolas. Outros consideram que o SIMCE é injusto, particularmente para com as escolas e estudantes
de bairros pobres. Apesar da controvérsia, o
Chile está a dar passos claros em direcção a um
sistema de ensino mais orientado para a qualidade.
Fonte: Carlson 2000; King e Buchert 1999; OECD 2000c; Chile Ministry of Education 2001.
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
85
de tentativas para disseminar as novas tecnologias pelos
estabelecimentos de ensino, de forma não dispendiosa.
• A Costa Rica lançou, em 1998, um programa denominado "computadores no ensino", com o objectivo de melhorar a qualidade do ensino nas escolas
primárias. Este programa utiliza uma abordagem
pedagógica imaginativa para encorajar a interacção
entre crianças e desenvolver as qualificações cognitivas. O objectivo é ajudar a transformar a educação,
através de mudanças na aprendizagem e ensino trazi-
das pela utilização de computadores, pela formação
dos professores e pelo entusiasmo resultante da
auto-aprendizagem, consolidação de conhecimentos
e resolução de problemas por parte das crianças. Este
programa foi concebido para abranger um terço das
crianças que frequentam o ensino primário, proporcionando cerca de 80 minutos de acesso a computadores em cada semana. Os inquéritos aos professores
confirmam que se tem registado uma melhoria no desempenho dos alunos.19
CAIXA 4.5
A orientação e o conteúdo são tão importantes como os recursos – lições das estratégias de educação na Ásia Oriental
Ao longo das quatro últimas décadas, os "tigres" da
Ásia Oriental – Hong Kong (China, RAE), Coreia do
Sul, Singapura e Taiwan (Província da China) – alcançaram um rápido desenvolvimento das qualificações humanas, preparando as suas populações para
um rápido progresso na adaptação de novas tecnologias. Os seus sucessos sugerem algumas estratégias
que os países menos desenvolvidos poderiam ter em
conta e adaptar às suas próprias circunstâncias.
Uma lição fundamental: a orientação e o conteúdo da educação são tão importantes como a
afectação de recursos. Estes países não só investiram no ensino básico mas, também, apostaram em
currículos orientados para a tecnologia nos níveis
mais elevados de ensino. Estes investimentos nas
qualificações eram parte de uma estratégia de desenvolvimento conduzido pelas exportações, que
forneceu os sinais da procura em relação às qualificações necessárias para melhorar a competitividade.
A despesa pública de educação era muito
baixa na Ásia Oriental, à volta de 2,5% do PIB em
1960, na maior parte dos países. Em 1997, a média
regional era ainda de apenas 2,9%, bem menos do
que a média de 3,9% no total dos países em desenvolvimento e a média de 5,1% na África Subsariana. No entanto, à medida que os países da
região cresciam rapidamente, também crescia o
nível absoluto de despesas com a educação. E a despesa de educação também se expandiu enquanto
proporção do rendimento nacional, em parte através
do crescimento da despesa privada.
Evolução das prioridades nas estratégias
de educação
A Ásia Oriental deu prioridade ao ensino básico
logo na fase inicial do seu desenvolvimento, alcançando a escolaridade básica universal no final dos
anos de 1970. Este facto facilitou a sua concentração
na melhoria da qualidade e no aumento dos recursos para o 2º ciclo do secundário e para o ensino superior. No ensino superior, as taxas de escolarização
permaneceram abaixo dos 10% até 1975, contrastando desfavoravelmente com os valores da América
Latina. Mas, à medida que os países se desenvolviam,
aumentava a necessidade de trabalhadores mais
qualificados e instruídos – e o ensino superior cresceu
rapidamente, sobretudo depois de 1980. Na Coreia,
a taxa de escolarização superior elevou-se de 16% em
1980 para 39% em 1990 e 68% em 1996.
Financiamento privado do ensino pós-básico
A Ásia Oriental adoptou uma abordagem original do
financiamento da educação, apoiando-se em fontes
privadas para uma fatia relativamente grande da
despesa, em particular no último ciclo do secundário
e no superior. E alguns países dependeram largamente do sector privado para prover o ensino superior. Na Coreia, em 1993, as instituições privadas
foram responsáveis por 61% das inscrições no 2º ciclo
do secundário e 81% no ensino superior.
O papel predominante do sector privado na
oferta de ensino levanta questões importantes sobre
a equidade no acesso. Os países têm adoptado
diferentes abordagens para enfrentar esta questão.
A Coreia orienta os recursos públicos para o ensino
básico e é mais selectiva em relação à combinação
de recursos públicos e privados para os níveis superiores. Singapura mantém um envolvimento relativamente forte do Estado na administração e
financiamento da educação, em todos os níveis.
Os dados disponíveis mostram que as instituições financiadas pelo sector privado têm custos
unitários de funcionamento mais baixos. Nem
todos os países em desenvolvimento podem
apoiar-se no financiamento privado, mas a combinação dos financiamentos público e privado nos
níveis mais elevados de ensino com o financiamento público no ensino primário e 1º ciclo do secundário constitui uma opção – desde que a
possibilidade de acesso ao ensino superior esteja assegurada aos jovens pobres. Neste caso, os donativos, empréstimos e subsídios podem ter um papel
muito útil.
Rácios aluno-professor elevados mas salários
atractivos para os professores
As classes de pequena dimensão e a elevada qualidade dos professores são considerados como factores
que melhoram a realização dos alunos. No entanto,
os governos da Ásia Oriental optaram por uma es-
tratégia que combina professores altamente qualificados e bem remunerados com mais estudantes.
Na Coreia, em 1975, os rácios aluno-professor excediam 55 no ensino primário e 35 no ensino secundário, comparado com as médias de 36 e 22,
respectivamente, dos países em desenvolvimento.
Mas, a Coreia também paga aos seus professores do
início e do meio de carreira salários mais elevados,
em relação ao PNB per capita, do que os de qualquer outro país da OCDE.
Aprendizagem ao longo da vida
A formação contínua foi considerada como decisiva
para o desenvolvimento das qualificações humanas,
num contexto de rápida mudança tecnológica. À medida que os países da Ásia Oriental se tornavam mais
sofisticados, os governos e as empresas foram confrontados com pressões no sentido da provisão de
sistemas de ensino e formação eficazes. Na Coreia,
em 1967, na sequência da entrada em vigor da Lei
de Formação Profissional, o Governo criou institutos
públicos de formação profissional bem equipados
e programas subsidiados de formação nas empresas. Nos anos de 1970, quando o Governo procurava desenvolver as indústrias pesadas e químicas,
promoveu escolas secundárias profissionais e escolas técnicas pré-universitários para satisfazer a
procura crescente de técnicos. O Governo também
criou instituições públicas de ensino e investigação
para oferecer cientistas e engenheiros de qualidade
elevada, como o Instituto Coreano de Ciência e
Tecnologia, em 1967, e o Instituto Avançado de
Ciência e Tecnologia da Coreia, em 1971.
O Governo de Singapura tomou iniciativas
semelhantes, lançando uma série de programas de
formação – Ensino Básico para a Formação de Qualificações, em 1983, Formação Modular de Qualificações, em 1987, e Qualificações Nucleares para a
Eficiência e a Mudança, em 1987. Nos anos de 1990,
o Governo também orientou o desenvolvimento da
indústria de tecnologias de informação e comunicações, apoiando os estudos nesta área realizados
pelas instituições superiores e construindo institutos
de formação especializada, bem como institutos em
joint-venture com empresas privadas.
Fonte: World Bank 1993; Lee 2001; Lall 2001.
86
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
• No Brasil, um programa escolar comunitário tem
vindo a permitir a utilização de computadores por parte
dos jovens das comunidades pobres. O Comité para a
Democracia Informática (CDI), uma organização não
lucrativa, tem vindo a ajudar as comunidades a criar escolas auto-suficientes de "informática e cidadania". As comunidades interessadas em criar uma escola têm de passar
por um processo rigoroso que visa assegurar que, uma vez
terminado o apoio do CDI, a escola é viável. O CDI
oferece assistência técnica gratuita durante três a seis
meses, forma os monitores, colabora com a escola na
obtenção dos donativos iniciais de hardware e, então, ajuda
a escola a instalar os computadores. Depois da escola ter
sido seleccionada, o CDI actua como parceiro e consultor, mas não gere o programa. O CDI tem adaptado os
seus métodos para atingir comunidades tão díspares
como as crianças de rua e os grupos indígenas. Em resultado do seu trabalho em parceria com as associações
comunitárias, mais de 35.000 crianças e jovens, em 208
escolas de 30 cidades, receberam já formação básica na
utilização de computadores. A maioria das escolas cobra
aos estudantes uma propina mensal simbólica de 4 dólares,
equivalente ao custo de cinco viagens de ida e volta de
metro no Rio de Janeiro, para garantir o seu empenho.20
Uma interessante abordagem à melhoria do acesso
e utilização da Internet apoia-se nas iniciativas de criação de redes entre as várias escolas, ou "redes de escola".
Alguns países em desenvolvimento, entre os quais o
Chile, Tailândia e África do Sul, estabeleceram o acesso
generalizado das escolas à Internet através da criação de
redes nacionais.
• No Chile, o projecto Enlaces permitiu a criação de
uma rede que liga cerca de 5.000 escolas primárias e secundárias. As escolas recebem equipamento, formação,
software de apoio ao ensino e apoio permanente por
parte duma rede de assistência técnica constituída por
35 universidades chilenas, coordenadas pelo Ministério
da Educação. O objectivo é ligar em rede a totalidade
das escolas secundárias e metade dos estabelecimentos
de ensino básico. A rede Enlaces dá acesso ao correio
electrónico e a materiais de ensino através da rede de
telefones públicos, tirando partido do reduzido custo
das chamadas nocturnas. Finalmente, La Plaza, um
software interface padronizado, desenvolvido localmente, fornece um "ponto de encontro" virtual para professores e alunos.21
• A Tailândia foi o primeiro país do Sudeste Asiático
a desenvolver uma rede nacional gratuita destinada ao ensino: a SchoolNet@1509. Com apenas 120 linhas de telefone automático, a rede viu-se obrigada a criar um sistema
de optimização da utilização das linhas: a cada escola coube
uma conta para navegação na Web e não mais de duas
para a criação de sítios próprios, estando o acesso total
limitado a 40 horas mensais. Foi, também, criado um conjunto de páginas na Web, com o objectivo de sensibilizar
as escolas para a existência da rede e de disponibilizar conteúdos de origem tailandesa na Internet.22
• A Rede Escolar Sul-Africana (SchoolNetSA) é um
exemplo interessante pela sua estrutura e parcerias.
Esta rede, que abrange várias províncias, proporciona
serviços da Internet às escolas locais: ligações, administração de domínios, correio electrónico e apoio técnico. A SchoolNetSA desenvolveu, ainda, um conjunto
de conteúdos educativos em-linha, tendo muitas escolas criado as suas próprias páginas Web.23
Certas tecnologias, como o CD-ROM, rádio ou
televisão por cabo – ou combinações de várias delas –
podem ser utilizadas em conjunto com a Internet de
forma a expandir o se alcance. A Rádio Comunitária
Kothmale, no Sri Lanka, utiliza a rádio como um porta
de entrada na Internet para os seus ouvintes de comunidades rurais remotas. As crianças, ou os seus professores, enviam pedidos de informação sobre assuntos
escolares para os quais não existe informação local; os
restantes ouvintes podem também apresentar pedidos.
De seguida, os responsáveis da estação procuram essa
informação na Internet, procedem ao carregamento do
ficheiro e disponibilizam-no através da concepção de
uma emissão de rádio em torno do tema, do envio por
correio para a escola, ou colocando-o no centro de recursos de livre acesso da estação de rádio. Este centro
de recursos proporciona acesso livre à Internet e a uma
biblioteca com bases de dados para computador,
CD-ROM, literatura retirada da Internet e materiais de
impressão. Este acesso mediado coloca os recursos da
Internet à disposição das comunidades rurais e das desfavorecidas. A retransmissão para a comunidade pode
difundir a informação em línguas locais, em vez do inglês, que é a língua dominante da Internet.24
A cooperação regional e mundial pode reduzir os
custos de acesso à Internet. Com efeito, o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação proporciona os instrumentos necessários à
aprendizagem através de uma rede global. E as tecnologias sem fios permitem o acesso às redes por parte
dos países em desenvolvimento, cujas infra-estruturas
de telecomunicações são escassas. Espera-se que o
lançamento de um sistema de satélite pan-africano, no
final de 2001, permita melhorar a qualidade e reduzir
o preço do serviço de redes para os países africanos.
Os sistemas de ensino à distância através de satélite
podem proporcionar às nações pobres o acesso ao
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
Muitas universidades
dos países
em desenvolvimento
estão a experimentar
ou a executar sistemas
de educação baseados
na Web
87
Quando a tecnologia
está em mudança,
as empresas
têm de investir
na formação
dos trabalhadores
para permanecerem
competitivas
ensino e formação de qualidade superior dos países desenvolvidos. Iniciativas deste género podem constituir
soluções eficientes em custo para reduzir a "desigualdade digital" entre os países.
Muitas universidades dos países em desenvolvimento estão a experimentar ou a executar sistemas de
educação baseados na Web.
• A Universidade do Botswana avaliou dois métodos
de ensino à distância: um curso baseado na Internet, gratuito, com a duração de três meses e um curso baseado
em vídeo com a duração de uma semana. O curso
através da Internet provocou uma melhoria de cerca de
49% nos resultados dos testes, tendo o mesmo sucedido
com o curso através de vídeo, sugerindo aos avaliadores
que ambas as tecnologias têm potencial para o ensino
à distância.25
• A Universidade Nacional Indira Gandhi, fundada em 1985, tem desenvolvido as suas capacidades
na área das comunicações para facultar ensino e formação ao longo da vida, particularmente aos habitantes de zonas rurais e remotas. O seu sofisticado
centro de meios de comunicação está dotado com um
sistema de comunicações por satélite e todos os seus
centros de ensino estão equipados com computadores e acesso ao correio electrónico. O seu sítio na
Internet, fornece informação geral e materiais de
apoio para todos os programas. A Internet serve um
número crescente de estudantes, apesar de ser apenas uma pequena parte de um sistema que utiliza
uma vasta gama de tecnologias de comunicação, incluindo rádio, televisão, televisão por cabo e teleconferência.26
Outras comunidades desenvolveram o conceito de
"universidade virtual", usando a Internet como "ponto
de encontro" de estudantes, professores e investigadores.
A Universidade Virtual Francófona, que trabalha com
universidades de países em desenvolvimento, apoia o ensino à distância através de aconselhamento, assistência
e materiais educativos. Em 1998, um primeiro anúncio
para propostas resultou no financiamento de 26 proQUADRO 4.2
Empresas que facultam formação em
países em desenvolvimento seleccionados
Percentagem
País, ano
Colômbia, 1992
Indonésia, 1992
Malásia, 1994
México, 1994
Formação
informal
Formação
formal
76
19
83
11
50
19
35
11
Fonte: Tan e Batra 1995, citado em Lall 2001.
88
jectos, a maior parte com base na Internet. Actualmente, estão a ser analisadas mais 132 propostas de 16
países.27
FORMAÇÃO
EM EXERC Í CIO COMO FORMA
DE APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA
O ensino formal é apenas uma parte do sistema de criação de qualificações. A formação profissional e a formação em exercício são igualmente importantes.
Quando a tecnologia está em mudança, as empresas têm
de investir na formação dos trabalhadores para permanecerem competitivas. É mais provável que o façam
quando os seus trabalhadores têm melhor instrução de
início, pois isso reduz o custo da aquisição de novas qualificações.
Diversos estudos – na Colômbia, Indonésia, Malásia
e México – têm mostrado o enorme impacte da formação
em exercício sobre a produtividade da empresa. Essa
formação pode constituir uma forma eficaz e económica
de desenvolver as qualificações da força de trabalho, particularmente quando os empregadores estão bem informados sobre as qualificações necessárias. Alguns
empregadores também podem dispor de competências e recursos para facultar formação, tanto nas qualificações tradicionais, como nas emergentes. Os custos
de formação nas empresas tendem a ser baixos quando
comparados com os da formação formal, apesar dos empregadores perderem parte dos benefícios se os empregados saírem. Diversos estudos sugerem que a
formação feita na empresa gera retornos privados mais
elevados do que outros tipos de formação pós-escolar,
tanto nos países em desenvolvimento como nos industrializados.28
A formação dentro da própria empresa é também
um complemento essencial para os novos investimentos em tecnologia, instalações e equipamento.
Um grande número de estudos efectuados em países
industrializados sugere que a escassez de qualificações adequadas é uma forte restrição à adopção de
novas tecnologias, enquanto uma força de trabalho
adequadamente formada permite acelerar a sua
adopção.29
Apesar dos ganhos evidentes de produtividade resultantes da formação, nem todos os empregadores
estão dispostos a facultá-la. A formação envolve custos
– em materiais, tempo e sacrifício da produção. Na
Colômbia, Indonésia, Malásia e México, uma parte
considerável das empresas não oferece formação aos trabalhadores (quadro 4.2). Entre as pequenas e médias empresas, mais de metade não oferece formação estruturada
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
ou formal e mais de um terço não faculta formação informal. Gestão fraca, custos da formação elevados,
incapacidade de explorar economias de escala na formação, escassez de informação sobre as vantagens da
formação, imperfeições do mercado e ausência de
pressões da concorrência – são razões que explicam a
insuficiente oferta de formação pelas empresas.
ESCOLHA
DE POL Í TICAS PARA MELHORAR
A QUALIDADE DA FORMAÇÃO
O desenvolvimento das qualificações requer intervenção
política – de várias formas. Os governos podem criar centros de formação com envolvimento do sector privado.
Podem, também, utilizar incentivos fiscais ou donativos combinados para encorajar as associações empresariais a criar e administrar esses centros. Na Ásia
Oriental, as associações empresariais oferecem muitos
e valiosos serviços técnicos e de formação. Digno de consideração é, também, a criação de benefícios fiscais significativos para as empresas mais pequenas investirem
na formação (Malásia e Tailândia permitem deduções
de 200% nos impostos).30 E os governos podem, ainda,
patrocinar unidades de coordenação para apoiar a interacção, com representação maioritária do sector privado para assegurar que as necessidades da indústria são
consideradas na concepção dos currículos de formação.
Uma estratégia compreensiva para a criação de
qualificações deve enfrentar o conjunto dos fracassos do
mercado, através de uma combinação de políticas institucionais e outras. Exemplos desses fracassos incluem
a falta de informação sobre as necessidades das empresas
na indústria e sobre os interesses dos estudantes, incentivos inadequados para os formadores, baixas qualificações de instrução entre os empregadores e gestores,
baixa capacidade de absorção entre os trabalhadores
pouco instruídos e incapacidade para construir programas de formação eficientes, de acordo com as qualificações em transformação e as necessidades
tecnológicas. Veja-se o exemplo de Singapura, em que
o financiamento público e incentivos para o desenvolvimento de qualificações ao longo da vida procuram
ultrapassar as deficiências do mercado (caixa 4.6).
Quais são algumas das políticas fundamentais que
os países em desenvolvimento devem considerar para
elevar as qualificações?
• Fazer um balanço compreensivo das provisões e necessidades de qualificação, de forma regular e não esporádica. Padrões internacionais de referência poderão
ser utilizados para avaliar as necessidades de qualificações. Aliás, poder-se-á justificar o desenvolvimento di-
reccionado de novas qualificações que, provavelmente,
serão decisivas para a competitividade futura, em áreas
como o processamento alimentar, indústrias com processos capital-intensivos e engenharia eléctrica e electrónica. Estes estudos poderão ser levados a cabo
conjuntamente pelas associações empresariais, instituições académicas e pelo governo.
• Direccionar informação especial e programas de incentivos para as pequenas e médias empresas, para encorajá-las a investir na formação. Os governos poderão
apostar em sistemas tutoriais, nos quais os profissionais
mais experientes ensinam os métodos tradicionais aos
jovens, aperfeiçoando estes sistemas através da criação
de centros de formação e de subsídios à formação por
parte das pequenas e médias empresas.
• Proporcionar aos diplomados recentes do ensino
secundário formação parcialmente financiada em centros privados acreditados, quer encorajando a aquisição
de qualificações, quer ajudando a criar um mercado privado de formação.
• Apesar da maior parte destes exemplos dizerem respeito à formação nos sectores urbano, industrial e de
serviços, lições semelhantes são aplicáveis à agricul-
O desenvolvimento
das qualificações requer
intervenção política,
de várias formas
CAIXA 4.6
Criação de incentivos à formação de alta qualidade em Singapura
O Governo de Singapura investiu fortemente
no desenvolvimento de qualificações de alto
nível. Expandiu o sistema universitário do país
e orientou-o para as necessidades da sua
política industrial, mudando a especialização
das ciências sociais para a ciência e tecnologia.
Neste processo, o Governo exerceu um controlo apertado sobre o conteúdo e a qualidade
dos currículos, assegurando a sua relevância
para as actividades industriais que estavam a
ser promovidas. O Governo realizou, também, um esforço considerável para desenvolver o sistema de formação para a indústria,
hoje considerado um dos melhores do mundo
para a produção de alta tecnologia.
O Fundo para o Desenvolvimento das
Qualificações, criado em 1979, cobra aos empregadores uma taxa de 1% sobre os salários
pagos, para subsidiar a formação dos trabalhadores de baixos salários. Os quatro institutos
politécnicos de Singapura, que procuram responder à necessidade de qualificações técnicas
e de gestão de nível intermédio, colaboram
estreitamente com as empresas na concepção
de novos cursos e na oferta de formação
prática. Além disso, com o apoio do Governo,
no âmbito do Programa de Formação Baseada
na Indústria, os empregadores orientam cur-
sos de formação adaptados às suas necessidades. E o Conselho do Desenvolvimento
Económico avalia, continuamente, as necessidades de qualificações emergentes, através de
consultas às empresas líderes, e organiza cursos especializados. O investimento nacional
na formação atingiu, em 1995, 3,6% do total
anual de salários e o Governo pretende uma
subida para 4%. Estes valores não se comparam com a média de 1,8% no Reino Unido.
O impacte inicial do programa foi sentido
sobretudo pelas grandes empresas. Mas, os esforços para aumentar o nível de conhecimento das
pequenas empresas sobre os cursos de formação
e para apoiar as associações empresariais aumentou o impacte sobre as empresas de menor
dimensão. Para expandir os benefícios, foi introduzido um sistema de consultoria para o desenvolvimento, para prover as pequenas e médias
empresas com subsídios para consultorias de
curto prazo em gestão, know-how técnico, desenvolvimento de negócios e formação de pessoal.
Como resultado de todos estes esforços,
a força de trabalho deslocou-se significativamente para ocupações altamente qualificadas,
com a parcela dos trabalhadores especializados
e técnicos aumentado de 15,7% em 1990, para
23,1% em 1995.
Fonte: Lall 2001.
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
89
tura, onde os trabalhadores dos serviços de extensão,
os investigadores e outros envolvidos no aperfeiçoamento tecnológico também precisam de formação.
FINANCIAMENTO
DA EDUCAÇÃO
–
ESCOLHAS DIF Í CEIS
O financiamento
da educação requer
uma combinação
de responsabilidades
públicas e privadas
90
Os investimentos públicos na aprendizagem produzem
retornos elevados para o conjunto da sociedade. Mas, para
que áreas deverá, cada país, dirigir os seus investimentos? Será que as transformações tecnológicas actuais tornam os retornos da formação secundária e superior tão
elevados como os da formação primária? Se assim for,
como deverá ser distribuída a despesa entre os sistemas
primário, secundário e superior? E existem formas de aumentar os fluxos de recursos para a educação, para além
da simples expansão da despesa pública?
Os benefícios sociais da instrução primária – tais
como fertilidade mais baixa e melhor saúde para mães
e filhos – tornaram a universalidade do ensino primário
um objectivo em todo o mundo. Mas, os países em desenvolvimento não podem ignorar o ensino secundário
e pós-secundário, apesar dos benefícios sociais dos investimentos a esses níveis não estarem tão bem documentados. É difícil encontrar o equilíbrio adequado.
Quais são os indicadores que os países podem usar
para os ajudar a escolher a melhor política?
A proporção do rendimento nacional gasto com a
educação em relação, por exemplo, à defesa e à saúde
é apenas um começo. Este indicador deverá ser completado com outros, tais como o rácio entre os salários
dos professores e os rendimentos médios. Os salários
dos professores diferem significativamente de país para
país. No Uruguai, por exemplo, o salário oficial de um
professor experiente da primeira fase do ensino secundário público é apenas 80% (7.458 dólares PPC) do
rendimento médio. Na Jordânia, um professor com a
mesma experiência pode ganhar quase 3,5 vezes o rendimento médio nacional (11.594 dólares PPC) . Oferecer
salários iniciais que rondam o rendimento médio, ou
mesmo inferiores, torna difícil atrair professores qualificados suficientes.
Um indicador importante para o ensino superior
é a taxa de escolarização nas áreas técnicas, como as ciências, engenharia, matemática e computação. Alguns
países em desenvolvimento tiveram um sucesso notável
no aumento dessas escolarizações. Por exemplo, em
1995, dos 3 milhões de estudantes inscritos em universidades dos quatro "tigres" da Ásia Oriental – Hong
Kong (China, RAE), Coreia do Sul, Singapura e Taiwan
(Província da China) – mais de 1 milhão estavam nas
áreas técnicas. Tanto a China como a Índia têm mais de
um milhão de estudantes inscritos em áreas técnicas.
Estes níveis elevados de escolarização geram uma massa
crítica de pessoal qualificado. Contudo, existem fortes
disparidades entre os países. Enquanto na Coreia do Sul,
em 1997, a taxa de escolarização superior bruta em
ciências e áreas técnicas era de 23,2%, esta mesma taxa
correspondia, em 1996, a apenas 1,6% no Botswana e
a apenas 0,2% no Burkina Faso (ver quadro anexo A2.1
do capítulo 2).
O ensino superior é caro – demasiado caro para
muitos países pobres. Isto leva a algumas questões de
política muito difíceis. Que qualificações devem os
países adquirir quando enviam estudantes para o estrangeiro? Que áreas exigem recursos públicos e que
áreas podem ser financiadas pelo sector privado?
A lógica do financiamento público do ensino secundário é incontestável e o ensino pós-secundário
também não pode ser ignorado pelos governos. Mas o
financiamento público deve ser dirigido para as ciências, saúde pública, agricultura e outros campos em
que a inovação e adaptação tecnológica geram fortes
externalidades positivas para o conjunto da sociedade.
Para alguns países em desenvolvimento, a inserção em
redes regionais e mundiais de universidades fará sentido
durante algumas décadas. Porém, a longo prazo, a
maior parte terá necessidade de criar as suas próprias
universidades e centros de investigação.
Actualmente, grande parte dos países em desenvolvimento consagra já uma parcela substancial dos recursos públicos à educação (ver quadro 4.3). Porém, em
todo o mundo, vários países consideram que têm necessidade de financiar o desenvolvimento das qualificações através de uma combinação de recursos públicos,
financiamentos privados e contribuições individuais
directas. Eis algumas escolhas de política:
• Manter a responsabilidade pública de financiamento do ensino básico, ficando a educação primária
obrigatória a cargo do Estado. De um total de 196
países, 172 já aprovaram leis que tornam obrigatória a
instrução primária.33 Estas leis nem sempre foram plenamente executadas.
• Reavaliar até que ponto os indivíduos devem pagar
por certos cursos do ensino superior. No caso dos cursos que geram elevados retornos privados, talvez faça sentido a recuperação dos custos. Por exemplo, os cursos
de Gestão e Direito podem ser avaliados de forma a reflectir o valor de mercado destes diplomas.
• Estimular a oferta privada de certos serviços de
educação, especialmente ao nível pós-secundário. A dimensão da despesa privada de educação varia bastante
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
de país para país. Na Coreia, por exemplo, a despesa privada equivale a 2,5% do PIB.34
• Apostar mais no financiamento privado da formação profissional e da formação em exercício, através
de empresas privadas ou de associações empresariais.
Utilizar subsídios e benefícios fiscais à formação para
encorajar os indivíduos e as empresas a investir nas
qualificações.
As políticas públicas nos países em desenvolvimento deverão, assim, concentrar-se no aumento dos recursos e, em muitos casos, na mudança de orientação
dos sistemas de ensino. O financiamento da educação
requer uma combinação de responsabilidades públicas
e privadas. O sector público deve manter a responsabilidade do ensino primário universal e do ensino secundário e parte do superior. Porém, os países deverão
considerar a possibilidade de deixar mais campo de
acção para a oferta privada de alguns serviços de educação – e apostar mais no financiamento individual
para cursos especializados avançados com fortes recompensas do mercado.
MOBILIZAÇÃO DAS DIÁSPORAS
Os países ricos estão a abrir as portas aos profissionais oriundos de países em desenvolvimento – com custos elevados para os países de origem. Estima-se que
cerca de 100.000 especialistas indianos, por ano, obtenham novos vistos recentemente concedidos pelos Estados Unidos. O custo da provisão de formação
universitária a estes especialistas representa, para a
Índia, uma perda anual de recursos de 2 mil milhões
de dólares (Caixa 4.7).
Esta "drenagem de cérebros" torna mais difícil aos
países em desenvolvimento a retenção dos indivíduos
mais decisivos para o desenvolvimento tecnológico,
pessoas cujos salários são, cada vez mais, estabelecidos
pelo mercado mundial. De que forma pode uma diáspora contribuir para o seu país natal? Que podem fazer
os países "fornecedores" para obter alguma "compensação" pela formação de qualificações que têm um mercado internacional? Podem os países sustentar e
melhorar as suas instituições educativas nacionais? Que
podem fazer para persuadir os indivíduos mais talentosos a regressar? Muitos países adoptaram estratégias
para estimular os laços entre a diáspora e o país natal.
A
REDE DA DIN Â MICA DI Á SPORA INDIANA
As diásporas podem contribuir para melhorar a reputação
dos seus países de origem. O sucesso da diáspora indiana em Silicon Valley, por exemplo, parece estar a influenciar o modo como o mundo vê a Índia, ao criar uma certa
"imagem de marca". A nacionalidade indiana de um
programador de software dá um sinal de qualidade, tal
como o rótulo "made in Japan" permite reconhecer artigos electrónicos de primeira qualidade. O talento indiano para a tecnologia de informação começa a ser
explorado não só por empresas dos Estados Unidos
mas, também, pelas empresas de outros países.
A rede mundial de especialistas indianos tem investido no desenvolvimento das qualificações no seu país.
Esta rede tem procurado aumentar as dotações e apoiar
o financiamento de algumas instituições de ensino superior da Índia. E está a desenvolver esforços para criar
cinco institutos mundiais de ciência e tecnologia.
Muitos países adoptaram
estratégias para estimular
os laços entre a diáspora
e o país natal
QUADRO 4.3
Despesa pública de educação média, por aluno e região, 1997
(estimativa)
Primária e secundáriaa
Média
Dólares EUA
Mundo
1.224
Países desenvolvidos
5.360
Países em desenvolvimento 194
África Subsariana
252
Médio Oriente
584
América Latina
465
Ásia Oriental
182
Ásia do Sul
64
Países em transição
544
Percentagem
do PNB
per capita
22
21
16
11
22
14
14
15
26
Dólares EUA
999
4.992
150
190
494
392
136
44
397
Superior
Percentagem
do PNB
per capita
Dólares EUA
Percentagem
do PNB
per capita
18
20
12
8
19
12
11
11
19
3.655
6.437
852
1.611
1.726
1.169
817
305
603
66
25
68
68
66
35
64
73
33
a. Inclui pré-primária.
Fonte: Lee 2001, utilizando UNESCO 2000b..
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
91
A actuação da diáspora indiana está, também, a
ter efeitos importantes no sector das tecnologias de
informação. Cada vez mais, as empresas têm operações
tanto nos Estados Unidos – a "sede" – como na Índia
– as "instalações de produção". Numa altura em que
os talentos nas tecnologias de informação são escassos, as empresas de origem indiana nos Estados
Unidos têm tido uma vantagem competitiva que resulta dum factor invulgar: operam a um ritmo mais
CAIXA 4.7
Tributação de qualificações perdidas
A drenagem de cérebros dos países pobres
em qualificações para os ricos vai, provavelmente, prosseguir no futuro previsível. Quais
os recursos em perigo para os países fornecedores de qualificações? E como podem estes
países recuperar parte dos recursos que perdem através da drenagem de cérebros?
Considere-se a drenagem de especialistas
de software da Índia para os Estados Unidos.
Ao abrigo da recente legislação introduzida em
Outubro de 2000, os Estados Unidos emitirão,
anualmente, cerca de 200.000 vistos H-1B ao
longo dos próximos três anos. Estes vistos são
emitidos para importar qualificações específicas,
principalmente na indústria de computadores.
Calcula-se que cerca de metade serão concedidos a especialistas de software da Índia. Que
perda de recursos representará para a Índia?
Consideremos apenas a despesa pública
com a graduação de estudantes dos institutos
tecnológicos da elite da Índia. Os custos de funcionamento por estudante representam cerca
de 2.000 dólares por ano, ou cerca de 8.000
dólares por um programa de quatro anos. Somados à despesa de capital fixo, constituída
pelos custos de substituição das instalações
físicas, elevam o custo total da formação de
cada estudante a um valor entre 15.000 e 20.000
dólares. Multiplicando por 100.000, o número
de especialistas que provavelmente abandonarão a Índia em cada um dos próximos três
anos, a perda total de recursos ficará próximo
dos 2 mil milhões de dólares por ano.
Como pode a Índia começar a recuperar
esta perda? O mecanismo administrativo mais
simples seria a aplicação de um imposto uniforme – uma taxa de saída paga pelo empregado ou pela empresa, no momento de
concessão do visto. Este imposto poderia ser
equivalente aos honorários cobrados pelos
caçadores de cabeças, que ascendem frequentemente a cerca de dois meses de salário.
Considerando rendimentos anuais de 60.000
dólares, isto representaria um imposto de saída
de 10.000 dólares, ou cerca de 1.000 milhões
de dólares por ano (e 3.000 milhões ao longo
de três anos).
Fonte: Kapur 2001; Bhagwati e Partington 1976.
92
A despesa pública de educação dos governos central e estaduais da Índia corresponde
a cerca de 3,6% do PIB. A parte destinada ao
ensino superior (incluindo o ensino técnico) é
de 16,4%, ou 0,6% do PIB – cerca de 2,7 mil
milhões de dólares em 1999. As receitas de impostos de saída – colectadas através de mecanismos unilaterais ou bilaterais – poderiam
aumentar facilmente a despesa pública no ensino superior de um quinto a um terço.
Contudo, as estimativas das receitas potenciais de um imposto de saída devem ter em
conta as respostas de comportamento: as pessoas poderiam tentar evadir o imposto saindo
como estudantes numa idade jovem e depois
permanecerem no exterior. Como se tributaria este grupo de (potenciais) imigrantes,
que constitui provavelmente a "nata da sociedade" de um país em desenvolvimento?
Além do mais, se os filhos da elite não se inscreverem nas instituições de ensino do próprio
país, o apoio político para garantir que as instituições funcionam poderá diminuir.
Para além do imposto de saída, existem
várias alternativas para tributar os fluxos de
capital humano:
• A condição de reembolso do empréstimo,
em que cada estudante do ensino superior recebe um empréstimo (equivalente ao subsídio provido pelo Estado) que teria de ser
reembolsado se o estudante deixasse o país.
• Um imposto uniforme, em que os nacionais
no exterior pagam uma pequena fracção do seu
rendimento, digamos, 1%.
• O modelo dos Estados Unidos, em que os
indivíduos são tributados com base na nacionalidade e não na residência. Isto exigiria
a negociação de acordos fiscais bilaterais.
• O modelo cooperativo, em que um regime
multilateral permitiria transferências inter-governamentais automáticas dos impostos
sobre salários ou sobre rendimentos pagos por
nacionais de outros países.
Como sucede com todos os impostos,
cada uma destas alternativas envolve
trade-offs entre a exequibilidade administrativa e política e a receita potencial.
elevado do que os seus concorrentes, simplesmente
porque têm a possibilidade de contratar pessoal técnico com mais rapidez devido ao facto de poderem
recorrer a uma enorme rede transnacional. Isto levou
ao rápido crescimento da procura de especialistas
em tecnologias de informação oriundos da Índia e,
consequentemente, à rápida expansão da formação
nessa área oferecida, cada vez mais, pela iniciativa privada.35
ESFORÇOS NA COREIA DO SUL E TAIWAN
(PROVÍNCIA DA CHINA ) PARA INVERTER
A FUGA DE CÉREBROS
Tanto a Coreia como Taiwan (Província da China),
têm optado mais por encorajar as suas diásporas a regressar do que por incentivá-las a investir no país natal.
Taiwan (Província da China) criou uma agência governamental – a Comissão Nacional para a Juventude – para
coordenar os esforços com vista a encorajar o retorno.
Esta comissão actua como uma câmara de compensação de informação para os estudantes retornados que
procuram emprego e para os empregadores potenciais.
A Coreia, por seu lado, optou pela elevação da qualidade dos seus institutos de investigação, tais como o Instituto Coreano para a Ciência e Tecnologia (KIST),
como forma de estimular o retorno. Aos que entram para
o KIST, é proporcionada grande autonomia em termos
de investigação e gestão.
Tanto a Coreia, como Taiwan (Província da China),
têm feito um grande esforço para atrair académicos e
investigadores. Foram criados programas intensivos de
recrutamento para localizar especialistas e académicos
mais velhos e oferecer-lhes salários competitivos com os
do exterior, melhores condições de trabalho e ajuda com
habitação e educação dos filhos. Programas para professores visitantes permitem a estes países explorar as
competências dos que estão mais inseguros em relação
ao regresso definitivo.
Nos anos de 1960, apenas 16% dos cientistas e engenheiros coreanos com doutoramentos nos Estados
Unidos regressavam à Coreia. Nos anos de 1980, essa
proporção saltou para cerca de 2/3.37 Uma grande parte
da diferença é explicada pela melhoria das perspectivas económicas da Coreia.
Actualmente, os dois países não se preocupam apenas com o regresso físico da sua bolsa de talentos tecnológicos que vivem no exterior. Estão, pelo contrário, a
apostar na integração das suas diásporas em redes
transnacionais. Estão a organizar redes de especialistas
no exterior e a ligá-las ao país de origem.
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
TENTATIVAS
AFRICANAS , EM CONDIÇÕES
ADVERSAS , PARA INVERTER A DRENAGEM
DE CÉREBROS
Muitos países africanos têm sido flagelados por conflitos internos e pela estagnação económica. Muitas pessoas
qualificadas têm abandonado este ambiente hostil. O Programa de Retorno de Nacionais Africanos Qualificados,
levado a cabo pela Organização Internacional para as Migrações, tem tentado encorajar o regresso de cidadãos
africanos qualificados e ajudá-los a reintegrarem-se.
Entre 1983 e 1999, o programa reintegrou 1.857 indivíduos, pouco mais de 100 por ano.37 Tendo em conta a
enorme drenagem de cérebros que afecta a África, é
pouco provável que este esforço tenha um impacte significativo.
•
•
•
Será que estes países podem fazer algo para serem
compensados pelas qualificações perdidas através da
drenagem de cérebros? Uma das possibilidades é a utilização da política fiscal para gerar recursos destinados
às instituições que criam qualificações relevantes tanto
para o mercado internacional como para o mercado interno. Existem, desde há algum tempo, diversas propostas fiscais – desde o imposto único de saída até
acordos fiscais bilaterais de longo prazo (ver caixa
4.7). À luz da crescente emigração de competências,
nos últimos anos, estas propostas merecem uma atenção
séria.
O contraste entre as várias experiências referidas
acima revela uma realidade evidente: os países com diásporas numerosas dispõem de um recurso potencial. As
competências e os recursos de uma diáspora podem ser
inestimáveis, mas a eficácia da sua utilização depende
da situação no país natal. Isto quer dizer que é preciso
ter um ambiente propício ao desenvolvimento
económico, com estabilidade política e políticas
económicas saudáveis. À medida que o país se desenvolve e que as suas perspectivas de futuro melhoram,
é provável que mude a atitude das diásporas em relação
ao seu retorno. Tanto a diáspora indiana como a coreana reagiram favoravelmente à melhoria das condições
no seu país. O momento e o acaso desempenham aqui
um papel, mas, em última instância, as redes da diáspora só são eficazes quando os países têm a sua casa
em ordem.
ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA
93
CAPÍTULO 5
Iniciativas mundiais para criar tecnologias
para o desenvolvimento humano
As transformações tecnológicas actuais estão a fazer
avançar as fronteiras da medicina, comunicações, agricultura, energia e fontes de crescimento dinâmico. Além
disso, tais progressos têm um alcance mundial: uma
descoberta num país pode ser utilizada em todo o
mundo. O mapa do genoma humano, traçado primeiramente por investigadores no Reino Unido e nos Estados Unidos, é igualmente valioso para a investigação
biotecnológica em todo o mundo. A Internet foi criada
nos Estados Unidos, mas as consequências das reduções
drásticas nos seus custos sobre a informação e comunicações aumentam as oportunidades das pessoas em
todos os países.
Mas as tecnologias concebidas para as carências e
necessidades dos consumidores e produtores na Europa, Japão ou Estados Unidos não irão, necessariamente, ter em conta as necessidades, condições e
constrangimentos institucionais que enfrentam os consumidores e os produtores dos países em desenvolvimento. Algumas tecnologias podem ser adaptadas
localmente, mas isso exige recursos. Outras, necessitam essencialmente de ser reinventadas. Os países em
desenvolvimento podem fazer imenso para explorar os
benefícios e gerir os riscos das novas tecnologias –
mas as iniciativas mundiais são também cruciais. Porquê
mundiais? Porque o valor da investigação e desenvolvimento atravessa fronteiras e poucos países vão investir o suficiente, por sua própria conta, para fornecer
bens públicos a nível mundial. Além disso, o impacte
global do avanço tecnológico depende dos elos mais
fracos da cadeia. Por exemplo, um controlo insuficiente dos impactes das culturas geneticamente modificadas nos países mais pobres pode, em última análise,
afectar os mais ricos.
Ao nível mundial, são necessárias duas coisas.
Primeira, mais financiamento público gasto de novas
maneiras, com a política pública a motivar parcerias criativas entre as instituições públicas, indústria privada e
organizações não lucrativas. A segunda, uma reavaliação
das regras do jogo e da sua execução, assegurando que
os mecanismos internacionais – desde o acordo sobre
os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual
Relacionados com o Comércio (TRIPS) até à atribuição
de nomes de domínio pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers – não são postos contra os
utilizadores mais recentes ou implementados para
desvantagem dos que já estão atrasados.
Por um lado, as actuais transformações tecnológicas possuem um enorme potencial na ajuda à erradicação
da pobreza. Embora não substituam a necessidade de
mobilizar e de fazer melhor uso das tecnologias existentes, elas oferecem novas formas de ultrapassar velhos
constrangimentos.
As possibilidades envolvem:
• Vacinas contra a malária, HIV e tuberculose, bem
como doenças menos conhecidas, como a doença do
sono e a cegueira dos rios.
• Variedades das principais culturas adaptáveis à
seca e resistentes aos vírus, da África Subsariana e de
agricultores de terras marginais.
• Computadores de baixo custo, ligações sem fios,
ecrãs digitais de baixa literacia e software de cartões de
chip pré-pagos para o comércio electrónico sem cartões
de crédito.
• Pilhas de combustível para transportes, energia e
geração de calor, mais eficientes; tecnologias de biomassa
modernizadas para produzir combustíveis líquidos e
gasosos e electricidade; e tecnologias solar e eólica mais
eficientes.
Por outro lado, há muita coisa pelo caminho:
Climas diferentes, exigências diferentes. Muitas
das tecnologias necessárias ao progresso na agricultura, saúde e energia, diferem significativamente em climas temperados e tropicais – compare-se, por exemplo,
as suas doenças, pragas, solos e recursos energéticos,
cada um dos quais requer tecnologias adequadas ao contexto. Algumas tecnologias podem ser adaptadas para
ultrapassar a divisão ecológica – especialmente a tecnologia da informação e comunicações – mas outras não
podem. Uma vacina contra o sarampo não se pode
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Uma descoberta num país
pode ser utilizada
em todo o mundo
95
converter numa vacina contra a malária e variedades de
arroz de regadio são de pouca utilidade em zonas áridas. Ao longo dos dois últimos séculos as tecnologias
de zonas temperadas afastaram-se bastante das necessidades tropicais. (caixa 5.1).
Dado que o avanço tecnológico é cumulativo, a
concentração de longa data da investigação científica
e da inovação tecnológica abriu um grande fosso entre
países ricos e pobres, com os mercados mundiais a conduzirem uma trajectória tecnológica que não é adequada às necessidades dos países em desenvolvimento.
As agendas de investigação são orientadas pelos interesses de cientistas e inventores em pólos de investigação e motivadas pelas necessidades e desejos dos
consumidores de rendimento elevado na Europa, Japão
e América do Norte – e da elite do mundo em desenvolvimento.
CAIXA 5.1
A tecnologia tropical, sofrendo de um hiato ecológico
Dadas as variadas histórias políticas, económicas e sociais das regiões do mundo, parece ser
mais do que coincidência que quase todos os
trópicos se mantenham subdesenvolvidos no
começo do século XXI. Alguns argumentam
que a desigualdade Norte-Sul da latitude esconde a questão: a verdadeira diferença é a divisão ecológica temperada-tropical. Em 1820,
no início da era moderna do crescimento, o
mundo tropical tinha um rendimento per
capita de mais ou menos 70% do rendimento
das zonas temperadas. Em 1992, a diferença
alargou-se, com rendimentos per capita na
zona tropical de apenas um quarto dos da
zona temperada.
Como interagem a ecologia física, a
dinâmica social, o crescimento económico e as
trajectórias tecnológicas para criar esta divisão? Cinco explicações possíveis:
• Especificidade ecológica. As tecnologias
para a promoção do desenvolvimento humano, especialmente na saúde, agricultura e
energia, são ecologicamente específicas – determinadas pelos solos, pragas, doenças e
dotações de energia – e não podem ser transferidas de uma zona para outra meramente
através de remedeios.
• Partir à frente. Até 1820, as tecnologias das
zonas temperadas eram mais produtivas do
que as tecnologias das zonas tropicais nestas
áreas essenciais. Elas estavam também economicamente integradas num mercado internacional de inovação e difusão em toda a zona
temperada, mas com pouca passagem pela
zona tropical.
Fonte: Sachs 2000b.
96
• Rendimentos de escala. A inovação tecnológica oferece rendimentos de escala crescentes.
Com as populações mais ricas nas zonas temperadas, a procura de mercado associada a
rendimentos crescentes ampliou extraordinariamente a diferença entre zonas temperadas e
tropicais nos últimos duzentos anos.
• Dinâmica social. A urbanização e a transição demográfica – processos concluídos em
grande parte nos países temperados – impulsionaram mais o crescimento económico. Mas
nos países tropicais eles têm sido contidos,
num círculo vicioso, pela baixa produtividade
na alimentação e fraca saúde pública.
• Dominação geopolítica. Os países temperados dominaram historicamente as
regiões tropicais através do colonialismo,
negligenciando a educação e os cuidados de
saúde e suprimindo a indústria local. Actualmente, os países temperados continuam
a dominar através das instituições de globalização, ditando as regras do jogo da vida
económica internacional.
A ecologia é, evidentemente, apenas um
de muitos factores: alguns países tropicais enfrentaram a tendência, e alguns países temperados não cumpriram a sua expectativa.
Mas se estas cinco explicações estão por detrás de uma grande desigualdade ecológica,
elas exigem soluções políticas – dos países
e da comunidade mundial – centradas na
procura de novas formas de armar a tecnologia para enfrentar os desafios da saúde
tropical, agricultura, energia e gestão ambiental.
Rendimentos baixos, instituições fracas. A pobreza humana e as instituições fracas alargam o fosso
entre as tecnologias adequadas aos rendimentos e às capacidades de países ricos e de países pobres. Baixos
rendimentos, baixa escolaridade e níveis de qualificação, fornecimentos de energia pouco fiáveis, infra-estruturas administrativas fracas – todos constituem
barreiras à difusão e utilização de tecnologias concebidas
para países ricos nos países pobres. Em consequência,
a difusão pode ficar bloqueada e as pessoas pobres
podem acabar por pagar mais do que as ricas pelos
mesmos serviços – tais como, compra de querosene,
quando não há fornecimento de electricidade. Além
disso, instituições fracas podem retardar a inovação,
assim como a difusão, de produtos próprios dos países
em desenvolvimento – por vezes porque direitos da
propriedade intelectual precários desencorajam os investidores privados, que não podem ter a certeza que
a competição não irá surgir, copiar a tecnologia e reduzir-lhes os lucros.
Bens públicos, produtores privados. As inovações
têm muitos benefícios valiosos que não podem ser retidos pelo inovador, mesmo existindo os direitos da propriedade intelectual, e portanto serão subinvestidas
pelos produtores privados. Além disso, os benefícios das
novas tecnologias atravessam fronteiras: uma vacina da
cólera eficaz, desenvolvida em qualquer país – seja
através de investimento público, ou privado – vai ser
valiosa para muitos. Mas sem uma forma eficaz de coordenar esta procura latente e reter estes benefícios externos, nem os investidores privados, nem as agências
públicas nacionais serão motivados a investir na inovação
a níveis socialmente óptimos, ou nas áreas mais importantes.
Mercados mundiais, preços mundiais. Alguns
produtos das novas tecnologias – desde produtos farmacêuticos a software para computadores – estão a
ser procurados mundialmente. Mas quando são protegidos pelos direitos da propriedade intelectual e produzidos sob monopólio temporário, as estratégias de
preços e os mecanismos do mercado mundial podem
mantê-los fora de alcance. Um produtor monopolista procurando maximizar os lucros mundiais de
uma nova tecnologia irá, idealmente, dividir o mercado em vários grupos de rendimento e vender a
preços que maximizem o rendimento em cada um
deles, embora continue sempre a cobrir os custos
marginais de produção. Tal fixação de preços, por grupos, poderá conduzir a que um produto idêntico seja
vendido nos Camarões por apenas um décimo – ou
um centésimo – do preço do Canadá. Mas segmen-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
tar o mercado não é fácil. Com a crescente abertura
de fronteiras, os produtores temem que reimportações de produtos fortemente descontados reduzam
os preços mais altos, cobrados para cobrir as despesas gerais e os custos de investigação e desenvolvimento. E mesmo que os produtos não recuem
caminho no interior do mercado mais caro, o conhecimento da existência de preços mais baixos irá gerar
um recuo do consumidor. Sem mecanismos para lidar
com estas ameaças, o mais provável é que os produtores fixem preços globais incomportáveis para os
países pobres.
Capacidade tecnológica fraca em muitos países
em desenvolvimento. É fundamental construir a capacidade tecnológica nos países em desenvolvimento
para criar soluções de longo prazo, porque as tecnologias de desenvolvimento, só por si, não têm, não podem
e não serão fornecidas através do mercado mundial. Embora os últimos 20 anos tenham assistido a um importante crescimento na excelência da investigação em
alguns países em desenvolvimento, outros não têm
ainda uma capacidade de investigação e desenvolvimento adequada. Sem esta, eles não podem, livremente,
adaptar as tecnologias mundiais disponíveis às suas necessidades – sem falar em estabelecer as suas próprias
agendas de investigação para novas inovações. As políticas nacionais inadequadas são parcialmente responsáveis, mas a perda de emigrantes altamente qualificados,
a falta de instituições mundiais de apoio e a implementação injusta das regras de comércio mundiais,
criam barreiras adicionais.
Este Relatório apela a uma acção em quatro frentes:
• Criação de parcerias inovadoras e novos incentivos à investigação e desenvolvimento – motivando o sector privado, os governos e a comunidade
científica para juntar os seus esforços na investigação
e desenvolvimento, quer dentro dos países em desenvolvimento, quer através da colaboração internacional.
• Gestão dos direitos da propriedade intelectual –
alcançando o equilíbrio certo entre incentivos privados
à inovação e interesses públicos em prover acesso às inovações.
• Expansão do investimento em tecnologias para
o desenvolvimento – assegurando a criação e difusão
de tecnologias que são urgentemente necessárias, mas
que são negligenciadas pelo mercado mundial.
• Prestação de apoio institucional regional e
mundial – com regras de jogo justas e com estratégias
que criem a capacidade tecnológica dos países em desenvolvimento.
CRIAÇÃO DE PARCERIAS INOVADORAS
E DE NOVOS INCENTIVOS À INVESTIGAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO
Os incentivos para adaptar a tecnologia às necessidades
das pessoas pobres têm de adaptar-se aos tempos. Um
novo terreno de interacção está a emergir, requerendo
um repensar das políticas dos países em desenvolvimento e da comunidade internacional, sobre os incentivos e oportunidades para a investigação.
O baixo custo das comunicações torna as comunidades virtuais de investigação bastante mais realizáveis entre os países. A Iniciativa Multilateral sobre a
Malária, por exemplo, troca informação da investigação
sobre a malária em todo o mundo para reduzir a duplicação e maximizar o conhecimento através dos projectos. As comunidades virtuais oferecem formas de
recorrer às qualificações e ao empenho da diáspora
científica dos países em desenvolvimento.
Além disso, durante os últimos 20 anos, alguns
países em desenvolvimento criaram centros de investigação de nível mundial para um conjunto de novas
tecnologias (caixa 5.2). Esta mudança permite aos países
em desenvolvimento estabelecer prioridades para a investigação e gera potencial para a cooperação regional.
Os esforços para construir estes centros de investigação
beneficiarão duplamente da relevância regional e da
colaboração de nível mundial.
Os benefícios das comunicações de baixo custo e
de novos centros de investigação estão reflectidos no
crescimento da colaboração internacional na investigação. Ao longo dos últimos 10 anos, ela tem crescido
em todo o mundo, com investigadores, quer dos países
em desenvolvimento, quer dos países industrializados,
a fazerem artigos de investigação em co-autoria com cientistas de um número sempre crescente de países,
estabelecendo uma comunidade de investigação verdadeiramente mundial. Em 1995-97, cientistas dos Estados Unidos escreveram artigos com cientistas de 173
outros países, cientistas do Japão com 127, do Brasil com
114, do Quénia com 81, da Tunísia com 48 (figura 5.1).
Os papéis das comunidades de investigação alteraram-se extraordinariamente, criando novas formas de
trabalhar. Pense-se na hélice dupla, a estrutura que cria
a vida – duas faixas de ADN, entrelaçadas mas não
emaranhadas. Poderá esse mesmo equilíbrio ser encontrado entre a indústria privada, investigadores universitários e institutos públicos – quer nos países em
desenvolvimento, quer nos industrializados – para a
criação de uma "hélice tripla" que persiga a investigação
orientada pelas necessidades e sensível às reacções dos
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
FIGURA 5.1
O crescimento da investigação
em rede: co-autoria internacional
de artigos científicos publicados
Número de outras nacionalidades entre os co-autores
Estados Unidos
Reino Unido
150
Japão
Brasil
China
100
Hungria
Quénia
Coreia do Sul
50
0
1986–88
Cuba
Tunísia
1995–97
Fonte: NSF 2001.
97
CAIXA 5.2
Feito em casa mas de nível mundial: investigação de excelência
para uma agenda alternativa
Com a emergência da capacidade de investigação
de nível mundial, surgem novas fontes de excelência tecnológica em alguns países em desenvolvimento. A investigação nestes países centra-se
em problemas específicos dos seus contextos,
sejam doenças locais ou baixos rendimentos.
Quatro exemplos:
Medicamento tailandês para combater a
malária. A Tailândia possui a resistência mais
alta aos medicamentos contra a malária, portanto
o tratamento é limitado. Mas os cientistas da
Unidade de Coordenação da Gestão da Investigação Clínica da Tailândia estão optimistas
sobre um medicamento que estão a desenvolver
especialmente para as condições locais. Saudado
pela Organização Mundial de Saúde como um
dos desenvolvimentos mais importantes no tratamento da malária, o novo medicamento, o dihydro-artemisinin (DHA), será combinado
com a mefloquine num comprimido único – tornando mais fácil aos doentes seguir as instruções
de dosagem e fornecendo uma nova margem
contra a resistência. Se as avaliações forem bem
sucedidas e o DHA passar os testes rigorosos,
será o primeiro produto farmacêutico de fabrico
doméstico, licenciado na Tailândia. Com a possibilidade de produção local das suas matérias-primas à base de plantas, o DHA tem
potencial para ser um tratamento amplamente
disponível e altamente eficaz, na Tailândia e
noutros sítios.
A vacina contra a meningite em Cuba. A
meningite B mata todos os anos 50.000 crianças
em todo o mundo. Durante anos, os cientistas ocidentais lutaram em vão para desenvolver uma
vacina. Agora, o pesado investimento cubano
em investigação obteve resultados. Em meados
dos anos 80, um surto mortal de meningite B incitou o Instituto Finlay, financiado com fundos
públicos, a investir na investigação – e foi bem
sucedido, produzindo uma vacina, fornecendo
vacinação nacional até aos finais dos anos 80 e
vendendo a vacina por toda a América Latina.
Não estando ainda disponível na Europa e Estados Unidos, devido a barreiras reguladoras e
a sanções comerciais norte-americanas, a vacina
está agora para ser licenciada pela GlaxoSmithKline, um gigante farmacêutico sedeado no
Reino Unido. Em troca, Cuba receberá os direitos da licença e royalties – parte em dinheiro e
parte em espécie, alimentos e medicamentos,
devido às sanções norte americanas.
Os desenvolvimentos do Brasil nos computadores. O fornecimento de acesso à Internet
aos utilizadores de rendimentos baixos é bloqueado pelos custos dos computadores. No mercado mundial, as companhias multinacionais de
computadores preocupam-se em duplicar o potencial dos computadores, não em reduzir os
custos para metade. Por isso, em 2000, o Governo brasileiro comissionou uma equipa de cientistas de computação da Universidade Federal de
Minas Gerais para fazer o contrário: produzir um
computador básico por cerca de 300 dólares.
"Compreendemos que este não era um problema
do Primeiro Mundo – não encontraríamos uma
empresa sueca ou suíça para nos resolver isto.
Tínhamos de o fazer nós próprios", disse o mentor do projecto.
Em apenas um mês foi feito um protótipo,
com modem, monitor a cores, altifalantes, rato,
software de Internet e opções para adicionar impressoras, motor de disco e CD-ROM. O governo anda agora à procura de um fabricante,
concedendo incentivos fiscais, para levar o projecto adiante. Os planos incluem a instalação do
invento nas escolas públicas, para abarcar 7 milhões de crianças, e vendê-lo a crédito a pessoas
com salários baixos. O mercado potencial
alarga-se a todo o mundo.
O acesso à Internet sem fios na Índia.
O acesso à Internet é normalmente prestado
através de linhas telefónicas, mas o custo de instalação de telefones na Índia significa que apenas 2 a 3% da população pode suportá-lo. Para
aumentar o acesso dos actuais 15 milhões para,
digamos, 150 a 200 milhões, os custos teriam de
cair 50 a 65%. As tecnologias oferecidas pelas empresas multinacionais não podem responder a
este desafio – mas uma alternativa desenvolvida
internamente pode.
Em 1999, o Instituto Indiano de Tecnologia, em Madrasta, criou um sistema de acesso à
Internet de baixo custo, que não necessita de
modem e elimina as dispendiosas linhas de cobre.
No seu essencial, é um sistema local sem fios, desenvolvido em colaboração com a Midas Communication Technologies, em Madrasta e com a
Analog Devices, sedeada nos Estados Unidos.
O resultado é um acesso mais rápido e mais
barato: ideal para fornecer acesso às comunidades
de baixo rendimento em toda a Índia e fora dela.
Licenciado a fabricantes da Índia, Brasil, China
e França, a tecnologia já está em uso internacionalmente, desde as Fidji e Iémen até à Nigéria
e Tunísia. Esta é a prova – de acordo com o Director da Analog Devices – de que "os engenheiros
indianos são plenamente capazes de projectar e
desenvolver produtos de nível mundial para a era
da Internet".
Todas estas iniciativas foram apoiadas por
financiamentos e incentivos públicos. As iniciativas mundiais devem reforçar tais esforços e ajudar a compreender todo o potencial dos institutos
de investigação e empreendimentos nos países em
desenvolvimento, encorajando a colaboração internacional a fornecer incentivos que os atraiam
aos projectos de investigação internacional.
Fonte: Cahill 2001; Lalkar 1999; Pilling 2001a; SiliconValley.com 2001; Rediff.com 1999; Anand 2000; Rich 2001.
98
utilizadores finais – agricultores e doentes, famílias e empresas? Encontrar tal equilíbrio exige que se compreenda cada actor.
A investigação privada está a crescer – e com ela
chega a propriedade privada dos instrumentos e dos resultados da investigação. Grande parte da investigação
básica é ainda financiada por fundos públicos e licenciada ao sector privado. Mas é, frequentemente, no
sector privado que as aplicações tecnológicas são desenvolvidas, respondendo à procura do mercado. São
necessários novos incentivos para motivar a investigação e desenvolvimento industrial a ir ao encontro
das necessidades tecnológicas dos países em desenvolvimento e não apenas das exigências do mercado
mundial. Já não é fácil desenvolver muitas tecnologias
sem o envolvimento do sector privado.
Investigação universitária – mandatada para servir
o interesse público – tem sido crescentemente comercializada, especialmente nos Estados Unidos. A Lei
Bayh-Dole, de 1980, permite às universidades patentear
e licenciar os resultados das suas investigações financiadas federalmente, ganhando royalties. Em 1985, apenas 589 patentes de serviços – patentes de invenções,
não de projectos – foram atribuídos a universidades dos
Estados Unidos; em 1999, foram 3.340.1 Uma orientação
mais comercial ajudou a trazer ao mercado tratamentos contra o HIV/SIDA e medicamentos contra o cancro. Mas ligações industriais mais apertadas podem
direccionar a investigação mais para os interesses das empresas do que para os interesses públicos, e mais para
a investigação comercial do que para a investigação
básica de finalidade pública. Em 1998, os financiamentos industriais à investigação académica nos Estados Unidos, ainda que apenas uma fracção do total,
foram cerca de cinco vezes superiores ao nível de 20 anos
atrás.2
A Investigação pública, ainda a principal fonte de
inovação para a maior parte do que poderia ser chamado
de tecnologia dos pobres, está a reduzir-se relativamente à investigação privada. Adquirir acesso a inputs
essenciais patenteados – frequentemente detidos por empresas privadas e universidades nos países industrializados – tornou-se um grande obstáculo à inovação, por
vezes com custos proibitivos. Especialmente nos países
em desenvolvimento, faltam frequentemente às instituições públicas a negociação e os conhecimentos legais
e empresariais, para licenciar e trocar licenciamentos de
instrumentos de investigação patenteados e de produtos. E uma suspeita mútua, e mesmo hostilidade, há
muito existente entre investigadores públicos e promotores privados, entrava muitas vias de trabalho
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
valiosas. Num inquérito de 1996, da comunidade de investigação sobre a malária, metade dos que responderam disseram que tinham conhecimento de resultados
promissores que não foram levados adiante – sendo
uma das razões o fosso existente entre os diferentes
palcos e actores envolvidos na transformação da investigação num produto.3
Qual o significado deste novo terreno na viragem
da investigação patenteada para os interesses públicos?
Como podem as parcerias apoiar-se nas forças dos
diferentes actores? Num tempo de tal fluxo tecnológico
e institucional, seria prematuro assentar numa abordagem. Em diferentes campos tecnológicos, as opções
no seio destes arranjos complexos são objecto de intensa
discussão – e, muito provavelmente, continuarão a sê-lo
durante anos, enquanto as políticas e as estratégias
evoluem.
OPÇÕES
PARA AS INSTITUIÇÕES P Ú BLICAS
Com a posse dos títulos de propriedade dos instrumentos e tecnologias concentrada na indústria e nas universidades, as instituições públicas estão a explorar
novos meios de ganhar acesso. A troca de licenciamentos – trocando direitos de uso de patentes – é
comum na indústria, mas o sector público tem sido largamente afastado desta estratégia porque os resultados da
sua investigação não são habitualmente patenteados. Algumas propostas controversas estão em debate. Irão as
instituições públicas ter necessidade de reclamar direitos da propriedade intelectual sobre as suas inovações
para desenvolver a negociação de chips? Deverão os
países em desenvolvimento permitir às suas universidades obter direitos de patente para a investigação financiada pelo governo? Fazê-lo irá aumentar o sigilo,
criar conflitos de interesses e desviar a investigação das
prioridades nacionais não comerciais? Existem alternativas para a luta por patentes, ou este é o inevitável
caminho a seguir?
Para aceder às tecnologias de ponta na agricultura, alguns institutos públicos estão a entrar em joint
ventures com associações de investigação de adaptação. O Instituto de Investigação em Engenharia
Genética Aplicada (AGERI), um instituto público de
investigação egípcio, trabalhou com a Pioneer Hi-Bred
International para desenvolver uma nova variedade de
milho. Colaborando, o AGERI ficou em condições de
formar pessoal técnico, através do contacto com investigadores de nível mundial, e de desenvolver a variedade
local de milho. A Pioneer Hi-Bred assegurou os direitos de uso da nova variedade em mercados fora do
Egipto. Tais acordos para segmentar os mercados são
cada vez mais utilizados, com segmentação por:
• Sementeira e região. Um milho resistente aos insectos, utilizando material genético patenteado pela
Novartis, foi transferido do Centro Internacional de
Melhoramento do Milho e do Trigo (mais conhecido por
CIMMYT) para a África, mas apenas pode ser utilizado dentro da região.
• Variedade. O acordo da Monsanto e do Instituto
Queniano de Investigação Agrícola, de transferência de
genes patenteados pela Monsanto para criar batatas-doces resistentes aos vírus, está restringido a variedades seleccionadas cultivadas por pequenos agricultores
no Quénia central.
• Rendimento da terra. O Instituto Internacional de
Investigação do Arroz negociou com a Plantech a
obtenção dos direitos de uso do gene de resistência
dos caules em todos os países em desenvolvimento.
Estas parcerias podem produzir resultados vantajosos para ambas as partes, mas podem, igualmente, enfrentar conflitos longos sobre interesses de mercado –
especialmente se os agricultores empreenderem a sua
própria investigação de adaptação e se os países em
desenvolvimento planearem expandir os seus mercados
e exportar as suas culturas.
As parcerias podem
produzir resultados
vantajosos para ambas
as partes, mas podem,
igualmente, enfrentar
conflitos longos sobre
interesses de mercado
INICIATIVAS DE POLÍTICA PÚBLICA
A investigação básica é usualmente promovida através
de financiamento governamental aos investigadores,
cujas descobertas são, então, colocadas no domínio
público, promovendo a partilha do conhecimento e
apoiando a natureza exploratória e cumulativa do conhecimento científico. Assim, essa investigação básica tem
de ser transformada num produto final através de testes
extensivos, ensaios, visualização dos resultados e acondicionamento. Como se pode promover o desenvolvimento do produto para satisfazer necessidades
específicas do desenvolvimento humano?
Duas abordagens são possíveis. Os incentivos de
"Impulso" custeiam os meios de investigação investindo
dinheiro público na investigação mais promissora dos
institutos públicos. Os incentivos de "Vantagem" prometem pagar apenas pelo resultado, tal como a vacina
contra a tuberculose, ou uma variedade de milho resistente à seca, seja ele produzido por uma empresa
privada ou por um instituto público. Uma proposta de
vantagem comum é a do compromisso prévio de comprar, digamos, uma vacina contra a tuberculose que
satisfaça exigências específicas, e de a tornar disponível
para aqueles que dela precisam. Tal empenho poderá
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
99
A atenção pública
à poderosa influência
do sector privado
estimulou as iniciativas
da indústria
criar fortes incentivos à investigação aplicada que resulte
em produtos viáveis, sem gastar dinheiro público até que
o produto esteja criado. Este mecanismo poderá funcionar para o desenvolvimento de vacinas, porque o produto e a quantidade desejados são relativamente fáceis
de especificar (caixa 5.3).
Combinando impulso e vantagem, a Austrália,
União Europeia, Japão, Singapura e Estados Unidos,
introduziram, cada um deles, legislação sobre
"medicamentos órfãos" para facilitar o desenvolvimento de medicamentos contra doenças raras – normalmente aquelas que afligem menos de 500.000
doentes por ano – que é pouco provável que sejam
lucrativos para as companhias farmacêuticas. A legislação concede normalmente incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento, assim como protecção
de patentes. Nos Estados Unidos, entre 1973-83,
antes da legislação ser adoptada, entraram no mercado menos de 10 medicamentos e bioprodutos contra doenças raras. Desde a Lei dos "medicamentos
órfãos", de 1983, foram produzidos mais de 200
medicamentos desses.4
De forma idêntica, a iniciativa mundial sobre
"medicamentos órfãos" poderá dar um impulso muito
necessário à investigação sobre doenças tropicais, que
CAIXA 5.3
Da longitude à vida longa – a promessa de incentivos de "vantagem"
Os mercados de vacinas são notoriamente fracos: a investigação é longa e dispendiosa mas o
mercado não é seguro. Os orçamentos para a
saúde nos países em desenvolvimento cobrem
apenas uma fracção do valor social da vacina.
E uma vez a vacina produzida, os grandes compradores podem pressionar os promotores para
que ofereçam baixos preços, originando um
retorno incerto. São necessários incentivos para
garantir o mercado e os compromissos de compra – comprometendo-se, para um produto específico, com um preço estabelecido e uma
certa quantidade de aquisição – são uma maneira
de o fazer. A ideia básica não é nova. Em 1714,
o Governo britânico ofereceu 20.000 libras –
uma fortuna, na época – para quem inventasse
uma forma de medir a longitude de um barco
no mar. A oferta resultou: por volta de 1735, o
relojoeiro e inventor John Harrison produziu um
cronómetro marítimo preciso.
Tal incentivo poderia funcionar também
para as vacinas. O dinheiro público seria gasto
apenas quando a vacina estivesse produzida e
os promotores (mais do que os governos) escolheriam quais os projectos a prosseguirem.
Um compromisso de compra requer condições
claras para o tornar credível. Os promotores de
vacinas devem confiar na garantia do mercado,
pelo que seriam necessários contratos legalmente vinculativos. Estabelecer previamente
o preço e critérios de eficácia iria isolar os
avaliadores das vacinas das pressões políticas
e corporativas e aumentar a credibilidade. A necessidade de credibilidade e regras claras foi
uma lição aprendida por Harrison, a quem,
apesar da precisão do seu cronómetro, foi negado o prémio em dinheiro durante muitos
anos de disputa política e redefinição de regras.
Mas, por si só, um compromisso de compra não será suficiente para enfrentar a concentração da investigação e desenvolvimento
farmacêutico nos países industrializados. Embora
os incentivos gerados por um compromisso não
devam ser limitados aos residentes de um qualquer país, aos investigadores dos países em desenvolvimento falta frequentemente o capital
para financiar antecipadamente a investigação.
A criação da capacidade de investigação local,
com outros mecanismos, continuará a ser essencial para que os países em desenvolvimento tenham possibilidade de criar medicamentos para
as suas próprias necessidades.
Fonte: Kremer 2000a,2000b; Business Heroes 2001; Baker 2000; Bloom, River Path Associates e Fang 2001.
100
também representam mercados comerciais pequenos –
não porque sejam raras mas porque afectam pessoas pobres. Mas tais créditos fiscais podem ter desvantagens.
Créditos fiscais à investigação sobre produtos destinados aos países em desenvolvimento podem ser reclamados por empresas que desenvolvem investigação não
apropriada aos países em desenvolvimento – como, por
exemplo, uma companhia que faça investigação sobre
uma vacina de curto prazo contra a malária, apropriada
para viajantes – ou investigação que, de facto, não se destine a desenvolver a tecnologia desejada. Uma solução
poderia ser a concessão retroactiva de pequenos créditos fiscais, se uma empresa privada produzisse um novo
produto que fosse, então, comprado para uso nos países
em desenvolvimento.
INICIATIVAS
DA IND ÚSTRIA
A atenção pública à poderosa influência do sector
privado estimulou as iniciativas da indústria. Uma abordagem – já posta em prática por um dos gigantes da indústria agrícola – é a de permitir aos cientistas das
empresas utilizar parte do seu tempo (digamos, 15%)
para a sua própria investigação, utilizando recursos da
empresa. Tais esforços poderão ser ligados às agendas
dos institutos públicos de investigação, reforçando as
ligações entre a investigação privada e a pública.
Algumas empresas doaram as tecnologias por si
patenteadas à investigação pública. Considere-se o caso
do arroz enriquecido em vitamina A. Foi inteiramente
desenvolvido com financiamentos públicos mas, descobriu-se mais tarde, recorreu a 70 instrumentos de investigação patenteados, pertencentes a 32 companhias
e universidades. Depois de muita negociação e de grande
atenção dos meios de comunicação, todos os detentores de licenças concordaram em conceder livre uso da
sua propriedade intelectual para distribuição do arroz
aos agricultores, que ganharão menos de 10.000 dólares
para o produzir.
No que se refere à concessão de acesso aos produtos
de tecnologias patenteadas, os programas de doação de
medicamentos tornaram-se o primeiro meio de filantropia das empresas da indústria farmacêutica: as
doações de produtos, conjuntas, das cinco maiores
companhias farmacêuticas cresceram de 415 milhões de
dólares, em 1997, para 611 milhões, em 1999. Entre as
mais conhecidas estão o programa de mectizan contra
a oncocercíase (cegueira dos rios), da Merck, iniciado
em 1987, e o programa de zitromax contra o tracoma,
da Pfizer, iniciado em 1998. Tais doações podem ser uma
proposta vantajosa para ambas as partes, com a qual um
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
país obtém fornecimento grátis dos medicamentos
necessários e a companhia obtém boas relações públicas e, por vezes, incentivos fiscais.
Para os países, contudo, as doações de medicamentos são, ainda, apenas um elemento num considerável plano de longo prazo para aumentar o acesso.
O enquadramento para a sua utilização tem de assegurar que elas não irão minar o acesso, existente ou potencial, pela via do mercado (caixa 5.4). E se as doações
tiverem como condição a não utilização das medidas do
acordo TRIPS – tais como licenciamento compulsivo e
importação paralela – podem inibir as iniciativas locais
e a capacidade criativa.
As iniciativas industriais desta natureza – doações
de tempo, de patentes e de produtos – providenciam
soluções únicas, mas não são substitutos de uma boa
política pública. O recente movimento contra as companhias farmacêuticas, relativamente aos medicamentos do HIV/SIDA, ilustram a necessidade dos decisores
fornecerem um quadro que assegure acesso estrutural
e orientado pelo mercado, e não apenas caritativo, aos
medicamentos que salvam vidas. O desafio que se põe
aos governos e à comunidade internacional é a criação
de incentivos e regulamentações que constituam o enquadramento certo.
pos. Poderia ser lançada uma iniciativa similar na agricultura? Na energia renovável? É tempo de tentar.
CRIAR
A HÉLICE TRIPLA
A conjugação dos esforços públicos, universitários e privados, está no centro das novas abordagens para a criação de tecnologia. Mas tem de ser cuidadosamente
ponderado, com cada um dos parceiros a centrar-se no
seu mandato e vantagens comparativas. Para alcançar
os benefícios, as interacções deverão basear-se em princípios claros, incluindo:
• Assegurar transparência e responsabilidade na
tomada de decisão e na governação.
• Chegar, previamente, a acordo sobre uma atribuição
de propriedade intelectual que assegure o direito público
à utilização equitativa, ou sem custos, das invenções.
• Tornar os produtos finais comportáveis e acessíveis
para aqueles que deles precisam.
• Contribuir, sempre que possível, para a capacidade local, colaborando, por exemplo, com investigadores dos países em desenvolvimento e com os
utilizadores últimos das tecnologias.
A conjugação
dos esforços públicos,
universitários e privados,
está no centro das novas
abordagens para
a criação de tecnologia
CAIXA 5.4
ALIANÇAS
MULTI - PARTICIPADAS
Uma nova estratégia promissora é a criação de alianças
tecnológicas que reúnam diversos actores com um interesse comum – incluindo agências governamentais, indústria, comunidade científica, sociedade civil e
indivíduos empenhados, que possam dar contribuições
específicas para a tarefa em mãos. Tais alianças estão a
trazer novo impulso à investigação, particularmente na
saúde. Mas a coordenação dos diversos interesses dos
participantes é um desafio, especialmente no tratamento dos direitos da propriedade intelectual de quaisquer produtos resultantes.
Um exemplo pioneiro é o da Iniciativa Internacional
para a Vacina da SIDA (IAVI), não lucrativa, financiada
maioritariamente por fundações privadas e por vários
governos. Ao reunir a comunidade científica, a indústria, fundações e investigadores públicos, com os acordos sobre direitos da propriedade intelectual vantajosos
para todos, a organização da IAVI permite a cada parceiro perseguir os seus próprios interesses – enquanto
conjuntamente procuram uma vacina para a variedade
do HIV comum em África (caixa 5.5). O sucesso do
IAVI pode ser julgado apenas pelos seus resultados, mas
a iniciativa motivou o repensar de muitos outros cam-
Os custos escondidos dos programas de doação de medicamentos
Bons programas de doação de medicamentos
podem ser altamente eficazes. Em 1997, a Merck
introduziu um programa para fornecer de graça,
"onde necessário e pelo tempo necessário", o
medicamento mectizan para erradicar a oncocercíase (cegueira dos rios). Em 1998, cerca de
25 milhões de pessoas recebia tratamento, em
32 países. Foi um enorme sucesso, quer de
política das grandes empresas, quer de impacte
– mas, não se pode repetir sempre. A oncocercíase, encontrada numa área geográfica limitada, pode ser erradicada e tem um tratamento
simples. Estas características permitem à Merck
garantir uma doação sem limites. Mas a maior
parte das doenças não é tão controlável. Um dos
perigos dos programas de doação de medicamentos é que eles podem ser vistos como uma
solução para a acessibilidade, quando, de facto,
não podem enfrentar o problema adequadamente. Os obstáculos incluem:
• Sustentabilidade. As doações não podem
ser uma solução de longo prazo para uma
doença que persiste. Como o actual director executivo da Mercks admite, "doar os nossos
medicamentos é, em geral, uma resposta insustentável e irrealista porque, no fim do dia,
temos de obter um retorno adequado sobre o
nosso investimento para podermos financiar a
investigação futura".
• Escala. O volume de doações das empresas não satisfaz a procura. Dos 36 milhões de
pessoas com SIDA, 95% estão nos países em
desenvolvimento. De facto, as empresas não
podem doar, a cada pessoa com necessidade,
um tratamento que é vendido por 10.000 a
12.000 dólares ao ano, nos Estados Unidos.
• Restrições. As doações de medicamentos são
frequentemente restringidas a um certo número
de doentes, limitado a certas regiões, disponíveis
por um tempo restrito, ou fornecidas para tratar
apenas certas doenças – excluindo, por razões
administrativas, algumas pessoas igualmente
pobres e com necessidades.
• Sobrecarga das estruturas de saúde pública.
Alguns programas de doação requerem o estabelecimento de sistemas de desembolsos separados
para evitar que os medicamentos sejam desviados.
Mas isto limita-se a afastar o pessoal da estrutura
de cuidados de saúde existente, pressionando
demasiado outros serviços.
• Atraso. Dado que as doações tendem a ser
mais complexas do que as transacções comerciais normais, o acesso aos medicamentos pode
ser atrasado por negociações prolongadas.
A doação de fluconazole da Pfizer à África do
Sul foi anunciada em Abril de 2000, mas em
Fevereiro de 2001 nenhum doente tinha recebido o medicamento.
Fonte: Guilloux e Moon 2000; Kasper 2001.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
101
Os novos acordos e incentivos em fase de exploração
tornam possível aos interesses públicos serem contemplados durante esta corrida pela posse dos instrumentos de investigação. Mas o futuro está longe de ser
seguro. Saber se estas alianças e incentivos asseguram,
em última análise, que as tecnologias se desenvolvem a
favor das necessidades dos pobres, é o teste vital – e o
padrão fundamental para avaliar o seu sucesso.
GESTÃO DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE
INTELECTUAL
Os direitos da propriedade intelectual estão no
centro do tão polarizado debate sobre tecnologia e de-
CAIXA 5.5
A inovação da IAVI na investigação em rede
A despesa mundial com o desenvolvimento de
uma vacina para a SIDA é de 300 milhões de
dólares – apenas 10% do que a Europa e os Estados Unidos gastam em medicamentos para
tratar o HIV/SIDA. Para corrigir este desequilíbrio extremo, em 1994, a Fundação Rockefeller lançou um programa que resultou, em
1996, na Iniciativa Internacional da Vacina da
SIDA (IAVI). A missão é acelerar o desenvolvimento, fabricação e distribuição de vacinas
da SIDA a preços acessíveis para os sectores
públicos dos países em desenvolvimento.
A IAVI está a fazê-lo através da criação de
parcerias criativas entre a indústria, a academia
e o sector público. O objectivo: obter uma dúzia
de vacinas através de desenvolvimento inicial e,
depois, obter duas ou três através de grandes experiências clínicas. Alguns resultados positivos
já são evidentes: em Janeiro de 2001, as experiências clínicas tiveram início no Quénia, para
testar a primeira vacina da SIDA da IAVI.
A iniciativa está a abrir novos caminhos, de
várias formas. Primeiro, a investigação concentra-se na variedade A do HIV e, portanto, destina-se às necessidades dos países em
desenvolvimento – ao contrário de grande parte
da investigação da SIDA, que se concentra nas
variedades comuns nos países ricos. Segundo, a
IAVI mostra que as redes de investigação podem
funcionar: cientistas da Universidade de Oxford
e da Universidade de Nairobi e fabricantes da Alemanha e Reino Unido passaram a vacina principal da concepção para as experiências clínicas
num tempo recorde. Terceiro, através destas
redes, a IAVI encorajou a formação de capacidade local, trabalhando com investigadores dos
países em desenvolvimento e utilizando os médicos locais para conduzirem as experiências.
Mas, a experiência mais importante, são as
condições da propriedade intelectual que a
Fonte: Berkley 2001; IAVI 2000; The Economist 2001.
102
IAVI negociou com os seus parceiros públicos
e privados. A expectativa da IAVI é de que
uma empresa (ou um dos seus parceiros estratégicos) seja o fabricante e distribuidor último
da vacina. Mas se a empresa, posteriormente,
não quiser, ou não for capaz, de distribuir a
vacina aos sectores públicos dos países em desenvolvimento a preços comportáveis, perdendo, assim, o tempo e o dinheiro das novas
tecnologias, a IAVI é livre de procurar fornecedores alternativos. A IAVI teria direito a uma
licença não exclusiva, para encontrar um fabricante alternativo que produza a vacina para
venda apenas ao sector público, e somente para
os países em desenvolvimento.
Embora este acordo seja apelativo, existem complicações adicionais, tais como chegar
a acordo sobre preços comportáveis, ou sobre
o tratamento da propriedade intelectual patenteada que os parceiros industriais possam
trazer com eles. Existem possibilidades reais
de bloquear patentes e acordos de troca de licenças, que poderão contrariar a aplicação
das opções da IAVI de ficar de fora. Estes pormenores, a ser trabalhados caso a caso, serão
o teste para saber se as parcerias publico-privadas podem trazer bons resultados para todas
as partes.
As perspectivas parecem boas. Os centros
de investigação académica foram atraídos pela
proposta da IAVI. Umas quantas empresas
biotecnológicas – com ideias, mas com pouco
capital – juntaram também a sua colaboração,
tais como a Alphavax, da Carolina do Norte, e
os seus parceiros na África do Sul. A Aventis,
uma das "quatro maiores" produtoras de vacinas do mundo, também manifestou interesse nas
parcerias com a IAVI, quando chegar a altura
de fazer experiências clínicas de grande envergadura nos países em desenvolvimento.
senvolvimento. Porquê o alvoroço? Os direitos da propriedade intelectual – desde as marcas comerciais e
patentes até aos direitos de autor e indicações geográficas – oferecem um incentivo à investigação e desenvolvimento de tecnologias porque tornam mais fácil aos
inovadores colher os ganhos do seu investimento. Com
as patentes, por exemplo, é dado aos inventores um
monopólio temporário do mercado, em cujo período
podem cobrar preços bem mais acima do custo inicial
de investimento. Uma vez que a patente expire, pode
iniciar-se a concorrência, aproximando os preços dos
custos de produção. O regime ideal dos direitos da
propriedade intelectual estabelece um equilíbrio entre
os incentivos privados aos inovadores e o interesse
público de maximizar o acesso aos frutos da inovação.
Este equilíbrio aparece reflectido no artigo 27º da
Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948,
a qual reconhece que "Todos têm direito à protecção
dos interesses morais e materiais ligados a qualquer
produção científica, literária ou artística da sua autoria" e que "Todos têm direito … de participar no progresso científico e nos seus benefícios". Igualmente, o
acordo TRIPS da Organização Mundial do Comércio
apela a um equilíbrio entre "a promoção da inovação
tecnológica e … a transferência e disseminação da tecnologia".
A transferência de tecnologia, bem como a inovação, tiveram um papel chave na história da industrialização. Mas se essa transferência se fez por vias formais,
ou por vias informais, variou muito. A industrialização
tem criado, tradicionalmente, capacidade nacional
através da reprodução das tecnologias de economias
avançadas. Mas muitas das economias avançadas actuais
recusaram-se a conceder patentes ao longo do século
XIX e princípios do século XX, ou encontraram formas legais e ilegais de as rodear – como é ilustrado pelas
muitas formas de pirataria intelectual praticadas pelos
países europeus durante a Revolução Industrial (caixa
5.6). Eles formalizaram e impuseram direitos de propriedade intelectual gradualmente, à medida que passavam de utilizadores líquidos da propriedade
intelectual para produtores líquidos; vários países europeus – incluindo a França, Alemanha e Suíça – completaram o que é agora a protecção padrão apenas nos
anos 60 e 70.
Actualmente, contudo, os direitos da propriedade
intelectual estão a apertar-se em todo o mundo. Enquanto signatários do acordo TRIPS, os países em desenvolvimento estão agora a implementar sistemas
nacionais de direitos da propriedade intelectual seguindo
um conjunto estabelecido de padrões mínimos, tais
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
como os 20 anos de protecção de patentes; os países
menos desenvolvidos têm mais 11 anos para o fazer.
Neste novo regime mundial, dois problemas estão
a criar novas barreiras ao progresso no desenvolvimento humano. Primeiro, está a aumentar o consenso
de que os direitos da propriedade intelectual podem ir
longe demais, estorvando, mais do que encorajando, a
inovação e redistribuindo injustamente a propriedade
do conhecimento. Segundo, existem sinais de que as cartas estão dispostas contra a implementação justa do
TRIPS.
QUANDO
OS DIREITOS DE PROPRIEDADE
INTELECTUAL VÃO LONGE DEMAIS
Os direitos da propriedade intelectual fizeram aumentar o investimento privado em indústrias como a indústria agrícola, as farmacêuticas e o software, ao
permitirem a captação dos ganhos de investigação.
O número de patentes solicitado aumentou extraordinariamente ao longo dos últimos 15 anos – no Estado
Unidos, de 77.000 em 1985, para 169.000 em 1999.7
O Tratado de Cooperação sobre Patentes, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual aceita uma
candidatura internacional única válida em muitos países;
o número de candidaturas internacionais cresceu de
7.000 em 1985 para 74.000 em 1999.8 Muito deste aumento reflecte um boom na actividade inovadora, mas
algum reflecte alterações menos benignas.
Primeiro, o âmbito dos pedidos de patentes
alargou-se – especialmente nos Estados Unidos, aquele
que estabelece as tendências sobre a prática de patentes.
Desde patentes sobre genes, cuja função pode ser desconhecida, até patentes sobre métodos de comércio
electrónico tais como a compra "um clique", muitos
acreditam que os critérios de "falta de clareza" e de utilidade industrial estão a ser aplicados demasiado livremente. As autoridades das patentes têm sido acusadas
de actuar como prestadores de serviços aos candidatos
a patentes, não como guardas rigorosos do domínio
público.
Segundo, o uso estratégico de patentes tornou-se
também mais agressivo, porque estas são reconhecidas
como um activo comercial fundamental. Pequenas mudanças em produtos com patentes em final de vida – especialmente medicamentos – são utilizadas para
perpetuar os direitos monopolistas. Além disso, algumas candidaturas a patentes apresentam as suas inovações com pouca clareza, exagerando a capacidade de
avaliação dos directores de patentes e a capacidade de
entendimento de outros investigadores. Em 2000 a Or-
ganização Mundial da Propriedade Intelectual recebeu 30 candidaturas de patentes com mais de 1.000 páginas, atingindo várias delas 140.000 páginas.
Estas duas tendências dificultam a inovação e transferem o conhecimento tradicional para mãos privadas:
• Dificultando a inovação. As patentes não são apenas um output da investigação, são também um input.
E quando utilizadas em excesso, podem limitar o desenvolvimento do produto nas negociações de licenciamento e nos custos de transacção, criando incerteza e
riscos de "patentes submarino" – reclamações muito importantes que apenas vêm à superfície quando a investigação está em curso. Sem uma melhor informação
sobre os pedidos de patentes e uma troca mais fácil de
meios patenteados, os investigadores arriscam-se a
perder tempo inventando em torno da tecnologia patenCAIXA 5.6
Lições da história dos direitos de propriedade intelectual
A transferência de tecnologia teve um papel central na revolução industrial, mas a protecção da
propriedade intelectual não foi, de forma alguma, a única via e nem sempre foi respeitada.
Até meados do século XIX, o meio mais importante de transferência de tecnologia foi a
contratação de trabalhadores especializados,
que traziam os conhecimentos tecnológicos
necessários. Os trabalhadores especializados
dos países industrialmente avançados tinham
grande procura, o que implicou a acção dos
governos. Em 1719, as tentativas francesas e russas para recrutar trabalhadores britânicos – especialmente os qualificados em indústrias de lãs,
metais e de relojoaria – estimularam o Governo britânico a banir a emigração de trabalhadores especializados, tornando-as puníveis com
multas, ou mesmo prisão. Os trabalhadores
emigrantes que não regressassem a casa no
prazo de seis meses após o aviso, podiam perder
as suas terras, propriedades e cidadania.
À medida que as tecnologias se foram incorporando nas máquinas, o centro das atenções
mudou para o controlo das exportações. Em
1750, a Grã-Bretanha baniu a exportação de
"instrumentos e utensílios" das indústrias de lãs
e sedas, para, em 1781, alargar estas medidas
a "qualquer máquina, motor, instrumento,
prensa, papel, utensílio ou apetrecho". Mas, em
resposta, os empresários e técnicos da Bélgica,
Dinamarca, França, Holanda, Noruega, Rússia
e Suécia arquitectaram novas formas de obter
as tecnologias, frequentemente com consentimento explícito do Estado, ou mesmo encorajamento activo, incluindo ofertas de concessão
para determinadas tecnologias.
Em meados do século XIX, as tecnologias
fundamentais eram demasiado complexas para
adquirir através da contratação de trabalhadores
e da importação de máquinas, e o licenciamento de patentes tornou-se cada vez mais importante. A maior parte dos actuais países
industrializados introduziram as patentes por
volta de 1850, seguidas de leis de protecção dos
direitos de autor e de marcas registadas. Mas
houve excepções importantes. A lei de patentes
da Suíça foi fraca até 1907 – quando a Alemanha ameaçou com sanções ao comércio – e
não cobria as indústrias químicas e farmacêuticas, até 1978. Os Estados Unidos, apesar de
serem um forte proponente dos direitos de
patentes, não reconheceram os direitos de autor
para estrangeiros, até 1891.
Apesar da emergência dos direitos de propriedade intelectual internacionais entre estes
países, continuaram a quebrar as regras. No
final do século XIX, os fabricantes alemães
encontraram formas de infringir as leis britânicas sobre marcas registadas, produzindo a cutelaria de contrafacção Sheffield com logotipos
falsos e colocando o selo do país de origem apenas na embalagem, ou fora de vista – como por
exemplo, na base das máquinas de costura.
Que implicações tem esta história, actualmente? Primeira, os direitos de propriedade intelectual rigorosos e uniformes não foram a
única maneira das tecnologias serem transferidas entre os países industrializados de hoje – apesar dos argumentos frequentemente apresentados
por estes países sobre a importância do acordo
TRIPS. Segunda, cada país traçou o seu próprio
caminho, e o seu próprio passo, na introdução
da protecção da propriedade intelectual – salientando a importância dos países criarem, hoje, as
suas próprias estratégias, mesmo dentro do
regime multilateral.
Fonte: Chang 2001.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
103
O jogo dificilmente é justo
quando os jogadores
têm forças tão desiguais,
económica
teada e ficando de fora de caminhos inteiros de investigação.
• Transferindo o conhecimento tradicional para
detentores privados. O sistema de patentes convida
a reivindicações sobre a inovação indígena e de base
comunitária, permitindo que possa ser formalmente
representada e patenteada por outros. Casos indignos
de patentes reclamadas falsamente são os casos do
açafrão da Índia e, mais recentemente, do feijão enola
mexicano. Reclamar, utilizar e defender patentes é
mais fácil para a indústria privada do que para os institutos públicos e para as comunidades inovadoras
(quadro 5.1). Reconhecendo a necessidade de corrigir
o desequilíbrio resultante do acesso às patentes, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual lançou
uma iniciativa para fornecer formas alternativas de
protecção (caixa 5.7).
e institucionalmente
A
EXECUÇÃO ACTUAL DO
TRIPS:
NOVOS OBST Á CULOS
AO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Os pontos de vista sobre o impacte esperado do acordo
TRIPS sobre os países em desenvolvimento variam
muito. Por várias razões, os resultados prováveis ainda
não são claros:
• Situações nacionais diversas. O impacte do TRIPS
variará de acordo com o desenvolvimento económico
e tecnológico de cada país. Países de rendimento médio,
como o Brasil e a Malásia, beneficiarão provavelmente
do estímulo da inovação local. Países mais pobres, onde
a inovação formal é mínima, enfrentarão provavelmente custos mais elevados sem os benefícios compensatórios.
• Legislação nacional diversa. Os padrões mínimos do TRIPS para a propriedade intelectual devem
estar reflectidos na legislação nacional. Mas existe bom
raio de acção para as estratégias nacionais dentro do
quadro multilateral. O impacte do TRIPS dependerá
parcialmente de os países escolherem as estratégias que
melhor sirvam os seus interesses.
• Demasiado recentes para avaliar. O acordo TRIPS
entrou em vigor, na maior parte dos países em desenvolvimento, em Janeiro de 2000; os países menos desenvolvidos têm até 2006. Com a implementação ainda
em curso e as indústrias ainda a adaptarem-se, existe por
enquanto pouco conhecimento prático sobre os efeitos
da alteração legislativa.
• Determinados com base em casos legais. O TRIPS,
como outros acordos da Organização Mundial do
Comércio, é um acordo que assenta sobre um quadro
legal. As suas implicações serão julgadas à medida que
se resolverem as disputas. Isso dá grande importância
ao método baseado nos casos legais e ao poder dos
participantes envolvidos.
Um simples conjunto de regras mínimas pode parecer criar um campo de jogo nivelado, uma vez que um
mesmo conjunto de regras se aplica a todos. Mas o jogo
QUADRO 5.1
Quem tem acesso efectivo ao pedido de patentes?
Questão
Empresas
multinacionais
Institutos públicos
de Investigação
Comunidades
agrícolas
De acordo com a lei
da propriedade intelectual
o inventor tem de ser
designado
Os contractos de trabalho
asseguram que os inventores
subordinam a maior parte ou
todos os seus direitos à empresa
Os contratos de trabalho podem
assegurar que os inventores
subordinam a maior parte ou
todos os seus direitos ao instituto
O conceito de inventor
individual é estranho
em muitas comunidades
e pode gerar conflitos
Os critérios sobre patentes
incluem inovação
e acto inventivo
O foco da atenção das empresas
nos pequenos melhoramentos
cumpre normalmente
os critérios
Mais centrados na investigação
básica, os institutos não podem,
frequentemente,
cumprir os critérios
Dado que estes critérios
têm pouco a ver com o
processo de invenção
da comunidade,
são difíceis de cumprir
O aconselhamento jurídico
de advogados especializados
em patentes é dispendioso
As empresas possuem
departamentos jurídicos
internos e fácil acesso
a consultores especializados
Os institutos têm pouca capacidade
interna e acesso limitado
a consultoria especializada
dispendiosa
As comunidades não podem,
normalmente, suportar os
custos ou obter aconselhamento básico ou especializado
Os detentores de patentes devem
defender as suas patentes
ao abrigo da lei civil
As empresas utilizam tácticas
agressivas, utilizando os pedidos
de patentes para reclamar
o seu espaço de mercado
Os institutos não têm,
frequentemente, defesa forte
de patentes e desistem,
perante as pressões políticas,
de enfrentar o sector privado
As comunidades consideram
quase impossível monitorizar
– sem falar em confrontar –
as infracções às patentes
em todo o mundo.
Fonte: UNDP 1999a.
104
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
dificilmente é justo quando os jogadores têm forças tão
desiguais, económica e institucionalmente. Para os países
de baixos rendimentos, implementar e impor o regime
de direitos da propriedade intelectual pressiona os já escassos recursos e qualificações administrativas. Sem bom
aconselhamento sobre a criação de legislação nacional que
permita extrair o máximo do que o TRIPS estabelece, e
sob a pressão intensa de alguns dos principais países
para a introdução de legislação para além da requerida
pelo TRIPS, muitos países legislaram eles próprios numa
posição desvantajosa. Além disso, os elevados custos
das disputas com os principais países do mundo são desanimadores, desencorajando os países de afirmar os
seus direitos – daí a importância de assegurar que é
prestada ajuda legal adequada através da Organização
Mundial do Comércio.
Se o jogo é para ser jogado de forma justa, pelo
menos duas mudanças essenciais têm de ter lugar.
Primeira, o acordo TRIPS tem de ser aplicado de forma
justa. E segunda, os compromissos ao abrigo deste e de
outros acordos multilaterais, para promover a transferência de tecnologia, têm de ser reavivados.
Assegurar a implementação justa do acordo
TRIPS. Ao abrigo do TRIPS, os países podem utilizar
o licenciamento compulsivo – permitindo o uso de uma
patente sem o consentimento do detentor da patente –
num conjunto de circunstâncias que devem incorporar
na sua própria legislação. Casos típicos são os da utilização nas emergências de saúde pública e como medidas antimonopolista para manter a concorrência no
mercado. O TRIPS permite também aos países escolherem se permitem, ou não, a importação de bens
patenteados de outros países, onde são vendidos pela
mesma empresa, mas a preços muito mais baixos. Muitos
países industrializados incluem estas medidas na sua
legislação e na sua prática, como parte de uma estratégia nacional para o uso dos direitos da propriedade intelectual. Contudo, sob pressão e sem aconselhamento
adequado, muitos países em desenvolvimento não as incluíram na sua legislação, ou são contestados quando
as tentam por em vigor. Estas medidas legais raramente
prendem a atenção pública – mas as consequências
sobre o desenvolvimento da sua implementação desfavorável, podem prendê-la. O exemplo mais forte é o debate, que recentemente tem atraído a atenção pública,
sobre o acesso dos países em desenvolvimento aos
medicamentos contra o HIV/SIDA. Ele tem aumentado
a consciência pública sobre as implicações de grande alcance dos direitos da propriedade intelectual e realçado
a necessidade urgente de uma implementação justa do
TRIPS (destaque 5.1).
Trazer à prática as medidas sobre transferência
de tecnologia. Para além do campo das negociações,
as medidas sobre transferência de tecnologia escritas
em muitos acordos internacionais têm resultado frequentemente em promessas no papel. Considerem-se
três exemplos. O Protocolo de Montreal, de 1990,
sobre Substâncias que Diminuem a Camada do Ozono,
apesar do seu sucesso global, trouxe conflitos sobre os
compromissos para assegurar o acesso justo e favorável
dos países em desenvolvimento aos substitutos de clorofluocarbonetos (CFC) protegidos pelos direitos da
propriedade intelectual. A Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992, pretende assegurar o uso imparcial e equitativo dos recursos genéticos, em parte
através de cooperação tecnológica, mas as suas normas
tecnológicas têm recebido pouca atenção, ou foram
reduzidas. E o acordo TRIPS, de 1994, apela à transferência tecnológica para os países menos desenvolvidos, ainda que essa medida pouco se tenha traduzido
em acção (caixa 5.8). Desde a Convenção Quadro das
Nações Unidas sobre Alterações Climáticas até à Con-
O acordo TRIPS tem de ser
aplicado de forma justa
CAIXA 5.7
Tornar globalmente relevante o regime mundial dos direitos
da propriedade intelectual
Os recursos genéticos, o conhecimento tradicional e expressões do folclore ganharam novo
valor científico, económico e comercial para os
países em desenvolvimento. Mas, o impacte
dos direitos de propriedade intelectual sobre
a conservação, uso e partilha de benefícios,
destes recursos tem sido controverso.
Um regime de direitos de propriedade intelectual não é justo se for global na imposição,
mas não o for nos instrumentos que providencia. A lei da propriedade intelectual –
patentes, protecção dos direitos de autor, marcas comerciais, desenho industrial, indicações
geográficas – surgiu das necessidades dos
inventores na Revolução Industrial. Mas,
os protectores dos recursos genéticos, do
conhecimento tradicional e do folclore têm
hábitos, instituições, necessidades e formas
de trabalho diferentes, que não estão ainda reflectidos de forma adequada neste enquadramento.
Em resposta, a Organização Mundial da
Propriedade Intelectual (OMPI) lançou, em
1998, uma iniciativa para tornar mais relevantes
os direitos de propriedade intelectual. Os esforços envolvem o patrocínio de workshops
para os povos indígenas e outros, sobre a protecção do conhecimento tradicional, a prestação
de informação sobre o modo como o conhecimento tradicional se pode tornar parte do saber
prioritário passível de investigação (para reduzir as hipóteses de serem atribuídas patentes
a "invenções" já bem conhecidas nas comunidades tradicionais), a publicação de informação sobre leis e regimes consuetudinários e
o registo de experiências das populações indígenas, utilizando os direitos de propriedade
intelectual para proteger o seu conhecimento
tradicional.
Em 2000, os estados membros do OMPI
criaram uma Comissão Intergovernamental
sobre a Propriedade Intelectual e os Recursos
Genéticos, Conhecimento Tradicional e o Folclore. Com a criação desta entidade, os estados
membros mostraram que chegou a altura para
a discussão intergovernamental destas questões.
Para o trabalho da Comissão é fundamental a
melhor compreensão e gestão das relações entre
a propriedade intelectual e a conservação, o uso
e partilha de benefícios dos recursos genéticos,
conhecimento tradicional e folclore. O objectivo será o desenvolvimento de padrões de propriedade intelectual internacionalmente aceites,
para a regulação do acesso e partilha de benefícios dos recursos genéticos e para a protecção
do conhecimento tradicional e de expressões
do folclore. O desfio é assegurar que o sistema
internacional de propriedade intelectual se
torna relevante e adequado para todas as comunidades.
Fonte: WIPO 2001b; Wendland 2001.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
105
DESTAQUE 5.1
FACILITAR O ACESSO AOS MEDICAMENTOS DO HIV/SIDA ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO JUSTA DO TRIPS
Em todo o mundo, 36 milhões de pessoas vivem
com HIV/SIDA. Cerca de 70% destas estão na África
Subsariana – um em cada sete quenianos adultos, um
em cada cinco sul-africanos, um em cada quatro zimbabwenses e um em cada três botswanos. Esta epidemia tem sido comparada à peste do século XIV que
varreu toda a Europa-só que agora existem tratamentos salvadores. Desde 1996, uma combinação
de três medicamentos anti-retrovirais reduziu extraordinariamente as mortes por SIDA nos países industrializados.
Estes medicamentos salvadores são produzidos sob
patente por algumas empresas farmacêuticas nos
Estados Unidos e Europa. Antes da Ronda do
Uruguai das negociações do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT), durante a qual o acordo
sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS)
foi adoptado, 50 países não davam protecção de
patentes aos produtos farmacêuticos, o que lhes
permitia produzir ou importar versões genéricas de
baixo custo de medicamentos patenteados. Tal
atribuição de patentes foi introduzida em França apenas em 1960, na Alemanha em 1968, no Japão em
1976 e na Itália, Suécia e Suíça em 1978. No entanto,
o TRIPS exige patentes de produtos para 20 anos a
todos os membros da Organização Mundial de
Comércio.
Ao mesmo tempo, o acordo permite aos países incluírem, nas legislações nacionais, salvaguardas contra os monopólios de patentes que poderiam ser
prejudiciais em circunstâncias extraordinárias de interesse público. O acordo não impede os países de
importarem medicamentos de marca que são vendidos mais baratos noutros países – conhecidos como
importações paralelas. E, em alguns casos, permite
aos países utilizarem patentes sem a permissão do seu
detentor, em troca de um royalty razoável sobre as
As diferenças na capacidade de financiar o tratamento da SIDA em 1999
Suíça
Quénia
Popula o
7 milh es
30 milh es
Pessoas com HIV
17.000
2.100.000
Custo do tratamento de todos os infectados
com medicamentos antiretovirais, a pre os
de mercado mundiais, a cerca de 12.000 d lares
por pessoa ao ano (d lares)
204 milh es
25 milh es
Custo do tratamento em % do PIB
0,08
238
Despesa p blica com cuidados
de sa de em % do PIB, 1998
7,6
2,4
Despesa total com cuidados
de sa de em % do PIB, 1998
10,4
7,8
Fonte: UN 2001c; Hirschel 2000; World Bank 2001h; UNAIDS 2000b.
106
Uganda
Zâmbia
23 milh es
820.000
10 milh es
870.000
10 milh es
154
10 milh es
336
1,9
3,6
6.0
7,0
vendas – conhecido como licenciamento compulsivo. A questão é que estas medidas podem tornarse em prática quando são mais necessárias.
Prover acesso aos medicamentos é apenas uma parte
do combate à SIDA – mas é uma parte importante.
Pode aumentar significativamente a qualidade e duração de vida das pessoas já infectadas, assim como
ajudar a prevenção, encorajando outras a fazerem
testes, e reduzir a transmissão do vírus de mãe para
filho. Mais, tais medicamentos podem dar uma motivação muito necessária para melhorar os sistemas
de distribuição de serviços de saúde em países em
desenvolvimento. Contudo, em Dezembro de 2000,
os anti-retrovirais estavam avaliados mundialmente
em 10.000 a 12.000 dólares, por paciente, ao ano,
longe de serem comportáveis para governos de países
onde vivem as pessoas mais afectadas. Àquele preço,
em 1999, a prestação de tratamento teria custado ao
Quénia pelo menos o dobro do seu rendimento nacional e à Zâmbia mais do triplo (ver quadro). Em
consequência, apenas 0,1% dos 25 milhões de pessoas com HIV/SIDA na África Subsariana têm
acesso a estes medicamentos salvadores.
Estão a ser desenvolvidas duas respostas conjugadas
a esta situação urgente: o estabelecimento dos preços
dos medicamentos de marca, por níveis, e a produção de medicamentos genéricos.
Várias iniciativas estão em curso para estabelecer
preços diferenciados para os medicamentos de
marca. A iniciativa de Aceleração do Acesso foi
lançada em Maio de 2000 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/SIDA e
cinco das maiores empresas farmacêuticas:
Boehringer Ingelheim, Bristol-Myers Squibb, F.
Hoffman-La Roche, GlaxoSmithKline and Merck.
As reduções dos preços têm sido negociadas por
empresa e por país e, até Abril de 2001, os Camarões, Costa do Marfim, Mali, Ruanda, Senegal
e Uganda negociaram preços que devem ser de
1.000 a 2.000 dólares por pessoa, ao ano. Mas,
este processo não tem seguido, na prática, as expectativas: negociações lentas são contrárias à
urgência da crise da SIDA e, com os termos dos
acordos mantidos em segredo, alguns críticos suspeitam que as reduções de preços dependem da introdução de legislação ainda mais rigorosa sobre
a propriedade intelectual. Eles têm apelado a reduções de preços mais acentuadas, indiscriminadas e anunciadas publicamente. A Merck, Abbott
Laboratories, Bristol-Myers Squibb e Glaxo-SmithKline deram passos nessa direcção em Março
de 2001 – o começo promissor daquilo que precisa
tornar-se, urgentemente, uma tendência geral.
Ao mesmo tempo, versões genéricas dos antiretrovirais estão a ser produzidas a preços muito abaixo
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
dos preços mundiais, por fabricantes no Brasil,
Cuba, Índia e Tailândia. Em Fevereiro de 2001, a empresa indiana Cipla ofereceu uma terapia de três
medicamentos combinados a 600 dólares por pessoa, ao ano, aos governos e a 350 dólares aos Médicos Sem Fronteiras e outras organizações não
governamentais; muitos acreditam que, com o tempo
e a concorrência, os preços dos medicamentos genéricos vão cair para 200 a 250 dólares. O desenvolvimento nos preços, tornado possível pelos genéricos,
abriu extraordinariamente as possibilidades de tratamento nos países em desenvolvimento, como é
mostrado pela política pioneira do Brasil. Em 1993,
o Brasil começou a produzir antiretrovirais genéricos e distribuiu-os gratuitamente, poupando vidas
e dinheiro. Desde 1996, as mortes caíram para
metade; em 1997-99, o governo poupou 422 milhões
de dólares em custos de hospitalização e mais cerca
de 50 milhões na redução de custos de tratamento
de doenças oportunistas.
Estas duas respostas estão ligadas: os preços industriais têm caído frequentemente em resposta à
concorrência efectiva ou potencial dos produtores
de genéricos. Mas, embora isto crie concorrência,
também cria controvérsia. Desde a Tailândia ao
Brasil e África do Sul, empresas que produzem
produtos farmacêuticos de marca têm-se oposto às
estratégias dos países em desenvolvimento de combaterem o HIV/SIDA através da produção, ou da
importação, de medicamentos genéricos de baixo
custo – embora estas empresas tenham sido lentas
na criação de acesso mundial aos seus medicamentos. São apresentados três argumentos para
aquela oposição: os receios de reimportações, o
âmbito do acordo TRIPS e os incentivos à investigação e desenvolvimento.
Receios de reimportações
As empresas farmacêuticas temem que, quer os
medicamentos de marca, quer os genéricos de preços
reduzidos, possam ser reimportados para os seus
mercados de origem, reduzindo a sua base de vendas principal. Mesmo que os medicamentos mais
baratos não se divulguem no mercado interno, a informação sobre os preços extraordinariamente mais
baixos no estrangeiro irá divulgar-se, conduzindo os
consumidores internos a procurá-los. Estes temores
requerem políticas para os enfrentar. Educar os consumidores e agências de compras sobre as razões para
preços diferentes nos países em desenvolvimento
pode criar compreensão e aceitação do sistema de
preços diferenciados. O controlo de exportações
nos países em desenvolvimento e a exigência de previsões pelos fornecedores, podem impedir a emergência dos mercados de re-exportação. E dar nova
designação e nova embalagem aos medicamentos
de preços reduzidos, com formas e cores diferentes,
poderá tornar as suas origens mais transparentes.
Âmbito do acordo TRIPS
Alguns detentores de patentes reclamam que os
medicamentos genéricos da SIDA violam os seus direitos, segundo o acordo TRIPS. Mas em algumas circunstâncias, como para emergências nacionais, uso
público não comercial e medidas antimonopolistas,
o acordo permite aos governos emitir licenças compulsivas para produtores internos ou estrangeiros
de medicamentos genéricos. Introduzido pela
primeira vez na legislação Britânica sobre propriedade
intelectual, em 1883, o licenciamento compulsivo
tem sido parte da lei e da prática de muitos países durante mais de um século – incluindo a Austrália,
Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Nova Zelândia,
Reino Unido e Estados Unidos.
Até se juntar à de Comércio Livre Norte-Americano (NAFTA) em 1992, o Canadá emitia habitualmente licenças compulsivas para os produtos
farmacêuticos, pagando uma taxa de royalty de 4%
sobre o preço de venda líquido. Entre 1969 e
1992, tais licenças foram concedidas em 613 casos
de importação ou fabricação de medicamentos
genéricos. Só em 1991-92, esta prática poupou
aos consumidores canadianos um valor estimado
de 171 milhões de dólares em custos de medicamentos. Desde a adopção do acordo TRIPS, as licenças compulsivas têm sido usadas no Canadá,
Japão, Reino Unido e Estados Unidos para produtos como os fármacos, computadores e produtos relacionados, software e biotecnologia –
particularmente como medidas antimonopólio
para evitar a pouca concorrência e os preços mais
altos. Nos Estados Unidos, o licenciamento compulsivo tem sido utilizado como solução em mais
de 100 acordos antimonopólio, incluindo casos que
envolveram antibióticos, esteróides sintéticos e
várias patentes de biotecnologia básica.
Em contraste, nenhuma licença compulsiva foi
emitida a sul do Equador. Porquê? A pressão da
Europa e dos Estados Unidos levam muitos países
em desenvolvimento a temer a perda do investimento directo estrangeiro se legislarem sobre licenças compulsivas, ou as utilizarem. Além disso,
tentativas de uso destas licenças poderiam resultar em longos e dispendiosos litígios contra a indústria farmacêutica. Mas podem ser utilizados
modelos legislativos alternativos para evitar a ênfase na litigação e para criar medidas adequadas às
necessidades dos países em desenvolvimento.
Transformar as medidas de licenciamento compulsivo em opções políticas realizáveis significa criar
uma estrutura legal adequada aos países em desenvolvimento. Cinco aspectos que se recomendam:
• Abordagem administrativa. Qualquer sistema
que seja demasiado legalista, caro de administrar ou
facilmente manipulável é de pouca utilidade; a me-
GLOBAL INITIATIVES TO CREATE TECHNOLOGIES FOR HUMAN DEVELOPMENT
107
DESTAQUE 5.1
FACILITAR O ACESSO AOS MEDICAMENTOS DO HIV/SIDA ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO JUSTA DO TRIPS (continuação)
Vendas de produtos farmacêuticos
no mercado mundial, 2002
Percentagem dos rendimentos previstos
América do Norte 41,8
Europa 24,8
Japão 11,3
América Latina & Caraíbas 7,5
Ásia do Sudeste/China 5,0
Médio Oriente 2,6
Europa do Leste 1,8
Subcontinente indiano 1,8
Australásia 1,3
África 1,3
CEI 0,8
Fonte: IMS HEALTH 2000.
Indústrias lucrativas –
Produtos farmacêuticos no topo da lista
Retorno médio sobre o rendimento para
500 empresas Fortune, 1999 (percentagem)
20
Produtos farmacêuticos
15
Bancos comerciais
Telecomunicações
10
5
Computadores,
equipamento de escritório
Produtos químicos
Companhias de aviação
lhor opção é uma abordagem administrativa que
possa ser aerodinâmica e processual.
• Medidas governamentais fortes. O acordo
TRIPS dá aos governos amplos poderes para autorizar o uso de patentes para uso público não
comercial e esta autorização pode ser acelerada,
sem as habituais negociações. Nenhum país em
desenvolvimento devia ter medidas de utilização
públicas mais fracas do que a lei alemã, irlandesa,
britânica ou norte-americana sobre tal prática.
• Permissão de produção para exportação.
A legislação deve permitir a produção para exportação, quando a falta de concorrência numa classe
de medicamentos tenha dado ao mercado mundial
produtor um poder que impede o acesso a medicamentos alternativos, ou quando os legítimos interesses do dono da patente estão protegidos no
mercado de exportação – como, por exemplo,
quando esse mercado fornece uma compensação razoável.
• Regras credíveis sobre compensação. A compensação tem de ser previsível e fácil de administrar;
as directrizes sobre royalties reduzem a incerteza e
aceleram as decisões. A Alemanha tem usado taxas
de 2 a 10%, enquanto no Canadá o Governo costumava pagar royalties de 4%. Os países em desenvolvimento poderiam ter um prémio extra de 1 a 2%
para produtos de valor terapêutico especial e menos
1 a 2% quando a investigação e desenvolvimento
tenha sido parcialmente coberta por fundos públicos.
• A discussão exige divulgação. O ónus deverá cair
sobre o detentor da patente para apoiar reclamações
de que a taxa do royalty é inadequada. Isto ajudará
a promover a transparência e a desencorajar reclamações intimidadoras mas injustificadas.
Incentivos à investigação e desenvolvimento
As empresas produtoras de fármacos de marca
reclamam que a concorrência dos genéricos vai
corroer os seus incentivos para investir na investigação e desenvolvimento longa e onerosa, a qual
dura 12 a 15 anos e custa 230 a 500 milhões de
dólares, por cada medicamento. Mas, as ameaças
da concorrência dos genéricos são contestáveis.
A África deverá contribuir para apenas 1,3% das
vendas de fármacos, em 2002 – dificilmente uma
parcela de mercado passível de influenciar as decisões de investimento mundial (ver figura em cima,
à esquerda).
0
Fonte: Fortune 2000.
108
Para além disso, a alta rendibilidade da indústria
farmacêutica incitou a uma maior exploração dos custos contraídos (ver figura em baixo, à esquerda).
Muitos medicamentos da SIDA foram financiados
com fundos públicos, através de investigação básica
e aplicada e mesmo através de experiências clínicas.
Mas uma vez transferidos sob licença exclusiva para
as empresas farmacêuticas para desenvolvimento,
acabam por ser patenteados e comercializados a
preços de monopólio. Entender os verdadeiros custos da investigação e desenvolvimento para a indústria farmacêutica é fundamental para avaliar o impacte
dos medicamentos genéricos nos incentivos ao investimento. Uma análise de séries de valores pode ser
utilizada para decompor os custos de cada etapa,
mas a falta de dados transparentes da indústria cria
avaliações divergentes. Uma alternativa para discutir os dados é criar uma entidade pública, ou não lucrativa, de desenvolvimento de medicamentos, para
levar a investigação pública até à etapa final e colocar os medicamentos resultantes no domínio público,
para serem produzidos concorrencialmente e vendidos próximo do custo marginal.
Entre Dezembro de 2000 e Abril de 2001, a possibilidade de tratamento transformou-se, para as
pessoas com SIDA no mundo em desenvolvimento. O preço do tratamento caiu de, pelo
menos, 10.000 dólares para menos de 600 dólares
por pessoa, ao ano. Esta oportunidade deve ser
levada à prática. Em Março de 2001, o governo
do Botswana agarrou esta oportunidade, anunciando que ela iria proporcionar acesso nacional
livre aos antiretrovirais. Globalmente, os recursos têm de ser mobilizados para criar um trust
fund para prevenção e tratamento do HIV/SIDA,
que poderia ser administrado pelas Nações
Unidas, com base em medicamentos – incluindo
genéricos – oferecidos ao melhor preço mundial.
Em Abril de 2001, o Secretário-geral das Nações
Unidas, Kofi Annan, apelou a uma grande campanha para angariar 7 a 10 mil milhões de dólares
anualmente para um fundo mundial destinado à
batalha contra o HIV/SIDA e outras doenças infecciosas.
Uma solução a mais longo prazo envolve a criação
da capacidade de fabrico de produtos farmacêuticos nos países em desenvolvimento. Em Março de
2001, o Parlamento Europeu apoiou o uso do licenciamento compulsivo e apelou à cooperação
tecnológica para reforçar a capacidade produtiva dos
países em desenvolvimento. Um apoio mais amplo
a estas medidas, seguido de acção, será essencial para
assegurar que tal crise de acesso não ocorrerá de
novo, quer com o HIV/SIDA, quer com futuras epidemias de saúde.
Fonte: Correa 2001 and 2000; Harvard University 2001; Médecins
Sans Frontières 2001a; Love 2001; Oxfam International 2001; Weissman 2001.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
venção para o Combate à Desertificação, pouca atenção
tem sido dada aos compromissos sobre transferência
de tecnologia.
O fulcro do problema está em que, embora a tecnologia possa ser um instrumento de desenvolvimento, ela
é também um meio de vantagem competitiva na economia mundial. O acesso às tecnologias do ambiente e farmacêuticas patenteadas, por exemplo, podem ser
essenciais para proteger a camada de ozono e salvar vidas
em todo o mundo. Mas para os países que as detém e
as vendem, elas são uma oportunidade de mercado.
Apenas quando os dois interesses se reconciliarem –
através, digamos, de financiamento público adequado
– a implementação justa do acordo TRIPS se tornará
numa possibilidade real.
EXPANDIR O INVESTIMENTO EM TECNOLOGIAS
PARA O DESENVOLVIMENTO
As tecnologias em falta não são apenas uma questão de
protecção imperfeita dos direitos da propriedade intelectual nos países em desenvolvimento. Alguns mercados são, economicamente ou ecologicamente, demasiado
pequenos para motivar a investigação privada – local ou
internacional – mesmo quando a propriedade intelectual está protegida. Quem investiria em investigação prolongada sobre vacinas, para serem vendidas a governos
de países onde a despesa pública com a saúde é tão baixa
quanto 10 dólares por pessoa, ao ano? Quem iria empreender uma investigação biotecnológica onerosa sobre
uma variedade de mandioca, para ser vendida a agricultores de subsistência, em terras marginais, num punhado
de países africanos? Quando os mercados são demasiado pequenos para motivar a investigação privada, o financiamento público é essencial – e os decisores políticos
têm de tomar a liderança, trabalhando muito de perto
com a indústria.
A investigação e o desenvolvimento de tecnologias viradas para as necessidades dos pobres têm sido
subfinanciados, desde há muito. Apesar das possibilidades das transformações tecnológicas, este continua a
ser o caso. Sem um mecanismo de transferências mundiais, não existe uma fonte de financiamento empenhada.
E o financiamento público voluntário, nacional e internacional é, desde há muito, inadequado.
Em 1998, os 29 países da OCDE gastaram 520 mil
milhões de dólares em investigação e desenvolvimento9
– mais do que o produto económico conjunto dos 30
países mais pobres do mundo.10 Nos últimos 10 anos,
uma parcela crescente dessa investigação tem sido financiada pelo sector privado (figura 5.2). Contudo,
apesar de tão elevado investimento, a investigação mantém-se deploravelmente inadequada às tecnologias mais
necessárias ao desenvolvimento. Existem poucos dados
disponíveis sobre quanto é gasto exactamente em necessidades de desenvolvimento – um sinal da falta de
atenção dada a este problema.
Em 1992, menos de 10% da despesa mundial de
investigação com a saúde destinava-se a 90% dos encargos mundiais com as doenças. Apenas 0,2%, por
exemplo, era dedicada à investigação sobre a pneumonia e a diarreia – 11% dos encargos mundiais com
as doenças.11 Esta diferença de financiamentos gera
diferenças na investigação e nos medicamentos. Em
1995 foram publicados mais de 95.000 artigos científicos relevantes sobre terapias, mas somente 182 –
0,2% do total – tratavam de doenças tropicais. E,
dos 1223 novos medicamentos comercializados em
todo o mundo entre 1975 e 1996, apenas 13 foram desenvolvidos para tratar doenças tropicais – e apenas
4 foram o resultado directo da investigação da indústria farmacêutica.12 A reafectação de apenas 1%
da despesa mundial de investigação com a saúde contribuiria com um adicional de 700 milhões de dólares
para a investigação prioritária sobre as doenças dos
pobres.13
FIGURA 5.2
Despesas de investigação e
desenvolvimento nos países da OCDE
Milhares de milhões de dólares de 1998
600
500
Total
400
300
200
Estado
100
0
1990
1998
Fonte: Bonn International Center for Conversion
2000.
CAIXA 5.8
Promessas no papel, execução inadequada
Os compromissos de transferência de tecnologia
são fundamentais para muitos acordos internacionais. Mas, assim que as negociações
acabam, muitas destas medidas são ignoradas
ou aplicadas superficialmente.
O acordo TRIPS da Organização
Mundial do Comércio apela aos países membros desenvolvidos para "darem incentivos às
empresas e instituições nos seus territórios, com
o objectivo de promover e encorajar a transferência de tecnologia para os países membros
menos desenvolvidos, de forma a habilitá-los a
criar um base tecnológica forte e viável". Contudo, as obrigações que isto impõe receberam
atenção e acção inadequadas.
O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozono
compromete os países industrializados a dar
todos os passos práticos para assegurar que os
melhores substitutos ambientalmente seguros,
disponíveis, e as tecnologias relacionadas, são
rapidamente transferidos para os assinantes
do Protocolo e que as transferências se fazem
em condições justas e favoráveis. No entanto,
a DuPont, detentora das patentes de substitutos
CFC, recusou licenciar a produção destes substitutos a fabricantes dos países em desenvolvimento, como a Índia e a Coreia do Sul,
onde o seu elevado custo de importação limitou a difusão alargada de uma tecnologia ambientalmente sã.
A Convenção Sobre Diversidade Biológica procura a conservação da biodiversidade, o uso sustentado das suas componentes
e a promoção da partilha justa dos benefícios
que resultam do uso dos recursos genéticos –
inclusivamente, através do financiamento e
transferência apropriados das tecnologias relevantes. A Convenção criou um órgão subsidiário para identificar as tecnologias e
know-how, inovadores, eficientes e mais
avançados, relacionados com a conservação e
uso sustentado da biodiversidade, e dar aconselhamento sobre as formas de promover o
desenvolvimento e transferência de tais tecnologias. Mas, grande parte da atenção tem incidido sobre a biosegurança – importante mas,
apenas uma das muitas funções necessárias
para fazer com que a tecnologia apoie a preservação da biodiversidade.
Fonte: WTO 1994; UNEP 1992a, e 1998; Juma e Watal 2001; Mytelka 2000.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
109
FIGURA 5.3
Investimento público
na investigação agrícola
Percentagem do PIB agrícola
3.0
Países
industrializados
2.5
2.0
1.5
1.0
Países em
desenvolvimento
0.5
0
1975
1995
Fonte: Pardley e Beintema 2001.
FIGURA 5.4
Prioridades para a investigação
e desenvolvimento em energia nos
nos principais países industrializado
Parcelas da despesa pública na I&D em energi
1985-99 (percentagem)
57
10,7
7,5
Nuclear Combustível Renovável
fóssil
Nota: Refere-se aos 23 principais países
industrializados.
Fonte: IEA 2000.
110
Embora a investigação agrária ofereça um potencial
tremendo às melhorias de produtividade, nos países em
desenvolvimento ela está a atrasar-se. Por cada 100
dólares de PIB agrícola, em 1995, os países industrializados reinvestiram 2,68 dólares em investigação e
desenvolvimento agrário público; os países em desenvolvimento, apenas 0,62 dólares (figura 5.3).14 A investigação agrária é negligenciada quer pelos governos
nacionais quer pela comunidade internacional. Porquê?
Primeiro, por causa da percepção de que o excesso mundial de bens alimentares significa que a investigação em produtividade já não é necessária. Mas
aquele excesso não está nas mãos das pessoas que precisam dele: aumentos de produtividade para os agricultores de baixos rendimentos continuam a ser essenciais
para aumentar a segurança alimentar e erradicar a pobreza. Segundo, com a diminuição dos preços mundiais dos bens alimentares, as políticas agrícolas
proteccionistas – particularmente na União Europeia –
estão a resultar em exportações de bens alimentares a
baixos preços para os países em desenvolvimento, pelo
que os mercados locais estão a ser debilitados. Terceiro, os aumentos na investigação agrícola privada dos
países industrializados tornaram menos clara a necessidade de manter o investimento público nas culturas
e necessidades dos países em desenvolvimento.
A investigação pública agrária internacional está
igualmente em dificuldades, apesar da evidência clara
dos seus elevados retornos. O financiamento para o
Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional estagnou: cresceu de menos de 300 milhões de
dólares ao ano nos anos 70 para um pico de 378 milhões
de dólares em 1992, mas até ao ano 2000 diminuiu
para 336 milhões de contos.15 Ao mesmo tempo, o
número de centros de investigação na rede cresceu e o
seu mandato alargou-se. O efeito? Os recursos para a
investigação destinada a aumentar a produtividade das
culturas caíram de 74% do total, entre 1972-76, para
39%, entre 1997-98.16
As tecnologias de novas energias estão também
subfinanciadas. A despesa de investigação e desenvolvimento é baixa, quer em relação ao valor directo da
despesa com energia, quer em relação aos impactes
ambientais negativos das fontes convencionais de energia. Depois da alta súbita que o financiamento sofreu
na sequência da crise energética de 1979, a investigação
e desenvolvimento sobre a energia têm vindo a cair: para
23 dos principais países industrializados, a despesa
pública reduziu-se de 12,5 mil milhões de dólares, em
1985, para 7,5 mil milhões de dólares, em 1999 (a preços
de 1999).17 Apenas nove países da OCDE contabilizam
mais de 95% da investigação e desenvolvimento mundial
sobre energia com financiamentos públicos,18 e a questão
central não está nas tecnologias compatíveis com as
atribuições de recursos, necessidades e capacidades
dos países em desenvolvimento. As energias renováveis,
um potencial benefício para os países em desenvolvimento, recebem pouca atenção. Embora a sua parte na
investigação e desenvolvimento sobre energia dos principais países industrializados tenha duplicado depois de
1975, ela representou, em média, apenas 7,5% do total,
entre 1985 e 1999 (figura 5.4).
O resultado: um vivo contraste entre a agenda de
investigação mundial e as necessidades de investigação
mundiais.
• Em 1998, a despesa mundial de investigação sobre
a saúde foi de 70 mil milhões de dólares; apenas 300 milhões de dólares foram dedicados a vacinas contra o
HIV/SIDA e cerca de 100 milhões de dólares à investigação sobre a malária.19
• A investigação agrária privada ultrapassou 10 mil
milhões de dólares em 1995; o Grupo Consultivo para
a Investigação Agrícola Internacional estima que irá
necessitar apenas de 400 milhões de dólares anuais,
para cumprir a sua agenda de investigação nos próximos anos, mas ainda não conseguiu aumentá-la.20
• Em 1998, os países da OCDE investiram 51 mil milhões de dólares em investigação sobre a defesa – um
contraste óbvio de prioridades.21
Porque é que o financiamento público da investigação para o desenvolvimento humano é tão baixo? Em
parte, porque o investimento em tecnologia raramente
tem sido visto como um instrumento central de desenvolvimento. Entre as agências bilaterais e multilaterais
tem havido, desde há muito, uma falta de empenho
institucional nos programas de investigação:
• Foco nacional mais do que mundial. A noção de
programação mundial não é ainda familiar em muitas
agências, e as intervenções dos países não se centram em
bens públicos mundiais, tais como a vacina contra a tuberculose, ou a investigação básica sobre o plasma biológico.
• Inexistência de avaliação clara do uso desses recursos. O sistema de relato para a ajuda dos doadores
da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento não inclui
uma linha orçamental para os recursos atribuídos à investigação e desenvolvimento. Tal linha é necessária
para prestar informação sobre esses esforços e encorajar uma maior atenção sobre eles.
• Demasiadas pequenas iniciativas. As pequenas iniciativas podem ser experimentais e inovadoras, mas
esforços demasiado fragmentados – em vez de investi-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
mentos estrategicamente coordenados – negligenciam
as necessidades de investimento maiores.
• Exigência de resultados a curto prazo. Os programas de desenvolvimento de base tecnológica bem
sucedidos exigem longa experimentação. Mas a política
e os horizontes de curto prazo de muita da ajuda bilateral e multilateral, limitaram investimentos que levam
15-20 anos a mostrar resultados.
As fundações privadas, a maior parte nos Estados
Unidos, têm vindo a assumir algum do combate ao
abrandamento, desde as fundações Rockefeller e Ford
que financiaram a revolução verde nos anos 60 e 70, até
à Fundação Gates com a sua enorme ajuda actual à investigação sobre saúde pública. Mas os montantes que
elas providenciam são ainda pequenos. As fontes tradicionais de financiamento precisam de ser renovadas e as
novas fontes, asseguradas.
• Doadores bilaterais. Se os governos doadores aumentassem a ajuda pública ao desenvolvimento em cerca
de 10% e dedicassem o aumento à investigação tecnológica, desenvolvimento e difusão, haveria 5,5 mil milhões
de dólares na mesa (com base na ajuda de 1999). Eles
poderiam ir mais longe e tomar a sério o padrão estabelecido para a ajuda pública ao desenvolvimento, de 0,7%
do PNB. Se o tivessem feito, em 1999 a ajuda pública ao
desenvolvimento teria aumentado de 56 mil milhões de
dólares para 164 mil milhões de dólares22 – e, dedicar 10%
deste valor à tecnologia, teria gerado mais de 16 mil milhões de dólares.
• Governos dos países em desenvolvimento. Alguns
países em desenvolvimento estão a financiar projectos
de investigação sofisticados, um meio essencial para
tornar os esforços mundiais localmente relevantes.
Mesmo para os governos com orçamentos limitados, o
investimento na adaptação local da investigação é essencial e pode ter elevados ganhos. Mas às vezes o problema
não é uma falta de fundos. Em 1999, os governos da
África Subsariana dedicaram 7 mil milhões de dólares
às despesas militares.23 Seria essa a escolha certa das prioridades, para um continente com necessidades tecnológicas tão urgentes noutras áreas? Desviar apenas 10%
teria aumentado 700 milhões de dólares, mais do dobro
da despesa corrente com a investigação de vacina do
HIV/SIDA.
• Organizações internacionais. Os governos membros das organizações internacionais não conjugaram a
retórica da preocupação com os problemas mundiais com
um empenhamento sério. Muitos destes problemas – a
propagação da doença, riscos ambientais – são causados
ou podem ser enfrentados pelas aplicações tecnológicas.
As agências das Nações Unidas, como a Organização
Mundial de Saúde e a Organização para a Alimentação
e Agricultura têm um mandato para ajudar os países em
desenvolvimento a explorar os benefícios e gerir os riscos
da tecnologia. Mas para o fazer, necessitam de uma liderança inspirada e financiamento adequado dos seus
membros. Os membros dos governos doadores do Banco
Mundial e de bancos de desenvolvimento regional, estabeleceram fundos de garantia para a investigação
agrária e programas ambientais. A mesma abordagem
poderia ser utilizada para aumentar os fundos que os bancos podem distribuir (incluindo a grupos privados) para
assegurar que os países em desenvolvimento beneficiam
de novas possibilidades tecnológicas Os accionistas podiam igualmente concordar em utilizar algum do rendimento dos bancos para estas iniciativas mundiais –
embora isso requeresse amplo consenso entre os que
pedem empréstimos e os que não pedem. Em 2000,
cerca de 350 milhões de dólares do rendimento do Banco
Mundial foram transferidos para o seu departamento de
empréstimos sem juros, para empréstimos aos países
mais pobres.24 Um montante muito mais pequeno, dedicado ao desenvolvimento tecnológico para países de
baixos rendimentos, permitiria ir muito longe.
• Trocas de dívida por tecnologia. Em 2000, os
pagamentos oficiais do serviço da dívida pelos países em
desenvolvimento foram de 78 mil milhões de dólares.25
Uma troca de apenas 1,3% deste serviço da dívida por
investigação e desenvolvimento tecnológico teria gerado mais de mil milhões de dólares.
• Fundações privadas. Umas quantas fundações
tiveram um empenhamento exemplar no investimento
em investigação de longo prazo; muitas outras poderiam seguir esse exemplo. E os países em desenvolvimento
podiam introduzir incentivos fiscais para encorajar os seus
multimilionários a criar fundações com um campo de
acção regional. Em 2000, o Brasil tinha 9 multimilionários
com uma riqueza conjunta de 20 mil milhões de dólares,
a Índia tinha 9 com 23 mil milhões, a Malásia tinha 5 com
12 mil milhões, o México tinha 13 com 25 mil milhões,
a Arábia Saudita tinha 5 com 41 mil milhões.26 Tais fundações podiam dar importantes contributos para agendas de investigação regionalmente relevantes.
• Indústria. Com os seus recursos financeiros, intelectuais e de investigação, a indústria poderia dar um
contributo inestimável atribuindo uma parcela dos lucros à investigação sobre produtos não comerciais –
uma sugestão feita pelo director de investigação da Novartis, uma das maiores companhias farmacêuticas
suíças. Considerando apenas a indústria farmacêutica,
se as 9 maiores entre as 500 companhias Fortune
tivessem dedicado somente 1% dos seus lucros a tal in-
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Há um vivo contraste
entre a agenda
da investigação mundial
e as necessidades
de investigação mundiais
111
Grupos regionais
poderiam reunir os fundos
nacionais para criar
fundações científicas
regionais
vestigação em 1999, teriam gerado 275 milhões de
dólares.27
Os fundos derivados destas diversas fontes poderiam ser distribuídos de várias maneiras, de forma a tirar
partido de novas parcerias e estruturas institucionais.
Grupos regionais, tais como a reavivada Comunidade
da África Oriental, poderiam reunir os fundos nacionais
para criar fundações científicas regionais – modeladas
pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos
– que se centrassem nas necessidades regionais e canalizassem auxílios para as instituições regionais e mundiais
melhor equipadas para trabalhar no novo ambiente de
investigação. Os fundos de doadores poderiam juntar-se a elas, construindo centros regionais fortes que
estabelecessem as suas próprias prioridades e agendas
de investigação.
PROVISÃO DE APOIO INSTITUCIONAL
REGIONAL E MUNDIAL
Sem cooperação mundial, muitos bens públicos irão
deixar de ser fornecidos em quantidades suficientes
nos mercados nacionais, ou falham completamente.
São necessárias iniciativas, quer regionais, quer mundiais.
COOPERAÇÃO
REGIONAL :
enormes poupanças. Depois dos custos de pessoal, os
produtos farmacêuticos são geralmente o maior item nos
orçamentos públicos de saúde. Assim, em 1986, os
nove governos da Organização dos Estados das Antilhas Orientais juntaram as suas aquisições de produtos
farmacêuticos. As compras por grosso favoreceram
preços muito mais baixos: em 1998 os preços contratados regionalmente foram 38% mais baixos do que
os preços por cada país individualmente.28
As alianças regionais estão também a ser utilizadas
na criação de infra-estruturas para transpor a desigualdade digital. A Associação dos Estados do Sudeste
Asiático (ASEAN) lançou o Grupo de Trabalho do
Comércio Electrónico da ASEAN em 1999. Enquanto
primeiro corpo consultivo público-privado da ASEAN,
o grupo de trabalho está a desenvolver uma acção regional abrangente para competir na economia de informação mundial, com o investimento privado centrado
na criação de infra-estruturas e a política pública centrada na criação de melhor ambiente legal e regulador.
Um acordo de referência sobre políticas regionais recebeu, então, o empenho dos governos membros em
matérias que variam entre o alargamento da capacidade de conexão e criação de conteúdo, até à criação
de um ambiente regulador sem entraves e um mercado
electrónico comum.
FORMAÇÃO DE ALIANÇAS
INICIATIVAS MUNDIAIS: PROVISÃO DE APOIO
Mercados amplos, consistentes, acessíveis, estimulam
melhor o investimento tecnológico, tornando mais fácil
a cobertura dos custos de investigação e infra-estruturas.
Os países pequenos podem ultrapassar as barreiras da
dimensão, criando alianças regionais para desenvolver
a investigação, fazer aquisições conjuntas e construir
infra-estruturas.
As alianças na investigação e difusão de tecnologias
podem ser eficazes se consagrarem uma preocupação
regional comum e puserem em comum qualificações e
recursos. Na investigação agrária, por exemplo, a adaptação local da investigação internacional é sempre
necessária. Mas para os países pequenos, em regiões ecologicamente idênticas, os sistemas de investigação agrária
autónomos – cada um investigando um conjunto de culturas e de problemas – podem não fazer sentido, devido
à sobreposição de despesas gerais e duplicação de investigação. A Internet cria redes de colaboração mais
fáceis do que nunca. As iniciativas na África Central e
Oriental e na América Latina mostram o potencial para
tal colaboração (caixa 5.9).
Da mesma maneira, as alianças para baixar os custos dos produtos de tecnologia sofisticada podem colher
112
Os mecanismos formais e informais de governação
podem ajudar a preencher os mercados incompletos, a
proteger os recursos comuns, a promover normas comuns e a prestar informação. Seguem-se alguns exemplos.
Preenchimento dos mercados incompletos. Instituições financeiras fracas em países em desenvolvimento podem entravar a difusão de tecnologias
altamente eficazes. Há uma enorme procura potencial
de electricidade nos mercados exteriores às redes eléctricas, especialmente nas áreas rurais, e os sistemas fotovoltaicos solares para usos domésticos oferecem uma
forma segura de satisfazer a procura de electricidade,
com eficiência de custo e ambientalmente limpa. No entanto, eles atingiram muito menos de 1% do mercado
potencial. Três das razões são financeiras: a falta de
um financiamento de médio prazo que permitisse às
famílias repor, ao longo do tempo,29 o custo de instalação de 500-1000 dólares, uma falta de conhecimento
sobre os mercados fotovoltaicos pelos intermediários financeiros convencionais e uma fraca capitalização de
muitas companhias fotovoltaicas. Para preencher a la-
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
cuna a uma escala mundial, o Banco Mundial, a International Finance Corporation e várias organizações não
lucrativas, estabeleceram a Solar Development Corporation. Através da prestação de financiamento, capital
de funcionamento e aconselhamento nos negócios aos
distribuidores fotovoltaicos nos países em desenvolvimento, a iniciativa ajudará o mercado a descolar.
Protecção dos recursos comuns. A biodiversidade
fornece aos agricultores e cientistas as matérias-primas
– recursos em plantas genéticas – para criar culturas mais
robustas, nutritivas e produtivas. A protecção e preservação das variedades tradicionais de culturas dão um
contributo essencial ao desenvolvimento agrícola, embora muitas destas culturas tenham sido substituídas por
novas variedades e já não possam ser encontradas nos
campos dos agricultores. Actualmente, mais de 6 milhões de amostras de recursos em plantas genéticas são
conservadas em cerca de 1.300 colecções nacionais, regionais, internacionais e privadas. Mas em resultado da
extensiva duplicação entre colecções, 11 Centros de Colheitas Futuras mantém colectivamente 60% das
amostras únicas mundiais, nos seus bancos de genes. Em
1996, 150 países chegaram a acordo sobre um Plano de
Acção Global para Recursos em Plantas Genéticas,
prometendo desenvolver um sistema mundial de bancos de genes, racional, para eliminar duplicações e melhor coordenar as colecções mundiais. A execução
deste plano irá custar um valor estimado em mil milhões
de dólares – equivalentes a apenas 3% da despesa anual
com a investigação agrária mundial entre 1993-95.31
Existem igualmente recursos comuns para proteger e aumentar a computação. Softwares de fontes abertas são o resultado de quantidades inumeráveis de
contribuições voluntárias de todo o mundo. Os pormenores de funcionamento do software não podem ser
ocultados, assim como o software patenteado, e deve
manter-se acessível a todos que o queiram consultar –
tornando – o ideal para aprender o desenvolvimento do
software e adequado para a adaptação local, um benefício nos países em desenvolvimento. O seu custo é
baixo, frequentemente grátis, permitindo aos governos
fazer com que os seus orçamentos de tecnologias de informação e comunicações vão bastante mais longe.
Software de fontes abertas podem acelerar a revolução da tecnologia de informação e comunicações se
a sua utilização descolar numa escala suficientemente
ampla. Em que é que as iniciativas mundiais podem ajudar? Para começar, o Grupo de Trabalho das Nações
Unidas sobre as Tecnologias de Informação e Comunicações poderia dar publicidade aos seus benefícios,
estimulando a investigação e desenvolvimento local nos
países pobres. As iniciativas poderiam financiar a investigação em aplicações para os países em desenvolvimento, aumentar o conhecimento sobre o software de
fontes abertas entre os decisores políticos e advogar o
seu uso no sector público – uma opção já tomada em
países como o Brasil, China e México.
Promoção de normas comuns. As normas comuns são essenciais para uma inovação e produção de
tecnologias mundialmente difundida. Sem elas, a incerteza e a falta de credibilidade fragmentam o mercado
e estilhaçam a procura. Até há pouco as pilhas, conversores e baterias que constituem os sistemas de energia
fotovoltaicos não seguiram nenhum produto mundial
ou sistema padrão – causando problemas de qualidade
CAIXA 5.9
ASARECA e FONTAGRO –
promoção da colaboração regional na investigação pública agrícola
Cada um dos 10 países da África Oriental e Central possui um pequeno sistema de investigação
agrícola nacional. Em 1998, estes sistemas empregavam o equivalente a 2.300 cientistas a tempo
integral – comparativamente a 2.000 na Indonésia
e 40.000 tanto na China como na Índia. Dada a
dimensão da região e a diversidade ecológica, nenhum país poderia responder sozinho a todas as
suas necessidades de investigação. Por conseguinte, foi fundada, em 1994, a Associação
para o Reforço da Investigação Agrícola na África
Oriental e Central (ASARECA), para melhorar
a gestão dos sistemas nacionais de investigação
agrícola, aumentar o uso eficiente de recursos
escassos, obter economias de escala e tornar a investigação mais capaz de responder às necessidades dos agricultores e às exigências do mercado.
A ASARECA constitui também uma forma de
canalizar apoio dos centros internacionais de investigação agrícola, dos institutos de investigação
avançada, do sector privado e dos doadores.
A Associação coordena 18 redes, programas e projectos, concentrados em produtos primários como o milho, trigo, hortícolas
e bananas, assim como em questões transversais como a informação e comunicações, o
processamento pós-colheitas e os recursos de
plantas genéticas. Os resultados têm sido impressionantes. A rede da batata, por exemplo, foi estabelecida em 1994, porque cada
país tinha apenas um ou dois cientistas concentrados no estudo da batata e da batatadoce. A reunião das competências num fundo
comum gerou uma massa crítica de conhecimentos especializados: uma rede equivalente
a 22 cientistas a trabalhar a tempo inteiro sobre
a batata e 15 sobre a batata-doce. Desde 1998,
esta rede lançou, na região, 14 novas variedades
de batata e 16 de batata-doce. As novas variedades são resistentes às doenças, tolerantes
aos solos ácidos e marginais e têm melhor
qualidade pós-colheitas. Além disso, os rendimentos destas variedades melhoradas são, no
mínimo, três vezes superiores aos das variedades locais. Financiada a 30% pela Agência
Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional e a 70% pelos sistemas de investigação nacionais, a rede da batata está a dar bons
resultados para o financiamento da investigação.
Na América Latina e Caraíbas, o Fundo
Regional de Tecnologia Agrária (FONTAGRO) foi criado, em 1998, para promover a
investigação agrária de interesse para os países
da região e das Américas. Um fundo programado de 200 milhões de dólares está a ser
constituído pelos países membros. A FONTAGRO concede subvenções aos institutos públicos de investigação e empresas, às
universidades e organizações não governamentais, que trabalham com organizações de
investigação regionais e internacionais. Os
projectos de investigação, seleccionados de
forma competitiva e transparente, concentram-se nas questões prioritárias identificadas
entre os ecossistemas agrícolas da região. Vinte
projectos diferentes estão a ser financiados
presentemente, variando da batata, papaia e
árvores de frutos andinos até ao café, bananas
e arroz. Ao apoiar a investigação de relevo na
região, a FONTAGRO está a promover a investigação aplicada e estratégica em centros nacionais de investigação. E ao colocar os
investigadores em rede, está a ajudar a transferir e construir capacidade técnica da maior
relevância para a região.
Fonte: Mrema 2001; Moscardi 2000; FONTAGRO 2001.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
113
As instituições
internacionais estão
a lutar para enfrentar
os desafios
da transformação
tecnológica
114
e frustração dos consumidores e arriscando a reputação
de toda a tecnologia. Em resposta, em 1997, a indústria, as instituições financeiras e as agências governamentais formaram o Programa de Aprovação Mundial
dos Sistemas Fotovoltaicos. Esta organização não lucrativa promove padrões internacionais, processos de
gestão de qualidade e de formação organizativa sobre
o projecto, produção, venda, instalação e manutenção,
dos sistemas fotovoltaicos.
Da mesma maneira, as normas comuns são essenciais para a unidade e alargamento da Internet. Protocolos como, por exemplo, o Protocolo de Controlo
de Transmissões/Protocolo Internet (TCP/IP) – projectado para maximizar a conexão entre sistemas informáticos – são modelados e refinados pelo Grupo de
Trabalho de Engenharia de Internet, o principal fórum
mundial para os promotores, operadores e vendedores
de software. À medida que os padrões da Internet
evoluem, os principais intervenientes da indústria vão
pressionar para que os seus padrões patenteados sejam
utilizados, dando-lhes vantagem de mercado mas
ameaçando impedir a inovação competitiva. O grupo
de trabalho vai ter de resistir àquela pressão e assegurar que as estruturas básicas da Internet são abertamente
negociadas e estão disponíveis aos promotores em
todo o mundo.
Prestação de informação. Uma informação acurada
e atempada sobre as oportunidades do mercado mundial
é crucial para dar aos decisores políticos, nos países em
desenvolvimento, oportunidades de adquirir, adaptar
e utilizar as tecnologias. A Internet é o veículo ideal para
assegurar que tal informação está disponível para os decisores políticos em toda a parte. Que tipo de informação
é necessário?
• Fornecimentos médicos. Dados sobre fornecedores, preços e estatuto das patentes dos medicamentos de qualidade aprovada, genéricos ou de marca, são
essenciais para permitir aos decisores políticos fazer o
melhor com os seus sobreesticados orçamentos de
saúde. Esta função foi mandatada pela Assembleia
Mundial de Saúde devido à sua importância na
atribuição de poder aos governos para negociarem as
aquisições.
• Uma câmara de compensação da propriedade
intelectual. Identificar e registar os pedidos de patentes
individuais da investigação sobre biotecnologia agrícola é complexo. Um comércio mundial mais justo e mais
eficiente de materiais genéticos patenteados, plasma
biológico e tecnologias aplicadas, tornar-se-ia possível
através de câmaras de compensação. Identificando toda
a propriedade intelectual relevante para uma dada
tecnologia, identificando o que está disponível para
uso, e como, estabelecendo um esquema de preços e
monitorizando e impondo contratos, a câmara de compensação poderia ser um passo importante no sentido
de resolver o problema colectivo da investigação agrária.
• Os custos de ligação à Internet. Em todo o mundo,
as pessoas pagam preços muito diferentes para aceder
à Internet, frequentemente devido às tarifas discriminatórias cobradas pela backbone, nos Estados Unidos,
ou devido aos altos custos das chamadas telefónicas
domésticas. Um serviço valioso seria o de fornecer
dados on-line para todos os países, mostrando os custos comparativos das tarifas internacionais, os fornecedores de serviços da Internet e as chamadas telefónicas
locais. Um maior conhecimento das discrepâncias injustificadas capacitaria os decisores políticos e os grupos de consumidores para exigir tarifas niveladas
mensalmente aos prestadores de serviços Internet, tarifas telefónicas internacionais transparentes e não discriminatórias e taxas niveladas, e chamadas telefónicas
locais baratas.
REORIENTAR
AS INSTITUIÇÕES
E INICIACTIVAS INTERNACIONAIS
As instituições internacionais estão a lutar para enfrentar os desafios da transformação tecnológica. Dado
que novos desafios, como doenças contagiosas,
degradação ecológica, crimes electrónicos, armas de
biosegurança e biológicas, vão continuar a surgir, são
necessárias novas atitudes e abordagens para criar os enquadramentos institucionais que possam enfrentá-los.
Sendo o lugar de encontro dos governos mundiais, as
Nações Unidas têm um papel a desempenhar, mas são
necessárias inovações institucionais. O que pode ser
feito?
Reconhecer que a governação da tecnologia
mundial começa em casa. A governação mundial da
tecnologia é largamente uma expressão da vontade
colectiva – frequentemente desequilibrada – dos governos e de outros actores, de reconhecer a importância da
ciência e tecnologia no desenvolvimento. Os acordos
mundiais só são eficazes na medida em que os governos estejam empenhados em fazê-los. O primeiro passo
é o dos países reconhecerem que a saúde pública, a alimentação e nutrição, a energia, as comunicações e o ambiente, são questões de política pública merecendo
séria atenção através de uma política de tecnologia. Por
exemplo, o reconhecimento pelo Departamento de Estado Norte-Americano do HIV/SIDA como uma
questão de segurança nacional ajudou a melhorar o
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
perfil da saúde pública global. Muito poucos países em
desenvolvimento seguiram este exemplo, embora a falta
de saúde e a fome sejam as maiores ameaças à segurança
humana em muitos deles. Dar maior prioridade nacional à ciência e tecnologia pode trazer um novo impulso à articulação destas ameaças ao nível global.
Lançar novas ideias sobre tecnologia e desenvolvimento. A atenção inadequada ao papel da ciência
e tecnologia no desenvolvimento humano é uma das
principais insuficiências do sistema mundial que governa
a mudança tecnológica. Apesar do reconhecimento generalizado de que o conhecimento é fundamental para o
desenvolvimento, a programação tradicional feita pelas
principais organizações para o desenvolvimento tem
ainda de adoptar as novas ideias. As Nações Unidas
poderiam dar a volta à questão e tornar-se num fórum
de reunião das instituições que lideram a ciência e tecnologia mundial, para identificar as novas áreas de investigação que podem trazer a ciência e tecnologia para o
centro do pensamento do desenvolvimento.
Melhorar a coordenação na prestação de cooperação e assistência tecnológica. Quando a assistência
ao desenvolvimento para a construção de infra-estruturas
e capacidade tecnológicas provém de várias fontes,
pode ser ineficiente, criando duplicação e incompatibilidade entre os sistemas tecnológicos. É essencial uma
melhor coordenação entre os doadores para assegurar
que a sua assistência é útil, em vez de entravar o desenvolvimento tecnológico.
O Grupo dos Oito (G-8) Países Mais Industrializados está na vanguarda da produção de tecnologias de
informação e comunicações. Na Cimeira de Okinawa, em
Julho de 2000, os líderes do G-8 criaram o Grupo de Trabalho para as Oportunidades Digitais, ou Força DOT,
para coordenar os seus diferentes planos de redução da
divisão digital mundial. A Força DOT inclui membros
dos sectores publico, privado e não lucrativo, de cada país
G-8, assim como representantes de governos de nove
países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, a China
e a Índia. A colaboração visa assegurar que a assistência
se centra na prestação das infra-estruturas tecnológicas
de informação e comunicações mais coerente para os
países em desenvolvimento, aumentando a coerência
entre as diversas iniciativas, promovendo formas inovadoras de parceria entre o publico e o privado para tratar
das questões, e mobilizando ajuda pública ao desenvolvimento adicional para este esforço internacional.
Criar capacidade de análise política. Os decisores
políticos dos países em desenvolvimento têm de estar
preparados para obter as melhores tecnologias para os
seus países. Mas as questões são de uma complexidade
sem precedentes. Os doadores bilaterais e multilaterais
poderiam dar muito maior apoio à formação para que
os decisores políticos desenvolvam uma análise de
política tecnológica, lançando um novo quadro profissional – muito necessário para clarificar o papel da
ciência e tecnologia no desenvolvimento. As entidades
científicas nacionais poderiam identificar as necessidades de formação e encorajar as universidades a desenvolver currículos apropriados.
É necessária capacidade, quer interna, quer internacionalmente. É largamente aceite que as prioridades
locais devem determinar a ajuda ao desenvolvimento.
Mas, na prática, isso é ainda frequentemente a excepção: muitas estratégias de desenvolvimento são ainda
conduzidas pelos interesses dos doadores, desde a escolha de como atacar a malária, até quais as culturas que
devem ser objecto de investigação. Uma maior defesa
da política nacional é essencial para alterar completamente estas participações.
A nível internacional, é necessária capacidade para
empreender negociações. A experiência recente com as
negociações sobre biosegurança e no acordo TRIPS,
mostra que apenas alguns países em desenvolvimento
têm recursos para negociar posições que sejam reflexo
dos interesses das suas populações. Um maior entendimento ajudará a produzir acordos mais justos do
que aqueles que actualmente causam debates tão acrimoniosos. Dado o provável impacte das novas regras
sobre as perspectivas da tecnologia nos países em desenvolvimento, é crucial um papel mais activo nas negociações mundiais. A atenção dada a estes debates
tem aumentado ao longo dos últimos anos, mas os
países em desenvolvimento têm ainda demasiado poucos
delegados relativamente às suas populações. Nas negociações sobre o futuro dos recursos de plantas genéticas, por exemplo, os países com desenvolvimento
humano baixo e médio estão invariavelmente sub-representados (figura 5.5). Estas e muitas outras negociações
continuam a ser conduzidas por poucos países industrializados. O financiamento à participação dos países
em desenvolvimento não está garantido, portanto os
delegados estão frequentemente em dúvida sobre a sua
participação até ao último minuto, chegam mal preparados e dividem-se entre demasiados encontros. Os efeitos
sobre as regras do jogo resultantes são inevitáveis.
Criar regras de jogo justas. As instituições que
administram as questões da tecnologia tendem a ser
financiadas e conduzidas por países ou grupos já
comprometidos. Mas estas instituições podem ter
uma enorme influência sobre as hipóteses de outros
de utilizarem tecnologia, criando potencialmente en-
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
A atenção inadequada
ao papel da ciência
e tecnologia no
desenvolvimento humano
é uma das principais
insuficiências do sistema
mundial que governa
a mudança tecnológica
115
FIGURA 5.5
De quem são as vozes ouvidas
nas negociações internacionais?
Representação nas negociações, 1998
Países no Mundo
IDH
baixo
IDH
elevado
IDH
médio
Representação nas negociações do
Empreendimento Internacional
sobre Recursos Genéticos das Plantas (FAO)
Representação nas negociações da
Convenção sobre Diversidade Biológica
Font: Mooney 1999a; UNDP 2000d.
viesamentos contra os últimos a chegar ao jogo. Como
em todas as áreas da governação, é necessária
transparência e participação equilibrada. O sistema
de atribuição de nomes de domínio da Internet é um
exemplo do desafio à provisão de tal equilíbrio – e é
uma experiência sem precedentes na sua consecução
(caixa 5.10).
As negociações internacionais têm falhado frequentemente no estabelecimento de regras de jogo ou
na implementação justa dessas regras, criando grande
controvérsia sobre a interpretação de acordos globais e
a resolução de disputas internacionais. Os grupos da sociedade civil oferecem uma importante pressão compensatória e, por vezes, tomam a liderança no apelo à
mudança. Atrair a atenção mundial para uma questão
constitui o primeiro passo, como mostram os dramáticos desenvolvimentos e alterações de posição no acesso
aos medicamentos do HIV/SIDA. O foco recaiu sobre
as companhias farmacêuticas, em parte porque elas
parecem ser os únicos actores envolvidos. Mas se as
suas estratégias forem contrárias ao interesse público, as
regras do jogo têm de ser alteradas – e isso é uma questão
de política pública. A indústria reage a regulamentações
e incentivos, que são modelados pelos governos. Parece
simples, mas existem várias complicações.
CAIXA 5.10
Quem administra a Internet? A ICANN!
A governação mundial da Internet está a ser
construída. A Internet Coorporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), uma
entidade privada não lucrativa sedeada nos Estados Unidos, foi encarregada de gerir os recursos centrais de infra-estruturas da Internet.
Para os dados na Internet encontrarem o seu
caminho, desde o remetente até ao destinatário,
desenrola-se um sistema complexo de endereçamento de nomes (nomes de domínio) e
correspondentes números (Protocolo Internet
ou números IP). Estes nomes e números, conhecidos como Sistema de Nomes de Domínio
(DNS), constituem o fulcro da Internet.
A governação da Internet estava habitualmente enraizada na comunidade de investigação dos Estados Unidos e era administrada
bastante informalmente. Mas o crescimento
explosivo da Internet, a difusão por todo o
mundo e a comercialização intensificada, torna
desapropriada a governação informal. Assim,
em 1998, o Governo dos Estados Unidos iniciou um processo para formalizar estruturas de
governação – dando vida à ICANN.
As avaliações da ICANN variam. O seu
processo de auto-organização mandatado temse demonstrado extraordinariamente cuidaFonte: Zinnbauer 2001d.
116
doso, levando a um complexo sistema de
comissões consultivas e organizações de apoio.
Num exercício altamente publicitado, no passado ano 2000, a ICANN escolheu alguns dos
seus membros de direcção através de eleições
globais on-line; outros foram designados com
base em regras menos transparentes. Alguns
observadores salientam a importância da
ICANN como experiência histórica, sem paralelo, de novas formas de governação para um
fenómeno mundial de múltiplos participantes.
Outros expressam preocupações com a potencial apropriação por grupos de interesses específicos.
Para garantir responsabilidade na governação da Internet e para acomodar os
recém-chegados dos países em desenvolvimento, um debate aberto tem de consagrar:
• Transparência – debate aberto e informação para todos os participantes.
• Representação – inclui governos, promotores de tecnologia da informação, utilizadores
da Internet actuais e futuros, e países de todas
a regiões. As eleições on-line da ICANN são inovadoras, mas limitadas àqueles que têm acesso
à Internet, descuidando futuros utilizadores
com diferentes necessidades e interesses.
Primeiro, a indústria é importante para o crescimento económico nacional. Na Grã-Bretanha, por
exemplo, a indústria farmacêutica contribui com perto
de um quarto para a despesa de investigação e desenvolvimento e com 60.000 empregos. Os governos temem
que o apoio a políticas contra os interesses de tais indústrias possam levá-las a sair para o estrangeiro.32
Segundo, o financiamento industrial da política
tem grande poder. As contribuições industriais às campanhas nos Estados Unidos, por exemplo, duplicaram
desde 1991-92. Em 1999-2000, os principais sectores industriais contribuíram com 400 milhões de dólares para
campanhas – incluindo 130 milhões de dólares da indústria de comunicações e electrónica, 65 milhões de
dólares da indústria de recursos energéticos e naturais,
58 milhões de dólares das indústrias agrícolas, 55 milhões de dólares dos transportes e 26 milhões de dólares
das farmacêuticas (figura 5.6).
Terceiro, os governos ganham poder na economia
mundial à custa das suas empresas mais importantes,
por isso têm um interesse próprio no seu sucesso. Em
consequência, a indústria tem tremenda influência no
estabelecimento de regulamentos e incentivos, com os
representantes industriais acompanhando os delegados dos governos às negociações de acordos como o
TRIPS. Em conjunto, estas forças criam um status
quo na forma como os governos estabelecem as regras
de negócio – um status quo difícil de mudar, mesmo
quando o público sabe que alguma coisa está errada.
Em última análise, a excessiva influência da indústria
significa que a política pública traiu o público, quer
em governos nacionais, quer nas instituições internacionais.
É claro que a indústria também responde perante
os consumidores e os governos democráticos respondem
perante os votantes. Os consumidores podem usar o seu
poder de mercado e os votantes a sua influência para
pressionar por mudanças políticas. Os grupos da sociedade civil que lutam por resultados mais justos têm
um papel importante na informação dos cidadãos e
dos votantes. Na falta de melhor política pública, tais
grupos têm vindo a intervir, num papel tornado possível
– e poderoso – pela globalização e pela tecnologia da
informação e comunicação. É, em grande parte, graças
ao trabalho empenhado das organizações não governamentais (ONG) em todo o mundo, que a crise que
rodeia os medicamentos do HIV/SIDA tem ganho tanta
atenção mundial, forçando as empresas, governos e
agências internacionais, a repensar as possibilidades
(ver a contribuição especial dos Médicos Sem Fronteiras).
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
As ONG podem criar mudanças porque podem
aumentar a consciencialização: podem pressionar
com regulamentação informal em códigos de conduta das grandes empresas, e podem utilizar campanhas de grande vulto para realçar as actividades das
empresas. Ao mesmo tempo que o interesse público
se centra nestas questões, as empresas têm um incentivo para mudarem as suas políticas, de forma a
proteger os seus pontos estratégicos da reacção dos
consumidores ou da ameaça de regulamentação mais
formal.
Mas o interesse público tem o hábito de esmorecer – seja na guerra, nas fomes ou nas crises da saúde,
sem falar nas complexidades da legislação da
propriedade intelectual. Quando irá o acesso aos medicamentos do HIV/SIDA tornar-se uma notícia ultrapassada – e o que irá acontecer então aos preços e às
patentes? O ímpeto criado pelo activismo da sociedade
civil deve traduzir-se numa mudança política estrutural. Vários decisores políticos fundamentais deram indícios do seu apoio a isto – o teste é o de verificar que
mudanças irão eles criar. E é necessária uma mudança
política estrutural, para além dos medicamentos do
HIV/SIDA. Esta crise deve ser vista como um ponto de
entrada numa reflexão mais ampla sobre as regras do
jogo, não sobre um caso excepcional que obtém tratamento especial.
•
•
FIGURA 5.6
Influência da indústria
sobre a política pública
Contribuições para os candidatos federais
e os partidos políticos nos Estados Unidos
(milhões de dólares EUA de 2000)
•
125
O desafio é enorme: voltar as transformações tecnológicas actuais para os objectivos do desenvolvimento
humano. A capacidade do que pode ser feito através da
tecnologia é surpreendente. Mas o falhanço colectivo em
voltar aquela capacidade para a tecnologia necessária ao
desenvolvimento é indefensável. Enquanto o potencial
do que pode ser feito continua a expandir-se, irão as inovações na ciência e tecnologia ser acompanhadas por
inovações na política para transformar o progresso tecnológico mundial num instrumento de desenvolvimento? Este será o teste último à política pública na nova
era tecnológica.
Comunicações
e electrónica
100
75
Energia e
recursos naturais
Agricultura
Transportes
50
Construção
25
Produtos
farmacêuticos
e de saúde
Defesa
0
1991–92
1999–2000
Fonte: Centre for Responsive Politics 2001.
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
Insistir na responsabilidade: uma campanha para o acesso aos medicamentos
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) são conhecidos
mundialmente pela sua acção de emergência, seja
distribuindo abastecimentos médicos em mulas no
Afeganistão devastado pela guerra, ou tratando
crianças subalimentadas no sul do Sudão. Mas, nos
últimos anos, temos testemunhado um tipo diferente
de desastres: os nossos pacientes estão a morrer
não apenas devido a inundações, fome, ou minas terrestres mas, cada vez mais, porque não conseguem
obter os medicamentos de que necessitam.
Um terço da população mundial não tem acesso
a medicamentos essenciais; nas partes mais pobres da
África e da Ásia, este número cresce para metade.
Com demasiada frequência, nos países onde trabalhamos, não podemos tratar os nossos pacientes
porque os medicamentos são demasiado caros ou já
não são produzidos. Algumas vezes, os únicos medicamentos de que dispomos são altamente tóxicos ou ineficazes e ninguém procura um remédio melhor.
Isto não é coincidência. O crescente poder
dos interesses comerciais, o papel cada vez menor
dos governos e uma fuga geral às responsabilidades
têm-se combinado para criar a corrente crise.
Os médicos dos MSF recusam-se a aceitar esta
situação. Em nome da ética médica pessoal e dos
princípios nos quais os MSF foram fundados, lançámos a Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais para insistir na mudança. O papel dos MSF foi
sempre o de falar sobre as injustiças que testemunhamos na vida dos nossos pacientes. Por isso,
estamos a exigir que as regras internacionais de
comércio tratem os medicamentos como sendo fundamentalmente diferentes de outros bens; que as organizações internacionais de saúde dêem prioridade
aos tratamentos, em paralelo com a prevenção; que
as empresas farmacêuticas baixem os seus preços para
níveis comportáveis; e que os governos nacionais
cumpram as suas responsabilidades de protecção da
saúde pública. Em resumo, estamos a exigir um sistema no qual a saúde pública seja protegida, em vez
de ser sacrificada às leis do mercado.
A resposta tem sido encorajadora. O preço dos
medicamentos da SIDA caiu rapidamente, desde
os níveis de 1999. Os medicamentos abandonados
estão a voltar a ser produzidos. Os doadores dos
países ricos estão a discutir o financiamento de
nova investigação e desenvolvimento. Os activistas
nos países em desenvolvimento estão a exigir mais
dos seus governos. E finalmente – embora demasiado lentamente – mais medicamentos estão
ao alcance dos pacientes. Mas estes são sucessos pequenos, temporários, naquilo que continua a ser
uma batalha árdua. Eles não podem substituir as
soluções políticas reais. Os MSF continuam empenhados em pressionar para melhorar o acesso aos
medicamentos, mas desafiam igualmente os governos, empresas, organizações internacionais e a sociedade civil para que façam com que isto aconteça.
INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Morten Rostrup, M.D., Ph.D.
Presidente do Conselho Internacional dos
Médicos Sem Fronteiras, vencedores do
Prémio Nobel da Paz de 1999
117
Notas
Capítulo 1
1. World Bank 2001f; UNESCO 2000b.
2. UNESCO 2000b.
3. WHO 1997.
4. World Bank 2001c.
5. World Bank 2001b.
6. Smeeding 2000b.
7. Cairncross e Jolly 2000.
8. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g.
9. World Bank 2001c.
10. UNAIDS 2000a.
11. UN 2001d.
12. UNAIDS 2000b.
13. UNDCP 1997.
14. USAID 1999.
15. UNHCR 2000.
16. UNDP 2000f.
17. UNDP 2000c.
18. UNDP 1999e.
19. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em US Census Bureau 1999.
20. Nepal South Asia Centre 1998.
21. UN e Islamic Republic of Iran, Plan and Budget Organization 1999.
22. UNDP 1999b.
23. UNDP e UN Country Team 1998.
24. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em US Census Bureau 1999.
25. UNESCO 2000b.
26. UNDP 1998b.
27. UNIFEM 2000.
28. Comparar desigualdades de rendimento entre países deve
ser feito cautelosamente. Os inquéritos podem diferir, conforme
medem rendimento ou consumo, se e como incluem serviços
prestados publicamente – tais como cuidados de saúde e educação – se estão incluídos impostos e transferências, e em termos de cobertura da população e ajustamentos à dimensão das
famílias. As tendências dos dados também pode ser problemáticas, porque os métodos de recolha podem variar entre
períodos, ainda que no mesmo inquérito. Além disso, devido
à natureza cíclica da economia, as tendências são sensíveis aos
pontos do início e do fim.
29. Cornia 1999.
30. Hanmer, Healy e Naschold 2000.
31. Cornia 1999.
32. Quadro de indicadores 12.
33. Milanovic 1998.
34. Quadro de indicadores 12.
35. Milanovic, a sair.
36. Castles e Milanovic 2001.
37. Como todas as inovações empíricas, estes resultados devem
ser tratados com cuidado. As preocupações principais são a
qualidade, comparabilidade e oportunidade dos inquéritos
sobre o rendimento do país, nos quais o estudo se baseia.
Existem, também, outras questões, como o problema da nor-
118
malização dos dados do rendimento e consumo provenientes
de diferentes inquéritos, a não inclusão da saúde e educação
com financiamento público (para os quais os dados não estão
disponíveis) e discrepâncias entre inquéritos às famílias e
dados do PIB. Enquanto o estudo de Milanovic (a sair) é um
importante desenvolvimento na medição da desigualdade
entre a população mundial, estas questões apontam para caminhos futuros de investigação e para a necessidade urgente de
mais e melhores dados sobre a distribuição do rendimento e
a desigualdade dentro de um país.
38. Graham 2001.
39. Birdsall, Behrman e Szekely 2000.
40. Graham 2001.
41. UNDP 2000a.
42. UNDP e HDN 2000.
43. UNDP e HDN 1997.
44. Government of Madhya Pradesh, India 1995.
45. Government of Madhya Pradesh, India 1998.
46. Grinspun 2001.
47. UNDP e Kuwait Ministry of Planning 1997.
48. UNDP 2000e.
49. UNDP 2000b.
50. UNDP, IAR, JPF e BBS 2000.
51. OECD, DAC 1996.
52. UNAIDS 2000b.
Capítulo 2
1. Chen 1983.
2. WHO 1998.
3. Wang e outros 1999.
4. Hazell 2000.
5. Romer 1986, 1990; Lee 2001; Aghion e Howitt 1992.
6. Lee 2001.
7. Gilder 2000.
8. Gilder 2000.
9. Chandrasekhar 2001.
10. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em UNDP, Country Offices 2001; UPS
2001; Andrews Worldwide Communications 2001.
11. National Nanotechnology Initiative 2001; Smalley 1995;
Mooney 1999b.
12. Lall 2001.
13. NSF 2001.
14. James 2000.
15. Angus Reid 2000.
16. Jupiter Communications 2000a.
17. Chandrasekhar 2001.
18. International Data Corporation 2000.
19. School of Information Management and Systems, University of California at Berkeley 2001.
20. Reuters 2000.
21. US Internet Council and ITTA 2000.
22. US Internet Council and ITTA 2000.
23. Lall 2001.
24. Arlington 2000.
25. Kapur 2001.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
26. Hillner 2000.
27. UNESCO 1999.
28. Ao longo deste capítulo, OCDE refere-se aos países de
rendimento elevado da OCDE.
29. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em WIPO 2000 e World Bank 2001h.
30. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em World Bank 2001h.
31. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano baseados em Nua Publish 2001.
32. Nua Publish 2001; UNDP 1999a.
33. Lipton, Sinha e Blackman 2001; FAO 2000a.
34. UNICEF 2001e.
35. UNESCO 1999.
36. Bloom, River Path Associates e Fang 2001.
Capítulo 3
1. Hazell 2000.
2. Global Network of Environment and Technology 1999.
3. Lipton, Sinha e Blackman 2001.
4. CNN 2000.
5. CNN 2001.
6. Haerlin e Parr 1999.
7. Referido em Cohen 2001
8. Biotechnology Australia 2001.
9. Consumers Union 1999.
10. New Scientist 2001.
11. US Food and Drug Administration 2000b.
12. TIA 2001.
13. Royal Society of London, US National Academy of Sciences,
Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences,
Indian National Science Academy, Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000, p. 20.
14. Royal Society of London, US National Academy of Sciences,
Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences,
Indian National Science Academy, Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000, p. 17.
15. University of Sussex, Global Environmental Change Programme 1999.
Capítulo 4
1. Nanthikesan 2001.
2. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em ITU 2000 and World Bank 2001h.
3. Readiness for the Networked World 2001.
4. Readiness for the Networked World 2001.
5. Singh 2000.
6. Choi, Lee e Chung 2001, p.125.
7. Singh 2000.
8. Galal and Nauriyal 1995, citado em Wallsten 2000.
9. Jones-Evans 2000.
10. Yu 1999; Yingjian 2000.
11. Yu 1999.
12. Lall 2001.
13. Jones-Evans 2000.
14. Pfeil 2001.
15. UNESCO 1999.
NOTAS
16. Lall 2001.
17. Lall 2001.
18. CERI 2000.
19. Perraton e Creed 2000.
20. CDI 2001.
21. Enlaces 2001, citado em Perraton e Creed 2000.
22. SchoolNet Thailand Project 2001, citado em Perraton e
Creed 2000.
23. SchoolNetSA 2001, citado em Perraton e Creed 2000.
24. Perraton e Creed 2000.
25. Kumar 1999, citado em UNESCO 2000a.
26. Chaudhary 1999, citado em UNESCO 2000a.
27. Agence Universitaire de la Francophonie 2001.
28. Tan and Batra 1995, citado em Lall 2001.
29. Lall 2001.
30. Lall 2001.
31. OECD 2000c.
32. UNESCO 1999.
33. UNESCO 2000b.
34. World Bank 2000b.
35. Kapur 2001; Saxenian 1999 e 2000.
36. Kapur 200.
37. Kapur 200.
Capítulo 5
1. US Patent and Trademark Office 2000a.
2. NSF 2001.
3. Anderson, MacLean e Davies 1996.
4. US Food and Drug Administration 2000a.
5. Potrykus 2001.
6. Guilloux e Moon 2000.
7. US Patent and Trademark Office 2000b.
8. WIPO 2001a.
9. Bonn International Center for Conversion 2000.
10. Quadro de indicadores 1.
11. Global Forum for Health Research 2000.
12. Trouiller e Olliaro 1999.
13. de Francisco 2001.
14. Pardey e Beintema 2001.
15. CGIAR 2001.
16. Pardey e Beintema 2001.
17. IEA 2001.
18. McDade e Johansson 2001.
19. de Francisco 2001; The Economist 2001; Attaran 2001.
20. Pardey e Beintema 2001; CGIAR 2001.
21. Bonn International Center for Conversion 2000.
22. Qaudro de indicadores 15.
23. SIPRI 2000.
24. World Bank 2000a.
25. World Bank, a sair.
26. Forbes 2001.
27. Public Citizen 2000.
28. Burnett 1999.
29. SDC 1998.
30. FAO 1998.
31. Pardey e Beintema 2001.
32. McBride 2001.
119
Nota Bibliográfica
Capítulo 1 baseia-se em: Atkinson e Brandolini 1999,
Birdsall 2000 e a sair, Birdsall, Behrman e Szekely 2000, Bourguignon 2000, Cairncross e Jolly 2000, Canberra Group
2001, Castles e Milanovic 2001, Cornia 1999, Clymer e Pear
2001, FAO 2000b, First Nations and Inuit Regional Health
Survey National Steering Committee 1999, Gardner e Halwell 2001, Government of Madhya Pradesh, India 1995 e
1998, Graham 2001, Grinspun 2001, Gwatkin e outros
2000a e 2000b, Hanmer e Naschold 2000, Hamner, Healy
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RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Indicadores
de Desenvolvimento
Humano
Notas sobre as Estatísticas no
Relatório do Desenvolvimento Humano
O objectivo principal deste Relatório é avaliar o
estado do desenvolvimento humano em todo o
mundo e fornecer, em cada ano, uma análise crítica
de um tema específico. Combina a análise política
temática com dados pormenorizados de países,
focando o bem-estar humano e não apenas as
tendências económicas.
Os indicadores reflectem o rico corpo de informação disponível internacionalmente. Como utilizador de dados, o Relatório apresenta a
informação estatística que tem sido construída
através do esforço colectivo de muitas pessoas e
organizações. O Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano agradece, reconhecidamente,
a colaboração de muitas agências que tornaram
possível a publicação dos últimos dados sobre o
desenvolvimento humano (caixa 1).
Para permitir comparações entre países e no
tempo, os quadros estatísticos do Relatório são
baseados, sempre que possível, em dados internacionais normalizados, coligidos e processados pelas
agências irmãs do sistema internacional ou, em
alguns casos, por outros organismos. Estas organizações, quer recolham os dados a partir de fontes
nacionais, quer através dos seus próprios inquéritos, harmonizam as definições e os métodos de
recolha para tornar os seus dados tão internacionalmente comparáveis quanto possível. Os
dados produzidos por essas agências podem, às
vezes, diferir dos produzidos pelas fontes nacionais,
devido, frequentemente, aos ajustamentos para
harmonização dos dados. Em alguns casos, quando
não há informação disponível proveniente das
organizações internacionais - em particular para os
índices de desenvolvimento humano – foram utilizadas outras fontes. Estas estão devidamente referenciadas nos quadros.
O texto do Relatório foi redigido com base
numa ampla variedade de fontes - documentos
comissionados, documentos oficiais, relatórios
nacionais de desenvolvimento humano, relatórios
de organizações internacionais, relatórios de organizações não governamentais, artigos de jornais e
outras publicações académicas. Sempre que se utilizam informações dessas fontes, em caixas ou
quadros no texto, as fontes são indicadas e as
citações completas são feitas nas referências bibliográficas. Adicionalmente, em cada capítulo, uma
nota sucinta apresenta as principais fontes utilizadas
e notas finais indicam as fontes das informações
estatísticas que não foram retiradas dos quadros de
indicadores do Relatório.
MODIFICAÇÕES
NOS QUADROS DE INDICADORES
Os dados do Relatório deste ano reflectem o esforço
contínuo ao longo dos anos para publicar os melhores dados disponíveis e para melhorar a sua
apresentação e transparência. Ainda que a estrutura
dos quadros de indicadores tenha sido mantida, a
sua eficiência foi melhorada, para focar os indicadores mais fidedignos, significativos e comparáveis
entre países. Este processo reduziu o número de
quadros de indicadores – removendo totalmente
alguns quadros e consolidando outros. Nas áreas
importantes da saúde e educação, contudo, foram
utilizados espaços adicionais para permitir análises
mais completas da riqueza dos dados nestas matérias.
O Relatório deste ano também faz uma utilização mais sistemática das taxas de câmbio em paridades de poderes de compra (PPC), tanto nos
quadros de indicadores como no texto. Nas comparações de valores reais entre países, onde são
importantes as diferenças de preços, os dados PPC
são mais adequados do que os dados baseados nas
taxas de câmbio convencionais (caixa 2).
Os melhoramentos realizados no Relatório
deste ano reflectem o progresso recente na medida
do desenvolvimento humano. Um exemplo é o da
medida da criminalidade. Nos anos anteriores, o
Relatório baseava-se em dados dos crimes
denunciados à polícia, informação que dependia
NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
133
CAIXA 1
Principais fontes de dados utilizados no Relatório do Desenvolvimento Humano
Com a partilha generosa de dados, as seguintes organizações tornaram possível ao Relatório do Desenvolvimento Humano publicar as importantes
estatísticas de desenvolvimento que aparecem nos quadros de indicadores.
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) Esta
organização das Nações Unidas fornece dados sobre refugiados através da sua
publicação Refugees and Others of Concern to UNHCR: Statistical Overview.
Banco Mundial O Banco Mundial produz dados sobre tendências económicas, bem como um vasto conjunto de outros indicadores. O seu World Development Indicators é a fonte primária para vários indicadores apresentados
neste Relatório.
Centro de Análise e Informação sobre o Dióxido de Carbono (CDIAC)
O CDIAC, um centro de dados e análise do Departamento de Energia dos
Estados Unidos, concentra-se no efeito de estufa e na alteração do clima
mundial. É a fonte dos dados sobre emissões de dióxido de carbono.
flitos, o IISS mantém uma extensa base de dados militar. Os dados sobre as
forças armadas são da sua publicação The Military Balance.
Instituto Inter-regional de Investigação das Nações Unidas sobre a Criminalidade e a Justiça (UNICRI) Este Instituto da ONU realiza investigação
internacional comparada para apoio ao Programa das Nações Unidas para a
Prevenção do Crime e Justiça Penal. É a fonte de dados sobre vítimas do crime.
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO) Esta agência especializada das Nações Unidas é a fonte de dados
sobre assuntos relacionados com a educação. O Relatório utiliza dados publicados nos Statistical Yearbook e World Education Report da UNESCO, bem
como dados recebidos directamente da agência.
Organização Internacional do Trabalho (OIT) A OIT mantém um extenso
programa de publicações estatísticas, sendo o Yearbook of Labour Statistics
a sua colecção mais compreensiva de dados sobre a população activa. A OIT
é a fonte de dados sobre salários e emprego e de informação sobre o estatuto
de ratificação das convenções dos direitos do trabalho.
Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
(CNUCED) A CNUCED fornece estatísticas económicas e de comércio
através de um conjunto de publicações, incluindo o World Investment
Report. É a fonte original de dados sobre fluxos de investimento que o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano recebe de outras agências.
Organização Mundial da Saúde (OMS) Esta agência especializada mantém
um largo número de séries estatísticas sobre temas de saúde, a fonte para os
indicadores relacionados com a saúde, neste Relatório.
Divisão da População das Nações Unidas (UNPOP) Este gabinete especializado das Nações Unidas produz dados internacionais sobre tendências da
população. O Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseia-se
em World Population Prospects e World Urbanization Prospects, duas das
suas principais publicações, para as estimativas e projecções demográficas.
Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) Como agência
especializada da ONU, a OMPI promove a protecção dos direitos de propriedade intelectual, em todo o mundo, através de diferentes formas de acção
cooperativa. O Relatório baseia-se na OMPI para dados relacionados com
patentes.
Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (UNSD) A UNSD fornece um
amplo conjunto de resultados e serviços estatísticos. Muitos dos dados de contas nacionais fornecidos ao Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano por outras agências tem origem na UNSD. O Relatório deste ano também utiliza os dados da UNSD sobre comércio e energia.
Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) A FAO reúne, analisa e difunde informação e dados sobre a alimentação e a agricultura. É a fonte
dos dados sobre insegurança alimentar e dos indicadores agrícolas.
Estudo do Rendimento do Luxemburgo (LIS) Um projecto cooperativo de
investigação com 25 países membros, o LIS concentra-se nos temas da pobreza
e da política. É a fonte das estimativas de privação de rendimento para muitos
países da OCDE.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) A UNICEF acompanha o bem-estar das crianças e fornece uma ampla série de dados. O seu
State of the World's Children é uma fonte importante de dados para o
Relatório.
Fundo Monetário Internacional (FMI) O FMI possui um extenso programa de desenvolvimento e compilação de estatísticas sobre transacções
financeiras internacionais e balança de pagamentos. Grande parte dos dados
financeiros fornecidos ao Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano
através de outras agências é proveniente do FMI.
Instituto Internacional de Estocolmo para a Investigação sobre a Paz
(SIPRI) O SIPRI desenvolve investigação sobre paz e segurança internacional.
O SIPRI Yearbook: Armaments, Disarmament and International Security
é a fonte de dados sobre despesa militar e transferências de armas.
Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) Um centro independente de investigação, informação e debate sobre os problemas de con-
134
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
A OCDE publica dados sobre uma variedade de tendências sociais e económicas nos seus países membros, bem como fluxos de ajuda. O Relatório deste
ano apresenta dados da OCDE sobre ajuda, emprego e educação.
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (ONUSIDA)
Este programa conjunto da ONU observa a propagação do HIV/SIDA e
fornece actualizações regulares. O seu Report on the Global HIV/AIDS Epidemic é a fonte primária de dados sobre HIV/SIDA.
Tratados Multilaterais das Nações Unidas Depositadas junto do Secretário-Geral (Secção de Tratados das Nações Unidas) O Gabinete do Relatório
do Desenvolvimento Humano colige informação sobre o estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos e tratados ambientais,
apoiado na base de dados que este gabinete das Nações Unidas mantém.
União Internacional das Telecomunicações (UIT) Esta agência especializada das Nações Unidas mantém uma extensa colecção de estatísticas sobre
informação e comunicações. Os dados sobre tendências nas telecomunicações
provêm da sua base de dados World Telecommunications Indicators.
União Inter-Parlamentar (UIP) Esta organização fornece dados sobre
tendências na participação política e estruturas da democracia. O Relatório
baseia-se na UIP para os dados relativos a eleições e para a informação sobre
a representação política das mulheres.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
CAIXA 2
As razões das paridades de poder de compra
O Relatório deste ano utiliza, sistematicamente, taxas de
câmbio em paridades de poder de compra (PPC) para
comparar medidas económicas entre países. Utiliza as
PPC do Banco Mundial para fornecer as medidas mais
recentes do PIB total, cobrindo um amplo conjunto de
países, e dados baseados nos Penn World Tables, para
estimativas mais pormenorizadas e para facilitar comparações consistentes sobre longos períodos.
Para comparar estatísticas económicas entre países,
deve-se começar por converter os dados numa moeda
comum. Ao contrário das taxas de câmbio convencionais,
as taxas PPC permitem essa conversão tendo em conta
as diferenças de preços entre países. Eliminando diferenças nos níveis de preços nacionais, o método facilita
comparações de valores reais para o rendimento, pobreza,
desigualdade e padrões de despesa.
Embora a utilização das taxa de câmbio PPC seja
conceptualmente clara, persistem problemas práticos. As
PPC do Banco Mundial têm sido compiladas, directamente, por 118 dos cerca de 220 diferentes organismos
de política nacional do mundo. Para os países cujas
PPC não são compiladas directamente, são feitas
estimativas utilizando regressões econométricas. Esta
abordagem assume que as características e relações
económicas geralmente observadas nos países analisados, também se aplicam aos outros. Embora esta hipótese
possa não ser necessariamente válida, as relações
económicas fundamentais são consideradas como
aplicáveis em geral e podendo ser relacionadas com as
variáveis observadas independentemente nos países não
analisados.
As complicações dos procedimentos de análise e a
necessidade dos países serem articulados mundial e
regionalmente deram lugar a uma quantidade de questões
relacionadas com a apresentação dos dados e, no passado,
levaram a atrasos significativos na produção dos resultados PPC. Em consequência desses problemas, alguns
governos e organizações internacionais ainda se abstêm
de utilizar as PPC nas decisões correntes de política
operacional, embora façam uma utilização extensiva do
método nas suas análises.
A importância das PPC na análise económica sublinha a necessidade de melhorar os dados, o que requer
apoio institucional e financeiro. Em colaboração com a
Eurostat e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, o Banco Mundial lançou uma
iniciativa para melhorar ainda mais a qualidade e disponibilidade das PPC.
Fonte: Ward 2001.
CAIXA 3
O Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade
O Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade (ICVS) é um programa mundial de inquéritos normalizados, utilizados para inquirir amostras aleatórias de
pessoas sobre a sua experiência com a criminalidade e a
polícia e sobre o seu sentimento de segurança.
O desenvolvimento conceptual e metodológico do
ICVS é da responsabilidade de um grupo de trabalho
internacional formado, conjuntamente, pelo Instituto
Inter-regional de Investigação das Nações Unidas sobre
a Criminalidade e a Justiça, o Ministério da Justiça da
Holanda, o Ministério do Interior do Reino Unido e
pelo Instituto Holandês para o Estudo da Criminalidade e Cumprimento da Lei. O grupo de trabalho também está em coordenação com os países participantes,
desenvolve e mantém as séries de dados, produz análises
e divulga os resultados do inquérito.
Qual a necessidade desse inquérito? Há duas razões
principais. Em primeiro lugar, as medidas da criminalidade utilizadas nas comparações entre países são, frequentemente, inadequadas. Porque as medidas são
baseadas nos registos da polícia, elas podem ser fortemente afectadas por diferenças entre países no modo
como a polícia define, relata e considera os crimes. De
facto, muitos países em desenvolvimento não têm registo
central de crimes, deixando o ICVS como a única fonte
de informação. Em segundo lugar, o inquérito pode
estimular os países participantes a organizar a investigação
sobre a criminalidade e vitimização e a desenvolver políticas baseadas nessa investigação.
O projecto começou em 1989, em 14 países industrializados. Desde então, 71 países participaram pelo
menos uma vez, num total de 145 inquéritos. Na maior
parte dos países participantes, da Ásia, África, América
Latina e Europa Central e Oriental, os inquéritos foram
conduzidos na cidade capital através de entrevistas
directas, numa amostra de 1.000 pessoas. Nos países
industrializados, os inquéritos foram realizados amplamente, por telefone, com uma amostra de 2.000 pessoas.
O ICVS produz dados sobre vitimização para vários
crimes, incluindo assalto, roubo, suborno, assalto sexual
e crimes de propriedade. Os resultados dos inquéritos
mais recentes, realizados nos anos 90, são apresentados
no quadro 20.
Fonte: Van Kesteren 2001.
NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
135
fortemente do cumprimento da lei e do sistema de
registo de cada país. No entanto, os dados baseados directamente nas experiências individuais com
a criminalidade têm aumentado progressivamente
(caixa 3).
O Relatório também reconhece o progresso nas
estatísticas sobre a utilização do tempo, a literacia
funcional e a saúde. Enquanto, nos anos anteriores,
o Relatório realçava os inquéritos sobre o uso do
tempo, melhorias recentes nos métodos de inquirição e cobertura dos países forneceram uma
abundância de novas informações, caminhando
das medidas económicas tradicionais para os modos
de vida dos povos do mundo. Os resultados dos
novos inquéritos sobre o uso do tempo estão a ser
compilados e o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano espera incluí-los no relatório
do próximo ano (caixa 4). Os inquéritos sobre a
literacia funcional permitem uma observação mais
aprofundada de uma área vital do desenvolvimento humano do que os inquéritos convencionais
ofereciam (caixa 5). E os novos esforços da Organização Mundial da Saúde para desenvolver medidas mais aperfeiçoadas do desempenho dos
sistemas de saúde melhorarão, sem dúvida, a avaliação do desenvolvimento humano na área da saúde
nos futuros relatórios (caixa 6).
Apesar destes progressos na medida do desenvolvimento humano, persistem muitos problemas
e muitas insuficiências. Faltam, ainda, dados suficientes e fidedignos em muitas áreas do desenvolvimento humano. Lacunas através dos quadros
mostram a necessidade urgente de aperfeiçoamentos, tanto na qualidade como na quantidade das
estatísticas de desenvolvimento humano.
A demonstração mais perfeita destes problemas
de dados é, talvez, o grande número de países
excluídos do índice de desenvolvimento humano
(IDH) – e, portanto, dos principais quadros de
indicadores. O objectivo é incluir todos os países
membros da ONU, juntamente com a Suíça e Hong
Kong, China (RAE), no exercício do IDH. Mas,
devido à falta de dados fidedignos, mais 12 países
não puderam ser incluídos, este ano, no cálculo do
IDH, reduzindo o total para 162. Por isso, 29 países
ficaram excluídos dos principais quadros de indicadores. Os indicadores fundamentais disponíveis
para esses países são apresentados no quadro 28.
DADOS UTILIZADOS NO ÍNDICE
DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O índice de desenvolvimento humano é calculado utilizando dados internacionais disponíveis
CAIXA 4
Inquéritos sobre o uso do tempo nos países em desenvolvimento
As medidas convencionais da actividade produtiva centramse na actividade económica remunerada. Mas, para um
retrato compreensivo do trabalho e emprego, em particular as actividades desempenhadas por mulheres, é essencial medir a agricultura de subsistência e outras actividades
produtivas não remuneradas, bem como o trabalho doméstico não pago. Os inquéritos sobre o uso do tempo oferecem um meio único de coligir dados sobre essas actividades.
Até há pouco tempo, os dados sobre o uso do tempo
não eram incluídos nos programas de recolha de dados
dos serviços nacionais de estatística dos países em desenvolvimento. Muitos dos estudos sobre o uso do tempo
nesses países são estudos de caso de uma ou algumas localidades e não cobrem um dia completo.
No entanto, seguindo as recomendações da Quarta
Conferência Mundial sobre as Mulheres (realizada em
Pequim, em 1995), pelo menos 24 países da Ásia, África,
América Latina e Caraíbas começaram a trabalhar em
inquéritos nacionais sobre o uso do tempo. Ainda que
diferentes, geográfica, económica e culturalmente, todos
esses países acabaram por considerar tais inquéritos
como um importante instrumento estatístico para medir
e avaliar o trabalho pago e não pago das mulheres e
homens e para aumentar a visibilidade do trabalho feminino, tanto em casa como no mercado do trabalho.
Alguns dos inquéritos (tais como os do Benim, Chade,
Índia e Omã e os estudos piloto na Nigéria e África do
Sul) também visam melhorar a recolha de dados sobre
as actividades económicas das mulheres, em particular
no sector informal. Na Índia, os objectivos incluem a utilização dos dados para a formação das qualificações e para
a concepção de programas de erradicação da pobreza.
Um projecto conjunto da Divisão de Estatística das
Nações Unidas, do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento e do Centro de Investigação do Canadá
sobre o Desenvolvimento Internacional forneceu assistência técnica para muitos desses países. O projecto também
estudou os métodos e classificações utilizados nos inquéritos nacionais sobre o uso do tempo, para determinar quais
os procedimentos adequados para a recolha de dados nos
países em desenvolvimento. E a Divisão de Estatística das
Nações Unidas está a desenvolver um guia técnico sobre
métodos de recolha de dados e uma classificação de
estatísticas de uso do tempo, que poderão ser adoptados
tanto nos países em desenvolvimento como nos industrializados. A Divisão de Estatística também vai compilar os dados dos estudos realizados nos países em
desenvolvimento desde 1995. Esses dados deverão estar
disponíveis para o Relatório do Desenvolvimento
Humano 2002.
Fonte: Preparado pela Divisão de Estatística das Nações Unidas com base em UN (2000a).
136
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
no momento em que o Relatório é preparado. Para
que um país seja incluído no índice, os dados
devem, preferencialmente, estar disponíveis nas
agências estatísticas internacionais relevantes para
todas as quatro componentes do índice. Quando
faltam dados para uma das componentes, o país
pode ainda ser incluído se for possível encontrar
uma estimativa razoável numa outra fonte.
Devido às sucessivas revisões nos dados e na
metodologia, os valores e as ordenações do IDH
não são comparáveis entre as edições do Relatório.
O quadro 2 do Relatório deste ano apresenta
tendências comparáveis do IDH, baseadas em
metodologia e dados consistentes
ESPERANÇA
DE VIDA À NASCENÇA
As estimativas da esperança de vida utilizadas no
Relatório são as da revisão de 2000 da base de
dados World Population Prospects (UN 2001d),
da Divisão da População das Nações Unidas. Esta
Divisão da ONU produz, semestralmente, estimativas e projecções da população mundial. Na
revisão de 2000, foram feitos importantes ajustamentos para permitir a incorporação do impacte
demográfico do HIV/SIDA, o qual conduziu a
mudanças significativas nas estimativas e projecções da esperança de vida para muitos países,
em particular na África Subsariana.
As estimativas da esperança de vida publicadas
pela Divisão da População das Nações Unidas são
médias de cinco anos. As estimativas da esperança
de vida para 1999, apresentadas no quadro 1 (sobre
o IDH), foram obtidas através duma interpolação
linear baseada nessas médias de cinco anos.
Enquanto os índices de desenvolvimento humano
requerem estimativas anuais, outros quadros que
mostram dados deste tipo, como o quadro 8 (sobre
a sobrevivência), apresentam as médias de cinco anos
sem as alterar. As estimativas para anos posteriores a 2000 recorrem a projecções de médias móveis.
ALFABETIZAÇÃO
DE ADULTOS
As taxas de alfabetização de adultos apresentadas
no Relatório são estimativas e projecções da
CAIXA 5
O Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos
O Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos
(IALS) é a primeira avaliação comparativa internacional
do mundo sobre qualificações de literacia dos adultos.
O estudo do IALS combinou métodos de inquérito às
famílias e avaliação do ensino para fornecer estimativas
comparáveis de qualificações de literacia para 24 países.
Os inquéritos analisam amostras representativas de adultos (16-65 anos), em suas casas, pedindo-lhes para
realizarem um conjunto de tarefas comuns utilizando
materiais próprios de uma grande variedade de contextos sociais e culturais. O estudo do IALS foi patrocinado
conjuntamente pelas Estatísticas do Canadá, Centro dos
Estados Unidos para Estatísticas da Educação e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Económico (OCDE).
Enquanto as medidas tradicionais de literacia focam,
principalmente, a aptidão para decifrar a palavra escrita,
o estudo do IALS define literacia como a aptidão para
compreender e utilizar a informação escrita nas actividades diárias em casa, no trabalho e na comunidade. Coligiu os dados transversais dos países, para assegurar que
os resultados são comparáveis entre países com línguas
e culturas diferentes e que todas as fontes conhecidas de
enviesamento são corrigidas.
O IALS relata sobre três áreas de literacia:
• Literacia de prosa – o conhecimento e as qualificações
necessárias para compreender e utilizar informação de textos, incluindo editoriais e artigos de jornais, poemas e ficção.
• Literacia documental – o conhecimento e as qualificações requeridas para localizar e utilizar informação
em diferentes formatos, incluindo mapas, gráficos,
quadros, impressos de pagamentos ou de pedidos de
emprego e horários de transportes.
• Literacia quantitativa – o conhecimento e as qualificações requeridas para aplicar operações aritméticas aos
números em materiais impressos, tais como utilizar um
livro de cheques, calcular uma gorjeta, completar um
impresso de encomendas ou calcular, num anúncio, o
montante do juro de um empréstimo.
A análise dos dados do IALS revela vários factos
importantes. Primeiro, os países diferem muito no nível
e na distribuição social das qualificações de literacia.
Segundo, essas diferenças podem ser atribuídas a um
punhado de factores básicos, incluindo diferenças entre
países na quantidade e na qualidade do ensino inicial. No
entanto, os resultados também sugerem que vários aspectos da vida adulta, incluindo o uso das qualificações de literacia em casa e no trabalho, transformam as qualificações
depois do ensino formal. Finalmente, em muitos países,
as qualificações de literacia têm um papel importante na
afectação das oportunidades económicas, premiando os
qualificados e penalizando os pouco qualificados.
Os IALS poderão começar, em 2002, um novo ciclo
de recolha de dados, para melhor compreender o papel das
qualificações de literacia na determinação dos resultados
económicos dos indivíduos e, por extensão, dos países. Uma
análise completa dos dados disponíveis actualmente pode
ser encontrada em OCDE e Statistics Canadá (2000).
Este Relatório utiliza a percentagem de adultos com qualificações deficientes na literacia funcional, definido com base
na literacia de prosa, no índice de pobreza humana de um
conjunto de países da OCDE, apresentados no quadro 4.
Fonte: Murray 2001.
NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
137
UNESCO, da sua avaliação da alfabetização de
Fevereiro de 2000. Estas estimativas e projecções
baseiam-se nos dados da população publicados
na revisão de 1998 da base de dados World Population Prospects (UN 1998) e em novas estatísticas de alfabetização recolhidas através de censos
nacionais da população, ou através de processos de
estimação mais aperfeiçoados.
ESCOLARIZAÇÃO
BRUTA COMBINADA
DO PRIM Á RIO , SECUNDARIO E SUPERIOR
As taxas de escolarização bruta de 1999 apresentadas
no Relatório são estimativas provisórias da
UNESCO, baseadas na revisão de 1998 das estimativas e projecções da população. Estas taxas são
calculadas dividindo o número de crianças matriculadas em cada nível de escolarização pelo número
de crianças no grupo de idades correspondente ao
nível. Elas são, assim, afectadas pela idade e sexo
específicos da população estimada, publicada pela
Divisão da População, e pelos métodos e calendarização dos inquéritos utilizados pelos registos
administrativos, censos da população e inquéritos
nacionais de educação. Contudo, a UNESCO revê
periodicamente a sua metodologia para a projecção
e estimação da escolarização.
As taxas de escolarização brutas podem esconder diferenças importantes entre países, devido às
diferenças entre os grupos de idades correspondentes a cada nível de escolarização e à duração dos
programas de educação. Factores como as repetições
de ano escolar podem, também, conduzir as distorções nos dados. Para o IDH, o indicador de
acesso à educação preferido como um substituto do
conhecimento é a escolarização líquida, cujos dados
são coligidos por anos simples de idade. Porque este
indicador mede apenas a escolarização de um grupo
específico de idades, os dados podem ser agregados de forma mais fácil e mais fidedigna e podem
ser usados em comparações internacionais. Mas os
dados da escolarização líquida só estão disponíveis
para um número muito reduzido de países, o que
não justifica a sua utilização no IDH.
PIB
PER CAPITA ( DOLARES
PPC)
Os dados do PIB per capita (dólares PPC) utilizados no cálculo do IDH são fornecidos pelo
Banco Mundial. São baseados nos últimos inquéritos do Programa de Comparações Internacionais
138
(PCI), que cobrem 118 países, o maior número de
sempre nos inquéritos do PCI. O Banco Mundial
também forneceu estimativas baseadas nesses
inquéritos para mais 44 países e regiões.
Os inquéritos foram realizados separadamente
em diferentes regiões. Porque os dados regionais
são expressos em moedas diferentes e podem estar
baseados em diferentes sistemas de classificação ou
fórmulas de agregação, os dados não são exactamente comparáveis entre regiões. Os dados de
preços e despesas dos inquéritos regionais foram
combinados utilizando um sistema de classificação
padrão para compilar dados PPC comparáveis
internacionalmente. O ano base para os dados
PPC é 1996; os dados para o ano de referência,
1998, foram extrapolados utilizando variações relativas de preços, no tempo, entre cada país e os Estados Unidos, o país base. Para os países não cobertos
pelo Banco Mundial, as estimativas PPC são dos
Penn World Tables 6.0 (Aten, Heston e Summers
2001).
DADOS, METODOLOGIA E APRESENTAÇÃO DOS
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Baseado nos melhoramentos feitos em 2000, o
Relatório deste ano apresenta dados para a maior
parte dos indicadores fundamentais, com um desfasamento de apenas dois anos entre o ano de
referência dos indicadores e o ano de lançamento
do Relatório. As definições dos termos estatísticos
foram revistas e alargadas para incluir todos os
indicadores que podem ser definidos de forma
curta mas significativa. Além disso, a transparência das fontes foi ainda mais aperfeiçoada. Quando
uma agência fornece dados que coligiu a partir de
outras fontes, ambas as fontes são indicadas nas
notas dos quadros. Mas quando uma organização
estatística internacional se baseia no trabalho de
muito outros contribuintes, apenas a última fonte
é indicada. As notas sobre as fontes também
mostram os dados originais das componentes utilizadas em todos os cálculos do Gabinete do
Relatório do Desenvolvimento Humano, para assegurar que todos os cálculos possam ser repetidos
facilmente.
CLASSIFICAÇÃO
DOS PA Í SES
Os quadros de indicadores incluem os países membros da ONU, juntamente com a Suíça e Hong
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Kong, China (RAE). Os países são classificados de
quatro formas: nos principais agregados mundiais,
por regiões, segundo o nível de desenvolvimento
humano e segundo o rendimento (ver as classificações dos países). Estas designações não exprimem,
necessariamente, nenhum julgamento sobre o estádio de desenvolvimento de um país ou região particular. Pelo contrário, são classificações usadas
por diferentes organizações, por razões operacionais. O termo país, como é utilizado no texto e
nos quadros, refere-se, quando apropriado, a territórios ou áreas.
Principais classificações do mundo. Os três grupos mundiais são os países em desenvolvimento,
Europa do Leste e CEI e OCDE. Estes grupos não
são mutuamente exclusivos. (Substituir o grupo
OCDE pelo grupo OCDE de rendimento elevado,
pode dar lugar a grupos mutuamente exclusivos; ver
a classificação dos países). A classificação mundo
representa o universo dos 162 países incluídos nos
principais quadros de indicadores.
Classificações regionais. Os países em desenvolvimento são, depois, classificados nas seguintes
regiões: Países Árabes, Ásia Oriental e Pacífico,
América Latina e Caraíbas, Ásia do Sul, Europa do
Sul e África Subsariana. Estas classificações regionais são consistentes com as Agências Regionais do
PNUD. Uma classificação adicional é a dos países
menos desenvolvidos, tal como definidos pelas
Nações Unidas (e incluídos em UN 1996). Senegal foi incluído na lista dos países menos desenvolvidos, em 12 de Abril de 2001, mas não foi
considerado nos agregados para este grupo, no
Relatório deste ano, porque a sua inclusão foi feita
depois da construção desses agregados.
Classificações de desenvolvimento humano.
Todos os países são classificados em três grupos,
segundo a realização em desenvolvimento humano:
desenvolvimento humano elevado (com IDH igual
ou superior a 0,800), desenvolvimento humano
médio (0,500-0,799) e desenvolvimento humano
baixo (menos de 0,500).
Classificações de rendimento. Todos os países
são agrupados pelo rendimento, segundo a classificação do Banco Mundial: rendimento elevado
(PNB per capita igual ou superior a 9.266 dólares,
em 1998), rendimento médio (756-9.265 dólares)
e rendimento baixo (755 dólares ou menos).
AGREGADOS
E TAXAS DE CRESCIMENTO
Agregados. Os agregados para as classificações
descritas acima são apresentados no fim da maior
parte dos quadros. Os agregados que representam
o total da classificação (como a população) são
indicados com um T. Devido aos arredondamentos, a soma dos agregados de subgrupos pode não
ser igual ao total mundial. Todos os outros agregados são médias ponderadas.
Um agregado só é apresentado para uma classificação quando os dados estão disponíveis para dois
terços dos países e representam dois terços do peso
disponível nessa classificação, com excepção dos
casos em que há uma indicação diferente. O Gabi-
CAIXA 6
Um índice composto para medir o desempenho dos sistemas de saúde
Numa nova iniciativa corajosa, a Organização Mundial
da Saúde desenvolveu um índice composto para medir
o desempenho dos sistemas de saúde em 191 países. De
acordo com o World Health Report 2000 (WHO
2000b), podem ser realizados progressos importantes
nos resultados da saúde, mesmo sem novas tecnologias
médicas-apenas melhorando o modo como são organizadas e distribuídas as intervenções de saúde actualmente disponíveis. Diferenças nos resultados de saúde
entre países reflectem, frequentemente, diferenças no
desempenho dos seus sistemas de saúde. E diferenças nos
resultados entre grupos dentro dos países podem, muitas
vezes, ser atribuídas às disparidades nos serviços de
saúde disponíveis para esses grupos.
Uma característica notável do índice composto é a
de resumir o desempenho, quer em termos do nível
global de realização dos objectivos, quer da distribuição
dessa realização, dando a mesma ponderação a estes
dois aspectos. O índice é constituído por cinco componentes: boa saúde global, distribuição da boa saúde,
receptividade global, distribuição da receptividade e
equidade nas contribuições financeiras. A boa saúde é
medida pela esperança de vida ajustada à deficiência e
a distribuição da boa saúde pela equidade do índice de
sobrevivência infantil. A receptividade global do sistema de saúde e a distribuição da receptividade são
medidas com base nas repostas de inquéritos relativos
ao respeito pelos pacientes e orientação dos clientes. E
a equidade nas contribuições financeiras é estimada utilizando o rácio entre a despesa total das famílias com a
saúde e o seu rendimento permanente acima da subsistência.
Fonte: Baseado em WHO 2000b.
NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
139
nete do Relatório do Desenvolvimento Humano
não preenche dados que faltam para efeitos de agregação. Portanto, os agregados para cada classificação apenas representam os países para os quais
existem dados disponíveis e estão indicados nos
quadros. Os agregados não são apresentados quando
não existem processos adequados de ponderação.
Os agregados para os índices, taxas de crescimento e indicadores que cobrem mais do que um
ponto no tempo são baseados apenas nos países
para os quais existem dados para todos os pontos
necessários no tempo. Para a classificação mundial,
que apenas se refere ao universo dos 162 países, os
agregados nunca são apresentados quando não
existe nenhum agregado para uma ou mais regiões.
Os agregados do Relatório do Desenvolvimento Humano não são conformes com os de
outras publicações, devido às diferenças na classificação dos países e na metodologia. Quando indicado, os agregados são calculados pela agência de
estatísticas que fornece o próprio indicador.
Taxas de crescimento. As taxas de crescimento para vários anos são expressas como taxas
anuais médias de variação. No cálculo das taxas
pelo Gabinete do Relatório do Desenvolvimento
Humano são utilizados apenas os pontos inicial e
final. As taxas de crescimento de ano para ano
são expressas como variações percentuais anuais.
APRESENTAÇÃO
Nos quadros de indicadores, os países e áreas estão
ordenados por ordem decrescente dos seus valores
140
IDH. Para localizar um país nos quadros, recorrese à lista e ordem dos países na aba da contracapa,
que lista os países alfabeticamente com a sua ordem
IDH.
Pequenas citações das fontes são apresentadas no fim de cada quadro. Estas correspondem à referência completa nas fontes estatísticas
que se seguem aos quadros de indicadores e à
nota técnica. Quando apropriado, as definições
de indicadores aparecem nas definições dos termos estatísticos. Todas as outras informações
relevantes aparecem nas notas no fim de cada
quadro.
Devido à falta de dados comparáveis, nem
todos os países foram incluídos nos quadros de
indicadores. Para os países membros da ONU
não incluídos nos principais quadros de indicadores, são apresentados indicadores básicos de
desenvolvimento humano num quadro separado.
Na ausência das expressões anual, taxa anual
e taxa de crescimento, um hífen entre dois anos
indica que o dado foi recolhido durante um dos
anos referidos, tal como 1995-99. Uma barra entre
dois anos assinala uma média para os anos indicados, tal como 1996/98. Utilizaram-se os seguintes
símbolos:
..
(.)
<
–
T
Dados não disponíveis.
Menos de metade da unidade indicada.
Menor que.
Não aplicável.
Total.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
1 Índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH a
MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . .
Taxa de escolarização bruta
Taxa de
combinada
Esperança alfabetização do primário,
de vida
de adultos secundário
PIB
Índice
à nascença (% 15 anos
e superior
per capita da esperança
(anos)
e mais)
(%) b
(dólares PPC)
de vida
1999
1999
1999
1999
1999
Índice da
educação
1999
Ordem do PIB
Valor do
per capita
índice de
(dólares
desenvolvimento PPC)
Índice
humano
menos
do PIB
(IDH)
ordem
1999
1999
IDH c
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
78,4
78,8
78,7
79,6
78,2
—
—
—
—
—
d
d
d
d
d
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
76,8
79,1
78,0
80,8
77,4
—
—
—
—
—
d
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
78,8
77,2
78,4
77,5
76,1
—
—
—
—
—
d
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
77,9
77,6
76,4
77,4
78,4
—
—
—
—
98,4
d
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
78,3
78,6
78,1
79,4
77,9
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
31
32
33
34
35
d
d
d
d
d
d
d
d
97
116
97
101
109
95
89
102
82
103
84
73
94
106
97
e
e
e
e
e
f
e
28.433
24.574
26.251
22.636
25.443
0,89
0,90
0,89
0,91
0,89
0,98
0,99
0,98
0,99
0,99
0,94
0,92
0,93
0,90
0,92
0,939
0,936
0,936
0,936
0,935
2
10
3
13
4
31.872
27.835
24.215
24.898
23.096
0,86
0,90
0,88
0,93
0,87
0,98
0,96
0,99
0,93
0,99
0,96
0,94
0,92
0,92
0,91
0,934
0,932
0,931
0,928
0,925
-4
-3
5
2
5
0,90
0,87
0,89
0,87
0,85
0,94
0,90
0,97
0,99
0,98
0,94
1,00
0,91
0,90
0,93
0,924
0,924
0,924
0,923
0,921
-6
-11
3
5
-7
27.171
42.769
22.897
22.093
25.869
g
90
94
91
99
84
25.089
23.742
25.918
19.104
22.172
0,88
0,88
0,86
0,87
0,89
0,96
0,97
0,96
0,99
0,94
0,92
0,91
0,93
0,88
0,90
0,921
0,921
0,916
0,913
0,909
-6
-3
-11
3
-2
97,6
95,8
97,1
93,3
96,9
95
83
81
63
69
18.079
18.440
15.414
22.090
19.006
0,89
0,89
0,89
0,91
0,88
0,97
0,91
0,92
0,83
0,87
0,87
0,87
0,84
0,90
0,88
0,908
0,893
0,881
0,880
0,877
6
3
10
-4
-2
77,4
74,7
75,5
75,3
77,9
92,1
97,6
91,9
99,6
91,8
75
90
96
83
80
20.767
15.712
16.064
15.977
15.189
0,87
0,83
0,84
0,84
0,88
0,87
0,95
0,93
0,94
0,88
0,89
0,84
0,85
0,85
0,84
0,876
0,875
0,874
0,874
0,866
-5
5
2
2
5
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
76,6
75,7
74,7
73,2
73,1
97,0
91,0
—
96,7
—
j. k
77
76
70
83
76
14.353
17.868
13.018
12.277
10.591
0,86
0,85
0,83
0,80
0,80
0,90
0,86
0,89
0,92
0,91
0,83
0,87
0,81
0,80
0,78
0,864
0,857
0,844
0,842
0,831
5
-4
6
6
8
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
71,1
74,2
73,1
75,2
73,1
99,3
97,7
99,7
95,6
87,1
d
81
79
84
78
80
11.430
8.879
8.450
8.652
13.688
0,77
0,82
0,80
0,84
0,80
0,93
0,92
0,94
0,90
0,85
0,79
0,75
0,74
0,74
0,82
0,829
0,828
0,828
0,825
0,824
5
9
11
9
-3
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
76,2
69,2
76,0
70,3
74,8
95,5
95,7
81,9
98,0
75,1
67
74
59
86
68
8.860
15.258
17.289
8.355
18.162
0,85
0,74
0,85
0,76
0,83
0,86
0,89
0,74
0,94
0,73
0,75
0,84
0,86
0,74
0,87
0,821
0,820
0,818
0,812
0,809
6
-8
-14
6
-19
73,6
71,8
69,3
98,2
99,5
80,8
68
80
75
7.387
6.656
18.789
0,81
0,78
0,74
0,88
0,93
0,79
0,72
0,70
0,87
0,803
0,803
0,801
10
13
-24
74,1
70,1
93,5
99,8
65
82
8.176
6.264
0,82
0,75
0,84
0,93
0,74
0,69
0,798
0,791
4
12
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
d
d
d
d
d
d
d
j. k
d
h
i
j. l
i
i
i
i
j. l
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
d
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
141
1 Índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH a
Taxa de escolarização bruta
Taxa de
combinada
Esperança alfabetização do primário,
de vida
de adultos secundário
PIB
Índice
à nascença (% 15 anos
e superior
per capita da esperança
(dólares PPC)
de vida
(anos)
e mais)
(%) b
1999
1999
1999
1999
1999
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
72,4
73,9
68,5
73,8
66,1
91,1
91,7
99,5
93,1
99,5
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
72,2
70,8
69,8
70,3
73,0
87,0
98,3
98,0
79,1
94,0
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
72,7
70,9
71,1
70,4
72,9
92,3
91,5
84,2
93,0
85,6
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
69,9
68,8
71,3
67,5
69,0
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
76
77
78
79
80
Índice da
educação
1999
Ordem do PIB
Valor do
per capita
índice de
(dólares
desenvolvimento PPC)
Índice
humano
menos
do PIB
(IDH)
ordem
1999
1999
IDH c
71
74
77
73
78
8.297
5.875
6.876
4.959
7.473
0,79
0,81
0,73
0,81
0,69
0,84
0,86
0,92
0,86
0,92
0,74
0,68
0,71
0,65
0,72
0,790
0,784
0,782
0,776
0,775
0
15
5
21
0
66
72
69
92
70
8.209
5.071
6.041
7.570
4.651
0,79
0,76
0,75
0,75
0,80
0,80
0,90
0,88
0,83
0,86
0,74
0,66
0,68
0,72
0,64
0,774
0,772
0,772
0,770
0,766
-4
16
6
-5
20
65
73
63
83
78
5.495
5.749
9.107
4.178
4.705
0,79
0,76
0,77
0,76
0,80
0,83
0,85
0,77
0,89
0,83
0,67
0,68
0,75
0,62
0,64
0,765
0,765
0,765
0,758
0,758
10
6
-19
23
13
95,3
92,6
76,1
84,9
95,1
60
84
61
80
82
6.132
4.799
10.815
7.037
3.805
0,75
0,73
0,77
0,71
0,73
0,84
0,90
0,71
0,83
0,91
0,69
0,65
0,78
0,71
0,61
0,757
0,757
0,754
0,750
0,749
-3
10
-26
-12
21
70,8
72,7
68,5
68,1
64,4
70,3
98,3
89,6
99,6
99,0
58
80
80
77
77
13.356
2.215
4.622
3.458
4.951
0,76
0,80
0,72
0,72
0,66
0,66
0,92
0,86
0,92
0,92
0,82
0,52
0,64
0,59
0,65
0,747
0,745
0,743
0,742
0,742
-33
44
8
22
1
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
73,0
66,1
75,1
71,3
69,9
99,6
96,2
86,4
97,0
93,0
70
77
62
71
64
2.431
4.423
3.561
2.850
4.384
0,80
0,68
0,84
0,77
0,75
0,89
0,90
0,78
0,88
0,83
0,53
0,63
0,60
0,56
0,63
0,742
0,739
0,738
0,738
0,738
32
7
17
27
5
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
71,9
69,5
65,9
69,8
73,0
91,4
84,6
98,0
91,0
84,0
70
62
81
77
71
3.279
6.380
3.347
2.994
3.189
0,78
0,74
0,68
0,75
0,80
0,84
0,77
0,92
0,86
0,80
0,58
0,69
0,59
0,57
0,58
0,735
0,735
0,730
0,726
0,725
19
-21
16
19
16
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
67,2
70,2
70,1
69,9
68,5
83,2
83,5
89,2
69,9
75,7
72
73
55
74
73
5.507
3.617
3.955
5.957
5.531
0,70
0,75
0,75
0,75
0,73
0,79
0,80
0,78
0,71
0,75
0,67
0,60
0,61
0,68
0,67
0,722
0,718
0,714
0,714
0,714
-16
7
2
-23
-21
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
69,4
67,4
63,3
53,9
69,5
73,6
97,0
98,4
84,9
78,3
77
68
66
93
63
4.490
2.573
3.640
8.908
4.344
0,74
0,71
0,64
0,48
0,74
0,75
0,87
0,87
0,87
0,73
0,63
0,54
0,60
0,75
0,63
0,708
0,707
0,704
0,702
0,701
-9
15
0
-49
-9
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
68,9
70,9
66,6
68,7
69,3
80,2
73,6
98,7
88,5
66,6
65
63
72
76
72
4.047
4.454
2.037
2.251
5.063
0,73
0,76
0,69
0,73
0,74
0,75
0,70
0,90
0,84
0,69
0,62
0,63
0,50
0,52
0,66
0,701
0,700
0,699
0,698
0,693
-8
-14
19
15
-26
96
97
98
99
100
142
d
d
j. k
j. k
d
j. k
d. j. k
j. k
j. k
j. k
j. l
i
i
j. l
i
i
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
1 Índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH a
Taxa de escolarização bruta
Taxa de
combinada
Esperança alfabetização do primário,
de vida
de adultos secundário
PIB
Índice
à nascença (% 15 anos
e superior
per capita da esperança
(anos)
e mais)
(%) b
(dólares PPC)
de vida
1999
1999
1999
1999
1999
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
67,8
65,8
67,4
62,0
66,9
93,1
86,3
99,1
85,0
54,6
67
65
67
70
76
1.860
2.857
1.031
2.355
3.420
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
68,1
65,7
64,5
52,6
50,6
68,2
74,0
68,1
63,0
82,2
63
61
49
86
64
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
44,9
67,2
47,0
41,9
62,9
81,4
48,0
78,9
76,4
56,5
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
62,5
42,9
56,0
56,6
47,9
62,3
88,0
84,4
70,3
82,9
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
56,4
56,2
51,3
59,4
50,0
51,1
68,2
63,9
81,5
59,2
74,8
79,5
d
j. k
m
Índice da
educação
1999
Ordem do PIB
Valor do
per capita
índice de
(dólares
desenvolvimento PPC)
Índice
humano
menos
do PIB
(IDH)
ordem
1999
1999
IDH c
0,71
0,68
0,71
0,62
0,70
0,84
0,79
0,88
0,80
0,62
0,49
0,56
0,39
0,53
0,59
0,682
0,677
0,660
0,648
0,635
19
3
36
7
-8
2.279
2.340
3.674
6.024
4.676
0,72
0,68
0,66
0,46
0,43
0,66
0,70
0,62
0,71
0,76
0,52
0,53
0,60
0,68
0,64
0,635
0,634
0,626
0,617
0,610
7
5
-16
-44
-31
78
52
72
70
56
5.468
3.419
3.987
6.872
2.248
0,33
0,70
0,37
0,28
0,63
0,80
0,49
0,77
0,74
0,56
0,67
0,59
0,62
0,71
0,52
0,601
0,596
0,583
0,577
0,571
-39
-14
-24
-55
0
58
65
55
42
61
1.711
2.876
1.027
1.881
1.854
0,62
0,30
0,52
0,53
0,38
0,61
0,80
0,75
0,61
0,75
0,47
0,56
0,39
0,49
0,49
0,569
0,554
0,551
0,542
0,541
7
-13
22
0
1
62
39
51
36
43
63
1.361
2.367
1.022
1.429
1.573
727
0,52
0,52
0,44
0,57
0,42
0,44
0,66
0,55
0,71
0,51
0,64
0,74
0,44
0,53
0,39
0,44
0,46
0,33
0,541
0,534
0,514
0,510
0,506
0,502
13
-12
18
7
2
29
40
62
60
33 n
1.834
1.410
1.237
1.341
0,58
0,44
0,55
0,61
0,43
0,58
0,47
0,39
0,49
0,44
0,42
0,43
0,498
0,489
0,480
0,477
-5
5
7
5
0,47
0,57
0,59
0,46
0,45
0,51
0,39
0,47
0,50
0,59
0,45
0,45
0,35
0,45
0,35
0,476
0,470
0,468
0,467
0,462
-2
-4
16
-4
16
0,44
0,32
0,51
0,43
0,44
0,57
0,50
0,49
0,41
0,61
0,36
0,53
0,32
0,46
0,27
0,455
0,447
0,439
0,437
0,436
11
-28
19
-14
21
0,30
0,43
0,27
0,38
0,47
0,59
0,51
0,68
0,43
0,36
0,41
0,35
0,34
0,47
0,44
0,435
0,429
0,427
0,426
0,423
-4
8
9
-20
-13
0,33
0,48
0,45
0,35
0,37
0,36
0,41
0,44
0,39
0,33
0,58
0,37
0,36
0,46
0,49
0,422
0,420
0,416
0,398
0,397
-44
-4
-3
-23
-32
j. l
j. l
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
59,6
51,6
58,1
61,5
45,0
56,3
40,4
42,0
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
53,1
58,9
60,1
52,4
52,2
47,3
40,8
45,2
48,8
65,7
58
37
51
52
44
1.471
1.483
806
1.464
799
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tanzânia
51,5
44,0
55,6
51,1
51,1
62,6
63,4
56,9
41,6
74,7
45
22
34
41
32
853
2.377
664
1.609
501
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
43,2
51,0
41,0
47,8
52,9
66,1
60,3
77,2
45,7
36,4
45
32
49
38
36
1.167
801
756
1.654
1.419
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
45,0
53,6
51,8
45,9
47,1
42,0
39,0
52,7
35,7
35,0
23
45
26
45
28
3.179
933
880
1.580
1.934
j. k
j. k
j. k
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
j. l
j. l
i
143
1 Índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH a
Taxa de escolarização bruta
Taxa de
combinada
Esperança alfabetização do primário,
de vida
de adultos secundário
PIB
Índice
à nascença (% 15 anos
e superior
per capita da esperança
(anos)
e mais)
(%) b
(dólares PPC)
de vida
1999
1999
1999
1999
1999
Índice da
educação
1999
Ordem do PIB
Valor do
per capita
índice de
(dólares
desenvolvimento PPC)
Índice
humano
menos
do PIB
(IDH)
ordem
1999
1999
IDH c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
40,3
39,9
51,2
44,3
45,5
59,2
65,8
39,8
45,4
41,0
73
40
28
24
31
586
885
753
1.166
850
0,26
0,25
0,44
0,32
0,34
0,64
0,57
0,36
0,38
0,38
0,30
0,36
0,34
0,41
0,36
0,397
0,395
0,378
0,372
0,359
8
-8
0
-16
-7
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
44,5
39,8
44,1
46,1
40,6
37,7
43,2
37,4
23,0
46,9
37
23
27
23
19
678
861
628
965
578
0,33
0,25
0,32
0,35
0,26
0,37
0,36
0,34
0,23
0,37
0,32
0,36
0,31
0,38
0,29
0,339
0,323
0,321
0,320
0,309
0
-11
0
-17
0
44,8
38,3
15,3
32,0
16
27
753
448
0,33
0,22
0,15
0,30
0,34
0,25
0,274
0,258
-7
0
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
64,5
51,7
66,4
69,2
69,6
62,5
48,8
68,5
76,6
78,0
72,9
51,6
61,3
85,3
87,8
55,1
59,6
98,6
—
—
61
38
63
71
74
53
42
77
87
94
3.530
1.170
4.550
3.950
6.880
2.280
1.640
6.290
22.020
26.050
0,66
0,45
0,69
0,74
0,74
0,63
0,40
0,73
0,86
0,88
0,69
0,47
0,62
0,81
0,83
0,54
0,54
0,91
0,94
0,97
0,59
0,41
0,64
0,61
0,71
0,52
0,47
0,69
0,90
0,93
0,647
0,442
0,648
0,719
0,760
0,564
0,467
0,777
0,900 o
0,928 o
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
77,3
66,8
52,6
—
78,5
48,9
o
91
67
38
23.410
3.850
1.200
0,87
0,70
0,46
0,96
0,75
0,45
0,91
0,61
0,41
0,914 o
0,684
0,442
–
–
–
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
78,0
69,5
59,4
—
85,7
61,8
o
93
74
51
25.860
5.310
1.910
0,88
0,74
0,57
0,97
0,82
0,58
0,93
0,66
0,49
0,926 o
0,740
0,549
–
–
–
Mundo
66,7
—
o
65
6.980
0,70
0,74
0,71
0,716 o
–
161 Níger
162 Serra Leoa
j. k
o
o
Notas: O índice de desenvolvimento humano foi calculado para os países membros da ONU, com dados fidedignos em cada uma das suas componentes, bem como para dois não membros, Suíça e Hong
Kong, China (RAE), Para os dados dos restantes 29 países membros da ONU ver quadro 28.
a. A ordenação do IDH é determinada utilizando valores IDH até à quinta casa decimal.
b. Estimativas provisórias da UNESCO, sujeitas a revisão futura.
c. Um valor positivo indica que a ordenação do IDH é mais elevada que a do PIB per capita (dólares PPC), um valor negativo indica o inverso.
d. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 99,0%.
e. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 100,0%.
f. O rácio é subestimado, porque muitos estudantes do secundário e do superior prosseguem os seus estudos em países vizinhos.
g. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 40.000 dólares (PPC).
h. Exclui estudantes e população Turcas.
i. Os dados referem-se a um ano diferente do indicado.
j. Os dados referem-se a ano ou período diferente do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a parte do país.
k. UNICEF 2000.
l. Aten. Heston e Summers 2001.
m. UNICEF 2001a.
n. Estimativas do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseadas em fontes nacionais.
o. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 99,0% para os países da OCDE que não possuem dados sobre alfabetização de adultos. Os agregados resultantes (97,5% para os países da OCDE,
98,8% para os países da OCDE de rendimento elevado, 98,5% para os países de desenvolvimento humano elevado, 98,6% para os países de rendimento elevado e 79,2% para o mundo) foram utilizados
para calcular os agregados IDH.
Fontes: Coluna 1: UN 2001d: excepto quando indicado de outro modo; coluna 2: UNESCO 2000a; coluna 3: UNESCO 2001b; coluna 4: excepto quando indicado de outro modo, World Bank 2001b; agregados calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; coluna 5: calculado com base nos dados da coluna 1; coluna 6: calculado com base nos dados das colunas 2 e 3; coluna 7: calculado com base nos dados da coluna 4; coluna 8: calculado com base nos dados das colunas 5-7; ver nota técnica 1 para pormenores; coluna 9: calculado com base nos dados das
colunas 4 e 8.
144
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
2 Tendências do
índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH
MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . .
1975
1980
1985
1990
1995
1999
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
0,856
0,842
0,867
0,862
0,845
0,875
0,859
0,882
0,872
0,861
0,887
0,871
0,904
0,882
0,874
0,899
0,886
0,925
0,892
0,895
0,924
0,926
0,930
0,924
0,925
0,939
0,936
0,936
0,936
0,935
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
0,861
0,860
0,860
0,851
0,835
0,882
0,883
0,872
0,876
0,854
0,896
0,891
0,886
0,891
0,872
0,912
0,910
0,900
0,907
0,894
0,923
0,916
0,921
0,920
0,907
0,934
0,932
0,931
0,928
0,925
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
0,872
0,826
0,846
0,839
0,866
0,884
0,841
0,862
0,846
0,874
0,891
0,855
0,874
0,856
0,881
0,904
0,879
0,896
0,876
0,889
0,912
0,907
0,913
0,914
0,905
0,924
0,924
0,924
0,923
0,921
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
0,839
—
0,816
0,846
0,827
0,853
—
0,828
0,853
0,845
0,866
—
0,843
0,865
0,855
0,889
—
0,868
0,873
0,878
0,908
0,905
0,891
0,900
0,895
0,921
0,921
0,916
0,913
0,909
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
0,817
0,804
0,800
0,754
—
0,837
0,825
0,821
0,793
0,800
0,853
0,843
0,841
0,820
0,819
0,875
0,859
0,857
0,857
0,843
0,893
0,879
0,867
0,875
0,864
0,908
0,893
0,881
0,880
0,877
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
0,719
0,687
0,735
—
—
0,753
0,729
0,758
—
—
0,779
0,771
0,785
—
—
0,816
0,814
0,818
0,843
—
0,855
0,851
0,853
0,850
—
0,876
0,875
0,874
0,874
0,866
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
—
—
0,784
—
—
—
—
0,798
—
—
—
—
0,804
0,811
—
—
0,833
0,807
0,818
—
—
0,841
0,829
0,816
0,864
0,857
0,844
0,842
0,831
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
0,775
0,755
—
0,700
—
0,791
0,775
—
0,735
—
0,803
0,779
—
0,752
—
0,803
0,800
0,790
0,779
—
0,807
0,813
0,807
0,809
—
0,829
0,828
0,828
0,825
0,824
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
0,745
—
—
—
—
0,769
—
—
—
—
0,770
—
—
—
—
0,789
—
—
—
—
0,807
—
—
—
—
0,821
0,820
0,818
0,812
0,809
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0,794
0,814
—
0,787
0,780
—
0,803
0,803
0,801
0,719
—
0,752
0,788
0,771
0,801
0,778
0,803
0,784
0,761
0,798
0,791
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
145
2 Tendências do
índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH
1975
1980
1985
1990
1995
1999
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
0,688
0,711
—
—
—
0,732
0,730
—
0,710
0,809
0,750
0,745
—
0,718
0,826
0,759
0,746
0,808
0,751
0,823
0,772
0,769
0,774
0,769
0,778
0,790
0,784
0,782
0,776
0,775
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
0,614
—
0,753
—
—
0,657
0,760
0,787
—
—
0,691
0,781
0,793
—
—
0,720
0,783
0,775
—
—
0,758
0,775
0,771
—
—
0,774
0,772
0,772
0,770
0,766
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
0,715
0,657
0,628
—
—
0,730
0,686
0,655
—
—
0,737
0,700
0,685
—
—
0,756
0,720
0,721
—
—
0,764
0,746
0,745
—
—
0,765
0,765
0,765
0,758
0,758
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
0,603
0,656
0,587
0,641
0,649
0,645
0,679
0,647
0,676
0,683
0,675
0,693
0,669
0,690
0,687
0,713
0,719
0,706
0,710
0,716
0,749
0,740
0,736
0,734
0,733
0,757
0,757
0,754
0,750
0,749
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
—
0,639
—
—
—
—
0,668
—
—
—
—
0,691
—
—
—
—
0,702
0,793
—
—
—
0,729
0,744
—
0,747
0,745
0,743
0,742
0,742
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
—
0,688
—
0,663
—
—
0,692
—
0,698
—
—
0,694
—
0,704
—
—
0,722
—
0,716
—
—
0,735
—
0,733
0,742
0,739
0,738
0,738
0,738
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
0,614
0,592
—
0,623
—
0,648
0,616
—
0,669
0,672
0,674
0,653
—
0,690
0,689
0,695
0,684
—
0,700
0,700
0,717
0,716
—
0,715
0,701
0,735
0,735
0,730
0,726
0,725
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
0,616
0,522
—
0,512
0,556
0,645
0,553
0,637
0,564
0,563
0,667
0,590
0,659
0,611
0,607
0,675
0,624
0,677
0,644
0,645
0,696
0,679
0,704
0,680
0,688
0,722
0,718
0,714
0,714
0,714
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
—
0,678
0,648
0,585
—
—
0,681
0,661
0,584
0,584
—
0,670
0,681
0,604
0,624
—
0,676
0,712
0,642
0,676
—
0,699
0,722
0,681
0,708
0,707
0,704
0,702
0,701
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
0,551
—
—
0,507
0,555
0,593
—
—
0,555
0,646
0,627
—
—
0,605
0,661
0,647
0,758
0,693
0,641
0,685
0,677
0,704
0,683
0,664
0,701
0,700
0,699
0,698
0,693
96
97
98
99
100
146
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
2 Tendências do
índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH
1975
1980
1985
1990
1995
1999
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
—
0,467
—
0,512
0,433
—
0,529
—
0,546
0,481
0,581
0,581
—
0,572
0,531
0,604
0,622
—
0,596
0,573
0,647
0,662
—
0,628
0,603
0,682
0,677
0,660
0,648
0,635
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
0,569
0,517
0,505
—
—
0,580
0,565
0,541
—
—
0,588
0,596
0,554
—
0,486
0,596
0,614
0,577
—
0,507
0,618
0,627
0,608
—
0,535
0,635
0,634
0,626
0,617
0,610
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
0,428
0,507
0,495
0,406
0,530
0,472
0,538
0,558
0,433
0,545
0,506
0,565
0,615
0,472
0,551
0,539
0,611
0,654
0,510
0,624
0,568
0,615
0,621
0,544
0,601
0,596
0,583
0,577
0,571
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
—
0,545
—
0,436
0,478
—
0,570
—
0,466
0,516
0,535
0,621
—
0,480
0,545
0,554
0,598
—
0,505
0,572
0,545
0,563
—
0,524
0,569
0,569
0,554
0,551
0,542
0,541
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
0,420
0,442
—
0,407
0,411
—
0,442
0,488
0,467
0,453
0,461
—
0,463
0,511
0,490
0,502
0,510
—
0,481
0,531
0,498
0,511
0,504
—
0,521
0,521
0,506
0,497
0,505
0,541
0,534
0,514
0,510
0,506
0,502
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
0,343
0,400
0,292
—
0,370
0,446
0,329
—
0,403
0,443
0,370
—
0,441
0,466
0,415
—
0,476
0,474
0,451
—
0,498
0,489
0,480
0,477
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
—
0,332
—
—
0,398
—
0,350
—
0,430
0,431
0,372
0,383
—
0,444
0,425
0,402
0,414
0,407
0,449
0,432
0,443
0,443
0,436
0,456
0,439
0,476
0,470
0,468
0,467
0,462
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
0,326
—
—
0,336
—
0,386
—
—
0,364
—
0,402
—
—
0,382
—
0,423
—
—
0,392
0,422
0,447
—
—
0,420
0,427
0,455
0,447
0,439
0,437
0,436
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
—
—
0,448
0,368
0,311
—
—
0,462
0,402
0,329
0,384
—
0,479
0,411
0,354
0,386
—
0,466
0,414
0,378
0,402
—
0,431
0,414
0,398
0,435
0,429
0,427
0,426
0,423
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
0,286
—
0,271
—
—
0,323
—
0,275
—
—
0,351
—
0,295
—
—
0,359
—
0,314
—
—
0,392
0,398
0,374
—
0,422
0,420
0,416
0,398
0,397
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
147
2 Tendências do
índice de
desenvolvimento
humano
Ordem segundo IDH
1975
1980
1985
1990
1995
1999
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
0,318
0,334
0,251
0,332
0,255
0,343
0,378
0,277
0,349
0,255
0,356
0,394
0,291
0,371
0,296
0,363
0,344
0,310
0,370
0,321
0,401
0,333
0,344
0,368
0,334
0,397
0,395
0,378
0,372
0,359
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
0,251
—
—
0,236
0,282
0,254
0,303
—
0,263
0,308
0,285
0,290
0,272
0,286
0,338
0,306
0,311
0,294
0,294
0,344
0,334
0,313
0,305
0,301
0,315
0,339
0,323
0,321
0,320
0,309
0,234
—
0,253
—
0,244
—
0,254
—
0,260
—
0,274
0,258
161 Níger
162 Serra Leoa
Nota: Em consequência das revisões dos dados, os valores do IDH neste quadro não são exactamente comparáveis com os do quadro 7 do Relatório do Desenvolvimento Humano 2000.
Fonte: Colunas 1-5: calculado com base nos dados da esperança de vida, de UN (2001d); os dados das taxas de alfabetização de adultos são de UNESCO (2000a); os dados das taxas de escolarização bruta
combinada do primário, secundário e superior são de UNESCO (2001b); e os dados do PIB a preços de mercado (dólares constantes de 1995), da população e do PIB per capita (dólares PPC) são de World
Bank (2001b); Coluna 6: coluna 8 do quadro 1.
148
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
3 Pobreza e
privação humanas
MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . .
Países em
desenvolvimento
Índice de pobreza
humana
(IPH-1)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
(%)
Taxa de
Probabilidade
analfaà nascença de betismo
não ultrapassar de adultos
os 40 anos
(% 15 anos
(% de
e
coorte)
mais)
1995-2000 a
1999
População abaixo da linha
Crianças
População
com peso de privação de rendimento Ordem
(%)
que não usa
deficiente
IPH-1
fontes de água menores
1 dólar dia
Linha de
menos
melhoradas
de 5 anos
(1993 dól.
pobreza ordem pri(%)
(%)
PPC)
nacional vação ren1999
1995-2000 b
1983-99 b
1984-99 b dimento c
Desenvolvimento humano elevado
24
25
26
27
31
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
Singapura
Coreia do Sul
Barbados
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
2,0
3,1
2,3
4,0
3,0
6,7
3,1
7,9
2,4
—
—
0
0
8
0
—
—
—
—
5d
—
—
—
<2,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
32
34
37
39
40
Brunei
Argentina
Uruguai
Chile
Barém
—
—
1
3
—
—
—
4,0
4,2
—
3,2
5,6
5,1
4,5
4,7
9,0
3,3
2,3
4,4
12,9
—
21
2
6
—
—
—
5
1
9
—
—
<2,0
<2,0
—
—
17,6
—
20,5
—
—
—
0
2
—
41
42
43
45
48
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Emiratos Árabes Unidos
Catar
2
—
—
—
—
4,0
—
—
—
—
4,0
11,8
3,0
5,4
4,8
4,5
4,3
18,1
24,9
19,2
2
4
—
—
—
5
—
6d
14
6
6,9
—
—
—
—
—
—
—
—
—
-10
—
—
—
—
Desenvolvimento humano médio
49
51
52
54
56
Trindade e Tobago
México
Panamá
Belize
Malásia
5
10
6
14
13
7,9
9,5
8,5
11,0
10,9
4,1
8,3
6,4
6,8
5,0
6,5
8,9
8,3
6,9
13,0
14
14
13
24
5
7d
8
7
6d
18
12,4
12,2
10,3
—
—
21,0
10,1
37,3
—
15,5
-17
-10
-11
—
—
59
61
62
63
64
Líbia
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
27
8
9
16
—
16,7
8,6
9,1
11,5
—
6,4
6,5
10,1
5,4
7,4
20,9
7,7
8,5
15,8
—
28
16
9
0
5
5
5d
8
16
—
—
18,7
11,0
—
—
—
31,3
17,7
10,6
—
—
-19
-9
—
—
65
66
67
68
69
Líbano
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
11
21
37
29
18
10,2
14,0
21,3
17,0
12,9
5,0
9,0
6,3
6,4
11,3
14,4
4,7
7,4
23,9
15,1
0
20
53
5
17
3
19 d
8d
14
6
—
<2,0
—
—
9,0
—
13,1
—
—
22,0
—
14
—
—
-2
70
71
73
77
78
Filipinas
Omã
Peru
Maldivas
Jamaica
23
52
17
25
20
14,7
32,2
12,9
15,8
13,6
8,9
6,8
11,6
12,5
5,4
4,9
29,7
10,4
3,8
13,6
13
61
23
0
29
28
23
8
43
5
—
—
15,5
—
3,2
36,8
—
49,0
—
34,2
—
—
-12
—
5
80
81
82
84
86
Paraguai
Sri Lanka
Turquia
Equador
República Dominicana
12
31
19
28
22
10,2
18,0
12,9
16,8
14,4
8,7
5,8
9,6
11,1
11,9
7,0
8,6
15,4
9,0
16,8
21
17
17
29
21
5
34
8
17 d
6
19,5
6,6
2,4
20,2
3,2
21,8
25,0
—
35,0
20,6
-17
9
6
-10
6
87
88
89
90
91
China
Jordânia
Tunísia
Irão
Cabo Verde
24
7
—
30
36
15,1
8,5
—
17,3
20,9
7,9
7,9
7,8
9,3
10,4
16,5
10,8
30,1
24,3
26,4
25
4
—
5
26
10
5
4
11
14 d
18,5
<2,0
<2,0
—
—
4,6
11,7
14,1
—
—
-8
5
—
—
—
93
94
95
96
97
Guiana
África do Sul
El Salvador
Samoa (Ocidental)
Síria
15
33
32
—
34
11,4
18,7
18,3
—
19,8
15,4
24,4
10,9
7,8
6,9
1,6
15,1
21,7
19,8
26,4
6
14
26
1
20
12
9
12
—
13
—
11,5
26,0
—
—
—
—
48,3
—
—
—
4
-9
—
—
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
149
3 Pobreza e
privação humanas
Países em
desenvolvimento
Índice de pobreza
humana
(IPH-1)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
(%)
Taxa de
Probabilidade
analfaà nascença de betismo
não ultrapassar de adultos
os 40 anos
(% 15 anos
(% de
e
coorte)
mais)
1995-2000 a
1999
População abaixo da linha
Crianças
de
privação de rendimento Ordem
População
com peso
(%)
que não usa
deficiente
IPH-1
fontes de água menores
1 dólar dia
Linha de
menos
melhoradas
de 5 anos
(1993 dól.
pobreza ordem pri(%)
(%)
PPC)
nacional vação ren1999
1995-2000 b
1983-99 b
1984-99 b dimento c
100
101
102
104
105
Argélia
Vietname
Indonésia
Bolívia
Egipto
40
45
38
26
50
23,5
29,1
21,3
16,4
31,7
10,5
12,8
12,8
18,4
10,3
33,4
6,9
13,7
15,0
45,4
6
44
24
21
5
13
39
34
10
12
<2
—
7,7
29,4
3,1
22,6
50,9
27,1
—
22,9
24
—
11
-18
22
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
39
35
41
—
—
23,3
20,8
23,8
—
—
11,5
16,0
15,6
32,0
33,7
31,8
26,0
31,9
—
17,8
21
10
8
30
57
12
25
24
—
—
—
40,5
10,0
—
—
50,3
53,0
57,9
—
—
—
-22
11
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
56
62
—
—
55
34,5
36,4
—
—
34,3
46,7
11,8
36,3
49,5
16,7
18,6
52,0
21,1
23,6
43,5
23
18
—
—
12
26 d
9d
10 d
17
53 d
34,9
<2
—
33,3
44,2
—
19,0
—
—
35,0
-5
36
—
—
-14
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
44
61
43
46
42
28,9
36,2
28,0
29,1
25,8
15,0
51,6
26,0
27,0
35,4
37,7
12,0
15,6
29,7
17,1
40
15
32
36
9
10
15
39
25
16
13,9
36,0
—
38,8
43,1
36,3
25,5
—
31,4
49,2
6
-5
—
-15
-19
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
78
60
51
47
49
48
45,0
36,2
31,8
29,9
31,1
30,7
24,4
21,6
34,6
20,6
36,2
34,8
31,8 e
36,1
18,5
40,8
25,2
20,5
70
58
51
4
38
49
52
30 d
22
26
22
17 d
—
—
26,5
—
—
—
36,1
—
42,0
—
40,0
—
—
—
-2
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
131
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
Laos
65
63
77
—
66
39,2
38,3
44,2
—
39,9
20,1
34,1
22,5
20,2
30,5
55,0
43,7
59,6
—
52,7
12
46
19
38
10
26 d
25
47
38 d
40 d
31,0
—
37,7
—
26,3
34,0
32,3
42,0
—
46,1
2
—
4
—
8
132
133
134
135
136
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
Nigéria
73
70
71
64
59
43,3
42,5
42,8
38,6
36,1
21,4
20,0
31,6
31,6
33,7
59,2
54,8
51,2
34,3
37,4
3
31
54
53
43
56
46
28
40
31
29,1
15,7
—
63,4
70,2
35,6
19,1
—
70,0
34,1
9
18
—
-12
-18
137
138
139
140
141
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
Uganda
57
58
82
53
69
34,7
34,8
47,2
32,4
41,0
42,3
27,3
33,1
33,3
48,4
36,6
43,1
58,4
25,3
33,9
0
25
63
46
50
18
34 d
23
27
26
—
—
28,6
19,9
—
—
—
57,0
51,1
44,4
—
—
15
4
—
142
143
144
145
146
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
Angola
67
68
72
80
—
40,0
40,0
42,9
45,9
—
34,7
53,6
40,2
28,5
41,6
39,7
22,8
54,3
63,6
—
55
36
23
22
62
34
24
24 d
22
42
—
63,7
12,3
26,3
—
—
86,0
—
—
—
—
-10
23
16
—
147
148
149
150
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
79
75
85
—
45,8
44,0
49,6
—
29,7
31,7
40,5
38,3
61,0
47,3
64,3
—
37
54
38
52
29
44
26
—
—
—
53,7
—
33,0
—
64,0
40,0
—
—
4
—
150
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
3 Pobreza e
privação humanas
Países em
desenvolvimento
Índice de pobreza
humana
(IPH-1)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
(%)
Taxa de
Probabilidade
analfaà nascença de betismo
não ultrapassar de adultos
os 40 anos
(% 15 anos
(% de
e
coorte)
mais)
1995-2000 a
1999
População abaixo da linha
Crianças
de
privação de rendimento Ordem
População
com peso
(%)
que não usa
deficiente
IPH-1
fontes de água menores
1 dólar dia
Linha de
menos
melhoradas
de 5 anos
(1993 dól.
pobreza ordem pri(%)
(%)
PPC)
nacional vação ren1999
1995-2000 b
1983-99 b
1984-99 b dimento c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
74
76
83
81
87
43,4
44,2
47,8
46,1
53,1
50,4
51,9
38,5
45,3
41,0
40,8
34,2
60,2
54,6
59,0
43
59
35
40
73
30
27
40
27
39
—
35,7
72,8
66,6
—
54,0
51,2
—
—
64,0
—
5
-4
-4
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
86
84
88
—
—
49,6
48,3
57,2
—
—
42,2
49,2
43,6
43,0
50,1
62,3
56,8
62,6
77,0
53,1
51
40
76
—
—
23 d
26
47
36
37 d
—
37,9
31,3
61,2
—
—
—
—
—
36,2
—
8
15
—
—
90
—
63,6
—
41,4
51,6
84,7
—
41
72
50
29 d
61,4
57,0
63,0
68,0
5
—
161 Níger
162 Serra Leoa
Nota: Em consequência das revisões dos dados e da metodologia, os resultados do IPH-1 neste quadro não são comparáveis com os do Relatório do Desenvolvimento Humano 2000. Para mais pormenores,
ver a nota técnica 1. O índice de pobreza humana foi calculado para os países membros da ONU, com dados fidedignos em cada uma das suas componentes, incluindo ainda o Afeganistão (valor IPH-1,
60,2%; ordem IPH-1, 89) e Cuba (valor IPH-1, 4,6%; ordem IPH-4).
a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de não ultrapassar os 40 anos, vezes 100, Os dados referem-se a estimativas para o período indicado.
b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
c. A privação de rendimento refere-se à percentagem da população que vive com menos de 1 dólar (PPC) por dia, As ordenações são baseadas nos países com dados disponíveis para ambos os indicadores,
Um valor positivo indica que o país tem melhor desempenho na privação de rendimento do que na pobreza humana, um valor negativo indica o contrário.
d. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país.
e. UNESCO 2001a.
Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IPH-1 na coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-6; para pormenores, ver nota técnica 1; coluna 3: UN 2001d, excepto se
indicado de outro modo; coluna 4: UNESCO 2000a, excepto se indicado de outro modo; coluna 5: calculado com base em dados da população que utiliza fontes de água melhoradas, UNICEF 2000; coluna 6: UNICEF 2000; colunas 7 e 8: World Bank 2001b; coluna 9: calculado com base em dados das colunas 1 e 7.
Posições IPH-1 de 90 países em desenvolvimento
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Uruguai
Costa Rica
Chile
Cuba
Trindade e Tobago
Panamá
Jordânia
Venezuela
Colômbia
México
Líbano
Paraguai
Malásia
Belize
Guiana
Maurícias
Peru
Brasil
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Turquia
Jamaica
Tailândia
República Dominicana
Filipinas
China
Maldivas
Bolívia
Líbia
Equador
Arábia Saudita
Irão
Sri Lanka
El Salvador
África do Sul
Síria
Honduras
Cabo Verde
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
Fidji
Indonésia
Nicarágua
Argélia
Guatemala
Lesoto
Mianmar
Mongólia
Vietname
Gana
Comores
Congo
Camarões
Egipto
Quénia
Omã
Tânzania
Iraque
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
Índia
Namíbia
Djibuti
Sudão
Nigéria
Papua-Nova Guiné
Zimbabwe
Marrocos
Togo
Madagáscar
Paquistão
Laos
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Uganda
Iémen
Haiti
Costa do Marfim
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
Bangladeche
Malawi
Eritreia
Ruanda
Nepal
Camboja
Benim
Senegal
Rep. Centro-Africana
Mauritânia
Mali
Moçambique
Gâmbia
Guiné-Bissau
Chade
Etiópia
Afeganistão
Níger
151
4 Pobreza e
privação humanas
MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . .
Países da OCDE, Europa
do Leste e CEI
Pessoas que
População abaixo da linha
são funciode
privação de rendimento
nalmente
(%)
analfaDesemprego
betas
de longa duração 50% do
11 dól. dia
4 dól. dia
(% idades
(em % da força rendimento
(dól. PPC
(dól. PPC
médio d
1994) f
1990)
16-65)
de trabalho) c
1994-98 b
1999
1987-97 e
1994-95 e
1993-95 e
Ordem
Valor
(%)
Probabilidade
à nascença de
não ultrapassar
os 60 anos
(% da
coorte)
1995-2000 a
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
2
14
11
1
13
7,5
12,9
12,1
6,8
12,5
9,1
9,1
9,5
8,0
10,5
8,5
17,0
16,6
7,5
18,4 i
0,2
2,1
0,9
2,8 h
5,5
6,9
14,3
11,9
6,6
5,2
4
18
7
6
—
—
—
—
—
—
0
-2
1
-3
—
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
17
—
3
9
4
15,8
—
8,5
11,2
8,8
12,8
8,7
9,2
8,2
11,3
20,7
—
10,5
—j
10,4
0,3
—
1,4
1,1
3,0
16,9
—
8,1
11,8 k
5,2
14
—
7
—
5
—
—
—
—
—
2
—
-2
—
1
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
—
7
8
15
5
—
10,7
11,1
15,1
9,1
9,6
11,4
11,4
9,9
12,0
—
—j
—j
21,8
9,6
1,2
0,8
4,5
1,8
1,1
9,3
3,9
8,0
13,4
7,2
—
(,)
10
16
—
—
—
—
—
—
—
5
-1
0
—
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
—
6
16
—
12
—
10,5
15,3
—
12,3
10,6
10,6
10,4
10,7
9,1
—
14,4
22,6
18,4
—j
1,2
4,5
5,6 l
1,4
7,0
10,6
7,5
11,1
—
14,2
—
7
—
—
—
—
—
—
—
—
—
-1
—
—
—
21
22
23
28
29
Espanha
Israel
Grécia
Portugal
Eslovénia
10
—
—
—
—
11,5
—
—
—
—
10,3
8,0
9,4
13,1
13,8
—j
—
—
48,0
42,2
8,1
—
5,9 h
1,9
—
10,1
13,5
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
<1
—
—
—
—
—
30
33
35
36
38
Malta
República Checa
Eslováquia
Hungria
Polónia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
8,4
13,7
16,6
21,9
17,5
—
15,7
—
33,8
42,6
—
3,3
—
3,5
4,0 h
—
2,3
2,1
10,1
11,6
—
—
—
—
—
—
<1
<1
4
20
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
23,8
15,8
21,6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
37
—
30
—
—
—
Índice de
pobreza humana
(IPH-2)
Ordem segundo IDH
Ordem
IPH-2
menos
ordem privação rendimento g
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
44 Estónia
46 Croácia
47 Lituânia
Desenvolvimento humano médio
50
53
55
57
58
Letónia
Bielorrússia
Federação Russa
Bulgária
Roménia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
23,7
26,0
30,1
18,8
21,6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
20,1
—
—
—
—
—
—
—
22
22
50
15
59
—
—
—
—
—
60
72
74
75
76
Macedónia
Arménia
Ucrânia
Cazaquistão
Geórgia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
14,5
14,7
26,3
31,6
17,5
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
63
65
—
—
—
—
—
—
152
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
4 Pobreza e
privação humanas
Países da OCDE, Europa
do Leste e CEI
Ordem
Valor
(%)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
20,4
27,6
12,4
26,4
27,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
61
—
88
66
—
—
—
—
—
—
—
—
—
23,9
25,3
—
—
—
—
—
—
—
—
63
—
—
—
Índice de
pobreza humana
(IPH-2)
Ordem segundo IDH
79
83
85
92
98
Azerbaijão
Turquemenistão
Albânia
Quirguistão
Moldávia
99 Usbequistão
103 Tajiquistão
Pessoas que
População abaixo da linha
são funciode
privação de rendimento
nalmente
(%)
analfaDesemprego
betas
de longa duração 50% do
11 dól. dia
4 dól. dia
(% idades
(em % da força rendimento
(dól. PPC
(dól. PPC
16-65)
de trabalho) c
médio d
1994) f
1990)
1994-98 b
1999
1987-97 e
1994-95 e
1993-95 e
Probabilidade
à nascença de
não ultrapassar
os 60 anos
(% da
coorte)
1995-2000 a
Ordem
IPH-2
menos
ordem privação rendimento g
Nota: Este quadro inclui Israel e Malta, que não são países membros da OCDE, mas exclui a Coreia do Sul, México e Turquia que são membros. Para o índice de pobreza humana e indicadores relacionados para estes três países, ver quadro 3.
a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de não ultrapassar os 60 anos, vezes 100.
b. Baseado nos registos do nível 1, na escala da literacia de prosa, do Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos (IALS) (ver caixa 5 nas notas sobre as estatísticas). Os dados referem-se ao ano mais
recente disponível durante 1994-98.
c. Os dados referem-se ao desemprego com duração de 12 meses ou mais.
d. A linha de pobreza é medida em 50% do equivalente do rendimento familiar disponível médio.
e. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
f. Baseado na linha de pobreza dos EUA: 11 dólares (PPC de 1994) por dia e pessoa para uma família de três pessoas.
g. A privação de rendimento refere-se à percentagem da população que vive com menos de 11 dólares (PPC de 1994) por dia e pessoa para uma família de três pessoas. Um valor positivo indica que o país
tem melhor desempenho na privação de rendimento do que na pobreza humana, um valor negativo indica o contrário.
h. Os dados referem-se a 1998.
i. Os dados referem-se à Flandres.
j. Com o fim de calcular o IPH-2 foi utilizada uma estimativa de 15,1%, a média não ponderada dos países com dados disponíveis.
k. Smeeding 1997.
l. Os dados referem-se a 1997.
Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IPH-2 na coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-6; para pormenores, ver nota técnica 1; coluna 3: UN 2001d; coluna 4:
OCDE e Statistics Canadá 2000, excepto se indicado de outro modo; coluna 5: OCDE 2000c; colunas 6: LIS 2001, excepto se indicado de outro modo; coluna 7: Smeeding, Rainwater e Burtless 2000; coluna 8: Milanovic 1998; coluna 9: calculado com base nos dados das colunas 1 e 7.
Posições IPH-2 para 17 países seleccionados da OCDE
1
2
3
4
5
6
Suécia
Noruega
Holanda
Finlândia
Dinamarca
Alemanha
7
8
9
10
11
12
Luxemburgo
França
Japão
Espanha
Canadá
Itália
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
13
14
15
16
17
Bélgica
Austrália
Reino Unido
Irlanda
Estados Unidos
153
5 Tendências
demográficas
. . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . .
Taxa de
crescimento
anual da população
(%)
População
total
(milhões)
Ordem segundo IDH
2015 b
População
urbana
(em % do total) a
População com
População com
65 anos
menos de 15 anos
e mais
(em % do total) (em % do total)
Taxa de
fertilidade
total
(por mulher)
1975
1999
2015 b
1999
2015 b
1999
2015 b
0,3
0,9
0,8
-0,2
0,0
68,2
85,9
75,6
82,7
94,9
75,1
84,7
77,0
83,3
97,3
80,1
86,0
79,9
85,2
98,0
19,8
20,7
19,4
18,5
17,5
15,8
18,0
15,9
12,4
13,9
15,5
12,2
12,5
17,4
16,8
18,2
15,2
16,1
22,3
19,9
2,2
2,5
2,0
1,9
1,9
1,8
1,8
1,6
1,5
1,5
1,0
1,0
0,6
0,5
0,4
0,8
0,6
0,2
0,0
0,0
73,7
86,7
88,4
75,7
58,3
77,0
92,4
89,3
78,6
66,7
81,0
94,6
90,8
81,5
74,2
21,9
23,5
18,4
14,9
18,3
18,7
18,7
14,7
13,3
14,2
12,3
11,6
13,6
16,7
14,8
14,4
14,1
17,8
25,8
20,7
2,0
2,8
2,1
2,1
1,6
2,0
2,0
1,5
1,4
1,7
1975
1999
4,0
13,9
23,1
8,2
9,8
4,4
18,9
30,5
8,9
10,2
4,7
21,9
34,4
8,6
10,3
0,4
1,3
1,1
0,3
0,2
220,2
0,2
13,7
111,5
4,7
280,4
0,3
15,8
126,8
5,2
321,2
0,3
16,4
127,5
5,2
1975-99 1999-2015
1970-75 c 1995-2000 c
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
6,3
0,4
52,7
56,2
5,1
7,2
0,4
59,0
59,3
5,3
7,0
0,5
61,9
60,6
5,4
0,5
0,8
0,5
0,2
0,2
-0,2
1,1
0,3
0,1
0,1
55,8
73,8
73,0
88,7
81,8
67,7
91,0
75,4
89,4
85,3
70,9
95,0
79,4
90,8
86,8
16,8
18,7
18,9
19,1
18,1
12,1
17,4
17,4
15,1
15,2
15,8
14,3
15,8
15,7
15,0
22,1
16,2
18,6
18,9
19,4
1,8
2,0
2,3
2,0
2,0
1,5
1,7
1,7
1,7
1,7
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
7,6
78,7
3,2
3,1
55,4
8,1
82,0
3,8
3,7
57,5
7,8
80,7
4,4
4,1
55,2
0,3
0,2
0,7
0,8
0,2
-0,2
-0,1
1,0
0,6
-0,3
65,2
81,2
53,6
82,8
65,6
64,6
87,3
58,8
85,7
66,9
68,5
89,9
64,0
87,7
70,7
16,9
15,8
22,0
23,1
14,4
11,8
12,1
21,8
18,8
12,0
15,4
16,1
11,3
11,6
17,8
20,0
21,0
13,1
14,5
22,4
2,0
1,6
3,8
2,8
2,3
1,4
1,3
1,9
2,0
1,2
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
35,6
3,4
9,0
4,4
0,6
39,9
5,9
10,6
6,7
0,8
39,0
7,7
10,5
8,0
0,9
0,5
2,4
0,7
1,8
1,0
-0,1
1,7
-0,1
1,1
0,7
69,6
86,7
55,3
89,7
43,3
77,4
91,1
59,9
100,0
56,2
81,3
92,5
65,1
100,0
64,5
15,0
28,4
15,3
16,8
23,6
12,5
24,3
12,7
13,9
19,1
16,7
9,9
17,2
10,4
11,4
19,8
11,5
21,2
13,4
14,9
2,9
3,8
2,3
2,9
2,5
1,2
2,9
1,3
1,2
2,0
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
2,3
35,3
9,1
1,7
0,3
3,9
46,4
10,0
2,0
0,4
4,8
50,6
10,0
1,9
0,4
2,3
1,1
0,4
0,6
1,0
1,2
0,5
0,0
-0,2
0,4
100,0
48,0
27,7
42,4
80,6
100,0
81,1
62,7
50,3
90,3
100,0
88,2
77,5
55,2
92,6
22,1
21,2
16,8
16,4
20,5
14,0
17,2
15,3
11,9
16,8
7,0
6,8
15,4
13,6
12,2
12,9
11,6
18,0
18,6
18,0
2,6
4,3
2,7
2,2
2,1
1,6
1,5
1,5
1,2
1,9
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
0,2
0,2
10,0
26,0
4,7
0,3
0,3
10,3
36,6
5,4
0,3
0,4
10,0
43,5
5,4
0,3
2,9
0,1
1,4
0,5
0,3
1,6
-0,2
1,1
0,0
38,6
62,1
63,7
80,7
46,3
49,5
71,7
74,7
89,6
57,3
58,3
78,5
77,4
92,6
62,1
21,1
32,4
16,8
27,9
20,1
16,8
23,0
12,8
24,5
14,9
10,5
3,1
13,7
9,7
11,3
11,0
6,5
18,7
10,7
13,7
2,7
5,4
2,2
3,1
2,5
1,5
2,8
1,2
2,6
1,4
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
10,5
2,8
34,0
10,3
0,3
10,0
3,3
38,6
15,0
0,6
9,3
3,7
38,0
17,9
0,8
-0,2
0,7
0,5
1,6
3,5
-0,5
0,6
-0,1
1,1
1,5
52,8
83,0
55,4
78,4
79,0
63,8
91,0
65,2
85,4
91,8
68,5
93,6
71,4
88,7
95,0
17,2
24,8
19,9
28,7
28,8
13,3
22,6
14,6
23,6
20,3
14,6
12,8
11,9
7,1
2,8
17,4
13,5
14,8
9,7
6,1
2,1
3,0
2,2
3,6
5,9
1,4
2,4
1,5
2,4
2,6
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
2,0
0,2
1,0
1,4
0,5
3,9
0,3
1,8
1,4
2,6
5,2
0,4
2,8
1,2
3,2
2,9
1,9
2,5
-0,1
6,8
1,8
1,1
2,5
-1,1
1,5
41,4
73,5
83,8
67,6
65,3
47,6
87,9
97,4
68,8
85,5
53,4
91,5
98,2
69,3
88,8
32,8
29,9
33,5
18,3
26,7
27,2
24,5
25,9
13,7
21,1
5,0
5,2
2,0
14,1
2,5
7,1
7,8
6,6
17,0
9,3
4,3
3,4
6,9
2,1
6,4
2,8
2,4
2,9
1,2
3,2
4,3
3,3
0,2
4,7
3,7
0,6
4,6
3,5
0,7
0,4
0,5
4,9
0,0
-0,3
1,4
45,1
55,7
83,0
57,3
68,4
92,3
64,4
71,4
94,3
18,3
20,0
26,8
16,9
13,0
22,8
13,8
13,1
1,4
16,9
16,6
5,6
2,0
2,3
6,8
1,7
1,4
3,7
1,0
2,5
1,3
2,4
1,4
2,2
1,0
0,0
0,5
-0,6
62,9
65,4
73,6
69,0
79,3
71,4
26,1
18,1
19,4
12,6
6,6
14,5
9,6
17,8
3,4
2,0
1,7
1,1
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
154
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
5 Tendências
demográficas
Taxa de
crescimento
anual da população
(%)
População
total
(milhões)
Ordem segundo IDH
2015 b
1975
1999
59,1
1,7
9,4
0,1
134,2
97,4
2,8
10,2
0,2
146,2
119,2
3,5
9,7
0,3
133,3
2,1
2,0
0,4
2,1
0,4
População
urbana
(em % do total) a
População com
População com
65 anos
menos de 15 anos
e mais
(em % do total) (em % do total)
Taxa de
fertilidade
total
(por mulher)
1975
1999
2015 b
1999
2015 b
1999
2015 b
1,3
1,3
-0,4
1,6
-0,6
62,8
49,0
50,3
50,0
66,4
74,2
56,0
70,7
53,6
77,3
77,9
61,7
77,2
64,2
82,0
33,6
31,7
19,4
39,0
18,7
26,3
24,9
14,3
27,9
13,6
4,6
5,5
13,1
4,2
12,3
6,8
7,9
14,0
4,9
13,8
6,5
4,9
2,2
6,3
2,0
2,8
2,6
1,3
3,4
1,2
1975-99 1999-2015
1970-75 c 1995-2000 c
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
12,3
8,7
21,2
2,4
1,7
21,8
8,0
22,5
5,2
2,0
27,9
6,8
21,4
7,1
2,1
2,4
-0,3
0,2
3,1
0,8
1,5
-1,0
-0,3
1,9
0,2
37,7
57,5
46,2
60,9
50,5
56,7
69,3
55,9
87,2
61,6
66,4
74,5
62,0
90,3
68,5
34,5
16,2
18,7
34,7
23,1
26,7
12,2
15,2
30,4
15,1
4,1
16,0
13,1
3,3
9,7
6,2
17,9
14,6
5,1
12,9
5,2
2,2
2,6
7,6
3,0
3,3
1,1
1,3
3,8
1,9
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
12,7
25,4
0,9
0,4
2,8
23,7
41,4
1,2
0,4
3,4
30,9
52,6
1,3
0,4
4,2
2,6
2,0
1,1
0,5
0,9
1,7
1,5
0,8
0,3
1,3
75,7
60,7
43,5
49,5
67,0
86,6
73,5
41,1
73,5
89,3
90,0
79,1
48,5
81,4
92,6
34,5
33,1
26,0
31,2
31,7
27,6
27,0
21,1
23,1
23,8
4,4
4,7
6,2
5,4
6,0
6,5
6,4
8,5
6,6
6,5
4,9
5,0
3,2
5,3
4,9
3,0
2,8
2,0
2,2
2,3
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
41,1
0,6
7,3
108,1
42,0
62,0
0,8
19,6
168,2
74,2
72,5
0,9
31,7
201,4
95,9
1,7
1,4
4,2
1,8
2,4
1,0
0,9
3,0
1,1
1,6
15,1
36,8
58,4
61,2
35,6
21,2
48,6
85,1
80,7
57,7
29,3
60,0
89,7
86,5
67,8
27,0
33,7
43,4
29,3
37,9
22,0
28,1
38,6
24,3
29,6
5,1
3,4
2,9
5,0
3,5
7,8
5,7
4,4
7,3
4,9
5,0
4,2
7,3
4,7
6,0
2,1
3,2
6,2
2,3
3,6
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
0,9
2,8
15,2
49,0
14,1
2,5
3,8
25,2
50,0
16,3
4,1
3,8
31,9
43,3
16,0
4,3
1,2
2,1
0,1
0,6
3,2
0,0
1,5
-0,9
-0,1
19,7
63,0
61,5
58,3
52,2
82,2
69,7
72,4
67,9
56,4
92,7
75,0
77,9
71,5
60,6
44,5
24,8
33,9
18,5
27,6
41,5
14,0
26,7
12,8
22,2
2,5
8,4
4,7
13,7
6,8
3,7
10,3
6,5
15,7
8,1
7,2
3,0
6,0
2,2
3,5
5,9
1,4
3,0
1,3
2,1
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
4,9
0,1
2,0
5,7
2,7
5,3
0,3
2,6
8,0
5,4
4,8
0,5
3,0
8,7
7,8
0,3
3,0
1,0
1,4
2,9
-0,6
3,0
0,9
0,6
2,3
49,6
18,2
44,1
51,5
39,0
60,2
26,1
55,6
56,9
55,3
67,7
31,4
63,5
64,0
65,0
21,1
44,1
31,9
30,0
40,0
14,8
40,6
25,4
17,5
34,1
12,6
3,5
7,2
6,5
3,5
15,0
3,1
7,7
8,1
4,3
2,6
7,0
5,0
4,3
5,7
1,6
5,8
2,5
1,9
4,2
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
13,5
40,0
2,5
6,9
2,4
18,7
65,7
4,6
12,4
3,1
21,5
79,0
6,1
15,9
3,4
1,4
2,1
2,5
2,4
1,1
0,8
1,2
1,7
1,6
0,6
22,0
41,6
47,5
42,4
32,8
23,3
74,1
44,7
64,3
41,0
32,0
84,5
49,9
75,8
50,8
26,9
30,3
38,2
34,3
30,4
22,5
24,1
28,4
27,1
22,7
6,2
5,6
4,2
4,6
5,8
8,8
7,2
4,5
6,2
8,1
4,1
5,2
6,2
6,0
4,7
2,1
2,7
3,6
3,1
2,6
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
10,1
1.410,2 d
7,2
11,3
87,1
2,0
1,3 d
3,8
2,1
3,0
1,3
0,7 d
2,5
1,2
1,4
45,3
17,4
55,3
49,8
45,8
64,4
31,6
73,6
64,8
61,1
72,6
40,7
79,8
73,5
68,8
34,1
25,3
40,2
30,5
38,7
28,4
19,4
36,4
24,8
27,2
4,2
6,7
2,7
5,8
3,3
6,2
9,3
3,6
6,2
5,0
5,6
4,9
7,8
6,2
6,4
2,9
1,8
4,7
2,3
3,2
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
0,3
3,3
0,7
25,8
4,1
0,4
4,8
0,8
42,8
6,2
0,6
5,8
0,7
44,6
8,0
1,7
1,6
0,1
2,1
1,7
1,9
1,2
-0,1
0,3
1,6
21,6
37,9
30,0
48,0
40,4
60,4
33,6
37,6
50,1
46,3
73,4
35,0
48,0
56,3
53,6
39,7
34,6
31,0
34,3
35,9
31,9
25,0
25,7
30,5
29,5
4,6
6,0
4,9
3,5
4,9
3,0
6,0
6,4
5,4
6,1
7,0
4,7
4,9
5,4
6,1
3,6
2,9
2,5
3,1
3,2
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
0,2
7,4
3,8
14,0
16,0
0,2
15,8
4,3
24,5
29,8
0,2
23,2
4,2
30,6
38,0
0,2
3,1
0,5
2,3
2,6
0,8
2,4
-0,2
1,4
1,5
21,2
45,1
35,8
39,1
40,3
21,5
54,0
46,2
37,2
59,5
26,7
62,1
50,3
38,6
68,5
41,4
41,7
23,9
37,1
35,5
36,3
34,3
16,7
25,9
26,8
4,5
3,1
9,2
4,6
4,1
5,0
3,4
10,2
5,0
4,9
5,7
7,7
2,6
6,3
7,4
4,5
4,0
1,6
2,9
3,3
96
97
98
99
100
5,0
8,2
927,8 d 1.264,8 d
1,9
4,8
5,7
9,4
33,5
69,2
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
155
5 Tendências
demográficas
Taxa de
crescimento
anual da população
(%)
População
total
(milhões)
Ordem segundo IDH
1975
1999
2015 b
48,0
134,6
3,4
4,8
38,8
77,1
209,3
6,0
8,1
66,7
94,4
250,1
7,1
11,2
84,4
2,0
1,8
2,3
2,2
2,3
2,5
3,0
6,0
0,6
0,2
4,9
6,3
11,1
1,2
0,4
7,2
8,7
16,3
1,8
0,7
População
urbana
(em % do total) a
População com
População com
65 anos
menos de 15 anos
e mais
(em % do total) (em % do total)
Taxa de
fertilidade
total
(por mulher)
1975
1999
2015 b
1999
2015 b
1999
2015 b
1,3
1,1
1,0
2,0
1,5
18,8
19,4
35,5
41,5
43,5
19,7
39,8
27,5
61,9
45,0
24,3
54,8
29,5
70,1
51,2
34,2
31,3
40,2
39,8
36,0
25,1
24,7
27,1
33,7
26,9
5,3
4,7
4,5
4,0
4,1
5,5
6,4
4,6
4,9
5,2
6,7
5,2
6,8
6,5
5,5
2,5
2,6
3,7
4,4
3,4
2,8
3,0
2,5
2,9
2,8
2,4
2,1
2,4
2,4
2,8
48,9
32,1
36,7
40,0
27,1
55,8
51,6
39,4
80,3
46,9
62,6
64,3
46,2
88,9
61,4
43,1
42,2
43,9
39,9
43,6
35,2
33,7
37,3
40,8
43,5
3,0
3,3
3,5
5,9
3,9
3,7
4,2
3,8
5,5
3,5
6,8
7,1
6,5
4,3
5,7
4,3
4,3
4,9
5,4
5,9
1975-99 1999-2015
1970-75 c 1995-2000 c
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
0,9
17,3
0,5
0,8
620,7
1,7
29,3
0,9
1,5
992,7
2,3
37,7
1,0
1,7
1.230,5
2,7
2,2
2,6
2,9
2,0
1,8
1,6
0,7
0,7
1,3
20,7
37,7
13,9
12,0
21,3
30,4
55,3
26,1
49,7
28,1
39,4
65,6
32,7
58,4
35,9
43,8
35,1
41,8
42,4
33,9
39,0
28,1
38,6
36,8
26,9
3,7
4,1
3,4
2,7
4,9
3,9
4,9
4,3
3,9
6,4
6,5
6,9
6,5
6,6
5,4
5,3
3,4
4,8
4,4
3,3
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
1,4
6,1
30,2
9,9
1,2
2,5
12,4
47,1
18,9
2,0
3,1
16,4
55,3
26,4
2,1
2,3
3,0
1,9
2,7
2,1
1,3
1,7
1,0
2,1
0,4
48,7
19,6
23,9
30,1
10,8
63,0
34,6
27,3
37,9
27,1
70,5
45,9
36,7
47,8
38,9
36,1
45,4
33,5
41,4
39,4
25,9
39,8
25,3
36,1
36,7
3,8
3,2
4,6
3,2
4,1
4,2
3,1
6,0
4,0
5,5
7,3
7,4
5,8
6,9
5,7
2,7
5,0
3,3
4,6
4,8
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
7,1
2,6
13,6
0,3
7,5
1,4
12,8
4,7
30,0
0,7
14,6
2,9
18,6
6,6
40,0
1,1
20,2
4,7
2,4
2,5
3,3
3,2
2,7
2,9
2,3
2,2
1,8
2,8
2,1
3,0
10,3
11,9
12,9
21,3
26,9
34,8
15,6
17,1
32,1
32,7
48,0
61,7
22,8
23,7
44,5
42,6
58,9
70,1
44,6
40,4
44,0
43,4
43,4
46,1
38,5
36,0
38,3
39,8
39,5
46,0
2,8
2,4
2,8
2,6
3,6
3,3
3,4
2,9
3,0
3,0
3,8
3,1
5,5
6,1
8,1
7,1
6,3
6,3
5,3
4,6
4,6
5,4
5,1
6,3
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
70,3
2,3
13,1
1,2
137,6
4,4
22,5
2,0
204,3
6,6
32,1
3,1
2,8
2,8
2,2
2,3
2,5
2,5
2,2
2,6
26,4
16,3
5,0
3,5
36,5
32,7
11,6
6,9
46,7
42,5
18,1
11,6
42,0
44,4
41,1
43,1
38,4
41,2
37,2
38,8
3,7
3,1
3,7
4,2
4,0
3,3
4,2
4,5
6,3
7,1
5,8
5,9
5,5
5,8
4,8
5,5
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
3,0
75,6
7,0
4,9
7,9
5,2
134,6
17,6
8,0
15,5
7,3
183,2
33,1
10,2
24,1
2,2
2,4
3,9
2,0
2,8
2,2
1,9
3,9
1,5
2,7
11,4
9,8
16,6
21,7
16,1
22,9
23,9
24,5
35,1
29,0
32,7
33,9
31,2
45,6
39,7
43,0
39,1
49,7
41,2
44,8
37,3
32,9
48,9
35,1
41,9
3,5
3,1
2,3
3,7
3,0
3,7
3,7
2,0
4,1
3,1
6,2
6,4
7,6
5,8
6,6
5,3
3,8
7,6
4,4
6,1
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
54,9
0,2
16,7
1,4
16,2
110,8
0,6
30,4
2,6
34,3
165,3
0,7
42,4
4,1
49,3
2,9
4,5
2,5
2,6
3,1
2,5
0,8
2,1
2,9
2,3
23,4
68,3
18,9
20,3
10,1
43,1
83,0
35,1
56,4
31,6
55,4
86,3
48,7
68,6
46,1
45,2
43,5
40,3
44,2
45,2
41,4
41,5
35,4
43,5
40,4
3,0
3,1
3,4
3,2
2,4
3,3
5,3
4,3
3,0
3,0
6,9
6,7
6,7
6,5
6,8
5,9
6,1
4,9
6,0
5,5
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
10,8
23,1
5,0
6,8
4,8
22,6
49,6
10,2
15,7
9,2
38,7
84,0
14,8
21,5
13,5
3,1
3,2
3,0
3,5
2,7
3,4
3,3
2,3
2,0
2,4
8,3
29,5
34,8
32,1
34,2
13,8
30,0
39,5
45,7
46,7
20,7
39,3
45,2
55,5
57,4
49,1
48,5
46,5
42,6
44,5
49,3
48,0
44,2
38,5
40,1
2,5
2,9
2,9
3,0
2,5
2,2
2,8
2,9
3,8
2,7
7,1
6,3
7,8
7,4
7,0
7,1
6,7
6,1
5,1
5,6
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
6,2
3,0
2,1
0,5
4,1
12,8
6,1
3,5
1,3
8,0
20,8
9,4
5,7
1,8
11,3
3,0
2,9
2,2
3,5
2,8
3,1
2,7
3,0
2,1
2,1
17,8
21,9
12,3
17,0
16,3
33,5
41,5
18,4
31,8
32,0
44,1
53,0
26,2
42,5
42,9
48,1
46,7
44,1
40,4
44,2
48,5
42,8
40,4
36,8
41,6
2,9
2,8
2,9
3,1
2,8
2,6
2,8
3,5
4,0
3,0
6,6
7,1
6,5
6,5
7,0
7,2
6,1
5,7
5,2
6,3
156
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
5 Tendências
demográficas
Taxa de
crescimento
anual da população
(%)
População
total
(milhões)
Ordem segundo IDH
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
161 Níger
162 Serra Leoa
2015 b
População
urbana
(em % do total) a
População com
População com
65 anos
menos de 15 anos
e mais
(em % do total) (em % do total)
Taxa de
fertilidade
total
(por mulher)
1975
1999
2015 b
1999
2015 b
1999
2015 b
2,2
2,5
2,9
1,8
3,0
7,7
4,0
16,2
33,7
15,6
23,5
6,1
29,4
40,8
23,5
44,1
8,9
40,1
49,7
30,9
46,4
44,6
46,1
43,0
46,4
44,2
42,8
46,3
40,5
46,4
2,9
2,6
4,0
4,0
3,2
3,3
2,8
3,8
4,0
2,8
7,4
8,3
7,1
5,7
6,7
6,8
6,2
7,0
5,3
6,7
2,6
2,3
2,6
2,5
2,2
2,4
1,7
2,4
3,1
2,8
15,9
8,6
9,5
6,4
3,2
23,3
38,9
17,2
17,9
8,7
31,7
51,5
25,8
27,4
14,5
43,4
43,9
45,1
48,7
47,7
43,5
41,8
44,4
47,7
45,0
3,6
3,2
2,9
3,3
2,9
3,4
3,4
3,2
2,6
2,4
6,0
6,6
6,8
7,8
6,8
6,0
6,3
6,8
6,9
6,8
18,5
7,1
3,2
1,6
3,6
3,2
10,6
21,4
20,1
35,9
29,1
46,7
49,8
44,1
49,7
45,0
2,0
2,9
1,9
2,9
8,1
6,5
8,0
6,5
1975
1999
5,2
4,4
6,2
2,1
4,1
11,0
7,1
11,0
3,6
7,6
15,7
10,5
17,7
4,9
12,4
3,1
2,0
2,4
2,4
2,6
0,6
10,3
32,8
6,2
3,7
1,2
17,9
61,4
11,2
6,3
1,7
23,5
89,8
18,5
9,8
4,8
2,9
10,5
4,3
1975-99 1999-2015
1970-75 c 1995-2000 c
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
2.898,3 T
327,2 T
126,4 T
1.292,9 T
308,0 T
828,0 T
302,4 T
353,8 T
925,4 T
731,7 T
4.609,8 T
608,8 T
240,7 T
1.839,8 T
494,0 T
1.377,6 T
591,3 T
398,3 T
1.122,0 T
848,3 T
5.759,1 T
891,9 T
332,7 T
.,106,8 T
611,7 T
1.762,1 T
866,0 T
383,3 T
1.209,2 T
897,7 T
1,9
2,6
2,7
1,5
2,0
2,1
2,8
0,5
0,8
0,6
1,4
2,4
2,0
0,8
1,3
1,5
2,4
-0,2
0,5
0,4
25,9
14,3
40,4
19,7
61,1
21,4
20,8
57,7
70,4
74,9
38,9
25,4
54,0
34,5
74,9
29,9
33,5
65,9
77,2
78,4
47,6
35,1
61,9
44,0
79,9
38,2
43,3
69,6
81,3
81,8
33,1
43,2
38,1
27,3
32,3
35,5
44,7
21,4
20,6
18,5
28,1
40,4
32,2
21,3
26,5
29,0
42,4
15,9
17,3
15,7
5,0
3,1
3,7
6,1
5,2
4,5
3,0
11,5
12,9
14,7
6,4
3,4
4,6
8,4
7,0
5,7
3,2
12,9
16,2
18,5
5,4
6,6
6,5
5,0
5,1
5,6
6,8
2,5
2,5
2,1
3,1
5,4
4,1
2,1
2,7
3,6
5,8
1,5
1,8
1,7
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
891,7 T 1.053,8 T
2.671,4 T 3.990,6 T
424,4 T
818,2 T
1.123,0 T
4.707,7 T
1.217,5 T
0,7
1,7
2,7
0,4
1,0
2,5
72,6
29,4
17,5
78,3
41,4
30,4
82,1
49,6
40,6
19,3
30,3
43,8
16,3
24,2
40,9
13,7
5,8
3,1
17,3
7,5
3,4
2,3
4,9
6,7
1,7
2,6
5,6
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
746,1 T
873,2 T
1.843,1 T 2.632,6 T
1.398,2 T 2.356,9 T
928,4 T
3.018,6 T
3.101,2 T
0,7
1,5
2,2
0,4
0,9
1,7
75,0
34,8
21,9
78,7
49,5
31,2
82,2
57,6
40,2
18,6
27,8
37,2
15,8
22,2
32,3
14,5
6,5
4,4
18,3
8,5
5,2
2,1
4,6
5,7
1,7
2,2
4,0
Mundo
3.987,4 T 5.862,7 T
7.048,2 T
1,6
1,2
37,8
46,5
53,2
30,2
25,8
6,9
8,3
4,5
2,8
Nota: As estimativas e projecções das colunas 1-5 e 9-14 são baseadas na revisão de 2000 da base de dados World Population Prospects 1950-2050 (UN 2001d), que incorpora, explicitamente, o impacte
do HIV/SIDA em 45 países altamente afectados, mais do que os 34 da revisão de 1998 (UN 1998). Esses 45 países são África do Sul, Angola, Baamas, Benim, Botswana, Brasil, Burkina Faso, Burúndi, Camboja, Camarões, Chadee, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Guiana, Haiti, Honduras, Índia, Lesoto, Libéria, Malawi, Mali, Moçambique, Mianmar,
Namíbia, Nigéria, Quénia, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República Dominicana, Ruanda, Serra Leoa, Suazilândia, Tanzânia, Tailândia, Togo, Uganda, Zâmbia, Zimbabwe.
a. Como os dados são baseados em definições nacionais de cidades e áreas metropolitanas, as comparações entre países devem ser feitas com precaução.
b. Os dados referem-se a projecções das variações médias.
c. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado.
d. As estimativas da população incluem Taiwan, província da China.
Fonte: Colunas 1-3, 13 e 14: UN 2001d; coluna 4: calculado com base nos dados das colunas 1 e 2; coluna 5: calculado com base nos dados das colunas 2 e 3; coluna 6 e 8: UN2000b; coluna 7: calculado
com base nos dados da população urbana e total, de UN (2000b); colunas 9-10: calculado com base nos dados da população com menos de 15 anos e da população total, de UN (2001d); colunas 11 e 12:
calculado com base nos dados da população com idade igual ou superior a 65 anos e da população total, de UN (2001d).
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
157
6 Compromisso
com a saúde:
acesso, serviços
e recursos
Ordem segundo IDH
. . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . .
População
População População
com
com com acesso Crianças de um ano
vacinadas
instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o
adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo
(%)
(%)
(%) a
(%)
(%)
1999
1999
1999
1997-99 b 1997-99 b
Taxa de
utilização
de terapia Utilização
de reidra- de contratação oral ceptivos
(%)
(%) c
1995-2000 b 1995-2000 b
Partos
assistidos
por
técnicos
de saúde
(%)
1995-99 d
Despesa de saúde
Médicos
Pública
(por 100.000 (em % do
habitantes)
PIB)
1990-99 b
1998
Privada Per capita
(em % do
(dól.
PIB)
PPC)
1998
1998
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
—
100
100
100
—
100
100
100
100
—
100
100
100
99
99
—
—
—
12 f
—
93
89
96
96
64
—
—
—
—
—
—
—
75
—
—
—
—
—
—
—
413
240
229
311
395
7,4
5,9
6,3 e
6,7
7,9
1,5
2,6
2,8 e
1,3
1,0
2.467
1.980
2.391 e
1.707
2.172
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
100
—
100
—
100
100
—
100
—
100
99
100
100
100
98
—
98 f
—
91 f
99
91
98
96
94
98
—
—
—
—
—
76
—
—
—
—
99
—
—
—
—
279
326
251
193
299
5,8 e
7,2 e
6,0
5,9
5,2
7,3 e
1,3 e
2,5
1,6
1,6
4.180 e
2.358 e
1.974
1.844
1.502
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
100
—
—
100
—
100
—
—
100
100
100
99
99
99
99
—
58
83 f
99
—
—
91
97
95
84
—
—
—
—
—
82 g
—
—
—
—
—
—
—
100
—
323
272
303
164
290
7,6
5,4
7,3
5,9 e
6,7 e
2,8
0,5
2,3
1,1 e
1,5 e
2.739
2.327
2.102
1.532 e
2.141 e
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
100
—
—
—
—
100
—
—
—
—
100
100
99
100
99
—
—
—
—
—
90
88
—
82
55
—
—
—
—
—
51
—
—
75
—
—
—
—
—
—
302
350
219
218
554
5,8
7,9 e
4,5 e
6,2
5,6 e
2,4
2,6 e
1,3 e
1,8
2,6 e
1.978
2.488 e
1.505 e
1.454
1.830 e
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (SAR)
Chipre
—
—
—
—
100
—
—
—
—
100
100
99
100
—
100
—
—
70
—
—
78
94
90
—
90
—
—
—
—
—
81
—
—
—
—
—
—
—
—
—
424
385
392
—
255
5,4
6,0
4,7
—
—
1,6
3,6
3,6
—
—
1.202
1.730
1.207
—
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
100
63
—
—
100
100
92
—
100
100
100
99
100
100
99
98
99
88
98
96 f
86
96
96
93
60
—
—
—
—
—
—
81
—
—
—
100
—
100
—
—
163
136
312
228
261
1,2
2,3
5,2
6,6
—
2,1
2,8
—
0,9
—
777
720
—
1.126
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
100
—
—
85
100
100
—
—
79
100
100
99
88
70
100
—
98
99
68
92
86
94
95
97
99
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
125
85
303
268
353
4,5
—
6,7
4,9
5,7
2,2
—
0,6
5,4
1,5
938
—
928
1.291
728
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
99
95
—
97
—
99
98
—
94
—
100
66
88
88
100
100
99
94 f
96
72
100
93
91
93
100
—
—
—
—
39
—
—
—
—
62
—
—
—
—
98
357
370
236
110
100
5,2
1,9
4,7
2,7
2,6
—
7,2
1,7
3,1
1,6
—
823
510
511
585
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
96
93
—
—
—
98
96
—
—
—
100
80
99
100
99
87
—
—
100
98
86
93
96
89
95
31 f
—
—
—
42
—
—
—
—
28
—
—
98
—
99
141
152
189
297
181
5,2
2,5
—
—
0,8
1,5
1,8
—
1,4
7,4
509
658
—
—
1.495
100
—
—
95
—
—
100
88
99
96
99
100
92
97
90
(,)
—
54 f
—
59 g
43
—
—
—
229
395
126
—
4,8
—
1,5
1,5
—
—
429
—
88
—
86
—
77
90
—
100
89
97
—
—
—
48
99
—
79
282
2,5
4,2
1,8
2,6
323
410
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
158
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
6 Compromisso
com a saúde:
acesso, serviços
e recursos
Ordem segundo IDH
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
População
População População
com
com com acesso Crianças de um ano
vacinadas
instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o
adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo
(%)
(%)
(%) a
(%)
(%)
1999
1999
1999
1997-99 b 1997-99 b
Taxa de
utilização
de terapia Utilização
de reidra- de contratação oral ceptivos
(%)
(%) c
1995-2000 b 1995-2000 b
Partos
assistidos
por
técnicos
de saúde
(%)
1995-99 d
Despesa de saúde
Médicos
Pública
(por 100.000 (em % do
habitantes)
PIB)
1990-99 b
1998
Privada Per capita
(em % do
(dól.
PIB)
PPC)
1998
1998
73
94
—
42
—
86
87
100
76
99
92
80
70
80
66
100
99
99
93
100
98
96
98
84
97
80
94 f
—
—
—
67
—
50
—
—
—
—
—
—
99
186
167
443
55
421
—
4,9
4,9
2,2
—
—
2,3
1,1
0,5
1,2
—
410
387
132
—
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
98
100
53
97
93
95
100
58
72
99
70
88
85
100
66
98
98
100
100
99
88
95
98
92
92
—
—
—
—
19
—
86
64
40
—
—
—
—
—
—
66
345
184
128
204
1,4
3,8
—
—
5,5
1,0
0,8
1,5
—
1,0
189
230
—
—
288
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
74
85
99
83
99
84
91
100
95
100
90
88
100
100
88
95
80
87
—
—
78
77
80
85
81
—
53
—
—
82 f
—
77
—
—
61
—
85
—
—
95
236
116
85
25
210
2,6
5,2
1,8
—
2,2
1,6
4,2
1,6
—
7,6
248
553
302
—
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
96
43
100
72
83
80
47
95
83
87
95
100
99
40
66
98
95
92
99
91
94
75
92
96
71
95
—
53
54
64
72
—
32
77
46
95
—
91
88
56
24
48
166
127
123
1,9
2,9
—
2,9
1,7
4,1
1,4
—
3,7
2,0
349
196
—
453
136
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
92
67
76
—
99
39
84
77
—
91
90
40
60
66
66
98
93
72
99
99
99
84
92
99
87
61
30
60
—
32
24
—
64
68
66
—
96
56
—
98
133
316
93
299
353
2,9
3,1
2,4
3,6
3,5
0,6
4,2
3,7
1,5
2,4
—
—
278
169
273
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
99
56
84
—
95
76
100
71
—
79
30
50
95
66
44
92
98
89
91
87
73
97
82
87
72
14
18
—
—
33
41
—
66
—
57
—
—
95
99
61
436
40
140
360
110
0,5
5,1
3,2
—
1,7
1,7
5,5
2,6
0,6
3,6
73
472
202
—
233
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
83
91
100
59
—
83
83
58
71
—
95
99
66
40
60
97
78
99
100
93
95
80
97
75
85
34 f
27
98
60
—
—
64
—
66
—
95
81
—
—
—
37
121
300
170
129
1,4
—
4,1
1,7
3,5
1,7
—
1,1
2,0
0,5
95
—
146
115
116
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
71
38
99
—
81
79
75
96
—
95
66
85
100
51
85
90
85
—
99
99
94
85
83
93
99
39
85 f
29
81
48
64
—
53
—
73
96
—
97
82
—
216
162
166
70
85
1,9
—
5,3
2,2
1,7
3,0
—
3,8
2,9
2,5
246
—
—
287
229
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
71
100
87
86
83
74
77
94
86
74
80
66
44
80
80
75
98
91
97
72
61
97
86
82
75
83 f
44
—
58
57
53
60
—
56
60
—
98
—
84
90
17
301
18
56
107
1,8
2,9
4,5
3,3
2,6
1,0
1,6
0,8
3,8
4,6
119
109
186
623
298
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
99
90
—
100
73
99
80
100
85
94
100
80
66
66
95
99
100
100
97
97
91
97
99
96
78
—
61
—
37
98 f
—
—
74
56
52
—
—
—
98
—
34
144
350
309
85
4,8
0,8
6,4
3,4
2,6
—
1,6
2,1
0,6
1,0
—
90
177
87
—
96
97
98
99
100
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
159
6 Compromisso
com a saúde:
acesso, serviços
e recursos
Ordem segundo IDH
População
População População
com
com com acesso Crianças de um ano
vacinadas
instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o
adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo
(%)
(%)
(%)
(%)
(%) a
1999
1999
1999
1997-99 b 1997-99 b
Taxa de
utilização
de terapia Utilização
de reidra- de contratação oral ceptivos
(%)
(%) c
1995-2000 b 1995-2000 b
Partos
assistidos
por
técnicos
de saúde
(%)
1995-99 d
Despesa de saúde
Médicos
Pública
(por 100.000 (em % do
habitantes)
PIB)
1990-99 b
1998
Privada Per capita
(em % do
(dól.
PIB)
PPC)
1998
1998
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
73
66
—
66
94
56
76
—
79
95
85
80
44
70
88
95
97
98
95
99
94
71
95
100
97
51
70
—
48
37
75
57
—
48
47
77
47
—
59
56
48
16
201
130
202
0,8
0,7
5,2
4,1
—
4,0
0,8
0,9
2,4
—
81
44
63
150
—
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
84
77
85
21
53
79
90
92
70
43
46
40
50
30
44
100
93
88
60
99
71
98
81
30
82
58
30
34
39
—
60
50
38
—
—
65
55
35
—
—
86
83
93
—
25
8,3
3,9
2,1
2,1
—
3,9
4,7
2,3
1,0
—
266
210
155
198
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
41
75
—
—
31
77
82
—
—
88
80
66
100
90
35
80
90
94
98
72
65
93
72
74
55
—
29
99 f
43
67 f
—
50
—
—
48
—
—
—
—
—
30
46
15
24
48
4,1
1,2
2,7
2,5
—
3,7
3,2
1,0
1,6
4,2
417
—
148
267
—
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
30
68
46
63
92
60
85
68
64
91
60
70
60
44
80
97
88
90
88
68
86
79
86
73
55
80
68
96 f
36
84 f
—
54
33
22
—
—
84
—
44
—
243
14
30
6
5
—
—
0,2
1,8
—
—
—
1,6
2,9
—
—
—
—
85
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
18
82
86
98
92
—
30
42
49
96
62
51
30
90
36
90
66
61
78
70
96
84
66
39
63
57
79
67
46
23
21
35
69
32
34
41 f
13
26
39
21
19
—
31
53
44
52
55
—
30
7
13
7
7
25
0,6
2,5
2,4
—
1,0
2,0
6,3
0,7
5,4
—
—
3,8
90
75
79
—
—
46
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
61
34
27
69
88
54
81
62
65
70
20
85
73
63
86
90
54
47
73
77
48
23
29
85 f
24
24
29
—
—
51
32
—
57
8
4
16
0,9
1,3
1,3
3,2
3,1
1,3
4,2
3,7
71
36
66
87
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
46
53
45
28
42
90
97
69
46
47
66
65
50
30
65
63
95
78
59
66
71
66
74
84
46
32
74
35
41
23
—
54
21
28
19
—
14
22
20
47
24
20
23
8
11
1,2
1,7
—
1,4
1,1
1,3
1,9
—
2,8
1,0
35
51
—
61
16
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
63
91
62
33
90
57
100
75
37
54
10
80
15
66
66
27
26
100
76
93
26
23
88
56
78
32
—
31
51
55
—
—
—
—
24
—
—
—
58
35
19
14
9
14
4
0,8
—
—
1,4
1,3
2,0
—
—
3,4
1,8
23
—
—
74
15
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
75
20
78
—
70
50
45
64
77
78
70
—
66
80
66
83
22
87
84
90
53
15
72
66
60
49
90 f
57
29
39
15
—
25
—
13
38
—
47
47
—
—
7
7
9
8
1,9
—
3,6
1,2
2,6
4,1
—
3,4
2,6
1,9
65
—
52
62
61
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
44
23
13
37
58
38
63
46
62
48
20
77
57
90
93
65
100
64
97
76
49
92
55
88
52
—
75 f
38
99 f
40
—
16
5
—
6
—
60
21
—
35
8
6
3
4
13
—
1,6
—
1,9
2,2
—
1,6
—
1,9
1,4
—
29
—
56
68
160
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
6 Compromisso
com a saúde:
acesso, serviços
e recursos
Ordem segundo IDH
PopuPopulação
lação
População
com
com
com
acesso Crianças de um ano
vacinadas
instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o
adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo
(%)
(%)
(%) a
(%)
(%)
1999
1999
1999
1997-99 b 1997-99 b
Taxa de
utilização
de terapia Utilização
de reidra- de contratação oral ceptivos
(%)
(%) c
1995-2000 b 1995-2000 b
Partos
assistidos
por
técnicos
de saúde
(%)
1995-99 d
Despesa de saúde
Médicos
Pública
(por 100.000 (em % do
habitantes)
PIB)
1990-99 b
1998
Privada Per capita
(em % do
(dól.
PIB)
PPC)
1998
1998
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
77
8
69
31
29
57
41
65
60
27
44
44
60
50
46
92
94
84
55
57
90
78
57
40
49
70
47 f
16
35
29
22
14
7
15 g
4
—
—
24
46
11
—
—
5
4
3
2,8
2,0
2,1
2,0
2,3
3,5
2,1
2,2
1,0
0,6
36
34
30
33
25
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
47
43
15
29
—
49
60
24
—
—
44
50
66
60
20
25
100
80
72
71
19
90
53
46
47
—
49
19
18
38 f
—
6
8
12
—
—
44
—
27
—
17
—
—
3
—
—
2,8
1,7
1,2
0,6
—
0,7
2,4
2,7
3,0
—
28
25
36
21
20
28
59
28
66
44
36
55
25
29
21
—
8
—
18
—
4
7
1,2
0,9
1,4
4,5
20
27
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Os dados sobre o acesso aos medicamentos essenciais são baseados em estimativas recebidas dos gabinetes regionais e de países e dos conselheiros regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS)
e, ainda, do Inquérito sobre a Situação Mundial dos Medicamentos, realizado em 1998-99. Estas estimativas representam a melhor informação disponível, até esta data, no Departamento de Medicamentos Essenciais e Política de Medicamentos da OMS e estão, actualmente, a ser validadas pelos países membros da OMS. O departamento distribui as estimativas por quatro agrupamentos: acesso muito
fraco (0-49%), acesso fraco (50-79%), acesso médio (80-94%) e acesso bom (95% ou mais). Estes agrupamentos são frequentemente utilizados pela OMS para interpretar os dados, porque as estimativas percentuais podem sugerir um elevado nível de correcção, mais do que os dados oferecem.
b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
c. Os dados referem-se a mulheres casadas com 15-49 anos, mas o conjunto de idades coberto pode variar entre países.
d. As definições de técnicos de saúde podem variar entre países. Os dados referem-se ano mais recente disponível durante o período indicado, ou a uma média móvel para uma série de anos circundando
o período.
e. Os dados referem-se a 1999.
f. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país
g. Os dados referem-se ao período analisado, 1994-95.
Fonte: Colunas 1, 2 e 4-6: UNICEF 2000; coluna 3: WHO 2001a; coluna 7: UN 2001c; coluna 8: WHO 2001c; colunas 10-12: World Bank 2001b.
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
161
7 Principais crises
e desafios da
saúde no mundo
Ordem segundo IDH
. . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . .
Crianças
com peso
Pessoas deficiente
subalipara a
mentadas
idade
(em % do total(% menores
da população) de 5 anos)
1996/98 1995-2000 a
Crianças
com altura Crianças
Pessoas que vivem
deficiente nascidas
com HIV/SIDA
para a
com
idade insuficiência Adultos
Mulheres Crianças
(% menores de peso (% 15-49
(15-49
(0-14
de 5 anos)
(%)
anos)
anos)
anos)
1995-2000 a 1995-99 a
1999 b
1999 b
1999 b
Consumo
Casos de
Casos de
de
malária Tuberculose cigarros
(por
(por
por adulto
100.000
100.000
(média
habitantes) habitantes) d anual)
1997 c
1998
1992-98 e
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
f
—
—
—
—
—
4f
6f
6f
5f
6f
0,07
0,15
0,30
0,08
0,15
360
900
5.600
800
2.600
<100
140
500
<100
300
—
—
—
—
—
5
5
6g
5
10
760
1.950
1.989
1.014
1.794
2
—
—
—
—
f
7
—
—
7f
4f
0,61
0,14
0,19
0,02
0,05
170.000
<100
3.000
1.300
300
10.000
<100
100
<100
<100
—
—
—
—
—
7
6
8
35
10
2.372
2.241
2.044
2.857
1.222
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
—
—
—
—
—
1
—
—
—
—
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
5f
—
5f
7f
6f
0,46
0,16
0,44
0,11
0,17
5.500
—
35.000
6.700
900
<100
—
1.000
500
<100
—
—
—
—
—
10
10
12 i
10
10
2.846
—
1.785
1.833
1.962
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
6f
—
4f
6f
5f
0,23
0,10
0,10
0,06
0,35
2.000
7.400
600
180
30.000
<100
500
170
<100
700
—
—
—
—
—
16
13
10
10
10
1.908
1.748
2.412
1.223
1.855
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (SAR)
Chipre
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
4f
7f
6f
—
—
0,58
0,08
0,16
0,06
0,10
25.000
700
1.600
630
<100
<100
<100
<100
<100
<100
—
—
—
—
—
23
10
10
115
6
2.428
2.137
3.923
761
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
—
—
—
3
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
7f
9f
5f
—
—
0,19
0,01
0,74
0,02
0,12
790
490
7.000
<100
—
<100
<100
500
<100
—
—
4
—
—
—
61
65
53
21
4
2.835
2.898
2.077
—
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
—
—
—
4
5f
—
1f
—
—
7
—
2
—
—
10
—
6f
7
—
1,17
0,20 j
0,04
0,69
<0,01
570
—
500
27.000
<100
<100
—
<100
4.400
<100
—
—
—
2
—
3
52 i
17
34
21
512
—
2.504
1.555
2.178
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
—
4
—
4
—
2f
5
—
1
9
3
8
—
2
10
9f
8f
—
5
6f
0,05
0,33
0,07
0,19
0,15 j
270
1.500
—
2.600
—
<100
<100
—
260
—
—
—
—
—
—
34
20
34
25
36
2.500
1.453
3.143
1.152
2.819
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
6
—
4
6
—
5
—
6f
—
14
6
—
12
—
17
7
—
7f
—
6f
0,54
4,13
0,12 j
0,04
0,18 j
2.800
2.200
—
<100
—
290
150
—
<100
—
126
—
—
—
4
18
25
31
57
33
873
435
2.525
1.989
—
12
—
—
1
—
6
1
—
8
5
—
—
0,02 j
0,02
0,09 j
<100
<100
—
<100
<100
—
—
—
—
47
82
44
2.632
—
—
13
4
7f
—
5
—
10 f
—
1,05
0,11
2.500
250
180
<100
—
—
15
81
684
—
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
h
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
162
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
7 Principais crises
e desafios da
saúde no mundo
Ordem segundo IDH
Crianças
com peso
Pessoas deficiente
subalipara a
mentadas
idade
(em % do total(% menores
da população) de 5 anos)
1996/98 1995-2000 a
Crianças
com altura Crianças
Pessoas que vivem
deficiente nascidas
com HIV/SIDA
para a
com
idade insuficiência Adultos
Mulheres Crianças
(% menores de peso (% 15-49
(15-49
(0-14
de 5 anos)
(%)
anos)
anos)
anos)
1995-2000 a 1995-99 a
1999 b
1999 b
1999 b
Consumo
Casos de
Casos de
de
malária Tuberculose cigarros
(por
(por
por adulto
100.000
100.000
(média
habitantes) habitantes) d anual)
1997 c
1998
1992-98 e
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
5
16
—
—
6
8
7
—
6f
3
18
14
—
—
13
7
10
—
4
7
0,29
1,54
0,28
2,01
0,18
22.000
9.400
3.500
590
32.500
2.400
670
<100
<100
1.800
5
19
—
1.790
—
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
—
13
—
—
7
18
—
6f
5
—
—
—
8
15
—
9
6f
7f
7f
—
0,42
0,01 j
0,02
0,05 j
<0,01
4.800
—
750
—
<100
550
—
5.000
—
<100
127
—
—
—
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
16
13
6
10
—
5f
8
16
—
3
13
15
10
—
12
9f
9
13
13 f
10 f
0,49
0,31
0,08 j
1,26
0,09 j
9.200
10.000
—
950
—
580
900
—
110
—
98
452
6
2.748
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
21
—
3
10
21
19 f
8f
14
6
28
16
3
20
11
30
6
12 f
7f
8
9f
2,15
0,07
0,01
0,57
0,07
305.000
—
—
130.000
11.000
13.900
—
—
9.900
1.300
163
—
106
240
59
26
21
16
51
219
1.120
1.021
1.259
826
1.844
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
21
18
5
5
23
3
8
—
8
23
8
26
—
16
8
9
11 f
—
9
0,11 j
0,01
0,35
0,96
0,04
—
<100
12.000
70.000
<100
—
<100
640
7.500
<100
45
24
754
—
—
9
39
176
62
126
—
1.016
208
1.247
1.622
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
23
—
10
32
13
—
43
5
10
5
—
27
6
22
11
—
13
11
6
5
<0,01
0,05 j
0,71
<0,01
0,11
<100
—
3.100
<100
520
<100
—
230
<100
<100
—
4
—
130
11
96
65
5
61
36
—
1.488
745
1.105
—
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
25
—
10
5
3
34
8
—
17 f
—
18
16
—
34
—
25 f
8
5f
13 f
7f
0,07
0,01
0,01
0,29
<0,01
2.200
—
<100
2.700
—
200
—
<100
330
—
1.196
56
—
137
—
38
35
89
75
22
399
2.304
2.323
268
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
28
11
5
—
6
6
10
5
4
11
11
17
8
8
15
13
6
10
8f
10
2,80
0,07
0,02 j
0,04 j
<0,01 j
59.000
61.000
—
—
—
3.800
4.800
—
—
—
10
2
—
—
60
52
36
6
24
18
775
1.818
1.315
1.573
785
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
17
18
—
11
14 f
11
12
9
12
16
25
10
23
23
9f
6
15
—
13
—
<0,01
3,01
19,94
0,60
—
<100
4.900
2.300.000
4.800
—
<100
140
95.000
560
50
123
37
326
28
—
1.927
—
1.448
—
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
—
11
11
5
—
13
—
19
13
—
21
—
31
18
6f
7
4f
—
9f
—
0,01 j
0,20
<0,01
0,07 j
—
—
1.000
<100
—
—
—
100
<100
—
13
35
60
62
51
1.412
1.318
1.386
1.274
1.033
96
97
98
99
100
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
5
—
3.806
75 f
—
—
1
—
—
1
8
53
60
40 i
82
66
55
114
29
31
27
22
12
17 i
23
821
271
1.434
1.092
1.594
998
2.362
1.681
—
—
1.104
339
1.634
2.080
—
163
7 Principais crises
e desafios da
saúde no mundo
Ordem segundo IDH
Crianças
com peso
Pessoas deficiente
subalipara a
mentadas
idade
(em % do total(% menores
da população) de 5 anos)
1996/98 1995-2000 a
Crianças
com altura Crianças
Pessoas que vivem
deficiente nascidas
com HIV/SIDA
para a
com
idade insuficiência Adultos
Mulheres Crianças
(% menores de peso (% 15-49
(15-49
(0-14
de 5 anos)
(%)
anos)
anos)
anos)
1995-2000 a 1995-99 a
1999 b
1999 b
1999 b
Consumo
Casos de
Casos de
de
malária Tuberculose cigarros
(por
(por
por adulto
100.000
100.000
(média
habitantes) habitantes) d anual)
1997 c
1998
1992-98 e
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
22
6
32
23
4
39
34
—
10
12
34
42
—
26
25
17 f
8
—
5
10 f
0,24
0,05
<0,01
0,10
0,02 j
20.000
13.000
<100
680
—
2.500
680
<100
<100
—
86
79
507
662
(,)
113
20
41
127
19
891
1.389
—
270
1.214
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
31
22
24
8
—
12
25
24
—
—
25
39
46
—
—
9
9f
15
—
—
0,20
1,92
1,38
4,16
0,51
1.200
29.000
28.000
12.000
560
<100
4.400
1.600
780
<100
915
1.101
305
3.152
—
54
80
26
118
97
889
689
303
540
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
31
5
14
27
21
26 f
9f
10 f
17
53 f
28
23
30
29
52
16 f
9f
10 f
11
33 f
19,54
0,03 j
25,25
35,80
0,70
85.000
—
67.000
150.000
1.300.000
6.600
—
3.800
10.000
160.000
26.217
1
—
—
275
480
106
433 g
303
115
—
827
—
—
119
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
45
37
7
10
29
10
15
39
25
16
22
32
—
26
44
7
10
24 f
8
11 f
<0,01
25,06
1,99
3,60
23,57
—
800.000
180.000
180.000
130.000
—
56.000
14.000
14.000
8.200
—
—
256
11.941
—
113
416
33
53
272 i
—
311
—
169
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
33
29
43
—
29
32
52
30 f
22
26
22
17 f
56
43
33
34
29
21
—
23 f
16 f
8f
13 f
16 f
4,04
0,22
13,95
0,12 j
7,73
6,43
71.000
2.600
1.100.000
—
290.000
45.000
5.400
220
78.000
—
22.000
4.000
1.096
847
—
2.422 f
4.613
350
158
245
169
23 g
35
139
—
—
339
—
671
—
0,10
5,98
0,29
<0,01
15.000
66.000
10.000
—
1.600
6.300
930
—
54
—
29
464
60
28
106
64
562
453
628
—
650
1.900
—
67.000
5.800
<100
130
—
5.200
450
1.076
56
8.560
—
—
42
58
73
124
97
—
237
—
—
—
120.000
1.500
—
260
59.000
593
700
5.283
—
3.602
19
597
80
154 i
160
—
—
—
327
196
420.000
600.000
450.000
400.000
40.000
53.000
53.000
40.000
32.000
3.300
—
—
37.458 f
6.990
—
142
120
482 g
104
94
173
137
—
593
—
82.000
37.000
—
6.600
29.000
7.900
3.000
—
520
2.700
—
11.918
—
27.369
10.951
102
41
218
114 i
65
464
—
—
331
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
20
18
28
—
26 f
25
47
38 f
23
22
54
56
25 f
20 f
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
29
38
35
62
40
40 f
56
46
28
40
47
55
52
32
48
18 f
30
19 f
15 f
5
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
8
—
18
13
41
31
18
34 f
23
27
34
26
33
44
42
16 f
11 f
15 f
11 f
14 f
5,06 1.400.000
11,75
19.000
0,99 j
—
0,52
3.500
8,09
670.000
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
30
61
45
14
23
26
34
24
24 f
22
38
45
42
24
23
13
15 f
13 f
12 f
4
8,30
5,07
19,95
10,76
1,77
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
43
14
65
16
29
42
29
44
26
—
53
25
38
30
29
19 f
—
13 f
—
13
164
0,05
0,02
0,01 j
5,17
0,15
2,78
2,45
2,87 j
1,95
1,54
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
7 Principais crises
e desafios da
saúde no mundo
Ordem segundo IDH
Crianças
com peso
Pessoas deficiente
subalipara a
mentadas
idade
(em % do total(% menores
da população) de 5 anos)
1996/98 1995-2000 a
Crianças
com altura Crianças
Pessoas que vivem
deficiente nascidas
com HIV/SIDA
para a
com
idade insuficiência Adultos
Mulheres Crianças
(% menores de peso (% 15-49
(15-49
(0-14
de 5 anos)
(%)
anos)
anos)
anos)
1995-2000 a 1995-99 a
1999 b
1999 b
1999 b
Consumo
Casos de
Casos de
de
malária Tuberculose cigarros
(por
(por
por adulto
100.000
100.000
(média
habitantes) habitantes) d anual)
1997 c
1998
1992-98 e
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
32
39
32
41
38
30
27
40
27
39
48
42
30
34
40
20 f
17 f
16
15 f
—
15,96
11,21
2,03
13,84
2,69
420.000
210.000
53.000
130.000
49.000
40.000
22.000
5.000
8.900
4.000
—
20.310
3.688
—
4.843
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
—
58
49
32
68
23 f
26
47
36
37 f
—
36
51
31
43
20 f
12
16 f
21 f
—
2,50
13,22
10,63
6,44
11,32
7.300
630.000
1.600.000
180.000
190.000
560
52.000
150.000
20.000
19.000
—
—
—
—
—
46
43
50
29 f
41
35
15 f
11 f
1,35
2,99
34.000
36.000
3.300
3.300
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
18
38
—
12
12
22
34
8
—
—
27
41
16
16
8
48
30
—
—
—
31
46
24
22
16
47
37
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
1,3
4,3
0,2
0,2
0,7
0,5
8,7
0,2
0,3
0,4
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
—
14
32
—
24
36
—
28
39
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
—
11
23
—
10
43
—
17
45
Mundo
—
24
28
161 Níger
162 Serra Leoa
220
93
39
140
38
176
—
—
—
158
156 g
104
116
18
101
82
—
—
—
—
10.026
—
34
72
—
—
T
T
T
T
T
T
T
T
T
T
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
71
97
47
47
45
98
121
70
18
14
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0,3
0,8
4,6
347.000 T 20.000 T
7.569.000 T 543.000 T
7.863.000 T 719.000 T
—
—
—
19
70
82
—
—
—
—
—
—
0,3
1,0
1,3
311.000 T 15.000 T
3.422.000 T 177.000 T
12.045.000 T 1.090.000 T
—
—
—
15
52
92
—
—
—
—
1,1
15.778.000 T 1.281.000 T
—
63
—
15.362.000 T 1.252.000
6.389.000 T 590.000
19.000 T
1.500
671.000 T 43.000
434.000 T 37.000
1.329.000 T 163.000
12.909.000 T 1.008.000
109.000 T 14.000
330.000 T 17.000
307.000 T 14.000
a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
b. Os dados referem-se ao final de 1999. Os agregados são estimativas arredondadas; a soma dos totais regionais pode não ser igual ao total mundial.
c. Os dados referem-se aos casos de malária relatados à Organização Mundial de Saúde e podem representar apenas uma fracção do verdadeiro número de casos, devido a sistemas de registo deficientes,
à cobertura incompleta dos serviços de saúde, ou a ambos. Devido à diversidade dos casos detectados e dos sistemas de registo, as comparações entre países devem ser feitas com cautela. Os dados referem-se ao final de 1997.
d. Os dados referem-se aos casos de tuberculose notificados à Organização Mundial de Saúde e podem representar apenas uma fracção do verdadeiro número de casos de um país, devido à cobertura
incompleta pelos serviços de saúde, diagnósticos incorrectos ou registos e relatos deficientes.
e. Os dados referme-se a estimativas do consumo aparente, baseadas em dados da produção, importação e exportação de cigarros. Essas estimativas podem diminuir ou exagerar o verdadeiro consumo
em países onde os produtos do tabaco são importados ou exportados ilegalmente, onde é significativo o açambarcamento de cigarros, ou onde a população temporária é elevada. As estimativas do consumo aparente não permitem conhecer os padrões de fumo da população. Os dados referem-se à média móvel trienal disponível mais recente durante o período indicado.
f. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país.
g. Os dados referem-se a 1996.
h. Inclui o Luxemburgo
i. Os dados referem-se a 1997.
j. Os dados referem-se a estimativas produzidas utilizando a taxa de prevalência de 1994, publicada pelo Programa Mundial de SIDA da Organização Mundial da Saúde (WHO 1995).
Fonte: Colunas 1: FAO 2000; colunas 2-4: UNICEF 2000; coluna 5-7: UNAIDS 2000; agregados calculados para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano pela UNAIDS; coluna 8: WHO 1999;
coluna 9: WHO 2000a; colunas 10: WHO 2001b.
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
165
8 Sobrevivência:
progressos
e retrocessos
. . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . .
Probabilidade à
nascença de ultrapassar os 65 anos a
Esperança de vida
à nascença
(anos)
Taxa de mortalidade
infantil
(por 1.000 nados vivos)
Taxa de mortalidade
de menores de cinco
(por 1.000 nados vivos)
Taxa de
mortalidade
materna
Masc.
registada
(% de (por 100.000
coorte) nados vivos)
1995-2000 b 1980-99 c
1970-75 b
1995-2000 b
1970
1999
1970
1999
Fem.
(% de
coorte)
1995-2000 b
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
74,4
71,7
73,2
74,7
71,4
78,1
78,7
78,5
79,3
77,9
13
17
19
11
21
4
5
6
3
6
15
20
23
15
29
4
5
6
4
6
90,0
90,2
89,3
90,8
89,5
82,2
83,1
82,3
84,8
80,7
6
—
—
5
—
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
71,5
74,3
74,0
73,3
70,7
76,5
78,9
77,9
80,5
77,2
20
13
13
14
13
7
5
5
4
4
26
14
15
21
16
8
5
5
4
5
85,7
90,0
89,1
92,1
90,3
77,4
84,4
82,7
84,0
77,9
8
—
7
8
6
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
73,8
70,7
72,4
72,0
73,6
78,6
77,0
78,1
77,2
75,9
15
19
18
18
14
3
5
5
6
4
18
26
24
23
19
4
5
5
6
5
90,5
88,4
90,1
88,3
85,5
82,2
80,1
78,0
81,5
78,3
5
(,)
10
7
10
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
70,6
71,0
71,3
71,7
72,1
77,7
77,3
76,1
77,2
78,2
26
22
20
17
30
4
5
6
6
6
33
26
27
20
33
5
5
7
6
6
89,9
89,3
87,7
87,6
90,9
79,7
79,2
80,0
80,9
81,6
—
8
6
15
7
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
72,9
71,6
72,3
72,0
71,4
78,1
78,3
78,0
79,1
77,8
27
24
38
—
29
6
6
6
—
7
34
27
54
—
33
6
6
7
—
8
91,4
89,7
91,4
91,6
90,3
79,8
85,1
81,6
83,1
83,2
6
5
1
—
(,)
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
69,5
62,6
68,0
69,8
70,6
77,1
74,3
75,2
75,0
77,6
22
43
53
25
25
4
5
5
5
6
27
54
62
29
32
4
5
6
6
7
86,6
87,5
88,4
87,3
89,7
79,6
72,1
75,3
72,8
84,2
6
20
8
11
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
69,4
68,3
70,1
67,1
70,0
76,4
75,5
74,3
72,9
72,8
40
58
21
59
25
14
8
5
19
9
54
78
24
71
29
16
9
5
22
10
88,1
87,8
87,0
84,1
85,4
80,6
79,4
72,0
70,6
66,4
(,)
(,)
9
38
9
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
69,3
68,7
70,5
63,4
63,5
70,7
73,9
72,8
74,9
72,9
36
48
32
77
55
9
15
9
11
13
39
57
36
96
75
10
17
10
12
16
81,1
84,7
85,1
85,4
84,0
59,0
71,4
65,8
75,6
75,5
15
26
8
20
46
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
67,9
66,5
67,3
70,5
62,5
76,0
69,1
75,9
70,0
74,6
58
38
49
21
61
13
18
11
17
8
77
49
59
26
83
14
21
12
21
9
87,2
76,0
86,2
81,9
83,6
80,1
57,4
80,7
54,8
75,8
29
—
5
50
3
69,6
71,3
62,6
73,3
71,4
68,9
34
23
45
8
18
12
42
28
65
9
22
16
85,3
83,6
75,7
69,5
59,7
69,4
6
18
10
65,9
70,1
73,8
69,6
49
21
17
17
57
26
20
21
82,4
79,8
73,9
56,9
—
45
Ordem segundo IDH
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
166
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
8 Sobrevivência:
progressos
e retrocessos
Probabilidade à
nascença de ultrapassar os 65 anos a
Esperança de vida
à nascença
(anos)
Ordem segundo IDH
Taxa de mortalidade
infantil
(por 1.000 nados vivos)
Taxa de mortalidade
de menores de cinco
(por 1.000 nados vivos)
1970-75 b
1995-2000 b
1970
1999
1970
1999
Fem.
(% de
coorte)
1995-2000 b
Taxa de
mortalidade
materna
Masc.
registada
(% de (por 100.000
coorte) nados vivos)
1995-2000 b 1980-99 c
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
62,4
66,2
71,5
67,6
69,7
72,2
73,6
68,5
73,6
66,1
79
46
22
56
29
27
21
23
35
18
110
68
27
77
36
33
27
28
43
22
80,8
83,5
80,0
82,1
77,0
69,9
76,0
51,3
77,4
46,5
55
70
28
140
50
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
63,0
71,0
69,2
52,9
67,5
71,9
70,8
69,8
70,0
72,7
46
28
46
105
85
8
14
21
19
22
63
32
57
160
120
9
17
24
22
26
82,0
83,5
79,9
76,0
82,5
70,8
64,2
62,5
68,3
74,2
39
15
41
75
3
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
65,7
61,6
62,9
64,0
65,0
72,4
70,4
70,7
70,1
72,6
47
70
64
51
45
20
26
19
27
28
61
113
86
68
54
23
31
23
34
32
82,3
79,1
80,6
77,7
81,8
71,6
67,6
63,0
66,4
75,7
60
80
50
110
100
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
59,5
60,6
53,9
59,5
58,1
69,6
68,4
70,9
67,2
68,6
74
50
118
95
60
26
18
20
34
31
102
61
185
135
90
30
22
25
40
42
78,8
72,8
78,4
75,4
75,7
66,5
63,7
73,4
59,3
67,2
44
38
—
160
170
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
49,0
72,5
55,4
70,1
64,4
70,5
72,4
68,0
68,1
64,1
126
24
115
22
50
14
25
42
17
35
200
30
178
27
66
16
30
52
21
42
78,1
85,1
75,2
79,0
72,7
72,1
70,8
66,2
51,8
47,6
19
35
270
27
70
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
69,2
51,4
69,0
69,0
65,9
72,7
65,4
74,8
71,0
69,6
36
157
47
41
57
19
60
10
35
27
46
255
62
53
76
23
83
11
45
32
84,5
65,4
84,1
79,8
78,2
67,1
66,8
77,5
65,0
69,4
70
350
120
43
190
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
65,1
57,9
60,7
58,8
67,7
71,6
69,0
65,4
69,5
72,8
65
150
82
87
68
17
40
52
27
29
100
201
120
140
82
19
48
71
35
35
82,8
78,6
71,7
77,3
87,0
71,8
68,7
56,9
69,0
78,6
60
130
65
160
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
59,7
63,2
56,6
55,6
53,9
67,3
69,8
69,7
69,5
68,0
91
85
77
135
122
43
33
29
24
37
128
120
107
201
191
49
41
35
30
46
74,5
79,4
74,4
75,8
74,3
64,9
70,9
68,9
70,6
68,9
230
55
41
70
37
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
57,5
63,1
60,0
53,7
58,2
68,9
66,9
63,7
56,7
69,1
87
111
81
80
111
54
55
56
54
35
123
146
101
115
162
73
65
76
69
42
76,2
75,3
70,2
53,7
75,9
64,6
57,8
54,1
40,2
65,6
55
65
180
—
120
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
56,1
57,0
64,8
64,2
54,5
68,5
70,5
66,6
68,3
68,9
106
90
46
66
123
21
25
27
45
36
160
129
61
90
192
26
30
34
58
41
75,8
77,4
72,5
75,0
75,4
62,0
72,5
53,7
62,9
72,2
—
110
42
21
220
96
97
98
99
100
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
167
8 Sobrevivência:
progressos
e retrocessos
Probabilidade à
nascença de ultrapassar os 65 anos a
Esperança de vida
à nascença
(anos)
Ordem segundo IDH
1970-75 b
1995-2000 b
Taxa de mortalidade
infantil
(por 1.000 nados vivos)
Taxa de mortalidade
de menores de cinco
(por 1.000 nados vivos)
1970
1999
1970
1999
Fem.
(% de
coorte)
1995-2000 b
Taxa de
mortalidade
materna
Masc.
registada
(% de (por 100.000
coorte) nados vivos)
1995-2000 b 1980-99 c
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
50,3
49,2
63,4
46,7
52,1
67,2
65,1
67,2
61,4
66,3
112
104
78
144
157
31
38
54
64
41
157
172
111
243
235
40
52
74
83
52
74,1
69,5
73,6
63,9
72,8
65,6
61,7
62,7
57,0
63,9
160
450
65
390
170
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
55,1
53,8
53,7
45,0
40,5
67,7
65,6
64,0
52,4
50,0
113
116
115
140
165
38
33
45
85
105
165
170
168
232
281
47
42
60
143
160
72,7
70,5
67,9
48,7
47,0
63,9
59,3
56,2
43,5
41,0
150
110
190
600
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
49,4
52,9
47,3
53,2
50,3
45,1
66,6
50,8
44,4
62,3
104
119
140
99
127
56
45
62
46
70
155
184
209
142
202
70
53
90
59
98
31,3
74,1
45,1
29,6
64,7
28,0
66,3
39,2
24,5
59,9
230
230
230
330
410
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
53,8
56,0
49,3
49,9
49,5
61,9
42,9
55,8
56,3
51,2
—
86
122
111
125
63
60
79
63
93
—
138
179
186
190
80
90
112
101
134
64,0
23,7
55,9
53,8
46,9
53,9
22,1
46,6
48,0
42,5
150
400
230
210
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
40,3
44,7
51,0
48,9
45,7
46,7
56,5
55,6
52,2
58,8
50,0
50,9
—
90
96
159
127
100
86
79
76
64
95
81
—
130
156
215
215
160
122
112
118
86
154
108
55,8
48,0
43,6
58,6
42,6
45,4
46,3
41,4
38,5
52,1
38,4
37,9
470
370
590
500
430
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
49,0
45,5
43,3
43,2
59,0
51,3
57,3
60,7
117
128
165
156
84
80
75
80
181
216
250
267
112
143
104
107
58,8
45,3
53,7
62,3
56,9
40,1
52,4
57,2
—
480
540
380
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
40,4
44,9
42,1
48,5
44,9
52,5
58,1
59,4
52,0
51,6
145
145
194
148
184
93
58
86
83
95
218
239
303
221
285
111
89
119
129
156
50,0
55,4
58,9
46,3
48,7
44,9
53,2
53,4
34,2
43,8
650
440
350
—
490
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
44,0
41,0
43,7
43,5
46,5
51,3
45,5
55,0
50,5
51,1
120
160
104
150
129
112
104
67
120
90
201
241
172
250
218
187
149
109
183
141
44,6
39,1
53,9
47,7
43,2
42,1
32,9
48,3
41,6
37,9
700
—
550
550
530
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
46,4
46,0
47,2
45,4
41,8
41,9
50,5
40,5
47,7
52,3
110
147
109
158
164
83
128
112
102
68
185
245
181
239
279
131
207
202
171
118
28,1
44,9
22,8
37,3
51,0
24,9
39,4
21,7
35,4
39,4
510
—
650
600
560
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
38,0
44,0
44,3
37,0
37,3
44,6
53,5
51,5
45,4
46,5
180
149
150
183
197
172
99
66
61
115
300
252
225
319
345
295
156
105
75
181
38,1
51,4
47,1
39,6
40,6
32,9
44,8
40,7
34,2
37,7
—
500
1.000
—
670
168
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
8 Sobrevivência:
progressos
e retrocessos
Probabilidade à
nascença de ultrapassar os 65 anos a
Esperança de vida
à nascença
(anos)
Ordem segundo IDH
Taxa de mortalidade
infantil
(por 1.000 nados vivos)
Taxa de mortalidade
de menores de cinco
(por 1.000 nados vivos)
1970-75 b
1995-2000 b
1970
1999
1970
1999
Fem.
(% de
coorte)
1995-2000 b
Taxa de
mortalidade
materna
Masc.
registada
(% de (por 100.000
coorte) nados vivos)
1995-2000 b 1980-99 c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
41,0
44,6
42,9
43,0
39,0
40,7
39,4
50,9
44,3
45,2
189
124
221
149
149
132
110
143
113
118
330
210
391
248
252
211
180
235
172
198
30,4
26,3
48,5
34,4
38,6
28,2
22,9
45,5
28,5
33,6
620
—
580
1.100
830
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
36,5
42,5
41,8
41,5
44,0
44,1
40,6
44,5
45,3
40,6
186
163
160
163
135
128
127
118
106
106
316
278
239
290
228
200
203
176
199
176
37,8
31,0
35,6
34,8
28,5
32,5
26,3
31,4
29,7
23,5
910
1.100
—
—
—
38,2
35,0
44,2
37,3
197
206
162
182
330
363
275
316
37,1
28,2
34,9
23,4
590
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
55,5
44,2
51,9
60,4
60,8
49,9
45,3
69,2
70,4
72,1
64,1
51,3
65,9
68,8
69,3
61,9
48,8
68,4
76,4
77,8
109
149
129
87
87
128
138
37
40
20
61
100
44
34
32
69
107
25
13
6
167
243
198
126
125
203
226
47
52
26
89
159
59
44
39
97
172
31
15
6
68,3
46,0
71,1
77,2
77,5
63,8
41,4
79,0
87,2
88,8
61,2
41,7
64,9
68,5
64,9
59,4
36,6
55,3
77,3
80,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
71,3
58,4
44,6
77,0
66,5
52,2
25
99
142
7
46
99
32
149
231
8
62
156
88,2
72,9
47,0
78,2
63,7
43,8
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
72,0
62,6
49,6
77,8
69,2
59,0
21
85
126
6
32
80
26
121
202
6
39
120
88,8
78,2
59,0
80,0
67,1
53,6
—
—
—
Mundo
59,9
66,4
96
56
147
80
72,2
63,5
—
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de ultrapassar os 65 anos, vezes 100.
b. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado.
c. Os dados da mortalidade materna são os relatados pelas autoridades nacionais. Periodicamente, a UNICEF e a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliam esses dados e fazem ajustamentos para ter
em conta os problemas bem documentados de sub-registo e má classificação das mortes maternas e para realizar estimativas para os países sem dados (para pormenores sobre as estimativas mais recentes
ver Hill, AbouZahr e Wardlaw 2001). Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
Fonte: Colunas 1, 2, 7 e 8: UN 2001d; coluna 3 e 5: UNICEF 2001; colunas 4, 6 e 9: UNICEF 2000.
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
169
9 Compromisso
com a educação:
despesa pública
. . . ADQUIRIREM CONHECIMENTO . . .
Despesa pública de educação a
Em % da
despesa pública
total
Em % do PNB
Ordem segundo IDH
1985-87 c
Despesa pública de educação por nível
(em % de todos os níveis) b
1995-97 c
1985-87 c
Pré-primária
e primária
1995-97 c
1985-86 c
Secundário
1995-97 c
Superior
1985-86 c
1995-97 c
28,3
61,9 f
63,6 f
20,1
46,4 i
23,0
38,9
64,7
38,7
45,5
e
1985-86 c
1995-97 c
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6,5
5,1
6,7
7,3
5,1 i
7,7 d
5,5 d
6,9 d, g
8,3 d
3,1 d, j
d, g
14,7
12,5
14,1
12,8
14,3 i
16,8 d
13,5 d
12,9 d, g
12,2 d
6,0 d, j
d, g
45,2
—
—
48,0
24,7 i
38,7 e
30,6 e
—
34,1 e, h
29,9 e, j
e, f, g, h
e, h
e, j
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão g
Finlândia
5,0
4,8
6,9
—
5,5
5,4
5,4 d
5,1 d
3,6 d
7,5 d
11,9
14,0
—
—
11,6
14,4
13,6 d
9,8 d
9,9 d
12,2 d
44,7
—
22,6
—
30,8
38,7
35,9 e
30,9 e
39,3 e, h
33,0 e
30,3
—
35,9
—
41,6
36,1
41,9
39,8
41,8
36,2
e, g, h
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
4,7
4,1
5,5
4,8
7,2
5,4 d
4,0 d
6,0 d
5,3 d
8,1 d
18,8
9,5 i
18,0 g
11,3 g
13,7
15,4 d
11,5 g, i
10,9 d
11,6 d
13,1 d
—
43,5
29,4
26,7
—
30,6 e
51,9 e
31,4 e
32,3 e, h
33,6 e
73,6
42,7
40,8
45,9
—
48,1
43,4
49,5
44,0
39,3
e
d
e
e
e
e, h
e
e
e
e, h
e
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
5,9
—
6,7
5,4
5,0
5,4
4,8 d
6,0 d
7,3 d
4,9 d
7,8
—
9,5
20,9
8,3
10,4
9,6 d
13,5 d
17,1 d, g
9,1 d
23,1
—
39,4
38,3
30,1
28,1
—
32,2 e
28,7 e
32,0 e
46,9
—
39,7
28,5
35,5
49,0
72,2
41,5
40,3
49,2
e
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre k
3,7
6,7
2,2
2,5
3,6
5,0 d
7,6 d, g
3,1 d
2,9
4,5
8,8
10,0
6,1
19,8
11,9
11,0 d
12,3 d, g
8,2 d
17,0 g
13,2
—
42,8
37,6
31,5 g
37,6
33,3 e
42,3 e, g
35,3 e, h
21,9
36,7
—
30,8
41,3
37,9 g
50,7
47,9
31,2
38,0
35,0
50,8
e
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
3,9
3,8
3,8 i
—
3,4
3,0
3,7 d
5,8 d
5,7
5,1
11,5
—
—
—
7,4
23,3
17,5 d
11,7 d
12,6
10,8
30,5
47,0
51,0
—
31,0
25,7
45,3 e, h
34,2 e
29,9
22,6 g
36,9
36,7
30,6
—
43,3
34,6
36,6
41,6
48,4
32,0
31
32
33
34
35
Barbados g
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
6,2
—
—
1,4 i
—
7,2
—
5,1 d
3,5
4,7
17,2
—
—
8,9 i
—
19,0
—
13,6 d
12,6
14,6
31,0
—
—
37,7 g
—
—
—
31,3 e
45,7
40,5
32,5
—
—
27,4 g
—
—
—
50,2
34,8
28,0
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
5,6
3,2
4,6
3,3
5,2
4,6 d
3,3
7,5 d
3,6
4,4
6,3
15,0
12,5
15,3
12,3
6,9 g
15,5
24,8 d
15,5
12,0
51,1
37,7
44,2
57,0
—
36,8 e
32,6
37,6 e, h
58,3
30,1 h
19,9
28,4
17,9
19,5
—
46,3
29,0
15,1
18,8
34,5
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
4,5
4,0
4,8
—
2,1
5,4
—
5,0
7,2
1,7
21,6
18,9
13,4
—
13,2
22,8
13,2
14,0
25,5
20,3
35,1
—
—
—
—
40,2
—
—
18,5
—
22,3
—
—
—
—
24,3
—
69,8
50,7
—
—
5,3 g
4,7
5,3
5,9
3,4 g
—
12,9
—
—
22,8
—
—
—
—
—
15,1
—
—
—
—
—
50,9
—
6,3
3,4
4,4 g
6,5
14,0
12,4
—
16,5
47,5
15,8
36,8
56,2
33,1
58,9
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
d
e, g, h
e
e, f
e
e
e
e, g
e, h
e, h
e
g
e
e
e, h
h
f, h
13,5
30,5
28,7
13,1
16,7
i
27,9 e
30,5 e
35,3 e, g, h
27,2 e, h
21,5 e, j
25,1
—
26,4
—
18,7
25,2 e, g, h
17,7 e
29,3 e
12,1 e, h
28,9 e
18,1
3,3
12,9
19,8
—
19,3 e
4,7 e
17,9 e
23,7 e, h
22,0 e
16,6
—
17,7
28,3
10,2
21,2 e
22,5 e
23,8 e
29,1 e
15,1 e
—
18,9
20,1
25,1
4,2
16,6 e
18,2 e, g
25,0 e, h
37,1
6,5
g
27,9
10,9
12,7
—
8,2
34,8
8,0 e, h
16,4 e
16,9
10,9 g
22,3
—
—
19,2
—
—
—
15,8 e
19,5
12,7
g
16,9
22,4
18,2
20,3
—
15,5 e
19,6
11,1 e, h
16,1
—
41,4
—
—
—
—
28,3
—
30,2 h
17,9
—
—
—
—
—
18,3
—
8,9
10,3
13,3 g
12,2
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
170
40,5 g
12,1
g
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
9 Compromisso
com a educação:
despesa pública
Despesa pública de educação a
Em % do PNB
Ordem segundo IDH
Em % da
despesa pública
total
Despesa pública de educação por nível
(em % de todos os níveis) b
Pré-primária
e primária
1985-87 c
1995-97 c
1985-87 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
Secundário
1985-86 c
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
3,5
4,8
5,0
4,7
3,4
4,9 d
5,1
5,9
5,0
3,5 d
—
14,3
—
15,4
—
23,0 d
16,3
17,8
19,5
9,6 g
31,5 i
38,3
—
55,7
—
50,3 e
31,1
—
62,8
23,2 e, h
26,8 i
25,2
74,8 f
27,7
—
32,5
19,8
72,5
25,8
57,4
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
6,9
5,4
2,2
9,6
—
4,9
3,2
3,6
—
5,1
18,8
—
7,5 g
20,8
—
15,4
7,0
10,5
—
20,0
37,8
—
—
—
—
32,7
—
42,7 h
—
54,4
37,1
65,3 f
—
—
—
30,6
73,8
23,8
—
23,6
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia i
Maurícias
Suriname
Líbano i
5,0
2,6
3,3
10,2
—
5,2 g
4,1
4,6
3,5 g
2,5
19,6
22,4
10,0
22,8
11,7
22,4 g
16,6
17,4
—
8,2
—
42,0
45,2
63,7
—
—
40,5
31,0
—
—
—
32,5
37,6
13,5
—
29,5
31,5
36,3
—
68,9
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
3,4
6,0
7,4
4,7
2,1
4,8
—
7,5
5,1
3,4
17,9
—
13,6
17,7
11,2
20,1
—
22,8
—
15,7
58,4
—
—
45,9 h
63,9
50,4
—
—
53,5
56,1
21,1
—
72,9 f
7,7 h
10,1
20,0
—
84,4
20,3
23,3
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
4,1
—
3,6
5,3
3,4
4,5
2,0
2,9
5,6
4,4
15,0
—
15,7
21,2
19,8
16,4
10,3
19,2
14,8
17,6
—
—
39,5
—
—
40,9
15,8
35,2
—
7,2 h
—
—
20,5
74,2 f
—
51,3
63,0
21,2
73,5
63,0
76
77
78
79
80
Geórgia g
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
5,2
4,9
5,8
1,1 i
5,2
6,4
7,5
3,0
4,0 i
—
8,5
11,0
29,3
14,3 i
6,9
10,5
12,9
18,8
19,8 i
—
—
31,9
—
36,6
22,0
—
31,3
14,6
50,0 h, i
—
—
34,0
—
29,7
45,1
—
37,4
63,9
18,1
f
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
2,7
1,2 l
4,1
3,5
—
3,4
2,2 d
—
3,5
—
7,8
—
29,3
21,3
11,2
8,9
14,7 d, g
—
13,0
—
—
45,9
—
45,5
—
—
43,3 e, h
—
38,4
63,9 g
90,2
22,4
—
35,8
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
1,3
2,3
6,8
6,2
3,7
2,3
2,3
7,9
7,7
4,0
10,0
11,1
15,8
14,8
18,1
13,8
12,2 g
19,8
19,9
17,8
47,3
29,5 m
—
44,0 i
42,0
49,5
37,4
—
42,5
29,0
19,7
33,2 m
62,9 f
37,0 i
37,9
12,5
32,2
64,5
37,2
33,9
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
2,9
9,7
8,5
6,1
3,1 g
—
5,3
5,0
7,6
2,5
14,8
22,4
7,3
—
12,5 g
—
23,5
10,0
22,0
16,0
61,5
10,9
38,8
—
—
—
6,6
—
43,5
63,5
15,9
60,4
23,8
73,1 f
—
—
68,0
71,3
29,5
6,5
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
4,8
3,6
9,2 g
9,8
—
4,2
10,6
7,7
5,1 l
—
14,0
—
25,1
27,8
—
13,6
28,1
21,1
16,4 l
—
38,4
—
—
—
—
41,9
24,5
—
—
—
25,3
—
—
—
—
29,8
52,9
—
95,3
96
97
98
99
100
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Superior
1995-97 c
74,8
22,0
—
36,0
20,6
e
f
e, h
f
h
f, g
f, h
f
f
h
h, i
f
e, h
g
f
f
f, l
1985-86 c
17,6
20,4
14,0
2,3
—
i
1995-97 c
17,2 e
26,1
11,1
6,9
19,3 e, h
14,6
12,4
—
—
—
25,5
18,0
16,0 h
—
22,0
—
21,2
5,6
7,7
—
34,7 g
19,2
24,7
—
16,2 h
13,2
—
27,1
19,6
22,5
16,4
—
15,6
26,2
18,0
h
—
—
2,7
13,5
—
7,0
13,2
16,0
10,7
13,9 h
—
—
19,4
—
23,8
18,5
—
22,4
7,5
19,7 h, i
9,8
23,9
—
17,8
—
9,3
34,7 e, h
—
21,3
10,3 g
20,8
21,8
34,1
18,2
10,7
m
i
—
8,8
17,8
24,8
—
—
33,6
—
—
—
13,0
15,6
33,0
18,5
22,9
—
14,1
7,7
14,3
7,2
h
—
25,9 h
13,3
—
—
171
9 Compromisso
com a educação:
despesa pública
Despesa pública de educação a
Em % do PNB
Ordem segundo IDH
Em % da
despesa pública
total
Despesa pública de educação por nível
(em % de todos os níveis) b
Pré-primária
e primária
1985-87 c
1995-97 c
1985-87 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
Secundário
Superior
1985-86 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
—
—
7,7
—
—
22,0
24,4 i
7,1
27,7
33,3
23,2
21,3
—
—
—
—
16,6
15,2
—
—
—
17,1
19,5
17,2
15,3
13,1
16,5
26,6
—
13,7
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
—
0,9 g, i
—
2,1
4,5
3,0
1,4 n
2,2
4,9
4,8
—
4,3 g, i
29,5
20,1 g
—
7,4 g
7,9 n
11,5
11,1
14,9
—
—
9,2
—
—
43,0
—
14,9
50,7
—
—
—
55,7
—
—
26,0
73,5
71,2
9,8
66,7
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala i
Gabão
Guiné Equatorial g
5,4
4,8
1,9
5,8
1,7
3,9 l
3,6
1,7
2,9 l
1,7
12,0
19,5
13,8
9,4
3,9
8,8 l
16,5
15,8
—
5,6
45,6
49,1
—
—
—
68,6 l
52,5
63,0
—
—
16,7
16,7
—
—
—
13,9
21,5
12,1
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos i
Suazilândia
Botswana
Índia
—
6,2
5,6
7,3
3,2
9,1
5,3
5,7
8,6
3,2
—
21,5
20,6
15,9
8,5
25,6
24,9
18,1
20,6
11,6
—
35,3
39,4
36,3
38,0
58,0
34,6
35,8
—
39,5
—
47,6
29,6
40,7
25,3
28,9
48,8
27,1
—
26,5
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar i
Gana
Lesoto
11,7
7,7
1,9
3,4
4,1
5,7
7,1 g
1,2 g
4,2
8,4
17,1
15,0
—
24,3
13,4
15,1
—
14,4 g
19,9
—
10,7 h
—
—
24,5 g
39,1 g
19,9 h
51,7 g
47,7 g
—
41,2
51,2 h
—
—
29,5 g
32,7 g
56,0
26,4
40,3
—
29,2
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
—
7,1
—
2,8
4,9 g
2,9
—
6,5
—
—
6,1
—
—
14,8 g
—
16,4
9,8 g
—
—
16,7
—
—
14,7
—
—
59,9
—
—
30,0 g
—
—
—
36,6 i
—
50,4
—
—
17,7
—
72,6 f
35,6 g
—
—
—
35,1
86,8
11,6
f, i
f
l
h
g
g
i
f
17,3
—
—
12,5
22,3
—
—
12,4
—
27,4
34,4
h
g
g
g
14,3 h
17,3 g
11,7 g
—
28,7
—
—
—
17,2 i
13,2
28,0
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
3,1
4,9
2,2
3,7
2,7
4,5
3,2
4,1
8,8
19,7
10,4
—
7,1
24,6
13,5
7,0
36,0
34,0
35,7
—
51,8
45,9
45,1
44,0
33,3
29,1
19,9
—
27,9
26,9
19,0
35,6
18,2
22,8
33,4
—
13,0
24,7
19,0
20,4
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche i
Iémen
Haiti
Madagáscar
0,5
1,4
—
1,9
1,9 l
2,1
2,2
7,0
—
1,9
6,6
9,9
—
20,6
—
8,7
13,8
21,6 g
—
16,1 g
—
46,1
—
51,0
42,3
48,3
44,8
—
—
30,0
—
34,7
—
18,1
26,5
30,7
43,8
—
—
33,4
—
10,4
—
10,8
27,2
7,4
7,9
—
—
21,1
136
137
138
139
140
Nigéria n
Djibuti
Sudão
Mauritânia i
Tânzania
1,7
—
—
—
—
0,7
—
1,4
5,1
—
12,0
—
—
—
9,9
11,5
—
—
16,2
—
—
—
—
32,6
57,5
—
—
—
39,4
—
—
—
—
36,2
20,5
—
—
—
35,3
—
—
—
—
27,4
12,7
—
—
—
21,2
—
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
3,5 g, i
1,0
3,1
—
—
2,6
—
2,2
5,0
3,7
—
8,2
9,8
—
—
—
—
7,1
24,9
33,1
44,5 g, i
—
43,9
40,2
50,1
—
—
41,5
45,2
34,2
33,4 g, i
71,3 f
26,9
42,7
25,1
—
—
18,4
36,2
42,5
13,2
28,7
18,3
17,1
19,0
g, i
—
—
23,2
18,6
23,2
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia l
Gâmbia
Guiné
6,2
—
—
3,7
1,8
—
3,2
1,8
4,9
1,9
13,8
—
—
8,8 g
13,0
—
15,2
—
21,2
26,8
—
—
—
49,0
30,8 g
—
59,1
44,5
48,9
35,1 h
86,8 f, i
—
—
21,3
36,9 g
—
21,7
17,6
31,6
29,6
5,0
—
—
13,8
23,5
i
—
18,8
—
12,9
26,1 h
172
h
g
RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
9 Compromisso
com a educação:
despesa pública
Despesa pública de educação a
Em % do PNB
Ordem segundo IDH
Em % da
despesa pública
total
Despesa pública de educação por nível
(em % de todos os níveis) b
Pré-primária
e primária
Secundário
1995-97 c
1985-87 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
1985-86 c
1995-97 c
23,3
11,5
13,4
18,8
—
20,5
—
17,7
24,0 i
9,0
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
3,5
3,5
3,2
2,6
—
5,4
—
2,2
—
2,2
9,0
22,9
17,3
16,8
—
18,3 g
—
—
—
—
41,3
67,6
48,4
55,2 i
—
58,8
—
45,9
53,2 i
43,5
15,2
15,3
22,6
17,6 i
—
8,9
—
21,6
16,5
24,2
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
1,8
2,1
3,1
2,3
3,1
—
—
4,0
3,6 g
4,0
—
5,6
9,3
14,9
18,1
—
—
13,7
11,1 g
18,3
—
—
51,5
38,1
45,0
—
—
46,2 h
56,6
42,7
—
—
28,3
20,3
32,2
—
—
23,7
25,1
36,7
—
1,7
2,3
—
—
12,4
12,8
—
—
33,2
59,7 h
—
—
29,3
32,3
—
161 Níger l
162 Serra Leoa
Superior
1985-87 c
i
h
h
i
—
—
14,4
30,7
19,8
—
—
15,9 h
18,3
17,1
—
24,2
—
—
Nota: Devido às limitações nos dados, as comparações da despesa de educação, no tempo e entre países, devem ser feitas com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver UNESCO (1999).
a. Os dados referem-se à despesa pública total de educação, incluindo despesas correntes e de capital. Ver as definições de termos estatísticos.
b. Os dados referem-se à despesa pública corrente de educação. As despesas por nível podem não somar 100, devido aos arredondamentos, ou à omissão das categorias "outros tipos" e "não distribuído".
c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
d. Os dados podem não ser exactamente comparáveis aos dos anos anteriores, devido a alterações metodológicas.
e. As despesas previamente classificadas de "outros tipos" foram distribuídas entre os diferentes níveis de educação.
f. Os dados referem-se a despesas combinadas dos níveis pré-primário, primário e secundário.
g. Os dados referem-se a um ano ou período diferentes do indicado.
h. Os dados incluem despesas de capital.
i. Os dados referem-se apenas ao Ministério da Educação.
j. Os dados referem-se apenas à comunidade Flamenga.
k. Os dados referem-se ao Gabinete da Educação Grega.
l. Os dados não incluem despesas do ensino superior.
m. Os dados não incluem despesas em escolas especializadas e técnicas de nível médio.
n. Os dados referem-se apenas à Administração Central.
Fontes: Colunas 1-4: UNESCO 2000b; colunas 5-10: UNESCO 1999.
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
173
10 Literacia
e escolarização
. . . ADQUIRIREM CONHECIMENTO . . .
Literacia de adultos
Ordem segundo IDH
Taxa
(% 15
anos e
mais)
1999
Literacia de jovens
Índice
(1985 = 100)
1999
Taxa
(% age
15-24)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Estudantes
do superior
Escolarização
Crianças em ciências,
Escolarização primária
secundária
que
matemática e
líquida
líquida
atingem engenharia
Taxa
Índice
Taxa
Índice
o 5º ano (em % do total
do superior)
(%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%)
1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
100
95
95
100
98
103
98
100
102
102
97
89
91
99
88
115
112
102
—
99
—
—
—
97
—
18
32
—
31
—
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
95
98
100
—
98
100
—
105
—
—
90
87
91
—
93
99
—
105
—
—
—
—
—
—
100
—
20
20
23
37
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
100
100
100
—
—
100
102
101
—
68
95
91
94
—
112
116
115
111
—
—
—
—
—
31
—
25
29
21
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
—
—
—
—
98,4
—
—
—
—
101
—
—
—
—
99,8
—
—
—
—
100
—
88
92
100
100
—
—
102
100
104
88
88
86
90
—
—
—
106
108
—
—
—
—
—
99
28
31
30
21
28
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
97,6
95,8
97,1
93,3
96,9
102
104
104
106
105
99,8
99,6
99,8
99,2
99,8
100
101
100
102
100
100
—
93
90
81
100
—
95
94
84
—
—
87
69
—
—
—
106
106
—
—
—
—
—
100
31
—
—
—
17
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
92,1
97,6
91,9
99,6
91,8
107
103
109
100
107
99,7
99,8
99,8
99,8
98,5
102
100
101
100
102
93
93
—
95
100
94
97
—
—
105
—
97
—
89
79
—
114
—
—
107
—
98
—
—
100
—
34
31
29
13
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
91,0
—
96,7
—
—
112
—
102
—
—
99,3
—
98,5
—
—
103
—
101
—
—
93
89
100
—
—
116
—
104
—
—
—
87
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
21
6
34
30
43
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
99,3
97,7
99,7
95,6
87,1
100
102
100
103
113
99,8
99,3
99,8
98,7
98,2
100
101
100
101
105
82
93
97
89
96
84
104
98
100
99
86
—
—
58
84
130
—
—
—
103
—
98
—
100
95
32
24
—
43
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
95,5
95,7
81,9
—
75,1
103
102
112
—
110
98,3
97,4
92,1
—
89,7
101
101
109
—
113
89
—
67
93
79
104
—
82
—
89
41
—
58
88
69
118
—
—
—
—
90
—
—
—
—
18
—
23
32
27
98,2
99,5
80,8
102
100
109
99,8
99,8
94,4
100
100
109
84
94
87
—
—
95
79
85
69
—
—
105
—
—
—
38
38
—
93,5
99,8
104
100
97,4
99,8
102
100
88
93
95
—
—
82
—
—
97
—
41
29
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
174
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
10 Literacia
e escolarização
Literacia de adultos
Ordem segundo IDH
Literacia de jovens
Taxa
(% 15
anos e
mais)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Taxa
(% age
15-24)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Estudantes
do superior
Escolarização
Crianças em ciências,
Escolarização primária
secundária
que
matemática e
líquida
líquida
atingem engenharia
Taxa
Índice
Taxa
Índice
o 5º ano (em % do total
do superior)
(%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%)
1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
91,1
91,7
99,5
93,1
99,5
107
105
101
108
100
96,8
96,7
99,8
97,8
99,8
103
102
100
103
100
100
—
—
—
—
101
—
—
—
—
51
—
—
—
—
111
—
—
—
—
86
—
—
—
—
31
27
33
—
49
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
87,0
98,3
98,0
79,1
—
114
102
102
130
—
97,3
99,6
99,6
96,2
—
105
100
100
111
—
—
93
97
—
95
—
95
—
—
—
—
80
74
—
56
—
102
—
—
—
—
—
—
—
95
—
25
32
—
38
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
92,3
91,5
84,2
—
85,6
106
106
109
—
112
97,8
96,8
93,8
—
94,8
103
103
105
—
105
84
85
98
—
76
97
130
98
—
—
22
46
58
—
66
127
143
—
—
—
89
73
99
—
—
—
31
17
—
17
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
95,3
92,6
76,1
84,9
95,1
105
108
126
108
105
98,8
99,0
92,6
92,3
98,5
101
102
115
104
102
—
—
60
—
100
—
—
114
—
102
—
—
48
—
59
—
—
166
—
115
—
—
89
—
—
21
—
18
23
—
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
70,3
98,3
89,6
99,6
—
155
102
108
100
—
97,4
99,7
96,6
99,9
—
132
100
104
100
—
67
—
91
—
—
98
—
95
—
—
57
—
55
—
—
—
—
113
—
—
96
—
—
—
—
31
33
—
—
42
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
96,2
86,4
—
93,0
—
104
109
—
105
—
99,1
93,8
—
96,9
—
102
105
—
102
87
—
—
—
91
—
—
—
—
102
74
—
—
—
38
—
—
—
—
152
—
—
—
—
78
48
—
20
—
22
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
91,4
84,6
—
91,0
84,0
105
114
—
107
116
96,7
96,2
—
96,9
97,8
103
106
—
103
105
—
99
—
97
100
—
105
—
—
—
—
51
—
—
—
—
134
—
—
—
—
—
—
85
—
29
22
—
—
22
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
83,2
83,5
89,2
69,9
75,7
108
116
119
133
133
90,7
97,5
99,4
92,7
93,7
107
105
105
119
115
84
100
—
100
90
—
107
—
107
105
29
—
—
54
71
—
—
—
169
—
—
94
—
91
—
25
53
27
27
36
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
73,6
—
98,4
84,9
78,3
129
—
102
108
113
88,4
—
99,8
91,0
88,0
114
—
100
105
108
—
95
87
96
78
—
—
—
—
106
48
—
66
56
22
413
—
—
—
143
—
—
91
—
77
—
—
25
18
20
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
80,2
73,6
98,7
88,5
66,6
108
124
103
111
143
86,6
86,6
99,8
96,5
88,2
106
115
100
104
127
96
91
—
—
94
—
91
—
—
106
—
38
—
—
56
—
74
—
—
112
85
94
—
—
—
—
31
44
—
50
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
175
10 Literacia
e escolarização
Literacia de adultos
Ordem segundo IDH
Literacia de jovens
Taxa
(% 15
anos e
mais)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Taxa
(% age
15-24)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Estudantes
do superior
Escolarização
Crianças em ciências,
Escolarização primária
secundária
que
matemática e
líquida
líquida
atingem engenharia
Taxa
Índice
Taxa
Índice
o 5º ano (em % do total
do superior)
(%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%)
1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
93,1
86,3
99,1
85,0
54,6
105
115
102
115
126
96,8
97,5
99,8
95,6
69,2
102
105
100
106
121
—
95
—
—
93
—
96
—
—
—
54
—
—
—
67
—
—
—
—
—
—
88
—
—
—
—
28
23
—
15
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
68,2
74,0
68,1
—
82,2
108
114
119
—
123
73,4
82,9
78,9
—
96,6
107
109
113
—
108
77
—
72
—
—
107
—
—
—
—
33
—
—
—
—
149
—
—
—
—
51
—
50
—
—
31
26
—
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
81,4
48,0
78,9
76,4
56,5
115
143
119
121
125
91,3
66,5
90,0
87,8
71,8
108
138
110
112
120
93
75
91
81
—
—
131
112
88
—
38
—
38
48
—
—
—
—
200
—
86
75
76
90
—
4
29
22
27
25
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
62,3
88,0
84,4
70,3
82,9
132
116
108
138
111
78,7
97,0
90,7
90,2
90,2
123
107
105
121
106
84
—
—
—
66
89
—
—
—
90
54
—
—
—
18
—
—
—
—
136
—
79
—
—
—
25
23
37
—
13
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
63,9
81,5
59,2
74,8
79,5
—
119
128
117
136
135
—
75,4
94,7
66,9
93,4
97,1
—
115
111
113
114
111
100
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
22
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
49
—
—
—
—
—
23
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
45,0
56,3
40,4
—
142
138
151
—
62,7
72,3
58,5
—
147
127
146
—
—
83
—
—
—
116
—
—
—
21
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
11
14
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
47,3
40,8
45,2
48,8
65,7
154
127
175
139
124
69,0
50,2
63,7
63,5
79,3
145
125
157
127
117
76
—
—
56
61
106
—
—
229
—
24
—
—
—
—
—
—
—
—
—
55
—
—
—
—
—
—
6
—
20
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
62,6
63,4
56,9
41,6
74,7
153
136
141
124
131
85,8
83,1
76,2
50,6
90,6
133
125
132
119
117
—
32
—
61
48
—
99
—
185
90
—
12
—
—
—
—
117
—
—
—
—
79
—
64
81
41
—
—
—
39
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
66,1
60,3
77,2
45,7
36,4
130
149
122
161
149
78,2
80,8
87,5
63,6
49,8
120
131
114
148
143
—
—
75
55
60
—
—
85
—
123
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
75
87
15
—
—
—
—
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
39,0
52,7
35,7
—
—
169
139
174
—
—
56,7
70,1
56,0
—
—
153
132
159
—
34
64
30
65
42
—
126
—
104
157
—
—
16
—
—
—
—
—
—
—
—
—
70
—
—
—
18
—
—
42
176
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
10 Literacia
e escolarização
Literacia de adultos
Ordem segundo IDH
Literacia de jovens
Taxa
(% 15
anos e
mais)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Taxa
(% age
15-24)
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Estudantes
do superior
Escolarização
Crianças em ciências,
Escolarização primária
secundária
que
matemática e
líquida
líquida
atingem engenharia
Taxa
Índice
Taxa
Índice
o 5º ano (em % do total
(%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%)
do superior)
1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
59,2
65,8
39,8
45,4
41,0
123
141
208
163
188
70,3
82,6
64,5
65,8
64,8
119
125
185
146
166
—
—
31
—
52
—
—
175
—
141
—
—
—
—
7
—
—
—
—
—
—
—
84
—
59
—
—
—
—
14
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
37,7
43,2
37,4
23,0
46,9
159
150
158
172
140
56,3
59,5
52,7
33,5
62,0
142
138
142
160
135
—
40
35
33
29
—
83
115
133
59
—
6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
51
—
—
—
46
36
19
—
15,3
—
160
—
22,3
—
157
—
25
—
100
—
5
—
—
—
73
—
—
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
73,1 c
51,9 c
61,3
85,3
87,8
55,1
60,5 c
98,6
—
—
117
132
133
114
107
126
136
101
—
—
84,4
65,2
78,4
97,2
93,8
69,8
76,9
99,5
—
—
108
125
124
104
104
121
124
100
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
—
78,3 c
49,3 c
—
113
142
—
89,1
65,8
—
106
134
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
—
85,5 c
61,7 c
—
111
122
—
95,3
75,1
—
104
117
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
Mundo
a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
b. O índice é calculado com base nos últimos dados disponíveis durante o período indicado.
c. Os agregados diferem ligeiramente dos do quadro 1, porque neste quadro só são apresentados os dados da literacia da UNESCO.
Fonte: Coluna 1: UNESCO 2000a; coluna 2: calculado com base nos dados sobre taxas de literacia de adultos, de UNESCO (2000a); coluna 3: UNESCO 2000c; coluna 4: calculado com base nos dados
sobre taxas de literacia de jovens, de UNESCO (2000c); colunas 5 e 7: UNESCO 2001c; coluna 6: calculado com base nos dados sobre taxas de escolarização primária líquida, de UNESCO (2001c); coluna
8: calculado com base nos dados sobre taxas de escolarização secundária líquida, de UNESCO (2001c); coluna 9: UNESCO 1999; coluna 10: calculado com base nos dados sobre estudantes do ensino superior, de UNESCO (1999).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
177
11 Desempenho
económico
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
PIB per capita
Ordem segundo IDH
Valor
PIB
Taxa de crescimento anual mais elevado
Variação média anual do índice
PIB
do PIB per capita
Mil milhões Mil milhões per capita
em
Ano do valor de preços no consumidor
(%)
(%)
de dólares de dól. PPC (dólares PPC)
1975-99 a
mais
1999
1999
1999
1975-99
1990-99
(dólares PPC) elevado
1990-99
1998-99
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
152,9
404,0
634,9
238,7
248,4
126,8
466,1
800,4
200,5
260,2
28.433
24.574
26.251
22.636
25.443
2,7
1,9
1,4
1,2
1,8
3,2
2,9
1,7
1,2
1,4
28.433
24.574
26.251
22.636
25.443
1999
1999
1999
1999
1999
2,1
2,0
1,7
2,1
2,0
2,3
1,5
1,7
0,5
1,1
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
9.152,1
8,8
393,7
4.346,9
129,7
8.867,7 b
7,7
382,7
3.151,3
119,3
31.872
27.835
24.215
24.898
23.096
2,0
1,8
1,7
2,8
1,9
2,0
1,8
2,1
1,1
2,0
31.872
27.835
24.215
25.584
23.096
1999
1999
1999
1997
1999
2,7
2,6
2,4
0,9
1,5
2,2
3,2
2,2
-0,3
1,2
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
258,6
19,3
1.432,3
1.441,8
174,3
193,9
18,5
1.342,2
1.314,6
137,8
27.171
42.769
22.897
22.093
25.869
1,0
3,8
1,7
2,0
1,6
-0,1
3,8
1,1
2,1
2,0
27.443
42.769
22.897
22.093
25.869
1990
1999
1999
1999
1999
1,7
2,1
1,7
2,9
2,0
0,7
1,0
0,5
1,6
2,5
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
208,2
2.111,9
93,4
54,7
1.171,0
203,0
1.949,2
97,2
72,8
1.278,1
25.089
23.742
25.918
19.104
22.172
2,0
—
3,8
0,8
2,1
1,4
1,0 c
6,1
1,8
1,2
25.089
23.742
25.918
19.104
22.172
1999
1999
1999
1999
1999
2,4
2,4
2,1
1,9
3,9
0,6
0,6
1,6
-0,1
1,7
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (SAR)
Chipre
595,9
100,8
125,1
158,9
9,0
712,5
112,6
162,4
148,5
14,5
18.079
18.440
15.414
22.090
19.006
2,1
2,0
1,4
4,8
4,9
2,0
2,3
1,8
1,9
2,8
18.079
18.471
15.414
23.389
19.006
1999
1998
1999
1997
1999
3,9
10,5
9,8
6,8
3,8
2,3
5,2
2,6
-4,0
1,6
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
84,9
406,9
113,7
20,0
3,5 d
82,1
736,3
160,5
31,7
5,7 d
20.767
15.712
16.064
15.977
15.189 d
5,3
6,5
2,9
—
4,8 c
4,7
4,7
2,3
2,5
4,2 c
20.767
15.712
16.064
15.977
—
1999
1999
1999
1999
—
1,8
5,3
4,8
28,0 c
3,1
(,)
0,8
2,3
6,6
2,1
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
2,5
4,8 d
53,1
283,2
19,7
3,8
—
133,8
449,1
57,1
14.353
—
13.018
12.277
10.591
1,2
-2,1 c
—
0,3
-0,4 c
1,5
-0,5 c
0,9
3,6
1,6
14.353
—
13.434
12.844
10.782
1999
—
1996
1998
1989
2,6
—
8,5 c
10,6
13,0
1,6
—
2,1
-1,2
10,6
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
48,4
20,8
155,2
67,5
5,3 d
115,1
29,4
326,6
129,9
8,8 d
11.430
8.879
8.450
8.652
13.688 d
0,8
1,4
—
4,1
-0,5 c
1,4
3,0
4,4
5,6
0,8 c
11.430
9.241
8.450
8.863
—
1999
1998
1999
1998
—
21,5
38,2
27,8
9,7
1,2 c
10,0
5,7
7,3
3,3
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
15,1
—
29,6
5,2
47,2 d
31,8
4,5 d
—
12,1
49,5 d
8.860
15.258 d
—
8.355
18.162 d
1,1
1,6
-1,5 c
-1,3 c
-3,7 c
3,0
-0,1
—
-0,3
-1,6 c
8.860
—
—
10.159
—
1999
—
—
1989
—
16,2
2,3
2,0
25,3 c
—
10,0
1,3
3,0
3,3
—
20,4
10,6
—
33,0
24,6
—
7.387
6.656
—
—
-3,6 c
—
1,0
-3,9
—
8.239
10.087
—
1990
1990
—
105,4
40,2 c
2,8
3,7
0,8
2,2
6,9
6,3
10,6
15,2
8.176
6.264
0,4
-0,9
2,0
-3,7
8.524
9.929
1982
1989
5,9
34,6 c
3,4
2,4
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
178
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
11 Desempenho
económico
PIB per capita
Ordem segundo IDH
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
Valor
PIB
Taxa de crescimento anual mais elevado
Variação média anual do índice
PIB
do PIB per capita
Mil milhões Mil milhões per capita
em
Ano do valor de preços no consumidor
(%)
(%)
de dólares de dól. PPC (dólares PPC)
1975-99 a
mais
1999
1999
1999
1975-99
1990-99
(dólares PPC) elevado
1990-99
1998-99
483,7
9,6
26,8
0,7
401,4
801,3
16,5
69,0
1,2
1.092,6
8.297
5.875
6.876
4.959
7.473
0,8
0,7
-2,7 c
2,6
-1,2
1,0
2,4
-2,9
0,7
-5,9 c
8.297
5.875
8.429
4.959
12.832
1999
1999
1989
1999
1989
19,9
1,1
383,7 c
2,3
116,1 c
16,6
1,3
293,7
-1,2
85,7
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
79,0
12,4
34,0
—
3,5
186,4
41,6
135,7
—
9,4
8.209
5.071
6.041
—
4.651
4,2
-0,2 c
-0,5
—
—
4,7
-2,1
-0,5
—
-1,5
8.779
6.799
8.822
—
5.340
1997
1988
1986
—
1990
4,0
129,3
108,9
—
91,4
2,7
2,6
45,8
—
-1,3
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
102,2
86,6
4,2
0,8 d
17,2 d
130,3
238,8
10,7
1,7 d
19,8 d
5.495
5.749
9.107
4.178 d
4.705 d
-1,0
1,7
4,0
-0,2
—
-0,5
1,4
3,9
3,3
5,7 c
7.642
6.201
9.107
—
—
1977
1997
1999
—
—
51,8
21,7
7,0
88,0
—
23,6
11,2
6,9
98,9
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
124,4
1,8
139,4
751,5
76,6
5,7
0,7
-2,2
0,8
0,1
3,8
1,2
-1,1
1,5
0,9
6.810
4.799
18.604
7.172
3.956
1996
1999
1980
1997
1982
5,1
3,4
1,2
253,5
8,5
0,3
2,0
-1,4
4,9
6,7
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
15,0 d
1,8
51,9
38,7
15,8
—
8,4 d
116,6
172,7
73,9
—
2.215 d
4.622
3.458
4.951
2,8 c
—
-0,8
-9,2 c
-5,3 c
0,3 c
-3,9
3,2
-10,3
-4,9
—
—
5.287
8.748
8.131
—
—
1981
1989
1988
0,2
97,8 c
31,6
413,4 c
87,2 c
0,4
0,7
3,5
—
8,3
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
2,7
0,4 d
6,9
4,0
7,7
13,3
1,2 d
9,3
22,8
23,5
2.431
4.423 d
3.561
2.850
4.384
—
5,2 c
0,1
-11,8 c
0,8
—
3,9 c
-0,6
-10,7
-0,2
—
—
4.146
8.605
5.023
—
—
1975
1987
1981
1,0 c
8,0
26,1
224,9 c
13,8
19,1
3,0
6,0
-8,6
6,8
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
16,0
185,7
3,2
19,0
3,7
62,2
410,8
16,0
37,2
10,8
3.279
6.380
3.347
2.994
3.189
3,2
2,1
-8,7 c
0,3
-1,4 c
4,0
2,2
-9,6
(,)
2,8
3.279
6.834
7.427
3.344
3.518
1999
1998
1988
1997
1982
10,3
81,5
—
34,5
32,1 c
4,7
64,9
—
52,2
0,4
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
17,4
989,5
8,1
20,9
110,8
46,3
4.534,9
18,7
56,3
348,3
5.507
3.617
3.955
5.957
5.531
1,4
8,1
0,4
1,9
-0,9
3,9
9,5
1,1
2,9
1,9
5.507
3.617
4.904
5.957
7.777
1999
1999
1986
1999
1976
9,0
9,9
3,9
4,6
27,1
6,5
-1,4
0,6
2,7
20,1
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
0,6
1,3
0,7
131,1
12,5
1,9
12,5
3,1
375,1
26,7
4.490
2.573
3.640
8.908
4.344
2,9 c
-5,3 c
-0,5
-0,8
-0,2
3,2
-6,4
5,2
-0,2
2,8
4.490
4.507
3.816
11.109
4.846
1999
1990
1976
1981
1978
6,0 c
—
6,4 c
9,1
9,4
—
35,9
7,5
5,2
0,5
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
0,2
19,4
1,2
17,7
47,9
0,7
70,0
8,7
54,9
151,6
4.047
4.454
2.037
2.251
5.063
0,2 c
0,8
—
-3,0 c
-0,4
1,4
2,7
-10,8
-3,1
-0,5
4.183
4.454
5.996
2.920
5.998
1979
1999
1989
1990
1985
4,1
7,8
16,0 c
—
19,5
0,3
-2,7
45,9
—
2,6
96
97
98
99
100
369,4
3,8
218,4
1.182,0
282,6
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
6.132
4.799
10.815
7.037
3.805
179
11 Desempenho
económico
PIB per capita
Ordem segundo IDH
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
Valor
PIB
Taxa de crescimento anual mais elevado
Variação média anual do índice
PIB
do PIB per capita
Mil milhões Mil milhões per capita
em
Ano do valor de preços no consumidor
(%)
(%)
de dólares de dól. PPC (dólares PPC)
1975-99 a
mais
1999
1999
1999
1975-99
1990-99
(dólares PPC) elevado
1990-99
1998-99
28,7
142,5
1,9
8,3
89,1
144,2
591,5
—
19,2
214,3
1.860
2.857
—
2.355
3.420
4,8 c
4,6
—
-0,6
2,9
6,2
3,0
—
1,8
2,4
1.860
3.383
—
2.632
3.420
1999
1997
—
1978
1999
—
13,1
—
9,3
9,6
—
20,5
—
2,2
3,1
2,3
5,4
18,2
4,4
0,7
11,2
14,8
40,7
7,3
2,1
2.279
2.340
3.674
6.024
4.676
-3,8
0,1
(,)
-1,7
8,4 c
0,4
0,3
1,5
0,6
16,3
5.165
2.558
3.798
11.732
4.676
1977
1979
1980
1976
1999
35,1
19,5
10,7
5,7 c
—
11,2
11,7
4,9
—
—
3,1
35,0
1,2
6,0
447,3
9,3
96,5
4,1
10,9
2.242,0
5.468
3.419
3.987
6.872
2.248
(,)
1,4
2,0
5,1
3,2
0,8
0,4
-0,2
1,8
4,1
5.772
3.500
4.135
6.872
2.248
1980
1998
1990
1999
1999
9,9
4,2
9,5
10,7
9,5
8,6
0,7
6,1
7,1
4,7
0,9
5,6
—
7,8
0,9
4,1
34,2
—
35,3
3,9
1.711
2.876
—
1.881
1.854
-0,5 c
0,6
—
(,)
2,4
-0,6
0,6
—
1,6
2,1
2.051
2.932
—
1.922
1.992
1989
1991
—
1978
1997
53,7 c
25,4 c
27,1
29,2
10,5 c
7,6
—
18,4
12,4
—
3,1
3,6
10,6
0,2
9,2
2,2
16,0
11,1
30,1
0,8
23,1
2,1
1.361
2.367
1.022
1.429
1.573
727
1,9 c
0,9
0,4
-1,5 c
-0,6
0,3
1,9
2,3
-0,3
-3,1
-1,5
-3,3
1.368
2.667
1.078
2.007
2.465
1.170
1996
1994
1990
1984
1986
1984
7,1 c
8,7
16,7
—
7,3
10,0 c
4,0
14,9
2,6
—
5,3
5,4
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
58,2
1,4
5,0
0,4
247,3
6,4
28,9
1,0
1.834
1.410
1.237
1.341
2,9
-1,3
1,8
4,1 c
1,3
-0,5
2,3
3,4
1.834
1.936
1.237
1.341
1999
1980
1999
1999
10,3
9,3
9,0
10,1 c
4,1
-0,1
8,0
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
1,4
46,0
6,8
4,3
3,7
7,5
189,4
13,7
11,4
12,0
1.471
1.483
806
1.464
799
3,2 c
2,3
—
-2,0
-1,8
3,8
3,1
-0,4
-3,4
-1,2
1.471
1.483
888
2.399
1.203
1999
1999
1990
1980
1975
24,1
5,5
32,6 c
23,2
19,8
125,1
6,2
—
8,7
9,9
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
35,0
0,5 d
9,7
1,0
8,8
105,7
—
—
4,2
16,5
853
—
—
1.609
501
-0,8
—
—
-0,2
—
-0,5
-5,1 c
—
1,3
-0,1
1.122
—
—
1.688
502
1977
—
—
1976
1990
36,2
—
81,1
6,3
22,6
6,6
—
16,0
4,1
7,9
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
6,4
5,6 d
3,1
11,2
4,8
25,1
38,6 d
7,5
25,7
13,2
1.167
801 d
756
1.654
1.419
2,5 c
-4,7 c
-2,4
-2,1
-0,3
4,0
-8,1 c
-2,4
0,6
0,6
1.167
—
1.359
2.598
1.535
1999
—
1976
1978
1976
11,6
2.089,0 c
80,8 c
7,8
6,0
6,4
—
—
0,8
0,8
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
8,5
2,4
0,6
0,4
3,5
39,3
5,7
3,5
2,0
14,0
3.179
933
881
1.580
1.934
-2,1 c
0,4
—
-0,3
1,4 c
-2,8
1,8
2,2 c
-0,6
1,5
4.480
933
899
1.708
1.934
1988
1999
1998
1984
1999
787,0
9,9 c
—
4,3
—
286,2
0,3
—
3,8
—
180
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
11 Desempenho
económico
PIB per capita
Ordem segundo IDH
Valor
PIB
Taxa de crescimento anual mais elevado
Variação média anual do índice
PIB
do PIB per capita
Mil milhões Mil milhões per capita
em
Ano do valor de preços no consumidor
(%)
(%)
de dólares de dól. PPC (dólares PPC)
1975-99 a
mais
1999
1999
1999
1975-99
1990-99
(dólares PPC) elevado
1990-99
1998-99
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
1,8
2,0
2,6
1,1
1,5
6,3
7,4
8,0
4,1
6,4
586
885
753
1.166
850
-0,2
-1,4
-0,7
-1,6
(,)
0,9
-3,0
1,1
-0,3
-0,9
618
1.254
878
1.596
998
1979
1983
1979
1977
1977
33,8
18,0 c
5,8
6,7 c
8,7
44,9
-2,4
-1,2
—
-6,8
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
0,2
4,0
6,4
2,6
0,7
0,8
14,9
39,4
10,6
3,9
678
861
628
965
578
0,3
1,3 c
-0,3 c
1,0
-0,5
-1,9
3,8
2,4
1,4
-5,0
912
861
675
965
852
1997
1999
1983
1999
1991
37,6
34,9
6,0 c
6,1
15,8
-0,7
2,0
—
-1,1
3,4
2,0
0,7
7,9
2,2
753
448
-2,2
-2,5
-1,0
-7,0
1.249
964
1979
1982
6,6
31,4
-2,3
34,1
161 Níger
162 Serra Leoa
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
5.826,7 T
169,4 T
531,2 T
2.122,0 T
1.989,8 T
684,0 T
309,8 T
909,1 T
24.863,1 T
23.510,3 T
16.201,9 T
693,8 T
1.071,7 T
7.193,3 T
3.391,1 T
3.120,5 T
984,2 T
2.498,2 T
24.606,5 T
22.025,5 T
3.530
1.170
4.550
3.950
6.880
2.280
1.640
6.290
22.020
26.050
2,3
0,2 c
0,3
6,0
0,6
2,3
-1,0
—
2,0
2,2
3,2
0,8
0,7
5,9
1,7
3,4
-0,4
-3,4
1,5
1,6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
25.099,7 T
4.997,5 T
254,4 T
24.617,0 T
15.250,1 T
977,0 T
23.410
3.850
1.200
2,2
1,6
0,4
1,7
1,7
0,7
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
23.981,8 T
5.367,9 T
1.002,4 T
22.518,3 T
13.834,9 T
4.499,0 T
25.860
5.310
1.910
2,1
1,8
1,7
1,6
2,3
1,2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Mundo
30.351,4 T
40.733,3 T
6.980
1,3
1,1
—
—
—
—
a. Os dados podem referir-se a um período mais curto do que o indicado, quando não existem dados disponíveis para todos os anos.
b. O valor em dólares PPC do PIB dos Estados Unidos da América deveria ser, em teoria, igual ao valor em dólares EUA, mas alguns problemas práticos surgidos com a produção das series do PIB em dólares
PPC impedem isso.
c. Os dados referem-se a um período diferente do indicado.
d. Os dados referem-se a 1998.
Fontes: Colunas 1-3: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 4 e 5: World Bank 2001; os agregados
foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 6 e 7: calculado com base em dados do PIB a preços de mercado (dólares constantes de 1995),
população e PIB per capita (dólares PPC), de World Bank (2001b); coluna 8: calculado pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano, com base em dados do índice de
preços no consumidor, de World Bank (2001b); coluna 9: calculado com base em dados do índice de preços no consumidor, de World Bank (2001b).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
181
12 Desigualdade
no rendimento
ou consumo
Ordem segundo IDH
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Medidas de desigualdade
Inquérito baseado
Parte do rendimento ou consumo
no rendimento (R)
10%
20%
(%)
ou
mais ricos
mais ricos
Ano
consumo
10%
20%
20%
10%
para 10%
para 20%
Índice
do inquérito
(C) a
mais pobres mais pobres mais ricos
mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrálra
Canadá
Suécra
Bélgrca
1995
1994
1994
1992
1992
R
R
R
R
R
4,1
2,0
2,8
3,7
3,7
9,7
5,9
7,5
9,6
9,5
35,8
41,3
39,3
34,5
34,5
21,8
25,4
23,8
20,1
20,2
5,3
12,5
8,5
5,4
5,5
3,7
7,0
5,2
3,6
3,6
25,8
35,2
31,5
25,0
25,0
6
7
8
9
10
Estados Unrdos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
1997
—
1994
1993
1991
R
—
R
R
R
1,8
—
2,8
4,8
4,2
5,2
—
7,3
10,6
10,0
46,4
—
40,1
35,7
35,8
30,5
—
25,1
21,7
21,6
16,6
—
9,0
4,5
5,1
9,0
—
5,5
3,4
3,6
40,8
—
32,6
24,9
25,6
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
1992
1994
1995
1991
1992
R
R
R
R
R
2,6
4,0
2,8
2,6
3,6
6,9
9,4
7,2
6,6
9,6
40,3
36,5
40,2
43,0
34,5
25,2
22,0
25,1
27,3
20,5
9,9
5,4
9,1
10,4
5,7
5,8
3,9
5,6
6,5
3,6
33,1
26,9
32,7
36,1
24,7
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
1987
1994
1987
—
1995
R
R
R
—
R
4,4
3,3
2,5
—
3,5
10,4
8,2
6,7
—
8,7
33,3
38,5
42,9
—
36,3
19,3
23,7
27,4
—
21,8
4,4
7,1
11,0
—
6,2
3,2
4,7
6,4
—
4,2
23,1
30,0
35,9
—
27,3
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
1990
1992
1993
—
—
R
R
R
—
—
2,8
2,8
3,0
—
—
7,5
6,9
7,5
—
—
40,3
42,5
40,3
—
—
25,2
26,9
25,3
—
—
9,0
9,6
8,5
—
—
5,4
6,2
5,3
—
—
32,5
35,5
32,7
—
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
—
1993
1994-95
1998
—
—
C
R
R
—
—
2,9
3,1
3,9
—
—
7,5
7,3
9,1
—
—
39,3
43,4
37,7
—
—
24,3
28,4
23,0
—
—
8,4
9,3
5,8
—
—
5,3
5,9
4,1
—
—
31,6
35,6
28,4
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
—
1996
—
1992
—
—
R
—
R
—
—
4,3
—
5,1
—
—
10,3
—
11,9
—
—
35,9
—
31,4
—
—
22,4
—
18,2
—
—
5,2
—
3,6
—
—
3,5
—
2,6
—
—
25,4
—
19,5
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
1998
1989
1998
1996
—
C
R
C
R
—
4,1
2,1
3,2
1,4
—
10,0
5,4
7,8
3,4
—
34,4
48,3
39,7
62,0
—
20,5
32,7
24,7
46,9
—
5,0
15,4
7,8
33,7
—
3,5
8,9
5,1
18,2
—
24,4
42,3
31,6
57,5
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
1997
—
—
1998
—
R
—
—
R
—
1,7
—
—
3,0
—
4,5
—
—
7,0
—
51,0
—
—
45,1
—
34,6
—
—
29,8
—
20,7
—
—
10,0
—
11,5
—
—
6,5
—
45,9
—
—
37,6
1998
1996
—
R
C
—
3,7
3,1
—
8,8
7,8
—
38,0
40,3
—
23,3
25,6
—
6,3
8,3
—
4,3
5,2
—
29,0
32,4
—
1992
1998
R
R
2,1
2,9
5,5
7,6
45,9
40,3
29,9
25,9
14,4
8,9
8,3
5,3
40,3
32,4
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
182
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
12 Desigualdade
no rendimento
ou consumo
Ordem segundo IDH
Medidas de desigualdade
Inquérito baseado
Parte do rendimento ou consumo
no rendimento (R)
10%
20%
(%)
ou
mais ricos
mais ricos
Ano
consumo
10%
20%
20%
10%
para 10%
para 20%
Índice
mais pobres mais pobres mais ricos
mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c
do inquérito
(C) a
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
1996
1997
1998
—
1998
R
C
C
—
C
1,6
1,2
5,1
—
1,7
4,0
3,6
11,4
—
4,4
56,7
52,8
33,3
—
53,7
41,1
35,7
20,0
—
38,7
26,4
29,0
3,9
——
23,3
14,3
14,8
2,9
12,2
48,7
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
1997
1997
1994
—
—
R
R
R
—
—
1,7
4,5
3,7
—
—
4,4
10,1
8,9
—
—
54,3
36,8
37,3
—
—
38,4
22,8
22,7
—
—
22,1
5,0
6,1
—
—
12,4
3,6
4,2
—
—
49,2
26,4
28,2
—
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
1997
1996
—
—
—
C
R
—
—
—
1,6
1,1
—
—
—
4,1
3,0
—
—
—
53,7
60,9
—
—
—
37,6
46,1
—
—
—
24,3
42,7
—
—
—
13,0
20,3
—
—
—
48,8
57,1
—
—
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
1998
—
—
1997
1997
C
—
—
R
C
2,8
—
—
1,0
2,3
6,4
—
—
2,6
5,4
48,4
—
—
63,0
52,3
32,4
—
—
46,7
36,6
11,6
—
—
48,7
16,1
7,6
—
—
24,4
9,8
41,4
—
—
59,1
46,2
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
1996
1996
1999
1996
—
C
R
C
C
—
2,3
1,6
3,7
2,7
—
5,5
4,4
8,8
6,7
—
50,6
51,2
37,8
42,3
—
35,2
35,4
23,2
26,3
—
15,3
22,3
6,4
9,8
—
9,2
11,7
4,3
6,3
—
44,4
46,2
29,0
35,4
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
1996
—
1996
1995
1998
R
—
C
R
R
2,3
—
2,9
2,8
0,5
6,1
—
7,0
6,9
1,9
43,6
—
43,9
43,3
60,7
27,9
—
28,9
27,8
43,8
12,0
—
10,0
9,8
91,1
7,1
—
6,3
6,3
31,8
37,1
—
36,4
36,0
57,7
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
1995
1994
1998
1995
—
C
C
C
C
—
3,5
2,3
2,6
2,2
—
8,0
5,8
6,1
5,4
—
42,8
47,7
47,5
49,7
—
28,0
32,3
31,7
33,8
—
7,9
14,2
12,3
15,4
—
5,3
8,2
7,7
9,2
—
34,4
41,5
40,8
43,7
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
1998
1998
1997
1995
—
R
R
C
C
—
2,1
2,4
3,3
2,3
—
5,1
5,9
7,6
5,7
—
53,3
46,6
44,4
47,9
—
37,9
30,4
29,8
31,8
—
17,7
12,7
9,1
13,8
—
10,5
8,0
5,9
8,5
—
47,4
40,3
36,4
41,7
—
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
1997
1993
1993-94
1997
—
R
C
C
R
—
2,7
2,4
1,1
1,4
—
6,3
6,3
2,9
3,7
—
47,4
46,9
64,8
55,3
—
31,7
32,0
45,9
39,3
—
11,9
13,3
42,5
28,5
—
7,5
7,4
22,6
14,8
—
40,5
40,2
59,3
50,8
—
—
1997
1993
1995
—
—
R
R
C
—
—
2,2
3,1
2,8
—
—
5,6
7,4
7,0
—
—
46,8
40,9
42,6
—
—
30,7
25,2
26,8
—
—
13,7
8,2
9,6
—
—
8,3
5,5
6,1
—
—
40,6
33,3
35,3
96
97
98
99
100
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
51,9
48,5
21,7
—
183
12 Desigualdade
no rendimento
ou consumo
Ordem segundo IDH
Medidas de desigualdade
Inquérito baseado
Parte do rendimento ou consumo
no rendimento (R)
10%
20%
(%)
ou
mais ricos
mais ricos
Ano
consumo
10%
20%
20%
10%
para 10%
para 20%
Índice
mais pobres mais pobres mais ricos
mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c
do inquérito
(C) a
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
1998
1999
—
1997
1995
C
C
—
R
C
3,6
4,0
—
0,5
4,4
8,0
9,0
—
1,9
9,8
44,5
41,1
—
61,8
39,0
29,9
26,7
—
45,7
25,0
8,4
6,6
—
91,4
5,7
5,6
4,6
—
32,0
4,0
36,1
31,7
—
58,9
28,9
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
1998
1997
1998
—
—
C
R
R
—
—
0,7
0,4
1,6
—
—
2,3
1,6
3,8
—
—
63,6
61,8
60,6
—
—
48,8
44,3
46,0
—
—
70,7
119,8
29,1
—
—
27,9
38,1
15,8
—
—
60,3
59,0
55,8
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
1998-99
1994
—
1997
—
C
R
—
C
—
2,6
1,0
—
3,5
—
6,5
2,7
—
8,1
—
46,6
64,4
—
46,1
—
30,9
50,2
—
33,5
—
11,7
49,7
—
9,5
—
7,2
23,8
—
5,7
—
39,5
60,9
—
37,8
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
1995
1990-91
—
1998
1986-87
C
C
—
C
C
2,9
1,8
—
2,4
0,9
7,3
4,0
—
5,9
2,8
40,9
62,3
—
45,9
60,1
24,5
46,9
—
29,5
43,4
8,4
26,1
—
12,3
48,2
5,6
15,6
—
7,8
21,5
33,2
56,8
—
39,6
56,0
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
1997
1996
1994
—
—
—
C
C
C
—
—
—
2,9
1,7
1,8
6,9
4,5
5,0
47,6
56,5
50,2
33,8
40,5
34,9
11,6
23,8
19,3
6,9
12,6
10,0
40,4
50,9
44,5
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
1996-97
—
1995-96
—
C
—
C
—
4,1
—
3,2
—
9,5
—
7,6
—
41,1
—
44,8
—
27,6
—
29,8
—
6,7
—
9,3
—
4,3
—
5,9
—
31,2
—
36,7
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
1997
1995-96
1998
—
1997
C
C
C
—
C
3,2
3,9
3,0
—
2,2
7,6
8,7
7,4
—
5,4
45,0
42,8
41,2
—
52,0
30,6
28,6
25,9
—
37,3
9,7
7,3
8,6
—
17,2
6,0
4,9
5,6
—
9,6
37,0
33,6
33,4
—
46,0
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
1996-97
—
—
1995
1993
C
—
—
C
C
1,6
—
—
2,5
2,8
4,4
—
—
6,4
6,8
55,7
—
—
44,1
45,5
40,8
—
—
28,4
30,1
24,9
—
—
11,2
10,8
12,8
—
—
6,9
6,7
50,6
—
—
37,3
38,2
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
1996
—
1998
1995
1995
C
—
C
C
C
3,0
—
1,1
3,1
2,6
7,1
—
3,3
7,1
6,4
44,9
—
56,6
44,3
48,2
29,8
—
41,0
28,8
33,5
9,9
—
36,6
9,4
12,8
6,4
—
17,3
6,2
7,5
37,4
—
52,6
36,7
41,3
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
—
—
1992
1994
—
—
—
C
C
—
—
—
1,5
2,6
—
—
—
4,4
6,4
—
—
—
52,8
47,2
—
—
—
37,6
32,0
—
—
—
24,9
12,3
—
—
—
12,1
7,3
—
—
—
47,8
40,3
184
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
12 Desigualdade
no rendimento
ou consumo
Ordem segundo IDH
Medidas de desigualdade
Inquérito baseado
Parte do rendimento ou consumo
no rendimento (R)
10%
20%
(%)
ou
mais ricos
mais ricos
Ano
consumo
10%
20%
20%
10%
para 10%
para 20%
Índice
do inquérito
(C) a
mais pobres mais pobres mais ricos
mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
—
1983-85
1994
—
—
—
C
C
—
—
—
4,2
1,8
—
—
—
9,7
4,6
—
—
—
39,1
56,2
—
—
—
24,2
40,4
—
—
—
5,8
23,1
—
—
—
4,0
12,2
—
—
—
28,9
50,5
—
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
1991
1996-97
1995
1994
1992
C
C
C
C
C 3,4
0,5
2,5
3,0
2,2
2,1
6,5
7,1
5,5
58,9
46,5
47,7
55,0
42,4
31,7
33,7
39,5
84,8
12,5
11,4
17,6
28,0
7,2
6,7
10,0
56,2
39,6
40,0
48,2
C
—
0,8
—
161 Níger
162 Serra Leoa
1995
—
7,9
41,6
2,6
—
26,6
53,3
—
7,8
35,4
—
5,2
46,0
—
33,3
20,7
—
50,5
—
Nota: Como os dados são provenientes de inquéritos que utilizam metodologias diferentes e cobrem países diferentes, as comparações entre países devem ser feitas com precaução.
a. A distribuição do rendimento é tipicamente mais desigual do que a distribuição do consumo, porque, em geral, os pobres consomem maior proporção do seu rendimento do que os ricos.
b. Os dados mostram o rácio entre a parte do rendimento ou consumo do grupo mias rico e a do grupo mais pobre. Devido aos arredondamentos, os resultados podem diferir dos rácios calculados com as
partes do rendimento ou consumo das colunas 3-6.
c. O índice de Gini mede a desigualdade na distribuição total do rendimento ou consumo. O valor 0 representa a igualdade perfeita e o valor 100 a desigualdade perfeita.
Fontes: Colunas 1-6 e 9: World Bank 2001b; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do rendimento ou consumo, de World Bank (2001b).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
185
13 A estrutura
do comércio
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Exportações
Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas
e serviços
e serviços
(em % das exportações (em % das exportações
(em % do PIB)
(em % do PIB)
de mercadorias)
de mercadorias)
Ordem segundo IDH
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
Exportações
de alta tecnologia Termos de
(em % das exportações
troca
manufacturadas)
(1980 = 100) a
1990
1999
1998
Desenvolvimento humano elevado
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
34
17
26
29
70
33
21 c
41
38
72
41
17
26
30
71
39
19 c
44
44
76
67
64
36
16
18 d
67
66
27
12
16 c, d
33
16
59
83
77 d
27
29
67
83
78 c, d
12
15
14
18
—
18
16
16
31
—
86 b
78 b
88 b
111 b
—
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
11
33
55
10
24
13 c
38
56
9
29
10
34
58
11
23
11 c
34
61
10
37
22
91
37
3
17
13
87
29
3
14
74
8
59
96
83
83
13
70
94
85
34
11
22
28
12
36
15
32
32
31
116 b
98 e
—
197 b
115 e
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
36
109
22
27
31
36 c
97
24
27
33
36
113
21
24
36
40 c
113
26
26
37
6
—
23
19
35
8
—
17
14
28
94
—
77
79
60
92
—
81
83
66
18
—
19
25
19
28
—
27
34
28
—
—
118
100 b
110 b
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
39
—
52
27
20
46
28
74
30 c
24
40
—
57
28
20
45
29
88
31 c
26
12
10
26
75
11
12
8
11
66
10
88
89
70
23
88
83
84
85
33
89
14
15
40
5
11
14
21
49
16
12
—
111
98
109 b
134
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
20
45
28
126
57
24
13
46
4
45
20
7
49
4
48
75
87
54
95
55
78
93
50
95
52
11
19
3
7
4
13
31
10
3
9
126 b
128 b
101 e
102
82
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
195
30
40
—
99
—
35
40 c
57
94 c
202
29
33
—
85
—
42
31 c
53
88 c
27
6
19
—
4
13
8
13
10
3c
72
94
80
—
96
86
91
87
90
97
51
22
6
—
44
67
36
8
13
56
82
99
—
—
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
52
—
43
5
36
55
—
65
11
67
49
—
45
10
27
50
—
64
10
62
55
100
—
71
—
44
89 c
12
67
14
43
(.)
—
29
—
55
11 c
88
32
82
13
—
—
6
—
15
—
13
9
8
89
49
—
78
—
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
29
18
21
31
100
55
20
32
27
—
31
24
28
35
122
53
18
26
29
—
35
61
36
87
91
13
62
21
81 c
—
63
39
59
11
9
85
38
77
17 c
—
—
2
11
5
—
28
4
10
—
—
—
121
115 b
86
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
41
—
58
—
40
47
—
37
83
—
35
—
45
—
65
54
—
47
77
—
66
—
94
—
54
32
—
80
31
—
27
—
6
—
46
68
—
20
69
—
12
—
6
—
(.)
62
—
2
25
—
133
—
57
—
27
—
61
—
48
50
—
—
52
—
41
40
—
—
—
84
24
31
—
—
—
16
76
67
—
—
—
—
11
11
—
—
—
41
29
49
44
58
45
48
50
47
73
—
63
43
27
—
37
57
5
—
3
11
51
—
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
28
45
25
128
49
16
35
19
134
52
28
36
19
133
44
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
186
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
13 A estrutura
do comércio
Exportações
Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas
e serviços
e serviços
(em % das exportações (em % das exportações
(em % do PIB)
(em % do PIB)
de mercadorias)
de mercadorias)
Ordem segundo IDH
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
Exportações
de alta tecnologia Termos de
(em % das exportações
troca
manufacturadas)
(1980 = 100) a
1990
1999
1998
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
20
34
44
62
18
32
41
65
58
28
19
38
46
64
18
31
33
62
49
46
56
78
—
—
—
15
83
21
—
57
43
21
—
15
—
85
17
75
13
25
7
14
—
—
—
32
13
6
0c
14
30
94
—
—
—
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
72
37
26
—
36
97
52
34
—
56
75
33
17
—
26
122
44
30
—
41
46
—
26
95
—
19
—
21
—
28 c
54
—
73
5
—
80
—
78
—
72 c
49
—
5
(.)
—
64
—
6
—
3c
53
—
—
41
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
20
15
72
27
100
15
19
69
25 c
51 c
39
21
65
28
18
22
18
64
21 c
11 c
90
74
34
26
—
88
69
25
84 c
—
10
25
66
74
—
12
31
75
16 c
—
2
2
1
—
—
4
7
1
7c
—
36
80
102
71
85
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
42
66
36
7
33
45
63
28
12
50
34
64
46
8
28
57
68
40
11
51
36
63
93
47
31
23
—
87 c
44
7
63
36
7
52
38
74
—
13 c
54
41
24
7
(.)
8
23
40
—
(.) c
16
60
71
78
30
156
102
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
31
46
14
29
—
—
50
17
52
40
53
35
16
28
—
—
21
15
53
45
94
—
82
—
—
82
34
79
—
74
5
—
18
—
—
17
63
21
—
25
15
—
2
—
—
13
6
3
—
11
58
—
45
—
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
94
56
—
39
46
—
59
51
37
—
36
52
—
33
27
—
49
34
23
—
—
31
—
—
—
—
—
87 c
85
—
—
69
—
10
—
—
—
13 c
15
—
—
1
—
(.)
—
—
—
—
7
—
—
84
—
197
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
38
18
—
27
23
43
27
62
26
30
30
13
—
33
15
35
23
42
37
11
42
32
—
98
—
23
20
—
91
32 c
54
68
—
2
—
75
78
—
9
68 c
2
4
—
10
—
4
9
—
11
3c
125
—
—
38
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
44
14
93
51
24
39
19
62
44
16
34
18
62
44
22
30
22
44
42
21
—
27
—
31
—
—
12
44 c
20
—
—
72
51
69
—
—
88
56 c
80
—
—
7
11
4
—
—
23
—
4
—
61
110
136
83
27
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
44
50
80
19
31
50
57
107
23
37
13
29
63
24
19
23
42
99
25
25
—
—
—
30 f
62
—
40
—
44 f
50
—
—
—
22 f
38
—
20
—
55 f
50
—
—
—
—
9
—
19
—
7f
12
—
—
76
103
135
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
65
27
—
48
25
—
40
65
19
23
31
28
—
29
23
—
29
50
19
28
—
64
—
—
97
—
89
73
—
97
4
36
—
—
3
—
7
27
—
3
—
2
—
—
3
—
3
8
—
5
—
41
—
—
40
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
187
13 A estrutura
do comércio
Exportações
Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas
e serviços
e serviços
(em % das exportações (em % das exportações
(em % do PIB)
(em % do PIB)
de mercadorias)
de mercadorias)
Ordem segundo IDH
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
Exportações
de alta tecnologia Termos de
(em % das exportações
troca
manufacturadas)
(1980 = 100) a
1990
1999
1998
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
33
24
—
24
33
—
27
63
27
24
26
25
—
23
20
—
35
68
17
16
—
65
—
95
57
—
43
—
59
58
—
35
—
5
42
—
54
—
41
37
—
3
—
(.)
2
—
13
—
70
4
—
48
—
52
45
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
46
40
25
31
70
89
57
27
38
86
25
36
21
46
32
34
43
19
45
102
92
91
76
—
—
91
68
66
—
—
8
9
24
—
—
9
32
34
—
—
1
1
21
—
—
3
2
13
—
—
80
101
120
37
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
68
32
76
50
10
64
34
99
33
15
52
26
77
55
7
53
30
107
28
12
—
48
—
—
28
—
—
—
—
22 c
—
52
—
—
71
—
—
—
—
76 c
—
6
—
—
6
—
—
—
—
7c
—
109
72
—
157
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
42
23
5
26
121
55 c
46
1c
50
109 c
21
23
3
17
17
50 c
45
(.) c
34
27 c
—
68
—
—
—
—
73
—
79
—
—
31
—
—
—
—
27
—
20
—
—
1
—
—
—
—
3
—
8
—
—
120
62
48
96
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
13
49
31
37
17
46
44 c
42
31
41
25
70
6
41
26
14
20
54
34 c
45
24
26
24
78
—
89
71
—
91
—
—
91 c
77
—
—
—
—
10
29
—
9
—
—
9c
23
—
—
—
—
31
7
—
10
—
—
—
6
—
—
—
—
—
110
35
112
48
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
23
45
21
32
20
40
30
42
16
33
11
28
15
30
23
33
21
89
—
—
16
88 c
—
—
79
9
83
—
84
18
90 c
—
(.)
2
(.)
—
1
(.)
(.) c
—
105
110
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
25
14
27
29
27
49 c
19
45
28
33
11
6
16
16
17
37 c
13
39
12
25
—
—
—
15
85
—
9c
99 c
—
48
—
77
—
85
14
—
91 c
1c
—
50
—
(.)
—
15
7
—
(.) c
—
—
—
—
70
—
53
116
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
29
—
—
61
37
42
—
—
49
28
43
—
—
46
13
37
—
—
39
13
—
44
—
—
—
99
—
—
—
84
—
8
—
—
—
1
—
3c
—
16
—
36
—
—
—
27
—
5c
—
15
26
—
71
139
57
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
19
29
37
27
30
23
—
41
38
39
7
30
36
32
25
11
—
22
44
33
—
—
—
—
77
97
—
—
—
43
—
—
—
—
23
3
—
—
—
57
—
—
—
—
6
12
—
—
—
5
27
66
62
84
102
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
21
26
—
72
31
48 c
28
79
67
23
39
14
—
60
31
57 c
17
10
51
21
100
—
—
—
—
—
97 c
—
94 c
—
(.)
—
—
—
—
—
3c
—
5c
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
56
117
—
51
73
188
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
13 A estrutura
do comércio
Exportações
Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas
e serviços
e serviços
(em % das exportações (em % das exportações
(em % do PIB)
(em % do PIB)
de mercadorias)
de mercadorias)
Ordem segundo IDH
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
Exportações
de alta tecnologia Termos de
(em % das exportações
troca
manufacturadas)
(1980 = 100) a
1990
1999
1998
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
35
14
34
28
29
43
21
36
24
30
25
6
17
15
13
27
6
25
17
17
95
—
—
—
—
—
—
—
—
—
5
—
2
—
—
—
—
—
—
—
1
—
51
—
—
—
—
—
—
—
86
188
94
47
88
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
37
36
12
26
28
44
38
29
29
18
10
8
8
13
8
26
12
14
11
9
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
71 e
47
—
182
55
22
25
22
20
15
24
16
14
—
—
97 c
—
—
—
2c
—
—
—
—
—
79
82
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
26
22
40
40
12
15
26
25
18
17
27
28
30
39
18
17
31
39
—
—
26
13
40
41
14
11
27
25
17
17
29
18
34
45
16
15
29
44
—
—
38
—
81
24
66
24
—
—
20
19
24
—
—
13
49
—
61
36
15
15
60
—
19
75
34
71
—
—
78
78
75
—
—
85
51
—
39
55
82
81
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
19
19
24
—
25
28
19
20
20
—
27
21
20
49
—
15
34
—
78
48
—
82
62
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
19
20
20
—
26
26
18
21
17
—
29
24
19
43
—
15
29
—
78
54
—
82
68
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Mundo
19
25
19
27
24
18
73
79
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
a. O rácio entre o índice do preço de exportação e o índice do preço de importação, é calculado em relação ao ano base de 1980. Um valor superior a 100 implica que o preço das exportações tenha subido
em relação ao preço das importações.
b. Os dados referem-se a 1999.
c. Os dados referem-se a 1998.
d. Os dados incluem o Luxemburgo.
e. Os dados referem-se a 1997.
f. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui o Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Suazilândia.
Fonte: Colunas 1-4, 7, e 8: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 5 e 6: calculado com base nos dados
do comércio de mercadorias e exportações de produtos alimentares, matérias-primas agrícolas, combustíveis, minérios e metais, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial
para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 9 e 10: calculado com base nos dados das exportações de alta tecnologia, de UN (2001a) e dados das exportações de produtos manufacturados e mercadorias, de World Bank (2001b); coluna 11: calculado com base nos dados dos termos de troca, de World Bank (2001b).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
189
14 Fluxos de ajuda
dos países
membros
da CAD
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Ajuda pública ao desenvolvimento
APD desembolsada, líquida
Ordem segundo IDH
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
Total
(milhões de dól. EUA) a Em % do PNB
1999
1990
1999
APD per capita
do país doador
(dólares EUA 1998)
APD aos países
menos desenvolvidos
(em % do total) b
Donativos líquidos
das ONG
(Em % do PNB) c
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1.370
982
1.699
1.630
760
1,17
0,34
0,44
0,91
0,46
0,91
0,26
0,28
0,70
0,30
269
50
78
215
98
298
50
55
190
77
43
18
28
38
40
33
17
18
25
22
0,13
0,02
0,05
0,06
0,03
0,11
0,02
0,02
0,03
0,03
9.145
3.134
15.323
416
969
0,21
0,92
0,31
0,65
0,32
0,10
0,79
0,35
0,33
0,35
55
183
84
142
124
33
203
106
84
140
18
32
18
37
41
16
20
17
25
27
0,05
0,09
(,)
0,03
0,05
0,04
0,07
0,01
(,)
—
6
8
9
10
11
Estados Unidos
Holanda
Japão
Finlândia
Suíça
12
13
14
15
16
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
Áustria
119
5.637
3.401
1.733
527
0,21
0,60
0,27
0,94
0,25
0,66
0,39
0,23
1,01
0,26
73
134
55
248
57
281
99
57
331
67
31
28
31
39
26
25
16
21
32
14
(,)
0,02
0,03
0,02
0,02
0,03
—
0,03
0,02
0,04
17
18
19
20
21
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
Espanha
5.515
245
134
1.806
1.363
0,42
0,16
0,23
0,31
0,20
0,26
0,31
0,27
0,15
0,23
112
18
29
58
24
69
66
36
33
35
26
36
19
39
19
20
37
24
22
11
0,05
0,07
0,03
(,)
0,01
0,05
0,01
0,03
(,)
—
194
276
—
0,24
0,15
0,26
—
19
19
28
—
70
2
45
—
(,)
—
—
56.378 T
0,34
0,24
77
66
26
19
0,03
0,03
23 Grécia
28 Portugal
DAC d
Nota: CAD é a Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Grécia entrou para a CAD em Dezembro de 1999.
a. Algumas regiões e países não membros da CAD também fornecem APD. De acordo com a OCDE, Development Assistance Committee (2001c), a APD líquida desembolsada em 1998 pela República Checa,
Estónia, Coreia do Sul, Kuwait, Polónia, Arábia Saudita, Turquia e Emiratos Árabes Unidos totalizou 777 milhões de dólares A China também fornece ajuda, mas não revela o montante.
b. Inclui fluxos multilaterais imputados, que têm em conta as contribuições através de organizações multilaterais. Estas são calculadas utilizando a distribuição geográfica dos desembolsos para o ano de
referência.
c. Não inclui os desembolsos das organizações não governamentais (ONG) com origem em fontes oficiais e que já estão incluídos na APD.
d. Os agregados são de OCDE, Development Assistance Committee (2001a e 2001c).
Fontes: Colunas 1-7: OCDE, Development Assistance Committee 2001c; colunas 8 e 9: OCDE, Development Assistance Committee 2001a.
190
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
15 Fluxos de
ajuda, capital
privado e
dívida
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Ajuda pública
ao desenvolvimento (APD)
recebida
(desembolsos líquidos) a
Total (Milhões Per capita
dól. EUA) (dól. EUA)
Ordem segundo IDH
1999
Fluxos líquidos
de investimento
directo estrangeiro
(em % do PIB) b
Em % do PIB
1999
1990
1999
148,3 d
0,6 d
65,6 d
-0,3 d
-1,2
—
—
—
—
(,)
0,9
(,)
0,6
(,)
(,)
15,6
66,2
-7,9
4,4 d
30,9 d
—
0,2
0,2
—
(,)
0,2
—
-0,1
—
0,6
2,5
59,0 d
24,6 d
6,5
25,5 d
0,1
(,)
0,2
0,6
2,2
4,6
6,0
-2,7
38,8 d
3,8 d
0,3
3,4
3,2
—
—
0,1
—
-0,1
—
(,)
57,3 d
1,5 d
10,8
34,9 d
8,7 d
—
—
—
—
—
1,6
—
0,2
1,2
—
20,3
39,7 d
0,4
4,8
2,4 d
0,4
—
0,1
1,9
—
0,4
1,5
(,)
0,1
0,1
186,3
12,4 d
6,3
32,3 d
16,6 d
7,5
(,)
1,1
0,1
0,6
7,3
273,0
43,5
301,3
41,5
1,3
135,1
1,8
7,3
35,3
—
—
0,2
0,2
3,4
36,0
193,9
1.003,3
34,2
28,8
87,0
45,4
16,7
42,7
1,4
183,6
690,3
39,9
1,1
9,3
17,0
Outros fluxos
de capitais
(em % do PIB) b, c
Serviço da dívida total
Em % das
exportações de bens
Em % do PIB
e serviços
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
0,3
—
2,3
15,2
0,3
2,3
—
0,7
8,2
2,3
—
—
—
—
0,1
—
—
—
—
-0,7
—
—
—
—
3,3
—
—
—
—
10,6
—
—
—
—
10,8
—
—
—
—
24,6
—
2,0
0,6
—
0,6
0,9
0,0
0,7
—
9,6
—
0,0
-0,8
—
1,9
—
9,9 e
-1,2
—
-0,5
—
2,0
8,2
—
3,0
—
16,2 e
3,9
—
6,8
—
2,0
15,1
—
—
—
17,9
6,8
—
10,3
1,3
0,0
0,0
0,0
0,1
8,5
1,8
4,0
1,1
4,7
-1,4
1,8
-0,9
-2,1
(,)
3,0
-0,4
6,2
-0,8
2,1
4,4
2,1
12,8
10,6
1,6
9,1
8,7
15,5
5,1
5,4
37,0
—
34,3
40,8
4,9
75,9
13,9
26,6
25,0
20,4
1,9
—
2,3
-0,6
—
13,7
—
4,4
—
0,2
5,0
—
-2,0
—
—
3,9
—
1,7
—
—
9,1
—
7,0
—
—
7,7
—
3,6
—
—
25,9
—
23,9
—
—
25,4
—
6,4
—
—
0,0
—
—
0,0
—
5,8
—
6,9
4,6
—
—
—
—
—
—
5,0
—
4,8
6,2
—
—
—
—
—
—
10,3
—
8,4
2,6
—
—
—
—
—
—
13,2
—
19,4
6,3
—
2,2
0,0
1,0
2,5
0,0
9,2
5,6
2,4
0,2
0,8
-3,5
—
2,1
-0,1
—
1,2
-0,7
3,1
6,9
0,6
8,9
—
4,3
6,5
—
6,6
7,4
8,3
7,8
0,8
19,3
—
20,7
6,2
—
13,1
15,0
25,1
8,8
3,2
4,2
0,0
5,3
(,)
0,0
0,5
0,8
2,0
6,5
3,1
1,4
1,0
-3,6
-0,3
(,)
1,7
0,1
2,1
2,5
-1,0
5,0
2,0
9,8
6,6
(,)
5,9
2,9
5,9
9,3
9,2
7,5
—
12,6
19,4
0,3
11,2
13,5
4,8
19,1
31,3
—
7,9
(,)
0,3
1,0
—
—
0,9
1,2
1,6
—
0,9
3,1
1,3
1,2
—
—
-1,2
-0,4
1,7
—
0,6
-0,1
2,9
1,2
—
—
10,3
9,7
5,9
—
13,3
5,5
7,6
6,2
—
—
23,2
40,9
8,8
—
29,9
23,2
42,9
9,7
19,4
9,1
0,9
3,6
(,)
—
—
0,8
1,9
(,)
—
0,2
2,9
6,7
—
—
1,2
5,0
-1,9
—
—
0,2
2,3
-1,1
—
—
8,9 e
-3,0
-0,4
—
—
3,5
6,2
7,7
—
—
3,1 e
13,2
2,2
—
—
3,3
16,9
12,0
—
—
9,6 e
22,0
3,5
—
(,)
2,9
0,6
(,)
0,9
—
0,2
1,2
1,3
4,3
0,7
0,7
-0,1
0,2
-3,8
-1,3
5,7
-2,1 e
1,8
8,1
7,0
9,0
8,8
4,2 e
22,2
27,0
12,3
Desenvolvimento humano elevado
22
24
25
26
27
Israel
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
Singapura
Coreia do Sul
905,7
3,7
49,9
-1,1
-55,2
29
30
31
32
33
Eslovénia
Malta
Barbados
Brunei
República Checa
31,0
25,1
-2,1
1,4
318,1
34
35
36
37
38
Argentina
Eslováquia
Hungria
Uruguai
Polónia
91,3
318,3
247,6
21,7
983,8
39
40
41
42
43
Chile
Barém
Costa Rica
Baamas
Kuwait
69,1
4,0
-9,8
11,6
7,2
44
45
46
47
48
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
Croácia
Lituânia
Catar
82,7
4,2
48,2
128,9
4,9
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
(,)
1,6
0,5
0,1
0,6
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
e
Desenvolvimento humano médio
49
50
51
52
53
Trindade e Tobago
Letónia
México
Panamá
Bielorrússia
54
55
56
57
58
Belize
Federação Russa
Malásia
Bulgária
Roménia
59
60
61
62
63
Líbia
Macedónia
Venezuela
Colômbia
Maurícias
64
65
66
67
68
Suriname
Líbano
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
69 Brasil
70 Filipinas
71 Omã
26,2
96,4
34,5
13,6
24,0
46,0
1.816,3
142,6
264,8
373,4
d
d
d
d
d
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
d
d
d
6,3
0,5
0,2
2,1
1,1
d
d
d
d
d
e
e
110,9
14,3
9,7
191
15 Fluxos de
ajuda, capital
privado e
dívida
Ajuda pública
ao desenvolvimento (APD)
recebida
(desembolsos líquidos) a
Total (Milhões Per capita
dól. EUA) (dól. EUA)
Ordem segundo IDH
1999
1999
Em % do PIB
1990
1999
—
1,5
0,3
—
—
11,3
0,9
1,2
1,0
8,7
Outros fluxos
de capitais
(em % do PIB) b, c
Serviço da dívida total
Em % das
exportações de bens
Em % do PIB
e serviços
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
0,0
0,2
0,0
0,0
—
6,6
3,8
1,3
10,0
3,0
—
0,1
—
—
—
0,0
2,3
-0,3
-0,7
0,2
—
1,8
—
—
—
3,2
5,7
7,2
8,6
3,9
—
10,8
—
—
—
11,9
32,7
16,3
19,4
11,4
0,8
-1,1
—
-0,2
0,1
2,9 e
-1,4
2,1
0,5
-0,4
6,0
15,6
—
6,2
4,8
4,3 e
10,6
2,1
3,0
3,3
4,8
26,9
—
12,2
13,7
3,9
17,4
6,5
6,6
7,9
72
73
74
75
76
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
Geórgia
208,5
452,2
479,9
161,0
238,6
77
78
79
80
81
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
Sri Lanka
30,7
-22,6
162,0
77,6
251,4
113,9
-8,7
20,3
14,5
13,2
14,5
6,4
—
1,1
9,1
—
-0,3
4,0
1,0
1,6
4,1
3,3
0,0
1,4
0,5
3,1
7,6
12,7
0,9
1,1
82
83
84
85
86
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
República Dominicana
-9,7
20,9
145,6
479,7
194,7
-0,2
4,4
11,7
142,1
23,2
0,8
—
1,5
0,5
1,4
(,)
0,7
0,8
13,0
1,1
0,5
—
1,2
0,0
1,9
0,4
2,5
3,6
1,1
7,7
0,7
—
0,5
1,5
(,)
4,2
-4,2
1,3
-0,1
0,4
4,9
—
10,1
0,1
3,3
7,4
14,5
8,7
1,0
2,2
29,4
—
32,5
0,9
10,4
26,2
31,1
25,7
3,7
3,9
87
88
89
90
91
China
Jordânia
Tunísia
Irão
Cabo Verde
2.323,8
430,0
244,5
161,4
136,4
1,9
90,7
25,9
2,6
318,8
0,6
22,1
3,2
0,1
31,8
0,2
5,3
1,2
0,1
23,5
1,0
0,9
0,6
-0,3
0,0
3,9
2,0
1,7
0,1
2,6
1,3
5,4
-1,6
(,)
(,)
0,2
-0,6
1,9
-1,3
0,1
2,0
15,5
11,6
0,5
1,7
2,1
8,0
7,3
4,2
3,8
11,7
20,3
24,5
3,2
4,8
9,0
11,8
15,9
22,6
10,6
92
93
94
95
96
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
Samoa (Ocidental)
266,6
26,6
539,3
182,7
22,9
54,8
31,1
12,8
29,7
136,1
—
42,6
—
7,2
32,6
21,3
3,9
0,4
1,5
13,0
—
0,0
-0,1
(,)
4,8
2,8
7,1
1,0
1,9
1,1
—
-4,1
—
0,1
0,0
-4,1
-0,8
2,4
1,0
0,0
—
74,5
—
4,3
3,8
9,4
15,5
3,7
2,8
3,7
—
—
—
15,3
5,8
21,8
19,5 e
13,9
7,6
5,1
d
54,7
17,9
9,6 d
10,8
43,8
Fluxos líquidos
de investimento
directo estrangeiro
(em % do PIB) b
d
d
e
97
98
99
100
101
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
Vietname
228,2
102,1
133,9
88,9
1.420,6
14,5
23,8
5,5
3,0
18,3
5,6
—
—
0,4
2,9
1,2
8,8
0,8
0,2
5,0
0,6
0,0
—
0,0
0,2
0,5
2,9
0,6
(,)
5,6
-0,4
—
—
-0,7
0,0
(,)
-1,9
3,1
-3,1
-2,7
10,3
—
—
14,2
2,7
1,9
15,1
3,1
11,1
4,9
23,2
—
—
63,4
8,9
6,4
24,9
17,6
37,8
9,8
102
103
104
105
106
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
Nicarágua
2.206,3
122,0
568,6
1.579,1
674,7
10,7
19,6
69,9
25,2
137,2
1,5
—
11,2
12,6
32,9
1,5
6,5
6,8
1,8
29,8
1,0
—
0,6
1,7
0,0
-1,9
1,3
12,2
1,2
13,2
1,9
—
-0,5
-0,1
2,0
-4,0
-0,8
0,0
0,6
3,6
8,7
—
7,9
7,1
1,6
12,5
2,6
5,9
1,9
8,3
33,3
—
38,6
22,3
3,9
30,3
6,5
32,0
9,0
16,1
107
108
109
110
111
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
Namíbia
816,9
292,9
47,6
20,2
177,6
129,3
26,4
39,3
45,6
104,4
14,7
2,6
2,2
46,0
5,2
15,2
1,6
1,1
2,9
5,8
1,4
0,6
1,2
8,3
—
4,3
0,8
4,6
17,3
—
1,0
-0,1
0,5
0,0
—
0,4
-0,3
0,2
0,0
—
12,8
2,8
3,0
3,9
—
6,8
2,3
12,4
0,7
—
35,3
12,6
6,4
12,1
—
13,5
10,3
19,3
0,8
—
112
113
114
115
116
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
Mongólia
678,0
28,9
60,9
1.484,4
218,6
24,0
28,4
38,3
1,5
91,9
4,1
6,3
3,9
0,4
—
1,9
2,4
1,0
0,3
23,9
0,6
3,5
2,5
0,1
—
(,)
2,7
0,6
0,5
3,3
0,7
-0,2
-0,5
0,5
—
-0,3
0,0
(,)
-0,1
-0,3
6,9
5,5
2,8
2,6
—
8,9
2,5
1,4
2,3
2,9
21,5
5,7
4,4
32,7
—
24,4
2,6
2,4
15,0
4,8
117
118
119
120
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
244,2
73,2
607,5
31,1
20,5
1,6
32,3
14,8
3,9
—
9,6
22,8
4,4
—
7,8
3,6
-0,1
—
0,3
2,7
1,1
—
0,2
18,7
1,1
—
-0,3
(,)
0,2
—
-0,4
0,5
5,4
—
6,3
3,7
11,6
—
6,7
5,8
23,1
9,0
36,9
4,2
25,3
7,9
19,9
9,4
192
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
15 Fluxos de
ajuda, capital
privado e
dívida
Ajuda pública
ao desenvolvimento (APD)
recebida
(desembolsos líquidos) a
Total (Milhões Per capita
dól. EUA) (dól. EUA)
Ordem segundo IDH
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
Em % do PIB
Fluxos líquidos
de investimento
directo estrangeiro
(em % do PIB) b
Outros fluxos
de capitais
(em % do PIB) b, c
Serviço da dívida total
Em % das
exportações de bens
Em % do PIB
e serviços
1999
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
278,9
215,7
308,0
21,5
433,8
140,3
23,7
45,8
10,5
39,4
29,5
49,1
3,7
12,8
13,9
18,1
4,0
7,8
8,9
6,0
2,9
11,1
4,7
6,3
0,0
4,8
0,7
-0,4
-1,0
0,0
4,0
8,3
0,1
0,5
0,4
0,2
0,0
1,5
0,8
0,0
-0,1
-3,6
-0,1
5,7
-0,6
0,0
-0,6
0,0
2,7
17,2
9,3
0,4
4,7
19,0
1,1
5,9
6,7
4,0
6,0
1,1
—
37,2
35,4
2,3
22,5
35,3
2,9
9,6
26,7
16,1
24,3
1,4
732,0
71,3
343,7
66,6
293,8
5,4
15,6
14,7
85,2
57,7
2,8
16,0
11,7
16,5
17,3
1,3
5,1
6,9
15,1
20,5
0,6
0,0
0,2
0,0
0,7
0,9
2,1
0,1
0,0
5,5
-0,2
(,)
-0,4
-0,9
0,0
-1,0
0,0
-0,3
0,0
0,0
4,8
5,3
1,9
1,8
1,1
5,2
2,8
2,1
1,6
2,6
23,0
11,9
13,4
5,5
8,7
30,5
7,7
7,9
4,8
7,7
1.203,1
456,4
262,8
358,2
151,6
9,4
26,8
33,7
23,8
1,2
7,0
8,7
5,6
12,9
0,9
2,6
6,7
6,1
9,6
0,4
(,)
-2,8
0,3
0,7
2,1
0,4
-2,2
0,7
1,6
2,9
0,2
3,5
0,0
-0,5
-0,4
(,)
0,0
0,0
-0,2
-0,4
2,6
3,6
1,1
7,2
11,7
1,7
2,3
1,4
4,5
2,6
28,4
5,6
10,1
45,5
22,6
10,1
4,0
10,0
17,1
6,0
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
131
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
Laos
132
133
134
135
136
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
Nigéria
137
138
139
140
141
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
Uganda
75,0
242,9
218,5
989,6
589,8
115,8
8,4
84,1
30,1
27,5
45,6
6,2
23,3
27,5
15,5
—
2,5
22,8
11,3
9,2
0,0
0,0
0,7
0,0
0,0
1,2
3,8
0,2
2,1
3,5
e
-0,1
0,0
-0,1
0,1
0,4
0,0 e
0,0
-0,2
-0,1
(,)
3,5
0,4
14,3
4,2
3,4
1,0 e
0,6
11,0
2,2
2,9
—
7,5
29,9
32,9
58,9
—
6,5
28,4
15,6
23,7
142
143
144
145
146
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
Angola
132,3
623,4
447,0
534,3
387,5
2,7
63,1
28,8
57,5
31,4
9,6
14,6
6,4
14,4
2,6
—
19,8
4,0
11,2
4,5
-0,1
6,2
0,4
1,0
-3,3
(,)
5,2
3,1
1,3
28,9
e
-0,1
-0,3
0,1
-0,3
5,6
0,0 e
-0,4
-2,5
-0,1
-1,2
3,7
6,2
11,7
5,7
3,2
0,3 e
13,9
12,9
5,0
13,4
13,5
14,9
35,4
20,0
8,1
1,2 e
46,6
26,2
16,1
21,1
147
148
149
150
151
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
Malawi
210,8
148,5
33,1
237,6
445,8
34,5
37,2
26,5
32,8
41,3
14,5
—
31,3
10,4
27,9
8,9
23,0
8,4
6,8
24,6
0,1
—
0,0
0,6
0,0
1,3
0,0
3,6
1,8
3,3
(,)
—
-2,4
-0,7
0,1
0,0
0,0
0,0
(,)
(,)
2,1
—
11,9
6,0
7,4
3,0
0,6
5,4
3,8
3,8
8,2
—
22,2
20,0
29,3
10,9
1,9
8,5
16,1
11,4
152
153
154
155
156
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
Guiné-Bissau
372,9
354,0
117,2
187,8
52,4
44,9
33,4
33,1
25,1
44,2
11,3
19,9
16,8
18,0
52,7
19,1
13,8
11,1
12,3
24,0
0,3
-0,3
0,1
0,0
0,8
0,1
0,7
1,2
1,0
1,4
-0,1
(,)
(,)
(,)
(,)
0,0
0,0
(,)
-0,1
0,0
0,8
2,8
2,0
0,7
3,4
1,6
4,1
1,8
2,1
4,4
14,0
12,3
13,2
4,4
31,0
29,6
14,3
12,1
10,3
16,4
157
158
159
160
161
162
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
Níger
Serra Leoa
118,4
633,4
398,1
74,2
187,1
73,5
6,8
10,1
36,2
11,1
17,8
14,9
39,9
14,8
12,0
23,3
16,0
6,8
3,0
9,8
15,4
10,4
9,3
11,0
0,4
0,2
0,0
0,1
(,)
3,6
9,7
1,4
0,4
(,)
0,7
0,1
1,0
-0,8
(,)
-0,5
0,4
0,4
-0,3
-0,2
0,0
(,)
-1,1
0,0
3,1
3,4
1,2
3,7
4,0
2,4
3,1
2,5
2,4
4,0
2,5
3,2
26,2
34,9
6,8
43,4
17,4
10,1
20,0
16,8
15,7
45,6
16,8
29,9
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
193
15 Fluxos de
ajuda, capital
privado e
dívida
Ajuda pública
ao desenvolvimento (APD)
recebida
(desembolsos líquidos) a
Total (Milhões Per capita
dól. EUA) (dól. EUA)
Ordem segundo IDH
1999
Em % do PIB
1999
1990
1999
Fluxos líquidos
de investimento
directo estrangeiro
(em % do PIB) b
Outros fluxos
de capitais
(em % do PIB) b, c
Serviço da dívida total
Em % das
exportações de bens
Em % do PIB
e serviços
1990
1999
1990
1999
1990
1999
1990
1999
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
33.025,9
10.574,7
4.313,2
8.873,2
4.539,0
4.273,3
10.986,9
7.381,7
—
—
T
T
T
T
T
T
T
T
7,2
17,8
18,3
4,9
9,2
3,1
18,3
18,6
—
—
1,4
11,6
—
0,8
0,4
1,1
—
—
—
—
0,6
7,0
—
0,5
0,2
0,6
—
—
—
—
0,9
(,)
0,7
1,6
0,7
(,)
0,3
(,)
—
—
2,9
3,0
0,3
3,0
4,5
0,5
2,4
2,9
—
—
0,4
0,5
-0,1
0,7
0,3
0,4
0,2
—
—
—
0,4
-0,1
0,3
-0,2
1,1
-0,3
0,8
0,9
—
—
4,0
2,7
5,5
3,8
4,0
2,6
3,9
1,8
—
—
5,8
2,8
3,6
5,2
8,1
2,8
4,6
5,1
—
—
18,7
15,5
14,7
15,7
23,6
20,0
19,7
—
—
—
22,3
13,0
11,4
15,8
41,6
16,6
14,3
16,5
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
—
26.223,7 T
11.824,7 T
—
6,6
14,5
—
0,9
8,1
—
0,5
4,6
—
0,6
0,4
—
2,4
2,5
—
0,6
—
—
0,4
-0,4
—
3,4
5,0
—
5,5
3,9
—
18,9
20,6
—
20,4
15,3
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
—
18.692,7 T
21.627,3 T
—
7,2
9,2
—
0,7
3,0
—
0,3
2,1
—
0,6
0,3
—
3,3
1,0
—
0,5
—
—
0,8
-0,8
—
3,6
3,7
—
6,3
4,6
—
16,9
26,6
—
21,8
18,8
Mundo
41.338,4 T
8,3
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Nota: Este quadro apresenta dados para países incluídos nas Partes I e II da lista de beneficiários da CAD (OCDE, Development Assistance Committe 2001d). O denominador utilizado, convencionalmente,
para repartir a ajuda pública ao desenvolvimento e o serviço da dívida total segundo a dimensão da economia é o PNB e não o PIB (ver as definições de termos estatísticos). Contudo, o PIB é utilizado aqui
para permitir comparações ao longo do quadro. Com poucas excepções, os denominadores produzem resultados semelhantes.
a. As receitas da APD são os fluxos APD totais líquidos dos países da CAD, organizações multilaterais e Países Árabes. Um valor negativo indica que o pagamento dos empréstimos APD excede o montante
de APD recebido.
b. Um valor negativo indica que a saída de capitais do país excede a entrada.
c. Outros fluxos privados compreendem fluxos de investimento de carteira (acções) não criadores de dívida, fluxos de carteira criadores de dívida e empréstimos bancários e relacionados com o comércio.
Ver as definições de termos estatísticos.
d. Os dados referem-se à ajuda pública líquida. Ver as definições de termos estatísticos.
e. Os dados referem-se a 1998.
Fontes: coluna 1: OCDE, Development Assistance Committee 2001b; coluna 2: calculado com base nos dados da APD, de OCDE, Development Assistance Committee 2001b e nos dados da população, de
World Bank (2001b); colunas 3 e 4: calculado com base nos dados da APD, de OCDE, Development Assistance Committee 2001b e nos dados do PIB, de World Bank (2001b); colunas 5 e 6: calculado com
base nos dados do investimento directo estrangeiro e do PIB, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do investimento de carteira (títulos e acções) e dos empréstimos bancários e relacionados com o comércio, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 9 e 10: calculado com base nos dados do serviço da dívida total e do PIB, de World Bank (2001b); os agregados
foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 11 e 12: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete
do Relatório do Desenvolvimento Humano.
194
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
16 Prioridades
na despesa
pública
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Despesa pública
de educação
(em % do PNB)
Ordem segundo IDH
1985-87 c
Despesa pública
de saúde
(em % do PIB)
1995-97 c
1990
1998
Despesa militar
(em % do PIB) a
Serviço da dívida total
(em % do PIB) b
1990
1999
1990
1999
Desenvolvimento humano elevado
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6,5
5,1
6,7
7,3
5,1 g
7,7 d
5,5 d
6,9 d, e
8,3 d
3,1 d, h
6,5
5,3
6,8
7,6
6,6
7,4
5,9
6,3 f
6,7
7,9
2,9
2,2
2,0
2,6
2,4
2,2
1,9
1,3
2,1
1,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
5,0
4,8
6,9
—
5,5
5,4 d, e
5,4 d
5,1 d
3,6 d, e
7,5 d
4,9
6,9
5,8
4,7
6,4
5,8 f
7,2 f
6,0
5,9
5,2
5,3
0,0
2,6
1,0
1,6
3,0
0,0
1,8
1,0
1,2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
4,7
4,1
5,5
4,8
7,2
5,4 d
4,0 d
6,0 d
5,3 d
8,1 d
5,7
5,8
6,5
5,0
7,0
7,6
5,4
7,3
5,9 f
6,7 f
1,8
0,9
3,6
4,0
2,1
1,1
0,8
2,7
2,5
1,6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
5,9
—
6,7
5,4
5,0
5,4 d
4,8 d
6,0 d
7,3 d
4,9 d
5,2
—
4,7
5,8
6,3
5,8
7,9 f
4,5 f
6,2
5,6 f
1,0
2,8 i
1,3
1,8
2,1
0,9
1,5
0,8
1,1
2,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
3,7
6,7
2,2
2,5
3,6 j
5,0 d
7,6 d, e
3,1 d
2,9
4,5 j
5,2
3,8
3,4
1,6
—
5,4
6,0
4,7
—
—
1,8
12,3
4,7
—
5,0
1,3
8,1
4,9
—
3,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
3,9
3,8
3,8 g
—
3,4
3,0
3,7 d
5,8 d
5,7
5,1
1,0
2,1
4,1
—
—
1,2
2,3
5,2
6,6
—
4,8
3,7
2,7
—
0,9
5,3
2,8
2,2
1,4
0,8
—
3,3
—
—
2,0
—
10,6
—
—
16,2 k
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
6,2 e
—
—
1,4 g
—
7,2 e
—
5,1 d
3,5
4,7
5,0
1,6
4,8
4,2
5,0
4,5
—
6,7
4,9
5,7
—
6,7 l
—
1,3
—
—
7,6 k
2,0
1,5
1,7
8,2
—
3,0
4,4
2,1
3,9
—
6,8
9,1
8,7
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
5,6
3,2
4,6
3,3
5,2
4,6 d
3,3
7,5 d
3,6
4,4
—
1,9
—
2,2
—
5,2
1,9
4,7
2,7
2,6
2,5
2,1
2,7
3,6
5,1
1,4
1,2 k
2,0
3,1
5,0 k
12,8
10,6
1,6
9,1
—
15,5
5,1
5,4
7,7
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
4,5
4,0
4,8
—
2,1
5,4
—
5,0
7,2
1,7
5,3
2,8
4,0
1,9
0,8
5,2
2,5
—
—
0,8
0,4
—
48,5
—
4,7
—
—
8,3
1,4
3,2
7,0
—
—
—
—
3,6
—
—
10,3
—
—
5,3 e
4,7
5,3
5,9
3,4 e
9,5
3,0
—
—
4,8
—
—
—
—
4,2
1,0
—
—
—
—
8,4
2,6
—
6,3
3,4
4,4 e
6,5
2,5
2,7
2,5
4,2
—
—
—
0,9
8,9
—
6,6
7,4
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
195
16 Prioridades
na despesa
pública
Despesa pública
de educação
(em % do PNB)
Ordem segundo IDH
Despesa pública
de saúde
(em % do PIB)
Despesa militar
(em % do PIB) a
1985-87 c
1995-97 c
1990
1998
1990
1999
Serviço da dívida total
(em % do PIB) b
1990
1999
0,6
1,4 m
1,3
1,5 m
3,8
4,3
6,5
—
5,0
2,0
8,3
7,8
0,8
5,9
2,9
5,9
9,3
9,2
—
13,3
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
3,5
4,8
5,0
4,7
3,4
4,9 d
5,1
5,9
5,0
3,5 d
2,1
4,6
2,5
2,2
2,5
—
4,9
4,9
2,2
—
0,5
1,4
—
1,2
12,3 n
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
6,9
5,4
2,2
9,6
—
4,9
3,2
3,6
—
5,1
1,5
4,1
2,8
—
9,2
1,4
3,8
—
—
5,5
2,6
4,5
3,5
—
—
2,3
2,8
1,6
—
2,5
9,8
6,6
(,)
—
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
5,0
—
3,3
10,2
—
5,2 e
4,1 g
4,6
3,5 e
2,5 g
2,4
1,2
—
3,5
—
2,6
5,2
1,8
—
2,2
2,0
2,6
0,3
—
5,0
1,4
2,5
0,2
—
3,6
10,3
9,7
5,9
—
3,5
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
3,4
6,0
7,4
4,7
2,1
4,8
—
7,5
5,1
3,4
1,0
2,0
—
3,0
1,5
1,9
2,9
—
2,9
1,7
2,2
2,2
12,8
1,9
1,4
1,8
1,6
13,2
1,3
1,2
6,2
7,7
—
1,8
8,1
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
4,1
—
3,6
5,3
3,4
4,5
2,0
2,9
5,6
4,4
2,0
—
1,3
3,0
3,2
2,9
3,1
2,4
3,6
3,5
18,3
—
2,4
—
—
10,1
3,6
—
3,1
0,9
7,0
—
1,8
—
—
4,2 k
3,2
5,7
7,2
8,6
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
5,2
4,9
5,8
1,1 g
5,2 e
6,4
7,5
3,0
4,0 g
3,0
4,9
2,6
2,6
0,7
0,5
5,1
3,2
—
1,7
—
—
—
—
1,2
1,2
—
—
2,6
1,1
—
6,0
15,6
—
6,2
3,9
4,3 k
10,6
2,1
3,0
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
2,7
1,2 o
4,1
3,5
—
3,4
2,2 d
—
3,5
—
1,5
2,2
3,9
1,5
3,3
1,4
—
4,1
1,7
3,5
2,1
3,5
—
1,9
—
3,6
5,0
3,4
—
1,4
4,8
4,9
—
10,1
0,1
3,3
7,4
14,5
8,7
1,0
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
1,3
2,3
6,8
6,2
3,7
2,3
2,3
7,9
7,7
4,0
1,6
2,1
3,6
3,0
1,5
1,9
—
5,3
2,2
1,7
—
2,7
11,1
2,0
2,8
—
2,1
10,0
1,7
2,7
3,3
2,0
15,5
11,6
0,5
2,2
2,1
8,0
7,3
4,2
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
2,9
9,7
8,5
6,1
3,1 e
—
5,3
5,0
7,6
2,5
—
4,7
2,9
3,1
1,4
1,8
2,9
4,5
3,3
2,6
—
—
0,9
3,8
2,7
0,9
1,7
—
1,3
0,9
1,7
—
74,5
—
4,3
3,8
9,4
15,5
3,7
2,8
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
4,8
3,6
9,2 e
9,8
—
4,2
10,6
7,7
5,1 o
3,9
0,4
4,4
4,6
3,0
4,8
0,8
6,4
3,4
2,6
—
6,9
—
—
1,5
—
5,6
0,5
1,7
3,8
3,8
10,3
—
—
14,2
3,7
1,9
15,1
3,1
11,1
96
97
98
99
100
196
5,5
7,6
6,2
—
3,1 k
13,2
2,2
—
9,0
8,8
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
16 Prioridades
na despesa
pública
Despesa pública
de educação
(em % do PNB)
Ordem segundo IDH
1985-87 c
Despesa pública
de saúde
(em % do PIB)
Despesa militar
(em % do PIB) a
Serviço da dívida total
(em % do PIB) b
1995-97 c
1990
1998
1990
1999
1990
1999
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
—
0,9 e, g
—
2,1
4,5
3,0
1,4 p
2,2
4,9
4,8
0,9
0,6
—
2,1
1,8
0,8
0,7
5,2
4,1
—
7,9
1,3
—
2,5
3,5
—
1,1
1,4
1,8
2,7
2,7
8,7
—
7,9
7,1
4,9
12,5
2,6
5,9
1,9
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
5,4
4,8
1,9 g
5,8
1,7 e
3,9 o
3,6
1,7 g
2,9 o
1,7 e
7,0
3,3
1,8
2,0
1,0
8,3
3,9
2,1
2,1
—
2,1
—
1,6
—
—
1,1
0,6
0,6
0,3 k
—
1,6
12,8
2,8
3,0
3,9
8,3
6,8
2,3
12,4
0,7
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
6,2 g
5,6
7,3
3,2
9,1
5,3 g
5,7
8,6
3,2
4,0
0,9
1,9
1,7
0,9
4,1
1,2
2,7
2,5
—
—
4,1
1,5
4,2
2,9
3,6
—
1,7
3,4
2,4
—
6,9
5,5
2,8
2,6
—
8,9
2,5
1,4
2,3
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
11,7
7,7
1,9 g
3,4
4,1
5,7
7,1 e
1,2 e, g
4,2
8,4
6,0
3,1
1,0
1,3
2,6
—
—
0,2
1,8
—
5,7
4,5
4,1
0,4
4,1
2,1
3,4
3,3 k
0,8
3,2 k
—
5,4
—
6,3
3,7
2,9
11,6
—
6,7
5,8
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
—
7,1
—
2,8
4,9 e
2,9
—
6,5
—
—
6,1
—
3,1
2,4
2,9
0,9
1,5
0,6
2,5
2,4
—
1,0
2,0
2,4
2,1
2,9
—
1,5
—
2,5
1,0
1,9
—
1,5
—
2,7
17,2
9,3
0,4
4,7
19,0
1,1
5,9
6,7
4,0
6,0
1,1
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
3,1
4,9
2,2
3,7
2,7
4,5
3,2
4,1
1,1
1,3
0,8
1,7
0,9
1,3
1,3
3,2
5,7
3,2
0,9
—
4,4
—
0,9
—
4,8
5,3
1,9
1,8
5,2
2,8
2,1
1,6
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
0,5
1,4 g
—
1,9
1,9 o
2,1
2,2 g
7,0
—
1,9
0,0
0,7
1,2
1,2
—
1,2
1,7
—
1,4
1,1
—
1,3
8,5
—
1,2
2,4 m
1,6
5,6
—
1,4
1,1
2,6
3,6
1,1
7,2
2,6
1,7
2,3
1,4
4,5
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
1,7 p
—
—
—
—
0,7 p
—
1,4
5,1 g
—
1,0
—
0,7
—
1,6
0,8
—
—
1,4
1,3
0,7
6,3
3,6
3,8
—
1,4
4,4 k
2,6
2,3 m
1,3
11,7
3,5
0,4
14,3
4,2
2,6
1,0 k
0,6
11,0
2,2
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
3,5 e, g
1,0
3,1
—
—
2,6
—
2,2
5,0
3,7
—
—
2,6
1,5
0,7
1,9
—
3,6
1,2
2,6
2,5
—
3,7
1,5
2,0
2,1
—
1,0
0,9 m
1,5
3,4
3,7
6,2
11,7
5,7
2,9
0,3 k
13,9
12,9
5,0
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
6,2
—
—
3,7
1,8
—
3,2
1,8 o
4,9
1,9
1,4
1,6
—
2,2
2,0
—
1,6
—
1,9
2,2
5,8 q
1,8
—
1,1
—
23,5 q
—
22,9
0,8
1,4 k
3,2
2,1
—
11,9
6,0
13,4
3,0
0,6
5,4
3,8
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
197
16 Prioridades
na despesa
pública
Despesa pública
de educação
(em % do PNB)
Ordem segundo IDH
Despesa pública
de saúde
(em % do PIB)
Despesa militar
(em % do PIB) a
1985-87 c
1995-97 c
1990
1998
1990
1,3
3,7
2,1
1,6 l
—
1999
Serviço da dívida total
(em % do PIB) b
1990
1999
0,8 m
4,2
2,2
—
1,2 k
7,4
0,8
2,8
2,0
0,7
3,8
1,6
4,1
1,8
2,1
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
3,5
3,5
3,2
2,6
—
5,4
—
2,2
—
2,2
—
1,7
1,6
—
—
2,8
2,0
2,1
2,0
2,3
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
1,8
2,1
3,1
2,3
3,1
—
—
4,0
3,6 e
4,0
1,1
3,6
0,9
1,0
1,1
—
2,8
1,7
1,2
0,6
—
10,1
4,9
3,0
3,4
1,3 k
2,4
9,0
1,6
6,1
3,4
3,1
3,4
1,2
3,7
4,4
3,1
2,5
2,4
4,0
—
1,7
2,3 o
—
—
—
1,2
0,9
1,9
0,9
—
1,6
4,0
2,4
2,5
3,2
161 Níger
162 Serra Leoa
Nota: O denominador utilizado, convencionalmente, para comparar as despesas e a dívida com a dimensão da economia é o PNB e não o PIB (ver as definições de termos estatísticos). Contudo, o PIB é utilizado aqui, sempre que possível, para permitir comparações ao longo do quadro. Com poucas excepções, os denominadores produzem resultados semelhantes.
a. Devido a muitas limitações nos dados, as comparações da despesa militar, no tempo e entre países, deve ser feito com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver SIPRI (2000).
b. Para os agregados, ver quadro 15
c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
d. Os dados não são exactamente comparáveis aos dos anos anteriores devido a alterações de metodologia nos inquéritos.
e. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado.
f. Os dados referem-se a 1999.
g. Os dados referem-se apenas ao Ministério da Educação.
h. Os dados referem-se apenas à comunidade flamenga.
i. Os dados referem-se à República Federal da Alemanha antes da unificação.
j. Os dados referem-se apenas ao Gabinete da Educação Grega.
k. Os dados referem-se a 1998
l. Os dados referem-se a 1991.
m. Os dados referem-se a 1997.
n. Os dados referem-se à antiga União Soviética.
o. Os dados não incluem a despesa no ensino superior.
p. Os dados referem-se apenas à Administração Central.
q. Os dados devem ser interpretados à luz do elevado grau de incerteza das estatísticas económicas que resultam do impacte da guerra na economia angolana.
Fonte: Colunas 1 e 2: UNESCO 2000b; colunas 3 e 4: World Bank 2001b; coluna 5: SIPRI 2001; coluna 6: SIPRI 2000; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do serviço da dívida total e do PIB, de
World Bank (2001b).
198
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
17 Desemprego
nos países
da OCDE
. . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . .
Desemprego
Taxa média
anual
(% da
pop. activa)
1990-98
Desemprego jovem
Desemprego
de longa duração
(em % do
desemprego total) a
Taxa
feminina
em % da
masculina
1999
Taxa
(% da pop.
activa com
15-24 anos) b
1999
Taxa
feminina
em % da
masculina
1999
Feminino
1999
Masculino
1999
7,3
31,8
12,8
36,3
60,1
Pessoas
desempregadas
(milhares)
1999
Taxa
(% da
pop. activa)
1999
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
75,0
680,5
1.188,9
240,8
385,8
3,2
7,2
7,6
5,6
9,0
5,0
9,0
9,8
6,3
8,7
88
96
92
89
137
9,6
13,9
14,0
14,2
22,6
99
91
82
92
99
6,3
25,8
10,2
30,1
60,9
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
5.878,9
2,6
221,5
3.171,5
261,0
4,2
1,9
3,2
4,7
10,2
5,9
3,5
6,0
2,9
12,1
107
179
181
94
110
9,9
4,4
7,4
9,3
21,5
92
100
124
80
106
6,2
15,2
40,4
14,8
26,2
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
98,6
5,4
2.924,1
1.779,1
148,9
2,7
2,9
11,1
6,0
5,2
3,5
2,4
11,2
8,1
7,6
133
194
133
75
131
5,6
6,8
26,6
12,3
10,0
102
119
123
72
111
39,0
27,2
41,6
21,6
20,1
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
221,8
3.428,0
95,5
127,3
2.669,4
5,2
8,3
5,6
6,8
11,5
5,1
7,6
12,7
8,1
10,6
102
112
90
93
182
5,9
8,5
8,5
13,7
32,9
116
85
97
88
134
36,1
54,0
46,9
17,9
60,7
21
23
27
28
33
Espanha
Grécia
Coreia do Sul
Portugal
República Checa
2.604,9
532,6
1.353,0
214,8
454,1
15,9
12,0
6,3
4,5
8,8
20,0
9,3
2,9
5,8
4,7
209
233 c
73
133
144
28,5
29,7 c
14,2
8,7
17,0
172
184
66
154
116
284,8
2.390,5
7,1
13,9
10,1
12,7
84
133 c
12,4
23,2 c
86
117
493,6
1.738,5
2,6
7,3
3,8
7,3
150
86
3,4
14,6
167
77
0,4
44,1
2,7
29,8
33.671,3 T
6,7 g
7,0 g
115
11,8
102
32,3
30,3
Ordem segundo IDH
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
36 Hungria
38 Polónia
c
c
55,5
61,5
1,9
42,9
40,9
47,9
41,8
c
c
7,4
6,6
47,7
27,4
33,1
d
c
e
b
c
40,7
38,6
39,0
34,8
20,9
28,1
49,9
63,3
23,0
62,1
45,4
44,7
4,7
39,5
32,7
50,6
32,5
d
e
c
b
c
Desenvolvimento humano médio
51 México
82 Turquia
OCDE f
Nota: Este quadro não inclui a Eslováquia, que aderiu à OCDE em 2000.
a. Os dados referem-se ao desemprego com duração de 12 meses ou mais.
b. O conjunto de idades para a população activa pode ser de 16-24 anos em alguns países.
c. Os dados referem-se a 1998.
d. Os dados são baseados numa pequena amostra e devem ser tratados com precaução.
e. Os dados referem-se a 1997.
f. Os agregados são de OCDE (2000a, 2000b, 2001a e 2001b).
g. Não inclui a República Checa e a Hungria.
Fonte: Coluna 1: OCDE 2001a; coluna 2: OCDE 2000a; coluna 3: OCDE 2001b; colunas 4 e 6: calculado com base nos dados das taxas de desemprego masculino e feminino, de OCDE (2000b); colunas 5,
7 e 8: OCDE 2000b.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
199
. . . ENQUANTO SE PRESERVAM PARA AS GERAÇÕES FUTURAS . . .
18 Energia
e ambiente
Emissões de
dióxido de carbono
Consumo de energia
tradicional
(em % do uso total de energia)
Ordem segundo IDH
1980
1997
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
0,4
3,8
0,4
7,7
0,2
1,1
4,4
4,7
17,9
1,6
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
1,3
—
0,0
0,1
4,3
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
16
17
18
19
20
Consumo de
electricidade
per capita
(kilowatt-horas)
1980
PIB por unidade
de energia utilizada
(dólares PPC por kg de
equivalente petróleo)
Parte
do total
mundial
(%)
1997
Per
capita
(tons.
métricas)
1997
Ratificação dos tratados ambientais a
ConProtocolo Convenção
venção de Quioto à de Viena
Quadro Convenção para a
sobre Quadro sobre Protecção
Mudança Mudança da Camada
Climática Climática b de Ozono
Convenção
sobre a
Diversidade
Biológica
1998
1980
1998
18.289
5.393
12.329
10.216
4.402
24.607
8.717
15.071
13.955
7.249
2,4
2,1
1,5
2,1
2,4
4,8
4,1
3,2
3,6
4,3
—
1,3
2,0
0,2
0,4
—
17,3
16,2
5,4
10,2
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
3,8
—
1,1
1,6
6,5
8.914
12.553
4.057
4.395
7.779
11.832
20.150
5.908
7.322
14.129
1,6
1,9
2,2
3,3
1,8
3,8
2,8
4,9
6,0
3,4
22,6
(,)
0,7
4,8
0,2
20,1
7,7
10,4
9,2
10,9
●
●
●
●
0,9
0,0
1,3
0,0
0,4
6,0
—
5,7
3,3
5,9
5.579
9.803
3.881
4.160
4.222
6.981
12.400
6.287
5.327
6.033
4,4
1,0
2,9
—
—
7,0
5,1
5,0
5,4
6,4
0,2
(,)
1,4
2,2
0,2
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
1,2
0,3
0,0
0,2
0,8
4,7
1,3
0,2
0,8
1,0
4.371
5.005
2.528
6.269
2.831
6.175
5.681
4.760
8.215
4.431
3,5
—
2,3
—
3,9
6,7
5,5
6,4
4,0
7,4
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong. China (SAR)
Chipre
0,4
0,0
3,0
0,9
0,0
1,3
0,0
4,5
0,7
—
2.401
2.826
2.064
2.167
1.494
4.195
5.475
3.739
5.244
3.468
3,8
3,6
4,2
6,4
3,5
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
0,4
4,0
1,2
—
—
0,0
2,4
0,9
1,5
—
2.280
859
1.469
—
1.363
6.771
4.497
3.396
5.096
3.719
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
25,0
0,8
0,6
5,9
—
—
—
1,6
4,0
0,5
—
1.523
3.701
1.171
3.817
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
2,0
11,1
0,4
12,3
0,0
1,6
21,0
0,8
11,3
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
26,3
0,0
0,0
—
—
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
5,6
18,9
5,8
8,9
10,7
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
0,3
3,4
0,2
0,1
1,7
7,5
10,2
10,0
8,3
7,1
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
5,9
5,7
5,7
8,5
6,1
1,0
0,2
0,3
0,1
(,)
6,2
9,7
7,6
3,5
7,1
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
–
–
–
–
●
●
●
●
2,3
2,8
5,6
—
3,7
3,1
4,0
7,0
4,4
6,0
0,3
1,8
0,2
0,1
(,)
23,4
9,4
5,0
7,5
4,6
●
—
7.676
4.748
1.891
3.899
—
—
—
4,7
—
—
—
3,2
7,3
3,2
(,)
(,)
0,5
0,6
0,2
2.389
948
2.390
876
4.970
2.888
1.788
2.458
2.082
7.645
2,0
5,0
—
3,1
1,0
4,3
9,9
3,2
5,4
1,4
54,2
—
0,0
13,8
—
860
—
5.793
—
5.320
1.450
—
13.800
3.531
9.892
5,7
—
1,3
—
4,4
—
—
0,0
3,2
6,3
—
—
—
9.489
2.463
1.909
13.912
1,4
—
0,8
26,2
1.584
—
3.478
1.879
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
3,4
17,5
11,9
3,9
6,9
●
●
●
●
0,2
(,)
1,4
0,2
0,1
5,7
1,6
9,0
4,0
25,5
●
9,5
—
—
2,5
1,8
(,)
(,)
0,2
0,1
0,3
1,3
6,0
28,9
13,0
34,5
●
●
—
—
—
3,9
2,7
—
0,1
0,1
0,2
4,2
4,0
66,7
●
●
1,3
19,6
1,1
3,4
0,1
(,)
17,2
3,3
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
200
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
18 Energia
e ambiente
Emissões de
dióxido de carbono
Consumo de energia
tradicional
(em % do uso total de energia)
Ordem segundo IDH
Consumo de
electricidade
per capita
(kilowatt-horas)
PIB por unidade
de energia utilizada
(dólares PPC por kg de
equivalente petróleo)
1980
1997
1980
1998
1980
1998
Parte
do total
mundial
(%)
1997
Per
capita
(tons.
métricas)
1997
Ratificação dos tratados ambientais a
ConProtocolo Convenção
venção de Quioto à de Viena
Quadro Convenção para a
sobre Quadro sobre Protecção
Mudança Mudança da Camada
Climática Climática b de Ozono
Convenção
sobre a
Diversidade
Biológica
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
5,0
26,6
—
50,0
—
4,5
14,4
0,8
—
0,8
846
828
—
—
—
1.513
1.211
2.762
—
3.937
3,1
3,2
—
—
—
5,2
6,5
2,5
—
1,7
1,5
(,)
0,3
(,)
5,9
3,9
2,8
5,9
1,7
9,7
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
15,7
0,5
1,3
2,3
—
5,5
1,3
5,7
0,9
6,1
631
3.349
2.434
1.588
—
2.554
3.166
1.626
3.677
—
2,7
0,9
1,6
—
—
3,9
2,0
3,5
—
—
0,5
0,2
0,4
0,2
(,)
6,2
5,9
4,8
8,0
5,4
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
0,9
15,9
59,1
2,4
2,4
0,7
17,7
36,1
—
2,5
1.823
561
—
—
789
2.566
866
—
—
1.820
1,7
4,1
—
—
—
2,4
7,9
—
—
3,7
0,8
0,3
(,)
(,)
0,1
8,2
1,7
1,5
5,1
5,0
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
40,3
45,0
0,0
35,5
37,0
24,6
—
0,0
28,7
26,9
279
—
1.356
974
353
1.345
—
4.692
1.793
451
3,0
—
3,0
4,4
5,6
5,1
—
2,1
6,5
7,0
0,9
(,)
(,)
1,2
0,3
3,5
1,0
(,)
1,8
1,0
●
●
●
●
●
●
●
●
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
—
15,2
—
—
—
0,0
24,6
0,5
0,2
614
—
502
—
—
2.828
930
642
2.350
2.399
—
—
4,6
—
—
—
4,3
7,8
1,2
1,8
0,1
(,)
0,1
1,5
0,5
7,7
0,8
1,2
7,2
7,5
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
—
5,0
—
62,0
1,0
—
6,0
0,0
49,6
—
—
482
—
245
1.257
—
2.252
1.584
756
—
—
1,9
—
4,2
5,0
—
2,2
1,5
5,4
(,)
(,)
(,)
0,1
(,)
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
53,5
20,5
—
26,7
13,1
46,5
3,1
—
17,5
7,3
96
439
—
361
1.083
244
1.353
859
625
678
3,5
3,6
—
3,0
—
8,0
5,8
1,2
4,3
10,3
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
27,5
8,4
0,0
16,1
0,4
14,3
5,7
0,0
12,4
0,7
433
264
387
379
515
627
746
1.205
824
1.343
3,7
0,8
3,3
4,0
2,9
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
—
24,1
4,9
52,9
—
0,0
—
43,4
34,5
—
—
—
3.213
274
—
1.431
—
3.832
559
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
50,0
0,0
—
—
1,9
—
0,0
0,5
0,0
1,5
—
354
—
—
265
—
838
689
1.618
563
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
0,9
1,2
4,3
4,2
0,7
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
(,)
0,8
0,1
0,1
(,)
0,4
3,1
7,3
1,7
0,5
●
●
●
7,5
4,0
3,6
6,9
3,3
0,1
13,9
0,1
0,1
1,2
1,6
2,7
2,3
1,8
4,5
●
—
—
—
2,7
4,3
—
4,0
—
3,3
6,5
(,)
(,)
(,)
1,3
(,)
0,3
1,4
1,2
8,2
0,9
●
●
●
—
2,9
—
—
5,0
—
3,3
2,2
1,1
5,4
(,)
0,2
(,)
0,4
0,4
0,8
3,2
2,4
4,4
3,2
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
201
18 Energia
e ambiente
Emissões de
dióxido de carbono
PIB por unidade
de energia utilizada
(dólares PPC por kg de
equivalente petróleo)
1980
1997
1980
1998
1980
1998
Parte
do total
mundial
(%)
1997
Consumo de energia
tradicional
(em % do uso total de energia)
Ordem segundo IDH
Consumo de
electricidade
per capita
(kilowatt-horas)
Per
capita
(tons.
métricas)
1997
Ratificação dos tratados ambientais a
ConProtocolo Convenção
venção de Quioto à de Viena
Quadro Convenção para a
sobre Quadro sobre Protecção
Mudança Mudança da Camada
Climática Climática b de Ozono
Convenção
sobre a
Diversidade
Biológica
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
49,1
51,5
—
19,3
4,7
37,8
29,3
—
14,0
3,2
50
44
—
226
380
232
320
2.046
409
861
—
2,2
—
3,4
3,5
4,0
4,6
—
4,0
4,7
0,2
1,0
(,)
(,)
0,5
0,6
1,2
0,9
1,4
1,7
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
49,2
55,3
54,6
30,8
80,0
42,2
54,8
62,0
32,9
—
303
215
241
618
—
281
446
322
749
—
3,6
2,9
4,1
1,9
—
4,0
4,5
6,1
4,5
—
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
5,2
—
35,7
31,5
—
4,0
—
—
20,7
—
223
—
—
130
—
443
—
—
384
—
6,8
—
—
1,9
—
10,2
—
—
4,3
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
14,4
27,6
69,3
43,7
—
4,3
25,2
60,5
78,1
—
—
990
31
424
—
—
896
64
289
—
—
1,5
—
2,9
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
100,0
65,4
76,8
—
51,7
77,8
89,3
62,5
80,3
—
69,2
53,0
—
—
93
—
156
66
—
—
129
—
185
83
24,4
35,7
94,2
100,0
29,5
71,9
89,6
—
125
—
12
—
●
●
●
●
●
●
●
●
●
0,7
0,7
0,7
2,9
1,5
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
—
0,1
(,)
(,)
4,2
—
1,2
0,4
2,2
1,1
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
—
3,3
—
4,6
—
(,)
0,1
(,)
(,)
—
3,0
1,6
0,2
0,2
—
●
—
—
1,1
—
2,8
0,8
—
—
2,0
—
3,5
1,8
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
0,5
0,2
0,1
0,2
0,1
●
337
—
47
—
2,1
—
1,5
—
4,0
—
3,5
—
0,4
(,)
(,)
(,)
●
●
●
●
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●
●
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●
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●
●
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●
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●
●
●
0,7
0,2
0,1
0,2
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
72,3
81,3
—
80,7
78,4
88,7
46,0
1,4
74,7
84,3
—
16
59
41
—
—
81
96
33
—
—
4,5
—
3,7
—
—
8,9
3,7
5,3
—
(,)
0,1
0,1
(,)
(,)
0,1
0,2
1,0
0,2
0,1
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
66,8
—
86,9
0,0
92,0
67,8
—
75,1
0,0
91,4
68
—
35
—
37
85
—
47
—
54
0,8
—
—
—
—
1,2
—
—
—
1,1
0,3
(,)
(,)
(,)
(,)
0,8
0,6
0,1
1,2
0,1
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
93,6
73,9
37,4
52,8
50,8
89,7
91,7
72,7
91,5
56,2
—
147
1.016
—
95
—
110
539
—
111
—
3,5
0,9
—
2,3
—
2,8
1,2
—
4,4
(,)
(,)
(,)
0,1
(,)
0,1
(,)
0,3
0,9
0,4
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
64,9
85,4
—
72,7
71,4
69,7
89,2
96,0
78,6
74,2
67
30
—
—
—
60
46
—
—
—
—
1,3
—
—
—
3,8
2,4
—
—
—
(,)
(,)
—
(,)
(,)
0,4
0,1
—
0,2
0,1
●
●
●
●
●
●
202
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
18 Energia
e ambiente
Emissões de
dióxido de carbono
Consumo de energia
tradicional
(em % do uso total de energia)
Ordem segundo IDH
Consumo de
electricidade
per capita
(kilowatt-horas)
1980
1997
1980
PIB por unidade
de energia utilizada
(dólares PPC por kg de
equivalente petróleo)
1998
1980
1998
Parte
do total
mundial
(%)
1997
Per
capita
(tons.
métricas)
1997
Ratificação dos tratados ambientais a
ConProtocolo Convenção
venção de Quioto à de Viena
Quadro Convenção para a
sobre Quadro sobre Protecção
Mudança Mudança da Camada
Climática Climática b de Ozono
Convenção
sobre a
Diversidade
Biológica
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
90,6
89,8
86,7
88,9
95,9
88,6
88,3
88,9
87,5
97,6
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
0,1
0,1
(,)
0,1
(,)
●
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
80,0
43,7
89,6
91,3
97,0
57,1
91,4
95,9
87,1
94,2
—
34
16
—
—
—
54
22
—
—
—
0,6
—
—
—
—
2,0
2,1
—
—
(,)
(,)
(,)
(,)
(,)
0,2
0,1
(,)
0,1
(,)
●
79,5
90,0
80,6
86,1
—
—
—
—
—
—
—
—
(,)
(,)
0,1
0,1
●
21,1
76,1
8,0
14,8
18,0
30,2
45,5
—
1,3
1,0
16,7
75,1
5,6
9,4
15,7
20,3
62,9
1,2
3,3
3,4
318
58
491
261
845
133
463
—
4.916
5.932
757
76
1.312
818
1.464
387
480
2.893
6.969
8.451
2,2
—
3,3
1,3
3,7
2,1
1,8
—
2,2
2,1
4,3
3,7
3,4
4,2
5,7
4,3
2,4
2,1
4,6
4,6
35,5
0,4
2,5
19,0
5,2
6,0
2,0
12,4
49,9
43,5
1,9
0,2
2,6
2,6
2,6
1,1
0,9
7,5
11,0
12,6
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Desenvolvimento humano elevado 1,1
Desenvolvimento humano médio —
Desenvolvimento humano baixo 64,5
3,3
10,8
63,3
5.216
352
76
7.482
944
132
2,2
—
1,7
4,6
3,7
2,9
50,2
40,3
1,1
11,7
2,5
0,3
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
1,0
—
46,4
3,4
7,3
29,8
5.875
588
106
8.406
1.370
362
2,2
—
1,9
4,6
3,9
3,4
45,0
37,6
9,1
12,7
3,5
1,0
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
7,3
8,2
1.449
2.074
2,1
4,2
91,6 c
3,9
–
–
–
–
161 Níger
162 Serra Leoa
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
Mundo
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Ratificação, aceitação, aprovação, adesão ou sucessão.
Assinatura.
a. A informação é de 30 de Março de 2001. A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática foi assinada em Nova Iorque, em 1992; o Protocolo de Quito para a Convenção Quadro
das Nações Unidas sobre a Mudança Climática foi assinado em Quioto, em 1997; a Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono, em Viena, em 1985; e a Convenção sobre a Diversidade
Biológica, no Rio de Janeiro, em 1992.
b. Ainda não entrou em vigor.
c. O total mundial é menor que 100% por causa da omissão de dados dos países não registados e porque o total mundial utilizado neste cálculo inclui outras emissões não consideradas nos totais nacionais,
tais como as emissões provenientes de condutas de combustível e da oxidação de produtos hidrocarbonetos não combustíveis.
●
●
Fonte: Colunas 1 e 3: World Bank 2001b, baseado em dados da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 3-6: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano WRI 2000; coluna 7: calculado com
base nos dados sobre emissões de dióxido de carbono, de CDIAC (2000); coluna 8: calculado com base nos dados sobre emissões de dióxido de carbono, de CDIAC (2000) e nos dados da população, de
UN (1998); colunas 9-12: UN 2001b.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
203
19 Refugiados
e armamentos
Ordem segundo IDH
. . . PROTEGENDO A SEGURANÇA PESSOAL . . .
Pessoas
deslocadas
internamente
(milhares)
1999 c
Transferências de armas convencionais b
(preços de 1990)
Refugiados a
Importações
Exportações
Por país
de asilo
(milhares)
1999
Por país
de origem
(milhares) d
1999
Milhões
de dólares
1999
Índice
(1991 = 100)
1999
Milhões
de dólares
1999
Forças armadas totais
Quota
(%) e
1995-99
Milhares
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
–
–
–
–
–
48
60
123
160
18
—
—
—
—
—
170
341
33
79
37
52
235
5
343
42
—
298
168
157
28
0.1
0.6
1.0
0.6
0.5
31
55
61
53
42
83
78
73
81
46
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
–
–
–
–
–
513
(.)
139
4
13
—
—
—
—
—
111
—
225
1.089
821
31
—
110
74
1.346
10.442
—
329
—
16
48.0
—
2.0
(.)
(.)
1.372
—
56
243
32
64
—
53
100
87
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
–
–
–
–
–
82
1
130
137
69
—
—
—
—
—
508
—
105
155
137
134
—
11
17
120
58
—
1.701
1.078
—
0.3
—
10.5
6.6
(.)
28
1
317
212
24
139
114
68
65
82
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
–
–
–
–
–
83
976
1
5
23
—
(.)
—
—
—
48
126
30
337
—
1.600
17
273
1.021
—
37
1.334
—
—
533
0.1
5.5
—
(.)
1.8
41
333
12
10
266
74
70
84
77
69
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
–
–
–
–
–
6
(.)
6
1
(.)
—
—
—
—
—
289
1.205
633
—
242
318
98
135
—
233
43
144
1
—
—
0.9
1.0
0.1
—
(.)
187
174
166
—
10
58
122
82
—
100
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
–
–
–
–
–
—
(.)
(.)
4
(.)
—
—
—
3
—
163
1.245
1
19
—
56
141
(.)
—
—
1
—
—
—
—
0.1
0.1
—
—
—
73
672
50
10
2
133
112
68
—
238
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
–
–
–
–
–
—
—
1
2
(.)
—
—
(.)
—
—
—
—
—
223
—
—
—
—
—
—
—
—
124
—
—
—
—
0.5
(.)
0.2
1
5
58
71
45
60
122
—
65
—
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
–
–
–
–
–
5
(.)
1
(.)
—
1
—
2
1
(.)
56
13
1
177
—
181
18
1
199
—
—
—
51
3
—
0.1
—
0.3
(.)
—
43
26
241
93
11
41
80
75
92
393
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
–
–
–
–
–
23
(.)
4
—
1
—
—
(.)
(.)
—
—
54
126
—
595
—
2.700
21
—
209
—
—
—
—
—
—
—
0.1
(.)
0.1
—
1
15
5
65
—
180
128
—
150
52
–
–
28
(.)
(.)
340
(.)
—
—
4
117
—
—
900
—
—
—
—
—
(.)
61
12
12
—
—
197
–
–
—
(.)
—
1
—
4
—
—
—
—
—
(.)
3
6
129
—
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
204
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
19 Refugiados
e armamentos
Ordem segundo IDH
Transferências de armas convencionais b
(preços de 1990)
Refugiados a
Pessoas
deslocadas
internamente
(milhares)
1999 c
Por país
de asilo
(milhares)
1999
Por país
de origem
(milhares) d
1999
Milhões
de dólares
1999
Índice
(1991 = 100)
1999
–
–
–
–
498
25
1
(.)
3
80
—
—
(.)
—
16
14
—
—
—
—
67
—
—
—
—
—
—
38
—
3.125
—
—
0.7
—
13.1
179
—
81
1
1.004
138
—
—
183
—
Importações
Exportações
Milhões
de dólares
1999
Forças armadas totais
Quota
(%) e
1995-99
Milhares
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
–
–
–
–
–
51
1
1
11
21
—
1
3
(.)
4
916
6
35
—
95
2.349
1
81
—
—
—
89
19
—
—
(.)
0.1
(.)
(.)
—
105
81
207
65
16
95
54
109
89
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
–
–
–
–
–
(.)
(.)
(.)
—
4
—
3
—
—
4
142
40
—
12
—
55
83
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
56
144
—
2
68
114
218
—
90
390
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
–
–
–
–
–
100
—
6
2
(.)
—
—
—
—
45
185
—
1.231
221
—
43
—
104
201
—
—
—
—
—
—
—
—
(.)
0.1
—
306
4
163
291
110
130
130
260
105
96
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
–
–
–
–
–
—
296
1
3
15
—
190
3
1
8
—
—
108
—
259
—
—
114
—
—
—
—
—
429
155
(.)
—
—
1.8
0.2
44
53
115
311
66
149
—
90
—
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
279
–
–
570
–
5
—
(.)
222
(.)
28
—
—
309
—
60
—
5
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
0.1
—
—
—
—
26
—
3
70
20
—
—
133
—
140
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
613
–
–
–
–
(.)
3
19
(.)
4
93
36
1
—
1
26
1.134
—
24
—
25
146
—
12
—
—
46
—
—
—
—
(.)
—
—
—
115
639
19
57
54
532
101
—
134
134
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
–
–
–
–
–
1
293
1
(.)
1.836
—
121
(.)
1
53
3
1.688
44
—
67
—
734
126
—
4
—
79
—
—
—
—
2.0
(.)
—
(.)
25
2.820
104
35
545
110
72
148
100
89
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
–
6
–
–
–
—
11
—
15
(.)
—
4
—
—
10
—
—
—
14
—
—
—
—
70
—
—
—
—
14
—
—
0.1
—
0.1
—
1
9
2
70
25
14
—
24
66
59
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
–
–
8
–
–
—
7
(.)
1
165
—
3
1
44
2
—
20
—
—
—
—
5
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(.)
0.3
—
—
—
316
11
74
122
—
79
—
—
72
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
205
19 Refugiados
e armamentos
Ordem segundo IDH
Pessoas
deslocadas
internamente
(milhares)
1999 c
Refugiados a
Por país
de asilo
(milhares)
1999
Por país
de origem
(milhares) d
1999
Transferências de armas convencionais b
(preços de 1990)
Importações
Milhões
de dólares
1999
Exportações
Índice
(1991 = 100)
1999
Forças armadas totais
Milhões
de dólares
1999
Quota
(%) e
1995-99
Milhares
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
–
–
–
–
–
15
163
5
(.)
7
322
(.)
45
—
(.)
154
213
—
—
748
—
2.663
—
—
106
—
66
—
—
—
—
0.1
—
—
(.)
484
299
9
33
450
47
108
—
118
101
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
–
–
–
–
–
(.)
(.)
1
15
—
19
(.)
23
—
(.)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(.)
—
—
—
—
16
8
31
5
1
25
50
99
196
59
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
–
–
–
–
–
7
1
1
1
180
1
(.)
—
—
(.)
—
—
—
34
566
—
—
—
1.133
43
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(.)
9
196
—
9
1.173
—
132
—
225
93
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
–
–
–
–
–
—
2
—
13
—
—
—
128
12
—
—
—
27
—
—
—
—
16
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
9
39
344
7
2
28
95
185
46
100
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
–
–
–
–
–
–
(.)
—
224
(.)
49
40
37
—
5
—
(.)
27
2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
(.)
—
—
—
—
—
139
4
24
—
13
10
397
134
177
—
179
115
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
–
–
–
–
1.202
12
128
—
1
3
—
108
839
—
—
—
183
—
—
—
—
—
—
—
(.)
—
—
—
587
7
50
6
122
194
200
200
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
–
–
–
–
–
—
22
61
—
(.)
14
1
2
2
—
—
130
53
—
—
—
277
68
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
29
137
66
—
21
54
150
103
—
100
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
–
–
–
–
–
7
23
391
(.)
622
1
2
468
28
—
—
—
10
—
—
—
—
26
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
94
8
95
16
34
100
280
167
185
84
141
142
143
144
145
Uganda
Congo. Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
–
–
–
–
–
218
285
206
138
22
10
248
—
—
11
32
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
40
56
22
8
11
200
116
133
64
109
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
–
–
–
–
–
13
4
3
17
502
351
—
346
(.)
(.)
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
113
5
200
1
10
227
107
—
160
98
206
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
19 Refugiados
e armamentos
Ordem segundo IDH
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
161 Níger
162 Serra Leoa
Pessoas
deslocadas
internamente
(milhares)
1999 c
Transferências de armas convencionais b
(preços de 1990)
Refugiados a
Importações
Exportações
Forças armadas totais
Por país
de asilo
(milhares)
1999
Por país
de origem
(milhares) d
1999
Milhões
de dólares
1999
Índice
(1991 = 100)
1999
Milhões
de dólares
1999
–
–
–
–
–
2
34
8
49
24
—
86
(.)
(.)
58
—
29
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
5
47
7
3
30
94
904
151
117
249
–
–
–
–
50
7
(.)
258
1
22
3
—
54
—
526
—
—
8
—
—
—
—
13
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
7
6
326
6
40
85
39
150
145
769
–
500
(.)
7
—
487
—
6
—
—
—
—
—
—
5
3
241
97
Quota
(%) e
1995-99
Milhares
1999
Índice
(1985 = 100)
1999
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
7.563 T
2.920 T
681 T
623 T
61 T
3.368 T
2.829 T
723 T
2.631 T
2.596 T
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
13.011
1.887
1.834
5.403
1.200
2.613
1.312
2.572
5.465
3.588
T
T
T
T
T
T
T
T
T
T
97
181
112
81
101
105
157
—
75
68
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
—
—
—
2.669 T
3.926 T
4.289 T
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
5.291 T
11.955 T
2.100 T
75
71
149
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
—
—
—
2.607 T
2.764 T
5.512 T
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
3.951 T
10.161 T
5.234 T
71
67
120
Mundo
—
11.676 T f
—
—
—
—
—
19.346 T
77
a. Os dados referem-se ao fim de 1999. Não incluem os refugiados da Palestina.
b. As cifras são valores indicadores de tendências, ou seja, são indicadores apenas do volume das transferências internacionais de armas e não do seu valor financeiro actual. Os relatórios de transferências de armas publicados fornecem informação parcial, porque nem todas as transferências estão totalmente relatadas.
c. Inclui apenas aqueles a quem o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) concede assistência, no seguimento de um pedido especial por um órgão competente das Nações
Unidas.
d. O país de origem de muitos refugiados não está disponível ou relatado. Estes dados podem, portanto, estar subestimados.
e. Calculado utilizando os totais de 1995-99 para todos os países e actores não estatais com exportações das principais armas convencionais, como definido em SIPRI (2000).
f. O agregado é de UNHCR (2000).
Fonte: Colunas 1-3: UNHCR 2000; colunas 4 e 6: SIPRI 2000; colunas 5 e 7: calculado com base nos dados de transferências de armas, de SIPRI (2000); coluna 8: IISS 2000; coluna 9: calculado com base
nos dados das forças armadas, de IISS (2000).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
207
20 Vítimas da
criminalidade
. . . PROTEGENDO A SEGURANÇA PESSOAL . . .
Pessoas vítimas da criminalidade
(em % da população total) a
Ano b
Criminalidade
total c
Crimes de
propriedade d
Roubo
Assalto sexual e
Assalto
Suborno
(corrupção) f
Austrália
Áustria
Bélgica
Canadá
República Checa
1999
1995
1999
1999
1995
30,1
18,8
21,4
23,8
33,3
13,9
3,1
7,7
10,4
13,6
1,2
0,2
1,0
0,9
1,5
1,0
1,2
0,3
0,8
1,3
2,4
0,8
1,2
2,3
1,3
0,3
0,7
0,3
0,4
7,9
Dinamarca
England and Wales
Estónia
Finlândia
França
1999
1999
1994
1999
1999
23,0
26,4
30,1
19,1
21,4
7,6
12,2
14,8
4,4
8,7
0,7
1,2
3,4
0,6
1,1
0,4
0,9
1,0
1,1
0,7
1,4
2,8
2,2
2,1
1,4
0,3
0,1
3,8 g
0,2
1,3
Geórgia
Itália
Japão
Lituânia
Malta
1995
1991
1999
1995
1996
24,2
24,6
15,2
28,0
23,1
13,1
12,7
3,4
12,9
10,9
2,5
1,3
0,1
2,0
0,4
0,9
0,6
0,1
0,5
0,1
1,0
0,2
0,1
1,5
1,1
21,9
—
(,)
11,0
4,0
Holanda
Nova Zelândia
Northern Irlanda
Polónia
Portugal
1999
1991
1999
1999
1999
25,2
29,4
15,0
22,7
15,5
7,4
14,8
6,2
9,0
7,5
0,8
0,7
0,1
1,8
1,1
0,8
1,3
0,1
0,2
0,2
1,0
2,4
2,1
1,1
0,4
0,4
—
0,2
5,1
1,4
Escócia
Eslováquia
Eslovénia
Suécia
Suíça
Estados Unidos
1999
1991
1996
1999
1999
1999
23,2
22,9
23,3
24,7
18,2
21,1
7,6
8,3
8,3
8,4
4,5
10,0
0,7
1,6
0,9
0,9
0,7
0,6
0,3
0,7
1,2
1,1
0,6
0,4
3,0
1,3
1,6
1,2
1,0
1,2
—
—
1,2
0,1
0,2 g
0,2
Assunção (Paraguai)
Pequim (China)
Bishlek (Quirguistão)
Bogotá (Colômbia)
Bratislava (Eslováquia)
1995
1991
1995
1996
1996
34,4
19,0
27,8
54,6
36,0
16,7
2,2
11,3
27,0
20,8
6,3
0,5
1,6
11,5
1,2
1,7
0,6
2,2
4,8
0,4
0,9
0,6
2,1
2,5
0,5
13,3
—
19,3
19,5
13,5
Bucareste (Roménia)
Budapeste (Hungria)
Buenos Aires (Argentina)
Cairo (Egipto)
Dar-es-Salaam (Tanzânia)
1995
1995
1995
1991
1991
26,9
23,4
61,1
28,7
—
9,3
11,5
30,8
12,1
23,1
0,8
0,7
6,4
2,2
8,2
0,8
(,)
6,4
1,8
6,1
2,9
0,5
2,3
1,1
1,7
11,4
3,3
30,2
—
—
Gaborone (Botswana)
Jacarta (Indonésia)
Joanesburgo (África do Sul)
Kampala (Uganda)
La Paz (Bolívia)
1996
1995
1995
1995
1995
31,7
20,9
38,0
40,9
39,8
19,7
9,4
18,3
20,6
18,1
2,0
0,7
4,7
2,3
5,8
0,7
1,3
2,7
5,1
1,5
3,2
0,5
4,6
1,7
2,0
2,8
29,9
6,9
19,5
24,4
Manila (Filipinas)
Minsk (Bielorrússia)
Moscovo (Rússia)
Bombaim (Índia)
Riga (Letónia)
1995
1996
1995
1995
1995
10,6
20,7
36,9
31,8
31,3
3,3
6,2
16,8
6,7
13,4
1,5
1,6
4,3
1,3
2,6
0,1
1,1
1,5
3,5
0,6
0,1
1,3
2,7
0,8
1,0
4,3
13,1
18,0
22,9
12,6
Nacional
Cidade principal
208
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
20 Vítimas da
criminalidade
Pessoas vítimas da criminalidade
(em % da população total) a
Ano b
Criminalidade
total c
Crimes de
propriedade d
Roubo
Assalto sexual e
Assalto
Suborno
(corrupção) f
Rio de Janeiro (Brasil)
São José (Costa Rica)
Skopje (Macedónia)
Sófia (Bulgária)
Tirana (Albânia)
1995
1995
1995
1996
1995
44,0
40,4
21,1
36,7
26,0
14,7
21,7
9,4
20,7
9,9
12,2
8,9
1,1
2,5
1,6
7,5
3,5
0,3
0,6
2,0
3,4
1,7
0,7
2,2
0,8
17,1
9,2
7,4
17,8
12,8
Tunes (Tunísia)
Ulan-Bator (Mongólia)
Zagreb (Croácia)
1991
1995
1996
37,5
41,0
19,0
20,1
18,3
6,8
5,4
3,3
1,1
1,5
0,5
0,5
0,4
2,4
1,5
—
4,6
14,7
Nota: Os dados são do Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade (ver caixa 3 nas notas sobre as estatísticas).
a. Os dados referem-se à vitimização relatada.
b. Os inquéritos foram realizados em 1992, 1995, 1996/97 e 2000. Os dados referem-se ao ano anterior ao do inquérito.
c. Os dados referem-se a 11 crimes registados no inquérito: roubo, assalto de casas, tentativa de assalto, roubo de carros, vandalismo de carros, roubo de bicicletas, assalto sexual, assalto a carros, roubo
de propriedade pessoal, assalto e ameaça, e roubo de motocicletas ou bicicletas motorizadas.
d. Inclui roubo de carros, assalto a carros, assalto de casas com entrada e tentativa de assalto.
e. Os dados referem-se apenas à população feminina.
f. Os dados referem-se a pessoas a quem foram pedidos, ou que se espera que paguem, um suborno por um funcionário do Estado.
g. Os dados referem-se a 1995.
g, Data refer to 1995,
Fonte: Colunas 1-7: UNICRI 2001.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
209
. . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS
21 Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género
Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género (IDG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Esperança de vida
à nascença
(anos)
1999
Taxa de alfabetização
de adultos
(% 15 anos
e mais)
1999
Valor
Fem.
Masc.
Fem.
1
2
3
5
7
0,937
0,935
0,934
0,931
0,928
81,3
81,7
81,4
82,1
81,3
75,4
76,0
75,9
77,0
75,0
—d
—d
—d
—d
—d
Masc.
Taxa de escolarização bruta
combinada do primário,
secundário
Rendimento auferido
e superior
estimado
(%)
(dólares PPC)
1999 b
1999 a
Fem.
Masc.
—d
—d
—d
—d
—d
99
118 f
98
107 f
111 f
95
114 f
96
95
107 f
Masc.
Ordem
do IDH
menos
ordem
IDG c
22,037 e
19,721
20,016 e
18,302 e
15,510
34,960 e
29,469
32,607 e
27,065 e
35,798
0
0
0
-1
-2
Fem.
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
4
6
8
11
9
0,932
0,930
0,926
0,921
0,923
79,7
81,4
80,7
84,1
81,0
73,9
76,8
75,3
77,3
73,7
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
99
91
100
81
108 f
91
86
104 f
83
99
24,302 e
21,297
16,405
15,187
18,405 e
39,655 e
34,335
32,170
35,018
28,023 e
2
1
0
-2
1
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
14
19
10
12
13
0,919
0,907
0,922
0,920
0,920
82,0
80,4
82,3
80,0
78,6
75,6
73,9
74,5
75,0
73,6
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
—d
81
74 g
96
112 f
101 f
87
71 g
93
100
94
17,977
22,733
17,525
16,753
21,274
36,569
63,473 h
28,554
27,611
30,565
-3
-7
3
2
2
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
16
15
18
17
20
0,915
0,916
0,908
0,910
0,903
80,9
80,6
79,1
80,1
81,6
74,7
74,3
73,8
74,8
75,2
—d
—d
—d
—d
98,0
—d
—d
—d
—d
98,8
89
93
93
103 f
87
90
95
89
95
81
16,445 e
15,846
14,347 e
15,119
13,632 e
34,182 e
31,994
37,641 e
23,209
31,238 e
0
2
0
2
0
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
21
22
24
23
25
0,901
0,888
0,874
0,877
0,872
81,9
80,4
80,8
82,2
80,2
74,8
76,6
75,5
76,7
75,7
96,7
93,9
95,8
89,7
95,1
98,5
97,8
98,5
96,4
98,7
99
84
81
66
70 i
91
82
80
61
67 i
10,741 e
12,360 e
9,401 e
15,547
12,511
25,747 e
24,687 e
21,595 e
28,396
25,524
0
0
-1
1
0
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
26
29
28
27
31
0,871
0,868
0,870
0,871
0,850
79,6
78,4
79,1
78,9
80,4
75,2
70,9
71,9
71,5
75,2
88,0
96,2
89,5
99,6 d
92,4
96,2
99,1 d
94,5
99,7 d
91,1
75
85
99
85
79
76
95
94
80
82
13,693
9,667
11,163
12,232 e
6,526 e
27,739
21,676
21,348
19,942 e
24,017 e
0
-2
0
2
-1
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
30
32
33
34
—
0,853
0,842
0,833
0,829
78,9
78,3
78,0
77,0
77,0
73,9
73,6
71,2
69,9
69,1
—
87,3
—d
96,7
—d
—
94,3
—d
96,8
—d
77
77
70
86
77
77
76
69
80
74
—
10,865 e, j
10,214 e
6,319 e
8,393 e
—
24,163 e, j
15,980 e
18,467 e
12,912 e
—
1
0
0
0
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
35
37
36
39
41
0,826
0,825
0,826
0,817
0,814
75,4
78,3
77,3
78,5
75,6
66,8
70,8
69,0
72,5
71,4
99,2 d
98,1
99,7 d
95,4
82,2
99,5 d
97,3
99,7 d
95,8
90,5
83
83
86
77
83
79
76
83
78
77
8,381
5,963 e
6,453 e
4,613 e
6,194
14,769
11,974 e
10,561 e
12,772 e
19,228
0
-1
1
-1
-2
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
42
38
40
—
45
0,813
0,819
0,815
—
0,798
79,2
73,6
78,4
75,8
77,8
74,5
64,9
74,3
64,8
73,5
95,5
96,4
79,4
—
78,0
95,4
94,9
84,0
—
73,8
66
77
61
89
71
67
72
57
84
65
4,518
12,138 e
10,563 e
—
5,954 e
13,080
18,457 e
22,086 e
—
24,392 e
-2
3
2
—
-2
44
43
48
0,799
0,801
0,788
77,6
77,0
71,0
69,6
66,5
68,5
97,1
99,5 d
82,6
99,3 d
99,6 d
80,1
69
83
75
68
77
75
5,300 e
5,406
5,831 e, j
9,612 e
8,055
25,753 e, j
0
2
-2
47
46
0,789
0,789
76,5
75,6
71,8
64,3
91,7
99,8 d
95,4
99,8 d
65
83
65
80
4,510 e
5,021 e
11,878 e
7,716 e
0
2
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
210
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
21 Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género
Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género (IDG)
Ordem segundo IDH
Esperança de vida
à nascença
(anos)
1999
Ordem
Valor
Fem.
Masc.
Taxa de alfabetização
de adultos
(% 15 anos
e mais)
1999
Fem.
Masc.
Taxa de escolarização bruta
combinada do primário,
secundário
Rendimento auferido
e superior
estimado
(%)
(dólares PPC)
1999 a
1999 b
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Ordem
do IDH
menos
ordem
IDG c
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
49
50
51
59
52
0,782
0,782
0,781
0,755
0,774
75,8
76,6
74,4
75,3
72,5
69,8
72,0
62,8
72,6
60,1
89,1
91,0
99,4 d
92,9
99,4 d
93,1
92,3
99,7 d
93,2
99,7 d
70
76
79
72
82
71
73
75
73
75
4,486
3,821
5,373 e
1,858 e
5,877 e
12,184
7,892
8,599 e
7,972 e
9,283 e
0
0
0
-7
1
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
55
53
54
61
—
0,768
0,770
0,769
0,748
—
74,8
74,8
73,3
72,5
75,1
69,9
67,1
66,5
68,6
70,9
82,8
97,7
97,1
66,9
—
91,1
98,9
99,0
90,2
—
67
76
70
92
70
64
69
68
92
70
5,153 e
3,951
4,441 e
2,771 e, j
—
11,183 e
6,251
7,711 e
12,024 e, j
—
-1
2
2
-4
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
57
56
60
—
66
0,759
0,760
0,754
—
0,741
76,0
74,6
75,1
73,0
74,4
70,2
67,8
67,3
67,8
71,3
91,8
91,5
80,8
—
79,8
92,9
91,5
87,6
—
91,8
66
73
64
86
81
64
73
62
80
76
3,104 e
3,587 e
4,789 e
—
2,160 e
7,855 e
7,965 e
13,452 e
—
7,364 e
1
3
0
—
-5
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
58
63
75
64
62
0,755
0,744
0,719
0,743
0,746
72,9
70,7
72,7
71,8
71,1
67,0
67,1
70,3
63,9
67,0
93,5
90,5
65,9
84,9
94,9
97,0
94,7
83,5
84,8
95,3
61
83
60
80
84
60
84
62
79
80
4,634
2,322 e
2,715 e
4,067
2,684
7,660
7,193 e
17,857 e
10,077
4,910
4
0
-11
1
4
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
77
65
73
67
—
0,715
0,742
0,724
0,739
—
72,4
75,6
71,3
73,5
70,2
69,5
69,6
66,3
62,7
58,9
59,6
97,5
84,9
99,5 d
—
79,1
99,2 d
94,4
99,7 d
—
56
77
79
78
81
59
82
81
77
73
3,554 e, j
1,775 e
1,835
2,488
—
22,001 e, j
2,685 e
7,455
4,576
—
-10
3
-4
3
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
69
68
—
72
—
0,735
0,736
—
0,725
77,0
65,3
77,1
74,8
72,3
68,8
66,9
73,1
67,7
67,8
—
96,2
90,3
—
91,9
—
96,3
82,4
—
94,2
71
77
62
72
64
69
77
63
70
64
—
3,256 e
2,746 e
—
2,105
—
5,531 e
4,400 e
—
6,625
—
2
4
—
1
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
70
71
—
79
74
0,732
0,726
—
0,711
0,721
75,0
72,1
69,3
72,8
76,1
69,3
67,0
62,5
67,6
70,2
88,6
75,9
—
89,1
76,9
94,3
93,2
—
92,8
90,9
71
55
81
74
71
68
68
81
80
71
2,193
3,937 e
—
1,331 e
2,248 e
4,305
8,772 e
—
4,643 e
4,088 e
4
4
—
-3
3
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
78
76
81
80
83
0,712
0,715
0,698
0,700
0,696
70,0
72,5
71,5
71,2
69,4
65,0
68,3
68,9
68,8
67,7
83,2
75,5
83,4
59,3
68,7
83,2
91,2
94,5
80,4
82,7
75
73
57
72
69
69
73
53
75
76
2,794 e
2,841 e
1,728
3,055 e
2,331 e
8,133 e
4,350 e
6,008
8,802 e
8,581 e
0
3
-1
1
-1
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
84
—
88
85
87
0,696
—
0,693
0,695
0,694
71,8
71,4
67,5
56,2
72,9
66,0
63,4
59,3
51,6
66,8
65,1
—
97,9
84,2
75,6
84,5
—
98,8
85,7
81,3
76
70
66
96
64
79
65
65
89
63
2,687 e
—
1,949 e
5,473 e
2,399
6,560 e
—
5,435 e
12,452 e
6,363
-1
—
-4
0
-1
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
90
82
86
91
—
0,677
0,696
0,695
0,673
72,5
72,1
70,3
71,7
70,8
65,9
69,8
62,8
65,8
67,9
78,8
59,3
98,1
84,0
55,7
81,4
87,7
99,5 d
93,1
77,4
67
61
75
74
69
63
65
70
79
75
—
1,881 e
1,618 e
1,769 e
2,169 e
—
6,960 e
2,495 e
2,740 e
7,882 e
—
-3
6
3
-1
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
211
21 Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género
Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género (IDG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Esperança de vida
à nascença
(anos)
1999
Valor
Fem.
Taxa de alfabetização
de adultos
(% 15 anos
e mais)
1999
Masc.
Fem.
Masc.
Taxa de escolarização bruta
combinada do primário,
secundário
Rendimento auferido
e superior
estimado
(%)
(dólares PPC)
1999 a
1999 b
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Ordem
do IDH
menos
ordem
IDG c
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
89
92
93
94
97
0,680
0,671
0,656
0,640
0,620
70,2
67,7
70,4
63,8
68,5
65,5
63,9
64,5
60,4
65,3
91,0
81,3
98,7
78,6
42,8
95,4
91,5
99,5 d
91,7
66,1
64
61
63
67
72
69
68
72
73
80
1,552 e
1,929 e
769 e, j
1,446 e
1,847
2,170 e
3,780 e
1,295 e, j
3,272 e
4,954
2
0
0
0
-2
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
95
96
98
—
99
0,628
0,623
0,610
—
0,598
70,8
68,8
67,7
53,8
52,2
66,1
63,2
61,9
51,4
49,0
69,8
74,1
60,5
—
73,3
66,6
73,9
75,6
—
91,9
65
63
45
87
59
61
60
53
85
68
1,338 e
1,202 e
1,691 e
—
2,659 e
3,231 e
3,462 e
5,622 e
—
6,749 e
1
1
0
—
0
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
100
101
102
103
105
0,594
0,579
0,575
0,571
0,553
44,9
69,1
48,0
41,9
63,3
44,7
65,4
46,0
41,6
62,4
80,4
35,1
77,9
78,9
44,5
82,4
61,1
80,0
73,8
67,8
80
46
70
70
49
77
58
74
70
62
3,676 e
1,930 e
2,424 e
5,183 e
1,195 e
7,308 e
4,903 e
5,594 e
8,638 e
3,236 e
0
0
0
0
-1
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
104
106
107
108
111
0,566
0,548
0,547
0,538
0,528
64,5
42,6
58,4
57,9
48,0
60,5
43,2
53,6
55,3
47,8
52,1
83,8
80,1
61,5
93,3
72,6
92,3
88,8
79,4
71,7
64
63
55
39
65
51
67
55
45
57
1,363 e
2,159 e
746 e, j
1,618 e
1,127 e
2,058 e
3,593 e
1,311 e, j
2,145 e
2,594 e
1
0
0
0
-2
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
109
110
112
113
114
115
0,534
0,530
0,512
0,503
0,496
0,495
58,6
57,3
52,2
60,8
50,8
53,3
54,1
55,4
50,4
58,0
49,1
49,0
57,7 k
56,0
74,8
52,1
68,6
73,0
80,1 k
71,4
88,3
66,3
81,2
86,6
54
35
51
33
39
56
71
42
52
38
47
69
1,190 e
1,742 e
966
996 e
964 e
516 e
1,541 e
2,941 e
1,078
1,861 e
2,189 e
946 e
1
1
0
0
0
0
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
117
116
120
—
0,466
0,468
0,461
—
59,5
52,8
57,8
62,8
59,8
50,4
58,3
60,3
30,0
39,6
22,8
—
58,9
73,6
58,0
—
28
49
52
—
51
76
67
—
826 e
908 e
849 e
—
2,787 e
1,918 e
1,607 e
—
-1
1
-2
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
119
121
131
118
122
0,463
0,459
0,410
0,463
0,456
54,4
59,0
61,2
55,4
53,4
51,9
58,9
59,0
49,4
51,1
31,7
29,3
23,9
46,8
58,8
63,0
51,7
66,6
51,1
72,8
52
33
29
51
43
65
41
72
53
46
1,169 e
1,076 e
345 e
1,030 e
595 e
1,774 e
1,866 e
1,272 e
1,916 e
1,005 e
0
-1
-10
4
1
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
123
—
129
126
124
0,443
—
0,413
0,428
0,432
51,7
45,3
57,0
52,7
52,2
51,3
42,6
54,2
49,5
50,0
54,2
52,8
44,9
31,4
65,7
71,3
74,9
68,9
52,2
84,0
41
18
31
37
32
49
26
36
44
33
520 e
—
308 e, j
1,163 e
418 e
1,182 e
—
1,016 e, j
2,062 e
585 e
1
—
-4
0
3
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
125
128
127
132
130
0,428
0,418
0,420
0,409
0,413
43,8
52,3
40,6
48,1
54,8
42,5
49,7
41,4
47,5
51,1
55,5
48,7
70,2
37,2
26,7
76,8
72,4
84,6
53,8
46,4
41
26
46
30
31
49
37
52
46
40
942 e
575 e
577 e
892 e
996 e
1,393 e
1,031 e
934 e
2,379 e
1,844 e
3
1
3
-1
2
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
134
133
136
—
—
0,402
0,403
0,390
—
46,3
55,4
53,2
47,3
47,6
43,6
52,0
50,4
44,5
46,6
—
23,6
39,4
28,5
—
—
55,4
66,5
43,1
—
21
34
24
37
20
25
57
29
53
37
—
769 e
601
1,181 e
—
—
1,102 e
1,164
1,987 e
—
—
-1
1
-1
—
212
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
21 Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género
Índice de
desenvolvimento
ajustado ao
género (IDG)
Ordem segundo IDH
Esperança de vida
à nascença
(anos)
1999
Taxa de alfabetização
de adultos
(% 15 anos
e mais)
1999
Taxa de escolarização bruta
combinada do primário,
secundário
Rendimento auferido
e superior
estimado
(%)
(dólares PPC)
1999 a
1999 b
Ordem
Valor
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Fem.
Masc.
Ordem
do IDH
menos
ordem
IDG c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
137
135
138
139
140
0,386
0,391
0,370
0,361
0,346
40,2
40,6
52,2
46,0
46,7
40,4
39,1
50,2
42,7
44,2
45,3
59,1
32,7
33,3
32,3
73,8
72,9
47,3
58,6
50,1
69
39
22
20
20
78
41
34
29
42
485 e
719 e
582 e
894 e
629 e
689 e
1,054 e
928 e
1,452 e
1,077 e
-1
2
0
0
0
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
143
141
142
144
145
0,308
0,309
0,308
0,306
0,302
45,9
40,8
44,9
47,0
41,5
43,1
38,8
43,3
45,1
39,6
18,3
27,9
31,8
13,3
39,0
58,3
59,3
42,8
33,0
55,6
27
19
19
18
16
47
26
34
28
21
442 e
713 e
414 e
766 e
472 e
921 e
1,013 e
844 e
1,177 e
690 e
-2
1
1
0
0
146
—
0,260
—
45,1
39,6
44,5
37,0
7,9
—
23,0
—
12
21
20
32
561 e
—
941 e
—
0
—
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Estimativas provisórias da UNESCO, sujeitas a revisão posterior.
b. Devido à falta de dados sobre o rendimento desagregado por sexos, os rendimentos auferidos femininos e masculinos foram estimados, de forma grosseira, com base nos dados do rácio entre salários
não agrícolas femininos e masculinos, das parcelas feminina e masculina da população economicamente activa, da população total feminina e masculina e do PIB per capita (dólares PPC) (ver nota técnica
1). As estimativas são baseadas nos dados do último ano disponível durante 1994-99, a não ser quando indicado de outro modo.
c. As posições do IDH utilizadas nesta coluna são as recalculadas para o universo dos 146 países com valores IDG. Um valor positivo indica que a ordenação do IDG é melhor do que a do IDH e um valor
negativo o inverso.
d. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 99,0%.
e. Não existem dados disponíveis sobre salários. Com o fim de calcular as estimativas dos rendimentos auferidos feminino e masculino, foi utilizada uma estimativa de 75% (a média não ponderada dos
países com dados disponíveis) para o rácio entre os salários não-agrícolas feminino e masculino.
f. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 100,0%.
g. O rácio está subestimado, porque muitos estudantes do secundário e do superior prosseguem os seus estudos em países vizinhos.
h. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 40.000 dólares (PPC).
i. Exclui estudantes e população turca.
j. Calculado com base nos dados do PIB per capita (dólares PPC), de Aten, Heston e Summers 2001.
k. UNESCO 2001a.
Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IDG da coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-10; para pormenores, ver nota técnica 1; colunas 3 e 4: UN 2001d; colunas
5 e 6: UNESCO 2000a, excepto quando indicado de outro modo; colunas 7 e 8: UNESCO 2001b; colunas 9 e 10: excepto quando indicado de outro modo, os cálculos foram baseados nos dados do PIB per
capita (dólares PPC), de World Bank 2000a; nos dados sobre salários, de ILO (2001c); nos dados sobre a população economicamente activa, de ILO (1996); e nos dados sobre a população, de UN (2001d);
coluna 11: determinado com base nas posições IDH recalculadas e nas posições IDG da coluna 1.
Posições IDG para 146 países
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Noruega
Austrália
Canadá
Estados Unidos
Suécia
Islândia
Bélgica
Holanda
Finlândia
França
Japão
Reino Unido
Dinamarca
Suíça
Alemanha
Áustria
Nova Zelândia
Irlanda
Luxemburgo
Itália
Espanha
Israel
Hong Kong, China (RAE)
Grécia
Chipre
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
Singapura
Eslovénia
Portugal
Coreia do Sul
Brunei
Malta
República Checa
Argentina
Eslováquia
Hungria
Polónia
Uruguai
Baamas
Chile
Kuwait
Barém
Costa Rica
Lituânia
Croácia
Emiratos Árabes Unidos
Letónia
Trindade e Tobago
Catar
México
Panamá
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
Bielorrússia
Federação Russa
Bulgária
Roménia
Malásia
Colômbia
Venezuela
Tailândia
Belize
Maurícias
Líbia
Filipinas
Fidji
Brasil
Arménia
Líbano
Ucrânia
Jamaica
Maldivas
Sri Lanka
Turquia
Paraguai
Peru
Albânia
Arábia Saudita
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
China
Omã
República Dominicana
Equador
Tunísia
Jordânia
Moldávia
Irão
Cabo Verde
África do Sul
Usbequistão
El Salvador
Guiana
Vietname
Síria
Argélia
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Nicarágua
Honduras
Egipto
Guatemala
Guiné Equatorial
Namíbia
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Mongólia
Índia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Camboja
Papua-Nova Guiné
Lesoto
Quénia
Comores
Camarões
Congo
Togo
Paquistão
Haiti
Laos
Nepal
Bangladeche
Madagáscar
Nigéria
Tânzania
Uganda
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
Mauritânia
Zâmbia
Congo, Rep. Dem.
Sudão
Senegal
Iémen
Costa do Marfim
Eritreia
Benim
Ruanda
Gâmbia
Malawi
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
Moçambique
Etiópia
Guiné-Bissau
Burkina Faso
Burundi
Níger
213
22 Medida de
participação
segundo o
género
. . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS
Medida de participação segundo o género
(MPG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
Lugares no
parlamento ocupados
por mulheres
(em % do total) a
Legisladoras,
funcionárias
superiores
e gestoras
(em % do total) b
Trabalhadoras
especializadas
e técnicas
(em % do total) b
Rácio
entre rendimentos
auferidos
estimados
femininos
e masculinos c
Desenvolvimento humano elevado
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
1
9
5
3
14
0,836
0,738
0,763
0,809
0,692
36,4
25,4
23,6
42,7
24,9
31 d
25
35
29
19 d
58 d
47
53
49
50 d
0,63
0,67
0,61
0,68
0,43
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
10
2
7
31
4
0,738
0,815
0,755
0,520
0,783
13,8
34,9
32,9
10,8
36,5
45 d
25
23
9d
29 d
53 d
53
46
44 d
62 d
0,61
0,62
0,51
0,43
0,66
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
13
—
—
16
12
0,696
—
—
0,671
0,705
22,4
16,7
9,1
17,0
37,4
20
—
—
33
3
40
—
—
45
50
0,49
—
—
0,61
0,70
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
11
8
18
6
29
0,723
0,749
0,644
0,756
0,536
25,1
30,4
13,7
30,8
10,0
26
26
34
37
19
49
50
50
52
43
0,48
0,50
0,38
0,65
0,44
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
15
24
39
—
—
0,688
0,569
0,502
—
—
26,6
12,5
8,7
–
7,1
31
25
25
22
—
44
54
46
38
—
0,42
0,50
0,44
—
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
35
61
20
22
—
0,509
0,358
0,629
0,574
—
6,5
5,9
18,7
12,2
9,2
21
5
32
31
—
42
31
51
51
—
0,49
0,45
0,52
0,61
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
17
—
26
—
27
0,648
—
0,546
—
0,546
20,4
—
14,2
21,3
14,0
39 d
—
23
—
32
51 d
—
54
—
60
0,60
—
0,64
—
0,65
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
41
42
32
49
—
0,493
0,491
0,518
0,445
—
8,3
11,5
12,7
8,9
—
34
28 d
34
22 d
9d
62
61 d
60
51 d
20 d
0,57
0,50
0,61
0,36
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
23
19
—
25
—
0,571
0,639
—
0,552
—
19,3
19,6
0,0
17,8
0,0
30
31
—
35
—
45
51
—
67
—
0,35
0,66
—
0,63
—
30
45
—
0,527
0,474
—
16,2
10,6
—
26
39
—
52
69
—
0,55
0,67
—
21
28
0,599
0,540
20,9
17,0
40
39
51
65
0,38
0,65
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
214
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
22 Medida de
participação
segundo o
género
Medida de participação segundo o género
(MPG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
Lugares no
parlamento ocupados
por mulheres
(em % do total) a
Legisladoras,
funcionárias
superiores
e gestoras
(em % do total) b
Trabalhadoras
especializadas
e técnicas
(em % do total) b
Rácio
entre rendimentos
auferidos
estimados
femininos
e masculinos c
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
37
44
—
40
53
0,507
0,475
—
0,496
0,434
15,9
9,9
18,4
13,5
5,6
23
33 d
—
37 d
37
40
46 d
—
39 d
64
0,37
0,48
—
0,23
0,63
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
38
—
48
—
—
0,503
—
0,449
—
—
14,5
10,8
9,3
—
6,7
21 d
—
26
—
—
44 d
—
56
—
—
0,46
—
0,58
—
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
51
36
59
52
—
0,439
0,507
0,403
0,438
—
9,7
12,2
5,7
17,6
2,3
24 d
40 d
23
13 d
—
58 d
48 d
38
69 d
—
0,40
0,45
0,36
0,36
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
—
—
—
—
46
—
—
—
—
0,470
—
—
—
5,9
11,8
22 d
48 d
—
—
33 d
55 d
10 d
—
61 d
63 d
—
—
—
—
0,55
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
—
—
33
54
—
—
—
0,516
0,428
—
—
3,1
20,0
7,8
11,2
—
—
23
38
—
—
—
41
63
—
—
—
0,25
0,54
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
—
—
—
57
—
—
—
—
0,407
7,2
6,0
16,0
10,5
8,0
—
—
—
—
23 d
—
—
—
—
54 d
—
—
—
—
0,32
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
56
63
—
43
—
0,409
0,308
—
0,482
—
4,0
4,2
26,0
14,6
5,2
50
9d
—
28 d
—
50
36 d
—
47 d
—
0,51
0,45
—
0,29
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
34
—
—
—
—
0,510
—
—
—
—
14,5
21,8
2,5
11,5
3,4
31
—
—
—
—
49
—
—
—
—
0,34
—
—
—
—
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
—
—
—
—
50
—
—
—
—
0,440
11,1
6,7
18,5
27,9 e
9,5
—
—
—
—
28
—
—
—
—
47
—
—
—
—
0,38
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
10,4
8,9
7,2
4,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
215
22 Medida de
participação
segundo o
género
Medida de participação segundo o género
(MPG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
Lugares no
parlamento ocupados
por mulheres
(em % do total) a
Legisladoras,
funcionárias
superiores
e gestoras
(em % do total) b
Trabalhadoras
especializadas
e técnicas
(em % do total) b
Rácio
entre rendimentos
auferidos
estimados
femininos
e masculinos c
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
—
—
—
55
64
—
—
—
0,425
0,258
26,0
8,0
12,4
10,2
2,4
—
—
—
25
11
—
—
—
43
29
—
—
—
0,44
0,37
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
—
47
—
—
—
—
0,449
—
—
—
9,7
9,4
8,8
10,9
5,0
—
36 d
—
—
—
—
51 d
—
—
—
—
0,35
—
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
—
—
60
—
—
—
—
0,385
—
—
20,4
0,7
6,3
17,0
—
—
—
24 d
—
—
—
—
61 d
—
—
—
—
0,43
—
—
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
10,5
9,3
—
9,0
10,7
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
9,3
1,8
3,6
—
5,6
12,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
—
—
—
—
—
—
—
—
—
4,9
7,9
9,3
8d
—
—
—
25 d
—
—
—
—
—
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
—
62
—
—
—
—
0,309
—
—
—
21,2
9,1
0,7
—
8,0
—
5d
—
—
—
—
35 d
—
—
—
—
0,58
—
—
—
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
3,3
0,0
9,7
3,0
22,2
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep, Dem,
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
17,8
—
10,1
8,5
14,0
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
—
58
—
—
—
—
0,404
—
—
15,5
6,0
14,7
2,0
8,8
—
—
17
—
—
—
—
30
—
—
—
—
0,52
—
—
216
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
22 Medida de
participação
segundo o
género
Medida de participação segundo o género
(MPG)
Ordem segundo IDH
Ordem
Valor
Lugares no
parlamento ocupados
por mulheres
(em % do total) a
Legisladoras,
funcionárias
superiores
e gestoras
(em % do total) b
Trabalhadoras
especializadas
e técnicas
(em % do total) b
Rácio
entre rendimentos
auferidos
estimados
femininos
e masculinos c
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep, Centro-Africana
Chade
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
9,3
25,7
12,2
7,3
2,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
7,8
30,0
7,8
11,0
14,4
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
1,2
8,8
—
—
—
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Os dados são de 8 de Março de 2001.
b. Os dados referem-se ao último ano disponível durante o período de 1990-99.
c. Calculado com base nos dados das colunas 9 e 10 do quadro 21. As estimativas são baseadas nos dados do último ano disponível durante o período de 1994-99.
d. Os dados são baseados na Classificação Internacional Tipo das Ocupações (CITO-68), como definido em ILO (2001c).
e. Calculado com base nos 54 lugares permanentes (ou seja, excluindo os 36 delegados especiais rotativos designados numa base ad hoc).
Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores MPG da coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-5 deste quadro e nas colunas 9 e 10 do quadro 21 (para pormenores, ver nota
técnica 1); coluna 3: calculado com base nos dados dos lugares parlamentares, de IPU (2001c); colunas 4 e 5: calculado com base nos dados ocupacionais, de ILO (2001c); coluna 6: calculado com base
nos dados das colunas 9 e 10 do quadro 21.
Posições MPG para 64 países
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Noruega
Islândia
Suécia
Finlândia
Canadá
Nova Zelândia
Holanda
Alemanha
Austrália
Estados Unidos
Áustria
Dinamarca
Suíça
Bélgica
Espanha
Reino Unido
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
Barbados
Irlanda
Baamas
Portugal
Trindade e Tobago
Eslovénia
Costa Rica
Israel
Estónia
República Checa
Eslováquia
Letónia
Itália
Croácia
Japão
Polónia
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
Peru
República Dominicana
Singapura
Colômbia
México
Malásia
Grécia
Belize
Hungria
Uruguai
Equador
Panamá
Lituânia
Filipinas
Honduras
Roménia
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
Chile
El Salvador
Venezuela
Suriname
Federação Russa
Ucrânia
Bolívia
Sri Lanka
Paraguai
Eritreia
Maurícias
Suazilândia
Coreia do Sul
Bangladeche
Turquia
Egipto
217
23 Desigualdade
entre os sexos
na educação
Ordem segundo IDH
. . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS
Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens
Taxa
feminina
(% 15
anos
e mais)
1999
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(% 15-24
anos)
1999
Escolarização primária
líquida
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização secundária
líquida
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização superior
bruta a
Taxa
feminina
(%)
1994-97 b
Taxa
masculina
(%)
1994-97 b
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
100
95
94
100
98
100
100
98
100
100
98
89
90
99
87
101
101
99
100
98
71
83
95
57
57
53
77
81
43
55
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
95
98
99
—
98
100
100
99
—
100
90
88
91
—
94
100
102
101
—
101
92
45
46
36
80
71
30
48
44
68
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
100
100
100
—
—
100
100
100
—
70
95
93
—
—
108
101
103
—
25
7c
57
56
53
40
12 c
45
49
43
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
—
—
—
—
98,0
—
—
—
—
99
—
—
—
—
99,8
—
—
—
—
100
—
89
93
98
100
—
102
102
101
100
89
89
88
91
—
101
100
105
102
—
49
44
43
73
52
48
50
39
53
42
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
96,7
93,9
95,8
89,7
95,1
98
96
97
93
96
99,8
99,6
99,8
99,8
99,8
100
100
100
101
100
100
—
93
91
81
100
—
100
103
101
—
—
88
71
—
—
—
103
107
—
56
41
46
—
25 d
47
36
47
—
20 d
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
88,0
96,2
89,5
99,6
92,4
92
97
95
100
101
99,8
99,8
99,8
99,8
99,8
100
100
100
100
103
—
93
—
94
100
—
101
—
99
100
—
97
—
90
79
—
100
—
103
100
31
52
44
41
32
37
82
33
31
27
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
—
87,3
—
96,7
—
—
93
—
100
—
—
99,8
—
98,8
—
—
101
—
100
—
—
93
89
—
—
—
100
100
—
—
—
—
89
—
—
—
—
103
—
—
34
8
23
—
23
23
5
24
—
22
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
99,2
98,1
99,7
95,4
82,2
100
101
100
100
91
99,8
99,6
99,8
99,0
98,3
100
101
100
100
100
82
93
96
88
98
99
101
100
97
103
87
—
—
60
88
102
—
—
108
108
26
—
28
29
—
22
—
21
34
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
95,5
96,4
79,4
—
78,0
100
102
95
—
106
98,6
98,3
92,8
—
94,5
101
102
101
—
111
89
—
67
92
79
101
—
98
98
98
43
—
58
90
71
113
—
100
105
106
28
—
24
46
21
33
—
15
38
5
97,1
99,5
82,6
98
100
103
99,8
99,8
96,8
100
100
105
84
93
82
99
99
90
80
85
70
102
101
102
29
38
41
27
25
14
91,7
99,8
96
100
97,1
99,8
99
100
88
91
100
96
—
83
—
100
7
40
9
27
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
218
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
23 Desigualdade
entre os sexos
na educação
Ordem segundo IDH
Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens
Taxa
feminina
(% 15
anos
e mais)
1999
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(% 15-24
anos)
1999
Escolarização primária
líquida
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização secundária
líquida
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização superior
bruta a
Taxa
feminina
(%)
1994-97 b
Taxa
masculina
(%)
1994-97 b
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
89,1
91,0
99,4
92,9
99,4
96
99
100
100
100
96,2
96,3
99,8
98,5
99,8
99
99
100
101
100
100
—
—
—
—
100
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
15
—
49
—
49
17
—
39
—
37
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
82,8
97,7
97,1
66,9
—
91
99
98
74
—
97,4
99,5
99,7
92,6
—
100
100
100
93
—
—
91
97
—
94
—
97
99
—
98
—
69
75
—
55
—
73
102
—
97
—
52
24
—
22
—
31
21
—
17
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
91,8
91,5
80,8
—
79,8
99
100
92
—
87
98,5
97,5
94,3
—
92,6
101
101
101
—
95
85
—
98
—
—
102
—
100
—
—
27
49
61
—
71
153
115
110
—
115
—
17
6
—
27
—
16
6
—
27
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
93,5
90,5
65,9
84,9
94,9
96
96
79
100
100
98,3
99,0
89,8
94,1
98,7
99
100
94
104
100
—
—
58
—
—
—
—
94
—
—
—
—
41
—
—
—
—
76
—
—
—
—
15
—
33
—
—
17
—
25
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
59,6
97,5
84,9
99,5
—
75
98
90
100
—
95,3
99,7
95,1
99,9
—
96
100
97
100
—
66
—
—
—
—
98
—
—
—
—
57
—
—
—
—
99
—
—
—
—
7
14
—
—
37
9
11
—
—
29
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
—
96,2
90,3
—
91,9
—
100
110
—
98
—
99,3
97,2
—
96,9
—
100
108
—
100
87
—
—
—
91
99
—
—
—
101
74
—
—
—
39
98
—
—
—
107
44
—
7
18
11
40
—
9
17
10
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
88,6
75,9
—
89,1
76,9
94
81
—
96
85
96,4
93,6
—
96,4
96,9
99
95
—
99
98
—
96
—
97
100
—
96
—
101
100
—
43
—
—
—
—
73
—
—
—
4
15
—
—
14
6
27
—
—
10
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
83,2
75,5
83,4
59,3
68,7
100
83
88
74
83
91,5
96,0
99,6
88,2
91,3
102
97
100
91
95
85
100
—
98
88
102
100
—
98
96
33
—
—
54
68
135
—
—
101
92
27
4
—
12
13
19
7
—
15
22
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
65,1
—
97,9
84,2
75,6
77
—
99
98
93
85,4
—
99,8
91,0
87,1
93
—
100
100
98
—
93
87
96
78
—
96
100
101
101
48
—
68
67
23
102
—
106
149
113
—
13
12
16
18
—
11
11
18
18
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
78,8
59,3
98,1
84,0
55,7
97
68
99
90
72
87,2
77,8
99,8
94,9
83,8
101
82
100
97
91
95
87
—
—
91
99
93
—
—
93
—
36
—
—
54
—
90
—
—
94
—
13
29
—
10
—
18
24
—
14
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
219
23 Desigualdade
entre os sexos
na educação
Ordem segundo IDH
Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens
Taxa
feminina
(% 15
anos
e mais)
1999
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(% 15-24
anos)
1999
Escolarização primária
líquida
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização secundária
líquida
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização superior
bruta a
Taxa
feminina
(%)
1994-97 b
Taxa
masculina
(%)
1994-97 b
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
91,0
81,3
98,7
78,6
42,8
95
89
99
86
65
97,0
96,8
99,8
93,5
61,7
100
99
100
96
81
—
93
—
—
88
—
97
—
—
89
—
—
—
—
64
—
—
—
—
90
—
8
13
—
16
—
15
27
—
24
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
69,8
74,1
60,5
—
73,3
105
100
80
—
80
76,1
84,5
72,4
—
94,9
108
104
85
—
97
78
—
68
—
—
103
—
89
—
—
35
—
—
—
—
118
—
—
—
—
12
9
—
—
—
11
11
—
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
80,4
35,1
77,9
78,9
44,5
98
57
97
107
66
93,0
57,0
90,8
91,9
63,8
104
75
102
110
81
97
67
91
83
—
108
80
101
105
—
44
—
41
52
—
134
—
119
117
—
10
9
6
5
5
6
13
6
6
8
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
52,1
83,8
80,1
61,5
93,3
72
91
90
77
130
73,0
95,5
90,2
87,3
98,4
87
97
99
94
120
86
—
—
—
71
105
—
—
—
117
61
—
—
—
24
133
—
—
—
185
24
4
7
—
3
10
9
4
—
2
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
—
56,0
74,8
52,1
68,6
73,0
—
78
85
79
84
84
—
70,4
93,7
61,1
93,1
96,3
—
88
98
84
99
98
92
—
—
—
—
—
92
—
—
—
—
—
16
—
—
—
—
—
55
—
—
—
—
—
1
2
—
(,)
—
—
2
4
—
1
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
30,0
39,6
22,8
—
51
54
39
—
48,4
57,6
40,7
—
64
66
54
—
—
72
—
—
—
77
—
—
—
13
—
—
—
44
—
—
—
1
—
—
—
6
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
31,7
29,3
23,9
46,8
58,8
50
57
36
92
81
56,1
39,4
43,8
63,6
75,6
69
65
53
100
91
72
—
—
55
62
91
—
—
98
104
21
—
—
—
—
79
—
—
—
—
2
—
1
—
2
4
—
7
—
2
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
54,2
52,8
44,9
31,4
65,7
76
71
65
60
78
82,5
78,1
70,0
40,4
87,8
93
89
85
67
94
—
27
—
58
49
—
75
—
92
103
—
10
—
—
—
—
68
—
—
—
—
(,)
—
1
(,)
—
(,)
—
6
1
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
55,5
48,7
70,2
37,2
26,7
72
67
83
69
57
71,3
73,5
84,6
58,1
40,7
84
83
94
84
69
—
—
74
47
55
—
—
98
75
85
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
1
—
1
3
—
3
—
4
9
—
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
—
23,6
39,4
28,5
—
—
43
59
66
—
—
36,9
60,7
47,6
—
—
48
76
74
—
35
48
29
57
33
109
61
90
79
65
—
—
14
—
—
—
—
85
—
—
—
1
(,)
1
(,)
—
5
2
2
2
220
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
23 Desigualdade
entre os sexos
na educação
Ordem segundo IDH
Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens
Taxa
feminina
(% 15
anos
e mais)
1999
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(% 15-24
anos)
1999
Escolarização primária
líquida
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1999
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização secundária
líquida
Taxa
feminina
(%)
1995-97 b
Taxa
feminina
em % da
taxa
masculina
1995-97 b
Escolarização superior
bruta a
Taxa
feminina
(%)
1994-97 b
Taxa
masculina
(%)
1994-97 b
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
45,3
59,1
32,7
33,3
32,3
61
81
69
57
65
59,9
80,5
58,1
56,9
57,7
74
95
82
76
80
—
—
25
—
38
—
—
66
—
58
—
—
—
—
3
—
—
—
—
30
(,)
—
1
—
(,)
1
—
2
—
1
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
18,3
27,9
31,8
13,3
39,0
31
47
74
40
70
32,5
44,8
51,8
22,2
59,9
40
60
97
50
93
—
34
27
27
28
—
76
62
67
88
—
5
—
—
—
—
67
—
—
—
—
(,)
(,)
(,)
—
—
1
1
1
—
7,9
—
34
—
13,2
—
42
—
19
—
63
—
4
—
61
—
—
—
—
—
Países em desenvolvimento
Países menos desenvolvidos
Países Árabes
Ásia Oriental e Pacífico
América Latina e Caraíbas
Ásia do Sul
África Subsariana
Europa do Leste e CEI
OCDE
OCDE de rendimento elevado
65,3
41,9
49,0
78,7
86,9
43,2
52,6
98,2
—
—
81
68
67
86
98
65
77
99
—
—
80,3
57,7
71,5
96,1
94,2
61,0
72,5
99,3
—
—
91
79
84
98
101
78
89
100
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano elevado
Desenvolvimento humano médio
Desenvolvimento humano baixo
—
71,6
38,2
—
84
63
—
86,2
57,2
—
94
77
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Rendimento elevado
Rendimento médio
Rendimento baixo
—
80,2
52,2
—
88
74
—
94,0
68,6
—
97
84
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
Mundo
a. A escolarização superior é calculada, geralmente, como uma taxa bruta.
b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
c. A taxa é subestimada, porque muitos estudantes prosseguem os seus estudos nos países vizinhos.
d. Exclui as instituições turcas.
Fonte: Coluna 1: UNESCO 2000a; coluna 2: calculado com base nos dados das taxas de alfabetização de adultos, de UNESCO (2000a); coluna 3: UNESCO 2000c; coluna 4: calculado com base nos dados
das taxas de alfabetização de jovens, de UNESCO (2000c); colunas 5 e 7: UNESCO 2001c; coluna 6: calculado com base nos dados das taxas de escolarização primária líquida, de UNESCO (2001c); colunas 9 e 10: UNESCO 1999.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
221
24 Desigualdade
entre os sexos
na actividade
económica
. . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS
Ordem segundo IDH
Taxa
(%)
1999
Trabalhadores contribuindo para a família
Emprego por actividade económica
(%)
Taxa de actividade económica feminina
(15 anos e mais)
Femininos Masculinos
Agricultura
Indústria
Serviços
Índice
Em % da
(em % do (em % do
(1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino
total)
total)
1999
1999
1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
58,9
55,6
59,8
63,0
39,8
114
114
110
109
113
84
76
81
89
65
2
4
2
1
—
7
6
5
4
—
10
11
12
12
—
35
31
32
39
—
87
85
86
87
—
59
63
63
57
—
67
62
66
64
85
33
38
34
36
15
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
58,4
67,6
45,3
51,1
57,4
110
103
120
106
101
80
85
66
67
86
1
4
2
6
5
4
12
4
5
9
13
15
9
24
14
34
35
31
39
39
85
81
85
69
81
63
53
62
55
52
67
50
84
82
44
33
50
16
18
56
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
51,6
37,6
48,1
52,6
61,9
112
109
107
110
104
66
57
76
74
84
4
—
—
1
2
5
—
—
3
5
15
—
—
13
15
35
—
—
38
36
82
—
—
86
83
59
—
—
59
58
—
—
—
65
—
—
—
—
35
—
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
44,5
48,4
36,4
56,9
38,4
104
105
117
122
111
65
69
51
78
58
8
3
3
6
7
6
3
15
11
7
14
19
15
13
22
42
46
34
33
38
78
79
79
81
72
52
51
49
56
55
68
75
56
64
57
32
25
44
36
43
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
37,3
48,3
37,5
49,1
49,1
120
120
119
103
110
55
67
57
63
62
6
1
23
(,)
10
10
3
18
(,)
11
14
14
13
15
18
39
38
28
31
30
80
84
63
85
71
52
58
54
69
58
62
78
71
—
—
38
22
29
—
—
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
50,2
53,0
50,8
53,8
25,3
105
110
106
96
119
64
69
70
80
36
(,)
13
16
13
—
(,)
10
12
12
—
25
21
21
31
—
34
38
40
49
—
75
66
64
57
—
66
52
48
38
—
75
88
59
59
—
25
12
41
41
—
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
58,7
49,0
62,4
35,0
62,9
108
130
102
120
103
76
61
84
45
84
4
—
4
(,)
6
6
—
7
2
11
13
—
29
12
27
25
—
50
32
49
71
—
66
88
67
60
—
43
65
40
—
—
78
—
74
—
—
22
—
26
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
48,5
47,9
57,2
37,1
32,1
99
125
98
126
135
72
66
80
48
37
4
2
20
4
(,)
11
7
21
19
1
25
17
21
14
32
40
34
41
34
57
71
82
59
81
67
50
59
38
47
41
64
—
59
—
—
36
—
41
—
—
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
36,6
68,4
40,7
61,6
32,0
126
113
129
95
129
45
85
52
82
37
6
1
—
8
—
27
8
—
16
—
17
6
—
27
—
26
22
—
39
—
76
93
—
65
—
46
69
—
44
—
46
—
—
61
—
54
—
—
39
—
48,4
57,8
35,9
103
94
140
72
79
40
—
18
—
—
23
—
—
21
—
—
35
—
—
61
—
—
42
—
73
55
—
27
45
—
43,7
61,0
115
95
58
81
5
18
14
23
13
20
33
33
82
62
54
44
77
56
23
44
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
222
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
24 Desigualdade
entre os sexos
na actividade
económica
Ordem segundo IDH
Taxa
(%)
1999
Trabalhadores contribuindo para a família
Emprego por actividade económica
(%)
Taxa de actividade económica feminina
(15 anos e mais)
Femininos Masculinos
Agricultura
Indústria
Serviços
Índice
Em % da
(em % do (em % do
(1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino
total)
total)
1999
1999
1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
38,9
43,0
58,9
27,1
59,1
120
116
96
122
96
47
54
82
31
81
13
3
—
5
—
30
29
—
38
—
19
11
—
10
—
24
21
—
20
—
68
86
—
84
—
46
49
—
40
—
47
27
—
—
42
53
73
—
—
58
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
47,8
57,2
51,0
24,7
50,2
111
96
92
116
109
60
86
76
32
71
14
—
43
—
6
19
—
35
—
10
30
—
24
—
41
36
—
36
—
53
56
—
33
—
51
45
—
29
—
32
—
—
76
—
—
—
—
24
—
—
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
42,6
47,7
37,7
35,5
29,1
123
134
122
128
132
53
60
48
48
38
2
(,)
13
2
—
19
1
15
8
—
14
21
43
6
—
28
32
39
33
—
84
76
45
90
—
53
66
46
53
—
—
67
54
—
—
—
33
46
—
—
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
72,9
35,4
20,7
43,9
49,4
97
155
166
110
107
84
44
26
52
61
51
—
—
22
28
49
—
—
28
48
17
—
—
9
13
22
—
—
26
19
32
—
—
68
59
28
—
—
45
33
66
—
—
—
—
34
—
—
—
—
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
18,6
62,1
34,0
55,3
60,6
175
100
124
94
99
24
86
43
79
81
—
—
5
—
—
—
—
10
—
—
—
—
12
—
—
—
—
27
—
—
—
—
83
—
—
—
—
63
—
—
—
—
68
64
—
—
—
32
36
—
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
55,7
65,9
69,3
54,3
36,6
95
104
103
97
110
77
79
86
74
43
—
—
11
—
1
—
—
31
—
6
—
—
12
—
13
—
—
27
—
37
—
—
77
—
87
—
—
42
—
57
—
—
66
—
—
—
—
34
—
—
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
42,2
49,3
62,0
32,3
59,6
118
111
101
128
105
55
60
81
38
73
40
65
—
2
—
33
30
—
10
—
24
13
—
16
—
22
29
—
26
—
34
21
—
83
—
41
40
—
64
—
56
—
—
63
—
44
—
—
37
—
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
39,9
73,0
25,8
36,8
28,3
124
102
160
112
136
47
86
33
46
36
—
—
—
20
—
—
—
—
22
—
—
—
—
40
—
—
—
—
32
—
—
—
—
38
—
—
—
—
44
—
23
—
—
—
—
77
—
—
—
—
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
45,8
60,7
41,3
46,3
45,5
115
102
126
104
132
52
83
49
59
54
—
48
—
—
7
—
48
—
—
38
—
7
—
—
21
—
12
—
—
25
—
38
—
—
72
—
31
—
—
37
—
—
—
—
33
—
—
—
—
67
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
—
28,2
60,0
62,0
28,6
—
121
94
102
153
—
36
83
84
38
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
223
24 Desigualdade
entre os sexos
na actividade
económica
Ordem segundo IDH
Taxa
(%)
1999
Trabalhadores contribuindo para a família
Emprego por actividade económica
(%)
Taxa de actividade económica feminina
(15 anos e mais)
Femininos Masculinos
Agricultura
Indústria
Serviços
Índice
Em % da
(em % do (em % do
(1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino
total)
total)
1999
1999
1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
73,5
55,0
57,1
47,8
34,5
100
115
101
112
118
90
67
78
57
44
71
42
—
2
42
70
41
—
2
32
9
16
—
16
9
12
21
—
40
25
20
42
—
82
48
18
39
—
58
43
—
—
—
67
35
—
—
—
33
65
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
46,9
39,8
35,3
62,8
45,6
125
122
128
98
99
55
46
41
75
51
—
7
—
—
—
—
53
—
—
—
—
27
—
—
—
—
19
—
—
—
—
66
—
—
—
—
28
—
—
—
—
40
—
—
—
—
60
—
—
—
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
54,0
41,2
42,1
64,5
42,0
101
109
106
95
98
67
52
52
77
50
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
73,2
66,6
65,8
80,6
47,3
101
100
98
98
100
87
78
75
98
56
—
38
—
—
—
—
22
—
—
—
—
10
—
—
—
—
32
—
—
—
—
52
—
—
—
—
46
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
81,5
67,0
74,6
62,4
49,3
58,5
99
98
100
96
103
101
96
78
84
73
58
71
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
35,0
53,5
56,9
58,0
126
100
101
100
41
62
67
65
67
—
—
—
44
—
—
—
11
—
—
—
20
—
—
—
22
—
—
—
36
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
74,6
65,8
30,1
56,7
69,1
100
99
108
95
98
84
76
36
69
78
—
78
—
—
—
—
54
—
—
—
—
8
—
—
—
—
11
—
—
—
—
11
—
—
—
—
34
—
—
—
—
74
—
—
—
—
26
—
—
—
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
48,1
—
34,3
63,2
81,9
100
—
112
94
98
56
—
40
74
93
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
80,0
60,9
65,3
43,9
61,3
98
97
98
100
100
88
72
76
51
72
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
72,9
73,8
74,7
69,6
77,5
98
98
98
100
97
82
90
87
78
89
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
10
—
—
—
—
90
—
—
224
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
24 Desigualdade
entre os sexos
na actividade
económica
Ordem segundo IDH
Taxa
(%)
1999
Trabalhadores contribuindo para a família
Emprego por actividade económica
(%)
Taxa de actividade económica feminina
(15 anos e mais)
Femininos Masculinos
Agricultura
Indústria
Serviços
Índice
Em % da
(em % do (em % do
(1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino
total)
total)
1999
1999
1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
78,2
83,1
71,7
68,0
67,1
98
99
98
94
102
90
89
80
79
76
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
56,9
82,9
57,4
76,1
82,6
100
98
98
96
99
63
92
67
92
89
—
—
88
—
—
—
—
89
—
—
—
—
2
—
—
—
—
2
—
—
—
—
11
—
—
—
—
9
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
69,4
44,4
98
104
75
53
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
161 Níger
162 Serra Leoa
Nota: Devido às muitas limitações nos dados, as comparações de estatísticas do trabalho, no tempo e entre países, devem ser feitas com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver ILO
(1996, 1999 e 2001c). As parcelas percentuais do emprego por actividade económica podem não somar 100, devido aos arredondamentos ou à omissão de actividades não classificadas.
a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
Fonte: Colunas 1-3: calculado com base nos dados da população economicamente activa e da população total, de ILO (1996); colunas 4-9: ILO 2001a; colunas 10 e 11: calculado com base nos dados das
contribuições dos trabalhadores da família, de ILO (2001c).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
225
25 Participação
política das
mulheres
. . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS
Ano em que as mulheres
receberam o direito a
Ano da
primeira mulher
eleita (E) ou
nomeada (N) para
o parlamento
Mulheres no
governo ao
nível ministerial
(em % do total) b
1999
Lugares no parlamento
ocupados por mulheres
(em % do total) c
Câmara
baixa
ou
única
Câmara
alta
ou senado
de votar
de candidatar
às eleições
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
1907, 1913
1902, 1962
1917, 1950
1861, 1921
1919, 1948
1907, 1913
1902, 1962
1920, 1960
1907, 1921
1921, 1948
1911 N
1943 E
1921 E
1921 E
1921 N
42,1
19,5
24,3
55,0
18,5
36,4
23,0
20,6
42,7
23,3
–
30,3
32,4
–
28,2
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
1920, 1960
1915
1919
1945, 1947
1906
1788 d
1915
1917
1945, 1947
1906
1917 E
1922 E
1918 E
1946 E
1907 E
31,8
33,3
31,0
5,7
44,4
14,0
34,9
36,0
7,3
36,5
13,0
–
26,7
17,8
–
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
1971
1919
1944
1918, 1928
1915
1971
1919
1944
1918, 1928
1915
1971 E
1919 E
1945 E
1918 E
1918 E
28,6
28,6
37,9
33,3
45,0
23,0
16,7
10,9
18,4
37,4
19,6
–
5,9
15,6
–
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
1918
1918
1918, 1928
1893
1945
1918
1918
1918, 1928
1919
1945
1919 E
1919 E
1918 E
1933 E
1946 E
31,3
35,7
18,8
44,0
17,6
26,8
30,9
12,0
30,8
11,1
20,3
24,6
18,3
–
8,0
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
1931
1948
1927, 1952
–
1960
1931
1948
1927, 1952
–
1960
1931 E
1949 E
1952 E
–
1963 E
17,6
6,1
7,1
–
—
28,3
12,5
8,7
–
7,1
24,3
–
–
–
–
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
1947
1948
1931, 1976
1945
1947
1947
1948
1931, 1976
1945
1947
1963 E
1948 E
1934 E
1992 E e
1966 E
5,7
6,5
9,7
15,0
5,3
6,5
5,9
18,7
12,2
9,2
–
–
–
–
–
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
1966 N
–f
1992 E e
1951 E
1992 E e
14,3
0,0
—
7,3
19,0
10,7
–
15,0
26,5
14,0
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
Ordem segundo IDH
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
1950
–f
1920
1947
1920
1950
–f
1920
1947
1920
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
1918
1932
1918
1931, 1949
1973 g
1918
1932
1918
1931, 1949
1973 g
1920 E
1942 E
1919 E
1951 E
–g
35,9
—
18,7
25,6
—
8,3
12,1
13,0
10,8
—
–
9,7
11,0
4,2
—
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
1949
1961, 1964
–f
1918
–f
1949
1961, 1964
–f
1918
–f
1953 E
1977 N
–f
1919 E
–f
28,6
16,7
0,0
14,3
—
19,3
15,0
0,0
17,8
0,0
–
31,3
–
–
–
1945
1921
–f
1945
1921
–f
1992 E e
1920 N
–f
16,2
18,9
0,0
20,5
10,6
–
6,2
–
–
1946
1918
1946
1918
1962 E + N
–
8,7
6,7
11,1
17,0
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
f
f
33,3
–
12,3
2,8
–
f
f
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
226
32,3
–
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
25 Participação
política das
mulheres
Ano em que as mulheres
receberam o direito a
Ordem segundo IDH
de votar
de candidatar
às eleições
Ano da
primeira mulher
eleita (E) ou
nomeada (N) para
o parlamento
Mulheres no
governo ao
nível ministerial
(em % do total) b
1999
Lugares no parlamento
ocupados por mulheres
(em % do total) c
Câmara
baixa
ou
única
Câmara
alta
ou senado
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
1947
1941, 1946
1919
1954
1918
1953
1941, 1946
1919
1954
1918
1952 N
1946 E
1990 E e
1984 E + N
1993 E e
11,1
20,0
25,7
11,1
—
16,0
9,9
10,3
6,9
7,6
15,6
–
31,1
37,5
0,6
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
1957
1944
1929, 1946
1964
1946
1957
1944
1929, 1946
1964
1946
1959 E
1945 E
1946 E
—
1990 E e
—
18,8
20,0
12,5
10,9
10,4
10,8
10,7
—
6,7
26,1
–
5,7
–
–
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
1946
1954
1956
1948
1952
1946
1954
1956
1948
1952
1948 E
1954 N
1976 E
1975 E
1991 N
0,0
47,4
9,1
—
0,0
9,7
11,8
5,7
17,6
2,3
–
12,7
–
–
–
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
1932
1963
–f
1934
1937
1932
1963
–f
1934
1937
1948 N
1970 N
–f
1933 E
1941 E
5,7
20,7
—
0,0
—
—
—
–
5,7
11,3
10,5
—
–
7,4
17,4
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
–f
1921
1955
1919
1924, 1993
–f
1921
1955
1919
1924, 1993
–f
1990 E e
1956 E
1990 E e
1990 E e
—
—
16,2
—
17,5
–
3,1
20,0
7,8
10,4
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
1918, 1921
1932
1944
1921
1961
1918, 1921
1932
1944
1921
1961
1992 E e
1979 E
1944 E
1990 E e
1963 E
9,7
—
12,5
2,6
—
7,2
6,0
13,3
10,5
2,5
–
–
23,8
–
17,8
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
1931
1930
1927
1929, 1967
1920
1931
1934
1927
1929, 1967
1920
1947 E
1935 N
1990 E e
1956 E
1945 E
—
0,0
—
20,0
15,0
4,0
4,2
26,0
14,6
5,2
–
–
–
–
–
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
1942
1949
1974
1957, 1959
1963
1942
1949
1974
1957, 1959
1963
1942 E
1954 E
1989 N
1959 E
1963 E + N
—
5,1
0,0
10,0
9,4
16,1
21,8
0,0
11,5
3,4
6,7
–
7,5
–
–
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
1975
1918
1953
1930, 1994
1939
1975
1918
1945
1930, 1994
1961
1975 E
1990 E e
1968 E
1933 E
1961 E
35,0
—
—
38,1
15,4
11,1
10,0
18,5
29,8
9,5
–
2,2
–
31,5
–
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
1990
1949, 1953
1978, 1993
1938
1962
1990
1953
1978, 1993
1938
1962
1976 N
1973 E
1990 E
1990 E e
1962 N
7,7
11,1
—
4,4
0,0
—
10,4
8,9
7,2
3,4
–
–
–
–
5,6
96
97
98
99
100
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
f
f
–
–
–
–
12,8
f
f
h
227
25 Participação
política das
mulheres
Ano em que as mulheres
receberam o direito a
Ordem segundo IDH
de votar
de candidatar
às eleições
1946
1945
1924
1938, 1952
1956
1946
1945
1924
1938, 1952
1956
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
106
107
108
109
110
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
1955
1955
1946
1956
1963
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
Ano da
primeira mulher
eleita (E) ou
nomeada (N) para
o parlamento
Mulheres no
governo ao
nível ministerial
(em % do total) b
1999
Lugares no parlamento
ocupados por mulheres
(em % do total) c
Câmara
baixa
ou
única
Câmara
alta
ou senado
1976 E
1950 N
1990 E e
1966 E
1957 E
—
5,9
—
—
6,1
26,0
8,0
12,7
11,5
2,4
–
–
11,8
3,7
–
1955
1955
1946
1956
1963
1972 E
1957 i
1956 E
1961 E
1968 E
23,1
33,3
7,1
12,1
—
9,7
9,4
8,8
9,2
5,0
–
–
–
13,2
–
1989
1963
1968
1965
1950
1989
1963
1968
1965
1950
1989 E
1993 E
1972 E + N
1979 E
1952 E
16,3
4,9
12,5
26,7
10,1
25,0
0,6
3,1
17,0
8,8
7,7
0,7
13,3
–
—
1924
1957
1935
1954
1965
1924
1978
1946
1954
1965
1951 E
1980 E + N
1947 E
1960 A i
1965 N
10,0
36,0
—
8,6
—
10,5
9,3
—
9,0
3,8
–
–
—
–
27,3
1955
1964
1919, 1963
1956
1946
1963
1955
1963
1919, 1963
1956
1946
1963
1958 E
1977 E
1969 E + N
1993 E
1960 E
1963 E
7,1
0,0
1,4
—
5,8
—
7,4
1,8
3,6
—
5,6
12,0
13,1
–
–
—
–
–
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
1947
1945
1951
1953
1947
1945
1951
1953
1973 E
1961 E
1952 N
1975 E
—
7,4
14,8
—
—
4,9
5,9
9,3
—
–
15,0
–
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
1958
1972
1967 j
1950
1959
1958
1972
1967 j
1950
1959
1958 E
1973 E
1990 E i
1961 E
1965 E
10,2
9,5
—
18,2
12,5
21,2
9,1
0,7
—
8,0
–
–
–
—
–
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
1958
1946
1964
1961
1959
1958
1986
1964
1961
1959
—
–k
1964 E
1975 E
—
22,6
5,0
5,1
13,6
—
3,4
0,0
9,7
3,8
22,2
2,8
–
–
1,8
–
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
1962
1967
1962
1952
1945
1962
1970
1962
1952
1945
1962 N
1970 E
1964 E + N
1965 E
1963 E
27,1
—
6,2
9,1
15,6
17,8
—
10,1
8,5
12,1
–
—
–
–
18,3
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
1975
1956
1955
1960
1958
1975
1956
1955
1960
1958
1980 E
1979 E
1994 E
1982 E
1963 E
14,7
10,5
11,8
30,8
11,1
15,5
6,0
14,7
2,0
8,8
–
–
–
–
–
228
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
25 Participação
política das
mulheres
Ano em que as mulheres
receberam o direito a
Ordem segundo IDH
de votar
de candidatar
às eleições
Ano da
primeira mulher
eleita (E) ou
nomeada (N) para
o parlamento
Mulheres no
governo ao
nível ministerial
(em % do total) b
1999
Lugares no parlamento
ocupados por mulheres
(em % do total) c
Câmara
baixa
ou
única
Câmara
alta
ou senado
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
1961
1961
1956
1986
1958
1961
1961
1956
1986
1958
1964 E
1965 i
1964 E
1987 E
1962 E
11,8
13,0
33,3
—
—
9,3
25,7
12,2
7,3
2,4
–
–
–
–
–
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
1977
1975
1955
1958
1961
1977
1975
1955
1958
1961
1972 N
1977 E
1957 E
1978 E
1982 E
8,3
—
22,2
8,6
4,5
7,8
30,0
7,7
8,1
14,4
–
–
8,3
13,0
–
1948
1961
1948
1961
1989 E
—
10,0
8,1
1,2
8,8
–
–
161 Níger
162 Serra Leoa
a. Os dados referem-se ao ano em que foi reconhecido o direito de votar ou de candidatar às eleições, numa base universal e igual. Onde são apresentados dois anos, o primeiro refere-se ao primeiro
reconhecimento parcial do direito de votar ou de candidatar às eleições.
b. Os dados foram fornecidos pelos Estados, com base na sua definição do poder executivo nacional e podem, portanto, incluir mulheres exercendo cargos de ministras ou vice-ministras, ou desempenhando
outras funções governamentais, incluindo secretarias parlamentares.
c. Os dados são de 8 de Março de 2001.
d. Não há informação disponível sobre o ano em que as mulheres receberam o direito de candidatar às eleições. Contudo, a Constituição não menciona a condição sexual em relação a este direito.
e. Refere-se ao ano em que foram eleitas mulheres para o actual sistema parlamentar.
f. O direito das mulheres de votar e candidatar às eleições não foi reconhecido. Brunei, Omã, Catar e Arábia Saudita nunca tiveram parlamentos.
g. De acordo com a Constituição em vigor (1973), todos os cidadãos são iguais perante a lei; contudo, as mulheres não puderam exercer os direitos eleitorais nas únicas eleições legislativas realizadas no
Barém, em 1973. A primeira Assembleia do Barém foi dissolvida por decreto do Emir, em 26 de Agosto de 1975. No entanto, as mulheres tiveram autorização para votar no referendo de 14-15 de Fevereiro
de 2001, que aprovou a Carta de Acção Nacional.
h. Calculado com base nos 54 lugares permanentes (ou seja, excluindo os 36 delegados especiais rotativos designados numa base ad hoc).
i. Não existem informações ou confirmações disponíveis.
j. Refere-se à antiga República Popular Democrática do Iémen.
k. O país ainda não elegeu ou nomeou uma mulher para o parlamento nacional.
Fonte: colunas 1-3: IPU 1995 e 2001b; coluna 4: IPU 2001a; colunas 5 e 6: calculado com base nos dados sobre lugares parlamentares, de IPU (2001c).
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
229
26 Estatuto dos
principais
instrumentos
internacionais de
direitos humanos
INSTRUMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS E DO TRABALHO
Convenção
Contra
a Tortura e
Outras Punições
ou Tratamentos
Cruéis,
Desumanos
ou Degradantes
1984
Convenção
Internacional
para a
Eliminação
de Todas as Formas
de Discriminação
Racial
1965
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Civis
e Políticos
1966
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Económicos,
Sociais
e Culturais
1966
Convenção para
a Eliminação
de Todas as
Formas de
Discriminação
Contra
as Mulheres
1979
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
11
12
13
14
15
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
–
–
–
–
–
–
●
●
●
●
●
●
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
●
●
●
Ordem segundo IDH
Convenção
sobre os
Direitos
da Criança
1989
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
230
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
26 Estatuto dos
principais
instrumentos
internacionais de
direitos humanos
Ordem segundo IDH
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
96
97
98
99
100
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
Convenção
Contra
a Tortura e
Outras Punições
ou Tratamentos
Cruéis,
Desumanos
ou Degradantes
1984
Convenção
Internacional
para a
Eliminação
de Todas as Formas
de Discriminação
Racial
1965
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Civis
e Políticos
1966
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Económicos,
Sociais
e Culturais
1966
Convenção para
a Eliminação
de Todas as
Formas de
Discriminação
Contra
as Mulheres
1979
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Convenção
sobre os
Direitos
da Criança
1989
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
●
●
231
26 Estatuto dos
principais
instrumentos
internacionais de
direitos humanos
Ordem segundo IDH
Convenção
Internacional
para a
Eliminação
de Todas as Formas
de Discriminação
Racial
1965
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Civis
e Políticos
1966
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Económicos,
Sociais
e Culturais
1966
Convenção para
a Eliminação
de Todas as
Formas de
Discriminação
Contra
as Mulheres
1979
●
●
●
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
●
106
107
108
109
110
●
Convenção
Contra
a Tortura e
Outras Punições
ou Tratamentos
Cruéis,
Desumanos
ou Degradantes
1984
Convenção
sobre os
Direitos
da Criança
1989
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
●
●
●
●
●
●
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
232
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
26 Estatuto dos
principais
instrumentos
internacionais de
direitos humanos
Ordem segundo IDH
Convenção
Internacional
para a
Eliminação
de Todas as Formas
de Discriminação
Racial
1965
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Civis
e Políticos
1966
Convénio
Internacional
sobre os Direitos
Económicos,
Sociais
e Culturais
1966
Convenção para
a Eliminação
de Todas as
Formas de
Discriminação
Contra
as Mulheres
1979
Convenção
Contra
a Tortura e
Outras Punições
ou Tratamentos
Cruéis,
Desumanos
ou Degradantes
1984
Convenção
sobre os
Direitos
da Criança
1989
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Afeganistão
Andorra
Antígua e Barbuda
Bósnia
Ilhas Cook
●
●
●
●
●
Cuba
Dominica
Granada
Santa Sé
Iraque
Quiribáti
●
161 Níger
162 Serra Leoa
●
●
●
●
●
●
Outros a
Coreia do Norte
Libéria
Liechtenstein
Ilhas Marshall
Micronésia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
São Marino
São Tomé e Príncipe
Seychelles
●
Total de Estados participantes b
Assinaturas não seguidas ainda de ratificação
●
●
Mónaco
Nauru
Niué
Palau
São Cristóvão e Nevis
Ilhas Salomão
Somália
Tonga
Tuvalu
Vanuatu
Jugoslávia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
157
9
147
6
144
7
167
3
123
11
191
1
Ratificação, adesão ou sucessão.
Assinatura não seguida ainda de ratificação.
Nota: a informação é de 30 de Março de 2001.
a. Estes são os países ou áreas, acrescentados aos 162 incluídos nos principais quadros de indicadores, que assinaram ou ratificaram pelo menos um dos seis instrumentos de direitos humanos.
b. Refere-se à ratificação, adesão ou sucessão.
●
●
Fonte: Colunas 1-6: UN 2001b.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
233
27 Estatuto das
convenções
sobre direitos
fundamentais
do trabalho
INSTRUMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS E DO TRABALHO
Liberdade de associação
e negociação colectiva
Ordem segundo IDH
Convenção
87 a
Convenção
98 b
Eliminação de trabalho forçado
e compulsório
Convenção
29 c
Eliminação da
discriminação em relação
ao emprego
e ocupação
Abolição do trabalho infantil
Convenção
105 d
Convenção
100 e
Convenção
111 f
Convenção
138 g
Convenção
182 h
●
●
Desenvolvimento humano elevado
1
2
3
4
5
Noruega
Austrália
Canadá
Suécia
Bélgica
6
7
8
9
10
Estados Unidos
Islândia
Holanda
Japão
Finlândia
11
12
13
14
15
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Suíça
Luxemburgo
França
Reino Unido
Dinamarca
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
16
17
18
19
20
Áustria
Alemanha
Irlanda
Nova Zelândia
Itália
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
21
22
23
24
25
Espanha
Israel
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Chipre
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
–
–
–
–
–
–
–
–
●
●
●
●
●
●
●
●
26
27
28
29
30
Singapura
Coreia do Sul
Portugal
Eslovénia
Malta
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
31
32
33
34
35
Barbados
Brunei
República Checa
Argentina
Eslováquia
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
36
37
38
39
40
Hungria
Uruguai
Polónia
Chile
Barém
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
41
42
43
44
45
Costa Rica
Baamas
Kuwait
Estónia
Emiratos Árabes Unidos
●
46 Croácia
47 Lituânia
48 Catar
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Desenvolvimento humano médio
49 Trindade e Tobago
50 Letónia
234
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
27 Estatuto das
convenções
sobre direitos
fundamentais
do trabalho
Liberdade de associação
e negociação colectiva
Ordem segundo IDH
Convenção
87 a
Convenção
98 b
Eliminação de trabalho forçado
e compulsório
Eliminação da
discriminação em relação
ao emprego
e ocupação
Convenção
29 c
Convenção
105 d
Convenção
100 e
Convenção
111 f
Abolição do trabalho infantil
Convenção
138 g
51
52
53
54
55
México
Panamá
Bielorrússia
Belize
Federação Russa
56
57
58
59
60
Malásia
Bulgária
Roménia
Líbia
Macedónia
61
62
63
64
65
Venezuela
Colômbia
Maurícias
Suriname
Líbano
66
67
68
69
70
Tailândia
Fidji
Arábia Saudita
Brasil
Filipinas
71
72
73
74
75
Omã
Arménia
Peru
Ucrânia
Cazaquistão
76
77
78
79
80
Geórgia
Maldivas
Jamaica
Azerbaijão
Paraguai
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
81
82
83
84
85
Sri Lanka
Turquia
Turquemenistão
Equador
Albânia
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86
87
88
89
90
República Dominicana
China
Jordânia
Tunísia
Irão
●
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●
91
92
93
94
95
Cabo Verde
Quirguistão
Guiana
África do Sul
El Salvador
●
●
96
97
98
99
100
Samoa (Ocidental)
Síria
Moldávia
Usbequistão
Argélia
●
Convenção
182 h
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INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
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235
27 Estatuto das
convenções
sobre direitos
fundamentais
do trabalho
Liberdade de associação
e negociação colectiva
Ordem segundo IDH
101
102
103
104
105
Vietname
Indonésia
Tajiquistão
Bolívia
Egipto
106
107
108
109
110
Convenção
87 a
Convenção
98 b
Eliminação de trabalho forçado
e compulsório
Convenção
29 c
Convenção
105 d
Eliminação da
discriminação em relação
ao emprego
e ocupação
Convenção
100 e
Convenção
111 f
Abolição do trabalho infantil
Convenção
138 g
●
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Nicarágua
Honduras
Guatemala
Gabão
Guiné Equatorial
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111
112
113
114
115
Namíbia
Marrocos
Suazilândia
Botswana
Índia
●
●
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●
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●
116
117
118
119
120
Mongólia
Zimbabwe
Mianmar
Gana
Lesoto
●
●
●
●
●
●
●
121
122
123
124
125
126
Camboja
Papua-Nova Guiné
Quénia
Comores
Camarões
Congo
●
●
●
●
Convenção
182 h
●
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Desenvolvimento humano baixo
127
128
129
130
Paquistão
Togo
Nepal
Butão
131
132
133
134
135
Laos
Bangladeche
Iémen
Haiti
Madagáscar
136
137
138
139
140
Nigéria
Djibuti
Sudão
Mauritânia
Tânzania
141
142
143
144
145
Uganda
Congo, Rep. Dem.
Zâmbia
Costa do Marfim
Senegal
146
147
148
149
150
Angola
Benim
Eritreia
Gâmbia
Guiné
236
●
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RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
27 Estatuto das
convenções
sobre direitos
fundamentais
do trabalho
Liberdade de associação
e negociação colectiva
Ordem segundo IDH
151
152
153
154
155
Malawi
Ruanda
Mali
Rep. Centro-Africana
Chade
156
157
158
159
160
Guiné-Bissau
Moçambique
Etiópia
Burkina Faso
Burundi
161 Níger
162 Serra Leoa
Eliminação de trabalho forçado
e compulsório
Convenção
87 a
Convenção
98 b
Convenção
29 c
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Convenção
105 d
Eliminação da
discriminação em relação
ao emprego
e ocupação
Convenção
100 e
Convenção
111 f
Abolição do trabalho infantil
Convenção
138 g
Convenção
182 h
●
●
●
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Outros i
Afeganistão
Antígua e Barbuda
Bósnia
Cuba
Dominica
Granada
Iraque
Libéria
São Cristóvão e Nevis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
São Marino
São Tomé e Príncipe
Seychelles
Ilhas Salomão
Somália
Ratificações totais
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
102
60
●
132
146
●
●
154
150
●
148
144
Convenção ratificada.
Ratificação denunciada.
Nota: a informação é de 1 de Fevereiro de 2001.
a. Convenção sobre a Liberdade Sindical e a Protecção do Direito Sindical (1948).
b. Convenção sobre o Direito de Organização e de Negociação Colectiva (1949).
c. Convenção sobre o Trabalho Forçado (1930).
d. Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado (1957).
e. Convenção sobre Igualdade de Remuneração (1951).
f. Convenção sobre a Discriminação no Emprego e na Profissão (1958).
g. Convenção sobre a Idade Mínima (1973).
h. Convenção sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil (1999).
i. Estes são os países ou áreas, acrescentados aos 162 incluídos nos principais quadros de indicadores, que ratificaram pelo menos uma das oito convenções sobre direitos fundamentais do trabalho.
●
●
Fonte: colunas 1-8: ILO 2001b.
INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
237
28 indicadores
básicos para
outros países
membros da
ONU
Taxa de
escolarização
Taxa de
bruta
Taxa de Adultos alfabeti- combinada
Pessoas População
Taxa de
Taxa de mortalidade vivendo zação de do primário,
subalicom
fertilidade Esperança mortali- de menores com
adultos secundário
mentadas fontes
População total
de vida dade infantil de cinco HIV/SIDA (% 15
e
PIB per (em % da de água
total
(por
à nascença (por 1.000 (por 1.000 (% 15-49
anos
superior
capita população melhoradas
(milhares) mulher)
(anos) nados-vivos) nados-vivos) anos)
e mais)
(%)
(dólares PPC) total)
(%)
1999
1995-2000 a 1995-2000 a
1999
1999
1999 b
1999
1999
1999
1996-98 c
1999
Afeganistão
Andorra
Antígua e Barbuda
Bósnia
Cuba
21.202
82
65
3.846
11.158
6,9
—
—
1,4
1,6
42,5
—
—
73,3
75,7
165
6
17
15
6
257
7
20
18
8
<0,01 d
—
—
0,04 d
0,03
36
—
—
—
97
30
—
—
—
76
—
—
10.225
—
—
70
—
—
10
19
13
100
91
—
95
Dominica
Granada
Iraque
Quiribáti
Coreia do Norte
71
93
22.335
82
22.110
—
—
5,3
—
2,1
—
—
58,7
—
63,1
16
22
104
53
23
18
27
128
72
30
—
—
<0,01 d
—
<0,01 d
—
—
55
—
—
—
—
49
—
—
5.425
6.817
—
—
—
—
—
17
—
57
97
94
85
47
100
2.709
32
50
120
33
6,8
—
—
4,3
—
48,1
—
—
71,8
—
157
10
63
20
5
235
11
92
24
5
2,80
—
—
—
—
53
—
—
—
—
16
—
—
—
—
—
—
—
—
—
46
—
—
—
—
—
—
—
—
100
12
19
39
146
113
—
—
—
2,7
—
—
—
—
73,0
—
25
28
24
17
21
30
34
29
19
25
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
11.596
5.509
5.309
—
—
—
—
—
—
79
98
98
93
26
135
79
432
8.418
—
—
—
5,6
7,3
—
—
—
67,4
46,9
6
59
13
22
125
6
76
17
26
211
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
7
—
1.977 e
9.974 e
1.975
—
—
—
—
—
75
—
—
—
71
—
99
10
192
10.567
—
—
4,6
1,8
—
—
67,2
72,2
18
40
37
20
22
56
46
23
—
—
—
0,10 d
—
—
—
—
—
—
—
—
—
—
3.108
—
—
—
—
3
100
100
88
—
Libéria
Liechtenstein
Ilhas Marshall
Micronésia
Mónaco
Nauru
Palau
São Cristóvão e Nevis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
São Marino
São Tomé e Príncipe
Seychelles
Ilhas Salomão
Somália
Tonga
Tuvalu
Vanuatu
Jugoslávia
Nota: O quadro apresenta dados para países membros da ONU não incluídos nos principais quadros de indicadores.
a. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado.
b. Os dados referem-se ao final de 1999.
c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
d. Os dados referem-se a estimativas produzidas com base na taxa de prevalência de 1994, publicada pelo Programa Mundial de SIDA da Organização Mundial da Saúde (WHO 1995).
e. Aten, Heston e Summers 2001. Os dados referem-se a um ano diferente do indicado.
Fonte: Colunas 1-3: UN 2001d; colunas 4, 5 e 11: UNICEF 2000; coluna 6: UNAIDS 2000; coluna 7: UNESCO 2000a; coluna 8: UNESCO 2001b.
238
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
NOTA TÉCNICA 1
CÁLCULO DOS ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O diagrama apresentado oferece uma visão clara do modo como são construídos os cinco índices
de desenvolvimento humano utilizados no Relatório de Desenvolvimento Humano, realçando tanto as semelhanças
como as diferenças. O texto das páginas seguintes fornece uma explicação pormenorizada.
Uma vida longa
e saudável
IDH
DIMENSÃO
Um nível de vida
digno
Conhecimento
Taxa de alfabetização Taxa de escolarização bruta
de adultos
(TEB)
Índice de alfabetização
Índice TEB
de adultos
INDICADOR
Esperança de vida
à nascença
ÍNDICE DE
DIMENSÃO
Índice da esperança de vida
PIB per capita
(dólares PPC)
Índice do PIB
Índice da educação
Índice de desenvolvimento humano (IDH)
IPH-1
Uma vida longa
e saudável
DIMENSÃO
Conhecimento
Um nível de vida digno
INDICADOR Probabilidade à nascença Taxa de analfabetismo
de não ultrapassar
de adultos
os 40 anos
Percentagem da população Percentagem de crianças
sem fontes de água
menores de cinco com
melhoradas
peso deficiente
Privação de um
nível de vida digno
Índice de pobreza humana
para os países em desenvolvimento (IPH-1)
IPH-2
DIMENSÃO
INDICADOR
Uma vida longa
e saudável
Conhecimento
Um nível de vida
digno
Exclusão
social
Probabilidade à nascença
de não ultrapassar
os 60 anos
Percentagem de adultos
que são analfabetos
funcionais
Percentagem de pessoas
que vivem abaixo
da linha de pobreza
Taxa de desemprego
de longo prazo
Índice de pobreza humana
para países seleccionados da OCDE (IPH-2)
IDG
Uma vida longa
e saudável
DIMENSÃO
Esperança Esperança
de vida
de vida
à nascença à nascença
feminina masculina
INDICADOR
Taxa de
Taxa de
alfabetização TEB alfabetização TEB
de adultos feminina de adultos masculina
masculina
feminina
Índice
Índice da
Índice da
ÍNDICE DE esperança de vida esperança de vida da educação
DIMENSÃO
feminina
feminina
masculina
Índice da
esperança de vida
distribuído igualmente
ÍNDICE
DISTRIBUÍDO
IGUALMENTE
Um nível de vida
digno
Conhecimento
Índice
da educação
masculina
Rendimento Rendimento
auferido
auferido
estimado
estimado
feminino masculino
Índice do
Índice do
rendimento rendimento
feminino masculino
Índice do rendimento
distribuído igualmente
Índice
da educação
distribuído igualmente
Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG)
MPG
DIMENSÃO
Participação e tomada
de decisão políticas
INDICADOR
Parcelas feminina e masculina
dos lugares parlamentares
PERCENTAGEM
EQUIVALENTE
DISTRIBUÍDA
IGUALMENTE
PEDI da
representação
parlamentar
Participação e tomada
de decisão económicas
Poder sobre os
recursos económicos
Parcelas feminina
Parcelas feminina
e masculina
e masculina das funções
das funções de legislador,
especializadas
funcionário superior e gestor
e técnicas
Rendimento auferido
estimado
feminino e masculino
PEDI da
participação
económica
PEDI
do rendimento
Medida de participação segundo o género (MPG)
TECHNICAL NOTES
239
O índice de desenvolvimento humano (IDH)
O IDH é uma medida resumo do desenvolvimento
humano. Mede a realização média de um país em
três dimensões básicas do desenvolvimento
humano:
• Uma vida longa e saudável, medida pela
esperança de vida à nascença.
• Conhecimento, medido pela taxa de alfabetização de adultos (com ponderação de dois
terços) e pela taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior (com
ponderação de um terço).
• Um nível de vida digno, medido pelo PIB per
capita (dólares PPC).
Antes de calcular o próprio IDH, é necessário
criar um índice para cada uma destas três
dimensões. Para o cálculo destes indicadores de
dimensão – índices de esperança de vida,
educação e PIB – são escolhidos valores mínimos
e máximos (balizas) para cada indicador primário.
Baliza
de valor
máximo
1.00
Cálculo do IDH
Esta ilustração do cálculo do IDH utiliza dados da Arménia.
Índice da esperança de vida =
72,7 – 25
85 – 25
Índice de alfabetização de adultos =
Índice de escolarização bruta =
.400
Índice de
dimensão
O desempenho de cada dimensão é expresso
como um valor entre 0 e 1, utilizando a seguinte
fórmula geral:
valor actual – valor mínimo
valor máximo – valor mínimo
O IDH é, então, calculado como uma média
simples dos índices de dimensão. A caixa à direita
ilustra o cálculo do IDH para um país amostra.
Balizas para o cálculo do IDH
Indicador
Esperança de vida à nascença (anos)
85
Taxa de alfabetização de adultos (%) 100
Taxa de escolarização bruta
combinada (%)
100
PIB per capita (dólares PPC)
40.000
Baliza
25 anos
50
.400
.200
30
0
20
Esperança
de vida
Índice da
esperança
de vida
(anos)
1.00
100
98,3
0,922
90
80
.800
79,9
70
.600
60
50
.400
40
30
.200
20
98,3 – 0
= 0,983
100 – 0
0
0
Taxa de
Taxa de
alfabetização escolarização Índice da
de adultos
bruta
educação
79,9 – 0
= 0,799
100 – 0
(%)
(%)
Valor
mínimo
25
0
0
100
3. Cálculo do Índice do PIB
Baliza
O índice do PIB é calculado utilizando o PIB per capita 40.000 dól.
ajustado (dólares PPC). No IDH, o rendimento entra como um
10.000
substituto para todas as dimensões do desenvolvimento humano
não reflectidas numa vida longa e saudável e no conhecimento.
2,215
O rendimento é ajustado porque para alcançar um nível elevado
de desenvolvimento humano não é necessário um rendimento
1.000
ilimitado. Por isso, utiliza-se o logaritmo do rendimento. Para a
Arménia, com um PIB per capita de 2.215 dólares (PPC) em
1998, o índice do PIB é 0,517.
Baliza
100 dól.
Índice do PIB =
log (2.215) – log (100)
log (40.000) – log (100)
= 0,517
4. Cálculo do IDH
Uma vez calculados os índices de dimensão, a
determinação do IDH é muito fácil. É uma
média simples dos três índices de dimensão.
1.00
.800
.600
0,517
.400
.200
0
PIB
per capita
Índice do
PIB
(dól. PPC)
Escala log
Índices de dimensão
HDI
1.00
0,922
0,795
0.745
.800
.600
IDH = 1/3 (índice da esperança de vida) + 1/3 (índice
da educação)
+ 1/3 (índice do PIB)
= 1/3 (0,795) + 1/3 (0,922) + 1/3 (0,517) = 0,745
0,517
.400
.200
Esperança
de vida
240
.600
100.000
0
Valor
máximo
60
Índice da educação = 2/3 (índice de alfabetização de adultos) + 1/3 (índice de escolarização bruta)
= 2/3 (0,983) + 1/3 (0,799) = 0,922
.200
Índice de dimensão =
.800
0,795
40
= 0,795
2. Cálculo do índice da educação
O índice da educação mede a realização relativa de um
país tanto na alfabetização de adultos como na escolarização bruta combinada do primário, secundário e
superior. Primeiro, são calculados os índices da alfabetização de adultos e da escolarização bruta combinada.
Depois, estes dois índices são combinados para criar o
índice da educação, atribuindo uma ponderação de dois
terços à alfabetização de adultos e de um terço à
escolarização combinada. Para a Arménia, com uma
taxa de alfabetização de adultos de 98,3% e uma taxa de
escolarização bruta combinada de 79,9% em 1999, o
índice da educação é 0,922.
.600
Indicador
1.00
80
10
Valor do
índice
Baliza
de valor
mínimo
90
72,7 70
1. Cálculo do índice da esperança de vida
O índice da esperança de vida mede a realização relativa de um
país na esperança de vida à nascença. Para a Arménia, com um
valor observado de 72,7 anos em 1999, o índice da esperança de
vida é 0,795.
.800
Valor do
Indicador
Baliza
85 anos
Educação
PIB
0
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
O índice de pobreza humana para
países em desenvolvimento (IPH-1)
Enquanto o IDH mede a realização média, o IPH1 mede privações em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano captadas no IDH:
• Uma vida longa e saudável – vulnerabilidade à
morte numa idade relativamente prematura,
medida pela probabilidade à nascença de não
ultrapassar os 40 anos.
• Conhecimento – exclusão do mundo da leitura
e das comunicações, medida pela taxa de
analfabetismo de adultos.
• Um nível de vida digno – falta de acesso ao
aprovisionamento económico global, medida pela
percentagem da população que não utiliza fontes
de água melhoradas e a percentagem de crianças
menores de cinco anos com peso deficiente.
O cálculo do IPH – 1 é mais directo que o cálculo
do IDH. Os indicadores utilizados para medir as
privações já estão normalizados entre 0 e 100
(porque são expressas em percentagens), pelo que
não há necessidade de criar índices de dimensão
como no caso do IDH.
No Relatório deste ano, porque faltam dados
fidedignos sobre o acesso aos serviços de saúde
nos anos recentes, a privação de um nível de vida
digno é medida por dois e não por três
indicadores – a percentagem da população que
não utiliza fontes de água melhoradas e a
percentagem de crianças menores de cinco anos
com peso deficiente. Uma média não ponderada
do dois é utilizada como um input para o IPH-1.
O índice de pobreza humana
países seleccionados da OCDE (IPH-2)
O IPH-2 mede privações nas mesmas dimensões
que o IPH-1 e também capta a exclusão social.
Reflecte, assim, privações em quatro dimensões:
• Uma vida longa e saudável – vulnerabilidade à
morte numa idade relativamente prematura,
medida pela probabilidade à nascença de não
ultrapassar os 60 anos.
• Conhecimento – exclusão do mundo da leitura
e das comunicações, medida pela percentagem de
adultos (idades entre 16-65 anos) que são
funcionalmente analfabetos.
• Um nível de vida digno – medido pela
percentagem de pessoas que vivem abaixo da
linha de privação de rendimento (50% do
rendimento familiar disponível médio).
• Exclusão social – medida pela taxa de
desemprego de longa duração (12 meses ou mais).
Cálculo do IPH-1
1. Medida da privação de um nível de vida digno
A privação de um nível de vida digno é medida através de um média não ponderada de dois
indicadores.
Média não ponderada = 1/2 (população que não usa fontes de água melhoradas)
+ 1/2 (crianças menores de cinco anos com peso deficiente)
Exemplo de cálculo: República Dominicana
População que não usa fontes de água melhoradas = 21%
Crianças menores de cinco anos com peso deficiente = 6%
Média não ponderada = 1/2 (21) + 1/2 (6) = 13.5%
2. Cálculo do IPH-1
A fórmula para o cálculo do IPH-1 é a seguinte:
IPH-1 = [1/3 (P1 + P2 + P3 )]1/
Onde:
P1 = Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos (vezes 100)
P2 = Taxa de analfabetismo de adultos
P3 = UMédia ponderada da população que não usa fontes de água melhoradas e das crianças com peso
deficiente menores de cinco anos
=3
Exemplo de cálculo: República Dominicana
P1 = 11,9%
P2 = 16,8%
P3 = 13,5%
IPH-1 = [1/3 (11,93 + 16,83 + 13,53)]1/3= 14,4
Cálculo do IPH-2
A fórmula para o cálculo do IPH-2 é a seguinte:
IPH-2 = [1/4 (P1 + P2 + P3 + P4 )]1/
Where:
P1 = Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos (vezes 100)
P2 = Adultos que são funcionalmente analfabetos
P3 = População abaixo da linha de privação de rendimento (50% do rendimento familiar disponível médio)
P4 = Taxa de desemprego de longa duração (duração de 12 meses ou mais)
=3
Exemplo de cálculo: Austrália
P1 = 9,1%
P2 = 17,0%
P3 = 2,1%
P4 = 14,3%
IPH-2 = [1/4 (9,13 + 17,03 + 2,13 + 14,33 )]1/3= 12,9
Por que razão = 3 no cálculo de IPH-1 e IPH-2
O valor de a tem um impacte importante sobre o valor do IPH. Se = 1, o IPH é a média
das suas dimensões. Quando a cresce, dá-se grande peso à dimensão em que a privação é
maior. Assim, à medida que a cresce para infinito, o IPH tenderá para o valor da dimensão
em que a privação é máxima (para a República Dominicana, o exemplo utilizado para
calcular o IPH-1, seria de 16,8%, igual à taxa de analfabetismo de adultos).
Neste Relatório, o valor 3 é utilizado para dar um peso adicional, mas não excessivo, às áreas
de privação mais aguda. Para uma análise pormenorizada da formulação matemática dos
IPH, ver "Concepts of Human Development and Poverty: A Multidimensional Perspective",
de Sudhir Anand e Amartya Sen, e a nota técnica no Relatório de Desenvolvimento
Humano 1997 (ver a lista de leituras seleccionadas no fim desta nota técnica)..
TECHNICAL NOTES
241
O índice de desenvolvimento ajustado
ao género (IDG)
Enquanto o IDH mede a realização média, o IDG
ajusta a realização média para reflectir as
desigualdades entre homens e mulheres nas
seguintes dimensões:
• Uma vida longa e saudável, medida pela
esperança de vida à nascença.
• Conhecimento, medido pela taxa de alfabetização de adultos e a taxa de escolarização bruta
combinada do primário, secundário e superior.
• Um nível de vida digno, medido pelo rendimento auferido estimado (dólares PPC).
O cálculo do IDG envolve três passos. Primeiro,
os índices feminino e masculino de cada dimensão
são calculados, de acordo com a seguinte fórmula
geral:
Índice de dimensão =
valor actual – valor mínimo
valor máximo – valor mínimo
Segundo, os índices feminino e masculino de cada
dimensão são combinados de forma a penalizar as
diferenças de realização entre homens e mulheres.
O índice resultante, identificado por índice
distribuído igualmente, é calculado de acordo com
a seguinte fórmula geral:
Índice distribuído igualmente
= {[parcela feminina da população (índice feminino1–)]
+ [parcela masculina da população ((índice masculino1–)]}1/1–
mede a aversão à desigualdade. No IDG, = 2.
Assim, a equação geral transforma-se em:
Cálculo do IDG
A ilustração do cálculo do IDG usa dados de Israel.
1. Cálculo do índice de esperança de vida distribuído igualmente
O primeiro passo é calcular índices separados para as realizações feminina e masculina na esperança
de vida, utilizando a fórmula geral dos índices de dimensão.
FEMININO
Esperança de vida à nascença: 80,4 anos
80,4 – 27,5
Índice da esperança de vida =
= 0,882
87,5 – 27,5
A seguir, os índices feminino e masculino são combinados para criar o índice de esperança de vida
distribuído igualmente, utilizando a fórmula geral dos índices distribuídos igualmente.
FEMININO
Parcela da população: 0,507
Índice da esperança de vida: 0,882
Terceiro, o IDG é calculado através da combinação dos três índices distribuídos igualmente
numa média não ponderada.
Balizas para o cálculo do IDG
Valor
Indicador
máximo
Valor
mínimo
Esperança de vida feminina
à nascença (anos)
87,5
27,5
Esperança de vida masculina
à nascença (anos)
82,5
22,5
Taxa de alfabetização
de adultos (%)
100
0
Taxa de escolarização bruta
combinada (%)
100
0
40.000
100
Rendimentos auferidos
estimados (dólares PPC)
Nota: Os valores máximo e mínimo (balizas) para a esperança de
vida são cinco anos mais elevados para as mulheres, para tomar
em consideração o facto de, em média, viverem mais anos.
242
MASCULINO
Parcela da população: 0,493
Índice da esperança de vida: 0,902
Índice da esperança de vida distribuído igualmente = {[0,507 (0,882–1)] + [0,493 (0,902–1)]}–1 = 0,891
2. Cálculo do índice da educação distribuído igualmente
Primeiro, os índices para a taxa de alfabetização de adultos e para a taxa de escolarização bruta
combinada do primário, secundário e superior são calculados separadamente para mulheres e
homens. O cálculo destes índices é directo, porque os indicadores utilizados já estão normalizados
entre 0 e 100.
FEMININO
Taxa de alfabetização de adultos: 93,9%
Índice de alfabetização de adultos: 0,939
Taxa de escolarização bruta: 83,5%
Índice de escolarização bruta: 0,835
MASCULINO
Taxa de alfabetização de adultos: 97,8%
Índice de alfabetização de adultos: 0,978
Taxa de escolarização bruta: 82,1%
Índice de escolarização bruta: 0,821
Segundo, o índice da educação, que dá uma ponderação de dois terços ao índice de alfabetização de
adultos e de um terço ao índice de escolarização bruta, é calculado separadamente para mulheres e
homens.
Índice da educação = 2/3 (índice de alfabetização de adultos) + 1/3 (índice de escolarização bruta)
Índice distribuído igualmente
= {[parcela feminina da população (índice feminino–1)]
+ [parcela masculina da população (índice masculino–1)]}–1
o que dá a média harmónica dos índices feminino
e masculino.
MASCULINO
Esperança de vida à nascença: 76,6 anos
76,6 – 22,5
Índice da esperança de vida =
= 0,902
82,5 – 22,5
Índice da educação feminina = 2/3 (0,939) + 1/3 (0,835) = 0,905
Índice da educação masculina = 2/3 (0,978) + 1/3 (0,821) = 0,926
Finalmente, os índices da educação feminina e masculina são combinados para criar o índice da
educação distribuído igualmente:
FEMININO
Parcela da população: 0,507
Índice da educação: 0,905
MASCULINO
Parcela da população: 0,493
Índice da educação: 0,926
Índice da educação distribuído igualmente = {[0,507 (0,905–1)] + [0,493 (0,926–1)]}–1 = 0,915
3. Cálculo do índice do rendimento distribuído igualmente
Primeiro, os rendimentos auferidos feminino e masculino (dólares PPC) são estimados (para
pormenores sobre o cálculo, ver a adenda a esta nota técnica). Depois, o índice do rendimento é
calculado para cada um dos sexos. Tal como para o IDH, o rendimento é ajustado considerando o
logaritmo do rendimento auferido estimado (dólares PPC):
Índice do rendimento =
log (valor actual) – log (valor mínimo)
log (valor máximo) – log (valor mínimo)
FEMININO
Rendimento auferido
estimado (dólares PPC): 12.360
Índice do rendimento =
log (12.360) – log (100)
= 0,804
log (40.000) – log (100)
MASCULINO
Rendimento auferido
estimado (dólares PPC): 24.687
Índice do rendimento =
log (24.687) – log (100)
= 0,919
log (40.000) – log (100)
O cálculo do IDG continua na página seguinte
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Cálculo do IDG (continuação)
Segundo, os índices do rendimento feminino e masculino são combinados para criar o índice do
rendimento distribuído igualmente:
FEMININO
Parcela da população: 0,507
Índice do rendimento: 0,804
MALE
Parcela da população: 0,493
Índice do rendimento: 0,919
–1
–1 –1
Índice do rendimento distribuído igualmente = {[0,507 (0,804 )] + [0,493 (0,919 )]} = 0,857
4. Cálculo do IDG
O cálculo do IDG é directo. É simplesmente a média não ponderada dos três índices componentes –
o índice da esperança de vida distribuído igualmente, o índice da educação distribuído igualmente e
o índice do rendimento distribuído igualmente..
IDG = 1/3 (índice da esperança de vida) + 1/3 (índice da educação) + 1/3 (iíndice do rendimento)
= 1/3 (0,891) + 1/3 (0,915) + 1/3 (0,857) = 0,888
Por que razão = 2 no cálculo do IDG
O valor de é a dimensão da penalização pela desigualdade entre os sexos. Quanto maior o valor,
mais fortemente a sociedade é penalizada pela existência de desigualdades.
Se = 0, a desigualdade entre os sexos não é penalizada (neste caso, o IDG teria o mesmo valor que
o IDH). À medida que cresce para infinito, dá-se cada vez mais peso ao grupo com menor
realização.
O valor 2 é utilizado no cálculo do IDG (tal como no MPG). Este valor penaliza moderadamente a
desigualdade entre os sexos na realização.
Para uma análise pormenorizada da formulação matemática do IDG, ver "Gender Inequlity in
Human Development: Theories and Measurement", de Sudhir Anand e Amartya Sen, "UNDP's
Gender-Related Indices: A Critical Review", de Kalpana Bardhan e Stephan Klasen, e as notas
técnicas no Relatório de Desenvolvimento Humano 1995 e no Relatório de Desenvolvimento
Humano 1999 (ver a lista de leituras seleccionadas no fim desta nota técnica).
TECHNICAL NOTES
243
A medida de participação segundo
o género (MPG)
A MPG, centrada mais nas oportunidades das
mulheres do que nas suas capacidades, capta a
desigualdade entre os sexos em três áreas
fundamentais:
• Participação política e poder de tomada de
decisão, medidos pelas parcelas percentuais de
mulheres e homens nos lugares parlamentares.
• Participação económica e poder de tomada de
decisão, medidos por dois indicadores – as parcelas
percentuais de mulheres e homens nas funções de
legislador, funcionário superior e gestor e as
parcelas percentuais de mulheres e homens nas
funções especializadas e técnicas.
• Poder sobre os recursos económicos, medido
pelo rendimento auferido estimado de mulheres e
homens (dólares PPC).
Para cada uma destas três dimensões, é calculada
uma percentagem equivalente distribuída igualmente (PEDI), como uma média ponderada pela
população, de acordo com a seguinte fórmula
geral:
PEDI = {[parcela feminina da população (índice feminino1–)]
+ [parcela masculina da população (índice masculino1–)]}1/1–
mede a aversão à desigualdade. Na MPG (tal
como no IDG), = 2, o que penaliza moderadamente a desigualdade. A fórmula passa a ser:
PEDI = {[parcela feminina da população (índice feminino–1)]
+ [parcela masculina da população (índice masculino–1)]}–1
Para a participação política e económica e a
tomada de decisão, a PEDI é, então, indexada
dividindo-a por 50. A razão desta indexação:
numa sociedade ideal, que igualiza o poder dos
dois sexos, as variáveis MPG são iguais a 50% –
ou seja, a parcela das mulheres seria igual à dos
homens para cada variável.
Finalmente, a MPG é calculada como uma média
simples das três PEDI indexadas.
Cálculo da MPG
A ilustração do cálculo da MPG usa dados de Singapura.
1. Cálculo da PEDI da representação parlamentar
A PEDI para representação parlamentar mede o poder relativo das mulheres em termos da sua
participação política. A PEDI é calculada utilizando as parcelas feminina e masculina da população
e as parcelas percentuais de mulheres e homens nos lugares parlamentares, de acordo com a fórmula
geral:
FEMININO
Parcela da população: 0,496
Parcela parlamentar: 6,5%
MASCULINO
Parcela da população: 0,504
Parcela parlamentar: 93,5%
PEDI da representação parlamentar = {[0,496 (6,5–1)] + [0,504 (93,5–1)]}–1 = 12,24
Esta PEDI inicial é, então, indexada a um valor ideal de 50%.
PEDI indexada da representação parlamentar =
12,24
= 0,245
50
2. Cálculo da PEDI da participação económica
Utilizando a fórmula geral, calcula-se uma PEDI para as parcelas percentuais de mulheres e homens
nas funções de legislador, funcionário superior e gestor e uma outra para as parcelas percentuais de
mulheres e homens nas funções especializadas e técnicas. A média simples das duas medidas dá a
PEDI da participação económica.
FEMININO
Parcela da população: 0,496
Parcela percentual nas funções de legislador,
funcionário superior e gestor: 21,5%
Parcela percentual nas funções especializadas
e técnicas: 41,7%
MASCULINO
Parcela da população: 0,504
Parcela percentual nas funções de legislador,
funcionário superior e gestor: 78,5%
Parcela percentual nas funções especializadas
e técnicas: 58,3%
PEDI das funções de legislador, funcionário superior e gestor = {[0,496 (21,5–1)] + [0,504 (78,5–1)]}–1 = 33,91
33.91
PEDI indexada das funções de legislador, funcionário superior e gestor =
= 0,678
50
PEDI das funções especializadas e técnicas = {[0.496 (41.7–1)] + [0.504 (58.3–1)]}–1 = 48.69
48.69
PEDI indexada das funções especializadas e técnicas =
= 0.974
50
As duas PEDI indexadas são médias para calcular a PEDI da participação económica:
PEDI da participação económica =
0,678 + 0,974
= 0,826
2
3. Cálculo da PEDI do rendimento
O rendimento auferido (dólares PPC) é estimado separadamente para mulheres e homens e, depois,
indexado às balizas, tanto para o IDH como para o IDG. Mas, para a MPG, o rendimento indexado é
baseado em valores não ajustados e não no logaritmo do rendimento auferido estimado. (Para pormenores
sobre a estimação do rendimento auferido por homens e mulheres, ver a adenda a esta nota técnica).
FEMININO
Parcela da população: 0,496
Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 13.693
13.693 – 100
Índice do rendimento =
= 0,341
40.000 – 100
MASCULINO
Parcela da população: 0,504
Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 27.739
27.739 – 100
Índice do rendimento =
= 0,693
40.000 – 100
Os índices feminino e masculino são, então, combinados para determinar o índice distribuído igualmente:
PEDI do rendimento = {[0,496 (0,341–1)] + [0,504 (0,693–1)]}–1 = 0,458
4. Cálculo da MPG
Uma vez calculada a PEDI para as três dimensões da MPG, a determinação desta é directa. É uma
média simples dos três índices PEDI.
MPG =
244
0,245 + 0,826 + 0,458
= 0,509
3
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
ADENDA À NOTA TÉCNICA 1
Rendimento auferido feminino
e masculino
Apesar da importância dos dados do rendimento
desagregados por sexos, não estão disponíveis
medidas directas. Por isso, foram produzidos, para
este Relatório, estimativas brutas dos rendimentos
auferidos por mulheres e homens.
O rendimento pode ser visto de duas formas: como
um recurso para o consumo e como ganhos dos
indivíduos. Como medida de uso, é difícil a sua
desagregação entre homens e mulheres porque os
recursos são partilhados dentro da unidade
familiar. Pelo contrário, os ganhos são separáveis
porque os diferentes membros da família são
remunerados separadamente.
A medida do rendimento utilizada no IDG e na
MPG indica a capacidade do indivíduo para obter
rendimento. É utilizada no IDG para captar as
disparidades entre homens e mulheres no controlo
dos recursos e, na MPG, para captar a independência económica das mulheres. (Para questões
conceptuais e metodológicas relacionadas com esta
abordagem, ver "Gender Inequality in Human
Development", de Sudhir Anand e Amartya Sen,
e o capítulo 3 e notas técnicas 1 e 2 do Relatório
de Desenvolvimento Humano 1995; ver a lista
de leituras seleccionadas no fim desta notas
técnica.)
Os rendimentos auferidos feminino e masculino
(dólares PPC) são estimados utilizando os dados
seguintes:
• Rácio entre o salário não agrícola feminino e o
salário não agrícola masculino.
• Parcelas masculina e feminina da população
economicamente activa..
• População feminina e masculina total.
• PIB per capita (dólares PPC).
Estimação dos rendimentos auferidos feminino e masculino
Esta ilustração da estimação dos rendimentos auferidos feminino e masculino usa dados de 1999
para Israel.
1. Cálculo do PIB total (dólares PPC)
O PIB total (dólares PPC) é calculado multiplicando o PIB per capita (dólares PPC) pela
população total.
População total = 5.910 (milhares)
PIB per capita (dólares PPC): 18.440
PIB total (dólares PPC) = 5.910 (18.440) = 108.980.400 (milhares)
2. Cálculo da parcela feminina da remuneração salarial
Como os dados sobre salários nas áreas rurais e no sector informal são raros, o Relatório usou
salários não agrícolas e assumiu que o rácio entre os salários femininos e os salários masculinos no
sector não agrícola é aplicável ao resto da economia. A parcela feminina da remuneração salarial é
calculada utilizando o rácio entre o salário não agrícola feminino e o salário não agrícola masculino
e as parcelas percentuais feminina e masculina da população economicamente activa. Onde os
dados sobre o rácio salarial não estão disponíveis, é utilizado um valor de 75%, a média não
ponderada (valor arredondado) dos países que têm dados disponíveis.
Rácio entre os salários não agrícolas feminino e masculino (Wf /Wm ) = 0,75
Parcela percentual feminina da população economicamente activa (EAf ) = 40,7%
Parcela percentual masculina da população economicamente activa (EAm ) = 59,3%
Wf /Wm (EAf )
0,75 (40,7)
Parcela feminina da remuneração salarial (Sf ) =
=
= 0,340
[Wf /Wm (EAf )] + EAm
[0,75 (40,7)] + 59,3
3. Cálculo dos rendimentos auferidos feminino e masculino
É necessário assumir a hipótese de que a parcela feminina da remuneração salarial é igual à parcela
feminina do PIB.
Parcela feminina da remuneração salarial (Sf ) = 0,340
PIB total (dólares PPC) (Y ) = 108.980.400 (milhares)
População feminina (Nf ) = 2.995 (milhares)
Rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC) (Yf ) =
População masculina (Nm ) = 2.915 (milhares)
Rend. auferido masculino estimado (dól. PPC) (Ym ) =
Y – Sf (Y ) 108.980.400 – [0,340 (108.980.400)]
=
= 24.675
Nm
2.915
Leituras seleccionadas
Símbolos
Wf / Wm = rácio entre o salário não agrícola feminino
e o salário não agrícola masculino
EAf = parcela feminina da população economicamente
activa
EAm = parcela masculina da população economicamente
activa
Sf = parcela feminina da remuneração salarial
Y = PIB total (dólares PPC)
Nf = população feminina total
Nm = população masculina total
Yf = rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC)
Ym = rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC)
Nota
Devido aos arredondamentos, os cálculos com
base em dados, nesta nota técnica, podem produzir resultados diferentes dos apresentados nos
quadros de indicadores.
TECHNICAL NOTES
Sf (Y )
0,340 (108.980.400)
=
= 12.372
Nf
2.995
Anand, Sudhir, and Amartya Sen. 1994.
“Human
Development
Index:
Methodology
and
Measurement.”
Occasional Paper 12. United Nations
Development Programme, Human
Development Report Office, New York.
(HDI)
———. 1995. “Gender Inequality in Human
Development: Theories and Measurement.”
Occasional Paper 19. United Nations
Development Programme, Human
Development Report Office, New York.
(GDI, GEM)
———. 1997. “Concepts of Human
Development and Poverty: A Multidimensional Perspective.” In United
Nations Development Programme, Human
Development Report 1997 Papers:
Poverty and Human Development. New
York. (HPI-1, HPI-2)
Bardhan, Kalpana, and Stephan Klasen. 1999.
“UNDP’s Gender-Related Indices: A
Critical Review.” World Development
27(6): 985–1010. (GDI, GEM)
United Nations Development Programme.
1995. Human Development Report 1995.
New York: Oxford University Press.
Technical notes 1 and 2 and chapter 3.
(GDI, GEM)
———. 1997. Human Development Report
1997. New York: Oxford University Press.
Technical note 1 and chapter 1. (HPI-1,
HPI-2)
———. 1999. Human Development Report
1999. New York: Oxford University Press.
Technical note. (HDI)
245
NOTA TÉCNICA 2
CÁLCULO DO ÍNDICE DE REALIZAÇÃO
TECNOLÓGICA
Cálculo do IRT
Esta ilustração do cálculo do IRT usa dados da Nova Zelândia, para vários anos em 1997-2000.
O índice de realização tecnológica (IRT) é um índice
composto concebido para captar o desempenho dos
países na criação e difusão de tecnologia e na construção
de uma base de qualificações humanas. O índice mede a
realização em quatro dimensões:
• Criação de tecnologia, medida pelo número de
patentes concedidos a residentes per capita e pelas
receitas de royalties e direitos de licenças recebidos
do exterior per capita.
• Difusão de inovações recentes, medida pelo
número de anfitriões de Internet per capita e pela
parcela das exportações de alta e média tecnologia
nas exportações totais.
• Difusão de inovações antigas, medida por
telefones (por cabo e móveis) per capita e consumo
de electricidade per capita.
• Qualificações humanas, medidas pelos anos
médios de escolaridade da população com idade
igual ou superior a 15 anos e pela taxa de
escolarização bruta no ensino superior em ciências.
Para cada um dos indicadores nestas dimensões,
os valores mínimo e máximo observados (entre
todos os países com dados) são escolhidos como
"balizas". O desempenho de cada indicador é
expresso como um valor entre 0 e 1, aplicando a
fórmula geral seguinte:
valor actual – valor mínimo observado
Índice do
indicador =
valor máximo observado
– valor mínimo observado
O índice de cada dimensão é, então, calculado
como a média simples dos seus índices de
indicadores. O IRT, por seu lado, é a média
simples dos quatro índices de dimensão.
1. Cálculo do índice de criação tecnológica
As patentes e as receitas de royalties e direitos de licenças são utilizadas para uma aproximação ao
nível da criação tecnológica. Os índices dos dois indicadores são calculados de acordo com a
fórmula geral.
Índice de patentes =
Índice de royalties e direitos de licenças =
Indicador
Patentes concedidos a residentes
(por milhões de pessoas)
994
Royalties e direitos de licenças recebidos
(dólares EUA por 1.000 pessoas)
272,6
Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) 232,4
Exportações de alta e média tecnologia
(em % das exportações totais de bens)
80,8
Telefones (cabo e móveis,
por 1.000 pessoas)
901a
Consumo de electricidade
(Kilowatt-horas per capita)
6.969a
Anos médios de escolaridade
(15 anos e mais)
12,0
Taxa de escolarização bruta
no superior em ciências (%)
27,4
Índice de criação tecnológica =
2. Cálculo do índice de difusão das inovações recentes
O índice de difusão das inovações recentes é calculado através da mesma fórmula, utilizando os anfitriões de Internet e a parcela das exportações de alta e média tecnologia nas exportações totais de bens.
Índice de anfitriões de Internet =
146,7 – 0,0
= 0,631
232,4 – 0,0
Índice de exportações de alta e média tecnologia =
0
15,4 – 0,0
= 0,191
80,8 – 0,0
0,631 + 0,191
= 0,411
2
Índice de difusão das inovações recentes =
3. Cálculo do índice de difusão das inovações antigas
Os dois indicadores utilizados para representar a difusão das inovações antigas são os telefones (por
cabo e móvel) e o consumo de electricidade per capita. Neste caso, os índices são calculados
utilizando o logaritmo do valor e a baliza mais alta é a média da OCDE. Para uma discussão mais
pormenorizada, ver anexo 2.1.
Índice de telefonia =
log (720) – log (1)
= 0,967
log (901) – log (1)
O valor da Nova Zelândia para o consumo de electricidade foi estabelecido em 6,969, valor máximo
observado, porque excedia a baliza.
Índice de electricidade =
log (6.969) – log (22)
= 1,000
log (6.969) – log (22)
0
0,967 + 1,000
= 0,984
2
4. Cálculo do índice de qualificações humanas
O índice de qualificações humanas é calculado de acordo com a fórmula geral, utilizando os anos
médios de escolaridade e a taxa de escolarização bruta no superior em ciências.
Índice de anos médios de escolaridade =
11,7 – 0,8
= 0,973
12,0 – 0,8
1
22
0,8
Índice de escolarização bruta no superior em ciências =
Índice de qualificações humanas =
13,1 – 0,1
= 0,476
27,4 – 0,1
0,973 + 0,476
= 0,725
2
0,1
a. Média da OCDE
Nota
Devido aos arredondamentos, os cálculos com
base em dados, nesta nota técnica, podem
produzir resultados diferentes dos apresentados
no quadro anexo A2.1. do capítulo 2.
246
0,104 + 0,048
= 0,076
2
Índice de difusão das inovações antigas =
0
0
13,0 – 0,0
= 0,048
272,6 – 0,0
O índice de criação tecnológica é a média simples destes dois índices:
Balizas para o cálculo do IRT
Valor
Valor
máximo mínimo
observado observado
103 – 0
= 0,104
994 – 0
5. Cálculo do índice de difusão tecnológica
Uma média simples dos quatro índices de dimensão dá-nos o índice de realização tecnológica.
IRT =
0,076 + 0,411 + 0,984 + 0,725
= 0,549
4
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
NOTA TÉCNICA 3
AVALIAÇÃO DO PROGRESSO EM
DIRECÇÃO AOS OBJECTIVOS DO
DESENVOLVIMENTO E ERRADICAÇÃO DA
POBREZA DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO
O Relatório de Desenvolvimento Humano deste
ano avalia o progresso dos países em direcção a
objectivos específicos definidos nos objectivos do
desenvolvimento e erradicação da pobreza da
Declaração do Milénio. Cada meta foi fixada em 2015,
com 1990 como ano de referência. Assim, por
exemplo, atingir uma meta de redução para metade
de uma taxa ou rácio, significa reduzir o valor de 1990
em 50% no ano 2015. A avaliação das realizações dos
países entre 1990 e 2015 revela se eles estão a progredir
suficientemente depressa para atingir as metas.
A monitorização do progresso ao nível mundial
requer que os dados sejam compatíveis. No entanto,
faltam dados ou não são de confiança para algumas
metas ou para muitos países. Os países com níveis
mais elevados de desenvolvimento são os que mais
provavelmente dispõem de dados e, se incluídos na
avaliação, deverão estar entre aqueles com melhor
desempenho. Os países de rendimento elevado da
OCDE foram excluídos desta avaliação. O número
de países cujo progresso foi avaliado para cada uma
das metas, varia de 58 a 159 (ver quadro NT 3.1).
A avaliação das realizações dos países em 1999 foi
baseada nos critérios seguintes:
• Realizado: O país já alcançou a meta.
• No caminho: O país atingiu a taxa de progresso
necessária para alcançar a meta em 2015, ou
atingiu 90% dessa taxa de progresso.
• Atrasado: O país atingiu 70-89% da taxa de
progresso requerida para alcançar a meta em 2015.
• Muito atrasado: O país atingiu menos de 70%
da taxa de progresso requerida.
• Em queda: O nível de realização do país é pior
em 1999 do que em 1990, caindo pelo menos 5
pontos percentuais.
A taxa de progresso necessária para alcançar a meta
é determinada pela realização que seria necessária
em 1999, assumindo um percurso linear do
progresso. Onde não existem dados disponíveis
para 1990 ou 1999, foram utilizados os dados do
ano mais próximo. Todos os países dentro dos 10
pontos percentuais do objectivo universal (tal como
100% da escolarização), em 1999, são considerados
com estando "no caminho".
O indicador preferido para avaliar o progresso
relativamente à redução para metade da proporção
de pessoas na stuação de pobreza extrema é a
parcela da população que vive com menos de 1
dólar (PPC) por dia, mas não há muita
disponibilidade de séries temporais nacionais
baseadas nesta linha de pobreza. Foi, por isso,
escolhida uma aproximação alternativa, que utiliza
as estimativas de taxas de crescimento de um
estudo de Hanmer e Naschold (2000). Este estudo
desenvolveu taxas de crescimento para dois
cenários: actividades habituais (assumindo que
não há mudanças nos padrões de crescimento) e
condições favoráveis aos pobres (em que os
benefícios do crescimento chegam aos pobres mais
depressa).
Em cada cenário, a taxa de crescimento necessária
para um país alcançar a meta de reduzir a pobreza
para metade em 2015 depende de o país ter uma
desigualdade baixa ou elevada, tal como é medida
pelo índice de Gini. Os países com desigualdade
elevada (definida como um índice de Gini igual ou
superior a 43) requerem um crescimento mais
rápido para alcançar a meta (quadro NT 3.2).
Dadas essas taxas de crescimento, o progresso de
cada país foi avaliado em função do grau de
realização da taxa de crescimento requerida.
Para muitos outros indicadores-a taxa de
mortalidade materna, a percentagem de pessoas
com acesso a fontes de água melhoradas e a
percentagem de crianças que atingem o 5º ano –
as taxas de progresso são desconhecidas, porque é
difícil obter dados fidedignos e porque as séries
temporais não estão disponíveis. Têm sido
realizadas avaliações alternativas, baseadas no
desempenho dos anos mais recentes, para os quais
estão disponíveis dados razoavelmente fidedignos.
(quadro NT 3.3).
Quadro nota técnica 3.1
Indicadores utilizados na avaliação do progresso em direcção aos objectivos da Declaração
do Milénio
Indicador
Pobreza extrema
Taxa de crescimento anual médio do PIB per capita, 1990-99 e índice de Gini, 1990-99b
Fome
Percentagem de pessoas subalimentadas, 1990/92 e 1996/98
Água potável
Percentagem de pessoas com acesso a fontes de água melhoradas, 1999
Educação universal
Taxa de escolarização primária bruta, 1990 e 1995-97b
Igualdade entre os sexos
Mortalidade materna
Mortalidade infantil e juvenil
Percentagem de crianças que atingem o 5º ano, coorte de 1995
Rácio entre raparigas e rapazes escolarizados (taxas de escolarização bruta), 1990 e 1995-97b
Nível primário
Nível secundário
Taxa de mortalidade materna (por 100.000 nados-vivos), 1995
Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados-vivos), 1990 e 1999c
Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados-vivos), 1990 e 1999
Países
avaliadosa
85 (77)
86 (73)
133 (82)
58 (39)
83 (39)
Fonte
World Bank 2001a e 2001b
FAO 2000
UNICEF 2000
UNESCO 2001c
UNESCO 2000d
88
85
145
159
159
UNESCO 1999
UNESCO 1999
Hill, AbouZahr e Wardlaw 2001
UNICEF 2001
UNICEF 2001
(63)
(64)
(85)
(85)
(85)
a. Os números entre parêntesis referem-se à percentagem da população mundial coberta pela avaliação.
b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado.
c. Objectivo do desenvolvimento internacional.
Quadro nota técnica 3.2
Taxa de crescimento anual do PIB per
capita necessária para reduzir a pobreza
para metade em 2015
Percentagem
Actividades Condições
habituais
favoráveis
aos pobres
Países com desigualdade elevada
(índice de Gini 43)
7,1
3,7
Países com desigualdade baixa
(índice de Gini 43)
3,7
1,5
Quadro nota técnica 3.3
Critérios para avaliação do progresso na mortalidade materna, acesso a fontes de água
melhoradas e conclusão da escolaridade primária
Pessoas com acesso
Crianças que
Taxa de mortalidade materna
a fontes de água melhoradas
atingem o 5º ano
(por 100.000 nados-vivos)
(%)
(%)
Avaliação
1995
1999
coorte de 1995
Realizado
< 20
100
100
No caminho
21–99
90–99
90–99
Atrasado
100–599
70–89
70–89
Muito atrasado
600 ou mais
70
70
Fonte: Hanmer e Naschold 2000.
TECHNICAL NOTES
247
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249
Definições de termos estatísticos
Ajuda líquida das ONG Transferência de recursos por
organizações não governamentais nacionais (agências privadas sem fins lucrativos) para países em desenvolvimento ou territórios identificados na Parte I da lista de
países beneficiários da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD). Calculada como fluxos líquidos
enviados pelas ONG menos a transferência de recursos
que estas recebem do sector oficial (que já estão incluídos na ajuda pública ao desenvolvimento). Ver ajuda
pública ao desenvolvimento (APD).
Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) para
os países menos desenvolvidos Ver ajuda pública
ao desenvolvimento (APD), líquida e as classificações de países para os países menos desenvolvidos.
Ajuda pública ao desenvolvimento (APD), líquida
Donativos ou empréstimos, líquidos de reembolsos,
para determinados países ou territórios identificados na
Parte I da lista de países beneficiários da Comissão de
Ajuda ao Desenvolvimento (CAD), que são concedidos
pelo sector público e cujo objectivo principal é a promoção do desenvolvimento económico e do bem-estar,
em termos financeiros concessionais.
Ajuda pública Donativos ou empréstimos que obedecem aos mesmos padrões da ajuda pública ao desenvolvimento (APD), excepto que os seus beneficiários não
são qualificados para a APD. A Parte II da lista de
países beneficiários da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) identifica os beneficiários da ajuda
pública.
Alfabetização de adultos, taxa Percentagem da popu-
Armas convencionais, transferência Refere-se à
transferência voluntária, pelo fornecedor, de armas com
objectivo militar e destinadas às forças armadas, paramilitares, ou agências de informação de outro país
(exclui, portanto, as armas capturadas ou obtidas através
de desertores). Incluem os principais sistemas ou armas
convencionais, em seis categorias: navios, aeronaves,
mísseis, artilharia, veículos blindados e sistemas de
direcção e radar (excluem-se camiões, serviços, munições,
armas pequenas, artigos de apoio, componentes e tecnologia componente, ou artilharia naval com menos de 100
milímetros de calibre).
Ciências, matemática e engenharia, estudantes
do superior em A parcela dos estudantes do ensino
superior inscritos em ciências naturais; engenharia;
matemática e ciências de computadores; arquitectura e planeamento urbano; transportes e comunicações; programas de comércio, artesanato e
indústria; agricultura, silvicultura e pesca. Ver educação.
Cientistas e engenheiros em I&D Pessoas formadas para trabalhar em qualquer área científica, que
estão integradas em actividades especializadas de
investigação e desenvolvimento (I&D). Muitas dessas
actividades requerem a conclusão do ensino superior.
Combustível tradicional, consumo Consumo esti-
lação com 15 anos ou mais que pode, com compreensão,
ler e escrever um texto pequeno e simples sobre o seu quotidiano.
mado de lenha, carvão, bagaço e resíduos animais e
vegetais. O consumo de combustível tradicional e o
consumo de energia comercial somam, em conjunto, o
consumo total de energia.
Alfabetização de jovens, taxa Percentagem da popu-
Consumo de cigarros por adulto, média anual
lação com idade entre 15 e 24 anos que pode, com compreensão, ler e escrever um texto pequeno e simples sobre
o seu quotidiano.
Soma da produção e importação menos exportação de
cigarros, dividido pela população com idade igual ou
superior a 15 anos.
Altura deficiente para a idade, crianças menores
de cinco anos Inclui raquitismo moderado ou grave,
Contraceptivos, taxa de utilização Percentagem de
mulheres casadas em idade fértil (15-49) que utilizam,
ou cujos maridos utilizam, qualquer forma de contracepção, tanto moderna como tradicional.
definido como inferior a dois desvios padrões da altura
média por idade da população de referência.
250
Analfabetismo de adultos, taxa Calculado como 100
menos a taxa de alfabetização de adultos. Ver alfabetização de adultos, taxa.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Crianças que atingem o 5º ano Percentagem das
crianças que, tendo começado o ensino primário, eventualmente atingirão o 5º ano (4º ano, se a duração do
ensino primário for de quatro anos). A estimativa baseiase no método do coorte reconstruído, que utiliza dados
sobre matrículas e repetentes para dois anos consecutivos.
Criminalidade total Refere-se aos 11 crimes registados
no Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade: roubo, assalto de casas, tentativa de assalto,
roubo de carros, vandalismo de carros, roubo de bicicletas, assalto sexual, assalto a carros, roubo de propriedade pessoal, assalto e ameaça, e roubo de
motocicletas ou bicicletas motorizadas. Ver criminalidade, pessoas vitimizadas.
Criminalidade, pessoas vitimizadas Percentagem
da população que entende que foi vitimizada por certo
tipo de crime no ano anterior, baseado nas respostas ao
Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade. Para informações adicionais, ver caixa 3 das
notas sobre as estatísticas.
Desemprego de longa duração Desemprego com
duração de 12 meses ou mais. Ver desemprego.
Desemprego jovem Refere-se ao desemprego entre os
15 (ou 16) e os 24 anos, dependendo das definições
nacionais. Ver desemprego.
Desemprego Todas as pessoas acima de uma idade
definida que não têm emprego remunerado, nem são trabalhadores independentes, mas que se encontram
disponíveis para trabalhar e deram os passos necessários
para encontrar emprego remunerado ou para trabalharem como independentes.
Educação, despesa pública Despesa na educação
pública mais subsídios à educação privada nos níveis
primário, secundário e superior. Inclui despesas em
todos os níveis da administração-central, regional e
local. Ver educação, níveis.
Educação, índice Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento humano. Baseiase na taxa de alfabetização de adultos e na taxa de
escolarização bruta combinada dos ensinos primário,
secundário e superior. Para pormenores sobre o processo
de cálculo do índice da educação, ver nota técnica 1.
Educação, níveis A educação é classificada em primária,
secundária e superior, de acordo com a Classificação
Internacional Tipo da Educação (CITED). Ensino
pré-primário (CITED, nível 0): é dispensado em escolas como jardins-de-infância, escolas maternais e infantis e destina-se às crianças que não têm idade suficiente
para se matricularem no primeiro nível. Ensino primário
(CITED, nível 1): fornece os elementos básicos da educação, em escolas como as elementares ou primárias.
DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS
Ensino secundário (CITED, níveis 2 e 3): é baseado em
quatro anos, pelo menos, de instrução prévia no primeiro
nível e ministra a instrução geral ou especializada, ou
ambas, dispensada em instituições como escolas intermédias, secundárias, liceus, escolas de formação de professores a este nível e escolas técnicas e profissionais.
Ensino superior (CITED, níveis 5-7): refere-se à educação em instituições como universidades, escolas superiores de educação ou escolas profissionais
superiores-exigindo como condição mínima de admissão a conclusão, com sucesso, da educação do 2º nível
ou a prova de aquisição de um nível equivalente de
conhecimentos.
Electricidade, consumo per capita Refere-se à produção bruta, per capita, que inclui o consumo de estações
auxiliares e quaisquer perdas nos transformadores considerados partes integrantes das estações. Também inclui
a produção total de energia eléctrica pelas estações de
bombeamento, sem dedução da energia eléctrica consumida pelas bombas.
Emissões de dióxido de carbono Emissões de dióxido de carbono antropogenético (origem humana)
provenientes da combustão de combustíveis fósseis e da
produção de cimento. As emissões são calculadas a partir de dados do consumo de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos e da combustão fulgurante da gasolina.
Emprego por actividade económica Emprego na
indústria, agricultura ou serviços, segundo a definição
do sistema de Classificação Internacional Tipo da Indústria (CITI) (revisão 2 e 3). Indústria refere-se às actividades de mineração, extracção de pedras, manufactura,
construção e serviços públicos (gás, água e electricidade). Agricultura refere-se às actividades agrícolas, de
caça, silvicultura e pesca. Serviços referem-se ao comércio por grosso e a retalho; restaurantes e hotéis; transportes, armazenagem e comunicações; finanças, seguros,
imobiliário e serviços comerciais; e aos serviços pessoais, sociais e comunitários.
Energia utilizada, PIB por unidade de Rácio do PIB
(dólares PPC) pela energia comercial utilizada, medido
em quilogramas de equivalente petróleo. Este rácio
fornece uma medida da eficiência da energia, mostrando
estimativas comparáveis e consistentes do PIB real entre
países relativamente aos inputs físicos (unidades de utilização de energia). Ver PIB (produto interno bruto) e
PPC (paridade do poder de compra).
Escolaridade, anos médios de A duração média em
anos de escolaridade atingida pela população com idade
igual ou superior a 15 anos.
Escolarização, taxa de bruta no superior de ciências Número de estudantes matriculados no ensino
superior de ciências, independentemente da idade, em
percentagem da população do grupo de idades específico. As Ciências incluem ciências naturais; engenharia;
251
matemática e ciências de computadores; arquitectura e
planeamento urbano; transporte e comunicações; programas de comércio, artesanato e industriais; e agricultura, silvicultura e pesca. Ver, também, educação, níveis
e escolarização, taxa bruta.
Exportações de mercadorias Bens fornecidos ao
resto do mundo, incluindo exportações primárias, manufacturadas e outras transacções. Ver exportações manufacturadas e exportações primárias.
Exportações manufacturadas Inclui exportações de
Escolarização, taxa de bruta Número de estudantes
matriculados num nível de educação, independentemente da idade, em percentagem da população correspondente ao grupo de idades para esse nível. Ver
educação, níveis.
produtos químicos, manufacturas básicas, máquinas e
material de transporte e outros produtos manufacturados diversos, segundo a Classificação Tipo do Comércio Internacional.
Exportações primárias Definido segundo a ClassiEscolarização, taxa de líquida Número de estudantes
matriculados num nível de educação, que tem a idade
escolar oficial para esse nível, em percentagem da população que tem idade escolar oficial para esse nível. Ver
educação, níveis.
Esperança de vida à nascença Número de anos que
viveria uma criança recém-nascida se os padrões de
mortalidade prevalecentes no tempo do seu nascimento
se mantivessem os mesmos ao longo da sua vida.
ficação Tipo do Comércio Internacional para incluir
exportações de produtos alimentares, produtos agrícolas e matérias-primas, combustíveis, minérios e
metais.
Fertilidade total, taxa Número médio de filhos que
uma mulher teria, se as taxas de fertilidade de cada
idade específica se mantivessem inalteradas durante a sua
vida.
Fertilizantes, consumo Montante de fertilizantes
Esperança de vida, índice Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento
humano. Para pormenores sobre o processo de cálculo
do índice da educação, ver nota técnica 1.
Exportações de alta e média tecnologia Ver exportações de alta tecnologia e exportações de média tecnologia.
Exportações de alta tecnologia Inclui exportações de
electrónica e produtos eléctricos como turbinas, transistores, televisões, equipamento gerador de energia e
equipamento processador de dados e telecomunicações,
e outras exportações de alta tecnologia como máquinas
fotográficas e de filmar, produtos farmacêuticos, equipamento aeroespacial e instrumentos ópticos e de medida.
Exportações de baixa tecnologia Inclui exportações
de têxteis, papel, produtos de vidro e produtos básicos
de aço e ferro (tais como lâminas, fios e fundições não
trabalhadas).
Exportações de bens e serviços Valor de todos os
bens e outros serviços de mercado fornecidos ao resto
do mundo, incluindo o valor de mercadorias, fretes,
seguros, transportes, viagens, royalties, direitos de
licenças e outros serviços. Excluem-se os rendimentos
do trabalho e da propriedade (formalmente chamados
de serviços factoriais).
Exportações de média tecnologia Inclui exportações
de produtos automotores, equipamento de manufactura
(tais como máquinas de processamento agrícola, têxtil
ou alimentar), alguma formas de siderurgia (tubos e
formas primárias) e produtos químicos tais como
polímeros, fertilizantes e explosivos.
252
manufacturados-azoto (N), fosfato (P2O5) e potássio
(K2O) – consumido por ano, por hectare de terra arável
e semeada permanentemente.
Fluxos privados, outros Uma categoria que combina
fluxos de investimento de carteira não criadores de
dívida (a soma de capitais do país, receitas de depósitos e compras directas de acções por investidores
estrangeiros), fluxos de carteira criadores de dívida
(obrigações emitidas compradas por investidores
estrangeiros) e empréstimos bancários e relacionados com
o comércio (empréstimos de bancos comerciais e outros créditos comerciais).
Fontes de água melhoradas, população que não usa
Calculado como 100 menos a percentagem da população
que usa fontes de água melhoradas. Ver fontes de água
melhoradas, população que usa.
Fontes de água melhoradas, população que usa Percentagem da população com acesso regular a uma quantidade adequada de água potável, a partir de fontes
melhoradas. Acesso regular é definido com a disponibilidade de pelo menos 20 litros por pessoa e dia, de uma
fonte até um quilómetro da residência do utilizador.
Fontes melhoradas incluem ligações às casas, canalizações públicas, poços com bombas manuais, reservatórios
protegidos, nascentes protegidas e recolha de água das
chuvas (não estão incluídos vendedores, camiões cisternas
e reservatórios e nascentes não protegidos).
Forças armadas totais Forças estratégicas, terrestres,
navais, aéreas, administrativas, de comando e de apoio.
Também incluem forças paramilitares como polícia,
guarda alfandegária ou de fronteira, quando têm formação em estratégias militares.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
HIV/SIDA, pessoas que vivem com Número estimado de pessoas que vivem com HIV/SIDA, no fim do
ano indicado.
Importação de bens e serviços Valor de todos os bens
e outros serviços de mercado comprados ao resto do
mundo, incluindo o valor de mercadorias, fretes, seguros,
transportes, viagens, royalties, direitos de licenças e outros serviços. Excluem-se os rendimentos do trabalho e
da propriedade (formalmente chamados de serviços
factoriais).
Índice de desenvolvimento ajustado ao género
(IDG) Índice composto que mede a realização média
nas três dimensões básicas captadas no índice de desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, conhecimento e um nível de vida digno-ajustado para reflectir
as desigualdades entre homens e mulheres. Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice, ver nota
técnica 1.
Instalações sanitárias adequadas, população com
Percentagem da população que utiliza instalações sanitárias adequadas, tais como a ligação a um sistema de
esgotos ou a um reservatório séptico, uma retrete com
autoclismo, uma retrete simples com fossa, ou uma
retrete com fossa melhorada. Um sistema de descarga
das excreções é considerado adequado se é privado ou
partilhado (mas não público) e se separa, higienicamente, as excreções do contacto humano.
Insuficiência de peso, crianças nascidas com Percentagem de crianças que nascem com um peso inferior
a 2.500 gramas.
Internet, anfitriões Um sistema de computadores ligado à Internet – um terminal individual directamente ligado, ou um computador que permite a múltiplos
utilizadores, por seu intermédio, o acesso aos serviços
em rede.
Investigação e desenvolvimento, despesas de
Índice de desenvolvimento humano (IDH) Medida
composta que mede a realização média em três dimensões básicas do desenvolvimento humano- uma vida
longa e saudável, conhecimento e um nível de vida
digno. Para pormenores sobre o modo de calculo do
índice, ver a nota técnica 1.
Despesas corrente e de capital (incluindo despesas
gerais) na actividade criativa e sistemática destinada a
aumentar o stock de conhecimento. Incluem-se a investigação fundamental e aplicada e os trabalhos de desenvolvimento experimental que conduzem a novos
inventos, produtos ou processos.
Índice de Gini Mede a extensão até à qual a dis-
Investimento directo estrangeiro, fluxos líquidos
tribuição do rendimento (ou consumo) entre indivíduos e famílias, num país, desvia de uma distribuição
perfeitamente igual. O valor 0 representa a igualdade perfeita e o valor 100 a desigualdade perfeita.
Fluxos líquidos de investimento para adquirir uma
posição de gestão permanente (10% ou mais de acções
com poder de voto) numa empresa que opera numa
economia distinta da do investidor. É a soma das acções,
reinvestimento de ganhos, outros capitais de longo prazo
e capitais de curto prazo.
Índice de pobreza humana (IPH-1) para países em
desenvolvimento Índice composto que mede a privação
nas três dimensões básicas captadas no índice de desenvolvimento humano-longevidade, conhecimento e nível
de vida. Para pormenores sobre o modo de calculo do
índice, ver a nota técnica 1.
Índice de pobreza humana (IPH-2) para países
seleccionados da OCDE Índice composto que mede
a privação nas três dimensões básicas captadas no índice
de desenvolvimento humano-longevidade, conhecimento e nível de vida-e que ainda capta a exclusão
social. Para pormenores sobre o modo de calculo do
índice, ver a nota técnica 1.
Índice de preços no consumidor Reflecte variações
de custo no consumidor médio quando este adquire
um cabaz de bens e serviços, o qual pode ser fixo ou
variar em intervalos determinados.
Índice de realização tecnológica Um índice composto
baseado em oito indicadores para quatro dimensões: criação tecnológica, difusão de inovações recentes, difusão
de inovações antigas e qualificações humanas. Para mais
pormenores sobre o modo como o índice é calculado,
ver nota técnica 2.
DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS
Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras
Parcela das mulheres em funções definidas de acordo
com a Classificação Internacional Tipo das Ocupações
(CITO-88), incluindo legisladoras, funcionárias públicas superiores, chefes tradicionais e presidentes de
câmaras, funcionárias superiores de organizações de
interesse particular, gestoras de empresas, directoras e
directoras executivas, gestoras de departamentos de
produção e operações e de outros departamentos e
gestoras gerais.
Linha de privação de rendimento, pessoas abaixo
da Refere-se à percentagem da população que vive
abaixo de uma determinada linha de pobreza:
• 1 dólar por dia – a preços internacionais de 1985
(equivalente a 1,08 dólares, a preços internacionais de
1993), ajustado à paridade do poder de compra.
• 4 dólares por dia – a preços internacionais de 1990,
ajustado à paridade do poder de compra.
• 11 dólares por dia (por pessoa numa família de três)a preços internacionais de 1994, ajustado à paridade do
poder de compra.
• Linha de pobreza nacional – a linha de pobreza considerada pelas autoridades como apropriada para o país.
253
•50% do rendimento médio – 50% do rendimento famil Paridade do poder de compra (dólares PPC) Uma
iar disponível médio.
taxa de câmbio que toma em consideração as diferenças
de preços entre países, permitindo comparações interLugares no parlamento ocupados por mulheres
nacionais do produto e rendimentos reais. À taxa dólares
Lugares ocupados por mulheres numa câmara baixa
PPC (como se usa neste Relatório), 1 dólar PPC tem o
ou única e numa câmara alta ou senado, onde for relemesmo poder de compra na economia doméstica que 1
vante.
dólar EUA tem nos Estados Unidos. Para pormenores
sobre questões conceptuais e práticas relacionadas com
Malária, casos Número total de casos de malária relataas PPC, ver caixa 2 nas notas sobre as estatísticas.
dos à Organização Mundial da Saúde pelos países em
que a malária é endémica. Muitos países relatam apenas
Partos assistidos por técnicos de saúde Percentagem
casos confirmados laboratorialmente, mas muitos outros
de partos assistidos por médico (especialista, não espeda África Subsariana também relatam casos diagnosticialista ou pessoa com qualificações de obstetrícia, que
cados clinicamente.
pode diagnosticar e gerir complicações obstetrícias bem
como partos normais), enfermeira ou parteira (pessoa
Medicamentos essenciais, população com acesso
que completou com sucesso o curso recomendado de
aos Percentagem da população que tem acesso a um míobstetrícia e é capaz de garantir a supervisão necessária,
nimo de 20 dos medicamentos mais essenciais, contios cuidados e conselhos às mulheres durante a gravidez,
nuamente e sem custos, nas instalações de saúde públicas
dores de parto e período pós-parto e cuidar de recémou privadas, ou em farmácias, num percurso até uma hora
nascidos e bebés), ou parteiras tradicionais formadas
da residência.
(pessoa integrada no sistema formal de cuidados de
saúde, que adquiriu, inicialmente, a sua competência a
Médicos Abrange os diplomados de uma faculdade ou
partejar ou através da aprendizagem com outras parteiras
escola de medicina em qualquer campo médico
tradicionais e que, posteriormente, foi submetida a uma
(incluindo o ensino, investigação e administração).
formação extensiva).
Medida de participação segundo o género (MPG)
Patentes concedidas a residentes Patentes são do-
Índice composto que mede a desigualdade entre os
sexos em três dimensões básicas do poder: participação
económica e tomada de decisão, participação política e
tomada de decisão e poder sobre os recursos económicos. Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice,
ver nota técnica 1.
cumentos, emitidos por um gabinete público, que
descrevem uma invenção e criam uma situação legal, em
que a invenção patenteada pode ser explorada normalmente (produzida, utilizada, vendida ou importada)
apenas pelo patenteado, ou com sua autorização. A protecção das invenções é limitada, geralmente, até 20 anos
da data de apresentação do pedido de concessão da
patente.
Militar, despesa Todas as despesas do Ministério da
Defesa e outros departamentos no recrutamento e formação do pessoal militar, assim como na construção e
compra de materiais militares e equipamento. A ajuda
militar está incluída nas despesas do país doador.
Mortalidade de menores de cinco, taxa A probabilidade de morrer entre o nascimento e os cinco anos
exactos de idade, expressa por 1.000 nados-vivos.
Mortalidade infantil, taxa A probabilidade de morrer entre o nascimento e um ano exacto de idade,
expresso por 1.000 nados-vivos.
Mortalidade materna, taxa registada Número anual
registado de óbitos de mulheres por causas relacionadas
com a gravidez, por 100.000 nados-vivos, não ajustado
aos problemas, bem documentados, de sub-registo e
má classificação.
Mulheres no governo ao nível ministerial Estabelecido de acordo com a definição de cada país do executivo nacional, pode incluir mulheres exercendo cargos
de ministras ou vice-ministras, ou desempenhando outras funções governamentais, incluindo secretarias parlamentares.
254
Peso deficiente para a idade, crianças menores
de cinco anos Inclui deficiência de peso, moderada ou
grave, definida como inferior a dois desvios padrões do
peso médio por idade da população de referência.
Pessoas deslocadas internamente Refere-se às pessoas que estão deslocadas dentro do seu próprio país e
a quem o Alto-comissário das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR) concede protecção ou assistência,
ou ambos, na sequência de um pedido especial de um
órgão competente da ONU.
Pessoas que são funcionalmente analfabetas [com
falta de qualificações na literacia funcional] Proporção da população adulta (16-65 anos) com resultados ao nível 1 da escala de literacia de prosa do Inquérito
Internacional sobre Literacia de Adultos. A maior parte
das tarefas, a este nível, requer que o leitor localize uma
informação no texto que seja idêntica ou sinónima da
informação dada na directiva.
Pessoas subalimentadas Pessoas cujo consumo alimentar é, de forma crónica, insuficiente para obter os
requisitos energéticos mínimos.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
PIB (produto interno bruto) Produção total de bens
e serviços para consumo final de uma economia, realizada por residentes e não residentes, independentemente da sua afectação a factores produtivos nacionais
ou estrangeiros. Não inclui deduções para depreciação
do capital físico ou esgotamento e degradação dos recursos naturais
padrões prevalecentes das taxas de mortalidade específicas.
Refugiados Pessoas que fugiram do seu país devido a
um receio bem fundamentado de perseguição por razões
de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou
pertença a determinado grupo social e que não podem
ou não querem regressar.
PIB per capita (dólares PPC) Ver PIB (produto
interno bruto) e PPC (paridade do poder de compra).
PIB per capita, taxa de crescimento anual Taxa de
crescimento anual calculada a partir do PIB per capita
em preços constantes, em unidades monetárias locais.
PIB, índice do Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento humano.
É baseado no PIB per capita (dólares PPC). Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice, ver nota técnica 1.
PNB (produto nacional bruto) Compreende o PIB
mais o rendimento líquido de factores do exterior, que
é o rendimento que os residentes recebem do exterior
pelos serviços factoriais (trabalho e capital), menos os
pagamentos semelhantes feitos aos não residentes que
contribuem para a economia doméstica.
População activa [força de trabalho] Todos os
empregados (incluindo pessoas acima de uma idade
determinada que, durante o período em referência,
estiveram num emprego remunerado, com uma ocupação, com um trabalho mas sem uma ocupação, ou autoempregados) e desempregados (incluindo pessoas acima
de uma idade determinada que, durante o período em
referência, estiveram sem trabalho, disponíveis normalmente para trabalhar e à procura de trabalho).
População total Refere-se à população de facto, que
inclui toda a população presente numa dada região e num
dado tempo.
Rendimento auferido (dólares PPC) estimado
(feminino e masculino) Cálculo grosseiro, com base
no rácio entre os salários não agrícolas feminino e masculino, parcelas feminina e masculina da população economicamente activa, população feminina e masculina
total e PIB per capita (dólares PPC). Para pormenores
sobre o processo de estimação, ver nota técnica 1.
Rendimento auferido, rácio estimado feminino-masculino Rácio entre o rendimento auferido
estimado feminino e o rendimento auferido estimado
masculino. Ver rendimento auferido (dólares PPC) estimado (feminino e masculino).
Rendimento ou consumo, parcelas do Baseado
nos inquéritos nacionais às famílias, cobrindo vários
anos. Os inquéritos sobre consumo produzem níveis
mais baixos de desigualdade entre pobres e ricos do que
os inquéritos sobre o rendimento, porque os pobres consomem, geralmente, uma parcela maior do seu rendimento. Como os dados são de inquéritos que cobrem
anos diferentes e que utilizam metodologias diferentes,
as comparações entre países devem ser feitas com
cautela.
Royalties e direitos de licenças Receitas que os residentes recebem de não residentes pela utilização autorizada de activos intangíveis, não produzidos, não
financeiros e direitos de propriedade (tais como patentes,
marcas registadas, copyrights, franchising, e processos
industriais) e pelo uso, através de acordos de concessão
de licença, de originais produzidos e protótipos (tais
como filmes e manuscritos). Os dados são baseados na
balança de pagamentos.
População urbana População a meio do ano em áreas
definidas como urbanas, em cada país, tal como relatas
às Nações Unidas. Ver população total.
População, taxa de crescimento anual Refere-se à
taxa de crescimento exponencial anual no período indicado. Ver população total.
Probabilidade à nascença de não ultrapassar uma
idade específica Calculado como 1 menos a probabilidade de ultrapassar uma idade específica para uma
dada coorte. Ver probabilidade à nascença de ultrapassar uma idade específica.
Probabilidade à nascença de ultrapassar uma idade
específica Probabilidade de uma criança recém-nascida
ultrapassar uma determinada idade, se estiver sujeita aos
DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS
Saúde, despesa per capita (dólares PPC) Soma
das despesas pública e privada de saúde (em dólares
PPC), dividida pela população. A despesa de saúde
inclui a provisão dos serviços de saúde (preventivos e
curativos), actividades de planeamento familiar, actividades de nutrição e ajuda de emergência indicada para
a saúde (mas não inclui provisão de água e saneamento).
Ver saúde, despesa privada; saúde, despesa pública; e
PPC (paridade do poder de compra).
Saúde, despesa privada Despesa directa das famílias
(reembolsável), seguros privados, doações de beneficência e pagamentos directos de serviços pelas empresas privadas. Em conjunto com a despesa pública de saúde,
soma a despesa de saúde total. Ver saúde, despesa per
capita (dólares PPC) e saúde, despesa pública.
255
Saúde, despesa pública Despesa corrente e de capital
dos orçamentos da administração (central e local), empréstimos externos e donativos (incluindo os donativos de
agências internacionais e organizações não governamentais), e fundos sociais (ou obrigatórios) de seguros
de saúde. Em conjunto com a despesa privada de saúde,
soma a despesa de saúde total. Ver saúde, despesa per
capita (dólares PPC) e saúde, despesa privada.
Serviço da dívida total Soma dos principais reembolsos
e juros pagos correntemente em moeda estrangeira,
bens ou serviços sobre a dívida de longo prazo, juros
pagos sobre a dívida de curto prazo e reembolsos ao
Fundo Monetário Internacional.
Taxa de actividade económica Proporção do grupo
específico que oferece trabalho para a produção de
bens e serviços económicos durante um período determinado.
Telefones por cabo Uma linha telefónica que liga o assinante ao equipamento central dos telefones.
Telefones por cabo, listas de espera Pedidos não
atendidos de ligação à rede telefónica, que foram retidos devido à falta de meios técnicos (equipamento, linhas, etc.).
Telemóveis, assinantes Pessoas que assinam um
serviço de comunicações, em que a voz ou dados são
transmitidos por frequências de rádio.
Terapia com SRO, taxa de utilização Percentagem
de todos os casos de diarreia em crianças menores de
256
cinco anos tratados com sais de reidratação oral, com uma
solução caseira apropriada, ou ambos.
Termos de troca Rácio entre o índice de preços das
exportações e o índice de preços das importações,
medido em relação a um ano base. Um valor superior a
100 significa que os preços das exportações subiram em
relação aos preços das importações.
Trabalhador contribuindo para a família Definido,
de acordo com a Classificação Internacional segundo
o Estatuto no Emprego (CIEE), como uma pessoa
que trabalha, sem remuneração, numa empresa
económica dirigida por um familiar que vive na mesma
casa.
Trabalhadoras especializadas e técnicas Parcela
das mulheres em funções definidas de acordo com a Classificação Internacional Tipo das Ocupações (CITO88), incluindo profissionais de medicina, matemática e
ciências de engenharia (e especializações associadas);
ciências da vida e profissionais de saúde (e especializações associadas), profissionais do ensino (e especializações associadas) e outras profissionais e especializações
associadas.
Tractores em uso Número de tractores em uso por
hectare de terra arável e semeado permanentemente.
Tuberculose, casos Número total de casos de tuberculose notificados à Organização Mundial da Saúde. Um
caso de tuberculose é definido como um paciente a
quem a tuberculose foi confirmada bacteriologicamente
ou diagnosticada por um clínico.
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Classificação dos países
Países nos grupos de desenvolvimento humano
Desenvolvimento
humano elevado
(IDH 0,800 e acima)
Desenvolvimento
humano médio
(IDH 0,500 a 0,799)
Argentina
Austrália
Áustria
Baamas
Barém
Barbados
Bélgica
Brunei
Canadá
Chile
Costa Rica
Croácia
Chipre
República Checa
Dinamarca
Estónia
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Hungria
Islândia
Irlanda
Israel
Itália
Japão
Coreia do Sul
Kuwait
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Polónia
Portugal
Catar
Singapura
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Suécia
Suíça
Emiratos Árabes Unidos
Reino Unido
Estados Unidos
Uruguai
(48 países e áreas)
Albânia
Argélia
Arménia
Azerbaijão
Bielorrússia
Belize
Bolívia
Botswana
Brasil
Bulgária
Camboja
Camarões
Cabo Verde
China
Colômbia
Comores
Congo
República Dominicana
Equador
Egipto
El Salvador
Guiné Equatorial
Fidji
Gabão
Geórgia
Gana
Guatemala
Guiana
Honduras
Índia
Indonésia
Irão
Jamaica
Jordânia
Cazaquistão
Quénia
Quirguistão
Letónia
Líbano
Lesoto
CLASSIFICATION OF COUNTRIES
Desenvolvimento
humano baixo
(IDH abaixo de 0,500)
Líbia
Macedónia
Malásia
Maldivas
Maurícias
México
Moldávia
Mongólia
Marrocos
Mianmar
Namíbia
Nicarágua
Omã
Panamá
Papua-Nova Guiné
Paraguai
Peru
Filipinas
Roménia
Federação Russa
Samoa (Ocidental)
Arábia Saudita
África do Sul
Sri Lanka
Suriname
Suazilândia
Síria
Tajiquistão
Tailândia
Trindade e Tobago
Tunísia
Turquia
Turquemenistão
Ucrânia
Usbequistão
Venezuela
Vietname
Zimbabwe
(78 países e áreas)
Angola
Bangladeche
Benim
Butão
Burkina Faso
Burundi
Rep. Centro-Africana
Chade
Congo, Rep. Dem.
Costa do Marfim
Djibuti
Eritreia
Etiópia
Gâmbia
Guiné
Guiné-Bissau
Haiti
Laos
Madagáscar
Malawi
Mali
Mauritânia
Moçambique
Nepal
Níger
Nigéria
Paquistão
Ruanda
Senegal
Serra Leoa
Sudão
Tânzania
Togo
Uganda
Iémen
Zâmbia
(36 países e áreas)
257
Países nos grupos de rendimento a
Rendimento elevado
(PNB per capita de 9.266
dól. ou mais em 1999)
Rendimento médio
(PNB per capita de
756-9.265 dólares em 1999)
Rendimento baixo
(PNB per capita de
755 dólares ou menos em 1999)
Austrália
Áustria
Baamas
Bélgica
Brunei
Canadá
Chipre
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hong Kong, China (RAE)
Islândia
Irlanda
Israel
Itália
Japão
Kuwait
Luxemburgo
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Portugal
Catar
Singapura
Eslovénia
Espanha
Suécia
Suíça
Emiratos Árabes Unidos
Reino Unido
Estados Unidos
(33 países e áreas)
Albânia
Argélia
Argentina
Barém
Barbados
Bielorrússia
Belize
Bolívia
Botswana
Brasil
Bulgária
Cabo Verde
Chile
China
Colômbia
Costa Rica
Croácia
República Checa
Djibuti
República Dominicana
Equador
Egipto
El Salvador
Guiné Equatorial
Estónia
Fidji
Gabão
Guatemala
Guiana
Honduras
Hungria
Irão
Jamaica
Jordânia
Cazaquistão
Coreia do Sul
Angola
Arménia
Azerbaijão
Bangladeche
Benim
Butão
Burkina Faso
Burundi
Camboja
Camarões
Rep. Centro-Africana
Chade
Comores
Congo
Congo, Rep. Dem.
Costa do Marfim
Eritreia
Etiópia
Gâmbia
Geórgia
Gana
Guiné
Guiné-Bissau
Haiti
Índia
Indonésia
Quénia
Quirguistão
Laos
Lesoto
Letónia
Líbano
Líbia
Lituânia
Macedónia
Malásia
Maldivas
Malta
Maurícias
México
Marrocos
Namíbia
Omã
Panamá
Papua-Nova Guiné
Paraguai
Peru
Filipinas
Polónia
Roménia
Federação Russa
Samoa (Ocidental)
Arábia Saudita
Eslováquia
África do Sul
Sri Lanka
Suriname
Suazilândia
Síria
Tailândia
Trindade e Tobago
Tunísia
Turquia
Uruguai
Venezuela
(71 países e áreas)
Madagáscar
Malawi
Mali
Mauritânia
Moldávia
Mongólia
Moçambique
Mianmar
Nepal
Nicarágua
Níger
Nigéria
Paquistão
Ruanda
Senegal
Serra Leoa
Sudão
Tajiquistão
Tânzania
Togo
Turquemenistão
Uganda
Ucrânia
Usbequistão
Vietname
Iémen
Zâmbia
Zimbabwe
(58 países e áreas)
a. Baseado nas classificações do Banco Mundial (com efeito desde 1 de Julho de 2000).
258
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
Países nos principais grupos mundiais
Países em desenvolvimento
Argélia
Angola
Argentina
Baamas
Barém
Bangladeche
Barbados
Belize
Benim
Butão
Bolívia
Botswana
Brasil
Brunei
Burkina Faso
Burundi
Camboja
Camarões
Cabo Verde
Rep. Centro-Africana
Chade
Chile
China
Colômbia
Comores
Congo
Congo, Rep. Dem.
Costa Rica
Costa do Marfim
Chipre
Djibuti
República Dominicana
Equador
Egipto
El Salvador
Guiné Equatorial
Eritreia
Etiópia
Fidji
Gabão
Gâmbia
Gana
Guatemala
Guiné
Guiné-Bissau
Guiana
Haiti
Honduras
Hong Kong, China (RAE)
Índia
Indonésia
Irão
Jamaica
Jordânia
Quénia
Coreia do Sul
Kuwait
Laos
Líbano
Lesoto
Líbia
Madagáscar
Malawi
Malásia
Maldivas
Mali
Mauritânia
Maurícias
México
Mongólia
Marrocos
Moçambique
Mianmar
Namíbia
Nepal
Nicarágua
Níger
Nigéria
Omã
Paquistão
Panamá
Papua-Nova Guiné
Paraguai
Peru
Filipinas
Catar
Ruanda
Samoa (Ocidental)
Arábia Saudita
Senegal
Serra Leoa
Singapura
África do Sul
Sri Lanka
Sudão
Suriname
Suazilândia
Síria
Tânzania
Tailândia
Togo
Trindade e Tobago
Tunísia
Turquia
Uganda
Emiratos Árabes Unidos
Uruguai
Venezuela
Vietname
Iémen
Zâmbia
Zimbabwe
(112 países e áreas)
Países menos
desenvolvidos a
Angola
Bangladeche
Benim
Butão
Burkina Faso
Burundi
Camboja
Cabo Verde
Rep. Centro-Africana
Chade
Comores
Congo, Rep. Dem.
Djibuti
Guiné Equatorial
Eritreia
Etiópia
Gâmbia
Guiné
Guiné-Bissau
Haiti
Laos
Lesoto
Madagáscar
Malawi
Maldivas
Mali
Mauritânia
Moçambique
Mianmar
Nepal
Níger
Ruanda
Samoa (Ocidental)
Serra Leoa
Sudão
Tânzania
Togo
Uganda
Iémen
Zâmbia
(40 países e áreas)
Europa do Leste e
Comunidade de
Estados Independentes
(CEI)
Albânia
Arménia
Azerbaijão
Bielorrússia
Bulgária
Croácia
República Checa
Estónia
Geórgia
Hungria
Cazaquistão
Quirguistão
Letónia
Lituânia
Macedónia
Moldávia
Polónia
Roménia
Federação Russa
Eslováquia
Eslovénia
Tajiquistão
Turquemenistão
Ucrânia
Usbequistão
(25 países e áreas)
Países da OCDE
Austrália
Áustria
Bélgica
Canadá
República Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Japão
Coreia do Sul
Luxemburgo
México
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Polónia
Portugal
Eslováquia
Espanha
Suécia
Suíça
Turquia
Reino Unido
Estados Unidos
(30 países e áreas)
Países de
Rendimento elevado b
Austrália
Áustria
Bélgica
Canadá
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Islândia
Irlanda
Itália
Japão
Luxemburgo
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Portugal
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
Estados Unidos
(23 países e áreas)
a. A classificação países menos desenvolvidos é baseada na definição da ONU, utilizada desde 1994 (com a lista de países publicada em UN 1996). Senegal foi acrescentado à lista em
12 de Abril de 2001, mas não foi incluído no grupo de países menos desenvolvidos do Relatório deste ano porque a sua integração aconteceu depois de finalizados estes agregados.
b. Exclui a República Checa, Hungria, Coreia do Sul, México, Polónia, Eslováquia e Turquia.
CLASSIFICAÇÃO DOS PAÍSES
259
Países em desenvolvimento nos grupos regionais
Países Árabes
Ásia e Pacífico
Argélia
Barém
Djibuti
Egipto
Jordânia
Kuwait
Líbano
Líbia
Marrocos
Omã
Catar
Arábia Saudita
Sudão
Síria
Tunísia
Emiratos Árabes Unidos
Iémen
(17 países e áreas)
Ásia Oriental e Pacífico
Brunei
Camboja
China
Fidji
Hong Kong, China (RAE)
Indonésia
Coreia do Sul
Laos
Malásia
Mongólia
Mianmar
Papua-Nova Guiné
Filipinas
Samoa (Ocidental)
Singapura
Tailândia
Vietname
(17 países e áreas)
Ásia do Sul
Bangladeche
Butão
Índia
Irão
Maldivas
Nepal
Paquistão
Sri Lanka
(8 países e áreas)
260
América Latina
e Caraíbas
(incluindo o México)
Argentina
Baamas
Barbados
Belize
Bolívia
Brasil
Chile
Colômbia
Costa Rica
República Dominicana
Equador
El Salvador
Guatemala
Guiana
Haiti
Honduras
Jamaica
México
Nicarágua
Panamá
Paraguai
Peru
Suriname
Trindade e Tobago
Uruguai
Venezuela
(26 países e áreas)
Europa do Sul
África Subsariana
Chipre
Turquia
(2 países e áreas)
Angola
Benim
Botswana
Burkina Faso
Burundi
Camarões
Cabo Verde
Rep. Centro-Africana
Chade
Comores
Congo
Congo, Rep. Dem.
Costa do Marfim
Guiné Equatorial
Eritreia
Etiópia
Gabão
Gâmbia
Gana
Guiné
Guiné-Bissau
Quénia
Lesoto
Madagáscar
Malawi
Mali
Mauritânia
Maurícias
Moçambique
Namíbia
Níger
Nigéria
Ruanda
Senegal
Serra Leoa
África do Sul
Suazilândia
Tânzania
Togo
Uganda
Zâmbia
Zimbabwe
(42 países e áreas)
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
ÍNDICE DOS INDICADORES
Indicador
Quadros de
indicadores
A
Água, fontes melhoradas
população que não usa
população que usa
Ajuda pública ao desenvolvimento (APD)
desembolsada, líquida
em % do PNB
donativos líquidos das ONG em % do PNB
per capita do país doador
aos países menos desenvolvidos
total (milhões de dólares)
Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida
(desembolsos líquidos)
em % do PIB
per capita
total
Alfabetização de adultos, taxa
feminina
feminina em % da masculina
índice
masculina
Alfabetização de jovens, taxa
feminina
feminina em % da masculina
índice
Altura deficiente para a idade,
crianças menores de cinco anos
Analfabetismo de adultos, taxa
Armas convencionais, transferências
exportações
quota
total
importações
índice
total
3
6, 28
14
14
14
14
14
15
15
15
1, 10, 28
21, 23
23
10
21
10
23
23
10
7
3
19
19
19
19
C
Ciências, matemática e engenharia,
estudantes do superior em
Combustível tradicional, consumo
Consumo de cigarros por adulto, média anual
Contraceptivos, utilização
Crianças que atingem o 5º ano
Criminalidade, pessoas vitimizadas
assalto
suborno (corrupção)
crimes de propriedade
roubo
assalto sexual
criminalidade total
10
18
7
6
10
20
20
20
20
20
20
D
Desemprego, de longa duração
ÍNDICE DOS INDICADORES
4
Indicador
feminino
masculino
Desemprego, taxa
média anual
feminina em % da masculina
jovem
jovem, feminina em % da masculina
Direitos fundamentais do trabalho,
estatuto das convenções
Quadros de
indicadores
17
17
17
17
17
17
17
27
E
Educação, despesa pública
em % do PNB
em % da despesa pública total
pré-primária e primária
secundária
superior
Educação, índice
Electricidade, consumo per capita
Emissões de dióxido de carbono
per capita
parte do total mundial
Emprego por actividade económica
agricultura
feminino
masculino
indústria
feminino
masculino
serviços
feminino
masculino
Energia utilizada, PIB por unidade
Escolarização, taxa bruta
combinada primário, secundário e superior
feminina
masculina
superior
feminina
masculina
Escolarização, taxa líquida
primária
feminina
feminina em % da masculina
índice
secundária
feminina
feminina em % da masculina
índice
Esperança de vida à nascença
feminino
masculino
Esperança de vida, índice
Exportações
de bens e serviços
9, 16
9
9
9
9
9
1
18
18
18
24
24
24
24
24
24
18
1, 28
21
21
23
23
10
23
23
10
10
23
23
10
1, 8, 28
21
21
1
13
261
ÍNDICE DOS INDICADORES
Indicador
Quadros de
indicadores
alta tecnologia
manufacturadas
primárias
13
13
13
F
Fertilidade total, taxa
Fluxos privados, outros
Forças armadas
índice
total
5, 28
15
19
19
H
HIV/SIDA
taxa de adultos
crianças vivendo com
mulheres vivendo com
7, 28
7
7
I
Importações de bens e serviços
Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG)
Índice de desenvolvimento humano (IDH)
tendências
Índice de pobreza humana (IPH-1)
para países em desenvolvimento
Índice de pobreza humana (IPH-2)
para países seleccionados da OCDE
Índice de preços no consumidor,
variação média anual
Instalações sanitárias adequadas, população com
Instrumentos internacionais de direitos humanos,
estatuto dos principais
Insuficiência de peso, crianças nascidas com
Investimento directo estrangeiro, fluxos líquidos
13
21
1
2
3
4
11
6
26
7
15
M
Malária, casos
Medicamentos essenciais, população com acesso
Médicos
Medida de participação segundo o género (MPG)
Militar, despesa
Mortalidade de menores de cinco anos, taxa
Mortalidade infantil, taxa
Mortalidade materna, taxa registada
7
6
6
22
16
8, 28
8, 28
8
P
Participação económica das mulheres
legisladoras, funcionárias superiores e gestoras
trabalhadores especializadas e técnicas
Participação política das mulheres
legisladoras, funcionárias superiores e gestoras
262
22
22
Indicador
Quadros de
indicadores
lugares no parlamento ocupados por mulheres
mulheres no governo ao nível ministerial
ano da primeira mulher eleita ou nomeada
para o parlamento
ano em que as mulheres receberam o direito
de candidatar às eleições
ano em que as mulheres receberam o direito de votar
Partos assistidos por técnicos de saúde
Peso deficiente para a idade,
crianças menores de cinco anos
Pessoas desempregadas
Pessoas deslocadas internamente
Pessoas que são funcionalmente analfabetas
Pessoas subalimentadas
PIB per capita (dólares PPC)
taxa de crescimento anual
valor mais elevado em 1975-99
ano do valor mais elevado
PIB, índice
PIB, total
em milhares de milhões de dólares PPC
em milhares de milhões de dólares EUA
População
taxa de crescimento anual
com 65 anos e mais
total
com menos de 15 anos
urbana
22, 25
25
25
25
25
6
3, 7
17
19
4
7, 28
1, 11, 28
111
11
11
1
11
11
5
5
5, 28
5
5
R
Refugiados
por país de asilo
por país de origem
Rendimento auferido, estimado
rácio feminino/masculino
feminino
masculino
Rendimento ou consumo, parte
10% mais pobres
20% mais pobres
10% mais ricos
20% mais ricos
Rendimento, medidas de desigualdade
índice de Gini
rácio 10% mais ricos para 10% mais pobres
rácio 20% mais ricos para 20% mais pobres
Rendimento, privação
população que vive com menos de 1 dólar por dia
população que vive com menos de 4 dólares por dia
população que vive com menos de 11 dólares por dia
população que vive com menos de 50%
do rendimento médio
população que vive abaixo
da linha de pobreza nacional
19
19
22
21
21
12
12
12
12
12
12
12
3
4
4
4
3
22
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001
ÍNDICE DOS INDICADORES
Indicador
Quadros de
indicadores
S
Saúde, despesa
per capita (dólares PPC)
6
privada
6
pública
6, 16
Serviço da dívida
em % das exportações de bens e serviços
15
em % do PIB
15, 16
Sobrevivência
probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos 3
probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos 4
probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos
feminino
8
masculino
8
Indicador
Terapia de reidratação oral, taxa de utilização
Termos de troca
Trabalhadores contribuindo para a família
feminino
masculino
Tratados ambientais, ratificação
Tuberculose, casos
Quadros de
indicadores
6
13
24
24
18
7
V
Vacinação, crianças de um ano
contra a tuberculose
contra o sarampo
6
6
T
Taxa de actividade económica feminina
em % da taxa masculina
índice
ÍNDICE DOS INDICADORES
24
24
24
263
Países e regiões que produziram relatórios de desenvolvimento humano
Países Árabes
Argélia, 1998, 2000*
Barém, 1998
Djibuti, 2000
Egipto, 1994, 1995, 1996, 1997–98
Iraque, 1995
Jordânia, 2000, 2001*
Kuwait, 1997, 1998–99, 2000*
Líbano, 1997, 1998, 2000*
Líbia, 1999
Marrocos, 1997, 1998–99, 2001*
Territórios Ocupados da Palestina, 1996–97
Arábia Saudita, 2000*
Somália, 1998
Tunísia, 1999
Emiratos Árabes Unidos, 1997
Iémen, 1998, 2000*
Ásia e Pacífico
Bangladeche, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1998, 2000
Butão, 1999
Camboja, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001*
China, 1997, 1999, 2001*
Timor Leste, 2001*
Índia, 2001*
Índia, Arunachal Pradesh, 2001*
Índia, Assam, 2001*
Índia, Himachal Pradesh, 2001*
Índia, Karnataka, 1999, 2001*
Índia, Madhya Pradesh, 1995, 1998, 2001*
Índia, Maharashtra, 2001*
Índia, Orissa, 2001*
Índia, Punjab, 2001*
Índia, Rajasthan, 1999, 2000*
Índia, Sikkim, 2001*
Índia, Tamil Nadu, 2001*
Índia, Uttar Pradesh, 2001*
Indonésia, 2001*
Irão, 1999
Coreia do Sul, 1998
Laos, 1998, 2001*
Maldivas, 2000*
Mongólia, 1997, 2000
Mianmar, 1998
Nepal, 1998, 2000*
Paquistão, 2001*
Palau, 1999
Papua-Nova Guiné, 1998
Filipinas, 1994, 1997, 2000, 2001*
Singapura, 2001*
Ilhas Salomão, 2001*
Sri Lanka, 1998, 2001*
Tailândia, 1999
Tuvalu, 1999
Vanuatu, 1996
Europa e CEI
Albânia, 1995, 1996, 1998, 2000
Arménia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Azerbaijão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Bielorrússia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Bósnia, 1998, 1999, 2000
Bulgária, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Bulgária, Sofia, 1997
Croácia, 1997, 1998, 1999
República Checa, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Estónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Geórgia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001*
Hungria, 1995, 1996, 1998, 1999
Cazaquistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Quirguistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Letónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Lituânia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Macedónia, 1997, 1998, 1999
Malta, 1996
Moldávia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Polónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001*
Roménia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Federação Russa, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Santa Helena, 1999
Eslováquia, 1995, 1997, 1998, 1999, 2000
Eslovénia, 1998, 1999, 2000
Tajiquistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
Turquia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Turquemenistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000*
Ucrânia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
Usbequistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
Jugoslávia, 1996, 1997
América Latina e Caraíbas
Argentina, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
Argentina, Província de Buenos Aires, 1996, 1997,
1998, 1999
Argentina, Província de Catamarca, 1996
Argentina, Província de Entre Ríos, 1996
Argentina, Província de Mendoza, 1996
Argentina, Província de Neuquén, 1996
Belize, 1997, 1998
Bolívia, 1998, 2000
Bolívia, Cochabamba, 1995
Bolívia, La Paz, 1995
Bolívia, Santa Cruz, 1995
Brasil, 1996, 1998
Chile, 1996, 1998, 2000
Colômbia, 1998, 1999, 2000
Costa Rica, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
Cuba, 1996, 1999
República Dominicana, 1997, 1999
Equador, 1999
El Salvador, 1997, 1999
Guatemala, 1998, 1999, 2000
Guiana, 1996, 1999–2000*
Honduras, 1998, 1999
Jamaica, 2000
Nicarágua, 2000
Panamá, 2001*
Paraguai, 1995, 1996
Peru, 1997
Trindade e Tobago, 2000
Uruguai, 1999
Venezuela, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999
África Subsariana
Angola, 1997, 1998, 1999
Benim, 1997, 1998, 1999, 2000
Botswana, 1997, 2000
Burkina Faso, 1997, 1998
Burundi, 1997, 1999
Camarões, 1992, 1993, 1996, 1998
Cabo Verde, 1997, 1998
Rep. Centro-Africana, 1996
Chade, 1997
Comores, 1997, 1998, 2001*
Costa do Marfim, 1997, 2000
Guiné Equatorial, 1996, 1997
Etiópia, 1997, 1998
Gabão, 1998, 1999
Gâmbia, 1997, 2000
Gana, 1997, 1998, 1999, 2000
Guiné, 1997
Guiné-Bissau, 1997
Quénia, 1999
Lesoto, 1998, 2001*
Libéria, 1999
Madagáscar, 1997, 1999
Malawi, 1997, 1998
Mali, 1995, 1998, 1999, 2000
Mauritânia, 1996, 1997, 1998, 2000
Moçambique, 1998, 1999, 2000*
Namíbia, 1996, 1997, 1998
Níger, 1997, 1998, 1999, 2000*
Nigéria, 1996, 1998, 2000*
São Tomé e Príncipe, 1998
Senegal, 1998
Serra Leoa, 1996
África do Sul, 1998, 2000
Suazilândia, 1997, 1998
Tânzania, 1997, 1999, 2001*
Togo, 1995, 1997, 1999
Uganda, 1996, 1997, 1998
Zâmbia, 1997, 1998, 1999–2000
Zimbabwe, 1998
Relatórios regionais
África Ocidental e Central, 2001*
África, 1995
América Central, 1999, 2001*
América Latina e Caraíbas, 2001*
Ásia do Sudeste, 2001*
Ásia do Sul, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001*
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral,
1998, 2001*
Europa e CEI, 1995, 1996, 1997, 1999
Ilhas do Pacífico, 1994, 1999
Países Árabes, 2001*
* Em preparação em Março de 2001.
Note: Informação em Março de 2001.
Fonte: Preparado pelo Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano.
264
RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001