CAPÍTULO 1 Desenvolvimento humano – passado, presente e futuro O desenvolvimento humano é muito mais do que o aumento ou quebra dos rendimentos nacionais. Tem a ver com a criação de um ambiente no qual as pessoas possam desenvolver o seu pleno potencial e levar vidas produtivas e criativas, de acordo com as suas necessidades e interesses. As pessoas são a verdadeira riqueza das nações. O desenvolvimento tem a ver, portanto, com o alargamento das escolhas que as pessoas têm para levar uma vida a que dêem valor. E tem a ver com muito mais do que o crescimento económico, que é apenas um meio – ainda que muito importante – de alargar as escolhas das pessoas. Para alargar estas escolhas, é fundamental a criação das capacidades humanas – o conjunto de coisas que as pessoas podem ser, ou fazer, na vida. As capacidades mais elementares para o desenvolvimento humano são: ter uma vida longa e saudável, ser instruído, ter acesso aos recursos necessários para um nível de vida digno e ser capaz de participar na vida da comunidade. Sem estas, muitas outras escolhas simplesmente não estão disponíveis e muitas oportunidades na vida mantém-se inacessíveis. Esta forma de olhar para o desenvolvimento, frequentemente esquecida na preocupação imediata com a acumulação de bens e riqueza financeira, não é nova. Os filósofos, economistas e líderes políticos, desde há muito que enfatizam o bem-estar humano como o objectivo, o fim, do desenvolvimento. Como dizia Aristóteles, na Grécia antiga, "A riqueza não é, evidentemente, o bem que procuramos, pois ela é útil apenas para obter outra coisa qualquer". Na procura dessa outra coisa qualquer, o desenvolvimento humano comunga de uma visão comum com os direitos humanos. O objectivo é a liberdade humana. E esta liberdade é vital na persecução das capacidades e na realização dos direitos. As pessoas têm de ser livres para exercer as suas escolhas e para participar na tomada de decisão que afecta as suas vidas. O desenvolvimento humano e os direitos humanos reforçamse mutuamente, ajudando a garantir o bem-estar e a dignidade de todos, criando respeito próprio e respeito pelos outros. O desenvolvimento tem TRINTA ANOS DE PROGRESSO IMPRESSIONANTE – MAS , UM LONGO CAMINHO AINDA A PERCORRER das escolhas que as Os desafios do desenvolvimento humano mantém-se grandes no novo milénio (quadros 1.1 e 1.2). Vemos, em todo o mundo, níveis inaceitáveis de privação na vida das pessoas. Dos 4,6 mil milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, mais de 850 milhões são analfabetas, perto de mil milhões não têm acesso a fontes de água melhoradas, e 2,4 mil milhões não têm acesso a saneamento básico.1 Perto de 325 milhões de rapazes e raparigas estão fora da escola.2 E 11 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem todos os anos de causas evitáveis – o equivalente a 30.000 por dia.3 Cerca uma vida a que dêem a ver com o alargamento pessoas têm para levar valor QUADRO 1.1 Privações graves em muitos aspectos da vida Países em desenvolvimento Saúde 968 milhões de pessoas não têm acesso a fontes de água melhoradas (1998) 2,4 mil milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico (1998) 34 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA (final de 2000) 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido à poluição do ar interna (1996) Educação 854 milhões de analfabetos adultos, dos quais 543 milhões de mulheres (2000) 325 milhões de crianças fora da escola nos níveis primário e secundário, das quais 183 milhões de raparigas (2000) Privação de rendimento 1,2 mil milhões de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993), 2,8 mil milhões com menos de 2 dólares por dia (1998) Crianças 163 milhões de crianças com peso deficiente menores de cinco anos (1998) 11 milhões de crianças menores de cinco anos morrem anualmente de causas evitáveis (1998) Países da OCDE 15% de adultos são funcionalmente analfabetos (1994-98) 130 milhões de pessoas privadas de rendimento (com menos de 50% do rendimento médio) (1999) 8 milhões de pessoas subalimentadas (1996-98) 1,5 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA (2000) Fonte: Smeeding 2001b; UNAIDS 2000a, 2000b; UNESCO 2000b; World Bank 2000d, 2001b, 2001c, 2001f; WHO 1997, 2000c; OECD e Statistics Canada 2000. DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 9 cadores deste Relatório fornecem um rico conjunto de dados sobre muitos indicadores de desenvolvimento humano, para 162 países, assim como agregados para países agrupados por região, rendimento e nível de desenvolvimento humano. O destaque 1.2 dá-nos um instantâneo. QUADRO 1.2 Países que sofreram retrocessos no índice de desenvolvimento humano, 1999 IDH mais baixo que em 1975 IDH lmais baixo que em 1980 IDH mais baixo que em 1985 IDH mais baixo que em 1990 IDH mais baixo que em 1995 Zâmbia Federação Russa Roménia Zimbabwe Botswana Bulgária Burúndi Congo Letónia Lesoto África do Sul Bielorrússia Camarões Lituânia Moldávia Quénia Suazilândia Ucrânia Malawi Namíbia CONTRASTES DO PROGRESSO Fonte: Quadro de indicadores 2. FIGURA 1.1 O crescimento do rendimento varia entre regiões Taxa de crescimento anual do PIB per capita (percentagem), 1975-99 6 Ásia Oriental e Pacífico 31% Parcela da população mundial 5 4 3 2 1 0 –1 Ásia do Sul OCDE 19% América Latina e Caraíbas Países Árabes 4% África Subsariana 10% Fonte: Quadro de indicadores 11. 10 23% 8% REGIONAIS NO CAMINHO de 1,2 mil milhões de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993),4 e 2,8 mil milhões com menos de 2 dólares por dia.5 Estas privações não estão limitadas aos países em desenvolvimento. Nos países da OCDE, mais de 130 milhões de pessoas estão privadas de rendimento,6 34 milhões estão desempregadas e as taxas de analfabetismo funcional entre os adultos são, em média, de 15%. A magnitude destes desafios parece desencorajadora. Contudo, só muito poucas pessoas reconhecem que os impressionantes ganhos do mundo em desenvolvimento, nos últimos 30 anos, demonstram a possibilidade de erradicar a pobreza. Uma criança nascida agora pode esperar viver mais oito anos do que uma nascida há 30 anos. Muitas mais pessoas podem ler e escrever, tendo a taxa de alfabetização de adultos aumentado de um valor estimado de 47%, em 1970, para 73% em 1999. A parcela de famílias rurais com acesso a água potável aumentou mais de cinco vezes.7 Muitas mais pessoas podem beneficiar de um nível de vida digno, tendo os rendimentos médios nos países em desenvolvimento quase duplicado, em termos reais, entre 1975 e 1998, de 1.300 dólares para 2.500 dólares (dólares PPC de 1985).8 As condições básicas para obter liberdades humanas transformaram-se nos 10 últimos anos, à medida que mais de 100 países em desenvolvimento e em transição acabaram com regimes militares ou de partido único, abrindo-se a escolhas políticas. E o compromisso formal com os padrões internacionais de direitos humanos cresceu extraordinariamente desde 1990. Estes são, apenas, alguns dos indicadores dos ganhos impressionantes em muitos aspectos do desenvolvimento humano (destaque 1.1). Para lá deste resultado de progresso mundial, está um quadro mais complexo de experiências variadas através de países, regiões, grupos de pessoas e dimensões de desenvolvimento humano. Os quadros de indi- Todas as regiões fizeram progressos no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos, mas avançando a passos muito diferentes e alcançando muito níveis diferentes. A Ásia Oriental e Pacífico fez um progresso rápido, sustentado, na maior parte das áreas, desde a expansão do conhecimento até à melhoria da sobrevivência, e ao aumento dos níveis de vida. A Ásia do Sul e a África Subsariana ficam muito para trás de outras regiões, com a pobreza humana e a privação de rendimento ainda elevadas. A taxa de alfabetização de adultos na Ásia do Sul é ainda de 55% e, na África Subsariana, de 60%, bem abaixo da média de 73% dos países em desenvolvimento. A esperança de vida à nascença na África Subsariana é ainda de apenas 48,8 anos, em comparação com mais de 60 anos em todas as outras regiões. E a parcela de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia atinge 46% na África Subsariana e 40% na Ásia do Sul, comparando com 15% na Ásia Oriental e Pacífico e na América Latina.9 Os Países Árabes também estão atrasados em muitos indicadores, mas têm estado a realizar o progresso mais rápido. Desde o princípio dos anos 70, a esperança de vida à nascença melhorou cerca de 14 anos e a taxa de mortalidade infantil de 85 por mil nados-vivos e, desde 1985, a taxa de alfabetização de adultos cresceu cerca de 15 pontos percentuais – um progresso mais rápido do que em qualquer outra região. As diferenças entre regiões e países são particularmente marcadas no crescimento económico, o qual gera recursos públicos para investir na educação e serviços de saúde e aumenta os recursos de que as pessoas dispõem para beneficiarem de um nível de vida digno e melhorarem muitos outros aspectos das suas vidas. Em 1975-99, o rendimento per capita quadruplicou na Ásia Oriental e Pacífico, crescendo 6% ao ano (figura 1.1). A taxa de crescimento na Ásia do Sul excedeu 2%. Dois países que, em conjunto, contribuem para um terço da população mundial, tiveram bom desempenho: o rendimento per capita da China cresceu a uma taxa impressionante de 8% ao ano, e o da Índia a uma taxa média de 3,2%. Os países da OCDE tiveram um crescimento RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 DESTAQUE 1.1 O PROGRESSO NOS ÚLTIMOS 30 ANOS TEM SIDO IMPRESSIONANTE… Reconhecimento mais activo dos direitos humanos A estrutura mundial do desenvolvimento humano transformou-se Países que ratificaram os 6 mais importantes convénios e convenções de direitos humanos Desenvolvimento humano 1975 Desenvolvimento humano predominantemente baixo e médio 191 (universal ratification) Elevado CDC 650 milhões 1,6 mil milhões Médio Baixo CEDAW ICERD ICCPR CIDESC CAT 150 1,1 mil milhões 100 1999 Desenvolvimento humano predominantemente médio e elevado Elevado 50 900 milhões 3,5 mil milhões Médio 500 milhões Baixo 0 1990 Número de pessoas Nota: Os dados referem-se apenas aos países que têm dados disponíveis para 1975 e 1999. Fonte: Baseado nos quadros de indicadores 2 e 5. As pessoas vivem mais, com mais saúde… Esperança Taxa de Mortalidade Pessoas de vida mortalidade de menores subalià nascença Infantil de 5 anos mentadas 1970–75 to 1995–2000 (anos) 80 1970–99 (por 1.000 nados-vivos) 0 1970–99 (por 1.000 nados-vivos) 0 1975–99 (milhões) Nota: Para os nomes completos das convenções, ver as abreviaturas.. Fonte: UN 2001b. …estão mais alfabetizadas e mais instruídas… Taxa de alfabetização de adultos 1970–2000 (est.) (percentagem) 2001 (30 de Março) Crianças fora da escola 1970–97 (percentagem) Primária Secundária 100 100 100 90 90 80 …e têm rendimentos mais elevados Países em desenvolvimento Taxa de escolarização bruta 1970–2000 (est.) (milhões) Rendimento Privação de rendimento 1975–98 (PIB per capita, dólares PPC 1985) 1990–98 (percentagem) 300 4,000 15 325 3,000 20 700 50 70 50 800 100 80 80 70 70 60 60 60 900 150 60 50 150 1,000 1970 50 Progresso em direcção à igualdade entre os sexos… Taxa de escolarização feminina (em percentagem da taxa masculina) Primária Secundária 35 100 100 90 90 90 80 80 Nota: Os dados sobre a pobreza referem-se à parcela da população que vive com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993). Fonte: Cálculos da Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g, 2001h.. … à sustentabilidade ambiental… Emissões de dióxido de carbono 0 … e à democracia Eficiência da energia (PIB em dólares PPC por kg de equivalente petróleo) 5.0 1997 4.0 1.0 80 0 Fonte: UNESCO 2000b. (toneladas de carvão per capita) Superior 100 1,000 400 0 Fonte: Quadro de indicadores 8 e FAO 2000b. Melhoria 30 375 20 50 250 25 2,000 40 100 200 Melhoria 350 Melhoria Melhoria 3.0 Países com eleições multipartidárias (percentagem) 100 1998 80 Melhoria 60 1998 1.1 70 70 70 60 60 60 50 50 50 Fonte: Baseado em UNESCO 2001a. 1998 1970 1.2 2.0 1980 Melhoria 40 Improvement 1980 1.3 Fonte: UNDP, UNDESA e WEC 2000; quadro de indicadores 18. DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 1974 1.0 0 20 0 Fonte: IMF, OECD, UN e World Bank 2000. 11 DESTAQUE 1.2 …MAS A MARCHA DO PROGRESSO E OS NÍVEIS DE REALIZAÇÃO VARIAM AMPLAMENTE ENTRE REGIÕES E GRUPOS Variações regionais na sobrevivência humana, educação e rendimento Taxa de mortalidade infantil Esperança de vida à nascença Taxa de alfabetização de adultos Rendimento (por 1.000 nados-vivos) (anos) (percentagem) (PIB per capita, dól. PPC) 1970 1970–75 1999 0 1985 1995–2000 80 OCDE Europa do Leste & CEI América Latina & Caraíbas Ásia Oriental e Pacífico Países Árabes 25 50 90 América Latina & Caraíbas Ásia Oriental e Pacífico Europa do Leste & CEI Países Árabes 70 22,000 OCDE América Latina & Caraíbas Ásia Oriental e Pacífico 7,500 80 América Latina & Caraíbas Europa do Leste & CEI Ásia do Sul 60 70 5,000 Países menos desenvolvidos África Subsariana 100 1999 Europa do Leste & CEI OCDE Ásia do Sul 75 1999 100 60 Países menos desenvolvidos África Subsariana 50 125 Países Árabes Países Árabes África Subsariana Ásia Oriental e Pacífico Ásia do Sul Países menos desenvolvidos 2,500 50 150 40 40 Fonte: Quadro de Indicadores 8. Fonte: Quadro de Indicadores 8. Fonte: Quadro de Indicadores 10. Ásia do Sul África Subsariana Países menos desenvolvidos 0 Fonte: Quadro de indicadores 11. Variações regionais no rendimento e pobreza humana Privação de rendimento (percentagem) Crianças com peso deficiente menores de cinco Fontes de água melhoradas (percentagem) (percentagem de pessoas sem acesso) 1998 1995–2000 0 0 Europa & Ásia Central Médio Oriente & África do Norte 10 10 Ásia Oriental & Pacífico América Latina & Caraíbas 2000 0 América Latina & Caraíbas 10 Arab States Ásia Oriental & Pacífico 20 Médio Oriente & África do Norte Ásia do Sul América Latina & Caraíbas 20 20 Ásia Oriental & Pacífico 30 40 30 Ásia do Sul 30 África Subsariana 40 40 África Subsariana África Subsariana Ásia do Sul 50 Fonte: Quadro de indicadores 7. Disparidade urbano-rural nas realizações e nas privações Percentagem 100 80 80 60 40 70 50 Urbano Taxa de alfabetização de adultos El Salvador, 1995 Rural Sem acesso a saneamento adequado Brasil, 1995 Que vivem abaixo da linha de pobreza Burkina Faso, 1998 Por todo o mundo, as realizações das mulheres atrasam-se e as privações são maiores Por 1.000 nados-vivos 50 80 70 20 Escolarização secundária 10 bruta 1997 0 50 0 Rural Feminino Taxa de mortalidade infantil (1-4 anos) 1988-98 Taxa de 40 alfabetização de adultos, 30 2000 90 60 20 Urbano Nota: Os dados referem-se às classificações regionais do Banco Mundial. Fonte: World Bank 2001h. Percentagem 100 Percentagem de pessoas 100 90 60 50 50 Nota: Os dados referem-se às classificações regionais do Banco Mundial e mostram a parcela da população que vive com menos de 1 dólar por dia (dólares PPC de 1993). Fonte: World Bank 2001c. Masculino Feminino Masculino Fonte: IFAD 2001. Fonte: UNESCO 2000b. Fonte: World Bank 2001h. 12 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 médio de 2% ao ano, aumentando os já elevados rendimentos para uma média superior a 22.000 dólares (PPC). Mas, nos Países Árabes e na América Latina e Caraíbas, o crescimento foi mais lento, de menos de 1% em média. Muito mais devastador foi o desempenho da África Subsariana, onde os já baixos rendimentos caíram; em 1975-99, o crescimento do PIB per capita na região foi de – 1% em média. Madagáscar e Mali têm, actualmente, rendimentos per capita de 799 e 753 dólares (dólares PPC de 1999) – abaixo dos 1.258 e 898 dólares (dólares PPC de 1999) de há 20 anos atrás. Em 16 outros países subsarianos, os rendimentos per capita também foram mais baixos em 1999 do que em 1975. Na Europa Oriental e Comunidade de Estados Independentes (CEI), os rendimentos caíram acentuadamente. Desde 1990, os rendimentos per capita diminuíram em 16 países-em 4 dos quais, caíram mais de metade. NOVOS DESAFIOS E RETROCESSOS O trajecto do desenvolvimento humano nunca é constante. O mundo em mudança traz sempre novos desafios, e a última década assistiu a retrocessos e reversões preocupantes. • No final de 2000, cerca de 36 milhões de pessoas viviam com HIV/SIDA-95% das quais nos países em desenvolvimento e 70% na África Subsariana. Só em 1999, foram mais de 5 milhões de novos infectados.10 Na África Subsariana, entre 1985-90 e 1995-2000, mais de 20 países experimentaram quebras na esperança de vida, devido, principalmente, ao HIV/SIDA. Em seis países – Botswana, Burúndi, Namíbia, Ruanda, Zâmbia e Zimbabwe – a esperança de vida reduziu-se de mais de sete anos.11 A propagação do HIV/SIDA tem múltiplas consequências para o desenvolvimento. Rouba aos países pessoas na sua plenitude e deixa crianças ao desamparo. No final de 1999, 13 milhões de crianças eram órfãos da SIDA.12 • Na Europa Oriental e CEI, o impacte destruidor da transição arrancou um elevado tributo em vidas humanas, com efeitos adversos sobre o rendimento, escolarização e esperança de vida, especialmente nos homens. • A segurança pessoal continua a ser ameaçada pela criminalidade e pelos conflitos. A globalização criou muitas oportunidades para a criminalidade transfronteiriça e para o aumento de sindicatos multinacionais do crime e de redes. Em 1995, o comércio ilegal de drogas estava estimado em 400 mil milhões de dólares,13 e cerca de 1,8 milhões de mulheres e crianças foram vítimas de tráfico ilegal.14 E, devido a conflitos, o mundo tem actualmente 12 milhões de refugiados e 5 milhões de pessoas deslocadas internamente.15 • A democracia é frágil e, frequentemente, sofre reversões. Governos eleitos foram derrubados em países como a Costa do Marfim e o Paquistão. FIGURA 1.2 O .800 QUE REVELAM OS Í NDICES DE Caminhos diferentes do progresso humano Índice de desenvolvimento humano DESENVOLVIMENTO E DE POBREZA HUMANAS O Relatório deste ano apresenta estimativas do índice de desenvolvimento humano (IDH) para 162 países, assim como as tendências do IDH para 97 países com dados para 1975-99 (caixa 1.1; ver quadros de indicadores 1 e 2). Os resultados mostram uma mudança substancial da população mundial, de níveis baixos para níveis médios de desenvolvimento humano e de níveis médios para níveis elevados (ver destaque 1.1). Como medida resumo do desenvolvimento humano, o IDH realça o sucesso de alguns países e o progresso mais lento de outros. Por exemplo, a Venezuela começou com um IDH mais alto do que o Brasil, em 1975, mas o Brasil fez um progresso muito mais rápido (figura 1.2). Coreia do Sul e Jamaica tinham posições idênticas no IDH, em 1975, mas actualmente a Coreia está na posição 27 e a Jamaica na 78. As posições no IDH e no PIB per capita podem ser bastante diferentes, mostrando que os países não têm de esperar pela prosperidade económica para fazer progressos no desenvolvimento humano (ver o quadro de indicadores 1). Costa Rica e Coreia do Sul tiveram, ambas, ganhos impressionantes no desenvolvimento humano, reflectidos em IDH superiores a 0,800, mas a Costa Rica obteve este resultado humano com apenas metade do rendimento da Coreia. O Paquistão e o Vietname têm rendimentos semelhantes, mas o Vietname fez muito mais na transformação desse rendimento em desenvolvimento humano (figura 1.3). Portanto, com as políticas certas, os países podem progredir mais depressa no desenvolvimento humano do que no crescimento económico. E se conseguirem assegurar que o crescimento favorece os pobres, podem fazer muito mais com o crescimento para promover o desenvolvimento humano. O IDH mede apenas a realização nacional média, não mede se ela é bem, ou mal, distribuída num país. A desagregação do IDH de um país por região e grupo populacional, pode realçar grandes disparidades e, em muitos países, os resultados animaram o debate nacional e ajudaram os decisores políticos a avaliar as diferenças no desenvolvimento humano, entre áreas rurais e urbanas, entre regiões e entre grupos étnicos e de rendimento. Na África do Sul, em 1996, o IDH DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO Venezuela Brasil .700 .600 1975 1999 Fonte: Quadro de indicadores 2. FIGURA 1.3 Nenhuma ligação automática entre rendimento e desenvolvimento humano Rendimento igual, IDH diferente, 1999 Rendimento Índice de PIB per capita desenvolvimento humano (dólares PPC) .800 8,000 7,000 .700 6,000 5,000 Vietname .600 4,000 3,000 .500 Paquistão 2,000 .400 1,000 0 Fonte: Quadro de indicadores 1. 13 CAIXA1.1 Medidas do desenvolvimento humano Os Relatórios de Desenvolvimento Humano, desde o primeiro, em 1990, têm publicado o índice de desenvolvimento humano (IDH) como uma medida compósita de desenvolvimento humano. Desde então, foram desenvolvidos três índices complementares: o índice de pobreza humana (IPH), o índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) e a medida de participação segundo o género (MPG). O conceito de desenvolvimento humano, contudo, é muito mais amplo do que o IDH e os índices complementares. É impossível apresentar uma medida compreensiva – ou mesmo um conjunto compreensivo de indicadores – porque muitas dimensões vitais do desenvolvimento humano, tais como a participação na vida da comunidade, não são facilmente quantificáveis. Embora as medidas compósitas simples possam chamar a atenção para as questões, com bastante eficácia, estes índices não substituem o tratamento completo de uma perspectiva plena de significado como é a do desenvolvimento humano. Índice de desenvolvimento humano O IDH mede os progressos globais de um país, em três dimensões básicas do desenvolvimento humano – longevidade, conhecimento e nível de vida digno. É medido pela esperança de vida, nível educacional (alfabetização de adultos e escolarização combinada do primário, secundário e superior) e rendimento per capita ajustado, em paridades de poder de compra (PPC). O IDH é um resumo e não uma medida compreensiva de desenvolvimento humano. Como resultado de refinamentos na metodologia do IDH, ao longo do tempo, e de modificações nas séries de dados, os valores do IDH não devem ser comparados entre as diferentes edições do Re- latório do Desenvolvimento Humano (ver quadro de indicadores nº 2, para uma tendência do IDH desde 1975, baseada em metodologia e dados consistentes). A procura de novos aperfeiçoamentos metodológicos e nos dados para o IDH continua. dade à nascença de não ultrapassar os 60 anos, a taxa de analfabetismo funcional dos adultos, a percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de privação de rendimento (com rendimento disponível das famílias inferior a 50% do valor médio) e a taxa de desemprego de longa duração (12 meses ou mais). Índice de pobreza humana Enquanto que o IDH mede o progresso global de um país na realização do desenvolvimento humano, o índice de pobreza humana (IPH) reflecte a distribuição do progresso e mede a acumulação de privações ainda existente. O IPH mede a privação nas mesmas dimensões do desenvolvimento humano básico que o IDH. IPH -1 O IPH-1 mede a pobreza nos países em desenvolvimento. Aborda as privações em três dimensões: longevidade, medida pela probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos; conhecimento, medido pela taxa de analfabetismo de adultos; e aprovisionamento económico global, público e privado, medido pela percentagem de pessoas que não utilizam fontes de água melhoradas e pela percentagem de crianças menores de cinco anos com peso deficiente. IPH -2 Dado que a privação humana varia com as condições sociais e económicas da comunidade, foi concebido um índice separado, o IPH-2, para medir a pobreza humana em países seleccionados da OCDE, baseado na maior disponibilidade de dados. O IPH-2 aborda a privação nas mesmas três dimensões que o IPH-1, e numa adicional, a exclusão social. Os indicadores são a probabili- Índice de desenvolvimento ajustado ao género O índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) mede os progressos nas mesmas dimensões, e utilizando os mesmo indicadores, que o IDH, mas capta as desigualdades na realização entre mulheres e homens. É, simplesmente, o IDH ajustado para baixo pela desigualdade entre os sexos. Quanto maior a disparidade entre os sexos quanto ao desenvolvimento humano básico, menor o IDG de um país, comparado com o seu IDH. Medida de participação segundo o género (MPG) A medida de participação segundo o género (MPG) mostra se a mulher pode tomar parte activa na vida económica e política. Ela aborda a participação, medindo a desigualdade entre os sexos nas áreas fundamentais da participação económica e política e da tomada de decisão. Rastreia a percentagem de mulheres no parlamento, entre os legisladores, funcionários superiores e gestores e entre trabalhadores especializados e técnicos – e a disparidade ente os sexos quanto ao rendimento auferido, reflectindo a independência económica. Diferindo do IDG, expõe a desigualdade de oportunidades em áreas seleccionadas. IDH, IPH-1, IPH-2, IDG - Mesmas componentes, medidas diferentes Índice Longevidade Conhecimento Nível de vida digno Participação ou exclusão IDH Esperança de vida à nascença 1. Taxa de alfabetização de adultos 2. Taxa de escolarização combinada PIB per capita (dólares PPC) — IPH-1 Probabilidade à nascença Taxa de analfabetismo de adultos de não ultrapassar os 40 anos Privação no aprovisionamento económico medido por: 1. Percentagem de pessoas que não usa fontes de água melhoradas 2. Percentagem de crianças menores de cinco anos com peso deficiente — IPH-2 Probabilidade à nascença Percentagem de adultos que são de não ultrapassar funcionalmente analfabetos os 60 anos Percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de privação de rendimento (50% do rendimento disponível médio das famílias) Taxa de desemprego de longa duração (12 meses ou mais) IDG Esperança de vida à nascença feminina e masculina 1. Taxas de alfabetização feminina e masculina Rendimentos auferidos estimados 2. Taxas de escolarização combinadas feminino e masculino, reflectindo o poder do primário, secundário e superior das mulheres e homens sobre os recursos feminina e masculina — Fonte: Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano. 14 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 para a Província do Norte era de apenas 0,531, comparativamente aos 0,712 de Gauteng.16 No Camboja, em 1999, o IDH dos 20% mais pobres era de 0,445, bem abaixo da média nacional de 0,517 e, mais importante, quase um terço menos do que o IDH de 0,623 dos 20% mais ricos.17 Na Guatemala, em 1998, o IDH rural, de 0,536, estava bem abaixo do IDH urbano, de 0,672.18 Nos Estados Unidos, em 1999, o IDH dos americanos brancos era de 0,870, á frente dos 0,805 dos afro-americanos e bem mais à frente dos 0,756 das pessoas de origem hispânica.19 No Nepal, em 1996, o IDH dos intocáveis era de 0,239, quase metade dos 0,439 dos Brâmanes.20 Outra forma de olhar para a distribuição das realizações nacionais do desenvolvimento humano, é a de estimar o índice de pobreza humana (IPH), uma medida multidimensional de pobreza introduzida em 1997. Tanzânia e Uganda, por exemplo, têm posições muito semelhantes no IDH (140 e 141), mas o Uganda tem maior pobreza humana (figura 1.4; ver quadro de indicadores 3). Da mesma forma, os 17 países da OCDE para os quais o IDH foi estimado, têm IDH muito idênticos, contudo os seus IPH variam desde 6,8% na Suécia, até 15,8% nos Estados Unidos (ver quadro de indicadores 4). A desagregação regional do IPH de um país pode identificar concentrações de empobrecimento. No Irão, em 1996, o IPH desagregado mostrou que a pobreza humana em Teerão era apenas um quarto da de Sistan e de Baluchestan.21 O IPH urbano das Honduras, em 1999, foi menos de metade do índice das áreas rurais.22 Na Namíbia, em 1998, o IPH das pessoas de língua inglesa foi menos de um nono do que o das pessoas de língua San.23 Existem diferenças semelhantes no mundo desenvolvido. Nos Estados Unidos, em 1999, o IPH do Wisconsin foi menos de metade do índice do Arkansas.24 DESIGUALDADES ENTRE SEXOS NAS CAPACIDADES E OPORTUNIDADES FIGURA 1.4 Porque avalia apenas a realização média, o IDH mascara as diferenças entre os sexos no desenvolvimento humano. Para revelar estas diferenças, o índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG), introduzido em 1995, ajusta o IDH às desigualdades nas realizações de homens e mulheres. Este ano, o IDG foi estimado para 146 países (ver quadro de indicadores 21). Com igualdade entre os sexos no desenvolvimento humano, o IDG e o IDH seriam iguais. Mas, para todos os países, o IDG é mais baixo do que o IDH, indicando a presença de desigualdade entre os sexos em todo o lado. Contudo, a extensão da desigualdade varia significativamente. Por exemplo, enquanto em muitos países as taxas de escolarização feminina e masculina são idênticas, em 43 países – incluindo a Índia, Moçambique e Iémen – as taxas masculinas são, no mínimo, 15 pontos percentuais mais altas do que as taxas femininas. E, embora tenha havido um bom avanço na eliminação das disparidades entre os sexos na escolarização primária e secundária, com o rácio entre raparigas e rapazes a atingir 89% no ensino primário e 82% no ensino secundário, nos países em desenvolvimento, em 1997,25 a escolarização secundária líquida das raparigas diminuiu em 27 países, entre meados dos anos 80 e 1997 (quadro 1.3). A medida de participação segundo o género (MPG), introduzida também em 1995, ajuda a avaliar a desigualdade entre aos sexos nas oportunidades económicas e políticas. Este ano, ela foi estimada para 64 países (ver quadro de indicadores 22). Algumas observações: • Os valores da MPG variam de menos de 0,300 até mais de 0,800, mostrando a grande variação em todo o mundo na capacitação das mulheres. Nenhuma ligação automática entre desenvolvimento humano e pobreza humana IDH igual, IPH diferente, 1999 Índice de desenvolvimento humano 1.00 Índice de pobreza humana (percentagem) 40 Uganda (IPH-1) 30 Tanzânia (IPH-1) .900 .800 .700 20 Estados Unidos (IPH-2) .600 .500 10 Noruega (IPH-2) .400 0 Fonte: Quadro de indicadores 1, 3 e 4. QUADRO 1.3 Países onde as taxas de escolarização secundária líquida das raparigas diminuiu, 1985-97 Países Árabes Ásia e Pacífico Barém Catar Iraque Kuwait Síria Mongólia Europa do Leste e CEI América Latina e Caraíbas Bulgária Croácia Estónia Federação Russa Geórgia Letónia Quirguistão Roménia Bolívia Equador Haiti Honduras África Subsariana Angola Camarões Congo Costa do Marfim Guiné Guiné Equatorial Lesoto Moçambique Rep. Centro-Africana Nota: Refere-se ao declínio de 5% ou mais. Fonte: UNIFEM 2000 DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 15 • Apenas 3 dos 64 países – Islândia, Noruega e Suécia – têm uma MPG de mais de 0,800. Cerca de 25 países têm uma MPG de menos de 0,500. Portanto, muitos países têm de avançar muito mais no alargamento de oportunidades económicas e políticas às mulheres. • Alguns países em desenvolvimento ultrapassam o desempenho de países industrializados muito mais ricos. Baamas e Trindade e Tobago estão à frente da Itália e Japão. Barbados têm uma MPG 30% superior ao da Grécia. A mensagem: rendimentos elevados não são um pré-requisito para criar oportunidades para as mulheres. • As desagregações da MPG nos relatórios nacionais de desenvolvimento humano mostram que as diferenças dentro de um país também podem ser grandes. Por exemplo, a MPG para o distrito de Puttalam no Sri Lanka, em 1994, era menos de 8% da de Nuwara Eliya.26 O crescimento do rendimento tem variado consideravelmente entre países, nas últimas décadas, mais até do que as tendências em muitos indicadores de desenvolvimento humano Há muita coisa a melhorar nas oportunidades económicas e políticas das mulheres. A parcela das mulheres em emprego remunerado, na indústria e serviços, aumentou na maior parte dos países. No entanto, em 1997, as mulheres que trabalhavam nestes sectores ganhavam, geralmente, 78% da remuneração homens. Apenas em oito países as mulheres detêm 30%, ou mais, dos lugares parlamentares. E apenas em quatro – Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia – houve progressos simultâneos nas taxas de escolarização secundária feminina (até 95% ou mais), na parcela das mulheres em emprego remunerado na indústria e serviços (até cerca de 50%) e na sua parcela de lugares parlamentares (até pelo menos 30%).27 FIGURA 1.5 Rendimentos comparados - regiões em desenvolvimento e países OCDE de rendimento elevado PIB per capita regional médio (dólares PPC de 1985) em proporção do dos países OCDE de rendimento elevado OCDE América Latina & Caraíbas OCDE /5 Ásia Oriental e Pacífico OCDE /10 Ásia do Sul OCDE /15 África Subsariana Países menos desenvolvidos OCDE /20 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 98 Nota: OCDE de rendimento elevado exclui os membros da OCDE classificados como países em desenvolvimento e os da Europa do Leste e CEI. Ver a classificação dos países. Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g. 16 RENDIMENTOS DESIGUAIS O rendimento é um meio muito importante de alargar as escolhas das pessoas e é usado no IDH como uma aproximação ao nível de vida digno. O crescimento do rendimento tem variado consideravelmente entre países, nas últimas décadas, mais até do que as tendências em muitos indicadores de desenvolvimento humano. A distribuição do rendimento mundial e a forma como está a mudar, são, assim, uma questão vital que merece consideração especial. Os níveis de rendimento entre os países têm divergido e convergido – com algumas regiões a fecharem o intervalo de rendimento e outros a alargarem-no (figura 1.5). Em 1960, houve um agrupamento por regiões, com a Ásia Oriental e Pacífico, a Ásia do Sul, a África Subsariana e os países menos desenvolvidos, a revelarem um rendimento médio per capita entre 1/9 e 1/10 do observado nos países de rendimento elevado da OCDE. A América Latina e Caraíbas andaram melhor, mas ficaram ainda apenas entre 1/3 e 1/2 do rendimento per capita desses países da OCDE. O crescimento impressionante da Ásia Oriental e Pacífico está reflectido na melhoria do rácio entre o seu rendimento e o dos países de rendimento elevado da OCDE, de cerca de 1/10 para quase 1/5, em 1960-98. O rendimento relativo na América Latina e Caraíbas permaneceu mais ou menos igual. O rendimento da Ásia do Sul – depois de ter piorado nos anos 60 e 70, melhorando depois significativamente, nos anos 80 e 90 – mantém-se em cerca de 1/10 do rendimento dos países da OCDE. Na África Subsariana, a situação piorou dramaticamente: o rendimento per capita, de quase 1/9 do observado nos países de rendimento elevado da OCDE, em 1960, caiu para cerca de 1/18, em 1998. Apesar de redução nas diferenças relativas entre muitos países, os intervalos absolutos no rendimento per capita aumentaram (figura 1.6). Mesmo para a Ásia Oriental e Pacífico, a região de crescimento mais rápido, a diferença absoluta do rendimento para o existente nos países de rendimento elevado da OCDE, alargou-se de cerca de 6.000 dólares, em 1960, para mais de 13.000 dólares, em 1998 (dólares PPC de 1985). DESIGUALDADE DENTRO DE CADA PA Í S – O QUE SE ESCONDE POR DETR Á S DOS RENDIMENTOS MÉDIOS ? Igualmente importante é a desigualdade de rendimentos dentro dos países, a qual pode afectar a prosperidade a longo prazo (caixa 1.2). Embora existam dados razoáveis RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 sobre a desigualdade dentro de cada país, para posições no tempo, os dados não assentam em levantamentos uniformes através dos países e, portanto, as comparações têm de ser tratadas com cuidado (ver quadro de indicadores 12).28 Mas, ainda que muito grosseiras, essas comparações revelam bastante sobre a desigualdade dentro de cada país. A variação é ampla, com os coeficientes de Gini variando de menos de 20 na Eslováquia, até 60 na Nicarágua e Suazilândia (figura 1.7). A situação tem vindo a melhorar, ou a deteriorar-se? Não é claro. Um estudo de 77 países, com 82% da população mundial, mostra que, entre os anos 50 e 90, a desigualdade cresceu em 45 países e caiu em 16.29 Muitos dos países com desigualdade crescente são os da Europa Oriental e CEI, que sofreram de crescimento baixo, ou negativo, nos anos 90. Nos restantes 16 países, ou não houve uma tendência clara, ou o rendimento diminuiu inicialmente, para depois se uniformizar. Os países da América Latina e Caraíbas têm das mais elevadas desigualdades de rendimento do mundo. Em 13 dos 20 países que possuem dados para os anos 90, os 10% mais pobres mais pobres possuem menos de 1/20 do rendimento dos 10% mais ricos. Esta grande desigualdade de rendimento coloca milhões na pobreza extrema e limita fortemente o efeito que um crescimento distribuído igualmente tem sobre a pobreza. Assim, a América Latina e Caraíbas apenas podem atingir a meta de desenvolvimento da Declaração do Milénio de reduzir a pobreza para metade até 2015, se a região gerar maior crescimento e se esse crescimento beneficiar mais do que proporcionalmente as populações pobres.30 FIGURA 1.6 Alargamento do hiato do rendimento entre regiões PIB per capita (dól. PPC de 1985) 1960 15.000 1998 OCDE de rendimento elevado CAIXA1.2 Porque razão a desigualdade é importante Se a desigualdade tem importância, e porquê, é uma velha questão – recuando para o tempo de Karl Marx e mesmo antes. Para os economistas do desenvolvimento, preocupados principalmente com os países pobres do mundo, as questões centrais têm sido o crescimento e a redução da pobreza, não a desigualdade. E para os economistas da corrente principal, durante a maior parte do período do pós-guerra do século XX, a desigualdade foi, na pior das hipóteses, um mal necessário – que ajudou a melhorar o crescimento com a concentração do rendimento nos ricos, que poupam e investem mais, e que criou incentivos para os indivíduos trabalharem com empenho, inovarem e assumirem riscos produtivos. Mas a desigualdade de rendimento é importante. Ela é importante, em si mesma, se as pessoas – e os países – se preocuparem com o estatuto do seu rendimento relativo. Ela pode importar, igualmente, por razões instrumentais – ou seja, porque afecta outros resultados. • A desigualdade pode exacerbar os efeitos do mercado e dos fracassos políticos sobre o crescimento e, consequentemente, sobre o progresso contra a pobreza. Isto torna a desigualdade um problema especial dos países pobres, onde os mercados imperfeitos e os fracassos institucionais são comuns. Por exemplo, onde os mercados de capitais são fracos, os pobres, a quem faltam bens colaterais, estão impossibilitados de pedir empréstimos. O seu potencial para iniciar pequenos negócios é limitado – reduzindo o crescimento global e limitando as oportunidades dos pobres. Embora o crescimento não seja sempre suficiente para fazer avançar o desenvolvimento humano e reduzir a privação de rendimento, a experiência da China, da Coreia do Sul e de outros países da Ásia Oriental, sugere que o seu contributo é grande. Finalmente, existe a realidade aritmética. Mesmo que haja crescimento e os pobres consigam ganhos proporcionais, a mesma taxa de crescimento gera menos redução da pobreza quando a desigualdade é elevada inicialmente. • A concentração do rendimento no topo pode minar as opções de políticas públicas – tais como o apoio a uma educação pública universal de alta qualidade – que podem fazer progredir o desenvolvimento humano. As políticas populistas que geram inflação prejudicam os pobres, a longo prazo. Os preços artificialmente baixos da água e saneamento significam que os serviços públicos arruinados nunca se estendem às comunidades pobres. Se os ricos apoiarem os subsídios à indústria ou empréstimos baratos aos grandes proprietários de terras, isso poderá, também, reduzir directamente o crescimento. Desenvolver e executar boas políticas sociais é particularmente difícil onde as desigualdades assumem a forma de concentração no topo, combinada com pobreza substancial na base-e, portanto, com falta de uma classe média que exija um governo responsável. • A desigualdade pode corroer o capital social, incluindo o sentimento de confiança e de responsabilidade dos cidadãos, que é fundamental para a formação e sustentabilidade de organizações públicas sãs. Ela pode minar a participação em esferas tão comuns da vida da comunidade como, os parques, ligas desportivas locais e associações de pais – professores de escolas públicas. A criminalidade de rua mina a vida comunitária e as diferenças na desigualdade de rendimento entre países estão estreitamente associadas com as diferenças nas taxas de criminalidade e violência. • A desigualdade pode, ao longo do tempo, aumentar a tolerância de uma sociedade para com a desigualdade. Se as pressões mundiais conduzirem a aumentos nas diferenças de salários (por exemplo, quando sobem os salários das pessoas mais qualificadas e com maior mobilidade internacional), a norma social sobre qual é o hiato salarial aceitável pode, eventualmente, mudar. Se a desigualdade tem importância, por qualquer uma das razões acima mencionadas, também tem importância a possibilidade de ela poder piora. 10.000 5.000 América Latina e Caraíbas Ásia Oriental e Pacífico 0 Ásia do Sul África Subsariana Países menos desenvolvidos Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g. Fonte: Birdsall (a publicar). DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 17 No início dos anos 90, os 10% mais pobres da população mundial tinham apenas 1,6% do rendimento dos 10% mais ricos Todos os cinco países sul-asiáticos, para os quais há dados, têm coeficientes de Gini bastante baixos, na ordem de 30. Embora os Países Árabes apresentem maior variação, também têm desigualdade de rendimento bastante baixa. Os países da Ásia Oriental e Pacífico não apresentam um padrão claro – variando da Coreia e Vietname, quase iguais, para a Malásia e Filipinas, bastante menos iguais. A China e Índia – dois países com rendimentos per capita baixos, mas de crescimento rápido, e com grandes populações – merecem consideração especial. Na China, a desigualdade seguiu um padrão em forma de U, caindo até meados dos anos 80 e crescendo desde então. A história é melhor na Índia, com a desigualdade em queda até há pouco e estacionária, depois.31 Muitos países na África Subsariana têm níveis elevados de desigualdade de rendimento. Em 16 dos 22 países subsarianos com dados para os anos 90, os 10% mais pobres da população tem menos de 1/10 do rendimento dos 10% mais ricos, e em 9 países, menos de 1/20. Apesar da necessidade premente de entender o que está a acontecer com a desigualdade de rendimento ao longo do tempo, nesta região pobre, os dados da tendência na distribuição do rendimento continuam demasiado limitados para permitirem conclusões. A maior parte dos países na Europa Oriental e CEI tem desigualdade relativamente baixa – embora existam excepções notórias, como as da Arménia e Federação Russa.32 Antes da transição para economias de mercado, os países da Europa Oriental e CEI estavam agrupados muito proximamente, com os coeficientes de Gini entre o baixo e o meio, na casa dos 20. As alterações na desigualdade durante a transição foram pequenas em países da Europa Oriental, como a Hungria e Eslovénia, mas bastante mais notórias nos países da antiga União Soviética. A Rússia viu o seu coeficiente de Gini dar um salto espectacular de cerca de 24 pontos e a Lituânia de cerca de 14.33 Entre os países da OCDE também existe diversidade na desigualdade de rendimento, desde os baixos níveis da Áustria e Dinamarca, até aos relativamente elevados do Reino Unido e Estados Unidos. Contudo, em termos gerais, a desigualdade de rendimento entre estes países é relativamente baixa.34 O que se passa com as tendências ao longo do tempo? Os resultados de vários estudos de países, e entre países, sugerem que a desigualdade de rendimento aumentou em muitos países da OCDE, entre meados e finais de 80 e meados e finais de 90 (quadro 1.4). Embora os dados dos períodos anteriores sejam mais limitados, estes países parecem ter experimentado uma alteração em forma de U na desigualdade, com as diminuições dos anos 70 a transformarem-se em aumentos, nos anos 80 e 90. O nível constante do Canadá e a ligeira melhoria da Dinamarca são excepções à tendência aparente. DESIGUALDADE MUNDIAL Uma outra medida de desigualdade observa tanto as comparações entre países, como dentro de cada país – alinhando toda a população mundial, desde os mais ricos até aos mais pobres (quanto ao poder de compra real), FIGURA 1.7 Desigualdade de rendimento dentro dos países Coeficiente de Gini, 1990-98 a 60 50 Nicarágua Brasil México 40 Suazilândia Nigéria Papua-Nova Guiné Ethiopia China Federação Russa Tunísia Estados Unidos Jamaica 30 20 América Latina e Caraíbas Burúndi África Subsarianaa Indonésia Coreia do Sul Ásia Oriental e Pacífico Egipto Eslováquia Europa do Leste e CEI 10 0 Polónia Países Árabes Alemanha Dinamarca Paquistão Índia Ásia do Sul OCDE Igualdade perfeita (Gini = 0) a. Os dados referem-se ao último ano disponível em 1990-98. Fonte: Quadro de indicadores 12. 18 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 independentemente das fronteiras nacionais (caixa 1.3). Um estudo recente de Milanovic compara a população mais rica do mundo com a mais pobre, traçando um quadro muito mais completo da desigualdade mundial do que a simples comparação de médias de países. Com base em inquéritos às famílias, para o período 1988-93, o estudo cobre 91 países (com cerca de 84% da população mundial) e ajusta os níveis de rendimento utilizando as conversões das paridades de poder de compra.35 A desvantagem é que o estudo se apoia totalmente em inquéritos sobre orçamentos familiares que não são necessariamente comparáveis e que são limitados no seu âmbito. No entanto, o estudo produziu alguns resultados poderosos:36 • A desigualdade mundial é muito elevada. Em 1993, os 10% mais pobres da população mundial tinham apenas 1,6% do rendimento dos 10% mais ricos. • O 1% mais rico da população mundial recebeu tanto rendimento como os 57% mais pobres. • Os 10% mais ricos da população dos Estados Unidos (cerca de 25 milhões de pessoas) tinham um rendimento conjunto maior do que o rendimento dos 43% mais pobres da população mundial (cerca de 2 mil milhões de pessoas). • Cerca de 25% da população mundial recebia 75% do rendimento mundial (em dólares PPC).37 • No Peru, tem havido um grande movimento de descida e subida na escada do rendimento. As oportunidades estão a aumentar com as reformas do mercado, mas as inseguranças também estão. Entre 1985 e 1991, 61% das famílias tiveram aumentos de rendimento de 30% ou mais, e 14% tiveram quebras de 30% ou mais. Globalmente, a mobilidade descendente dominou entre 1985-91, e a mobilidade ascendente dominou em 1991-97. Em todos os países, o ambiente familiar influencia significativamente a duração da escolaridade das crianças. As crianças com pais mais ricos e mais instruídos têm, sempre, mais probabilidade de melhor desempenho. Mas há grande variação entre países e períodos, dependendo das condições macroeconómicas e das políticas públicas de educação. Uma ênfase posta na escolaridade básica, na despesa pública, melhora a mobilidade intergeracional na América Latina.39 Nesta região, uma E MOBILIDADE Duas sociedades com a mesma desigualdade de rendimento podem diferir muito quanto à mobilidade e oportunidade de cada indivíduo – e quanto à mobilidade e oportunidade que as crianças têm relativamente aos seus pais. A incidência na mobilidade ajuda a identificar os factores que bloqueiam as oportunidades dos pobres e contribuem para a transmissão intergeracional de pobreza. Esta abordagem é bastante adequada para avaliar os efeitos das mudanças de política sobre a pobreza e a desigualdade. O problema é que a mobilidade é difícil de medir com precisão. No entanto, os poucos estudos que a examinam são sugestivos.38 • Na África do Sul, 63% das famílias pobres, em 1993, continuavam a sê-lo em 1998, enquanto 60% das famílias na categoria de rendimento mais elevada, em 1993, se mantinham nela, em 1998, demonstrando mobilidade de rendimento limitada. • Na Rússia, a mobilidade descendente foi extrema nos últimos anos da década de 90. Entre as famílias no quintil de rendimento mais elevado, em 1995, perto de 60% deslizou para quintis mais baixos, até 1998 – e 7% caiu para o último quintil. da população mundial recebeu tanto rendimento como os 57% mais pobres pessoa precisa de pelo menos 10 anos de escolaridade para ter 90% ou mais de probabilidade de não cair na pobreza, QUADRO 1.4 Tendências da distribuição do rendimento nos países da OCDE País DESIGUALDADE O 1% mais rico Austrália Áustria Bélgica Canadá Dinamarca Finlândia França Alemanha Irlanda Itália Japão Holanda Nova Zelândia Noruega Suécia Suíça Reino Unido Estados Unidos Início a meados de 70 para início a meados de 80 Meados ao final de 80 para meados ao final de 90 0 0 0 – .. – – – – –– 0 0 0 0 – .. ++ ++ + ++ + 0 – + .. + + ++ ++ ++ +++ ++ + + ++ ++ Nota: Os resultados são baseados na variação percentual dos coeficientes de Gini e reflectem as tendências gerais relatadas em estudos nacionais e comparativos. Contudo, as tendências são sempre sensíveis aos pontos iniciais e finais, bem como a outros factores. Os símbolos seguintes indicam a mudança na desigualdade do rendimento: + + + Crescimento de mais de 15% + + Crescimento de 7-15%. + Crescimento de 1-7%. 0 Variação entre -1% e 1%. – Diminuição de 1-7%. – – Diminuição de 7-15%. – – – Diminuição de mais de 15%. .. Não existem estimativas consistentes disponíveis. Fonte: Smeeding 2001a (a aparecer). DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 19 ou de sair dela. E possuir apenas menos dois anos de escolaridade representa menos 20% de rendimento para o resto da vida activa de uma pessoa.40 Com a globalização e o crescimento conduzido pela tecnologia, como irão mudar os determinantes da mobilidade? O DESENVOLVIMENTO HUMANO – NO CENTRO DA AGENDA ACTUAL Os relatórios nacionais de desenvolvimento humano introduziram o conceito de desenvolvimento humano nos diálogos de política nacional Mais de 360 relatórios nacionais e sub-nacionais de desenvolvimento humano foram produzidos por 120 países, a acrescentar a 9 relatórios regionais. Os relatórios introduziram o conceito de desenvolvimento humano nos diálogos de política nacional – não somente através de indicadores de desenvolvimento humano e de recomendações de política, mas também através de processos de consulta conduzidos pelos países, recolha de dados e elaboração de relatórios. O relatório de desenvolvimento humano de 2000, do Botswana, foca o modo como o HIV/SIDA está a reduzir o crescimento económico e a aumentar a pobreza, e dá orientações de política para a acção política aos mais altos níveis.41 O relatório estimulou a discussão pública sobre a acessibilidade aos medicamentos antiretrovirais e se o Governo deve ser responsável pela sua provisão. O Ministro da Saúde do Botswana pediu, então, ao Banco do Botswana para explorar a viabilidade financeira de tal abordagem. Foram convocadas reuniões no PNUD com os principais accionistas, incluindo a Agência Nacional de Coordenação da SIDA, os Ministérios da Saúde, Finanças e Desenvolvimento e as principais companhias de seguros. Aquelas consultas conduziram a uma decisão do Presidente do Botswana, em Março de 2001, de prover medicamentos antiretrovirais grátis aos 17% da população do país com HIV. O relatório de 2000, das Filipinas, analisa as questões da educação e os desafios que a sociedade filipina enfrenta nos próximos anos.42 Apela ao país para tirar partido da era das redes e das transformações tecnológicas actuais. O relatório estimulou importantes debates sobre a reforma da educação, no Senado e no seio do Governo do país. O relatório nacional de 1997 ajudou a catalisar uma directiva presidencial requerendo CAIXA1.3 Comparações internacionais de padrões de vida – a necessidade das paridades de poder de compra Para comparar os rendimentos das pessoas em países diferentes, os rendimentos têm, primeiro, de ser convertidos numa moeda comum. Até 1999, o Relatório do Desenvolvimento Humano utilizou medidas de rendimento baseadas nas conversões de taxas de câmbio, para avaliar a desigualdade mundial do rendimento (como na comparação do rendimento dos 20% mais ricos e dos 20% mais pobres do mundo). Mas as conversões das taxas de câmbio não tomam em consideração as diferenças de preços entre os países, o que é fundamental quando se comparam padrões de vida. Para ter em conta estas diferenças de preços, são usadas as taxas de conversão de paridades de poder de compra (PPC) para converter os rendimentos numa moeda comum, da qual foram eliminadas as diferenças entre os níveis de preços nacionais. As duas abordagens para medir a desigualdade produzem resultados muito diferentes. A utilização de taxas de câmbio não só produz medidas de desigualdade muito mais elevadas, como também afecta as tendências da desigualdade. Com a medida da taxa de câmbio, o rácio do rendimento entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres cresceu de 34 para 1, em 1970, para 70 para 1, em 1997. Com a medida da PPC, o rácio desceu de 15 para 1 até 13 para 1. Embora ambas as medidas mostrem desigualdade crescente entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres, a medida da taxa de câmbio mostra um aumento muito maior do que o crescimento dos padrões de vida reais. Embora a PPC seja a melhor forma de converter o rendimento quando se comparam padrões de vida, elas não estão livres de problemas teóricos e práticos. Estes problemas apontam para a necessidade de maior apoio – financeiro e organizacional – à recolha de dados da PPC. Desigualdade de rendimento entre os mais ricos e os mais pobres do mundo, com base nas médias dos países, 1970 e 1997 Medida 10% mais ricos para os 10% mais pobres 1970 1997 20% mais ricos para os 20% mais pobres 1970 1997 Taxa de câmbio Paridade de poder de compra 51,5 19,4 33,7 14,9 127,7 26,9 70,4 13,1 Fonte: UN 2000b; Melchior, Telle e Wiig 2000; Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001h e 2001g. 20 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 que os governos locais destinassem pelo menos 20% do rendimento interno às prioridades do desenvolvimento humano.43 Muitos dos 25 estados da Índia rivalizam com países de dimensão média, em dimensão, população e diversidade. O governo de Madhya Pradesh foi o primeiro a preparar um relatório estadual sobre o desenvolvimento humano, em 1995, para trazer o tema para o discurso político e para o planeamento do investimento.44 Até 1998, os serviços sociais representavam mais de 42% do investimento planeado, em comparação com os 19% do orçamento do plano anterior.45 Relatórios do desenvolvimento humano foram também preparados em Gujarat, Karnataka e Rajasthan e estão em curso em Arunachal Pradesh, Assam, Himachal Pradesh e Tamil Nadu.46 A preparação dos relatórios pelos estados transformou as prioridades de desenvolvimento humano em parte importante do discurso político e das estratégias de desenvolvimento. O primeiro relatório de desenvolvimento humano do Kuwait, em 1997, aumentou a consciência sobre o conceito de desenvolvimento humano e sobre a sua relevância na luta do país para mudar da dependência do petróleo para uma economia baseada no conhecimento.47 A produção e a promoção do relatório contribuíram para o avanço de novas ideias nas universidades, instituições de investigação e Governo. O Ministério do Plano começou a monitorizar o desenvolvimento humano e a incorporar a abordagem do desenvolvimento humano nos seus indicadores de planeamento estratégico. Dado o sucesso do primeiro relatório, o Ministério está a dar seguimento a um segundo. O relatório de 2000, da Colômbia, olha para os direitos humanos como uma parte intrínseca do desenvolvimento e mostra como eles trazem princípios de responsabilidade e justiça social para o processo de desenvolvimento.48 Mostrando as fraquezas na interpretação e execução de alguns direitos constitucionais, o relatório conduziu os debates e diálogos sobre os direitos humanos para um novo nível, focando fortemente os direitos económicos, sociais e culturais. Sublinha os serviços sociais básicos, discute a exclusão social e revisita os direitos do trabalho na globalização, trazendo uma nova visão para o desenvolvimento da Colômbia. O relatório de 2000, da Bulgária, analisando a situação socioeconómica em cada um dos 262 municípios do país, iniciou uma concorrência saudável entre municípios vizinhos para melhorar o desenvolvimento humano.49 O relatório foi utilizado na determinação de posições alvo para um amplo programa governamental de criação de emprego em pequenas actividades. Animou, também, debates construtivos nos meios de comunicação e entre presidentes de Câmaras, governadores e ministros, sobre assuntos como a descentralização, orçamentos municipais, realização educacional e subsídios. Depois do lançamento, em 2000, do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil – uma base de dados electrónica com indicadores de desenvolvimento humano para todos os 5.000 municípios brasileiros – a lei orçamental da administração central, para 2000,50 foi revista de forma a tornar o IDH obrigatório na abordagem dos programas sociais. Encorajado por esse movimento, o Estado de São Paulo produziu um novo índice que reflecte quer o desenvolvimento humano, quer a responsabilidade social. Tendo decidido institucionalizar o índice, o órgão legislativo do Estado tenciona aprovar um decreto tornando a produção do índice obrigatória para as administrações das cidades. OS OBJECTIVOS DO DESENVOLVIMENTO E ERRADICAÇÃO DA POBREZA DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO A Declaração do Milénio reconhece a sua "responsabilidade colectiva de defender os princípios da dignidade humana, igualdade e equidade, ao nível mundial" À medida que o mundo entrava no novo milénio, chefes de estado e de governo reuniram-se na Assembleia Geral das Nações Unidas para definir a sua visão para o mundo. Os líderes da cimeira adoptaram a Declaração do Milénio das Nações Unidas reconhecendo a sua "responsabilidade colectiva de defender os princípios da dignidade humana, igualdade e equidade, ao nível mundial". Entre os muitos objectivos estabelecidos pela declaração estão objectivos específicos, quantificados e monitorizáveis, para o desenvolvimento e erradicação da pobreza até 2015: • Reduzir a metade a proporção da população mundial que vive com menos de 1 dólar por dia. • Reduzir a metade a proporção da população mundial que sofre de fome. • Reduzir a metade a proporção da população mundial que não tem acesso a água potável. • Alcançar a escolaridade primária completa a nível mundial. • Alcançar a igualdade entre os sexos no acesso à educação. • Reduzir em três quartos as taxas de mortalidade materna. • Reduzir em dois terços as taxas de mortalidade de menores de cinco anos. • Parar e começar a inverter a propagação do HIV/SIDA, malária e outras doenças importantes. Estas metas baseiam-se nos objectivos de desenvolvimento internacional, que incluem mais três metas até DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 21 DESTAQUE 1.3 OBJECTIVOS DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO PARA 2015 Um balanço geral do desenvolvimento humano – objectivos, realizações e percurso incompleto Objectivos Realizações Reduzir para metade a proporção das pessoas que vivem em pobreza extrema. Entre 1990 e 1998, a parcela das pessoas que vivem com menos de 1 dólar (PPC dólares 1993) por dia, nos países em desenvolvimento, foi reduzida de 29% para 24%. O número de pessoas subalimentadas, no mundo em desenvolvimento, caiu até 40 milhões, entre 1990-92 e 1996-98. Mesmo que a proporção seja reduzida para metade em 2015, existirão ainda 900 milhões de pessoas vivendo em pobreza extrema, no mundo em desenvolvimento. Reduzir para metade a proporção das pessoas que não têm acesso a água potável. Cerca de 80% das pessoas do mundo em desenvolvimento têm, agora, acesso a fontes de água melhoradas. Perto de mil milhões de pessoas não têm, ainda, acesso a fontes de água melhoradas. Inscrever todas as crianças no ensino primário. Obter a realização universal da escolaridade primária. Até 1997, mais de 70 países tinham taxas de escolarização primária líquidas superiores a 80%. Em 29 dos 46 países com dados, 80% das crianças inscritas atingem o 5º ano. Nos próximos 15 anos deverão ser tomadas medidas para os 113 milhões de crianças que estão agora fora do ensino primário e para os milhões que vão entrar na idade escolar. Capacitar as mulheres e eliminar as desigualdades entre os sexos na educação primária e secundária. Até 1997, a taxa de escolarização feminina nos países em desenvolvimento tinha atingido 89% da taxa masculina ao nível do primário e 82% no secundário. Em 20 países, as taxas de escolarização secundária das raparigas continuam a ser menores do que dois terços das taxas dos rapazes. Reduzir as taxas mortalidade materna até três quartos. Apenas 32 países conseguiram uma taxa de mortalidade materna registada inferior a 20 por 100.000 nados-vivos. Em 21 países, a taxa de mortalidade materna registada excede 500 por 100.000 nados-vivos. Reduzir as taxas de mortalidade infantil até dois terçosa Em 1990-99 a mortalidade infantil foi reduzida em mais de 10%, de 64 por 1.000 nados-vivos para 56. A mortalidade de menores de cinco anos foi reduzida de 93 por 1.000 nados-vivos para 80, em 1990-99. A África Subsariana tem uma taxa de mortalidade infantil superior a 100 e uma taxa de mortalidade de menores de cinco anos superior a 170 – e tem vindo a fazer um progresso mais lento do que outras regiões. Parar e começar a inverter a propagação do HIV/SIDA. Em alguns países, como o Uganda e possivelmente a Zâmbia, a prevalência do HIV/SIDA está a dar sinais de declínio. Cerca de 36 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA. Prover acesso a serviços de saúde reprodutiva a todos os interessados.a A prevalência de contraceptivos atingiu cerca de 50% nos países em desenvolvimento. Cerca de 120 milhões de casais que querem usar a contracepção não têm acesso a ela. Executar estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável até 2005, para inverter a perda de recursos ambientais até 2015.a O número de países que estão a adoptar estratégias de desenvolvimento sustentável cresceu de menos de 25 em 1990 para mais de 50 em 1997. A execução das estratégias continua a ser mínima. Reduzir para metade a proporção das pessoas famintas. Reduzir as taxas de mortalidade de menores de cinco anos até dois terços. Percurso incompleto O mundo em desenvolvimento tem ainda 826 milhões de pessoas subalimentadas. a. Objectivo do desenvolvimento internacional. 22 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Os objectivos do desenvolvimento e erradicação da pobreza da Declaração do Milénio: como vão os países? Número de países muito atrasados ou em queda Objectivo (para 2015) Realizado No caminho Igualdade entre os sexos Eliminar a disparidade no ensino primário 15 Realizado 57 Eliminar a disparidade no ensino secundário 2 13 39 25 3 Muito atrasado Em queda Total 1 2 16 África PMD Subsariana 14 9 9 18 10 12 82 27 35 76 26 34 37 27 31 41 27 26 40 16 21 22 9 10 15 11 11 70 14 17 50 9 13 NÚMERO DE PAÍSES Mortalidade infantil e juvenil Reduzir as taxas de mortalidade infantil até dois terços a 63 Reduzir as taxas de mortalidade de menores de cinco até dois terços 66 14 73 17 9 66 10 Mortalidade materna Reduzir as taxas de mortalidade materna até três quartos 13 49 46 37 Comodidades básicas Reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso a água potável 18 32 42 41 Fome Reduzir para metade a proporção de pessoas famintas 37 6 23 3 17 Educação universal Inscrever todas as crianças no ensino primário 5 Obter a realização universal da escolaridade primária 8 27 4 32 13 9 28 15 Privação de rendimento extrema Reduzir para metade a proporção de pessoas que vivem em pobreza extrema Padrão de crescimento das actividades habituais Padrão de crescimento favorável aos pobres 11 29 39 4 6 19 31 31 Nota: A análise exclui os países de rendimento elevado da OCDE. Ver a nota técnica 3 para uma explicação dos critérios de avaliação do progresso e para informação sobre as fontes dos dados usados. PMD significa países menos desenvolvidos. a. Objectivo do desenvolvimento internacional. Objectivos da Declaração do Milénio: como vão os países? Percentagem da população mundiala Realizado ou no caminho Atrasado, muito atrasado ou em queda Sem dados Igualdade entre os sexos Eliminar a disparidade no ensino primário Eliminar a disparidade no ensino secundário 58 42 5 22 22 21 Mortalidade infantil e juvenil Reduzir as taxas de mortalidade infantil até dois terçosb Reduzir as taxas de mortalidade de menores de cinco até dois terços 23 23 62 62 (.) (.) Mortalidade materna Reduzir as taxas de mortalidade materna até três quartos 37 48 (.) Comodidades básicas Reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso a água potável 12 70 3 Fome Reduzir para metade a proporção de pessoas famintas 62 11 12 Educação universal Inscrever todas as crianças no ensino primário Obter a realização universal da escolaridade primária 34 26 5 13 46 46 Privação de rendimento extrema Reduzir para metade a proporção de pessoas que vivem em pobreza extrema 43 54 34 23 8 8 Objectivo (para 2015) Padrão de crescimento das actividades habituais Padrão de crescimento favorável aos pobres Nota: As parcelas da população não somam 100 porque a análise exclui os países de rendimento elevado da OCDE. a. Refere-se à soma das populações dos países nas respectivas categorias, em percentagem da população mundial. b. Objectivo do desenvolvimento internacional. Fonte: FAO 2000b; UNICEF 2001b, 2001c; World Bank 2000c, 2001h; UNESCO 2000b; UNFPA 2001; UNAIDS 1998, 2000b; IMF, OECD, UN e World Bank 2000; Hanmer, Healey e Naschold 2000. DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO 23 2005 – nomeadamente, reduzir em dois terços as taxas de mortalidade infantil, prover o acesso aos serviços de saúde reprodutiva a todos os que o queiram e executar estratégias nacionais para o desenvolvimento sustentado, para inverter a perda de recursos ambientais até 2015.51 Quais são as perspectivas de realização destes objectivos? As boas notícias são as de que, para a educação primária universal e igualdade entre os sexos na educação, muitos dos países em desenvolvimento que possuem dados, já atingiram estes objectivos ou estão no caminho para o conseguir (figura 1.3). Devido à importância da educação para tantas áreas do desenvolvimento, estas brilhantes perspectivas reforçam as possibilidades de acelerar o progresso em direcção a ou- tros objectivos (ver a contribuição especial do Presidente Kim Dae-jung da Coreia do Sul). Para além disso, mais de 60% da população mundial vive em 43 países que atingiram, ou estão em vias de atingir, o objectivo de redução para metade do número de pessoas famintas. As más notícias são as de que, em outras áreas, mais de metade dos países para os quais existem dados disponíveis, não irão atingir os objectivos sem uma aceleração significativa no progresso. Muitos destes fazem parte dos países menos desenvolvidos, na África Subsariana. Enquanto 50 países atingiram, ou estão em vias de atingir, o objectivo da água potável, 83 países , representando 70% da população mundial, estão a atrasar-se ou estão muito para trás. E enquanto 62 países CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL Desenvolvimento dos recursos humanos no século XXI: aumentar o conhecimento e as capacidades de informação Estamos a viver numa era de conhecimento e de informação, repleta de oportunidades mas, também, de perigos. Existem oportunidades para que os menos privilegiados e os pobres se tornem ricos e fortes. Mas, ao mesmo tempo, existe o perigo de que o hiato entre os países ricos e pobres possa alargar-se. A mensagem é clara. Temos que continuar a desenvolver os nossos recursos humanos. O sucesso ou o fracasso dos indivíduos e dos países, assim como a prosperidade da humanidade, depende de conseguirmos desenvolver sensatamente os nossos recursos humanos. Durante o século XX elementos tão tangíveis como o capital, o trabalho e os recursos naturais foram a força condutora por detrás do desenvolvimento económico. Mas, no novo século, elementos tão intangíveis como a informação e a criatividade darão aos países uma vantagem competitiva. Consequentemente, se formos bem sucedidos no desenvolvimento do potencial dos nossos cidadãos, fomentando um espírito de aventura criativo, os indivíduos e os países tornar-se-ão ricos, mesmo que não possuam muito capital, trabalho ou recursos naturais. A Coreia do Sul não é dotada com recursos naturais e capital suficientes, mas o seu povo possui o espírito do desafio e a confiança de que se pode tornar num país avançado de primeira ordem no novo século. A fonte da sua confiança está no seu potencial inato e na sua determinação de se desenvolver ao máximo. Com o seu entusiasmo permanente pela educação, o povo Coreano desenvolveu uma base de conhecimento impressionante. A percentagem de alunos do ensino secundário que entra na Universidade é de 68% na Coreia, uma das taxas mais elevadas do mundo. Os Coreanos têm também uma rica tradição de criatividade, absorvendo as culturas importadas na sua própria cultura, como é exemplificado pelas 24 suas próprias escolas de Budismo e Confucionismo. Baseados nesta tradição, estamos a fazer um esforço concertado para desenvolver os nossos recursos humanos com vista a tomar a dianteira na era do conhecimento e da informação. Estamos a oferecer oportunidades educativas a todos os cidadãos, incluindo estudantes, agricultores, pescadores, homens e mulheres das forças militares e prisioneiros, para aumentar as suas capacidades de informação. Completámos a construção de uma rede nacional de auto-estradas de informação e estamos, agora, a providenciar às escolas elementares, médias e secundárias o acesso rápido e gratuito à Internet. Estamos a combinar indústrias convencionais, como a produção de automóveis, construção naval, têxteis e mesmo a indústria agrícola, com capacidades de informação. O número de utilizadores da Internet na Coreia atingiu, recentemente, o máximo de 20 milhões e cerca de 28% da população, ou 4 milhões de famílias, têm acesso rápido à Internet. E planeamos produzir cerca de 200.000 especialistas em informação e tecnologia por volta de 2005. Tudo isto faz parte dos nossos esforços para tornar a Coreia num país com capacidades de conhecimento e informação avançadas no século XXI. Acredito que os países em desenvolvimento que ficaram para trás na sua industrialização, durante o século XX, podem ultrapassar a pobreza e alcançar o crescimento económico através do desenvolvimento bem sucedido dos seus recursos humanos. E para o fazerem, são vitais a ajuda e a cooperação da comunidade internacional. O aumento das capacidades de informação pode trazer-nos a abundânica, através do aumento da eficiência. Mas a divisão digital entre os que detém a tecnologia de informação e os que não a detém, está também a alargar-se. O mundo inteiro deve cooperar para estreitar a diferença e procurar a prosperidade comum. Para esse fim, devemos levar "a globalização da informação" um passo mais adiante, para "a globalização dos benefícios da informação". Os países em desenvolvimento devem ser capazes de participar no processo de promoção das capacidades de informação e de receber a sua parcela justa de benefícios. Devemos fazer um esforço conjunto, quer regional, quer mundialmente, para que toda a humanidade possa partilhar os benefícios da informação avançada e das tecnologias de comunicação. As propostas da Coreia para o desenvolvimento conjunto de indústrias de ponta foram adoptadas em vários fóruns multilaterais, incluindo a ASEM, a APEC e a ASEAN+3. Além disso, a Coreia organizou em Seul, em Fevereiro de 2000, um fórum sobre Cooperação Sul-Sul em Ciência e Tecnologia, em conjugação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, para ajudar a construir uma rede de cooperação de desenvolvimento tecnológico entre os países em desenvolvimento. A Coreia continuará a apoiar os países em desenvolvimento através do programa de ajuda pública ao desenvolvimento, ao mesmo tempo que participa activamente nos esforços internacionais para ajudar esses países a aumentar as suas capacidades de informação. É crença deste governo, que só através de tais esforços toda a humanidade pode partilhar a paz e a prosperidade. Kim Dae-jung Presidente da Coreia do Sul RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 estão em vias de reduzir a mortalidade materna até três quartos, 83 estão a atrasar-se ou estão muito para trás. Quanto à privação de rendimento, mais de 40% da população mundial vive em países que estão no caminho para atingir o objectivo. Mas, estão concentrados em 11 países, incluindo a Índia e a China, enquanto 70 países estão muito atrasados ou em queda. Ainda que estes países contenham apenas um terço da população mundial, no entanto, correspondem a mais de metade de todos os países em desenvolvimento. Sem a China e a Índia, 9 países, com 5% da população mundial, estariam no caminho para reduzir a metade a proporção das pessoas que vivem com extrema privação de rendimento. A situação é possivelmente muito séria para a mortalidade de menores cinco anos. Enquanto 66 países estão em vias de atingir o objectivo, 83 países, com cerca de 60% da população mundial, estão a atrasar-se ou a ficar muito para trás – e em 10 países, as taxas de mortalidade de menores de cinco anos estão a aumentar. Embora não existam dados de tendência comparáveis sobre a prevalência do HIV/SIDA para fazer uma análise completa, a prevalência mundial do HIV/SIDA entre os adultos está ainda em crescimento, com apenas poucos países, como o Uganda e, possivelmente, a Zâmbia, a darem sinais de redução.52 O progresso humano nos últimos 30 anos mostranos o que é possível. O mesmo faz o Relatório deste ano. Uma das suas principais mensagens é a de que o avanço tecnológico contribuiu grandemente para a aceleração do progresso humano nos vários séculos anteriores. Estas contribuições têm a promessa duma aceleração ainda maior. DESENVOLVIMENTO HUMANO – PASSADO, PRESENTE E FUTURO O avanço tecnológico contribuiu grandemente para a aceleração do progresso humano nos vários séculos anteriores 25 CAPÍTULO 2 Transformações tecnológicas actuais – criação da era das redes A inovação tecnológica é essencial para o progresso humano. Desde a tipografia ao computador, desde a primeira utilização da penicilina até à utilização alargada de vacinas, as pessoas têm procurado instrumentos para a melhoria da saúde, aumento da produtividade e aperfeiçoamento da aprendizagem e comunicação. Hoje, a tecnologia está a merecer uma nova atenção. Porquê? Porque os progressos digitais, genéticos e moleculares estão a avançar as fronteiras de possibilidades de utilização da tecnologia para a erradicação da pobreza. Estes avanços estão a criar novas possibilidades de melhoria da saúde e nutrição, de expansão dos conhecimentos, de estímulo do crescimento económico e de maior poder de participação das pessoas nas suas comunidades. As transformações tecnológicas actuais estão interligadas com uma outra transformação – a globalização – e juntas estão a criar um novo paradigma: a era das redes. Estas transformações alargam as oportunidades e aumentam as recompensas sociais e económicas da criação e utilização de tecnologia. Também estão a alterar as formas através das quais – e através de quem – a tecnologia é criada e possuída, e as formas como ela é disponibilizada e utilizada. Um novo mapa de inovação e difusão está a emergir. Pólos de crescimento tecnológico – centros que juntam institutos de investigação, empresas emergentes e capital de risco – estão a espalhar-se pelo mundo, desde Silicon Valley (Estados Unidos) a Bangalore (Índia) ou El Ghazala (Tunísia), ligados através de redes de desenvolvimento de tecnologia. Mas estas novas redes e oportunidades sobrepõem-se a um outro mapa que reflecte uma longa história de tecnologia distribuída desigualmente, tanto dentro de como entre países. Nenhum indivíduo, organização, empresa ou governo pode ignorar estas mudanças. Este novo terreno requer mudanças na política pública – nacional e mundial – para aproveitar as transformações tecnológicas actuais como instrumentos para o desenvolvimento humano. A TECNOLOGIA PODE SER UM INSTRUMENTO – E NÃO APENAS UMA RECOMPENSA – DE DESENVOLVIMENTO As transformações A tecnologia não é intrinsecamente boa ou má – os resultados dependem da forma como é utilizada. Este Relatório trata das formas como as pessoas podem criar e utilizar a tecnologia para melhorar as vidas humanas, especialmente para reduzir a pobreza global. Algumas pessoas argumentam que a tecnologia é uma recompensa do desenvolvimento, sendo inevitável que a desigualdade digital segue a desigualdade de rendimentos. É verdade que, à medida que os rendimentos aumentam, as pessoas ganham acesso aos benefícios dos avanços tecnológicos. Mas, muitas tecnologias são instrumentos do desenvolvimento humano, que permitem às pessoas aumentarem o seu rendimento, viverem mais tempo, serem mais saudáveis, gozar um melhor nível de vida, participarem mais nas suas comunidades e terem vidas mais criativas. Desde os tempos mais remotos que as pessoas concebem instrumentos para resolverem os desafios da sua existência, desde a guerra aos cuidados de saúde até à produção agrícola (caixa 2.1). A tecnologia é como a educação – permite às pessoas saírem da pobreza. interligadas com uma tecnológicas actuais estão outra transformação – a globalização – e juntas estão a criar a era das redes CAIXA 2.1 Tecnologia e identidade humana A tecnologia tem estado no coração do progresso humano desde os tempos mais antigos. Os nossos antepassados pré-humanos preparavam varas para alcançar alimentos, usavam folhas para apanhar água e atiravam pedras quando estavam zangados, tal como os chimpanzés fazem hoje. A primeira espécie humana chama-se Homo habilis – o "homem hábil". Os seus fósseis, com mais de 2,5 milhões de anos, jazem ao lado de pedras lascadas, as primeiras incontestáveis ferramentas de pedra. O Homo antigo pode ter usado as tecnologias perecíveis de cabaças para beber água e suspensórios de cabedal para carregar bebés. Há cerca de meio milhão de anos, por toda a África, Ásia e Europa, o Homo erectus preparava elegantes machados em forma de folhas e aparentemente usava o fogo. A nossa própria espécie, o Homo sapiens – o "homem sábio", de há 40.000 anos atrás na Europa, Médio Oriente e Austrália – fabricava ferramentas de pedra, osso e hastes, bem como adornos como colares, e desenhava arte simbólica nas paredes de pedra – tecnologia ao serviço de ideias e da comunicação. Fonte: Jolly 2000. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 27 FIGURA 2.1 Ligações entre tecnologia e desenvolvimento humano Construção das capacidades humanas Viver uma vida longa e saudável Adquirir conhecimento e ser criativo Gozar de um nível de vida digno Participar na vida social, económica e política de uma comunidade Recursos para educação, saúde, comunicação Emprego Conhecimento Criatividade Crescimento económico Ganhos de Recursos para produtividade o desenvolvimento tecnológico Progressos na medicina, comunicações, agricultura, energia, manufactura Mudança tecnológica CAIXA 2.2 A Ciência moderna cria tecnologias simples – terapia de reidratação oral e vacinas adaptadas às condições das aldeias Quando a terapia de reidratação oral foi desenvolvida no Centro Internacional de Investigação de Doenças Diarreicas, do Bangladeche, a Lancet, uma revista de medicina de referência, assinalou-a como sendo provavelmente a descoberta médica mais importante do século 20. Até então, o único medicamento eficaz contra a desidratação provocada pela diarreia era o fornecimento de soro esterilizado através de gotejamento intravenoso – custando cerca de 50 dólares EUA por criança, muito para além dos orçamentos, instalações e capacidades da maioria dos centros de saúde dos países em desenvolvimento. Mas, os cientistas descobriram que dar a uma criança pequenos golos de uma simples mistura de açúcar e sal, nas proporções certas, permitia que a taxa de absorção da mistura na criança fosse 25 vezes maior que a absorção da água simples. Durante os anos de 1980, fabricaram-se centenas de milhões de pacotes de sais de reidratação oral, a maior parte vendida por menos de 0,10 dólares cada. Outra grande descoberta foi a adaptação de vacinas contra doenças mortíferas – sarampo, rubéola, coqueluche, difteria, téFonte: Jolly 2001; UNICEF 1991; WHO 1998. 28 tano, tuberculose – às condições dos países em desenvolvimento. Os antigenes para combater as seis doenças já eram conhecidos há muito tempo. Mas exigiam condições de esterilização e uma cadeia de frio estável – um sistema de frigoríficos com boa manutenção e transporte frigorificado do ponto da produção de vacinas para as clínicas e centros de saúde, em aldeias a milhares de quilómetros de distância. As melhorias tecnológicas permitiram progressos importantes: uma vacina contra a poliomielite, que requer apenas uma gota na língua, vacinas congeladas a seco e mais estáveis em relação à temperatura, que não necessitam de refrigeração, e o desenvolvimento de cocktails de vacinas numa injecção única. Tanto para a terapia de reidratação oral, como para os novos métodos de vacinação, os progressos tecnológicos tiveram que andar de mãos dadas com os avanços na organização. Foram desenvolvidas campanhas maciças para disseminar o conhecimento. Políticos, igrejas, professores e organizações não governamentais foram recrutados para sublinhar os factos e ajudar a organizar os esforços. Logo, a tecnologia é um instrumento para, e não apenas uma recompensa de, crescimento e desenvolvimento. A inovação tecnológica afecta o desenvolvimento humano de duas formas (figura 2.1). Primeiro, pode melhorar directamente as capacidades humanas. Muitos produtos – variantes de plantas resistentes a secas para agricultores que habitam em climas incertos, vacinas para doenças infecciosas, fontes de energia limpa para cozinhar, acesso à Internet para a informação e comunicação – melhoram directamente a saúde, nutrição, conhecimento e nível de vida das pessoas, aumentando a sua capacidade de participar mais activamente na vida social, económica e política de uma comunidade. Segundo, a inovação tecnológica é um meio para atingir o desenvolvimento humano, através do seu impacte no crescimento económico através dos ganhos de produtividade que gera. Aumenta o rendimento das colheitas dos agricultores, o produto dos trabalhadores industriais e a eficiência dos fornecedores de serviços e das pequenas empresas. Também cria novas actividades e indústrias – tal como no sector de tecnologias da informação e da comunicação – contribuindo para o crescimento económico e para a criação de emprego. O desenvolvimento humano também é um importante meio para o desenvolvimento tecnológico. A inovação tecnológica é uma expressão do potencial humano. Níveis elevados de educação têm um contributo particularmente forte para a criação e difusão tecnológicas. Mais cientistas podem entregar-se à investigação e desenvolvimento, e agricultores e empregados industriais com melhor educação podem aprender, dominar e utilizar novas técnicas com maior facilidade e eficácia. A liberdade social e política, a participação e o acesso a recursos materiais também criam condições para incentivar a criatividade das pessoas. Desta forma, o desenvolvimento humano e o avanço tecnológico podem reforçar-se mutuamente, criando um ciclo virtuoso. As inovações tecnológicas na agricultura, medicina, energia, indústria transformadora e comunicações foram importantes factores – apesar de não serem exclusivos – nos avanços em desenvolvimento humano e erradicação de pobreza documentados no capítulo 1. Estas inovações quebraram barreiras ao progresso, tais como rendimentos baixos ou constrangimentos institucionais, permitindo obter ganhos mais rápidos. Sobrevivência e saúde. Avanços na medicina, tais como as vacinas e antibióticos, resultaram em ganhos RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 mais rápidos na América Latina e Ásia Oriental, durante o século 20, do que os registados na Europa, durante o século 19, com a melhoria da nutrição e do saneamento. A saúde e a sobrevivência humanas começaram a melhorar consideravelmente em ambas as regiões, durante os anos de 1930.1 Nos anos de 1970, a esperança de vida à nascença tinha aumentado para mais de 60 anos, alcançando em quatro décadas um aumento que a Europa levou um século e meio a atingir, a partir do início do século XIX. Os anos de 1980 viram o impacte de duas novas descobertas – a terapia de reidratação oral e vacinas melhor adaptadas às condições dos países em desenvolvimento. Estas tecnologias, difundidas através de importantes campanhas mundiais, permitiram significativas reduções na mortalidade infantil (caixa 2.2). Entre 1980 e 1990, as mortes devidas às principais doenças infantis e à diarreia reduziram-se em cerca de 3 milhões nos países em desenvolvimentouma realização particularmente impressionante, se considerarmos que foi conseguida durante a "década perdida" para o crescimento económico, quando o crescimento do rendimento foi negativo ou estagnou (figura 2.2).2 Para além disto, entre 1970 e 1999, a mortalidade das crianças com menos de cinco anos reduziu-se em quase metade, de 170 para 90 por 1.000. A importância da tecnologia é quantificada num estudo recente do Banco Mundial, que demonstra que o progresso tecnológico contribuiu para 40 a 50% da redução da mortalidade, entre 1960 e 1990 – provando que a tecnologia é uma fonte mais importante de benefícios do que rendimentos mais elevados, ou do que um nível de educação mais elevado entre as mulheres (quadro 2.1).3 Produção de alimentos e nutrição. O progresso tecnológico tem desempenhado um papel semelhante na aceleração da produção de alimentos. Demorou quase 1.000 anos para as colheitas de trigo na Inglaterra aumentarem de 0,5 para 2 toneladas por hectare , mas apenas 40 anos para passar de 2 para 6 toneladas por hectare.4 Começando em 1960, uma revolução verde transformou a produtividade da terra e do trabalho em todo o mundo, através da selecção de plantas, utilização de fertilizantes, melhoria de sementes e controlo de irrigação. Isto tem efeitos dinâmicos no desenvolvimento humano: o aumento da produção de alimentos e a redução dos seus preços eliminou muitos dos problemas de subnutrição e fome crónica na Ásia, América Latina e Países Árabes. Dado que as famílias mais pobres dependem da agricultura como meio de subsistência e gastam metade dos seus rendimentos em alimentação, isto também permite enormes reduções na privação de rendimento. Participação. Tal como a tipografia nos séculos mais recuados, o telefone, rádio, televisão e fax do século 20 abriram as comunicações, reduzindo o isolamento e permitindo às pessoas estarem melhor informadas e participarem nas decisões que afectam as suas vidas. Ligada a estas tecnologias está a comunicação social livre, um pilar de todas as democracias activas. A divulgação da máquina de fax durante os anos de 1980 permitiu uma mobilização popular muito mais rápida, tanto nacional como mundialmente. Emprego e crescimento económico. Nos anos de 1970, a aquisição e adaptação de tecnologias transformadoras trouxe ganhos rápidos no emprego e no rendimento à Coreia do Sul, Malásia e Singapura. A revolução industrial foi despoletada pela mudança tecnológica, e os economistas defendem que o progresso tecnológico joga um papel central no crescimento económico sustentado no longo prazo.5 Estudos transversais sugerem que a mudança tecnológica é responsável por uma grande parte das diferenças entre taxas de crescimento.6 FIGURA 2.2 Terapia de reidratação oral reduz a mortalidade infantil sem crescimento do rendimento Rendimento 5.628 (PIB per capita em dólares PPC) 5.580 1983 Introdução da TRO 274 Mortalidade de menores de cinco por doenças diarreicas (por 100.000) 1978–80 144 1988–90 MÉXICO Fonte: Gutierrez e outros 1996; World Bank 2001g. QUADRO 2.1 Tecnologia como uma fonte de redução da mortalidade, 1960-90 (percentagem) Melhorias na Contribuição dos ganhos no rendimento Taxa de mortalidade de menores de cinco Taxa de mortalidade adulta feminina Taxa de mortalidade adulta masculina Esperança de vida à nascença feminina 17 20 25 19 Contribuição dos ganhos nos níveis de educação das mulheres adultas Contribuição dos ganhos no progresso técnico 38 41 27 32 45 39 49 49 Fonte: Wang e outros 1999. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 29 AS ACTUAIS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS CONJUGAM - SE COM A GLOBALIZAÇÃO PARA CRIAR A ERA DAS REDES O custo de transmitir mil biliões de bits Os avanços tecnológicos de hoje são mais rápidos (lei de Moore) e mais fundamentais (avanços na genética). Estão a reduzir os custos (informáticos e de comunicações) a um ritmo nunca antes visto. Conduzindo estas transformações estão os desenvolvimentos acelerados na tecnologia da informação e comunicação, na biotecnologia e na emergente nanotecnologia. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E de informação, de uma COMUNICAÇÃO ponta à outra dos Estados ALCANCE CRESCENTE E CUSTOS – CRIAÇÃO DE REDES COM DECRESCENTES Unidos, diminuiu de 150.000 dólares EUA em 1970 para 0,12 hoje 30 As tecnologias de informação e comunicação implicam inovações na microelectrónica, na informática (hardware e software), nas telecomunicações e na optoelectrónica – microprocessadores, semicondutores e fibras ópticas. Estas inovações permitem o processamento e armazenamento de enormes quantidades de informação, juntamente com a rápida distribuição da informação através de redes de comunicação. A lei de Moore prevê a duplicação da capacidade de processamento informático, todos os 18 a 24 meses, devido à rápida evolução da tecnologia de microprocessamento. A lei de Gilder prevê a duplicação da capacidade de comunicação todos os seis meses – uma explosão da largura de banda – devido ao avanço nas tecnologias de rede de fibra óptica.7 Ambas são acompanhadas por enormes reduções de custos e poderosos aumentos na velocidade e quantidade (destaque 2.1). Em 2001, pode-se enviar mais informação por um único cabo, em apenas um segundo, do que era possível enviar em 1997 por toda a Internet, durante um mês inteiro.8 O custo de transmitir mil biliões de bits de informação, de uma ponta à outra dos Estados Unidos, diminuiu de 150.000 dólares EUA em 1970 para 0,12 hoje. Uma chamada de três minutos, de Nova Iorque para Londres, custava mais de 300 dólares em 1930 (a preços correntes) e custa hoje menos de 0,20.9 Enviar um documento de 40 páginas por correio electrónico, do Chile para o Quénia, custa menos de 0,10 dólares; enviá-lo por fax custa cerca de 10 e por correio expresso 50 dólares.10 Ligar equipamentos informáticos e permitir a comunicação de uns com outros, cria sistemas de informação em rede baseados num protocolo comum. Indivíduos, famílias e organizações estão ligados através do processamento e execução de um enorme número de instruções, em períodos de tempo imperceptíveis. Isto altera radicalmente o acesso à informação e a estrutura da comunicação – estendendo o alcance da rede a todos os cantos do mundo. BIOTECNOLOGIA – TRANSFORMAR AS CI Ê NCIAS DA VIDA A biotecnologia moderna – a tecnologia de recombinação do ADN – está a transformar as ciências da vida. O poder da genética pode agora ser utilizado para a engenharia dos atributos de plantas e outros organismos, criando o potencial para enormes avanços, em particular na agricultura e medicina. A clonagem da ovelha Dolly e o mapa do genoma humano abriram as fronteiras científicas e transformarão o desenvolvimento da tecnologia nos anos vindouros (destaque 2.2). A genética é, agora, a base das ciências da vida, com grande parte da investigação farmacêutica e da criação de plantas a basear-se na biotecnologia. E, TALVEZ BREVEMENTE , A NANOTECNOLOGIA A estas duas novas tecnologias pode brevemente juntar-se uma terceira, a nanotecnologia. A nanotecnologia está a evoluir a partir de descobertas científicas que permitem a engenharia e a ciência ao nível molecular. (um nanometro é igual a mil milionésimos do metro). A nanotecnologia reorganiza os átomos para criar novas estruturas moleculares. Poucas áreas da actividade humana não serão afectadas pela nanotecnologia. Robôs à escala nanométrica irão curar tecidos humanos, removendo obstruções ao sistema circulatório e assumindo funções de organitos celulares. As nanotecnologias solares irão fornecer energia a uma população sempre crescente. Num mundo biónico, onde a nanotecnologia e a biotecnologia se juntam, podemos antecipar a existência de biocomputadores e biosensores capazes de monitorizar tudo, desde reguladores de plantas a comícios políticos. Por agora, a investigação permanece limitada em relação a outras tecnologias – cerca de 500 milhões de dólares EUA por ano nos Estados Unidos em 2000, com o Japão e a Europa a seguir – mas o investimento tem vindo quase a duplicar todos os anos.11 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 TRANSFORMAÇÕES TECNOL ÓGICAS E GLOBALIZAÇÃO – REFORÇAM - SE MUTUAMENTE As actuais transformações tecnológicas estão interligadas com uma outra grande mudança histórica – a globalização económica, que está a unificar os mercados mundiais rapidamente. Estes dois processos reforçam-se mutuamente. A integração dos mercados mundiais verificada no final do século 20 foi impulsionada pela liberalização do comércio e por outras mudanças dramáticas nas políticas no mundo – a privatização, a queda do comunismo e da antiga União Soviética. Os novos instrumentos da tecnologia da informação e comunicação reforçaram e aceleraram este processo. A globalização impulsionou o progresso tecnológico através da concorrência e dos incentivos dos mercados globais e dos recursos financeiros e científicos mundiais. E o mercado mundial assenta sobre a tecnologia, com a tecnologia como factor principal da concorrência de mercado. A indústria transformadora de alta tecnologia tem sido a área com maior crescimento no comércio mundial (quadro 2.2) e é, actualmente, responsável por um quinto do total. Um estudo de 68 economias responsáveis por 97% da actividade industrial mundial demonstra que, durante 1985-97, a produção de alta tecnologia cresceu mais do dobro que a produção total, em todos os países menos um.12 DA ERA INDUSTRIAL PARA A ERA – UMA MODIFICAÇÃO HIST ÓRICA DAS REDES As estruturas da produção e outras actividades têm sido reorganizadas em redes que abarcam o mundo. Na era industrial – com os seus elevados custos de acesso à informação, comunicação e transporte – as empresas e organizações integravam-se verticalmente. Na era das redes, com os custos de comunicação e infor- mação reduzidos quase a zero, as redes horizontais fazem mais sentido. A produção é cada vez mais organizada entre participantes separados – subcontratadores, fornecedores, laboratórios, consultores de gestão, institutos de educação e investigação, empresas de investigação de marketing, distribuidores. As suas interacções complexas, com cada um a jogar um papel de nicho, criam a cadeia de valor que impulsiona a economia mundial baseada na tecnologia. A nova era está a dar origem a redes mundiais em muitas áreas de actividade. Quando estas redes alcançam uma massa crítica de membros e interacções, tornam-se numa nova força importante na definição do caminho e na difusão da tecnologia. • Investigação científica e inovação – a comunicação em rede original entre as universidades, que deu vida à Internet – é cada vez mais colaborante com organizações e países. Desde 1995-97, cientistas dos Estados Unidos foram co-autores de artigos com cientistas de 173 outros países; cientistas do Brasil com 114, do Quénia com 81, da Argélia com 59.13 • Produção – as grandes empresas mundiais, frequentemente sedeadas na América do Norte, Europa e Japão, mas com instalações de investigação em vários países e compra de serviços em todo o mundo, atraem muitos países para a criação dos seus canais de valor mundiais. Em 1999, na Costa Rica, Malásia e Singapura, as exportações de alta tecnologia excederam 40% do total. • Comércio electrónico – emergindo apenas agora como uma rede futura de comércio, o comércio electrónico, negócio a negócio, está projectado para crescer. • Diáspora – a procura vertiginosa de pessoal qualificado em tecnologias de informação e comunicação criou a mobilidade mundial dos cientistas e tecnólogos de topo. Quando são provenientes dos países em desenvolvimento, a sua dispersão mundial cria a diáspora, que pode tornar-se numa rede valiosa de finança, contactos de negócios e transferência de qualificações para os seus países de origem. A nova era está a dar origem a redes mundiais em muitas áreas de actividade – uma nova força importante na definição do caminho e na difusão da tecnologia QUADRO 2.2 Os produtos de alta tecnologia dominam a expansão das exportações (percentagem anual média do crescimento das exportações, 1985-98) Área Manufacturas de alta tecnologia Mundo Países em desenvolvimentoa OCDE rendimento elevadob Manufacturas de média tecnologia 13,1 21,4 11,3 9,3 14,3 8,5 Manufacturas de Manufacturas baixa tecnologia baseadas em recursos 9,7 11,7 8,5 7,0 6,0 7,0 Produtos primários 3,4 1,3 4,4 a. Inclui Europa do Leste e Comunidade de Países Independentes. b. Inclui Chipre, Israel e Malta. Fonte: Lall 2001. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 31 DESTAQUE 2.1 A ESPERANÇA DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES Cronologia da tecnologia de informação 3000 AC Desenvolvimento do ábaco 1823–40 Charles Babbage concebe uma máquina de cálculo automática 1946 Primeiro computador electrónico de alta velocidade, ENIAC, funciona mil vezes mais depressa que as máquinas de cálculo anteriores 1947 Gordon Bell inventa o transistor 1959 Robert Noyce inventa o circuito integrado, colocando um circuito electrónico inteiro num chip de silício minúsculo 1966 IBM introduz o primeiro disco de armazenamento 1971 Marcian Hoff inventa o microprocessador 1975 Introdução do primeiro computador pessoal – pequena máquina programável e suficientemente barata par ser usada individualmente 1980 A Seattle Computer Products introduz o QDOS (Sistema Operativo Rápido e Não Limpo), depois designado por MS-DOS pela Microsoft 1984 A Apple Computers introduz o Macintosh, estabelecendo o padrão para ambientes gráficos de apontar e clicar. Seguiu-se, em 1985, o sistema operativo Windows (versão rudimentar) 1980s Introdução do computador portátil (laptops) 1993 Desenvolvimento e comercialização de Palm Pilot – a emergência de mecanismos de computação sofisticados seguráveis numa mão 1994 Seagate introduz uma drive de disco com taxa de transferência de mais de 100 megabytes por segundo 1995 Estandardização do Disco Digital Versátil (DVD), capaz de armazenar informação oito vezes superior ao disco compacto (CD) 2000 Introdução do microprocessador AMD Gigahertz Agenda de investigação futura: linguagem natural input e output, inteligência artificial, computadores de utilização permanente, nanocomputação, computação em sistemas distribuídos Progressos rápidos em duas tecnologias-armazenagem digital e processamento de informação (informação) e transmissão da informação por satélite e fibra óptica (comunicações)- estão a criar novos e mais rápidos meios de armazenamento, manipulação, distribuição e acesso à informação. Mais do que isso, estes avanços estão a baixar significativamente os custos. OS BENEFÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO ESTÃO APENAS A COMEÇAR Estas novas tecnologias aumentam significativamente o acesso à informação e às comunicações, quebrando barreiras ao conhecimento e à participação. Mas será que estes instrumentos conseguem chegar às pessoas pobres? O potencial está apenas a começar a ser explorado. As iniciativas estão a proliferar e prometem possibilidades tremendas. A participação política está a ser redefinida pela utilização criativa de comunicações em dois sentidos. Nas Filipinas, uma rede de advocacia electrónica foi estabelecida no início de 2001, em resposta ao julgamento do antigo Presidente Joseph Estrada, reunindo mais de 150.000 assinaturas para uma petição e coordenando uma campanha para escrever cartas dirigidas aos senadores para votarem de acordo com a sua consciência e não com os seus interesses políticos. Nas Honduras, uma organização de pescadores, de pequena dimensão, enviou para o Congresso um vídeo da destruição ilegal dos seus mangues por agricultores comerciais politicamente poderosos, aumentando o conhecimento em relação a este assunto e protestando contra a perda dos seus meios de subsistência e habitat. No futuro, salas de comissões virtuais poderão ajudar os cidadãos a testemunhar em várias questões, expandindo as possibilidades da Internet contribuir para a participação. A maior transparência no planeamento e nas transacções está a fazer com que os mercados e as instituições funcionem melhor. Em Marrocos, os ministérios das finanças e do planeamento utilizaram a tecnologia da informação e das comunicações para tornar o processo orçamental mais eficiente, criando uma plataforma comum para partilhar dados sobre receita fiscal, auditoria e gestão da despesa. O tempo necessário à preparação do orçamento foi reduzido para metade e os orçamentos reflectem melhor as receitas e despesas correntes. No estado indiano de Gujurat, os agricultores de lacticínios são pagos com base no peso e conteúdo de gordura do seu leite, que pode ser testado instantaneamente utilizando equipamento de baixo custo. Estas medidas transparentes e exactas reduzem o risco de subavaliação; as contas dos agricultores passam a estar de acordo com a base de dados do seu gado, mantendo um registo das necessidades de vacinação – e ajudando as cooperativas a gerir melhor as necessidades de factores produtivos e de serviços veterinários. Rendimento. Utilizações criativas da Internet estão a aumentar os rendimentos nos países em desenvolvimento. Em Ondicherry, na Índia, a Fundação de Investigação MS Swaminathan estabeleceu centros de informação rurais para comunicações locais e acesso à Internet, utilizando energia solar e eléctrica e comunicações com e sem fio. Os agricultores recebem informação sobre os preços de mercado, permitindo-lhes negociar melhor com os intermediários. Os pescadores podem aceder a imagens por satélite que indicam onde estão os cardumes de peixes. As ligações via Internet com outras aldeias têm incenti- Mais pessoas têm acesso . . . . . . a mais informação . . . . . . a um custo mais baixo Milhões de utilizadores de Internet Número de sítios da Web Custos de transmissão Mil milhões em 2005 400 107 Mais de 400 milhões de utilizadores no fim de 2000 106 O crescimento rápido da Internet Anfitriões de Internet (milhares) Brasil China Coreia do Sul Macedónia Uganda Ucrânia 1995 26,8 10,6 38,1 0,1 0,1 2,4 2000 1.203,1 159,6 863,6 3,8 0,9 59,4 300 Primeira guerra cibernética em grande escala coincide com o conflito entre a Servia e Kosovo 103 200 104 100 103 0 Menos de 20 milhões de utilizadores no fim de 1995 1996 1998 2000 102 Dólares EUA por mil biliões de bits, Boston a Los Angeles 105 104 105 1994 32 20 milhões de sítios da Web no fim de 2000 Primeiros anúncios em bandeira aparecem em hotwired.com Primeiros centros comerciais na Internet Menos de 200 sítios da Internet a meio de 1993 1994 1996 1998 2000 Uma transferência 102 de dados igual a 150.000 dólares em 1970, custava 10 0,12 dólares em 1999 1.0 0.1 1970 1980 1990 1999 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 1999 Torre Petronas O edifício mais alto do mundo Kuala Lumpur, Malásia Cronologia da tecnologia de comunicação 1833 Samuel Morse desenvolveu o Código Morse, permitindo a transmissão de sinais através de fios. Primeiro telégrafo introduzido em 1837 1876 Alexander Graham Bell introduz o telefone 1895 Guglielmo Marconi demonstrou a transmissão e recepção sem fios 1920s Experimentadores e demonstradores mostram a televisão em todo o mundo 1947 Claude Shannon estabelece a teoria matemática das comunicações, fornecendo uma base teórica para toda a comunicação digital moderna 1966 Desenvolvimento das telecomunicações por satélite (Telestar) 1977 Ericsson estabeleceu, na Arábia Saudita, a primeira rede móvel de telecomunicações 1977 AT&T e GTE instalam o primeiro sistema de comunicações por fibra óptica 1979 Hayes introduz o primeiro modem de computador 1982 Protocolo de rede básico adoptado como padrão, levando a uma das primeiras definições de Internet 1989 Cern desenvolve o conceito de World Wide Webb 1993 Introdução do Mosaico – o primeiro interface gráfico popular para o World Wide Webb 1995 US National Science Foundation estabelece a Internet pública com serviço backbone de alta velocidade ligado aos centros de supercomputação 1995 MP3, Real Audio e MPEG melhoram a distribuição Internet de serviços de conteúdo áudio e vídeo, tais como Napster e Real Player 1997 Desenvolvimento do Protocolo de Aplicação sem Fios (WAP) 5.9 mb vado o diálogo local sobre técnicas agrícolas, gestão de microcrédito, oportunidades de negócio e de educação, acontecimentos religiosos e de medicina tradicional. Cerca de um terço dos utilizadores são de agregados familiares sem posses e cerca de 18% são mulheres. A Grameen Telecom fornece telefones por todo o Bangladeche, permitindo a indivíduos, escolas e centros de saúde receber informação de que precisam e de forma económica. Os estudos sugerem que uma única chamada permite uma poupança real de 3 a 10% no rendimento médio mensal de uma família, beneficiando os agregados familiares pobres que utilizam os telefones da aldeia para fazer chamadas e substituindo a necessidade de recolher informação através de meios mais caros. 1990 .13 mb .002 Saúde. Onde os problemas de saúde estão relacionados com a falta de informação, surgem agora novas soluções. Em Ginnack, uma ilha remota no rio Gâmbia, as enfermeiras utilizam uma câmara digital para registar os sintomas dos pacientes. As imagens são enviadas electronicamente para uma cidade próxima, para serem diagnosticadas por um médico local, ou enviadas para o Reino Unido caso seja necessária a opinião de um especialista. O Projecto Helathnet é uma rede de redes lançada em 1989 para profissionais do sector da saúde - sobretudo os que se situam em áreas remotas - em África, Ásia e América Latina. Permite-lhes encomendar equipamento de forma eficiente, cooperar com instituições médicas em todo o mundo e fornecer informação sobre surtos de doenças emergentes. A Helathnet do Nepal tem 150 ponIntel Pentium III 500mHz tos de acesso em todo o país, chegando a 500 profissionais da saúde e com 300 consultas por dia no seu Website. Estes exemplos são apenas o começo. Aproveitar o potencial destas novas tecnologias dependerá da sua adaptação às condições dos países em desenvolvimento, sobretudo dos utilizadores pobres. E muita coisa dependerá de inovações tecnológicas, institucionais e empresariais - para criar aparelhos de baixo custo e de fácil utilização e para estabelecer o acesso a partir de centros públicos ou de mercado com produtos a preços acessíveis. O futuro: conexão de alta velocidade para todas as casas, junção da Internet com mecanismos de jogos, fusão de telefones móveis e assistentes digitais pessoais Intel Pentium II 333mHz A velocidade dos microprocessadores duplicou em cada 18 meses Milhões de instruções por segundo O custo da computação – que quantidade de memória compra um dólar? Megabits de DRAM de armazenagem Intel Pentium Pro 200mHz 1 megabit de DRAM custava 5,27 dólares em 1970 e 17 cêntimos em 1999 .0002 Fonte: Fortier e Trang 2001; Chandresekhar 2001; Hijab 2001; Tamesis 2001; UNDP, Accenture and the Markle Foundation 2001; Zakon 2000; ITU 2001b; Nua Publish 2001; Cox e Alm 1999; Archive Builders 2000; Universitiet Leiden 1993; W3C 2000; Bell Labs 2000; Bignerds 2001; Teli Mobile 2000. i486DX2 50mHz Intel 4004 Intel 80286 1970 1980 TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES Intel 80486 Intel 80386 1990 2000 1970 1980 1990 1999 33 DESTAQUE 2.2 A ESPERANÇA DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO BIOTECNOLOGIA Cronologia da biotecnologia 1856 Gregor Mendel estabelece o gene como a unidade funcional da hereditariedade 1871 Frederich Miescher descobre o ADN 1909 Wilhelm Jorgenson introduz a palavra gene, substituindo os factores de Mendel 1944 Oswald Avery, Colin MacLeod e Mclyn MacCartey determinam que os genes são codificados pelo ADN 1953 James Watson e Francis Crick introduzem a estrutura do ADN – a hélice dupla 1960s Werner Arber, Hamilton Smith e Daniel Smith descobrem que as proteínas são responsáveis pelo corte do ADN (enzimas de restrição) 1972 Paul Berg construiu a primeira recombinação tecnológica do ADN 1973 Herb Boyer e Stanley Cohen são os primeiros a usar o plasmídeo para clonar o ADN, permitindo a reprodução e uso de módulos de recombinação do ADN 1982 Primeiro medicamento biotecnológico produzido para uso 1982 Primeiras plantas transgénicas introduzidas experimentalmente 1996 Primeiras plantas transgénicas disponíveis comercialmente 1996 A ovelha Dolly foi clonada no Roslin Institute de Edimburgo 2000 Celera Genomics e o Projecto do Genoma Humano do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos anunciam um documento de trabalho conjunto sobre o genoma humano Informação biotécnica Unidades identificadas 107 10,1 mil milhões em 2000 106 105 Pares base (X 1.000) Sequências 104 3 10 102 OS BENEFICIOS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO ESTÃO APENAS A COMEÇAR Aplicações mais avançadas na medicina e na agricultura têm um elevado potencial para acelerar o desenvolvimento humano. Mas este potencial só será verdadeiramente efectivo se a biotecnologia for utilizada para enfrentar os desafios fundamentais da saúde e agricultura dos países pobres-doenças tropicais e as colheitas e meios de subsistência das zonas ecologicamente marginais deixadas para trás pela revolução verde. E só se for feita com uma abordagem sistemática para avaliar e gerir os riscos de danos para a saúde humana, ambiente e equidade social. Na saúde, as empresas farmacêuticas estão a mudar da descoberta e desenvolvimento dos medicamentos baseados na química médica para a concepção e desenvolvimento de medicamentos baseados na informação fornecida pela genomologia e técnicas relacionadas. Quase 300 biomedicamentos foram aprovados para uso ou estão a ser analisados pela Administração da Alimentação e Medicamentos dos Estados Unidos. O mercado de produtos farmacêuticos baseado na genomologia, deverá crescer de 2,2 mil milhões de dólares em 1999 para 8,2 mil milhões em 2004. Estes produtos oferecem tratamento para doenças que não eram possíveis tratar anteriormente. A insulina como um instrumento para combater a diabetes foi tornada possível através da tecnologia de recombinação do ADN, tal como aconteceu com a vacina para a hepatite B. Mas, isto é apenas o começo. O conhecimento biotecnológico tem potencial para desenvolver melhores tratamentos e vacinas para a SIDA, malária, cancro, doenças do coração e desordens nervosas. Terapias do gene e tecnologias antisensoriais transformarão para sempre o tratamento das doenças, até agora mais orientado para curar do que para tratar sintomas. Prevê-se que estejam no mercado, até 2005, cinco medicamentos de terapia de genes para várias formas de cancro. Investigadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, criaram tomates e bananas transgénicos que contêm a vacina da hepatite B. Apenas uma fatia fina de banana seca ou uma porção de pasta de tomate numa bolacha contém o suficiente da medicação necessária para actuar como uma dose – custando menos que um cêntimo do dólar, em contraste com os habituais 15 dólares. PowderJect Pharmaceuticals, uma empresa inglesa, criou vacinas baseadas em ADN que dispensam a utilização de agulha para as tomar. O aparelho, que cabe numa mão, lança uma vacina microscópica pulverizada sobre a pele, num jacto de gás e sem dor, o que constitui um processo mais fácil e mais seguro do que a utilização de uma seringa, além de que dispensa a necessidade de refrigeração. O conhecimento biotecnológico pode, também, ser usado para modificar organismos que transmitem as doenças – por exemplo, criando o mosquito "perfeito", incapaz de transportar a malária. Na agricultura, a reprodução das plantas promete gerar colheitas mais elevadas e resistentes à seca, pragas ou doenças. A reprodução cruzada tradicional leva tempo, normalmente entre 8 a 12 anos. A biotecnologia acelera o processo de produção de culturas com características alteradas, utilizando uma característica genética específica de uma qualquer planta e transferindo-a para o código genético de qualquer outra. Mais importante, a modificação das plantas deixa de ser restringida pelas características da espécie. Genes do cacto, responsável pela tolerância à seca, podem ser usados para ajudar as culturas alimentares a sobreviverem à seca. Genes de plantas anãs utilizadas para aumentar o rendimento dos cereais mostraram os mesmos efeitos sobre outras culturas, pelo que podem aumentar o rendimento em culturas anteriormente incapazes de beneficiar desses genes. O controlo genético do vírus da mancha amarela do arroz mostra o que os transgénicos podem fazer quando as abordagens convencionais falham. E agricultores chineses foram capazes de controlar a lagarta do algodão, que já não podia ser controlada por químicos ou protecção de plantas hospedeiras, com o crescimento do algodão apoiado com o Bacillus thuringiensis. Novo tratamento para as doenças do gado aparece como a mais significativa área para o desenvolvimento da produção. Testes de diagnóstico e vacinas de recombinação do ADN para a peste bovina, theileriosis (febre da costa leste) ou a doença da febre aftosa têm os relatórios preparados para testes alargados ou para desenvolvimento do produto. 680.000 em 1982 606 em 1982 1982 34 10,1 milhões em 2000 A tecnologia de recombinação do ADN – um grupo de tecnologias que melhoram a nossa capacidade de manipular geneticamente os materiais – é o que, geralmente, se refere como sendo a biotecnologia. Desde as descobertas dos anos de 1960, a introdução das moléculas de recombinação do ADN nos organismos passou a ser mais eficiente e mais eficaz – tornando possível o uso do poder da genética para a engenharia dos atributos de um produto. Desenvolveram-se, então, técnicas mais precisas, melhorando a modificação genética da maior parte das culturas e plantas alimentares. A biotecnologia foi, também, aplicada aos temas de saúde aparentemente mais intratáveis, determinando que genes são responsáveis pela criação ou melhoria dos processos de doença, como os genes controlam esses processos e o que pode ser feito para pará-los. 2000 Fonte: Cohen 2001; Bloom, River Path Associates e Fang 2001; CDI 2001; BBC Rsearch 2000; Bipharma 2001; Powderjet 2001; Doran 2001; NCBI 2001. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 • Advocacia – a globalização dos problemas da sociedade civil – do Jubileu 2000 à proibição das minas terrestres – traz vantagens para a advocacia em rede globalizada. Os problemas da tecnologia são, igualmente, enfrentados com pressão compensatória e opiniões alternativas, desde o acesso aos medicamentos do HIV/SIDA e direitos de propriedade intelectual até aos riscos dos alimentos modificados geneticamente. A NOVA ERA TECNOLÓGICA TRAZ NOVAS POSSIBILIDADES – PARA UM AVANÇO AINDA MAIOR NO DESENVOLVIMENTO HUMANO Os actuais avanços tecnológicos podem acelerar o desenvolvimento humano em muitas áreas. A biotecnologia fornece um caminho para avançar na medicina e agricultura, em áreas onde os métodos anteriores tinham menos sucesso. A preparação de novos medicamentos e tratamentos com base na genomologia e tecnologias associadas, oferece a possibilidade de enfrentar os principais desafios de saúde que os países e as pessoas pobres enfrentam – levando possivelmente, por exemplo, a vacinas contra a malária e o HIV/SIDA. A genomologia pode acelerar a criação de plantas e impulsionar o desenvolvimento de novas variedades de culturas com maior resistência à seca e a doenças, com menor impacte ambiental e maior valor nutricional. A biotecnologia oferece o único ou melhor "instrumento de escolha" para zonas ecológicas marginais – deixadas para trás pela revolução verde, mas que dão abrigo a mais de metade das pessoas mais pobres do mundo, dependentes da agricultura e de gado. Há um longo caminho a percorrer até o potencial da biotecnologia ser mobilizado. As culturas transgénicas aumentaram de 2 milhões de hectares plantados em 1996, até 44 milhões de hectares em 2000. Mas, 98% desta extensão situa-se em apenas três países – a Argentina, Canadá e os Estado Unidos.14 Para além disso, todos os governos têm de encontrar novas políticas institucionais e científicas para gerir os riscos de saúde, ambientais e sociais desta nova inovação (capítulo 3). As aplicações da tecnologia de informação e comunicações vão mais à frente do que as da biotecnologia. A Internet tem crescido exponencialmente, de 16 milhões de utilizadores em 1995 para mais de 400 milhões em 2000 – e espera-se 1 milhar de milhão de utilizadores em 2005.15 A possibilidade de ligação está a aumentar a ritmos espectaculares na Europa, Japão, Estados Unidos e muitos países em desenvolvimento (ver destaque 2.1). Na América Latina, a utilização da Internet está a crescer a mais de 30% ao ano – embora isso signifique que apenas 12% dos indivíduos estarão ligados até 2005. Uma maior expansão é limitada pelos rendimentos baixos das famílias.16 Ligar uma grande parte da população será um desafio nas regiões em desenvolvimento. Mas a desigualdade digital não é necessariamente permanente, se as adaptações tecnológicas e a inovação institucional expandirem o acesso. A criatividade e espírito empreendedor no Brasil, Índia, Tailândia, Níger e outros países já permitiram desenvolver software para utilizadores analfabetos e aparelhos sem fios, de baixo custo e alimentados a energia solar (caixa 2.3). O acesso comunitário – público e privado – está a espalhar-se em cenários urbanos e rurais. Desde a África do Sul ao Bangladeche, inovações como cartões de telefone pré-pagos estão a expandir o acesso à informação e às tecnologias da informação. Múltiplas utilizações têm sido encontradas, desde a saúde à educação e à participação política, para não mencionar o aumento dos rendimentos de famílias pobres. O que é que é novo e diferente na tecnologia da informação e da comunicação como meio de erradicação da pobreza, no século 21? Primeiro, é um factor comum a quase todas as actividades humanas: tem um potencial de utilização numa quase infinita gama de localizações e objectivos. Segundo, as tecnologias de informação e comunicação quebram barreiras ao desenvolvimento humano, pelo menos de três formas que não eram possíveis anteriormente: • Quebrar barreiras ao conhecimento. O acesso à informação é tão essencial quanto é a educação na construção de capacidades humanas. Enquanto a educação A desigualdade digital não é necessariamente permanente, se as adaptações tecnológicas e a inovação institucional expandirem o acesso CAIXA 2.3 Quebrar barreiras ao acesso à Internet A World Wide Web é demasiado cara para milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, em parte devido ao custo dos computadores, que são o ponto de entrada habitual na Web: em Janeiro de 2001, o computador Pentium III mais barato custava 700 dólares EUA-custo muito pesado para ponto de acesso de comunidades com baixo rendimento. Para além disso, a interface baseada em texto coloca a Internet fora do alcance de pessoas analfabetas. Para ultrapassar estas barreiras, académicos do Instituto Indiano de Ciência e engenheiros da Encore Software, empresa de design sedeada em Bangalore, desenvolveram um aparelho de Internet que cabe numa mão e custa menos de 200 dólares EUA. Baseado no sistema operativo de fonte aberta da Linux, a primeira versão do Simputer permitirá o acesso à Internet e correio electrónico em línguas locais, com ecrã de toque e aplicações microbancárias. As próximas versões prometem incluir software com reconhecimento de voz e software de texto para voz, para utilizadores analfabetos. Os direitos de propriedade intelectual foram transferidos gratuitamente para a Fundação Simputer, que está a licenciar a tecnologia a fabricantes por uma quantia simbólica – e o aparelho será lançado brevemente. Fonte: PC World 2000; Simputer Trust 2000; Kirkman 2001. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 35 desenvolve qualificações cognitivas, a informação dá conteúdo ao conhecimento. A Internet e a World Wide Web podem fornecer informação tanto aos pobres como aos ricos. • Quebrar barreiras à participação. As pessoas e as comunidades pobres são muitas vezes isoladas e não têm meios para a acção colectiva. As comunicações mundiais da Internet têm alimentado muitos movimentos das sociedades civis, em anos recentes: o acordo para banir a utilização de minas terrestres, iniciativas para o alívio da dívida nos países pobres e esforços para fornecer medicamentos para o HIV/SIDA em países pobres. A Internet é, igualmente, poderosa na mobilização local das pessoas. Campanhas contra a corrupção, por correio electrónico, influenciaram as eleições de 1999 na Coreia e deram origem ao recente movimento que depôs o Presidente Filipino Joseph Estrada. Em todo o mundo, os cidadãos têm cada vez CAIXA 2.4 A nova economia e paradoxos de crescimento Os defensores da nova economia afirmam que a revolução tecnológica actual criou um novo paradigma de crescimento, que permitirá a expansão do PIB dos Estados Unidos a bem mais de 4% ao ano – um novo motor de crescimento de longo prazo, mais elevado, comparável aos caminhos de ferro ou à electricidade. Mas um grupo crítico, que ganhou força com o decréscimo dos preços das acções das dot-coms e do NASDAQ, afirmam que os crescimentos de produtividade se limitaram ao sector informático, empurrados pela expansão do ciclo económico – e que os computadores e a Internet não são comparáveis à revolução industrial. Mudou tudo, ou nada? A realidade é que o crescimento da nova economia não desafiou as leis da economia (o sobreinvestimento continua a sobreaquecer a economia). Mas contribui para o rápido crescimento recente da economia americana. O que é que aconteceu? Primeiro, o rápido crescimento do sector informático – hardware, software, a Internet – contribuiu directamente para o crescimento norte-americano, sendo responsável por cerca de um quarto do crescimento do produto na década de 1990. Segundo, desde meados da década de 1990 que a utilização de computadores e da Internet tem afectado outras partes da economia, aumentando a produtividade na indústria transformadora tradicional e nos serviços. Depois de 20 anos em que a produtividade cresceu a uma taxa média anual de 1%, ela tem vindo a crescer, desde 1995, a uma taxa de cerca de 3% ao ano – e sustentou esse nível mesmo quando a economia abrandou, em 2000-01. Esta experiência recente dos Estados Unidos parece resolver o chamado paradoxo da produtividade, que levou Robert Solow a comentar, no final da década de 1980, que se "pode ver a era dos computadores em todo o lado menos nas estatísticas da produtividade". Mas não é esse o caso em todos os países da OCDE. Na maior parte da Europa e no Japão, o crescimento da produtividade não acelerou. Porquê? Alguns defendem que os benefícios do computador e da Internet só se começam a sentir quando atingirem cerca de 50% de penetração e começarem a reduzir custos noutras partes da economia. Essa taxa só foi atingida nos Estados Unidos em 1999. Não é o número de computadores que despoleta a produtividade mais elevada, mas a mudança global na forma como a economia funciona-se o trabalho é móvel de uma localização e tipo de emprego para outras, se algumas empresas falham enquanto outras arrancam, se os investidores mudam o seu dinheiro de uma ideia nova para outra, se as relações entre empresas e seus fornecedores tradicionais se quebram e se realinham, se as organizações mudam. Num inquérito recente nos Estados Unidos, um quarto das empresas responderam que tinham realizado mudanças organizacionais em resposta à emergência da Internet. Fonte: President of the United States 2001; Bassanini, Scarpetta e Visco 2000; Solow 1987; Jorgenson e Stiroh 2000; David 1999¸OECD 2000a; The Economist 2000. 36 mais capacidade de utilizar a Internet para responsabilizar mais os governos. • Quebrar barreiras à oportunidade económica. Apesar da queda recente das acções nas bolsas tecnológicas e a morte das dot-coms, as tecnologias de informação e comunicação e as indústrias associadas estão entre os sectores mais dinâmicos da economia mundial (caixa 2.4). Oferecem aos países em desenvolvimento o potencial para expandir as exportações, criar bons empregos e diversificar as suas economias. O sector das tecnologias de informação e comunicação requer menos investimento inicial em capital e infra-estruturas do que os sectores mais tradicionais – o que pode explicar porque é que as indústrias de alta tecnologia estão a crescer mais rapidamente do que as de média tecnologia, nos países em desenvolvimento. Para além disto, estas indústrias são trabalho-intensivas, fornecendo novos empregos e salários a empregados com formação. Os salários dos profissionais de software na Índia são elevados, mas competitivos em termos do mercado mundial (caixa 2.5).17 O que é que o futuro nos reserva? Projecta-se que a despesa mundial nas tecnologias de informação e comunicação aumentara de 2,2 mil biliões de dólares EUA em 1999, para 3 mil biliões em 2005 – oferecendo muitas oportunidades de nicho para prestadores de serviços nos países em desenvolvimento.18 Existe, actualmente, 2,5 mil milhões de páginas Web originais e publicamente acessíveis na Internet e 7,3 milhões de páginas novas são acrescentadas todos os dias.19 Com a Internet acessível através de aparelhos sem fio, incluindo telefones móveis que, segundo as expectativas, ultrapassarão os computadores pessoais em termos de acesso, até 2005,20 as pessoas e as empresas nos países em desenvolvimento serão cada vez mais capazes de aceder à preciosa informação disponível na Internet. Prevê-se que o comércio electrónico empresas-consumidor crescerá, em termos mundiais, de 25 mil milhões de dólares EUA em 1999, para 233 mil milhões até 2004;21 as previsões relativas ao comércio electrónico entre empresas estão entre os 1,2 e os 10 mil milhões de dólares até 2003.22 Os países em desenvolvimento que podem criar as infra-estruturas necessárias, podem participar em novos modelos de intermediação de negócios mundiais, como o outsourcing de processos empresariais e integração na cadeia de valor. À medida que aumenta a base de utilizadores, que os custos diminuem e que as tecnologias são adaptadas às necessidades locais, o potencial das tecnologias de informação e comunicação nos países RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 em desenvolvimento só será limitado pela imaginação humana e a vontade política. A ERA DAS REDES ESTÁ AMUDAR A FORMA COMO AS TECNOLOGIAS SÃO CRIADAS E DIFUNDIDAS – DE 5 FORMAS É necessário entender vários contornos desta nova era, de forma a permitir aos países e às pessoas pobres tirarem vantagem das novas oportunidades. Em primeiro lugar, as capacidades são mais importantes do que nunca no actual mercado mundial mais competitivo. A transferência e a difusão da tecnologia não são fáceis. Os países em desenvolvimento não podem simplesmente importar e aplicar os conhecimentos do exterior através da aquisição de equipamento, sementes e comprimidos. Nem todos os países têm a capacidade de desenvolver tecnologias de ponta, mas todos os países precisam ter a capacidade interna de identificar os benefícios potenciais da tecnologia e de adaptar as novas tecnologias às suas necessidades e limitações. Para utilizar uma tecnologia, empresas e agricultores têm de ser capazes de aprender e desenvolver com facilidade novas capacidades. Na Tailândia, quatro anos de educação triplicam as probabilidades de um agricultor utilizar um fertilizante eficazmente. Na Índia, é mais provável que os agricultores com formação utilizem técnicas de irrigação e sementes melhoradas. Nesta era de avanços tecnológicos rápidos, a aprendizagem de novas tecnologias é um processo contínuo. Não é possível aos países permanecerem competitivos sem a constante actualização de conhecimentos e capacidades (capítulo 4). Em segundo lugar, as novas regras mundiais que atribuem valor à tecnologia são mais importantes. As novas regras subscritas por quase todos os países têm aumentado a protecção mundial dos direitos intelectuais. Isto aumenta o valor de mercado da tecnologia, aumentando os incentivos ao investimento na investigação e desenvolvimento. Mas também implica novas escolhas para os países em desenvolvimento no acesso à tecnologia e uma mudança nos custos ao consumidor (capítulo 5). Em terceiro lugar, o sector privado lidera a investigação e desenvolvimento mundial, detendo a maior parte do financiamento, conhecimento e pessoal especializado para a inovação tecnológica. Na maioria dos países da OCDE, o sector privado financia 50-60% da investigação e desenvolvimento. As empresas têm um papel ainda maior na Irlanda, Japão, Coreia e Suécia. Na maior parte dos países, as empresas aplicam mais in- vestigação do que aquela que financiam, indicando que existe algum financiamento do governo à investigação e desenvolvimento empresarial. As Universidades geralmente conduzem 15-20% da investigação e desenvolvimento nacional, enquanto a investigação pública na América do Norte e países Nórdicos é responsável por cerca de 10% e na União Europeia ligeiramente mais de 15% (quadro 2.3).23 Fazem parte da história as novas formas de financiamento privado de investigação de alto risco. Iniciativas empresarias pequenas e com base em tecnologia estão associadas a um risco elevado, fazendo delas candidatas improváveis para as formas convencionais de financiamento. O capital de risco, essencial para a explosão tecnológica nos Estados Unidos e que apoia novas empresas tecnológicas na Europa e Japão, permite que seja o mercado a escolher os vencedores. Começa CAIXA 2.5 As oportunidades de exportação da Índia na nova economia Que promessas reais é que a nova economia traz para os países em desenvolvimento? A rápida expansão mundial das tecnologias de informação e comunicação tem criado novas oportunidades para actividades de nicho. Na Índia, em 1999, a indústria gerou 330 mil milhões de rupias (7,7 mil milhões de dólares EUA), 15 vezes mais do que o nível de 1990, e as exportações aumentaram de 150 milhões em 1990 para quase 4 mil milhões de dólares em 1999. Um estudo estimou que as exportações devem aumentar para 50 mil milhões até 2008, fazendo com que a tecnologia de informação seja responsável por 30% das exportações da Índia e 7,5% do seu PIB. Estima-se que o emprego na indústria de software aumente de 180.000 em 1998 para 2,2 milhões em 2008, passando a ser responsável por 8% do emprego formal da Índia. As tecnologias de informação e comunicação criaram novas oportunidades de outsourcing, permitindo que um serviço seja prestado num país e entregue noutro. Estes serviços, entregues por telecomunicações ou por redes de dados, incluem a gestão de cartões de crédito, resolução de litígios de seguradoras, pagamento de salários de empresas e a gestão de recursos financeiros, humanos e de clientes. O mercado de outsourcing mundial vale mais de 100 mil milhões de dólares EUA, com 185 das empresas da Fortune 500 a recorrer à Índia para o outsourcing das suas necessidades de software. A Índia tem actualmente 1.250 empresa a exportar software. A Índia mostra que a política pública é importante. Ao prover educação para a tecnologia da informação – as escolas técnicas indianas de língua inglesa formam mais de 73.000 licenciados por ano – e investir em infra-estruturas (sobretudo ligações de alta velocidade e portais internacionais com largura de banda suficiente), o Governo assegurou um lugar para a Índia na nova economia. Estes esforços resultarão em benefícios de longo prazo para o desenvolvimento humano e um crescimento económico equitativo. Fonte: Landler 2001; Reuters 2001; Chandrasekhar 2001. QUADRO 2.3 O sector privado lidera a criação de tecnologia (percentagem das despesas de investigação e desenvolvimento, 1995) Fonte América do Norte Financiamento do sector privado Realização do sector privado Realização das universidades Realização do sector público 59 71 16 10 União Europeia Países nórdicos 53 62 21 16 59 67 23 10 Nota: Exclui a investigação e desenvolvimento pelas organizações sem fins lucrativos. Fonte: Lall 2001. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 37 A difusão desigual da tecnologia não é novidade – há muito tempo que existem enormes diferenças entre países a surgir noutros lugares – incluindo a China, Índia, Israel e Singapura (quadro 2.4). As grandes empresas dominam a investigação e desenvolvimento nas tecnologias de informação e comunicação e na biotecnologia, tão importantes para o desenvolvimento humano. Em todo o mundo, a indústria farmacêutica e biotecnológica gastou 39 mil milhões de dólares EUA em investigação e desenvolvimento, em 1998. Empresas farmacêuticas americanas que assentam na investigação investiram 24 mil milhões de dólares em 1999, aumentando para 26,4 em 2000. As 20 maiores empresas farmacêuticas duplicaram a sua despesa em investigação e desenvolvimento, desde meados dos anos de 1990. Se essa tendência se mantiver, a despesa média por empresa pode aumentar até 2,5 mil milhões de dólares EUA até 2005.24 Em quarto lugar, emergiu um mercado de trabalho mundial para os profissionais das tecnologias de ponta. Impulsionados pela escassez de qualificações na Europa, Japão e nos Estados Unidos, estes trabalhadores têm cada vez maior mobilidade entre países. Em 2000, os Estados Unidos aprovaram legislação que permite mais 195.000 licenças de trabalho por ano para profissionais qualificados. Das 81.000 licenças aprovadas entre Outubro de 1999 e Fevereiro de 2000, 40% foram concedidas a indivíduos provenientes da Índia e mais de metade foram para actividades relacionadas com a informática, um sexto para ciências e engenharia.25 Surgiu um efeito secundário: um novo tipo de negócio ou diáspora do cérebro. Uma forte relação entre Silicon Valley e Bangalore assenta nas redes económicas da diáspora indiana, à medida que QUADRO 2.4 O capital de risco expande-se por tudo o mundo (milhões de dól. EUA correntes em investimento) País ou área 1995 2000 Estados Unidos Reino Unido Japão Alemanha França Hong Kong, China (RAE) Singapura Suécia Israel Índia Finlândia China Coreia do Sul Filipinas África do Sul 4.566 19 21 13 8 245 5 — 8 3 — — 1 2 — 103.170 2.937 1.665 1.211 1.124 769 651 560 474 342 217 84 65 9 3 Nota: Os dados para a Finlândia e Suécia representam acções privadas. Fonte: Thomson Financial Data Services 2001. 38 elas investem no país de origem, o que facilita também os contactos para o acesso ao mercado. Em quinto lugar, empresas em início de actividade, laboratórios de investigação, financiadores e grandes empresas estão a convergir em novos pólos mundiais de inovação, criando um ambiente dinâmico que reúne o conhecimento, o financiamento e a oportunidade. Cientistas de topo e empresários entusiásticos de todo o mundo convergem nestes centros, atraindo investidores. A revista Wired identificou 46 centros de topo e classificou-os por importância e vitalidade, de acordo com a presença de escritórios de grandes empresas, capitais de risco, universidades, laboratórios de investigação e empresas em início de actividade . Os Estados Unidos tem 13 pólos, a Europa tem 16, a Ásia 9, América do Sul 2, África 2, Austrália 2, Canadá 1 e Israel 1 (mapa 2.1). Outros pólos podem, brevemente, juntar-se à lista – Hyderabad na Índia ou Pequim e Xangai na China. AS OPORTUNIDADES DA ERA DAS REDES EXISTEM NUM MUNDO DE CAPACIDADE TECNOLOGICA DESIGUAL A difusão desigual das tecnologias de informação e comunicação – a desigualdade digital – tem chamado a atenção dos líderes mundiais. Reduzir esta desigualdade é actualmente um objectivo mundial. Mas difusão desigual da tecnologia não é novidade. Há muito tempo que existem enormes diferenças entre países. Como resultado, os 200 e poucos países do mundo enfrentam o desafio do desenvolvimento humano na era das redes, começando de pontos de partida muito diferentes. O índice de realização tecnológica, neste Relatório, apresenta um perfil das realizações médias de cada país na criação e difusão tecnológica e na construção de capacidades humanas para dirigir novas inovações (ver mapa 2.1, p. 45; e anexo 2.1, p. 46). Para além da diferença entre países, o índice revela disparidades consideráveis dentro dos países. Observemos a Índia, que alberga um dos pólos mais dinâmicos do mundo – Bangalore, que a Wired classificou em 11º entre 46 pólos. No entanto, a posição da Índia no índice de realização tecnológica é 63º, caindo para o lugar mais baixo dos seguidores dinâmicos. Porquê? Devido a variações enormes nas realizações tecnológicas entre os estados indianos. O país tem o sétimo maior número de cientistas e engenheiros no mundo, cerca de 140.000 em 1994.27 No entanto, em 1999, o número médio de anos de RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 escolaridade era de apenas 5,1 anos e o analfabetismo adulto de 44%. O índice de realização tecnológica foca três dimensões ao nível dos países: • Criação de novos produtos e processos através da investigação e desenvolvimento. • Utilização de novas – e velhas – tecnologias na produção e consumo. • Existência das qualificações necessárias para a aprendizagem e inovação tecnológica. computadores a baixos custos, a Tailândia desenvolveu tratamentos para a febre dengue e para a malária (ver caixa 5.2) e o Vietname desenvolveu tratamentos para a malária utilizando conhecimento tradicional (caixa 2.6). A Argentina, China, Coreia, México e Tailândia estão a submeter quantidades substanciais de patentes. Na Coreia, a despesa na investigação e desenvolvimento chega a 2,8% do PIB, mais do que em qualquer outro país, exceptuando a Suécia (quadro 2.5). CRIAÇÃO UTILIZAÇÃO TECNOLOGICA O desenvolvimento de novos produtos e invenções, geralmente como resultado do investimento sistemático na investigação e desenvolvimento, é conduzido quase exclusivamente nos países da OCDE e nalguns países em desenvolvimento da Ásia e América Latina.28 Os países da OCDE, com 14% da população mundial, são responsáveis por 86% dos 836.000 pedidos de patente submetidos em 1998 e 85% dos 437.000 artigos em revistas científicas publicadas mundialmente.29 Estes países também investem mais tanto em termos absolutos como relativos – uma média de 2,4% do seu PIB vai para a investigação e desenvolvimento, comparado com 0,6% na Ásia do Sul (quadro anexo A.2.2). A inovação também significa propriedade. Dos pagamentos de royalties e de direitos de licenças em 1999, no mundo, 54% foram para os Estados Unidos e 12% foram para o Japão.30 No entanto, este perfil de concentração nos países da OCDE oculta a real evolução e dinamismo em muitos países em desenvolvimento. Existem centros de inovação no Brasil, Índia, África do Sul, Tunísia e noutros locais e vários outros países da Ásia e América Latina estão cada vez mais envolvidos na criação tecnológica. O Brasil está a desenvolver TECNOLOGICA Como se poderia esperar, a utilização de novas e velhas tecnologias é desigual – uma função obvia do rendimento, entre outros factores. O que é surpreendente é a rápida difusão de novas tecnologias nalguns países e as tendências diversas entre eles. Em Hong Kong (China, RAE), Islândia, Noruega, Suécia e Estados Unidos, a Internet chega a mais de metade da população e noutros países da OCDE chega CAIXA 2.6 Combinação de conhecimentos tradicionais e de métodos científicos para gerar inovações no tratamento da malária no Vietname O Vietname reduziu extraordinariamente os casos e mortes por malária, utilizando medicamentos de alta qualidade produzidos localmente. Entre 1992 e 1997, o número de mortes causadas pela malária caiu 97% e o número de casos quase 60%. O que é que permitiu estes enormes avanços? No início dos anos de 1990, o Governo vietnamita aproveitou uma melhoria na economia, aumentando o seu investimento no controlo da malária e identificando a luta contra a malária como uma prioridade nacional. O primeiro grande avanço foi o desenvolvimento e fabrico de um novo medicamento – artemisina – para o tratamento dos casos graves de malária e resistentes às combinações de medicamentos. O novo produto, extraído da árvore indígena thanh hao, tinha sido utilizado na medicina tradicional chinesa e vietnamita durante séculos. A colaboração entre indústria e investigadores levou à produção local, a baixo custo, de artemisina de alta qualidade e de outros derivados. Fonte: WHO 2000a. QUADRO 2.5 Investimento na capacidade tecnológica doméstica País ou grupo Coreia do Sul Singapura Suécia Tailândia Estados Unidos Países em desenvolvimento OCDE de rendimento elevado Taxa de escolarização superior bruta (percentagem) 1980 1997 15 8 31 15 56 7 39 Parcela da escolarização superior em ciências (percentagem) 1995–97 Despesas de investigação e desenvolvimento (percentagem do PNB) 1987–97 34,1 62,0 30,6 20,9 17,2 27,6 28,2 2,8 1,1 3,8 0,1 2,6 .. 2,4 68 43 55a 22a 81a 9a 64a a. Refere-se a um ano anterior. Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em UNESCO 1999 e 2001a e World Bank 2001h. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 39 DESTAQUE 2.3 DIFUSÃO DESIGUAL DA TECNOLOGIA-ANTIGAS E NOVAS . . . UTILIZADORES DE INTERNET – AINDA SÃO UM ENCLAVE MUNDIAL O círculo grande representa a população mundial. As fatias mostram parcelas regionais da população mundial.. As cunhas escuras mostram utilizadores de Internet. Estados Unidos OCDE de rendimento elevado excl. EUA Ásia do Sul Utilizadores de Internet em percentagem da população nacional 60 1998 África Subsariana 50 Países Árabes 40 Ásia Oriental e Pacífico Utilizadores de Internet (em percentagem da população) Estados Unidos OCDE de rendimento elevado (excl. EUA) América Latina e Caraíbas Ásia Oriental e Pacífico Europa do Leste e CEI Países Árabes África Subsariana Ásia do Sul Mundo Suécia Estados Unidos Noruega Singapura América Latina e Caraíbas Europa do Leste e CEI 2000 1998 2000 26,3 54,3 6,9 0,8 0,5 0,8 0,2 0,1 0,04 2,4 28,2 3,2 2,3 3,9 0,6 0,4 0,4 6,7 30 Japão Irlanda 20 10 0 Malásia Brasil África do Sul China Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em dados fornecidos por Nua Publish 2001 e UN 2001c. A desigualdade diminui – mas ainda muito lentamente Mais de três quartos dos utilizadores de Internet vivem nos países da OCDE de rendimento elevado, que contém 14% da população mundial OCDE de elevado População mundial rendimento 14% População que usa a Internet OCDE de rendimento elevado 88% em 1998 79% em 2000 Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em dados fornecidos por Nua Publish e UN 2001c. A desigualdade digital no interior dos países Apesar dos dados sobre a demografia dos utilizadores da Internet serem limitados, constata-se que a sua utilização é claramente concentrada. Na maior parte dos países, os utilizadores da Internet são predominantemente: • Urbanos e localizados em certas regiões. Na China, as 15 províncias com menos ligações, com 600 milhões de pessoas, têm apenas 4 milhões de utilizadores de Internet – enquanto que Xangai e Pequim, com 27 milhões de pessoas, têm 5 milhões de utilizadores. Na República Dominicana, 80% dos utilizadores situam-se na capital, Santo Domingo. E na Tailândia, 90% vivem em áreas urbanas, onde se encontram apenas 21% da população do país. Entre as 1,4 milhões de ligações de Internet da Índia, mais de 1,3 milhões são nos cinco estados de Delhi, Karnataka, Maharashtra, Tamil Nadu e Mumbai.. • Mais ricos e com melhor educação. Na Bulgária, os 65% mais pobres da população incluem apenas 29% dos utilizadores da Internet. No Chile, 89% dos utilizadores da Internet tiveram educação superior, no Sri Lanka 65% e na China 70%. • Novos. Em qualquer lado, é mais provável que as pessoas mais novas estejam ligadas. Na Austrália, as pessoas com 18-24 anos têm cinco vezes mais probabilidade de serem utilizadores de Internet do que as que têm mais de 55 anos. No Chile, 74% dos utilizadores têm menos de 35 anos; na China essa percentagem é de 84%. Outros países seguem o mesmo padrão. • Homens. Os homens constituem 86% dos utilizadores na Etiópia, 83% no Senegal, 70% na China, 67% na França e 62% na América Latina. Algumas destas disparidades estão a diminuir. Por exemplo, a assimetria entre os sexos está a diminuir rapidamente – como acontece na Tailândia, onde a percentagem de utilizadoras saltou de 35% em 1999 para 49% em 2000, ou nos Estados Unidos, onde as mulheres representavam 38% dos utilizadores em 1999 e passaram para 51% em 2000. No Brasil, onde a utilização da Internet tem aumentado rapidamente, as mulheres representam 47% dos utilizadores. Fonte: UNDP, Country Offices 2001; Nanthikesan 2001. 40 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 . . . ENTRE PAÍSES . . . A divisão digital não é uma novidade. A difusão de invenções com décadas diminuiu ELECTRICIDADE TRACTORES TELEFONES Kilowatt-hora per capita Por 1.000 hectares de terra permanentemente cultivada OCDE de rendimento 40 elevado Telefones por cabo por 1.000 pessoas 8.500 OCDE de rendimento elevado 600 8.000 OCDE de rendimento elevado 500 35 7.500 400 30 América Latina e Caraíbas Países Árabes 1.500 1.000 10 Ásia Oriental & Pacífico África Subsariana Ásia do Sul 500 0 1990 América Latina e Caraíbas Ásia do Sul Países Árabes Ásia Oriental & Pacífico 5 América Latina e Caraíbas 80 Ásia Oriental & Pacífico Países Árabes 40 África Subsariana 0 1990 1997 120 Ásia do Sul 0 1990 1997 1999 Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001h, FAO 2000a e ITU 2001b. VARIEDADES MODERNAS DE CULTURAS Percentagem de terras agrícolas permanentemente cultivadas América Latina Tipo Trigo Arroz Milho Sorgo Milho-miúdo Mandioca Ásia África Subsariana Médio Oriente e África do Norte 1970 1980 1990 1998 1970 1980 1990 1998 1970 1980 1990 1998 1970 1980 1990 1998 11 2 10 46 22 20 83 52 30 90 65 46 66 7 86 65 70 70 78 12 38 2 74 55 45 54 50 2 16 1 49 35 25 20 30 0 5 0 19 10 10 4 5 0 5 0 1 0 0 0 22 2 4 8 0 0 32 15 15 15 5 2 52 40 17 26 14 18 Nota: As áreas sombreadas indicam que menos de 30% da terra é plantada com variedades modernas de culturas. Fonte: Evenson e Gollin 2001. . . . E NO INTERIOR DOS PAÍSES Acesso a electricidade (percentagem de famílias) Estado indiano/território 1994 Maharashtra Punjab Kerala Karnataka West Bengal Orissa Uttar Pradesh 59,7 83,5 61,1 63,0 15,6 18,8 20,1 Telefones (por 1.000 pessoas) 1999 Ligações de Internet (por 1.000 pessoas) 1999 Taxa de frequência bruta no secundário (percentagem) 1996 43 47 43 29 16 9 10 8,21 1,24 0,87 2,73 2,51 0,12 0,12 66 64 83 52 44 54 43 Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em NCAER 1999; UNDP, Índia Country Office 2001; Chandrashekar 2001; Government of Índia, Department of Education 2001. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 41 A difusão estagnou ou ficou bloqueada, esbarrando aparentemente contra as limitações de rendimento, de infra-estruturas e de instituições a perto de um terço.31 No resto do mundo a percentagem é muito menor, chegando a apenas 0,4% das pessoas da África Subsariana. Mesmo na Índia, onde se localiza um dos maiores pólos tecnológicos do mundo, apenas 0,4% da população utiliza a Internet. Com estes níveis, serão necessários anos para reduzir a desigualdade digital. Actualmente, 79% dos utilizadores da Internet vivem em países da OCDE, que apenas contam com 14% da população mundial. No entanto, a Internet está a explodir em muitos países – nos países da OCDE de rendimento elevado, excluindo os Estados Unidos, a percentagem de utilizadores da Internet quadruplicou, de 7% para 28% entre 1998 e 2000. O aumento tem sido considerável, mesmo nos países em desenvolvimento: de 1,7 milhões para 9,8 milhões de utilizadores no Brasil, de 3,8 milhões para 16,9 milhões de utilizadores na China e de 2.500 para 25.000 no Uganda.32 No entanto, como estão a partir de uma base muito baixa, a parte da população com acesso permanece pequena. A difusão da Internet também tem sido desigual QUADRO 2.6 Concorrência nos mercados mundiais: os 30 exportadores líderes de produtos de alta tecnologia País Posição ou área 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Mil milhões de dólares EUA, Índice 1998–99 (1990=100) Estados Unidos 206 Japão 126 Alemanha 95 Reino Unido 77 Singapura 66 França 65 Coreia do Sul 48 Holanda 45 Malásia 44 China 40 México 38 Irlanda 29 Canadá 26 Itália 25 Suécia 22 Suíça 21 Bélgica 19 Tailândia 17 Espanha 11 Finlândia 11 Dinamarca 9 Filipinas 9 Israel 7 Áustria 7 Hungria 6 Hong Kong, China (RAE) 5 Brasil 4 Indonésia 3 República Checa 3 Costa Rica 3 250 196 206 255 420 248 428 310 685 1.465 3.846 535 297 177 314 231 296 591 289 512 261 1.561 459 172 .. 111 364 1.811 .. 7.324 Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em dados de Lall 2000 e UN 2001a. 42 dentro dos países, concentrando-se nas áreas urbanas, entre homens jovens e entre pessoas com rendimentos e níveis de educação mais elevados. Um sinal positivo é a redução da diferença entre os sexos em vários países, aumentando também a utilização de grupos de rendimentos mais baixos, à medida que se espalham locais de acesso tais como cafés com Internet e centros de informação comunitários. Muitos países estão a usar tecnologia de ponta nas indústrias transformadoras, de forma competitiva, como se demonstra pelo seu sucesso com exportações de alta tecnologia. Dos 30 maiores exportadores, 11 pertencem ao mundo em desenvolvimento – incluindo a Coreia, Malásia e México (quadro 2.6). Mas, na África Subsariana, Países Árabes e Ásia do Sul as exportações de média e alta tecnologia representam menos de 5% do total (quadro anexo A2.3). De igual modo, muitas invenções com décadas de idade não foram adoptadas em todo o mundo, apesar do seu enorme valor como instrumentos do progresso humano. Com muitas destas velhas tecnologias, a difusão estagnou ou ficou bloqueada, esbarrando aparentemente contra as limitações de rendimento, de infra-estruturas e de instituições. • A electricidade ainda não chegou a cerca de 2 mil milhões de pessoas, um terço da população mundial. Em 1998, o consumo médio de electricidade na Ásia do Sul e na África Subsariana era menos de um décimo do dos países da OCDE. • O telefone já tem mais de cem anos. Apesar de existir mais de 1 ligação à rede telefónica por cada 2 pessoas, nos países da OCDE, existe apenas 1 para cada 15 nos países em desenvolvimento – e 1 para cada 200 nos países menos desenvolvidos. Estas disparidades impedem o acesso à Internet e dificultam as ligações na era das redes. Contudo, recentes investimentos em infra-estruturas, reformas institucionais, inovações de marketing e progressos tecnológicos têm acelerado a difusão de cabos de ligação telefónica. Entre 1990 e 1999, a densidade de cabos de telefone aumentou de 22 para 69 por 1.000 habitantes nos países em desenvolvimento. Os telefones móveis têm ultrapassado as restrições de infra-estruturas, espalhando-se nalguns países tão rapidamente quanto os cabos telefónicos. A África do Sul tem 132 utilizadores de telemóvel comparado com 138 ligações de telefone fixo por 1.000 habitantes e Venezuela tem 143 assinantes de telemóveis por 1.000 pessoas (quadro anexo A.2.4). Mas apesar disso e até hoje, os telefones móveis têm contribuído para aumentar as assimetrias, já que têm aumentado muito mais rapidamente nos países da OCDE. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 • As transformações agrotécnicas de criação de plantas, selecção de sementes, controlo de água e mecanização começaram na Europa em meados do século 18 e espalharam-se pelo resto do mundo. Com a revolução verde, o rendimento mundial de cereais duplicou entre o início dos anos de 1960 e o final dos anos de 1990, crescendo de forma particularmente rápida na Ásia e América Latina. Mas a África Subsariana ficou muito para trás na utilização de variedades de sementes modernas, tractores e fertilizantes.33 O clima e a terra ajudam a explicar algumas das diferenças, mas o rendimento mais baixo também reflecte um nível mais baixo de factores de produção tecnológicos (quadro 2.8). • Os progressos médicos que impulsionaram enormes ganhos na sobrevivência continuam fora do alcance de muitos. Cerca de 2 mil milhões de pessoas não têm acesso a medicamentos essenciais, como a penicilina. A reidratação oral continua a não ser utilizada em 38% dos casos de diarreia, nos países em desenvolvimento. E metade das crianças africanas com 1 ano não foi vacinada contra a difteria, coqueluche, tétano, poliomielite e sarampo.34 QUUALIFICAÇÕES HUMANAS Os países em desenvolvimento que estão bem classificados na ordenação do índice de realização tecnológica têm conseguido ganhos espectaculares ao nível das qualificações humanas nas últimas décadas. As taxas de escolarização bruta superior na Coreia aumentaram de 15% para 68% entre 1980 e 1997, e 34% dessa escolarização foram em ciências e matemática – bem à frente de 28%, a média da OCDE.35 Mas, a maior parte dos países em desenvolvimento está muito atrasada em relação aos países da OCDE na escolarização (figura 2.3). TRANSFORMAR A TECNOLOGIA NUM INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REQUER ESFORÇO No final do século 19, a aplicação da ciência as técnicas manufactureiras ou às práticas agrícolas tornou-se na base dos sistemas produtivos, tendo contribuído de alguma forma para aumentar o rendimento da maioria dos trabalhadores. No século 20, a investigação e o desenvolvimento transformaram o conhecimento num factor produtivo crucial e as invenções produzidas pelos laboratórios industriais rapidamente encontraram o seu caminho para o mercado. A iniciativa empresarial e os incentivos de mercado aceleraram o progresso tecnológico para satisfazer a procura do consumidor. Mas, foi só nos últimos 10 anos que a reserva de conhecimentos indígenas começou a chegar às pessoas de forma mais alargada. O seu valor poderá ser realçado quando for desenvolvido com métodos modernos, difundido e comercializado (ver caixa 2.6). Mas o mercado não é suficiente para canalizar o desenvolvimento tecnológico para as necessidades humanas. O mercado pode produzir jogos de vídeo e curas para a calvície, mas não eliminará, necessariamente, a falta de saúde, subnutrição, isolamento e falta de conhecimentos que afectam as pessoas pobres. Muitos dos sucessos do século 20 obrigaram a esforços deliberados para desenvolver soluções tecnológicas para os problemas humanos, adaptando-as aos países em desenvolvimento e difundindo-as amplamente entre as pessoas pobres. Para a revolução verde ocorrer, foi necessário mobilizar a comunidade internacional para um gigantesco programa de investigação agrícola para prevenir a fome mundial, juntamente com a investigação e adaptação científicas ao nível local. A terapia de reidratação oral emergiu com a investigação de ponta, mas a sua disseminação exigiu um grande esforço público (ver caixa 2.2). Apesar da descoberta da penicilina em 1928, esta só foi comercializada 15 anos mais tarde. Porquê? A procura de antibióticos por satisfazer era sem dúvida enorme, mas as empresas farmacêuticas não se mostraram interessadas. Foi necessário haver uma guerra para que a procura se cristalizasse num mercado viável.36 Assim, transformar a tecnologia num instrumento de desenvolvimento humano requer, muitas vezes, um esforço deliberado e investimento público para criar e difundir amplamente as inovações. Não basta investir na criação, adaptação e comercialização de produtos necessários às pessoas pobres, ou que estas possam adquirir – os seus salários são demasiado baixos e não representam uma oportunidade de mercado para o sector privado. As capacidades nacionais nos países em desenvolvimento também são limitadas. Benefícios potencialmente enormes requerem uma coordenação difícil ao nível mundial. Os direitos de propriedade intelectual podem estimular a inovação, mas no mundo de hoje, de profundo desequilíbrio na procura e capacidade, eles não são suficientes para estimular a inovação em muitos países em desenvolvimento. Ao nível mundial, benefícios potencialmente vastos requerem uma coordenação difícil. Contudo, o investimento público no desenvolvimento tecnológico pode ter retornos enormes. Por exemplo, estima-se que cerca de 1.800 programas públicos de investigação sobre o trigo, arroz, milho e outras culturas – que ocorrem em todas TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES FIGURA 2.3 A escolarização reflecte o progre desigual na construção de capac ESCOLARIZAÇÃO SECUNDÁRIA Taxa de escolarização bruta (percentagem) 100 OCDE de rendimento elevado 80 Mundo 60 Países em Desenvolvimento 40 20 0 1970 Países menos Desenvolvidos a 1995 ESCOLARIZAÇÃO SUPERIOR Taxa de escolarização bruta (percentagem) 60 OCDE de rendimento elevado 50 40 30 20 Mundo 10 0 1970 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos a 1995 a. Os dados referem-se a 1970 e 1994. Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em UNESCO 1999. 43 QUADRO 2.7 Taxas elevadas de retorno com o investimento na investigação agrícola (percentagem) Localização Todas as localizações conhecidas África Subsariana Ásia e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia Ocidental e África do Norte Multinacional ou internacional Taxa interna de retorno, 1958–98 44 33 48 41 34 35 Nota: As classificações regionais diferem das utilizadas em qualquer outro lugar no Relatório. Mostram a média de 1.809 programas do sector público. Fonte: Lipton, Sinha e Blackman 2001. 44 as regiões e ao longo de quatro décadas, desde 1958 – tiveram uma taxa média de retorno interno real de 44% (tabela 2.9). O resto deste Relatório explora as formas como as políticas públicas, nacionais e mundiais, podem enfrentar os constrangimentos fundamentais à criação e difusão de tecnologia para as pessoas e países pobres. O capítulo 3 concentra-se na gestão de riscos, o capítulo 4 na construção de capacidade nacional e o capítulo 5 na promoção de iniciativas mundiais. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 MAPA 2.1 A GEOGRAFIA DA INOVAÇÃO E REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA Índice de realização tecnológica Líderes Líderes potenciais Seguidores dinâmicos Marginalizados Dados não disponíveis Resultados de inovação Centros tecnológica 16 (máximo) 4 (mínimo) Centros mundiais de inovação tecnológica Em 2000, a revista Wired consultou fontes locais nos governos, indústria e meios de comunicação social, para encontrar as localizações mais importantes na nova geografia digital. Cada uma foi classificada de 1 a 4, em quatro áreas: a capacidade das áreas universitárias e das instalações de investigação para formar trabalhadores qualificados ou desenvolver novas tecnologias, a presença de companhias e de grandes empresas multinacionais para fornecer competências e estabilidade económica, o impulso empresarial da população para iniciar novas aventuras e a disponibilidade do capital de risco para assegurar que as ideias se orientam para o mercado. Quarenta e seis locais foram identificados como centros tecnológicos, identificados no mapa com círculos pretos. Resultados 16 Sillicon Valley, EUA 15 Boston, EUA 15 Estocolmo-Kista, Suécia 15 Israel 14 Raleigh-Durham-Chapel Hill, EUA 14 Londres, RU 14 Helsínquia, Finlândia 13 Austin, EUA 13 São Francisco, EUA 13 Taipé, Taiwan (província da China) 13 Bangalore, Índia 12 Nova Iorque, EUA 12 Albuquerque, EUA 12 Montreal, Canadá 12 Seattle, EUA 12 Cambridge, RU 12 Dublin, Irlanda 11 Los Angeles, EUA 11 Malmo, Suécia Copenhaga, Dinamarca 11 Baviera, Alemanha 11 Flandres, Bélgica 11 Tóquio, Japão 11 Quioto, Japão 11 Hsinchu, Taiwan (província da China) 10 Virgínia, EUA 10 Vale do Tamisa, RU 10 Paris, França 10 Bade-Wurttemberg, Alemanha 10 Oulu, Finlândia 10 Melbourne, Austrália 9 Chicago, EUA 9 Hong Kong, China (RAE) 9 Queensland, Austrália 9 São Paulo, Brasil 8 Salt Lake, EUA 8 8 8 8 8 8 8 7 6 4 4 Santa Fé, EUA Glasgow-Edinburgo, RU Saxónia, Alemanha Sophia Antipolis, França Inchon, Coreia do Sul Kuala Limpur, Malásia Campinas, Brasil Singapura Trondheim, Noruega El Ghazala, Tunísia Gauteng, África do Sul Fonte: Hillner 2000. Quatro categorias do índice de realização tecnológica (ver anexo 2.1, p. 46; e quadro anexo A2.1, p. 48) LÍDERES Finlândia (2 centros) Estados Unidos (13 centros) Suécia (2 centros) Japão (2 centros) Coreia do Sul (1 centro) Holanda Reino Unido (4 centros) Canadá (1 centro) Austrália (1 centro) Singapura (1 centro) Alemanha (3 centros) Noruega (1 centro) Irlanda (1 centro) Bélgica (1 centro) Nova Zelândia Áustria França (2 centros) Israel LÍDERES POTENCIAIS Espanha Itália República Checa Hungria Eslovénia Hong Kong, China (RAE) Eslováquia Grécia Portugal Bulgária Polónia Malásia Croácia México Chipre Argentina Roménia Costa Rica Chile SEGUIDORES DINÂMICOS Uruguai África do Sul (1 centro) Tailândia Trindade e Tobago Panamá Brasil (2 centros) Filipinas China (2 centros) Bolívia Colômbia Peru Jamaica Irão TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES MARGINALIZADOS Tunísia (1 centro) Paraguai Equador El Salvador República Dominicana Síria Egipto Argélia Zimbabwe Indonésia Honduras Sri Lanka Índia (1 centro) Nicarágua Paquistão Senegal Gana Quénia Nepal Tanzânia Sudão Moçambique 45 ANEXO 2.1 O ÍNDICE DE REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA – UMA NOVA MEDIDA DA CAPACIDADE DOS PAÍSES PARTICIPAREM NA ERA DAS REDES Este relatório introduz o índice de realização tecnológica (IRT), cujo objectivo é retratar a forma como um país cria e difunde a tecnologia e constrói uma base de capacidades humanas – reflectindo a capacidade de participação nas inovações tecnológicas da era das redes. Este índice compósito mede realizações e não o potencial, esforços ou inputs. Não é uma medida para conhecer o país que lidera no desenvolvimento tecnológico mundial mas, antes, para avaliar se um país no seu todo está a participar bem na criação e na utilização da tecnologia. Consideremos os Estados Unidos – uma fonte de influência da tecnologia mundial – e a Finlândia. Os Estados Unidos têm um total de invenções e anfitriões de Internet muito maior do que a Finlândia, mas não se classifica tão bem na ordenação do IRT, porque na Finlândia a Internet está mais amplamente difundida e muito se faz para desenvolver uma base de qualificações tecnológicas por toda a população. As realizações tecnológicas de um país são mais amplas e mais complexas do que este ou qualquer outro índice pode retratar. É impossível reflectir a gama completa de tecnologias – da agricultura à medicina e indústria transformadora. Muitos aspectos da criação, difusão e qualificações humanas tecnológicas são difíceis de quantificar. E mesmo se fosse possível quantificá-los, a falta de dados fidedignos faz com que seja impossível reflecti-los completamente. Consideremos, por exemplo, a ocorrência de importantes inovações tecnológicas no sector informal da economia e nos sistemas de conhecimento indígenas. Mas, como não são registadas não podem ser quantificadas. Por isso, o IRT é construído utilizando indicadores, e não medidas directas, das realizações de um país em quatro dimensões. Fornece um resumo em bruto – e não uma medida compreensiva – das realizações tecnológicas de uma sociedade. Porquê um índice composto? O IRT destina-se a ajudar os decisores políticos na definição de estratégias tecnológicas. Este Relatório defende que as estratégias tecnológicas precisam ser redefinidas na era das redes. Como primeiro passo, apela aos decisores políticos para considerarem de novo as suas realizações tecnológicas actuais. Um índice compósito ajuda um país a situar-se em relação a outros, sobretudo aqueles que estão mais avançados. Há muitos elementos que compõem as realizações tecnológicas de um país, mas uma avaliação global é realizada com mais facilidade através de uma única medida compósita do que através de várias medidas diferentes. Tal como outros índices compósitos dos Relatórios de Desenvolvimento Humano (o índice de desenvolvimento humano, por exemplo), O IRT é para ser usado como ponto de partida para uma avaliação global, seguida pela análise pormenorizada de diferentes indicadores. A elaboração do índice reflecte duas preocupações particulares. Primeiro, concentra-se em indicadores que reflectem as preocupações políticas de todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento tecnológico. Segundo, ser útil aos países em desenvolvimento. Para o conseguir, este 46 índice tem de ser capaz de distinguir entre países que estão no fundo da classificação. Componentes do índice O IRT concentra-se em quatro dimensões da capacidade tecnológica que são importantes para colher os benefícios da era das redes. Os indicadores seleccionados estão relacionados com objectivos importantes da política tecnológica de todos os países, independentemente do seu nível de desenvolvimento: • Criação de tecnologia. Nem todos os países precisam de estar na vanguarda do desenvolvimento tecnológico mundial, mas a capacidade de inovar é relevante para todos os países e constitui o nível mais elevado da capacidade tecnológica. A economia mundial dá grandes recompensas aos líderes e proprietários da inovação tecnológica. Todos os países precisam ter a capacidade de inovar, porque a possibilidade de inovar na utilização da tecnologia não pode ser plenamente desenvolvida sem que exista a capacidade de criar – sobretudo de adaptar produtos e processos às condições locais. A inovação ocorre em toda a sociedade, em contextos formais e informais, apesar da tendência actual ser no sentido de aumentar a comercialização e formalização do processo de inovação. Na ausência de indicadores perfeitos e de séries de dados, o IRT utiliza dois indicadores para captar o nível de inovação numa sociedade. O primeiro é o número de patentes concedidas per capita, para reflectir o nível actual de actividades de invenção. O segundo é dado pelas receitas de royalties e direitos de licenças recebidos do estrangeiro per capita, para reflectir o stock de inovações bem sucedidas no passado que ainda são úteis e, portanto, têm valor de mercado. • Difusão de inovações recentes. Todos os países têm de adoptar inovações para beneficiar das oportunidades da era das redes. Isto é medido pela difusão da Internet – indispensável à participação – e pela exportação de produtos de alta e média tecnologia como uma parcela do total de exportações. • Difusão de invenções antigas. A participação na era das redes exige a difusão de muitas invenções antigas. Embora seja possível saltar etapas, o avanço tecnológico é um processo cumulativo e a ampla difusão de invenções mais antigas é necessária para adoptar invenções mais recentes. Os dois indicadores utilizados aqui – telefones e electricidade – são particularmente importantes, porque são necessários para a utilização das tecnologias mais novas e, também, porque são inputs difusos de uma grande variedade de actividades humanas. Contudo, ambos os indicadores são expressos como logaritmos, cujo máximo é o nível médio da OCDE, dado que são importantes numa fase inicial do avanço tecnológico mas não nas suas fases mais avançadas. Assim, embora seja importante para a Índia concentrar-se na difusão da electricidade e dos telefones, para que as suas populações possam participar na revolução tecnológica, o Japão e a Suécia já passaram esta fase. Exprimir a medida em logaritmos garante que, à medida que os níveis aumentam, a sua contribuição para o índice é menor. • Qualificações humanas. Uma massa crítica de qualificações é indispensável ao dinamismo tecnológico. Tanto os criadores como os utilizadores de nova tecnologia precisam de qualificações. A tecnologia de hoje exige a adaptabilidade – qualificações para dominar o fluxo constante de novas inovações. As bases desta capacidade são o ensino básico, para desenvolver capacidades cognitivas, e qualificações em ciências e matemáticas. Utilizam-se dois indicadores para reflectir as qualificações humanas necessárias à criação e absorção de inovações: anos médios de escolaridade e taxa de escolarização bruta de estudantes do ensino superior inscritos em ciência, matemática e engenharia. Apesar de ser desejável incluir indicadores de formação profissional, estes dados não estão disponíveis. Fontes de dados e limitações Os dados utilizados para construir o IRT provêm das séries internacionais mais utilizadas na análise de tendências tecnológicas, sendo portanto os mais fidedignos do conjunto disponível, como se mostra no quadro. O conjunto de indicadores apropriados limita-se àqueles que têm uma cobertura razoável. Ao interpretar os valores e a classificação do IRT, deve-se ter em consideração as limitações das séries de dados. Alguns países podem ter inovações subavaliadas, porque os registos de patentes e os pagamento de royalties são os únicos dados sobre inovação tecnológica que são recolhidos sistematicamente, mas que deixam de fora inovações valiosas mas não comercializadas, como as que ocorrem no sector informal e em sistemas de conhecimento indígenas. Para além disto, os sistemas e tradições nacionais diferem no seu âmbito e nos critérios. A difusão de novas tecnologias pode ser subavaliada em muitos países em desenvolvimento. O acesso à Internet é medido através de anfitriões de Internet, porque estes dados são mais fidedignos e têm melhor cobertura do que os dados sobre utilizadores de Internet, ao nível do país. Ponderação e agregação A metodologia para a construção do IRT é apresentada em pormenor na nota técnica. Cada uma das quatro dimensões tem igual ponderação. E cada um dos indicadores que compõem as dimensões também tem igual ponderação. Valores e classificações do IRT As estimativas do IRT foram preparadas para 72 países, para os quais existem dados disponíveis e de qualidade aceitável. Para outros, não existiam dados ou eram insatisfatórios para um ou mais indicadores. Muitos dos países do mundo em desenvolvimento não têm dados sobre patentes e royalties. Como a falta de dados geralmente indica que existe pouca inovação formal, utilizou-se nestes casos um valor igual a zero para o indicador em falta. Os resultados mostram três tendências: um mapa de grandes disparidades entre países, diversidade e dinamismo no progresso tecnológico entre países em desenvolvimento e um mapa de pólos tecnológi- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Dimensão Indicador Fonte Criação de tecnologia Patentes concedidas per capita Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO 2000) Receitas de royalties e direitos de licenças do exterior, per capita Banco Mundial (World Bank 2001h) Anfitriões de Internet per capita União Internacional das Telecomunicações (ITU 2001a) Exportações de alta e média tecnologia como parcela de todas as exportações Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (calculado com base em dados de Lall 2001 e UN 2001a) Logaritmo dos telefones per capita (cabo e telemóveis combinados) União Internacional das Telecomunicações (ITU 2001b) Logaritmo do consumo de electricidade per capita Banco Mundial (World Bank 2001h) Anos médios de escolaridade Barro e Lee (Barro e Lee 2000) Taxa de escolarização bruta no ensino superior em ciências, matemática e engenharia Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (cálculos baseados em dados da UNESCO 1998, 1999 e 2001a) Difusão de inovações recentes Difusão de inovações antigas Qualificações humanas cos sobrepostos em países com níveis de desenvolvimento diferentes. O mapa de grandes disparidades mostra quatro grupos de países (ver mapa 2.1), com os valores do IRT a variar de 0,744 para a Finlândia a 0,066 para Moçambique. Estes países podem ser considerados como líderes, líderes potenciais, seguidores dinâmicos ou marginalizados: • Líderes (IRT acima de 0,5) – liderados pela Finlândia, Estados Unidos, Suécia e Japão, este grupo está na vanguarda da inovação tecnológica. A inovação é auto-sustentada e estes países têm realizações elevadas na criação, difusão e qualificações tecnológicas. A seguir vem a Coreia do Sul, em quinto e Singapura, em décimo – dois países que, nas décadas recentes, avançaram rapidamente na tecnologia. Este grupo separa-se do resto pelo seu índice de invenção mais elevado, com uma diferença significativa entre Israel, neste grupo e a Espanha, no seguinte. • Líderes potenciais (0,35-0,49) – a maior parte destes países investiu em níveis elevados de qualificações humanas e difundiu amplamente tecnologias antigas, mas inova pouco. Cada um tende a posicionar-se relativamente baixo numa ou duas dimensões, tal como a difusão de inovações recentes ou de invenções antigas. Mas, a maior parte tem níveis de qualificação comparáveis aos do grupo do topo. • Seguidores dinâmicos (0,20-0,34) – estes países são dinâmicos na utilização de novas tecnologias. Muitos são países em desenvolvimento com níveis de qualificações humanas significativamente mais elevados que os do quarto grupo. Inclui, entre outros, o Brasil, China, Índia, Indonésia, África do Sul e Tunísia. Muitos destes países têm indústrias de alta tecnologia e centros tecnológicos importantes, mas a difusão de invenções antigas é lenta e incompleta. • Marginalizados (menos de 0,20) – a difusão tecnológica e a construção de qualificações ainda têm um longo caminho a percorrer nestes países. Largos sectores da população não beneficiaram da difusão de antigas tecnologias. Estas classificações não seguem as do rendimento e mostram um dinamismo considerável no campo das realizações tecnológicas, em vários países – por exemplo, a Coreia tem melhor classificação do que o Reino Unido, Canadá e outras economias industrializadas já estabelecidas. A Irlanda classificou-se acima da Áustria e da França. Países em desenvolvimento de grande dimensão – China, Brasil, Índia – têm prestações piores do que seria de esperar, porque esta não é uma classificação do "poderio tecnológico" de um país. Finalmente, os pólos tecnológicos têm um efeito limitado no índice devido às disparidades no interior dos países. Se o IRT fosse estimado apenas para os pólos, estes países seriam sem dúvida classificados entre os líderes ou líderes potenciais. Realizações tecnológicas e desenvolvimento humano Apesar das realizações tecnológicas serem importantes para o desenvolvimento humano, o IRT mede apenas as realizações tecnológicas. Não nos dá indicação sobre o nível de tradução destas realizações em desenvolvimento humano. Apesar disso, o IRT mostra uma correlação elevada com o índice de desenvolvimento humano (IDH) e correlaciona-se melhor com o IDH do que com o rendimento. Fonte: Desai e outros 2001. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 47 A2.1 Índice de realização tecnológica Ordem IRT Difusão das inovações recentes Criação de tecnologia Índice de realização tecnológica (IRT) valores Patentes Receitas de concedidas royalties e direia residentes tos de licenças (por milhão (dólares EUA por de pessoas) 1.000 pessoas) 1998 a 1999 b Qualificações humanas Exportações Difusão das inovações antigas de alta Taxa de escoAnfitriões e média Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta (por 1.000 (em % das por (kilowatt-hora (15 anos em ciências pessoas) exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita) e acima) (%) 2000 1999 1999 1998 2000 1995–97 c Líderes Finlândia Estados Unidos Suécia Japão Coreia do Sul 0,744 0,733 0,703 0,698 0,666 187 289 271 994 779 125,6 130,0 156,6 64,6 9,8 200,2 179,1 125,8 49,0 4,8 50,7 66,2 59,7 80,8 66,7 1,203 d 993 d 1,247 d 1,007 d 938 d 14,129 e 11,832 e 13,955 e 7,322 e 4,497 10,0 12,0 11,4 9,5 10,8 27,4 13,9 f 15,3 10,0 g 23,2 6 7 8 9 10 Holanda Reino Unido Canadá Austrália Singapura 0,630 0,606 0,589 0,587 0,585 189 82 31 75 8 151,2 134,0 38,6 18,2 25,5 h, i 136,0 57,4 108,0 125,9 72,3 50,9 61,9 48,7 16,2 74,9 1,042 d 1,037 d 881 862 901 5,908 5,327 15,071 e 8,717 e 6,771 9,4 9,4 11,6 10,9 7,1 9,5 14,9 14,2 f 25,3 24,2 h 11 12 13 14 15 Alemanha Noruega Irlanda Bélgica Nova Zelândia 0,583 0,579 0,566 0,553 0,548 235 103 106 72 103 36,8 20,2 i 110,3 73,9 13,0 41,2 193,6 48,6 58,9 146,7 64,2 19,0 53,6 47,6 15,4 874 1,329 d 924 d 817 720 5,681 24,607 e 4,760 7,249 e 8,215 e 10,2 11,9 9,4 9,3 11,7 14,4 11,2 12,3 13,6 f 13,1 0,544 0,535 0,514 165 205 74 14,8 33,6 43,6 84,2 36,4 43,2 50,3 58,9 45,0 987 d 943 d 918 d 6,175 6,287 5,475 8,4 7,9 9,6 13,6 12,6 11,0 f 19 Espanha 20 Itália 0,481 0,471 42 13 8,6 9,8 21,0 30,4 53,4 51,0 730 991 d 4,195 4,431 7,3 7,2 15,6 13,0 21 22 23 24 25 República Checa Hungria Eslovénia Hong Kong, China (RAE) Eslováquia 0,465 0,464 0,458 0,455 0,447 28 26 105 6 24 4,2 6,2 4,0 — 2,7 25,0 21,6 20,3 33,6 10,2 51,7 63,5 49,5 33,6 48,7 560 533 687 1,212 d 478 4,748 2,888 5,096 5,244 3,899 9,5 9,1 7,1 9,4 9,3 8,2 7,7 10,6 9,8 f, g 9,5 26 27 28 29 30 Grécia Portugal Bulgária Polónia Malásia 0,437 0,419 0,411 0,407 0,396 (,) 6 23 30 — 0,0 j 2,7 — 0,6 0,0 16,4 17,7 3,7 11,4 2,4 17,9 40,7 30,0 i 36,2 67,4 839 892 397 365 340 3,739 3,396 3,166 2,458 2,554 8,7 5,9 9,5 9,8 6,8 17,2 f 12,0 10,3 6,6 f 3,3 f 31 32 33 34 35 Croácia México Chipre Argentina Roménia 0,391 0,389 0,386 0,381 0,371 9 1 — 8 71 — 0,4 — 0,5 0,2 6,7 9,2 16,9 8,7 2,7 41,7 66,3 23,0 19,0 25,3 431 192 735 322 227 2,463 1,513 3,468 1,891 1,626 6,3 7,2 9,2 8,8 9,5 10,6 5,0 4,0 12,0 g 7,2 36 Costa Rica 37 Chile 0,358 0,357 — — 0,3 6,6 4,1 6,2 52,6 6,1 239 358 1,450 2,082 6,1 7,6 5,7 g 13,2 38 Uruguai 39 África do Sul 40 Tailândia 0,343 0,340 0,337 2 — 1 0,0 j 1,7 0,3 19,6 8,4 1,6 13,3 30,2 k 48,9 366 270 124 1,788 3,832 1,345 7,6 6,1 6,5 7,3 3,4 4,6 41 42 43 44 45 Trindade e Tobago Panamá Brasil Filipinas China 0,328 0,321 0,311 0,300 0,299 — — 2 (,) 1 0,0 i 0,0 0,8 0,1 0,1 7,7 1,9 7,2 0,4 0,1 14,2 5,1 32,9 32,8 39,0 246 251 238 77 120 3,478 1,211 1,793 451 746 7,8 8,6 4,9 8,2 6,4 3,3 8,5 3,4 5,2 f 3,2 46 47 48 49 50 Bolívia Colômbia Peru Jamaica Irão 0,277 0,274 0,271 0,261 0,260 — 1 — — 1 0,2 0,2 0,2 2,4 0,0 i 0,3 1,9 0,7 0,4 (,) 26,0 13,7 2,9 1,5 i 2,0 113 236 107 255 133 409 866 642 2,252 1,343 5,6 5,3 7,6 5,3 5,3 7,7 f, g 5,2 7,5 f 1,6 6,5 1 2 3 4 5 16 Áustria 17 França 18 Israel Líderes potenciais Seguidores dinâmicos 48 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.1 Índice de realização tecnológica Difusão das inovações recentes Criação de tecnologia Patentes Receitas de concedidas royalties e direia residentes tos de licenças (por milhão (dólares EUA por de pessoas) 1.000 pessoas) 1999 b 1998 a Qualificações humanas Exportações Difusão das inovações antigas de alta Taxa de escoAnfitriões e média Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta (por 1.000 (em % das por (kilowatt-hora (15 anos em ciências pessoas) exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita) e acima) (%) 2000 1999 1999 1998 2000 1995–97 c Ordem IRT Índice de realização tecnológica (IRT) valores 51 52 53 54 55 Tunísia Paraguai Equador El Salvador República Dominicana 0,255 0,254 0,253 0,253 0,244 — — — — — 1,1 35,3 — 0,2 — (,) 0,5 0,3 0,3 1,7 19,7 2,0 3,2 19,2 5,7 i 96 137 122 138 148 824 756 625 559 627 5,0 6,2 6,4 5,2 4,9 3,8 2,2 6,0 f, g 3,6 5,7 56 57 58 59 60 Síria Egipto Argélia Zimbabwe Indonésia 0,240 0,236 0,221 0,220 0,211 — (,) — (,) — — 0,7 — — — 0,0 0,1 (,) 0,5 0,2 1,2 8,8 1,0 12,0 17,9 102 77 54 36 40 838 861 563 896 320 5,8 5,5 5,4 5,4 5,0 4,6 g 2,9 6,0 1,6 3,1 61 Honduras 62 Sri Lanka 63 Índia 0,208 0,203 0,201 — — 1 0,0 — (,) (,) 0,2 0,1 8,2 5,2 16,6 i 57 49 28 446 244 384 4,8 6,9 5,1 3,0 1,4 1,7 64 Nicarágua 65 Paquistão 0,185 0,167 — — — (,) j 0,4 0,1 3,6 7,9 39 24 281 337 4,6 3,9 3,8 1,4 f, g 66 67 68 69 70 Senegal Gana Quénia Nepal Tanzânia 0,158 0,139 0,129 0,081 0,080 — (,) (,) — — 0,0 j — (,) 0,0 (,) 0,2 (,) 0,2 0,1 (,) 28,5 4,1 7,2 1,9 i 6,7 27 12 11 12 6 111 289 129 47 54 2,6 3,9 4,2 2,4 2,7 0,5 f, g 0,4 f, g 0,3 f 0,7 0,2 71 Sudão 72 Moçambique 0,071 0,066 — — 0,0 — 0,0 (,) 0,4 i 12,2 i 9 5 47 54 2,1 1,1 0,7 f, g 0,2 Albânia Angola Arménia Azerbaijão Baamas — — — — — — — 8 — — — — — — — 0,1 (,) 0,9 0,1 — 4,2 i — 11,7 6,3 — 39 10 158 118 422 678 60 930 1,584 — — — — — — 2,7 — 4,0 7,3 f — Barém Bangladeche Barbados Bielorrússia Belize — — — — — — (,) — 50 — — (,) 0,8 0,1 0,0 i 3,6 0,0 0,5 0,3 2,2 5,7 i 2,9 i 31,3 46,5 0,2 l 453 5 538 259 182 7,645 81 — 2,762 — 6,1 2,6 8,7 — — 6,7 f — 6,1 14,4 — Benim Butão Botswana Brunei Burkina Faso — — — — — — — 1 — — — — (,) — — (,) 2,1 2,7 8,0 (,) — — — — — — 18 150 451 5 46 — — 7,676 — 2,3 — 6,3 — — 0,5 — 1,6 0,4 0,2 Burúndi Camboja Camarões Cabo Verde República Centro-Africana — — — — — — — — — — 0,0 — — (,) i — 0,0 (,) (,) 0,1 (,) — — 2,2 i — 13,6 i 3 11 — 131 — — — 185 — — — — 3,5 — 2,5 — 0,2 — — — Chade Comores Congo Congo, Rep, Dem, Costa do Marfim — — — — — — — — — — — — 0,0 j — — (,) 0,1 (,) (,) 0,1 — — — — — — 10 — — 33 — — 83 110 — — — 5,1 3,0 — 0,1 — — — — Dinamarca Djibuti Guiné Equatorial Eritreia Estónia — — — — — 52 — — — 1 — — — — 1,2 114,3 0,1 0,0 (,) 43,1 41,0 — — — 31,9 1,179 14 — 7 624 6,033 — — — 3,531 9,7 — — — — 10,1 — — — 13,4 g Marginalizados Outros TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 49 A2.1 Índice de realização tecnológica Ordem IRT 50 Difusão das inovações recentes Criação de tecnologia Índice de realização tecnológica (IRT) valores Patentes Receitas de concedidas royalties e direia residentes tos de licenças (por milhão (dólares EUA por de pessoas) 1.000 pessoas) 1998 a 1999 b Qualificações humanas Exportações Difusão das inovações antigas de alta Taxa de escoAnfitriões e média Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta (por 1.000 (em % das por (kilowatt-hora (15 anos em ciências pessoas) exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita) e acima) (%) 2000 1999 1999 1998 2000 1995–97 c Etiópia Fidji Gabão Gâmbia Geórgia — — — — — — — — 1 67 — — — — — (,) 0,9 (,) (,) 0,4 — — 0,9 i — — 3 130 39 27 142 22 — 749 — 1,257 — 8,3 — 2,3 — 0,3 — — — 20,2 Guatemala Guiné Guiné-Bissau Guiana Haiti — — — — — (,) — — — — — — — — — 0,5 (,) (,) 0,1 0,0 16,0 — — — 3,2 i 86 9 — 78 12 322 — — — 33 3,5 — 0,8 6,3 2,8 — 0,4 — 2,7 — Islândia Jordânia Cazaquistão Kuwait Quirguistão — — — — — 15 — 55 — 14 — — — — — 232,4 0,2 0,6 4,4 1,1 9,8 — 15,0 6,8 10,9 1,297 105 111 398 77 20,150 1,205 2,399 13,800 1,431 8,8 6,9 — 6,2 — 7,4 — 13,7 4,4 3,3 f Laos Letónia Líbano Lesoto Líbia — — — — — — 71 — — — — 4,3 — 6,5 — 0,0 13,4 2,3 0,1 (,) — 12,4 — — 1,8 i 8 412 — — — — 1,879 1,820 — 3,677 — — — 4,2 — — 9,5 4,5 0,3 — Lituânia Luxemburgo Macedónia Madagáscar Malawi — — — — — 27 202 19 — — (,) 272,6 1,1 (,) i — 7,5 49,5 1,9 0,1 0,0 29,2 34,0 23,8 i 3,0 — 401 1,211 258 — 6 1,909 12,400 — — — — — — — 3,2 11,7 — 7,6 0,4 — Maldivas Mali Malta Mauritânia Maurícias — — — — — — — 18 — — 0,0 j — 0,0 0,0 i 0,0 1,7 (,) 19,5 (,) 5,2 — — 72,0 — 4,3 90 — 609 6 312 — — 3,719 — — — 0,9 — — 6,0 — — 3,9 — 1,0 Moldávia Mongólia Marrocos Mianmar Namíbia — — — — — 42 56 3 — — (,) 0,4 0,2 (,) 3,5 i 0,7 0,1 0,1 0,0 3,7 6,2 3,2 i 12,4 i — — 131 53 66 6 82 689 — 443 64 — — — — 2,8 — 12,0 4,2 3,2 2,3 0,4 Níger Nigéria Omã Papua-Nova Guiné Catar — — — — — — — — — — — — — — — (,) (,) 1,4 0,1 — — 0,4 13,2 — — — — 139 14 406 — 85 2,828 — 13,912 1,0 — — 2,9 — — 1,8 2,4 — — Federação Russa Ruanda Samoa Ocidental Arábia Saudita Serra Leoa — — — — — 131 — — (,) — 0,3 0,0 — 0,0 — 3,5 0,1 5,3 0,3 0,1 16,0 — — 5,2 i — 220 3 — 170 — 3,937 — — 4,692 — — 2,6 — — 2,4 19,7 g — — 2,8 — Suriname Suazilândia Suíça Tajiquistão Togo — — — — — — — 183 2 — 0,0 i 0,2 — — — 0,0 1,4 82,7 0,1 0,1 1,0 i — 63,6 — 0,4 213 45 1,109 35 12 — — 6,981 2,046 — — 6,0 10,5 — 3,3 — 1,3 10,3 4,7 0,4 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.1 Índice de realização tecnológica Ordem IRT Difusão das inovações recentes Criação de tecnologia Índice de realização tecnológica (IRT) valores Patentes Receitas de concedidas royalties e direia residentes tos de licenças (por milhão (dólares EUA por de pessoas) 1.000 pessoas) 1998 a 1999 b Qualificações humanas Exportações Difusão das inovações antigas de alta Taxa de escoAnfitriões e média Telefones Consumo de Anos médios larização supede Internet tecnologia (cabo e móvel, electricidadede escolaridade rior bruta (por 1.000 (em % das por (kilowatt-hora (15 anos em ciências pessoas) exp. de bens) 1.000 pessoas) per capita) e acima) (%) 2000 1999 1999 1998 2000 1995–97 c Turquia Turquemenistão Uganda Ucrânia Emiratos Árabes Unidos — — — — — (,) 10 — 84 — — — 0,0 j — — 2,5 0,3 (,) 1,2 20,9 26,7 — 2,2 — — 384 83 5 203 754 1,353 859 — 2,350 9,892 5,3 — 3,5 — — 4,7 — 0,3 — 3,2 Usbequistão Venezuela Vietname Iémen Zâmbia — — — — — 25 — — — (,) — 0,0 — — — (,) 1,2 (,) (,) 0,2 — 6,2 — — — 68 253 31 18 12 1,618 2,566 232 96 539 — 6,6 — — 5,5 — — — 0,2 — a. Com o fim de calcular o IRT, utilizou-se um valor igual a 0 para os países que não tinham dados disponíveis. b. Com o fim de calcular o IRT, utilizou-se um valor igual a 0 para os países fora da OCDE que não tinham dados disponíveis. c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. d. Com o fim de calcular o IRT, foi utilizado o valor médio ponderado para os países da OCDE (901). e. Com o fim de calcular o IRT, foi utilizado o valor médio ponderado para os países da OCDE (6,969). f. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período 1989-94. g. Os dados são baseados nas estimativas provisórias da UNESCO da taxa de escolarização superior bruta. h. Os dados são de fontes nacionais. i. Os dados referem-se a 1998. j. Os dados referem-se a 1997. k. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui Botswana, Lesoto. Namíbia, África do Sul e Suazilândia. l. Os dados referem-se apenas às exportações de média tecnologia. Fonte: Coluna 1: calculado com base nos dados das colunas 2-9; para pormenores, ver nota técnica 2; coluna 2: WIPO 2001a; coluna 3: World Bank 2001h, a não ser quando indicado de outro modo; coluna 4: ITU 2001a; coluna 5: calculado com base em dados de exportações, de Lall 2001 e UN 2001a; coluna 6: ITU 2001b; coluna 7: World Bank 2001h; coluna 8: Barro e Lee 2000; coluna 9: calculado com base em dados das taxas de escolarização superior bruta e escolarização superior em ciências, de UNESCO 1998, 1999 e 2001a. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 51 A2.2 Investimento na criação de tecnologia Nas empresas (em % do total) 1987–97 a Cientistas e engenheiros em I&D (por 100.000 pessoas) 1987–97 a Despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) Anos médios de escolaridade (15 anos e acima) Ordem IDH 1970 1980 1990 2000 Em % do PNB 1987–97 a 7,2 10,2 9,1 8,0 8,8 8,2 10,3 10,3 9,7 8,2 11,6 10,4 11,0 9,5 8,9 11,9 10,9 11,6 11,4 9,3 1,6 1,8 1,7 3,8 1,6 49,9 45,7 50,7 62,9 64,8 3.664 3.357 2.719 3.826 2.272 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 9,5 6,6 7,8 7,5 6,1 11,9 7,4 8,2 8,5 7,2 11,7 8,1 8,8 9,0 9,4 12,0 8,8 9,4 9,5 10,0 2,6 — 2,1 2,8 2,8 59,4 34,6 44,7 81,7 57,7 3.676 4.131 2.219 4.909 2.799 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 8,5 — 5,7 7,7 8,8 10,4 — 6,7 8,3 9,0 10,1 — 7,0 8,8 9,6 10,5 — 7,9 9,4 9,7 2,6 — 2,3 2,0 2,0 67,4 — 48,7 51,9 49,8 3.006 — 2.659 2.448 3.259 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 7,4 — 6,8 9,7 5,5 7,3 — 7,5 11,5 5,9 7,8 9,9 8,8 11,3 6,5 8,4 10,2 9,4 11,7 7,2 1,5 2,4 1,6 1,0 2,2 49,0 61,4 63,4 33,9 43,7 1.627 2.831 2.319 1.663 1.318 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (RAE) Chipre 4,8 8,1 5,4 6,3 5,2 6,0 9,4 7,0 8,0 6,5 6,4 9,4 8,0 9,2 8,7 7,3 9,6 8,7 9,4 9,2 0,9 2,4 0,5 — — 40,3 35,7 20,2 2,8 13,1 1.305 — 773 — 209 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 5,1 4,9 2,6 — — 5,5 7,9 3,8 — — 6,0 9,9 4,9 6,6 — 7,1 10,8 5,9 7,1 — 1,1 2,8 0,6 1,5 — 62,5 84,0 18,9 49,1 — 2.318 2.193 1.182 2.251 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 9,7 4,8 — 6,2 — 6,8 6,0 — 7,0 — 7,9 — 9,2 8,1 8,9 8,7 — 9,5 8,8 9,3 — — 1,2 0,4 1,1 — — 63,1 11,3 60,4 — — 1.222 660 1.866 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 8,1 5,7 7,9 5,7 2,8 9,1 6,2 8,8 6,4 3,6 8,9 7,1 9,5 7,0 5,0 9,1 7,6 9,8 7,6 6,1 0,7 — 0,8 0,7 — 79,6 — 31,8 15,2 — 1.099 — 1.358 445 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 3,9 — 3,1 — — 5,2 — 4,5 — — 5,6 — 5,8 9,0 — 6,1 — 6,2 — — 0,2 — 0,2 0,6 — — — 64,3 7,7 — 532 — 230 2.017 — — — — — — — 5,9 9,4 — 6,3 — — 1,0 0,7 — 19,0 — — 1.916 2.028 — 5,3 — 7,3 — 7,2 9,5 7,8 — — 0,4 — 20,5 — 1.049 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 52 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.2 Investimento na criação de tecnologia Nas empresas (em % do total) 1987–97 a Cientistas e engenheiros em I&D (por 100.000 pessoas) 1987–97 a Despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) Anos médios de escolaridade (15 anos e acima) Ordem IDH 1970 1980 1990 2000 Em % do PNB 1987–97 a 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 3,7 4,8 — — — 4,8 6,4 — — — 6,7 8,1 — — — 7,2 8,6 — — — 0,3 — 1,1 — 0,9 17,6 — 27,9 — 15,5 214 — 2.248 — 3.587 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 3,9 6,6 6,2 — — 5,1 7,3 7,8 — — 6,0 9,2 9,4 — — 6,8 9,5 9,5 — — 0,2 0,6 0,7 — — 8,3 60,5 23,1 — 28,2 93 1.747 1.387 — 1.335 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 3,2 3,1 4,2 — — 5,5 4,4 5,2 — — 5,0 4,7 5,6 — — 6,6 5,3 6,0 — — 0,5 — 0,4 — — — — 2,4 — — 209 — 361 — — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 4,1 5,5 — 3,3 4,8 4,4 6,8 — 3,1 6,5 5,6 7,9 — 4,0 7,3 6,5 8,3 — 4,9 8,2 0,1 — — 0,8 0,2 12,2 — — 40,0 1,9 103 — — 168 157 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — — 4,6 — — — — 6,1 — — — — 6,2 — 8,9 — — 7,6 — — — — — — 0,3 — — 27,2 46,3 1,0 — 1.485 233 2.171 — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — — 3,2 — 4,2 — — 4,1 — 5,1 — — 4,7 — 6,1 — — 5,3 — 6,2 — — — 0,2 — — — — — — — — — 2.791 — 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 4,7 2,6 — 3,5 — 5,6 3,4 — 6,1 — 6,1 4,2 — 5,9 — 6,9 5,3 — 6,4 — — 0,5 — (,) — — 32,9 — — — 191 291 — 146 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 3,4 — 3,3 1,5 1,6 3,8 4,8 4,3 2,9 2,8 4,4 5,9 6,0 3,9 4,0 4,9 6,4 6,9 5,0 5,3 — 0,7 0,3 0,3 0,5 — — — — — — 454 94 125 560 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — — 4,5 4,6 2,7 — — 5,2 3,8 3,2 — — 5,7 5,4 4,3 — — 6,3 6,1 5,2 — 0,2 — 0,7 — — 24,8 — 54,4 — — 584 — 1.031 20 Samoa Ocidental Síria Moldávia Usbequistão Argélia 6,4 2,2 — — 1,6 5,9 3,7 — — 2,7 — 5,1 9,2 — 4,3 — 5,8 — — 5,4 — 0,2 0,9 — — — — 51,4 — — — 30 330 1.763 — 96 97 98 99 100 TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 53 A2.2 Investimento na criação de tecnologia Nas empresas (em % do total) 1987–97 a Cientistas e engenheiros em I&D (por 100.000 pessoas) 1987–97 a Despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) Anos médios de escolaridade (15 anos e acima) Ordem IDH 1970 1980 1990 2000 Em % do PNB 1987–97 a 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto — 2,9 — 4,8 — — 3,7 — 4,6 2,3 3,8 4,0 9,8 5,0 4,3 — 5,0 — 5,6 5,5 — 0,1 — 0,5 0,2 — 76,4 — — — — 182 666 172 459 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 2,9 2,2 1,7 — — 3,2 2,8 2,7 — — 3,7 4,2 3,0 — — 4,6 4,8 3,5 — — — — 0,2 — — — — 0,5 — — 204 — 104 234 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — — 2,5 2,0 2,3 — — 3,9 3,1 3,3 — — 5,3 5,3 4,1 — — 6,0 6,3 5,1 — — — — 0,7 — — — — 24,0 — — — — 149 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto — 2,0 1,4 3,3 3,4 — 2,1 1,6 3,4 3,8 — 5,0 2,5 3,6 3,9 — 5,4 2,8 3,9 4,2 — — — — — — — — — — 910 — — — — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — 1,1 2,2 — 1,9 — — 1,7 3,4 — 2,4 — — 2,3 3,7 — 3,1 5,1 — 2,9 4,2 — 3,5 5,1 — — — — — — — — — — — 25,5 — — — — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 1,5 0,8 0,2 — 2,1 2,3 0,9 — 4,2 2,9 1,6 — 3,9 3,3 2,4 — 0,9 0,5 — — — — — — 72 98 — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar — 0,9 — 1,2 — — 1,9 0,3 1,9 — — 2,2 1,5 2,9 — — 2,6 — 2,8 — — (,) — — 0,2 — — — — — — 52 — — 12 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tanzânia — — 0,6 — 2,8 — — 1,1 — 2,7 — — 1,6 2,4 2,8 — — 2,1 — 2,7 0,1 — — — — — — — — — 15 — — — — 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 1,4 1,2 2,8 — 1,7 1,8 2,0 3,9 — 2,2 3,3 2,8 4,2 — 2,3 3,5 3,0 5,5 — 2,6 0,6 — — — (,) 2,2 — — — — 21 — — — 3 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — 0,5 — — — — 1,1 — 0,9 — — 2,0 — 1,6 — — 2,3 — 2,3 — — 0,0 — — — — — — — — — 176 — — — 54 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.2 Investimento na criação de tecnologia Despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) Anos médios de escolaridade (15 anos e acima) Ordem IDH 1970 1980 1990 2000 Em % do PNB 1987–97 a Nas empresas (em % do total) 1987–97 a Cientistas e engenheiros em I&D (por 100.000 pessoas) 1987–97 a 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali República Centro-Africana Chade 1,9 1,1 0,3 0,8 — 2,7 1,7 0,5 1,3 — 2,7 2,1 0,7 2,4 — 3,2 2,6 0,9 2,5 — — (,) — — — — — — — — — 35 — 56 — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burúndi — 0,6 — — — 0,3 0,8 — — — 0,7 0,9 — — 1,4 0,8 1,1 — — — — — — 0,2 0,3 — — — — — — — — 17 33 0,3 0,9 0,6 1,6 0,8 2,1 1,0 2,4 — — — — — — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado — — — — 3,8 2,1 — — 7,3 7,7 3,9 — — 4,7 4,4 3,0 — — 8,6 9,2 4,9 — — 5,7 5,3 3,9 — — 9,1 9,5 — — — — 6,1 4,7 — — 9,6 10,0 — — — 1,3 0,6 0,6 — 0,9 2,3 2,4 — — — — — — — — — — — — — — — 152 — 2.437 2.585 3.141 Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 7,6 — — 8,9 4,1 1,8 9,4 5,1 2,8 9,9 — — 2,3 0,6 — — — — 2.827 — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 7,7 — — 9,1 4,8 — 9,5 5,9 — 10,0 — — 2,4 1,0 0,9 — — — 3.127 687 — Mundo — 5,2 6,0 — 2,2 — 959 161 Níger 162 Serra Leoa a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. Fonte: Colunas 1-4: Barro e Lee 2000; colunas 5-7: World Bank 2001h, baseado em dados da UNESCO; coluna 6: UNESCO 1999. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 55 A2.3 Difusão de tecnologia Agricultura e manufactura Consumo de fertilizantes Tractores em uso Exportações de baixa (kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável tecnologia e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens) Ordem IDH Exportações de média Exportações de alta tecnologia tecnologia (em % das export. de bens) (em % das export. de bens) 1970 1998 1970 1998 1980 1999 1980 1999 1980 1999 244,3 23,2 18,4 164,6 511,2 225,8 39,1 58,0 100,6 365,4 a 110,6 7,8 13,6 59,0 97,8 a 163,0 5,8 15,6 59,3 127,5 a 5 4 5 16 20 a 4 5 9 12 15 18 7 25 39 30 a 14 11 38 34 37 3 2 6 11 6a 5 5 11 26 11 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 11 12 13 14 15 a 81,6 3.335,4 749,3 337,2 188,8 110,5 3.100,0 494,2 289,5 140,6 27,7 1.411,7 156,0 48,0 60,2 26,8 1.753,2 164,7 450,6 89,7 — 5 11 16 19 10 2 12 8 9 — 3 22 59 21 34 8 25 51 24 — (,) 9 14 4 32 2 26 30 27 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 383,1 — 243,5 263,1 223,4 749,4 — 247,5 330,4 169,8 189,6 — 64,4 62,1 65,3 255,1 — 65,1 79,3 59,0 16 — 17 12 16 15 37 14 11 19 40 — 36 33 24 38 24 37 33 22 16 — 11 15 9 26 10 22 29 19 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 242,6 384,4 306,7 128,1 89,6 170,4 242,7 519,9 201,7 157,9 148,1 121,5 61,1 27,6 41,2 238,3 88,6 123,3 23,2 133,7 29 16 b 15 8 32 23 13 10 8 30 34 48 b 17 4 37 38 46 12 10 40 8 12 b 12 1 8 12 18 42 5 11 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (RAE) Chipre 59,3 140,1 86,1 — 120,9 110,4 277,1 123,3 — 143,0 12,7 40,0 15,8 — 27,2 44,1 56,1 61,2 — 118,9 23 — 26 63 32 16 12 26 56 24 31 — 12 22 12 43 16 13 10 11 5 — 1 9 2 10 29 5 24 12 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 250,0 245,0 41,8 — 45,6 2.350,0 457,6 96,1 268,7 90,9 1,7 (,) 10,4 — 10,2 65,0 82,7 60,1 367,5 45,1 8 47 35 — — 7 18 36 28 19 18 25 16 — — 17 34 34 38 11 14 10 8 — — 58 33 7 12 61 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 335,3 — — 3,3 — 176,5 — 90,3 29,8 66,3 24,4 0,6 — 6,5 — 34,4 10,3 25,5 10,3 15,6 28 — — 9 — 16 — 26 9 24 9 — — 9 — 22 — 40 16 42 13 — — 2 — 9 — 12 3 7 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 149,7 48,5 167,8 31,6 — 90,3 102,0 113,2 194,6 100,0 12,1 20,7 14,7 8,3 — 18,3 25,2 91,1 23,5 2,0 24 — 18 — — 17 24 31 3 4c 11 — 36 — — 40 12 28 5 5c 26 — 10 — — 24 2 8 1 (,) 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 100,1 133,3 — — — 391,9 30,0 300,0 28,5 390,1 10,3 5,9 9,0 — 11,7 13,9 11,0 11,7 44,9 3,4 — — — — — 13 — 1 26 — — — — — — 8 — 6 15 — — — — — — 44 — (,) 17 — — — — 127,7 46,5 58,8 — — 25,0 1,7 28,2 4,4 — — — 27 30 — — — — 33 22 — — — — 8 7 — 88,0 — 86,9 23,8 18,5 — 22,1 28,5 1 — 11 32 1 — 13 6 (,) — 1 6 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar c Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 56 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.3 Difusão de tecnologia Agricultura e manufactura Consumo de fertilizantes Tractores em uso Exportações de baixa (kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável tecnologia e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens) Exportações de média Exportações de alta tecnologia tecnologia (em % das export. de bens) (em % das export. de bens) Ordem IDH 1970 1998 1970 1998 1980 1999 1980 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 23,2 38,7 — 73,3 — 62,5 49,2 145,0 52,8 8,5 3,9 4,4 — 12,7 — 6,3 7,6 15,2 12,9 6,7 — — — — — 16 9 22 12 6 — — — — — 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 43,6 141,1 56,5 6,2 — 184,9 37,5 36,5 23,8 69,3 1,0 11,8 10,2 1,9 — 5,7 5,5 16,8 16,1 85,0 3 — — — — 9 23 c 48 2c 40 c 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 17,0 28,7 209,5 56,3 135,4 69,6 152,4 312,3 82,1 196,4 5,5 4,5 2,7 24,2 7,7 14,0 5,1 3,5 19,9 18,2 — 10 21 — — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 5,9 40,7 3,3 29,5 26,9 81,5 77,2 84,1 88,0 62,8 0,5 15,1 0,4 4,9 0,9 10,8 24,6 2,5 12,4 1,2 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — — 30,0 — — 95,2 — 45,7 15,4 1,5 0,9 — 3,9 — — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — — 87,3 — 9,8 32,7 — 85,6 12,2 26,9 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 55,5 15,7 — 13,3 73,6 123,4 80,9 89,1 57,5 35,8 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 96 97 98 99 100 Samoa Ocidental Síria Moldávia Usbequistão Argélia 1999 1980 1999 39 3 42 (,) 13 — — — — — 28 2 5 — 3 4 — — — — 16 24 c 21 2c 21 c 10 — — — — 52 6 4 (,) 3 3 11 67 (,) c — — 4 2 — — 6 11 3 1c — — 1 3 — — (,) 2 1 (,) — 11 (,) (,) — 12 19 — 1c 12 7 9 (,) (,) — 3 19 — 5c 24 7 1 — (,) — 1 30 — (,) 9 26 2,4 31,3 3,2 10,3 2,1 — — 11 — — 3 9 12 — 5 — — 3 — — 11 8 2 — 12 — — 1 — — 2 4 1 — 3 — — 7,0 — 5,2 15,5 — 11,2 17,1 7,2 — — 3 — — — — 18 c 2 9 — — 2 — — — — 1c 5 1 — — (,) — — — — (,) 1 1 7,1 3,8 — 1,2 10,0 3,9 32,4 29,5 3,0 11,7 12 — — 1 — 64 47 — 3 61 c 1 — — 1 — 2 20 — 2 2c (,) — — (,) — 3 7 — 1 2 2c 5 18 — 16 2 c — — — (,) — (,) 21 — 3 (,) 33,4 43,0 8,7 7,6 6,0 61,6 258,8 60,1 24,7 66,6 1,7 1,2 8,8 4,7 1,3 1,5 5,2 12,3 7,2 12,1 — — — 20 — 44 — 52 5 — — — 10 — — — 27,0 42,2 104,0 — 39,7 32,7 49,7 102,0 0,1 — 9,0 11,8 4,0 0,4 13,3 7,3 5,6 4,2 3 — — 4d — — 5 — 11 d 28 2 — — 5d — — 7 — 26 d 13 (,) — — (,) d — — 4 — 4 6 — 6,8 — — 16,3 — 60,0 55,5 177,2 11,7 0,1 1,5 — — 5,9 0,6 17,0 20,2 35,1 11,4 1 4 — — (,) — 6 20 — (,) 1 2 — — (,) — 1 4 — 1 — (,) — — (,) — (,) 2 — (,) TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES c c c c c c c c d 57 A2.3 Difusão de tecnologia Agricultura e manufactura Consumo de fertilizantes Tractores em uso Exportações de baixa (kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável tecnologia e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens) Ordem IDH Exportações de média Exportações de alta tecnologia tecnologia (em % das export. de bens) (em % das export. de bens) 1970 1998 1970 1998 1980 1999 1980 1999 1980 1999 50,7 9,2 — 0,9 131,2 268,6 89,5 65,4 3,4 337,2 0,5 0,3 — 1,3 6,1 17,0 2,3 33,7 2,6 27,3 — 1 — 1 — — 23 — 10 24 — (,) — 1 — — 11 — 5 7 — 1 — (,) — — 7 — 21 2 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 21,5 15,6 29,8 — 8,4 19,2 68,4 116,7 0,8 — 0,4 1,1 2,0 2,7 0,3 1,0 2,5 2,3 3,0 0,4 — — — — — 3 11 14 (,) c — — — — — — 3 7 12 (,) c — — — — — — (,) 1 4 1 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — 11,7 39,6 4,2 13,7 — 35,1 30,6 12,1 99,1 3,1 1,4 7,6 4,0 0,6 3,8 4,3 16,2 17,3 9,1 — 11 — — 33 — 22 c — — 38 c — 3 — — 10 — 12 c — — 11 c — (,) — — 3 — (,) — — 5 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 2,2 43,7 2,1 1,0 1,0 3,8 52,1 16,9 2,9 18,5 7,4 6,2 0,5 0,8 1,0 5,3 6,9 0,8 0,7 6,2 — — — — — 7c 11 — 7 — — — — — — 3c 11 — 2 — — — — — — (,) 1 — 2 — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 1,2 4,3 12,5 — 3,4 48,3 3,3 22,4 28,2 2,5 5,5 22,9 0,4 2,9 1,8 — (,) 4,2 0,3 1,7 3,2 — 0,1 3,2 — — 4 — 1 (,) — — 10 — 3c — — — 2 — 1 (,) — — 6 — 2c — — — 1 — (,) (,) — — 2 — 1 — c c c c c Desenvolvimento humano baixo 58 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 14,6 0,2 2,7 — 111,7 7,5 40,9 0,6 1,1 (,) 0,4 — 14,5 (,) 1,5 — — 2 — — 76 5 74 c — — 2 — — 7 (,) 2c — — (,) — — 1 (,) (,) — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 0,3 15,7 0,1 0,4 6,1 11,9 140,5 13,5 8,9 2,8 0,4 0,2 1,2 0,2 1,0 1,0 0,6 3,6 0,2 1,1 — 64 10 e — 3 — 87 c — 72 c 34 — 2 32 e — (,) — 3c — (,) c 1 — (,) 2e — 2 — (,) — 3 2 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tanzânia 0,2 — 2,8 1,1 5,1 6,1 — 2,2 4,2 6,0 0,1 — 0,4 0,4 5,8 1,0 — 0,6 0,8 1,6 — — — — — (,) — 2c — 4 — — — — — (,) — (,) c — 5 — — — — — (,) — (,) — 2 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 1,4 0,6 7,3 6,4 3,4 0,3 — 7,6 15,4 11,8 0,3 0,1 0,6 0,4 0,1 0,7 0,3 1,1 0,5 0,2 — — — — 3 1 — — — 8 — — — — 9 2 — — — 22 — — — — 2 (,) — — — 7 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 3,3 4,4 — 2,3 2,7 1,5 20,4 13,0 7,5 2,2 2,1 0,1 — 0,3 (,) 2,9 0,1 1,2 0,2 0,4 (,) — — — — — — — — — (,) — — — — — — — — — — — — — — — — — — — c c c c RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.3 Difusão de tecnologia Agricultura e manufactura Consumo de fertilizantes Tractores em uso Exportações de baixa (kg por hectare de terra arável (por hectare de terra arável tecnologia e permanentemente cultivado) e permanentemente cultivado) (em % das export. de bens) Ordem IDH 1970 1998 1970 1998 1980 1999 Exportações de média Exportações de alta tecnologia tecnologia (em % das export. de bens) (em % das export. de bens) 1980 1999 1980 1999 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali República Centro-Africana Chade 8,5 0,3 3,1 1,2 0,7 25,1 0,3 11,3 0,3 4,7 0,7 0,1 0,3 (,) (,) 0,7 0,1 0,6 (,) (,) 6 — 1 (,) — — — — (,) c — (,) — (,) (,) — — — — 13 c — (,) — (,) (,) — — — — (,) — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burúndi — 2,2 0,4 0,3 0,5 1,7 1,5 15,5 14,6 1,9 (,) 1,4 0,2 (,) (,) 0,1 1,7 0,3 0,6 0,2 — — (,) 3 — — 3c — — — — — (,) 2 — — 11 c — — — — — — 1 — — 1 — — — 0,1 5,7 0,2 5,6 (,) 0,3 (,) 0,2 1 — — — 1 — — — (,) — — — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 19,2 3,4 16,6 33,9 21,8 13,6 7,4 — 94,4 99,8 100,7 18,1 44,9 193,3 71,3 98,6 13,8 — 113,6 118,3 1,9 0,6 2,6 1,0 5,1 0,7 1,8 — 27,4 31,4 7,7 0,7 7,4 5,9 9,7 9,5 1,5 — 39,6 40,6 — — — — — — — — 17 16 20 — 10 24 12 31 8 18 14 13 — — — — — — — — 37 37 20 — 7 20 26 3 12 26 38 38 — — — — — — — — 10 10 25 — 1 33 16 1 2 8 21 20 Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 97,1 24,4 4,5 114,6 118,1 28,8 28,7 2,2 0,5 40,2 8,7 2,6 17 — — 13 21 — 36 — — 37 19 — 10 — — 22 19 — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 99,8 39,2 9,9 118,5 129,6 65,6 31,4 4,3 0,6 40,6 12,6 5,4 17 — — 13 21 21 36 — — 37 22 7 10 — — 21 20 4 Mundo 50,1 105,4 12,3 18,6 — 15 — 33 — 22 161 Níger 162 Serra Leoa c c a. Inclui o Luxemburgo. b. Os dados referem-se à República Federal da Alemanha antes da unificação. c. Os dados referem-se a 1998. d. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui Botswana, Lesoto. Namíbia, África do Sul e Suazilândia. e. Os dados referem-se à antiga república Árabe do Iémen. Fonte: Colunas 1-4: calculado com base em dados do consumo de fertilizantes e uso da terra, de FAO 2000a; colunas 5-10: calculado com base em dados de exportações, de Lall 2000 e UN 2001a. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 59 A2.4 Difusão de tecnologia Informação e comunicações Telefones por cabo (por 1.000 pessoas) Ordem IDH Assinantes de telemóveis (por 1.000 pessoas) Custo de chamada local de 3 minutos Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) Índice Dól. PPC (1990 = 100) 1999 1999 1990 1999 1990 1999 1995 2000 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 503 456 565 681 393 712 520 655 665 502 46 11 22 54 4 617 343 227 583 314 20,1 17,7 17,5 18,6 3,5 193,6 125,9 108,0 125,8 58,9 0,07 0,18 — — 0,16 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 545 510 464 441 534 682 677 606 558 552 21 39 5 7 52 312 619 435 449 651 21,1 31,3 12,2 2,3 42,2 179,1 232,4 136,0 49,0 200,2 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 574 481 495 441 567 699 724 579 575 685 18 2 5 19 29 411 487 364 463 495 12,9 5,7 3,1 8,4 11,4 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 418 441 281 434 388 472 588 478 490 462 10 4 7 16 5 514 286 447 230 528 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 316 343 389 450 428 418 459 528 576 545 1 3 0 24 5 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 349 310 243 211 360 482 438 424 378 512 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 281 136 158 93 135 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos Lista de espera de telefones por cabo (por 1.000 pessoas) 1990 1999 51 — — — 77 0 0 0 0 2 0 0 0 0 — — 0,10 0,13 0,06 0,12 — 188 77 91 93 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 82,7 49,5 36,4 57,4 114,3 0,10 0,10 0,11 0,17 0,09 80 67 83 — 86 1 8 0 0 0 0 0 0 0 0 7,1 6,3 4,2 15,1 1,6 84,2 41,2 48,6 146,7 30,4 0,16 0,10 — 0,00 — 84 — — — — 4 (,) 1 (,) 1 0 0 — 0 0 312 459 311 636 190 1,8 5,4 0,8 5,2 0,6 21,0 43,2 16,4 33,6 16,9 0,11 — 0,08 0,00 0,03 221 — — — — 7 4 107 1 35 (,) — 2 0 6 17 2 1 0 0 419 500 468 309 97 7,4 0,8 1,3 2,9 0,2 72,3 4,8 17,7 20,3 19,5 0,02 0,06 0,14 — 0,20 — 94 121 — 453 (,) (,) 23 36 57 0 0 3 3 2 427 246 371 201 308 0 7 0 (,) 0 111 205 189 121 171 (,) 0,5 2,2 0,2 0,6 0,5 8,0 25,0 8,7 10,2 — — 0,36 — 0,35 — — 146 — — 11 52 30 24 21 3 — 7 — 13 96 134 86 66 192 371 271 263 207 249 (,) 0 0 1 11 162 95 102 151 205 1,6 0,2 0,6 0,7 0,2 21,6 19,6 11,4 6,2 3,6 0,30 0,24 0,15 — — 111 266 339 — — 59 29 62 24 (,) 8 0 — — — 101 274 247 204 206 204 369 240 357 407 0 8 15 0 17 35 53 158 268 347 0,6 5,1 0,7 2,4 0,2 4,1 — 4,4 43,1 20,9 0,05 — — 0,14 — 24 — — — — 16 — — — 1 9 — 0 27 (,) 172 212 190 365 311 263 (,) 0 8 66 90 143 0,5 0,1 0,0 6,7 7,5 — — 0,13 — — — — 39 55 1 — 20 — 141 234 216 300 0 0 30 112 0,2 0,5 7,7 13,4 — 0,27 — — 1 — 8 8 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 60 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.4 Difusão de tecnologia Informação e comunicações Telefones por cabo (por 1.000 pessoas) Assinantes de telemóveis (por 1.000 pessoas) Ordem IDH 1990 1999 1990 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 65 93 153 92 140 112 164 257 156 210 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 89 242 102 48 148 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 71 72 73 74 75 Custo de chamada local de 3 minutos Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) 1999 1995 1 0 0 0 0 79 86 2 26 9 0,2 0,3 (,) (,) 0,2 9,2 1,9 0,3 2,2 3,5 0,22 — 0,06 0,12 0,09 203 354 167 — 234 5 0 0 0 0 137 42 61 — 24 0,3 0,1 0,1 0,0 0,1 2,4 3,7 2,7 (,) 1,9 82 75 52 92 118 109 160 224 171 — (,) 0 2 0 0 143 75 89 42 194 0,1 0,1 0,0 (,) 0,1 24 57 77 65 10 86 101 129 149 39 1 0 1 (,) 0 38 29 40 89 38 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 60 157 26 136 80 90 155 67 199 108 2 0 (,) 0 0 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 99 29 45 86 27 123 80 199 95 55 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 7 121 60 48 12 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 96 97 98 99 100 Samoa Ocidental Síria Moldávia Usbequistão Argélia Lista de espera de telefones por cabo (por 1.000 pessoas) 1990 1999 86 — — — — 13 6 — 14 74 — — 43 — 44 0,06 — — — 0,02 44 — — — — 5 67 42 54 — — 40 33 15 — 1,2 1,9 5,2 0,0 2,3 — — 0,10 — — — — — — — 32 14 52 23 — — — 25 88 — 0,1 0,1 0,1 0,2 (,) 1,6 0,9 0,3 7,2 0,4 0,23 0,13 — — 0,00 — 80 — — — 18 17 8 3 9 7 — — — — 49 2 40 4 3 (,) (,) (,) (,) (,) 1,4 0,9 0,7 1,2 0,6 — 0,49 — — — — — — — — 3 — 17 69 45 — 20 1 52 11 0 0 0 0 0 19 11 56 23 81 (,) 0,0 0,1 (,) (,) 0,4 1,7 0,4 0,1 0,5 — 0,19 — — — — — — — — 53 4 39 — 2 19 2 — 11 — 36 265 82 91 36 (,) 1 0 0 0 12 119 1 31 3 (,) 0,2 0,0 0,1 (,) 0,2 2,5 0,3 0,3 0,1 0,18 — — 0,03 0,06 137 — — 351 86 3 25 24 15 77 12 7 13 — 26 48 6 58 38 40 98 86 87 90 125 (,) (,) (,) (,) 0 50 34 18 6 7 0,1 (,) 0,1 (,) (,) 1,7 0,1 0,2 (,) (,) — 0,06 0,06 0,07 0,03 — — 197 27 — — 1 15 15 9 — — 5 9 18 24 72 20 87 24 112 76 75 138 76 0 0 0 (,) 0 19 1 3 132 62 0,0 0,0 0,0 1,2 (,) 0,1 1,1 0,1 8,4 0,3 0,11 — 0,02 0,21 0,13 — — 35 — — — 22 29 3 14 14 14 88 — — 26 40 106 69 32 — 102 127 67 52 0 0 0 0 (,) 17 (,) 4 2 2 0,0 0,0 (,) (,) (,) 5,3 0,0 0,7 (,) (,) — 0,02 0,17 — — — 35 — — — 6 124 49 17 27 — 179 27 2 — TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 2000 Índice Dól. PPC (1990 = 100) 1999 1999 61 A2.4 Difusão de tecnologia Informação e comunicações Telefones por cabo (por 1.000 pessoas) Ordem IDH 1990 1999 Assinantes de telemóveis (por 1.000 pessoas) Custo de chamada local de 3 minutos Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) 1990 1999 1995 2000 Índice Dól. PPC (1990 = 100) 1999 1999 Lista de espera de telefones por cabo (por 1.000 pessoas) 1990 1999 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 1 6 45 28 30 27 29 35 62 70 0 (,) 0 0 (,) 4 11 (,) 52 7 0,0 (,) 0,0 (,) (,) (,) 0,2 0,1 0,3 0,1 0,37 0,08 0,03 0,20 0,07 — 44 — — — — 2 — — 22 — — — 1 19 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 13 17 21 22 4 30 44 55 32 — 0 0 (,) 0 0 9 12 30 7 — (,) 0,0 (,) 0,0 0,0 0,4 (,) 0,5 (,) 0,0 0,43 0,17 0,19 — — — 223 127 — — 7 24 22 3 — 22 27 — — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 39 16 17 21 6 64 53 31 75 27 0 (,) 0 0 0 18 13 14 75 2 (,) (,) (,) (,) (,) 3,7 0,1 1,4 2,7 0,1 0,16 0,22 0,17 — 0,09 — — 83 — 45 — 8 10 6 2 3 — — — 4 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 32 12 2 3 7 39 21 6 8 — 0 0 0 0 0 13 15 (,) 4 — 0,0 (,) 0,0 (,) (,) 0,1 0,5 0,0 (,) 0,1 0,08 — — 0,34 — — — — 131 — 26 6 — 1 5 15 — 2 — — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo (,) 8 8 8 3 7 3 13 10 10 — — 0 0 0 0 0 0 8 2 1 0 — — 0,0 0,0 (,) 0,0 0,0 0,0 (,) 0,1 0,2 0,1 (,) (,) 0,15 — 0,14 0,62 — — — — — — — — — — 4 1 — 1 — — 4 — — — 8 3 3 4 22 8 11 18 (,) 0 0 0 2 4 (,) 0 (,) 0,0 (,) 0,0 0,1 0,1 0,1 2,1 0,08 0,40 0,08 — 41 60 31 — 6 1 4 — — 4 12 — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 2 2 11 7 2 7 3 17 9 3 0 0 0 0 0 2 1 2 3 — 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (,) 0,0 0,1 — 0,14 0,04 — 0,25 — 65 318 — 91 — 1 4 — — — 1 7 — (,) 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tanzânia 3 11 3 3 3 — 14 9 6 5 0 0 0 0 0 — (,) (,) 0 2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (,) 0,1 0,0 (,) (,) — — 0,10 0,37 0,17 — — — 84 300 3 (,) — (,) 4 — 0 12 18 1 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 2 1 9 6 6 3 — 9 15 18 0 0 0 0 0 3 — 3 18 10 (,) 0,0 (,) (,) (,) (,) (,) 0,2 0,1 0,2 0,64 — 0,11 0,15 0,32 — — 111 69 — 1 — 7 1 1 (,) — 1 — 3 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 8 3 — 7 2 8 — 7 23 6 0 0 — 0 0 2 — 0 4 3 0,0 0,0 0,0 0,0 (,) (,) (,) (,) (,) (,) 0,20 — 0,12 1,34 0,40 — — — 484 125 — — — 6 — 2 — 5 13 — 62 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 A2.4 Difusão de tecnologia Informação e comunicações Telefones por cabo (por 1.000 pessoas) Ordem IDH 1990 1999 Assinantes de telemóveis (por 1.000 pessoas) 1990 Custo de chamada local de 3 minutos Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) 1999 1995 2000 Índice Dól. PPC (1990 = 100) 1999 1999 Lista de espera de telefones por cabo (por 1.000 pessoas) 1990 1999 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali República Centro-Africana Chade 3 2 1 2 1 4 2 — 3 1 0 0 0 0 0 2 2 — — — 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 (,) (,) (,) 0,12 — — — — 122 — — — — 1 (,) — — (,) 3 1 — — — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burúndi 6 3 3 2 2 — 4 3 4 3 0 0 0 0 0 — 1 (,) (,) (,) 0,0 0,0 (,) 0,0 0,0 (,) (,) (,) (,) 0,0 — — 0,15 0,37 — — — 47 — — — 2 2 — (,) — 2 4 — — 1 3 — — 0 0 — — 0,0 0,0 (,) 0,1 — 0,10 — 21 (,) 4 — — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 22 3 34 17 63 7 — 125 392 473 69 5 69 85 131 29 — 205 509 594 (,) 0 (,) (,) (,) (,) — (,) 10 13 34 1 17 45 82 2 — 35 322 371 0,1 (,) (,) 0,1 0,2 (,) 0,1 0,3 8,4 11,0 1,0 (,) 0,4 0,6 5,6 0,1 0,6 4,7 75,0 96,9 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 416 28 4 542 79 9 11 (,) (,) 347 28 2 9,0 (,) (,) 80,5 1,0 (,) — — — — — — — — — — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 470 45 11 591 122 27 13 (,) (,) 373 55 3 10,8 0,1 (,) 95,2 2,1 0,1 — — — — — — — — — — — — Mundo 102 158 2 85 1,7 15,1 — — — — 161 Níger 162 Serra Leoa Fonte: Colunas 1-4, 9 e 100: ITU 2001b; colunas 5 e 6: ITU 2001a; coluna 7: calculado com base em dados de chamadas locais, de ITU 2001b e dados dos factores de conversão das paridades de poder de compra, de World Bank 2001h; coluna 8: calculado com base em dados de chamadas locais, de ITU 2001b e dados dos deflatores do PIB e dos factores de conversão das paridades de poder de compra, de World Bank 2001h. TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS ACTUAIS – CRIAÇÃO DA ERA DAS REDES 63 CAPÍTULO 3 Gestão dos riscos da mudança tecnológica Todos os avanços tecnológicos trazem benefícios e riscos potenciais, alguns dos quais não são fáceis de prever. Os benefícios das tecnologias podem ser bastante melhores do que os seus criadores previram. Quando Guglielmo Marconi inventou o rádio em 1897, fê-lo para uma comunicação privada em dois sentidos, não para a transmissão. Hoje, o transistor é anunciado como uma das maiores invenções de sempre – embora, aquando da sua invenção em 1947, apenas se pensasse nalguns usos para além do desenvolvimento de melhores ajudas para as pessoas surdas. Nos anos de 1940, a IBM nunca pensou que o mercado de computadores iria crescer mais do que umas unidades de venda por ano. Ao mesmo tempo, os custos ocultos das tecnologias podem ser devastadores. A encefalite espongiforme bovina – doença das vacas loucas-quase de certeza que a sua origem e propagação se devem às poupanças de custos nas técnicas usadas para produzir rações. O poder nuclear, que então se acreditava ser uma fonte inesgotável de energia, tornou-se uma perigosa ameaça para a saúde e o ambiente após os acidentes de Three Mile Island (Estados Unidos) e Chernobyl (Ucrânia). Alguns perigos são rapidamente denunciados e removidos. A talidomida, registada inicialmente, em 1957, para tratar náuseas matinais das mulheres grávidas, resultou em horríveis defeitos de nascimento em milhares de crianças de todo o mundo, tendo sido banido no início dos anos de 1960. Mas outros horrores estiveram escondidos durante décadas. Os Clorofluorocarbonetos (CFC), inventados em 1928, eram largamente utilizados nos refrigeradores, latas de aerossol e condicionadores de ar. Só em 1984 – mais de 50 anos depois – se tornou uma evidência convincente a sua ligação com o esgotamento da camada de ozono e o aumento dos cancros da pele, em países mais expostos aos raios ultravioleta. Ainda utilizado em muitos países, os CFC deverão ser retirados até 2010. As sociedades respondem a estas incertezas procurando maximizar os benefícios e minimizar os riscos das mudanças tecnológicas. Fazer isto não é fácil: gerir tal mudança pode ser complexo e politicamente controverso. Apesar da tecnologia agrícola da revolução verde ter mais do que duplicado a produção de cereais na Ásia, entre 1970 e 1995,1 os impactes nos rendimentos dos trabalhadores agrícolas e no ambiente são, ainda, debatidos intensamente. Tal como em momentos anteriores de mudança, as transformações tecnológicas actuais aumentam as preocupações com os seus possíveis impactes ecológicos, socioeconómicos e na saúde. As plantas geneticamente modificadas são suspeitas de terem introduzido novas fontes de alergias, de terem criado ervas daninhas resistentes e de ameaçar espécies como as borboletas monarcas. A investigação biotecnológica de ponta aumentou as preocupações éticas com a possibilidade de clonagem humana e a facilidade de produção de armas biológicas destruidoras. As tecnologias de informação e comunicação facilitam a criminalidade internacional, suportam as redes de comércio da droga e permitem a difusão da pornografia infantil. Perante tais preocupações, porquê adoptar novas tecnologias? Por três razões. • Benefícios potenciais. Tal como descreve o capítulo 2, as possibilidades de promoção do desenvolvimento humano através das transformações tecnológicas são imensas nos países em desenvolvimento. Nalguns casos, os benefícios esperados são pelo menos tão grandes como os riscos. • Custos de inércia versus custos de mudança.As novas tecnologias melhoram frequentemente as que vão substituir: o jacto moderno, por exemplo, é mais seguro do que o aeroplano a hélice. Se os operários tivessem sido bem sucedidos na proibição da adopção dos teares mecânicos giratórios, a Inglaterra teria impedido o crescimento de produtividade que permitiu o crescimento irreversível do emprego e dos rendimentos. • Meios de gestão dos riscos. Muitos perigos potenciais podem ser geridos e as suas possibilidades reduzidas através da investigação científica sistemática, GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLOGICA Todos os avanços tecnológicos trazem benefícios e riscos potenciais, alguns dos quais não são fáceis de prever 65 As sociedades esperam benefícios diferentes, enfrentam riscos diferentes e têm capacidades muito variadas para gerir os riscos com segurança regulação e capacidade institucional. Quando estas capacidades são fortes, os países têm muito mais possibilidades de assegurar que as alterações tecnológicas se tornam uma força positiva para o desenvolvimento. No entanto, para além destes motivos para adoptar a mudança, coloca-se um dilema para muitos países em desenvolvimento: os benefícios potenciais de mudança podem ser maiores do que os custos da inércia – mas a capacidade institucional e reguladora necessária à gestão dos riscos pode ser demasiado exigente. O trade-off da mudança tecnológica varia de país para país e de uso para uso: as sociedades esperam benefícios diferentes, enfrentam riscos diferentes e têm capacidades muito variadas para gerir os riscos com segurança. De acordo com esta perspectiva, a maior parte dos países em desenvolvimento está em desvantagem para enfrentar a mudança tecnológica, porque lhes faltam as instituições reguladoras necessárias para gerir adequadamente os riscos. Mas, pode haver desvantagens para os que são apenas seguidores. Contrariamente aos corredores da frente, os seguidores não incorrem nos riscos dos primeiros no uso das novas tecnologias: podem, pelo contrário, observar como esses riscos ocorreram nos outros países. Podem, igualmente, aprender com os outros o desenho dos regulamentos e das instituições. Finalmente, para algumas tecnologias, podem estabelecer sistemas reguladores de baixo custo, ou apoiar-se nos padrões de regulação dos primeiros inovadores. Finalmente, as sociedades enfrentam escolhas, em tempo e extensão, na adopção da mudança tecnológica. Dada a importância da opção correcta e perante os riscos de uma adesão errada, os países em desenvolvimento precisam construir políticas nacionais e necessitam de apoio internacional para criar a capacidade que os habilita a aproveitar as novas oportunidades. Mas que critério deve ser utilizado na adopção de tecnologias e que vozes devem ser ouvidas no debate? Como podem os países desenvolver abordagens sistemáticas para analisar os riscos tecnológicos? Que políticas e que práticas-nacionais e internacionais-são necessárias? Estas questões constituem o objecto deste capítulo. TAREFA ARRISCADA: AVALIAÇÃO DOS CUSTOS E BENEFICIOS POTENCIAIS Alguns riscos de mudanças tecnológicas estão enraizados no comportamento humano e na organização social. A pesquisa biotecnológica pode ser transformada em armas se os governos ou terroristas escolherem esse 66 caminho – por isso, a necessidade de interdições multilaterais contra a criação de armas biológicas e da realização de inspecções para monitorizar a anuência. As tecnologias de informação e comunicação podem conduzir a uma invasão da privacidade e ao branqueamento de dinheiro, comércio de armas e drogas – daí a importância da regulação interna e internacional para controlar estes problemas. Outros riscos estão directamente associados às tecnologias. Poderão os genes que fluem de organismos geneticamente modificados para organismos colaterais pôr em perigo as populações colaterais? Depende do modo como aqueles organismos interagem com o seu ambiente. Poderá o uso de telefones móveis causar cancro no cérebro ou no olho? Depende da forma como a radiação do receptor do telefone afecta o tecido humano. O facto de esses danos poderem ou não acontecer é uma questão científica – mas se as possibilidades forem reais, a extensão perante a qual elas se tornam riscos depende da forma como as tecnologias são postas em acção. A construção de zonas agrícolas amortecedoras em redor de culturas geneticamente modificadas elimina a possibilidade do fluxo do gene e das ervas daninhas resistentes; com o aumento da consciência pública e modificando-se a concepção dos telefones móveis reduz-se a probabilidade de cancro. O primeiro tipo de risco tem sido tratado, desde há muito tempo, pelas instituições económicas, sociais e políticas que planeiam e regulam a forma como as tecnologias são utilizadas pelas sociedades. Mas, a gestão do segundo tipo de risco apela por uma ciência sã e, também, por uma forte capacidade reguladora. E muitas preocupações levantadas sobre esta revolução tecnológica, particularmente a biotecnologia, estão focadas em riscos semelhantes a estes – assim se explica a atenção dada, em todo o mundo, para o papel que a ciência e a regulação devem desempenhar na gestão desta era de mudança tecnológica. Existem duas ameaças potenciais que estão a ser analisadas: • Possíveis ameaças para a saúde humana. As tecnologias há muito que impõem ameaças para a saúde humana. Algumas poluem o ar e a água: centrais eléctricas que usam combustíveis fósseis produzem dióxido de carbono, que em grandes concentrações pode irritar o aparelho respiratório. Outros podem introduzir substâncias perigosas para o corpo através de medicamentos como a talidomida, ou através da cadeia alimentar. Novas aplicações biotecnológicas nos cuidados de saúde-de vacinas e diagnósticos a medicamentos e terapia de genes – podem ter efeitos laterais inespera- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 dos. Com alimentos geneticamente modificados, as duas preocupações principais são que a introdução de novos genes pode tornar um alimento tóxico e pode introduzir novos alergénios na alimentação, causando reacções nalgumas pessoas. • Possíveis ameaças para o ambiente. Alguns reclamam que os organismos geneticamente modificados podem destabilizar os ecossistemas e reduzir a biodiversidade de três formas. Primeiro, os organismos transformados podem deslocar espécies existentes e alterar o ecossistema. A história mostra o perigo: seis coelhos europeus introduzidos na Austrália, em 1850, multiplicaram-se rapidamente em 100 milhões, destruindo habitats e a flora e fauna nativas. Actualmente, os coelhos custam às indústrias agrícolas australianas 370 milhões de dólares por ano.2 A questão é saber se os organismos geneticamente modificados poderão superar os ecossistemas de forma similar. Segundo, os genes que fluem entre as plantas podem transferir os novos genes para espécies relacionadas, conduzindo, por exemplo às ervas daninhas resistentes. Terceiro, os novos genes podem ter efeitos nocivos inesperados em espécies colaterais. Estudos laboratoriais mostraram que o pólen do milho Bt, concebido para o controlo da praga que atinge os caules, também pode matar borboletas monarcas se estas consumirem o suficiente. Alguns destes riscos são iguais em todos os países: danos potenciais para a saúde devido aos telefones móveis, ou os da talidomida para as crianças durante o período da gravidez, não são diferentes para as pessoas da Malásia ou de Marrocos – apesar da capacidade de os monitorizar e gerir poder variar consideravelmente. Mas outros riscos variam significativamente: os genes provenientes do milho geneticamente modificado fluem mais facilmente num ambiente que tem muitas espécies relacionadas com o milho selvagem do que noutro que não tem. Por este motivo, os riscos ambientais da biotecnologia são frequentemente específicos de ecossistemas individuais e devem ser avaliados caso a caso. Os riscos para a saúde humana são mais comuns entre os continentes. Estes riscos merecem atenção – mas não podem ser a única consideração na formulação das opções de tecnologia: uma abordagem da avaliação dos riscos que apenas dá atenção aos perigos potenciais seria imperfeita. Uma avaliação completa dos riscos deve ponderar os danos esperados da nova tecnologia com os benefícios esperados – e compará-los em termos do: • Valor esperado dos danos e benefícios das tecnologias existentes que seriam substituídas.. • Valor esperado dos danos e benefícios das tecnologias alternativas, que poderiam ser preferíveis às novas ou às existentes. As pessoas fazem estas avaliações a toda a hora, frequentemente de forma inconsciente, escolhendo os benefícios de actividades como viajar de carro e avião, em detrimento dos seus perigos potenciais. Contudo, os debates actuais acontecem, frequentemente, como se os riscos sobre produtos específicos pudessem ser isolados dos contextos nos quais ocorrem. Os adversários das novas tecnologias ignoram, muitas vezes, os perigos do status quo. Um estudo destacando o risco do pólen do milho transgénico resistente à praga para as borboletas monarcas recebeu atenção mundial, mas perdido no processo estava o facto destas culturas poderem reduzir a necessidade de pesticidas que podem danificar a qualidade do solo e da saúde humana. A exposição continuada aos pesticidas pode causar esterilidade, lesões na pele e dores de cabeça. Um estudo sobre os trabalhadores de uma plantação de batatas com uso de pesticidas, no Equador, mostrou que as dermatites crónicas eram duas vezes mais comuns entre eles do que entre as outras pessoas.3 De modo semelhante, os proponentes das novas tecnologias falham, frequentemente, na consideração de alternativas. A energia nuclear, por exemplo, deve ser ponderado não apenas em relação aos combustíveis fósseis, mas também em relação a terceiras alternativas – preferíveis, possivelmente – tais como a energia solar e as pilhas de hidrogénio. E muitas pessoas defendem que o uso de organismos geneticamente modificados deve ser ponderado em relação a alternativas como as plantações orgânicas, que nalguns casos podem ser uma escolha mais apropriada. Mas, mesmo quando as sociedades e as comunidades consideram todas as situações, elas podem tomar decisões diferentes devido à variedade de riscos e benefícios que enfrentam e à sua capacidade para lidar com eles. Os consumidores europeus, que não enfrentam faltas de alimentos ou deficiências nutricionais, vêem poucos benefícios nos alimentos geneticamente modificados; estão mais preocupados com possíveis efeitos na saúde. Contudo, as populações subalimentadas dos países em desenvolvimento preocupam-se, mais provavelmente, com os benefícios potenciais de produções mais elevadas e com maior valor nutricional; os riscos da não mudança podem pesar mais de que quaisquer preocupações com efeitos na saúde. As escolhas podem diferir, mesmo entre dois países em desenvolvimento que necessitam dos benefícios nutricionais de produções geneticamente modi- GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA Uma avaliação completa dos riscos deve ponderar os danos esperados da nova tecnologia com os benefícios esperados 67 ficadas, na medida em que um deles pode estar melhor adaptado para gerir os riscos. A condução destes debates num contexto global altera os temas dominantes e muda as vozes que influenciam a tomada de decisão. FORMAÇÃO DAS ESCOLHAS: O PAPEL DA OPINIÃO PUBLICA As perspectivas que dominam o debate mundial podem conduzir a decisões que não são do melhor interesse para as comunidades locais Nos sistemas democráticos, as opiniões públicas sobre o trade-off dos riscos das mudanças são, frequentemente, determinantes fundamentais da promoção ou proibição de uma tecnologia. As preferências públicas importam, uma vez que são os indivíduos e as comunidades que, em última instância, têm os ganhos ou suportam os custos. Mas, as perspectivas que dominam o debate mundial podem conduzir a decisões que não são do melhor interesse para as comunidades locais. CONDUÇÃO DO DEBATE : MEDO P Ú BLICO E INTERESSES COMERCIAIS Pelo menos dois factores foram importantes na formação dos debates: Confiança pública nos reguladores. A má gestão das crises da saúde e do ambiente na Europa minaram a confiança nos responsáveis pela saúde e ambiente públicos. No Reino Unido, a doença das vacas loucas resultou no morticínio de milhões de cabeças de gado e na morte de dúzias de pessoas, devido a uma doença relacionada do cérebro.4 O sangue infectado com HIV, utilizado em transfusões, infectou mais de 3.600 pessoas CAIXA 3.1 Tentativas históricas para banir o café Muitas das culturas que hoje dominam o mercado mundial passaram por longos períodos de rejeição, devido aos riscos conhecidos. Por exemplo, o café, actualmente o segundo produto primário mundial mais comercializado em valor, tem uma história marcada por episódios de difamação e de clara condenação. Em Londres, em 1674, a Petição das Mulheres Contra o Café protestou contra "as grandes inconveniências que resultavam para o seu sexo do uso excessivo do licor secante e debilitante". A oposição aos cafés teve, frequentemente, um fundamento político – o Rei Carlos II de Inglaterra tentou proibi-los em 1675, porque eram os viveiros da revolução. Em 1679, quando se compreendeu que o café concorria com o vinho em França, os Fonte: Pendergrast 2000; Roast and Post Coffee Company 2001. 68 médicos atacaram a bebida. Um médico sugeriu que o café secava os fluídos cerebrais conduzindo à exaustão, impotência e paralisia. Na Alemanha, onde o café era igualmente controverso, os médicos sustentavam que ele causava esterilidade feminina e nascimentos de nados-mortos. Em 1632, Johann Sebastian Bach compôs o seu Kaffee-Kantate parcialmente como uma ode ao café e parcialmente como um protesto contra o movimento para impedir as mulheres de o beberem. Em 1775, Frederico o Grande, preocupado com os efeitos de drenagem que as importações de café verde tinham sobre a riqueza da Prússia, condenou o aumento do consumo de café, como "repugnante", e incitou o seu povo a beber cerveja tal como os seus antepassados. em França em meados de 1980.5 Nestes e noutros casos, uma falta de transparência sobre o que se conhecia e adiamentos nas responsabilidades políticas, denegriram a reputação dos responsáveis. Esta desconfiança disseminou as atitudes relativamente às novas tecnologias. Em 1997, num inquérito que perguntava aos europeus em quem mais confiavam para lhes dizer a verdade sobre culturas geneticamente modificadas, 26% referiram as organizações ambientais – enquanto apenas 4% indicaram as autoridades públicas e 1% nomeou a indústria.6 Reclamações sobre os interesses concorrenciais. A representação pública do risco também pode ser influenciada pelas reclamações e contra-reclamações dos grupos de interesse, algumas vezes aumentadas de forma exagerada pelos meios de comunicação. A evidência científica pode ser apresentada de forma selectiva ou distorcida completamente. Esta táctica já não é nova: quando, nos séculos XVII e XVIII, a bebida do café começou a ameaçar os interesses económicos e políticos, despertaram-se os receios sobre os seus efeitos na saúde como forma de os proteger (caixa 3.1). Tal como hoje, tanto os apoiantes como os adversários das mudanças tecnológicas tentam moldar a opinião pública. No caso das culturas transgénicas, o lóbi comercial destaca os ganhos imediatos que os organismos geneticamente modificados podem proporcionar às pessoas mais carenciadas. Entretanto, o lóbi contrário salienta os riscos da sua introdução, mas secundariza os riscos de a nutrição piorar na sua ausência. Alguns agricultores europeus utilizaram o medo público dos organismos geneticamente modificados para proteger os seus mercados domésticos; alguns partidos políticos e organizações não governamentais exploraram este receio público para obter apoios e mobilizar recursos. A própria linguagem tornou-se uma arma política. "Sementes milagrosas" e "arroz de ouro" exageravam os pontos positivos, enquanto "tecnologias traidoras", "frankenfoods" e "poluição genética" eram utilizados deliberadamente para criar medo e ansiedade. Nestas condições, é difícil um debate bem informado. As opiniões dos mais vociferantes podem conduzir a tomada de decisão, mais do que aqueles que podem perder ou ganhar mais. GLOBALIZAÇÃO DAS PERCEPÇÕES : DAS RA Í ZES LOCAIS PARA O DOM Í NIO MUNDIAL Enquanto antes eram necessários anos para difundir a mudança tecnológica pelo mundo, hoje um novo pacote de software pode ser introduzido, instantaneaRELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 mente, em todos os mercados. A comunicação sobre riscos e benefícios obtidos com as novas tecnologias é, igualmente, mundial. Os activistas estão organizados globalmente e os princípios de uma governação democrática tomaram lugar na arena internacional, abrindo os debates políticos a uma mais ampla participação. Quando as comunidades altamente mobilizadas e vociferantes promovem os seus pontos de vista e os seus valores em todo o mundo, as raízes locais das suas preferências podem acabar por ter uma dimensão mundial, influenciando comunidades que enfrentam diferentes ganhos e riscos. Os debates sobre as tecnologias emergentes tendem a espelhar as preocupações dos países ricos. A oposição às culturas transgénicas de rendimento intensificado nos países industrializados, com excedentes alimentares, poderá bloquear o desenvolvimento e transferir essas culturas para países com défices alimentares. Os livros electrónicos podem não fazer muito pelos trabalhadores das principais editoras mundiais, mas podem ser uma dádiva para os programas de educação nos países pobres. Para os países industrializados, banir o uso do DDT químico (dicloro-difenil-tricloroetano) pode ter sido uma opção fácil. Mas alargar esta proibição aos programas de ajuda ao desenvolvimento, apesar do valor único do DDT no controlo da malária, tornou-se numa imposição das escolhas e valores de uma sociedade sobre as necessidades e preferências de outra (caixa 3.2). Os países em desenvolvimento têm preocupações e interesses distintos na revolução biotecnológica. Alguns tiveram receio que a biotecnologia pudesse deslocar os seus produtos tradicionais, por exemplo, utilizando a cultura de tecidos vivos para criar substitutos de baixo custo para a goma – arábica e baunilha. Outros quiseram utilizar novos instrumentos para aumentar a produtividade, reduzir a subnutrição crónica e transformar os seus recursos biológicos abundantes em produtos de valor acrescentado. Mas o debate dominante entre a Europa e os Estados Unidos sobre os alimentos transgénicos tem concentrado a sua atenção nas questões de alergias e efeitos tóxicos sobre a saúde. Não é apenas a opinião pública que pode ter influência mundial. Os países em desenvolvimento podem ser pressionados pelas agências doadoras, fundações não lucrativas, empresas multinacionais e organizações internacionais para adoptarem tanto políticas impeditivas como permissivas, alinhando atrás da Europa ou dos Estados Unidos. Por exemplo, quando os países europeus fornecem assistência para a concepção de legislação sobre biosegurança, eles podem modelar a legislação pelos padrões de precaução em vigor na Europa, mesmo quando esta não é a preferência do país que recebe a assistência. Se os países em desenvolvimento quiserem fazer as melhores escolhas informadas possíveis sobre mudança tecnológica, o desequilíbrio de vozes e influências deve ser rectificado e as suas próprias escolhas devem conduzir as tomadas de decisão. Tal como o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Nigéria, referiu recentemente, "A biotecnologia agrícola, através da qual as sementes são aumentadas para instilar a tolerância aos herbicidas ou para criar resistência aos insectos e doenças, é uma grande promessa para África… Nós não queremos rejeitar esta tecnologia por causa de uma noção mal informada de que não compreendemos os perigos das consequências futuras".7 O desequilíbrio de vozes e influências deve ser rectificado TOMADA DE PRECAUÇÕES: DIFERENTES PAÍSES, DIFERENTES ESCOLHAS Todos os países têm de tomar uma posição sobre a avaliação dos riscos. Uma ferramenta muito discutida para a tomada de decisão é o princípio de precaução – frequentemente interpretado como a regra em que um país pode ou deve rejeitar os produtos resultantes de novas tecnologias, quando não existe GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA CAIXA 3.2 DDT e malária: de quem é o risco e de quem é a escolha? Os conservadores demonstraram aos governos do Ocidente que o DDT é um poluente irremediável, o que obriga todos os países industrializados a pararem com o seu uso. Excelente: o uso permanente e extensivo do DDT como pesticida agrícola tem consequências ambientais consideráveis – a bioacumulação de DDT fragiliza a casca dos ovos e quebra a capacidade reprodutiva dos pássaros – e os países ricos têm pouco a ganhar com o seu uso. Nos países em vias de desenvolvimento, pelo contrário, o DDT é um dos poucos instrumentos eficientes e de custos suportáveis no controlo da malária e é utilizado em quantidades muito menores, sem graves impactes ambientais. Uma campanha de erradicação da malária com uso do DDT, lançada nos anos de 1950 e 1960, teve resultados imediatos impressionantes. Em menos de 20 anos, a carga anual da malária no Sri Lanka caiu de 2,8 milhões de casos e 7.300 mortes para 17 casos e nenhuma morte; reduções semelhantes ocorreram na Índia e na América Latina. Em contraste com os países ricos, alguns países em desenvolvimento com propensão para a malária têm muito a ganhar com a utilização do DDT. Um tratado do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, assinado em Maio de 2001, bane a produção e uso do DDT para qualquer fim – mas com a excepção do uso para a saúde pública, devido às suas vantagens na luta contra a malária. Contudo, apesar desta excepção, algumas agências e governos doadores não financiam o seu uso. O DDT pode provocar danos à saúde: pode ser um cancerígeno e pode interferir com a lactação, apesar de nenhum destes males ter sido confirmado conclusivamente. Mas, os países em desenvolvimento devem ser capazes de pesar estas considerações relativamente aos benefícios do DDT, muitas vezes o único instrumento com custos suportáveis e eficaz contra uma doença que mata mais de um milhão de pessoas por ano, principalmente crianças das áreas pobres dos trópicos. Na ausência de uma alternativa melhor, pelo menos 23 países tropicais utilizam o DDT para combater a malária, embora possam ser impedidos de continuar a fazê-lo. Fonte: Attaran e outros 2000. 69 O princípio da precaução ainda está a evoluir uma certeza científica total de que tais produtos não causarão danos. De facto, o princípio de precaução é, justamente, um novo conceito com muitas formulações diferentes mas nenhuma clara, princípio imutável consagrado na lei internacional (caixa 3.3). Um conjunto de formulações – de suaves a fortes – é utilizado em circunstâncias diferentes, porque situações e tecnologias diferentes requerem diferentes graus de precaução. Pelo menos seis elementos podem diferenciar-se entre formulações suaves e fortes: • Consideração de benefícios e riscos da tecnologia corrente. Formulações suaves guiam as acções reguladoras, considerando não só os riscos nefastos das mudanças tecnológicas, mas também os benefícios potenciais, assim como os riscos da tecnologia que poderia ser removida. As formulações fortes, pelo contrário, examinam frequentemente apenas os riscos directos da nova tecnologia. • Custo efectivo da prevenção. Formulações suaves enfatizam a necessidade de equilibrar os custos de prevenção dos potenciais danos ambientais associados às novas tecnologias com os custos dos prejuízos. As formulações fortes não ponderam, muitas vezes, os custos de prevenção. • Certeza de danos e certeza de segurança. As for- CAIXA 3.3 "Use o princípio de precaução!" Mas qual? Existem vários princípios de precaução, desde as formulações suaves às mais radicais. Uma fórmula relativamente suave apareceu na Declaração sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em 1992, onde se dizia que "para proteger o ambiente, os estados deverão, de acordo com a sua capacidade, aplicar amplamente uma abordagem de precaução. Onde existem ameaças de danos sérios ou irreversíveis, não deverá ser utilizada a falta de total certeza científica como razão para o adiamento de medidas que previnem a degradação ambiental, com eficiência de custos". Ou seja, os reguladores podem tomar medidas eficientes em custos para impedir danos sérios ou irreversíveis, mesmo quando não há certeza de que esses danos vão ocorrer. Uma formulação forte foi exposta na Terceira Declaração Ministerial sobre o Mar do Norte, em 1920, que pediu aos governos para "aplicarem o princípio de precaução, ou seja, para tomarem as medidas necessárias para evitar os impactes potencialmente danosos de substâncias [tóxicas] … mesmo quando não haja prova científica que demonstre uma ligação causal entre emissões e efeitos." Esta determinação requer que os governos tomem providên- cias sem considerar factores de compensação e sem provas científicas de danos. Entre estas duas declarações existe uma grande variedade de posições. Por exemplo, o Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança, de 2000, estabelece que "a falta de certeza científica devida ao insuficiente… conhecimento relativo à dimensão dos efeitos adversos potenciais de um organismo modificado sobre a conservação e uso sustentável da diversidade biológica no Participante-importador, tomando também em consideração os riscos para a saúde humana, não deverão impedir esse Participante de tomar uma decisão adequada, em relação à importação dos organismo modificados vivos em questão… para evitar ou minimizar tais efeitos adversos potenciais." Esta formulação deixa cair a necessidade da prevenção ser eficiente em custos e transfere o ónus da prova de segurança para os países exportadores. Ao mesmo tempo, a recusa da importação é uma opção, não uma obrigação, e os países podem decidir aceitar os riscos com base em outros factores que considerem relevantes, tais como benefícios potenciais e os riscos inerentes das tecnologias que seriam substituídas. Fonte: UNEP 1992a; Matlon 2001; Juma 2001; Soule 2000; SEHN 2000. 70 mulações suaves defendem que a ausência de certeza sobre os danos não impede acções reguladoras. As formulações fortes requerem, frequentemente, a certeza da segurança para evitar acções reguladoras, que em sistemas complexos e dinâmicos é muitas vezes impossível de alcançar. • O fardo da prova. As formulações suaves colocam o fardo da prova naqueles que reclamam que haverá consequências se uma nova tecnologia for introduzida. As formulações fortes podem deslocar o fardo da prova para os produtores e importadores de uma tecnologia, exigindo que eles demonstrem a sua segurança. • Acção opcional ou obrigatória. Formulações suaves permitem que os reguladores tenham a iniciativa da acção, enquanto as formulações fortes, normalmente, exigem acções. • Localização da tomada de decisão. As formulações suaves atribuem a autoridade aos reguladores, enquanto as formulações fortes podem atribuir poder aos líderes políticos. O princípio de precaução ainda está a evoluir e o seu carácter final será moldado pelos processos científicos e políticos. Mesmo formulações individuais são, muitas vezes, referidas vagamente – deliberadamente, segundo alguns – para permitir interpretações múltiplas na adaptação às circunstâncias locais e aos diferentes interesses. Quando usado para proteger as práticas comerciais discriminatórias, o princípio perde a sua utilidade limitando-se a ser um empreendimento político. Qualquer formulação do princípio que não comece com uma avaliação e gestão dos riscos bem estabelecida e baseada no conhecimento será reduzida a uma afirmação retórica com pouco valor operacional. Finalmente, os países acabam por fazer diferentes opções-e por bons motivos. Enfrentam custos potenciais e benefícios diferentes das novas tecnologias. Os seus cidadãos podem ter atitudes diferentes relativamente à tomada de riscos e variam amplamente nas suas capacidades para lidar com consequências potenciais. Os países em desenvolvimento estão a tomar medidas diferentes relativamente aos organismos geneticamente modificados – de preventivas a promocionais – através das suas políticas de biosegurança, segurança alimentar e escolhas dos consumidores, investimento na investigação pública e comércio (quadro 3.1). CONSTRUÇÃO DA CAPACIDADE PARA GERIR RISCOS Uma abordagem sistemática da avaliação e gestão do risco garante melhor a utilização segura das novas tecnologias. Isto exige clareza nas políticas e nos procedi- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 mentos de regulação – não apenas aprovar a legislação, mas executar, impor e monitorizar as suas condições. Para a introdução das culturas geneticamente modificadas, todos os países precisam criar um sistema de biosegurança com directrizes claras e coerentes, pessoal qualificado para conduzir a tomada de decisão, um processo de revisão adequado e mecanismos para recolher as reacções dos agricultores e consumidores. UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO CIENT Í FICA : TRANSFORMAR A INCERTEZA EM RISCO tros internacionais do Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional (CGIAR) planeiam as pesquisas, utilizam os resultados de análises de impactes das pesquisas semelhantes para conduzir as avaliações projectadas. Mas quando a tecnologia é genuinamente nova ou está a ser introduzida num novo ambiente, a incerteza resultante deve ser transformada em probabilidade informada através da pesquisa. Por isso, a novidade dos organismos geneticamente modificados estimulou, correctamente, pesquisas extensas (caixa 3.4). Uma abordagem Na ausência de informação, apenas existe incerteza. A investigação científica gera informação sobre os impactes prováveis da nova tecnologia, transformando essa incerteza em risco-a probabilidade estimada de que ocorrerá um certo impacte negativo. Com mais e melhor informação, o risco pode ser previsto de forma mais cuidada e, assim, melhor gerido. Quando as tecnologias são familiares, num dado ambiente, já existem informações sobre os seus impactes. A reprodução tradicional de novas variedades de culturas, por exemplo, integra técnicas utilizadas ao longo de muitos anos, de forma que os seus benefícios e danos potenciais são bem conhecidos. Assim, quando os cen- ASSEGURAR PARTICIPAÇÃO P Ú BLICA ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO DOS RISCOS sistemática da avaliação e gestão do risco garante Debates recentes sobre a comercialização da biotecnologia agrícola sublinharam a importância da participação pública e da educação sobre os seus riscos – porque é o público que, em última instância, produz e consome os produtos das novas tecnologias. Um inquérito realizado recentemente na Austrália salienta a necessidade de melhor educação: 49% dos que responderam sentem que os riscos da agricultura biológica superam os seus benefícios, mas 59% não conseguiram nomear um risco específico.8 melhor a utilização segura das novas tecnologias QUADRO 3.1 Posições de política em relação às culturas geneticamente modificadas – as escolhas para os países em desenvolvimento Área de política Promocional Permissiva Precaução Preventiva Biosegurança Sem análise cuidadosa; apenas análise simbólica ou autorização baseada nas autorizações de outros países Análises, caso a caso, principalmente para os riscos provados, dependendo do uso projectado do produto Análises, caso a caso, por dúvidas científicas devidas à novidade do processo de desenvolvimento Nenhuma análise cuidadosa, caso a caso; assunção do risco devido aos processos de desenvolvimento Segurança alimentar e escolha do consumidor Nenhuma distinção reguladora entre alimentos modificados e não modificados na análise ou rotulagem para segurança alimentar Distinção feita sobre alguns rótulos de alimentos, mas sem exigir a separação dos canais de mercado Rotulagem compreensiva de todos os alimentos modificados, exigidos e impostos com separação de mercado Proibição das vendas de alimentos geneticamente modificados, ou exigência de rótulos de advertência, que estigmatizam os alimentos modificados como não seguros Investimento na investigação pública Recursos públicos utilizados no desenvolvimento e adaptação local da tecnologia de culturas modificadas Recursos públicos utilizados na adaptação local da tecnologia de culturas modificadas, mas não no desenvolvimento de novos transgénicos Não são utilizados recursos públicos significativos na investigação ou adaptação de culturas modificadas; os doadores concedem financiamento para a adaptação local das culturas modificadas Não são utilizados financiamentos públicos ou de doadores para a adaptação ou desenvolvimento da tecnologia das culturas modificadas Comércio Promoção de culturas geneticamente modificadas para reduzir os custos dos produtos primários e aumentar as exportações; nenhuma restrição à importação de sementes modificadas ou matérias-primas Restrições à importação de produtos primários modificados idênticas às dos produtos não modificados, de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio As importações de sementes e matérias modificadas são analisadas ou controladas separadamente e mais cuidadosamente que os não modificados; rotulagem exigida para as importações de alimentos e produtos primários modificados Bloqueamento das importações de sementes e plantas geneticamente modificadas; manutenção do estatuto das não modificadas, na esperança do mercado de exportação Fonte: Paarlberg 2000. GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA 71 A comunicação de riscos-a partilha de informação e opiniões sobre os riscos entre todos os participantes no processo de gestão dos riscos-ajuda a desenvolver tomadas de decisão transparentes e credíveis e a criar confiança pública nas decisões políticas. Muitos países asseguram a comunicação dos riscos através de consultas públicas, incluindo a França, Noruega, Espanha, Suécia e Estados CAIXA 3.4 Sementes milagrosas ou Frankenfoods? As provas até ao presente Têm sido observados poucos riscos de saúde ou ambientais resultantes do uso na agricultura de culturas modificadas geneticamente. Contudo, ainda não foram feitos muitos dos estudos de longo prazo necessários sobre riscos ambientais potenciais. Qual é a prova até agora? Riscos com a saúde Alergias. Há a preocupação de que a introdução de novos produtos genéticos, com novas proteínas, poderá causar problemas alérgicos. A transmissão da proteína da noz do Brasil para a soja confirmou que a engenharia genética pode conduzir à transmissão de proteínas alérgicas. Toxicidade. A possível introdução ou aumento de componentes tóxicos pode aumentar a toxicidade. Serão necessários testes adicionais – o potencial de toxicidade humana de novas proteínas produzidas em plantas deveria estar sob fiscalização. Efeitos pleiotrópicos. A combinação prévia de proteínas desconhecidas pode ter efeitos secundários imprevistos nas plantas alimentares. Apesar de ser necessária a monitorização adicional, não se registaram efeitos secundários significativos resultantes de plantas ou produtos transgénicos disponíveis comercialmente. Resistência aos antibióticos. Tem aumentado a preocupação sobre os marcadores dos antibióticos tais como a kanamicina, usada na transformação de plantas. Estes antibióticos ainda são usados para tratar infecções nos humanos e a exposição crescente aos seus efeitos pode tornar as infecções resistentes aos antibióticos, tornando estes medicamentos ineficazes. Apesar de não haver provas definitivas de que o uso dos marcadores pode ser prejudicial para os humanos, as alternativas estão a ficar disponíveis rapidamente e são cada vez mais úteis no desenvolvimento das culturas alimentares. Riscos ambientais Efeitos inesperados em espécies colaterais. Apesar dos estudos laboratoriais terem relatado os danos na larva da borboleta monarca, que se alimenta do pólen das plantas Bt, como um caso específico de efeitos em espécies colaterais, nenhum estudo mostrou um efeito negativo actual sobre a densidade das borboletas na vida selvagem. Mais uma vez, é necessária investigação adicional. Efeitos do fluxo de genes aos parentes mais próximos. A dispersão do pólen pode conduzir à dispersão dos genes, embora apenas alguns vestígios sejam dispersos em distâncias superiores a poucos metros. A transferência de características de resistência transgénica para ervas familiares pode piorar os problemas das ervas, embora tais problemas não tenham sido observados ou adequadamente estudados. Crescimento de ervas daninhas. Algumas novas características introduzidas nas culturas – tais como resistência à praga ou resistência patogénica – podem fazer com que as culturas transgénicas se transformem em ervas daninhas problemáticas. Isto poderia resultar em graves danos económicos e ecológicos para os agricultores ou habitats de vida selvagem. Desenvolvimento da resistência à praga às plantas protegidas da praga. Os insectos, as ervas e micróbios têm o potencial de superar a maioria das opções de controlo à disposição dos agricultores, com impactes ambientais significativos. Mas podem ser utilizados processos de gestão para adiar as adaptações às pragas. Preocupações com culturas resistentes aos vírus. Plantas transformadas contendo a resistência ao vírus podem facilitar a criação de novas cadeias de viroses, introduzir novas características de transmissão ou causar mudanças na susceptibilidade a outras viroses relacionadas. É pouco provável que as plantas alteradas apresentem problemas diferentes dos associados com a reprodução tradicional para a resistência aos vírus. Ameaças à biodiversidade. A mudança genética pode propagar-se a espécies selvagens que são raras ou estão em perigo – especialmente se a mudança ocorrer em locais de diversidade de culturas. Os cientistas devem melhorar o seu conhecimento destes e de outros problemas resultantes do fluxo de genes potencial das culturas modificadas geneticamente. Fonte: Cohen 2001, baseado em Altieri 2000; Royal Society of London, US National Academy of Sciences, Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences; India National Science Academy; Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000; National Research Council 2000. 72 Unidos. Alguns países exigem a rotulagem de produtos geneticamente transformados, de forma que os consumidores possam decidir se os querem adquirir – como na Austrália, Brasil, Japão e Reino Unido. Outros países estão a ser pressionados para seguir o exemplo. Nos Estados Unidos, onde não há rotulagem, os inquéritos mostram que cerca de 80 a 90% dos consumidores defendem-na.9 CRIAÇÃO DE INSTITUIÇÕES FLEX Í VEIS E DIVERSIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS Se as sociedades estão dispostas a gerir a tecnologia de forma segura, necessitam de instituições flexíveis e com capacidade de resposta, mas também de um conjunto de opções tecnológicas para a criação de soluções alternativas – por isso, a necessidade de investir na construção da capacidade institucional e de investigação. A rígida dependência da antiga União Soviética em relação à energia nuclear, pôs em destaque os perigos da inflexibilidade. Nos anos de 1980, a rede de Kiev dependia exclusivamente da energia nuclear gerada em Chernobyl, pelo que o reactor tinha uma produção anormalmente elevada em 1986, mesmo enquanto decorriam os testes. Esta sobrecarga, combinada com erros cometidos durante os testes, resultaram na explosão fatal. Porque não tinha fontes alternativas de energia, a estação de Chernobyl foi reaberta apenas seis meses após o acidente. A diversidade tecnológica e a flexibilidade institucional teriam permitido o uso de outras fontes de energia – evitando, possivelmente, o acidente e prevenindo a necessidade de reabertura da central eléctrica em condições tão adversas. Em alguns casos, os interesses económicos investidos inibem o desenvolvimento de tecnologias alternativas. Por exemplo, as indústrias de petróleo e gás, tradicionalmente, têm encarado as energias alternativas e as tecnologias de transporte como uma ameaça. Mas os incentivos e os regulamentos podem superar tais obstáculos. Por exemplo, os elevados preços da gasolina e os novos critérios para as emissões na Europa, alteraram o modo como os carros são produzidos para o mercado, tornando-os cada vez mais eficientes. DESAFIOS QUE OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO ENFRENTAM Apesar de todos os países terem de encontrar as formas de lidar com os riscos da mudança tecnológica, os países em desenvolvimento enfrentam vários desafios específicos, que podem acrescer os custos, auRELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 mentar os riscos e reduzir a sua capacidade para gerir a mudança com segurança. • Escassez de pessoal qualificado. Investigadores especializados e técnicos qualificados são essenciais para adaptar as novas tecnologias ao uso local. Contudo, mesmo nos países em desenvolvimento com capacidade mais avançada, como a Argentina e o Egipto, os sistemas de biosegurança quase esgotaram a competência nacional. A escassez de pessoal qualificado, desde os investigadores laboratoriais até aos funcionários de serviços de extensão, podem criar sérios constrangimentos à capacidade de um país para criar um sistema de regulação forte. • Recursos inadequados. O custo de estabelecimento e manutenção de um quadro regulador pode, também, colocar uma forte pressão financeira sobre os países pobres. Nos Estados Unidos, três das maiores e consolidadas agências – o Departamento de Agricultura, a Administração de Alimentos e Medicamentos e a Agência para a Protecção Ambiental – estão todas envolvidas na regulamentação dos organismos geneticamente modificados. Mas até estas instituições estão a apelar a aumentos orçamentais para lidar com os novos desafios levantados pela biotecnologia. Os institutos de investigação dos países em desenvolvimento, pelo contrário, sobrevivem com pouco financiamento e são, muitas vezes, largamente financiados pela ajuda dos doadores – uma dependência arriscada se as fontes locais de financiamento também não estiverem asseguradas. • Estratégias de comunicações fracas.O nível de consciência pública sobre os organismos geneticamente modificados varia entre os países em desenvolvimento, mas em muitos não existe uma estratégia de comunicações para informar o público sobre aqueles organismos e sobre o modo como a biodiversidade está a ser gerida. As dificuldades próprias da criação de campanhas públicas de informação eficazes são combinadas com altas taxas de analfabetismo nalguns países e com a falta de tradição de poder das populações e de consumidores mais activos exigindo informações e afirmando o seu direito ao conhecimento. Como resultado, quando as campanhas nos órgãos de comunicação aumentam os receios e criam oposição pública à mudança tecnológica, as instituições responsáveis pela gestão da biodiversidade não têm, frequentemente, nem planos nem meios para responder com uma perspectiva alternativa. • Mecanismos de reacção inadequados. Ultimamente, a tecnologia começou a ser utilizada, não nos laboratórios, mas em casa e nas escolas, nas fazendas e nas fábricas. A capacidade de um utilizador seguir pro- cedimentos seguros determina se os benefícios da tecnologia serão colhidos ou perdidos. Mas os mecanismos para a provisão de informação e recolha das reacções dos utilizadores podem não estar bem desenvolvidos. Nos Estados Unidos, onde os agricultores têm múltiplas fontes de apoio e aconselhamento sobre os procedimentos de segurança, um inquérito realizado em 2000 mostrou que 90% dos agricultores com culturas de milho transgénico acreditavam que estavam a seguir os procedimentos de segurança correctos – mas, de facto, apenas 71% o faziam.10 Nos países em desenvolvimento, os mecanismos para a provisão de informação e recolha de reacções são normalmente fracos. Estas barreiras constituem um importante factor de bloqueamento ao uso da biotecnologia em benefício do desenvolvimento. O Quénia, por exemplo, introduziu com assistência do governo alemão, em 1998, legislação razoavelmente ajustada à biosegurança. Mas, muito menos assistência na construção da capacidade científica e técnica e nas infra-estruturas necessárias para executar as políticas seguidas. Os gestores da biosegurança, que trabalham em tais situações, sabem que serão criticados pelas organizações não governamentais e pelos meios de comunicação se não conseguirem atingir os padrões elevados definidos no papel. Em consequência, tendem a movimentar-se lentamente e a tomar o mínimo possível de decisões. O Quénia demorou 18 meses a aprovar a investigação sobre batatas-doces transgénicas, apesar dos poucos riscos envolvidos. Para permitir que os países em desenvolvimento possam beneficiar das oportunidades das novas tecnologias, estes desafios devem ser ultrapassados com políticas nacionais e apoio mundial. Vários desafios específicos podem acrescer os custos, aumentar os riscos e reduzir a capacidade para gerir a mudança com segurança ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA LIDAR COM OS DESAFIOS DO RISCO Apesar dos desafios, os países em desenvolvimento podem conceber estratégias para construir a capacidade de gerir o risco, aproveitando as vantagens de serem seguidores tecnológicos e procurando o máximo de colaboração regional. APRENDER COM OS L Í DERES TECNOL Ó GICOS Os países em desenvolvimento podem tirar partido da sua condição de seguidores tecnológicos, aprendendo com as experiências e as melhores práticas dos pioneiros. Os quadros de regulação, por exemplo, podem ser baseados nos estabelecidos pelos primeiros inovadores. A Ar- GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA 73 Os países em desenvolvimento podem tirar partido da sua condição de seguidores tecnológicos, aprendendo com os pioneiros gentina e o Egipto definiram as suas directrizes para garantir a segurança ambiental da libertação dos organismos geneticamente modificados a partir da análise dos documentos reguladores da Austrália, Canadá, Estados Unidos e outros, adaptando-os, depois, às condições agrícolas nacionais. Os países em desenvolvimento podem, igualmente, estabelecer sistemas reguladores de baixo custo construídos com base, ou apoiando-se mesmo, nos padrões de regulação dos primeiros inovadores. Alguns países industrializados utilizam acordos de reconhecimento mútuo, aceitando as autorizações de produtos de cada um quando partilham padrões comuns. Tais acordos podem ajudar a facilitar o comércio, eliminando testes redundantes e colocando novos produtos no mercado muito mais rapidamente. 11 A União Europeia e os Estados Unidos adoptaram esta aproximação, em 2001, para uma variedade de produtos como instrumentos de medicina e equipamentos de telecomunicações. Espera-se que o acordo possa favorecer a indústria e os consumidores em cerca de mil milhões de dólares por ano.12 Os países em desenvolvimento podem, igualmente, tirar partido da capacidade reguladora e da experiência dos outros países – frequentemente industrializados. Por exemplo, o impacte dos medicamentos na saúde das pessoas tende a variar pouco de um país para o outro. Isto permite aos países em desenvolvimento optar pela aceitação das autorizações reguladoras de medicamentos concedidas nos países com muito mais capacidade de realizar essas avaliações – tal como os Estados Unidos, cuja principal agência de protecção ao consumidor, a Administração de Alimentos e Medicamentos, tem um orçamento anual que excede mil milhões de dólares. HARMONIAÇÃO DE PADRÕES ATRAVÉS DA COLABORAÇÃO REGIONAL Um dos primeiros passos na promoção da confiança na tecnologia é o desenvolvimento de padrões de saúde e ambientais e sua harmonização com os desenvolvidos, independentemente, noutros países. As divergências nas normas de segurança entre regras ambientais e comerciais tendem a criar conflitos no tratamento da segurança dos alimentos derivados da biotecnologia. As diferenças na introdução e na regulação de culturas geneticamente modificadas já estão a causar fricções comerciais. Abordagens consistentes, onde for possível, reduziriam tais conflitos e a harmonização poderia disponibilizar mais infor74 mação para o público e, assim, promover a responsabilização. Cooperação regional na partilha do conhecimento, melhores práticas, objectivos de investigação, competências em biodiversidade e autorizações reguladoras sobre ambientes e ecossistemas semelhantes, permitiriam alcançar grande eficácia – reunindo informação de base para a avaliação e gestão do risco regionalmente harmonizado. A Associação para o Reforço da Investigação Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA) começou a fazer isso, permitindo que a experiência regional seja partilhada e que os países membros com menos capacidade reguladora possam beneficiar com as capacidades científicas mais avançadas da região. Dado o movimento informal de matérias-primas agrícolas através das fronteiras nacionais dentro da região, a investigação e regulação coordenadas serão decisivas para garantir a utilização segura da biotecnologia. DESENVOLVER AS CAPACIDADES NACIONAIS CIENT Í FICAS E DE EXTENSÃO É crucial para os países desenvolverem as suas capacidades de investigação, adaptável ou aplicada. Para os países pobres, a investigação adaptável é mais relevante – permitindo-lhes pedir emprestado e adaptar as tecnologias geradas em qualquer lado. Para os países com uma base científica mais forte, o desenvolvimento da investigação aplicada pode ser possível – permitindo-lhes gerar novas tecnologias para as condições locais. Em ambos os casos, a competência científica deve ser direccionada para melhorar a compreensão dos riscos potenciais associados à tecnologia, quer seja emprestada ou "desenvolvida em casa". O risco social da marginalização dos pobres em relação aos benefícios das novas tecnologias pode ser evitado se se assegurar que a sua participação é central para experiências de campo e disseminação de estratégias (ver a contribuição especial de M.S. Swaminathan). REFORÇAR AS INSTITUIÇÕES REGULADORAS A execução efectiva de medidas de segurança requer capacidade humana e institucional a nível nacional. A análise das políticas científicas e tecnológicas é um campo ainda embrionário e inexistente na maior parte dos países em desenvolvimento. A construção de competências neste campo coloca o mundo em desenvolvimento numa posição mais privilegiada para gerir os benefícios e os riscos associados com a tecnologia emergente. Mas, as discussões sobre a introdução de me- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 didas reguladoras têm sido acompanhadas por preocupações sobre os custos de tais regulamentações. A Argentina e o Egipto constituem bons exemplos de como a regulação para a introdução de organismos geneticamente modificados foram incorporados nas regulações existentes (caixa 3.5). MOBILIZAR VOZES LOCAIS Vários países lançaram programas cujo objectivo era o envolvimento do público com a tecnologia disponível. Isto é essencial se os agricultores e consumidores dos países em desenvolvimento pretendem influenciar os decisores nacionais e captar mais vozes diferentes para o debate mundial. A organi- zação não governamental ActionAid criou um júri de cidadãos na Índia, envolvendo um conjunto de agricultores que poderiam ser afectados pelas culturas geneticamente modificadas. Especialistas universitários, sindicatos de agricultores, organizações não governamentais, governos estaduais e nacionais e Monsanto, o maior produtor de culturas transgénicas comerciais, apresentaram, ao júri de agricultores, provas a favor e contra a utilização de sementes transgénicas. Os membros do júri discutiram, então, se as culturas melhorariam as condições de vida das famílias ou aumentariam a pobreza e insegurança, acabando por formar a sua própria posição sobre o assunto. Tais discussões públicas podem, também, ser organizadas por governos na- CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL A aproximação antyodaya: um caminho para a revolução sempre verde Os retrocessos ecológicos e sociais das novas técnicas de produção de culturas devem-se frequentemente às monoculturas, à excessiva aplicação de fertilizantes e pesticidas químicos e à insustentável exploração do solo e das águas subterrâneas. Simultaneamente, a expansão populacional – associado com o aumento do poder de compra – deixa a maior parte dos países em desenvolvimento sem nenhuma opção, com excepção de produzir mais em condições de diminuição da terra arável e dos recursos de irrigação per capita. A opção de importação dos alimentos, aparentemente fácil, só agravará o desemprego rural em países onde a segurança dos meios de subsistência de mais de 60% das famílias rurais dependem da agricultura. Como podemos, então, atingir um crescimento contínuo da produtividade biológica sem associá-lo com danos económicos e sociais? Felizmente, entrámos na era da Internet, dos genomas e dos proteomas. As últimas três décadas indicam que a transformação tecnológica de pequenas explorações agrícolas – se baseadas nos princípios da ecologia, economia, igualdade social e sexual e produção dos meios de subsistência – podem contribuir, significativamente, quer para a erradicação da pobreza, quer para a integração social. A tecnologia tem sido, sem dúvida, um factor importante no alargamento da desigualdade entre ricos e pobres, desde o início da revolução industrial na Europa. Mas, temos hoje oportunidades pouco habituais para incluir a tecnologia como um aliado no movimento para a igualdade entre os sexos. Progressos recentes na biotecnologia e nas tecnologias espaciais e de informação estão a ajudar no lançamento de uma revolução sempre verde, capaz de habilitar as pequenas famílias a alcançar melhorias sustentáveis na produtividade e no rendimento por unidade de terra, tempo, trabalho e capital. A nova genética, envolvendo o mapeamento e a modificação molecular, é um instrumento poderoso para o fomento de explorações ecológicas, bem como para melhorar a produtividade de solos secos e salinos. Cientistas na Índia transferiram genes do Amarantus para as batatas, para melhorar a qualidade e quantidade de proteínas, e dos mangues para culturas anuais, para dar tolerância à salinidade. O mapeamento baseado nos sistemas de informação geográfica (SIG) e o progresso nas previsões meteorológicas do curto e médio prazo, associados ao desenvolvimento dos mercados e da informação sobre preços, estão a ajudar os agricultores a atingir um equilíbrio correcto entre o uso da terra e os factores ecológicos, meteorológicos e de marketing. Os avanços são decisivos, dado que a agricultura fornece o mais amplo caminho para o novo emprego através de empresas ambientais – tais como a reciclagem de resíduos sólidos e líquidos, a bioterapia, ecotecnologias desenvolvidas pela combinação de conhecimentos tradicionais com a ciência moderna, e sistemas de segurança dos alimentos e água baseados na comunidade. A nossa experiência em Pondicherry, Índia, mostrou que os centros de conhecimento rural geridos por mulheres e orientados pelos utilizadores, com apoio de computadores e ligados à Internet, ajudam a transpor, simultaneamente, a desigualdade entre os sexos e a digital. Sinergias entre tecnologias e políticas públicas, por um lado, e parcerias entre o público e o privado, por outro, irão conduzirão ao progresso rápido na criação de novos meios de subsistência rural e não rural. Mas, é importante entender, se o mercado for o único determinante nas decisões de investimento na investigação, "os órfãos permanecerão órfãos" e as desigualdades económicas e tecnológicas aumentarão. Como podemos assegurar que um movimento de revolução sempre verde, baseado nas tecnologias genéticas e digitais, é caracterizado pela inclusão social e sexual? A resposta a esta questão foi dada por GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA Mahatma Gandhi há mais de 70 anos, quando disse: "Recorde-se da cara das pessoas mais pobres e mais fracas que viu e pergunte a si mesmo se os momentos de contemplação vão ter alguma utilidade para ele". Uma aproximação antyodaya – isto é o desenvolvimento baseado na atenção às pessoas mais pobres – na transposição da desigualdade digital, genética e sexual, adoptada nas nossas biocidades na Índia, provou ser muito eficaz na inclusão dos excluídos na capacitação tecnológica e de qualificações. Os meus quase 40 anos de experiência – começados na Índia, em 1964, com o Programa Nacional de Demonstração, sobre milho e arroz, bem como a minha experiência posterior em vários países asiáticos e africanos com os sistemas de Cultivo Sustentado do Arroz e de Mulheres nas Redes de Cultivo do Arroz, do Instituto de Investigação Internacional sobre o Arroz – levaram-me a considerar duas directrizes básicas na concepção de programas de ensaio e difusão tecnológica: • Se as demonstrações e ensaios forem organizados nos campos dos agricultores pobres em recursos, todos os agricultores beneficiam. O inverso pode não acontecer. • Se as mulheres estiverem capacitadas com informação tecnológica e qualificações, todos os membros de uma família beneficiam. O inverso pode não acontecer. O caminho antyodaya deve ser o ponto de partida em todos os programas de planeamento do desenvolvimento e de difusão tecnológica, se quisermos evitar, no futuro, o crescimento conduzido pela desigualdade e as práticas ambientais insustentáveis. M. S. Swaminathan Vencedor do Prémio Alimentar Mundial de 1987 75 cionais e locais ou por organizações baseadas na comunidade. COLABORAÇÃO MUNDIAL NA GESTÃO DOS RISCOS Restaurar, ou manter, a confiança pública é fundamental para construir fortes sistemas nacionais de regulação Para lá das fronteiras nacionais, alguns desafios à gestão dos riscos afectam e influenciam as comunidades por todo o mundo. É necessária mais investigação sobre os impactes possíveis da biotecnologia, para aumentar a compreensão dos seus riscos em qualquer lado. Os efeitos dos riscos da má gestão da saúde e da segurança ambiental podem, rapidamente, atravessar as fronteiras através do comércio e das viagens. E a regulação fraca da tecnologia num país pode criar falta de confiança pública na ciência internacional. É do interesse de todos que cada país procure gerir bem os riscos. REALIZAR MAIS INVESTIGAÇÃO E COM MAIOR DURAÇÃO O debate actual sobre biotecnologia tem falta de avaliações consolidadas e de base científica, para fornecer provas rigorosas e equilibradas sobre os impactes das tecnologias emergentes na saúde e no ambiente. Avaliações mais equilibradas e transparentes poderiam criar uma base para o diálogo e ajudar a construir a confiança CAIXA 3.5 O reforço da capacidade institucional na Argentina e Egipto para lidar com produtos primários modificados geneticamente A Argentina e o Egipto estão entre os países em desenvolvimento que mais progrediram no uso corrente e intencional de culturas e produtos modificados geneticamente. O Egipto aprovou testes de campo das libertações e está à beira de comercializar a sua primeira cultura modificada geneticamente. A Argentina tem exportado produtos primários modificados geneticamente desde 1996. Ambos os países partilham vários sucessos na forma como têm reforçado a sua capacidade para lidar com questões de biosegurança: • Foram formuladas directrizes nacionais para garantir a segurança ambiental dos organismos modificados geneticamente, através do exame dos regulamentos dos países com competências nesta área e posterior adaptação desses regulamentos às condições agrícolas nacionais. • Os procedimentos de aplicação, inspecção e autorização relacionados com a segurança alimentar e registo de sementes foram construídos a partir de leis existentes. Os procedimentos evoluíram ao longo do Fonte: Cohen 2001. 76 tempo, permitindo a coordenação entre ministérios e reguladores dos processos de regulação. • Os institutos de investigação avançada conduzem investigação biotecnológica sobre o estado da arte, e o seu pessoal altamente qualificado é convidado a trabalhar em comissões de biosegurança ou como conselheiros técnicos. • Têm sido estabelecidos normas claras para avaliação dos riscos de uma libertação proposta. As avaliações comparam os impactes previstos dos organismos modificados geneticamente com os das variedades não modificadas equivalentes. As variedades modificadas geneticamente que não apresentam grandes riscos são considerados aceitáveis para testar e eventual autorização de comercialização. Tais políticas mostram que, mesmo enfrentando desvantagens iniciais, os países em desenvolvimento podem criar sistemas de biosegurança que lhes permitam avançar na gestão da segurança tecnológica. nessas tecnologias. Tais avaliações poderiam, igualmente, ajudar a basear as percepções públicas nos objectivos científicos e técnicos. Em 2000, as academias nacionais das ciências do Brasil, China, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos e a Academia das Ciências do Terceiro Mundo analisaram conjuntamente as provas e apelaram para mais pesquisas: "Dado o uso limitado de plantas transgénicas em todo o mundo e as condições geográficas e ecológicas relativamente constrangidas da sua produção, as informações concretas sobre os seus efeitos actuais no ambiente e diversidade biológica são ainda muito dispersas. Em consequência, não existe consenso sobre a gravidade, ou mesmo existência, de qualquer dano ambiental potencial da tecnologia MG [modificação genética]. Há, portanto, necessidade de uma avaliação cuidadosa dos riscos das consequências prováveis, numa fase inicial, do desenvolvimento de todas as variedades de plantas transgénicas, bem como a monitorização do sistema para avaliar estes riscos em subsequentes testes de campo e de libertações".13 RESTAURAR A CONFIANÇA P Ú BLICA NA CI Ê NCIA Perante as incertezas ligadas à tecnologia, uma quebra de confiança nas instituições reguladoras pode ser desastrosa. Restaurar, ou manter, a confiança pública nas suas decisões e políticas é fundamental para construir fortes sistemas nacionais de regulação, baseados na consulta popular. Como vem expresso no relatório produzido por seis academias nacionais das ciências e pelas considerações da Academia das Ciências do Terceiro Mundo, "Finalmente, nenhuma prova credível de cientistas ou de instituições reguladoras influenciará as opiniões públicas populares, a menos que haja confiança pública nas instituições e mecanismos que regulam tais produtos".14 Nalguns países, especialmente na Europa, a ciência perdeu a confiança do público – e isto afecta as expectativas de progresso tecnológico mundial. Mas, por vezes essa desconfiança está deslocada. Políticas fracas, regulação inadequada e falta de transparência – e não de ciência – são frequentemente a causa de prejuízos. Os métodos científicos, quando combinados com deliberações públicas, criam as bases para a gestão de riscos tecnológicos, devendo os reguladores utilizá-los adequadamente. Muitos países utilizam caracterizações de perigos e avaliações de riscos, caso a caso, com base científica, desenvolvem regulamentos apoiados nas instituições existentes, em vez de estabelecer RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 novos regulamentos, e reduzem a regulação dos produtos considerados de baixo risco. Alguns observadores questionam, por vários motivos, se a ciência está a contribuir como deveria. Primeiro, os cientistas, como todas as outras pessoas, abordam os problemas com metodologias específicas e têm interesses e incentivos que influenciam o seu trabalho. Como consequência, nem todas as investigações relevantes são prosseguidas. Considere-se o caso dos desperdícios industriais. A investigação científica analisa geralmente os efeitos de substâncias isoladas, mas muitos dos desperdícios industriais mais graves envolvem interacções entre substâncias. Por exemplo, quando um fluoreto é acrescentado à água, aumenta a absorção do chumbo dos canos – um perigo que não viria à luz através de estudos isolados do chumbo ou dos fluoretos. Contudo, devido à falta de financiamentos, têm sido efectuados poucos estudos compreensivos sobre os efeitos acidentais de multi-substâncias. Segundo, a complexidade dos assuntos, significa que os cientistas que realizam tais estudos podem chegar a resultados inconclusivos – mas resultados claros num campo específico podem trazer mais reconhecimento. Terceiro, as provas científicas sobre os perigos e danos são por vezes ignoradas, suprimidas ou atacadas por lóbis: a indústria do tabaco suprimiu provas dos efeitos cancerígenos do tabaco, durante décadas, antes da informação passar, finalmente, para o domínio público. Estas pressões fazem com que alguns cientistas estejam menos dispostos a realizar tais estudos, devido às possíveis consequências sobre as suas carreiras.15 Estas preocupações sublinham a importância da investigação financiada publicamente e da procura de novas formas de reconhecimento dos cientistas que se dedicam a descobrir prejuízos e perigos no interesse da sociedade. PARTILHA DE INFORMAÇÕES E EXPERI Ê NCIAS As tecnologias de informação e de comunicações são importantes para a partilha de informações e experiências com avaliações de risco. Mas, também, são necessários outros factores se se pretende divulgar estas informações aos que mais precisam delas. Câmaras de compensação de informações seguras entre agências nacionais e internacionais podem desempenhar aqui um papel útil. O Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança, adoptado em 2000 na Convenção sobre Diversidade Biológica, estabelece câmara de compensação de biosegurança para os países partilharem informações sobre organismos geneticamente modificados. Os países têm de informar a câmara num prazo de 15 dias após a aprovação de qualquer tipo de variedade de cultura que pode ser utilizada na alimentação, rações e processamento. Os exportadores são obrigados a obter uma autorização de importação do país, através de um procedimento informação prévia, para carregamentos iniciais de organismos geneticamente modificados – tais como sementes e árvores – que se pretendem libertar no ambiente. Os organismos geneticamente modificados considerados para alimentação, rações e processamento – por outras palavras, produtos primários – estão isentos dessa exigência. Contudo, têm de ser rotulados para mostrar que "podem conter" organismos geneticamente modificados e os países podem decidir, na base de uma avaliação científica do risco, se importam ou não esses produtos. Outras câmaras de compensação podem partilhar e divulgar experiências sobre segurança tecnológica entre comunidades públicas, privadas e académicas e entre países e regiões. Estas discussões de risco devem envolver os países em desenvolvimento. A União Europeia e os Estados Unidos estabeleceram um fórum consultivo sobre biotecnologia, que aborda questões de interesse para os países em desenvolvimento. Contudo, o fórum não inclui nenhum membro representativo do mundo em desenvolvimento. EXPANSÃO A liberdade de inovar – e aceitar riscos – continuará a desempenhar um papel central no desenvolvimento mundial DA AJUDA PARA A CONSTRUÇÃO DE CAPACIDADE Nos últimos 10 anos, foram criados mais programas orientados para criação das capacidades humanas necessárias para a regulação da segurança tecnológica, através de formação e da realização de workshops, seminários e encontros técnicos. As organizações internacionais desempenharam um papel fundamental no apoio a estas actividades. Mas são ainda necessários mais esforços formais e sustentados. O apoio tem sido obtido, frequentemente, para a concepção de legislação e criação de sistemas de biosegurança – mas não para a sua execução. • • • As rupturas tecnológicas na segunda metade do século 20 abriram novos caminhos para o desen- GESTÃO DOS RISCOS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA 77 volvimento humano. Estes avanços oferecem muito benefícios, mas também colocam riscos, aumentando a procura de sistemas de governação que tragam a gestão da tecnologia para o controlo das instituições democráticas. A liberdade de inovar – e aceitar riscos – continuará a desempenhar um papel central no 78 desenvolvimento mundial. O desafio que todos enfrentamos é o de assegurar que aqueles que exercem esta liberdade fundamental o façam de forma a promover a boa ciência, a construir confiança na ciência e na tecnologia e a expandir o seu papel no desenvolvimento humano. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 CAPÍTULO 4 Estratégias nacionais para estimular a criatividade humana A revolução tecnológica é, antes de mais, uma questão nacional – porém, nenhum país beneficiará da nova era da informação se ficar à espera que os benefícios caiam do céu. Hoje em dia, as transformações tecnológicas dependem da capacidade de cada país para estimular a criatividade da sua população, permitindo-lhe compreender e dominar a tecnologia, inovando e adaptando essa tecnologia às suas necessidades e oportunidades específicas. Para estimular a criatividade, é necessário um ambiente económico dinâmico, competitivo e flexível. No caso da maioria dos países em desenvolvimento, isto implica reformas que promovam a abertura – a novas ideias, novos produtos e novos investimentos. Contudo, o papel central no fomento da criatividade cabe à expansão das qualificações humanas. Por esse motivo, a mudança tecnológica aumenta significativamente a importância que cada país deve dar ao investimento na educação e nas qualificações da sua população. Um grande número de países em desenvolvimento está em boa posição para tirar partido das oportunidades da revolução tecnológica e promover o desenvolvimento humano. Outros, porém, deparam-se com barreiras consideráveis, como a falta de um ambiente económico propício à inovação e de instituições e competências que permitam adaptar as novas tecnologias às necessidades e constrangimentos locais. No entanto, uma política económica adequada pode fazer a diferença. A chave está em criar um ambiente que mobilize o potencial criativo da população para utilizar e desenvolver as inovações tecnológicas. CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE PROP ÍCIO À INOVAÇÃO TECNOLOGICA A criação de um ambiente propício à inovação requer estabilidade política e macroeconómica. Veja-se o exemplo das histórias de sucesso na Ásia, assentes numa forte aposta na educação e saúde, aliada a uma inflação baixa, défices orçamentais e da balança de pagamentos moderados e níveis elevados de poupança e investimento. Não são só as grandes empresas que precisam de estabilidade. As pequenas empresas e as explorações agrícolas familiares também dependem dum quadro financeiro estável, em que as poupanças estejam seguras e seja possível recorrer a empréstimos. E elas estão onde normalmente começa a inovação e a adaptação tecnológicas. Apesar de necessária, esta estabilidade não é suficiente. São também necessárias políticas pró-activas de estímulo à inovação. • A política tecnológica pode ajudar a criar um entendimento comum, entre os vários actores fundamentais, acerca do papel central da tecnologia na diversificação económica. • As reformas com objectivo de aumentar a concorrência no sector das telecomunicações são essenciais para proporcionar às pessoas e às organizações um melhor acesso às tecnologias de informação e comunicação. • Para estimular a investigação orientada para a tecnologia, os governos podem promover laços entre universidades e empresas – e oferecer incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento das empresas privadas. • É também essencial estimular o espírito empresarial, assumindo o capital de risco uma importância fundamental no estímulo às novas iniciativas de base tecnológica. CRIANDO Nenhum país beneficiará da nova era da informação se ficar à espera que os benefícios caiam do céu UMA VISÃO PARA A TECNOLOGIA Os governos deverão executar uma estratégia tecnológica ampla, em parceria com todos os participantes fundamentais envolvidos. Diversos governos têm promovido o desenvolvimento tecnológico de forma directa. Alguns têm subsidiado indústrias de alta tecnologia – com políticas industriais muitas vezes amplamente criticadas porque o governo nem sempre sabe escolher devidamente os beneficiários. Mas, o que os governos podem fazer é identificar as áreas em que a sua coordenação é essencial, porque nenhum investidor privado actuará sozinho – é o caso, por exemplo, da criação ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 79 de infra-estruturas. Neste campo, alguns governos têm realizado um trabalho credível. Muitos países têm levado a cabo "estudos de prospectiva", para tornar mais coerente a política científica e tecnológica e identificar exigências e desafios futuros, ligando as políticas de ciência e tecnologia com as necessidades económicas e sociais. Este processo promove a consciência dos participantes em relação à situação da actividade tecnológica no país, às tendências mundiais emergentes e às suas implicações sobre a competitividade e as prioridades nacionais. O envolvimento da sociedade civil nas áreas relacionadas com os novos desenvolvimentos tecnológicos de impacte social e ambiental potencialmente forte, ajuda a criar con- CAIXA 4.1 Previsão tecnológica no Reino Unido – criação de consensos entre os principais participantes O programa de previsão tecnológica do Reino Unido, anunciado em 1993, está a gerar uma parceria mais estreita entre cientistas e industriais para orientar a actividade científica e tecnológica financiada com recursos públicos. Mais orientada para o mercado e menos conduzida pela ciência do que outros projectos semelhantes, este programa encontra-se na sua terceira fase. A primeira fase criou 15 painéis de especialistas sobre mercados e tecnologias relevantes para o país, cada um presidido por um industrial sénior. Cada painel ficou responsável pelo desenvolvimento de cenários do futuro na sua área de análise, identificando as tendências fundamentais e sugerindo alternativas de resposta. Em 1995, os painéis apresentaram os seus relatórios a uma comissão directiva, que sintetizou as principais conclusões e identificou as prioridades nacionais. Na segunda fase, a comissão elaborou um relatório com as principais recomendações divididas em seis temas: tendências e impactes sociais das novas tecnologias; comunicações e informática; genes e novos organismos, processos e produtos; novos materiais, sínteses e processamento; precisão e controlo na gestão, automação e engenharia de processos; e questões ambientais. A comissão determinou três categorias como prioritárias: áreas tecnológicas fundamentais, para as quais era indispensável o desenvolvimento de novos trabalhos; as áreas intermédias, cujos trabalhos precisavam ser reforçados; e as áreas emergentes, onde os trabalhos poderiam ser considerados se as oportunidades de mercado fossem promissores e se fosse possível desenvolver capacidades de nível mundial. Fonte: UK Government Foresight 2001; Lall 2001. 80 Actualmente, estão a ser executadas as recomendações do estudo. Por exemplo, a investigação nas quatro áreas prioritárias – nanotecnologia, comunicações móveis sem fios, biomateriais e energia sustentável – está a ser apoiada através de um esquema de prémios à investigação. Outro exemplo é a sua aplicação na Escócia. A Scottish Enterprise recebe o coordenador deste programa para a Escócia, que procura promover a previsão como um instrumento das empresas para reflectirem e reagirem de forma estruturada às mudanças futuras. Este coordenador trabalha com um vasto conjunto de actores públicos, privados e académicos. Um dos objectivos principais é ajudar cada uma das empresas a gerir melhor a mudança, o que é feito mediante a canalização de esforços através de uma série de intermediários empresariais de confiança – organismos industriais, redes empresariais e organizações de distribuição locais – que têm uma influência sustentável nas actividades das empresas. Todos os painéis e grupos de trabalho enfrentam dois temas transversais: desenvolvimento sustentável e educação, qualificações e formação. Na educação e qualificações, a filosofia do programa de previsão está sintetizada numa das suas conclusões: "As raízes do nosso sistema de aprendizagem – salas de aula e anfiteatros – remontam às necessidades da era industrial do século XIX. No início do século XXI, é necessário reconstruir o processo de aprendizagem. Apesar de muitas das instituições educativas permanecerem, terão um aspecto muito diferente do actual. Tornar-se-ão ambientes sociais de apoio à aprendizagem eficaz, desempenhando novas funções e com responsabilidades diferentes". sensos. A Índia, Coreia do Sul, África do Sul, Tailândia e vários países latino-americanos estão, actualmente, a levar a cabo exercícios deste tipo. No Reino Unido, um estudo deste género levou à afectação de recursos e criação de incentivos com vista ao fomento das novas tecnologias numa economia madura (caixa 4.1). Nem sempre são os governos a liderar o processo. Na Costa Rica, foram as empresas que tomaram a iniciativa no esforço que levou à decisão da Intel de investir neste país. A Costa Rica conseguiu atrair investimento directo estrangeiro intensivo em tecnologia devido à sua estabilidade social e política, à sua proximidade em relação aos Estados Unidos e à sua força de trabalho altamente qualificada, criada durante décadas de ênfase na educação (caixa 4.2). CRIAR A CONCORR Ê NCIA NOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES Os custos das telecomunicações e da Internet são particularmente elevados nos países em desenvolvimento. As taxas mensais de acesso à Internet correspondem a cerca de 1,2% do rendimento mensal médio do utilizador norte-americano típico, em contraste com os 614% de Madagáscar,1 278% do Nepal, 191% do Bangladeche, ou 60% do Sri Lanka (quadro 4.1).2 Com custos elevados e rendimentos baixos, a chave para a disseminação da Internet em grande parte dos países em desenvolvimento é o acesso comunitário. Computadores, contas de correio electrónico e ligações à Internet são frequentemente repartidos entre vários indivíduos ou famílias. Telecentros, quiosques de Internet e centros de aprendizagem comunitária tornam os telefones, computadores e a Internet mais acessíveis e menos dispendiosos para um maior número de pessoas. Na Tanzânia, a Ademi Communications International fornece o primeiro serviço telefónico fiável. Instalou unidades resistentes e de fácil utilização, capazes de efectuar chamadas locais, de longa distância e internacionais. O sistema sem fios desta empresa é muito flexível, permitindo instalar telefones públicos onde são mais necessários, independentemente da existência de cabos telefónicos. As pequenas empresas dependentes das telecomunicações foram extremamente beneficiadas.3 No Peru, a Red Cientifica Peruana, o maior fornecedor de acesso à Internet deste país, criou uma rede nacional constituída por 27 telecentros.4 Os custos elevados devem-se, em grande parte, ao domínio monopolista do Estado sobre o sector das telecomunicações na maioria destes países. Sem conRELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 CAIXA 4.2 A atracção de investimento directo estrangeiro intensivo em tecnologia na Costa Rica – através de qualificações humanas, estabilidade e infra-estruturas A Costa Rica exporta mais software per capita do que qualquer outro país da América Latina. Duas decisões recentes da Intel contribuíram para o desenvolvimento da indústria nacional. Em primeiro lugar, a Intel decidiu investir na criação de um centro de desenvolvimento de software para a empresa e contribuir para o desenho de semicondutores, ultrapassando os limites de uma velha fábrica de montagem e teste. Em segundo lugar, a Intel investiu, através do seu fundo de capital de risco, numa das mais promissoras empresas de software da Costa Rica. Além disso, estas actividades foram reforçadas pela presença de centros de investigação, ensino e formação, internacionalmente reconhecidos. Como é que a Costa Rica alcançou este sucesso? Um dos elementos decisivos foi a aposta, de longa data, que o país fez na educação. Porém, apesar da sua importância, as qualificações humanas devem ser completadas com outros factores. Após a crise económica do início dos anos de 1980, tornou-se claro que o país tinha de abandonar a substituição de importações. Por isso, orientou-se para a promoção de exportações (e melhor acesso aos mercados dos Estados Unidos), através de dois sistemas de incentivos fiscais: • Um sistema de zonas de processamento das exportações permitiu às empresas importar todos os inputs e equipamento livres de impostos e evitar o pagamento de impostos sobre os rendimentos durante oito anos. Este sistema revelou-se fundamental na atracção de empresas multinacionais de alta tecnologia. • Para ajudar as empresas nacionais a orientarem-se para a exportação, foi-lhes concedido um período livre de impostos sobre os rendimentos, o direito de importar equipamento e inputs livres de impostos e um subsídio igual a 10% do valor das suas exportações. O subsídio foi concebido para compensar os exportadores pelas ineficiências nos serviços públicos, como os portos, electricidade e telecomunicações, e pelos elevados custos dos serviços financeiros, como a banca e seguros. Previsão tecnológica – através de uma organização não governamental Este novo modelo de promoção das exportações foi apoiado desde o início pelo Comité para o Investimento e Desenvolvimento (CINDE) da Costa Rica, uma organização privada não-lucrativa fundada em 1983 por empresários proeminentes, apoiada pelo Governo e financiada por doações de privados. O seu objectivo principal era a promoção do desenvolvimento económico, mas atrair o investimento directo estrangeiro foi sempre a primeira prioridade. No início dos anos de 1990, o CINDE apercebeu-se de que a Costa Rica estava a perder competitividade nos sectores baseados em trabalho não qualificado e que o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA) daria ao México um acesso mais fácil ao mercado dos Estados Unidos. Por isso, decidiu concentrar os seus esforços na atracção de investimento para os sectores que constituiriam uma boa aposta para os níveis educacionais relativamente elevados da Costa Rica. Escolheu a electrónica e actividades relacionadas, indústrias de rápido crescimento que requeriam trabalho qualificado. Entretanto, a Intel começava a procurar um local para instalar uma fábrica de montagem e teste de chips. O CINDE fez campanha pela Costa Rica e, em 1996, a Intel decidiu instalar a sua fábrica neste país. Foram quatro os factores determinantes: • A Costa Rica era um estado de direito, com estabilidade política e social e níveis baixos de corrupção; regras relativamente liberais em relação ao comércio internacional e aos fluxos de capital; força de trabalho relativamente bem instruída e qualificada tecnicamente, mas de baixo custo, e com conhecimentos aceitáveis de Inglês; ambiente "favorável aos negócios"e com uma atitude favorável em relação ao investimento directo estrangeiro; um bom pacote de incentivos; e com boa localização e logística de transportes. • A ênfase crescente da Costa Rica na atracção de investimento directo estrangeiro de alta tecnologia deu credibilidade ao argumento de que este país possuía os recursos humanos exigidos pela Intel. • Uma agência de promoção do investimento estrangeiro agressiva, eficaz e conhecedora (CINDE), com ligações ao Governo, promoveu encontros bem sucedidos entre os executivos da Intel e as autoridades públicas. • O Governo compreendeu a importância do investimento da Intel no país. O Presidente encontrou-se com executivos da empresa e encorajou o resto do Governo a ajudar a Intel. FIGURA 4.1 O custo de estar ligado Custo do acesso mensal à Internet em percentagem do rendimento mensal médio Nepal 278% Bangladeche 191% Butão 80% Sri Lanka 60% Efeitos de interdependência O investimento da Intel teve um forte impacte na capacidade da Costa Rica atrair outros investimentos directos estrangeiros em indústrias de alta tecnologia – e na competitividade geral da economia nas indústrias intensivas em qualificações. A reputação da Intel de seleccionar os locais rigorosamente deu a outras empresas a confiança necessária para investir no país. A Intel também contribuiu através da formação da sua própria força de trabalho e do apoio às universidades. O Instituto Tecnológico da Costa Rica (ITCR) ganhou o estatuto de "Associado da Intel" e diversos novos programas de graduação. E a presença da Intel aumentou o conhecimento sobre as oportunidades de carreira na engenharia e outros campos técnicos. No ITCR, as inscrições em engenharia subiram de 9,5% dos estudantes em 1997, para 12,5% em 2000. Actualmente, a Costa Rica está a seguir uma estratégia que parece gozar de forte apoio dos participantes fundamentais: reconhecimento da necessidade de liberalizar as telecomunicações; melhoramento das infra-estruturas através da participação do sector privado; aperfeiçoamento da protecção dos direitos de propriedade intelectual; e melhoramento do acesso aos mercados externos, através de acordos de comércio livre com países como o Canadá, Chile e México. Algumas das reformas têm encontrado resistências e expressões abertas de desacordo – o que faz parte do debate político numa sociedade plural. Estados Unidos 1,2% Fonte: Cálculos do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano baseados em ITU 2000 e World Bank 2001h. Fonte: Rodríguez-Clare 2001. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 81 corrência, os preços mantêm-se elevados – o que é válido tanto para o aluguer de linhas telefónicas, como para o acesso à Internet ou para as chamadas locais e de longa distância. O desmantelamento destes monopólios faz a diferença. Quando a AT&T, monopolista norte-americana nas chamadas de longa distância, foi desmantelada em 1984, os preços das chamadas telefónicas de longa distância caíram cerca de 40%.5 Em plena crise asiática, o número de assinantes no mercado coreano de telefones móveis duplicou em cada ano, entre 1996 e 1998, apesar do declínio na procura dos consumidores.6 Como foi possível este rápido crescimento? Devido à entrada no mercado de cinco fornecedores concorrentes, que ofereceram crédito acessível e subsídios à aquisição de aparelhos. No Sri Lanka, a concorrência também provocou um aumento no investimento, mais ligações e melhor qualidade de serviço.7 O fornecimento de acesso à Internet ocorre em concorrência na maioria dos países inqueridos num estudo recente (quadro 4.1). Porém, apesar das vantagens dos mercados de telecomunicações concorrenciais, o aluguer de linhas telefónicas e as chamadas locais e de longa distância continuam a ser dominados por monopólios ou duopólios. E muito está ainda por fazer nos mercados mais inovadores, como o serviço de paging, a televisão por cabo ou os telefones móveis digitais. A privatização pode aumentar o nível de concorrência nestes mercados. Mas, só por si, não produz um sector liberalizado e concorrencial. Em muitos países, os monopólios estatais foram substituídos por monopólios privados. E, apesar de muitos países terem privatizado rapidamente as telecomunicações, foram muito mais lentos na construção da capacidade reguladora. A natureza e amplitude das reformas de regulação têm uma grande influência no desempenho das telecomunicações. Por exemplo, ao prosseguir simultaneamente a privatização e a regulação, o Chile O fomento das ligações entre universidades e empresas pode estimular a inovação QUADRO 4.1 Arranjos nas telecomunicações em vários países, por sector, 2000 Número de países Sector Monopólio Telefonia local Longa distância local Longa distância internacional Móvel digital Mercado de móvel por satélite Mercado de fixo por satélite Serviço de Internet 121 134 129 47 32 61 13 Duopólio Concorrência Total inquirido 19 12 16 28 12 14 3 44 36 38 79 65 59 81 184 182 183 154 109 134 97 Fonte: Análise dos dados de 2000 da UIT pelo Centro para o Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard, tal como citado em Kirkman 2001. 82 obteve muito melhores resultados do que as Filipinas, onde a regulação só foi criada numa fase posterior.8 ESTIMULAR A INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Os governos têm a responsabilidade de fomentar a investigação e desenvolvimento (I&D). Parte dela deve ser levada a cabo pelo sector público, especialmente no caso das necessidades da população que o mercado pode não satisfazer. Contudo, os governos não têm de tomar a seu cargo a totalidade da I&D – e podem criar incentivos para outros actores. Na promoção da investigação orientada para a tecnologia, há dois instrumentos que se têm revelado particularmente importantes – as ligações entre universidades e empresas e os incentivos fiscais para promover a I&D das empresas privadas. O fomento das ligações entre universidades e empresas pode estimular a inovação. As empresas de alta tecnologia baseiam-se na criatividade e nos conhecimentos de ponta, bem como na excelência científica e técnica das universidades. Os pólos científicos e tecnológicos são criados quando os empresários decidem instalar as suas empresas na vizinhança de universidades. A Universidade de Tecnologia de Tampere, na Finlândia, liga a Nokia, o Centro de Investigação Técnica da Finlândia e empresas do sector de processamento de madeira. Os industriais das áreas da ciência e tecnologia despendem 20% do seu tempo nas universidades, dando aulas aos estudantes nas suas áreas de competência. O trabalho destes "professores adjuntos" encontra-se na estimulante fronteira entre a indústria e a academia, permitindo aos estudantes compreender a relevância da tecnologia para a indústria.9 Na China, as instituições de ensino superior também apoiam o esforço tecnológico das empresas. A Universidade de Tsinghua criou, em conjunto com a Sino Petrochemical Engineering Company, o Instituto de Engenharia Química e Química Aplicada, que já concedeu mais de 3,6 milhões de dólares para apoiar as actividades de investigação da universidade e já recrutou mais de 100 dos seus licenciados.10 O Programa State Torch visa estimular as empresas a fortalecer as suas ligações com as organizações de investigação, de forma a acelerar o processo de comercialização dos resultados da investigação. As universidades chinesas também têm criado parques de ciência. O Parque Tecnológico de Xangai constitui uma incubadora para a aplicação rápi- RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 da dos resultados do trabalho científico e tecnológico à indústria. Nos anos 90, a China dedicou-se fundamentalmente ao desenvolvimento da indústria de alta tecnologia, através de uma série de programas governamentais de apoio à I&D. Porém, hoje em dia, a China também está a utilizar a I&D para aumentar a produtividade de actividades tradicionais como a agricultura. O Programa Spark difunde as tecnologias nas zonas rurais e ajudar os agricultores a utilizá-las no desenvolvimento da agricultura.11 Os governos utilizam um conjunto de opções de política para estimular a I&D das empresas (caixa 4.3). Uma delas é a provisão de fundos combinados para essas actividades. O governo da Malásia contribui para esses fundos com o equivalente a 125% dos recursos aplicados pelas empresas privadas.12 Outra medida consiste em co-financiar a I&D através de um fundo tecnológico. Neste caso, os fundos são afectados como um empréstimo condicional, a ser reembolsado se os projectos tiverem sucesso, mas sem efeito em caso contrário. CAIXA 4.3 Estratégias para estimular a investigação e desenvolvimento na Ásia Oriental Governos de países da Ásia Oriental têm utilizado uma série de incentivos para estimular a investigação e desenvolvimento (I&D) pelo sector privado, apoiando-se numa combinação de financiamento público e benefícios fiscais para encorajar a I&D no interior das empresas, bem como na colaboração entre agências governamentais, universidades e sector privado. Coreia do Sul O Governo coreano apoiou directamente a I&D privada através de incentivos e de outras formas de apoio. Concedeu às empresas fundos livres de impostos para as actividades de I&D (embora estivessem sujeitos a impostos punitivos se não fossem utilizados dentro de um período determinado). Os fundos também podiam ser investidos no primeiro fundo coreano de capital de risco, a Empresa para o Desenvolvimento Tecnológico da Coreia, ou em esforços de I&D em parceria com institutos públicos de investigação. O Governo concedeu créditos fiscais, permitindo a rápida amortização dos investimentos em instalações de I&D, e redução de impostos e direitos alfandegárias sobre os equipamentos de investigação. Também utilizou outros incentivos fiscais para promover a importação de tecnologias. O Governo concedeu, ainda, subsídios e empréstimos bonificados de longo prazo às empresas participantes em projectos de I&D e benefícios fiscais e fundos públicos aos institutos de I&D, públicos e privados. Porém, o principal estímulo à I&D industrial na Coreia veio menos dos incentivos específicos do que da estratégia global – criação de grandes conglomerados de empresas (chaebol), através da concessão de financiamento, da protecção do mercado interno para lhes proporcionar espaço suficiente para dominarem as tecnologias mais complexas e, posteriormente, da sua orientação para os mercados de exportação através do levantamento de barreiras de protecção. A estratégia coreana de promoção da tecnologia proporcionou às chaebol uma base sólida para a exigente produção de massa. Apesar de muitos aspectos do sis- tema das chaebol terem criado ineficiências e estarem agora a ser reformulados, a Coreia é, ainda assim, um dos mais extraordinários exemplos de rápida transformação tecnológica. Taiwan (Província da China) Tal como na Coreia, o principal estímulo ao desenvolvimento das actividades de I&D em Taiwan (Província da China) veio da orientação para a exportação, combinada com medidas para encaminhar as empresas para actividades mais complexas e reduzir a sua dependência em relação à importação de tecnologia. Mas, o Governo taiwanês não promoveu o crescimento de grandes conglomerados privados. Apesar da estrutura industrial "mais leve" de Taiwan (Província da China) ter resultado num menor crescimento da I&D privada, em comparação com a Coreia, foi também uma fonte de energia – levando à emergência de capacidades de inovação mais flexíveis, mais sensíveis aos mercados e mais amplamente disseminadas pela economia. O Governo começou por apoiar as capacidades locais em I&D no final da década de 1950, quando a dependência crescente do comércio reforçou a necessidade de desenvolver e diversificar as exportações. Em 1979, foi criado um programa de ciência e tecnologia para o desenvolvimento orientado para a energia, automação da produção, ciências da informação e ciências e tecnologias dos materiais. Em 1982, foram acrescentados a esta lista a biotecnologia, a electróptica, o controlo da hepatite e a tecnologia dos alimentos. Para prosseguir o planeamento estratégico, foi lançado um plano de desenvolvimento científico e tecnológico para 1986-95, cuja meta para a I&D era atingir um valor correspondente a 2% do PIB em 1995. Cerca de metade da I&D é financiada pelo Estado. No entanto, a I&D das empresas cresceu, à medida que algumas empresas locais se expandiam e se transformavam em grandes multinacionais. O Governo utilizou, ao longo dos anos, uma variedade de incentivos para estimular essa I&D, incluindo o provimento de capital de risco e de financiamento para as empresas que desenvolvessem produtos industriais estratégicos. O sistema fiscal estabelece a dedução total das despesas com I&D, amortização acelerada do equipamento de investigação e incentivos especiais às empresas instaladas no Parque Científico de Hsinchu. O Governo exige, ainda, às grandes empresas que invistam entre 0,5% e 1,5% das suas vendas em actividades de I&D e lançou consórcios de investigação de grande dimensão, co-financiados pela indústria, para desenvolver produtos fundamentais, tais como motores de automóvel de nova geração ou chips de memória para computadores mais sofisticados. Singapura Em 1991, o Governo de Singapura lançou um plano tecnológico quinquenal, envolvendo 1,1 mil milhões de dólares, para promover o desenvolvimento de sectores como a biotecnologia, microelectrónica, tecnologia dos materiais e as ciências médicas. Para a despesa em I&D, o plano estabeleceu uma meta de 2% do PIB em 1995. Um novo plano, lançado em 1997, duplicou a despesa em ciência e tecnologia, direccionando os fundos para indústrias estratégicas, de forma a assegurar a competitividade futura. Singapura utiliza diversos sistemas para promover a I&D no sector privado. O Programa Cooperativo de Investigação concede subsídios às empresas locais (com participação local de pelo menos 30% das acções) para desenvolverem a sua capacidade tecnológica, através da colaboração com universidades e instituições de investigação. O Sistema de Incentivos à Investigação nas Empresas concede subsídios para o estabelecimento de centros de excelência nas tecnologias estratégicas, abertos a qualquer empresa. O Sistema de Assistência à I&D concede subsídios para produtos específicos e investigação de processos que promovam a competitividade das empresas. E a Comissão Nacional para a Ciência e Tecnologia cria consórcios de investigação para permitir às empresas e institutos de investigação a reunião dos seus recursos de I&D. Em conjunto, estes sistemas permitiram o crescimento da parcela da I&D privada para 65% do total. Fonte: Lall 2001. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 83 ESTIMULAR REPENSAR OS SISTEMAS EDUCATIVOS PARA O ESP Í RITO EMPREENDEDOR ENFRENTAR OS NOVOS DESAFIOS DA ERA DAS REDES A qualidade e orientação do ensino, em cada nível, são decisivas para o domínio da tecnologia 84 Para além de promoverem a I&D, as ligações fortes entre a indústria e a academia também podem estimular o espírito empreendedor. O Centro para a Inovação e Empreendimento, uma unidade autónoma da Universidade de Limköping na Suécia, ligada à Fundação para o Desenvolvimento das Pequenas Empresas dessa cidade, tem aplicado o conhecimento técnico e recursos financeiros para estimular o crescimento e desenvolvimento de empresas de base tecnológica.13 O capital de risco também pode estimular o espírito empreendedor, não sendo surpreendente que os Estados Unidos dominem neste campo. Contudo, outros países onde a inovação se tornou importante, como Israel e a Índia, também têm mercados de capitais de risco francamente desenvolvidos.14 Em 1986, existiam apenas dois fundos de capitais de risco em Israel, que reuniam menos de 30 milhões de dólares de activos passíveis de serem investidos. Actualmente, cerca de 150 empresas de capital de risco gerem quase 5 mil milhões de dólares de capitais de risco e acções privadas. O mercado descolou no início dos anos 90, quando o Governo criou uma empresa de capital de risco, a Yozma, com o objectivo de agir como catalisador da indústria emergente. Com um orçamento de 100 milhões de dólares, a Yozma investiu em empresas locais e atraiu capitais estrangeiros da Europa e dos Estados Unidos. O fundo Yozma é um modelo para a criação de capital de risco e indústria de alta tecnologia conduzida pelo Estado. Na Índia, os investimentos anuais em capital de risco alcançaram os 350 milhões de dólares em 1999, com a maior parte concentrada nos pólos tecnológicos do Sul e Oeste do país. O governo desenvolveu linhas de orientação política para fomentar o capital de risco e a Associação Nacional das Empresas de Software e Serviços estima que, até 2008, poderão estar disponíveis cerca de 10 mil milhões de dólares em capital de risco. Tanto na Índia como em Israel, o governo desempenhou um papel importante na criação de uma indústria de capital de risco e no estímulo à inovação, mas a existência de um sector financeiro desenvolvido foi uma pré-condição para atrair o capital de risco. Entre outros elementos que também foram essenciais, contam-se as fortes ligações a empresários e investidores de capital de risco nos Estados Unidos e sistemas educativos que produzem números consideráveis de pessoas altamente qualificadas, gerando uma massa crítica para as actividades inovadoras. Para dar vida a um ambiente de criatividade tecnológica, é necessário que as pessoas tenham qualificações técnicas e que os governos invistam no desenvolvimento dessas qualificações. As transformações tecnológicas actuais aumentam o valor dessas qualificações e modificam a procura de diferentes tipos de qualificações. Isso obriga a repensar as políticas de educação e de formação. Em alguns países, os sistemas precisam ser totalmente reformulados. Noutros, basta uma reorientação dos fundos públicos. Quanto deverá caber à educação pública? E à ciência? E ao ensino formal? E para o ensino profissional? Trata-se, com efeito, de decisões difíceis. ÊNFASE CRESCENTE NA QUALIDADE Não basta aumentar a quantidade de recursos e as taxas de escolarização. A qualidade e orientação do ensino, em cada nível, e a sua relação com a procura de qualificações são decisivos para o domínio da tecnologia. O ensino primário universal é essencial. Ela desenvolve algumas das capacidades mais básicas para o desenvolvimento humano. E cria uma base de literacia (textual e quantitativa) que habilita as pessoas a serem mais inovadoras e produtivas. Embora a maior parte dos países no escalão baixo do desenvolvimento humano apresentem taxas de escolarização primária líquida inferiores a 60%, muitos outros países em desenvolvimento quase alcançaram a escolarização primária universal (ver quadro de indicadores 10). Os ensinos secundário e superior também são decisivos para o desenvolvimento tecnológico. O ensino universitário produz indivíduos altamente qualificados que colhem benefícios através de salários mais elevados. Mas também é decisivo para a criação da capacidade nacional de inovação, para a adaptação da tecnologia às necessidades do país e para a gestão dos riscos da mudança tecnológica – benefícios que atingem toda a sociedade. Em 1995, as taxas brutas de escolarização nos países em desenvolvimento eram, em média, de 54% no ensino secundário e de 9% no ensino superior, em contraste com os valores de 107% e 64%, respectivamente, nos países da OCDE de rendimento elevado.15 Não basta aumentar a quantidade do ensino, pois é a baixa qualidade das escolas secundárias que conduz a baixas taxas de conclusão em muitos países – e, consequentemente, a baixas taxas de escolariza- RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 ção no ensino superior. Coreia e Singapura basearam os seus níveis elevados de escolarização universitária em taxas elevadas de conclusão do ensino secundário, em escolas de qualidade. Nos testes de matemática para comparação internacional, são os estudantes de Singapura, Coreia, Japão e Hong Kong (China, RAE) que apresentam os melhores resultados. A África do Sul e a Colômbia, em contrapartida, obtiveram resultados bastante abaixo da média internacional.16 Algumas das diferenças entre países reflectem diferenças de rendimento, mas isso não explica tudo. A Coreia posiciona-se, nestes testes, acima de países com o dobro do seu PIB per capita, tal como a Noruega. As comparações internacionais, apesar de todos os seus problemas, têm duas vantagens importantes. Em primeiro lugar, deslocam o debate da avaliação dos meios, como os orçamentos da educação, para a avaliação dos resultados. Em segundo lugar, obrigam os decisores políticos a procurar formas mais sofisticadas de medir a qualidade das qualificações. Por exemplo, diversos países estabeleceram padrões locais e nacionais para avaliação dos resultados. Podem não ser internacionalmente comparáveis, mas estabelecem níveis de referência importantes. As avaliações com base nestes padrões tornam claro que, ao nível do ensino primário e secundário, os países em desenvolvimento precisam aumentar o tempo de ensino de ciências e matemática, decisivo para a melhoria do desempenho dos alunos nestas matérias.17 O Chile está a dar passos importantes para melhorar a qualidade do ensino, avaliando a qualidade dos resultados e provendo recursos e incentivos (caixa 4.4). E a Ásia Oriental demonstrou que a orientação tecnológica e o conteúdo do ensino são tão importantes como o aumento dos recursos (caixa 4.5). Nas economias avançadas, a reforma do ensino colocou uma nova ênfase no auxílio à adaptação das pessoas às novas procuras de qualificações que acompanham as mudanças nos padrões de emprego. Os estudantes são encorajados a manter em aberto as suas opções de formação e carreira. Na Dinamarca, os cursos gerais inseridos em programas profissionais abriram novos caminhos de acesso ao ensino superior. No Reino Unido, os sistemas de avaliação permitem que os estudantes escolham matérias tanto dos programas gerais como dos profissionais. Na Finlândia, o governo elevou o estatuto do ensino profissional e aumentou os recursos públicos destinados à formação em exercício. Desde 1999, todos os cursos profissionais de três anos são obrigados a proporcionar, a todos os estudantes, seis meses de experiência de trabalho.18 UTILIZAR TECNOLOGIA PARA MELHORAR A QUALIDADE Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicações, tornou-se decisivo o ensino de qualificações básicas de informática às crianças. A principal preocupação para os países em desenvolvimento é a falta de recursos – tanto físicos como humanos – para assegurar equipamento adequado e ensino eficiente dessas qualificações nas escolas. O custo de um computador é superior ao rendimento anual da maioria das pessoas nos países em desenvolvimento – e os professores precisam de receber formação para utilizar novos materiais de ensino. No entanto, as tecnologias de informação e comunicações também trazem novas possibilidades de melhorar a qualidade do ensino a baixo custo. Nos países em desenvolvimento, tem-se observado uma proliferação CAIXA 4.4 Um impulso à qualidade do ensino no Chile – avaliação dos resultados e criação de incentivos O Chile está a fazer um esforço concertado para melhorar a qualidade do ensino. As principais medidas representam uma mudança nas suas políticas de educação, passando da ênfase nos meios para a preocupação com os resultados: • Avaliação nacional. Um sistema compreensivo e padronizado de testes – Sistema de Medición de la Calidad de la Educación (SIMCE) – avalia, de dois em dois anos, as qualificações em Espanhol e matemática dos estudantes dos 4º e 8º anos e monitoriza os progressos das escolas na melhoria desses resultados. • Discriminação positiva. Um programa público, conhecido como o Programa P900, orienta o apoio – desde novos manuais e materiais escolares, até apoio especializado aos professores – às 900 escolas primárias mais pobres. • Recompensas. Um sistema nacional de avaliação do desempenho das escolas financiadas pelo Estado – Sistema Nacional de Evaluación del Desempeño de los Establecimientos Educacionales Subvencionados (SNED) – concede prémios a todos os professores de uma escola, com base nos resultados dos estudantes. Os resultados da avaliação do SIMCE são disponibilizados e publicados nos principais jornais, servindo vários propósitos: • Os decisores políticos utilizam os resultados para comparar o desempenho das várias escolas a nível nacional e identificar as escolas que requerem especial atenção. • As escolas utilizam os bons resultados para se publicitarem e atraírem mais estudantes. • Os pais utilizam os resultados para os ajudar a escolher a melhor escola para os seus filhos. Os resultados do SIMCE são, também, usados para avaliar o ritmo de progresso das crianças que frequentam escolas pertencentes ao Programa P900. As escolas cuja melhoria de resultados é suficiente para serem "graduadas", passam a estar integradas no programa principal de reforma do ensino primário e são substituídas por outras no Programa P900. O SNED estabeleceu a concorrência entre escolas cuja população estudantil e nível sócio-económico são relativamente semelhantes. Cerca de 31.000 professores receberam prémios em cada uma das duas primeiras fases de atribuição dos prémios SNED. Muitos pais, professores e directores escolares crêem que este sistema de padrões exteriores e de avaliação constitui uma boa forma de medição do desempenho das escolas. Outros consideram que o SIMCE é injusto, particularmente para com as escolas e estudantes de bairros pobres. Apesar da controvérsia, o Chile está a dar passos claros em direcção a um sistema de ensino mais orientado para a qualidade. Fonte: Carlson 2000; King e Buchert 1999; OECD 2000c; Chile Ministry of Education 2001. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 85 de tentativas para disseminar as novas tecnologias pelos estabelecimentos de ensino, de forma não dispendiosa. • A Costa Rica lançou, em 1998, um programa denominado "computadores no ensino", com o objectivo de melhorar a qualidade do ensino nas escolas primárias. Este programa utiliza uma abordagem pedagógica imaginativa para encorajar a interacção entre crianças e desenvolver as qualificações cognitivas. O objectivo é ajudar a transformar a educação, através de mudanças na aprendizagem e ensino trazi- das pela utilização de computadores, pela formação dos professores e pelo entusiasmo resultante da auto-aprendizagem, consolidação de conhecimentos e resolução de problemas por parte das crianças. Este programa foi concebido para abranger um terço das crianças que frequentam o ensino primário, proporcionando cerca de 80 minutos de acesso a computadores em cada semana. Os inquéritos aos professores confirmam que se tem registado uma melhoria no desempenho dos alunos.19 CAIXA 4.5 A orientação e o conteúdo são tão importantes como os recursos – lições das estratégias de educação na Ásia Oriental Ao longo das quatro últimas décadas, os "tigres" da Ásia Oriental – Hong Kong (China, RAE), Coreia do Sul, Singapura e Taiwan (Província da China) – alcançaram um rápido desenvolvimento das qualificações humanas, preparando as suas populações para um rápido progresso na adaptação de novas tecnologias. Os seus sucessos sugerem algumas estratégias que os países menos desenvolvidos poderiam ter em conta e adaptar às suas próprias circunstâncias. Uma lição fundamental: a orientação e o conteúdo da educação são tão importantes como a afectação de recursos. Estes países não só investiram no ensino básico mas, também, apostaram em currículos orientados para a tecnologia nos níveis mais elevados de ensino. Estes investimentos nas qualificações eram parte de uma estratégia de desenvolvimento conduzido pelas exportações, que forneceu os sinais da procura em relação às qualificações necessárias para melhorar a competitividade. A despesa pública de educação era muito baixa na Ásia Oriental, à volta de 2,5% do PIB em 1960, na maior parte dos países. Em 1997, a média regional era ainda de apenas 2,9%, bem menos do que a média de 3,9% no total dos países em desenvolvimento e a média de 5,1% na África Subsariana. No entanto, à medida que os países da região cresciam rapidamente, também crescia o nível absoluto de despesas com a educação. E a despesa de educação também se expandiu enquanto proporção do rendimento nacional, em parte através do crescimento da despesa privada. Evolução das prioridades nas estratégias de educação A Ásia Oriental deu prioridade ao ensino básico logo na fase inicial do seu desenvolvimento, alcançando a escolaridade básica universal no final dos anos de 1970. Este facto facilitou a sua concentração na melhoria da qualidade e no aumento dos recursos para o 2º ciclo do secundário e para o ensino superior. No ensino superior, as taxas de escolarização permaneceram abaixo dos 10% até 1975, contrastando desfavoravelmente com os valores da América Latina. Mas, à medida que os países se desenvolviam, aumentava a necessidade de trabalhadores mais qualificados e instruídos – e o ensino superior cresceu rapidamente, sobretudo depois de 1980. Na Coreia, a taxa de escolarização superior elevou-se de 16% em 1980 para 39% em 1990 e 68% em 1996. Financiamento privado do ensino pós-básico A Ásia Oriental adoptou uma abordagem original do financiamento da educação, apoiando-se em fontes privadas para uma fatia relativamente grande da despesa, em particular no último ciclo do secundário e no superior. E alguns países dependeram largamente do sector privado para prover o ensino superior. Na Coreia, em 1993, as instituições privadas foram responsáveis por 61% das inscrições no 2º ciclo do secundário e 81% no ensino superior. O papel predominante do sector privado na oferta de ensino levanta questões importantes sobre a equidade no acesso. Os países têm adoptado diferentes abordagens para enfrentar esta questão. A Coreia orienta os recursos públicos para o ensino básico e é mais selectiva em relação à combinação de recursos públicos e privados para os níveis superiores. Singapura mantém um envolvimento relativamente forte do Estado na administração e financiamento da educação, em todos os níveis. Os dados disponíveis mostram que as instituições financiadas pelo sector privado têm custos unitários de funcionamento mais baixos. Nem todos os países em desenvolvimento podem apoiar-se no financiamento privado, mas a combinação dos financiamentos público e privado nos níveis mais elevados de ensino com o financiamento público no ensino primário e 1º ciclo do secundário constitui uma opção – desde que a possibilidade de acesso ao ensino superior esteja assegurada aos jovens pobres. Neste caso, os donativos, empréstimos e subsídios podem ter um papel muito útil. Rácios aluno-professor elevados mas salários atractivos para os professores As classes de pequena dimensão e a elevada qualidade dos professores são considerados como factores que melhoram a realização dos alunos. No entanto, os governos da Ásia Oriental optaram por uma es- tratégia que combina professores altamente qualificados e bem remunerados com mais estudantes. Na Coreia, em 1975, os rácios aluno-professor excediam 55 no ensino primário e 35 no ensino secundário, comparado com as médias de 36 e 22, respectivamente, dos países em desenvolvimento. Mas, a Coreia também paga aos seus professores do início e do meio de carreira salários mais elevados, em relação ao PNB per capita, do que os de qualquer outro país da OCDE. Aprendizagem ao longo da vida A formação contínua foi considerada como decisiva para o desenvolvimento das qualificações humanas, num contexto de rápida mudança tecnológica. À medida que os países da Ásia Oriental se tornavam mais sofisticados, os governos e as empresas foram confrontados com pressões no sentido da provisão de sistemas de ensino e formação eficazes. Na Coreia, em 1967, na sequência da entrada em vigor da Lei de Formação Profissional, o Governo criou institutos públicos de formação profissional bem equipados e programas subsidiados de formação nas empresas. Nos anos de 1970, quando o Governo procurava desenvolver as indústrias pesadas e químicas, promoveu escolas secundárias profissionais e escolas técnicas pré-universitários para satisfazer a procura crescente de técnicos. O Governo também criou instituições públicas de ensino e investigação para oferecer cientistas e engenheiros de qualidade elevada, como o Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia, em 1967, e o Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia, em 1971. O Governo de Singapura tomou iniciativas semelhantes, lançando uma série de programas de formação – Ensino Básico para a Formação de Qualificações, em 1983, Formação Modular de Qualificações, em 1987, e Qualificações Nucleares para a Eficiência e a Mudança, em 1987. Nos anos de 1990, o Governo também orientou o desenvolvimento da indústria de tecnologias de informação e comunicações, apoiando os estudos nesta área realizados pelas instituições superiores e construindo institutos de formação especializada, bem como institutos em joint-venture com empresas privadas. Fonte: World Bank 1993; Lee 2001; Lall 2001. 86 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 • No Brasil, um programa escolar comunitário tem vindo a permitir a utilização de computadores por parte dos jovens das comunidades pobres. O Comité para a Democracia Informática (CDI), uma organização não lucrativa, tem vindo a ajudar as comunidades a criar escolas auto-suficientes de "informática e cidadania". As comunidades interessadas em criar uma escola têm de passar por um processo rigoroso que visa assegurar que, uma vez terminado o apoio do CDI, a escola é viável. O CDI oferece assistência técnica gratuita durante três a seis meses, forma os monitores, colabora com a escola na obtenção dos donativos iniciais de hardware e, então, ajuda a escola a instalar os computadores. Depois da escola ter sido seleccionada, o CDI actua como parceiro e consultor, mas não gere o programa. O CDI tem adaptado os seus métodos para atingir comunidades tão díspares como as crianças de rua e os grupos indígenas. Em resultado do seu trabalho em parceria com as associações comunitárias, mais de 35.000 crianças e jovens, em 208 escolas de 30 cidades, receberam já formação básica na utilização de computadores. A maioria das escolas cobra aos estudantes uma propina mensal simbólica de 4 dólares, equivalente ao custo de cinco viagens de ida e volta de metro no Rio de Janeiro, para garantir o seu empenho.20 Uma interessante abordagem à melhoria do acesso e utilização da Internet apoia-se nas iniciativas de criação de redes entre as várias escolas, ou "redes de escola". Alguns países em desenvolvimento, entre os quais o Chile, Tailândia e África do Sul, estabeleceram o acesso generalizado das escolas à Internet através da criação de redes nacionais. • No Chile, o projecto Enlaces permitiu a criação de uma rede que liga cerca de 5.000 escolas primárias e secundárias. As escolas recebem equipamento, formação, software de apoio ao ensino e apoio permanente por parte duma rede de assistência técnica constituída por 35 universidades chilenas, coordenadas pelo Ministério da Educação. O objectivo é ligar em rede a totalidade das escolas secundárias e metade dos estabelecimentos de ensino básico. A rede Enlaces dá acesso ao correio electrónico e a materiais de ensino através da rede de telefones públicos, tirando partido do reduzido custo das chamadas nocturnas. Finalmente, La Plaza, um software interface padronizado, desenvolvido localmente, fornece um "ponto de encontro" virtual para professores e alunos.21 • A Tailândia foi o primeiro país do Sudeste Asiático a desenvolver uma rede nacional gratuita destinada ao ensino: a SchoolNet@1509. Com apenas 120 linhas de telefone automático, a rede viu-se obrigada a criar um sistema de optimização da utilização das linhas: a cada escola coube uma conta para navegação na Web e não mais de duas para a criação de sítios próprios, estando o acesso total limitado a 40 horas mensais. Foi, também, criado um conjunto de páginas na Web, com o objectivo de sensibilizar as escolas para a existência da rede e de disponibilizar conteúdos de origem tailandesa na Internet.22 • A Rede Escolar Sul-Africana (SchoolNetSA) é um exemplo interessante pela sua estrutura e parcerias. Esta rede, que abrange várias províncias, proporciona serviços da Internet às escolas locais: ligações, administração de domínios, correio electrónico e apoio técnico. A SchoolNetSA desenvolveu, ainda, um conjunto de conteúdos educativos em-linha, tendo muitas escolas criado as suas próprias páginas Web.23 Certas tecnologias, como o CD-ROM, rádio ou televisão por cabo – ou combinações de várias delas – podem ser utilizadas em conjunto com a Internet de forma a expandir o se alcance. A Rádio Comunitária Kothmale, no Sri Lanka, utiliza a rádio como um porta de entrada na Internet para os seus ouvintes de comunidades rurais remotas. As crianças, ou os seus professores, enviam pedidos de informação sobre assuntos escolares para os quais não existe informação local; os restantes ouvintes podem também apresentar pedidos. De seguida, os responsáveis da estação procuram essa informação na Internet, procedem ao carregamento do ficheiro e disponibilizam-no através da concepção de uma emissão de rádio em torno do tema, do envio por correio para a escola, ou colocando-o no centro de recursos de livre acesso da estação de rádio. Este centro de recursos proporciona acesso livre à Internet e a uma biblioteca com bases de dados para computador, CD-ROM, literatura retirada da Internet e materiais de impressão. Este acesso mediado coloca os recursos da Internet à disposição das comunidades rurais e das desfavorecidas. A retransmissão para a comunidade pode difundir a informação em línguas locais, em vez do inglês, que é a língua dominante da Internet.24 A cooperação regional e mundial pode reduzir os custos de acesso à Internet. Com efeito, o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação proporciona os instrumentos necessários à aprendizagem através de uma rede global. E as tecnologias sem fios permitem o acesso às redes por parte dos países em desenvolvimento, cujas infra-estruturas de telecomunicações são escassas. Espera-se que o lançamento de um sistema de satélite pan-africano, no final de 2001, permita melhorar a qualidade e reduzir o preço do serviço de redes para os países africanos. Os sistemas de ensino à distância através de satélite podem proporcionar às nações pobres o acesso ao ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA Muitas universidades dos países em desenvolvimento estão a experimentar ou a executar sistemas de educação baseados na Web 87 Quando a tecnologia está em mudança, as empresas têm de investir na formação dos trabalhadores para permanecerem competitivas ensino e formação de qualidade superior dos países desenvolvidos. Iniciativas deste género podem constituir soluções eficientes em custo para reduzir a "desigualdade digital" entre os países. Muitas universidades dos países em desenvolvimento estão a experimentar ou a executar sistemas de educação baseados na Web. • A Universidade do Botswana avaliou dois métodos de ensino à distância: um curso baseado na Internet, gratuito, com a duração de três meses e um curso baseado em vídeo com a duração de uma semana. O curso através da Internet provocou uma melhoria de cerca de 49% nos resultados dos testes, tendo o mesmo sucedido com o curso através de vídeo, sugerindo aos avaliadores que ambas as tecnologias têm potencial para o ensino à distância.25 • A Universidade Nacional Indira Gandhi, fundada em 1985, tem desenvolvido as suas capacidades na área das comunicações para facultar ensino e formação ao longo da vida, particularmente aos habitantes de zonas rurais e remotas. O seu sofisticado centro de meios de comunicação está dotado com um sistema de comunicações por satélite e todos os seus centros de ensino estão equipados com computadores e acesso ao correio electrónico. O seu sítio na Internet, fornece informação geral e materiais de apoio para todos os programas. A Internet serve um número crescente de estudantes, apesar de ser apenas uma pequena parte de um sistema que utiliza uma vasta gama de tecnologias de comunicação, incluindo rádio, televisão, televisão por cabo e teleconferência.26 Outras comunidades desenvolveram o conceito de "universidade virtual", usando a Internet como "ponto de encontro" de estudantes, professores e investigadores. A Universidade Virtual Francófona, que trabalha com universidades de países em desenvolvimento, apoia o ensino à distância através de aconselhamento, assistência e materiais educativos. Em 1998, um primeiro anúncio para propostas resultou no financiamento de 26 proQUADRO 4.2 Empresas que facultam formação em países em desenvolvimento seleccionados Percentagem País, ano Colômbia, 1992 Indonésia, 1992 Malásia, 1994 México, 1994 Formação informal Formação formal 76 19 83 11 50 19 35 11 Fonte: Tan e Batra 1995, citado em Lall 2001. 88 jectos, a maior parte com base na Internet. Actualmente, estão a ser analisadas mais 132 propostas de 16 países.27 FORMAÇÃO EM EXERC Í CIO COMO FORMA DE APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA O ensino formal é apenas uma parte do sistema de criação de qualificações. A formação profissional e a formação em exercício são igualmente importantes. Quando a tecnologia está em mudança, as empresas têm de investir na formação dos trabalhadores para permanecerem competitivas. É mais provável que o façam quando os seus trabalhadores têm melhor instrução de início, pois isso reduz o custo da aquisição de novas qualificações. Diversos estudos – na Colômbia, Indonésia, Malásia e México – têm mostrado o enorme impacte da formação em exercício sobre a produtividade da empresa. Essa formação pode constituir uma forma eficaz e económica de desenvolver as qualificações da força de trabalho, particularmente quando os empregadores estão bem informados sobre as qualificações necessárias. Alguns empregadores também podem dispor de competências e recursos para facultar formação, tanto nas qualificações tradicionais, como nas emergentes. Os custos de formação nas empresas tendem a ser baixos quando comparados com os da formação formal, apesar dos empregadores perderem parte dos benefícios se os empregados saírem. Diversos estudos sugerem que a formação feita na empresa gera retornos privados mais elevados do que outros tipos de formação pós-escolar, tanto nos países em desenvolvimento como nos industrializados.28 A formação dentro da própria empresa é também um complemento essencial para os novos investimentos em tecnologia, instalações e equipamento. Um grande número de estudos efectuados em países industrializados sugere que a escassez de qualificações adequadas é uma forte restrição à adopção de novas tecnologias, enquanto uma força de trabalho adequadamente formada permite acelerar a sua adopção.29 Apesar dos ganhos evidentes de produtividade resultantes da formação, nem todos os empregadores estão dispostos a facultá-la. A formação envolve custos – em materiais, tempo e sacrifício da produção. Na Colômbia, Indonésia, Malásia e México, uma parte considerável das empresas não oferece formação aos trabalhadores (quadro 4.2). Entre as pequenas e médias empresas, mais de metade não oferece formação estruturada RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 ou formal e mais de um terço não faculta formação informal. Gestão fraca, custos da formação elevados, incapacidade de explorar economias de escala na formação, escassez de informação sobre as vantagens da formação, imperfeições do mercado e ausência de pressões da concorrência – são razões que explicam a insuficiente oferta de formação pelas empresas. ESCOLHA DE POL Í TICAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DA FORMAÇÃO O desenvolvimento das qualificações requer intervenção política – de várias formas. Os governos podem criar centros de formação com envolvimento do sector privado. Podem, também, utilizar incentivos fiscais ou donativos combinados para encorajar as associações empresariais a criar e administrar esses centros. Na Ásia Oriental, as associações empresariais oferecem muitos e valiosos serviços técnicos e de formação. Digno de consideração é, também, a criação de benefícios fiscais significativos para as empresas mais pequenas investirem na formação (Malásia e Tailândia permitem deduções de 200% nos impostos).30 E os governos podem, ainda, patrocinar unidades de coordenação para apoiar a interacção, com representação maioritária do sector privado para assegurar que as necessidades da indústria são consideradas na concepção dos currículos de formação. Uma estratégia compreensiva para a criação de qualificações deve enfrentar o conjunto dos fracassos do mercado, através de uma combinação de políticas institucionais e outras. Exemplos desses fracassos incluem a falta de informação sobre as necessidades das empresas na indústria e sobre os interesses dos estudantes, incentivos inadequados para os formadores, baixas qualificações de instrução entre os empregadores e gestores, baixa capacidade de absorção entre os trabalhadores pouco instruídos e incapacidade para construir programas de formação eficientes, de acordo com as qualificações em transformação e as necessidades tecnológicas. Veja-se o exemplo de Singapura, em que o financiamento público e incentivos para o desenvolvimento de qualificações ao longo da vida procuram ultrapassar as deficiências do mercado (caixa 4.6). Quais são algumas das políticas fundamentais que os países em desenvolvimento devem considerar para elevar as qualificações? • Fazer um balanço compreensivo das provisões e necessidades de qualificação, de forma regular e não esporádica. Padrões internacionais de referência poderão ser utilizados para avaliar as necessidades de qualificações. Aliás, poder-se-á justificar o desenvolvimento di- reccionado de novas qualificações que, provavelmente, serão decisivas para a competitividade futura, em áreas como o processamento alimentar, indústrias com processos capital-intensivos e engenharia eléctrica e electrónica. Estes estudos poderão ser levados a cabo conjuntamente pelas associações empresariais, instituições académicas e pelo governo. • Direccionar informação especial e programas de incentivos para as pequenas e médias empresas, para encorajá-las a investir na formação. Os governos poderão apostar em sistemas tutoriais, nos quais os profissionais mais experientes ensinam os métodos tradicionais aos jovens, aperfeiçoando estes sistemas através da criação de centros de formação e de subsídios à formação por parte das pequenas e médias empresas. • Proporcionar aos diplomados recentes do ensino secundário formação parcialmente financiada em centros privados acreditados, quer encorajando a aquisição de qualificações, quer ajudando a criar um mercado privado de formação. • Apesar da maior parte destes exemplos dizerem respeito à formação nos sectores urbano, industrial e de serviços, lições semelhantes são aplicáveis à agricul- O desenvolvimento das qualificações requer intervenção política, de várias formas CAIXA 4.6 Criação de incentivos à formação de alta qualidade em Singapura O Governo de Singapura investiu fortemente no desenvolvimento de qualificações de alto nível. Expandiu o sistema universitário do país e orientou-o para as necessidades da sua política industrial, mudando a especialização das ciências sociais para a ciência e tecnologia. Neste processo, o Governo exerceu um controlo apertado sobre o conteúdo e a qualidade dos currículos, assegurando a sua relevância para as actividades industriais que estavam a ser promovidas. O Governo realizou, também, um esforço considerável para desenvolver o sistema de formação para a indústria, hoje considerado um dos melhores do mundo para a produção de alta tecnologia. O Fundo para o Desenvolvimento das Qualificações, criado em 1979, cobra aos empregadores uma taxa de 1% sobre os salários pagos, para subsidiar a formação dos trabalhadores de baixos salários. Os quatro institutos politécnicos de Singapura, que procuram responder à necessidade de qualificações técnicas e de gestão de nível intermédio, colaboram estreitamente com as empresas na concepção de novos cursos e na oferta de formação prática. Além disso, com o apoio do Governo, no âmbito do Programa de Formação Baseada na Indústria, os empregadores orientam cur- sos de formação adaptados às suas necessidades. E o Conselho do Desenvolvimento Económico avalia, continuamente, as necessidades de qualificações emergentes, através de consultas às empresas líderes, e organiza cursos especializados. O investimento nacional na formação atingiu, em 1995, 3,6% do total anual de salários e o Governo pretende uma subida para 4%. Estes valores não se comparam com a média de 1,8% no Reino Unido. O impacte inicial do programa foi sentido sobretudo pelas grandes empresas. Mas, os esforços para aumentar o nível de conhecimento das pequenas empresas sobre os cursos de formação e para apoiar as associações empresariais aumentou o impacte sobre as empresas de menor dimensão. Para expandir os benefícios, foi introduzido um sistema de consultoria para o desenvolvimento, para prover as pequenas e médias empresas com subsídios para consultorias de curto prazo em gestão, know-how técnico, desenvolvimento de negócios e formação de pessoal. Como resultado de todos estes esforços, a força de trabalho deslocou-se significativamente para ocupações altamente qualificadas, com a parcela dos trabalhadores especializados e técnicos aumentado de 15,7% em 1990, para 23,1% em 1995. Fonte: Lall 2001. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 89 tura, onde os trabalhadores dos serviços de extensão, os investigadores e outros envolvidos no aperfeiçoamento tecnológico também precisam de formação. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO – ESCOLHAS DIF Í CEIS O financiamento da educação requer uma combinação de responsabilidades públicas e privadas 90 Os investimentos públicos na aprendizagem produzem retornos elevados para o conjunto da sociedade. Mas, para que áreas deverá, cada país, dirigir os seus investimentos? Será que as transformações tecnológicas actuais tornam os retornos da formação secundária e superior tão elevados como os da formação primária? Se assim for, como deverá ser distribuída a despesa entre os sistemas primário, secundário e superior? E existem formas de aumentar os fluxos de recursos para a educação, para além da simples expansão da despesa pública? Os benefícios sociais da instrução primária – tais como fertilidade mais baixa e melhor saúde para mães e filhos – tornaram a universalidade do ensino primário um objectivo em todo o mundo. Mas, os países em desenvolvimento não podem ignorar o ensino secundário e pós-secundário, apesar dos benefícios sociais dos investimentos a esses níveis não estarem tão bem documentados. É difícil encontrar o equilíbrio adequado. Quais são os indicadores que os países podem usar para os ajudar a escolher a melhor política? A proporção do rendimento nacional gasto com a educação em relação, por exemplo, à defesa e à saúde é apenas um começo. Este indicador deverá ser completado com outros, tais como o rácio entre os salários dos professores e os rendimentos médios. Os salários dos professores diferem significativamente de país para país. No Uruguai, por exemplo, o salário oficial de um professor experiente da primeira fase do ensino secundário público é apenas 80% (7.458 dólares PPC) do rendimento médio. Na Jordânia, um professor com a mesma experiência pode ganhar quase 3,5 vezes o rendimento médio nacional (11.594 dólares PPC) . Oferecer salários iniciais que rondam o rendimento médio, ou mesmo inferiores, torna difícil atrair professores qualificados suficientes. Um indicador importante para o ensino superior é a taxa de escolarização nas áreas técnicas, como as ciências, engenharia, matemática e computação. Alguns países em desenvolvimento tiveram um sucesso notável no aumento dessas escolarizações. Por exemplo, em 1995, dos 3 milhões de estudantes inscritos em universidades dos quatro "tigres" da Ásia Oriental – Hong Kong (China, RAE), Coreia do Sul, Singapura e Taiwan (Província da China) – mais de 1 milhão estavam nas áreas técnicas. Tanto a China como a Índia têm mais de um milhão de estudantes inscritos em áreas técnicas. Estes níveis elevados de escolarização geram uma massa crítica de pessoal qualificado. Contudo, existem fortes disparidades entre os países. Enquanto na Coreia do Sul, em 1997, a taxa de escolarização superior bruta em ciências e áreas técnicas era de 23,2%, esta mesma taxa correspondia, em 1996, a apenas 1,6% no Botswana e a apenas 0,2% no Burkina Faso (ver quadro anexo A2.1 do capítulo 2). O ensino superior é caro – demasiado caro para muitos países pobres. Isto leva a algumas questões de política muito difíceis. Que qualificações devem os países adquirir quando enviam estudantes para o estrangeiro? Que áreas exigem recursos públicos e que áreas podem ser financiadas pelo sector privado? A lógica do financiamento público do ensino secundário é incontestável e o ensino pós-secundário também não pode ser ignorado pelos governos. Mas o financiamento público deve ser dirigido para as ciências, saúde pública, agricultura e outros campos em que a inovação e adaptação tecnológica geram fortes externalidades positivas para o conjunto da sociedade. Para alguns países em desenvolvimento, a inserção em redes regionais e mundiais de universidades fará sentido durante algumas décadas. Porém, a longo prazo, a maior parte terá necessidade de criar as suas próprias universidades e centros de investigação. Actualmente, grande parte dos países em desenvolvimento consagra já uma parcela substancial dos recursos públicos à educação (ver quadro 4.3). Porém, em todo o mundo, vários países consideram que têm necessidade de financiar o desenvolvimento das qualificações através de uma combinação de recursos públicos, financiamentos privados e contribuições individuais directas. Eis algumas escolhas de política: • Manter a responsabilidade pública de financiamento do ensino básico, ficando a educação primária obrigatória a cargo do Estado. De um total de 196 países, 172 já aprovaram leis que tornam obrigatória a instrução primária.33 Estas leis nem sempre foram plenamente executadas. • Reavaliar até que ponto os indivíduos devem pagar por certos cursos do ensino superior. No caso dos cursos que geram elevados retornos privados, talvez faça sentido a recuperação dos custos. Por exemplo, os cursos de Gestão e Direito podem ser avaliados de forma a reflectir o valor de mercado destes diplomas. • Estimular a oferta privada de certos serviços de educação, especialmente ao nível pós-secundário. A dimensão da despesa privada de educação varia bastante RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 de país para país. Na Coreia, por exemplo, a despesa privada equivale a 2,5% do PIB.34 • Apostar mais no financiamento privado da formação profissional e da formação em exercício, através de empresas privadas ou de associações empresariais. Utilizar subsídios e benefícios fiscais à formação para encorajar os indivíduos e as empresas a investir nas qualificações. As políticas públicas nos países em desenvolvimento deverão, assim, concentrar-se no aumento dos recursos e, em muitos casos, na mudança de orientação dos sistemas de ensino. O financiamento da educação requer uma combinação de responsabilidades públicas e privadas. O sector público deve manter a responsabilidade do ensino primário universal e do ensino secundário e parte do superior. Porém, os países deverão considerar a possibilidade de deixar mais campo de acção para a oferta privada de alguns serviços de educação – e apostar mais no financiamento individual para cursos especializados avançados com fortes recompensas do mercado. MOBILIZAÇÃO DAS DIÁSPORAS Os países ricos estão a abrir as portas aos profissionais oriundos de países em desenvolvimento – com custos elevados para os países de origem. Estima-se que cerca de 100.000 especialistas indianos, por ano, obtenham novos vistos recentemente concedidos pelos Estados Unidos. O custo da provisão de formação universitária a estes especialistas representa, para a Índia, uma perda anual de recursos de 2 mil milhões de dólares (Caixa 4.7). Esta "drenagem de cérebros" torna mais difícil aos países em desenvolvimento a retenção dos indivíduos mais decisivos para o desenvolvimento tecnológico, pessoas cujos salários são, cada vez mais, estabelecidos pelo mercado mundial. De que forma pode uma diáspora contribuir para o seu país natal? Que podem fazer os países "fornecedores" para obter alguma "compensação" pela formação de qualificações que têm um mercado internacional? Podem os países sustentar e melhorar as suas instituições educativas nacionais? Que podem fazer para persuadir os indivíduos mais talentosos a regressar? Muitos países adoptaram estratégias para estimular os laços entre a diáspora e o país natal. A REDE DA DIN Â MICA DI Á SPORA INDIANA As diásporas podem contribuir para melhorar a reputação dos seus países de origem. O sucesso da diáspora indiana em Silicon Valley, por exemplo, parece estar a influenciar o modo como o mundo vê a Índia, ao criar uma certa "imagem de marca". A nacionalidade indiana de um programador de software dá um sinal de qualidade, tal como o rótulo "made in Japan" permite reconhecer artigos electrónicos de primeira qualidade. O talento indiano para a tecnologia de informação começa a ser explorado não só por empresas dos Estados Unidos mas, também, pelas empresas de outros países. A rede mundial de especialistas indianos tem investido no desenvolvimento das qualificações no seu país. Esta rede tem procurado aumentar as dotações e apoiar o financiamento de algumas instituições de ensino superior da Índia. E está a desenvolver esforços para criar cinco institutos mundiais de ciência e tecnologia. Muitos países adoptaram estratégias para estimular os laços entre a diáspora e o país natal QUADRO 4.3 Despesa pública de educação média, por aluno e região, 1997 (estimativa) Primária e secundáriaa Média Dólares EUA Mundo 1.224 Países desenvolvidos 5.360 Países em desenvolvimento 194 África Subsariana 252 Médio Oriente 584 América Latina 465 Ásia Oriental 182 Ásia do Sul 64 Países em transição 544 Percentagem do PNB per capita 22 21 16 11 22 14 14 15 26 Dólares EUA 999 4.992 150 190 494 392 136 44 397 Superior Percentagem do PNB per capita Dólares EUA Percentagem do PNB per capita 18 20 12 8 19 12 11 11 19 3.655 6.437 852 1.611 1.726 1.169 817 305 603 66 25 68 68 66 35 64 73 33 a. Inclui pré-primária. Fonte: Lee 2001, utilizando UNESCO 2000b.. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 91 A actuação da diáspora indiana está, também, a ter efeitos importantes no sector das tecnologias de informação. Cada vez mais, as empresas têm operações tanto nos Estados Unidos – a "sede" – como na Índia – as "instalações de produção". Numa altura em que os talentos nas tecnologias de informação são escassos, as empresas de origem indiana nos Estados Unidos têm tido uma vantagem competitiva que resulta dum factor invulgar: operam a um ritmo mais CAIXA 4.7 Tributação de qualificações perdidas A drenagem de cérebros dos países pobres em qualificações para os ricos vai, provavelmente, prosseguir no futuro previsível. Quais os recursos em perigo para os países fornecedores de qualificações? E como podem estes países recuperar parte dos recursos que perdem através da drenagem de cérebros? Considere-se a drenagem de especialistas de software da Índia para os Estados Unidos. Ao abrigo da recente legislação introduzida em Outubro de 2000, os Estados Unidos emitirão, anualmente, cerca de 200.000 vistos H-1B ao longo dos próximos três anos. Estes vistos são emitidos para importar qualificações específicas, principalmente na indústria de computadores. Calcula-se que cerca de metade serão concedidos a especialistas de software da Índia. Que perda de recursos representará para a Índia? Consideremos apenas a despesa pública com a graduação de estudantes dos institutos tecnológicos da elite da Índia. Os custos de funcionamento por estudante representam cerca de 2.000 dólares por ano, ou cerca de 8.000 dólares por um programa de quatro anos. Somados à despesa de capital fixo, constituída pelos custos de substituição das instalações físicas, elevam o custo total da formação de cada estudante a um valor entre 15.000 e 20.000 dólares. Multiplicando por 100.000, o número de especialistas que provavelmente abandonarão a Índia em cada um dos próximos três anos, a perda total de recursos ficará próximo dos 2 mil milhões de dólares por ano. Como pode a Índia começar a recuperar esta perda? O mecanismo administrativo mais simples seria a aplicação de um imposto uniforme – uma taxa de saída paga pelo empregado ou pela empresa, no momento de concessão do visto. Este imposto poderia ser equivalente aos honorários cobrados pelos caçadores de cabeças, que ascendem frequentemente a cerca de dois meses de salário. Considerando rendimentos anuais de 60.000 dólares, isto representaria um imposto de saída de 10.000 dólares, ou cerca de 1.000 milhões de dólares por ano (e 3.000 milhões ao longo de três anos). Fonte: Kapur 2001; Bhagwati e Partington 1976. 92 A despesa pública de educação dos governos central e estaduais da Índia corresponde a cerca de 3,6% do PIB. A parte destinada ao ensino superior (incluindo o ensino técnico) é de 16,4%, ou 0,6% do PIB – cerca de 2,7 mil milhões de dólares em 1999. As receitas de impostos de saída – colectadas através de mecanismos unilaterais ou bilaterais – poderiam aumentar facilmente a despesa pública no ensino superior de um quinto a um terço. Contudo, as estimativas das receitas potenciais de um imposto de saída devem ter em conta as respostas de comportamento: as pessoas poderiam tentar evadir o imposto saindo como estudantes numa idade jovem e depois permanecerem no exterior. Como se tributaria este grupo de (potenciais) imigrantes, que constitui provavelmente a "nata da sociedade" de um país em desenvolvimento? Além do mais, se os filhos da elite não se inscreverem nas instituições de ensino do próprio país, o apoio político para garantir que as instituições funcionam poderá diminuir. Para além do imposto de saída, existem várias alternativas para tributar os fluxos de capital humano: • A condição de reembolso do empréstimo, em que cada estudante do ensino superior recebe um empréstimo (equivalente ao subsídio provido pelo Estado) que teria de ser reembolsado se o estudante deixasse o país. • Um imposto uniforme, em que os nacionais no exterior pagam uma pequena fracção do seu rendimento, digamos, 1%. • O modelo dos Estados Unidos, em que os indivíduos são tributados com base na nacionalidade e não na residência. Isto exigiria a negociação de acordos fiscais bilaterais. • O modelo cooperativo, em que um regime multilateral permitiria transferências inter-governamentais automáticas dos impostos sobre salários ou sobre rendimentos pagos por nacionais de outros países. Como sucede com todos os impostos, cada uma destas alternativas envolve trade-offs entre a exequibilidade administrativa e política e a receita potencial. elevado do que os seus concorrentes, simplesmente porque têm a possibilidade de contratar pessoal técnico com mais rapidez devido ao facto de poderem recorrer a uma enorme rede transnacional. Isto levou ao rápido crescimento da procura de especialistas em tecnologias de informação oriundos da Índia e, consequentemente, à rápida expansão da formação nessa área oferecida, cada vez mais, pela iniciativa privada.35 ESFORÇOS NA COREIA DO SUL E TAIWAN (PROVÍNCIA DA CHINA ) PARA INVERTER A FUGA DE CÉREBROS Tanto a Coreia como Taiwan (Província da China), têm optado mais por encorajar as suas diásporas a regressar do que por incentivá-las a investir no país natal. Taiwan (Província da China) criou uma agência governamental – a Comissão Nacional para a Juventude – para coordenar os esforços com vista a encorajar o retorno. Esta comissão actua como uma câmara de compensação de informação para os estudantes retornados que procuram emprego e para os empregadores potenciais. A Coreia, por seu lado, optou pela elevação da qualidade dos seus institutos de investigação, tais como o Instituto Coreano para a Ciência e Tecnologia (KIST), como forma de estimular o retorno. Aos que entram para o KIST, é proporcionada grande autonomia em termos de investigação e gestão. Tanto a Coreia, como Taiwan (Província da China), têm feito um grande esforço para atrair académicos e investigadores. Foram criados programas intensivos de recrutamento para localizar especialistas e académicos mais velhos e oferecer-lhes salários competitivos com os do exterior, melhores condições de trabalho e ajuda com habitação e educação dos filhos. Programas para professores visitantes permitem a estes países explorar as competências dos que estão mais inseguros em relação ao regresso definitivo. Nos anos de 1960, apenas 16% dos cientistas e engenheiros coreanos com doutoramentos nos Estados Unidos regressavam à Coreia. Nos anos de 1980, essa proporção saltou para cerca de 2/3.37 Uma grande parte da diferença é explicada pela melhoria das perspectivas económicas da Coreia. Actualmente, os dois países não se preocupam apenas com o regresso físico da sua bolsa de talentos tecnológicos que vivem no exterior. Estão, pelo contrário, a apostar na integração das suas diásporas em redes transnacionais. Estão a organizar redes de especialistas no exterior e a ligá-las ao país de origem. RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 TENTATIVAS AFRICANAS , EM CONDIÇÕES ADVERSAS , PARA INVERTER A DRENAGEM DE CÉREBROS Muitos países africanos têm sido flagelados por conflitos internos e pela estagnação económica. Muitas pessoas qualificadas têm abandonado este ambiente hostil. O Programa de Retorno de Nacionais Africanos Qualificados, levado a cabo pela Organização Internacional para as Migrações, tem tentado encorajar o regresso de cidadãos africanos qualificados e ajudá-los a reintegrarem-se. Entre 1983 e 1999, o programa reintegrou 1.857 indivíduos, pouco mais de 100 por ano.37 Tendo em conta a enorme drenagem de cérebros que afecta a África, é pouco provável que este esforço tenha um impacte significativo. • • • Será que estes países podem fazer algo para serem compensados pelas qualificações perdidas através da drenagem de cérebros? Uma das possibilidades é a utilização da política fiscal para gerar recursos destinados às instituições que criam qualificações relevantes tanto para o mercado internacional como para o mercado interno. Existem, desde há algum tempo, diversas propostas fiscais – desde o imposto único de saída até acordos fiscais bilaterais de longo prazo (ver caixa 4.7). À luz da crescente emigração de competências, nos últimos anos, estas propostas merecem uma atenção séria. O contraste entre as várias experiências referidas acima revela uma realidade evidente: os países com diásporas numerosas dispõem de um recurso potencial. As competências e os recursos de uma diáspora podem ser inestimáveis, mas a eficácia da sua utilização depende da situação no país natal. Isto quer dizer que é preciso ter um ambiente propício ao desenvolvimento económico, com estabilidade política e políticas económicas saudáveis. À medida que o país se desenvolve e que as suas perspectivas de futuro melhoram, é provável que mude a atitude das diásporas em relação ao seu retorno. Tanto a diáspora indiana como a coreana reagiram favoravelmente à melhoria das condições no seu país. O momento e o acaso desempenham aqui um papel, mas, em última instância, as redes da diáspora só são eficazes quando os países têm a sua casa em ordem. ESTRATÉGIAS NACIONAIS PARA ESTIMULAR A CRIATIVIDADE HUMANA 93 CAPÍTULO 5 Iniciativas mundiais para criar tecnologias para o desenvolvimento humano As transformações tecnológicas actuais estão a fazer avançar as fronteiras da medicina, comunicações, agricultura, energia e fontes de crescimento dinâmico. Além disso, tais progressos têm um alcance mundial: uma descoberta num país pode ser utilizada em todo o mundo. O mapa do genoma humano, traçado primeiramente por investigadores no Reino Unido e nos Estados Unidos, é igualmente valioso para a investigação biotecnológica em todo o mundo. A Internet foi criada nos Estados Unidos, mas as consequências das reduções drásticas nos seus custos sobre a informação e comunicações aumentam as oportunidades das pessoas em todos os países. Mas as tecnologias concebidas para as carências e necessidades dos consumidores e produtores na Europa, Japão ou Estados Unidos não irão, necessariamente, ter em conta as necessidades, condições e constrangimentos institucionais que enfrentam os consumidores e os produtores dos países em desenvolvimento. Algumas tecnologias podem ser adaptadas localmente, mas isso exige recursos. Outras, necessitam essencialmente de ser reinventadas. Os países em desenvolvimento podem fazer imenso para explorar os benefícios e gerir os riscos das novas tecnologias – mas as iniciativas mundiais são também cruciais. Porquê mundiais? Porque o valor da investigação e desenvolvimento atravessa fronteiras e poucos países vão investir o suficiente, por sua própria conta, para fornecer bens públicos a nível mundial. Além disso, o impacte global do avanço tecnológico depende dos elos mais fracos da cadeia. Por exemplo, um controlo insuficiente dos impactes das culturas geneticamente modificadas nos países mais pobres pode, em última análise, afectar os mais ricos. Ao nível mundial, são necessárias duas coisas. Primeira, mais financiamento público gasto de novas maneiras, com a política pública a motivar parcerias criativas entre as instituições públicas, indústria privada e organizações não lucrativas. A segunda, uma reavaliação das regras do jogo e da sua execução, assegurando que os mecanismos internacionais – desde o acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS) até à atribuição de nomes de domínio pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers – não são postos contra os utilizadores mais recentes ou implementados para desvantagem dos que já estão atrasados. Por um lado, as actuais transformações tecnológicas possuem um enorme potencial na ajuda à erradicação da pobreza. Embora não substituam a necessidade de mobilizar e de fazer melhor uso das tecnologias existentes, elas oferecem novas formas de ultrapassar velhos constrangimentos. As possibilidades envolvem: • Vacinas contra a malária, HIV e tuberculose, bem como doenças menos conhecidas, como a doença do sono e a cegueira dos rios. • Variedades das principais culturas adaptáveis à seca e resistentes aos vírus, da África Subsariana e de agricultores de terras marginais. • Computadores de baixo custo, ligações sem fios, ecrãs digitais de baixa literacia e software de cartões de chip pré-pagos para o comércio electrónico sem cartões de crédito. • Pilhas de combustível para transportes, energia e geração de calor, mais eficientes; tecnologias de biomassa modernizadas para produzir combustíveis líquidos e gasosos e electricidade; e tecnologias solar e eólica mais eficientes. Por outro lado, há muita coisa pelo caminho: Climas diferentes, exigências diferentes. Muitas das tecnologias necessárias ao progresso na agricultura, saúde e energia, diferem significativamente em climas temperados e tropicais – compare-se, por exemplo, as suas doenças, pragas, solos e recursos energéticos, cada um dos quais requer tecnologias adequadas ao contexto. Algumas tecnologias podem ser adaptadas para ultrapassar a divisão ecológica – especialmente a tecnologia da informação e comunicações – mas outras não podem. Uma vacina contra o sarampo não se pode INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO Uma descoberta num país pode ser utilizada em todo o mundo 95 converter numa vacina contra a malária e variedades de arroz de regadio são de pouca utilidade em zonas áridas. Ao longo dos dois últimos séculos as tecnologias de zonas temperadas afastaram-se bastante das necessidades tropicais. (caixa 5.1). Dado que o avanço tecnológico é cumulativo, a concentração de longa data da investigação científica e da inovação tecnológica abriu um grande fosso entre países ricos e pobres, com os mercados mundiais a conduzirem uma trajectória tecnológica que não é adequada às necessidades dos países em desenvolvimento. As agendas de investigação são orientadas pelos interesses de cientistas e inventores em pólos de investigação e motivadas pelas necessidades e desejos dos consumidores de rendimento elevado na Europa, Japão e América do Norte – e da elite do mundo em desenvolvimento. CAIXA 5.1 A tecnologia tropical, sofrendo de um hiato ecológico Dadas as variadas histórias políticas, económicas e sociais das regiões do mundo, parece ser mais do que coincidência que quase todos os trópicos se mantenham subdesenvolvidos no começo do século XXI. Alguns argumentam que a desigualdade Norte-Sul da latitude esconde a questão: a verdadeira diferença é a divisão ecológica temperada-tropical. Em 1820, no início da era moderna do crescimento, o mundo tropical tinha um rendimento per capita de mais ou menos 70% do rendimento das zonas temperadas. Em 1992, a diferença alargou-se, com rendimentos per capita na zona tropical de apenas um quarto dos da zona temperada. Como interagem a ecologia física, a dinâmica social, o crescimento económico e as trajectórias tecnológicas para criar esta divisão? Cinco explicações possíveis: • Especificidade ecológica. As tecnologias para a promoção do desenvolvimento humano, especialmente na saúde, agricultura e energia, são ecologicamente específicas – determinadas pelos solos, pragas, doenças e dotações de energia – e não podem ser transferidas de uma zona para outra meramente através de remedeios. • Partir à frente. Até 1820, as tecnologias das zonas temperadas eram mais produtivas do que as tecnologias das zonas tropicais nestas áreas essenciais. Elas estavam também economicamente integradas num mercado internacional de inovação e difusão em toda a zona temperada, mas com pouca passagem pela zona tropical. Fonte: Sachs 2000b. 96 • Rendimentos de escala. A inovação tecnológica oferece rendimentos de escala crescentes. Com as populações mais ricas nas zonas temperadas, a procura de mercado associada a rendimentos crescentes ampliou extraordinariamente a diferença entre zonas temperadas e tropicais nos últimos duzentos anos. • Dinâmica social. A urbanização e a transição demográfica – processos concluídos em grande parte nos países temperados – impulsionaram mais o crescimento económico. Mas nos países tropicais eles têm sido contidos, num círculo vicioso, pela baixa produtividade na alimentação e fraca saúde pública. • Dominação geopolítica. Os países temperados dominaram historicamente as regiões tropicais através do colonialismo, negligenciando a educação e os cuidados de saúde e suprimindo a indústria local. Actualmente, os países temperados continuam a dominar através das instituições de globalização, ditando as regras do jogo da vida económica internacional. A ecologia é, evidentemente, apenas um de muitos factores: alguns países tropicais enfrentaram a tendência, e alguns países temperados não cumpriram a sua expectativa. Mas se estas cinco explicações estão por detrás de uma grande desigualdade ecológica, elas exigem soluções políticas – dos países e da comunidade mundial – centradas na procura de novas formas de armar a tecnologia para enfrentar os desafios da saúde tropical, agricultura, energia e gestão ambiental. Rendimentos baixos, instituições fracas. A pobreza humana e as instituições fracas alargam o fosso entre as tecnologias adequadas aos rendimentos e às capacidades de países ricos e de países pobres. Baixos rendimentos, baixa escolaridade e níveis de qualificação, fornecimentos de energia pouco fiáveis, infra-estruturas administrativas fracas – todos constituem barreiras à difusão e utilização de tecnologias concebidas para países ricos nos países pobres. Em consequência, a difusão pode ficar bloqueada e as pessoas pobres podem acabar por pagar mais do que as ricas pelos mesmos serviços – tais como, compra de querosene, quando não há fornecimento de electricidade. Além disso, instituições fracas podem retardar a inovação, assim como a difusão, de produtos próprios dos países em desenvolvimento – por vezes porque direitos da propriedade intelectual precários desencorajam os investidores privados, que não podem ter a certeza que a competição não irá surgir, copiar a tecnologia e reduzir-lhes os lucros. Bens públicos, produtores privados. As inovações têm muitos benefícios valiosos que não podem ser retidos pelo inovador, mesmo existindo os direitos da propriedade intelectual, e portanto serão subinvestidas pelos produtores privados. Além disso, os benefícios das novas tecnologias atravessam fronteiras: uma vacina da cólera eficaz, desenvolvida em qualquer país – seja através de investimento público, ou privado – vai ser valiosa para muitos. Mas sem uma forma eficaz de coordenar esta procura latente e reter estes benefícios externos, nem os investidores privados, nem as agências públicas nacionais serão motivados a investir na inovação a níveis socialmente óptimos, ou nas áreas mais importantes. Mercados mundiais, preços mundiais. Alguns produtos das novas tecnologias – desde produtos farmacêuticos a software para computadores – estão a ser procurados mundialmente. Mas quando são protegidos pelos direitos da propriedade intelectual e produzidos sob monopólio temporário, as estratégias de preços e os mecanismos do mercado mundial podem mantê-los fora de alcance. Um produtor monopolista procurando maximizar os lucros mundiais de uma nova tecnologia irá, idealmente, dividir o mercado em vários grupos de rendimento e vender a preços que maximizem o rendimento em cada um deles, embora continue sempre a cobrir os custos marginais de produção. Tal fixação de preços, por grupos, poderá conduzir a que um produto idêntico seja vendido nos Camarões por apenas um décimo – ou um centésimo – do preço do Canadá. Mas segmen- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 tar o mercado não é fácil. Com a crescente abertura de fronteiras, os produtores temem que reimportações de produtos fortemente descontados reduzam os preços mais altos, cobrados para cobrir as despesas gerais e os custos de investigação e desenvolvimento. E mesmo que os produtos não recuem caminho no interior do mercado mais caro, o conhecimento da existência de preços mais baixos irá gerar um recuo do consumidor. Sem mecanismos para lidar com estas ameaças, o mais provável é que os produtores fixem preços globais incomportáveis para os países pobres. Capacidade tecnológica fraca em muitos países em desenvolvimento. É fundamental construir a capacidade tecnológica nos países em desenvolvimento para criar soluções de longo prazo, porque as tecnologias de desenvolvimento, só por si, não têm, não podem e não serão fornecidas através do mercado mundial. Embora os últimos 20 anos tenham assistido a um importante crescimento na excelência da investigação em alguns países em desenvolvimento, outros não têm ainda uma capacidade de investigação e desenvolvimento adequada. Sem esta, eles não podem, livremente, adaptar as tecnologias mundiais disponíveis às suas necessidades – sem falar em estabelecer as suas próprias agendas de investigação para novas inovações. As políticas nacionais inadequadas são parcialmente responsáveis, mas a perda de emigrantes altamente qualificados, a falta de instituições mundiais de apoio e a implementação injusta das regras de comércio mundiais, criam barreiras adicionais. Este Relatório apela a uma acção em quatro frentes: • Criação de parcerias inovadoras e novos incentivos à investigação e desenvolvimento – motivando o sector privado, os governos e a comunidade científica para juntar os seus esforços na investigação e desenvolvimento, quer dentro dos países em desenvolvimento, quer através da colaboração internacional. • Gestão dos direitos da propriedade intelectual – alcançando o equilíbrio certo entre incentivos privados à inovação e interesses públicos em prover acesso às inovações. • Expansão do investimento em tecnologias para o desenvolvimento – assegurando a criação e difusão de tecnologias que são urgentemente necessárias, mas que são negligenciadas pelo mercado mundial. • Prestação de apoio institucional regional e mundial – com regras de jogo justas e com estratégias que criem a capacidade tecnológica dos países em desenvolvimento. CRIAÇÃO DE PARCERIAS INOVADORAS E DE NOVOS INCENTIVOS À INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Os incentivos para adaptar a tecnologia às necessidades das pessoas pobres têm de adaptar-se aos tempos. Um novo terreno de interacção está a emergir, requerendo um repensar das políticas dos países em desenvolvimento e da comunidade internacional, sobre os incentivos e oportunidades para a investigação. O baixo custo das comunicações torna as comunidades virtuais de investigação bastante mais realizáveis entre os países. A Iniciativa Multilateral sobre a Malária, por exemplo, troca informação da investigação sobre a malária em todo o mundo para reduzir a duplicação e maximizar o conhecimento através dos projectos. As comunidades virtuais oferecem formas de recorrer às qualificações e ao empenho da diáspora científica dos países em desenvolvimento. Além disso, durante os últimos 20 anos, alguns países em desenvolvimento criaram centros de investigação de nível mundial para um conjunto de novas tecnologias (caixa 5.2). Esta mudança permite aos países em desenvolvimento estabelecer prioridades para a investigação e gera potencial para a cooperação regional. Os esforços para construir estes centros de investigação beneficiarão duplamente da relevância regional e da colaboração de nível mundial. Os benefícios das comunicações de baixo custo e de novos centros de investigação estão reflectidos no crescimento da colaboração internacional na investigação. Ao longo dos últimos 10 anos, ela tem crescido em todo o mundo, com investigadores, quer dos países em desenvolvimento, quer dos países industrializados, a fazerem artigos de investigação em co-autoria com cientistas de um número sempre crescente de países, estabelecendo uma comunidade de investigação verdadeiramente mundial. Em 1995-97, cientistas dos Estados Unidos escreveram artigos com cientistas de 173 outros países, cientistas do Japão com 127, do Brasil com 114, do Quénia com 81, da Tunísia com 48 (figura 5.1). Os papéis das comunidades de investigação alteraram-se extraordinariamente, criando novas formas de trabalhar. Pense-se na hélice dupla, a estrutura que cria a vida – duas faixas de ADN, entrelaçadas mas não emaranhadas. Poderá esse mesmo equilíbrio ser encontrado entre a indústria privada, investigadores universitários e institutos públicos – quer nos países em desenvolvimento, quer nos industrializados – para a criação de uma "hélice tripla" que persiga a investigação orientada pelas necessidades e sensível às reacções dos INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO FIGURA 5.1 O crescimento da investigação em rede: co-autoria internacional de artigos científicos publicados Número de outras nacionalidades entre os co-autores Estados Unidos Reino Unido 150 Japão Brasil China 100 Hungria Quénia Coreia do Sul 50 0 1986–88 Cuba Tunísia 1995–97 Fonte: NSF 2001. 97 CAIXA 5.2 Feito em casa mas de nível mundial: investigação de excelência para uma agenda alternativa Com a emergência da capacidade de investigação de nível mundial, surgem novas fontes de excelência tecnológica em alguns países em desenvolvimento. A investigação nestes países centra-se em problemas específicos dos seus contextos, sejam doenças locais ou baixos rendimentos. Quatro exemplos: Medicamento tailandês para combater a malária. A Tailândia possui a resistência mais alta aos medicamentos contra a malária, portanto o tratamento é limitado. Mas os cientistas da Unidade de Coordenação da Gestão da Investigação Clínica da Tailândia estão optimistas sobre um medicamento que estão a desenvolver especialmente para as condições locais. Saudado pela Organização Mundial de Saúde como um dos desenvolvimentos mais importantes no tratamento da malária, o novo medicamento, o dihydro-artemisinin (DHA), será combinado com a mefloquine num comprimido único – tornando mais fácil aos doentes seguir as instruções de dosagem e fornecendo uma nova margem contra a resistência. Se as avaliações forem bem sucedidas e o DHA passar os testes rigorosos, será o primeiro produto farmacêutico de fabrico doméstico, licenciado na Tailândia. Com a possibilidade de produção local das suas matérias-primas à base de plantas, o DHA tem potencial para ser um tratamento amplamente disponível e altamente eficaz, na Tailândia e noutros sítios. A vacina contra a meningite em Cuba. A meningite B mata todos os anos 50.000 crianças em todo o mundo. Durante anos, os cientistas ocidentais lutaram em vão para desenvolver uma vacina. Agora, o pesado investimento cubano em investigação obteve resultados. Em meados dos anos 80, um surto mortal de meningite B incitou o Instituto Finlay, financiado com fundos públicos, a investir na investigação – e foi bem sucedido, produzindo uma vacina, fornecendo vacinação nacional até aos finais dos anos 80 e vendendo a vacina por toda a América Latina. Não estando ainda disponível na Europa e Estados Unidos, devido a barreiras reguladoras e a sanções comerciais norte-americanas, a vacina está agora para ser licenciada pela GlaxoSmithKline, um gigante farmacêutico sedeado no Reino Unido. Em troca, Cuba receberá os direitos da licença e royalties – parte em dinheiro e parte em espécie, alimentos e medicamentos, devido às sanções norte americanas. Os desenvolvimentos do Brasil nos computadores. O fornecimento de acesso à Internet aos utilizadores de rendimentos baixos é bloqueado pelos custos dos computadores. No mercado mundial, as companhias multinacionais de computadores preocupam-se em duplicar o potencial dos computadores, não em reduzir os custos para metade. Por isso, em 2000, o Governo brasileiro comissionou uma equipa de cientistas de computação da Universidade Federal de Minas Gerais para fazer o contrário: produzir um computador básico por cerca de 300 dólares. "Compreendemos que este não era um problema do Primeiro Mundo – não encontraríamos uma empresa sueca ou suíça para nos resolver isto. Tínhamos de o fazer nós próprios", disse o mentor do projecto. Em apenas um mês foi feito um protótipo, com modem, monitor a cores, altifalantes, rato, software de Internet e opções para adicionar impressoras, motor de disco e CD-ROM. O governo anda agora à procura de um fabricante, concedendo incentivos fiscais, para levar o projecto adiante. Os planos incluem a instalação do invento nas escolas públicas, para abarcar 7 milhões de crianças, e vendê-lo a crédito a pessoas com salários baixos. O mercado potencial alarga-se a todo o mundo. O acesso à Internet sem fios na Índia. O acesso à Internet é normalmente prestado através de linhas telefónicas, mas o custo de instalação de telefones na Índia significa que apenas 2 a 3% da população pode suportá-lo. Para aumentar o acesso dos actuais 15 milhões para, digamos, 150 a 200 milhões, os custos teriam de cair 50 a 65%. As tecnologias oferecidas pelas empresas multinacionais não podem responder a este desafio – mas uma alternativa desenvolvida internamente pode. Em 1999, o Instituto Indiano de Tecnologia, em Madrasta, criou um sistema de acesso à Internet de baixo custo, que não necessita de modem e elimina as dispendiosas linhas de cobre. No seu essencial, é um sistema local sem fios, desenvolvido em colaboração com a Midas Communication Technologies, em Madrasta e com a Analog Devices, sedeada nos Estados Unidos. O resultado é um acesso mais rápido e mais barato: ideal para fornecer acesso às comunidades de baixo rendimento em toda a Índia e fora dela. Licenciado a fabricantes da Índia, Brasil, China e França, a tecnologia já está em uso internacionalmente, desde as Fidji e Iémen até à Nigéria e Tunísia. Esta é a prova – de acordo com o Director da Analog Devices – de que "os engenheiros indianos são plenamente capazes de projectar e desenvolver produtos de nível mundial para a era da Internet". Todas estas iniciativas foram apoiadas por financiamentos e incentivos públicos. As iniciativas mundiais devem reforçar tais esforços e ajudar a compreender todo o potencial dos institutos de investigação e empreendimentos nos países em desenvolvimento, encorajando a colaboração internacional a fornecer incentivos que os atraiam aos projectos de investigação internacional. Fonte: Cahill 2001; Lalkar 1999; Pilling 2001a; SiliconValley.com 2001; Rediff.com 1999; Anand 2000; Rich 2001. 98 utilizadores finais – agricultores e doentes, famílias e empresas? Encontrar tal equilíbrio exige que se compreenda cada actor. A investigação privada está a crescer – e com ela chega a propriedade privada dos instrumentos e dos resultados da investigação. Grande parte da investigação básica é ainda financiada por fundos públicos e licenciada ao sector privado. Mas é, frequentemente, no sector privado que as aplicações tecnológicas são desenvolvidas, respondendo à procura do mercado. São necessários novos incentivos para motivar a investigação e desenvolvimento industrial a ir ao encontro das necessidades tecnológicas dos países em desenvolvimento e não apenas das exigências do mercado mundial. Já não é fácil desenvolver muitas tecnologias sem o envolvimento do sector privado. Investigação universitária – mandatada para servir o interesse público – tem sido crescentemente comercializada, especialmente nos Estados Unidos. A Lei Bayh-Dole, de 1980, permite às universidades patentear e licenciar os resultados das suas investigações financiadas federalmente, ganhando royalties. Em 1985, apenas 589 patentes de serviços – patentes de invenções, não de projectos – foram atribuídos a universidades dos Estados Unidos; em 1999, foram 3.340.1 Uma orientação mais comercial ajudou a trazer ao mercado tratamentos contra o HIV/SIDA e medicamentos contra o cancro. Mas ligações industriais mais apertadas podem direccionar a investigação mais para os interesses das empresas do que para os interesses públicos, e mais para a investigação comercial do que para a investigação básica de finalidade pública. Em 1998, os financiamentos industriais à investigação académica nos Estados Unidos, ainda que apenas uma fracção do total, foram cerca de cinco vezes superiores ao nível de 20 anos atrás.2 A Investigação pública, ainda a principal fonte de inovação para a maior parte do que poderia ser chamado de tecnologia dos pobres, está a reduzir-se relativamente à investigação privada. Adquirir acesso a inputs essenciais patenteados – frequentemente detidos por empresas privadas e universidades nos países industrializados – tornou-se um grande obstáculo à inovação, por vezes com custos proibitivos. Especialmente nos países em desenvolvimento, faltam frequentemente às instituições públicas a negociação e os conhecimentos legais e empresariais, para licenciar e trocar licenciamentos de instrumentos de investigação patenteados e de produtos. E uma suspeita mútua, e mesmo hostilidade, há muito existente entre investigadores públicos e promotores privados, entrava muitas vias de trabalho RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 valiosas. Num inquérito de 1996, da comunidade de investigação sobre a malária, metade dos que responderam disseram que tinham conhecimento de resultados promissores que não foram levados adiante – sendo uma das razões o fosso existente entre os diferentes palcos e actores envolvidos na transformação da investigação num produto.3 Qual o significado deste novo terreno na viragem da investigação patenteada para os interesses públicos? Como podem as parcerias apoiar-se nas forças dos diferentes actores? Num tempo de tal fluxo tecnológico e institucional, seria prematuro assentar numa abordagem. Em diferentes campos tecnológicos, as opções no seio destes arranjos complexos são objecto de intensa discussão – e, muito provavelmente, continuarão a sê-lo durante anos, enquanto as políticas e as estratégias evoluem. OPÇÕES PARA AS INSTITUIÇÕES P Ú BLICAS Com a posse dos títulos de propriedade dos instrumentos e tecnologias concentrada na indústria e nas universidades, as instituições públicas estão a explorar novos meios de ganhar acesso. A troca de licenciamentos – trocando direitos de uso de patentes – é comum na indústria, mas o sector público tem sido largamente afastado desta estratégia porque os resultados da sua investigação não são habitualmente patenteados. Algumas propostas controversas estão em debate. Irão as instituições públicas ter necessidade de reclamar direitos da propriedade intelectual sobre as suas inovações para desenvolver a negociação de chips? Deverão os países em desenvolvimento permitir às suas universidades obter direitos de patente para a investigação financiada pelo governo? Fazê-lo irá aumentar o sigilo, criar conflitos de interesses e desviar a investigação das prioridades nacionais não comerciais? Existem alternativas para a luta por patentes, ou este é o inevitável caminho a seguir? Para aceder às tecnologias de ponta na agricultura, alguns institutos públicos estão a entrar em joint ventures com associações de investigação de adaptação. O Instituto de Investigação em Engenharia Genética Aplicada (AGERI), um instituto público de investigação egípcio, trabalhou com a Pioneer Hi-Bred International para desenvolver uma nova variedade de milho. Colaborando, o AGERI ficou em condições de formar pessoal técnico, através do contacto com investigadores de nível mundial, e de desenvolver a variedade local de milho. A Pioneer Hi-Bred assegurou os direitos de uso da nova variedade em mercados fora do Egipto. Tais acordos para segmentar os mercados são cada vez mais utilizados, com segmentação por: • Sementeira e região. Um milho resistente aos insectos, utilizando material genético patenteado pela Novartis, foi transferido do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (mais conhecido por CIMMYT) para a África, mas apenas pode ser utilizado dentro da região. • Variedade. O acordo da Monsanto e do Instituto Queniano de Investigação Agrícola, de transferência de genes patenteados pela Monsanto para criar batatas-doces resistentes aos vírus, está restringido a variedades seleccionadas cultivadas por pequenos agricultores no Quénia central. • Rendimento da terra. O Instituto Internacional de Investigação do Arroz negociou com a Plantech a obtenção dos direitos de uso do gene de resistência dos caules em todos os países em desenvolvimento. Estas parcerias podem produzir resultados vantajosos para ambas as partes, mas podem, igualmente, enfrentar conflitos longos sobre interesses de mercado – especialmente se os agricultores empreenderem a sua própria investigação de adaptação e se os países em desenvolvimento planearem expandir os seus mercados e exportar as suas culturas. As parcerias podem produzir resultados vantajosos para ambas as partes, mas podem, igualmente, enfrentar conflitos longos sobre interesses de mercado INICIATIVAS DE POLÍTICA PÚBLICA A investigação básica é usualmente promovida através de financiamento governamental aos investigadores, cujas descobertas são, então, colocadas no domínio público, promovendo a partilha do conhecimento e apoiando a natureza exploratória e cumulativa do conhecimento científico. Assim, essa investigação básica tem de ser transformada num produto final através de testes extensivos, ensaios, visualização dos resultados e acondicionamento. Como se pode promover o desenvolvimento do produto para satisfazer necessidades específicas do desenvolvimento humano? Duas abordagens são possíveis. Os incentivos de "Impulso" custeiam os meios de investigação investindo dinheiro público na investigação mais promissora dos institutos públicos. Os incentivos de "Vantagem" prometem pagar apenas pelo resultado, tal como a vacina contra a tuberculose, ou uma variedade de milho resistente à seca, seja ele produzido por uma empresa privada ou por um instituto público. Uma proposta de vantagem comum é a do compromisso prévio de comprar, digamos, uma vacina contra a tuberculose que satisfaça exigências específicas, e de a tornar disponível para aqueles que dela precisam. Tal empenho poderá INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 99 A atenção pública à poderosa influência do sector privado estimulou as iniciativas da indústria criar fortes incentivos à investigação aplicada que resulte em produtos viáveis, sem gastar dinheiro público até que o produto esteja criado. Este mecanismo poderá funcionar para o desenvolvimento de vacinas, porque o produto e a quantidade desejados são relativamente fáceis de especificar (caixa 5.3). Combinando impulso e vantagem, a Austrália, União Europeia, Japão, Singapura e Estados Unidos, introduziram, cada um deles, legislação sobre "medicamentos órfãos" para facilitar o desenvolvimento de medicamentos contra doenças raras – normalmente aquelas que afligem menos de 500.000 doentes por ano – que é pouco provável que sejam lucrativos para as companhias farmacêuticas. A legislação concede normalmente incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento, assim como protecção de patentes. Nos Estados Unidos, entre 1973-83, antes da legislação ser adoptada, entraram no mercado menos de 10 medicamentos e bioprodutos contra doenças raras. Desde a Lei dos "medicamentos órfãos", de 1983, foram produzidos mais de 200 medicamentos desses.4 De forma idêntica, a iniciativa mundial sobre "medicamentos órfãos" poderá dar um impulso muito necessário à investigação sobre doenças tropicais, que CAIXA 5.3 Da longitude à vida longa – a promessa de incentivos de "vantagem" Os mercados de vacinas são notoriamente fracos: a investigação é longa e dispendiosa mas o mercado não é seguro. Os orçamentos para a saúde nos países em desenvolvimento cobrem apenas uma fracção do valor social da vacina. E uma vez a vacina produzida, os grandes compradores podem pressionar os promotores para que ofereçam baixos preços, originando um retorno incerto. São necessários incentivos para garantir o mercado e os compromissos de compra – comprometendo-se, para um produto específico, com um preço estabelecido e uma certa quantidade de aquisição – são uma maneira de o fazer. A ideia básica não é nova. Em 1714, o Governo britânico ofereceu 20.000 libras – uma fortuna, na época – para quem inventasse uma forma de medir a longitude de um barco no mar. A oferta resultou: por volta de 1735, o relojoeiro e inventor John Harrison produziu um cronómetro marítimo preciso. Tal incentivo poderia funcionar também para as vacinas. O dinheiro público seria gasto apenas quando a vacina estivesse produzida e os promotores (mais do que os governos) escolheriam quais os projectos a prosseguirem. Um compromisso de compra requer condições claras para o tornar credível. Os promotores de vacinas devem confiar na garantia do mercado, pelo que seriam necessários contratos legalmente vinculativos. Estabelecer previamente o preço e critérios de eficácia iria isolar os avaliadores das vacinas das pressões políticas e corporativas e aumentar a credibilidade. A necessidade de credibilidade e regras claras foi uma lição aprendida por Harrison, a quem, apesar da precisão do seu cronómetro, foi negado o prémio em dinheiro durante muitos anos de disputa política e redefinição de regras. Mas, por si só, um compromisso de compra não será suficiente para enfrentar a concentração da investigação e desenvolvimento farmacêutico nos países industrializados. Embora os incentivos gerados por um compromisso não devam ser limitados aos residentes de um qualquer país, aos investigadores dos países em desenvolvimento falta frequentemente o capital para financiar antecipadamente a investigação. A criação da capacidade de investigação local, com outros mecanismos, continuará a ser essencial para que os países em desenvolvimento tenham possibilidade de criar medicamentos para as suas próprias necessidades. Fonte: Kremer 2000a,2000b; Business Heroes 2001; Baker 2000; Bloom, River Path Associates e Fang 2001. 100 também representam mercados comerciais pequenos – não porque sejam raras mas porque afectam pessoas pobres. Mas tais créditos fiscais podem ter desvantagens. Créditos fiscais à investigação sobre produtos destinados aos países em desenvolvimento podem ser reclamados por empresas que desenvolvem investigação não apropriada aos países em desenvolvimento – como, por exemplo, uma companhia que faça investigação sobre uma vacina de curto prazo contra a malária, apropriada para viajantes – ou investigação que, de facto, não se destine a desenvolver a tecnologia desejada. Uma solução poderia ser a concessão retroactiva de pequenos créditos fiscais, se uma empresa privada produzisse um novo produto que fosse, então, comprado para uso nos países em desenvolvimento. INICIATIVAS DA IND ÚSTRIA A atenção pública à poderosa influência do sector privado estimulou as iniciativas da indústria. Uma abordagem – já posta em prática por um dos gigantes da indústria agrícola – é a de permitir aos cientistas das empresas utilizar parte do seu tempo (digamos, 15%) para a sua própria investigação, utilizando recursos da empresa. Tais esforços poderão ser ligados às agendas dos institutos públicos de investigação, reforçando as ligações entre a investigação privada e a pública. Algumas empresas doaram as tecnologias por si patenteadas à investigação pública. Considere-se o caso do arroz enriquecido em vitamina A. Foi inteiramente desenvolvido com financiamentos públicos mas, descobriu-se mais tarde, recorreu a 70 instrumentos de investigação patenteados, pertencentes a 32 companhias e universidades. Depois de muita negociação e de grande atenção dos meios de comunicação, todos os detentores de licenças concordaram em conceder livre uso da sua propriedade intelectual para distribuição do arroz aos agricultores, que ganharão menos de 10.000 dólares para o produzir. No que se refere à concessão de acesso aos produtos de tecnologias patenteadas, os programas de doação de medicamentos tornaram-se o primeiro meio de filantropia das empresas da indústria farmacêutica: as doações de produtos, conjuntas, das cinco maiores companhias farmacêuticas cresceram de 415 milhões de dólares, em 1997, para 611 milhões, em 1999. Entre as mais conhecidas estão o programa de mectizan contra a oncocercíase (cegueira dos rios), da Merck, iniciado em 1987, e o programa de zitromax contra o tracoma, da Pfizer, iniciado em 1998. Tais doações podem ser uma proposta vantajosa para ambas as partes, com a qual um RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 país obtém fornecimento grátis dos medicamentos necessários e a companhia obtém boas relações públicas e, por vezes, incentivos fiscais. Para os países, contudo, as doações de medicamentos são, ainda, apenas um elemento num considerável plano de longo prazo para aumentar o acesso. O enquadramento para a sua utilização tem de assegurar que elas não irão minar o acesso, existente ou potencial, pela via do mercado (caixa 5.4). E se as doações tiverem como condição a não utilização das medidas do acordo TRIPS – tais como licenciamento compulsivo e importação paralela – podem inibir as iniciativas locais e a capacidade criativa. As iniciativas industriais desta natureza – doações de tempo, de patentes e de produtos – providenciam soluções únicas, mas não são substitutos de uma boa política pública. O recente movimento contra as companhias farmacêuticas, relativamente aos medicamentos do HIV/SIDA, ilustram a necessidade dos decisores fornecerem um quadro que assegure acesso estrutural e orientado pelo mercado, e não apenas caritativo, aos medicamentos que salvam vidas. O desafio que se põe aos governos e à comunidade internacional é a criação de incentivos e regulamentações que constituam o enquadramento certo. pos. Poderia ser lançada uma iniciativa similar na agricultura? Na energia renovável? É tempo de tentar. CRIAR A HÉLICE TRIPLA A conjugação dos esforços públicos, universitários e privados, está no centro das novas abordagens para a criação de tecnologia. Mas tem de ser cuidadosamente ponderado, com cada um dos parceiros a centrar-se no seu mandato e vantagens comparativas. Para alcançar os benefícios, as interacções deverão basear-se em princípios claros, incluindo: • Assegurar transparência e responsabilidade na tomada de decisão e na governação. • Chegar, previamente, a acordo sobre uma atribuição de propriedade intelectual que assegure o direito público à utilização equitativa, ou sem custos, das invenções. • Tornar os produtos finais comportáveis e acessíveis para aqueles que deles precisam. • Contribuir, sempre que possível, para a capacidade local, colaborando, por exemplo, com investigadores dos países em desenvolvimento e com os utilizadores últimos das tecnologias. A conjugação dos esforços públicos, universitários e privados, está no centro das novas abordagens para a criação de tecnologia CAIXA 5.4 ALIANÇAS MULTI - PARTICIPADAS Uma nova estratégia promissora é a criação de alianças tecnológicas que reúnam diversos actores com um interesse comum – incluindo agências governamentais, indústria, comunidade científica, sociedade civil e indivíduos empenhados, que possam dar contribuições específicas para a tarefa em mãos. Tais alianças estão a trazer novo impulso à investigação, particularmente na saúde. Mas a coordenação dos diversos interesses dos participantes é um desafio, especialmente no tratamento dos direitos da propriedade intelectual de quaisquer produtos resultantes. Um exemplo pioneiro é o da Iniciativa Internacional para a Vacina da SIDA (IAVI), não lucrativa, financiada maioritariamente por fundações privadas e por vários governos. Ao reunir a comunidade científica, a indústria, fundações e investigadores públicos, com os acordos sobre direitos da propriedade intelectual vantajosos para todos, a organização da IAVI permite a cada parceiro perseguir os seus próprios interesses – enquanto conjuntamente procuram uma vacina para a variedade do HIV comum em África (caixa 5.5). O sucesso do IAVI pode ser julgado apenas pelos seus resultados, mas a iniciativa motivou o repensar de muitos outros cam- Os custos escondidos dos programas de doação de medicamentos Bons programas de doação de medicamentos podem ser altamente eficazes. Em 1997, a Merck introduziu um programa para fornecer de graça, "onde necessário e pelo tempo necessário", o medicamento mectizan para erradicar a oncocercíase (cegueira dos rios). Em 1998, cerca de 25 milhões de pessoas recebia tratamento, em 32 países. Foi um enorme sucesso, quer de política das grandes empresas, quer de impacte – mas, não se pode repetir sempre. A oncocercíase, encontrada numa área geográfica limitada, pode ser erradicada e tem um tratamento simples. Estas características permitem à Merck garantir uma doação sem limites. Mas a maior parte das doenças não é tão controlável. Um dos perigos dos programas de doação de medicamentos é que eles podem ser vistos como uma solução para a acessibilidade, quando, de facto, não podem enfrentar o problema adequadamente. Os obstáculos incluem: • Sustentabilidade. As doações não podem ser uma solução de longo prazo para uma doença que persiste. Como o actual director executivo da Mercks admite, "doar os nossos medicamentos é, em geral, uma resposta insustentável e irrealista porque, no fim do dia, temos de obter um retorno adequado sobre o nosso investimento para podermos financiar a investigação futura". • Escala. O volume de doações das empresas não satisfaz a procura. Dos 36 milhões de pessoas com SIDA, 95% estão nos países em desenvolvimento. De facto, as empresas não podem doar, a cada pessoa com necessidade, um tratamento que é vendido por 10.000 a 12.000 dólares ao ano, nos Estados Unidos. • Restrições. As doações de medicamentos são frequentemente restringidas a um certo número de doentes, limitado a certas regiões, disponíveis por um tempo restrito, ou fornecidas para tratar apenas certas doenças – excluindo, por razões administrativas, algumas pessoas igualmente pobres e com necessidades. • Sobrecarga das estruturas de saúde pública. Alguns programas de doação requerem o estabelecimento de sistemas de desembolsos separados para evitar que os medicamentos sejam desviados. Mas isto limita-se a afastar o pessoal da estrutura de cuidados de saúde existente, pressionando demasiado outros serviços. • Atraso. Dado que as doações tendem a ser mais complexas do que as transacções comerciais normais, o acesso aos medicamentos pode ser atrasado por negociações prolongadas. A doação de fluconazole da Pfizer à África do Sul foi anunciada em Abril de 2000, mas em Fevereiro de 2001 nenhum doente tinha recebido o medicamento. Fonte: Guilloux e Moon 2000; Kasper 2001. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 101 Os novos acordos e incentivos em fase de exploração tornam possível aos interesses públicos serem contemplados durante esta corrida pela posse dos instrumentos de investigação. Mas o futuro está longe de ser seguro. Saber se estas alianças e incentivos asseguram, em última análise, que as tecnologias se desenvolvem a favor das necessidades dos pobres, é o teste vital – e o padrão fundamental para avaliar o seu sucesso. GESTÃO DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL Os direitos da propriedade intelectual estão no centro do tão polarizado debate sobre tecnologia e de- CAIXA 5.5 A inovação da IAVI na investigação em rede A despesa mundial com o desenvolvimento de uma vacina para a SIDA é de 300 milhões de dólares – apenas 10% do que a Europa e os Estados Unidos gastam em medicamentos para tratar o HIV/SIDA. Para corrigir este desequilíbrio extremo, em 1994, a Fundação Rockefeller lançou um programa que resultou, em 1996, na Iniciativa Internacional da Vacina da SIDA (IAVI). A missão é acelerar o desenvolvimento, fabricação e distribuição de vacinas da SIDA a preços acessíveis para os sectores públicos dos países em desenvolvimento. A IAVI está a fazê-lo através da criação de parcerias criativas entre a indústria, a academia e o sector público. O objectivo: obter uma dúzia de vacinas através de desenvolvimento inicial e, depois, obter duas ou três através de grandes experiências clínicas. Alguns resultados positivos já são evidentes: em Janeiro de 2001, as experiências clínicas tiveram início no Quénia, para testar a primeira vacina da SIDA da IAVI. A iniciativa está a abrir novos caminhos, de várias formas. Primeiro, a investigação concentra-se na variedade A do HIV e, portanto, destina-se às necessidades dos países em desenvolvimento – ao contrário de grande parte da investigação da SIDA, que se concentra nas variedades comuns nos países ricos. Segundo, a IAVI mostra que as redes de investigação podem funcionar: cientistas da Universidade de Oxford e da Universidade de Nairobi e fabricantes da Alemanha e Reino Unido passaram a vacina principal da concepção para as experiências clínicas num tempo recorde. Terceiro, através destas redes, a IAVI encorajou a formação de capacidade local, trabalhando com investigadores dos países em desenvolvimento e utilizando os médicos locais para conduzirem as experiências. Mas, a experiência mais importante, são as condições da propriedade intelectual que a Fonte: Berkley 2001; IAVI 2000; The Economist 2001. 102 IAVI negociou com os seus parceiros públicos e privados. A expectativa da IAVI é de que uma empresa (ou um dos seus parceiros estratégicos) seja o fabricante e distribuidor último da vacina. Mas se a empresa, posteriormente, não quiser, ou não for capaz, de distribuir a vacina aos sectores públicos dos países em desenvolvimento a preços comportáveis, perdendo, assim, o tempo e o dinheiro das novas tecnologias, a IAVI é livre de procurar fornecedores alternativos. A IAVI teria direito a uma licença não exclusiva, para encontrar um fabricante alternativo que produza a vacina para venda apenas ao sector público, e somente para os países em desenvolvimento. Embora este acordo seja apelativo, existem complicações adicionais, tais como chegar a acordo sobre preços comportáveis, ou sobre o tratamento da propriedade intelectual patenteada que os parceiros industriais possam trazer com eles. Existem possibilidades reais de bloquear patentes e acordos de troca de licenças, que poderão contrariar a aplicação das opções da IAVI de ficar de fora. Estes pormenores, a ser trabalhados caso a caso, serão o teste para saber se as parcerias publico-privadas podem trazer bons resultados para todas as partes. As perspectivas parecem boas. Os centros de investigação académica foram atraídos pela proposta da IAVI. Umas quantas empresas biotecnológicas – com ideias, mas com pouco capital – juntaram também a sua colaboração, tais como a Alphavax, da Carolina do Norte, e os seus parceiros na África do Sul. A Aventis, uma das "quatro maiores" produtoras de vacinas do mundo, também manifestou interesse nas parcerias com a IAVI, quando chegar a altura de fazer experiências clínicas de grande envergadura nos países em desenvolvimento. senvolvimento. Porquê o alvoroço? Os direitos da propriedade intelectual – desde as marcas comerciais e patentes até aos direitos de autor e indicações geográficas – oferecem um incentivo à investigação e desenvolvimento de tecnologias porque tornam mais fácil aos inovadores colher os ganhos do seu investimento. Com as patentes, por exemplo, é dado aos inventores um monopólio temporário do mercado, em cujo período podem cobrar preços bem mais acima do custo inicial de investimento. Uma vez que a patente expire, pode iniciar-se a concorrência, aproximando os preços dos custos de produção. O regime ideal dos direitos da propriedade intelectual estabelece um equilíbrio entre os incentivos privados aos inovadores e o interesse público de maximizar o acesso aos frutos da inovação. Este equilíbrio aparece reflectido no artigo 27º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, a qual reconhece que "Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria" e que "Todos têm direito … de participar no progresso científico e nos seus benefícios". Igualmente, o acordo TRIPS da Organização Mundial do Comércio apela a um equilíbrio entre "a promoção da inovação tecnológica e … a transferência e disseminação da tecnologia". A transferência de tecnologia, bem como a inovação, tiveram um papel chave na história da industrialização. Mas se essa transferência se fez por vias formais, ou por vias informais, variou muito. A industrialização tem criado, tradicionalmente, capacidade nacional através da reprodução das tecnologias de economias avançadas. Mas muitas das economias avançadas actuais recusaram-se a conceder patentes ao longo do século XIX e princípios do século XX, ou encontraram formas legais e ilegais de as rodear – como é ilustrado pelas muitas formas de pirataria intelectual praticadas pelos países europeus durante a Revolução Industrial (caixa 5.6). Eles formalizaram e impuseram direitos de propriedade intelectual gradualmente, à medida que passavam de utilizadores líquidos da propriedade intelectual para produtores líquidos; vários países europeus – incluindo a França, Alemanha e Suíça – completaram o que é agora a protecção padrão apenas nos anos 60 e 70. Actualmente, contudo, os direitos da propriedade intelectual estão a apertar-se em todo o mundo. Enquanto signatários do acordo TRIPS, os países em desenvolvimento estão agora a implementar sistemas nacionais de direitos da propriedade intelectual seguindo um conjunto estabelecido de padrões mínimos, tais RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 como os 20 anos de protecção de patentes; os países menos desenvolvidos têm mais 11 anos para o fazer. Neste novo regime mundial, dois problemas estão a criar novas barreiras ao progresso no desenvolvimento humano. Primeiro, está a aumentar o consenso de que os direitos da propriedade intelectual podem ir longe demais, estorvando, mais do que encorajando, a inovação e redistribuindo injustamente a propriedade do conhecimento. Segundo, existem sinais de que as cartas estão dispostas contra a implementação justa do TRIPS. QUANDO OS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL VÃO LONGE DEMAIS Os direitos da propriedade intelectual fizeram aumentar o investimento privado em indústrias como a indústria agrícola, as farmacêuticas e o software, ao permitirem a captação dos ganhos de investigação. O número de patentes solicitado aumentou extraordinariamente ao longo dos últimos 15 anos – no Estado Unidos, de 77.000 em 1985, para 169.000 em 1999.7 O Tratado de Cooperação sobre Patentes, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual aceita uma candidatura internacional única válida em muitos países; o número de candidaturas internacionais cresceu de 7.000 em 1985 para 74.000 em 1999.8 Muito deste aumento reflecte um boom na actividade inovadora, mas algum reflecte alterações menos benignas. Primeiro, o âmbito dos pedidos de patentes alargou-se – especialmente nos Estados Unidos, aquele que estabelece as tendências sobre a prática de patentes. Desde patentes sobre genes, cuja função pode ser desconhecida, até patentes sobre métodos de comércio electrónico tais como a compra "um clique", muitos acreditam que os critérios de "falta de clareza" e de utilidade industrial estão a ser aplicados demasiado livremente. As autoridades das patentes têm sido acusadas de actuar como prestadores de serviços aos candidatos a patentes, não como guardas rigorosos do domínio público. Segundo, o uso estratégico de patentes tornou-se também mais agressivo, porque estas são reconhecidas como um activo comercial fundamental. Pequenas mudanças em produtos com patentes em final de vida – especialmente medicamentos – são utilizadas para perpetuar os direitos monopolistas. Além disso, algumas candidaturas a patentes apresentam as suas inovações com pouca clareza, exagerando a capacidade de avaliação dos directores de patentes e a capacidade de entendimento de outros investigadores. Em 2000 a Or- ganização Mundial da Propriedade Intelectual recebeu 30 candidaturas de patentes com mais de 1.000 páginas, atingindo várias delas 140.000 páginas. Estas duas tendências dificultam a inovação e transferem o conhecimento tradicional para mãos privadas: • Dificultando a inovação. As patentes não são apenas um output da investigação, são também um input. E quando utilizadas em excesso, podem limitar o desenvolvimento do produto nas negociações de licenciamento e nos custos de transacção, criando incerteza e riscos de "patentes submarino" – reclamações muito importantes que apenas vêm à superfície quando a investigação está em curso. Sem uma melhor informação sobre os pedidos de patentes e uma troca mais fácil de meios patenteados, os investigadores arriscam-se a perder tempo inventando em torno da tecnologia patenCAIXA 5.6 Lições da história dos direitos de propriedade intelectual A transferência de tecnologia teve um papel central na revolução industrial, mas a protecção da propriedade intelectual não foi, de forma alguma, a única via e nem sempre foi respeitada. Até meados do século XIX, o meio mais importante de transferência de tecnologia foi a contratação de trabalhadores especializados, que traziam os conhecimentos tecnológicos necessários. Os trabalhadores especializados dos países industrialmente avançados tinham grande procura, o que implicou a acção dos governos. Em 1719, as tentativas francesas e russas para recrutar trabalhadores britânicos – especialmente os qualificados em indústrias de lãs, metais e de relojoaria – estimularam o Governo britânico a banir a emigração de trabalhadores especializados, tornando-as puníveis com multas, ou mesmo prisão. Os trabalhadores emigrantes que não regressassem a casa no prazo de seis meses após o aviso, podiam perder as suas terras, propriedades e cidadania. À medida que as tecnologias se foram incorporando nas máquinas, o centro das atenções mudou para o controlo das exportações. Em 1750, a Grã-Bretanha baniu a exportação de "instrumentos e utensílios" das indústrias de lãs e sedas, para, em 1781, alargar estas medidas a "qualquer máquina, motor, instrumento, prensa, papel, utensílio ou apetrecho". Mas, em resposta, os empresários e técnicos da Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Noruega, Rússia e Suécia arquitectaram novas formas de obter as tecnologias, frequentemente com consentimento explícito do Estado, ou mesmo encorajamento activo, incluindo ofertas de concessão para determinadas tecnologias. Em meados do século XIX, as tecnologias fundamentais eram demasiado complexas para adquirir através da contratação de trabalhadores e da importação de máquinas, e o licenciamento de patentes tornou-se cada vez mais importante. A maior parte dos actuais países industrializados introduziram as patentes por volta de 1850, seguidas de leis de protecção dos direitos de autor e de marcas registadas. Mas houve excepções importantes. A lei de patentes da Suíça foi fraca até 1907 – quando a Alemanha ameaçou com sanções ao comércio – e não cobria as indústrias químicas e farmacêuticas, até 1978. Os Estados Unidos, apesar de serem um forte proponente dos direitos de patentes, não reconheceram os direitos de autor para estrangeiros, até 1891. Apesar da emergência dos direitos de propriedade intelectual internacionais entre estes países, continuaram a quebrar as regras. No final do século XIX, os fabricantes alemães encontraram formas de infringir as leis britânicas sobre marcas registadas, produzindo a cutelaria de contrafacção Sheffield com logotipos falsos e colocando o selo do país de origem apenas na embalagem, ou fora de vista – como por exemplo, na base das máquinas de costura. Que implicações tem esta história, actualmente? Primeira, os direitos de propriedade intelectual rigorosos e uniformes não foram a única maneira das tecnologias serem transferidas entre os países industrializados de hoje – apesar dos argumentos frequentemente apresentados por estes países sobre a importância do acordo TRIPS. Segunda, cada país traçou o seu próprio caminho, e o seu próprio passo, na introdução da protecção da propriedade intelectual – salientando a importância dos países criarem, hoje, as suas próprias estratégias, mesmo dentro do regime multilateral. Fonte: Chang 2001. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 103 O jogo dificilmente é justo quando os jogadores têm forças tão desiguais, económica teada e ficando de fora de caminhos inteiros de investigação. • Transferindo o conhecimento tradicional para detentores privados. O sistema de patentes convida a reivindicações sobre a inovação indígena e de base comunitária, permitindo que possa ser formalmente representada e patenteada por outros. Casos indignos de patentes reclamadas falsamente são os casos do açafrão da Índia e, mais recentemente, do feijão enola mexicano. Reclamar, utilizar e defender patentes é mais fácil para a indústria privada do que para os institutos públicos e para as comunidades inovadoras (quadro 5.1). Reconhecendo a necessidade de corrigir o desequilíbrio resultante do acesso às patentes, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual lançou uma iniciativa para fornecer formas alternativas de protecção (caixa 5.7). e institucionalmente A EXECUÇÃO ACTUAL DO TRIPS: NOVOS OBST Á CULOS AO DESENVOLVIMENTO HUMANO Os pontos de vista sobre o impacte esperado do acordo TRIPS sobre os países em desenvolvimento variam muito. Por várias razões, os resultados prováveis ainda não são claros: • Situações nacionais diversas. O impacte do TRIPS variará de acordo com o desenvolvimento económico e tecnológico de cada país. Países de rendimento médio, como o Brasil e a Malásia, beneficiarão provavelmente do estímulo da inovação local. Países mais pobres, onde a inovação formal é mínima, enfrentarão provavelmente custos mais elevados sem os benefícios compensatórios. • Legislação nacional diversa. Os padrões mínimos do TRIPS para a propriedade intelectual devem estar reflectidos na legislação nacional. Mas existe bom raio de acção para as estratégias nacionais dentro do quadro multilateral. O impacte do TRIPS dependerá parcialmente de os países escolherem as estratégias que melhor sirvam os seus interesses. • Demasiado recentes para avaliar. O acordo TRIPS entrou em vigor, na maior parte dos países em desenvolvimento, em Janeiro de 2000; os países menos desenvolvidos têm até 2006. Com a implementação ainda em curso e as indústrias ainda a adaptarem-se, existe por enquanto pouco conhecimento prático sobre os efeitos da alteração legislativa. • Determinados com base em casos legais. O TRIPS, como outros acordos da Organização Mundial do Comércio, é um acordo que assenta sobre um quadro legal. As suas implicações serão julgadas à medida que se resolverem as disputas. Isso dá grande importância ao método baseado nos casos legais e ao poder dos participantes envolvidos. Um simples conjunto de regras mínimas pode parecer criar um campo de jogo nivelado, uma vez que um mesmo conjunto de regras se aplica a todos. Mas o jogo QUADRO 5.1 Quem tem acesso efectivo ao pedido de patentes? Questão Empresas multinacionais Institutos públicos de Investigação Comunidades agrícolas De acordo com a lei da propriedade intelectual o inventor tem de ser designado Os contractos de trabalho asseguram que os inventores subordinam a maior parte ou todos os seus direitos à empresa Os contratos de trabalho podem assegurar que os inventores subordinam a maior parte ou todos os seus direitos ao instituto O conceito de inventor individual é estranho em muitas comunidades e pode gerar conflitos Os critérios sobre patentes incluem inovação e acto inventivo O foco da atenção das empresas nos pequenos melhoramentos cumpre normalmente os critérios Mais centrados na investigação básica, os institutos não podem, frequentemente, cumprir os critérios Dado que estes critérios têm pouco a ver com o processo de invenção da comunidade, são difíceis de cumprir O aconselhamento jurídico de advogados especializados em patentes é dispendioso As empresas possuem departamentos jurídicos internos e fácil acesso a consultores especializados Os institutos têm pouca capacidade interna e acesso limitado a consultoria especializada dispendiosa As comunidades não podem, normalmente, suportar os custos ou obter aconselhamento básico ou especializado Os detentores de patentes devem defender as suas patentes ao abrigo da lei civil As empresas utilizam tácticas agressivas, utilizando os pedidos de patentes para reclamar o seu espaço de mercado Os institutos não têm, frequentemente, defesa forte de patentes e desistem, perante as pressões políticas, de enfrentar o sector privado As comunidades consideram quase impossível monitorizar – sem falar em confrontar – as infracções às patentes em todo o mundo. Fonte: UNDP 1999a. 104 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 dificilmente é justo quando os jogadores têm forças tão desiguais, económica e institucionalmente. Para os países de baixos rendimentos, implementar e impor o regime de direitos da propriedade intelectual pressiona os já escassos recursos e qualificações administrativas. Sem bom aconselhamento sobre a criação de legislação nacional que permita extrair o máximo do que o TRIPS estabelece, e sob a pressão intensa de alguns dos principais países para a introdução de legislação para além da requerida pelo TRIPS, muitos países legislaram eles próprios numa posição desvantajosa. Além disso, os elevados custos das disputas com os principais países do mundo são desanimadores, desencorajando os países de afirmar os seus direitos – daí a importância de assegurar que é prestada ajuda legal adequada através da Organização Mundial do Comércio. Se o jogo é para ser jogado de forma justa, pelo menos duas mudanças essenciais têm de ter lugar. Primeira, o acordo TRIPS tem de ser aplicado de forma justa. E segunda, os compromissos ao abrigo deste e de outros acordos multilaterais, para promover a transferência de tecnologia, têm de ser reavivados. Assegurar a implementação justa do acordo TRIPS. Ao abrigo do TRIPS, os países podem utilizar o licenciamento compulsivo – permitindo o uso de uma patente sem o consentimento do detentor da patente – num conjunto de circunstâncias que devem incorporar na sua própria legislação. Casos típicos são os da utilização nas emergências de saúde pública e como medidas antimonopolista para manter a concorrência no mercado. O TRIPS permite também aos países escolherem se permitem, ou não, a importação de bens patenteados de outros países, onde são vendidos pela mesma empresa, mas a preços muito mais baixos. Muitos países industrializados incluem estas medidas na sua legislação e na sua prática, como parte de uma estratégia nacional para o uso dos direitos da propriedade intelectual. Contudo, sob pressão e sem aconselhamento adequado, muitos países em desenvolvimento não as incluíram na sua legislação, ou são contestados quando as tentam por em vigor. Estas medidas legais raramente prendem a atenção pública – mas as consequências sobre o desenvolvimento da sua implementação desfavorável, podem prendê-la. O exemplo mais forte é o debate, que recentemente tem atraído a atenção pública, sobre o acesso dos países em desenvolvimento aos medicamentos contra o HIV/SIDA. Ele tem aumentado a consciência pública sobre as implicações de grande alcance dos direitos da propriedade intelectual e realçado a necessidade urgente de uma implementação justa do TRIPS (destaque 5.1). Trazer à prática as medidas sobre transferência de tecnologia. Para além do campo das negociações, as medidas sobre transferência de tecnologia escritas em muitos acordos internacionais têm resultado frequentemente em promessas no papel. Considerem-se três exemplos. O Protocolo de Montreal, de 1990, sobre Substâncias que Diminuem a Camada do Ozono, apesar do seu sucesso global, trouxe conflitos sobre os compromissos para assegurar o acesso justo e favorável dos países em desenvolvimento aos substitutos de clorofluocarbonetos (CFC) protegidos pelos direitos da propriedade intelectual. A Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992, pretende assegurar o uso imparcial e equitativo dos recursos genéticos, em parte através de cooperação tecnológica, mas as suas normas tecnológicas têm recebido pouca atenção, ou foram reduzidas. E o acordo TRIPS, de 1994, apela à transferência tecnológica para os países menos desenvolvidos, ainda que essa medida pouco se tenha traduzido em acção (caixa 5.8). Desde a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas até à Con- O acordo TRIPS tem de ser aplicado de forma justa CAIXA 5.7 Tornar globalmente relevante o regime mundial dos direitos da propriedade intelectual Os recursos genéticos, o conhecimento tradicional e expressões do folclore ganharam novo valor científico, económico e comercial para os países em desenvolvimento. Mas, o impacte dos direitos de propriedade intelectual sobre a conservação, uso e partilha de benefícios, destes recursos tem sido controverso. Um regime de direitos de propriedade intelectual não é justo se for global na imposição, mas não o for nos instrumentos que providencia. A lei da propriedade intelectual – patentes, protecção dos direitos de autor, marcas comerciais, desenho industrial, indicações geográficas – surgiu das necessidades dos inventores na Revolução Industrial. Mas, os protectores dos recursos genéticos, do conhecimento tradicional e do folclore têm hábitos, instituições, necessidades e formas de trabalho diferentes, que não estão ainda reflectidos de forma adequada neste enquadramento. Em resposta, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) lançou, em 1998, uma iniciativa para tornar mais relevantes os direitos de propriedade intelectual. Os esforços envolvem o patrocínio de workshops para os povos indígenas e outros, sobre a protecção do conhecimento tradicional, a prestação de informação sobre o modo como o conhecimento tradicional se pode tornar parte do saber prioritário passível de investigação (para reduzir as hipóteses de serem atribuídas patentes a "invenções" já bem conhecidas nas comunidades tradicionais), a publicação de informação sobre leis e regimes consuetudinários e o registo de experiências das populações indígenas, utilizando os direitos de propriedade intelectual para proteger o seu conhecimento tradicional. Em 2000, os estados membros do OMPI criaram uma Comissão Intergovernamental sobre a Propriedade Intelectual e os Recursos Genéticos, Conhecimento Tradicional e o Folclore. Com a criação desta entidade, os estados membros mostraram que chegou a altura para a discussão intergovernamental destas questões. Para o trabalho da Comissão é fundamental a melhor compreensão e gestão das relações entre a propriedade intelectual e a conservação, o uso e partilha de benefícios dos recursos genéticos, conhecimento tradicional e folclore. O objectivo será o desenvolvimento de padrões de propriedade intelectual internacionalmente aceites, para a regulação do acesso e partilha de benefícios dos recursos genéticos e para a protecção do conhecimento tradicional e de expressões do folclore. O desfio é assegurar que o sistema internacional de propriedade intelectual se torna relevante e adequado para todas as comunidades. Fonte: WIPO 2001b; Wendland 2001. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 105 DESTAQUE 5.1 FACILITAR O ACESSO AOS MEDICAMENTOS DO HIV/SIDA ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO JUSTA DO TRIPS Em todo o mundo, 36 milhões de pessoas vivem com HIV/SIDA. Cerca de 70% destas estão na África Subsariana – um em cada sete quenianos adultos, um em cada cinco sul-africanos, um em cada quatro zimbabwenses e um em cada três botswanos. Esta epidemia tem sido comparada à peste do século XIV que varreu toda a Europa-só que agora existem tratamentos salvadores. Desde 1996, uma combinação de três medicamentos anti-retrovirais reduziu extraordinariamente as mortes por SIDA nos países industrializados. Estes medicamentos salvadores são produzidos sob patente por algumas empresas farmacêuticas nos Estados Unidos e Europa. Antes da Ronda do Uruguai das negociações do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT), durante a qual o acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio (TRIPS) foi adoptado, 50 países não davam protecção de patentes aos produtos farmacêuticos, o que lhes permitia produzir ou importar versões genéricas de baixo custo de medicamentos patenteados. Tal atribuição de patentes foi introduzida em França apenas em 1960, na Alemanha em 1968, no Japão em 1976 e na Itália, Suécia e Suíça em 1978. No entanto, o TRIPS exige patentes de produtos para 20 anos a todos os membros da Organização Mundial de Comércio. Ao mesmo tempo, o acordo permite aos países incluírem, nas legislações nacionais, salvaguardas contra os monopólios de patentes que poderiam ser prejudiciais em circunstâncias extraordinárias de interesse público. O acordo não impede os países de importarem medicamentos de marca que são vendidos mais baratos noutros países – conhecidos como importações paralelas. E, em alguns casos, permite aos países utilizarem patentes sem a permissão do seu detentor, em troca de um royalty razoável sobre as As diferenças na capacidade de financiar o tratamento da SIDA em 1999 Suíça Quénia Popula o 7 milh es 30 milh es Pessoas com HIV 17.000 2.100.000 Custo do tratamento de todos os infectados com medicamentos antiretovirais, a pre os de mercado mundiais, a cerca de 12.000 d lares por pessoa ao ano (d lares) 204 milh es 25 milh es Custo do tratamento em % do PIB 0,08 238 Despesa p blica com cuidados de sa de em % do PIB, 1998 7,6 2,4 Despesa total com cuidados de sa de em % do PIB, 1998 10,4 7,8 Fonte: UN 2001c; Hirschel 2000; World Bank 2001h; UNAIDS 2000b. 106 Uganda Zâmbia 23 milh es 820.000 10 milh es 870.000 10 milh es 154 10 milh es 336 1,9 3,6 6.0 7,0 vendas – conhecido como licenciamento compulsivo. A questão é que estas medidas podem tornarse em prática quando são mais necessárias. Prover acesso aos medicamentos é apenas uma parte do combate à SIDA – mas é uma parte importante. Pode aumentar significativamente a qualidade e duração de vida das pessoas já infectadas, assim como ajudar a prevenção, encorajando outras a fazerem testes, e reduzir a transmissão do vírus de mãe para filho. Mais, tais medicamentos podem dar uma motivação muito necessária para melhorar os sistemas de distribuição de serviços de saúde em países em desenvolvimento. Contudo, em Dezembro de 2000, os anti-retrovirais estavam avaliados mundialmente em 10.000 a 12.000 dólares, por paciente, ao ano, longe de serem comportáveis para governos de países onde vivem as pessoas mais afectadas. Àquele preço, em 1999, a prestação de tratamento teria custado ao Quénia pelo menos o dobro do seu rendimento nacional e à Zâmbia mais do triplo (ver quadro). Em consequência, apenas 0,1% dos 25 milhões de pessoas com HIV/SIDA na África Subsariana têm acesso a estes medicamentos salvadores. Estão a ser desenvolvidas duas respostas conjugadas a esta situação urgente: o estabelecimento dos preços dos medicamentos de marca, por níveis, e a produção de medicamentos genéricos. Várias iniciativas estão em curso para estabelecer preços diferenciados para os medicamentos de marca. A iniciativa de Aceleração do Acesso foi lançada em Maio de 2000 pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/SIDA e cinco das maiores empresas farmacêuticas: Boehringer Ingelheim, Bristol-Myers Squibb, F. Hoffman-La Roche, GlaxoSmithKline and Merck. As reduções dos preços têm sido negociadas por empresa e por país e, até Abril de 2001, os Camarões, Costa do Marfim, Mali, Ruanda, Senegal e Uganda negociaram preços que devem ser de 1.000 a 2.000 dólares por pessoa, ao ano. Mas, este processo não tem seguido, na prática, as expectativas: negociações lentas são contrárias à urgência da crise da SIDA e, com os termos dos acordos mantidos em segredo, alguns críticos suspeitam que as reduções de preços dependem da introdução de legislação ainda mais rigorosa sobre a propriedade intelectual. Eles têm apelado a reduções de preços mais acentuadas, indiscriminadas e anunciadas publicamente. A Merck, Abbott Laboratories, Bristol-Myers Squibb e Glaxo-SmithKline deram passos nessa direcção em Março de 2001 – o começo promissor daquilo que precisa tornar-se, urgentemente, uma tendência geral. Ao mesmo tempo, versões genéricas dos antiretrovirais estão a ser produzidas a preços muito abaixo RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 dos preços mundiais, por fabricantes no Brasil, Cuba, Índia e Tailândia. Em Fevereiro de 2001, a empresa indiana Cipla ofereceu uma terapia de três medicamentos combinados a 600 dólares por pessoa, ao ano, aos governos e a 350 dólares aos Médicos Sem Fronteiras e outras organizações não governamentais; muitos acreditam que, com o tempo e a concorrência, os preços dos medicamentos genéricos vão cair para 200 a 250 dólares. O desenvolvimento nos preços, tornado possível pelos genéricos, abriu extraordinariamente as possibilidades de tratamento nos países em desenvolvimento, como é mostrado pela política pioneira do Brasil. Em 1993, o Brasil começou a produzir antiretrovirais genéricos e distribuiu-os gratuitamente, poupando vidas e dinheiro. Desde 1996, as mortes caíram para metade; em 1997-99, o governo poupou 422 milhões de dólares em custos de hospitalização e mais cerca de 50 milhões na redução de custos de tratamento de doenças oportunistas. Estas duas respostas estão ligadas: os preços industriais têm caído frequentemente em resposta à concorrência efectiva ou potencial dos produtores de genéricos. Mas, embora isto crie concorrência, também cria controvérsia. Desde a Tailândia ao Brasil e África do Sul, empresas que produzem produtos farmacêuticos de marca têm-se oposto às estratégias dos países em desenvolvimento de combaterem o HIV/SIDA através da produção, ou da importação, de medicamentos genéricos de baixo custo – embora estas empresas tenham sido lentas na criação de acesso mundial aos seus medicamentos. São apresentados três argumentos para aquela oposição: os receios de reimportações, o âmbito do acordo TRIPS e os incentivos à investigação e desenvolvimento. Receios de reimportações As empresas farmacêuticas temem que, quer os medicamentos de marca, quer os genéricos de preços reduzidos, possam ser reimportados para os seus mercados de origem, reduzindo a sua base de vendas principal. Mesmo que os medicamentos mais baratos não se divulguem no mercado interno, a informação sobre os preços extraordinariamente mais baixos no estrangeiro irá divulgar-se, conduzindo os consumidores internos a procurá-los. Estes temores requerem políticas para os enfrentar. Educar os consumidores e agências de compras sobre as razões para preços diferentes nos países em desenvolvimento pode criar compreensão e aceitação do sistema de preços diferenciados. O controlo de exportações nos países em desenvolvimento e a exigência de previsões pelos fornecedores, podem impedir a emergência dos mercados de re-exportação. E dar nova designação e nova embalagem aos medicamentos de preços reduzidos, com formas e cores diferentes, poderá tornar as suas origens mais transparentes. Âmbito do acordo TRIPS Alguns detentores de patentes reclamam que os medicamentos genéricos da SIDA violam os seus direitos, segundo o acordo TRIPS. Mas em algumas circunstâncias, como para emergências nacionais, uso público não comercial e medidas antimonopolistas, o acordo permite aos governos emitir licenças compulsivas para produtores internos ou estrangeiros de medicamentos genéricos. Introduzido pela primeira vez na legislação Britânica sobre propriedade intelectual, em 1883, o licenciamento compulsivo tem sido parte da lei e da prática de muitos países durante mais de um século – incluindo a Austrália, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Até se juntar à de Comércio Livre Norte-Americano (NAFTA) em 1992, o Canadá emitia habitualmente licenças compulsivas para os produtos farmacêuticos, pagando uma taxa de royalty de 4% sobre o preço de venda líquido. Entre 1969 e 1992, tais licenças foram concedidas em 613 casos de importação ou fabricação de medicamentos genéricos. Só em 1991-92, esta prática poupou aos consumidores canadianos um valor estimado de 171 milhões de dólares em custos de medicamentos. Desde a adopção do acordo TRIPS, as licenças compulsivas têm sido usadas no Canadá, Japão, Reino Unido e Estados Unidos para produtos como os fármacos, computadores e produtos relacionados, software e biotecnologia – particularmente como medidas antimonopólio para evitar a pouca concorrência e os preços mais altos. Nos Estados Unidos, o licenciamento compulsivo tem sido utilizado como solução em mais de 100 acordos antimonopólio, incluindo casos que envolveram antibióticos, esteróides sintéticos e várias patentes de biotecnologia básica. Em contraste, nenhuma licença compulsiva foi emitida a sul do Equador. Porquê? A pressão da Europa e dos Estados Unidos levam muitos países em desenvolvimento a temer a perda do investimento directo estrangeiro se legislarem sobre licenças compulsivas, ou as utilizarem. Além disso, tentativas de uso destas licenças poderiam resultar em longos e dispendiosos litígios contra a indústria farmacêutica. Mas podem ser utilizados modelos legislativos alternativos para evitar a ênfase na litigação e para criar medidas adequadas às necessidades dos países em desenvolvimento. Transformar as medidas de licenciamento compulsivo em opções políticas realizáveis significa criar uma estrutura legal adequada aos países em desenvolvimento. Cinco aspectos que se recomendam: • Abordagem administrativa. Qualquer sistema que seja demasiado legalista, caro de administrar ou facilmente manipulável é de pouca utilidade; a me- GLOBAL INITIATIVES TO CREATE TECHNOLOGIES FOR HUMAN DEVELOPMENT 107 DESTAQUE 5.1 FACILITAR O ACESSO AOS MEDICAMENTOS DO HIV/SIDA ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO JUSTA DO TRIPS (continuação) Vendas de produtos farmacêuticos no mercado mundial, 2002 Percentagem dos rendimentos previstos América do Norte 41,8 Europa 24,8 Japão 11,3 América Latina & Caraíbas 7,5 Ásia do Sudeste/China 5,0 Médio Oriente 2,6 Europa do Leste 1,8 Subcontinente indiano 1,8 Australásia 1,3 África 1,3 CEI 0,8 Fonte: IMS HEALTH 2000. Indústrias lucrativas – Produtos farmacêuticos no topo da lista Retorno médio sobre o rendimento para 500 empresas Fortune, 1999 (percentagem) 20 Produtos farmacêuticos 15 Bancos comerciais Telecomunicações 10 5 Computadores, equipamento de escritório Produtos químicos Companhias de aviação lhor opção é uma abordagem administrativa que possa ser aerodinâmica e processual. • Medidas governamentais fortes. O acordo TRIPS dá aos governos amplos poderes para autorizar o uso de patentes para uso público não comercial e esta autorização pode ser acelerada, sem as habituais negociações. Nenhum país em desenvolvimento devia ter medidas de utilização públicas mais fracas do que a lei alemã, irlandesa, britânica ou norte-americana sobre tal prática. • Permissão de produção para exportação. A legislação deve permitir a produção para exportação, quando a falta de concorrência numa classe de medicamentos tenha dado ao mercado mundial produtor um poder que impede o acesso a medicamentos alternativos, ou quando os legítimos interesses do dono da patente estão protegidos no mercado de exportação – como, por exemplo, quando esse mercado fornece uma compensação razoável. • Regras credíveis sobre compensação. A compensação tem de ser previsível e fácil de administrar; as directrizes sobre royalties reduzem a incerteza e aceleram as decisões. A Alemanha tem usado taxas de 2 a 10%, enquanto no Canadá o Governo costumava pagar royalties de 4%. Os países em desenvolvimento poderiam ter um prémio extra de 1 a 2% para produtos de valor terapêutico especial e menos 1 a 2% quando a investigação e desenvolvimento tenha sido parcialmente coberta por fundos públicos. • A discussão exige divulgação. O ónus deverá cair sobre o detentor da patente para apoiar reclamações de que a taxa do royalty é inadequada. Isto ajudará a promover a transparência e a desencorajar reclamações intimidadoras mas injustificadas. Incentivos à investigação e desenvolvimento As empresas produtoras de fármacos de marca reclamam que a concorrência dos genéricos vai corroer os seus incentivos para investir na investigação e desenvolvimento longa e onerosa, a qual dura 12 a 15 anos e custa 230 a 500 milhões de dólares, por cada medicamento. Mas, as ameaças da concorrência dos genéricos são contestáveis. A África deverá contribuir para apenas 1,3% das vendas de fármacos, em 2002 – dificilmente uma parcela de mercado passível de influenciar as decisões de investimento mundial (ver figura em cima, à esquerda). 0 Fonte: Fortune 2000. 108 Para além disso, a alta rendibilidade da indústria farmacêutica incitou a uma maior exploração dos custos contraídos (ver figura em baixo, à esquerda). Muitos medicamentos da SIDA foram financiados com fundos públicos, através de investigação básica e aplicada e mesmo através de experiências clínicas. Mas uma vez transferidos sob licença exclusiva para as empresas farmacêuticas para desenvolvimento, acabam por ser patenteados e comercializados a preços de monopólio. Entender os verdadeiros custos da investigação e desenvolvimento para a indústria farmacêutica é fundamental para avaliar o impacte dos medicamentos genéricos nos incentivos ao investimento. Uma análise de séries de valores pode ser utilizada para decompor os custos de cada etapa, mas a falta de dados transparentes da indústria cria avaliações divergentes. Uma alternativa para discutir os dados é criar uma entidade pública, ou não lucrativa, de desenvolvimento de medicamentos, para levar a investigação pública até à etapa final e colocar os medicamentos resultantes no domínio público, para serem produzidos concorrencialmente e vendidos próximo do custo marginal. Entre Dezembro de 2000 e Abril de 2001, a possibilidade de tratamento transformou-se, para as pessoas com SIDA no mundo em desenvolvimento. O preço do tratamento caiu de, pelo menos, 10.000 dólares para menos de 600 dólares por pessoa, ao ano. Esta oportunidade deve ser levada à prática. Em Março de 2001, o governo do Botswana agarrou esta oportunidade, anunciando que ela iria proporcionar acesso nacional livre aos antiretrovirais. Globalmente, os recursos têm de ser mobilizados para criar um trust fund para prevenção e tratamento do HIV/SIDA, que poderia ser administrado pelas Nações Unidas, com base em medicamentos – incluindo genéricos – oferecidos ao melhor preço mundial. Em Abril de 2001, o Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, apelou a uma grande campanha para angariar 7 a 10 mil milhões de dólares anualmente para um fundo mundial destinado à batalha contra o HIV/SIDA e outras doenças infecciosas. Uma solução a mais longo prazo envolve a criação da capacidade de fabrico de produtos farmacêuticos nos países em desenvolvimento. Em Março de 2001, o Parlamento Europeu apoiou o uso do licenciamento compulsivo e apelou à cooperação tecnológica para reforçar a capacidade produtiva dos países em desenvolvimento. Um apoio mais amplo a estas medidas, seguido de acção, será essencial para assegurar que tal crise de acesso não ocorrerá de novo, quer com o HIV/SIDA, quer com futuras epidemias de saúde. Fonte: Correa 2001 and 2000; Harvard University 2001; Médecins Sans Frontières 2001a; Love 2001; Oxfam International 2001; Weissman 2001. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 venção para o Combate à Desertificação, pouca atenção tem sido dada aos compromissos sobre transferência de tecnologia. O fulcro do problema está em que, embora a tecnologia possa ser um instrumento de desenvolvimento, ela é também um meio de vantagem competitiva na economia mundial. O acesso às tecnologias do ambiente e farmacêuticas patenteadas, por exemplo, podem ser essenciais para proteger a camada de ozono e salvar vidas em todo o mundo. Mas para os países que as detém e as vendem, elas são uma oportunidade de mercado. Apenas quando os dois interesses se reconciliarem – através, digamos, de financiamento público adequado – a implementação justa do acordo TRIPS se tornará numa possibilidade real. EXPANDIR O INVESTIMENTO EM TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO As tecnologias em falta não são apenas uma questão de protecção imperfeita dos direitos da propriedade intelectual nos países em desenvolvimento. Alguns mercados são, economicamente ou ecologicamente, demasiado pequenos para motivar a investigação privada – local ou internacional – mesmo quando a propriedade intelectual está protegida. Quem investiria em investigação prolongada sobre vacinas, para serem vendidas a governos de países onde a despesa pública com a saúde é tão baixa quanto 10 dólares por pessoa, ao ano? Quem iria empreender uma investigação biotecnológica onerosa sobre uma variedade de mandioca, para ser vendida a agricultores de subsistência, em terras marginais, num punhado de países africanos? Quando os mercados são demasiado pequenos para motivar a investigação privada, o financiamento público é essencial – e os decisores políticos têm de tomar a liderança, trabalhando muito de perto com a indústria. A investigação e o desenvolvimento de tecnologias viradas para as necessidades dos pobres têm sido subfinanciados, desde há muito. Apesar das possibilidades das transformações tecnológicas, este continua a ser o caso. Sem um mecanismo de transferências mundiais, não existe uma fonte de financiamento empenhada. E o financiamento público voluntário, nacional e internacional é, desde há muito, inadequado. Em 1998, os 29 países da OCDE gastaram 520 mil milhões de dólares em investigação e desenvolvimento9 – mais do que o produto económico conjunto dos 30 países mais pobres do mundo.10 Nos últimos 10 anos, uma parcela crescente dessa investigação tem sido financiada pelo sector privado (figura 5.2). Contudo, apesar de tão elevado investimento, a investigação mantém-se deploravelmente inadequada às tecnologias mais necessárias ao desenvolvimento. Existem poucos dados disponíveis sobre quanto é gasto exactamente em necessidades de desenvolvimento – um sinal da falta de atenção dada a este problema. Em 1992, menos de 10% da despesa mundial de investigação com a saúde destinava-se a 90% dos encargos mundiais com as doenças. Apenas 0,2%, por exemplo, era dedicada à investigação sobre a pneumonia e a diarreia – 11% dos encargos mundiais com as doenças.11 Esta diferença de financiamentos gera diferenças na investigação e nos medicamentos. Em 1995 foram publicados mais de 95.000 artigos científicos relevantes sobre terapias, mas somente 182 – 0,2% do total – tratavam de doenças tropicais. E, dos 1223 novos medicamentos comercializados em todo o mundo entre 1975 e 1996, apenas 13 foram desenvolvidos para tratar doenças tropicais – e apenas 4 foram o resultado directo da investigação da indústria farmacêutica.12 A reafectação de apenas 1% da despesa mundial de investigação com a saúde contribuiria com um adicional de 700 milhões de dólares para a investigação prioritária sobre as doenças dos pobres.13 FIGURA 5.2 Despesas de investigação e desenvolvimento nos países da OCDE Milhares de milhões de dólares de 1998 600 500 Total 400 300 200 Estado 100 0 1990 1998 Fonte: Bonn International Center for Conversion 2000. CAIXA 5.8 Promessas no papel, execução inadequada Os compromissos de transferência de tecnologia são fundamentais para muitos acordos internacionais. Mas, assim que as negociações acabam, muitas destas medidas são ignoradas ou aplicadas superficialmente. O acordo TRIPS da Organização Mundial do Comércio apela aos países membros desenvolvidos para "darem incentivos às empresas e instituições nos seus territórios, com o objectivo de promover e encorajar a transferência de tecnologia para os países membros menos desenvolvidos, de forma a habilitá-los a criar um base tecnológica forte e viável". Contudo, as obrigações que isto impõe receberam atenção e acção inadequadas. O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozono compromete os países industrializados a dar todos os passos práticos para assegurar que os melhores substitutos ambientalmente seguros, disponíveis, e as tecnologias relacionadas, são rapidamente transferidos para os assinantes do Protocolo e que as transferências se fazem em condições justas e favoráveis. No entanto, a DuPont, detentora das patentes de substitutos CFC, recusou licenciar a produção destes substitutos a fabricantes dos países em desenvolvimento, como a Índia e a Coreia do Sul, onde o seu elevado custo de importação limitou a difusão alargada de uma tecnologia ambientalmente sã. A Convenção Sobre Diversidade Biológica procura a conservação da biodiversidade, o uso sustentado das suas componentes e a promoção da partilha justa dos benefícios que resultam do uso dos recursos genéticos – inclusivamente, através do financiamento e transferência apropriados das tecnologias relevantes. A Convenção criou um órgão subsidiário para identificar as tecnologias e know-how, inovadores, eficientes e mais avançados, relacionados com a conservação e uso sustentado da biodiversidade, e dar aconselhamento sobre as formas de promover o desenvolvimento e transferência de tais tecnologias. Mas, grande parte da atenção tem incidido sobre a biosegurança – importante mas, apenas uma das muitas funções necessárias para fazer com que a tecnologia apoie a preservação da biodiversidade. Fonte: WTO 1994; UNEP 1992a, e 1998; Juma e Watal 2001; Mytelka 2000. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 109 FIGURA 5.3 Investimento público na investigação agrícola Percentagem do PIB agrícola 3.0 Países industrializados 2.5 2.0 1.5 1.0 Países em desenvolvimento 0.5 0 1975 1995 Fonte: Pardley e Beintema 2001. FIGURA 5.4 Prioridades para a investigação e desenvolvimento em energia nos nos principais países industrializado Parcelas da despesa pública na I&D em energi 1985-99 (percentagem) 57 10,7 7,5 Nuclear Combustível Renovável fóssil Nota: Refere-se aos 23 principais países industrializados. Fonte: IEA 2000. 110 Embora a investigação agrária ofereça um potencial tremendo às melhorias de produtividade, nos países em desenvolvimento ela está a atrasar-se. Por cada 100 dólares de PIB agrícola, em 1995, os países industrializados reinvestiram 2,68 dólares em investigação e desenvolvimento agrário público; os países em desenvolvimento, apenas 0,62 dólares (figura 5.3).14 A investigação agrária é negligenciada quer pelos governos nacionais quer pela comunidade internacional. Porquê? Primeiro, por causa da percepção de que o excesso mundial de bens alimentares significa que a investigação em produtividade já não é necessária. Mas aquele excesso não está nas mãos das pessoas que precisam dele: aumentos de produtividade para os agricultores de baixos rendimentos continuam a ser essenciais para aumentar a segurança alimentar e erradicar a pobreza. Segundo, com a diminuição dos preços mundiais dos bens alimentares, as políticas agrícolas proteccionistas – particularmente na União Europeia – estão a resultar em exportações de bens alimentares a baixos preços para os países em desenvolvimento, pelo que os mercados locais estão a ser debilitados. Terceiro, os aumentos na investigação agrícola privada dos países industrializados tornaram menos clara a necessidade de manter o investimento público nas culturas e necessidades dos países em desenvolvimento. A investigação pública agrária internacional está igualmente em dificuldades, apesar da evidência clara dos seus elevados retornos. O financiamento para o Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional estagnou: cresceu de menos de 300 milhões de dólares ao ano nos anos 70 para um pico de 378 milhões de dólares em 1992, mas até ao ano 2000 diminuiu para 336 milhões de contos.15 Ao mesmo tempo, o número de centros de investigação na rede cresceu e o seu mandato alargou-se. O efeito? Os recursos para a investigação destinada a aumentar a produtividade das culturas caíram de 74% do total, entre 1972-76, para 39%, entre 1997-98.16 As tecnologias de novas energias estão também subfinanciadas. A despesa de investigação e desenvolvimento é baixa, quer em relação ao valor directo da despesa com energia, quer em relação aos impactes ambientais negativos das fontes convencionais de energia. Depois da alta súbita que o financiamento sofreu na sequência da crise energética de 1979, a investigação e desenvolvimento sobre a energia têm vindo a cair: para 23 dos principais países industrializados, a despesa pública reduziu-se de 12,5 mil milhões de dólares, em 1985, para 7,5 mil milhões de dólares, em 1999 (a preços de 1999).17 Apenas nove países da OCDE contabilizam mais de 95% da investigação e desenvolvimento mundial sobre energia com financiamentos públicos,18 e a questão central não está nas tecnologias compatíveis com as atribuições de recursos, necessidades e capacidades dos países em desenvolvimento. As energias renováveis, um potencial benefício para os países em desenvolvimento, recebem pouca atenção. Embora a sua parte na investigação e desenvolvimento sobre energia dos principais países industrializados tenha duplicado depois de 1975, ela representou, em média, apenas 7,5% do total, entre 1985 e 1999 (figura 5.4). O resultado: um vivo contraste entre a agenda de investigação mundial e as necessidades de investigação mundiais. • Em 1998, a despesa mundial de investigação sobre a saúde foi de 70 mil milhões de dólares; apenas 300 milhões de dólares foram dedicados a vacinas contra o HIV/SIDA e cerca de 100 milhões de dólares à investigação sobre a malária.19 • A investigação agrária privada ultrapassou 10 mil milhões de dólares em 1995; o Grupo Consultivo para a Investigação Agrícola Internacional estima que irá necessitar apenas de 400 milhões de dólares anuais, para cumprir a sua agenda de investigação nos próximos anos, mas ainda não conseguiu aumentá-la.20 • Em 1998, os países da OCDE investiram 51 mil milhões de dólares em investigação sobre a defesa – um contraste óbvio de prioridades.21 Porque é que o financiamento público da investigação para o desenvolvimento humano é tão baixo? Em parte, porque o investimento em tecnologia raramente tem sido visto como um instrumento central de desenvolvimento. Entre as agências bilaterais e multilaterais tem havido, desde há muito, uma falta de empenho institucional nos programas de investigação: • Foco nacional mais do que mundial. A noção de programação mundial não é ainda familiar em muitas agências, e as intervenções dos países não se centram em bens públicos mundiais, tais como a vacina contra a tuberculose, ou a investigação básica sobre o plasma biológico. • Inexistência de avaliação clara do uso desses recursos. O sistema de relato para a ajuda dos doadores da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento não inclui uma linha orçamental para os recursos atribuídos à investigação e desenvolvimento. Tal linha é necessária para prestar informação sobre esses esforços e encorajar uma maior atenção sobre eles. • Demasiadas pequenas iniciativas. As pequenas iniciativas podem ser experimentais e inovadoras, mas esforços demasiado fragmentados – em vez de investi- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 mentos estrategicamente coordenados – negligenciam as necessidades de investimento maiores. • Exigência de resultados a curto prazo. Os programas de desenvolvimento de base tecnológica bem sucedidos exigem longa experimentação. Mas a política e os horizontes de curto prazo de muita da ajuda bilateral e multilateral, limitaram investimentos que levam 15-20 anos a mostrar resultados. As fundações privadas, a maior parte nos Estados Unidos, têm vindo a assumir algum do combate ao abrandamento, desde as fundações Rockefeller e Ford que financiaram a revolução verde nos anos 60 e 70, até à Fundação Gates com a sua enorme ajuda actual à investigação sobre saúde pública. Mas os montantes que elas providenciam são ainda pequenos. As fontes tradicionais de financiamento precisam de ser renovadas e as novas fontes, asseguradas. • Doadores bilaterais. Se os governos doadores aumentassem a ajuda pública ao desenvolvimento em cerca de 10% e dedicassem o aumento à investigação tecnológica, desenvolvimento e difusão, haveria 5,5 mil milhões de dólares na mesa (com base na ajuda de 1999). Eles poderiam ir mais longe e tomar a sério o padrão estabelecido para a ajuda pública ao desenvolvimento, de 0,7% do PNB. Se o tivessem feito, em 1999 a ajuda pública ao desenvolvimento teria aumentado de 56 mil milhões de dólares para 164 mil milhões de dólares22 – e, dedicar 10% deste valor à tecnologia, teria gerado mais de 16 mil milhões de dólares. • Governos dos países em desenvolvimento. Alguns países em desenvolvimento estão a financiar projectos de investigação sofisticados, um meio essencial para tornar os esforços mundiais localmente relevantes. Mesmo para os governos com orçamentos limitados, o investimento na adaptação local da investigação é essencial e pode ter elevados ganhos. Mas às vezes o problema não é uma falta de fundos. Em 1999, os governos da África Subsariana dedicaram 7 mil milhões de dólares às despesas militares.23 Seria essa a escolha certa das prioridades, para um continente com necessidades tecnológicas tão urgentes noutras áreas? Desviar apenas 10% teria aumentado 700 milhões de dólares, mais do dobro da despesa corrente com a investigação de vacina do HIV/SIDA. • Organizações internacionais. Os governos membros das organizações internacionais não conjugaram a retórica da preocupação com os problemas mundiais com um empenhamento sério. Muitos destes problemas – a propagação da doença, riscos ambientais – são causados ou podem ser enfrentados pelas aplicações tecnológicas. As agências das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde e a Organização para a Alimentação e Agricultura têm um mandato para ajudar os países em desenvolvimento a explorar os benefícios e gerir os riscos da tecnologia. Mas para o fazer, necessitam de uma liderança inspirada e financiamento adequado dos seus membros. Os membros dos governos doadores do Banco Mundial e de bancos de desenvolvimento regional, estabeleceram fundos de garantia para a investigação agrária e programas ambientais. A mesma abordagem poderia ser utilizada para aumentar os fundos que os bancos podem distribuir (incluindo a grupos privados) para assegurar que os países em desenvolvimento beneficiam de novas possibilidades tecnológicas Os accionistas podiam igualmente concordar em utilizar algum do rendimento dos bancos para estas iniciativas mundiais – embora isso requeresse amplo consenso entre os que pedem empréstimos e os que não pedem. Em 2000, cerca de 350 milhões de dólares do rendimento do Banco Mundial foram transferidos para o seu departamento de empréstimos sem juros, para empréstimos aos países mais pobres.24 Um montante muito mais pequeno, dedicado ao desenvolvimento tecnológico para países de baixos rendimentos, permitiria ir muito longe. • Trocas de dívida por tecnologia. Em 2000, os pagamentos oficiais do serviço da dívida pelos países em desenvolvimento foram de 78 mil milhões de dólares.25 Uma troca de apenas 1,3% deste serviço da dívida por investigação e desenvolvimento tecnológico teria gerado mais de mil milhões de dólares. • Fundações privadas. Umas quantas fundações tiveram um empenhamento exemplar no investimento em investigação de longo prazo; muitas outras poderiam seguir esse exemplo. E os países em desenvolvimento podiam introduzir incentivos fiscais para encorajar os seus multimilionários a criar fundações com um campo de acção regional. Em 2000, o Brasil tinha 9 multimilionários com uma riqueza conjunta de 20 mil milhões de dólares, a Índia tinha 9 com 23 mil milhões, a Malásia tinha 5 com 12 mil milhões, o México tinha 13 com 25 mil milhões, a Arábia Saudita tinha 5 com 41 mil milhões.26 Tais fundações podiam dar importantes contributos para agendas de investigação regionalmente relevantes. • Indústria. Com os seus recursos financeiros, intelectuais e de investigação, a indústria poderia dar um contributo inestimável atribuindo uma parcela dos lucros à investigação sobre produtos não comerciais – uma sugestão feita pelo director de investigação da Novartis, uma das maiores companhias farmacêuticas suíças. Considerando apenas a indústria farmacêutica, se as 9 maiores entre as 500 companhias Fortune tivessem dedicado somente 1% dos seus lucros a tal in- INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO Há um vivo contraste entre a agenda da investigação mundial e as necessidades de investigação mundiais 111 Grupos regionais poderiam reunir os fundos nacionais para criar fundações científicas regionais vestigação em 1999, teriam gerado 275 milhões de dólares.27 Os fundos derivados destas diversas fontes poderiam ser distribuídos de várias maneiras, de forma a tirar partido de novas parcerias e estruturas institucionais. Grupos regionais, tais como a reavivada Comunidade da África Oriental, poderiam reunir os fundos nacionais para criar fundações científicas regionais – modeladas pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos – que se centrassem nas necessidades regionais e canalizassem auxílios para as instituições regionais e mundiais melhor equipadas para trabalhar no novo ambiente de investigação. Os fundos de doadores poderiam juntar-se a elas, construindo centros regionais fortes que estabelecessem as suas próprias prioridades e agendas de investigação. PROVISÃO DE APOIO INSTITUCIONAL REGIONAL E MUNDIAL Sem cooperação mundial, muitos bens públicos irão deixar de ser fornecidos em quantidades suficientes nos mercados nacionais, ou falham completamente. São necessárias iniciativas, quer regionais, quer mundiais. COOPERAÇÃO REGIONAL : enormes poupanças. Depois dos custos de pessoal, os produtos farmacêuticos são geralmente o maior item nos orçamentos públicos de saúde. Assim, em 1986, os nove governos da Organização dos Estados das Antilhas Orientais juntaram as suas aquisições de produtos farmacêuticos. As compras por grosso favoreceram preços muito mais baixos: em 1998 os preços contratados regionalmente foram 38% mais baixos do que os preços por cada país individualmente.28 As alianças regionais estão também a ser utilizadas na criação de infra-estruturas para transpor a desigualdade digital. A Associação dos Estados do Sudeste Asiático (ASEAN) lançou o Grupo de Trabalho do Comércio Electrónico da ASEAN em 1999. Enquanto primeiro corpo consultivo público-privado da ASEAN, o grupo de trabalho está a desenvolver uma acção regional abrangente para competir na economia de informação mundial, com o investimento privado centrado na criação de infra-estruturas e a política pública centrada na criação de melhor ambiente legal e regulador. Um acordo de referência sobre políticas regionais recebeu, então, o empenho dos governos membros em matérias que variam entre o alargamento da capacidade de conexão e criação de conteúdo, até à criação de um ambiente regulador sem entraves e um mercado electrónico comum. FORMAÇÃO DE ALIANÇAS INICIATIVAS MUNDIAIS: PROVISÃO DE APOIO Mercados amplos, consistentes, acessíveis, estimulam melhor o investimento tecnológico, tornando mais fácil a cobertura dos custos de investigação e infra-estruturas. Os países pequenos podem ultrapassar as barreiras da dimensão, criando alianças regionais para desenvolver a investigação, fazer aquisições conjuntas e construir infra-estruturas. As alianças na investigação e difusão de tecnologias podem ser eficazes se consagrarem uma preocupação regional comum e puserem em comum qualificações e recursos. Na investigação agrária, por exemplo, a adaptação local da investigação internacional é sempre necessária. Mas para os países pequenos, em regiões ecologicamente idênticas, os sistemas de investigação agrária autónomos – cada um investigando um conjunto de culturas e de problemas – podem não fazer sentido, devido à sobreposição de despesas gerais e duplicação de investigação. A Internet cria redes de colaboração mais fáceis do que nunca. As iniciativas na África Central e Oriental e na América Latina mostram o potencial para tal colaboração (caixa 5.9). Da mesma maneira, as alianças para baixar os custos dos produtos de tecnologia sofisticada podem colher 112 Os mecanismos formais e informais de governação podem ajudar a preencher os mercados incompletos, a proteger os recursos comuns, a promover normas comuns e a prestar informação. Seguem-se alguns exemplos. Preenchimento dos mercados incompletos. Instituições financeiras fracas em países em desenvolvimento podem entravar a difusão de tecnologias altamente eficazes. Há uma enorme procura potencial de electricidade nos mercados exteriores às redes eléctricas, especialmente nas áreas rurais, e os sistemas fotovoltaicos solares para usos domésticos oferecem uma forma segura de satisfazer a procura de electricidade, com eficiência de custo e ambientalmente limpa. No entanto, eles atingiram muito menos de 1% do mercado potencial. Três das razões são financeiras: a falta de um financiamento de médio prazo que permitisse às famílias repor, ao longo do tempo,29 o custo de instalação de 500-1000 dólares, uma falta de conhecimento sobre os mercados fotovoltaicos pelos intermediários financeiros convencionais e uma fraca capitalização de muitas companhias fotovoltaicas. Para preencher a la- RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 cuna a uma escala mundial, o Banco Mundial, a International Finance Corporation e várias organizações não lucrativas, estabeleceram a Solar Development Corporation. Através da prestação de financiamento, capital de funcionamento e aconselhamento nos negócios aos distribuidores fotovoltaicos nos países em desenvolvimento, a iniciativa ajudará o mercado a descolar. Protecção dos recursos comuns. A biodiversidade fornece aos agricultores e cientistas as matérias-primas – recursos em plantas genéticas – para criar culturas mais robustas, nutritivas e produtivas. A protecção e preservação das variedades tradicionais de culturas dão um contributo essencial ao desenvolvimento agrícola, embora muitas destas culturas tenham sido substituídas por novas variedades e já não possam ser encontradas nos campos dos agricultores. Actualmente, mais de 6 milhões de amostras de recursos em plantas genéticas são conservadas em cerca de 1.300 colecções nacionais, regionais, internacionais e privadas. Mas em resultado da extensiva duplicação entre colecções, 11 Centros de Colheitas Futuras mantém colectivamente 60% das amostras únicas mundiais, nos seus bancos de genes. Em 1996, 150 países chegaram a acordo sobre um Plano de Acção Global para Recursos em Plantas Genéticas, prometendo desenvolver um sistema mundial de bancos de genes, racional, para eliminar duplicações e melhor coordenar as colecções mundiais. A execução deste plano irá custar um valor estimado em mil milhões de dólares – equivalentes a apenas 3% da despesa anual com a investigação agrária mundial entre 1993-95.31 Existem igualmente recursos comuns para proteger e aumentar a computação. Softwares de fontes abertas são o resultado de quantidades inumeráveis de contribuições voluntárias de todo o mundo. Os pormenores de funcionamento do software não podem ser ocultados, assim como o software patenteado, e deve manter-se acessível a todos que o queiram consultar – tornando – o ideal para aprender o desenvolvimento do software e adequado para a adaptação local, um benefício nos países em desenvolvimento. O seu custo é baixo, frequentemente grátis, permitindo aos governos fazer com que os seus orçamentos de tecnologias de informação e comunicações vão bastante mais longe. Software de fontes abertas podem acelerar a revolução da tecnologia de informação e comunicações se a sua utilização descolar numa escala suficientemente ampla. Em que é que as iniciativas mundiais podem ajudar? Para começar, o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre as Tecnologias de Informação e Comunicações poderia dar publicidade aos seus benefícios, estimulando a investigação e desenvolvimento local nos países pobres. As iniciativas poderiam financiar a investigação em aplicações para os países em desenvolvimento, aumentar o conhecimento sobre o software de fontes abertas entre os decisores políticos e advogar o seu uso no sector público – uma opção já tomada em países como o Brasil, China e México. Promoção de normas comuns. As normas comuns são essenciais para uma inovação e produção de tecnologias mundialmente difundida. Sem elas, a incerteza e a falta de credibilidade fragmentam o mercado e estilhaçam a procura. Até há pouco as pilhas, conversores e baterias que constituem os sistemas de energia fotovoltaicos não seguiram nenhum produto mundial ou sistema padrão – causando problemas de qualidade CAIXA 5.9 ASARECA e FONTAGRO – promoção da colaboração regional na investigação pública agrícola Cada um dos 10 países da África Oriental e Central possui um pequeno sistema de investigação agrícola nacional. Em 1998, estes sistemas empregavam o equivalente a 2.300 cientistas a tempo integral – comparativamente a 2.000 na Indonésia e 40.000 tanto na China como na Índia. Dada a dimensão da região e a diversidade ecológica, nenhum país poderia responder sozinho a todas as suas necessidades de investigação. Por conseguinte, foi fundada, em 1994, a Associação para o Reforço da Investigação Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA), para melhorar a gestão dos sistemas nacionais de investigação agrícola, aumentar o uso eficiente de recursos escassos, obter economias de escala e tornar a investigação mais capaz de responder às necessidades dos agricultores e às exigências do mercado. A ASARECA constitui também uma forma de canalizar apoio dos centros internacionais de investigação agrícola, dos institutos de investigação avançada, do sector privado e dos doadores. A Associação coordena 18 redes, programas e projectos, concentrados em produtos primários como o milho, trigo, hortícolas e bananas, assim como em questões transversais como a informação e comunicações, o processamento pós-colheitas e os recursos de plantas genéticas. Os resultados têm sido impressionantes. A rede da batata, por exemplo, foi estabelecida em 1994, porque cada país tinha apenas um ou dois cientistas concentrados no estudo da batata e da batatadoce. A reunião das competências num fundo comum gerou uma massa crítica de conhecimentos especializados: uma rede equivalente a 22 cientistas a trabalhar a tempo inteiro sobre a batata e 15 sobre a batata-doce. Desde 1998, esta rede lançou, na região, 14 novas variedades de batata e 16 de batata-doce. As novas variedades são resistentes às doenças, tolerantes aos solos ácidos e marginais e têm melhor qualidade pós-colheitas. Além disso, os rendimentos destas variedades melhoradas são, no mínimo, três vezes superiores aos das variedades locais. Financiada a 30% pela Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional e a 70% pelos sistemas de investigação nacionais, a rede da batata está a dar bons resultados para o financiamento da investigação. Na América Latina e Caraíbas, o Fundo Regional de Tecnologia Agrária (FONTAGRO) foi criado, em 1998, para promover a investigação agrária de interesse para os países da região e das Américas. Um fundo programado de 200 milhões de dólares está a ser constituído pelos países membros. A FONTAGRO concede subvenções aos institutos públicos de investigação e empresas, às universidades e organizações não governamentais, que trabalham com organizações de investigação regionais e internacionais. Os projectos de investigação, seleccionados de forma competitiva e transparente, concentram-se nas questões prioritárias identificadas entre os ecossistemas agrícolas da região. Vinte projectos diferentes estão a ser financiados presentemente, variando da batata, papaia e árvores de frutos andinos até ao café, bananas e arroz. Ao apoiar a investigação de relevo na região, a FONTAGRO está a promover a investigação aplicada e estratégica em centros nacionais de investigação. E ao colocar os investigadores em rede, está a ajudar a transferir e construir capacidade técnica da maior relevância para a região. Fonte: Mrema 2001; Moscardi 2000; FONTAGRO 2001. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO 113 As instituições internacionais estão a lutar para enfrentar os desafios da transformação tecnológica 114 e frustração dos consumidores e arriscando a reputação de toda a tecnologia. Em resposta, em 1997, a indústria, as instituições financeiras e as agências governamentais formaram o Programa de Aprovação Mundial dos Sistemas Fotovoltaicos. Esta organização não lucrativa promove padrões internacionais, processos de gestão de qualidade e de formação organizativa sobre o projecto, produção, venda, instalação e manutenção, dos sistemas fotovoltaicos. Da mesma maneira, as normas comuns são essenciais para a unidade e alargamento da Internet. Protocolos como, por exemplo, o Protocolo de Controlo de Transmissões/Protocolo Internet (TCP/IP) – projectado para maximizar a conexão entre sistemas informáticos – são modelados e refinados pelo Grupo de Trabalho de Engenharia de Internet, o principal fórum mundial para os promotores, operadores e vendedores de software. À medida que os padrões da Internet evoluem, os principais intervenientes da indústria vão pressionar para que os seus padrões patenteados sejam utilizados, dando-lhes vantagem de mercado mas ameaçando impedir a inovação competitiva. O grupo de trabalho vai ter de resistir àquela pressão e assegurar que as estruturas básicas da Internet são abertamente negociadas e estão disponíveis aos promotores em todo o mundo. Prestação de informação. Uma informação acurada e atempada sobre as oportunidades do mercado mundial é crucial para dar aos decisores políticos, nos países em desenvolvimento, oportunidades de adquirir, adaptar e utilizar as tecnologias. A Internet é o veículo ideal para assegurar que tal informação está disponível para os decisores políticos em toda a parte. Que tipo de informação é necessário? • Fornecimentos médicos. Dados sobre fornecedores, preços e estatuto das patentes dos medicamentos de qualidade aprovada, genéricos ou de marca, são essenciais para permitir aos decisores políticos fazer o melhor com os seus sobreesticados orçamentos de saúde. Esta função foi mandatada pela Assembleia Mundial de Saúde devido à sua importância na atribuição de poder aos governos para negociarem as aquisições. • Uma câmara de compensação da propriedade intelectual. Identificar e registar os pedidos de patentes individuais da investigação sobre biotecnologia agrícola é complexo. Um comércio mundial mais justo e mais eficiente de materiais genéticos patenteados, plasma biológico e tecnologias aplicadas, tornar-se-ia possível através de câmaras de compensação. Identificando toda a propriedade intelectual relevante para uma dada tecnologia, identificando o que está disponível para uso, e como, estabelecendo um esquema de preços e monitorizando e impondo contratos, a câmara de compensação poderia ser um passo importante no sentido de resolver o problema colectivo da investigação agrária. • Os custos de ligação à Internet. Em todo o mundo, as pessoas pagam preços muito diferentes para aceder à Internet, frequentemente devido às tarifas discriminatórias cobradas pela backbone, nos Estados Unidos, ou devido aos altos custos das chamadas telefónicas domésticas. Um serviço valioso seria o de fornecer dados on-line para todos os países, mostrando os custos comparativos das tarifas internacionais, os fornecedores de serviços da Internet e as chamadas telefónicas locais. Um maior conhecimento das discrepâncias injustificadas capacitaria os decisores políticos e os grupos de consumidores para exigir tarifas niveladas mensalmente aos prestadores de serviços Internet, tarifas telefónicas internacionais transparentes e não discriminatórias e taxas niveladas, e chamadas telefónicas locais baratas. REORIENTAR AS INSTITUIÇÕES E INICIACTIVAS INTERNACIONAIS As instituições internacionais estão a lutar para enfrentar os desafios da transformação tecnológica. Dado que novos desafios, como doenças contagiosas, degradação ecológica, crimes electrónicos, armas de biosegurança e biológicas, vão continuar a surgir, são necessárias novas atitudes e abordagens para criar os enquadramentos institucionais que possam enfrentá-los. Sendo o lugar de encontro dos governos mundiais, as Nações Unidas têm um papel a desempenhar, mas são necessárias inovações institucionais. O que pode ser feito? Reconhecer que a governação da tecnologia mundial começa em casa. A governação mundial da tecnologia é largamente uma expressão da vontade colectiva – frequentemente desequilibrada – dos governos e de outros actores, de reconhecer a importância da ciência e tecnologia no desenvolvimento. Os acordos mundiais só são eficazes na medida em que os governos estejam empenhados em fazê-los. O primeiro passo é o dos países reconhecerem que a saúde pública, a alimentação e nutrição, a energia, as comunicações e o ambiente, são questões de política pública merecendo séria atenção através de uma política de tecnologia. Por exemplo, o reconhecimento pelo Departamento de Estado Norte-Americano do HIV/SIDA como uma questão de segurança nacional ajudou a melhorar o RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 perfil da saúde pública global. Muito poucos países em desenvolvimento seguiram este exemplo, embora a falta de saúde e a fome sejam as maiores ameaças à segurança humana em muitos deles. Dar maior prioridade nacional à ciência e tecnologia pode trazer um novo impulso à articulação destas ameaças ao nível global. Lançar novas ideias sobre tecnologia e desenvolvimento. A atenção inadequada ao papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento humano é uma das principais insuficiências do sistema mundial que governa a mudança tecnológica. Apesar do reconhecimento generalizado de que o conhecimento é fundamental para o desenvolvimento, a programação tradicional feita pelas principais organizações para o desenvolvimento tem ainda de adoptar as novas ideias. As Nações Unidas poderiam dar a volta à questão e tornar-se num fórum de reunião das instituições que lideram a ciência e tecnologia mundial, para identificar as novas áreas de investigação que podem trazer a ciência e tecnologia para o centro do pensamento do desenvolvimento. Melhorar a coordenação na prestação de cooperação e assistência tecnológica. Quando a assistência ao desenvolvimento para a construção de infra-estruturas e capacidade tecnológicas provém de várias fontes, pode ser ineficiente, criando duplicação e incompatibilidade entre os sistemas tecnológicos. É essencial uma melhor coordenação entre os doadores para assegurar que a sua assistência é útil, em vez de entravar o desenvolvimento tecnológico. O Grupo dos Oito (G-8) Países Mais Industrializados está na vanguarda da produção de tecnologias de informação e comunicações. Na Cimeira de Okinawa, em Julho de 2000, os líderes do G-8 criaram o Grupo de Trabalho para as Oportunidades Digitais, ou Força DOT, para coordenar os seus diferentes planos de redução da divisão digital mundial. A Força DOT inclui membros dos sectores publico, privado e não lucrativo, de cada país G-8, assim como representantes de governos de nove países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, a China e a Índia. A colaboração visa assegurar que a assistência se centra na prestação das infra-estruturas tecnológicas de informação e comunicações mais coerente para os países em desenvolvimento, aumentando a coerência entre as diversas iniciativas, promovendo formas inovadoras de parceria entre o publico e o privado para tratar das questões, e mobilizando ajuda pública ao desenvolvimento adicional para este esforço internacional. Criar capacidade de análise política. Os decisores políticos dos países em desenvolvimento têm de estar preparados para obter as melhores tecnologias para os seus países. Mas as questões são de uma complexidade sem precedentes. Os doadores bilaterais e multilaterais poderiam dar muito maior apoio à formação para que os decisores políticos desenvolvam uma análise de política tecnológica, lançando um novo quadro profissional – muito necessário para clarificar o papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento. As entidades científicas nacionais poderiam identificar as necessidades de formação e encorajar as universidades a desenvolver currículos apropriados. É necessária capacidade, quer interna, quer internacionalmente. É largamente aceite que as prioridades locais devem determinar a ajuda ao desenvolvimento. Mas, na prática, isso é ainda frequentemente a excepção: muitas estratégias de desenvolvimento são ainda conduzidas pelos interesses dos doadores, desde a escolha de como atacar a malária, até quais as culturas que devem ser objecto de investigação. Uma maior defesa da política nacional é essencial para alterar completamente estas participações. A nível internacional, é necessária capacidade para empreender negociações. A experiência recente com as negociações sobre biosegurança e no acordo TRIPS, mostra que apenas alguns países em desenvolvimento têm recursos para negociar posições que sejam reflexo dos interesses das suas populações. Um maior entendimento ajudará a produzir acordos mais justos do que aqueles que actualmente causam debates tão acrimoniosos. Dado o provável impacte das novas regras sobre as perspectivas da tecnologia nos países em desenvolvimento, é crucial um papel mais activo nas negociações mundiais. A atenção dada a estes debates tem aumentado ao longo dos últimos anos, mas os países em desenvolvimento têm ainda demasiado poucos delegados relativamente às suas populações. Nas negociações sobre o futuro dos recursos de plantas genéticas, por exemplo, os países com desenvolvimento humano baixo e médio estão invariavelmente sub-representados (figura 5.5). Estas e muitas outras negociações continuam a ser conduzidas por poucos países industrializados. O financiamento à participação dos países em desenvolvimento não está garantido, portanto os delegados estão frequentemente em dúvida sobre a sua participação até ao último minuto, chegam mal preparados e dividem-se entre demasiados encontros. Os efeitos sobre as regras do jogo resultantes são inevitáveis. Criar regras de jogo justas. As instituições que administram as questões da tecnologia tendem a ser financiadas e conduzidas por países ou grupos já comprometidos. Mas estas instituições podem ter uma enorme influência sobre as hipóteses de outros de utilizarem tecnologia, criando potencialmente en- INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO A atenção inadequada ao papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento humano é uma das principais insuficiências do sistema mundial que governa a mudança tecnológica 115 FIGURA 5.5 De quem são as vozes ouvidas nas negociações internacionais? Representação nas negociações, 1998 Países no Mundo IDH baixo IDH elevado IDH médio Representação nas negociações do Empreendimento Internacional sobre Recursos Genéticos das Plantas (FAO) Representação nas negociações da Convenção sobre Diversidade Biológica Font: Mooney 1999a; UNDP 2000d. viesamentos contra os últimos a chegar ao jogo. Como em todas as áreas da governação, é necessária transparência e participação equilibrada. O sistema de atribuição de nomes de domínio da Internet é um exemplo do desafio à provisão de tal equilíbrio – e é uma experiência sem precedentes na sua consecução (caixa 5.10). As negociações internacionais têm falhado frequentemente no estabelecimento de regras de jogo ou na implementação justa dessas regras, criando grande controvérsia sobre a interpretação de acordos globais e a resolução de disputas internacionais. Os grupos da sociedade civil oferecem uma importante pressão compensatória e, por vezes, tomam a liderança no apelo à mudança. Atrair a atenção mundial para uma questão constitui o primeiro passo, como mostram os dramáticos desenvolvimentos e alterações de posição no acesso aos medicamentos do HIV/SIDA. O foco recaiu sobre as companhias farmacêuticas, em parte porque elas parecem ser os únicos actores envolvidos. Mas se as suas estratégias forem contrárias ao interesse público, as regras do jogo têm de ser alteradas – e isso é uma questão de política pública. A indústria reage a regulamentações e incentivos, que são modelados pelos governos. Parece simples, mas existem várias complicações. CAIXA 5.10 Quem administra a Internet? A ICANN! A governação mundial da Internet está a ser construída. A Internet Coorporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), uma entidade privada não lucrativa sedeada nos Estados Unidos, foi encarregada de gerir os recursos centrais de infra-estruturas da Internet. Para os dados na Internet encontrarem o seu caminho, desde o remetente até ao destinatário, desenrola-se um sistema complexo de endereçamento de nomes (nomes de domínio) e correspondentes números (Protocolo Internet ou números IP). Estes nomes e números, conhecidos como Sistema de Nomes de Domínio (DNS), constituem o fulcro da Internet. A governação da Internet estava habitualmente enraizada na comunidade de investigação dos Estados Unidos e era administrada bastante informalmente. Mas o crescimento explosivo da Internet, a difusão por todo o mundo e a comercialização intensificada, torna desapropriada a governação informal. Assim, em 1998, o Governo dos Estados Unidos iniciou um processo para formalizar estruturas de governação – dando vida à ICANN. As avaliações da ICANN variam. O seu processo de auto-organização mandatado temse demonstrado extraordinariamente cuidaFonte: Zinnbauer 2001d. 116 doso, levando a um complexo sistema de comissões consultivas e organizações de apoio. Num exercício altamente publicitado, no passado ano 2000, a ICANN escolheu alguns dos seus membros de direcção através de eleições globais on-line; outros foram designados com base em regras menos transparentes. Alguns observadores salientam a importância da ICANN como experiência histórica, sem paralelo, de novas formas de governação para um fenómeno mundial de múltiplos participantes. Outros expressam preocupações com a potencial apropriação por grupos de interesses específicos. Para garantir responsabilidade na governação da Internet e para acomodar os recém-chegados dos países em desenvolvimento, um debate aberto tem de consagrar: • Transparência – debate aberto e informação para todos os participantes. • Representação – inclui governos, promotores de tecnologia da informação, utilizadores da Internet actuais e futuros, e países de todas a regiões. As eleições on-line da ICANN são inovadoras, mas limitadas àqueles que têm acesso à Internet, descuidando futuros utilizadores com diferentes necessidades e interesses. Primeiro, a indústria é importante para o crescimento económico nacional. Na Grã-Bretanha, por exemplo, a indústria farmacêutica contribui com perto de um quarto para a despesa de investigação e desenvolvimento e com 60.000 empregos. Os governos temem que o apoio a políticas contra os interesses de tais indústrias possam levá-las a sair para o estrangeiro.32 Segundo, o financiamento industrial da política tem grande poder. As contribuições industriais às campanhas nos Estados Unidos, por exemplo, duplicaram desde 1991-92. Em 1999-2000, os principais sectores industriais contribuíram com 400 milhões de dólares para campanhas – incluindo 130 milhões de dólares da indústria de comunicações e electrónica, 65 milhões de dólares da indústria de recursos energéticos e naturais, 58 milhões de dólares das indústrias agrícolas, 55 milhões de dólares dos transportes e 26 milhões de dólares das farmacêuticas (figura 5.6). Terceiro, os governos ganham poder na economia mundial à custa das suas empresas mais importantes, por isso têm um interesse próprio no seu sucesso. Em consequência, a indústria tem tremenda influência no estabelecimento de regulamentos e incentivos, com os representantes industriais acompanhando os delegados dos governos às negociações de acordos como o TRIPS. Em conjunto, estas forças criam um status quo na forma como os governos estabelecem as regras de negócio – um status quo difícil de mudar, mesmo quando o público sabe que alguma coisa está errada. Em última análise, a excessiva influência da indústria significa que a política pública traiu o público, quer em governos nacionais, quer nas instituições internacionais. É claro que a indústria também responde perante os consumidores e os governos democráticos respondem perante os votantes. Os consumidores podem usar o seu poder de mercado e os votantes a sua influência para pressionar por mudanças políticas. Os grupos da sociedade civil que lutam por resultados mais justos têm um papel importante na informação dos cidadãos e dos votantes. Na falta de melhor política pública, tais grupos têm vindo a intervir, num papel tornado possível – e poderoso – pela globalização e pela tecnologia da informação e comunicação. É, em grande parte, graças ao trabalho empenhado das organizações não governamentais (ONG) em todo o mundo, que a crise que rodeia os medicamentos do HIV/SIDA tem ganho tanta atenção mundial, forçando as empresas, governos e agências internacionais, a repensar as possibilidades (ver a contribuição especial dos Médicos Sem Fronteiras). RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 As ONG podem criar mudanças porque podem aumentar a consciencialização: podem pressionar com regulamentação informal em códigos de conduta das grandes empresas, e podem utilizar campanhas de grande vulto para realçar as actividades das empresas. Ao mesmo tempo que o interesse público se centra nestas questões, as empresas têm um incentivo para mudarem as suas políticas, de forma a proteger os seus pontos estratégicos da reacção dos consumidores ou da ameaça de regulamentação mais formal. Mas o interesse público tem o hábito de esmorecer – seja na guerra, nas fomes ou nas crises da saúde, sem falar nas complexidades da legislação da propriedade intelectual. Quando irá o acesso aos medicamentos do HIV/SIDA tornar-se uma notícia ultrapassada – e o que irá acontecer então aos preços e às patentes? O ímpeto criado pelo activismo da sociedade civil deve traduzir-se numa mudança política estrutural. Vários decisores políticos fundamentais deram indícios do seu apoio a isto – o teste é o de verificar que mudanças irão eles criar. E é necessária uma mudança política estrutural, para além dos medicamentos do HIV/SIDA. Esta crise deve ser vista como um ponto de entrada numa reflexão mais ampla sobre as regras do jogo, não sobre um caso excepcional que obtém tratamento especial. • • FIGURA 5.6 Influência da indústria sobre a política pública Contribuições para os candidatos federais e os partidos políticos nos Estados Unidos (milhões de dólares EUA de 2000) • 125 O desafio é enorme: voltar as transformações tecnológicas actuais para os objectivos do desenvolvimento humano. A capacidade do que pode ser feito através da tecnologia é surpreendente. Mas o falhanço colectivo em voltar aquela capacidade para a tecnologia necessária ao desenvolvimento é indefensável. Enquanto o potencial do que pode ser feito continua a expandir-se, irão as inovações na ciência e tecnologia ser acompanhadas por inovações na política para transformar o progresso tecnológico mundial num instrumento de desenvolvimento? Este será o teste último à política pública na nova era tecnológica. Comunicações e electrónica 100 75 Energia e recursos naturais Agricultura Transportes 50 Construção 25 Produtos farmacêuticos e de saúde Defesa 0 1991–92 1999–2000 Fonte: Centre for Responsive Politics 2001. CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL Insistir na responsabilidade: uma campanha para o acesso aos medicamentos Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) são conhecidos mundialmente pela sua acção de emergência, seja distribuindo abastecimentos médicos em mulas no Afeganistão devastado pela guerra, ou tratando crianças subalimentadas no sul do Sudão. Mas, nos últimos anos, temos testemunhado um tipo diferente de desastres: os nossos pacientes estão a morrer não apenas devido a inundações, fome, ou minas terrestres mas, cada vez mais, porque não conseguem obter os medicamentos de que necessitam. Um terço da população mundial não tem acesso a medicamentos essenciais; nas partes mais pobres da África e da Ásia, este número cresce para metade. Com demasiada frequência, nos países onde trabalhamos, não podemos tratar os nossos pacientes porque os medicamentos são demasiado caros ou já não são produzidos. Algumas vezes, os únicos medicamentos de que dispomos são altamente tóxicos ou ineficazes e ninguém procura um remédio melhor. Isto não é coincidência. O crescente poder dos interesses comerciais, o papel cada vez menor dos governos e uma fuga geral às responsabilidades têm-se combinado para criar a corrente crise. Os médicos dos MSF recusam-se a aceitar esta situação. Em nome da ética médica pessoal e dos princípios nos quais os MSF foram fundados, lançámos a Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais para insistir na mudança. O papel dos MSF foi sempre o de falar sobre as injustiças que testemunhamos na vida dos nossos pacientes. Por isso, estamos a exigir que as regras internacionais de comércio tratem os medicamentos como sendo fundamentalmente diferentes de outros bens; que as organizações internacionais de saúde dêem prioridade aos tratamentos, em paralelo com a prevenção; que as empresas farmacêuticas baixem os seus preços para níveis comportáveis; e que os governos nacionais cumpram as suas responsabilidades de protecção da saúde pública. Em resumo, estamos a exigir um sistema no qual a saúde pública seja protegida, em vez de ser sacrificada às leis do mercado. A resposta tem sido encorajadora. O preço dos medicamentos da SIDA caiu rapidamente, desde os níveis de 1999. Os medicamentos abandonados estão a voltar a ser produzidos. Os doadores dos países ricos estão a discutir o financiamento de nova investigação e desenvolvimento. Os activistas nos países em desenvolvimento estão a exigir mais dos seus governos. E finalmente – embora demasiado lentamente – mais medicamentos estão ao alcance dos pacientes. Mas estes são sucessos pequenos, temporários, naquilo que continua a ser uma batalha árdua. Eles não podem substituir as soluções políticas reais. Os MSF continuam empenhados em pressionar para melhorar o acesso aos medicamentos, mas desafiam igualmente os governos, empresas, organizações internacionais e a sociedade civil para que façam com que isto aconteça. INICIATIVAS MUNDIAIS PARA CRIAR TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO Morten Rostrup, M.D., Ph.D. Presidente do Conselho Internacional dos Médicos Sem Fronteiras, vencedores do Prémio Nobel da Paz de 1999 117 Notas Capítulo 1 1. World Bank 2001f; UNESCO 2000b. 2. UNESCO 2000b. 3. WHO 1997. 4. World Bank 2001c. 5. World Bank 2001b. 6. Smeeding 2000b. 7. Cairncross e Jolly 2000. 8. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001g. 9. World Bank 2001c. 10. UNAIDS 2000a. 11. UN 2001d. 12. UNAIDS 2000b. 13. UNDCP 1997. 14. USAID 1999. 15. UNHCR 2000. 16. UNDP 2000f. 17. UNDP 2000c. 18. UNDP 1999e. 19. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em US Census Bureau 1999. 20. Nepal South Asia Centre 1998. 21. UN e Islamic Republic of Iran, Plan and Budget Organization 1999. 22. UNDP 1999b. 23. UNDP e UN Country Team 1998. 24. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em US Census Bureau 1999. 25. UNESCO 2000b. 26. UNDP 1998b. 27. UNIFEM 2000. 28. Comparar desigualdades de rendimento entre países deve ser feito cautelosamente. Os inquéritos podem diferir, conforme medem rendimento ou consumo, se e como incluem serviços prestados publicamente – tais como cuidados de saúde e educação – se estão incluídos impostos e transferências, e em termos de cobertura da população e ajustamentos à dimensão das famílias. As tendências dos dados também pode ser problemáticas, porque os métodos de recolha podem variar entre períodos, ainda que no mesmo inquérito. Além disso, devido à natureza cíclica da economia, as tendências são sensíveis aos pontos do início e do fim. 29. Cornia 1999. 30. Hanmer, Healy e Naschold 2000. 31. Cornia 1999. 32. Quadro de indicadores 12. 33. Milanovic 1998. 34. Quadro de indicadores 12. 35. Milanovic, a sair. 36. Castles e Milanovic 2001. 37. Como todas as inovações empíricas, estes resultados devem ser tratados com cuidado. As preocupações principais são a qualidade, comparabilidade e oportunidade dos inquéritos sobre o rendimento do país, nos quais o estudo se baseia. Existem, também, outras questões, como o problema da nor- 118 malização dos dados do rendimento e consumo provenientes de diferentes inquéritos, a não inclusão da saúde e educação com financiamento público (para os quais os dados não estão disponíveis) e discrepâncias entre inquéritos às famílias e dados do PIB. Enquanto o estudo de Milanovic (a sair) é um importante desenvolvimento na medição da desigualdade entre a população mundial, estas questões apontam para caminhos futuros de investigação e para a necessidade urgente de mais e melhores dados sobre a distribuição do rendimento e a desigualdade dentro de um país. 38. Graham 2001. 39. Birdsall, Behrman e Szekely 2000. 40. Graham 2001. 41. UNDP 2000a. 42. UNDP e HDN 2000. 43. UNDP e HDN 1997. 44. Government of Madhya Pradesh, India 1995. 45. Government of Madhya Pradesh, India 1998. 46. Grinspun 2001. 47. UNDP e Kuwait Ministry of Planning 1997. 48. UNDP 2000e. 49. UNDP 2000b. 50. UNDP, IAR, JPF e BBS 2000. 51. OECD, DAC 1996. 52. UNAIDS 2000b. Capítulo 2 1. Chen 1983. 2. WHO 1998. 3. Wang e outros 1999. 4. Hazell 2000. 5. Romer 1986, 1990; Lee 2001; Aghion e Howitt 1992. 6. Lee 2001. 7. Gilder 2000. 8. Gilder 2000. 9. Chandrasekhar 2001. 10. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em UNDP, Country Offices 2001; UPS 2001; Andrews Worldwide Communications 2001. 11. National Nanotechnology Initiative 2001; Smalley 1995; Mooney 1999b. 12. Lall 2001. 13. NSF 2001. 14. James 2000. 15. Angus Reid 2000. 16. Jupiter Communications 2000a. 17. Chandrasekhar 2001. 18. International Data Corporation 2000. 19. School of Information Management and Systems, University of California at Berkeley 2001. 20. Reuters 2000. 21. US Internet Council and ITTA 2000. 22. US Internet Council and ITTA 2000. 23. Lall 2001. 24. Arlington 2000. 25. Kapur 2001. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 26. Hillner 2000. 27. UNESCO 1999. 28. Ao longo deste capítulo, OCDE refere-se aos países de rendimento elevado da OCDE. 29. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em WIPO 2000 e World Bank 2001h. 30. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em World Bank 2001h. 31. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em Nua Publish 2001. 32. Nua Publish 2001; UNDP 1999a. 33. Lipton, Sinha e Blackman 2001; FAO 2000a. 34. UNICEF 2001e. 35. UNESCO 1999. 36. Bloom, River Path Associates e Fang 2001. Capítulo 3 1. Hazell 2000. 2. Global Network of Environment and Technology 1999. 3. Lipton, Sinha e Blackman 2001. 4. CNN 2000. 5. CNN 2001. 6. Haerlin e Parr 1999. 7. Referido em Cohen 2001 8. Biotechnology Australia 2001. 9. Consumers Union 1999. 10. New Scientist 2001. 11. US Food and Drug Administration 2000b. 12. TIA 2001. 13. Royal Society of London, US National Academy of Sciences, Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences, Indian National Science Academy, Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000, p. 20. 14. Royal Society of London, US National Academy of Sciences, Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences, Indian National Science Academy, Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000, p. 17. 15. University of Sussex, Global Environmental Change Programme 1999. Capítulo 4 1. Nanthikesan 2001. 2. Cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseados em ITU 2000 and World Bank 2001h. 3. Readiness for the Networked World 2001. 4. Readiness for the Networked World 2001. 5. Singh 2000. 6. Choi, Lee e Chung 2001, p.125. 7. Singh 2000. 8. Galal and Nauriyal 1995, citado em Wallsten 2000. 9. Jones-Evans 2000. 10. Yu 1999; Yingjian 2000. 11. Yu 1999. 12. Lall 2001. 13. Jones-Evans 2000. 14. Pfeil 2001. 15. UNESCO 1999. NOTAS 16. Lall 2001. 17. Lall 2001. 18. CERI 2000. 19. Perraton e Creed 2000. 20. CDI 2001. 21. Enlaces 2001, citado em Perraton e Creed 2000. 22. SchoolNet Thailand Project 2001, citado em Perraton e Creed 2000. 23. SchoolNetSA 2001, citado em Perraton e Creed 2000. 24. Perraton e Creed 2000. 25. Kumar 1999, citado em UNESCO 2000a. 26. Chaudhary 1999, citado em UNESCO 2000a. 27. Agence Universitaire de la Francophonie 2001. 28. Tan and Batra 1995, citado em Lall 2001. 29. Lall 2001. 30. Lall 2001. 31. OECD 2000c. 32. UNESCO 1999. 33. UNESCO 2000b. 34. World Bank 2000b. 35. Kapur 2001; Saxenian 1999 e 2000. 36. Kapur 200. 37. Kapur 200. Capítulo 5 1. US Patent and Trademark Office 2000a. 2. NSF 2001. 3. Anderson, MacLean e Davies 1996. 4. US Food and Drug Administration 2000a. 5. Potrykus 2001. 6. Guilloux e Moon 2000. 7. US Patent and Trademark Office 2000b. 8. WIPO 2001a. 9. Bonn International Center for Conversion 2000. 10. Quadro de indicadores 1. 11. Global Forum for Health Research 2000. 12. Trouiller e Olliaro 1999. 13. de Francisco 2001. 14. Pardey e Beintema 2001. 15. CGIAR 2001. 16. Pardey e Beintema 2001. 17. IEA 2001. 18. McDade e Johansson 2001. 19. de Francisco 2001; The Economist 2001; Attaran 2001. 20. Pardey e Beintema 2001; CGIAR 2001. 21. Bonn International Center for Conversion 2000. 22. Qaudro de indicadores 15. 23. SIPRI 2000. 24. World Bank 2000a. 25. World Bank, a sair. 26. Forbes 2001. 27. Public Citizen 2000. 28. Burnett 1999. 29. SDC 1998. 30. FAO 1998. 31. Pardey e Beintema 2001. 32. McBride 2001. 119 Nota Bibliográfica Capítulo 1 baseia-se em: Atkinson e Brandolini 1999, Birdsall 2000 e a sair, Birdsall, Behrman e Szekely 2000, Bourguignon 2000, Cairncross e Jolly 2000, Canberra Group 2001, Castles e Milanovic 2001, Cornia 1999, Clymer e Pear 2001, FAO 2000b, First Nations and Inuit Regional Health Survey National Steering Committee 1999, Gardner e Halwell 2001, Government of Madhya Pradesh, India 1995 e 1998, Graham 2001, Grinspun 2001, Gwatkin e outros 2000a e 2000b, Hanmer e Naschold 2000, Hamner, Healy e Naschold 2000, Hill, AbouZahr e Wardlaw 2001, IFAD 2001, IMF, OECD, UN e World Bank 2000, International IDEA 2000, ILO 1998 e 2001, Lee 2001, Malaysia Economic Planning Unit 1994, Matthews e Hammond 1997, Melchior, Telle e Henrik Wiig 2000, Milanovic 1998 e a sair, Nepal South Asia Centre 1998, OECD e Government of Canada Central Statistical Office 2000, OECD, DAC 1996, Pettinato 2001, Scholz, Cichon e Hagemejer 2000, Shiva Kumar 1997, Smeeding 2001a, 2001b e sair, UN 1996, 2000a, 2000b e 2000d, UN e Islamic Republic of Iran, Plan and Budget Organization 1999, UNAIDS 1998, 2000a e 2000b, UNDCP 1997, UNDESA 2000b, UNDP 1998a, 1998b, 1998c, 1999a, 1999b, 1999c, 1999d, 2000a, 2000b, 2000c, 2000e e 2000f, UNDP, Regional Bureau for Europe and the CIS 1997, 1998 e 1999, UNDP e HDN 1997 e 2000, UNDP, IAR, JPF e BBS 2000, UNDP e Kuwait Ministry of Planning 1997, UNDP e UNAIDS 1997, UNDP with UN Country Team 1998, UNDP, UNDESA e World Energy Council 2000, UNESCO 1999, 2000b, 2001a e 2001b, UNFPA 2001, UNHCR 2000, UNICEF 2001a, 2001c, 2001d e 2001e, UNICEF, Innocenti Research Centre 1999 e 2000, UNIFEM 2000, UNOCHA 1999, USAID 1999, US Census Bureau 1999, van der Hoeven 2000, Vandermoortele 2000, Water Supply e Sanitation Collaborative Council 1999, WHO 1997 e 2000b, World Bank 2000c, 2000d, 2001a, 2001b, 2001c, 2001d, 2001e, 2001f, 2001g e 2001h, WRI 1994, Yaqub 2001 e Zhang 1997. Capítulo 2 baseia-se em: AAAS 2001, Aghion e Howitt 1992, Analysys 2000, Andrews Worldwide Communications 2001, Angus Reid 2000, Archive Builders 2000, Arlington 2000, Barro e Lee 2000, Bassanini, Scarpetta e Visco 2000, BCC 2000, Bell Labs 2000, Bignerds 2001, Biopharma 2001, Bloom, River Path Associates e Fang 2001, Brown 2000, Brynjolfsson e Kahin 2000, Castells 1996 e 2000, Chandrasekhar 2001, Chen 1983, Cohen 2001, Cohen, DeLong e Zysman 1999, Cox e Alm 1999, David 1999, Desai, Fukuda-Parr, Johansson e Sagasti 2001, Doran 2001, The Economist 2000, El-Osta e Morehart 1999, Evenson e Gollin 2001, FAO 2000a, Fortier e Trang 2001, G-8 2000, Gilder 2000, Goldemberg 2001, Government of India, Department of Education 2001, Gu e Steinmueller 1996, Gutierrez e outros 1996, Hazell 2000, Hijab 2001, Hillner 2000, ILO 2000 e 2001, Intel 2001, International Data Corporation 2000, ITDG 2000, ITU 2001a e 2001b, James 2000, 120 Japan Ministry of Foreign Affairs 2000, A. Jolly 2000, R. Jolly 2001, Jorgenson e Stiroh 2000, Juma e Watal 2001, Jupiter Communications 2000a e 2000b, Kapur 2001, Lall 2000 e 2001, Landler 2001, Lee 2001, Lipton, Sinha e Blackman 2001, Mansell 1999, Matlon 2001, McDade e Johansson 2001, Mooney 1999b, Nanthisekan 2001, National Nanotechnology Initiative 2001, NCAER 1999, NCBI 2001, NSF 2001, Nua Publish 2001, OECD 2000a, 2000d, 2000f e 2000h, Pardey e Bientema 2001, PC World 2000, Pfeil 2001, PowderJect 2001, President of the United States 2001, Reuters 2000 e 2001, Romer 1986 e 1990, Sachs 2000a, Sagasti 2001, School of Information Management and Systems, University of California Berkeley 2001, Simputer Trust 2000, Smalley 1995, Solow 1970 e 1987, Tamesis 2001, Telia Mobile 2000, Tomson Financial Data Services 2001, UN 2000c, 2000d, 2001a e 2001b, UNCTAD 2000, UNDP 1999a, 1999e e 1999f, UNDP, Country Offices 2001, UNDP India Country Office 2001, UNDP e Government of Karnataka 1999, UNDP, Accenture and the Markle Foundation 2001, UNESCO 1998, 1999 e 2001a, UNICEF 1991, 1999 e 2001e, Universitiet Leiden 1999, UPS 2001, US Internet Council e ITTA 2000, W3C 2000, Wang e outros 1999, WHO 1998 e 2000a, WIPO 2000, World Bank 1999 e 2001g, World Economic Forum 2000, Zakon 2000 e Zinnbauer 2001a. Capítulo 3 baseia-se: Attaran e outros 2000, Barry 2001, Biotechnology Australia 2001, Bonn International Center for Conversion 1999, CNN 2000 e 2001, Cohen 2001, Consumers Union 1999, Dando 1994, Global Network of Environment e Technology 1999, Graham e Weiner 1995, Haas, Keohane e Levy 1993, Haerlin e Parr 1999, Hawken, Lovins e Lovins 1999, Hazell 2000, Holmes e Schmitz 1994, Jordan e O'Riordan 1999, Juma 2000 e 2001, Lally 1998, Lipton, Sinha, e Blackman 2001, Matlon 2001, Naray-Szabo 2000, New Scientist 2001, Novartis Foundation for Sustainable Development 2001, Paarlberg 2000, Pendergrast 2000, Physicians for Social Responsibility 2001, Roast and Post Coffee Company 2001, Royal Society of London, US National Academy of Sciences, Brazilian Academy of Sciences, Chinese Academy of Sciences, Indian National Science Academy, Mexican Academy of Sciences e Third World Academy of Sciences 2000, SEHN 2000, SIPRI 2000, Soule 2000, UNDP, UNDESA e WEC 2000, UNEP 1992a e 1992b, University of Sussex, Global Environmental Change Programme 1999, US Food and Drug Administration 2000b e Wolfenbarger e Phifer 2000. Capítulo 4 baseia-se em: Agence Universitaire de la Francophonie 2001, Asadullah 2000, Asian Venture Capital Journal 2000, Bhagwati e Partington 1976, Birdsall 1996 e a sair, Buchert 1998, Carlson 2000, CDI 2001, CERI 1998, 1999a, 1999b and 2000, CERI and IMHE 1997, Chaudhary 1999, Chile Ministry of Education 2001, Chinapah 1997, Choi, Lee and Chung 2001, DACST 1998, Enlances 2001, RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Evenson and Gollin 2001, Galal and Nauriyal 1995, ILO 2001, ITU 2000, Jones-Evans 2000, Kapur 2001, Kimbell 1997, King and Buchert 1999, Kumar 1999, Lall 2001, Lee 2001, Nakamura 2000, Nanthikesan 2001, National Electronics and Computer Technology Center 2001, OECD 2000b, 2000c, 2000e, 2000g e 2000h, Owen 2000, Perraton e Creed 2000, Pfeil 2001, Readiness for the Networked World 2001, Rodríguez-Clare 2001, Saxenian 1999 e 2000, SchoolNETSA 2001, SchoolNet Thailand Project 2001, Singh 2000, Tallon e Kremer 1999, Tan e Batra 1995, UK Government Foresight 2001, UNDESA 2000a, UNESCO 1999, 2000a e 2000b, Wallsten 2000, Wang, Qin e Guan 2000, Watkins 2000, Winch 1996, World Bank 1993, 1999, 2000b, 2000d e 2001h, Yingjian 2000 e Yu 1999. Capítulo 5 baseia-se em: Anand 2000, Anderson, MacLean e Davies 1996, Attaran 2001, Baker 2000, Berkley 2001, Bonn International Center for Conversion 2000, Bloom, River Path Associates and Fang 2001, Bonn International Center for Conversion 2000, Burnett 1999, Business Heroes 2001, Brazil Ministry of Health 2000, Byerlee e Fischer 2000, Cahill 2001, Centre for Responsive Politics 2001, CGIAR 2001, Chang 2001, Correa 2000 e 2001, de Francisco 2001, DOT Force 2001, The Economist NOTA BIBLIOGRÁFICA 2001, FAO 1998, FONTAGRO 2001, Forbes 2001, Fortune 2000, Fox e Coghlan 2000, Global Forum for Health Research 2000, Guilloux e Moon 2000, Harvard University 2001, Hirschel 2000, IAVI 2000, IEA 2000 e 2001, IMS HEALTH 2001, Juma e Watal 2001, Kasper 2001, Kirkman 2001, Kremer 2000a, 2000b e 2001, Lalkar 1999, Lipton 1999, Lipton, Sinha e Blackman 2001, Love 2001, McBride 2001, MacDade e Johansson 2001, Medecins Sans Frontieres 2001a e 2001b, MIM 2001, Mooney 1999a, Moscardi 2000, Mrema 2001, Mytelka 2000, NSF 2001, Oxfam International 2001, Pardey e Beintema 2001, Pearce 2000, Philips e Browne 1998, Pilling 2001a e 2001b, Potrykus 2001, Press e Washburn 2000, Public Citizen 2000, PV GAP 1999, Rediff.com 1999, Rich 2001, Sachs 2000b, SDC 1998, SiliconValley.com 2001, SIPRI 2000, Stiglitz 2001, Trouiller e Olliaro1999, UN 1948, UNAIDS 2000b, UNDP 1999a, UNDP, UNDESA e WEC 2000, UNEP 1992a e 1998, UNPOP 2000, US Department of the Treasury 2000, US Food and Drug Administration 2000a, US Patent and Trademark Office. 2000a e 2000b, Weissman 2001, Wendland 2001, WHO 2001, WIPO 2001a e 2001b, World Bank. 2000a, 2001h e sair, WTO 1994 e Zinnbauer 2001a e 2001d. 121 Bibliografia Documentos de apoio Attaran, Amir. 2001. “The Scientific Omissions of International Aid: Why Human Development Suffers.” Barry, Christian. 2001. “Ethics and Technology: The Lay of the Land.” Bloom, David, River Path Associates and Karen Fang. 2001. “Social Technology and Human Health.” Chandrasekhar, C. 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Zhang, Amei. 1997. “Poverty Alleviation in China: Commitment, Policies and Expenditures.” Background paper prepared for Human Development Report 1997. United Nations Development Programme, Human Development Report Office, New York. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Indicadores de Desenvolvimento Humano Notas sobre as Estatísticas no Relatório do Desenvolvimento Humano O objectivo principal deste Relatório é avaliar o estado do desenvolvimento humano em todo o mundo e fornecer, em cada ano, uma análise crítica de um tema específico. Combina a análise política temática com dados pormenorizados de países, focando o bem-estar humano e não apenas as tendências económicas. Os indicadores reflectem o rico corpo de informação disponível internacionalmente. Como utilizador de dados, o Relatório apresenta a informação estatística que tem sido construída através do esforço colectivo de muitas pessoas e organizações. O Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano agradece, reconhecidamente, a colaboração de muitas agências que tornaram possível a publicação dos últimos dados sobre o desenvolvimento humano (caixa 1). Para permitir comparações entre países e no tempo, os quadros estatísticos do Relatório são baseados, sempre que possível, em dados internacionais normalizados, coligidos e processados pelas agências irmãs do sistema internacional ou, em alguns casos, por outros organismos. Estas organizações, quer recolham os dados a partir de fontes nacionais, quer através dos seus próprios inquéritos, harmonizam as definições e os métodos de recolha para tornar os seus dados tão internacionalmente comparáveis quanto possível. Os dados produzidos por essas agências podem, às vezes, diferir dos produzidos pelas fontes nacionais, devido, frequentemente, aos ajustamentos para harmonização dos dados. Em alguns casos, quando não há informação disponível proveniente das organizações internacionais - em particular para os índices de desenvolvimento humano – foram utilizadas outras fontes. Estas estão devidamente referenciadas nos quadros. O texto do Relatório foi redigido com base numa ampla variedade de fontes - documentos comissionados, documentos oficiais, relatórios nacionais de desenvolvimento humano, relatórios de organizações internacionais, relatórios de organizações não governamentais, artigos de jornais e outras publicações académicas. Sempre que se utilizam informações dessas fontes, em caixas ou quadros no texto, as fontes são indicadas e as citações completas são feitas nas referências bibliográficas. Adicionalmente, em cada capítulo, uma nota sucinta apresenta as principais fontes utilizadas e notas finais indicam as fontes das informações estatísticas que não foram retiradas dos quadros de indicadores do Relatório. MODIFICAÇÕES NOS QUADROS DE INDICADORES Os dados do Relatório deste ano reflectem o esforço contínuo ao longo dos anos para publicar os melhores dados disponíveis e para melhorar a sua apresentação e transparência. Ainda que a estrutura dos quadros de indicadores tenha sido mantida, a sua eficiência foi melhorada, para focar os indicadores mais fidedignos, significativos e comparáveis entre países. Este processo reduziu o número de quadros de indicadores – removendo totalmente alguns quadros e consolidando outros. Nas áreas importantes da saúde e educação, contudo, foram utilizados espaços adicionais para permitir análises mais completas da riqueza dos dados nestas matérias. O Relatório deste ano também faz uma utilização mais sistemática das taxas de câmbio em paridades de poderes de compra (PPC), tanto nos quadros de indicadores como no texto. Nas comparações de valores reais entre países, onde são importantes as diferenças de preços, os dados PPC são mais adequados do que os dados baseados nas taxas de câmbio convencionais (caixa 2). Os melhoramentos realizados no Relatório deste ano reflectem o progresso recente na medida do desenvolvimento humano. Um exemplo é o da medida da criminalidade. Nos anos anteriores, o Relatório baseava-se em dados dos crimes denunciados à polícia, informação que dependia NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 133 CAIXA 1 Principais fontes de dados utilizados no Relatório do Desenvolvimento Humano Com a partilha generosa de dados, as seguintes organizações tornaram possível ao Relatório do Desenvolvimento Humano publicar as importantes estatísticas de desenvolvimento que aparecem nos quadros de indicadores. Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) Esta organização das Nações Unidas fornece dados sobre refugiados através da sua publicação Refugees and Others of Concern to UNHCR: Statistical Overview. Banco Mundial O Banco Mundial produz dados sobre tendências económicas, bem como um vasto conjunto de outros indicadores. O seu World Development Indicators é a fonte primária para vários indicadores apresentados neste Relatório. Centro de Análise e Informação sobre o Dióxido de Carbono (CDIAC) O CDIAC, um centro de dados e análise do Departamento de Energia dos Estados Unidos, concentra-se no efeito de estufa e na alteração do clima mundial. É a fonte dos dados sobre emissões de dióxido de carbono. flitos, o IISS mantém uma extensa base de dados militar. Os dados sobre as forças armadas são da sua publicação The Military Balance. Instituto Inter-regional de Investigação das Nações Unidas sobre a Criminalidade e a Justiça (UNICRI) Este Instituto da ONU realiza investigação internacional comparada para apoio ao Programa das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e Justiça Penal. É a fonte de dados sobre vítimas do crime. Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) Esta agência especializada das Nações Unidas é a fonte de dados sobre assuntos relacionados com a educação. O Relatório utiliza dados publicados nos Statistical Yearbook e World Education Report da UNESCO, bem como dados recebidos directamente da agência. Organização Internacional do Trabalho (OIT) A OIT mantém um extenso programa de publicações estatísticas, sendo o Yearbook of Labour Statistics a sua colecção mais compreensiva de dados sobre a população activa. A OIT é a fonte de dados sobre salários e emprego e de informação sobre o estatuto de ratificação das convenções dos direitos do trabalho. Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) A CNUCED fornece estatísticas económicas e de comércio através de um conjunto de publicações, incluindo o World Investment Report. É a fonte original de dados sobre fluxos de investimento que o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano recebe de outras agências. Organização Mundial da Saúde (OMS) Esta agência especializada mantém um largo número de séries estatísticas sobre temas de saúde, a fonte para os indicadores relacionados com a saúde, neste Relatório. Divisão da População das Nações Unidas (UNPOP) Este gabinete especializado das Nações Unidas produz dados internacionais sobre tendências da população. O Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseia-se em World Population Prospects e World Urbanization Prospects, duas das suas principais publicações, para as estimativas e projecções demográficas. Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) Como agência especializada da ONU, a OMPI promove a protecção dos direitos de propriedade intelectual, em todo o mundo, através de diferentes formas de acção cooperativa. O Relatório baseia-se na OMPI para dados relacionados com patentes. Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (UNSD) A UNSD fornece um amplo conjunto de resultados e serviços estatísticos. Muitos dos dados de contas nacionais fornecidos ao Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano por outras agências tem origem na UNSD. O Relatório deste ano também utiliza os dados da UNSD sobre comércio e energia. Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) A FAO reúne, analisa e difunde informação e dados sobre a alimentação e a agricultura. É a fonte dos dados sobre insegurança alimentar e dos indicadores agrícolas. Estudo do Rendimento do Luxemburgo (LIS) Um projecto cooperativo de investigação com 25 países membros, o LIS concentra-se nos temas da pobreza e da política. É a fonte das estimativas de privação de rendimento para muitos países da OCDE. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) A UNICEF acompanha o bem-estar das crianças e fornece uma ampla série de dados. O seu State of the World's Children é uma fonte importante de dados para o Relatório. Fundo Monetário Internacional (FMI) O FMI possui um extenso programa de desenvolvimento e compilação de estatísticas sobre transacções financeiras internacionais e balança de pagamentos. Grande parte dos dados financeiros fornecidos ao Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano através de outras agências é proveniente do FMI. Instituto Internacional de Estocolmo para a Investigação sobre a Paz (SIPRI) O SIPRI desenvolve investigação sobre paz e segurança internacional. O SIPRI Yearbook: Armaments, Disarmament and International Security é a fonte de dados sobre despesa militar e transferências de armas. Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) Um centro independente de investigação, informação e debate sobre os problemas de con- 134 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) A OCDE publica dados sobre uma variedade de tendências sociais e económicas nos seus países membros, bem como fluxos de ajuda. O Relatório deste ano apresenta dados da OCDE sobre ajuda, emprego e educação. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/SIDA (ONUSIDA) Este programa conjunto da ONU observa a propagação do HIV/SIDA e fornece actualizações regulares. O seu Report on the Global HIV/AIDS Epidemic é a fonte primária de dados sobre HIV/SIDA. Tratados Multilaterais das Nações Unidas Depositadas junto do Secretário-Geral (Secção de Tratados das Nações Unidas) O Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano colige informação sobre o estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos e tratados ambientais, apoiado na base de dados que este gabinete das Nações Unidas mantém. União Internacional das Telecomunicações (UIT) Esta agência especializada das Nações Unidas mantém uma extensa colecção de estatísticas sobre informação e comunicações. Os dados sobre tendências nas telecomunicações provêm da sua base de dados World Telecommunications Indicators. União Inter-Parlamentar (UIP) Esta organização fornece dados sobre tendências na participação política e estruturas da democracia. O Relatório baseia-se na UIP para os dados relativos a eleições e para a informação sobre a representação política das mulheres. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 CAIXA 2 As razões das paridades de poder de compra O Relatório deste ano utiliza, sistematicamente, taxas de câmbio em paridades de poder de compra (PPC) para comparar medidas económicas entre países. Utiliza as PPC do Banco Mundial para fornecer as medidas mais recentes do PIB total, cobrindo um amplo conjunto de países, e dados baseados nos Penn World Tables, para estimativas mais pormenorizadas e para facilitar comparações consistentes sobre longos períodos. Para comparar estatísticas económicas entre países, deve-se começar por converter os dados numa moeda comum. Ao contrário das taxas de câmbio convencionais, as taxas PPC permitem essa conversão tendo em conta as diferenças de preços entre países. Eliminando diferenças nos níveis de preços nacionais, o método facilita comparações de valores reais para o rendimento, pobreza, desigualdade e padrões de despesa. Embora a utilização das taxa de câmbio PPC seja conceptualmente clara, persistem problemas práticos. As PPC do Banco Mundial têm sido compiladas, directamente, por 118 dos cerca de 220 diferentes organismos de política nacional do mundo. Para os países cujas PPC não são compiladas directamente, são feitas estimativas utilizando regressões econométricas. Esta abordagem assume que as características e relações económicas geralmente observadas nos países analisados, também se aplicam aos outros. Embora esta hipótese possa não ser necessariamente válida, as relações económicas fundamentais são consideradas como aplicáveis em geral e podendo ser relacionadas com as variáveis observadas independentemente nos países não analisados. As complicações dos procedimentos de análise e a necessidade dos países serem articulados mundial e regionalmente deram lugar a uma quantidade de questões relacionadas com a apresentação dos dados e, no passado, levaram a atrasos significativos na produção dos resultados PPC. Em consequência desses problemas, alguns governos e organizações internacionais ainda se abstêm de utilizar as PPC nas decisões correntes de política operacional, embora façam uma utilização extensiva do método nas suas análises. A importância das PPC na análise económica sublinha a necessidade de melhorar os dados, o que requer apoio institucional e financeiro. Em colaboração com a Eurostat e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, o Banco Mundial lançou uma iniciativa para melhorar ainda mais a qualidade e disponibilidade das PPC. Fonte: Ward 2001. CAIXA 3 O Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade O Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade (ICVS) é um programa mundial de inquéritos normalizados, utilizados para inquirir amostras aleatórias de pessoas sobre a sua experiência com a criminalidade e a polícia e sobre o seu sentimento de segurança. O desenvolvimento conceptual e metodológico do ICVS é da responsabilidade de um grupo de trabalho internacional formado, conjuntamente, pelo Instituto Inter-regional de Investigação das Nações Unidas sobre a Criminalidade e a Justiça, o Ministério da Justiça da Holanda, o Ministério do Interior do Reino Unido e pelo Instituto Holandês para o Estudo da Criminalidade e Cumprimento da Lei. O grupo de trabalho também está em coordenação com os países participantes, desenvolve e mantém as séries de dados, produz análises e divulga os resultados do inquérito. Qual a necessidade desse inquérito? Há duas razões principais. Em primeiro lugar, as medidas da criminalidade utilizadas nas comparações entre países são, frequentemente, inadequadas. Porque as medidas são baseadas nos registos da polícia, elas podem ser fortemente afectadas por diferenças entre países no modo como a polícia define, relata e considera os crimes. De facto, muitos países em desenvolvimento não têm registo central de crimes, deixando o ICVS como a única fonte de informação. Em segundo lugar, o inquérito pode estimular os países participantes a organizar a investigação sobre a criminalidade e vitimização e a desenvolver políticas baseadas nessa investigação. O projecto começou em 1989, em 14 países industrializados. Desde então, 71 países participaram pelo menos uma vez, num total de 145 inquéritos. Na maior parte dos países participantes, da Ásia, África, América Latina e Europa Central e Oriental, os inquéritos foram conduzidos na cidade capital através de entrevistas directas, numa amostra de 1.000 pessoas. Nos países industrializados, os inquéritos foram realizados amplamente, por telefone, com uma amostra de 2.000 pessoas. O ICVS produz dados sobre vitimização para vários crimes, incluindo assalto, roubo, suborno, assalto sexual e crimes de propriedade. Os resultados dos inquéritos mais recentes, realizados nos anos 90, são apresentados no quadro 20. Fonte: Van Kesteren 2001. NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 135 fortemente do cumprimento da lei e do sistema de registo de cada país. No entanto, os dados baseados directamente nas experiências individuais com a criminalidade têm aumentado progressivamente (caixa 3). O Relatório também reconhece o progresso nas estatísticas sobre a utilização do tempo, a literacia funcional e a saúde. Enquanto, nos anos anteriores, o Relatório realçava os inquéritos sobre o uso do tempo, melhorias recentes nos métodos de inquirição e cobertura dos países forneceram uma abundância de novas informações, caminhando das medidas económicas tradicionais para os modos de vida dos povos do mundo. Os resultados dos novos inquéritos sobre o uso do tempo estão a ser compilados e o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano espera incluí-los no relatório do próximo ano (caixa 4). Os inquéritos sobre a literacia funcional permitem uma observação mais aprofundada de uma área vital do desenvolvimento humano do que os inquéritos convencionais ofereciam (caixa 5). E os novos esforços da Organização Mundial da Saúde para desenvolver medidas mais aperfeiçoadas do desempenho dos sistemas de saúde melhorarão, sem dúvida, a avaliação do desenvolvimento humano na área da saúde nos futuros relatórios (caixa 6). Apesar destes progressos na medida do desenvolvimento humano, persistem muitos problemas e muitas insuficiências. Faltam, ainda, dados suficientes e fidedignos em muitas áreas do desenvolvimento humano. Lacunas através dos quadros mostram a necessidade urgente de aperfeiçoamentos, tanto na qualidade como na quantidade das estatísticas de desenvolvimento humano. A demonstração mais perfeita destes problemas de dados é, talvez, o grande número de países excluídos do índice de desenvolvimento humano (IDH) – e, portanto, dos principais quadros de indicadores. O objectivo é incluir todos os países membros da ONU, juntamente com a Suíça e Hong Kong, China (RAE), no exercício do IDH. Mas, devido à falta de dados fidedignos, mais 12 países não puderam ser incluídos, este ano, no cálculo do IDH, reduzindo o total para 162. Por isso, 29 países ficaram excluídos dos principais quadros de indicadores. Os indicadores fundamentais disponíveis para esses países são apresentados no quadro 28. DADOS UTILIZADOS NO ÍNDICE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO O índice de desenvolvimento humano é calculado utilizando dados internacionais disponíveis CAIXA 4 Inquéritos sobre o uso do tempo nos países em desenvolvimento As medidas convencionais da actividade produtiva centramse na actividade económica remunerada. Mas, para um retrato compreensivo do trabalho e emprego, em particular as actividades desempenhadas por mulheres, é essencial medir a agricultura de subsistência e outras actividades produtivas não remuneradas, bem como o trabalho doméstico não pago. Os inquéritos sobre o uso do tempo oferecem um meio único de coligir dados sobre essas actividades. Até há pouco tempo, os dados sobre o uso do tempo não eram incluídos nos programas de recolha de dados dos serviços nacionais de estatística dos países em desenvolvimento. Muitos dos estudos sobre o uso do tempo nesses países são estudos de caso de uma ou algumas localidades e não cobrem um dia completo. No entanto, seguindo as recomendações da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres (realizada em Pequim, em 1995), pelo menos 24 países da Ásia, África, América Latina e Caraíbas começaram a trabalhar em inquéritos nacionais sobre o uso do tempo. Ainda que diferentes, geográfica, económica e culturalmente, todos esses países acabaram por considerar tais inquéritos como um importante instrumento estatístico para medir e avaliar o trabalho pago e não pago das mulheres e homens e para aumentar a visibilidade do trabalho feminino, tanto em casa como no mercado do trabalho. Alguns dos inquéritos (tais como os do Benim, Chade, Índia e Omã e os estudos piloto na Nigéria e África do Sul) também visam melhorar a recolha de dados sobre as actividades económicas das mulheres, em particular no sector informal. Na Índia, os objectivos incluem a utilização dos dados para a formação das qualificações e para a concepção de programas de erradicação da pobreza. Um projecto conjunto da Divisão de Estatística das Nações Unidas, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e do Centro de Investigação do Canadá sobre o Desenvolvimento Internacional forneceu assistência técnica para muitos desses países. O projecto também estudou os métodos e classificações utilizados nos inquéritos nacionais sobre o uso do tempo, para determinar quais os procedimentos adequados para a recolha de dados nos países em desenvolvimento. E a Divisão de Estatística das Nações Unidas está a desenvolver um guia técnico sobre métodos de recolha de dados e uma classificação de estatísticas de uso do tempo, que poderão ser adoptados tanto nos países em desenvolvimento como nos industrializados. A Divisão de Estatística também vai compilar os dados dos estudos realizados nos países em desenvolvimento desde 1995. Esses dados deverão estar disponíveis para o Relatório do Desenvolvimento Humano 2002. Fonte: Preparado pela Divisão de Estatística das Nações Unidas com base em UN (2000a). 136 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 no momento em que o Relatório é preparado. Para que um país seja incluído no índice, os dados devem, preferencialmente, estar disponíveis nas agências estatísticas internacionais relevantes para todas as quatro componentes do índice. Quando faltam dados para uma das componentes, o país pode ainda ser incluído se for possível encontrar uma estimativa razoável numa outra fonte. Devido às sucessivas revisões nos dados e na metodologia, os valores e as ordenações do IDH não são comparáveis entre as edições do Relatório. O quadro 2 do Relatório deste ano apresenta tendências comparáveis do IDH, baseadas em metodologia e dados consistentes ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA As estimativas da esperança de vida utilizadas no Relatório são as da revisão de 2000 da base de dados World Population Prospects (UN 2001d), da Divisão da População das Nações Unidas. Esta Divisão da ONU produz, semestralmente, estimativas e projecções da população mundial. Na revisão de 2000, foram feitos importantes ajustamentos para permitir a incorporação do impacte demográfico do HIV/SIDA, o qual conduziu a mudanças significativas nas estimativas e projecções da esperança de vida para muitos países, em particular na África Subsariana. As estimativas da esperança de vida publicadas pela Divisão da População das Nações Unidas são médias de cinco anos. As estimativas da esperança de vida para 1999, apresentadas no quadro 1 (sobre o IDH), foram obtidas através duma interpolação linear baseada nessas médias de cinco anos. Enquanto os índices de desenvolvimento humano requerem estimativas anuais, outros quadros que mostram dados deste tipo, como o quadro 8 (sobre a sobrevivência), apresentam as médias de cinco anos sem as alterar. As estimativas para anos posteriores a 2000 recorrem a projecções de médias móveis. ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS As taxas de alfabetização de adultos apresentadas no Relatório são estimativas e projecções da CAIXA 5 O Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos O Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos (IALS) é a primeira avaliação comparativa internacional do mundo sobre qualificações de literacia dos adultos. O estudo do IALS combinou métodos de inquérito às famílias e avaliação do ensino para fornecer estimativas comparáveis de qualificações de literacia para 24 países. Os inquéritos analisam amostras representativas de adultos (16-65 anos), em suas casas, pedindo-lhes para realizarem um conjunto de tarefas comuns utilizando materiais próprios de uma grande variedade de contextos sociais e culturais. O estudo do IALS foi patrocinado conjuntamente pelas Estatísticas do Canadá, Centro dos Estados Unidos para Estatísticas da Educação e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Enquanto as medidas tradicionais de literacia focam, principalmente, a aptidão para decifrar a palavra escrita, o estudo do IALS define literacia como a aptidão para compreender e utilizar a informação escrita nas actividades diárias em casa, no trabalho e na comunidade. Coligiu os dados transversais dos países, para assegurar que os resultados são comparáveis entre países com línguas e culturas diferentes e que todas as fontes conhecidas de enviesamento são corrigidas. O IALS relata sobre três áreas de literacia: • Literacia de prosa – o conhecimento e as qualificações necessárias para compreender e utilizar informação de textos, incluindo editoriais e artigos de jornais, poemas e ficção. • Literacia documental – o conhecimento e as qualificações requeridas para localizar e utilizar informação em diferentes formatos, incluindo mapas, gráficos, quadros, impressos de pagamentos ou de pedidos de emprego e horários de transportes. • Literacia quantitativa – o conhecimento e as qualificações requeridas para aplicar operações aritméticas aos números em materiais impressos, tais como utilizar um livro de cheques, calcular uma gorjeta, completar um impresso de encomendas ou calcular, num anúncio, o montante do juro de um empréstimo. A análise dos dados do IALS revela vários factos importantes. Primeiro, os países diferem muito no nível e na distribuição social das qualificações de literacia. Segundo, essas diferenças podem ser atribuídas a um punhado de factores básicos, incluindo diferenças entre países na quantidade e na qualidade do ensino inicial. No entanto, os resultados também sugerem que vários aspectos da vida adulta, incluindo o uso das qualificações de literacia em casa e no trabalho, transformam as qualificações depois do ensino formal. Finalmente, em muitos países, as qualificações de literacia têm um papel importante na afectação das oportunidades económicas, premiando os qualificados e penalizando os pouco qualificados. Os IALS poderão começar, em 2002, um novo ciclo de recolha de dados, para melhor compreender o papel das qualificações de literacia na determinação dos resultados económicos dos indivíduos e, por extensão, dos países. Uma análise completa dos dados disponíveis actualmente pode ser encontrada em OCDE e Statistics Canadá (2000). Este Relatório utiliza a percentagem de adultos com qualificações deficientes na literacia funcional, definido com base na literacia de prosa, no índice de pobreza humana de um conjunto de países da OCDE, apresentados no quadro 4. Fonte: Murray 2001. NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 137 UNESCO, da sua avaliação da alfabetização de Fevereiro de 2000. Estas estimativas e projecções baseiam-se nos dados da população publicados na revisão de 1998 da base de dados World Population Prospects (UN 1998) e em novas estatísticas de alfabetização recolhidas através de censos nacionais da população, ou através de processos de estimação mais aperfeiçoados. ESCOLARIZAÇÃO BRUTA COMBINADA DO PRIM Á RIO , SECUNDARIO E SUPERIOR As taxas de escolarização bruta de 1999 apresentadas no Relatório são estimativas provisórias da UNESCO, baseadas na revisão de 1998 das estimativas e projecções da população. Estas taxas são calculadas dividindo o número de crianças matriculadas em cada nível de escolarização pelo número de crianças no grupo de idades correspondente ao nível. Elas são, assim, afectadas pela idade e sexo específicos da população estimada, publicada pela Divisão da População, e pelos métodos e calendarização dos inquéritos utilizados pelos registos administrativos, censos da população e inquéritos nacionais de educação. Contudo, a UNESCO revê periodicamente a sua metodologia para a projecção e estimação da escolarização. As taxas de escolarização brutas podem esconder diferenças importantes entre países, devido às diferenças entre os grupos de idades correspondentes a cada nível de escolarização e à duração dos programas de educação. Factores como as repetições de ano escolar podem, também, conduzir as distorções nos dados. Para o IDH, o indicador de acesso à educação preferido como um substituto do conhecimento é a escolarização líquida, cujos dados são coligidos por anos simples de idade. Porque este indicador mede apenas a escolarização de um grupo específico de idades, os dados podem ser agregados de forma mais fácil e mais fidedigna e podem ser usados em comparações internacionais. Mas os dados da escolarização líquida só estão disponíveis para um número muito reduzido de países, o que não justifica a sua utilização no IDH. PIB PER CAPITA ( DOLARES PPC) Os dados do PIB per capita (dólares PPC) utilizados no cálculo do IDH são fornecidos pelo Banco Mundial. São baseados nos últimos inquéritos do Programa de Comparações Internacionais 138 (PCI), que cobrem 118 países, o maior número de sempre nos inquéritos do PCI. O Banco Mundial também forneceu estimativas baseadas nesses inquéritos para mais 44 países e regiões. Os inquéritos foram realizados separadamente em diferentes regiões. Porque os dados regionais são expressos em moedas diferentes e podem estar baseados em diferentes sistemas de classificação ou fórmulas de agregação, os dados não são exactamente comparáveis entre regiões. Os dados de preços e despesas dos inquéritos regionais foram combinados utilizando um sistema de classificação padrão para compilar dados PPC comparáveis internacionalmente. O ano base para os dados PPC é 1996; os dados para o ano de referência, 1998, foram extrapolados utilizando variações relativas de preços, no tempo, entre cada país e os Estados Unidos, o país base. Para os países não cobertos pelo Banco Mundial, as estimativas PPC são dos Penn World Tables 6.0 (Aten, Heston e Summers 2001). DADOS, METODOLOGIA E APRESENTAÇÃO DOS INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Baseado nos melhoramentos feitos em 2000, o Relatório deste ano apresenta dados para a maior parte dos indicadores fundamentais, com um desfasamento de apenas dois anos entre o ano de referência dos indicadores e o ano de lançamento do Relatório. As definições dos termos estatísticos foram revistas e alargadas para incluir todos os indicadores que podem ser definidos de forma curta mas significativa. Além disso, a transparência das fontes foi ainda mais aperfeiçoada. Quando uma agência fornece dados que coligiu a partir de outras fontes, ambas as fontes são indicadas nas notas dos quadros. Mas quando uma organização estatística internacional se baseia no trabalho de muito outros contribuintes, apenas a última fonte é indicada. As notas sobre as fontes também mostram os dados originais das componentes utilizadas em todos os cálculos do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano, para assegurar que todos os cálculos possam ser repetidos facilmente. CLASSIFICAÇÃO DOS PA Í SES Os quadros de indicadores incluem os países membros da ONU, juntamente com a Suíça e Hong RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Kong, China (RAE). Os países são classificados de quatro formas: nos principais agregados mundiais, por regiões, segundo o nível de desenvolvimento humano e segundo o rendimento (ver as classificações dos países). Estas designações não exprimem, necessariamente, nenhum julgamento sobre o estádio de desenvolvimento de um país ou região particular. Pelo contrário, são classificações usadas por diferentes organizações, por razões operacionais. O termo país, como é utilizado no texto e nos quadros, refere-se, quando apropriado, a territórios ou áreas. Principais classificações do mundo. Os três grupos mundiais são os países em desenvolvimento, Europa do Leste e CEI e OCDE. Estes grupos não são mutuamente exclusivos. (Substituir o grupo OCDE pelo grupo OCDE de rendimento elevado, pode dar lugar a grupos mutuamente exclusivos; ver a classificação dos países). A classificação mundo representa o universo dos 162 países incluídos nos principais quadros de indicadores. Classificações regionais. Os países em desenvolvimento são, depois, classificados nas seguintes regiões: Países Árabes, Ásia Oriental e Pacífico, América Latina e Caraíbas, Ásia do Sul, Europa do Sul e África Subsariana. Estas classificações regionais são consistentes com as Agências Regionais do PNUD. Uma classificação adicional é a dos países menos desenvolvidos, tal como definidos pelas Nações Unidas (e incluídos em UN 1996). Senegal foi incluído na lista dos países menos desenvolvidos, em 12 de Abril de 2001, mas não foi considerado nos agregados para este grupo, no Relatório deste ano, porque a sua inclusão foi feita depois da construção desses agregados. Classificações de desenvolvimento humano. Todos os países são classificados em três grupos, segundo a realização em desenvolvimento humano: desenvolvimento humano elevado (com IDH igual ou superior a 0,800), desenvolvimento humano médio (0,500-0,799) e desenvolvimento humano baixo (menos de 0,500). Classificações de rendimento. Todos os países são agrupados pelo rendimento, segundo a classificação do Banco Mundial: rendimento elevado (PNB per capita igual ou superior a 9.266 dólares, em 1998), rendimento médio (756-9.265 dólares) e rendimento baixo (755 dólares ou menos). AGREGADOS E TAXAS DE CRESCIMENTO Agregados. Os agregados para as classificações descritas acima são apresentados no fim da maior parte dos quadros. Os agregados que representam o total da classificação (como a população) são indicados com um T. Devido aos arredondamentos, a soma dos agregados de subgrupos pode não ser igual ao total mundial. Todos os outros agregados são médias ponderadas. Um agregado só é apresentado para uma classificação quando os dados estão disponíveis para dois terços dos países e representam dois terços do peso disponível nessa classificação, com excepção dos casos em que há uma indicação diferente. O Gabi- CAIXA 6 Um índice composto para medir o desempenho dos sistemas de saúde Numa nova iniciativa corajosa, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu um índice composto para medir o desempenho dos sistemas de saúde em 191 países. De acordo com o World Health Report 2000 (WHO 2000b), podem ser realizados progressos importantes nos resultados da saúde, mesmo sem novas tecnologias médicas-apenas melhorando o modo como são organizadas e distribuídas as intervenções de saúde actualmente disponíveis. Diferenças nos resultados de saúde entre países reflectem, frequentemente, diferenças no desempenho dos seus sistemas de saúde. E diferenças nos resultados entre grupos dentro dos países podem, muitas vezes, ser atribuídas às disparidades nos serviços de saúde disponíveis para esses grupos. Uma característica notável do índice composto é a de resumir o desempenho, quer em termos do nível global de realização dos objectivos, quer da distribuição dessa realização, dando a mesma ponderação a estes dois aspectos. O índice é constituído por cinco componentes: boa saúde global, distribuição da boa saúde, receptividade global, distribuição da receptividade e equidade nas contribuições financeiras. A boa saúde é medida pela esperança de vida ajustada à deficiência e a distribuição da boa saúde pela equidade do índice de sobrevivência infantil. A receptividade global do sistema de saúde e a distribuição da receptividade são medidas com base nas repostas de inquéritos relativos ao respeito pelos pacientes e orientação dos clientes. E a equidade nas contribuições financeiras é estimada utilizando o rácio entre a despesa total das famílias com a saúde e o seu rendimento permanente acima da subsistência. Fonte: Baseado em WHO 2000b. NOTAS SOBRE AS ESTATÍSTICAS NO RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 139 nete do Relatório do Desenvolvimento Humano não preenche dados que faltam para efeitos de agregação. Portanto, os agregados para cada classificação apenas representam os países para os quais existem dados disponíveis e estão indicados nos quadros. Os agregados não são apresentados quando não existem processos adequados de ponderação. Os agregados para os índices, taxas de crescimento e indicadores que cobrem mais do que um ponto no tempo são baseados apenas nos países para os quais existem dados para todos os pontos necessários no tempo. Para a classificação mundial, que apenas se refere ao universo dos 162 países, os agregados nunca são apresentados quando não existe nenhum agregado para uma ou mais regiões. Os agregados do Relatório do Desenvolvimento Humano não são conformes com os de outras publicações, devido às diferenças na classificação dos países e na metodologia. Quando indicado, os agregados são calculados pela agência de estatísticas que fornece o próprio indicador. Taxas de crescimento. As taxas de crescimento para vários anos são expressas como taxas anuais médias de variação. No cálculo das taxas pelo Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano são utilizados apenas os pontos inicial e final. As taxas de crescimento de ano para ano são expressas como variações percentuais anuais. APRESENTAÇÃO Nos quadros de indicadores, os países e áreas estão ordenados por ordem decrescente dos seus valores 140 IDH. Para localizar um país nos quadros, recorrese à lista e ordem dos países na aba da contracapa, que lista os países alfabeticamente com a sua ordem IDH. Pequenas citações das fontes são apresentadas no fim de cada quadro. Estas correspondem à referência completa nas fontes estatísticas que se seguem aos quadros de indicadores e à nota técnica. Quando apropriado, as definições de indicadores aparecem nas definições dos termos estatísticos. Todas as outras informações relevantes aparecem nas notas no fim de cada quadro. Devido à falta de dados comparáveis, nem todos os países foram incluídos nos quadros de indicadores. Para os países membros da ONU não incluídos nos principais quadros de indicadores, são apresentados indicadores básicos de desenvolvimento humano num quadro separado. Na ausência das expressões anual, taxa anual e taxa de crescimento, um hífen entre dois anos indica que o dado foi recolhido durante um dos anos referidos, tal como 1995-99. Uma barra entre dois anos assinala uma média para os anos indicados, tal como 1996/98. Utilizaram-se os seguintes símbolos: .. (.) < – T Dados não disponíveis. Menos de metade da unidade indicada. Menor que. Não aplicável. Total. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 1 Índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH a MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . . Taxa de escolarização bruta Taxa de combinada Esperança alfabetização do primário, de vida de adultos secundário PIB Índice à nascença (% 15 anos e superior per capita da esperança (anos) e mais) (%) b (dólares PPC) de vida 1999 1999 1999 1999 1999 Índice da educação 1999 Ordem do PIB Valor do per capita índice de (dólares desenvolvimento PPC) Índice humano menos do PIB (IDH) ordem 1999 1999 IDH c Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 78,4 78,8 78,7 79,6 78,2 — — — — — d d d d d 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 76,8 79,1 78,0 80,8 77,4 — — — — — d 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 78,8 77,2 78,4 77,5 76,1 — — — — — d 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 77,9 77,6 76,4 77,4 78,4 — — — — 98,4 d 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 78,3 78,6 78,1 79,4 77,9 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 31 32 33 34 35 d d d d d d d d 97 116 97 101 109 95 89 102 82 103 84 73 94 106 97 e e e e e f e 28.433 24.574 26.251 22.636 25.443 0,89 0,90 0,89 0,91 0,89 0,98 0,99 0,98 0,99 0,99 0,94 0,92 0,93 0,90 0,92 0,939 0,936 0,936 0,936 0,935 2 10 3 13 4 31.872 27.835 24.215 24.898 23.096 0,86 0,90 0,88 0,93 0,87 0,98 0,96 0,99 0,93 0,99 0,96 0,94 0,92 0,92 0,91 0,934 0,932 0,931 0,928 0,925 -4 -3 5 2 5 0,90 0,87 0,89 0,87 0,85 0,94 0,90 0,97 0,99 0,98 0,94 1,00 0,91 0,90 0,93 0,924 0,924 0,924 0,923 0,921 -6 -11 3 5 -7 27.171 42.769 22.897 22.093 25.869 g 90 94 91 99 84 25.089 23.742 25.918 19.104 22.172 0,88 0,88 0,86 0,87 0,89 0,96 0,97 0,96 0,99 0,94 0,92 0,91 0,93 0,88 0,90 0,921 0,921 0,916 0,913 0,909 -6 -3 -11 3 -2 97,6 95,8 97,1 93,3 96,9 95 83 81 63 69 18.079 18.440 15.414 22.090 19.006 0,89 0,89 0,89 0,91 0,88 0,97 0,91 0,92 0,83 0,87 0,87 0,87 0,84 0,90 0,88 0,908 0,893 0,881 0,880 0,877 6 3 10 -4 -2 77,4 74,7 75,5 75,3 77,9 92,1 97,6 91,9 99,6 91,8 75 90 96 83 80 20.767 15.712 16.064 15.977 15.189 0,87 0,83 0,84 0,84 0,88 0,87 0,95 0,93 0,94 0,88 0,89 0,84 0,85 0,85 0,84 0,876 0,875 0,874 0,874 0,866 -5 5 2 2 5 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 76,6 75,7 74,7 73,2 73,1 97,0 91,0 — 96,7 — j. k 77 76 70 83 76 14.353 17.868 13.018 12.277 10.591 0,86 0,85 0,83 0,80 0,80 0,90 0,86 0,89 0,92 0,91 0,83 0,87 0,81 0,80 0,78 0,864 0,857 0,844 0,842 0,831 5 -4 6 6 8 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 71,1 74,2 73,1 75,2 73,1 99,3 97,7 99,7 95,6 87,1 d 81 79 84 78 80 11.430 8.879 8.450 8.652 13.688 0,77 0,82 0,80 0,84 0,80 0,93 0,92 0,94 0,90 0,85 0,79 0,75 0,74 0,74 0,82 0,829 0,828 0,828 0,825 0,824 5 9 11 9 -3 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 76,2 69,2 76,0 70,3 74,8 95,5 95,7 81,9 98,0 75,1 67 74 59 86 68 8.860 15.258 17.289 8.355 18.162 0,85 0,74 0,85 0,76 0,83 0,86 0,89 0,74 0,94 0,73 0,75 0,84 0,86 0,74 0,87 0,821 0,820 0,818 0,812 0,809 6 -8 -14 6 -19 73,6 71,8 69,3 98,2 99,5 80,8 68 80 75 7.387 6.656 18.789 0,81 0,78 0,74 0,88 0,93 0,79 0,72 0,70 0,87 0,803 0,803 0,801 10 13 -24 74,1 70,1 93,5 99,8 65 82 8.176 6.264 0,82 0,75 0,84 0,93 0,74 0,69 0,798 0,791 4 12 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar d d d d d d d j. k d h i j. l i i i i j. l Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia d INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 141 1 Índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH a Taxa de escolarização bruta Taxa de combinada Esperança alfabetização do primário, de vida de adultos secundário PIB Índice à nascença (% 15 anos e superior per capita da esperança (dólares PPC) de vida (anos) e mais) (%) b 1999 1999 1999 1999 1999 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 72,4 73,9 68,5 73,8 66,1 91,1 91,7 99,5 93,1 99,5 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 72,2 70,8 69,8 70,3 73,0 87,0 98,3 98,0 79,1 94,0 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 72,7 70,9 71,1 70,4 72,9 92,3 91,5 84,2 93,0 85,6 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 69,9 68,8 71,3 67,5 69,0 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 76 77 78 79 80 Índice da educação 1999 Ordem do PIB Valor do per capita índice de (dólares desenvolvimento PPC) Índice humano menos do PIB (IDH) ordem 1999 1999 IDH c 71 74 77 73 78 8.297 5.875 6.876 4.959 7.473 0,79 0,81 0,73 0,81 0,69 0,84 0,86 0,92 0,86 0,92 0,74 0,68 0,71 0,65 0,72 0,790 0,784 0,782 0,776 0,775 0 15 5 21 0 66 72 69 92 70 8.209 5.071 6.041 7.570 4.651 0,79 0,76 0,75 0,75 0,80 0,80 0,90 0,88 0,83 0,86 0,74 0,66 0,68 0,72 0,64 0,774 0,772 0,772 0,770 0,766 -4 16 6 -5 20 65 73 63 83 78 5.495 5.749 9.107 4.178 4.705 0,79 0,76 0,77 0,76 0,80 0,83 0,85 0,77 0,89 0,83 0,67 0,68 0,75 0,62 0,64 0,765 0,765 0,765 0,758 0,758 10 6 -19 23 13 95,3 92,6 76,1 84,9 95,1 60 84 61 80 82 6.132 4.799 10.815 7.037 3.805 0,75 0,73 0,77 0,71 0,73 0,84 0,90 0,71 0,83 0,91 0,69 0,65 0,78 0,71 0,61 0,757 0,757 0,754 0,750 0,749 -3 10 -26 -12 21 70,8 72,7 68,5 68,1 64,4 70,3 98,3 89,6 99,6 99,0 58 80 80 77 77 13.356 2.215 4.622 3.458 4.951 0,76 0,80 0,72 0,72 0,66 0,66 0,92 0,86 0,92 0,92 0,82 0,52 0,64 0,59 0,65 0,747 0,745 0,743 0,742 0,742 -33 44 8 22 1 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 73,0 66,1 75,1 71,3 69,9 99,6 96,2 86,4 97,0 93,0 70 77 62 71 64 2.431 4.423 3.561 2.850 4.384 0,80 0,68 0,84 0,77 0,75 0,89 0,90 0,78 0,88 0,83 0,53 0,63 0,60 0,56 0,63 0,742 0,739 0,738 0,738 0,738 32 7 17 27 5 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 71,9 69,5 65,9 69,8 73,0 91,4 84,6 98,0 91,0 84,0 70 62 81 77 71 3.279 6.380 3.347 2.994 3.189 0,78 0,74 0,68 0,75 0,80 0,84 0,77 0,92 0,86 0,80 0,58 0,69 0,59 0,57 0,58 0,735 0,735 0,730 0,726 0,725 19 -21 16 19 16 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 67,2 70,2 70,1 69,9 68,5 83,2 83,5 89,2 69,9 75,7 72 73 55 74 73 5.507 3.617 3.955 5.957 5.531 0,70 0,75 0,75 0,75 0,73 0,79 0,80 0,78 0,71 0,75 0,67 0,60 0,61 0,68 0,67 0,722 0,718 0,714 0,714 0,714 -16 7 2 -23 -21 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 69,4 67,4 63,3 53,9 69,5 73,6 97,0 98,4 84,9 78,3 77 68 66 93 63 4.490 2.573 3.640 8.908 4.344 0,74 0,71 0,64 0,48 0,74 0,75 0,87 0,87 0,87 0,73 0,63 0,54 0,60 0,75 0,63 0,708 0,707 0,704 0,702 0,701 -9 15 0 -49 -9 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 68,9 70,9 66,6 68,7 69,3 80,2 73,6 98,7 88,5 66,6 65 63 72 76 72 4.047 4.454 2.037 2.251 5.063 0,73 0,76 0,69 0,73 0,74 0,75 0,70 0,90 0,84 0,69 0,62 0,63 0,50 0,52 0,66 0,701 0,700 0,699 0,698 0,693 -8 -14 19 15 -26 96 97 98 99 100 142 d d j. k j. k d j. k d. j. k j. k j. k j. k j. l i i j. l i i RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 1 Índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH a Taxa de escolarização bruta Taxa de combinada Esperança alfabetização do primário, de vida de adultos secundário PIB Índice à nascença (% 15 anos e superior per capita da esperança (anos) e mais) (%) b (dólares PPC) de vida 1999 1999 1999 1999 1999 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 67,8 65,8 67,4 62,0 66,9 93,1 86,3 99,1 85,0 54,6 67 65 67 70 76 1.860 2.857 1.031 2.355 3.420 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 68,1 65,7 64,5 52,6 50,6 68,2 74,0 68,1 63,0 82,2 63 61 49 86 64 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 44,9 67,2 47,0 41,9 62,9 81,4 48,0 78,9 76,4 56,5 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 62,5 42,9 56,0 56,6 47,9 62,3 88,0 84,4 70,3 82,9 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 56,4 56,2 51,3 59,4 50,0 51,1 68,2 63,9 81,5 59,2 74,8 79,5 d j. k m Índice da educação 1999 Ordem do PIB Valor do per capita índice de (dólares desenvolvimento PPC) Índice humano menos do PIB (IDH) ordem 1999 1999 IDH c 0,71 0,68 0,71 0,62 0,70 0,84 0,79 0,88 0,80 0,62 0,49 0,56 0,39 0,53 0,59 0,682 0,677 0,660 0,648 0,635 19 3 36 7 -8 2.279 2.340 3.674 6.024 4.676 0,72 0,68 0,66 0,46 0,43 0,66 0,70 0,62 0,71 0,76 0,52 0,53 0,60 0,68 0,64 0,635 0,634 0,626 0,617 0,610 7 5 -16 -44 -31 78 52 72 70 56 5.468 3.419 3.987 6.872 2.248 0,33 0,70 0,37 0,28 0,63 0,80 0,49 0,77 0,74 0,56 0,67 0,59 0,62 0,71 0,52 0,601 0,596 0,583 0,577 0,571 -39 -14 -24 -55 0 58 65 55 42 61 1.711 2.876 1.027 1.881 1.854 0,62 0,30 0,52 0,53 0,38 0,61 0,80 0,75 0,61 0,75 0,47 0,56 0,39 0,49 0,49 0,569 0,554 0,551 0,542 0,541 7 -13 22 0 1 62 39 51 36 43 63 1.361 2.367 1.022 1.429 1.573 727 0,52 0,52 0,44 0,57 0,42 0,44 0,66 0,55 0,71 0,51 0,64 0,74 0,44 0,53 0,39 0,44 0,46 0,33 0,541 0,534 0,514 0,510 0,506 0,502 13 -12 18 7 2 29 40 62 60 33 n 1.834 1.410 1.237 1.341 0,58 0,44 0,55 0,61 0,43 0,58 0,47 0,39 0,49 0,44 0,42 0,43 0,498 0,489 0,480 0,477 -5 5 7 5 0,47 0,57 0,59 0,46 0,45 0,51 0,39 0,47 0,50 0,59 0,45 0,45 0,35 0,45 0,35 0,476 0,470 0,468 0,467 0,462 -2 -4 16 -4 16 0,44 0,32 0,51 0,43 0,44 0,57 0,50 0,49 0,41 0,61 0,36 0,53 0,32 0,46 0,27 0,455 0,447 0,439 0,437 0,436 11 -28 19 -14 21 0,30 0,43 0,27 0,38 0,47 0,59 0,51 0,68 0,43 0,36 0,41 0,35 0,34 0,47 0,44 0,435 0,429 0,427 0,426 0,423 -4 8 9 -20 -13 0,33 0,48 0,45 0,35 0,37 0,36 0,41 0,44 0,39 0,33 0,58 0,37 0,36 0,46 0,49 0,422 0,420 0,416 0,398 0,397 -44 -4 -3 -23 -32 j. l j. l Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 59,6 51,6 58,1 61,5 45,0 56,3 40,4 42,0 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 53,1 58,9 60,1 52,4 52,2 47,3 40,8 45,2 48,8 65,7 58 37 51 52 44 1.471 1.483 806 1.464 799 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tanzânia 51,5 44,0 55,6 51,1 51,1 62,6 63,4 56,9 41,6 74,7 45 22 34 41 32 853 2.377 664 1.609 501 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 43,2 51,0 41,0 47,8 52,9 66,1 60,3 77,2 45,7 36,4 45 32 49 38 36 1.167 801 756 1.654 1.419 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 45,0 53,6 51,8 45,9 47,1 42,0 39,0 52,7 35,7 35,0 23 45 26 45 28 3.179 933 880 1.580 1.934 j. k j. k j. k INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO j. l j. l i 143 1 Índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH a Taxa de escolarização bruta Taxa de combinada Esperança alfabetização do primário, de vida de adultos secundário PIB Índice à nascença (% 15 anos e superior per capita da esperança (anos) e mais) (%) b (dólares PPC) de vida 1999 1999 1999 1999 1999 Índice da educação 1999 Ordem do PIB Valor do per capita índice de (dólares desenvolvimento PPC) Índice humano menos do PIB (IDH) ordem 1999 1999 IDH c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 40,3 39,9 51,2 44,3 45,5 59,2 65,8 39,8 45,4 41,0 73 40 28 24 31 586 885 753 1.166 850 0,26 0,25 0,44 0,32 0,34 0,64 0,57 0,36 0,38 0,38 0,30 0,36 0,34 0,41 0,36 0,397 0,395 0,378 0,372 0,359 8 -8 0 -16 -7 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 44,5 39,8 44,1 46,1 40,6 37,7 43,2 37,4 23,0 46,9 37 23 27 23 19 678 861 628 965 578 0,33 0,25 0,32 0,35 0,26 0,37 0,36 0,34 0,23 0,37 0,32 0,36 0,31 0,38 0,29 0,339 0,323 0,321 0,320 0,309 0 -11 0 -17 0 44,8 38,3 15,3 32,0 16 27 753 448 0,33 0,22 0,15 0,30 0,34 0,25 0,274 0,258 -7 0 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 64,5 51,7 66,4 69,2 69,6 62,5 48,8 68,5 76,6 78,0 72,9 51,6 61,3 85,3 87,8 55,1 59,6 98,6 — — 61 38 63 71 74 53 42 77 87 94 3.530 1.170 4.550 3.950 6.880 2.280 1.640 6.290 22.020 26.050 0,66 0,45 0,69 0,74 0,74 0,63 0,40 0,73 0,86 0,88 0,69 0,47 0,62 0,81 0,83 0,54 0,54 0,91 0,94 0,97 0,59 0,41 0,64 0,61 0,71 0,52 0,47 0,69 0,90 0,93 0,647 0,442 0,648 0,719 0,760 0,564 0,467 0,777 0,900 o 0,928 o – – – – – – – – – – Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 77,3 66,8 52,6 — 78,5 48,9 o 91 67 38 23.410 3.850 1.200 0,87 0,70 0,46 0,96 0,75 0,45 0,91 0,61 0,41 0,914 o 0,684 0,442 – – – Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 78,0 69,5 59,4 — 85,7 61,8 o 93 74 51 25.860 5.310 1.910 0,88 0,74 0,57 0,97 0,82 0,58 0,93 0,66 0,49 0,926 o 0,740 0,549 – – – Mundo 66,7 — o 65 6.980 0,70 0,74 0,71 0,716 o – 161 Níger 162 Serra Leoa j. k o o Notas: O índice de desenvolvimento humano foi calculado para os países membros da ONU, com dados fidedignos em cada uma das suas componentes, bem como para dois não membros, Suíça e Hong Kong, China (RAE), Para os dados dos restantes 29 países membros da ONU ver quadro 28. a. A ordenação do IDH é determinada utilizando valores IDH até à quinta casa decimal. b. Estimativas provisórias da UNESCO, sujeitas a revisão futura. c. Um valor positivo indica que a ordenação do IDH é mais elevada que a do PIB per capita (dólares PPC), um valor negativo indica o inverso. d. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 99,0%. e. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 100,0%. f. O rácio é subestimado, porque muitos estudantes do secundário e do superior prosseguem os seus estudos em países vizinhos. g. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 40.000 dólares (PPC). h. Exclui estudantes e população Turcas. i. Os dados referem-se a um ano diferente do indicado. j. Os dados referem-se a ano ou período diferente do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a parte do país. k. UNICEF 2000. l. Aten. Heston e Summers 2001. m. UNICEF 2001a. n. Estimativas do Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano baseadas em fontes nacionais. o. Com o fim de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 99,0% para os países da OCDE que não possuem dados sobre alfabetização de adultos. Os agregados resultantes (97,5% para os países da OCDE, 98,8% para os países da OCDE de rendimento elevado, 98,5% para os países de desenvolvimento humano elevado, 98,6% para os países de rendimento elevado e 79,2% para o mundo) foram utilizados para calcular os agregados IDH. Fontes: Coluna 1: UN 2001d: excepto quando indicado de outro modo; coluna 2: UNESCO 2000a; coluna 3: UNESCO 2001b; coluna 4: excepto quando indicado de outro modo, World Bank 2001b; agregados calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; coluna 5: calculado com base nos dados da coluna 1; coluna 6: calculado com base nos dados das colunas 2 e 3; coluna 7: calculado com base nos dados da coluna 4; coluna 8: calculado com base nos dados das colunas 5-7; ver nota técnica 1 para pormenores; coluna 9: calculado com base nos dados das colunas 4 e 8. 144 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 2 Tendências do índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . . 1975 1980 1985 1990 1995 1999 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 0,856 0,842 0,867 0,862 0,845 0,875 0,859 0,882 0,872 0,861 0,887 0,871 0,904 0,882 0,874 0,899 0,886 0,925 0,892 0,895 0,924 0,926 0,930 0,924 0,925 0,939 0,936 0,936 0,936 0,935 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 0,861 0,860 0,860 0,851 0,835 0,882 0,883 0,872 0,876 0,854 0,896 0,891 0,886 0,891 0,872 0,912 0,910 0,900 0,907 0,894 0,923 0,916 0,921 0,920 0,907 0,934 0,932 0,931 0,928 0,925 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 0,872 0,826 0,846 0,839 0,866 0,884 0,841 0,862 0,846 0,874 0,891 0,855 0,874 0,856 0,881 0,904 0,879 0,896 0,876 0,889 0,912 0,907 0,913 0,914 0,905 0,924 0,924 0,924 0,923 0,921 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 0,839 — 0,816 0,846 0,827 0,853 — 0,828 0,853 0,845 0,866 — 0,843 0,865 0,855 0,889 — 0,868 0,873 0,878 0,908 0,905 0,891 0,900 0,895 0,921 0,921 0,916 0,913 0,909 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 0,817 0,804 0,800 0,754 — 0,837 0,825 0,821 0,793 0,800 0,853 0,843 0,841 0,820 0,819 0,875 0,859 0,857 0,857 0,843 0,893 0,879 0,867 0,875 0,864 0,908 0,893 0,881 0,880 0,877 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 0,719 0,687 0,735 — — 0,753 0,729 0,758 — — 0,779 0,771 0,785 — — 0,816 0,814 0,818 0,843 — 0,855 0,851 0,853 0,850 — 0,876 0,875 0,874 0,874 0,866 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — — — 0,784 — — — — 0,798 — — — — 0,804 0,811 — — 0,833 0,807 0,818 — — 0,841 0,829 0,816 0,864 0,857 0,844 0,842 0,831 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 0,775 0,755 — 0,700 — 0,791 0,775 — 0,735 — 0,803 0,779 — 0,752 — 0,803 0,800 0,790 0,779 — 0,807 0,813 0,807 0,809 — 0,829 0,828 0,828 0,825 0,824 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 0,745 — — — — 0,769 — — — — 0,770 — — — — 0,789 — — — — 0,807 — — — — 0,821 0,820 0,818 0,812 0,809 — — — — — — — — — 0,794 0,814 — 0,787 0,780 — 0,803 0,803 0,801 0,719 — 0,752 0,788 0,771 0,801 0,778 0,803 0,784 0,761 0,798 0,791 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 145 2 Tendências do índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH 1975 1980 1985 1990 1995 1999 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 0,688 0,711 — — — 0,732 0,730 — 0,710 0,809 0,750 0,745 — 0,718 0,826 0,759 0,746 0,808 0,751 0,823 0,772 0,769 0,774 0,769 0,778 0,790 0,784 0,782 0,776 0,775 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 0,614 — 0,753 — — 0,657 0,760 0,787 — — 0,691 0,781 0,793 — — 0,720 0,783 0,775 — — 0,758 0,775 0,771 — — 0,774 0,772 0,772 0,770 0,766 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 0,715 0,657 0,628 — — 0,730 0,686 0,655 — — 0,737 0,700 0,685 — — 0,756 0,720 0,721 — — 0,764 0,746 0,745 — — 0,765 0,765 0,765 0,758 0,758 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 0,603 0,656 0,587 0,641 0,649 0,645 0,679 0,647 0,676 0,683 0,675 0,693 0,669 0,690 0,687 0,713 0,719 0,706 0,710 0,716 0,749 0,740 0,736 0,734 0,733 0,757 0,757 0,754 0,750 0,749 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — — 0,639 — — — — 0,668 — — — — 0,691 — — — — 0,702 0,793 — — — 0,729 0,744 — 0,747 0,745 0,743 0,742 0,742 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — — 0,688 — 0,663 — — 0,692 — 0,698 — — 0,694 — 0,704 — — 0,722 — 0,716 — — 0,735 — 0,733 0,742 0,739 0,738 0,738 0,738 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 0,614 0,592 — 0,623 — 0,648 0,616 — 0,669 0,672 0,674 0,653 — 0,690 0,689 0,695 0,684 — 0,700 0,700 0,717 0,716 — 0,715 0,701 0,735 0,735 0,730 0,726 0,725 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 0,616 0,522 — 0,512 0,556 0,645 0,553 0,637 0,564 0,563 0,667 0,590 0,659 0,611 0,607 0,675 0,624 0,677 0,644 0,645 0,696 0,679 0,704 0,680 0,688 0,722 0,718 0,714 0,714 0,714 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — — 0,678 0,648 0,585 — — 0,681 0,661 0,584 0,584 — 0,670 0,681 0,604 0,624 — 0,676 0,712 0,642 0,676 — 0,699 0,722 0,681 0,708 0,707 0,704 0,702 0,701 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — 0,551 — — 0,507 0,555 0,593 — — 0,555 0,646 0,627 — — 0,605 0,661 0,647 0,758 0,693 0,641 0,685 0,677 0,704 0,683 0,664 0,701 0,700 0,699 0,698 0,693 96 97 98 99 100 146 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 2 Tendências do índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH 1975 1980 1985 1990 1995 1999 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto — 0,467 — 0,512 0,433 — 0,529 — 0,546 0,481 0,581 0,581 — 0,572 0,531 0,604 0,622 — 0,596 0,573 0,647 0,662 — 0,628 0,603 0,682 0,677 0,660 0,648 0,635 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 0,569 0,517 0,505 — — 0,580 0,565 0,541 — — 0,588 0,596 0,554 — 0,486 0,596 0,614 0,577 — 0,507 0,618 0,627 0,608 — 0,535 0,635 0,634 0,626 0,617 0,610 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — 0,428 0,507 0,495 0,406 0,530 0,472 0,538 0,558 0,433 0,545 0,506 0,565 0,615 0,472 0,551 0,539 0,611 0,654 0,510 0,624 0,568 0,615 0,621 0,544 0,601 0,596 0,583 0,577 0,571 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto — 0,545 — 0,436 0,478 — 0,570 — 0,466 0,516 0,535 0,621 — 0,480 0,545 0,554 0,598 — 0,505 0,572 0,545 0,563 — 0,524 0,569 0,569 0,554 0,551 0,542 0,541 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — 0,420 0,442 — 0,407 0,411 — 0,442 0,488 0,467 0,453 0,461 — 0,463 0,511 0,490 0,502 0,510 — 0,481 0,531 0,498 0,511 0,504 — 0,521 0,521 0,506 0,497 0,505 0,541 0,534 0,514 0,510 0,506 0,502 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 0,343 0,400 0,292 — 0,370 0,446 0,329 — 0,403 0,443 0,370 — 0,441 0,466 0,415 — 0,476 0,474 0,451 — 0,498 0,489 0,480 0,477 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar — 0,332 — — 0,398 — 0,350 — 0,430 0,431 0,372 0,383 — 0,444 0,425 0,402 0,414 0,407 0,449 0,432 0,443 0,443 0,436 0,456 0,439 0,476 0,470 0,468 0,467 0,462 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 0,326 — — 0,336 — 0,386 — — 0,364 — 0,402 — — 0,382 — 0,423 — — 0,392 0,422 0,447 — — 0,420 0,427 0,455 0,447 0,439 0,437 0,436 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal — — 0,448 0,368 0,311 — — 0,462 0,402 0,329 0,384 — 0,479 0,411 0,354 0,386 — 0,466 0,414 0,378 0,402 — 0,431 0,414 0,398 0,435 0,429 0,427 0,426 0,423 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — 0,286 — 0,271 — — 0,323 — 0,275 — — 0,351 — 0,295 — — 0,359 — 0,314 — — 0,392 0,398 0,374 — 0,422 0,420 0,416 0,398 0,397 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 147 2 Tendências do índice de desenvolvimento humano Ordem segundo IDH 1975 1980 1985 1990 1995 1999 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 0,318 0,334 0,251 0,332 0,255 0,343 0,378 0,277 0,349 0,255 0,356 0,394 0,291 0,371 0,296 0,363 0,344 0,310 0,370 0,321 0,401 0,333 0,344 0,368 0,334 0,397 0,395 0,378 0,372 0,359 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 0,251 — — 0,236 0,282 0,254 0,303 — 0,263 0,308 0,285 0,290 0,272 0,286 0,338 0,306 0,311 0,294 0,294 0,344 0,334 0,313 0,305 0,301 0,315 0,339 0,323 0,321 0,320 0,309 0,234 — 0,253 — 0,244 — 0,254 — 0,260 — 0,274 0,258 161 Níger 162 Serra Leoa Nota: Em consequência das revisões dos dados, os valores do IDH neste quadro não são exactamente comparáveis com os do quadro 7 do Relatório do Desenvolvimento Humano 2000. Fonte: Colunas 1-5: calculado com base nos dados da esperança de vida, de UN (2001d); os dados das taxas de alfabetização de adultos são de UNESCO (2000a); os dados das taxas de escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior são de UNESCO (2001b); e os dados do PIB a preços de mercado (dólares constantes de 1995), da população e do PIB per capita (dólares PPC) são de World Bank (2001b); Coluna 6: coluna 8 do quadro 1. 148 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 3 Pobreza e privação humanas MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . . Países em desenvolvimento Índice de pobreza humana (IPH-1) Ordem segundo IDH Ordem Valor (%) Taxa de Probabilidade analfaà nascença de betismo não ultrapassar de adultos os 40 anos (% 15 anos (% de e coorte) mais) 1995-2000 a 1999 População abaixo da linha Crianças População com peso de privação de rendimento Ordem (%) que não usa deficiente IPH-1 fontes de água menores 1 dólar dia Linha de menos melhoradas de 5 anos (1993 dól. pobreza ordem pri(%) (%) PPC) nacional vação ren1999 1995-2000 b 1983-99 b 1984-99 b dimento c Desenvolvimento humano elevado 24 25 26 27 31 Hong Kong, China (RAE) Chipre Singapura Coreia do Sul Barbados — — — — — — — — — — 2,0 3,1 2,3 4,0 3,0 6,7 3,1 7,9 2,4 — — 0 0 8 0 — — — — 5d — — — <2,0 — — — — — — — — — — — 32 34 37 39 40 Brunei Argentina Uruguai Chile Barém — — 1 3 — — — 4,0 4,2 — 3,2 5,6 5,1 4,5 4,7 9,0 3,3 2,3 4,4 12,9 — 21 2 6 — — — 5 1 9 — — <2,0 <2,0 — — 17,6 — 20,5 — — — 0 2 — 41 42 43 45 48 Costa Rica Baamas Kuwait Emiratos Árabes Unidos Catar 2 — — — — 4,0 — — — — 4,0 11,8 3,0 5,4 4,8 4,5 4,3 18,1 24,9 19,2 2 4 — — — 5 — 6d 14 6 6,9 — — — — — — — — — -10 — — — — Desenvolvimento humano médio 49 51 52 54 56 Trindade e Tobago México Panamá Belize Malásia 5 10 6 14 13 7,9 9,5 8,5 11,0 10,9 4,1 8,3 6,4 6,8 5,0 6,5 8,9 8,3 6,9 13,0 14 14 13 24 5 7d 8 7 6d 18 12,4 12,2 10,3 — — 21,0 10,1 37,3 — 15,5 -17 -10 -11 — — 59 61 62 63 64 Líbia Venezuela Colômbia Maurícias Suriname 27 8 9 16 — 16,7 8,6 9,1 11,5 — 6,4 6,5 10,1 5,4 7,4 20,9 7,7 8,5 15,8 — 28 16 9 0 5 5 5d 8 16 — — 18,7 11,0 — — — 31,3 17,7 10,6 — — -19 -9 — — 65 66 67 68 69 Líbano Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil 11 21 37 29 18 10,2 14,0 21,3 17,0 12,9 5,0 9,0 6,3 6,4 11,3 14,4 4,7 7,4 23,9 15,1 0 20 53 5 17 3 19 d 8d 14 6 — <2,0 — — 9,0 — 13,1 — — 22,0 — 14 — — -2 70 71 73 77 78 Filipinas Omã Peru Maldivas Jamaica 23 52 17 25 20 14,7 32,2 12,9 15,8 13,6 8,9 6,8 11,6 12,5 5,4 4,9 29,7 10,4 3,8 13,6 13 61 23 0 29 28 23 8 43 5 — — 15,5 — 3,2 36,8 — 49,0 — 34,2 — — -12 — 5 80 81 82 84 86 Paraguai Sri Lanka Turquia Equador República Dominicana 12 31 19 28 22 10,2 18,0 12,9 16,8 14,4 8,7 5,8 9,6 11,1 11,9 7,0 8,6 15,4 9,0 16,8 21 17 17 29 21 5 34 8 17 d 6 19,5 6,6 2,4 20,2 3,2 21,8 25,0 — 35,0 20,6 -17 9 6 -10 6 87 88 89 90 91 China Jordânia Tunísia Irão Cabo Verde 24 7 — 30 36 15,1 8,5 — 17,3 20,9 7,9 7,9 7,8 9,3 10,4 16,5 10,8 30,1 24,3 26,4 25 4 — 5 26 10 5 4 11 14 d 18,5 <2,0 <2,0 — — 4,6 11,7 14,1 — — -8 5 — — — 93 94 95 96 97 Guiana África do Sul El Salvador Samoa (Ocidental) Síria 15 33 32 — 34 11,4 18,7 18,3 — 19,8 15,4 24,4 10,9 7,8 6,9 1,6 15,1 21,7 19,8 26,4 6 14 26 1 20 12 9 12 — 13 — 11,5 26,0 — — — — 48,3 — — — 4 -9 — — INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 149 3 Pobreza e privação humanas Países em desenvolvimento Índice de pobreza humana (IPH-1) Ordem segundo IDH Ordem Valor (%) Taxa de Probabilidade analfaà nascença de betismo não ultrapassar de adultos os 40 anos (% 15 anos (% de e coorte) mais) 1995-2000 a 1999 População abaixo da linha Crianças de privação de rendimento Ordem População com peso (%) que não usa deficiente IPH-1 fontes de água menores 1 dólar dia Linha de menos melhoradas de 5 anos (1993 dól. pobreza ordem pri(%) (%) PPC) nacional vação ren1999 1995-2000 b 1983-99 b 1984-99 b dimento c 100 101 102 104 105 Argélia Vietname Indonésia Bolívia Egipto 40 45 38 26 50 23,5 29,1 21,3 16,4 31,7 10,5 12,8 12,8 18,4 10,3 33,4 6,9 13,7 15,0 45,4 6 44 24 21 5 13 39 34 10 12 <2 — 7,7 29,4 3,1 22,6 50,9 27,1 — 22,9 24 — 11 -18 22 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 39 35 41 — — 23,3 20,8 23,8 — — 11,5 16,0 15,6 32,0 33,7 31,8 26,0 31,9 — 17,8 21 10 8 30 57 12 25 24 — — — 40,5 10,0 — — 50,3 53,0 57,9 — — — -22 11 — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 56 62 — — 55 34,5 36,4 — — 34,3 46,7 11,8 36,3 49,5 16,7 18,6 52,0 21,1 23,6 43,5 23 18 — — 12 26 d 9d 10 d 17 53 d 34,9 <2 — 33,3 44,2 — 19,0 — — 35,0 -5 36 — — -14 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 44 61 43 46 42 28,9 36,2 28,0 29,1 25,8 15,0 51,6 26,0 27,0 35,4 37,7 12,0 15,6 29,7 17,1 40 15 32 36 9 10 15 39 25 16 13,9 36,0 — 38,8 43,1 36,3 25,5 — 31,4 49,2 6 -5 — -15 -19 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 78 60 51 47 49 48 45,0 36,2 31,8 29,9 31,1 30,7 24,4 21,6 34,6 20,6 36,2 34,8 31,8 e 36,1 18,5 40,8 25,2 20,5 70 58 51 4 38 49 52 30 d 22 26 22 17 d — — 26,5 — — — 36,1 — 42,0 — 40,0 — — — -2 — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 131 Paquistão Togo Nepal Butão Laos 65 63 77 — 66 39,2 38,3 44,2 — 39,9 20,1 34,1 22,5 20,2 30,5 55,0 43,7 59,6 — 52,7 12 46 19 38 10 26 d 25 47 38 d 40 d 31,0 — 37,7 — 26,3 34,0 32,3 42,0 — 46,1 2 — 4 — 8 132 133 134 135 136 Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar Nigéria 73 70 71 64 59 43,3 42,5 42,8 38,6 36,1 21,4 20,0 31,6 31,6 33,7 59,2 54,8 51,2 34,3 37,4 3 31 54 53 43 56 46 28 40 31 29,1 15,7 — 63,4 70,2 35,6 19,1 — 70,0 34,1 9 18 — -12 -18 137 138 139 140 141 Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania Uganda 57 58 82 53 69 34,7 34,8 47,2 32,4 41,0 42,3 27,3 33,1 33,3 48,4 36,6 43,1 58,4 25,3 33,9 0 25 63 46 50 18 34 d 23 27 26 — — 28,6 19,9 — — — 57,0 51,1 44,4 — — 15 4 — 142 143 144 145 146 Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal Angola 67 68 72 80 — 40,0 40,0 42,9 45,9 — 34,7 53,6 40,2 28,5 41,6 39,7 22,8 54,3 63,6 — 55 36 23 22 62 34 24 24 d 22 42 — 63,7 12,3 26,3 — — 86,0 — — — — -10 23 16 — 147 148 149 150 Benim Eritreia Gâmbia Guiné 79 75 85 — 45,8 44,0 49,6 — 29,7 31,7 40,5 38,3 61,0 47,3 64,3 — 37 54 38 52 29 44 26 — — — 53,7 — 33,0 — 64,0 40,0 — — 4 — 150 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 3 Pobreza e privação humanas Países em desenvolvimento Índice de pobreza humana (IPH-1) Ordem segundo IDH Ordem Valor (%) Taxa de Probabilidade analfaà nascença de betismo não ultrapassar de adultos os 40 anos (% 15 anos (% de e coorte) mais) 1995-2000 a 1999 População abaixo da linha Crianças de privação de rendimento Ordem População com peso (%) que não usa deficiente IPH-1 fontes de água menores 1 dólar dia Linha de menos melhoradas de 5 anos (1993 dól. pobreza ordem pri(%) (%) PPC) nacional vação ren1999 1995-2000 b 1983-99 b 1984-99 b dimento c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 74 76 83 81 87 43,4 44,2 47,8 46,1 53,1 50,4 51,9 38,5 45,3 41,0 40,8 34,2 60,2 54,6 59,0 43 59 35 40 73 30 27 40 27 39 — 35,7 72,8 66,6 — 54,0 51,2 — — 64,0 — 5 -4 -4 — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 86 84 88 — — 49,6 48,3 57,2 — — 42,2 49,2 43,6 43,0 50,1 62,3 56,8 62,6 77,0 53,1 51 40 76 — — 23 d 26 47 36 37 d — 37,9 31,3 61,2 — — — — — 36,2 — 8 15 — — 90 — 63,6 — 41,4 51,6 84,7 — 41 72 50 29 d 61,4 57,0 63,0 68,0 5 — 161 Níger 162 Serra Leoa Nota: Em consequência das revisões dos dados e da metodologia, os resultados do IPH-1 neste quadro não são comparáveis com os do Relatório do Desenvolvimento Humano 2000. Para mais pormenores, ver a nota técnica 1. O índice de pobreza humana foi calculado para os países membros da ONU, com dados fidedignos em cada uma das suas componentes, incluindo ainda o Afeganistão (valor IPH-1, 60,2%; ordem IPH-1, 89) e Cuba (valor IPH-1, 4,6%; ordem IPH-4). a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de não ultrapassar os 40 anos, vezes 100, Os dados referem-se a estimativas para o período indicado. b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. c. A privação de rendimento refere-se à percentagem da população que vive com menos de 1 dólar (PPC) por dia, As ordenações são baseadas nos países com dados disponíveis para ambos os indicadores, Um valor positivo indica que o país tem melhor desempenho na privação de rendimento do que na pobreza humana, um valor negativo indica o contrário. d. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país. e. UNESCO 2001a. Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IPH-1 na coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-6; para pormenores, ver nota técnica 1; coluna 3: UN 2001d, excepto se indicado de outro modo; coluna 4: UNESCO 2000a, excepto se indicado de outro modo; coluna 5: calculado com base em dados da população que utiliza fontes de água melhoradas, UNICEF 2000; coluna 6: UNICEF 2000; colunas 7 e 8: World Bank 2001b; coluna 9: calculado com base em dados das colunas 1 e 7. Posições IPH-1 de 90 países em desenvolvimento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Uruguai Costa Rica Chile Cuba Trindade e Tobago Panamá Jordânia Venezuela Colômbia México Líbano Paraguai Malásia Belize Guiana Maurícias Peru Brasil 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Turquia Jamaica Tailândia República Dominicana Filipinas China Maldivas Bolívia Líbia Equador Arábia Saudita Irão Sri Lanka El Salvador África do Sul Síria Honduras Cabo Verde INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 Fidji Indonésia Nicarágua Argélia Guatemala Lesoto Mianmar Mongólia Vietname Gana Comores Congo Camarões Egipto Quénia Omã Tânzania Iraque 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 Índia Namíbia Djibuti Sudão Nigéria Papua-Nova Guiné Zimbabwe Marrocos Togo Madagáscar Paquistão Laos Congo, Rep. Dem. Zâmbia Uganda Iémen Haiti Costa do Marfim 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 Bangladeche Malawi Eritreia Ruanda Nepal Camboja Benim Senegal Rep. Centro-Africana Mauritânia Mali Moçambique Gâmbia Guiné-Bissau Chade Etiópia Afeganistão Níger 151 4 Pobreza e privação humanas MONITORIZAR O DESENVOLVIMENTO HUMANO: AUMENTAR AS ESCOLHAS DAS PESSOAS. . . Países da OCDE, Europa do Leste e CEI Pessoas que População abaixo da linha são funciode privação de rendimento nalmente (%) analfaDesemprego betas de longa duração 50% do 11 dól. dia 4 dól. dia (% idades (em % da força rendimento (dól. PPC (dól. PPC médio d 1994) f 1990) 16-65) de trabalho) c 1994-98 b 1999 1987-97 e 1994-95 e 1993-95 e Ordem Valor (%) Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos (% da coorte) 1995-2000 a Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 2 14 11 1 13 7,5 12,9 12,1 6,8 12,5 9,1 9,1 9,5 8,0 10,5 8,5 17,0 16,6 7,5 18,4 i 0,2 2,1 0,9 2,8 h 5,5 6,9 14,3 11,9 6,6 5,2 4 18 7 6 — — — — — — 0 -2 1 -3 — 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 17 — 3 9 4 15,8 — 8,5 11,2 8,8 12,8 8,7 9,2 8,2 11,3 20,7 — 10,5 —j 10,4 0,3 — 1,4 1,1 3,0 16,9 — 8,1 11,8 k 5,2 14 — 7 — 5 — — — — — 2 — -2 — 1 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca — 7 8 15 5 — 10,7 11,1 15,1 9,1 9,6 11,4 11,4 9,9 12,0 — —j —j 21,8 9,6 1,2 0,8 4,5 1,8 1,1 9,3 3,9 8,0 13,4 7,2 — (,) 10 16 — — — — — — — 5 -1 0 — 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália — 6 16 — 12 — 10,5 15,3 — 12,3 10,6 10,6 10,4 10,7 9,1 — 14,4 22,6 18,4 —j 1,2 4,5 5,6 l 1,4 7,0 10,6 7,5 11,1 — 14,2 — 7 — — — — — — — — — -1 — — — 21 22 23 28 29 Espanha Israel Grécia Portugal Eslovénia 10 — — — — 11,5 — — — — 10,3 8,0 9,4 13,1 13,8 —j — — 48,0 42,2 8,1 — 5,9 h 1,9 — 10,1 13,5 — — — — — — — — — — — — <1 — — — — — 30 33 35 36 38 Malta República Checa Eslováquia Hungria Polónia — — — — — — — — — — 8,4 13,7 16,6 21,9 17,5 — 15,7 — 33,8 42,6 — 3,3 — 3,5 4,0 h — 2,3 2,1 10,1 11,6 — — — — — — <1 <1 4 20 — — — — — — — — — — — 23,8 15,8 21,6 — — — — — — — — — — — — 37 — 30 — — — Índice de pobreza humana (IPH-2) Ordem segundo IDH Ordem IPH-2 menos ordem privação rendimento g Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 44 Estónia 46 Croácia 47 Lituânia Desenvolvimento humano médio 50 53 55 57 58 Letónia Bielorrússia Federação Russa Bulgária Roménia — — — — — — — — — — 23,7 26,0 30,1 18,8 21,6 — — — — — — — — — — — — 20,1 — — — — — — — 22 22 50 15 59 — — — — — 60 72 74 75 76 Macedónia Arménia Ucrânia Cazaquistão Geórgia — — — — — — — — — — 14,5 14,7 26,3 31,6 17,5 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 63 65 — — — — — — 152 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 4 Pobreza e privação humanas Países da OCDE, Europa do Leste e CEI Ordem Valor (%) — — — — — — — — — — 20,4 27,6 12,4 26,4 27,4 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 61 — 88 66 — — — — — — — — — 23,9 25,3 — — — — — — — — 63 — — — Índice de pobreza humana (IPH-2) Ordem segundo IDH 79 83 85 92 98 Azerbaijão Turquemenistão Albânia Quirguistão Moldávia 99 Usbequistão 103 Tajiquistão Pessoas que População abaixo da linha são funciode privação de rendimento nalmente (%) analfaDesemprego betas de longa duração 50% do 11 dól. dia 4 dól. dia (% idades (em % da força rendimento (dól. PPC (dól. PPC 16-65) de trabalho) c médio d 1994) f 1990) 1994-98 b 1999 1987-97 e 1994-95 e 1993-95 e Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos (% da coorte) 1995-2000 a Ordem IPH-2 menos ordem privação rendimento g Nota: Este quadro inclui Israel e Malta, que não são países membros da OCDE, mas exclui a Coreia do Sul, México e Turquia que são membros. Para o índice de pobreza humana e indicadores relacionados para estes três países, ver quadro 3. a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de não ultrapassar os 60 anos, vezes 100. b. Baseado nos registos do nível 1, na escala da literacia de prosa, do Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos (IALS) (ver caixa 5 nas notas sobre as estatísticas). Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante 1994-98. c. Os dados referem-se ao desemprego com duração de 12 meses ou mais. d. A linha de pobreza é medida em 50% do equivalente do rendimento familiar disponível médio. e. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. f. Baseado na linha de pobreza dos EUA: 11 dólares (PPC de 1994) por dia e pessoa para uma família de três pessoas. g. A privação de rendimento refere-se à percentagem da população que vive com menos de 11 dólares (PPC de 1994) por dia e pessoa para uma família de três pessoas. Um valor positivo indica que o país tem melhor desempenho na privação de rendimento do que na pobreza humana, um valor negativo indica o contrário. h. Os dados referem-se a 1998. i. Os dados referem-se à Flandres. j. Com o fim de calcular o IPH-2 foi utilizada uma estimativa de 15,1%, a média não ponderada dos países com dados disponíveis. k. Smeeding 1997. l. Os dados referem-se a 1997. Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IPH-2 na coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-6; para pormenores, ver nota técnica 1; coluna 3: UN 2001d; coluna 4: OCDE e Statistics Canadá 2000, excepto se indicado de outro modo; coluna 5: OCDE 2000c; colunas 6: LIS 2001, excepto se indicado de outro modo; coluna 7: Smeeding, Rainwater e Burtless 2000; coluna 8: Milanovic 1998; coluna 9: calculado com base nos dados das colunas 1 e 7. Posições IPH-2 para 17 países seleccionados da OCDE 1 2 3 4 5 6 Suécia Noruega Holanda Finlândia Dinamarca Alemanha 7 8 9 10 11 12 Luxemburgo França Japão Espanha Canadá Itália INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 13 14 15 16 17 Bélgica Austrália Reino Unido Irlanda Estados Unidos 153 5 Tendências demográficas . . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . . Taxa de crescimento anual da população (%) População total (milhões) Ordem segundo IDH 2015 b População urbana (em % do total) a População com População com 65 anos menos de 15 anos e mais (em % do total) (em % do total) Taxa de fertilidade total (por mulher) 1975 1999 2015 b 1999 2015 b 1999 2015 b 0,3 0,9 0,8 -0,2 0,0 68,2 85,9 75,6 82,7 94,9 75,1 84,7 77,0 83,3 97,3 80,1 86,0 79,9 85,2 98,0 19,8 20,7 19,4 18,5 17,5 15,8 18,0 15,9 12,4 13,9 15,5 12,2 12,5 17,4 16,8 18,2 15,2 16,1 22,3 19,9 2,2 2,5 2,0 1,9 1,9 1,8 1,8 1,6 1,5 1,5 1,0 1,0 0,6 0,5 0,4 0,8 0,6 0,2 0,0 0,0 73,7 86,7 88,4 75,7 58,3 77,0 92,4 89,3 78,6 66,7 81,0 94,6 90,8 81,5 74,2 21,9 23,5 18,4 14,9 18,3 18,7 18,7 14,7 13,3 14,2 12,3 11,6 13,6 16,7 14,8 14,4 14,1 17,8 25,8 20,7 2,0 2,8 2,1 2,1 1,6 2,0 2,0 1,5 1,4 1,7 1975 1999 4,0 13,9 23,1 8,2 9,8 4,4 18,9 30,5 8,9 10,2 4,7 21,9 34,4 8,6 10,3 0,4 1,3 1,1 0,3 0,2 220,2 0,2 13,7 111,5 4,7 280,4 0,3 15,8 126,8 5,2 321,2 0,3 16,4 127,5 5,2 1975-99 1999-2015 1970-75 c 1995-2000 c Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 6,3 0,4 52,7 56,2 5,1 7,2 0,4 59,0 59,3 5,3 7,0 0,5 61,9 60,6 5,4 0,5 0,8 0,5 0,2 0,2 -0,2 1,1 0,3 0,1 0,1 55,8 73,8 73,0 88,7 81,8 67,7 91,0 75,4 89,4 85,3 70,9 95,0 79,4 90,8 86,8 16,8 18,7 18,9 19,1 18,1 12,1 17,4 17,4 15,1 15,2 15,8 14,3 15,8 15,7 15,0 22,1 16,2 18,6 18,9 19,4 1,8 2,0 2,3 2,0 2,0 1,5 1,7 1,7 1,7 1,7 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 7,6 78,7 3,2 3,1 55,4 8,1 82,0 3,8 3,7 57,5 7,8 80,7 4,4 4,1 55,2 0,3 0,2 0,7 0,8 0,2 -0,2 -0,1 1,0 0,6 -0,3 65,2 81,2 53,6 82,8 65,6 64,6 87,3 58,8 85,7 66,9 68,5 89,9 64,0 87,7 70,7 16,9 15,8 22,0 23,1 14,4 11,8 12,1 21,8 18,8 12,0 15,4 16,1 11,3 11,6 17,8 20,0 21,0 13,1 14,5 22,4 2,0 1,6 3,8 2,8 2,3 1,4 1,3 1,9 2,0 1,2 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 35,6 3,4 9,0 4,4 0,6 39,9 5,9 10,6 6,7 0,8 39,0 7,7 10,5 8,0 0,9 0,5 2,4 0,7 1,8 1,0 -0,1 1,7 -0,1 1,1 0,7 69,6 86,7 55,3 89,7 43,3 77,4 91,1 59,9 100,0 56,2 81,3 92,5 65,1 100,0 64,5 15,0 28,4 15,3 16,8 23,6 12,5 24,3 12,7 13,9 19,1 16,7 9,9 17,2 10,4 11,4 19,8 11,5 21,2 13,4 14,9 2,9 3,8 2,3 2,9 2,5 1,2 2,9 1,3 1,2 2,0 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 2,3 35,3 9,1 1,7 0,3 3,9 46,4 10,0 2,0 0,4 4,8 50,6 10,0 1,9 0,4 2,3 1,1 0,4 0,6 1,0 1,2 0,5 0,0 -0,2 0,4 100,0 48,0 27,7 42,4 80,6 100,0 81,1 62,7 50,3 90,3 100,0 88,2 77,5 55,2 92,6 22,1 21,2 16,8 16,4 20,5 14,0 17,2 15,3 11,9 16,8 7,0 6,8 15,4 13,6 12,2 12,9 11,6 18,0 18,6 18,0 2,6 4,3 2,7 2,2 2,1 1,6 1,5 1,5 1,2 1,9 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 0,2 0,2 10,0 26,0 4,7 0,3 0,3 10,3 36,6 5,4 0,3 0,4 10,0 43,5 5,4 0,3 2,9 0,1 1,4 0,5 0,3 1,6 -0,2 1,1 0,0 38,6 62,1 63,7 80,7 46,3 49,5 71,7 74,7 89,6 57,3 58,3 78,5 77,4 92,6 62,1 21,1 32,4 16,8 27,9 20,1 16,8 23,0 12,8 24,5 14,9 10,5 3,1 13,7 9,7 11,3 11,0 6,5 18,7 10,7 13,7 2,7 5,4 2,2 3,1 2,5 1,5 2,8 1,2 2,6 1,4 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 10,5 2,8 34,0 10,3 0,3 10,0 3,3 38,6 15,0 0,6 9,3 3,7 38,0 17,9 0,8 -0,2 0,7 0,5 1,6 3,5 -0,5 0,6 -0,1 1,1 1,5 52,8 83,0 55,4 78,4 79,0 63,8 91,0 65,2 85,4 91,8 68,5 93,6 71,4 88,7 95,0 17,2 24,8 19,9 28,7 28,8 13,3 22,6 14,6 23,6 20,3 14,6 12,8 11,9 7,1 2,8 17,4 13,5 14,8 9,7 6,1 2,1 3,0 2,2 3,6 5,9 1,4 2,4 1,5 2,4 2,6 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 2,0 0,2 1,0 1,4 0,5 3,9 0,3 1,8 1,4 2,6 5,2 0,4 2,8 1,2 3,2 2,9 1,9 2,5 -0,1 6,8 1,8 1,1 2,5 -1,1 1,5 41,4 73,5 83,8 67,6 65,3 47,6 87,9 97,4 68,8 85,5 53,4 91,5 98,2 69,3 88,8 32,8 29,9 33,5 18,3 26,7 27,2 24,5 25,9 13,7 21,1 5,0 5,2 2,0 14,1 2,5 7,1 7,8 6,6 17,0 9,3 4,3 3,4 6,9 2,1 6,4 2,8 2,4 2,9 1,2 3,2 4,3 3,3 0,2 4,7 3,7 0,6 4,6 3,5 0,7 0,4 0,5 4,9 0,0 -0,3 1,4 45,1 55,7 83,0 57,3 68,4 92,3 64,4 71,4 94,3 18,3 20,0 26,8 16,9 13,0 22,8 13,8 13,1 1,4 16,9 16,6 5,6 2,0 2,3 6,8 1,7 1,4 3,7 1,0 2,5 1,3 2,4 1,4 2,2 1,0 0,0 0,5 -0,6 62,9 65,4 73,6 69,0 79,3 71,4 26,1 18,1 19,4 12,6 6,6 14,5 9,6 17,8 3,4 2,0 1,7 1,1 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 154 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 5 Tendências demográficas Taxa de crescimento anual da população (%) População total (milhões) Ordem segundo IDH 2015 b 1975 1999 59,1 1,7 9,4 0,1 134,2 97,4 2,8 10,2 0,2 146,2 119,2 3,5 9,7 0,3 133,3 2,1 2,0 0,4 2,1 0,4 População urbana (em % do total) a População com População com 65 anos menos de 15 anos e mais (em % do total) (em % do total) Taxa de fertilidade total (por mulher) 1975 1999 2015 b 1999 2015 b 1999 2015 b 1,3 1,3 -0,4 1,6 -0,6 62,8 49,0 50,3 50,0 66,4 74,2 56,0 70,7 53,6 77,3 77,9 61,7 77,2 64,2 82,0 33,6 31,7 19,4 39,0 18,7 26,3 24,9 14,3 27,9 13,6 4,6 5,5 13,1 4,2 12,3 6,8 7,9 14,0 4,9 13,8 6,5 4,9 2,2 6,3 2,0 2,8 2,6 1,3 3,4 1,2 1975-99 1999-2015 1970-75 c 1995-2000 c 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 12,3 8,7 21,2 2,4 1,7 21,8 8,0 22,5 5,2 2,0 27,9 6,8 21,4 7,1 2,1 2,4 -0,3 0,2 3,1 0,8 1,5 -1,0 -0,3 1,9 0,2 37,7 57,5 46,2 60,9 50,5 56,7 69,3 55,9 87,2 61,6 66,4 74,5 62,0 90,3 68,5 34,5 16,2 18,7 34,7 23,1 26,7 12,2 15,2 30,4 15,1 4,1 16,0 13,1 3,3 9,7 6,2 17,9 14,6 5,1 12,9 5,2 2,2 2,6 7,6 3,0 3,3 1,1 1,3 3,8 1,9 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 12,7 25,4 0,9 0,4 2,8 23,7 41,4 1,2 0,4 3,4 30,9 52,6 1,3 0,4 4,2 2,6 2,0 1,1 0,5 0,9 1,7 1,5 0,8 0,3 1,3 75,7 60,7 43,5 49,5 67,0 86,6 73,5 41,1 73,5 89,3 90,0 79,1 48,5 81,4 92,6 34,5 33,1 26,0 31,2 31,7 27,6 27,0 21,1 23,1 23,8 4,4 4,7 6,2 5,4 6,0 6,5 6,4 8,5 6,6 6,5 4,9 5,0 3,2 5,3 4,9 3,0 2,8 2,0 2,2 2,3 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 41,1 0,6 7,3 108,1 42,0 62,0 0,8 19,6 168,2 74,2 72,5 0,9 31,7 201,4 95,9 1,7 1,4 4,2 1,8 2,4 1,0 0,9 3,0 1,1 1,6 15,1 36,8 58,4 61,2 35,6 21,2 48,6 85,1 80,7 57,7 29,3 60,0 89,7 86,5 67,8 27,0 33,7 43,4 29,3 37,9 22,0 28,1 38,6 24,3 29,6 5,1 3,4 2,9 5,0 3,5 7,8 5,7 4,4 7,3 4,9 5,0 4,2 7,3 4,7 6,0 2,1 3,2 6,2 2,3 3,6 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 0,9 2,8 15,2 49,0 14,1 2,5 3,8 25,2 50,0 16,3 4,1 3,8 31,9 43,3 16,0 4,3 1,2 2,1 0,1 0,6 3,2 0,0 1,5 -0,9 -0,1 19,7 63,0 61,5 58,3 52,2 82,2 69,7 72,4 67,9 56,4 92,7 75,0 77,9 71,5 60,6 44,5 24,8 33,9 18,5 27,6 41,5 14,0 26,7 12,8 22,2 2,5 8,4 4,7 13,7 6,8 3,7 10,3 6,5 15,7 8,1 7,2 3,0 6,0 2,2 3,5 5,9 1,4 3,0 1,3 2,1 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 4,9 0,1 2,0 5,7 2,7 5,3 0,3 2,6 8,0 5,4 4,8 0,5 3,0 8,7 7,8 0,3 3,0 1,0 1,4 2,9 -0,6 3,0 0,9 0,6 2,3 49,6 18,2 44,1 51,5 39,0 60,2 26,1 55,6 56,9 55,3 67,7 31,4 63,5 64,0 65,0 21,1 44,1 31,9 30,0 40,0 14,8 40,6 25,4 17,5 34,1 12,6 3,5 7,2 6,5 3,5 15,0 3,1 7,7 8,1 4,3 2,6 7,0 5,0 4,3 5,7 1,6 5,8 2,5 1,9 4,2 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 13,5 40,0 2,5 6,9 2,4 18,7 65,7 4,6 12,4 3,1 21,5 79,0 6,1 15,9 3,4 1,4 2,1 2,5 2,4 1,1 0,8 1,2 1,7 1,6 0,6 22,0 41,6 47,5 42,4 32,8 23,3 74,1 44,7 64,3 41,0 32,0 84,5 49,9 75,8 50,8 26,9 30,3 38,2 34,3 30,4 22,5 24,1 28,4 27,1 22,7 6,2 5,6 4,2 4,6 5,8 8,8 7,2 4,5 6,2 8,1 4,1 5,2 6,2 6,0 4,7 2,1 2,7 3,6 3,1 2,6 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 10,1 1.410,2 d 7,2 11,3 87,1 2,0 1,3 d 3,8 2,1 3,0 1,3 0,7 d 2,5 1,2 1,4 45,3 17,4 55,3 49,8 45,8 64,4 31,6 73,6 64,8 61,1 72,6 40,7 79,8 73,5 68,8 34,1 25,3 40,2 30,5 38,7 28,4 19,4 36,4 24,8 27,2 4,2 6,7 2,7 5,8 3,3 6,2 9,3 3,6 6,2 5,0 5,6 4,9 7,8 6,2 6,4 2,9 1,8 4,7 2,3 3,2 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 0,3 3,3 0,7 25,8 4,1 0,4 4,8 0,8 42,8 6,2 0,6 5,8 0,7 44,6 8,0 1,7 1,6 0,1 2,1 1,7 1,9 1,2 -0,1 0,3 1,6 21,6 37,9 30,0 48,0 40,4 60,4 33,6 37,6 50,1 46,3 73,4 35,0 48,0 56,3 53,6 39,7 34,6 31,0 34,3 35,9 31,9 25,0 25,7 30,5 29,5 4,6 6,0 4,9 3,5 4,9 3,0 6,0 6,4 5,4 6,1 7,0 4,7 4,9 5,4 6,1 3,6 2,9 2,5 3,1 3,2 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 0,2 7,4 3,8 14,0 16,0 0,2 15,8 4,3 24,5 29,8 0,2 23,2 4,2 30,6 38,0 0,2 3,1 0,5 2,3 2,6 0,8 2,4 -0,2 1,4 1,5 21,2 45,1 35,8 39,1 40,3 21,5 54,0 46,2 37,2 59,5 26,7 62,1 50,3 38,6 68,5 41,4 41,7 23,9 37,1 35,5 36,3 34,3 16,7 25,9 26,8 4,5 3,1 9,2 4,6 4,1 5,0 3,4 10,2 5,0 4,9 5,7 7,7 2,6 6,3 7,4 4,5 4,0 1,6 2,9 3,3 96 97 98 99 100 5,0 8,2 927,8 d 1.264,8 d 1,9 4,8 5,7 9,4 33,5 69,2 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 155 5 Tendências demográficas Taxa de crescimento anual da população (%) População total (milhões) Ordem segundo IDH 1975 1999 2015 b 48,0 134,6 3,4 4,8 38,8 77,1 209,3 6,0 8,1 66,7 94,4 250,1 7,1 11,2 84,4 2,0 1,8 2,3 2,2 2,3 2,5 3,0 6,0 0,6 0,2 4,9 6,3 11,1 1,2 0,4 7,2 8,7 16,3 1,8 0,7 População urbana (em % do total) a População com População com 65 anos menos de 15 anos e mais (em % do total) (em % do total) Taxa de fertilidade total (por mulher) 1975 1999 2015 b 1999 2015 b 1999 2015 b 1,3 1,1 1,0 2,0 1,5 18,8 19,4 35,5 41,5 43,5 19,7 39,8 27,5 61,9 45,0 24,3 54,8 29,5 70,1 51,2 34,2 31,3 40,2 39,8 36,0 25,1 24,7 27,1 33,7 26,9 5,3 4,7 4,5 4,0 4,1 5,5 6,4 4,6 4,9 5,2 6,7 5,2 6,8 6,5 5,5 2,5 2,6 3,7 4,4 3,4 2,8 3,0 2,5 2,9 2,8 2,4 2,1 2,4 2,4 2,8 48,9 32,1 36,7 40,0 27,1 55,8 51,6 39,4 80,3 46,9 62,6 64,3 46,2 88,9 61,4 43,1 42,2 43,9 39,9 43,6 35,2 33,7 37,3 40,8 43,5 3,0 3,3 3,5 5,9 3,9 3,7 4,2 3,8 5,5 3,5 6,8 7,1 6,5 4,3 5,7 4,3 4,3 4,9 5,4 5,9 1975-99 1999-2015 1970-75 c 1995-2000 c 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 0,9 17,3 0,5 0,8 620,7 1,7 29,3 0,9 1,5 992,7 2,3 37,7 1,0 1,7 1.230,5 2,7 2,2 2,6 2,9 2,0 1,8 1,6 0,7 0,7 1,3 20,7 37,7 13,9 12,0 21,3 30,4 55,3 26,1 49,7 28,1 39,4 65,6 32,7 58,4 35,9 43,8 35,1 41,8 42,4 33,9 39,0 28,1 38,6 36,8 26,9 3,7 4,1 3,4 2,7 4,9 3,9 4,9 4,3 3,9 6,4 6,5 6,9 6,5 6,6 5,4 5,3 3,4 4,8 4,4 3,3 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 1,4 6,1 30,2 9,9 1,2 2,5 12,4 47,1 18,9 2,0 3,1 16,4 55,3 26,4 2,1 2,3 3,0 1,9 2,7 2,1 1,3 1,7 1,0 2,1 0,4 48,7 19,6 23,9 30,1 10,8 63,0 34,6 27,3 37,9 27,1 70,5 45,9 36,7 47,8 38,9 36,1 45,4 33,5 41,4 39,4 25,9 39,8 25,3 36,1 36,7 3,8 3,2 4,6 3,2 4,1 4,2 3,1 6,0 4,0 5,5 7,3 7,4 5,8 6,9 5,7 2,7 5,0 3,3 4,6 4,8 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 7,1 2,6 13,6 0,3 7,5 1,4 12,8 4,7 30,0 0,7 14,6 2,9 18,6 6,6 40,0 1,1 20,2 4,7 2,4 2,5 3,3 3,2 2,7 2,9 2,3 2,2 1,8 2,8 2,1 3,0 10,3 11,9 12,9 21,3 26,9 34,8 15,6 17,1 32,1 32,7 48,0 61,7 22,8 23,7 44,5 42,6 58,9 70,1 44,6 40,4 44,0 43,4 43,4 46,1 38,5 36,0 38,3 39,8 39,5 46,0 2,8 2,4 2,8 2,6 3,6 3,3 3,4 2,9 3,0 3,0 3,8 3,1 5,5 6,1 8,1 7,1 6,3 6,3 5,3 4,6 4,6 5,4 5,1 6,3 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 70,3 2,3 13,1 1,2 137,6 4,4 22,5 2,0 204,3 6,6 32,1 3,1 2,8 2,8 2,2 2,3 2,5 2,5 2,2 2,6 26,4 16,3 5,0 3,5 36,5 32,7 11,6 6,9 46,7 42,5 18,1 11,6 42,0 44,4 41,1 43,1 38,4 41,2 37,2 38,8 3,7 3,1 3,7 4,2 4,0 3,3 4,2 4,5 6,3 7,1 5,8 5,9 5,5 5,8 4,8 5,5 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 3,0 75,6 7,0 4,9 7,9 5,2 134,6 17,6 8,0 15,5 7,3 183,2 33,1 10,2 24,1 2,2 2,4 3,9 2,0 2,8 2,2 1,9 3,9 1,5 2,7 11,4 9,8 16,6 21,7 16,1 22,9 23,9 24,5 35,1 29,0 32,7 33,9 31,2 45,6 39,7 43,0 39,1 49,7 41,2 44,8 37,3 32,9 48,9 35,1 41,9 3,5 3,1 2,3 3,7 3,0 3,7 3,7 2,0 4,1 3,1 6,2 6,4 7,6 5,8 6,6 5,3 3,8 7,6 4,4 6,1 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 54,9 0,2 16,7 1,4 16,2 110,8 0,6 30,4 2,6 34,3 165,3 0,7 42,4 4,1 49,3 2,9 4,5 2,5 2,6 3,1 2,5 0,8 2,1 2,9 2,3 23,4 68,3 18,9 20,3 10,1 43,1 83,0 35,1 56,4 31,6 55,4 86,3 48,7 68,6 46,1 45,2 43,5 40,3 44,2 45,2 41,4 41,5 35,4 43,5 40,4 3,0 3,1 3,4 3,2 2,4 3,3 5,3 4,3 3,0 3,0 6,9 6,7 6,7 6,5 6,8 5,9 6,1 4,9 6,0 5,5 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 10,8 23,1 5,0 6,8 4,8 22,6 49,6 10,2 15,7 9,2 38,7 84,0 14,8 21,5 13,5 3,1 3,2 3,0 3,5 2,7 3,4 3,3 2,3 2,0 2,4 8,3 29,5 34,8 32,1 34,2 13,8 30,0 39,5 45,7 46,7 20,7 39,3 45,2 55,5 57,4 49,1 48,5 46,5 42,6 44,5 49,3 48,0 44,2 38,5 40,1 2,5 2,9 2,9 3,0 2,5 2,2 2,8 2,9 3,8 2,7 7,1 6,3 7,8 7,4 7,0 7,1 6,7 6,1 5,1 5,6 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 6,2 3,0 2,1 0,5 4,1 12,8 6,1 3,5 1,3 8,0 20,8 9,4 5,7 1,8 11,3 3,0 2,9 2,2 3,5 2,8 3,1 2,7 3,0 2,1 2,1 17,8 21,9 12,3 17,0 16,3 33,5 41,5 18,4 31,8 32,0 44,1 53,0 26,2 42,5 42,9 48,1 46,7 44,1 40,4 44,2 48,5 42,8 40,4 36,8 41,6 2,9 2,8 2,9 3,1 2,8 2,6 2,8 3,5 4,0 3,0 6,6 7,1 6,5 6,5 7,0 7,2 6,1 5,7 5,2 6,3 156 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 5 Tendências demográficas Taxa de crescimento anual da população (%) População total (milhões) Ordem segundo IDH 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 161 Níger 162 Serra Leoa 2015 b População urbana (em % do total) a População com População com 65 anos menos de 15 anos e mais (em % do total) (em % do total) Taxa de fertilidade total (por mulher) 1975 1999 2015 b 1999 2015 b 1999 2015 b 2,2 2,5 2,9 1,8 3,0 7,7 4,0 16,2 33,7 15,6 23,5 6,1 29,4 40,8 23,5 44,1 8,9 40,1 49,7 30,9 46,4 44,6 46,1 43,0 46,4 44,2 42,8 46,3 40,5 46,4 2,9 2,6 4,0 4,0 3,2 3,3 2,8 3,8 4,0 2,8 7,4 8,3 7,1 5,7 6,7 6,8 6,2 7,0 5,3 6,7 2,6 2,3 2,6 2,5 2,2 2,4 1,7 2,4 3,1 2,8 15,9 8,6 9,5 6,4 3,2 23,3 38,9 17,2 17,9 8,7 31,7 51,5 25,8 27,4 14,5 43,4 43,9 45,1 48,7 47,7 43,5 41,8 44,4 47,7 45,0 3,6 3,2 2,9 3,3 2,9 3,4 3,4 3,2 2,6 2,4 6,0 6,6 6,8 7,8 6,8 6,0 6,3 6,8 6,9 6,8 18,5 7,1 3,2 1,6 3,6 3,2 10,6 21,4 20,1 35,9 29,1 46,7 49,8 44,1 49,7 45,0 2,0 2,9 1,9 2,9 8,1 6,5 8,0 6,5 1975 1999 5,2 4,4 6,2 2,1 4,1 11,0 7,1 11,0 3,6 7,6 15,7 10,5 17,7 4,9 12,4 3,1 2,0 2,4 2,4 2,6 0,6 10,3 32,8 6,2 3,7 1,2 17,9 61,4 11,2 6,3 1,7 23,5 89,8 18,5 9,8 4,8 2,9 10,5 4,3 1975-99 1999-2015 1970-75 c 1995-2000 c Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 2.898,3 T 327,2 T 126,4 T 1.292,9 T 308,0 T 828,0 T 302,4 T 353,8 T 925,4 T 731,7 T 4.609,8 T 608,8 T 240,7 T 1.839,8 T 494,0 T 1.377,6 T 591,3 T 398,3 T 1.122,0 T 848,3 T 5.759,1 T 891,9 T 332,7 T .,106,8 T 611,7 T 1.762,1 T 866,0 T 383,3 T 1.209,2 T 897,7 T 1,9 2,6 2,7 1,5 2,0 2,1 2,8 0,5 0,8 0,6 1,4 2,4 2,0 0,8 1,3 1,5 2,4 -0,2 0,5 0,4 25,9 14,3 40,4 19,7 61,1 21,4 20,8 57,7 70,4 74,9 38,9 25,4 54,0 34,5 74,9 29,9 33,5 65,9 77,2 78,4 47,6 35,1 61,9 44,0 79,9 38,2 43,3 69,6 81,3 81,8 33,1 43,2 38,1 27,3 32,3 35,5 44,7 21,4 20,6 18,5 28,1 40,4 32,2 21,3 26,5 29,0 42,4 15,9 17,3 15,7 5,0 3,1 3,7 6,1 5,2 4,5 3,0 11,5 12,9 14,7 6,4 3,4 4,6 8,4 7,0 5,7 3,2 12,9 16,2 18,5 5,4 6,6 6,5 5,0 5,1 5,6 6,8 2,5 2,5 2,1 3,1 5,4 4,1 2,1 2,7 3,6 5,8 1,5 1,8 1,7 Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 891,7 T 1.053,8 T 2.671,4 T 3.990,6 T 424,4 T 818,2 T 1.123,0 T 4.707,7 T 1.217,5 T 0,7 1,7 2,7 0,4 1,0 2,5 72,6 29,4 17,5 78,3 41,4 30,4 82,1 49,6 40,6 19,3 30,3 43,8 16,3 24,2 40,9 13,7 5,8 3,1 17,3 7,5 3,4 2,3 4,9 6,7 1,7 2,6 5,6 Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 746,1 T 873,2 T 1.843,1 T 2.632,6 T 1.398,2 T 2.356,9 T 928,4 T 3.018,6 T 3.101,2 T 0,7 1,5 2,2 0,4 0,9 1,7 75,0 34,8 21,9 78,7 49,5 31,2 82,2 57,6 40,2 18,6 27,8 37,2 15,8 22,2 32,3 14,5 6,5 4,4 18,3 8,5 5,2 2,1 4,6 5,7 1,7 2,2 4,0 Mundo 3.987,4 T 5.862,7 T 7.048,2 T 1,6 1,2 37,8 46,5 53,2 30,2 25,8 6,9 8,3 4,5 2,8 Nota: As estimativas e projecções das colunas 1-5 e 9-14 são baseadas na revisão de 2000 da base de dados World Population Prospects 1950-2050 (UN 2001d), que incorpora, explicitamente, o impacte do HIV/SIDA em 45 países altamente afectados, mais do que os 34 da revisão de 1998 (UN 1998). Esses 45 países são África do Sul, Angola, Baamas, Benim, Botswana, Brasil, Burkina Faso, Burúndi, Camboja, Camarões, Chadee, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Guiana, Haiti, Honduras, Índia, Lesoto, Libéria, Malawi, Mali, Moçambique, Mianmar, Namíbia, Nigéria, Quénia, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República Dominicana, Ruanda, Serra Leoa, Suazilândia, Tanzânia, Tailândia, Togo, Uganda, Zâmbia, Zimbabwe. a. Como os dados são baseados em definições nacionais de cidades e áreas metropolitanas, as comparações entre países devem ser feitas com precaução. b. Os dados referem-se a projecções das variações médias. c. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado. d. As estimativas da população incluem Taiwan, província da China. Fonte: Colunas 1-3, 13 e 14: UN 2001d; coluna 4: calculado com base nos dados das colunas 1 e 2; coluna 5: calculado com base nos dados das colunas 2 e 3; coluna 6 e 8: UN2000b; coluna 7: calculado com base nos dados da população urbana e total, de UN (2000b); colunas 9-10: calculado com base nos dados da população com menos de 15 anos e da população total, de UN (2001d); colunas 11 e 12: calculado com base nos dados da população com idade igual ou superior a 65 anos e da população total, de UN (2001d). INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 157 6 Compromisso com a saúde: acesso, serviços e recursos Ordem segundo IDH . . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . . População População População com com com acesso Crianças de um ano vacinadas instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo (%) (%) (%) a (%) (%) 1999 1999 1999 1997-99 b 1997-99 b Taxa de utilização de terapia Utilização de reidra- de contratação oral ceptivos (%) (%) c 1995-2000 b 1995-2000 b Partos assistidos por técnicos de saúde (%) 1995-99 d Despesa de saúde Médicos Pública (por 100.000 (em % do habitantes) PIB) 1990-99 b 1998 Privada Per capita (em % do (dól. PIB) PPC) 1998 1998 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica — 100 100 100 — 100 100 100 100 — 100 100 100 99 99 — — — 12 f — 93 89 96 96 64 — — — — — — — 75 — — — — — — — 413 240 229 311 395 7,4 5,9 6,3 e 6,7 7,9 1,5 2,6 2,8 e 1,3 1,0 2.467 1.980 2.391 e 1.707 2.172 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 100 — 100 — 100 100 — 100 — 100 99 100 100 100 98 — 98 f — 91 f 99 91 98 96 94 98 — — — — — 76 — — — — 99 — — — — 279 326 251 193 299 5,8 e 7,2 e 6,0 5,9 5,2 7,3 e 1,3 e 2,5 1,6 1,6 4.180 e 2.358 e 1.974 1.844 1.502 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 100 — — 100 — 100 — — 100 100 100 99 99 99 99 — 58 83 f 99 — — 91 97 95 84 — — — — — 82 g — — — — — — — 100 — 323 272 303 164 290 7,6 5,4 7,3 5,9 e 6,7 e 2,8 0,5 2,3 1,1 e 1,5 e 2.739 2.327 2.102 1.532 e 2.141 e 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 100 — — — — 100 — — — — 100 100 99 100 99 — — — — — 90 88 — 82 55 — — — — — 51 — — 75 — — — — — — 302 350 219 218 554 5,8 7,9 e 4,5 e 6,2 5,6 e 2,4 2,6 e 1,3 e 1,8 2,6 e 1.978 2.488 e 1.505 e 1.454 1.830 e 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (SAR) Chipre — — — — 100 — — — — 100 100 99 100 — 100 — — 70 — — 78 94 90 — 90 — — — — — 81 — — — — — — — — — 424 385 392 — 255 5,4 6,0 4,7 — — 1,6 3,6 3,6 — — 1.202 1.730 1.207 — — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 100 63 — — 100 100 92 — 100 100 100 99 100 100 99 98 99 88 98 96 f 86 96 96 93 60 — — — — — — 81 — — — 100 — 100 — — 163 136 312 228 261 1,2 2,3 5,2 6,6 — 2,1 2,8 — 0,9 — 777 720 — 1.126 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 100 — — 85 100 100 — — 79 100 100 99 88 70 100 — 98 99 68 92 86 94 95 97 99 — — — — — — — — — — — — — — — 125 85 303 268 353 4,5 — 6,7 4,9 5,7 2,2 — 0,6 5,4 1,5 938 — 928 1.291 728 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 99 95 — 97 — 99 98 — 94 — 100 66 88 88 100 100 99 94 f 96 72 100 93 91 93 100 — — — — 39 — — — — 62 — — — — 98 357 370 236 110 100 5,2 1,9 4,7 2,7 2,6 — 7,2 1,7 3,1 1,6 — 823 510 511 585 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 96 93 — — — 98 96 — — — 100 80 99 100 99 87 — — 100 98 86 93 96 89 95 31 f — — — 42 — — — — 28 — — 98 — 99 141 152 189 297 181 5,2 2,5 — — 0,8 1,5 1,8 — 1,4 7,4 509 658 — — 1.495 100 — — 95 — — 100 88 99 96 99 100 92 97 90 (,) — 54 f — 59 g 43 — — — 229 395 126 — 4,8 — 1,5 1,5 — — 429 — 88 — 86 — 77 90 — 100 89 97 — — — 48 99 — 79 282 2,5 4,2 1,8 2,6 323 410 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 158 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 6 Compromisso com a saúde: acesso, serviços e recursos Ordem segundo IDH 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 População População População com com com acesso Crianças de um ano vacinadas instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo (%) (%) (%) a (%) (%) 1999 1999 1999 1997-99 b 1997-99 b Taxa de utilização de terapia Utilização de reidra- de contratação oral ceptivos (%) (%) c 1995-2000 b 1995-2000 b Partos assistidos por técnicos de saúde (%) 1995-99 d Despesa de saúde Médicos Pública (por 100.000 (em % do habitantes) PIB) 1990-99 b 1998 Privada Per capita (em % do (dól. PIB) PPC) 1998 1998 73 94 — 42 — 86 87 100 76 99 92 80 70 80 66 100 99 99 93 100 98 96 98 84 97 80 94 f — — — 67 — 50 — — — — — — 99 186 167 443 55 421 — 4,9 4,9 2,2 — — 2,3 1,1 0,5 1,2 — 410 387 132 — Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 98 100 53 97 93 95 100 58 72 99 70 88 85 100 66 98 98 100 100 99 88 95 98 92 92 — — — — 19 — 86 64 40 — — — — — — 66 345 184 128 204 1,4 3,8 — — 5,5 1,0 0,8 1,5 — 1,0 189 230 — — 288 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 74 85 99 83 99 84 91 100 95 100 90 88 100 100 88 95 80 87 — — 78 77 80 85 81 — 53 — — 82 f — 77 — — 61 — 85 — — 95 236 116 85 25 210 2,6 5,2 1,8 — 2,2 1,6 4,2 1,6 — 7,6 248 553 302 — — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 96 43 100 72 83 80 47 95 83 87 95 100 99 40 66 98 95 92 99 91 94 75 92 96 71 95 — 53 54 64 72 — 32 77 46 95 — 91 88 56 24 48 166 127 123 1,9 2,9 — 2,9 1,7 4,1 1,4 — 3,7 2,0 349 196 — 453 136 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 92 67 76 — 99 39 84 77 — 91 90 40 60 66 66 98 93 72 99 99 99 84 92 99 87 61 30 60 — 32 24 — 64 68 66 — 96 56 — 98 133 316 93 299 353 2,9 3,1 2,4 3,6 3,5 0,6 4,2 3,7 1,5 2,4 — — 278 169 273 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 99 56 84 — 95 76 100 71 — 79 30 50 95 66 44 92 98 89 91 87 73 97 82 87 72 14 18 — — 33 41 — 66 — 57 — — 95 99 61 436 40 140 360 110 0,5 5,1 3,2 — 1,7 1,7 5,5 2,6 0,6 3,6 73 472 202 — 233 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 83 91 100 59 — 83 83 58 71 — 95 99 66 40 60 97 78 99 100 93 95 80 97 75 85 34 f 27 98 60 — — 64 — 66 — 95 81 — — — 37 121 300 170 129 1,4 — 4,1 1,7 3,5 1,7 — 1,1 2,0 0,5 95 — 146 115 116 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 71 38 99 — 81 79 75 96 — 95 66 85 100 51 85 90 85 — 99 99 94 85 83 93 99 39 85 f 29 81 48 64 — 53 — 73 96 — 97 82 — 216 162 166 70 85 1,9 — 5,3 2,2 1,7 3,0 — 3,8 2,9 2,5 246 — — 287 229 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 71 100 87 86 83 74 77 94 86 74 80 66 44 80 80 75 98 91 97 72 61 97 86 82 75 83 f 44 — 58 57 53 60 — 56 60 — 98 — 84 90 17 301 18 56 107 1,8 2,9 4,5 3,3 2,6 1,0 1,6 0,8 3,8 4,6 119 109 186 623 298 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 99 90 — 100 73 99 80 100 85 94 100 80 66 66 95 99 100 100 97 97 91 97 99 96 78 — 61 — 37 98 f — — 74 56 52 — — — 98 — 34 144 350 309 85 4,8 0,8 6,4 3,4 2,6 — 1,6 2,1 0,6 1,0 — 90 177 87 — 96 97 98 99 100 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 159 6 Compromisso com a saúde: acesso, serviços e recursos Ordem segundo IDH População População População com com com acesso Crianças de um ano vacinadas instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo (%) (%) (%) (%) (%) a 1999 1999 1999 1997-99 b 1997-99 b Taxa de utilização de terapia Utilização de reidra- de contratação oral ceptivos (%) (%) c 1995-2000 b 1995-2000 b Partos assistidos por técnicos de saúde (%) 1995-99 d Despesa de saúde Médicos Pública (por 100.000 (em % do habitantes) PIB) 1990-99 b 1998 Privada Per capita (em % do (dól. PIB) PPC) 1998 1998 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 73 66 — 66 94 56 76 — 79 95 85 80 44 70 88 95 97 98 95 99 94 71 95 100 97 51 70 — 48 37 75 57 — 48 47 77 47 — 59 56 48 16 201 130 202 0,8 0,7 5,2 4,1 — 4,0 0,8 0,9 2,4 — 81 44 63 150 — 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 84 77 85 21 53 79 90 92 70 43 46 40 50 30 44 100 93 88 60 99 71 98 81 30 82 58 30 34 39 — 60 50 38 — — 65 55 35 — — 86 83 93 — 25 8,3 3,9 2,1 2,1 — 3,9 4,7 2,3 1,0 — 266 210 155 198 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 41 75 — — 31 77 82 — — 88 80 66 100 90 35 80 90 94 98 72 65 93 72 74 55 — 29 99 f 43 67 f — 50 — — 48 — — — — — 30 46 15 24 48 4,1 1,2 2,7 2,5 — 3,7 3,2 1,0 1,6 4,2 417 — 148 267 — 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 30 68 46 63 92 60 85 68 64 91 60 70 60 44 80 97 88 90 88 68 86 79 86 73 55 80 68 96 f 36 84 f — 54 33 22 — — 84 — 44 — 243 14 30 6 5 — — 0,2 1,8 — — — 1,6 2,9 — — — — 85 — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 18 82 86 98 92 — 30 42 49 96 62 51 30 90 36 90 66 61 78 70 96 84 66 39 63 57 79 67 46 23 21 35 69 32 34 41 f 13 26 39 21 19 — 31 53 44 52 55 — 30 7 13 7 7 25 0,6 2,5 2,4 — 1,0 2,0 6,3 0,7 5,4 — — 3,8 90 75 79 — — 46 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 61 34 27 69 88 54 81 62 65 70 20 85 73 63 86 90 54 47 73 77 48 23 29 85 f 24 24 29 — — 51 32 — 57 8 4 16 0,9 1,3 1,3 3,2 3,1 1,3 4,2 3,7 71 36 66 87 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 46 53 45 28 42 90 97 69 46 47 66 65 50 30 65 63 95 78 59 66 71 66 74 84 46 32 74 35 41 23 — 54 21 28 19 — 14 22 20 47 24 20 23 8 11 1,2 1,7 — 1,4 1,1 1,3 1,9 — 2,8 1,0 35 51 — 61 16 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 63 91 62 33 90 57 100 75 37 54 10 80 15 66 66 27 26 100 76 93 26 23 88 56 78 32 — 31 51 55 — — — — 24 — — — 58 35 19 14 9 14 4 0,8 — — 1,4 1,3 2,0 — — 3,4 1,8 23 — — 74 15 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 75 20 78 — 70 50 45 64 77 78 70 — 66 80 66 83 22 87 84 90 53 15 72 66 60 49 90 f 57 29 39 15 — 25 — 13 38 — 47 47 — — 7 7 9 8 1,9 — 3,6 1,2 2,6 4,1 — 3,4 2,6 1,9 65 — 52 62 61 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 44 23 13 37 58 38 63 46 62 48 20 77 57 90 93 65 100 64 97 76 49 92 55 88 52 — 75 f 38 99 f 40 — 16 5 — 6 — 60 21 — 35 8 6 3 4 13 — 1,6 — 1,9 2,2 — 1,6 — 1,9 1,4 — 29 — 56 68 160 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 6 Compromisso com a saúde: acesso, serviços e recursos Ordem segundo IDH PopuPopulação lação População com com com acesso Crianças de um ano vacinadas instalações fontes aos medisanitárias de água camentos Contra a Contra o adequadas melhoradas essenciais tuberculose sarampo (%) (%) (%) a (%) (%) 1999 1999 1999 1997-99 b 1997-99 b Taxa de utilização de terapia Utilização de reidra- de contratação oral ceptivos (%) (%) c 1995-2000 b 1995-2000 b Partos assistidos por técnicos de saúde (%) 1995-99 d Despesa de saúde Médicos Pública (por 100.000 (em % do habitantes) PIB) 1990-99 b 1998 Privada Per capita (em % do (dól. PIB) PPC) 1998 1998 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 77 8 69 31 29 57 41 65 60 27 44 44 60 50 46 92 94 84 55 57 90 78 57 40 49 70 47 f 16 35 29 22 14 7 15 g 4 — — 24 46 11 — — 5 4 3 2,8 2,0 2,1 2,0 2,3 3,5 2,1 2,2 1,0 0,6 36 34 30 33 25 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 47 43 15 29 — 49 60 24 — — 44 50 66 60 20 25 100 80 72 71 19 90 53 46 47 — 49 19 18 38 f — 6 8 12 — — 44 — 27 — 17 — — 3 — — 2,8 1,7 1,2 0,6 — 0,7 2,4 2,7 3,0 — 28 25 36 21 20 28 59 28 66 44 36 55 25 29 21 — 8 — 18 — 4 7 1,2 0,9 1,4 4,5 20 27 161 Níger 162 Serra Leoa a. Os dados sobre o acesso aos medicamentos essenciais são baseados em estimativas recebidas dos gabinetes regionais e de países e dos conselheiros regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, ainda, do Inquérito sobre a Situação Mundial dos Medicamentos, realizado em 1998-99. Estas estimativas representam a melhor informação disponível, até esta data, no Departamento de Medicamentos Essenciais e Política de Medicamentos da OMS e estão, actualmente, a ser validadas pelos países membros da OMS. O departamento distribui as estimativas por quatro agrupamentos: acesso muito fraco (0-49%), acesso fraco (50-79%), acesso médio (80-94%) e acesso bom (95% ou mais). Estes agrupamentos são frequentemente utilizados pela OMS para interpretar os dados, porque as estimativas percentuais podem sugerir um elevado nível de correcção, mais do que os dados oferecem. b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. c. Os dados referem-se a mulheres casadas com 15-49 anos, mas o conjunto de idades coberto pode variar entre países. d. As definições de técnicos de saúde podem variar entre países. Os dados referem-se ano mais recente disponível durante o período indicado, ou a uma média móvel para uma série de anos circundando o período. e. Os dados referem-se a 1999. f. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país g. Os dados referem-se ao período analisado, 1994-95. Fonte: Colunas 1, 2 e 4-6: UNICEF 2000; coluna 3: WHO 2001a; coluna 7: UN 2001c; coluna 8: WHO 2001c; colunas 10-12: World Bank 2001b. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 161 7 Principais crises e desafios da saúde no mundo Ordem segundo IDH . . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . . Crianças com peso Pessoas deficiente subalipara a mentadas idade (em % do total(% menores da população) de 5 anos) 1996/98 1995-2000 a Crianças com altura Crianças Pessoas que vivem deficiente nascidas com HIV/SIDA para a com idade insuficiência Adultos Mulheres Crianças (% menores de peso (% 15-49 (15-49 (0-14 de 5 anos) (%) anos) anos) anos) 1995-2000 a 1995-99 a 1999 b 1999 b 1999 b Consumo Casos de Casos de de malária Tuberculose cigarros (por (por por adulto 100.000 100.000 (média habitantes) habitantes) d anual) 1997 c 1998 1992-98 e Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica — — — — — — — — — — f — — — — — 4f 6f 6f 5f 6f 0,07 0,15 0,30 0,08 0,15 360 900 5.600 800 2.600 <100 140 500 <100 300 — — — — — 5 5 6g 5 10 760 1.950 1.989 1.014 1.794 2 — — — — f 7 — — 7f 4f 0,61 0,14 0,19 0,02 0,05 170.000 <100 3.000 1.300 300 10.000 <100 100 <100 <100 — — — — — 7 6 8 35 10 2.372 2.241 2.044 2.857 1.222 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia — — — — — 1 — — — — 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca — — — — — — — — — — — — — — — 5f — 5f 7f 6f 0,46 0,16 0,44 0,11 0,17 5.500 — 35.000 6.700 900 <100 — 1.000 500 <100 — — — — — 10 10 12 i 10 10 2.846 — 1.785 1.833 1.962 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália — — — — — — — — — — — — — — — 6f — 4f 6f 5f 0,23 0,10 0,10 0,06 0,35 2.000 7.400 600 180 30.000 <100 500 170 <100 700 — — — — — 16 13 10 10 10 1.908 1.748 2.412 1.223 1.855 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (SAR) Chipre — — — — — — — — — — — — — — — 4f 7f 6f — — 0,58 0,08 0,16 0,06 0,10 25.000 700 1.600 630 <100 <100 <100 <100 <100 <100 — — — — — 23 10 10 115 6 2.428 2.137 3.923 761 — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta — — — 3 — — — — — — — — — — — 7f 9f 5f — — 0,19 0,01 0,74 0,02 0,12 790 490 7.000 <100 — <100 <100 500 <100 — — 4 — — — 61 65 53 21 4 2.835 2.898 2.077 — — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — — — — 4 5f — 1f — — 7 — 2 — — 10 — 6f 7 — 1,17 0,20 j 0,04 0,69 <0,01 570 — 500 27.000 <100 <100 — <100 4.400 <100 — — — 2 — 3 52 i 17 34 21 512 — 2.504 1.555 2.178 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém — 4 — 4 — 2f 5 — 1 9 3 8 — 2 10 9f 8f — 5 6f 0,05 0,33 0,07 0,19 0,15 j 270 1.500 — 2.600 — <100 <100 — 260 — — — — — — 34 20 34 25 36 2.500 1.453 3.143 1.152 2.819 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 6 — 4 6 — 5 — 6f — 14 6 — 12 — 17 7 — 7f — 6f 0,54 4,13 0,12 j 0,04 0,18 j 2.800 2.200 — <100 — 290 150 — <100 — 126 — — — 4 18 25 31 57 33 873 435 2.525 1.989 — 12 — — 1 — 6 1 — 8 5 — — 0,02 j 0,02 0,09 j <100 <100 — <100 <100 — — — — 47 82 44 2.632 — — 13 4 7f — 5 — 10 f — 1,05 0,11 2.500 250 180 <100 — — 15 81 684 — 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar h Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 162 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 7 Principais crises e desafios da saúde no mundo Ordem segundo IDH Crianças com peso Pessoas deficiente subalipara a mentadas idade (em % do total(% menores da população) de 5 anos) 1996/98 1995-2000 a Crianças com altura Crianças Pessoas que vivem deficiente nascidas com HIV/SIDA para a com idade insuficiência Adultos Mulheres Crianças (% menores de peso (% 15-49 (15-49 (0-14 de 5 anos) (%) anos) anos) anos) 1995-2000 a 1995-99 a 1999 b 1999 b 1999 b Consumo Casos de Casos de de malária Tuberculose cigarros (por (por por adulto 100.000 100.000 (média habitantes) habitantes) d anual) 1997 c 1998 1992-98 e 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 5 16 — — 6 8 7 — 6f 3 18 14 — — 13 7 10 — 4 7 0,29 1,54 0,28 2,01 0,18 22.000 9.400 3.500 590 32.500 2.400 670 <100 <100 1.800 5 19 — 1.790 — 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia — 13 — — 7 18 — 6f 5 — — — 8 15 — 9 6f 7f 7f — 0,42 0,01 j 0,02 0,05 j <0,01 4.800 — 750 — <100 550 — 5.000 — <100 127 — — — — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 16 13 6 10 — 5f 8 16 — 3 13 15 10 — 12 9f 9 13 13 f 10 f 0,49 0,31 0,08 j 1,26 0,09 j 9.200 10.000 — 950 — 580 900 — 110 — 98 452 6 2.748 — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 21 — 3 10 21 19 f 8f 14 6 28 16 3 20 11 30 6 12 f 7f 8 9f 2,15 0,07 0,01 0,57 0,07 305.000 — — 130.000 11.000 13.900 — — 9.900 1.300 163 — 106 240 59 26 21 16 51 219 1.120 1.021 1.259 826 1.844 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — 21 18 5 5 23 3 8 — 8 23 8 26 — 16 8 9 11 f — 9 0,11 j 0,01 0,35 0,96 0,04 — <100 12.000 70.000 <100 — <100 640 7.500 <100 45 24 754 — — 9 39 176 62 126 — 1.016 208 1.247 1.622 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 23 — 10 32 13 — 43 5 10 5 — 27 6 22 11 — 13 11 6 5 <0,01 0,05 j 0,71 <0,01 0,11 <100 — 3.100 <100 520 <100 — 230 <100 <100 — 4 — 130 11 96 65 5 61 36 — 1.488 745 1.105 — 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 25 — 10 5 3 34 8 — 17 f — 18 16 — 34 — 25 f 8 5f 13 f 7f 0,07 0,01 0,01 0,29 <0,01 2.200 — <100 2.700 — 200 — <100 330 — 1.196 56 — 137 — 38 35 89 75 22 399 2.304 2.323 268 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 28 11 5 — 6 6 10 5 4 11 11 17 8 8 15 13 6 10 8f 10 2,80 0,07 0,02 j 0,04 j <0,01 j 59.000 61.000 — — — 3.800 4.800 — — — 10 2 — — 60 52 36 6 24 18 775 1.818 1.315 1.573 785 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — 17 18 — 11 14 f 11 12 9 12 16 25 10 23 23 9f 6 15 — 13 — <0,01 3,01 19,94 0,60 — <100 4.900 2.300.000 4.800 — <100 140 95.000 560 50 123 37 326 28 — 1.927 — 1.448 — Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — — 11 11 5 — 13 — 19 13 — 21 — 31 18 6f 7 4f — 9f — 0,01 j 0,20 <0,01 0,07 j — — 1.000 <100 — — — 100 <100 — 13 35 60 62 51 1.412 1.318 1.386 1.274 1.033 96 97 98 99 100 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 5 — 3.806 75 f — — 1 — — 1 8 53 60 40 i 82 66 55 114 29 31 27 22 12 17 i 23 821 271 1.434 1.092 1.594 998 2.362 1.681 — — 1.104 339 1.634 2.080 — 163 7 Principais crises e desafios da saúde no mundo Ordem segundo IDH Crianças com peso Pessoas deficiente subalipara a mentadas idade (em % do total(% menores da população) de 5 anos) 1996/98 1995-2000 a Crianças com altura Crianças Pessoas que vivem deficiente nascidas com HIV/SIDA para a com idade insuficiência Adultos Mulheres Crianças (% menores de peso (% 15-49 (15-49 (0-14 de 5 anos) (%) anos) anos) anos) 1995-2000 a 1995-99 a 1999 b 1999 b 1999 b Consumo Casos de Casos de de malária Tuberculose cigarros (por (por por adulto 100.000 100.000 (média habitantes) habitantes) d anual) 1997 c 1998 1992-98 e 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 22 6 32 23 4 39 34 — 10 12 34 42 — 26 25 17 f 8 — 5 10 f 0,24 0,05 <0,01 0,10 0,02 j 20.000 13.000 <100 680 — 2.500 680 <100 <100 — 86 79 507 662 (,) 113 20 41 127 19 891 1.389 — 270 1.214 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 31 22 24 8 — 12 25 24 — — 25 39 46 — — 9 9f 15 — — 0,20 1,92 1,38 4,16 0,51 1.200 29.000 28.000 12.000 560 <100 4.400 1.600 780 <100 915 1.101 305 3.152 — 54 80 26 118 97 889 689 303 540 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 31 5 14 27 21 26 f 9f 10 f 17 53 f 28 23 30 29 52 16 f 9f 10 f 11 33 f 19,54 0,03 j 25,25 35,80 0,70 85.000 — 67.000 150.000 1.300.000 6.600 — 3.800 10.000 160.000 26.217 1 — — 275 480 106 433 g 303 115 — 827 — — 119 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 45 37 7 10 29 10 15 39 25 16 22 32 — 26 44 7 10 24 f 8 11 f <0,01 25,06 1,99 3,60 23,57 — 800.000 180.000 180.000 130.000 — 56.000 14.000 14.000 8.200 — — 256 11.941 — 113 416 33 53 272 i — 311 — 169 — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 33 29 43 — 29 32 52 30 f 22 26 22 17 f 56 43 33 34 29 21 — 23 f 16 f 8f 13 f 16 f 4,04 0,22 13,95 0,12 j 7,73 6,43 71.000 2.600 1.100.000 — 290.000 45.000 5.400 220 78.000 — 22.000 4.000 1.096 847 — 2.422 f 4.613 350 158 245 169 23 g 35 139 — — 339 — 671 — 0,10 5,98 0,29 <0,01 15.000 66.000 10.000 — 1.600 6.300 930 — 54 — 29 464 60 28 106 64 562 453 628 — 650 1.900 — 67.000 5.800 <100 130 — 5.200 450 1.076 56 8.560 — — 42 58 73 124 97 — 237 — — — 120.000 1.500 — 260 59.000 593 700 5.283 — 3.602 19 597 80 154 i 160 — — — 327 196 420.000 600.000 450.000 400.000 40.000 53.000 53.000 40.000 32.000 3.300 — — 37.458 f 6.990 — 142 120 482 g 104 94 173 137 — 593 — 82.000 37.000 — 6.600 29.000 7.900 3.000 — 520 2.700 — 11.918 — 27.369 10.951 102 41 218 114 i 65 464 — — 331 — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 20 18 28 — 26 f 25 47 38 f 23 22 54 56 25 f 20 f — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 29 38 35 62 40 40 f 56 46 28 40 47 55 52 32 48 18 f 30 19 f 15 f 5 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 8 — 18 13 41 31 18 34 f 23 27 34 26 33 44 42 16 f 11 f 15 f 11 f 14 f 5,06 1.400.000 11,75 19.000 0,99 j — 0,52 3.500 8,09 670.000 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 30 61 45 14 23 26 34 24 24 f 22 38 45 42 24 23 13 15 f 13 f 12 f 4 8,30 5,07 19,95 10,76 1,77 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 43 14 65 16 29 42 29 44 26 — 53 25 38 30 29 19 f — 13 f — 13 164 0,05 0,02 0,01 j 5,17 0,15 2,78 2,45 2,87 j 1,95 1,54 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 7 Principais crises e desafios da saúde no mundo Ordem segundo IDH Crianças com peso Pessoas deficiente subalipara a mentadas idade (em % do total(% menores da população) de 5 anos) 1996/98 1995-2000 a Crianças com altura Crianças Pessoas que vivem deficiente nascidas com HIV/SIDA para a com idade insuficiência Adultos Mulheres Crianças (% menores de peso (% 15-49 (15-49 (0-14 de 5 anos) (%) anos) anos) anos) 1995-2000 a 1995-99 a 1999 b 1999 b 1999 b Consumo Casos de Casos de de malária Tuberculose cigarros (por (por por adulto 100.000 100.000 (média habitantes) habitantes) d anual) 1997 c 1998 1992-98 e 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 32 39 32 41 38 30 27 40 27 39 48 42 30 34 40 20 f 17 f 16 15 f — 15,96 11,21 2,03 13,84 2,69 420.000 210.000 53.000 130.000 49.000 40.000 22.000 5.000 8.900 4.000 — 20.310 3.688 — 4.843 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi — 58 49 32 68 23 f 26 47 36 37 f — 36 51 31 43 20 f 12 16 f 21 f — 2,50 13,22 10,63 6,44 11,32 7.300 630.000 1.600.000 180.000 190.000 560 52.000 150.000 20.000 19.000 — — — — — 46 43 50 29 f 41 35 15 f 11 f 1,35 2,99 34.000 36.000 3.300 3.300 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 18 38 — 12 12 22 34 8 — — 27 41 16 16 8 48 30 — — — 31 46 24 22 16 47 37 — — — — — — — — — — — — — 1,3 4,3 0,2 0,2 0,7 0,5 8,7 0,2 0,3 0,4 Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo — 14 32 — 24 36 — 28 39 — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo — 11 23 — 10 43 — 17 45 Mundo — 24 28 161 Níger 162 Serra Leoa 220 93 39 140 38 176 — — — 158 156 g 104 116 18 101 82 — — — — 10.026 — 34 72 — — T T T T T T T T T T — — — — — — — — — — 71 97 47 47 45 98 121 70 18 14 — — — — — — — — — — 0,3 0,8 4,6 347.000 T 20.000 T 7.569.000 T 543.000 T 7.863.000 T 719.000 T — — — 19 70 82 — — — — — — 0,3 1,0 1,3 311.000 T 15.000 T 3.422.000 T 177.000 T 12.045.000 T 1.090.000 T — — — 15 52 92 — — — — 1,1 15.778.000 T 1.281.000 T — 63 — 15.362.000 T 1.252.000 6.389.000 T 590.000 19.000 T 1.500 671.000 T 43.000 434.000 T 37.000 1.329.000 T 163.000 12.909.000 T 1.008.000 109.000 T 14.000 330.000 T 17.000 307.000 T 14.000 a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. b. Os dados referem-se ao final de 1999. Os agregados são estimativas arredondadas; a soma dos totais regionais pode não ser igual ao total mundial. c. Os dados referem-se aos casos de malária relatados à Organização Mundial de Saúde e podem representar apenas uma fracção do verdadeiro número de casos, devido a sistemas de registo deficientes, à cobertura incompleta dos serviços de saúde, ou a ambos. Devido à diversidade dos casos detectados e dos sistemas de registo, as comparações entre países devem ser feitas com cautela. Os dados referem-se ao final de 1997. d. Os dados referem-se aos casos de tuberculose notificados à Organização Mundial de Saúde e podem representar apenas uma fracção do verdadeiro número de casos de um país, devido à cobertura incompleta pelos serviços de saúde, diagnósticos incorrectos ou registos e relatos deficientes. e. Os dados referme-se a estimativas do consumo aparente, baseadas em dados da produção, importação e exportação de cigarros. Essas estimativas podem diminuir ou exagerar o verdadeiro consumo em países onde os produtos do tabaco são importados ou exportados ilegalmente, onde é significativo o açambarcamento de cigarros, ou onde a população temporária é elevada. As estimativas do consumo aparente não permitem conhecer os padrões de fumo da população. Os dados referem-se à média móvel trienal disponível mais recente durante o período indicado. f. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado, diferem da definição padrão ou respeitam apenas a uma parte do país. g. Os dados referem-se a 1996. h. Inclui o Luxemburgo i. Os dados referem-se a 1997. j. Os dados referem-se a estimativas produzidas utilizando a taxa de prevalência de 1994, publicada pelo Programa Mundial de SIDA da Organização Mundial da Saúde (WHO 1995). Fonte: Colunas 1: FAO 2000; colunas 2-4: UNICEF 2000; coluna 5-7: UNAIDS 2000; agregados calculados para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano pela UNAIDS; coluna 8: WHO 1999; coluna 9: WHO 2000a; colunas 10: WHO 2001b. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 165 8 Sobrevivência: progressos e retrocessos . . . PARA LEVAREM UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL . . . Probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos a Esperança de vida à nascença (anos) Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade materna Masc. registada (% de (por 100.000 coorte) nados vivos) 1995-2000 b 1980-99 c 1970-75 b 1995-2000 b 1970 1999 1970 1999 Fem. (% de coorte) 1995-2000 b Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 74,4 71,7 73,2 74,7 71,4 78,1 78,7 78,5 79,3 77,9 13 17 19 11 21 4 5 6 3 6 15 20 23 15 29 4 5 6 4 6 90,0 90,2 89,3 90,8 89,5 82,2 83,1 82,3 84,8 80,7 6 — — 5 — 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 71,5 74,3 74,0 73,3 70,7 76,5 78,9 77,9 80,5 77,2 20 13 13 14 13 7 5 5 4 4 26 14 15 21 16 8 5 5 4 5 85,7 90,0 89,1 92,1 90,3 77,4 84,4 82,7 84,0 77,9 8 — 7 8 6 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 73,8 70,7 72,4 72,0 73,6 78,6 77,0 78,1 77,2 75,9 15 19 18 18 14 3 5 5 6 4 18 26 24 23 19 4 5 5 6 5 90,5 88,4 90,1 88,3 85,5 82,2 80,1 78,0 81,5 78,3 5 (,) 10 7 10 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 70,6 71,0 71,3 71,7 72,1 77,7 77,3 76,1 77,2 78,2 26 22 20 17 30 4 5 6 6 6 33 26 27 20 33 5 5 7 6 6 89,9 89,3 87,7 87,6 90,9 79,7 79,2 80,0 80,9 81,6 — 8 6 15 7 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 72,9 71,6 72,3 72,0 71,4 78,1 78,3 78,0 79,1 77,8 27 24 38 — 29 6 6 6 — 7 34 27 54 — 33 6 6 7 — 8 91,4 89,7 91,4 91,6 90,3 79,8 85,1 81,6 83,1 83,2 6 5 1 — (,) 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 69,5 62,6 68,0 69,8 70,6 77,1 74,3 75,2 75,0 77,6 22 43 53 25 25 4 5 5 5 6 27 54 62 29 32 4 5 6 6 7 86,6 87,5 88,4 87,3 89,7 79,6 72,1 75,3 72,8 84,2 6 20 8 11 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 69,4 68,3 70,1 67,1 70,0 76,4 75,5 74,3 72,9 72,8 40 58 21 59 25 14 8 5 19 9 54 78 24 71 29 16 9 5 22 10 88,1 87,8 87,0 84,1 85,4 80,6 79,4 72,0 70,6 66,4 (,) (,) 9 38 9 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 69,3 68,7 70,5 63,4 63,5 70,7 73,9 72,8 74,9 72,9 36 48 32 77 55 9 15 9 11 13 39 57 36 96 75 10 17 10 12 16 81,1 84,7 85,1 85,4 84,0 59,0 71,4 65,8 75,6 75,5 15 26 8 20 46 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 67,9 66,5 67,3 70,5 62,5 76,0 69,1 75,9 70,0 74,6 58 38 49 21 61 13 18 11 17 8 77 49 59 26 83 14 21 12 21 9 87,2 76,0 86,2 81,9 83,6 80,1 57,4 80,7 54,8 75,8 29 — 5 50 3 69,6 71,3 62,6 73,3 71,4 68,9 34 23 45 8 18 12 42 28 65 9 22 16 85,3 83,6 75,7 69,5 59,7 69,4 6 18 10 65,9 70,1 73,8 69,6 49 21 17 17 57 26 20 21 82,4 79,8 73,9 56,9 — 45 Ordem segundo IDH Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 166 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 8 Sobrevivência: progressos e retrocessos Probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos a Esperança de vida à nascença (anos) Ordem segundo IDH Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados vivos) 1970-75 b 1995-2000 b 1970 1999 1970 1999 Fem. (% de coorte) 1995-2000 b Taxa de mortalidade materna Masc. registada (% de (por 100.000 coorte) nados vivos) 1995-2000 b 1980-99 c 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 62,4 66,2 71,5 67,6 69,7 72,2 73,6 68,5 73,6 66,1 79 46 22 56 29 27 21 23 35 18 110 68 27 77 36 33 27 28 43 22 80,8 83,5 80,0 82,1 77,0 69,9 76,0 51,3 77,4 46,5 55 70 28 140 50 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 63,0 71,0 69,2 52,9 67,5 71,9 70,8 69,8 70,0 72,7 46 28 46 105 85 8 14 21 19 22 63 32 57 160 120 9 17 24 22 26 82,0 83,5 79,9 76,0 82,5 70,8 64,2 62,5 68,3 74,2 39 15 41 75 3 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 65,7 61,6 62,9 64,0 65,0 72,4 70,4 70,7 70,1 72,6 47 70 64 51 45 20 26 19 27 28 61 113 86 68 54 23 31 23 34 32 82,3 79,1 80,6 77,7 81,8 71,6 67,6 63,0 66,4 75,7 60 80 50 110 100 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 59,5 60,6 53,9 59,5 58,1 69,6 68,4 70,9 67,2 68,6 74 50 118 95 60 26 18 20 34 31 102 61 185 135 90 30 22 25 40 42 78,8 72,8 78,4 75,4 75,7 66,5 63,7 73,4 59,3 67,2 44 38 — 160 170 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 49,0 72,5 55,4 70,1 64,4 70,5 72,4 68,0 68,1 64,1 126 24 115 22 50 14 25 42 17 35 200 30 178 27 66 16 30 52 21 42 78,1 85,1 75,2 79,0 72,7 72,1 70,8 66,2 51,8 47,6 19 35 270 27 70 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 69,2 51,4 69,0 69,0 65,9 72,7 65,4 74,8 71,0 69,6 36 157 47 41 57 19 60 10 35 27 46 255 62 53 76 23 83 11 45 32 84,5 65,4 84,1 79,8 78,2 67,1 66,8 77,5 65,0 69,4 70 350 120 43 190 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 65,1 57,9 60,7 58,8 67,7 71,6 69,0 65,4 69,5 72,8 65 150 82 87 68 17 40 52 27 29 100 201 120 140 82 19 48 71 35 35 82,8 78,6 71,7 77,3 87,0 71,8 68,7 56,9 69,0 78,6 60 130 65 160 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 59,7 63,2 56,6 55,6 53,9 67,3 69,8 69,7 69,5 68,0 91 85 77 135 122 43 33 29 24 37 128 120 107 201 191 49 41 35 30 46 74,5 79,4 74,4 75,8 74,3 64,9 70,9 68,9 70,6 68,9 230 55 41 70 37 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 57,5 63,1 60,0 53,7 58,2 68,9 66,9 63,7 56,7 69,1 87 111 81 80 111 54 55 56 54 35 123 146 101 115 162 73 65 76 69 42 76,2 75,3 70,2 53,7 75,9 64,6 57,8 54,1 40,2 65,6 55 65 180 — 120 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 56,1 57,0 64,8 64,2 54,5 68,5 70,5 66,6 68,3 68,9 106 90 46 66 123 21 25 27 45 36 160 129 61 90 192 26 30 34 58 41 75,8 77,4 72,5 75,0 75,4 62,0 72,5 53,7 62,9 72,2 — 110 42 21 220 96 97 98 99 100 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 167 8 Sobrevivência: progressos e retrocessos Probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos a Esperança de vida à nascença (anos) Ordem segundo IDH 1970-75 b 1995-2000 b Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados vivos) 1970 1999 1970 1999 Fem. (% de coorte) 1995-2000 b Taxa de mortalidade materna Masc. registada (% de (por 100.000 coorte) nados vivos) 1995-2000 b 1980-99 c 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 50,3 49,2 63,4 46,7 52,1 67,2 65,1 67,2 61,4 66,3 112 104 78 144 157 31 38 54 64 41 157 172 111 243 235 40 52 74 83 52 74,1 69,5 73,6 63,9 72,8 65,6 61,7 62,7 57,0 63,9 160 450 65 390 170 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 55,1 53,8 53,7 45,0 40,5 67,7 65,6 64,0 52,4 50,0 113 116 115 140 165 38 33 45 85 105 165 170 168 232 281 47 42 60 143 160 72,7 70,5 67,9 48,7 47,0 63,9 59,3 56,2 43,5 41,0 150 110 190 600 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 49,4 52,9 47,3 53,2 50,3 45,1 66,6 50,8 44,4 62,3 104 119 140 99 127 56 45 62 46 70 155 184 209 142 202 70 53 90 59 98 31,3 74,1 45,1 29,6 64,7 28,0 66,3 39,2 24,5 59,9 230 230 230 330 410 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 53,8 56,0 49,3 49,9 49,5 61,9 42,9 55,8 56,3 51,2 — 86 122 111 125 63 60 79 63 93 — 138 179 186 190 80 90 112 101 134 64,0 23,7 55,9 53,8 46,9 53,9 22,1 46,6 48,0 42,5 150 400 230 210 — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 40,3 44,7 51,0 48,9 45,7 46,7 56,5 55,6 52,2 58,8 50,0 50,9 — 90 96 159 127 100 86 79 76 64 95 81 — 130 156 215 215 160 122 112 118 86 154 108 55,8 48,0 43,6 58,6 42,6 45,4 46,3 41,4 38,5 52,1 38,4 37,9 470 370 590 500 430 — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 49,0 45,5 43,3 43,2 59,0 51,3 57,3 60,7 117 128 165 156 84 80 75 80 181 216 250 267 112 143 104 107 58,8 45,3 53,7 62,3 56,9 40,1 52,4 57,2 — 480 540 380 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 40,4 44,9 42,1 48,5 44,9 52,5 58,1 59,4 52,0 51,6 145 145 194 148 184 93 58 86 83 95 218 239 303 221 285 111 89 119 129 156 50,0 55,4 58,9 46,3 48,7 44,9 53,2 53,4 34,2 43,8 650 440 350 — 490 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 44,0 41,0 43,7 43,5 46,5 51,3 45,5 55,0 50,5 51,1 120 160 104 150 129 112 104 67 120 90 201 241 172 250 218 187 149 109 183 141 44,6 39,1 53,9 47,7 43,2 42,1 32,9 48,3 41,6 37,9 700 — 550 550 530 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 46,4 46,0 47,2 45,4 41,8 41,9 50,5 40,5 47,7 52,3 110 147 109 158 164 83 128 112 102 68 185 245 181 239 279 131 207 202 171 118 28,1 44,9 22,8 37,3 51,0 24,9 39,4 21,7 35,4 39,4 510 — 650 600 560 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 38,0 44,0 44,3 37,0 37,3 44,6 53,5 51,5 45,4 46,5 180 149 150 183 197 172 99 66 61 115 300 252 225 319 345 295 156 105 75 181 38,1 51,4 47,1 39,6 40,6 32,9 44,8 40,7 34,2 37,7 — 500 1.000 — 670 168 RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 8 Sobrevivência: progressos e retrocessos Probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos a Esperança de vida à nascença (anos) Ordem segundo IDH Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados vivos) 1970-75 b 1995-2000 b 1970 1999 1970 1999 Fem. (% de coorte) 1995-2000 b Taxa de mortalidade materna Masc. registada (% de (por 100.000 coorte) nados vivos) 1995-2000 b 1980-99 c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 41,0 44,6 42,9 43,0 39,0 40,7 39,4 50,9 44,3 45,2 189 124 221 149 149 132 110 143 113 118 330 210 391 248 252 211 180 235 172 198 30,4 26,3 48,5 34,4 38,6 28,2 22,9 45,5 28,5 33,6 620 — 580 1.100 830 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 36,5 42,5 41,8 41,5 44,0 44,1 40,6 44,5 45,3 40,6 186 163 160 163 135 128 127 118 106 106 316 278 239 290 228 200 203 176 199 176 37,8 31,0 35,6 34,8 28,5 32,5 26,3 31,4 29,7 23,5 910 1.100 — — — 38,2 35,0 44,2 37,3 197 206 162 182 330 363 275 316 37,1 28,2 34,9 23,4 590 — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 55,5 44,2 51,9 60,4 60,8 49,9 45,3 69,2 70,4 72,1 64,1 51,3 65,9 68,8 69,3 61,9 48,8 68,4 76,4 77,8 109 149 129 87 87 128 138 37 40 20 61 100 44 34 32 69 107 25 13 6 167 243 198 126 125 203 226 47 52 26 89 159 59 44 39 97 172 31 15 6 68,3 46,0 71,1 77,2 77,5 63,8 41,4 79,0 87,2 88,8 61,2 41,7 64,9 68,5 64,9 59,4 36,6 55,3 77,3 80,0 — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 71,3 58,4 44,6 77,0 66,5 52,2 25 99 142 7 46 99 32 149 231 8 62 156 88,2 72,9 47,0 78,2 63,7 43,8 — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 72,0 62,6 49,6 77,8 69,2 59,0 21 85 126 6 32 80 26 121 202 6 39 120 88,8 78,2 59,0 80,0 67,1 53,6 — — — Mundo 59,9 66,4 96 56 147 80 72,2 63,5 — 161 Níger 162 Serra Leoa a. Os dados referem-se à probabilidade, à nascença, de ultrapassar os 65 anos, vezes 100. b. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado. c. Os dados da mortalidade materna são os relatados pelas autoridades nacionais. Periodicamente, a UNICEF e a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliam esses dados e fazem ajustamentos para ter em conta os problemas bem documentados de sub-registo e má classificação das mortes maternas e para realizar estimativas para os países sem dados (para pormenores sobre as estimativas mais recentes ver Hill, AbouZahr e Wardlaw 2001). Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. Fonte: Colunas 1, 2, 7 e 8: UN 2001d; coluna 3 e 5: UNICEF 2001; colunas 4, 6 e 9: UNICEF 2000. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 169 9 Compromisso com a educação: despesa pública . . . ADQUIRIREM CONHECIMENTO . . . Despesa pública de educação a Em % da despesa pública total Em % do PNB Ordem segundo IDH 1985-87 c Despesa pública de educação por nível (em % de todos os níveis) b 1995-97 c 1985-87 c Pré-primária e primária 1995-97 c 1985-86 c Secundário 1995-97 c Superior 1985-86 c 1995-97 c 28,3 61,9 f 63,6 f 20,1 46,4 i 23,0 38,9 64,7 38,7 45,5 e 1985-86 c 1995-97 c Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6,5 5,1 6,7 7,3 5,1 i 7,7 d 5,5 d 6,9 d, g 8,3 d 3,1 d, j d, g 14,7 12,5 14,1 12,8 14,3 i 16,8 d 13,5 d 12,9 d, g 12,2 d 6,0 d, j d, g 45,2 — — 48,0 24,7 i 38,7 e 30,6 e — 34,1 e, h 29,9 e, j e, f, g, h e, h e, j 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão g Finlândia 5,0 4,8 6,9 — 5,5 5,4 5,4 d 5,1 d 3,6 d 7,5 d 11,9 14,0 — — 11,6 14,4 13,6 d 9,8 d 9,9 d 12,2 d 44,7 — 22,6 — 30,8 38,7 35,9 e 30,9 e 39,3 e, h 33,0 e 30,3 — 35,9 — 41,6 36,1 41,9 39,8 41,8 36,2 e, g, h 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 4,7 4,1 5,5 4,8 7,2 5,4 d 4,0 d 6,0 d 5,3 d 8,1 d 18,8 9,5 i 18,0 g 11,3 g 13,7 15,4 d 11,5 g, i 10,9 d 11,6 d 13,1 d — 43,5 29,4 26,7 — 30,6 e 51,9 e 31,4 e 32,3 e, h 33,6 e 73,6 42,7 40,8 45,9 — 48,1 43,4 49,5 44,0 39,3 e d e e e e, h e e e e, h e 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 5,9 — 6,7 5,4 5,0 5,4 4,8 d 6,0 d 7,3 d 4,9 d 7,8 — 9,5 20,9 8,3 10,4 9,6 d 13,5 d 17,1 d, g 9,1 d 23,1 — 39,4 38,3 30,1 28,1 — 32,2 e 28,7 e 32,0 e 46,9 — 39,7 28,5 35,5 49,0 72,2 41,5 40,3 49,2 e 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre k 3,7 6,7 2,2 2,5 3,6 5,0 d 7,6 d, g 3,1 d 2,9 4,5 8,8 10,0 6,1 19,8 11,9 11,0 d 12,3 d, g 8,2 d 17,0 g 13,2 — 42,8 37,6 31,5 g 37,6 33,3 e 42,3 e, g 35,3 e, h 21,9 36,7 — 30,8 41,3 37,9 g 50,7 47,9 31,2 38,0 35,0 50,8 e 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 3,9 3,8 3,8 i — 3,4 3,0 3,7 d 5,8 d 5,7 5,1 11,5 — — — 7,4 23,3 17,5 d 11,7 d 12,6 10,8 30,5 47,0 51,0 — 31,0 25,7 45,3 e, h 34,2 e 29,9 22,6 g 36,9 36,7 30,6 — 43,3 34,6 36,6 41,6 48,4 32,0 31 32 33 34 35 Barbados g Brunei República Checa Argentina Eslováquia 6,2 — — 1,4 i — 7,2 — 5,1 d 3,5 4,7 17,2 — — 8,9 i — 19,0 — 13,6 d 12,6 14,6 31,0 — — 37,7 g — — — 31,3 e 45,7 40,5 32,5 — — 27,4 g — — — 50,2 34,8 28,0 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 5,6 3,2 4,6 3,3 5,2 4,6 d 3,3 7,5 d 3,6 4,4 6,3 15,0 12,5 15,3 12,3 6,9 g 15,5 24,8 d 15,5 12,0 51,1 37,7 44,2 57,0 — 36,8 e 32,6 37,6 e, h 58,3 30,1 h 19,9 28,4 17,9 19,5 — 46,3 29,0 15,1 18,8 34,5 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 4,5 4,0 4,8 — 2,1 5,4 — 5,0 7,2 1,7 21,6 18,9 13,4 — 13,2 22,8 13,2 14,0 25,5 20,3 35,1 — — — — 40,2 — — 18,5 — 22,3 — — — — 24,3 — 69,8 50,7 — — 5,3 g 4,7 5,3 5,9 3,4 g — 12,9 — — 22,8 — — — — — 15,1 — — — — — 50,9 — 6,3 3,4 4,4 g 6,5 14,0 12,4 — 16,5 47,5 15,8 36,8 56,2 33,1 58,9 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar d e, g, h e e, f e e e e, g e, h e, h e g e e e, h h f, h 13,5 30,5 28,7 13,1 16,7 i 27,9 e 30,5 e 35,3 e, g, h 27,2 e, h 21,5 e, j 25,1 — 26,4 — 18,7 25,2 e, g, h 17,7 e 29,3 e 12,1 e, h 28,9 e 18,1 3,3 12,9 19,8 — 19,3 e 4,7 e 17,9 e 23,7 e, h 22,0 e 16,6 — 17,7 28,3 10,2 21,2 e 22,5 e 23,8 e 29,1 e 15,1 e — 18,9 20,1 25,1 4,2 16,6 e 18,2 e, g 25,0 e, h 37,1 6,5 g 27,9 10,9 12,7 — 8,2 34,8 8,0 e, h 16,4 e 16,9 10,9 g 22,3 — — 19,2 — — — 15,8 e 19,5 12,7 g 16,9 22,4 18,2 20,3 — 15,5 e 19,6 11,1 e, h 16,1 — 41,4 — — — — 28,3 — 30,2 h 17,9 — — — — — 18,3 — 8,9 10,3 13,3 g 12,2 Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 170 40,5 g 12,1 g RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 9 Compromisso com a educação: despesa pública Despesa pública de educação a Em % do PNB Ordem segundo IDH Em % da despesa pública total Despesa pública de educação por nível (em % de todos os níveis) b Pré-primária e primária 1985-87 c 1995-97 c 1985-87 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c Secundário 1985-86 c 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 3,5 4,8 5,0 4,7 3,4 4,9 d 5,1 5,9 5,0 3,5 d — 14,3 — 15,4 — 23,0 d 16,3 17,8 19,5 9,6 g 31,5 i 38,3 — 55,7 — 50,3 e 31,1 — 62,8 23,2 e, h 26,8 i 25,2 74,8 f 27,7 — 32,5 19,8 72,5 25,8 57,4 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 6,9 5,4 2,2 9,6 — 4,9 3,2 3,6 — 5,1 18,8 — 7,5 g 20,8 — 15,4 7,0 10,5 — 20,0 37,8 — — — — 32,7 — 42,7 h — 54,4 37,1 65,3 f — — — 30,6 73,8 23,8 — 23,6 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia i Maurícias Suriname Líbano i 5,0 2,6 3,3 10,2 — 5,2 g 4,1 4,6 3,5 g 2,5 19,6 22,4 10,0 22,8 11,7 22,4 g 16,6 17,4 — 8,2 — 42,0 45,2 63,7 — — 40,5 31,0 — — — 32,5 37,6 13,5 — 29,5 31,5 36,3 — 68,9 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 3,4 6,0 7,4 4,7 2,1 4,8 — 7,5 5,1 3,4 17,9 — 13,6 17,7 11,2 20,1 — 22,8 — 15,7 58,4 — — 45,9 h 63,9 50,4 — — 53,5 56,1 21,1 — 72,9 f 7,7 h 10,1 20,0 — 84,4 20,3 23,3 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 4,1 — 3,6 5,3 3,4 4,5 2,0 2,9 5,6 4,4 15,0 — 15,7 21,2 19,8 16,4 10,3 19,2 14,8 17,6 — — 39,5 — — 40,9 15,8 35,2 — 7,2 h — — 20,5 74,2 f — 51,3 63,0 21,2 73,5 63,0 76 77 78 79 80 Geórgia g Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 5,2 4,9 5,8 1,1 i 5,2 6,4 7,5 3,0 4,0 i — 8,5 11,0 29,3 14,3 i 6,9 10,5 12,9 18,8 19,8 i — — 31,9 — 36,6 22,0 — 31,3 14,6 50,0 h, i — — 34,0 — 29,7 45,1 — 37,4 63,9 18,1 f 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 2,7 1,2 l 4,1 3,5 — 3,4 2,2 d — 3,5 — 7,8 — 29,3 21,3 11,2 8,9 14,7 d, g — 13,0 — — 45,9 — 45,5 — — 43,3 e, h — 38,4 63,9 g 90,2 22,4 — 35,8 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 1,3 2,3 6,8 6,2 3,7 2,3 2,3 7,9 7,7 4,0 10,0 11,1 15,8 14,8 18,1 13,8 12,2 g 19,8 19,9 17,8 47,3 29,5 m — 44,0 i 42,0 49,5 37,4 — 42,5 29,0 19,7 33,2 m 62,9 f 37,0 i 37,9 12,5 32,2 64,5 37,2 33,9 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 2,9 9,7 8,5 6,1 3,1 g — 5,3 5,0 7,6 2,5 14,8 22,4 7,3 — 12,5 g — 23,5 10,0 22,0 16,0 61,5 10,9 38,8 — — — 6,6 — 43,5 63,5 15,9 60,4 23,8 73,1 f — — 68,0 71,3 29,5 6,5 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — 4,8 3,6 9,2 g 9,8 — 4,2 10,6 7,7 5,1 l — 14,0 — 25,1 27,8 — 13,6 28,1 21,1 16,4 l — 38,4 — — — — 41,9 24,5 — — — 25,3 — — — — 29,8 52,9 — 95,3 96 97 98 99 100 INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Superior 1995-97 c 74,8 22,0 — 36,0 20,6 e f e, h f h f, g f, h f f h h, i f e, h g f f f, l 1985-86 c 17,6 20,4 14,0 2,3 — i 1995-97 c 17,2 e 26,1 11,1 6,9 19,3 e, h 14,6 12,4 — — — 25,5 18,0 16,0 h — 22,0 — 21,2 5,6 7,7 — 34,7 g 19,2 24,7 — 16,2 h 13,2 — 27,1 19,6 22,5 16,4 — 15,6 26,2 18,0 h — — 2,7 13,5 — 7,0 13,2 16,0 10,7 13,9 h — — 19,4 — 23,8 18,5 — 22,4 7,5 19,7 h, i 9,8 23,9 — 17,8 — 9,3 34,7 e, h — 21,3 10,3 g 20,8 21,8 34,1 18,2 10,7 m i — 8,8 17,8 24,8 — — 33,6 — — — 13,0 15,6 33,0 18,5 22,9 — 14,1 7,7 14,3 7,2 h — 25,9 h 13,3 — — 171 9 Compromisso com a educação: despesa pública Despesa pública de educação a Em % do PNB Ordem segundo IDH Em % da despesa pública total Despesa pública de educação por nível (em % de todos os níveis) b Pré-primária e primária 1985-87 c 1995-97 c 1985-87 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c Secundário Superior 1985-86 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c — — 7,7 — — 22,0 24,4 i 7,1 27,7 33,3 23,2 21,3 — — — — 16,6 15,2 — — — 17,1 19,5 17,2 15,3 13,1 16,5 26,6 — 13,7 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto — 0,9 g, i — 2,1 4,5 3,0 1,4 n 2,2 4,9 4,8 — 4,3 g, i 29,5 20,1 g — 7,4 g 7,9 n 11,5 11,1 14,9 — — 9,2 — — 43,0 — 14,9 50,7 — — — 55,7 — — 26,0 73,5 71,2 9,8 66,7 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala i Gabão Guiné Equatorial g 5,4 4,8 1,9 5,8 1,7 3,9 l 3,6 1,7 2,9 l 1,7 12,0 19,5 13,8 9,4 3,9 8,8 l 16,5 15,8 — 5,6 45,6 49,1 — — — 68,6 l 52,5 63,0 — — 16,7 16,7 — — — 13,9 21,5 12,1 — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos i Suazilândia Botswana Índia — 6,2 5,6 7,3 3,2 9,1 5,3 5,7 8,6 3,2 — 21,5 20,6 15,9 8,5 25,6 24,9 18,1 20,6 11,6 — 35,3 39,4 36,3 38,0 58,0 34,6 35,8 — 39,5 — 47,6 29,6 40,7 25,3 28,9 48,8 27,1 — 26,5 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar i Gana Lesoto 11,7 7,7 1,9 3,4 4,1 5,7 7,1 g 1,2 g 4,2 8,4 17,1 15,0 — 24,3 13,4 15,1 — 14,4 g 19,9 — 10,7 h — — 24,5 g 39,1 g 19,9 h 51,7 g 47,7 g — 41,2 51,2 h — — 29,5 g 32,7 g 56,0 26,4 40,3 — 29,2 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — — 7,1 — 2,8 4,9 g 2,9 — 6,5 — — 6,1 — — 14,8 g — 16,4 9,8 g — — 16,7 — — 14,7 — — 59,9 — — 30,0 g — — — 36,6 i — 50,4 — — 17,7 — 72,6 f 35,6 g — — — 35,1 86,8 11,6 f, i f l h g g i f 17,3 — — 12,5 22,3 — — 12,4 — 27,4 34,4 h g g g 14,3 h 17,3 g 11,7 g — 28,7 — — — 17,2 i 13,2 28,0 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 3,1 4,9 2,2 3,7 2,7 4,5 3,2 4,1 8,8 19,7 10,4 — 7,1 24,6 13,5 7,0 36,0 34,0 35,7 — 51,8 45,9 45,1 44,0 33,3 29,1 19,9 — 27,9 26,9 19,0 35,6 18,2 22,8 33,4 — 13,0 24,7 19,0 20,4 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche i Iémen Haiti Madagáscar 0,5 1,4 — 1,9 1,9 l 2,1 2,2 7,0 — 1,9 6,6 9,9 — 20,6 — 8,7 13,8 21,6 g — 16,1 g — 46,1 — 51,0 42,3 48,3 44,8 — — 30,0 — 34,7 — 18,1 26,5 30,7 43,8 — — 33,4 — 10,4 — 10,8 27,2 7,4 7,9 — — 21,1 136 137 138 139 140 Nigéria n Djibuti Sudão Mauritânia i Tânzania 1,7 — — — — 0,7 — 1,4 5,1 — 12,0 — — — 9,9 11,5 — — 16,2 — — — — 32,6 57,5 — — — 39,4 — — — — 36,2 20,5 — — — 35,3 — — — — 27,4 12,7 — — — 21,2 — 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 3,5 g, i 1,0 3,1 — — 2,6 — 2,2 5,0 3,7 — 8,2 9,8 — — — — 7,1 24,9 33,1 44,5 g, i — 43,9 40,2 50,1 — — 41,5 45,2 34,2 33,4 g, i 71,3 f 26,9 42,7 25,1 — — 18,4 36,2 42,5 13,2 28,7 18,3 17,1 19,0 g, i — — 23,2 18,6 23,2 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia l Gâmbia Guiné 6,2 — — 3,7 1,8 — 3,2 1,8 4,9 1,9 13,8 — — 8,8 g 13,0 — 15,2 — 21,2 26,8 — — — 49,0 30,8 g — 59,1 44,5 48,9 35,1 h 86,8 f, i — — 21,3 36,9 g — 21,7 17,6 31,6 29,6 5,0 — — 13,8 23,5 i — 18,8 — 12,9 26,1 h 172 h g RELATORIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 9 Compromisso com a educação: despesa pública Despesa pública de educação a Em % do PNB Ordem segundo IDH Em % da despesa pública total Despesa pública de educação por nível (em % de todos os níveis) b Pré-primária e primária Secundário 1995-97 c 1985-87 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c 1985-86 c 1995-97 c 23,3 11,5 13,4 18,8 — 20,5 — 17,7 24,0 i 9,0 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 3,5 3,5 3,2 2,6 — 5,4 — 2,2 — 2,2 9,0 22,9 17,3 16,8 — 18,3 g — — — — 41,3 67,6 48,4 55,2 i — 58,8 — 45,9 53,2 i 43,5 15,2 15,3 22,6 17,6 i — 8,9 — 21,6 16,5 24,2 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 1,8 2,1 3,1 2,3 3,1 — — 4,0 3,6 g 4,0 — 5,6 9,3 14,9 18,1 — — 13,7 11,1 g 18,3 — — 51,5 38,1 45,0 — — 46,2 h 56,6 42,7 — — 28,3 20,3 32,2 — — 23,7 25,1 36,7 — 1,7 2,3 — — 12,4 12,8 — — 33,2 59,7 h — — 29,3 32,3 — 161 Níger l 162 Serra Leoa Superior 1985-87 c i h h i — — 14,4 30,7 19,8 — — 15,9 h 18,3 17,1 — 24,2 — — Nota: Devido às limitações nos dados, as comparações da despesa de educação, no tempo e entre países, devem ser feitas com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver UNESCO (1999). a. Os dados referem-se à despesa pública total de educação, incluindo despesas correntes e de capital. Ver as definições de termos estatísticos. b. Os dados referem-se à despesa pública corrente de educação. As despesas por nível podem não somar 100, devido aos arredondamentos, ou à omissão das categorias "outros tipos" e "não distribuído". c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. d. Os dados podem não ser exactamente comparáveis aos dos anos anteriores, devido a alterações metodológicas. e. As despesas previamente classificadas de "outros tipos" foram distribuídas entre os diferentes níveis de educação. f. Os dados referem-se a despesas combinadas dos níveis pré-primário, primário e secundário. g. Os dados referem-se a um ano ou período diferentes do indicado. h. Os dados incluem despesas de capital. i. Os dados referem-se apenas ao Ministério da Educação. j. Os dados referem-se apenas à comunidade Flamenga. k. Os dados referem-se ao Gabinete da Educação Grega. l. Os dados não incluem despesas do ensino superior. m. Os dados não incluem despesas em escolas especializadas e técnicas de nível médio. n. Os dados referem-se apenas à Administração Central. Fontes: Colunas 1-4: UNESCO 2000b; colunas 5-10: UNESCO 1999. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 173 10 Literacia e escolarização . . . ADQUIRIREM CONHECIMENTO . . . Literacia de adultos Ordem segundo IDH Taxa (% 15 anos e mais) 1999 Literacia de jovens Índice (1985 = 100) 1999 Taxa (% age 15-24) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Estudantes do superior Escolarização Crianças em ciências, Escolarização primária secundária que matemática e líquida líquida atingem engenharia Taxa Índice Taxa Índice o 5º ano (em % do total do superior) (%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%) 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100 95 95 100 98 103 98 100 102 102 97 89 91 99 88 115 112 102 — 99 — — — 97 — 18 32 — 31 — 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 95 98 100 — 98 100 — 105 — — 90 87 91 — 93 99 — 105 — — — — — — 100 — 20 20 23 37 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100 100 100 — — 100 102 101 — 68 95 91 94 — 112 116 115 111 — — — — — 31 — 25 29 21 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália — — — — 98,4 — — — — 101 — — — — 99,8 — — — — 100 — 88 92 100 100 — — 102 100 104 88 88 86 90 — — — 106 108 — — — — — 99 28 31 30 21 28 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 97,6 95,8 97,1 93,3 96,9 102 104 104 106 105 99,8 99,6 99,8 99,2 99,8 100 101 100 102 100 100 — 93 90 81 100 — 95 94 84 — — 87 69 — — — 106 106 — — — — — 100 31 — — — 17 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 92,1 97,6 91,9 99,6 91,8 107 103 109 100 107 99,7 99,8 99,8 99,8 98,5 102 100 101 100 102 93 93 — 95 100 94 97 — — 105 — 97 — 89 79 — 114 — — 107 — 98 — — 100 — 34 31 29 13 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — 91,0 — 96,7 — — 112 — 102 — — 99,3 — 98,5 — — 103 — 101 — — 93 89 100 — — 116 — 104 — — — 87 — — — — — — — — — — — — 21 6 34 30 43 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 99,3 97,7 99,7 95,6 87,1 100 102 100 103 113 99,8 99,3 99,8 98,7 98,2 100 101 100 101 105 82 93 97 89 96 84 104 98 100 99 86 — — 58 84 130 — — — 103 — 98 — 100 95 32 24 — 43 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 95,5 95,7 81,9 — 75,1 103 102 112 — 110 98,3 97,4 92,1 — 89,7 101 101 109 — 113 89 — 67 93 79 104 — 82 — 89 41 — 58 88 69 118 — — — — 90 — — — — 18 — 23 32 27 98,2 99,5 80,8 102 100 109 99,8 99,8 94,4 100 100 109 84 94 87 — — 95 79 85 69 — — 105 — — — 38 38 — 93,5 99,8 104 100 97,4 99,8 102 100 88 93 95 — — 82 — — 97 — 41 29 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 174 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 10 Literacia e escolarização Literacia de adultos Ordem segundo IDH Literacia de jovens Taxa (% 15 anos e mais) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Taxa (% age 15-24) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Estudantes do superior Escolarização Crianças em ciências, Escolarização primária secundária que matemática e líquida líquida atingem engenharia Taxa Índice Taxa Índice o 5º ano (em % do total do superior) (%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%) 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 91,1 91,7 99,5 93,1 99,5 107 105 101 108 100 96,8 96,7 99,8 97,8 99,8 103 102 100 103 100 100 — — — — 101 — — — — 51 — — — — 111 — — — — 86 — — — — 31 27 33 — 49 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 87,0 98,3 98,0 79,1 — 114 102 102 130 — 97,3 99,6 99,6 96,2 — 105 100 100 111 — — 93 97 — 95 — 95 — — — — 80 74 — 56 — 102 — — — — — — — 95 — 25 32 — 38 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 92,3 91,5 84,2 — 85,6 106 106 109 — 112 97,8 96,8 93,8 — 94,8 103 103 105 — 105 84 85 98 — 76 97 130 98 — — 22 46 58 — 66 127 143 — — — 89 73 99 — — — 31 17 — 17 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 95,3 92,6 76,1 84,9 95,1 105 108 126 108 105 98,8 99,0 92,6 92,3 98,5 101 102 115 104 102 — — 60 — 100 — — 114 — 102 — — 48 — 59 — — 166 — 115 — — 89 — — 21 — 18 23 — 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 70,3 98,3 89,6 99,6 — 155 102 108 100 — 97,4 99,7 96,6 99,9 — 132 100 104 100 — 67 — 91 — — 98 — 95 — — 57 — 55 — — — — 113 — — 96 — — — — 31 33 — — 42 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 96,2 86,4 — 93,0 — 104 109 — 105 — 99,1 93,8 — 96,9 — 102 105 — 102 87 — — — 91 — — — — 102 74 — — — 38 — — — — 152 — — — — 78 48 — 20 — 22 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 91,4 84,6 — 91,0 84,0 105 114 — 107 116 96,7 96,2 — 96,9 97,8 103 106 — 103 105 — 99 — 97 100 — 105 — — — — 51 — — — — 134 — — — — — — 85 — 29 22 — — 22 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 83,2 83,5 89,2 69,9 75,7 108 116 119 133 133 90,7 97,5 99,4 92,7 93,7 107 105 105 119 115 84 100 — 100 90 — 107 — 107 105 29 — — 54 71 — — — 169 — — 94 — 91 — 25 53 27 27 36 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 73,6 — 98,4 84,9 78,3 129 — 102 108 113 88,4 — 99,8 91,0 88,0 114 — 100 105 108 — 95 87 96 78 — — — — 106 48 — 66 56 22 413 — — — 143 — — 91 — 77 — — 25 18 20 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 80,2 73,6 98,7 88,5 66,6 108 124 103 111 143 86,6 86,6 99,8 96,5 88,2 106 115 100 104 127 96 91 — — 94 — 91 — — 106 — 38 — — 56 — 74 — — 112 85 94 — — — — 31 44 — 50 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 175 10 Literacia e escolarização Literacia de adultos Ordem segundo IDH Literacia de jovens Taxa (% 15 anos e mais) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Taxa (% age 15-24) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Estudantes do superior Escolarização Crianças em ciências, Escolarização primária secundária que matemática e líquida líquida atingem engenharia Taxa Índice Taxa Índice o 5º ano (em % do total do superior) (%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%) 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 93,1 86,3 99,1 85,0 54,6 105 115 102 115 126 96,8 97,5 99,8 95,6 69,2 102 105 100 106 121 — 95 — — 93 — 96 — — — 54 — — — 67 — — — — — — 88 — — — — 28 23 — 15 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 68,2 74,0 68,1 — 82,2 108 114 119 — 123 73,4 82,9 78,9 — 96,6 107 109 113 — 108 77 — 72 — — 107 — — — — 33 — — — — 149 — — — — 51 — 50 — — 31 26 — — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 81,4 48,0 78,9 76,4 56,5 115 143 119 121 125 91,3 66,5 90,0 87,8 71,8 108 138 110 112 120 93 75 91 81 — — 131 112 88 — 38 — 38 48 — — — — 200 — 86 75 76 90 — 4 29 22 27 25 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 62,3 88,0 84,4 70,3 82,9 132 116 108 138 111 78,7 97,0 90,7 90,2 90,2 123 107 105 121 106 84 — — — 66 89 — — — 90 54 — — — 18 — — — — 136 — 79 — — — 25 23 37 — 13 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — 63,9 81,5 59,2 74,8 79,5 — 119 128 117 136 135 — 75,4 94,7 66,9 93,4 97,1 — 115 111 113 114 111 100 — — — — — — — — — — — 22 — — — — — — — — — — — 49 — — — — — 23 — — — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 45,0 56,3 40,4 — 142 138 151 — 62,7 72,3 58,5 — 147 127 146 — — 83 — — — 116 — — — 21 — — — — — — — — — — — 11 14 — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 47,3 40,8 45,2 48,8 65,7 154 127 175 139 124 69,0 50,2 63,7 63,5 79,3 145 125 157 127 117 76 — — 56 61 106 — — 229 — 24 — — — — — — — — — 55 — — — — — — 6 — 20 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 62,6 63,4 56,9 41,6 74,7 153 136 141 124 131 85,8 83,1 76,2 50,6 90,6 133 125 132 119 117 — 32 — 61 48 — 99 — 185 90 — 12 — — — — 117 — — — — 79 — 64 81 41 — — — 39 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 66,1 60,3 77,2 45,7 36,4 130 149 122 161 149 78,2 80,8 87,5 63,6 49,8 120 131 114 148 143 — — 75 55 60 — — 85 — 123 — — — — — — — — — — — — — 75 87 15 — — — — 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — 39,0 52,7 35,7 — — 169 139 174 — — 56,7 70,1 56,0 — — 153 132 159 — 34 64 30 65 42 — 126 — 104 157 — — 16 — — — — — — — — — 70 — — — 18 — — 42 176 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 10 Literacia e escolarização Literacia de adultos Ordem segundo IDH Literacia de jovens Taxa (% 15 anos e mais) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Taxa (% age 15-24) 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Estudantes do superior Escolarização Crianças em ciências, Escolarização primária secundária que matemática e líquida líquida atingem engenharia Taxa Índice Taxa Índice o 5º ano (em % do total (%) (1984-87 = 100) b (%) (1984-87 = 100) b (%) do superior) 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1995-97 a 1994-97 a 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 59,2 65,8 39,8 45,4 41,0 123 141 208 163 188 70,3 82,6 64,5 65,8 64,8 119 125 185 146 166 — — 31 — 52 — — 175 — 141 — — — — 7 — — — — — — — 84 — 59 — — — — 14 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 37,7 43,2 37,4 23,0 46,9 159 150 158 172 140 56,3 59,5 52,7 33,5 62,0 142 138 142 160 135 — 40 35 33 29 — 83 115 133 59 — 6 — — — — — — — — — — 51 — — — 46 36 19 — 15,3 — 160 — 22,3 — 157 — 25 — 100 — 5 — — — 73 — — — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 73,1 c 51,9 c 61,3 85,3 87,8 55,1 60,5 c 98,6 — — 117 132 133 114 107 126 136 101 — — 84,4 65,2 78,4 97,2 93,8 69,8 76,9 99,5 — — 108 125 124 104 104 121 124 100 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo — 78,3 c 49,3 c — 113 142 — 89,1 65,8 — 106 134 — — — — — — — — — — — — — — — — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo — 85,5 c 61,7 c — 111 122 — 95,3 75,1 — 104 117 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 161 Níger 162 Serra Leoa Mundo a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. b. O índice é calculado com base nos últimos dados disponíveis durante o período indicado. c. Os agregados diferem ligeiramente dos do quadro 1, porque neste quadro só são apresentados os dados da literacia da UNESCO. Fonte: Coluna 1: UNESCO 2000a; coluna 2: calculado com base nos dados sobre taxas de literacia de adultos, de UNESCO (2000a); coluna 3: UNESCO 2000c; coluna 4: calculado com base nos dados sobre taxas de literacia de jovens, de UNESCO (2000c); colunas 5 e 7: UNESCO 2001c; coluna 6: calculado com base nos dados sobre taxas de escolarização primária líquida, de UNESCO (2001c); coluna 8: calculado com base nos dados sobre taxas de escolarização secundária líquida, de UNESCO (2001c); coluna 9: UNESCO 1999; coluna 10: calculado com base nos dados sobre estudantes do ensino superior, de UNESCO (1999). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 177 11 Desempenho económico . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . PIB per capita Ordem segundo IDH Valor PIB Taxa de crescimento anual mais elevado Variação média anual do índice PIB do PIB per capita Mil milhões Mil milhões per capita em Ano do valor de preços no consumidor (%) (%) de dólares de dól. PPC (dólares PPC) 1975-99 a mais 1999 1999 1999 1975-99 1990-99 (dólares PPC) elevado 1990-99 1998-99 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 152,9 404,0 634,9 238,7 248,4 126,8 466,1 800,4 200,5 260,2 28.433 24.574 26.251 22.636 25.443 2,7 1,9 1,4 1,2 1,8 3,2 2,9 1,7 1,2 1,4 28.433 24.574 26.251 22.636 25.443 1999 1999 1999 1999 1999 2,1 2,0 1,7 2,1 2,0 2,3 1,5 1,7 0,5 1,1 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 9.152,1 8,8 393,7 4.346,9 129,7 8.867,7 b 7,7 382,7 3.151,3 119,3 31.872 27.835 24.215 24.898 23.096 2,0 1,8 1,7 2,8 1,9 2,0 1,8 2,1 1,1 2,0 31.872 27.835 24.215 25.584 23.096 1999 1999 1999 1997 1999 2,7 2,6 2,4 0,9 1,5 2,2 3,2 2,2 -0,3 1,2 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 258,6 19,3 1.432,3 1.441,8 174,3 193,9 18,5 1.342,2 1.314,6 137,8 27.171 42.769 22.897 22.093 25.869 1,0 3,8 1,7 2,0 1,6 -0,1 3,8 1,1 2,1 2,0 27.443 42.769 22.897 22.093 25.869 1990 1999 1999 1999 1999 1,7 2,1 1,7 2,9 2,0 0,7 1,0 0,5 1,6 2,5 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 208,2 2.111,9 93,4 54,7 1.171,0 203,0 1.949,2 97,2 72,8 1.278,1 25.089 23.742 25.918 19.104 22.172 2,0 — 3,8 0,8 2,1 1,4 1,0 c 6,1 1,8 1,2 25.089 23.742 25.918 19.104 22.172 1999 1999 1999 1999 1999 2,4 2,4 2,1 1,9 3,9 0,6 0,6 1,6 -0,1 1,7 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (SAR) Chipre 595,9 100,8 125,1 158,9 9,0 712,5 112,6 162,4 148,5 14,5 18.079 18.440 15.414 22.090 19.006 2,1 2,0 1,4 4,8 4,9 2,0 2,3 1,8 1,9 2,8 18.079 18.471 15.414 23.389 19.006 1999 1998 1999 1997 1999 3,9 10,5 9,8 6,8 3,8 2,3 5,2 2,6 -4,0 1,6 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 84,9 406,9 113,7 20,0 3,5 d 82,1 736,3 160,5 31,7 5,7 d 20.767 15.712 16.064 15.977 15.189 d 5,3 6,5 2,9 — 4,8 c 4,7 4,7 2,3 2,5 4,2 c 20.767 15.712 16.064 15.977 — 1999 1999 1999 1999 — 1,8 5,3 4,8 28,0 c 3,1 (,) 0,8 2,3 6,6 2,1 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 2,5 4,8 d 53,1 283,2 19,7 3,8 — 133,8 449,1 57,1 14.353 — 13.018 12.277 10.591 1,2 -2,1 c — 0,3 -0,4 c 1,5 -0,5 c 0,9 3,6 1,6 14.353 — 13.434 12.844 10.782 1999 — 1996 1998 1989 2,6 — 8,5 c 10,6 13,0 1,6 — 2,1 -1,2 10,6 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 48,4 20,8 155,2 67,5 5,3 d 115,1 29,4 326,6 129,9 8,8 d 11.430 8.879 8.450 8.652 13.688 d 0,8 1,4 — 4,1 -0,5 c 1,4 3,0 4,4 5,6 0,8 c 11.430 9.241 8.450 8.863 — 1999 1998 1999 1998 — 21,5 38,2 27,8 9,7 1,2 c 10,0 5,7 7,3 3,3 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 15,1 — 29,6 5,2 47,2 d 31,8 4,5 d — 12,1 49,5 d 8.860 15.258 d — 8.355 18.162 d 1,1 1,6 -1,5 c -1,3 c -3,7 c 3,0 -0,1 — -0,3 -1,6 c 8.860 — — 10.159 — 1999 — — 1989 — 16,2 2,3 2,0 25,3 c — 10,0 1,3 3,0 3,3 — 20,4 10,6 — 33,0 24,6 — 7.387 6.656 — — -3,6 c — 1,0 -3,9 — 8.239 10.087 — 1990 1990 — 105,4 40,2 c 2,8 3,7 0,8 2,2 6,9 6,3 10,6 15,2 8.176 6.264 0,4 -0,9 2,0 -3,7 8.524 9.929 1982 1989 5,9 34,6 c 3,4 2,4 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 178 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 11 Desempenho económico PIB per capita Ordem segundo IDH 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 Valor PIB Taxa de crescimento anual mais elevado Variação média anual do índice PIB do PIB per capita Mil milhões Mil milhões per capita em Ano do valor de preços no consumidor (%) (%) de dólares de dól. PPC (dólares PPC) 1975-99 a mais 1999 1999 1999 1975-99 1990-99 (dólares PPC) elevado 1990-99 1998-99 483,7 9,6 26,8 0,7 401,4 801,3 16,5 69,0 1,2 1.092,6 8.297 5.875 6.876 4.959 7.473 0,8 0,7 -2,7 c 2,6 -1,2 1,0 2,4 -2,9 0,7 -5,9 c 8.297 5.875 8.429 4.959 12.832 1999 1999 1989 1999 1989 19,9 1,1 383,7 c 2,3 116,1 c 16,6 1,3 293,7 -1,2 85,7 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 79,0 12,4 34,0 — 3,5 186,4 41,6 135,7 — 9,4 8.209 5.071 6.041 — 4.651 4,2 -0,2 c -0,5 — — 4,7 -2,1 -0,5 — -1,5 8.779 6.799 8.822 — 5.340 1997 1988 1986 — 1990 4,0 129,3 108,9 — 91,4 2,7 2,6 45,8 — -1,3 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 102,2 86,6 4,2 0,8 d 17,2 d 130,3 238,8 10,7 1,7 d 19,8 d 5.495 5.749 9.107 4.178 d 4.705 d -1,0 1,7 4,0 -0,2 — -0,5 1,4 3,9 3,3 5,7 c 7.642 6.201 9.107 — — 1977 1997 1999 — — 51,8 21,7 7,0 88,0 — 23,6 11,2 6,9 98,9 — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 124,4 1,8 139,4 751,5 76,6 5,7 0,7 -2,2 0,8 0,1 3,8 1,2 -1,1 1,5 0,9 6.810 4.799 18.604 7.172 3.956 1996 1999 1980 1997 1982 5,1 3,4 1,2 253,5 8,5 0,3 2,0 -1,4 4,9 6,7 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 15,0 d 1,8 51,9 38,7 15,8 — 8,4 d 116,6 172,7 73,9 — 2.215 d 4.622 3.458 4.951 2,8 c — -0,8 -9,2 c -5,3 c 0,3 c -3,9 3,2 -10,3 -4,9 — — 5.287 8.748 8.131 — — 1981 1989 1988 0,2 97,8 c 31,6 413,4 c 87,2 c 0,4 0,7 3,5 — 8,3 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 2,7 0,4 d 6,9 4,0 7,7 13,3 1,2 d 9,3 22,8 23,5 2.431 4.423 d 3.561 2.850 4.384 — 5,2 c 0,1 -11,8 c 0,8 — 3,9 c -0,6 -10,7 -0,2 — — 4.146 8.605 5.023 — — 1975 1987 1981 1,0 c 8,0 26,1 224,9 c 13,8 19,1 3,0 6,0 -8,6 6,8 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 16,0 185,7 3,2 19,0 3,7 62,2 410,8 16,0 37,2 10,8 3.279 6.380 3.347 2.994 3.189 3,2 2,1 -8,7 c 0,3 -1,4 c 4,0 2,2 -9,6 (,) 2,8 3.279 6.834 7.427 3.344 3.518 1999 1998 1988 1997 1982 10,3 81,5 — 34,5 32,1 c 4,7 64,9 — 52,2 0,4 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 17,4 989,5 8,1 20,9 110,8 46,3 4.534,9 18,7 56,3 348,3 5.507 3.617 3.955 5.957 5.531 1,4 8,1 0,4 1,9 -0,9 3,9 9,5 1,1 2,9 1,9 5.507 3.617 4.904 5.957 7.777 1999 1999 1986 1999 1976 9,0 9,9 3,9 4,6 27,1 6,5 -1,4 0,6 2,7 20,1 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 0,6 1,3 0,7 131,1 12,5 1,9 12,5 3,1 375,1 26,7 4.490 2.573 3.640 8.908 4.344 2,9 c -5,3 c -0,5 -0,8 -0,2 3,2 -6,4 5,2 -0,2 2,8 4.490 4.507 3.816 11.109 4.846 1999 1990 1976 1981 1978 6,0 c — 6,4 c 9,1 9,4 — 35,9 7,5 5,2 0,5 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 0,2 19,4 1,2 17,7 47,9 0,7 70,0 8,7 54,9 151,6 4.047 4.454 2.037 2.251 5.063 0,2 c 0,8 — -3,0 c -0,4 1,4 2,7 -10,8 -3,1 -0,5 4.183 4.454 5.996 2.920 5.998 1979 1999 1989 1990 1985 4,1 7,8 16,0 c — 19,5 0,3 -2,7 45,9 — 2,6 96 97 98 99 100 369,4 3,8 218,4 1.182,0 282,6 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 6.132 4.799 10.815 7.037 3.805 179 11 Desempenho económico PIB per capita Ordem segundo IDH 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo Valor PIB Taxa de crescimento anual mais elevado Variação média anual do índice PIB do PIB per capita Mil milhões Mil milhões per capita em Ano do valor de preços no consumidor (%) (%) de dólares de dól. PPC (dólares PPC) 1975-99 a mais 1999 1999 1999 1975-99 1990-99 (dólares PPC) elevado 1990-99 1998-99 28,7 142,5 1,9 8,3 89,1 144,2 591,5 — 19,2 214,3 1.860 2.857 — 2.355 3.420 4,8 c 4,6 — -0,6 2,9 6,2 3,0 — 1,8 2,4 1.860 3.383 — 2.632 3.420 1999 1997 — 1978 1999 — 13,1 — 9,3 9,6 — 20,5 — 2,2 3,1 2,3 5,4 18,2 4,4 0,7 11,2 14,8 40,7 7,3 2,1 2.279 2.340 3.674 6.024 4.676 -3,8 0,1 (,) -1,7 8,4 c 0,4 0,3 1,5 0,6 16,3 5.165 2.558 3.798 11.732 4.676 1977 1979 1980 1976 1999 35,1 19,5 10,7 5,7 c — 11,2 11,7 4,9 — — 3,1 35,0 1,2 6,0 447,3 9,3 96,5 4,1 10,9 2.242,0 5.468 3.419 3.987 6.872 2.248 (,) 1,4 2,0 5,1 3,2 0,8 0,4 -0,2 1,8 4,1 5.772 3.500 4.135 6.872 2.248 1980 1998 1990 1999 1999 9,9 4,2 9,5 10,7 9,5 8,6 0,7 6,1 7,1 4,7 0,9 5,6 — 7,8 0,9 4,1 34,2 — 35,3 3,9 1.711 2.876 — 1.881 1.854 -0,5 c 0,6 — (,) 2,4 -0,6 0,6 — 1,6 2,1 2.051 2.932 — 1.922 1.992 1989 1991 — 1978 1997 53,7 c 25,4 c 27,1 29,2 10,5 c 7,6 — 18,4 12,4 — 3,1 3,6 10,6 0,2 9,2 2,2 16,0 11,1 30,1 0,8 23,1 2,1 1.361 2.367 1.022 1.429 1.573 727 1,9 c 0,9 0,4 -1,5 c -0,6 0,3 1,9 2,3 -0,3 -3,1 -1,5 -3,3 1.368 2.667 1.078 2.007 2.465 1.170 1996 1994 1990 1984 1986 1984 7,1 c 8,7 16,7 — 7,3 10,0 c 4,0 14,9 2,6 — 5,3 5,4 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 58,2 1,4 5,0 0,4 247,3 6,4 28,9 1,0 1.834 1.410 1.237 1.341 2,9 -1,3 1,8 4,1 c 1,3 -0,5 2,3 3,4 1.834 1.936 1.237 1.341 1999 1980 1999 1999 10,3 9,3 9,0 10,1 c 4,1 -0,1 8,0 — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 1,4 46,0 6,8 4,3 3,7 7,5 189,4 13,7 11,4 12,0 1.471 1.483 806 1.464 799 3,2 c 2,3 — -2,0 -1,8 3,8 3,1 -0,4 -3,4 -1,2 1.471 1.483 888 2.399 1.203 1999 1999 1990 1980 1975 24,1 5,5 32,6 c 23,2 19,8 125,1 6,2 — 8,7 9,9 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 35,0 0,5 d 9,7 1,0 8,8 105,7 — — 4,2 16,5 853 — — 1.609 501 -0,8 — — -0,2 — -0,5 -5,1 c — 1,3 -0,1 1.122 — — 1.688 502 1977 — — 1976 1990 36,2 — 81,1 6,3 22,6 6,6 — 16,0 4,1 7,9 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 6,4 5,6 d 3,1 11,2 4,8 25,1 38,6 d 7,5 25,7 13,2 1.167 801 d 756 1.654 1.419 2,5 c -4,7 c -2,4 -2,1 -0,3 4,0 -8,1 c -2,4 0,6 0,6 1.167 — 1.359 2.598 1.535 1999 — 1976 1978 1976 11,6 2.089,0 c 80,8 c 7,8 6,0 6,4 — — 0,8 0,8 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 8,5 2,4 0,6 0,4 3,5 39,3 5,7 3,5 2,0 14,0 3.179 933 881 1.580 1.934 -2,1 c 0,4 — -0,3 1,4 c -2,8 1,8 2,2 c -0,6 1,5 4.480 933 899 1.708 1.934 1988 1999 1998 1984 1999 787,0 9,9 c — 4,3 — 286,2 0,3 — 3,8 — 180 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 11 Desempenho económico PIB per capita Ordem segundo IDH Valor PIB Taxa de crescimento anual mais elevado Variação média anual do índice PIB do PIB per capita Mil milhões Mil milhões per capita em Ano do valor de preços no consumidor (%) (%) de dólares de dól. PPC (dólares PPC) 1975-99 a mais 1999 1999 1999 1975-99 1990-99 (dólares PPC) elevado 1990-99 1998-99 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 1,8 2,0 2,6 1,1 1,5 6,3 7,4 8,0 4,1 6,4 586 885 753 1.166 850 -0,2 -1,4 -0,7 -1,6 (,) 0,9 -3,0 1,1 -0,3 -0,9 618 1.254 878 1.596 998 1979 1983 1979 1977 1977 33,8 18,0 c 5,8 6,7 c 8,7 44,9 -2,4 -1,2 — -6,8 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 0,2 4,0 6,4 2,6 0,7 0,8 14,9 39,4 10,6 3,9 678 861 628 965 578 0,3 1,3 c -0,3 c 1,0 -0,5 -1,9 3,8 2,4 1,4 -5,0 912 861 675 965 852 1997 1999 1983 1999 1991 37,6 34,9 6,0 c 6,1 15,8 -0,7 2,0 — -1,1 3,4 2,0 0,7 7,9 2,2 753 448 -2,2 -2,5 -1,0 -7,0 1.249 964 1979 1982 6,6 31,4 -2,3 34,1 161 Níger 162 Serra Leoa Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 5.826,7 T 169,4 T 531,2 T 2.122,0 T 1.989,8 T 684,0 T 309,8 T 909,1 T 24.863,1 T 23.510,3 T 16.201,9 T 693,8 T 1.071,7 T 7.193,3 T 3.391,1 T 3.120,5 T 984,2 T 2.498,2 T 24.606,5 T 22.025,5 T 3.530 1.170 4.550 3.950 6.880 2.280 1.640 6.290 22.020 26.050 2,3 0,2 c 0,3 6,0 0,6 2,3 -1,0 — 2,0 2,2 3,2 0,8 0,7 5,9 1,7 3,4 -0,4 -3,4 1,5 1,6 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 25.099,7 T 4.997,5 T 254,4 T 24.617,0 T 15.250,1 T 977,0 T 23.410 3.850 1.200 2,2 1,6 0,4 1,7 1,7 0,7 — — — — — — — — — — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 23.981,8 T 5.367,9 T 1.002,4 T 22.518,3 T 13.834,9 T 4.499,0 T 25.860 5.310 1.910 2,1 1,8 1,7 1,6 2,3 1,2 — — — — — — — — — — — — Mundo 30.351,4 T 40.733,3 T 6.980 1,3 1,1 — — — — a. Os dados podem referir-se a um período mais curto do que o indicado, quando não existem dados disponíveis para todos os anos. b. O valor em dólares PPC do PIB dos Estados Unidos da América deveria ser, em teoria, igual ao valor em dólares EUA, mas alguns problemas práticos surgidos com a produção das series do PIB em dólares PPC impedem isso. c. Os dados referem-se a um período diferente do indicado. d. Os dados referem-se a 1998. Fontes: Colunas 1-3: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 4 e 5: World Bank 2001; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 6 e 7: calculado com base em dados do PIB a preços de mercado (dólares constantes de 1995), população e PIB per capita (dólares PPC), de World Bank (2001b); coluna 8: calculado pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano, com base em dados do índice de preços no consumidor, de World Bank (2001b); coluna 9: calculado com base em dados do índice de preços no consumidor, de World Bank (2001b). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 181 12 Desigualdade no rendimento ou consumo Ordem segundo IDH . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Medidas de desigualdade Inquérito baseado Parte do rendimento ou consumo no rendimento (R) 10% 20% (%) ou mais ricos mais ricos Ano consumo 10% 20% 20% 10% para 10% para 20% Índice do inquérito (C) a mais pobres mais pobres mais ricos mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrálra Canadá Suécra Bélgrca 1995 1994 1994 1992 1992 R R R R R 4,1 2,0 2,8 3,7 3,7 9,7 5,9 7,5 9,6 9,5 35,8 41,3 39,3 34,5 34,5 21,8 25,4 23,8 20,1 20,2 5,3 12,5 8,5 5,4 5,5 3,7 7,0 5,2 3,6 3,6 25,8 35,2 31,5 25,0 25,0 6 7 8 9 10 Estados Unrdos Islândia Holanda Japão Finlândia 1997 — 1994 1993 1991 R — R R R 1,8 — 2,8 4,8 4,2 5,2 — 7,3 10,6 10,0 46,4 — 40,1 35,7 35,8 30,5 — 25,1 21,7 21,6 16,6 — 9,0 4,5 5,1 9,0 — 5,5 3,4 3,6 40,8 — 32,6 24,9 25,6 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 1992 1994 1995 1991 1992 R R R R R 2,6 4,0 2,8 2,6 3,6 6,9 9,4 7,2 6,6 9,6 40,3 36,5 40,2 43,0 34,5 25,2 22,0 25,1 27,3 20,5 9,9 5,4 9,1 10,4 5,7 5,8 3,9 5,6 6,5 3,6 33,1 26,9 32,7 36,1 24,7 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 1987 1994 1987 — 1995 R R R — R 4,4 3,3 2,5 — 3,5 10,4 8,2 6,7 — 8,7 33,3 38,5 42,9 — 36,3 19,3 23,7 27,4 — 21,8 4,4 7,1 11,0 — 6,2 3,2 4,7 6,4 — 4,2 23,1 30,0 35,9 — 27,3 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 1990 1992 1993 — — R R R — — 2,8 2,8 3,0 — — 7,5 6,9 7,5 — — 40,3 42,5 40,3 — — 25,2 26,9 25,3 — — 9,0 9,6 8,5 — — 5,4 6,2 5,3 — — 32,5 35,5 32,7 — — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta — 1993 1994-95 1998 — — C R R — — 2,9 3,1 3,9 — — 7,5 7,3 9,1 — — 39,3 43,4 37,7 — — 24,3 28,4 23,0 — — 8,4 9,3 5,8 — — 5,3 5,9 4,1 — — 31,6 35,6 28,4 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — — 1996 — 1992 — — R — R — — 4,3 — 5,1 — — 10,3 — 11,9 — — 35,9 — 31,4 — — 22,4 — 18,2 — — 5,2 — 3,6 — — 3,5 — 2,6 — — 25,4 — 19,5 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 1998 1989 1998 1996 — C R C R — 4,1 2,1 3,2 1,4 — 10,0 5,4 7,8 3,4 — 34,4 48,3 39,7 62,0 — 20,5 32,7 24,7 46,9 — 5,0 15,4 7,8 33,7 — 3,5 8,9 5,1 18,2 — 24,4 42,3 31,6 57,5 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 1997 — — 1998 — R — — R — 1,7 — — 3,0 — 4,5 — — 7,0 — 51,0 — — 45,1 — 34,6 — — 29,8 — 20,7 — — 10,0 — 11,5 — — 6,5 — 45,9 — — 37,6 1998 1996 — R C — 3,7 3,1 — 8,8 7,8 — 38,0 40,3 — 23,3 25,6 — 6,3 8,3 — 4,3 5,2 — 29,0 32,4 — 1992 1998 R R 2,1 2,9 5,5 7,6 45,9 40,3 29,9 25,9 14,4 8,9 8,3 5,3 40,3 32,4 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 182 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 12 Desigualdade no rendimento ou consumo Ordem segundo IDH Medidas de desigualdade Inquérito baseado Parte do rendimento ou consumo no rendimento (R) 10% 20% (%) ou mais ricos mais ricos Ano consumo 10% 20% 20% 10% para 10% para 20% Índice mais pobres mais pobres mais ricos mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c do inquérito (C) a 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 1996 1997 1998 — 1998 R C C — C 1,6 1,2 5,1 — 1,7 4,0 3,6 11,4 — 4,4 56,7 52,8 33,3 — 53,7 41,1 35,7 20,0 — 38,7 26,4 29,0 3,9 —— 23,3 14,3 14,8 2,9 12,2 48,7 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 1997 1997 1994 — — R R R — — 1,7 4,5 3,7 — — 4,4 10,1 8,9 — — 54,3 36,8 37,3 — — 38,4 22,8 22,7 — — 22,1 5,0 6,1 — — 12,4 3,6 4,2 — — 49,2 26,4 28,2 — — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 1997 1996 — — — C R — — — 1,6 1,1 — — — 4,1 3,0 — — — 53,7 60,9 — — — 37,6 46,1 — — — 24,3 42,7 — — — 13,0 20,3 — — — 48,8 57,1 — — — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 1998 — — 1997 1997 C — — R C 2,8 — — 1,0 2,3 6,4 — — 2,6 5,4 48,4 — — 63,0 52,3 32,4 — — 46,7 36,6 11,6 — — 48,7 16,1 7,6 — — 24,4 9,8 41,4 — — 59,1 46,2 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — 1996 1996 1999 1996 — C R C C — 2,3 1,6 3,7 2,7 — 5,5 4,4 8,8 6,7 — 50,6 51,2 37,8 42,3 — 35,2 35,4 23,2 26,3 — 15,3 22,3 6,4 9,8 — 9,2 11,7 4,3 6,3 — 44,4 46,2 29,0 35,4 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 1996 — 1996 1995 1998 R — C R R 2,3 — 2,9 2,8 0,5 6,1 — 7,0 6,9 1,9 43,6 — 43,9 43,3 60,7 27,9 — 28,9 27,8 43,8 12,0 — 10,0 9,8 91,1 7,1 — 6,3 6,3 31,8 37,1 — 36,4 36,0 57,7 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 1995 1994 1998 1995 — C C C C — 3,5 2,3 2,6 2,2 — 8,0 5,8 6,1 5,4 — 42,8 47,7 47,5 49,7 — 28,0 32,3 31,7 33,8 — 7,9 14,2 12,3 15,4 — 5,3 8,2 7,7 9,2 — 34,4 41,5 40,8 43,7 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 1998 1998 1997 1995 — R R C C — 2,1 2,4 3,3 2,3 — 5,1 5,9 7,6 5,7 — 53,3 46,6 44,4 47,9 — 37,9 30,4 29,8 31,8 — 17,7 12,7 9,1 13,8 — 10,5 8,0 5,9 8,5 — 47,4 40,3 36,4 41,7 — 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — 1997 1993 1993-94 1997 — R C C R — 2,7 2,4 1,1 1,4 — 6,3 6,3 2,9 3,7 — 47,4 46,9 64,8 55,3 — 31,7 32,0 45,9 39,3 — 11,9 13,3 42,5 28,5 — 7,5 7,4 22,6 14,8 — 40,5 40,2 59,3 50,8 — — 1997 1993 1995 — — R R C — — 2,2 3,1 2,8 — — 5,6 7,4 7,0 — — 46,8 40,9 42,6 — — 30,7 25,2 26,8 — — 13,7 8,2 9,6 — — 8,3 5,5 6,1 — — 40,6 33,3 35,3 96 97 98 99 100 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 51,9 48,5 21,7 — 183 12 Desigualdade no rendimento ou consumo Ordem segundo IDH Medidas de desigualdade Inquérito baseado Parte do rendimento ou consumo no rendimento (R) 10% 20% (%) ou mais ricos mais ricos Ano consumo 10% 20% 20% 10% para 10% para 20% Índice mais pobres mais pobres mais ricos mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c do inquérito (C) a 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 1998 1999 — 1997 1995 C C — R C 3,6 4,0 — 0,5 4,4 8,0 9,0 — 1,9 9,8 44,5 41,1 — 61,8 39,0 29,9 26,7 — 45,7 25,0 8,4 6,6 — 91,4 5,7 5,6 4,6 — 32,0 4,0 36,1 31,7 — 58,9 28,9 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 1998 1997 1998 — — C R R — — 0,7 0,4 1,6 — — 2,3 1,6 3,8 — — 63,6 61,8 60,6 — — 48,8 44,3 46,0 — — 70,7 119,8 29,1 — — 27,9 38,1 15,8 — — 60,3 59,0 55,8 — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — 1998-99 1994 — 1997 — C R — C — 2,6 1,0 — 3,5 — 6,5 2,7 — 8,1 — 46,6 64,4 — 46,1 — 30,9 50,2 — 33,5 — 11,7 49,7 — 9,5 — 7,2 23,8 — 5,7 — 39,5 60,9 — 37,8 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 1995 1990-91 — 1998 1986-87 C C — C C 2,9 1,8 — 2,4 0,9 7,3 4,0 — 5,9 2,8 40,9 62,3 — 45,9 60,1 24,5 46,9 — 29,5 43,4 8,4 26,1 — 12,3 48,2 5,6 15,6 — 7,8 21,5 33,2 56,8 — 39,6 56,0 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 1997 1996 1994 — — — C C C — — — 2,9 1,7 1,8 6,9 4,5 5,0 47,6 56,5 50,2 33,8 40,5 34,9 11,6 23,8 19,3 6,9 12,6 10,0 40,4 50,9 44,5 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 1996-97 — 1995-96 — C — C — 4,1 — 3,2 — 9,5 — 7,6 — 41,1 — 44,8 — 27,6 — 29,8 — 6,7 — 9,3 — 4,3 — 5,9 — 31,2 — 36,7 — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 1997 1995-96 1998 — 1997 C C C — C 3,2 3,9 3,0 — 2,2 7,6 8,7 7,4 — 5,4 45,0 42,8 41,2 — 52,0 30,6 28,6 25,9 — 37,3 9,7 7,3 8,6 — 17,2 6,0 4,9 5,6 — 9,6 37,0 33,6 33,4 — 46,0 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 1996-97 — — 1995 1993 C — — C C 1,6 — — 2,5 2,8 4,4 — — 6,4 6,8 55,7 — — 44,1 45,5 40,8 — — 28,4 30,1 24,9 — — 11,2 10,8 12,8 — — 6,9 6,7 50,6 — — 37,3 38,2 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 1996 — 1998 1995 1995 C — C C C 3,0 — 1,1 3,1 2,6 7,1 — 3,3 7,1 6,4 44,9 — 56,6 44,3 48,2 29,8 — 41,0 28,8 33,5 9,9 — 36,6 9,4 12,8 6,4 — 17,3 6,2 7,5 37,4 — 52,6 36,7 41,3 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — — — 1992 1994 — — — C C — — — 1,5 2,6 — — — 4,4 6,4 — — — 52,8 47,2 — — — 37,6 32,0 — — — 24,9 12,3 — — — 12,1 7,3 — — — 47,8 40,3 184 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 12 Desigualdade no rendimento ou consumo Ordem segundo IDH Medidas de desigualdade Inquérito baseado Parte do rendimento ou consumo no rendimento (R) 10% 20% (%) ou mais ricos mais ricos Ano consumo 10% 20% 20% 10% para 10% para 20% Índice do inquérito (C) a mais pobres mais pobres mais ricos mais ricos mais pobres b mais pobres b de Gini c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade — 1983-85 1994 — — — C C — — — 4,2 1,8 — — — 9,7 4,6 — — — 39,1 56,2 — — — 24,2 40,4 — — — 5,8 23,1 — — — 4,0 12,2 — — — 28,9 50,5 — — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 1991 1996-97 1995 1994 1992 C C C C C 3,4 0,5 2,5 3,0 2,2 2,1 6,5 7,1 5,5 58,9 46,5 47,7 55,0 42,4 31,7 33,7 39,5 84,8 12,5 11,4 17,6 28,0 7,2 6,7 10,0 56,2 39,6 40,0 48,2 C — 0,8 — 161 Níger 162 Serra Leoa 1995 — 7,9 41,6 2,6 — 26,6 53,3 — 7,8 35,4 — 5,2 46,0 — 33,3 20,7 — 50,5 — Nota: Como os dados são provenientes de inquéritos que utilizam metodologias diferentes e cobrem países diferentes, as comparações entre países devem ser feitas com precaução. a. A distribuição do rendimento é tipicamente mais desigual do que a distribuição do consumo, porque, em geral, os pobres consomem maior proporção do seu rendimento do que os ricos. b. Os dados mostram o rácio entre a parte do rendimento ou consumo do grupo mias rico e a do grupo mais pobre. Devido aos arredondamentos, os resultados podem diferir dos rácios calculados com as partes do rendimento ou consumo das colunas 3-6. c. O índice de Gini mede a desigualdade na distribuição total do rendimento ou consumo. O valor 0 representa a igualdade perfeita e o valor 100 a desigualdade perfeita. Fontes: Colunas 1-6 e 9: World Bank 2001b; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do rendimento ou consumo, de World Bank (2001b). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 185 13 A estrutura do comércio . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Exportações Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas e serviços e serviços (em % das exportações (em % das exportações (em % do PIB) (em % do PIB) de mercadorias) de mercadorias) Ordem segundo IDH 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 Exportações de alta tecnologia Termos de (em % das exportações troca manufacturadas) (1980 = 100) a 1990 1999 1998 Desenvolvimento humano elevado Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 34 17 26 29 70 33 21 c 41 38 72 41 17 26 30 71 39 19 c 44 44 76 67 64 36 16 18 d 67 66 27 12 16 c, d 33 16 59 83 77 d 27 29 67 83 78 c, d 12 15 14 18 — 18 16 16 31 — 86 b 78 b 88 b 111 b — 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 11 33 55 10 24 13 c 38 56 9 29 10 34 58 11 23 11 c 34 61 10 37 22 91 37 3 17 13 87 29 3 14 74 8 59 96 83 83 13 70 94 85 34 11 22 28 12 36 15 32 32 31 116 b 98 e — 197 b 115 e 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 36 109 22 27 31 36 c 97 24 27 33 36 113 21 24 36 40 c 113 26 26 37 6 — 23 19 35 8 — 17 14 28 94 — 77 79 60 92 — 81 83 66 18 — 19 25 19 28 — 27 34 28 — — 118 100 b 110 b 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 39 — 52 27 20 46 28 74 30 c 24 40 — 57 28 20 45 29 88 31 c 26 12 10 26 75 11 12 8 11 66 10 88 89 70 23 88 83 84 85 33 89 14 15 40 5 11 14 21 49 16 12 — 111 98 109 b 134 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 20 45 28 126 57 24 13 46 4 45 20 7 49 4 48 75 87 54 95 55 78 93 50 95 52 11 19 3 7 4 13 31 10 3 9 126 b 128 b 101 e 102 82 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 195 30 40 — 99 — 35 40 c 57 94 c 202 29 33 — 85 — 42 31 c 53 88 c 27 6 19 — 4 13 8 13 10 3c 72 94 80 — 96 86 91 87 90 97 51 22 6 — 44 67 36 8 13 56 82 99 — — — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 52 — 43 5 36 55 — 65 11 67 49 — 45 10 27 50 — 64 10 62 55 100 — 71 — 44 89 c 12 67 14 43 (.) — 29 — 55 11 c 88 32 82 13 — — 6 — 15 — 13 9 8 89 49 — 78 — 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 29 18 21 31 100 55 20 32 27 — 31 24 28 35 122 53 18 26 29 — 35 61 36 87 91 13 62 21 81 c — 63 39 59 11 9 85 38 77 17 c — — 2 11 5 — 28 4 10 — — — 121 115 b 86 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 41 — 58 — 40 47 — 37 83 — 35 — 45 — 65 54 — 47 77 — 66 — 94 — 54 32 — 80 31 — 27 — 6 — 46 68 — 20 69 — 12 — 6 — (.) 62 — 2 25 — 133 — 57 — 27 — 61 — 48 50 — — 52 — 41 40 — — — 84 24 31 — — — 16 76 67 — — — — 11 11 — — — 41 29 49 44 58 45 48 50 47 73 — 63 43 27 — 37 57 5 — 3 11 51 — 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar 28 45 25 128 49 16 35 19 134 52 28 36 19 133 44 Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 186 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 13 A estrutura do comércio Exportações Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas e serviços e serviços (em % das exportações (em % das exportações (em % do PIB) (em % do PIB) de mercadorias) de mercadorias) Ordem segundo IDH 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 Exportações de alta tecnologia Termos de (em % das exportações troca manufacturadas) (1980 = 100) a 1990 1999 1998 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 20 34 44 62 18 32 41 65 58 28 19 38 46 64 18 31 33 62 49 46 56 78 — — — 15 83 21 — 57 43 21 — 15 — 85 17 75 13 25 7 14 — — — 32 13 6 0c 14 30 94 — — — 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 72 37 26 — 36 97 52 34 — 56 75 33 17 — 26 122 44 30 — 41 46 — 26 95 — 19 — 21 — 28 c 54 — 73 5 — 80 — 78 — 72 c 49 — 5 (.) — 64 — 6 — 3c 53 — — 41 — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 20 15 72 27 100 15 19 69 25 c 51 c 39 21 65 28 18 22 18 64 21 c 11 c 90 74 34 26 — 88 69 25 84 c — 10 25 66 74 — 12 31 75 16 c — 2 2 1 — — 4 7 1 7c — 36 80 102 71 85 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 42 66 36 7 33 45 63 28 12 50 34 64 46 8 28 57 68 40 11 51 36 63 93 47 31 23 — 87 c 44 7 63 36 7 52 38 74 — 13 c 54 41 24 7 (.) 8 23 40 — (.) c 16 60 71 78 30 156 102 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 31 46 14 29 — — 50 17 52 40 53 35 16 28 — — 21 15 53 45 94 — 82 — — 82 34 79 — 74 5 — 18 — — 17 63 21 — 25 15 — 2 — — 13 6 3 — 11 58 — 45 — — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 94 56 — 39 46 — 59 51 37 — 36 52 — 33 27 — 49 34 23 — — 31 — — — — — 87 c 85 — — 69 — 10 — — — 13 c 15 — — 1 — (.) — — — — 7 — — 84 — 197 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 38 18 — 27 23 43 27 62 26 30 30 13 — 33 15 35 23 42 37 11 42 32 — 98 — 23 20 — 91 32 c 54 68 — 2 — 75 78 — 9 68 c 2 4 — 10 — 4 9 — 11 3c 125 — — 38 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 44 14 93 51 24 39 19 62 44 16 34 18 62 44 22 30 22 44 42 21 — 27 — 31 — — 12 44 c 20 — — 72 51 69 — — 88 56 c 80 — — 7 11 4 — — 23 — 4 — 61 110 136 83 27 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 44 50 80 19 31 50 57 107 23 37 13 29 63 24 19 23 42 99 25 25 — — — 30 f 62 — 40 — 44 f 50 — — — 22 f 38 — 20 — 55 f 50 — — — — 9 — 19 — 7f 12 — — 76 103 135 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 65 27 — 48 25 — 40 65 19 23 31 28 — 29 23 — 29 50 19 28 — 64 — — 97 — 89 73 — 97 4 36 — — 3 — 7 27 — 3 — 2 — — 3 — 3 8 — 5 — 41 — — 40 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 187 13 A estrutura do comércio Exportações Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas e serviços e serviços (em % das exportações (em % das exportações (em % do PIB) (em % do PIB) de mercadorias) de mercadorias) Ordem segundo IDH 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 Exportações de alta tecnologia Termos de (em % das exportações troca manufacturadas) (1980 = 100) a 1990 1999 1998 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 33 24 — 24 33 — 27 63 27 24 26 25 — 23 20 — 35 68 17 16 — 65 — 95 57 — 43 — 59 58 — 35 — 5 42 — 54 — 41 37 — 3 — (.) 2 — 13 — 70 4 — 48 — 52 45 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 46 40 25 31 70 89 57 27 38 86 25 36 21 46 32 34 43 19 45 102 92 91 76 — — 91 68 66 — — 8 9 24 — — 9 32 34 — — 1 1 21 — — 3 2 13 — — 80 101 120 37 — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 68 32 76 50 10 64 34 99 33 15 52 26 77 55 7 53 30 107 28 12 — 48 — — 28 — — — — 22 c — 52 — — 71 — — — — 76 c — 6 — — 6 — — — — 7c — 109 72 — 157 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 42 23 5 26 121 55 c 46 1c 50 109 c 21 23 3 17 17 50 c 45 (.) c 34 27 c — 68 — — — — 73 — 79 — — 31 — — — — 27 — 20 — — 1 — — — — 3 — 8 — — 120 62 48 96 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 13 49 31 37 17 46 44 c 42 31 41 25 70 6 41 26 14 20 54 34 c 45 24 26 24 78 — 89 71 — 91 — — 91 c 77 — — — — 10 29 — 9 — — 9c 23 — — — — 31 7 — 10 — — — 6 — — — — — 110 35 112 48 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 23 45 21 32 20 40 30 42 16 33 11 28 15 30 23 33 21 89 — — 16 88 c — — 79 9 83 — 84 18 90 c — (.) 2 (.) — 1 (.) (.) c — 105 110 — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 25 14 27 29 27 49 c 19 45 28 33 11 6 16 16 17 37 c 13 39 12 25 — — — 15 85 — 9c 99 c — 48 — 77 — 85 14 — 91 c 1c — 50 — (.) — 15 7 — (.) c — — — — 70 — 53 116 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 29 — — 61 37 42 — — 49 28 43 — — 46 13 37 — — 39 13 — 44 — — — 99 — — — 84 — 8 — — — 1 — 3c — 16 — 36 — — — 27 — 5c — 15 26 — 71 139 57 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 19 29 37 27 30 23 — 41 38 39 7 30 36 32 25 11 — 22 44 33 — — — — 77 97 — — — 43 — — — — 23 3 — — — 57 — — — — 6 12 — — — 5 27 66 62 84 102 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 21 26 — 72 31 48 c 28 79 67 23 39 14 — 60 31 57 c 17 10 51 21 100 — — — — — 97 c — 94 c — (.) — — — — — 3c — 5c — — — — — — — — — — — 56 117 — 51 73 188 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 13 A estrutura do comércio Exportações Importações de bens Exportações de bens Exportações primárias manufacturadas e serviços e serviços (em % das exportações (em % das exportações (em % do PIB) (em % do PIB) de mercadorias) de mercadorias) Ordem segundo IDH 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 Exportações de alta tecnologia Termos de (em % das exportações troca manufacturadas) (1980 = 100) a 1990 1999 1998 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 35 14 34 28 29 43 21 36 24 30 25 6 17 15 13 27 6 25 17 17 95 — — — — — — — — — 5 — 2 — — — — — — — 1 — 51 — — — — — — — 86 188 94 47 88 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 37 36 12 26 28 44 38 29 29 18 10 8 8 13 8 26 12 14 11 9 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 71 e 47 — 182 55 22 25 22 20 15 24 16 14 — — 97 c — — — 2c — — — — — 79 82 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 26 22 40 40 12 15 26 25 18 17 27 28 30 39 18 17 31 39 — — 26 13 40 41 14 11 27 25 17 17 29 18 34 45 16 15 29 44 — — 38 — 81 24 66 24 — — 20 19 24 — — 13 49 — 61 36 15 15 60 — 19 75 34 71 — — 78 78 75 — — 85 51 — 39 55 82 81 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo 19 19 24 — 25 28 19 20 20 — 27 21 20 49 — 15 34 — 78 48 — 82 62 — — — — — — — — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 19 20 20 — 26 26 18 21 17 — 29 24 19 43 — 15 29 — 78 54 — 82 68 — — — — — — — — — — Mundo 19 25 19 27 24 18 73 79 — — — 161 Níger 162 Serra Leoa a. O rácio entre o índice do preço de exportação e o índice do preço de importação, é calculado em relação ao ano base de 1980. Um valor superior a 100 implica que o preço das exportações tenha subido em relação ao preço das importações. b. Os dados referem-se a 1999. c. Os dados referem-se a 1998. d. Os dados incluem o Luxemburgo. e. Os dados referem-se a 1997. f. Os dados referem-se à União Aduaneira Sul-Africana, que inclui o Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Suazilândia. Fonte: Colunas 1-4, 7, e 8: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 5 e 6: calculado com base nos dados do comércio de mercadorias e exportações de produtos alimentares, matérias-primas agrícolas, combustíveis, minérios e metais, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 9 e 10: calculado com base nos dados das exportações de alta tecnologia, de UN (2001a) e dados das exportações de produtos manufacturados e mercadorias, de World Bank (2001b); coluna 11: calculado com base nos dados dos termos de troca, de World Bank (2001b). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 189 14 Fluxos de ajuda dos países membros da CAD . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Ajuda pública ao desenvolvimento APD desembolsada, líquida Ordem segundo IDH 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica Total (milhões de dól. EUA) a Em % do PNB 1999 1990 1999 APD per capita do país doador (dólares EUA 1998) APD aos países menos desenvolvidos (em % do total) b Donativos líquidos das ONG (Em % do PNB) c 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1.370 982 1.699 1.630 760 1,17 0,34 0,44 0,91 0,46 0,91 0,26 0,28 0,70 0,30 269 50 78 215 98 298 50 55 190 77 43 18 28 38 40 33 17 18 25 22 0,13 0,02 0,05 0,06 0,03 0,11 0,02 0,02 0,03 0,03 9.145 3.134 15.323 416 969 0,21 0,92 0,31 0,65 0,32 0,10 0,79 0,35 0,33 0,35 55 183 84 142 124 33 203 106 84 140 18 32 18 37 41 16 20 17 25 27 0,05 0,09 (,) 0,03 0,05 0,04 0,07 0,01 (,) — 6 8 9 10 11 Estados Unidos Holanda Japão Finlândia Suíça 12 13 14 15 16 Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca Áustria 119 5.637 3.401 1.733 527 0,21 0,60 0,27 0,94 0,25 0,66 0,39 0,23 1,01 0,26 73 134 55 248 57 281 99 57 331 67 31 28 31 39 26 25 16 21 32 14 (,) 0,02 0,03 0,02 0,02 0,03 — 0,03 0,02 0,04 17 18 19 20 21 Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália Espanha 5.515 245 134 1.806 1.363 0,42 0,16 0,23 0,31 0,20 0,26 0,31 0,27 0,15 0,23 112 18 29 58 24 69 66 36 33 35 26 36 19 39 19 20 37 24 22 11 0,05 0,07 0,03 (,) 0,01 0,05 0,01 0,03 (,) — 194 276 — 0,24 0,15 0,26 — 19 19 28 — 70 2 45 — (,) — — 56.378 T 0,34 0,24 77 66 26 19 0,03 0,03 23 Grécia 28 Portugal DAC d Nota: CAD é a Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Grécia entrou para a CAD em Dezembro de 1999. a. Algumas regiões e países não membros da CAD também fornecem APD. De acordo com a OCDE, Development Assistance Committee (2001c), a APD líquida desembolsada em 1998 pela República Checa, Estónia, Coreia do Sul, Kuwait, Polónia, Arábia Saudita, Turquia e Emiratos Árabes Unidos totalizou 777 milhões de dólares A China também fornece ajuda, mas não revela o montante. b. Inclui fluxos multilaterais imputados, que têm em conta as contribuições através de organizações multilaterais. Estas são calculadas utilizando a distribuição geográfica dos desembolsos para o ano de referência. c. Não inclui os desembolsos das organizações não governamentais (ONG) com origem em fontes oficiais e que já estão incluídos na APD. d. Os agregados são de OCDE, Development Assistance Committee (2001a e 2001c). Fontes: Colunas 1-7: OCDE, Development Assistance Committee 2001c; colunas 8 e 9: OCDE, Development Assistance Committee 2001a. 190 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 15 Fluxos de ajuda, capital privado e dívida . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida (desembolsos líquidos) a Total (Milhões Per capita dól. EUA) (dól. EUA) Ordem segundo IDH 1999 Fluxos líquidos de investimento directo estrangeiro (em % do PIB) b Em % do PIB 1999 1990 1999 148,3 d 0,6 d 65,6 d -0,3 d -1,2 — — — — (,) 0,9 (,) 0,6 (,) (,) 15,6 66,2 -7,9 4,4 d 30,9 d — 0,2 0,2 — (,) 0,2 — -0,1 — 0,6 2,5 59,0 d 24,6 d 6,5 25,5 d 0,1 (,) 0,2 0,6 2,2 4,6 6,0 -2,7 38,8 d 3,8 d 0,3 3,4 3,2 — — 0,1 — -0,1 — (,) 57,3 d 1,5 d 10,8 34,9 d 8,7 d — — — — — 1,6 — 0,2 1,2 — 20,3 39,7 d 0,4 4,8 2,4 d 0,4 — 0,1 1,9 — 0,4 1,5 (,) 0,1 0,1 186,3 12,4 d 6,3 32,3 d 16,6 d 7,5 (,) 1,1 0,1 0,6 7,3 273,0 43,5 301,3 41,5 1,3 135,1 1,8 7,3 35,3 — — 0,2 0,2 3,4 36,0 193,9 1.003,3 34,2 28,8 87,0 45,4 16,7 42,7 1,4 183,6 690,3 39,9 1,1 9,3 17,0 Outros fluxos de capitais (em % do PIB) b, c Serviço da dívida total Em % das exportações de bens Em % do PIB e serviços 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 0,3 — 2,3 15,2 0,3 2,3 — 0,7 8,2 2,3 — — — — 0,1 — — — — -0,7 — — — — 3,3 — — — — 10,6 — — — — 10,8 — — — — 24,6 — 2,0 0,6 — 0,6 0,9 0,0 0,7 — 9,6 — 0,0 -0,8 — 1,9 — 9,9 e -1,2 — -0,5 — 2,0 8,2 — 3,0 — 16,2 e 3,9 — 6,8 — 2,0 15,1 — — — 17,9 6,8 — 10,3 1,3 0,0 0,0 0,0 0,1 8,5 1,8 4,0 1,1 4,7 -1,4 1,8 -0,9 -2,1 (,) 3,0 -0,4 6,2 -0,8 2,1 4,4 2,1 12,8 10,6 1,6 9,1 8,7 15,5 5,1 5,4 37,0 — 34,3 40,8 4,9 75,9 13,9 26,6 25,0 20,4 1,9 — 2,3 -0,6 — 13,7 — 4,4 — 0,2 5,0 — -2,0 — — 3,9 — 1,7 — — 9,1 — 7,0 — — 7,7 — 3,6 — — 25,9 — 23,9 — — 25,4 — 6,4 — — 0,0 — — 0,0 — 5,8 — 6,9 4,6 — — — — — — 5,0 — 4,8 6,2 — — — — — — 10,3 — 8,4 2,6 — — — — — — 13,2 — 19,4 6,3 — 2,2 0,0 1,0 2,5 0,0 9,2 5,6 2,4 0,2 0,8 -3,5 — 2,1 -0,1 — 1,2 -0,7 3,1 6,9 0,6 8,9 — 4,3 6,5 — 6,6 7,4 8,3 7,8 0,8 19,3 — 20,7 6,2 — 13,1 15,0 25,1 8,8 3,2 4,2 0,0 5,3 (,) 0,0 0,5 0,8 2,0 6,5 3,1 1,4 1,0 -3,6 -0,3 (,) 1,7 0,1 2,1 2,5 -1,0 5,0 2,0 9,8 6,6 (,) 5,9 2,9 5,9 9,3 9,2 7,5 — 12,6 19,4 0,3 11,2 13,5 4,8 19,1 31,3 — 7,9 (,) 0,3 1,0 — — 0,9 1,2 1,6 — 0,9 3,1 1,3 1,2 — — -1,2 -0,4 1,7 — 0,6 -0,1 2,9 1,2 — — 10,3 9,7 5,9 — 13,3 5,5 7,6 6,2 — — 23,2 40,9 8,8 — 29,9 23,2 42,9 9,7 19,4 9,1 0,9 3,6 (,) — — 0,8 1,9 (,) — 0,2 2,9 6,7 — — 1,2 5,0 -1,9 — — 0,2 2,3 -1,1 — — 8,9 e -3,0 -0,4 — — 3,5 6,2 7,7 — — 3,1 e 13,2 2,2 — — 3,3 16,9 12,0 — — 9,6 e 22,0 3,5 — (,) 2,9 0,6 (,) 0,9 — 0,2 1,2 1,3 4,3 0,7 0,7 -0,1 0,2 -3,8 -1,3 5,7 -2,1 e 1,8 8,1 7,0 9,0 8,8 4,2 e 22,2 27,0 12,3 Desenvolvimento humano elevado 22 24 25 26 27 Israel Hong Kong, China (RAE) Chipre Singapura Coreia do Sul 905,7 3,7 49,9 -1,1 -55,2 29 30 31 32 33 Eslovénia Malta Barbados Brunei República Checa 31,0 25,1 -2,1 1,4 318,1 34 35 36 37 38 Argentina Eslováquia Hungria Uruguai Polónia 91,3 318,3 247,6 21,7 983,8 39 40 41 42 43 Chile Barém Costa Rica Baamas Kuwait 69,1 4,0 -9,8 11,6 7,2 44 45 46 47 48 Estónia Emiratos Árabes Unidos Croácia Lituânia Catar 82,7 4,2 48,2 128,9 4,9 d d d d d d d d d d d d d d d d d d d (,) 1,6 0,5 0,1 0,6 d d d d d d d d d d d e Desenvolvimento humano médio 49 50 51 52 53 Trindade e Tobago Letónia México Panamá Bielorrússia 54 55 56 57 58 Belize Federação Russa Malásia Bulgária Roménia 59 60 61 62 63 Líbia Macedónia Venezuela Colômbia Maurícias 64 65 66 67 68 Suriname Líbano Tailândia Fidji Arábia Saudita 69 Brasil 70 Filipinas 71 Omã 26,2 96,4 34,5 13,6 24,0 46,0 1.816,3 142,6 264,8 373,4 d d d d d INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO d d d 6,3 0,5 0,2 2,1 1,1 d d d d d e e 110,9 14,3 9,7 191 15 Fluxos de ajuda, capital privado e dívida Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida (desembolsos líquidos) a Total (Milhões Per capita dól. EUA) (dól. EUA) Ordem segundo IDH 1999 1999 Em % do PIB 1990 1999 — 1,5 0,3 — — 11,3 0,9 1,2 1,0 8,7 Outros fluxos de capitais (em % do PIB) b, c Serviço da dívida total Em % das exportações de bens Em % do PIB e serviços 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 0,0 0,2 0,0 0,0 — 6,6 3,8 1,3 10,0 3,0 — 0,1 — — — 0,0 2,3 -0,3 -0,7 0,2 — 1,8 — — — 3,2 5,7 7,2 8,6 3,9 — 10,8 — — — 11,9 32,7 16,3 19,4 11,4 0,8 -1,1 — -0,2 0,1 2,9 e -1,4 2,1 0,5 -0,4 6,0 15,6 — 6,2 4,8 4,3 e 10,6 2,1 3,0 3,3 4,8 26,9 — 12,2 13,7 3,9 17,4 6,5 6,6 7,9 72 73 74 75 76 Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão Geórgia 208,5 452,2 479,9 161,0 238,6 77 78 79 80 81 Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai Sri Lanka 30,7 -22,6 162,0 77,6 251,4 113,9 -8,7 20,3 14,5 13,2 14,5 6,4 — 1,1 9,1 — -0,3 4,0 1,0 1,6 4,1 3,3 0,0 1,4 0,5 3,1 7,6 12,7 0,9 1,1 82 83 84 85 86 Turquia Turquemenistão Equador Albânia República Dominicana -9,7 20,9 145,6 479,7 194,7 -0,2 4,4 11,7 142,1 23,2 0,8 — 1,5 0,5 1,4 (,) 0,7 0,8 13,0 1,1 0,5 — 1,2 0,0 1,9 0,4 2,5 3,6 1,1 7,7 0,7 — 0,5 1,5 (,) 4,2 -4,2 1,3 -0,1 0,4 4,9 — 10,1 0,1 3,3 7,4 14,5 8,7 1,0 2,2 29,4 — 32,5 0,9 10,4 26,2 31,1 25,7 3,7 3,9 87 88 89 90 91 China Jordânia Tunísia Irão Cabo Verde 2.323,8 430,0 244,5 161,4 136,4 1,9 90,7 25,9 2,6 318,8 0,6 22,1 3,2 0,1 31,8 0,2 5,3 1,2 0,1 23,5 1,0 0,9 0,6 -0,3 0,0 3,9 2,0 1,7 0,1 2,6 1,3 5,4 -1,6 (,) (,) 0,2 -0,6 1,9 -1,3 0,1 2,0 15,5 11,6 0,5 1,7 2,1 8,0 7,3 4,2 3,8 11,7 20,3 24,5 3,2 4,8 9,0 11,8 15,9 22,6 10,6 92 93 94 95 96 Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador Samoa (Ocidental) 266,6 26,6 539,3 182,7 22,9 54,8 31,1 12,8 29,7 136,1 — 42,6 — 7,2 32,6 21,3 3,9 0,4 1,5 13,0 — 0,0 -0,1 (,) 4,8 2,8 7,1 1,0 1,9 1,1 — -4,1 — 0,1 0,0 -4,1 -0,8 2,4 1,0 0,0 — 74,5 — 4,3 3,8 9,4 15,5 3,7 2,8 3,7 — — — 15,3 5,8 21,8 19,5 e 13,9 7,6 5,1 d 54,7 17,9 9,6 d 10,8 43,8 Fluxos líquidos de investimento directo estrangeiro (em % do PIB) b d d e 97 98 99 100 101 Síria Moldávia Usbequistão Argélia Vietname 228,2 102,1 133,9 88,9 1.420,6 14,5 23,8 5,5 3,0 18,3 5,6 — — 0,4 2,9 1,2 8,8 0,8 0,2 5,0 0,6 0,0 — 0,0 0,2 0,5 2,9 0,6 (,) 5,6 -0,4 — — -0,7 0,0 (,) -1,9 3,1 -3,1 -2,7 10,3 — — 14,2 2,7 1,9 15,1 3,1 11,1 4,9 23,2 — — 63,4 8,9 6,4 24,9 17,6 37,8 9,8 102 103 104 105 106 Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto Nicarágua 2.206,3 122,0 568,6 1.579,1 674,7 10,7 19,6 69,9 25,2 137,2 1,5 — 11,2 12,6 32,9 1,5 6,5 6,8 1,8 29,8 1,0 — 0,6 1,7 0,0 -1,9 1,3 12,2 1,2 13,2 1,9 — -0,5 -0,1 2,0 -4,0 -0,8 0,0 0,6 3,6 8,7 — 7,9 7,1 1,6 12,5 2,6 5,9 1,9 8,3 33,3 — 38,6 22,3 3,9 30,3 6,5 32,0 9,0 16,1 107 108 109 110 111 Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial Namíbia 816,9 292,9 47,6 20,2 177,6 129,3 26,4 39,3 45,6 104,4 14,7 2,6 2,2 46,0 5,2 15,2 1,6 1,1 2,9 5,8 1,4 0,6 1,2 8,3 — 4,3 0,8 4,6 17,3 — 1,0 -0,1 0,5 0,0 — 0,4 -0,3 0,2 0,0 — 12,8 2,8 3,0 3,9 — 6,8 2,3 12,4 0,7 — 35,3 12,6 6,4 12,1 — 13,5 10,3 19,3 0,8 — 112 113 114 115 116 Marrocos Suazilândia Botswana Índia Mongólia 678,0 28,9 60,9 1.484,4 218,6 24,0 28,4 38,3 1,5 91,9 4,1 6,3 3,9 0,4 — 1,9 2,4 1,0 0,3 23,9 0,6 3,5 2,5 0,1 — (,) 2,7 0,6 0,5 3,3 0,7 -0,2 -0,5 0,5 — -0,3 0,0 (,) -0,1 -0,3 6,9 5,5 2,8 2,6 — 8,9 2,5 1,4 2,3 2,9 21,5 5,7 4,4 32,7 — 24,4 2,6 2,4 15,0 4,8 117 118 119 120 Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 244,2 73,2 607,5 31,1 20,5 1,6 32,3 14,8 3,9 — 9,6 22,8 4,4 — 7,8 3,6 -0,1 — 0,3 2,7 1,1 — 0,2 18,7 1,1 — -0,3 (,) 0,2 — -0,4 0,5 5,4 — 6,3 3,7 11,6 — 6,7 5,8 23,1 9,0 36,9 4,2 25,3 7,9 19,9 9,4 192 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 15 Fluxos de ajuda, capital privado e dívida Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida (desembolsos líquidos) a Total (Milhões Per capita dól. EUA) (dól. EUA) Ordem segundo IDH 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo Em % do PIB Fluxos líquidos de investimento directo estrangeiro (em % do PIB) b Outros fluxos de capitais (em % do PIB) b, c Serviço da dívida total Em % das exportações de bens Em % do PIB e serviços 1999 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 278,9 215,7 308,0 21,5 433,8 140,3 23,7 45,8 10,5 39,4 29,5 49,1 3,7 12,8 13,9 18,1 4,0 7,8 8,9 6,0 2,9 11,1 4,7 6,3 0,0 4,8 0,7 -0,4 -1,0 0,0 4,0 8,3 0,1 0,5 0,4 0,2 0,0 1,5 0,8 0,0 -0,1 -3,6 -0,1 5,7 -0,6 0,0 -0,6 0,0 2,7 17,2 9,3 0,4 4,7 19,0 1,1 5,9 6,7 4,0 6,0 1,1 — 37,2 35,4 2,3 22,5 35,3 2,9 9,6 26,7 16,1 24,3 1,4 732,0 71,3 343,7 66,6 293,8 5,4 15,6 14,7 85,2 57,7 2,8 16,0 11,7 16,5 17,3 1,3 5,1 6,9 15,1 20,5 0,6 0,0 0,2 0,0 0,7 0,9 2,1 0,1 0,0 5,5 -0,2 (,) -0,4 -0,9 0,0 -1,0 0,0 -0,3 0,0 0,0 4,8 5,3 1,9 1,8 1,1 5,2 2,8 2,1 1,6 2,6 23,0 11,9 13,4 5,5 8,7 30,5 7,7 7,9 4,8 7,7 1.203,1 456,4 262,8 358,2 151,6 9,4 26,8 33,7 23,8 1,2 7,0 8,7 5,6 12,9 0,9 2,6 6,7 6,1 9,6 0,4 (,) -2,8 0,3 0,7 2,1 0,4 -2,2 0,7 1,6 2,9 0,2 3,5 0,0 -0,5 -0,4 (,) 0,0 0,0 -0,2 -0,4 2,6 3,6 1,1 7,2 11,7 1,7 2,3 1,4 4,5 2,6 28,4 5,6 10,1 45,5 22,6 10,1 4,0 10,0 17,1 6,0 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 131 Paquistão Togo Nepal Butão Laos 132 133 134 135 136 Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar Nigéria 137 138 139 140 141 Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania Uganda 75,0 242,9 218,5 989,6 589,8 115,8 8,4 84,1 30,1 27,5 45,6 6,2 23,3 27,5 15,5 — 2,5 22,8 11,3 9,2 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0 1,2 3,8 0,2 2,1 3,5 e -0,1 0,0 -0,1 0,1 0,4 0,0 e 0,0 -0,2 -0,1 (,) 3,5 0,4 14,3 4,2 3,4 1,0 e 0,6 11,0 2,2 2,9 — 7,5 29,9 32,9 58,9 — 6,5 28,4 15,6 23,7 142 143 144 145 146 Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal Angola 132,3 623,4 447,0 534,3 387,5 2,7 63,1 28,8 57,5 31,4 9,6 14,6 6,4 14,4 2,6 — 19,8 4,0 11,2 4,5 -0,1 6,2 0,4 1,0 -3,3 (,) 5,2 3,1 1,3 28,9 e -0,1 -0,3 0,1 -0,3 5,6 0,0 e -0,4 -2,5 -0,1 -1,2 3,7 6,2 11,7 5,7 3,2 0,3 e 13,9 12,9 5,0 13,4 13,5 14,9 35,4 20,0 8,1 1,2 e 46,6 26,2 16,1 21,1 147 148 149 150 151 Benim Eritreia Gâmbia Guiné Malawi 210,8 148,5 33,1 237,6 445,8 34,5 37,2 26,5 32,8 41,3 14,5 — 31,3 10,4 27,9 8,9 23,0 8,4 6,8 24,6 0,1 — 0,0 0,6 0,0 1,3 0,0 3,6 1,8 3,3 (,) — -2,4 -0,7 0,1 0,0 0,0 0,0 (,) (,) 2,1 — 11,9 6,0 7,4 3,0 0,6 5,4 3,8 3,8 8,2 — 22,2 20,0 29,3 10,9 1,9 8,5 16,1 11,4 152 153 154 155 156 Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade Guiné-Bissau 372,9 354,0 117,2 187,8 52,4 44,9 33,4 33,1 25,1 44,2 11,3 19,9 16,8 18,0 52,7 19,1 13,8 11,1 12,3 24,0 0,3 -0,3 0,1 0,0 0,8 0,1 0,7 1,2 1,0 1,4 -0,1 (,) (,) (,) (,) 0,0 0,0 (,) -0,1 0,0 0,8 2,8 2,0 0,7 3,4 1,6 4,1 1,8 2,1 4,4 14,0 12,3 13,2 4,4 31,0 29,6 14,3 12,1 10,3 16,4 157 158 159 160 161 162 Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi Níger Serra Leoa 118,4 633,4 398,1 74,2 187,1 73,5 6,8 10,1 36,2 11,1 17,8 14,9 39,9 14,8 12,0 23,3 16,0 6,8 3,0 9,8 15,4 10,4 9,3 11,0 0,4 0,2 0,0 0,1 (,) 3,6 9,7 1,4 0,4 (,) 0,7 0,1 1,0 -0,8 (,) -0,5 0,4 0,4 -0,3 -0,2 0,0 (,) -1,1 0,0 3,1 3,4 1,2 3,7 4,0 2,4 3,1 2,5 2,4 4,0 2,5 3,2 26,2 34,9 6,8 43,4 17,4 10,1 20,0 16,8 15,7 45,6 16,8 29,9 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 193 15 Fluxos de ajuda, capital privado e dívida Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida (desembolsos líquidos) a Total (Milhões Per capita dól. EUA) (dól. EUA) Ordem segundo IDH 1999 Em % do PIB 1999 1990 1999 Fluxos líquidos de investimento directo estrangeiro (em % do PIB) b Outros fluxos de capitais (em % do PIB) b, c Serviço da dívida total Em % das exportações de bens Em % do PIB e serviços 1990 1999 1990 1999 1990 1999 1990 1999 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 33.025,9 10.574,7 4.313,2 8.873,2 4.539,0 4.273,3 10.986,9 7.381,7 — — T T T T T T T T 7,2 17,8 18,3 4,9 9,2 3,1 18,3 18,6 — — 1,4 11,6 — 0,8 0,4 1,1 — — — — 0,6 7,0 — 0,5 0,2 0,6 — — — — 0,9 (,) 0,7 1,6 0,7 (,) 0,3 (,) — — 2,9 3,0 0,3 3,0 4,5 0,5 2,4 2,9 — — 0,4 0,5 -0,1 0,7 0,3 0,4 0,2 — — — 0,4 -0,1 0,3 -0,2 1,1 -0,3 0,8 0,9 — — 4,0 2,7 5,5 3,8 4,0 2,6 3,9 1,8 — — 5,8 2,8 3,6 5,2 8,1 2,8 4,6 5,1 — — 18,7 15,5 14,7 15,7 23,6 20,0 19,7 — — — 22,3 13,0 11,4 15,8 41,6 16,6 14,3 16,5 — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo — 26.223,7 T 11.824,7 T — 6,6 14,5 — 0,9 8,1 — 0,5 4,6 — 0,6 0,4 — 2,4 2,5 — 0,6 — — 0,4 -0,4 — 3,4 5,0 — 5,5 3,9 — 18,9 20,6 — 20,4 15,3 Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo — 18.692,7 T 21.627,3 T — 7,2 9,2 — 0,7 3,0 — 0,3 2,1 — 0,6 0,3 — 3,3 1,0 — 0,5 — — 0,8 -0,8 — 3,6 3,7 — 6,3 4,6 — 16,9 26,6 — 21,8 18,8 Mundo 41.338,4 T 8,3 — — — — — — — — — — Nota: Este quadro apresenta dados para países incluídos nas Partes I e II da lista de beneficiários da CAD (OCDE, Development Assistance Committe 2001d). O denominador utilizado, convencionalmente, para repartir a ajuda pública ao desenvolvimento e o serviço da dívida total segundo a dimensão da economia é o PNB e não o PIB (ver as definições de termos estatísticos). Contudo, o PIB é utilizado aqui para permitir comparações ao longo do quadro. Com poucas excepções, os denominadores produzem resultados semelhantes. a. As receitas da APD são os fluxos APD totais líquidos dos países da CAD, organizações multilaterais e Países Árabes. Um valor negativo indica que o pagamento dos empréstimos APD excede o montante de APD recebido. b. Um valor negativo indica que a saída de capitais do país excede a entrada. c. Outros fluxos privados compreendem fluxos de investimento de carteira (acções) não criadores de dívida, fluxos de carteira criadores de dívida e empréstimos bancários e relacionados com o comércio. Ver as definições de termos estatísticos. d. Os dados referem-se à ajuda pública líquida. Ver as definições de termos estatísticos. e. Os dados referem-se a 1998. Fontes: coluna 1: OCDE, Development Assistance Committee 2001b; coluna 2: calculado com base nos dados da APD, de OCDE, Development Assistance Committee 2001b e nos dados da população, de World Bank (2001b); colunas 3 e 4: calculado com base nos dados da APD, de OCDE, Development Assistance Committee 2001b e nos dados do PIB, de World Bank (2001b); colunas 5 e 6: calculado com base nos dados do investimento directo estrangeiro e do PIB, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do investimento de carteira (títulos e acções) e dos empréstimos bancários e relacionados com o comércio, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 9 e 10: calculado com base nos dados do serviço da dívida total e do PIB, de World Bank (2001b); os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 11 e 12: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano. 194 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 16 Prioridades na despesa pública . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Despesa pública de educação (em % do PNB) Ordem segundo IDH 1985-87 c Despesa pública de saúde (em % do PIB) 1995-97 c 1990 1998 Despesa militar (em % do PIB) a Serviço da dívida total (em % do PIB) b 1990 1999 1990 1999 Desenvolvimento humano elevado Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6,5 5,1 6,7 7,3 5,1 g 7,7 d 5,5 d 6,9 d, e 8,3 d 3,1 d, h 6,5 5,3 6,8 7,6 6,6 7,4 5,9 6,3 f 6,7 7,9 2,9 2,2 2,0 2,6 2,4 2,2 1,9 1,3 2,1 1,4 — — — — — — — — — — 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 5,0 4,8 6,9 — 5,5 5,4 d, e 5,4 d 5,1 d 3,6 d, e 7,5 d 4,9 6,9 5,8 4,7 6,4 5,8 f 7,2 f 6,0 5,9 5,2 5,3 0,0 2,6 1,0 1,6 3,0 0,0 1,8 1,0 1,2 — — — — — — — — — — 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 4,7 4,1 5,5 4,8 7,2 5,4 d 4,0 d 6,0 d 5,3 d 8,1 d 5,7 5,8 6,5 5,0 7,0 7,6 5,4 7,3 5,9 f 6,7 f 1,8 0,9 3,6 4,0 2,1 1,1 0,8 2,7 2,5 1,6 — — — — — — — — — — 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 5,9 — 6,7 5,4 5,0 5,4 d 4,8 d 6,0 d 7,3 d 4,9 d 5,2 — 4,7 5,8 6,3 5,8 7,9 f 4,5 f 6,2 5,6 f 1,0 2,8 i 1,3 1,8 2,1 0,9 1,5 0,8 1,1 2,0 — — — — — — — — — — 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 3,7 6,7 2,2 2,5 3,6 j 5,0 d 7,6 d, e 3,1 d 2,9 4,5 j 5,2 3,8 3,4 1,6 — 5,4 6,0 4,7 — — 1,8 12,3 4,7 — 5,0 1,3 8,1 4,9 — 3,4 — — — — — — — — — — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 3,9 3,8 3,8 g — 3,4 3,0 3,7 d 5,8 d 5,7 5,1 1,0 2,1 4,1 — — 1,2 2,3 5,2 6,6 — 4,8 3,7 2,7 — 0,9 5,3 2,8 2,2 1,4 0,8 — 3,3 — — 2,0 — 10,6 — — 16,2 k 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 6,2 e — — 1,4 g — 7,2 e — 5,1 d 3,5 4,7 5,0 1,6 4,8 4,2 5,0 4,5 — 6,7 4,9 5,7 — 6,7 l — 1,3 — — 7,6 k 2,0 1,5 1,7 8,2 — 3,0 4,4 2,1 3,9 — 6,8 9,1 8,7 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 5,6 3,2 4,6 3,3 5,2 4,6 d 3,3 7,5 d 3,6 4,4 — 1,9 — 2,2 — 5,2 1,9 4,7 2,7 2,6 2,5 2,1 2,7 3,6 5,1 1,4 1,2 k 2,0 3,1 5,0 k 12,8 10,6 1,6 9,1 — 15,5 5,1 5,4 7,7 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 4,5 4,0 4,8 — 2,1 5,4 — 5,0 7,2 1,7 5,3 2,8 4,0 1,9 0,8 5,2 2,5 — — 0,8 0,4 — 48,5 — 4,7 — — 8,3 1,4 3,2 7,0 — — — — 3,6 — — 10,3 — — 5,3 e 4,7 5,3 5,9 3,4 e 9,5 3,0 — — 4,8 — — — — 4,2 1,0 — — — — 8,4 2,6 — 6,3 3,4 4,4 e 6,5 2,5 2,7 2,5 4,2 — — — 0,9 8,9 — 6,6 7,4 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 195 16 Prioridades na despesa pública Despesa pública de educação (em % do PNB) Ordem segundo IDH Despesa pública de saúde (em % do PIB) Despesa militar (em % do PIB) a 1985-87 c 1995-97 c 1990 1998 1990 1999 Serviço da dívida total (em % do PIB) b 1990 1999 0,6 1,4 m 1,3 1,5 m 3,8 4,3 6,5 — 5,0 2,0 8,3 7,8 0,8 5,9 2,9 5,9 9,3 9,2 — 13,3 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 3,5 4,8 5,0 4,7 3,4 4,9 d 5,1 5,9 5,0 3,5 d 2,1 4,6 2,5 2,2 2,5 — 4,9 4,9 2,2 — 0,5 1,4 — 1,2 12,3 n 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 6,9 5,4 2,2 9,6 — 4,9 3,2 3,6 — 5,1 1,5 4,1 2,8 — 9,2 1,4 3,8 — — 5,5 2,6 4,5 3,5 — — 2,3 2,8 1,6 — 2,5 9,8 6,6 (,) — — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 5,0 — 3,3 10,2 — 5,2 e 4,1 g 4,6 3,5 e 2,5 g 2,4 1,2 — 3,5 — 2,6 5,2 1,8 — 2,2 2,0 2,6 0,3 — 5,0 1,4 2,5 0,2 — 3,6 10,3 9,7 5,9 — 3,5 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 3,4 6,0 7,4 4,7 2,1 4,8 — 7,5 5,1 3,4 1,0 2,0 — 3,0 1,5 1,9 2,9 — 2,9 1,7 2,2 2,2 12,8 1,9 1,4 1,8 1,6 13,2 1,3 1,2 6,2 7,7 — 1,8 8,1 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 4,1 — 3,6 5,3 3,4 4,5 2,0 2,9 5,6 4,4 2,0 — 1,3 3,0 3,2 2,9 3,1 2,4 3,6 3,5 18,3 — 2,4 — — 10,1 3,6 — 3,1 0,9 7,0 — 1,8 — — 4,2 k 3,2 5,7 7,2 8,6 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 5,2 4,9 5,8 1,1 g 5,2 e 6,4 7,5 3,0 4,0 g 3,0 4,9 2,6 2,6 0,7 0,5 5,1 3,2 — 1,7 — — — — 1,2 1,2 — — 2,6 1,1 — 6,0 15,6 — 6,2 3,9 4,3 k 10,6 2,1 3,0 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 2,7 1,2 o 4,1 3,5 — 3,4 2,2 d — 3,5 — 1,5 2,2 3,9 1,5 3,3 1,4 — 4,1 1,7 3,5 2,1 3,5 — 1,9 — 3,6 5,0 3,4 — 1,4 4,8 4,9 — 10,1 0,1 3,3 7,4 14,5 8,7 1,0 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 1,3 2,3 6,8 6,2 3,7 2,3 2,3 7,9 7,7 4,0 1,6 2,1 3,6 3,0 1,5 1,9 — 5,3 2,2 1,7 — 2,7 11,1 2,0 2,8 — 2,1 10,0 1,7 2,7 3,3 2,0 15,5 11,6 0,5 2,2 2,1 8,0 7,3 4,2 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 2,9 9,7 8,5 6,1 3,1 e — 5,3 5,0 7,6 2,5 — 4,7 2,9 3,1 1,4 1,8 2,9 4,5 3,3 2,6 — — 0,9 3,8 2,7 0,9 1,7 — 1,3 0,9 1,7 — 74,5 — 4,3 3,8 9,4 15,5 3,7 2,8 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — 4,8 3,6 9,2 e 9,8 — 4,2 10,6 7,7 5,1 o 3,9 0,4 4,4 4,6 3,0 4,8 0,8 6,4 3,4 2,6 — 6,9 — — 1,5 — 5,6 0,5 1,7 3,8 3,8 10,3 — — 14,2 3,7 1,9 15,1 3,1 11,1 96 97 98 99 100 196 5,5 7,6 6,2 — 3,1 k 13,2 2,2 — 9,0 8,8 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 16 Prioridades na despesa pública Despesa pública de educação (em % do PNB) Ordem segundo IDH 1985-87 c Despesa pública de saúde (em % do PIB) Despesa militar (em % do PIB) a Serviço da dívida total (em % do PIB) b 1995-97 c 1990 1998 1990 1999 1990 1999 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto — 0,9 e, g — 2,1 4,5 3,0 1,4 p 2,2 4,9 4,8 0,9 0,6 — 2,1 1,8 0,8 0,7 5,2 4,1 — 7,9 1,3 — 2,5 3,5 — 1,1 1,4 1,8 2,7 2,7 8,7 — 7,9 7,1 4,9 12,5 2,6 5,9 1,9 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 5,4 4,8 1,9 g 5,8 1,7 e 3,9 o 3,6 1,7 g 2,9 o 1,7 e 7,0 3,3 1,8 2,0 1,0 8,3 3,9 2,1 2,1 — 2,1 — 1,6 — — 1,1 0,6 0,6 0,3 k — 1,6 12,8 2,8 3,0 3,9 8,3 6,8 2,3 12,4 0,7 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — 6,2 g 5,6 7,3 3,2 9,1 5,3 g 5,7 8,6 3,2 4,0 0,9 1,9 1,7 0,9 4,1 1,2 2,7 2,5 — — 4,1 1,5 4,2 2,9 3,6 — 1,7 3,4 2,4 — 6,9 5,5 2,8 2,6 — 8,9 2,5 1,4 2,3 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 11,7 7,7 1,9 g 3,4 4,1 5,7 7,1 e 1,2 e, g 4,2 8,4 6,0 3,1 1,0 1,3 2,6 — — 0,2 1,8 — 5,7 4,5 4,1 0,4 4,1 2,1 3,4 3,3 k 0,8 3,2 k — 5,4 — 6,3 3,7 2,9 11,6 — 6,7 5,8 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — — 7,1 — 2,8 4,9 e 2,9 — 6,5 — — 6,1 — 3,1 2,4 2,9 0,9 1,5 0,6 2,5 2,4 — 1,0 2,0 2,4 2,1 2,9 — 1,5 — 2,5 1,0 1,9 — 1,5 — 2,7 17,2 9,3 0,4 4,7 19,0 1,1 5,9 6,7 4,0 6,0 1,1 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 3,1 4,9 2,2 3,7 2,7 4,5 3,2 4,1 1,1 1,3 0,8 1,7 0,9 1,3 1,3 3,2 5,7 3,2 0,9 — 4,4 — 0,9 — 4,8 5,3 1,9 1,8 5,2 2,8 2,1 1,6 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 0,5 1,4 g — 1,9 1,9 o 2,1 2,2 g 7,0 — 1,9 0,0 0,7 1,2 1,2 — 1,2 1,7 — 1,4 1,1 — 1,3 8,5 — 1,2 2,4 m 1,6 5,6 — 1,4 1,1 2,6 3,6 1,1 7,2 2,6 1,7 2,3 1,4 4,5 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 1,7 p — — — — 0,7 p — 1,4 5,1 g — 1,0 — 0,7 — 1,6 0,8 — — 1,4 1,3 0,7 6,3 3,6 3,8 — 1,4 4,4 k 2,6 2,3 m 1,3 11,7 3,5 0,4 14,3 4,2 2,6 1,0 k 0,6 11,0 2,2 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 3,5 e, g 1,0 3,1 — — 2,6 — 2,2 5,0 3,7 — — 2,6 1,5 0,7 1,9 — 3,6 1,2 2,6 2,5 — 3,7 1,5 2,0 2,1 — 1,0 0,9 m 1,5 3,4 3,7 6,2 11,7 5,7 2,9 0,3 k 13,9 12,9 5,0 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 6,2 — — 3,7 1,8 — 3,2 1,8 o 4,9 1,9 1,4 1,6 — 2,2 2,0 — 1,6 — 1,9 2,2 5,8 q 1,8 — 1,1 — 23,5 q — 22,9 0,8 1,4 k 3,2 2,1 — 11,9 6,0 13,4 3,0 0,6 5,4 3,8 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 197 16 Prioridades na despesa pública Despesa pública de educação (em % do PNB) Ordem segundo IDH Despesa pública de saúde (em % do PIB) Despesa militar (em % do PIB) a 1985-87 c 1995-97 c 1990 1998 1990 1,3 3,7 2,1 1,6 l — 1999 Serviço da dívida total (em % do PIB) b 1990 1999 0,8 m 4,2 2,2 — 1,2 k 7,4 0,8 2,8 2,0 0,7 3,8 1,6 4,1 1,8 2,1 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 3,5 3,5 3,2 2,6 — 5,4 — 2,2 — 2,2 — 1,7 1,6 — — 2,8 2,0 2,1 2,0 2,3 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 1,8 2,1 3,1 2,3 3,1 — — 4,0 3,6 e 4,0 1,1 3,6 0,9 1,0 1,1 — 2,8 1,7 1,2 0,6 — 10,1 4,9 3,0 3,4 1,3 k 2,4 9,0 1,6 6,1 3,4 3,1 3,4 1,2 3,7 4,4 3,1 2,5 2,4 4,0 — 1,7 2,3 o — — — 1,2 0,9 1,9 0,9 — 1,6 4,0 2,4 2,5 3,2 161 Níger 162 Serra Leoa Nota: O denominador utilizado, convencionalmente, para comparar as despesas e a dívida com a dimensão da economia é o PNB e não o PIB (ver as definições de termos estatísticos). Contudo, o PIB é utilizado aqui, sempre que possível, para permitir comparações ao longo do quadro. Com poucas excepções, os denominadores produzem resultados semelhantes. a. Devido a muitas limitações nos dados, as comparações da despesa militar, no tempo e entre países, deve ser feito com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver SIPRI (2000). b. Para os agregados, ver quadro 15 c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. d. Os dados não são exactamente comparáveis aos dos anos anteriores devido a alterações de metodologia nos inquéritos. e. Os dados referem-se a ano ou período diferentes do indicado. f. Os dados referem-se a 1999. g. Os dados referem-se apenas ao Ministério da Educação. h. Os dados referem-se apenas à comunidade flamenga. i. Os dados referem-se à República Federal da Alemanha antes da unificação. j. Os dados referem-se apenas ao Gabinete da Educação Grega. k. Os dados referem-se a 1998 l. Os dados referem-se a 1991. m. Os dados referem-se a 1997. n. Os dados referem-se à antiga União Soviética. o. Os dados não incluem a despesa no ensino superior. p. Os dados referem-se apenas à Administração Central. q. Os dados devem ser interpretados à luz do elevado grau de incerteza das estatísticas económicas que resultam do impacte da guerra na economia angolana. Fonte: Colunas 1 e 2: UNESCO 2000b; colunas 3 e 4: World Bank 2001b; coluna 5: SIPRI 2001; coluna 6: SIPRI 2000; colunas 7 e 8: calculado com base nos dados do serviço da dívida total e do PIB, de World Bank (2001b). 198 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 17 Desemprego nos países da OCDE . . . TEREM ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA UM NÍVEL DE VIDA DIGNO . . . Desemprego Taxa média anual (% da pop. activa) 1990-98 Desemprego jovem Desemprego de longa duração (em % do desemprego total) a Taxa feminina em % da masculina 1999 Taxa (% da pop. activa com 15-24 anos) b 1999 Taxa feminina em % da masculina 1999 Feminino 1999 Masculino 1999 7,3 31,8 12,8 36,3 60,1 Pessoas desempregadas (milhares) 1999 Taxa (% da pop. activa) 1999 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 75,0 680,5 1.188,9 240,8 385,8 3,2 7,2 7,6 5,6 9,0 5,0 9,0 9,8 6,3 8,7 88 96 92 89 137 9,6 13,9 14,0 14,2 22,6 99 91 82 92 99 6,3 25,8 10,2 30,1 60,9 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 5.878,9 2,6 221,5 3.171,5 261,0 4,2 1,9 3,2 4,7 10,2 5,9 3,5 6,0 2,9 12,1 107 179 181 94 110 9,9 4,4 7,4 9,3 21,5 92 100 124 80 106 6,2 15,2 40,4 14,8 26,2 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 98,6 5,4 2.924,1 1.779,1 148,9 2,7 2,9 11,1 6,0 5,2 3,5 2,4 11,2 8,1 7,6 133 194 133 75 131 5,6 6,8 26,6 12,3 10,0 102 119 123 72 111 39,0 27,2 41,6 21,6 20,1 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 221,8 3.428,0 95,5 127,3 2.669,4 5,2 8,3 5,6 6,8 11,5 5,1 7,6 12,7 8,1 10,6 102 112 90 93 182 5,9 8,5 8,5 13,7 32,9 116 85 97 88 134 36,1 54,0 46,9 17,9 60,7 21 23 27 28 33 Espanha Grécia Coreia do Sul Portugal República Checa 2.604,9 532,6 1.353,0 214,8 454,1 15,9 12,0 6,3 4,5 8,8 20,0 9,3 2,9 5,8 4,7 209 233 c 73 133 144 28,5 29,7 c 14,2 8,7 17,0 172 184 66 154 116 284,8 2.390,5 7,1 13,9 10,1 12,7 84 133 c 12,4 23,2 c 86 117 493,6 1.738,5 2,6 7,3 3,8 7,3 150 86 3,4 14,6 167 77 0,4 44,1 2,7 29,8 33.671,3 T 6,7 g 7,0 g 115 11,8 102 32,3 30,3 Ordem segundo IDH Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 36 Hungria 38 Polónia c c 55,5 61,5 1,9 42,9 40,9 47,9 41,8 c c 7,4 6,6 47,7 27,4 33,1 d c e b c 40,7 38,6 39,0 34,8 20,9 28,1 49,9 63,3 23,0 62,1 45,4 44,7 4,7 39,5 32,7 50,6 32,5 d e c b c Desenvolvimento humano médio 51 México 82 Turquia OCDE f Nota: Este quadro não inclui a Eslováquia, que aderiu à OCDE em 2000. a. Os dados referem-se ao desemprego com duração de 12 meses ou mais. b. O conjunto de idades para a população activa pode ser de 16-24 anos em alguns países. c. Os dados referem-se a 1998. d. Os dados são baseados numa pequena amostra e devem ser tratados com precaução. e. Os dados referem-se a 1997. f. Os agregados são de OCDE (2000a, 2000b, 2001a e 2001b). g. Não inclui a República Checa e a Hungria. Fonte: Coluna 1: OCDE 2001a; coluna 2: OCDE 2000a; coluna 3: OCDE 2001b; colunas 4 e 6: calculado com base nos dados das taxas de desemprego masculino e feminino, de OCDE (2000b); colunas 5, 7 e 8: OCDE 2000b. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 199 . . . ENQUANTO SE PRESERVAM PARA AS GERAÇÕES FUTURAS . . . 18 Energia e ambiente Emissões de dióxido de carbono Consumo de energia tradicional (em % do uso total de energia) Ordem segundo IDH 1980 1997 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 0,4 3,8 0,4 7,7 0,2 1,1 4,4 4,7 17,9 1,6 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 1,3 — 0,0 0,1 4,3 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 16 17 18 19 20 Consumo de electricidade per capita (kilowatt-horas) 1980 PIB por unidade de energia utilizada (dólares PPC por kg de equivalente petróleo) Parte do total mundial (%) 1997 Per capita (tons. métricas) 1997 Ratificação dos tratados ambientais a ConProtocolo Convenção venção de Quioto à de Viena Quadro Convenção para a sobre Quadro sobre Protecção Mudança Mudança da Camada Climática Climática b de Ozono Convenção sobre a Diversidade Biológica 1998 1980 1998 18.289 5.393 12.329 10.216 4.402 24.607 8.717 15.071 13.955 7.249 2,4 2,1 1,5 2,1 2,4 4,8 4,1 3,2 3,6 4,3 — 1,3 2,0 0,2 0,4 — 17,3 16,2 5,4 10,2 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 3,8 — 1,1 1,6 6,5 8.914 12.553 4.057 4.395 7.779 11.832 20.150 5.908 7.322 14.129 1,6 1,9 2,2 3,3 1,8 3,8 2,8 4,9 6,0 3,4 22,6 (,) 0,7 4,8 0,2 20,1 7,7 10,4 9,2 10,9 ● ● ● ● 0,9 0,0 1,3 0,0 0,4 6,0 — 5,7 3,3 5,9 5.579 9.803 3.881 4.160 4.222 6.981 12.400 6.287 5.327 6.033 4,4 1,0 2,9 — — 7,0 5,1 5,0 5,4 6,4 0,2 (,) 1,4 2,2 0,2 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 1,2 0,3 0,0 0,2 0,8 4,7 1,3 0,2 0,8 1,0 4.371 5.005 2.528 6.269 2.831 6.175 5.681 4.760 8.215 4.431 3,5 — 2,3 — 3,9 6,7 5,5 6,4 4,0 7,4 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong. China (SAR) Chipre 0,4 0,0 3,0 0,9 0,0 1,3 0,0 4,5 0,7 — 2.401 2.826 2.064 2.167 1.494 4.195 5.475 3.739 5.244 3.468 3,8 3,6 4,2 6,4 3,5 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 0,4 4,0 1,2 — — 0,0 2,4 0,9 1,5 — 2.280 859 1.469 — 1.363 6.771 4.497 3.396 5.096 3.719 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 25,0 0,8 0,6 5,9 — — — 1,6 4,0 0,5 — 1.523 3.701 1.171 3.817 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 2,0 11,1 0,4 12,3 0,0 1,6 21,0 0,8 11,3 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 26,3 0,0 0,0 — — Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 5,6 18,9 5,8 8,9 10,7 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0,3 3,4 0,2 0,1 1,7 7,5 10,2 10,0 8,3 7,1 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 5,9 5,7 5,7 8,5 6,1 1,0 0,2 0,3 0,1 (,) 6,2 9,7 7,6 3,5 7,1 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● – – – – ● ● ● ● 2,3 2,8 5,6 — 3,7 3,1 4,0 7,0 4,4 6,0 0,3 1,8 0,2 0,1 (,) 23,4 9,4 5,0 7,5 4,6 ● — 7.676 4.748 1.891 3.899 — — — 4,7 — — — 3,2 7,3 3,2 (,) (,) 0,5 0,6 0,2 2.389 948 2.390 876 4.970 2.888 1.788 2.458 2.082 7.645 2,0 5,0 — 3,1 1,0 4,3 9,9 3,2 5,4 1,4 54,2 — 0,0 13,8 — 860 — 5.793 — 5.320 1.450 — 13.800 3.531 9.892 5,7 — 1,3 — 4,4 — — 0,0 3,2 6,3 — — — 9.489 2.463 1.909 13.912 1,4 — 0,8 26,2 1.584 — 3.478 1.879 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 3,4 17,5 11,9 3,9 6,9 ● ● ● ● 0,2 (,) 1,4 0,2 0,1 5,7 1,6 9,0 4,0 25,5 ● 9,5 — — 2,5 1,8 (,) (,) 0,2 0,1 0,3 1,3 6,0 28,9 13,0 34,5 ● ● — — — 3,9 2,7 — 0,1 0,1 0,2 4,2 4,0 66,7 ● ● 1,3 19,6 1,1 3,4 0,1 (,) 17,2 3,3 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 200 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 18 Energia e ambiente Emissões de dióxido de carbono Consumo de energia tradicional (em % do uso total de energia) Ordem segundo IDH Consumo de electricidade per capita (kilowatt-horas) PIB por unidade de energia utilizada (dólares PPC por kg de equivalente petróleo) 1980 1997 1980 1998 1980 1998 Parte do total mundial (%) 1997 Per capita (tons. métricas) 1997 Ratificação dos tratados ambientais a ConProtocolo Convenção venção de Quioto à de Viena Quadro Convenção para a sobre Quadro sobre Protecção Mudança Mudança da Camada Climática Climática b de Ozono Convenção sobre a Diversidade Biológica 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 5,0 26,6 — 50,0 — 4,5 14,4 0,8 — 0,8 846 828 — — — 1.513 1.211 2.762 — 3.937 3,1 3,2 — — — 5,2 6,5 2,5 — 1,7 1,5 (,) 0,3 (,) 5,9 3,9 2,8 5,9 1,7 9,7 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 15,7 0,5 1,3 2,3 — 5,5 1,3 5,7 0,9 6,1 631 3.349 2.434 1.588 — 2.554 3.166 1.626 3.677 — 2,7 0,9 1,6 — — 3,9 2,0 3,5 — — 0,5 0,2 0,4 0,2 (,) 6,2 5,9 4,8 8,0 5,4 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 0,9 15,9 59,1 2,4 2,4 0,7 17,7 36,1 — 2,5 1.823 561 — — 789 2.566 866 — — 1.820 1,7 4,1 — — — 2,4 7,9 — — 3,7 0,8 0,3 (,) (,) 0,1 8,2 1,7 1,5 5,1 5,0 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 40,3 45,0 0,0 35,5 37,0 24,6 — 0,0 28,7 26,9 279 — 1.356 974 353 1.345 — 4.692 1.793 451 3,0 — 3,0 4,4 5,6 5,1 — 2,1 6,5 7,0 0,9 (,) (,) 1,2 0,3 3,5 1,0 (,) 1,8 1,0 ● ● ● ● ● ● ● ● 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — — 15,2 — — — 0,0 24,6 0,5 0,2 614 — 502 — — 2.828 930 642 2.350 2.399 — — 4,6 — — — 4,3 7,8 1,2 1,8 0,1 (,) 0,1 1,5 0,5 7,7 0,8 1,2 7,2 7,5 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — — 5,0 — 62,0 1,0 — 6,0 0,0 49,6 — — 482 — 245 1.257 — 2.252 1.584 756 — — 1,9 — 4,2 5,0 — 2,2 1,5 5,4 (,) (,) (,) 0,1 (,) 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 53,5 20,5 — 26,7 13,1 46,5 3,1 — 17,5 7,3 96 439 — 361 1.083 244 1.353 859 625 678 3,5 3,6 — 3,0 — 8,0 5,8 1,2 4,3 10,3 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 27,5 8,4 0,0 16,1 0,4 14,3 5,7 0,0 12,4 0,7 433 264 387 379 515 627 746 1.205 824 1.343 3,7 0,8 3,3 4,0 2,9 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — — 24,1 4,9 52,9 — 0,0 — 43,4 34,5 — — — 3.213 274 — 1.431 — 3.832 559 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 50,0 0,0 — — 1,9 — 0,0 0,5 0,0 1,5 — 354 — — 265 — 838 689 1.618 563 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0,9 1,2 4,3 4,2 0,7 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● (,) 0,8 0,1 0,1 (,) 0,4 3,1 7,3 1,7 0,5 ● ● ● 7,5 4,0 3,6 6,9 3,3 0,1 13,9 0,1 0,1 1,2 1,6 2,7 2,3 1,8 4,5 ● — — — 2,7 4,3 — 4,0 — 3,3 6,5 (,) (,) (,) 1,3 (,) 0,3 1,4 1,2 8,2 0,9 ● ● ● — 2,9 — — 5,0 — 3,3 2,2 1,1 5,4 (,) 0,2 (,) 0,4 0,4 0,8 3,2 2,4 4,4 3,2 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 201 18 Energia e ambiente Emissões de dióxido de carbono PIB por unidade de energia utilizada (dólares PPC por kg de equivalente petróleo) 1980 1997 1980 1998 1980 1998 Parte do total mundial (%) 1997 Consumo de energia tradicional (em % do uso total de energia) Ordem segundo IDH Consumo de electricidade per capita (kilowatt-horas) Per capita (tons. métricas) 1997 Ratificação dos tratados ambientais a ConProtocolo Convenção venção de Quioto à de Viena Quadro Convenção para a sobre Quadro sobre Protecção Mudança Mudança da Camada Climática Climática b de Ozono Convenção sobre a Diversidade Biológica 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 49,1 51,5 — 19,3 4,7 37,8 29,3 — 14,0 3,2 50 44 — 226 380 232 320 2.046 409 861 — 2,2 — 3,4 3,5 4,0 4,6 — 4,0 4,7 0,2 1,0 (,) (,) 0,5 0,6 1,2 0,9 1,4 1,7 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 49,2 55,3 54,6 30,8 80,0 42,2 54,8 62,0 32,9 — 303 215 241 618 — 281 446 322 749 — 3,6 2,9 4,1 1,9 — 4,0 4,5 6,1 4,5 — (,) (,) (,) (,) (,) 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — 5,2 — 35,7 31,5 — 4,0 — — 20,7 — 223 — — 130 — 443 — — 384 — 6,8 — — 1,9 — 10,2 — — 4,3 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 14,4 27,6 69,3 43,7 — 4,3 25,2 60,5 78,1 — — 990 31 424 — — 896 64 289 — — 1,5 — 2,9 — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 100,0 65,4 76,8 — 51,7 77,8 89,3 62,5 80,3 — 69,2 53,0 — — 93 — 156 66 — — 129 — 185 83 24,4 35,7 94,2 100,0 29,5 71,9 89,6 — 125 — 12 — ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0,7 0,7 0,7 2,9 1,5 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● — 0,1 (,) (,) 4,2 — 1,2 0,4 2,2 1,1 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● — 3,3 — 4,6 — (,) 0,1 (,) (,) — 3,0 1,6 0,2 0,2 — ● — — 1,1 — 2,8 0,8 — — 2,0 — 3,5 1,8 (,) (,) (,) (,) (,) (,) (,) 0,5 0,2 0,1 0,2 0,1 ● 337 — 47 — 2,1 — 1,5 — 4,0 — 3,5 — 0,4 (,) (,) (,) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 0,7 0,2 0,1 0,2 ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 72,3 81,3 — 80,7 78,4 88,7 46,0 1,4 74,7 84,3 — 16 59 41 — — 81 96 33 — — 4,5 — 3,7 — — 8,9 3,7 5,3 — (,) 0,1 0,1 (,) (,) 0,1 0,2 1,0 0,2 0,1 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 66,8 — 86,9 0,0 92,0 67,8 — 75,1 0,0 91,4 68 — 35 — 37 85 — 47 — 54 0,8 — — — — 1,2 — — — 1,1 0,3 (,) (,) (,) (,) 0,8 0,6 0,1 1,2 0,1 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal 93,6 73,9 37,4 52,8 50,8 89,7 91,7 72,7 91,5 56,2 — 147 1.016 — 95 — 110 539 — 111 — 3,5 0,9 — 2,3 — 2,8 1,2 — 4,4 (,) (,) (,) 0,1 (,) 0,1 (,) 0,3 0,9 0,4 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 64,9 85,4 — 72,7 71,4 69,7 89,2 96,0 78,6 74,2 67 30 — — — 60 46 — — — — 1,3 — — — 3,8 2,4 — — — (,) (,) — (,) (,) 0,4 0,1 — 0,2 0,1 ● ● ● ● ● ● 202 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 18 Energia e ambiente Emissões de dióxido de carbono Consumo de energia tradicional (em % do uso total de energia) Ordem segundo IDH Consumo de electricidade per capita (kilowatt-horas) 1980 1997 1980 PIB por unidade de energia utilizada (dólares PPC por kg de equivalente petróleo) 1998 1980 1998 Parte do total mundial (%) 1997 Per capita (tons. métricas) 1997 Ratificação dos tratados ambientais a ConProtocolo Convenção venção de Quioto à de Viena Quadro Convenção para a sobre Quadro sobre Protecção Mudança Mudança da Camada Climática Climática b de Ozono Convenção sobre a Diversidade Biológica 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade 90,6 89,8 86,7 88,9 95,9 88,6 88,3 88,9 87,5 97,6 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — (,) (,) (,) (,) (,) 0,1 0,1 (,) 0,1 (,) ● 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 80,0 43,7 89,6 91,3 97,0 57,1 91,4 95,9 87,1 94,2 — 34 16 — — — 54 22 — — — 0,6 — — — — 2,0 2,1 — — (,) (,) (,) (,) (,) 0,2 0,1 (,) 0,1 (,) ● 79,5 90,0 80,6 86,1 — — — — — — — — (,) (,) 0,1 0,1 ● 21,1 76,1 8,0 14,8 18,0 30,2 45,5 — 1,3 1,0 16,7 75,1 5,6 9,4 15,7 20,3 62,9 1,2 3,3 3,4 318 58 491 261 845 133 463 — 4.916 5.932 757 76 1.312 818 1.464 387 480 2.893 6.969 8.451 2,2 — 3,3 1,3 3,7 2,1 1,8 — 2,2 2,1 4,3 3,7 3,4 4,2 5,7 4,3 2,4 2,1 4,6 4,6 35,5 0,4 2,5 19,0 5,2 6,0 2,0 12,4 49,9 43,5 1,9 0,2 2,6 2,6 2,6 1,1 0,9 7,5 11,0 12,6 – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – Desenvolvimento humano elevado 1,1 Desenvolvimento humano médio — Desenvolvimento humano baixo 64,5 3,3 10,8 63,3 5.216 352 76 7.482 944 132 2,2 — 1,7 4,6 3,7 2,9 50,2 40,3 1,1 11,7 2,5 0,3 – – – – – – – – – – – – Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo 1,0 — 46,4 3,4 7,3 29,8 5.875 588 106 8.406 1.370 362 2,2 — 1,9 4,6 3,9 3,4 45,0 37,6 9,1 12,7 3,5 1,0 – – – – – – – – – – – – 7,3 8,2 1.449 2.074 2,1 4,2 91,6 c 3,9 – – – – 161 Níger 162 Serra Leoa Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado Mundo ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Ratificação, aceitação, aprovação, adesão ou sucessão. Assinatura. a. A informação é de 30 de Março de 2001. A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática foi assinada em Nova Iorque, em 1992; o Protocolo de Quito para a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática foi assinado em Quioto, em 1997; a Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono, em Viena, em 1985; e a Convenção sobre a Diversidade Biológica, no Rio de Janeiro, em 1992. b. Ainda não entrou em vigor. c. O total mundial é menor que 100% por causa da omissão de dados dos países não registados e porque o total mundial utilizado neste cálculo inclui outras emissões não consideradas nos totais nacionais, tais como as emissões provenientes de condutas de combustível e da oxidação de produtos hidrocarbonetos não combustíveis. ● ● Fonte: Colunas 1 e 3: World Bank 2001b, baseado em dados da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano; colunas 3-6: World Bank 2001b; os agregados foram calculados pelo Banco Mundial para o Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano WRI 2000; coluna 7: calculado com base nos dados sobre emissões de dióxido de carbono, de CDIAC (2000); coluna 8: calculado com base nos dados sobre emissões de dióxido de carbono, de CDIAC (2000) e nos dados da população, de UN (1998); colunas 9-12: UN 2001b. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 203 19 Refugiados e armamentos Ordem segundo IDH . . . PROTEGENDO A SEGURANÇA PESSOAL . . . Pessoas deslocadas internamente (milhares) 1999 c Transferências de armas convencionais b (preços de 1990) Refugiados a Importações Exportações Por país de asilo (milhares) 1999 Por país de origem (milhares) d 1999 Milhões de dólares 1999 Índice (1991 = 100) 1999 Milhões de dólares 1999 Forças armadas totais Quota (%) e 1995-99 Milhares 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica – – – – – 48 60 123 160 18 — — — — — 170 341 33 79 37 52 235 5 343 42 — 298 168 157 28 0.1 0.6 1.0 0.6 0.5 31 55 61 53 42 83 78 73 81 46 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia – – – – – 513 (.) 139 4 13 — — — — — 111 — 225 1.089 821 31 — 110 74 1.346 10.442 — 329 — 16 48.0 — 2.0 (.) (.) 1.372 — 56 243 32 64 — 53 100 87 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca – – – – – 82 1 130 137 69 — — — — — 508 — 105 155 137 134 — 11 17 120 58 — 1.701 1.078 — 0.3 — 10.5 6.6 (.) 28 1 317 212 24 139 114 68 65 82 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália – – – – – 83 976 1 5 23 — (.) — — — 48 126 30 337 — 1.600 17 273 1.021 — 37 1.334 — — 533 0.1 5.5 — (.) 1.8 41 333 12 10 266 74 70 84 77 69 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre – – – – – 6 (.) 6 1 (.) — — — — — 289 1.205 633 — 242 318 98 135 — 233 43 144 1 — — 0.9 1.0 0.1 — (.) 187 174 166 — 10 58 122 82 — 100 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta – – – – – — (.) (.) 4 (.) — — — 3 — 163 1.245 1 19 — 56 141 (.) — — 1 — — — — 0.1 0.1 — — — 73 672 50 10 2 133 112 68 — 238 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia – – – – – — — 1 2 (.) — — (.) — — — — — 223 — — — — — — — — 124 — — — — 0.5 (.) 0.2 1 5 58 71 45 60 122 — 65 — 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém – – – – – 5 (.) 1 (.) — 1 — 2 1 (.) 56 13 1 177 — 181 18 1 199 — — — 51 3 — 0.1 — 0.3 (.) — 43 26 241 93 11 41 80 75 92 393 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos – – – – – 23 (.) 4 — 1 — — (.) (.) — — 54 126 — 595 — 2.700 21 — 209 — — — — — — — 0.1 (.) 0.1 — 1 15 5 65 — 180 128 — 150 52 – – 28 (.) (.) 340 (.) — — 4 117 — — 900 — — — — — (.) 61 12 12 — — 197 – – — (.) — 1 — 4 — — — — — (.) 3 6 129 — 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 204 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 19 Refugiados e armamentos Ordem segundo IDH Transferências de armas convencionais b (preços de 1990) Refugiados a Pessoas deslocadas internamente (milhares) 1999 c Por país de asilo (milhares) 1999 Por país de origem (milhares) d 1999 Milhões de dólares 1999 Índice (1991 = 100) 1999 – – – – 498 25 1 (.) 3 80 — — (.) — 16 14 — — — — 67 — — — — — — 38 — 3.125 — — 0.7 — 13.1 179 — 81 1 1.004 138 — — 183 — Importações Exportações Milhões de dólares 1999 Forças armadas totais Quota (%) e 1995-99 Milhares 1999 Índice (1985 = 100) 1999 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia – – – – – 51 1 1 11 21 — 1 3 (.) 4 916 6 35 — 95 2.349 1 81 — — — 89 19 — — (.) 0.1 (.) (.) — 105 81 207 65 16 95 54 109 89 — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano – – – – – (.) (.) (.) — 4 — 3 — — 4 142 40 — 12 — 55 83 — — — — — — — — — — — — — 56 144 — 2 68 114 218 — 90 390 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas – – – – – 100 — 6 2 (.) — — — — 45 185 — 1.231 221 — 43 — 104 201 — — — — — — — — (.) 0.1 — 306 4 163 291 110 130 130 260 105 96 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão – – – – – — 296 1 3 15 — 190 3 1 8 — — 108 — 259 — — 114 — — — — — 429 155 (.) — — 1.8 0.2 44 53 115 311 66 149 — 90 — — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 279 – – 570 – 5 — (.) 222 (.) 28 — — 309 — 60 — 5 — — — — — — — — — — — — 0.1 — — — — 26 — 3 70 20 — — 133 — 140 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 613 – – – – (.) 3 19 (.) 4 93 36 1 — 1 26 1.134 — 24 — 25 146 — 12 — — 46 — — — — (.) — — — 115 639 19 57 54 532 101 — 134 134 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão – – – – – 1 293 1 (.) 1.836 — 121 (.) 1 53 3 1.688 44 — 67 — 734 126 — 4 — 79 — — — — 2.0 (.) — (.) 25 2.820 104 35 545 110 72 148 100 89 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador – 6 – – – — 11 — 15 (.) — 4 — — 10 — — — 14 — — — — 70 — — — — 14 — — 0.1 — 0.1 — 1 9 2 70 25 14 — 24 66 59 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia – – 8 – – — 7 (.) 1 165 — 3 1 44 2 — 20 — — — — 5 — — — — — — — — — (.) 0.3 — — — 316 11 74 122 — 79 — — 72 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 205 19 Refugiados e armamentos Ordem segundo IDH Pessoas deslocadas internamente (milhares) 1999 c Refugiados a Por país de asilo (milhares) 1999 Por país de origem (milhares) d 1999 Transferências de armas convencionais b (preços de 1990) Importações Milhões de dólares 1999 Exportações Índice (1991 = 100) 1999 Forças armadas totais Milhões de dólares 1999 Quota (%) e 1995-99 Milhares 1999 Índice (1985 = 100) 1999 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto – – – – – 15 163 5 (.) 7 322 (.) 45 — (.) 154 213 — — 748 — 2.663 — — 106 — 66 — — — — 0.1 — — (.) 484 299 9 33 450 47 108 — 118 101 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial – – – – – (.) (.) 1 15 — 19 (.) 23 — (.) — — — — — — — — — — — — — — — (.) — — — — 16 8 31 5 1 25 50 99 196 59 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia – – – – – 7 1 1 1 180 1 (.) — — (.) — — — 34 566 — — — 1.133 43 — — — — — — — — — (.) 9 196 — 9 1.173 — 132 — 225 93 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto – – – – – — 2 — 13 — — — 128 12 — — — 27 — — — — 16 — — — — — — — — — — — — 9 39 344 7 2 28 95 185 46 100 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo – – – – – – (.) — 224 (.) 49 40 37 — 5 — (.) 27 2 — — — — — — — — — — — — — — — — — (.) — — — — — 139 4 24 — 13 10 397 134 177 — 179 115 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão – – – – 1.202 12 128 — 1 3 — 108 839 — — — 183 — — — — — — — (.) — — — 587 7 50 6 122 194 200 200 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar – – – – – — 22 61 — (.) 14 1 2 2 — — 130 53 — — — 277 68 — — — — — — — — — — — — 29 137 66 — 21 54 150 103 — 100 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania – – – – – 7 23 391 (.) 622 1 2 468 28 — — — 10 — — — — 26 — — — — — — — — — — — — 94 8 95 16 34 100 280 167 185 84 141 142 143 144 145 Uganda Congo. Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal – – – – – 218 285 206 138 22 10 248 — — 11 32 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 40 56 22 8 11 200 116 133 64 109 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné – – – – – 13 4 3 17 502 351 — 346 (.) (.) — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 113 5 200 1 10 227 107 — 160 98 206 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 19 Refugiados e armamentos Ordem segundo IDH 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 161 Níger 162 Serra Leoa Pessoas deslocadas internamente (milhares) 1999 c Transferências de armas convencionais b (preços de 1990) Refugiados a Importações Exportações Forças armadas totais Por país de asilo (milhares) 1999 Por país de origem (milhares) d 1999 Milhões de dólares 1999 Índice (1991 = 100) 1999 Milhões de dólares 1999 – – – – – 2 34 8 49 24 — 86 (.) (.) 58 — 29 — — — — — — — — — — — — — — — — — — 5 47 7 3 30 94 904 151 117 249 – – – – 50 7 (.) 258 1 22 3 — 54 — 526 — — 8 — — — — 13 — — — — — — — — — — — — 7 6 326 6 40 85 39 150 145 769 – 500 (.) 7 — 487 — 6 — — — — — — 5 3 241 97 Quota (%) e 1995-99 Milhares 1999 Índice (1985 = 100) 1999 Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado — — — — — — — — — — 7.563 T 2.920 T 681 T 623 T 61 T 3.368 T 2.829 T 723 T 2.631 T 2.596 T — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 13.011 1.887 1.834 5.403 1.200 2.613 1.312 2.572 5.465 3.588 T T T T T T T T T T 97 181 112 81 101 105 157 — 75 68 Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo — — — 2.669 T 3.926 T 4.289 T — — — — — — — — — — — — — — — 5.291 T 11.955 T 2.100 T 75 71 149 Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo — — — 2.607 T 2.764 T 5.512 T — — — — — — — — — — — — — — — 3.951 T 10.161 T 5.234 T 71 67 120 Mundo — 11.676 T f — — — — — 19.346 T 77 a. Os dados referem-se ao fim de 1999. Não incluem os refugiados da Palestina. b. As cifras são valores indicadores de tendências, ou seja, são indicadores apenas do volume das transferências internacionais de armas e não do seu valor financeiro actual. Os relatórios de transferências de armas publicados fornecem informação parcial, porque nem todas as transferências estão totalmente relatadas. c. Inclui apenas aqueles a quem o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) concede assistência, no seguimento de um pedido especial por um órgão competente das Nações Unidas. d. O país de origem de muitos refugiados não está disponível ou relatado. Estes dados podem, portanto, estar subestimados. e. Calculado utilizando os totais de 1995-99 para todos os países e actores não estatais com exportações das principais armas convencionais, como definido em SIPRI (2000). f. O agregado é de UNHCR (2000). Fonte: Colunas 1-3: UNHCR 2000; colunas 4 e 6: SIPRI 2000; colunas 5 e 7: calculado com base nos dados de transferências de armas, de SIPRI (2000); coluna 8: IISS 2000; coluna 9: calculado com base nos dados das forças armadas, de IISS (2000). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 207 20 Vítimas da criminalidade . . . PROTEGENDO A SEGURANÇA PESSOAL . . . Pessoas vítimas da criminalidade (em % da população total) a Ano b Criminalidade total c Crimes de propriedade d Roubo Assalto sexual e Assalto Suborno (corrupção) f Austrália Áustria Bélgica Canadá República Checa 1999 1995 1999 1999 1995 30,1 18,8 21,4 23,8 33,3 13,9 3,1 7,7 10,4 13,6 1,2 0,2 1,0 0,9 1,5 1,0 1,2 0,3 0,8 1,3 2,4 0,8 1,2 2,3 1,3 0,3 0,7 0,3 0,4 7,9 Dinamarca England and Wales Estónia Finlândia França 1999 1999 1994 1999 1999 23,0 26,4 30,1 19,1 21,4 7,6 12,2 14,8 4,4 8,7 0,7 1,2 3,4 0,6 1,1 0,4 0,9 1,0 1,1 0,7 1,4 2,8 2,2 2,1 1,4 0,3 0,1 3,8 g 0,2 1,3 Geórgia Itália Japão Lituânia Malta 1995 1991 1999 1995 1996 24,2 24,6 15,2 28,0 23,1 13,1 12,7 3,4 12,9 10,9 2,5 1,3 0,1 2,0 0,4 0,9 0,6 0,1 0,5 0,1 1,0 0,2 0,1 1,5 1,1 21,9 — (,) 11,0 4,0 Holanda Nova Zelândia Northern Irlanda Polónia Portugal 1999 1991 1999 1999 1999 25,2 29,4 15,0 22,7 15,5 7,4 14,8 6,2 9,0 7,5 0,8 0,7 0,1 1,8 1,1 0,8 1,3 0,1 0,2 0,2 1,0 2,4 2,1 1,1 0,4 0,4 — 0,2 5,1 1,4 Escócia Eslováquia Eslovénia Suécia Suíça Estados Unidos 1999 1991 1996 1999 1999 1999 23,2 22,9 23,3 24,7 18,2 21,1 7,6 8,3 8,3 8,4 4,5 10,0 0,7 1,6 0,9 0,9 0,7 0,6 0,3 0,7 1,2 1,1 0,6 0,4 3,0 1,3 1,6 1,2 1,0 1,2 — — 1,2 0,1 0,2 g 0,2 Assunção (Paraguai) Pequim (China) Bishlek (Quirguistão) Bogotá (Colômbia) Bratislava (Eslováquia) 1995 1991 1995 1996 1996 34,4 19,0 27,8 54,6 36,0 16,7 2,2 11,3 27,0 20,8 6,3 0,5 1,6 11,5 1,2 1,7 0,6 2,2 4,8 0,4 0,9 0,6 2,1 2,5 0,5 13,3 — 19,3 19,5 13,5 Bucareste (Roménia) Budapeste (Hungria) Buenos Aires (Argentina) Cairo (Egipto) Dar-es-Salaam (Tanzânia) 1995 1995 1995 1991 1991 26,9 23,4 61,1 28,7 — 9,3 11,5 30,8 12,1 23,1 0,8 0,7 6,4 2,2 8,2 0,8 (,) 6,4 1,8 6,1 2,9 0,5 2,3 1,1 1,7 11,4 3,3 30,2 — — Gaborone (Botswana) Jacarta (Indonésia) Joanesburgo (África do Sul) Kampala (Uganda) La Paz (Bolívia) 1996 1995 1995 1995 1995 31,7 20,9 38,0 40,9 39,8 19,7 9,4 18,3 20,6 18,1 2,0 0,7 4,7 2,3 5,8 0,7 1,3 2,7 5,1 1,5 3,2 0,5 4,6 1,7 2,0 2,8 29,9 6,9 19,5 24,4 Manila (Filipinas) Minsk (Bielorrússia) Moscovo (Rússia) Bombaim (Índia) Riga (Letónia) 1995 1996 1995 1995 1995 10,6 20,7 36,9 31,8 31,3 3,3 6,2 16,8 6,7 13,4 1,5 1,6 4,3 1,3 2,6 0,1 1,1 1,5 3,5 0,6 0,1 1,3 2,7 0,8 1,0 4,3 13,1 18,0 22,9 12,6 Nacional Cidade principal 208 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 20 Vítimas da criminalidade Pessoas vítimas da criminalidade (em % da população total) a Ano b Criminalidade total c Crimes de propriedade d Roubo Assalto sexual e Assalto Suborno (corrupção) f Rio de Janeiro (Brasil) São José (Costa Rica) Skopje (Macedónia) Sófia (Bulgária) Tirana (Albânia) 1995 1995 1995 1996 1995 44,0 40,4 21,1 36,7 26,0 14,7 21,7 9,4 20,7 9,9 12,2 8,9 1,1 2,5 1,6 7,5 3,5 0,3 0,6 2,0 3,4 1,7 0,7 2,2 0,8 17,1 9,2 7,4 17,8 12,8 Tunes (Tunísia) Ulan-Bator (Mongólia) Zagreb (Croácia) 1991 1995 1996 37,5 41,0 19,0 20,1 18,3 6,8 5,4 3,3 1,1 1,5 0,5 0,5 0,4 2,4 1,5 — 4,6 14,7 Nota: Os dados são do Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade (ver caixa 3 nas notas sobre as estatísticas). a. Os dados referem-se à vitimização relatada. b. Os inquéritos foram realizados em 1992, 1995, 1996/97 e 2000. Os dados referem-se ao ano anterior ao do inquérito. c. Os dados referem-se a 11 crimes registados no inquérito: roubo, assalto de casas, tentativa de assalto, roubo de carros, vandalismo de carros, roubo de bicicletas, assalto sexual, assalto a carros, roubo de propriedade pessoal, assalto e ameaça, e roubo de motocicletas ou bicicletas motorizadas. d. Inclui roubo de carros, assalto a carros, assalto de casas com entrada e tentativa de assalto. e. Os dados referem-se apenas à população feminina. f. Os dados referem-se a pessoas a quem foram pedidos, ou que se espera que paguem, um suborno por um funcionário do Estado. g. Os dados referem-se a 1995. g, Data refer to 1995, Fonte: Colunas 1-7: UNICRI 2001. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 209 . . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS 21 Índice de desenvolvimento ajustado ao género Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Ordem segundo IDH Ordem Esperança de vida à nascença (anos) 1999 Taxa de alfabetização de adultos (% 15 anos e mais) 1999 Valor Fem. Masc. Fem. 1 2 3 5 7 0,937 0,935 0,934 0,931 0,928 81,3 81,7 81,4 82,1 81,3 75,4 76,0 75,9 77,0 75,0 —d —d —d —d —d Masc. Taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário Rendimento auferido e superior estimado (%) (dólares PPC) 1999 b 1999 a Fem. Masc. —d —d —d —d —d 99 118 f 98 107 f 111 f 95 114 f 96 95 107 f Masc. Ordem do IDH menos ordem IDG c 22,037 e 19,721 20,016 e 18,302 e 15,510 34,960 e 29,469 32,607 e 27,065 e 35,798 0 0 0 -1 -2 Fem. Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 4 6 8 11 9 0,932 0,930 0,926 0,921 0,923 79,7 81,4 80,7 84,1 81,0 73,9 76,8 75,3 77,3 73,7 —d —d —d —d —d —d —d —d —d —d 99 91 100 81 108 f 91 86 104 f 83 99 24,302 e 21,297 16,405 15,187 18,405 e 39,655 e 34,335 32,170 35,018 28,023 e 2 1 0 -2 1 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 14 19 10 12 13 0,919 0,907 0,922 0,920 0,920 82,0 80,4 82,3 80,0 78,6 75,6 73,9 74,5 75,0 73,6 —d —d —d —d —d —d —d —d —d —d 81 74 g 96 112 f 101 f 87 71 g 93 100 94 17,977 22,733 17,525 16,753 21,274 36,569 63,473 h 28,554 27,611 30,565 -3 -7 3 2 2 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 16 15 18 17 20 0,915 0,916 0,908 0,910 0,903 80,9 80,6 79,1 80,1 81,6 74,7 74,3 73,8 74,8 75,2 —d —d —d —d 98,0 —d —d —d —d 98,8 89 93 93 103 f 87 90 95 89 95 81 16,445 e 15,846 14,347 e 15,119 13,632 e 34,182 e 31,994 37,641 e 23,209 31,238 e 0 2 0 2 0 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 21 22 24 23 25 0,901 0,888 0,874 0,877 0,872 81,9 80,4 80,8 82,2 80,2 74,8 76,6 75,5 76,7 75,7 96,7 93,9 95,8 89,7 95,1 98,5 97,8 98,5 96,4 98,7 99 84 81 66 70 i 91 82 80 61 67 i 10,741 e 12,360 e 9,401 e 15,547 12,511 25,747 e 24,687 e 21,595 e 28,396 25,524 0 0 -1 1 0 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 26 29 28 27 31 0,871 0,868 0,870 0,871 0,850 79,6 78,4 79,1 78,9 80,4 75,2 70,9 71,9 71,5 75,2 88,0 96,2 89,5 99,6 d 92,4 96,2 99,1 d 94,5 99,7 d 91,1 75 85 99 85 79 76 95 94 80 82 13,693 9,667 11,163 12,232 e 6,526 e 27,739 21,676 21,348 19,942 e 24,017 e 0 -2 0 2 -1 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — 30 32 33 34 — 0,853 0,842 0,833 0,829 78,9 78,3 78,0 77,0 77,0 73,9 73,6 71,2 69,9 69,1 — 87,3 —d 96,7 —d — 94,3 —d 96,8 —d 77 77 70 86 77 77 76 69 80 74 — 10,865 e, j 10,214 e 6,319 e 8,393 e — 24,163 e, j 15,980 e 18,467 e 12,912 e — 1 0 0 0 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 35 37 36 39 41 0,826 0,825 0,826 0,817 0,814 75,4 78,3 77,3 78,5 75,6 66,8 70,8 69,0 72,5 71,4 99,2 d 98,1 99,7 d 95,4 82,2 99,5 d 97,3 99,7 d 95,8 90,5 83 83 86 77 83 79 76 83 78 77 8,381 5,963 e 6,453 e 4,613 e 6,194 14,769 11,974 e 10,561 e 12,772 e 19,228 0 -1 1 -1 -2 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 42 38 40 — 45 0,813 0,819 0,815 — 0,798 79,2 73,6 78,4 75,8 77,8 74,5 64,9 74,3 64,8 73,5 95,5 96,4 79,4 — 78,0 95,4 94,9 84,0 — 73,8 66 77 61 89 71 67 72 57 84 65 4,518 12,138 e 10,563 e — 5,954 e 13,080 18,457 e 22,086 e — 24,392 e -2 3 2 — -2 44 43 48 0,799 0,801 0,788 77,6 77,0 71,0 69,6 66,5 68,5 97,1 99,5 d 82,6 99,3 d 99,6 d 80,1 69 83 75 68 77 75 5,300 e 5,406 5,831 e, j 9,612 e 8,055 25,753 e, j 0 2 -2 47 46 0,789 0,789 76,5 75,6 71,8 64,3 91,7 99,8 d 95,4 99,8 d 65 83 65 80 4,510 e 5,021 e 11,878 e 7,716 e 0 2 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 210 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 21 Índice de desenvolvimento ajustado ao género Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Ordem segundo IDH Esperança de vida à nascença (anos) 1999 Ordem Valor Fem. Masc. Taxa de alfabetização de adultos (% 15 anos e mais) 1999 Fem. Masc. Taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário Rendimento auferido e superior estimado (%) (dólares PPC) 1999 a 1999 b Fem. Masc. Fem. Masc. Ordem do IDH menos ordem IDG c 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 49 50 51 59 52 0,782 0,782 0,781 0,755 0,774 75,8 76,6 74,4 75,3 72,5 69,8 72,0 62,8 72,6 60,1 89,1 91,0 99,4 d 92,9 99,4 d 93,1 92,3 99,7 d 93,2 99,7 d 70 76 79 72 82 71 73 75 73 75 4,486 3,821 5,373 e 1,858 e 5,877 e 12,184 7,892 8,599 e 7,972 e 9,283 e 0 0 0 -7 1 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 55 53 54 61 — 0,768 0,770 0,769 0,748 — 74,8 74,8 73,3 72,5 75,1 69,9 67,1 66,5 68,6 70,9 82,8 97,7 97,1 66,9 — 91,1 98,9 99,0 90,2 — 67 76 70 92 70 64 69 68 92 70 5,153 e 3,951 4,441 e 2,771 e, j — 11,183 e 6,251 7,711 e 12,024 e, j — -1 2 2 -4 — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 57 56 60 — 66 0,759 0,760 0,754 — 0,741 76,0 74,6 75,1 73,0 74,4 70,2 67,8 67,3 67,8 71,3 91,8 91,5 80,8 — 79,8 92,9 91,5 87,6 — 91,8 66 73 64 86 81 64 73 62 80 76 3,104 e 3,587 e 4,789 e — 2,160 e 7,855 e 7,965 e 13,452 e — 7,364 e 1 3 0 — -5 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 58 63 75 64 62 0,755 0,744 0,719 0,743 0,746 72,9 70,7 72,7 71,8 71,1 67,0 67,1 70,3 63,9 67,0 93,5 90,5 65,9 84,9 94,9 97,0 94,7 83,5 84,8 95,3 61 83 60 80 84 60 84 62 79 80 4,634 2,322 e 2,715 e 4,067 2,684 7,660 7,193 e 17,857 e 10,077 4,910 4 0 -11 1 4 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 77 65 73 67 — 0,715 0,742 0,724 0,739 — 72,4 75,6 71,3 73,5 70,2 69,5 69,6 66,3 62,7 58,9 59,6 97,5 84,9 99,5 d — 79,1 99,2 d 94,4 99,7 d — 56 77 79 78 81 59 82 81 77 73 3,554 e, j 1,775 e 1,835 2,488 — 22,001 e, j 2,685 e 7,455 4,576 — -10 3 -4 3 — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 69 68 — 72 — 0,735 0,736 — 0,725 77,0 65,3 77,1 74,8 72,3 68,8 66,9 73,1 67,7 67,8 — 96,2 90,3 — 91,9 — 96,3 82,4 — 94,2 71 77 62 72 64 69 77 63 70 64 — 3,256 e 2,746 e — 2,105 — 5,531 e 4,400 e — 6,625 — 2 4 — 1 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 70 71 — 79 74 0,732 0,726 — 0,711 0,721 75,0 72,1 69,3 72,8 76,1 69,3 67,0 62,5 67,6 70,2 88,6 75,9 — 89,1 76,9 94,3 93,2 — 92,8 90,9 71 55 81 74 71 68 68 81 80 71 2,193 3,937 e — 1,331 e 2,248 e 4,305 8,772 e — 4,643 e 4,088 e 4 4 — -3 3 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 78 76 81 80 83 0,712 0,715 0,698 0,700 0,696 70,0 72,5 71,5 71,2 69,4 65,0 68,3 68,9 68,8 67,7 83,2 75,5 83,4 59,3 68,7 83,2 91,2 94,5 80,4 82,7 75 73 57 72 69 69 73 53 75 76 2,794 e 2,841 e 1,728 3,055 e 2,331 e 8,133 e 4,350 e 6,008 8,802 e 8,581 e 0 3 -1 1 -1 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 84 — 88 85 87 0,696 — 0,693 0,695 0,694 71,8 71,4 67,5 56,2 72,9 66,0 63,4 59,3 51,6 66,8 65,1 — 97,9 84,2 75,6 84,5 — 98,8 85,7 81,3 76 70 66 96 64 79 65 65 89 63 2,687 e — 1,949 e 5,473 e 2,399 6,560 e — 5,435 e 12,452 e 6,363 -1 — -4 0 -1 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — 90 82 86 91 — 0,677 0,696 0,695 0,673 72,5 72,1 70,3 71,7 70,8 65,9 69,8 62,8 65,8 67,9 78,8 59,3 98,1 84,0 55,7 81,4 87,7 99,5 d 93,1 77,4 67 61 75 74 69 63 65 70 79 75 — 1,881 e 1,618 e 1,769 e 2,169 e — 6,960 e 2,495 e 2,740 e 7,882 e — -3 6 3 -1 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 211 21 Índice de desenvolvimento ajustado ao género Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Ordem segundo IDH Ordem Esperança de vida à nascença (anos) 1999 Valor Fem. Taxa de alfabetização de adultos (% 15 anos e mais) 1999 Masc. Fem. Masc. Taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário Rendimento auferido e superior estimado (%) (dólares PPC) 1999 a 1999 b Fem. Masc. Fem. Masc. Ordem do IDH menos ordem IDG c 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 89 92 93 94 97 0,680 0,671 0,656 0,640 0,620 70,2 67,7 70,4 63,8 68,5 65,5 63,9 64,5 60,4 65,3 91,0 81,3 98,7 78,6 42,8 95,4 91,5 99,5 d 91,7 66,1 64 61 63 67 72 69 68 72 73 80 1,552 e 1,929 e 769 e, j 1,446 e 1,847 2,170 e 3,780 e 1,295 e, j 3,272 e 4,954 2 0 0 0 -2 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 95 96 98 — 99 0,628 0,623 0,610 — 0,598 70,8 68,8 67,7 53,8 52,2 66,1 63,2 61,9 51,4 49,0 69,8 74,1 60,5 — 73,3 66,6 73,9 75,6 — 91,9 65 63 45 87 59 61 60 53 85 68 1,338 e 1,202 e 1,691 e — 2,659 e 3,231 e 3,462 e 5,622 e — 6,749 e 1 1 0 — 0 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 100 101 102 103 105 0,594 0,579 0,575 0,571 0,553 44,9 69,1 48,0 41,9 63,3 44,7 65,4 46,0 41,6 62,4 80,4 35,1 77,9 78,9 44,5 82,4 61,1 80,0 73,8 67,8 80 46 70 70 49 77 58 74 70 62 3,676 e 1,930 e 2,424 e 5,183 e 1,195 e 7,308 e 4,903 e 5,594 e 8,638 e 3,236 e 0 0 0 0 -1 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 104 106 107 108 111 0,566 0,548 0,547 0,538 0,528 64,5 42,6 58,4 57,9 48,0 60,5 43,2 53,6 55,3 47,8 52,1 83,8 80,1 61,5 93,3 72,6 92,3 88,8 79,4 71,7 64 63 55 39 65 51 67 55 45 57 1,363 e 2,159 e 746 e, j 1,618 e 1,127 e 2,058 e 3,593 e 1,311 e, j 2,145 e 2,594 e 1 0 0 0 -2 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 109 110 112 113 114 115 0,534 0,530 0,512 0,503 0,496 0,495 58,6 57,3 52,2 60,8 50,8 53,3 54,1 55,4 50,4 58,0 49,1 49,0 57,7 k 56,0 74,8 52,1 68,6 73,0 80,1 k 71,4 88,3 66,3 81,2 86,6 54 35 51 33 39 56 71 42 52 38 47 69 1,190 e 1,742 e 966 996 e 964 e 516 e 1,541 e 2,941 e 1,078 1,861 e 2,189 e 946 e 1 1 0 0 0 0 Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 117 116 120 — 0,466 0,468 0,461 — 59,5 52,8 57,8 62,8 59,8 50,4 58,3 60,3 30,0 39,6 22,8 — 58,9 73,6 58,0 — 28 49 52 — 51 76 67 — 826 e 908 e 849 e — 2,787 e 1,918 e 1,607 e — -1 1 -2 — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 119 121 131 118 122 0,463 0,459 0,410 0,463 0,456 54,4 59,0 61,2 55,4 53,4 51,9 58,9 59,0 49,4 51,1 31,7 29,3 23,9 46,8 58,8 63,0 51,7 66,6 51,1 72,8 52 33 29 51 43 65 41 72 53 46 1,169 e 1,076 e 345 e 1,030 e 595 e 1,774 e 1,866 e 1,272 e 1,916 e 1,005 e 0 -1 -10 4 1 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 123 — 129 126 124 0,443 — 0,413 0,428 0,432 51,7 45,3 57,0 52,7 52,2 51,3 42,6 54,2 49,5 50,0 54,2 52,8 44,9 31,4 65,7 71,3 74,9 68,9 52,2 84,0 41 18 31 37 32 49 26 36 44 33 520 e — 308 e, j 1,163 e 418 e 1,182 e — 1,016 e, j 2,062 e 585 e 1 — -4 0 3 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 125 128 127 132 130 0,428 0,418 0,420 0,409 0,413 43,8 52,3 40,6 48,1 54,8 42,5 49,7 41,4 47,5 51,1 55,5 48,7 70,2 37,2 26,7 76,8 72,4 84,6 53,8 46,4 41 26 46 30 31 49 37 52 46 40 942 e 575 e 577 e 892 e 996 e 1,393 e 1,031 e 934 e 2,379 e 1,844 e 3 1 3 -1 2 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — 134 133 136 — — 0,402 0,403 0,390 — 46,3 55,4 53,2 47,3 47,6 43,6 52,0 50,4 44,5 46,6 — 23,6 39,4 28,5 — — 55,4 66,5 43,1 — 21 34 24 37 20 25 57 29 53 37 — 769 e 601 1,181 e — — 1,102 e 1,164 1,987 e — — -1 1 -1 — 212 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 21 Índice de desenvolvimento ajustado ao género Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Ordem segundo IDH Esperança de vida à nascença (anos) 1999 Taxa de alfabetização de adultos (% 15 anos e mais) 1999 Taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário Rendimento auferido e superior estimado (%) (dólares PPC) 1999 a 1999 b Ordem Valor Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Ordem do IDH menos ordem IDG c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 137 135 138 139 140 0,386 0,391 0,370 0,361 0,346 40,2 40,6 52,2 46,0 46,7 40,4 39,1 50,2 42,7 44,2 45,3 59,1 32,7 33,3 32,3 73,8 72,9 47,3 58,6 50,1 69 39 22 20 20 78 41 34 29 42 485 e 719 e 582 e 894 e 629 e 689 e 1,054 e 928 e 1,452 e 1,077 e -1 2 0 0 0 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 143 141 142 144 145 0,308 0,309 0,308 0,306 0,302 45,9 40,8 44,9 47,0 41,5 43,1 38,8 43,3 45,1 39,6 18,3 27,9 31,8 13,3 39,0 58,3 59,3 42,8 33,0 55,6 27 19 19 18 16 47 26 34 28 21 442 e 713 e 414 e 766 e 472 e 921 e 1,013 e 844 e 1,177 e 690 e -2 1 1 0 0 146 — 0,260 — 45,1 39,6 44,5 37,0 7,9 — 23,0 — 12 21 20 32 561 e — 941 e — 0 — 161 Níger 162 Serra Leoa a. Estimativas provisórias da UNESCO, sujeitas a revisão posterior. b. Devido à falta de dados sobre o rendimento desagregado por sexos, os rendimentos auferidos femininos e masculinos foram estimados, de forma grosseira, com base nos dados do rácio entre salários não agrícolas femininos e masculinos, das parcelas feminina e masculina da população economicamente activa, da população total feminina e masculina e do PIB per capita (dólares PPC) (ver nota técnica 1). As estimativas são baseadas nos dados do último ano disponível durante 1994-99, a não ser quando indicado de outro modo. c. As posições do IDH utilizadas nesta coluna são as recalculadas para o universo dos 146 países com valores IDG. Um valor positivo indica que a ordenação do IDG é melhor do que a do IDH e um valor negativo o inverso. d. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 99,0%. e. Não existem dados disponíveis sobre salários. Com o fim de calcular as estimativas dos rendimentos auferidos feminino e masculino, foi utilizada uma estimativa de 75% (a média não ponderada dos países com dados disponíveis) para o rácio entre os salários não-agrícolas feminino e masculino. f. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 100,0%. g. O rácio está subestimado, porque muitos estudantes do secundário e do superior prosseguem os seus estudos em países vizinhos. h. Com o fim de calcular o IDG, foi utilizado um valor de 40.000 dólares (PPC). i. Exclui estudantes e população turca. j. Calculado com base nos dados do PIB per capita (dólares PPC), de Aten, Heston e Summers 2001. k. UNESCO 2001a. Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores do IDG da coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-10; para pormenores, ver nota técnica 1; colunas 3 e 4: UN 2001d; colunas 5 e 6: UNESCO 2000a, excepto quando indicado de outro modo; colunas 7 e 8: UNESCO 2001b; colunas 9 e 10: excepto quando indicado de outro modo, os cálculos foram baseados nos dados do PIB per capita (dólares PPC), de World Bank 2000a; nos dados sobre salários, de ILO (2001c); nos dados sobre a população economicamente activa, de ILO (1996); e nos dados sobre a população, de UN (2001d); coluna 11: determinado com base nas posições IDH recalculadas e nas posições IDG da coluna 1. Posições IDG para 146 países 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Noruega Austrália Canadá Estados Unidos Suécia Islândia Bélgica Holanda Finlândia França Japão Reino Unido Dinamarca Suíça Alemanha Áustria Nova Zelândia Irlanda Luxemburgo Itália Espanha Israel Hong Kong, China (RAE) Grécia Chipre 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 Singapura Eslovénia Portugal Coreia do Sul Brunei Malta República Checa Argentina Eslováquia Hungria Polónia Uruguai Baamas Chile Kuwait Barém Costa Rica Lituânia Croácia Emiratos Árabes Unidos Letónia Trindade e Tobago Catar México Panamá 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 Bielorrússia Federação Russa Bulgária Roménia Malásia Colômbia Venezuela Tailândia Belize Maurícias Líbia Filipinas Fidji Brasil Arménia Líbano Ucrânia Jamaica Maldivas Sri Lanka Turquia Paraguai Peru Albânia Arábia Saudita INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 China Omã República Dominicana Equador Tunísia Jordânia Moldávia Irão Cabo Verde África do Sul Usbequistão El Salvador Guiana Vietname Síria Argélia Indonésia Tajiquistão Bolívia Nicarágua Honduras Egipto Guatemala Guiné Equatorial Namíbia 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 Marrocos Suazilândia Botswana Mongólia Índia Zimbabwe Mianmar Gana Camboja Papua-Nova Guiné Lesoto Quénia Comores Camarões Congo Togo Paquistão Haiti Laos Nepal Bangladeche Madagáscar Nigéria Tânzania Uganda 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 Mauritânia Zâmbia Congo, Rep. Dem. Sudão Senegal Iémen Costa do Marfim Eritreia Benim Ruanda Gâmbia Malawi Mali Rep. Centro-Africana Chade Moçambique Etiópia Guiné-Bissau Burkina Faso Burundi Níger 213 22 Medida de participação segundo o género . . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS Medida de participação segundo o género (MPG) Ordem segundo IDH Ordem Valor Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) a Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras (em % do total) b Trabalhadoras especializadas e técnicas (em % do total) b Rácio entre rendimentos auferidos estimados femininos e masculinos c Desenvolvimento humano elevado Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 1 9 5 3 14 0,836 0,738 0,763 0,809 0,692 36,4 25,4 23,6 42,7 24,9 31 d 25 35 29 19 d 58 d 47 53 49 50 d 0,63 0,67 0,61 0,68 0,43 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 10 2 7 31 4 0,738 0,815 0,755 0,520 0,783 13,8 34,9 32,9 10,8 36,5 45 d 25 23 9d 29 d 53 d 53 46 44 d 62 d 0,61 0,62 0,51 0,43 0,66 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 13 — — 16 12 0,696 — — 0,671 0,705 22,4 16,7 9,1 17,0 37,4 20 — — 33 3 40 — — 45 50 0,49 — — 0,61 0,70 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 11 8 18 6 29 0,723 0,749 0,644 0,756 0,536 25,1 30,4 13,7 30,8 10,0 26 26 34 37 19 49 50 50 52 43 0,48 0,50 0,38 0,65 0,44 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 15 24 39 — — 0,688 0,569 0,502 — — 26,6 12,5 8,7 – 7,1 31 25 25 22 — 44 54 46 38 — 0,42 0,50 0,44 — — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 35 61 20 22 — 0,509 0,358 0,629 0,574 — 6,5 5,9 18,7 12,2 9,2 21 5 32 31 — 42 31 51 51 — 0,49 0,45 0,52 0,61 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 17 — 26 — 27 0,648 — 0,546 — 0,546 20,4 — 14,2 21,3 14,0 39 d — 23 — 32 51 d — 54 — 60 0,60 — 0,64 — 0,65 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 41 42 32 49 — 0,493 0,491 0,518 0,445 — 8,3 11,5 12,7 8,9 — 34 28 d 34 22 d 9d 62 61 d 60 51 d 20 d 0,57 0,50 0,61 0,36 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 23 19 — 25 — 0,571 0,639 — 0,552 — 19,3 19,6 0,0 17,8 0,0 30 31 — 35 — 45 51 — 67 — 0,35 0,66 — 0,63 — 30 45 — 0,527 0,474 — 16,2 10,6 — 26 39 — 52 69 — 0,55 0,67 — 21 28 0,599 0,540 20,9 17,0 40 39 51 65 0,38 0,65 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 214 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 22 Medida de participação segundo o género Medida de participação segundo o género (MPG) Ordem segundo IDH Ordem Valor Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) a Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras (em % do total) b Trabalhadoras especializadas e técnicas (em % do total) b Rácio entre rendimentos auferidos estimados femininos e masculinos c 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 37 44 — 40 53 0,507 0,475 — 0,496 0,434 15,9 9,9 18,4 13,5 5,6 23 33 d — 37 d 37 40 46 d — 39 d 64 0,37 0,48 — 0,23 0,63 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 38 — 48 — — 0,503 — 0,449 — — 14,5 10,8 9,3 — 6,7 21 d — 26 — — 44 d — 56 — — 0,46 — 0,58 — — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 51 36 59 52 — 0,439 0,507 0,403 0,438 — 9,7 12,2 5,7 17,6 2,3 24 d 40 d 23 13 d — 58 d 48 d 38 69 d — 0,40 0,45 0,36 0,36 — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas — — — — 46 — — — — 0,470 — — — 5,9 11,8 22 d 48 d — — 33 d 55 d 10 d — 61 d 63 d — — — — 0,55 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão — — 33 54 — — — 0,516 0,428 — — 3,1 20,0 7,8 11,2 — — 23 38 — — — 41 63 — — — 0,25 0,54 — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — — — — 57 — — — — 0,407 7,2 6,0 16,0 10,5 8,0 — — — — 23 d — — — — 54 d — — — — 0,32 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 56 63 — 43 — 0,409 0,308 — 0,482 — 4,0 4,2 26,0 14,6 5,2 50 9d — 28 d — 50 36 d — 47 d — 0,51 0,45 — 0,29 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 34 — — — — 0,510 — — — — 14,5 21,8 2,5 11,5 3,4 31 — — — — 49 — — — — 0,34 — — — — 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador — — — — 50 — — — — 0,440 11,1 6,7 18,5 27,9 e 9,5 — — — — 28 — — — — 47 — — — — 0,38 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — — — — — — — — — — — 10,4 8,9 7,2 4,0 — — — — — — — — — — — — — — — 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 215 22 Medida de participação segundo o género Medida de participação segundo o género (MPG) Ordem segundo IDH Ordem Valor Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) a Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras (em % do total) b Trabalhadoras especializadas e técnicas (em % do total) b Rácio entre rendimentos auferidos estimados femininos e masculinos c 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto — — — 55 64 — — — 0,425 0,258 26,0 8,0 12,4 10,2 2,4 — — — 25 11 — — — 43 29 — — — 0,44 0,37 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial — 47 — — — — 0,449 — — — 9,7 9,4 8,8 10,9 5,0 — 36 d — — — — 51 d — — — — 0,35 — — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia — — 60 — — — — 0,385 — — 20,4 0,7 6,3 17,0 — — — 24 d — — — — 61 d — — — — 0,43 — — 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto — — — — — — — — — — 10,5 9,3 — 9,0 10,7 — — — — — — — — — — — — — — — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — — — — — — — — — — — — 9,3 1,8 3,6 — 5,6 12,0 — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão — — — — — — — — — 4,9 7,9 9,3 8d — — — 25 d — — — — — — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar — 62 — — — — 0,309 — — — 21,2 9,1 0,7 — 8,0 — 5d — — — — 35 d — — — — 0,58 — — — 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania — — — — — — — — — — 3,3 0,0 9,7 3,0 22,2 — — — — — — — — — — — — — — — 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep, Dem, Zâmbia Costa do Marfim Senegal — — — — — — — — — — 17,8 — 10,1 8,5 14,0 — — — — — — — — — — — — — — — 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — — 58 — — — — 0,404 — — 15,5 6,0 14,7 2,0 8,8 — — 17 — — — — 30 — — — — 0,52 — — 216 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 22 Medida de participação segundo o género Medida de participação segundo o género (MPG) Ordem segundo IDH Ordem Valor Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) a Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras (em % do total) b Trabalhadoras especializadas e técnicas (em % do total) b Rácio entre rendimentos auferidos estimados femininos e masculinos c 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep, Centro-Africana Chade — — — — — — — — — — 9,3 25,7 12,2 7,3 2,4 — — — — — — — — — — — — — — — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi — — — — — — — — — — 7,8 30,0 7,8 11,0 14,4 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1,2 8,8 — — — — — — 161 Níger 162 Serra Leoa a. Os dados são de 8 de Março de 2001. b. Os dados referem-se ao último ano disponível durante o período de 1990-99. c. Calculado com base nos dados das colunas 9 e 10 do quadro 21. As estimativas são baseadas nos dados do último ano disponível durante o período de 1994-99. d. Os dados são baseados na Classificação Internacional Tipo das Ocupações (CITO-68), como definido em ILO (2001c). e. Calculado com base nos 54 lugares permanentes (ou seja, excluindo os 36 delegados especiais rotativos designados numa base ad hoc). Fonte: Coluna 1: determinado com base nos valores MPG da coluna 2; coluna 2: calculado com base nos dados das colunas 3-5 deste quadro e nas colunas 9 e 10 do quadro 21 (para pormenores, ver nota técnica 1); coluna 3: calculado com base nos dados dos lugares parlamentares, de IPU (2001c); colunas 4 e 5: calculado com base nos dados ocupacionais, de ILO (2001c); coluna 6: calculado com base nos dados das colunas 9 e 10 do quadro 21. Posições MPG para 64 países 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Noruega Islândia Suécia Finlândia Canadá Nova Zelândia Holanda Alemanha Austrália Estados Unidos Áustria Dinamarca Suíça Bélgica Espanha Reino Unido 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 Barbados Irlanda Baamas Portugal Trindade e Tobago Eslovénia Costa Rica Israel Estónia República Checa Eslováquia Letónia Itália Croácia Japão Polónia INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 Peru República Dominicana Singapura Colômbia México Malásia Grécia Belize Hungria Uruguai Equador Panamá Lituânia Filipinas Honduras Roménia 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 Chile El Salvador Venezuela Suriname Federação Russa Ucrânia Bolívia Sri Lanka Paraguai Eritreia Maurícias Suazilândia Coreia do Sul Bangladeche Turquia Egipto 217 23 Desigualdade entre os sexos na educação Ordem segundo IDH . . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens Taxa feminina (% 15 anos e mais) 1999 Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (% 15-24 anos) 1999 Escolarização primária líquida Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização secundária líquida Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização superior bruta a Taxa feminina (%) 1994-97 b Taxa masculina (%) 1994-97 b Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100 95 94 100 98 100 100 98 100 100 98 89 90 99 87 101 101 99 100 98 71 83 95 57 57 53 77 81 43 55 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 95 98 99 — 98 100 100 99 — 100 90 88 91 — 94 100 102 101 — 101 92 45 46 36 80 71 30 48 44 68 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100 100 100 — — 100 100 100 — 70 95 93 — — 108 101 103 — 25 7c 57 56 53 40 12 c 45 49 43 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália — — — — 98,0 — — — — 99 — — — — 99,8 — — — — 100 — 89 93 98 100 — 102 102 101 100 89 89 88 91 — 101 100 105 102 — 49 44 43 73 52 48 50 39 53 42 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 96,7 93,9 95,8 89,7 95,1 98 96 97 93 96 99,8 99,6 99,8 99,8 99,8 100 100 100 101 100 100 — 93 91 81 100 — 100 103 101 — — 88 71 — — — 103 107 — 56 41 46 — 25 d 47 36 47 — 20 d 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 88,0 96,2 89,5 99,6 92,4 92 97 95 100 101 99,8 99,8 99,8 99,8 99,8 100 100 100 100 103 — 93 — 94 100 — 101 — 99 100 — 97 — 90 79 — 100 — 103 100 31 52 44 41 32 37 82 33 31 27 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia — 87,3 — 96,7 — — 93 — 100 — — 99,8 — 98,8 — — 101 — 100 — — 93 89 — — — 100 100 — — — — 89 — — — — 103 — — 34 8 23 — 23 23 5 24 — 22 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 99,2 98,1 99,7 95,4 82,2 100 101 100 100 91 99,8 99,6 99,8 99,0 98,3 100 101 100 100 100 82 93 96 88 98 99 101 100 97 103 87 — — 60 88 102 — — 108 108 26 — 28 29 — 22 — 21 34 — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 95,5 96,4 79,4 — 78,0 100 102 95 — 106 98,6 98,3 92,8 — 94,5 101 102 101 — 111 89 — 67 92 79 101 — 98 98 98 43 — 58 90 71 113 — 100 105 106 28 — 24 46 21 33 — 15 38 5 97,1 99,5 82,6 98 100 103 99,8 99,8 96,8 100 100 105 84 93 82 99 99 90 80 85 70 102 101 102 29 38 41 27 25 14 91,7 99,8 96 100 97,1 99,8 99 100 88 91 100 96 — 83 — 100 7 40 9 27 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 218 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 23 Desigualdade entre os sexos na educação Ordem segundo IDH Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens Taxa feminina (% 15 anos e mais) 1999 Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (% 15-24 anos) 1999 Escolarização primária líquida Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização secundária líquida Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização superior bruta a Taxa feminina (%) 1994-97 b Taxa masculina (%) 1994-97 b 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 89,1 91,0 99,4 92,9 99,4 96 99 100 100 100 96,2 96,3 99,8 98,5 99,8 99 99 100 101 100 100 — — — — 100 — — — — — — — — — — — — — — 15 — 49 — 49 17 — 39 — 37 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 82,8 97,7 97,1 66,9 — 91 99 98 74 — 97,4 99,5 99,7 92,6 — 100 100 100 93 — — 91 97 — 94 — 97 99 — 98 — 69 75 — 55 — 73 102 — 97 — 52 24 — 22 — 31 21 — 17 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 91,8 91,5 80,8 — 79,8 99 100 92 — 87 98,5 97,5 94,3 — 92,6 101 101 101 — 95 85 — 98 — — 102 — 100 — — 27 49 61 — 71 153 115 110 — 115 — 17 6 — 27 — 16 6 — 27 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 93,5 90,5 65,9 84,9 94,9 96 96 79 100 100 98,3 99,0 89,8 94,1 98,7 99 100 94 104 100 — — 58 — — — — 94 — — — — 41 — — — — 76 — — — — 15 — 33 — — 17 — 25 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 59,6 97,5 84,9 99,5 — 75 98 90 100 — 95,3 99,7 95,1 99,9 — 96 100 97 100 — 66 — — — — 98 — — — — 57 — — — — 99 — — — — 7 14 — — 37 9 11 — — 29 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai — 96,2 90,3 — 91,9 — 100 110 — 98 — 99,3 97,2 — 96,9 — 100 108 — 100 87 — — — 91 99 — — — 101 74 — — — 39 98 — — — 107 44 — 7 18 11 40 — 9 17 10 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 88,6 75,9 — 89,1 76,9 94 81 — 96 85 96,4 93,6 — 96,4 96,9 99 95 — 99 98 — 96 — 97 100 — 96 — 101 100 — 43 — — — — 73 — — — 4 15 — — 14 6 27 — — 10 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 83,2 75,5 83,4 59,3 68,7 100 83 88 74 83 91,5 96,0 99,6 88,2 91,3 102 97 100 91 95 85 100 — 98 88 102 100 — 98 96 33 — — 54 68 135 — — 101 92 27 4 — 12 13 19 7 — 15 22 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 65,1 — 97,9 84,2 75,6 77 — 99 98 93 85,4 — 99,8 91,0 87,1 93 — 100 100 98 — 93 87 96 78 — 96 100 101 101 48 — 68 67 23 102 — 106 149 113 — 13 12 16 18 — 11 11 18 18 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 78,8 59,3 98,1 84,0 55,7 97 68 99 90 72 87,2 77,8 99,8 94,9 83,8 101 82 100 97 91 95 87 — — 91 99 93 — — 93 — 36 — — 54 — 90 — — 94 — 13 29 — 10 — 18 24 — 14 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 219 23 Desigualdade entre os sexos na educação Ordem segundo IDH Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens Taxa feminina (% 15 anos e mais) 1999 Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (% 15-24 anos) 1999 Escolarização primária líquida Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização secundária líquida Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização superior bruta a Taxa feminina (%) 1994-97 b Taxa masculina (%) 1994-97 b 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 91,0 81,3 98,7 78,6 42,8 95 89 99 86 65 97,0 96,8 99,8 93,5 61,7 100 99 100 96 81 — 93 — — 88 — 97 — — 89 — — — — 64 — — — — 90 — 8 13 — 16 — 15 27 — 24 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 69,8 74,1 60,5 — 73,3 105 100 80 — 80 76,1 84,5 72,4 — 94,9 108 104 85 — 97 78 — 68 — — 103 — 89 — — 35 — — — — 118 — — — — 12 9 — — — 11 11 — — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 80,4 35,1 77,9 78,9 44,5 98 57 97 107 66 93,0 57,0 90,8 91,9 63,8 104 75 102 110 81 97 67 91 83 — 108 80 101 105 — 44 — 41 52 — 134 — 119 117 — 10 9 6 5 5 6 13 6 6 8 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 52,1 83,8 80,1 61,5 93,3 72 91 90 77 130 73,0 95,5 90,2 87,3 98,4 87 97 99 94 120 86 — — — 71 105 — — — 117 61 — — — 24 133 — — — 185 24 4 7 — 3 10 9 4 — 2 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo — 56,0 74,8 52,1 68,6 73,0 — 78 85 79 84 84 — 70,4 93,7 61,1 93,1 96,3 — 88 98 84 99 98 92 — — — — — 92 — — — — — 16 — — — — — 55 — — — — — 1 2 — (,) — — 2 4 — 1 — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 30,0 39,6 22,8 — 51 54 39 — 48,4 57,6 40,7 — 64 66 54 — — 72 — — — 77 — — — 13 — — — 44 — — — 1 — — — 6 — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 31,7 29,3 23,9 46,8 58,8 50 57 36 92 81 56,1 39,4 43,8 63,6 75,6 69 65 53 100 91 72 — — 55 62 91 — — 98 104 21 — — — — 79 — — — — 2 — 1 — 2 4 — 7 — 2 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 54,2 52,8 44,9 31,4 65,7 76 71 65 60 78 82,5 78,1 70,0 40,4 87,8 93 89 85 67 94 — 27 — 58 49 — 75 — 92 103 — 10 — — — — 68 — — — — (,) — 1 (,) — (,) — 6 1 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 55,5 48,7 70,2 37,2 26,7 72 67 83 69 57 71,3 73,5 84,6 58,1 40,7 84 83 94 84 69 — — 74 47 55 — — 98 75 85 — — — — — — — — — — 1 — 1 3 — 3 — 4 9 — 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné — 23,6 39,4 28,5 — — 43 59 66 — — 36,9 60,7 47,6 — — 48 76 74 — 35 48 29 57 33 109 61 90 79 65 — — 14 — — — — 85 — — — 1 (,) 1 (,) — 5 2 2 2 220 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 23 Desigualdade entre os sexos na educação Ordem segundo IDH Alfabetização de adultos Alfabetização de jovens Taxa feminina (% 15 anos e mais) 1999 Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (% 15-24 anos) 1999 Escolarização primária líquida Taxa feminina em % da taxa masculina 1999 Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização secundária líquida Taxa feminina (%) 1995-97 b Taxa feminina em % da taxa masculina 1995-97 b Escolarização superior bruta a Taxa feminina (%) 1994-97 b Taxa masculina (%) 1994-97 b 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 45,3 59,1 32,7 33,3 32,3 61 81 69 57 65 59,9 80,5 58,1 56,9 57,7 74 95 82 76 80 — — 25 — 38 — — 66 — 58 — — — — 3 — — — — 30 (,) — 1 — (,) 1 — 2 — 1 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 18,3 27,9 31,8 13,3 39,0 31 47 74 40 70 32,5 44,8 51,8 22,2 59,9 40 60 97 50 93 — 34 27 27 28 — 76 62 67 88 — 5 — — — — 67 — — — — (,) (,) (,) — — 1 1 1 — 7,9 — 34 — 13,2 — 42 — 19 — 63 — 4 — 61 — — — — — Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos Países Árabes Ásia Oriental e Pacífico América Latina e Caraíbas Ásia do Sul África Subsariana Europa do Leste e CEI OCDE OCDE de rendimento elevado 65,3 41,9 49,0 78,7 86,9 43,2 52,6 98,2 — — 81 68 67 86 98 65 77 99 — — 80,3 57,7 71,5 96,1 94,2 61,0 72,5 99,3 — — 91 79 84 98 101 78 89 100 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano elevado Desenvolvimento humano médio Desenvolvimento humano baixo — 71,6 38,2 — 84 63 — 86,2 57,2 — 94 77 — — — — — — — — — — — — — — — — — — Rendimento elevado Rendimento médio Rendimento baixo — 80,2 52,2 — 88 74 — 94,0 68,6 — 97 84 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 161 Níger 162 Serra Leoa Mundo a. A escolarização superior é calculada, geralmente, como uma taxa bruta. b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. c. A taxa é subestimada, porque muitos estudantes prosseguem os seus estudos nos países vizinhos. d. Exclui as instituições turcas. Fonte: Coluna 1: UNESCO 2000a; coluna 2: calculado com base nos dados das taxas de alfabetização de adultos, de UNESCO (2000a); coluna 3: UNESCO 2000c; coluna 4: calculado com base nos dados das taxas de alfabetização de jovens, de UNESCO (2000c); colunas 5 e 7: UNESCO 2001c; coluna 6: calculado com base nos dados das taxas de escolarização primária líquida, de UNESCO (2001c); colunas 9 e 10: UNESCO 1999. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 221 24 Desigualdade entre os sexos na actividade económica . . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS Ordem segundo IDH Taxa (%) 1999 Trabalhadores contribuindo para a família Emprego por actividade económica (%) Taxa de actividade económica feminina (15 anos e mais) Femininos Masculinos Agricultura Indústria Serviços Índice Em % da (em % do (em % do (1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino total) total) 1999 1999 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 58,9 55,6 59,8 63,0 39,8 114 114 110 109 113 84 76 81 89 65 2 4 2 1 — 7 6 5 4 — 10 11 12 12 — 35 31 32 39 — 87 85 86 87 — 59 63 63 57 — 67 62 66 64 85 33 38 34 36 15 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 58,4 67,6 45,3 51,1 57,4 110 103 120 106 101 80 85 66 67 86 1 4 2 6 5 4 12 4 5 9 13 15 9 24 14 34 35 31 39 39 85 81 85 69 81 63 53 62 55 52 67 50 84 82 44 33 50 16 18 56 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 51,6 37,6 48,1 52,6 61,9 112 109 107 110 104 66 57 76 74 84 4 — — 1 2 5 — — 3 5 15 — — 13 15 35 — — 38 36 82 — — 86 83 59 — — 59 58 — — — 65 — — — — 35 — 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 44,5 48,4 36,4 56,9 38,4 104 105 117 122 111 65 69 51 78 58 8 3 3 6 7 6 3 15 11 7 14 19 15 13 22 42 46 34 33 38 78 79 79 81 72 52 51 49 56 55 68 75 56 64 57 32 25 44 36 43 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 37,3 48,3 37,5 49,1 49,1 120 120 119 103 110 55 67 57 63 62 6 1 23 (,) 10 10 3 18 (,) 11 14 14 13 15 18 39 38 28 31 30 80 84 63 85 71 52 58 54 69 58 62 78 71 — — 38 22 29 — — 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 50,2 53,0 50,8 53,8 25,3 105 110 106 96 119 64 69 70 80 36 (,) 13 16 13 — (,) 10 12 12 — 25 21 21 31 — 34 38 40 49 — 75 66 64 57 — 66 52 48 38 — 75 88 59 59 — 25 12 41 41 — 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 58,7 49,0 62,4 35,0 62,9 108 130 102 120 103 76 61 84 45 84 4 — 4 (,) 6 6 — 7 2 11 13 — 29 12 27 25 — 50 32 49 71 — 66 88 67 60 — 43 65 40 — — 78 — 74 — — 22 — 26 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 48,5 47,9 57,2 37,1 32,1 99 125 98 126 135 72 66 80 48 37 4 2 20 4 (,) 11 7 21 19 1 25 17 21 14 32 40 34 41 34 57 71 82 59 81 67 50 59 38 47 41 64 — 59 — — 36 — 41 — — 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 36,6 68,4 40,7 61,6 32,0 126 113 129 95 129 45 85 52 82 37 6 1 — 8 — 27 8 — 16 — 17 6 — 27 — 26 22 — 39 — 76 93 — 65 — 46 69 — 44 — 46 — — 61 — 54 — — 39 — 48,4 57,8 35,9 103 94 140 72 79 40 — 18 — — 23 — — 21 — — 35 — — 61 — — 42 — 73 55 — 27 45 — 43,7 61,0 115 95 58 81 5 18 14 23 13 20 33 33 82 62 54 44 77 56 23 44 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 222 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 24 Desigualdade entre os sexos na actividade económica Ordem segundo IDH Taxa (%) 1999 Trabalhadores contribuindo para a família Emprego por actividade económica (%) Taxa de actividade económica feminina (15 anos e mais) Femininos Masculinos Agricultura Indústria Serviços Índice Em % da (em % do (em % do (1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino total) total) 1999 1999 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 38,9 43,0 58,9 27,1 59,1 120 116 96 122 96 47 54 82 31 81 13 3 — 5 — 30 29 — 38 — 19 11 — 10 — 24 21 — 20 — 68 86 — 84 — 46 49 — 40 — 47 27 — — 42 53 73 — — 58 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 47,8 57,2 51,0 24,7 50,2 111 96 92 116 109 60 86 76 32 71 14 — 43 — 6 19 — 35 — 10 30 — 24 — 41 36 — 36 — 53 56 — 33 — 51 45 — 29 — 32 — — 76 — — — — 24 — — 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 42,6 47,7 37,7 35,5 29,1 123 134 122 128 132 53 60 48 48 38 2 (,) 13 2 — 19 1 15 8 — 14 21 43 6 — 28 32 39 33 — 84 76 45 90 — 53 66 46 53 — — 67 54 — — — 33 46 — — 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 72,9 35,4 20,7 43,9 49,4 97 155 166 110 107 84 44 26 52 61 51 — — 22 28 49 — — 28 48 17 — — 9 13 22 — — 26 19 32 — — 68 59 28 — — 45 33 66 — — — — 34 — — — — 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 18,6 62,1 34,0 55,3 60,6 175 100 124 94 99 24 86 43 79 81 — — 5 — — — — 10 — — — — 12 — — — — 27 — — — — 83 — — — — 63 — — — — 68 64 — — — 32 36 — 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 55,7 65,9 69,3 54,3 36,6 95 104 103 97 110 77 79 86 74 43 — — 11 — 1 — — 31 — 6 — — 12 — 13 — — 27 — 37 — — 77 — 87 — — 42 — 57 — — 66 — — — — 34 — — 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 42,2 49,3 62,0 32,3 59,6 118 111 101 128 105 55 60 81 38 73 40 65 — 2 — 33 30 — 10 — 24 13 — 16 — 22 29 — 26 — 34 21 — 83 — 41 40 — 64 — 56 — — 63 — 44 — — 37 — 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 39,9 73,0 25,8 36,8 28,3 124 102 160 112 136 47 86 33 46 36 — — — 20 — — — — 22 — — — — 40 — — — — 32 — — — — 38 — — — — 44 — 23 — — — — 77 — — — — 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 45,8 60,7 41,3 46,3 45,5 115 102 126 104 132 52 83 49 59 54 — 48 — — 7 — 48 — — 38 — 7 — — 21 — 12 — — 25 — 38 — — 72 — 31 — — 37 — — — — 33 — — — — 67 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia — 28,2 60,0 62,0 28,6 — 121 94 102 153 — 36 83 84 38 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 223 24 Desigualdade entre os sexos na actividade económica Ordem segundo IDH Taxa (%) 1999 Trabalhadores contribuindo para a família Emprego por actividade económica (%) Taxa de actividade económica feminina (15 anos e mais) Femininos Masculinos Agricultura Indústria Serviços Índice Em % da (em % do (em % do (1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino total) total) 1999 1999 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 73,5 55,0 57,1 47,8 34,5 100 115 101 112 118 90 67 78 57 44 71 42 — 2 42 70 41 — 2 32 9 16 — 16 9 12 21 — 40 25 20 42 — 82 48 18 39 — 58 43 — — — 67 35 — — — 33 65 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 46,9 39,8 35,3 62,8 45,6 125 122 128 98 99 55 46 41 75 51 — 7 — — — — 53 — — — — 27 — — — — 19 — — — — 66 — — — — 28 — — — — 40 — — — — 60 — — — 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 54,0 41,2 42,1 64,5 42,0 101 109 106 95 98 67 52 52 77 50 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 73,2 66,6 65,8 80,6 47,3 101 100 98 98 100 87 78 75 98 56 — 38 — — — — 22 — — — — 10 — — — — 32 — — — — 52 — — — — 46 — — — — — — — — — — — — — 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo 81,5 67,0 74,6 62,4 49,3 58,5 99 98 100 96 103 101 96 78 84 73 58 71 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 35,0 53,5 56,9 58,0 126 100 101 100 41 62 67 65 67 — — — 44 — — — 11 — — — 20 — — — 22 — — — 36 — — — — — — — — — — — 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 74,6 65,8 30,1 56,7 69,1 100 99 108 95 98 84 76 36 69 78 — 78 — — — — 54 — — — — 8 — — — — 11 — — — — 11 — — — — 34 — — — — 74 — — — — 26 — — — 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 48,1 — 34,3 63,2 81,9 100 — 112 94 98 56 — 40 74 93 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 80,0 60,9 65,3 43,9 61,3 98 97 98 100 100 88 72 76 51 72 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 72,9 73,8 74,7 69,6 77,5 98 98 98 100 97 82 90 87 78 89 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 10 — — — — 90 — — 224 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 24 Desigualdade entre os sexos na actividade económica Ordem segundo IDH Taxa (%) 1999 Trabalhadores contribuindo para a família Emprego por actividade económica (%) Taxa de actividade económica feminina (15 anos e mais) Femininos Masculinos Agricultura Indústria Serviços Índice Em % da (em % do (em % do (1985 = 100) taxa masc. Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino total) total) 1999 1999 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-97 a 1994-99 a 1994-99 a 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 78,2 83,1 71,7 68,0 67,1 98 99 98 94 102 90 89 80 79 76 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 56,9 82,9 57,4 76,1 82,6 100 98 98 96 99 63 92 67 92 89 — — 88 — — — — 89 — — — — 2 — — — — 2 — — — — 11 — — — — 9 — — — — — — — — — — — — 69,4 44,4 98 104 75 53 — — — — — — — — — — — — — — — — 161 Níger 162 Serra Leoa Nota: Devido às muitas limitações nos dados, as comparações de estatísticas do trabalho, no tempo e entre países, devem ser feitas com precaução. Para notas pormenorizadas sobre os dados, ver ILO (1996, 1999 e 2001c). As parcelas percentuais do emprego por actividade económica podem não somar 100, devido aos arredondamentos ou à omissão de actividades não classificadas. a. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. Fonte: Colunas 1-3: calculado com base nos dados da população economicamente activa e da população total, de ILO (1996); colunas 4-9: ILO 2001a; colunas 10 e 11: calculado com base nos dados das contribuições dos trabalhadores da família, de ILO (2001c). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 225 25 Participação política das mulheres . . . E REALIZANDO A IGUALDADE PARA TODAS AS MULHERES E HOMENS Ano em que as mulheres receberam o direito a Ano da primeira mulher eleita (E) ou nomeada (N) para o parlamento Mulheres no governo ao nível ministerial (em % do total) b 1999 Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) c Câmara baixa ou única Câmara alta ou senado de votar de candidatar às eleições Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 1907, 1913 1902, 1962 1917, 1950 1861, 1921 1919, 1948 1907, 1913 1902, 1962 1920, 1960 1907, 1921 1921, 1948 1911 N 1943 E 1921 E 1921 E 1921 N 42,1 19,5 24,3 55,0 18,5 36,4 23,0 20,6 42,7 23,3 – 30,3 32,4 – 28,2 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 1920, 1960 1915 1919 1945, 1947 1906 1788 d 1915 1917 1945, 1947 1906 1917 E 1922 E 1918 E 1946 E 1907 E 31,8 33,3 31,0 5,7 44,4 14,0 34,9 36,0 7,3 36,5 13,0 – 26,7 17,8 – 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca 1971 1919 1944 1918, 1928 1915 1971 1919 1944 1918, 1928 1915 1971 E 1919 E 1945 E 1918 E 1918 E 28,6 28,6 37,9 33,3 45,0 23,0 16,7 10,9 18,4 37,4 19,6 – 5,9 15,6 – 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália 1918 1918 1918, 1928 1893 1945 1918 1918 1918, 1928 1919 1945 1919 E 1919 E 1918 E 1933 E 1946 E 31,3 35,7 18,8 44,0 17,6 26,8 30,9 12,0 30,8 11,1 20,3 24,6 18,3 – 8,0 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre 1931 1948 1927, 1952 – 1960 1931 1948 1927, 1952 – 1960 1931 E 1949 E 1952 E – 1963 E 17,6 6,1 7,1 – — 28,3 12,5 8,7 – 7,1 24,3 – – – – 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta 1947 1948 1931, 1976 1945 1947 1947 1948 1931, 1976 1945 1947 1963 E 1948 E 1934 E 1992 E e 1966 E 5,7 6,5 9,7 15,0 5,3 6,5 5,9 18,7 12,2 9,2 – – – – – 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia 1966 N –f 1992 E e 1951 E 1992 E e 14,3 0,0 — 7,3 19,0 10,7 – 15,0 26,5 14,0 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Ordem segundo IDH Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 1950 –f 1920 1947 1920 1950 –f 1920 1947 1920 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém 1918 1932 1918 1931, 1949 1973 g 1918 1932 1918 1931, 1949 1973 g 1920 E 1942 E 1919 E 1951 E –g 35,9 — 18,7 25,6 — 8,3 12,1 13,0 10,8 — – 9,7 11,0 4,2 — Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos 1949 1961, 1964 –f 1918 –f 1949 1961, 1964 –f 1918 –f 1953 E 1977 N –f 1919 E –f 28,6 16,7 0,0 14,3 — 19,3 15,0 0,0 17,8 0,0 – 31,3 – – – 1945 1921 –f 1945 1921 –f 1992 E e 1920 N –f 16,2 18,9 0,0 20,5 10,6 – 6,2 – – 1946 1918 1946 1918 1962 E + N – 8,7 6,7 11,1 17,0 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar f f 33,3 – 12,3 2,8 – f f Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 226 32,3 – RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 25 Participação política das mulheres Ano em que as mulheres receberam o direito a Ordem segundo IDH de votar de candidatar às eleições Ano da primeira mulher eleita (E) ou nomeada (N) para o parlamento Mulheres no governo ao nível ministerial (em % do total) b 1999 Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) c Câmara baixa ou única Câmara alta ou senado 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 1947 1941, 1946 1919 1954 1918 1953 1941, 1946 1919 1954 1918 1952 N 1946 E 1990 E e 1984 E + N 1993 E e 11,1 20,0 25,7 11,1 — 16,0 9,9 10,3 6,9 7,6 15,6 – 31,1 37,5 0,6 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 1957 1944 1929, 1946 1964 1946 1957 1944 1929, 1946 1964 1946 1959 E 1945 E 1946 E — 1990 E e — 18,8 20,0 12,5 10,9 10,4 10,8 10,7 — 6,7 26,1 – 5,7 – – 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 1946 1954 1956 1948 1952 1946 1954 1956 1948 1952 1948 E 1954 N 1976 E 1975 E 1991 N 0,0 47,4 9,1 — 0,0 9,7 11,8 5,7 17,6 2,3 – 12,7 – – – 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 1932 1963 –f 1934 1937 1932 1963 –f 1934 1937 1948 N 1970 N –f 1933 E 1941 E 5,7 20,7 — 0,0 — — — – 5,7 11,3 10,5 — – 7,4 17,4 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão –f 1921 1955 1919 1924, 1993 –f 1921 1955 1919 1924, 1993 –f 1990 E e 1956 E 1990 E e 1990 E e — — 16,2 — 17,5 – 3,1 20,0 7,8 10,4 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 1918, 1921 1932 1944 1921 1961 1918, 1921 1932 1944 1921 1961 1992 E e 1979 E 1944 E 1990 E e 1963 E 9,7 — 12,5 2,6 — 7,2 6,0 13,3 10,5 2,5 – – 23,8 – 17,8 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 1931 1930 1927 1929, 1967 1920 1931 1934 1927 1929, 1967 1920 1947 E 1935 N 1990 E e 1956 E 1945 E — 0,0 — 20,0 15,0 4,0 4,2 26,0 14,6 5,2 – – – – – 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 1942 1949 1974 1957, 1959 1963 1942 1949 1974 1957, 1959 1963 1942 E 1954 E 1989 N 1959 E 1963 E + N — 5,1 0,0 10,0 9,4 16,1 21,8 0,0 11,5 3,4 6,7 – 7,5 – – 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 1975 1918 1953 1930, 1994 1939 1975 1918 1945 1930, 1994 1961 1975 E 1990 E e 1968 E 1933 E 1961 E 35,0 — — 38,1 15,4 11,1 10,0 18,5 29,8 9,5 – 2,2 – 31,5 – Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia 1990 1949, 1953 1978, 1993 1938 1962 1990 1953 1978, 1993 1938 1962 1976 N 1973 E 1990 E 1990 E e 1962 N 7,7 11,1 — 4,4 0,0 — 10,4 8,9 7,2 3,4 – – – – 5,6 96 97 98 99 100 INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO f f – – – – 12,8 f f h 227 25 Participação política das mulheres Ano em que as mulheres receberam o direito a Ordem segundo IDH de votar de candidatar às eleições 1946 1945 1924 1938, 1952 1956 1946 1945 1924 1938, 1952 1956 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 106 107 108 109 110 Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial 1955 1955 1946 1956 1963 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo Ano da primeira mulher eleita (E) ou nomeada (N) para o parlamento Mulheres no governo ao nível ministerial (em % do total) b 1999 Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) c Câmara baixa ou única Câmara alta ou senado 1976 E 1950 N 1990 E e 1966 E 1957 E — 5,9 — — 6,1 26,0 8,0 12,7 11,5 2,4 – – 11,8 3,7 – 1955 1955 1946 1956 1963 1972 E 1957 i 1956 E 1961 E 1968 E 23,1 33,3 7,1 12,1 — 9,7 9,4 8,8 9,2 5,0 – – – 13,2 – 1989 1963 1968 1965 1950 1989 1963 1968 1965 1950 1989 E 1993 E 1972 E + N 1979 E 1952 E 16,3 4,9 12,5 26,7 10,1 25,0 0,6 3,1 17,0 8,8 7,7 0,7 13,3 – — 1924 1957 1935 1954 1965 1924 1978 1946 1954 1965 1951 E 1980 E + N 1947 E 1960 A i 1965 N 10,0 36,0 — 8,6 — 10,5 9,3 — 9,0 3,8 – – — – 27,3 1955 1964 1919, 1963 1956 1946 1963 1955 1963 1919, 1963 1956 1946 1963 1958 E 1977 E 1969 E + N 1993 E 1960 E 1963 E 7,1 0,0 1,4 — 5,8 — 7,4 1,8 3,6 — 5,6 12,0 13,1 – – — – – Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 1947 1945 1951 1953 1947 1945 1951 1953 1973 E 1961 E 1952 N 1975 E — 7,4 14,8 — — 4,9 5,9 9,3 — – 15,0 – 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 1958 1972 1967 j 1950 1959 1958 1972 1967 j 1950 1959 1958 E 1973 E 1990 E i 1961 E 1965 E 10,2 9,5 — 18,2 12,5 21,2 9,1 0,7 — 8,0 – – – — – 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 1958 1946 1964 1961 1959 1958 1986 1964 1961 1959 — –k 1964 E 1975 E — 22,6 5,0 5,1 13,6 — 3,4 0,0 9,7 3,8 22,2 2,8 – – 1,8 – 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 1962 1967 1962 1952 1945 1962 1970 1962 1952 1945 1962 N 1970 E 1964 E + N 1965 E 1963 E 27,1 — 6,2 9,1 15,6 17,8 — 10,1 8,5 12,1 – — – – 18,3 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 1975 1956 1955 1960 1958 1975 1956 1955 1960 1958 1980 E 1979 E 1994 E 1982 E 1963 E 14,7 10,5 11,8 30,8 11,1 15,5 6,0 14,7 2,0 8,8 – – – – – 228 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 25 Participação política das mulheres Ano em que as mulheres receberam o direito a Ordem segundo IDH de votar de candidatar às eleições Ano da primeira mulher eleita (E) ou nomeada (N) para o parlamento Mulheres no governo ao nível ministerial (em % do total) b 1999 Lugares no parlamento ocupados por mulheres (em % do total) c Câmara baixa ou única Câmara alta ou senado 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 1961 1961 1956 1986 1958 1961 1961 1956 1986 1958 1964 E 1965 i 1964 E 1987 E 1962 E 11,8 13,0 33,3 — — 9,3 25,7 12,2 7,3 2,4 – – – – – 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 1977 1975 1955 1958 1961 1977 1975 1955 1958 1961 1972 N 1977 E 1957 E 1978 E 1982 E 8,3 — 22,2 8,6 4,5 7,8 30,0 7,7 8,1 14,4 – – 8,3 13,0 – 1948 1961 1948 1961 1989 E — 10,0 8,1 1,2 8,8 – – 161 Níger 162 Serra Leoa a. Os dados referem-se ao ano em que foi reconhecido o direito de votar ou de candidatar às eleições, numa base universal e igual. Onde são apresentados dois anos, o primeiro refere-se ao primeiro reconhecimento parcial do direito de votar ou de candidatar às eleições. b. Os dados foram fornecidos pelos Estados, com base na sua definição do poder executivo nacional e podem, portanto, incluir mulheres exercendo cargos de ministras ou vice-ministras, ou desempenhando outras funções governamentais, incluindo secretarias parlamentares. c. Os dados são de 8 de Março de 2001. d. Não há informação disponível sobre o ano em que as mulheres receberam o direito de candidatar às eleições. Contudo, a Constituição não menciona a condição sexual em relação a este direito. e. Refere-se ao ano em que foram eleitas mulheres para o actual sistema parlamentar. f. O direito das mulheres de votar e candidatar às eleições não foi reconhecido. Brunei, Omã, Catar e Arábia Saudita nunca tiveram parlamentos. g. De acordo com a Constituição em vigor (1973), todos os cidadãos são iguais perante a lei; contudo, as mulheres não puderam exercer os direitos eleitorais nas únicas eleições legislativas realizadas no Barém, em 1973. A primeira Assembleia do Barém foi dissolvida por decreto do Emir, em 26 de Agosto de 1975. No entanto, as mulheres tiveram autorização para votar no referendo de 14-15 de Fevereiro de 2001, que aprovou a Carta de Acção Nacional. h. Calculado com base nos 54 lugares permanentes (ou seja, excluindo os 36 delegados especiais rotativos designados numa base ad hoc). i. Não existem informações ou confirmações disponíveis. j. Refere-se à antiga República Popular Democrática do Iémen. k. O país ainda não elegeu ou nomeou uma mulher para o parlamento nacional. Fonte: colunas 1-3: IPU 1995 e 2001b; coluna 4: IPU 2001a; colunas 5 e 6: calculado com base nos dados sobre lugares parlamentares, de IPU (2001c). INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 229 26 Estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos INSTRUMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS E DO TRABALHO Convenção Contra a Tortura e Outras Punições ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes 1984 Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 1965 Convénio Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos 1966 Convénio Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais 1966 Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres 1979 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 11 12 13 14 15 Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● – – – – – – ● ● ● ● ● ● 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos ● ● ● Ordem segundo IDH Convenção sobre os Direitos da Criança 1989 Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 230 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 26 Estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos Ordem segundo IDH 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador 96 97 98 99 100 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia Convenção Contra a Tortura e Outras Punições ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes 1984 Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 1965 Convénio Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos 1966 Convénio Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais 1966 Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres 1979 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Convenção sobre os Direitos da Criança 1989 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ● ● 231 26 Estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos Ordem segundo IDH Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 1965 Convénio Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos 1966 Convénio Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais 1966 Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres 1979 ● ● ● 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto ● 106 107 108 109 110 ● Convenção Contra a Tortura e Outras Punições ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes 1984 Convenção sobre os Direitos da Criança 1989 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 ● ● ● ● ● ● ● ● ● Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania ● ● ● ● ● ● 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 232 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 26 Estatuto dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos Ordem segundo IDH Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 1965 Convénio Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos 1966 Convénio Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais 1966 Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres 1979 Convenção Contra a Tortura e Outras Punições ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes 1984 Convenção sobre os Direitos da Criança 1989 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Afeganistão Andorra Antígua e Barbuda Bósnia Ilhas Cook ● ● ● ● ● Cuba Dominica Granada Santa Sé Iraque Quiribáti ● 161 Níger 162 Serra Leoa ● ● ● ● ● ● Outros a Coreia do Norte Libéria Liechtenstein Ilhas Marshall Micronésia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Santa Lúcia São Vicente e Granadinas São Marino São Tomé e Príncipe Seychelles ● Total de Estados participantes b Assinaturas não seguidas ainda de ratificação ● ● Mónaco Nauru Niué Palau São Cristóvão e Nevis Ilhas Salomão Somália Tonga Tuvalu Vanuatu Jugoslávia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 157 9 147 6 144 7 167 3 123 11 191 1 Ratificação, adesão ou sucessão. Assinatura não seguida ainda de ratificação. Nota: a informação é de 30 de Março de 2001. a. Estes são os países ou áreas, acrescentados aos 162 incluídos nos principais quadros de indicadores, que assinaram ou ratificaram pelo menos um dos seis instrumentos de direitos humanos. b. Refere-se à ratificação, adesão ou sucessão. ● ● Fonte: Colunas 1-6: UN 2001b. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 233 27 Estatuto das convenções sobre direitos fundamentais do trabalho INSTRUMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS E DO TRABALHO Liberdade de associação e negociação colectiva Ordem segundo IDH Convenção 87 a Convenção 98 b Eliminação de trabalho forçado e compulsório Convenção 29 c Eliminação da discriminação em relação ao emprego e ocupação Abolição do trabalho infantil Convenção 105 d Convenção 100 e Convenção 111 f Convenção 138 g Convenção 182 h ● ● Desenvolvimento humano elevado 1 2 3 4 5 Noruega Austrália Canadá Suécia Bélgica 6 7 8 9 10 Estados Unidos Islândia Holanda Japão Finlândia 11 12 13 14 15 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Suíça Luxemburgo França Reino Unido Dinamarca ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 16 17 18 19 20 Áustria Alemanha Irlanda Nova Zelândia Itália ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 21 22 23 24 25 Espanha Israel Grécia Hong Kong, China (RAE) Chipre ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● – – – – – – – – ● ● ● ● ● ● ● ● 26 27 28 29 30 Singapura Coreia do Sul Portugal Eslovénia Malta ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 31 32 33 34 35 Barbados Brunei República Checa Argentina Eslováquia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 36 37 38 39 40 Hungria Uruguai Polónia Chile Barém ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 41 42 43 44 45 Costa Rica Baamas Kuwait Estónia Emiratos Árabes Unidos ● 46 Croácia 47 Lituânia 48 Catar ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano médio 49 Trindade e Tobago 50 Letónia 234 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 27 Estatuto das convenções sobre direitos fundamentais do trabalho Liberdade de associação e negociação colectiva Ordem segundo IDH Convenção 87 a Convenção 98 b Eliminação de trabalho forçado e compulsório Eliminação da discriminação em relação ao emprego e ocupação Convenção 29 c Convenção 105 d Convenção 100 e Convenção 111 f Abolição do trabalho infantil Convenção 138 g 51 52 53 54 55 México Panamá Bielorrússia Belize Federação Russa 56 57 58 59 60 Malásia Bulgária Roménia Líbia Macedónia 61 62 63 64 65 Venezuela Colômbia Maurícias Suriname Líbano 66 67 68 69 70 Tailândia Fidji Arábia Saudita Brasil Filipinas 71 72 73 74 75 Omã Arménia Peru Ucrânia Cazaquistão 76 77 78 79 80 Geórgia Maldivas Jamaica Azerbaijão Paraguai ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 81 82 83 84 85 Sri Lanka Turquia Turquemenistão Equador Albânia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 86 87 88 89 90 República Dominicana China Jordânia Tunísia Irão ● ● ● ● ● ● 91 92 93 94 95 Cabo Verde Quirguistão Guiana África do Sul El Salvador ● ● 96 97 98 99 100 Samoa (Ocidental) Síria Moldávia Usbequistão Argélia ● Convenção 182 h ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ● ● ● 235 27 Estatuto das convenções sobre direitos fundamentais do trabalho Liberdade de associação e negociação colectiva Ordem segundo IDH 101 102 103 104 105 Vietname Indonésia Tajiquistão Bolívia Egipto 106 107 108 109 110 Convenção 87 a Convenção 98 b Eliminação de trabalho forçado e compulsório Convenção 29 c Convenção 105 d Eliminação da discriminação em relação ao emprego e ocupação Convenção 100 e Convenção 111 f Abolição do trabalho infantil Convenção 138 g ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Nicarágua Honduras Guatemala Gabão Guiné Equatorial ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 111 112 113 114 115 Namíbia Marrocos Suazilândia Botswana Índia ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 116 117 118 119 120 Mongólia Zimbabwe Mianmar Gana Lesoto ● ● ● ● ● ● ● 121 122 123 124 125 126 Camboja Papua-Nova Guiné Quénia Comores Camarões Congo ● ● ● ● Convenção 182 h ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Desenvolvimento humano baixo 127 128 129 130 Paquistão Togo Nepal Butão 131 132 133 134 135 Laos Bangladeche Iémen Haiti Madagáscar 136 137 138 139 140 Nigéria Djibuti Sudão Mauritânia Tânzania 141 142 143 144 145 Uganda Congo, Rep. Dem. Zâmbia Costa do Marfim Senegal 146 147 148 149 150 Angola Benim Eritreia Gâmbia Guiné 236 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 27 Estatuto das convenções sobre direitos fundamentais do trabalho Liberdade de associação e negociação colectiva Ordem segundo IDH 151 152 153 154 155 Malawi Ruanda Mali Rep. Centro-Africana Chade 156 157 158 159 160 Guiné-Bissau Moçambique Etiópia Burkina Faso Burundi 161 Níger 162 Serra Leoa Eliminação de trabalho forçado e compulsório Convenção 87 a Convenção 98 b Convenção 29 c ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Convenção 105 d Eliminação da discriminação em relação ao emprego e ocupação Convenção 100 e Convenção 111 f Abolição do trabalho infantil Convenção 138 g Convenção 182 h ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Outros i Afeganistão Antígua e Barbuda Bósnia Cuba Dominica Granada Iraque Libéria São Cristóvão e Nevis Santa Lúcia São Vicente e Granadinas São Marino São Tomé e Príncipe Seychelles Ilhas Salomão Somália Ratificações totais ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 102 60 ● 132 146 ● ● 154 150 ● 148 144 Convenção ratificada. Ratificação denunciada. Nota: a informação é de 1 de Fevereiro de 2001. a. Convenção sobre a Liberdade Sindical e a Protecção do Direito Sindical (1948). b. Convenção sobre o Direito de Organização e de Negociação Colectiva (1949). c. Convenção sobre o Trabalho Forçado (1930). d. Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado (1957). e. Convenção sobre Igualdade de Remuneração (1951). f. Convenção sobre a Discriminação no Emprego e na Profissão (1958). g. Convenção sobre a Idade Mínima (1973). h. Convenção sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil (1999). i. Estes são os países ou áreas, acrescentados aos 162 incluídos nos principais quadros de indicadores, que ratificaram pelo menos uma das oito convenções sobre direitos fundamentais do trabalho. ● ● Fonte: colunas 1-8: ILO 2001b. INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 237 28 indicadores básicos para outros países membros da ONU Taxa de escolarização Taxa de bruta Taxa de Adultos alfabeti- combinada Pessoas População Taxa de Taxa de mortalidade vivendo zação de do primário, subalicom fertilidade Esperança mortali- de menores com adultos secundário mentadas fontes População total de vida dade infantil de cinco HIV/SIDA (% 15 e PIB per (em % da de água total (por à nascença (por 1.000 (por 1.000 (% 15-49 anos superior capita população melhoradas (milhares) mulher) (anos) nados-vivos) nados-vivos) anos) e mais) (%) (dólares PPC) total) (%) 1999 1995-2000 a 1995-2000 a 1999 1999 1999 b 1999 1999 1999 1996-98 c 1999 Afeganistão Andorra Antígua e Barbuda Bósnia Cuba 21.202 82 65 3.846 11.158 6,9 — — 1,4 1,6 42,5 — — 73,3 75,7 165 6 17 15 6 257 7 20 18 8 <0,01 d — — 0,04 d 0,03 36 — — — 97 30 — — — 76 — — 10.225 — — 70 — — 10 19 13 100 91 — 95 Dominica Granada Iraque Quiribáti Coreia do Norte 71 93 22.335 82 22.110 — — 5,3 — 2,1 — — 58,7 — 63,1 16 22 104 53 23 18 27 128 72 30 — — <0,01 d — <0,01 d — — 55 — — — — 49 — — 5.425 6.817 — — — — — 17 — 57 97 94 85 47 100 2.709 32 50 120 33 6,8 — — 4,3 — 48,1 — — 71,8 — 157 10 63 20 5 235 11 92 24 5 2,80 — — — — 53 — — — — 16 — — — — — — — — — 46 — — — — — — — — 100 12 19 39 146 113 — — — 2,7 — — — — 73,0 — 25 28 24 17 21 30 34 29 19 25 — — — — — — — — — — — — — — — — — 11.596 5.509 5.309 — — — — — — 79 98 98 93 26 135 79 432 8.418 — — — 5,6 7,3 — — — 67,4 46,9 6 59 13 22 125 6 76 17 26 211 — — — — — — — — — — — — — — 7 — 1.977 e 9.974 e 1.975 — — — — — 75 — — — 71 — 99 10 192 10.567 — — 4,6 1,8 — — 67,2 72,2 18 40 37 20 22 56 46 23 — — — 0,10 d — — — — — — — — — — 3.108 — — — — 3 100 100 88 — Libéria Liechtenstein Ilhas Marshall Micronésia Mónaco Nauru Palau São Cristóvão e Nevis Santa Lúcia São Vicente e Granadinas São Marino São Tomé e Príncipe Seychelles Ilhas Salomão Somália Tonga Tuvalu Vanuatu Jugoslávia Nota: O quadro apresenta dados para países membros da ONU não incluídos nos principais quadros de indicadores. a. Os dados referem-se a estimativas para o período indicado. b. Os dados referem-se ao final de 1999. c. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. d. Os dados referem-se a estimativas produzidas com base na taxa de prevalência de 1994, publicada pelo Programa Mundial de SIDA da Organização Mundial da Saúde (WHO 1995). e. Aten, Heston e Summers 2001. Os dados referem-se a um ano diferente do indicado. Fonte: Colunas 1-3: UN 2001d; colunas 4, 5 e 11: UNICEF 2000; coluna 6: UNAIDS 2000; coluna 7: UNESCO 2000a; coluna 8: UNESCO 2001b. 238 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 NOTA TÉCNICA 1 CÁLCULO DOS ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO O diagrama apresentado oferece uma visão clara do modo como são construídos os cinco índices de desenvolvimento humano utilizados no Relatório de Desenvolvimento Humano, realçando tanto as semelhanças como as diferenças. O texto das páginas seguintes fornece uma explicação pormenorizada. Uma vida longa e saudável IDH DIMENSÃO Um nível de vida digno Conhecimento Taxa de alfabetização Taxa de escolarização bruta de adultos (TEB) Índice de alfabetização Índice TEB de adultos INDICADOR Esperança de vida à nascença ÍNDICE DE DIMENSÃO Índice da esperança de vida PIB per capita (dólares PPC) Índice do PIB Índice da educação Índice de desenvolvimento humano (IDH) IPH-1 Uma vida longa e saudável DIMENSÃO Conhecimento Um nível de vida digno INDICADOR Probabilidade à nascença Taxa de analfabetismo de não ultrapassar de adultos os 40 anos Percentagem da população Percentagem de crianças sem fontes de água menores de cinco com melhoradas peso deficiente Privação de um nível de vida digno Índice de pobreza humana para os países em desenvolvimento (IPH-1) IPH-2 DIMENSÃO INDICADOR Uma vida longa e saudável Conhecimento Um nível de vida digno Exclusão social Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos Percentagem de adultos que são analfabetos funcionais Percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza Taxa de desemprego de longo prazo Índice de pobreza humana para países seleccionados da OCDE (IPH-2) IDG Uma vida longa e saudável DIMENSÃO Esperança Esperança de vida de vida à nascença à nascença feminina masculina INDICADOR Taxa de Taxa de alfabetização TEB alfabetização TEB de adultos feminina de adultos masculina masculina feminina Índice Índice da Índice da ÍNDICE DE esperança de vida esperança de vida da educação DIMENSÃO feminina feminina masculina Índice da esperança de vida distribuído igualmente ÍNDICE DISTRIBUÍDO IGUALMENTE Um nível de vida digno Conhecimento Índice da educação masculina Rendimento Rendimento auferido auferido estimado estimado feminino masculino Índice do Índice do rendimento rendimento feminino masculino Índice do rendimento distribuído igualmente Índice da educação distribuído igualmente Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) MPG DIMENSÃO Participação e tomada de decisão políticas INDICADOR Parcelas feminina e masculina dos lugares parlamentares PERCENTAGEM EQUIVALENTE DISTRIBUÍDA IGUALMENTE PEDI da representação parlamentar Participação e tomada de decisão económicas Poder sobre os recursos económicos Parcelas feminina Parcelas feminina e masculina e masculina das funções das funções de legislador, especializadas funcionário superior e gestor e técnicas Rendimento auferido estimado feminino e masculino PEDI da participação económica PEDI do rendimento Medida de participação segundo o género (MPG) TECHNICAL NOTES 239 O índice de desenvolvimento humano (IDH) O IDH é uma medida resumo do desenvolvimento humano. Mede a realização média de um país em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: • Uma vida longa e saudável, medida pela esperança de vida à nascença. • Conhecimento, medido pela taxa de alfabetização de adultos (com ponderação de dois terços) e pela taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior (com ponderação de um terço). • Um nível de vida digno, medido pelo PIB per capita (dólares PPC). Antes de calcular o próprio IDH, é necessário criar um índice para cada uma destas três dimensões. Para o cálculo destes indicadores de dimensão – índices de esperança de vida, educação e PIB – são escolhidos valores mínimos e máximos (balizas) para cada indicador primário. Baliza de valor máximo 1.00 Cálculo do IDH Esta ilustração do cálculo do IDH utiliza dados da Arménia. Índice da esperança de vida = 72,7 – 25 85 – 25 Índice de alfabetização de adultos = Índice de escolarização bruta = .400 Índice de dimensão O desempenho de cada dimensão é expresso como um valor entre 0 e 1, utilizando a seguinte fórmula geral: valor actual – valor mínimo valor máximo – valor mínimo O IDH é, então, calculado como uma média simples dos índices de dimensão. A caixa à direita ilustra o cálculo do IDH para um país amostra. Balizas para o cálculo do IDH Indicador Esperança de vida à nascença (anos) 85 Taxa de alfabetização de adultos (%) 100 Taxa de escolarização bruta combinada (%) 100 PIB per capita (dólares PPC) 40.000 Baliza 25 anos 50 .400 .200 30 0 20 Esperança de vida Índice da esperança de vida (anos) 1.00 100 98,3 0,922 90 80 .800 79,9 70 .600 60 50 .400 40 30 .200 20 98,3 – 0 = 0,983 100 – 0 0 0 Taxa de Taxa de alfabetização escolarização Índice da de adultos bruta educação 79,9 – 0 = 0,799 100 – 0 (%) (%) Valor mínimo 25 0 0 100 3. Cálculo do Índice do PIB Baliza O índice do PIB é calculado utilizando o PIB per capita 40.000 dól. ajustado (dólares PPC). No IDH, o rendimento entra como um 10.000 substituto para todas as dimensões do desenvolvimento humano não reflectidas numa vida longa e saudável e no conhecimento. 2,215 O rendimento é ajustado porque para alcançar um nível elevado de desenvolvimento humano não é necessário um rendimento 1.000 ilimitado. Por isso, utiliza-se o logaritmo do rendimento. Para a Arménia, com um PIB per capita de 2.215 dólares (PPC) em 1998, o índice do PIB é 0,517. Baliza 100 dól. Índice do PIB = log (2.215) – log (100) log (40.000) – log (100) = 0,517 4. Cálculo do IDH Uma vez calculados os índices de dimensão, a determinação do IDH é muito fácil. É uma média simples dos três índices de dimensão. 1.00 .800 .600 0,517 .400 .200 0 PIB per capita Índice do PIB (dól. PPC) Escala log Índices de dimensão HDI 1.00 0,922 0,795 0.745 .800 .600 IDH = 1/3 (índice da esperança de vida) + 1/3 (índice da educação) + 1/3 (índice do PIB) = 1/3 (0,795) + 1/3 (0,922) + 1/3 (0,517) = 0,745 0,517 .400 .200 Esperança de vida 240 .600 100.000 0 Valor máximo 60 Índice da educação = 2/3 (índice de alfabetização de adultos) + 1/3 (índice de escolarização bruta) = 2/3 (0,983) + 1/3 (0,799) = 0,922 .200 Índice de dimensão = .800 0,795 40 = 0,795 2. Cálculo do índice da educação O índice da educação mede a realização relativa de um país tanto na alfabetização de adultos como na escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior. Primeiro, são calculados os índices da alfabetização de adultos e da escolarização bruta combinada. Depois, estes dois índices são combinados para criar o índice da educação, atribuindo uma ponderação de dois terços à alfabetização de adultos e de um terço à escolarização combinada. Para a Arménia, com uma taxa de alfabetização de adultos de 98,3% e uma taxa de escolarização bruta combinada de 79,9% em 1999, o índice da educação é 0,922. .600 Indicador 1.00 80 10 Valor do índice Baliza de valor mínimo 90 72,7 70 1. Cálculo do índice da esperança de vida O índice da esperança de vida mede a realização relativa de um país na esperança de vida à nascença. Para a Arménia, com um valor observado de 72,7 anos em 1999, o índice da esperança de vida é 0,795. .800 Valor do Indicador Baliza 85 anos Educação PIB 0 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 O índice de pobreza humana para países em desenvolvimento (IPH-1) Enquanto o IDH mede a realização média, o IPH1 mede privações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano captadas no IDH: • Uma vida longa e saudável – vulnerabilidade à morte numa idade relativamente prematura, medida pela probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos. • Conhecimento – exclusão do mundo da leitura e das comunicações, medida pela taxa de analfabetismo de adultos. • Um nível de vida digno – falta de acesso ao aprovisionamento económico global, medida pela percentagem da população que não utiliza fontes de água melhoradas e a percentagem de crianças menores de cinco anos com peso deficiente. O cálculo do IPH – 1 é mais directo que o cálculo do IDH. Os indicadores utilizados para medir as privações já estão normalizados entre 0 e 100 (porque são expressas em percentagens), pelo que não há necessidade de criar índices de dimensão como no caso do IDH. No Relatório deste ano, porque faltam dados fidedignos sobre o acesso aos serviços de saúde nos anos recentes, a privação de um nível de vida digno é medida por dois e não por três indicadores – a percentagem da população que não utiliza fontes de água melhoradas e a percentagem de crianças menores de cinco anos com peso deficiente. Uma média não ponderada do dois é utilizada como um input para o IPH-1. O índice de pobreza humana países seleccionados da OCDE (IPH-2) O IPH-2 mede privações nas mesmas dimensões que o IPH-1 e também capta a exclusão social. Reflecte, assim, privações em quatro dimensões: • Uma vida longa e saudável – vulnerabilidade à morte numa idade relativamente prematura, medida pela probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos. • Conhecimento – exclusão do mundo da leitura e das comunicações, medida pela percentagem de adultos (idades entre 16-65 anos) que são funcionalmente analfabetos. • Um nível de vida digno – medido pela percentagem de pessoas que vivem abaixo da linha de privação de rendimento (50% do rendimento familiar disponível médio). • Exclusão social – medida pela taxa de desemprego de longa duração (12 meses ou mais). Cálculo do IPH-1 1. Medida da privação de um nível de vida digno A privação de um nível de vida digno é medida através de um média não ponderada de dois indicadores. Média não ponderada = 1/2 (população que não usa fontes de água melhoradas) + 1/2 (crianças menores de cinco anos com peso deficiente) Exemplo de cálculo: República Dominicana População que não usa fontes de água melhoradas = 21% Crianças menores de cinco anos com peso deficiente = 6% Média não ponderada = 1/2 (21) + 1/2 (6) = 13.5% 2. Cálculo do IPH-1 A fórmula para o cálculo do IPH-1 é a seguinte: IPH-1 = [1/3 (P1 + P2 + P3 )]1/ Onde: P1 = Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos (vezes 100) P2 = Taxa de analfabetismo de adultos P3 = UMédia ponderada da população que não usa fontes de água melhoradas e das crianças com peso deficiente menores de cinco anos =3 Exemplo de cálculo: República Dominicana P1 = 11,9% P2 = 16,8% P3 = 13,5% IPH-1 = [1/3 (11,93 + 16,83 + 13,53)]1/3= 14,4 Cálculo do IPH-2 A fórmula para o cálculo do IPH-2 é a seguinte: IPH-2 = [1/4 (P1 + P2 + P3 + P4 )]1/ Where: P1 = Probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos (vezes 100) P2 = Adultos que são funcionalmente analfabetos P3 = População abaixo da linha de privação de rendimento (50% do rendimento familiar disponível médio) P4 = Taxa de desemprego de longa duração (duração de 12 meses ou mais) =3 Exemplo de cálculo: Austrália P1 = 9,1% P2 = 17,0% P3 = 2,1% P4 = 14,3% IPH-2 = [1/4 (9,13 + 17,03 + 2,13 + 14,33 )]1/3= 12,9 Por que razão = 3 no cálculo de IPH-1 e IPH-2 O valor de a tem um impacte importante sobre o valor do IPH. Se = 1, o IPH é a média das suas dimensões. Quando a cresce, dá-se grande peso à dimensão em que a privação é maior. Assim, à medida que a cresce para infinito, o IPH tenderá para o valor da dimensão em que a privação é máxima (para a República Dominicana, o exemplo utilizado para calcular o IPH-1, seria de 16,8%, igual à taxa de analfabetismo de adultos). Neste Relatório, o valor 3 é utilizado para dar um peso adicional, mas não excessivo, às áreas de privação mais aguda. Para uma análise pormenorizada da formulação matemática dos IPH, ver "Concepts of Human Development and Poverty: A Multidimensional Perspective", de Sudhir Anand e Amartya Sen, e a nota técnica no Relatório de Desenvolvimento Humano 1997 (ver a lista de leituras seleccionadas no fim desta nota técnica).. TECHNICAL NOTES 241 O índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Enquanto o IDH mede a realização média, o IDG ajusta a realização média para reflectir as desigualdades entre homens e mulheres nas seguintes dimensões: • Uma vida longa e saudável, medida pela esperança de vida à nascença. • Conhecimento, medido pela taxa de alfabetização de adultos e a taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior. • Um nível de vida digno, medido pelo rendimento auferido estimado (dólares PPC). O cálculo do IDG envolve três passos. Primeiro, os índices feminino e masculino de cada dimensão são calculados, de acordo com a seguinte fórmula geral: Índice de dimensão = valor actual – valor mínimo valor máximo – valor mínimo Segundo, os índices feminino e masculino de cada dimensão são combinados de forma a penalizar as diferenças de realização entre homens e mulheres. O índice resultante, identificado por índice distribuído igualmente, é calculado de acordo com a seguinte fórmula geral: Índice distribuído igualmente = {[parcela feminina da população (índice feminino1–)] + [parcela masculina da população ((índice masculino1–)]}1/1– mede a aversão à desigualdade. No IDG, = 2. Assim, a equação geral transforma-se em: Cálculo do IDG A ilustração do cálculo do IDG usa dados de Israel. 1. Cálculo do índice de esperança de vida distribuído igualmente O primeiro passo é calcular índices separados para as realizações feminina e masculina na esperança de vida, utilizando a fórmula geral dos índices de dimensão. FEMININO Esperança de vida à nascença: 80,4 anos 80,4 – 27,5 Índice da esperança de vida = = 0,882 87,5 – 27,5 A seguir, os índices feminino e masculino são combinados para criar o índice de esperança de vida distribuído igualmente, utilizando a fórmula geral dos índices distribuídos igualmente. FEMININO Parcela da população: 0,507 Índice da esperança de vida: 0,882 Terceiro, o IDG é calculado através da combinação dos três índices distribuídos igualmente numa média não ponderada. Balizas para o cálculo do IDG Valor Indicador máximo Valor mínimo Esperança de vida feminina à nascença (anos) 87,5 27,5 Esperança de vida masculina à nascença (anos) 82,5 22,5 Taxa de alfabetização de adultos (%) 100 0 Taxa de escolarização bruta combinada (%) 100 0 40.000 100 Rendimentos auferidos estimados (dólares PPC) Nota: Os valores máximo e mínimo (balizas) para a esperança de vida são cinco anos mais elevados para as mulheres, para tomar em consideração o facto de, em média, viverem mais anos. 242 MASCULINO Parcela da população: 0,493 Índice da esperança de vida: 0,902 Índice da esperança de vida distribuído igualmente = {[0,507 (0,882–1)] + [0,493 (0,902–1)]}–1 = 0,891 2. Cálculo do índice da educação distribuído igualmente Primeiro, os índices para a taxa de alfabetização de adultos e para a taxa de escolarização bruta combinada do primário, secundário e superior são calculados separadamente para mulheres e homens. O cálculo destes índices é directo, porque os indicadores utilizados já estão normalizados entre 0 e 100. FEMININO Taxa de alfabetização de adultos: 93,9% Índice de alfabetização de adultos: 0,939 Taxa de escolarização bruta: 83,5% Índice de escolarização bruta: 0,835 MASCULINO Taxa de alfabetização de adultos: 97,8% Índice de alfabetização de adultos: 0,978 Taxa de escolarização bruta: 82,1% Índice de escolarização bruta: 0,821 Segundo, o índice da educação, que dá uma ponderação de dois terços ao índice de alfabetização de adultos e de um terço ao índice de escolarização bruta, é calculado separadamente para mulheres e homens. Índice da educação = 2/3 (índice de alfabetização de adultos) + 1/3 (índice de escolarização bruta) Índice distribuído igualmente = {[parcela feminina da população (índice feminino–1)] + [parcela masculina da população (índice masculino–1)]}–1 o que dá a média harmónica dos índices feminino e masculino. MASCULINO Esperança de vida à nascença: 76,6 anos 76,6 – 22,5 Índice da esperança de vida = = 0,902 82,5 – 22,5 Índice da educação feminina = 2/3 (0,939) + 1/3 (0,835) = 0,905 Índice da educação masculina = 2/3 (0,978) + 1/3 (0,821) = 0,926 Finalmente, os índices da educação feminina e masculina são combinados para criar o índice da educação distribuído igualmente: FEMININO Parcela da população: 0,507 Índice da educação: 0,905 MASCULINO Parcela da população: 0,493 Índice da educação: 0,926 Índice da educação distribuído igualmente = {[0,507 (0,905–1)] + [0,493 (0,926–1)]}–1 = 0,915 3. Cálculo do índice do rendimento distribuído igualmente Primeiro, os rendimentos auferidos feminino e masculino (dólares PPC) são estimados (para pormenores sobre o cálculo, ver a adenda a esta nota técnica). Depois, o índice do rendimento é calculado para cada um dos sexos. Tal como para o IDH, o rendimento é ajustado considerando o logaritmo do rendimento auferido estimado (dólares PPC): Índice do rendimento = log (valor actual) – log (valor mínimo) log (valor máximo) – log (valor mínimo) FEMININO Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 12.360 Índice do rendimento = log (12.360) – log (100) = 0,804 log (40.000) – log (100) MASCULINO Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 24.687 Índice do rendimento = log (24.687) – log (100) = 0,919 log (40.000) – log (100) O cálculo do IDG continua na página seguinte RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Cálculo do IDG (continuação) Segundo, os índices do rendimento feminino e masculino são combinados para criar o índice do rendimento distribuído igualmente: FEMININO Parcela da população: 0,507 Índice do rendimento: 0,804 MALE Parcela da população: 0,493 Índice do rendimento: 0,919 –1 –1 –1 Índice do rendimento distribuído igualmente = {[0,507 (0,804 )] + [0,493 (0,919 )]} = 0,857 4. Cálculo do IDG O cálculo do IDG é directo. É simplesmente a média não ponderada dos três índices componentes – o índice da esperança de vida distribuído igualmente, o índice da educação distribuído igualmente e o índice do rendimento distribuído igualmente.. IDG = 1/3 (índice da esperança de vida) + 1/3 (índice da educação) + 1/3 (iíndice do rendimento) = 1/3 (0,891) + 1/3 (0,915) + 1/3 (0,857) = 0,888 Por que razão = 2 no cálculo do IDG O valor de é a dimensão da penalização pela desigualdade entre os sexos. Quanto maior o valor, mais fortemente a sociedade é penalizada pela existência de desigualdades. Se = 0, a desigualdade entre os sexos não é penalizada (neste caso, o IDG teria o mesmo valor que o IDH). À medida que cresce para infinito, dá-se cada vez mais peso ao grupo com menor realização. O valor 2 é utilizado no cálculo do IDG (tal como no MPG). Este valor penaliza moderadamente a desigualdade entre os sexos na realização. Para uma análise pormenorizada da formulação matemática do IDG, ver "Gender Inequlity in Human Development: Theories and Measurement", de Sudhir Anand e Amartya Sen, "UNDP's Gender-Related Indices: A Critical Review", de Kalpana Bardhan e Stephan Klasen, e as notas técnicas no Relatório de Desenvolvimento Humano 1995 e no Relatório de Desenvolvimento Humano 1999 (ver a lista de leituras seleccionadas no fim desta nota técnica). TECHNICAL NOTES 243 A medida de participação segundo o género (MPG) A MPG, centrada mais nas oportunidades das mulheres do que nas suas capacidades, capta a desigualdade entre os sexos em três áreas fundamentais: • Participação política e poder de tomada de decisão, medidos pelas parcelas percentuais de mulheres e homens nos lugares parlamentares. • Participação económica e poder de tomada de decisão, medidos por dois indicadores – as parcelas percentuais de mulheres e homens nas funções de legislador, funcionário superior e gestor e as parcelas percentuais de mulheres e homens nas funções especializadas e técnicas. • Poder sobre os recursos económicos, medido pelo rendimento auferido estimado de mulheres e homens (dólares PPC). Para cada uma destas três dimensões, é calculada uma percentagem equivalente distribuída igualmente (PEDI), como uma média ponderada pela população, de acordo com a seguinte fórmula geral: PEDI = {[parcela feminina da população (índice feminino1–)] + [parcela masculina da população (índice masculino1–)]}1/1– mede a aversão à desigualdade. Na MPG (tal como no IDG), = 2, o que penaliza moderadamente a desigualdade. A fórmula passa a ser: PEDI = {[parcela feminina da população (índice feminino–1)] + [parcela masculina da população (índice masculino–1)]}–1 Para a participação política e económica e a tomada de decisão, a PEDI é, então, indexada dividindo-a por 50. A razão desta indexação: numa sociedade ideal, que igualiza o poder dos dois sexos, as variáveis MPG são iguais a 50% – ou seja, a parcela das mulheres seria igual à dos homens para cada variável. Finalmente, a MPG é calculada como uma média simples das três PEDI indexadas. Cálculo da MPG A ilustração do cálculo da MPG usa dados de Singapura. 1. Cálculo da PEDI da representação parlamentar A PEDI para representação parlamentar mede o poder relativo das mulheres em termos da sua participação política. A PEDI é calculada utilizando as parcelas feminina e masculina da população e as parcelas percentuais de mulheres e homens nos lugares parlamentares, de acordo com a fórmula geral: FEMININO Parcela da população: 0,496 Parcela parlamentar: 6,5% MASCULINO Parcela da população: 0,504 Parcela parlamentar: 93,5% PEDI da representação parlamentar = {[0,496 (6,5–1)] + [0,504 (93,5–1)]}–1 = 12,24 Esta PEDI inicial é, então, indexada a um valor ideal de 50%. PEDI indexada da representação parlamentar = 12,24 = 0,245 50 2. Cálculo da PEDI da participação económica Utilizando a fórmula geral, calcula-se uma PEDI para as parcelas percentuais de mulheres e homens nas funções de legislador, funcionário superior e gestor e uma outra para as parcelas percentuais de mulheres e homens nas funções especializadas e técnicas. A média simples das duas medidas dá a PEDI da participação económica. FEMININO Parcela da população: 0,496 Parcela percentual nas funções de legislador, funcionário superior e gestor: 21,5% Parcela percentual nas funções especializadas e técnicas: 41,7% MASCULINO Parcela da população: 0,504 Parcela percentual nas funções de legislador, funcionário superior e gestor: 78,5% Parcela percentual nas funções especializadas e técnicas: 58,3% PEDI das funções de legislador, funcionário superior e gestor = {[0,496 (21,5–1)] + [0,504 (78,5–1)]}–1 = 33,91 33.91 PEDI indexada das funções de legislador, funcionário superior e gestor = = 0,678 50 PEDI das funções especializadas e técnicas = {[0.496 (41.7–1)] + [0.504 (58.3–1)]}–1 = 48.69 48.69 PEDI indexada das funções especializadas e técnicas = = 0.974 50 As duas PEDI indexadas são médias para calcular a PEDI da participação económica: PEDI da participação económica = 0,678 + 0,974 = 0,826 2 3. Cálculo da PEDI do rendimento O rendimento auferido (dólares PPC) é estimado separadamente para mulheres e homens e, depois, indexado às balizas, tanto para o IDH como para o IDG. Mas, para a MPG, o rendimento indexado é baseado em valores não ajustados e não no logaritmo do rendimento auferido estimado. (Para pormenores sobre a estimação do rendimento auferido por homens e mulheres, ver a adenda a esta nota técnica). FEMININO Parcela da população: 0,496 Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 13.693 13.693 – 100 Índice do rendimento = = 0,341 40.000 – 100 MASCULINO Parcela da população: 0,504 Rendimento auferido estimado (dólares PPC): 27.739 27.739 – 100 Índice do rendimento = = 0,693 40.000 – 100 Os índices feminino e masculino são, então, combinados para determinar o índice distribuído igualmente: PEDI do rendimento = {[0,496 (0,341–1)] + [0,504 (0,693–1)]}–1 = 0,458 4. Cálculo da MPG Uma vez calculada a PEDI para as três dimensões da MPG, a determinação desta é directa. É uma média simples dos três índices PEDI. MPG = 244 0,245 + 0,826 + 0,458 = 0,509 3 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 ADENDA À NOTA TÉCNICA 1 Rendimento auferido feminino e masculino Apesar da importância dos dados do rendimento desagregados por sexos, não estão disponíveis medidas directas. Por isso, foram produzidos, para este Relatório, estimativas brutas dos rendimentos auferidos por mulheres e homens. O rendimento pode ser visto de duas formas: como um recurso para o consumo e como ganhos dos indivíduos. Como medida de uso, é difícil a sua desagregação entre homens e mulheres porque os recursos são partilhados dentro da unidade familiar. Pelo contrário, os ganhos são separáveis porque os diferentes membros da família são remunerados separadamente. A medida do rendimento utilizada no IDG e na MPG indica a capacidade do indivíduo para obter rendimento. É utilizada no IDG para captar as disparidades entre homens e mulheres no controlo dos recursos e, na MPG, para captar a independência económica das mulheres. (Para questões conceptuais e metodológicas relacionadas com esta abordagem, ver "Gender Inequality in Human Development", de Sudhir Anand e Amartya Sen, e o capítulo 3 e notas técnicas 1 e 2 do Relatório de Desenvolvimento Humano 1995; ver a lista de leituras seleccionadas no fim desta notas técnica.) Os rendimentos auferidos feminino e masculino (dólares PPC) são estimados utilizando os dados seguintes: • Rácio entre o salário não agrícola feminino e o salário não agrícola masculino. • Parcelas masculina e feminina da população economicamente activa.. • População feminina e masculina total. • PIB per capita (dólares PPC). Estimação dos rendimentos auferidos feminino e masculino Esta ilustração da estimação dos rendimentos auferidos feminino e masculino usa dados de 1999 para Israel. 1. Cálculo do PIB total (dólares PPC) O PIB total (dólares PPC) é calculado multiplicando o PIB per capita (dólares PPC) pela população total. População total = 5.910 (milhares) PIB per capita (dólares PPC): 18.440 PIB total (dólares PPC) = 5.910 (18.440) = 108.980.400 (milhares) 2. Cálculo da parcela feminina da remuneração salarial Como os dados sobre salários nas áreas rurais e no sector informal são raros, o Relatório usou salários não agrícolas e assumiu que o rácio entre os salários femininos e os salários masculinos no sector não agrícola é aplicável ao resto da economia. A parcela feminina da remuneração salarial é calculada utilizando o rácio entre o salário não agrícola feminino e o salário não agrícola masculino e as parcelas percentuais feminina e masculina da população economicamente activa. Onde os dados sobre o rácio salarial não estão disponíveis, é utilizado um valor de 75%, a média não ponderada (valor arredondado) dos países que têm dados disponíveis. Rácio entre os salários não agrícolas feminino e masculino (Wf /Wm ) = 0,75 Parcela percentual feminina da população economicamente activa (EAf ) = 40,7% Parcela percentual masculina da população economicamente activa (EAm ) = 59,3% Wf /Wm (EAf ) 0,75 (40,7) Parcela feminina da remuneração salarial (Sf ) = = = 0,340 [Wf /Wm (EAf )] + EAm [0,75 (40,7)] + 59,3 3. Cálculo dos rendimentos auferidos feminino e masculino É necessário assumir a hipótese de que a parcela feminina da remuneração salarial é igual à parcela feminina do PIB. Parcela feminina da remuneração salarial (Sf ) = 0,340 PIB total (dólares PPC) (Y ) = 108.980.400 (milhares) População feminina (Nf ) = 2.995 (milhares) Rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC) (Yf ) = População masculina (Nm ) = 2.915 (milhares) Rend. auferido masculino estimado (dól. PPC) (Ym ) = Y – Sf (Y ) 108.980.400 – [0,340 (108.980.400)] = = 24.675 Nm 2.915 Leituras seleccionadas Símbolos Wf / Wm = rácio entre o salário não agrícola feminino e o salário não agrícola masculino EAf = parcela feminina da população economicamente activa EAm = parcela masculina da população economicamente activa Sf = parcela feminina da remuneração salarial Y = PIB total (dólares PPC) Nf = população feminina total Nm = população masculina total Yf = rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC) Ym = rendimento auferido feminino estimado (dólares PPC) Nota Devido aos arredondamentos, os cálculos com base em dados, nesta nota técnica, podem produzir resultados diferentes dos apresentados nos quadros de indicadores. TECHNICAL NOTES Sf (Y ) 0,340 (108.980.400) = = 12.372 Nf 2.995 Anand, Sudhir, and Amartya Sen. 1994. “Human Development Index: Methodology and Measurement.” Occasional Paper 12. United Nations Development Programme, Human Development Report Office, New York. (HDI) ———. 1995. “Gender Inequality in Human Development: Theories and Measurement.” Occasional Paper 19. United Nations Development Programme, Human Development Report Office, New York. (GDI, GEM) ———. 1997. “Concepts of Human Development and Poverty: A Multidimensional Perspective.” In United Nations Development Programme, Human Development Report 1997 Papers: Poverty and Human Development. New York. (HPI-1, HPI-2) Bardhan, Kalpana, and Stephan Klasen. 1999. “UNDP’s Gender-Related Indices: A Critical Review.” World Development 27(6): 985–1010. (GDI, GEM) United Nations Development Programme. 1995. Human Development Report 1995. New York: Oxford University Press. Technical notes 1 and 2 and chapter 3. (GDI, GEM) ———. 1997. Human Development Report 1997. New York: Oxford University Press. Technical note 1 and chapter 1. (HPI-1, HPI-2) ———. 1999. Human Development Report 1999. New York: Oxford University Press. Technical note. (HDI) 245 NOTA TÉCNICA 2 CÁLCULO DO ÍNDICE DE REALIZAÇÃO TECNOLÓGICA Cálculo do IRT Esta ilustração do cálculo do IRT usa dados da Nova Zelândia, para vários anos em 1997-2000. O índice de realização tecnológica (IRT) é um índice composto concebido para captar o desempenho dos países na criação e difusão de tecnologia e na construção de uma base de qualificações humanas. O índice mede a realização em quatro dimensões: • Criação de tecnologia, medida pelo número de patentes concedidos a residentes per capita e pelas receitas de royalties e direitos de licenças recebidos do exterior per capita. • Difusão de inovações recentes, medida pelo número de anfitriões de Internet per capita e pela parcela das exportações de alta e média tecnologia nas exportações totais. • Difusão de inovações antigas, medida por telefones (por cabo e móveis) per capita e consumo de electricidade per capita. • Qualificações humanas, medidas pelos anos médios de escolaridade da população com idade igual ou superior a 15 anos e pela taxa de escolarização bruta no ensino superior em ciências. Para cada um dos indicadores nestas dimensões, os valores mínimo e máximo observados (entre todos os países com dados) são escolhidos como "balizas". O desempenho de cada indicador é expresso como um valor entre 0 e 1, aplicando a fórmula geral seguinte: valor actual – valor mínimo observado Índice do indicador = valor máximo observado – valor mínimo observado O índice de cada dimensão é, então, calculado como a média simples dos seus índices de indicadores. O IRT, por seu lado, é a média simples dos quatro índices de dimensão. 1. Cálculo do índice de criação tecnológica As patentes e as receitas de royalties e direitos de licenças são utilizadas para uma aproximação ao nível da criação tecnológica. Os índices dos dois indicadores são calculados de acordo com a fórmula geral. Índice de patentes = Índice de royalties e direitos de licenças = Indicador Patentes concedidos a residentes (por milhões de pessoas) 994 Royalties e direitos de licenças recebidos (dólares EUA por 1.000 pessoas) 272,6 Anfitriões de Internet (por 1.000 pessoas) 232,4 Exportações de alta e média tecnologia (em % das exportações totais de bens) 80,8 Telefones (cabo e móveis, por 1.000 pessoas) 901a Consumo de electricidade (Kilowatt-horas per capita) 6.969a Anos médios de escolaridade (15 anos e mais) 12,0 Taxa de escolarização bruta no superior em ciências (%) 27,4 Índice de criação tecnológica = 2. Cálculo do índice de difusão das inovações recentes O índice de difusão das inovações recentes é calculado através da mesma fórmula, utilizando os anfitriões de Internet e a parcela das exportações de alta e média tecnologia nas exportações totais de bens. Índice de anfitriões de Internet = 146,7 – 0,0 = 0,631 232,4 – 0,0 Índice de exportações de alta e média tecnologia = 0 15,4 – 0,0 = 0,191 80,8 – 0,0 0,631 + 0,191 = 0,411 2 Índice de difusão das inovações recentes = 3. Cálculo do índice de difusão das inovações antigas Os dois indicadores utilizados para representar a difusão das inovações antigas são os telefones (por cabo e móvel) e o consumo de electricidade per capita. Neste caso, os índices são calculados utilizando o logaritmo do valor e a baliza mais alta é a média da OCDE. Para uma discussão mais pormenorizada, ver anexo 2.1. Índice de telefonia = log (720) – log (1) = 0,967 log (901) – log (1) O valor da Nova Zelândia para o consumo de electricidade foi estabelecido em 6,969, valor máximo observado, porque excedia a baliza. Índice de electricidade = log (6.969) – log (22) = 1,000 log (6.969) – log (22) 0 0,967 + 1,000 = 0,984 2 4. Cálculo do índice de qualificações humanas O índice de qualificações humanas é calculado de acordo com a fórmula geral, utilizando os anos médios de escolaridade e a taxa de escolarização bruta no superior em ciências. Índice de anos médios de escolaridade = 11,7 – 0,8 = 0,973 12,0 – 0,8 1 22 0,8 Índice de escolarização bruta no superior em ciências = Índice de qualificações humanas = 13,1 – 0,1 = 0,476 27,4 – 0,1 0,973 + 0,476 = 0,725 2 0,1 a. Média da OCDE Nota Devido aos arredondamentos, os cálculos com base em dados, nesta nota técnica, podem produzir resultados diferentes dos apresentados no quadro anexo A2.1. do capítulo 2. 246 0,104 + 0,048 = 0,076 2 Índice de difusão das inovações antigas = 0 0 13,0 – 0,0 = 0,048 272,6 – 0,0 O índice de criação tecnológica é a média simples destes dois índices: Balizas para o cálculo do IRT Valor Valor máximo mínimo observado observado 103 – 0 = 0,104 994 – 0 5. Cálculo do índice de difusão tecnológica Uma média simples dos quatro índices de dimensão dá-nos o índice de realização tecnológica. IRT = 0,076 + 0,411 + 0,984 + 0,725 = 0,549 4 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 NOTA TÉCNICA 3 AVALIAÇÃO DO PROGRESSO EM DIRECÇÃO AOS OBJECTIVOS DO DESENVOLVIMENTO E ERRADICAÇÃO DA POBREZA DA DECLARAÇÃO DO MILÉNIO O Relatório de Desenvolvimento Humano deste ano avalia o progresso dos países em direcção a objectivos específicos definidos nos objectivos do desenvolvimento e erradicação da pobreza da Declaração do Milénio. Cada meta foi fixada em 2015, com 1990 como ano de referência. Assim, por exemplo, atingir uma meta de redução para metade de uma taxa ou rácio, significa reduzir o valor de 1990 em 50% no ano 2015. A avaliação das realizações dos países entre 1990 e 2015 revela se eles estão a progredir suficientemente depressa para atingir as metas. A monitorização do progresso ao nível mundial requer que os dados sejam compatíveis. No entanto, faltam dados ou não são de confiança para algumas metas ou para muitos países. Os países com níveis mais elevados de desenvolvimento são os que mais provavelmente dispõem de dados e, se incluídos na avaliação, deverão estar entre aqueles com melhor desempenho. Os países de rendimento elevado da OCDE foram excluídos desta avaliação. O número de países cujo progresso foi avaliado para cada uma das metas, varia de 58 a 159 (ver quadro NT 3.1). A avaliação das realizações dos países em 1999 foi baseada nos critérios seguintes: • Realizado: O país já alcançou a meta. • No caminho: O país atingiu a taxa de progresso necessária para alcançar a meta em 2015, ou atingiu 90% dessa taxa de progresso. • Atrasado: O país atingiu 70-89% da taxa de progresso requerida para alcançar a meta em 2015. • Muito atrasado: O país atingiu menos de 70% da taxa de progresso requerida. • Em queda: O nível de realização do país é pior em 1999 do que em 1990, caindo pelo menos 5 pontos percentuais. A taxa de progresso necessária para alcançar a meta é determinada pela realização que seria necessária em 1999, assumindo um percurso linear do progresso. Onde não existem dados disponíveis para 1990 ou 1999, foram utilizados os dados do ano mais próximo. Todos os países dentro dos 10 pontos percentuais do objectivo universal (tal como 100% da escolarização), em 1999, são considerados com estando "no caminho". O indicador preferido para avaliar o progresso relativamente à redução para metade da proporção de pessoas na stuação de pobreza extrema é a parcela da população que vive com menos de 1 dólar (PPC) por dia, mas não há muita disponibilidade de séries temporais nacionais baseadas nesta linha de pobreza. Foi, por isso, escolhida uma aproximação alternativa, que utiliza as estimativas de taxas de crescimento de um estudo de Hanmer e Naschold (2000). Este estudo desenvolveu taxas de crescimento para dois cenários: actividades habituais (assumindo que não há mudanças nos padrões de crescimento) e condições favoráveis aos pobres (em que os benefícios do crescimento chegam aos pobres mais depressa). Em cada cenário, a taxa de crescimento necessária para um país alcançar a meta de reduzir a pobreza para metade em 2015 depende de o país ter uma desigualdade baixa ou elevada, tal como é medida pelo índice de Gini. Os países com desigualdade elevada (definida como um índice de Gini igual ou superior a 43) requerem um crescimento mais rápido para alcançar a meta (quadro NT 3.2). Dadas essas taxas de crescimento, o progresso de cada país foi avaliado em função do grau de realização da taxa de crescimento requerida. Para muitos outros indicadores-a taxa de mortalidade materna, a percentagem de pessoas com acesso a fontes de água melhoradas e a percentagem de crianças que atingem o 5º ano – as taxas de progresso são desconhecidas, porque é difícil obter dados fidedignos e porque as séries temporais não estão disponíveis. Têm sido realizadas avaliações alternativas, baseadas no desempenho dos anos mais recentes, para os quais estão disponíveis dados razoavelmente fidedignos. (quadro NT 3.3). Quadro nota técnica 3.1 Indicadores utilizados na avaliação do progresso em direcção aos objectivos da Declaração do Milénio Indicador Pobreza extrema Taxa de crescimento anual médio do PIB per capita, 1990-99 e índice de Gini, 1990-99b Fome Percentagem de pessoas subalimentadas, 1990/92 e 1996/98 Água potável Percentagem de pessoas com acesso a fontes de água melhoradas, 1999 Educação universal Taxa de escolarização primária bruta, 1990 e 1995-97b Igualdade entre os sexos Mortalidade materna Mortalidade infantil e juvenil Percentagem de crianças que atingem o 5º ano, coorte de 1995 Rácio entre raparigas e rapazes escolarizados (taxas de escolarização bruta), 1990 e 1995-97b Nível primário Nível secundário Taxa de mortalidade materna (por 100.000 nados-vivos), 1995 Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados-vivos), 1990 e 1999c Taxa de mortalidade de menores de cinco (por 1.000 nados-vivos), 1990 e 1999 Países avaliadosa 85 (77) 86 (73) 133 (82) 58 (39) 83 (39) Fonte World Bank 2001a e 2001b FAO 2000 UNICEF 2000 UNESCO 2001c UNESCO 2000d 88 85 145 159 159 UNESCO 1999 UNESCO 1999 Hill, AbouZahr e Wardlaw 2001 UNICEF 2001 UNICEF 2001 (63) (64) (85) (85) (85) a. Os números entre parêntesis referem-se à percentagem da população mundial coberta pela avaliação. b. Os dados referem-se ao ano mais recente disponível durante o período indicado. c. Objectivo do desenvolvimento internacional. Quadro nota técnica 3.2 Taxa de crescimento anual do PIB per capita necessária para reduzir a pobreza para metade em 2015 Percentagem Actividades Condições habituais favoráveis aos pobres Países com desigualdade elevada (índice de Gini 43) 7,1 3,7 Países com desigualdade baixa (índice de Gini 43) 3,7 1,5 Quadro nota técnica 3.3 Critérios para avaliação do progresso na mortalidade materna, acesso a fontes de água melhoradas e conclusão da escolaridade primária Pessoas com acesso Crianças que Taxa de mortalidade materna a fontes de água melhoradas atingem o 5º ano (por 100.000 nados-vivos) (%) (%) Avaliação 1995 1999 coorte de 1995 Realizado < 20 100 100 No caminho 21–99 90–99 90–99 Atrasado 100–599 70–89 70–89 Muito atrasado 600 ou mais 70 70 Fonte: Hanmer e Naschold 2000. TECHNICAL NOTES 247 Referências estatísticas Aten, Bettina, Alan Heston and Robert Summers. 2001. “Penn World Tables 6.0.” University of Pennsylvania, Center for International and Interarea Comparisons, Philadelphia. CDIAC (Carbon Dioxide Information Analysis Center). 2000. Trends: A Compendium of Data on Global Change. [cdiac.esd.ornl.gov/trends/trends.htm]. December 2000. FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). 2000. “State of Food Insecurity 2000.” [www.fao.org/focus/ e/sofi00/sofi001-e.htm]. January 2001. Hanmer, Lucia, and Felix Naschold. 2000. “Attaining the International Development Target: Will Growth Be Enough?” Development Policy Review 18 (March): 11–36. Hill, Kenneth, Carla AbouZahr and Tessa Wardlaw. 2001. “Estimates of Maternal Mortality for 1995.” Bulletin of the World Health Organization 79 (3): 182–93. IISS (International Institute for Strategic Studies). 2000. The Military Balance 2000–2001. Oxford: Oxford University Press. ILO (International Labour Organization). 1996. Estimates and Projections of the Economically Active Population, 1950–2010. 4th ed. Diskette. Geneva. ———.1999. Key Indicators of the Labour Market 1999. Geneva. ———.2001a. 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World Health Report 2000: Health Systems— Improving Performance. Geneva. ———.2001a. Correspondence on access to essential drugs. Department of Essential Drugs and Medicines Policy. February. Geneva. ———. 2001b. Correspondence on cigarette consumption data. January. Geneva. ———. 2001c. “WHO Estimates of Health Personnel.” [www.who.int/whosis/]. January 2001. ———. 2001d. WHO Global Database on Coverage of Maternity Care. Department of Reproductive Health and Research. January. Geneva. World Bank. 2001a. Correspondence on PIB per capita growth rates. March. Washington, DC. ———.2001b. World Development Indicators 2001. CD-ROM. Washington, DC. 249 Definições de termos estatísticos Ajuda líquida das ONG Transferência de recursos por organizações não governamentais nacionais (agências privadas sem fins lucrativos) para países em desenvolvimento ou territórios identificados na Parte I da lista de países beneficiários da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD). Calculada como fluxos líquidos enviados pelas ONG menos a transferência de recursos que estas recebem do sector oficial (que já estão incluídos na ajuda pública ao desenvolvimento). Ver ajuda pública ao desenvolvimento (APD). Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) para os países menos desenvolvidos Ver ajuda pública ao desenvolvimento (APD), líquida e as classificações de países para os países menos desenvolvidos. Ajuda pública ao desenvolvimento (APD), líquida Donativos ou empréstimos, líquidos de reembolsos, para determinados países ou territórios identificados na Parte I da lista de países beneficiários da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD), que são concedidos pelo sector público e cujo objectivo principal é a promoção do desenvolvimento económico e do bem-estar, em termos financeiros concessionais. Ajuda pública Donativos ou empréstimos que obedecem aos mesmos padrões da ajuda pública ao desenvolvimento (APD), excepto que os seus beneficiários não são qualificados para a APD. A Parte II da lista de países beneficiários da Comissão de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) identifica os beneficiários da ajuda pública. Alfabetização de adultos, taxa Percentagem da popu- Armas convencionais, transferência Refere-se à transferência voluntária, pelo fornecedor, de armas com objectivo militar e destinadas às forças armadas, paramilitares, ou agências de informação de outro país (exclui, portanto, as armas capturadas ou obtidas através de desertores). Incluem os principais sistemas ou armas convencionais, em seis categorias: navios, aeronaves, mísseis, artilharia, veículos blindados e sistemas de direcção e radar (excluem-se camiões, serviços, munições, armas pequenas, artigos de apoio, componentes e tecnologia componente, ou artilharia naval com menos de 100 milímetros de calibre). Ciências, matemática e engenharia, estudantes do superior em A parcela dos estudantes do ensino superior inscritos em ciências naturais; engenharia; matemática e ciências de computadores; arquitectura e planeamento urbano; transportes e comunicações; programas de comércio, artesanato e indústria; agricultura, silvicultura e pesca. Ver educação. Cientistas e engenheiros em I&D Pessoas formadas para trabalhar em qualquer área científica, que estão integradas em actividades especializadas de investigação e desenvolvimento (I&D). Muitas dessas actividades requerem a conclusão do ensino superior. Combustível tradicional, consumo Consumo esti- lação com 15 anos ou mais que pode, com compreensão, ler e escrever um texto pequeno e simples sobre o seu quotidiano. mado de lenha, carvão, bagaço e resíduos animais e vegetais. O consumo de combustível tradicional e o consumo de energia comercial somam, em conjunto, o consumo total de energia. Alfabetização de jovens, taxa Percentagem da popu- Consumo de cigarros por adulto, média anual lação com idade entre 15 e 24 anos que pode, com compreensão, ler e escrever um texto pequeno e simples sobre o seu quotidiano. Soma da produção e importação menos exportação de cigarros, dividido pela população com idade igual ou superior a 15 anos. Altura deficiente para a idade, crianças menores de cinco anos Inclui raquitismo moderado ou grave, Contraceptivos, taxa de utilização Percentagem de mulheres casadas em idade fértil (15-49) que utilizam, ou cujos maridos utilizam, qualquer forma de contracepção, tanto moderna como tradicional. definido como inferior a dois desvios padrões da altura média por idade da população de referência. 250 Analfabetismo de adultos, taxa Calculado como 100 menos a taxa de alfabetização de adultos. Ver alfabetização de adultos, taxa. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Crianças que atingem o 5º ano Percentagem das crianças que, tendo começado o ensino primário, eventualmente atingirão o 5º ano (4º ano, se a duração do ensino primário for de quatro anos). A estimativa baseiase no método do coorte reconstruído, que utiliza dados sobre matrículas e repetentes para dois anos consecutivos. Criminalidade total Refere-se aos 11 crimes registados no Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade: roubo, assalto de casas, tentativa de assalto, roubo de carros, vandalismo de carros, roubo de bicicletas, assalto sexual, assalto a carros, roubo de propriedade pessoal, assalto e ameaça, e roubo de motocicletas ou bicicletas motorizadas. Ver criminalidade, pessoas vitimizadas. Criminalidade, pessoas vitimizadas Percentagem da população que entende que foi vitimizada por certo tipo de crime no ano anterior, baseado nas respostas ao Inquérito Internacional sobre Vítimas da Criminalidade. Para informações adicionais, ver caixa 3 das notas sobre as estatísticas. Desemprego de longa duração Desemprego com duração de 12 meses ou mais. Ver desemprego. Desemprego jovem Refere-se ao desemprego entre os 15 (ou 16) e os 24 anos, dependendo das definições nacionais. Ver desemprego. Desemprego Todas as pessoas acima de uma idade definida que não têm emprego remunerado, nem são trabalhadores independentes, mas que se encontram disponíveis para trabalhar e deram os passos necessários para encontrar emprego remunerado ou para trabalharem como independentes. Educação, despesa pública Despesa na educação pública mais subsídios à educação privada nos níveis primário, secundário e superior. Inclui despesas em todos os níveis da administração-central, regional e local. Ver educação, níveis. Educação, índice Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento humano. Baseiase na taxa de alfabetização de adultos e na taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior. Para pormenores sobre o processo de cálculo do índice da educação, ver nota técnica 1. Educação, níveis A educação é classificada em primária, secundária e superior, de acordo com a Classificação Internacional Tipo da Educação (CITED). Ensino pré-primário (CITED, nível 0): é dispensado em escolas como jardins-de-infância, escolas maternais e infantis e destina-se às crianças que não têm idade suficiente para se matricularem no primeiro nível. Ensino primário (CITED, nível 1): fornece os elementos básicos da educação, em escolas como as elementares ou primárias. DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS Ensino secundário (CITED, níveis 2 e 3): é baseado em quatro anos, pelo menos, de instrução prévia no primeiro nível e ministra a instrução geral ou especializada, ou ambas, dispensada em instituições como escolas intermédias, secundárias, liceus, escolas de formação de professores a este nível e escolas técnicas e profissionais. Ensino superior (CITED, níveis 5-7): refere-se à educação em instituições como universidades, escolas superiores de educação ou escolas profissionais superiores-exigindo como condição mínima de admissão a conclusão, com sucesso, da educação do 2º nível ou a prova de aquisição de um nível equivalente de conhecimentos. Electricidade, consumo per capita Refere-se à produção bruta, per capita, que inclui o consumo de estações auxiliares e quaisquer perdas nos transformadores considerados partes integrantes das estações. Também inclui a produção total de energia eléctrica pelas estações de bombeamento, sem dedução da energia eléctrica consumida pelas bombas. Emissões de dióxido de carbono Emissões de dióxido de carbono antropogenético (origem humana) provenientes da combustão de combustíveis fósseis e da produção de cimento. As emissões são calculadas a partir de dados do consumo de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos e da combustão fulgurante da gasolina. Emprego por actividade económica Emprego na indústria, agricultura ou serviços, segundo a definição do sistema de Classificação Internacional Tipo da Indústria (CITI) (revisão 2 e 3). Indústria refere-se às actividades de mineração, extracção de pedras, manufactura, construção e serviços públicos (gás, água e electricidade). Agricultura refere-se às actividades agrícolas, de caça, silvicultura e pesca. Serviços referem-se ao comércio por grosso e a retalho; restaurantes e hotéis; transportes, armazenagem e comunicações; finanças, seguros, imobiliário e serviços comerciais; e aos serviços pessoais, sociais e comunitários. Energia utilizada, PIB por unidade de Rácio do PIB (dólares PPC) pela energia comercial utilizada, medido em quilogramas de equivalente petróleo. Este rácio fornece uma medida da eficiência da energia, mostrando estimativas comparáveis e consistentes do PIB real entre países relativamente aos inputs físicos (unidades de utilização de energia). Ver PIB (produto interno bruto) e PPC (paridade do poder de compra). Escolaridade, anos médios de A duração média em anos de escolaridade atingida pela população com idade igual ou superior a 15 anos. Escolarização, taxa de bruta no superior de ciências Número de estudantes matriculados no ensino superior de ciências, independentemente da idade, em percentagem da população do grupo de idades específico. As Ciências incluem ciências naturais; engenharia; 251 matemática e ciências de computadores; arquitectura e planeamento urbano; transporte e comunicações; programas de comércio, artesanato e industriais; e agricultura, silvicultura e pesca. Ver, também, educação, níveis e escolarização, taxa bruta. Exportações de mercadorias Bens fornecidos ao resto do mundo, incluindo exportações primárias, manufacturadas e outras transacções. Ver exportações manufacturadas e exportações primárias. Exportações manufacturadas Inclui exportações de Escolarização, taxa de bruta Número de estudantes matriculados num nível de educação, independentemente da idade, em percentagem da população correspondente ao grupo de idades para esse nível. Ver educação, níveis. produtos químicos, manufacturas básicas, máquinas e material de transporte e outros produtos manufacturados diversos, segundo a Classificação Tipo do Comércio Internacional. Exportações primárias Definido segundo a ClassiEscolarização, taxa de líquida Número de estudantes matriculados num nível de educação, que tem a idade escolar oficial para esse nível, em percentagem da população que tem idade escolar oficial para esse nível. Ver educação, níveis. Esperança de vida à nascença Número de anos que viveria uma criança recém-nascida se os padrões de mortalidade prevalecentes no tempo do seu nascimento se mantivessem os mesmos ao longo da sua vida. ficação Tipo do Comércio Internacional para incluir exportações de produtos alimentares, produtos agrícolas e matérias-primas, combustíveis, minérios e metais. Fertilidade total, taxa Número médio de filhos que uma mulher teria, se as taxas de fertilidade de cada idade específica se mantivessem inalteradas durante a sua vida. Fertilizantes, consumo Montante de fertilizantes Esperança de vida, índice Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento humano. Para pormenores sobre o processo de cálculo do índice da educação, ver nota técnica 1. Exportações de alta e média tecnologia Ver exportações de alta tecnologia e exportações de média tecnologia. Exportações de alta tecnologia Inclui exportações de electrónica e produtos eléctricos como turbinas, transistores, televisões, equipamento gerador de energia e equipamento processador de dados e telecomunicações, e outras exportações de alta tecnologia como máquinas fotográficas e de filmar, produtos farmacêuticos, equipamento aeroespacial e instrumentos ópticos e de medida. Exportações de baixa tecnologia Inclui exportações de têxteis, papel, produtos de vidro e produtos básicos de aço e ferro (tais como lâminas, fios e fundições não trabalhadas). Exportações de bens e serviços Valor de todos os bens e outros serviços de mercado fornecidos ao resto do mundo, incluindo o valor de mercadorias, fretes, seguros, transportes, viagens, royalties, direitos de licenças e outros serviços. Excluem-se os rendimentos do trabalho e da propriedade (formalmente chamados de serviços factoriais). Exportações de média tecnologia Inclui exportações de produtos automotores, equipamento de manufactura (tais como máquinas de processamento agrícola, têxtil ou alimentar), alguma formas de siderurgia (tubos e formas primárias) e produtos químicos tais como polímeros, fertilizantes e explosivos. 252 manufacturados-azoto (N), fosfato (P2O5) e potássio (K2O) – consumido por ano, por hectare de terra arável e semeada permanentemente. Fluxos privados, outros Uma categoria que combina fluxos de investimento de carteira não criadores de dívida (a soma de capitais do país, receitas de depósitos e compras directas de acções por investidores estrangeiros), fluxos de carteira criadores de dívida (obrigações emitidas compradas por investidores estrangeiros) e empréstimos bancários e relacionados com o comércio (empréstimos de bancos comerciais e outros créditos comerciais). Fontes de água melhoradas, população que não usa Calculado como 100 menos a percentagem da população que usa fontes de água melhoradas. Ver fontes de água melhoradas, população que usa. Fontes de água melhoradas, população que usa Percentagem da população com acesso regular a uma quantidade adequada de água potável, a partir de fontes melhoradas. Acesso regular é definido com a disponibilidade de pelo menos 20 litros por pessoa e dia, de uma fonte até um quilómetro da residência do utilizador. Fontes melhoradas incluem ligações às casas, canalizações públicas, poços com bombas manuais, reservatórios protegidos, nascentes protegidas e recolha de água das chuvas (não estão incluídos vendedores, camiões cisternas e reservatórios e nascentes não protegidos). Forças armadas totais Forças estratégicas, terrestres, navais, aéreas, administrativas, de comando e de apoio. Também incluem forças paramilitares como polícia, guarda alfandegária ou de fronteira, quando têm formação em estratégias militares. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 HIV/SIDA, pessoas que vivem com Número estimado de pessoas que vivem com HIV/SIDA, no fim do ano indicado. Importação de bens e serviços Valor de todos os bens e outros serviços de mercado comprados ao resto do mundo, incluindo o valor de mercadorias, fretes, seguros, transportes, viagens, royalties, direitos de licenças e outros serviços. Excluem-se os rendimentos do trabalho e da propriedade (formalmente chamados de serviços factoriais). Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Índice composto que mede a realização média nas três dimensões básicas captadas no índice de desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, conhecimento e um nível de vida digno-ajustado para reflectir as desigualdades entre homens e mulheres. Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice, ver nota técnica 1. Instalações sanitárias adequadas, população com Percentagem da população que utiliza instalações sanitárias adequadas, tais como a ligação a um sistema de esgotos ou a um reservatório séptico, uma retrete com autoclismo, uma retrete simples com fossa, ou uma retrete com fossa melhorada. Um sistema de descarga das excreções é considerado adequado se é privado ou partilhado (mas não público) e se separa, higienicamente, as excreções do contacto humano. Insuficiência de peso, crianças nascidas com Percentagem de crianças que nascem com um peso inferior a 2.500 gramas. Internet, anfitriões Um sistema de computadores ligado à Internet – um terminal individual directamente ligado, ou um computador que permite a múltiplos utilizadores, por seu intermédio, o acesso aos serviços em rede. Investigação e desenvolvimento, despesas de Índice de desenvolvimento humano (IDH) Medida composta que mede a realização média em três dimensões básicas do desenvolvimento humano- uma vida longa e saudável, conhecimento e um nível de vida digno. Para pormenores sobre o modo de calculo do índice, ver a nota técnica 1. Despesas corrente e de capital (incluindo despesas gerais) na actividade criativa e sistemática destinada a aumentar o stock de conhecimento. Incluem-se a investigação fundamental e aplicada e os trabalhos de desenvolvimento experimental que conduzem a novos inventos, produtos ou processos. Índice de Gini Mede a extensão até à qual a dis- Investimento directo estrangeiro, fluxos líquidos tribuição do rendimento (ou consumo) entre indivíduos e famílias, num país, desvia de uma distribuição perfeitamente igual. O valor 0 representa a igualdade perfeita e o valor 100 a desigualdade perfeita. Fluxos líquidos de investimento para adquirir uma posição de gestão permanente (10% ou mais de acções com poder de voto) numa empresa que opera numa economia distinta da do investidor. É a soma das acções, reinvestimento de ganhos, outros capitais de longo prazo e capitais de curto prazo. Índice de pobreza humana (IPH-1) para países em desenvolvimento Índice composto que mede a privação nas três dimensões básicas captadas no índice de desenvolvimento humano-longevidade, conhecimento e nível de vida. Para pormenores sobre o modo de calculo do índice, ver a nota técnica 1. Índice de pobreza humana (IPH-2) para países seleccionados da OCDE Índice composto que mede a privação nas três dimensões básicas captadas no índice de desenvolvimento humano-longevidade, conhecimento e nível de vida-e que ainda capta a exclusão social. Para pormenores sobre o modo de calculo do índice, ver a nota técnica 1. Índice de preços no consumidor Reflecte variações de custo no consumidor médio quando este adquire um cabaz de bens e serviços, o qual pode ser fixo ou variar em intervalos determinados. Índice de realização tecnológica Um índice composto baseado em oito indicadores para quatro dimensões: criação tecnológica, difusão de inovações recentes, difusão de inovações antigas e qualificações humanas. Para mais pormenores sobre o modo como o índice é calculado, ver nota técnica 2. DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS Legisladoras, funcionárias superiores e gestoras Parcela das mulheres em funções definidas de acordo com a Classificação Internacional Tipo das Ocupações (CITO-88), incluindo legisladoras, funcionárias públicas superiores, chefes tradicionais e presidentes de câmaras, funcionárias superiores de organizações de interesse particular, gestoras de empresas, directoras e directoras executivas, gestoras de departamentos de produção e operações e de outros departamentos e gestoras gerais. Linha de privação de rendimento, pessoas abaixo da Refere-se à percentagem da população que vive abaixo de uma determinada linha de pobreza: • 1 dólar por dia – a preços internacionais de 1985 (equivalente a 1,08 dólares, a preços internacionais de 1993), ajustado à paridade do poder de compra. • 4 dólares por dia – a preços internacionais de 1990, ajustado à paridade do poder de compra. • 11 dólares por dia (por pessoa numa família de três)a preços internacionais de 1994, ajustado à paridade do poder de compra. • Linha de pobreza nacional – a linha de pobreza considerada pelas autoridades como apropriada para o país. 253 •50% do rendimento médio – 50% do rendimento famil Paridade do poder de compra (dólares PPC) Uma iar disponível médio. taxa de câmbio que toma em consideração as diferenças de preços entre países, permitindo comparações interLugares no parlamento ocupados por mulheres nacionais do produto e rendimentos reais. À taxa dólares Lugares ocupados por mulheres numa câmara baixa PPC (como se usa neste Relatório), 1 dólar PPC tem o ou única e numa câmara alta ou senado, onde for relemesmo poder de compra na economia doméstica que 1 vante. dólar EUA tem nos Estados Unidos. Para pormenores sobre questões conceptuais e práticas relacionadas com Malária, casos Número total de casos de malária relataas PPC, ver caixa 2 nas notas sobre as estatísticas. dos à Organização Mundial da Saúde pelos países em que a malária é endémica. Muitos países relatam apenas Partos assistidos por técnicos de saúde Percentagem casos confirmados laboratorialmente, mas muitos outros de partos assistidos por médico (especialista, não espeda África Subsariana também relatam casos diagnosticialista ou pessoa com qualificações de obstetrícia, que cados clinicamente. pode diagnosticar e gerir complicações obstetrícias bem como partos normais), enfermeira ou parteira (pessoa Medicamentos essenciais, população com acesso que completou com sucesso o curso recomendado de aos Percentagem da população que tem acesso a um míobstetrícia e é capaz de garantir a supervisão necessária, nimo de 20 dos medicamentos mais essenciais, contios cuidados e conselhos às mulheres durante a gravidez, nuamente e sem custos, nas instalações de saúde públicas dores de parto e período pós-parto e cuidar de recémou privadas, ou em farmácias, num percurso até uma hora nascidos e bebés), ou parteiras tradicionais formadas da residência. (pessoa integrada no sistema formal de cuidados de saúde, que adquiriu, inicialmente, a sua competência a Médicos Abrange os diplomados de uma faculdade ou partejar ou através da aprendizagem com outras parteiras escola de medicina em qualquer campo médico tradicionais e que, posteriormente, foi submetida a uma (incluindo o ensino, investigação e administração). formação extensiva). Medida de participação segundo o género (MPG) Patentes concedidas a residentes Patentes são do- Índice composto que mede a desigualdade entre os sexos em três dimensões básicas do poder: participação económica e tomada de decisão, participação política e tomada de decisão e poder sobre os recursos económicos. Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice, ver nota técnica 1. cumentos, emitidos por um gabinete público, que descrevem uma invenção e criam uma situação legal, em que a invenção patenteada pode ser explorada normalmente (produzida, utilizada, vendida ou importada) apenas pelo patenteado, ou com sua autorização. A protecção das invenções é limitada, geralmente, até 20 anos da data de apresentação do pedido de concessão da patente. Militar, despesa Todas as despesas do Ministério da Defesa e outros departamentos no recrutamento e formação do pessoal militar, assim como na construção e compra de materiais militares e equipamento. A ajuda militar está incluída nas despesas do país doador. Mortalidade de menores de cinco, taxa A probabilidade de morrer entre o nascimento e os cinco anos exactos de idade, expressa por 1.000 nados-vivos. Mortalidade infantil, taxa A probabilidade de morrer entre o nascimento e um ano exacto de idade, expresso por 1.000 nados-vivos. Mortalidade materna, taxa registada Número anual registado de óbitos de mulheres por causas relacionadas com a gravidez, por 100.000 nados-vivos, não ajustado aos problemas, bem documentados, de sub-registo e má classificação. Mulheres no governo ao nível ministerial Estabelecido de acordo com a definição de cada país do executivo nacional, pode incluir mulheres exercendo cargos de ministras ou vice-ministras, ou desempenhando outras funções governamentais, incluindo secretarias parlamentares. 254 Peso deficiente para a idade, crianças menores de cinco anos Inclui deficiência de peso, moderada ou grave, definida como inferior a dois desvios padrões do peso médio por idade da população de referência. Pessoas deslocadas internamente Refere-se às pessoas que estão deslocadas dentro do seu próprio país e a quem o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) concede protecção ou assistência, ou ambos, na sequência de um pedido especial de um órgão competente da ONU. Pessoas que são funcionalmente analfabetas [com falta de qualificações na literacia funcional] Proporção da população adulta (16-65 anos) com resultados ao nível 1 da escala de literacia de prosa do Inquérito Internacional sobre Literacia de Adultos. A maior parte das tarefas, a este nível, requer que o leitor localize uma informação no texto que seja idêntica ou sinónima da informação dada na directiva. Pessoas subalimentadas Pessoas cujo consumo alimentar é, de forma crónica, insuficiente para obter os requisitos energéticos mínimos. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 PIB (produto interno bruto) Produção total de bens e serviços para consumo final de uma economia, realizada por residentes e não residentes, independentemente da sua afectação a factores produtivos nacionais ou estrangeiros. Não inclui deduções para depreciação do capital físico ou esgotamento e degradação dos recursos naturais padrões prevalecentes das taxas de mortalidade específicas. Refugiados Pessoas que fugiram do seu país devido a um receio bem fundamentado de perseguição por razões de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertença a determinado grupo social e que não podem ou não querem regressar. PIB per capita (dólares PPC) Ver PIB (produto interno bruto) e PPC (paridade do poder de compra). PIB per capita, taxa de crescimento anual Taxa de crescimento anual calculada a partir do PIB per capita em preços constantes, em unidades monetárias locais. PIB, índice do Um dos três índices utilizados na construção do índice de desenvolvimento humano. É baseado no PIB per capita (dólares PPC). Para pormenores sobre o modo de cálculo do índice, ver nota técnica 1. PNB (produto nacional bruto) Compreende o PIB mais o rendimento líquido de factores do exterior, que é o rendimento que os residentes recebem do exterior pelos serviços factoriais (trabalho e capital), menos os pagamentos semelhantes feitos aos não residentes que contribuem para a economia doméstica. População activa [força de trabalho] Todos os empregados (incluindo pessoas acima de uma idade determinada que, durante o período em referência, estiveram num emprego remunerado, com uma ocupação, com um trabalho mas sem uma ocupação, ou autoempregados) e desempregados (incluindo pessoas acima de uma idade determinada que, durante o período em referência, estiveram sem trabalho, disponíveis normalmente para trabalhar e à procura de trabalho). População total Refere-se à população de facto, que inclui toda a população presente numa dada região e num dado tempo. Rendimento auferido (dólares PPC) estimado (feminino e masculino) Cálculo grosseiro, com base no rácio entre os salários não agrícolas feminino e masculino, parcelas feminina e masculina da população economicamente activa, população feminina e masculina total e PIB per capita (dólares PPC). Para pormenores sobre o processo de estimação, ver nota técnica 1. Rendimento auferido, rácio estimado feminino-masculino Rácio entre o rendimento auferido estimado feminino e o rendimento auferido estimado masculino. Ver rendimento auferido (dólares PPC) estimado (feminino e masculino). Rendimento ou consumo, parcelas do Baseado nos inquéritos nacionais às famílias, cobrindo vários anos. Os inquéritos sobre consumo produzem níveis mais baixos de desigualdade entre pobres e ricos do que os inquéritos sobre o rendimento, porque os pobres consomem, geralmente, uma parcela maior do seu rendimento. Como os dados são de inquéritos que cobrem anos diferentes e que utilizam metodologias diferentes, as comparações entre países devem ser feitas com cautela. Royalties e direitos de licenças Receitas que os residentes recebem de não residentes pela utilização autorizada de activos intangíveis, não produzidos, não financeiros e direitos de propriedade (tais como patentes, marcas registadas, copyrights, franchising, e processos industriais) e pelo uso, através de acordos de concessão de licença, de originais produzidos e protótipos (tais como filmes e manuscritos). Os dados são baseados na balança de pagamentos. População urbana População a meio do ano em áreas definidas como urbanas, em cada país, tal como relatas às Nações Unidas. Ver população total. População, taxa de crescimento anual Refere-se à taxa de crescimento exponencial anual no período indicado. Ver população total. Probabilidade à nascença de não ultrapassar uma idade específica Calculado como 1 menos a probabilidade de ultrapassar uma idade específica para uma dada coorte. Ver probabilidade à nascença de ultrapassar uma idade específica. Probabilidade à nascença de ultrapassar uma idade específica Probabilidade de uma criança recém-nascida ultrapassar uma determinada idade, se estiver sujeita aos DEFINIÇÕES DE TERMOS ESTATISTICOS Saúde, despesa per capita (dólares PPC) Soma das despesas pública e privada de saúde (em dólares PPC), dividida pela população. A despesa de saúde inclui a provisão dos serviços de saúde (preventivos e curativos), actividades de planeamento familiar, actividades de nutrição e ajuda de emergência indicada para a saúde (mas não inclui provisão de água e saneamento). Ver saúde, despesa privada; saúde, despesa pública; e PPC (paridade do poder de compra). Saúde, despesa privada Despesa directa das famílias (reembolsável), seguros privados, doações de beneficência e pagamentos directos de serviços pelas empresas privadas. Em conjunto com a despesa pública de saúde, soma a despesa de saúde total. Ver saúde, despesa per capita (dólares PPC) e saúde, despesa pública. 255 Saúde, despesa pública Despesa corrente e de capital dos orçamentos da administração (central e local), empréstimos externos e donativos (incluindo os donativos de agências internacionais e organizações não governamentais), e fundos sociais (ou obrigatórios) de seguros de saúde. Em conjunto com a despesa privada de saúde, soma a despesa de saúde total. Ver saúde, despesa per capita (dólares PPC) e saúde, despesa privada. Serviço da dívida total Soma dos principais reembolsos e juros pagos correntemente em moeda estrangeira, bens ou serviços sobre a dívida de longo prazo, juros pagos sobre a dívida de curto prazo e reembolsos ao Fundo Monetário Internacional. Taxa de actividade económica Proporção do grupo específico que oferece trabalho para a produção de bens e serviços económicos durante um período determinado. Telefones por cabo Uma linha telefónica que liga o assinante ao equipamento central dos telefones. Telefones por cabo, listas de espera Pedidos não atendidos de ligação à rede telefónica, que foram retidos devido à falta de meios técnicos (equipamento, linhas, etc.). Telemóveis, assinantes Pessoas que assinam um serviço de comunicações, em que a voz ou dados são transmitidos por frequências de rádio. Terapia com SRO, taxa de utilização Percentagem de todos os casos de diarreia em crianças menores de 256 cinco anos tratados com sais de reidratação oral, com uma solução caseira apropriada, ou ambos. Termos de troca Rácio entre o índice de preços das exportações e o índice de preços das importações, medido em relação a um ano base. Um valor superior a 100 significa que os preços das exportações subiram em relação aos preços das importações. Trabalhador contribuindo para a família Definido, de acordo com a Classificação Internacional segundo o Estatuto no Emprego (CIEE), como uma pessoa que trabalha, sem remuneração, numa empresa económica dirigida por um familiar que vive na mesma casa. Trabalhadoras especializadas e técnicas Parcela das mulheres em funções definidas de acordo com a Classificação Internacional Tipo das Ocupações (CITO88), incluindo profissionais de medicina, matemática e ciências de engenharia (e especializações associadas); ciências da vida e profissionais de saúde (e especializações associadas), profissionais do ensino (e especializações associadas) e outras profissionais e especializações associadas. Tractores em uso Número de tractores em uso por hectare de terra arável e semeado permanentemente. Tuberculose, casos Número total de casos de tuberculose notificados à Organização Mundial da Saúde. Um caso de tuberculose é definido como um paciente a quem a tuberculose foi confirmada bacteriologicamente ou diagnosticada por um clínico. RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Classificação dos países Países nos grupos de desenvolvimento humano Desenvolvimento humano elevado (IDH 0,800 e acima) Desenvolvimento humano médio (IDH 0,500 a 0,799) Argentina Austrália Áustria Baamas Barém Barbados Bélgica Brunei Canadá Chile Costa Rica Croácia Chipre República Checa Dinamarca Estónia Finlândia França Alemanha Grécia Hong Kong, China (RAE) Hungria Islândia Irlanda Israel Itália Japão Coreia do Sul Kuwait Lituânia Luxemburgo Malta Holanda Nova Zelândia Noruega Polónia Portugal Catar Singapura Eslováquia Eslovénia Espanha Suécia Suíça Emiratos Árabes Unidos Reino Unido Estados Unidos Uruguai (48 países e áreas) Albânia Argélia Arménia Azerbaijão Bielorrússia Belize Bolívia Botswana Brasil Bulgária Camboja Camarões Cabo Verde China Colômbia Comores Congo República Dominicana Equador Egipto El Salvador Guiné Equatorial Fidji Gabão Geórgia Gana Guatemala Guiana Honduras Índia Indonésia Irão Jamaica Jordânia Cazaquistão Quénia Quirguistão Letónia Líbano Lesoto CLASSIFICATION OF COUNTRIES Desenvolvimento humano baixo (IDH abaixo de 0,500) Líbia Macedónia Malásia Maldivas Maurícias México Moldávia Mongólia Marrocos Mianmar Namíbia Nicarágua Omã Panamá Papua-Nova Guiné Paraguai Peru Filipinas Roménia Federação Russa Samoa (Ocidental) Arábia Saudita África do Sul Sri Lanka Suriname Suazilândia Síria Tajiquistão Tailândia Trindade e Tobago Tunísia Turquia Turquemenistão Ucrânia Usbequistão Venezuela Vietname Zimbabwe (78 países e áreas) Angola Bangladeche Benim Butão Burkina Faso Burundi Rep. Centro-Africana Chade Congo, Rep. Dem. Costa do Marfim Djibuti Eritreia Etiópia Gâmbia Guiné Guiné-Bissau Haiti Laos Madagáscar Malawi Mali Mauritânia Moçambique Nepal Níger Nigéria Paquistão Ruanda Senegal Serra Leoa Sudão Tânzania Togo Uganda Iémen Zâmbia (36 países e áreas) 257 Países nos grupos de rendimento a Rendimento elevado (PNB per capita de 9.266 dól. ou mais em 1999) Rendimento médio (PNB per capita de 756-9.265 dólares em 1999) Rendimento baixo (PNB per capita de 755 dólares ou menos em 1999) Austrália Áustria Baamas Bélgica Brunei Canadá Chipre Dinamarca Finlândia França Alemanha Grécia Hong Kong, China (RAE) Islândia Irlanda Israel Itália Japão Kuwait Luxemburgo Holanda Nova Zelândia Noruega Portugal Catar Singapura Eslovénia Espanha Suécia Suíça Emiratos Árabes Unidos Reino Unido Estados Unidos (33 países e áreas) Albânia Argélia Argentina Barém Barbados Bielorrússia Belize Bolívia Botswana Brasil Bulgária Cabo Verde Chile China Colômbia Costa Rica Croácia República Checa Djibuti República Dominicana Equador Egipto El Salvador Guiné Equatorial Estónia Fidji Gabão Guatemala Guiana Honduras Hungria Irão Jamaica Jordânia Cazaquistão Coreia do Sul Angola Arménia Azerbaijão Bangladeche Benim Butão Burkina Faso Burundi Camboja Camarões Rep. Centro-Africana Chade Comores Congo Congo, Rep. Dem. Costa do Marfim Eritreia Etiópia Gâmbia Geórgia Gana Guiné Guiné-Bissau Haiti Índia Indonésia Quénia Quirguistão Laos Lesoto Letónia Líbano Líbia Lituânia Macedónia Malásia Maldivas Malta Maurícias México Marrocos Namíbia Omã Panamá Papua-Nova Guiné Paraguai Peru Filipinas Polónia Roménia Federação Russa Samoa (Ocidental) Arábia Saudita Eslováquia África do Sul Sri Lanka Suriname Suazilândia Síria Tailândia Trindade e Tobago Tunísia Turquia Uruguai Venezuela (71 países e áreas) Madagáscar Malawi Mali Mauritânia Moldávia Mongólia Moçambique Mianmar Nepal Nicarágua Níger Nigéria Paquistão Ruanda Senegal Serra Leoa Sudão Tajiquistão Tânzania Togo Turquemenistão Uganda Ucrânia Usbequistão Vietname Iémen Zâmbia Zimbabwe (58 países e áreas) a. Baseado nas classificações do Banco Mundial (com efeito desde 1 de Julho de 2000). 258 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 Países nos principais grupos mundiais Países em desenvolvimento Argélia Angola Argentina Baamas Barém Bangladeche Barbados Belize Benim Butão Bolívia Botswana Brasil Brunei Burkina Faso Burundi Camboja Camarões Cabo Verde Rep. Centro-Africana Chade Chile China Colômbia Comores Congo Congo, Rep. Dem. Costa Rica Costa do Marfim Chipre Djibuti República Dominicana Equador Egipto El Salvador Guiné Equatorial Eritreia Etiópia Fidji Gabão Gâmbia Gana Guatemala Guiné Guiné-Bissau Guiana Haiti Honduras Hong Kong, China (RAE) Índia Indonésia Irão Jamaica Jordânia Quénia Coreia do Sul Kuwait Laos Líbano Lesoto Líbia Madagáscar Malawi Malásia Maldivas Mali Mauritânia Maurícias México Mongólia Marrocos Moçambique Mianmar Namíbia Nepal Nicarágua Níger Nigéria Omã Paquistão Panamá Papua-Nova Guiné Paraguai Peru Filipinas Catar Ruanda Samoa (Ocidental) Arábia Saudita Senegal Serra Leoa Singapura África do Sul Sri Lanka Sudão Suriname Suazilândia Síria Tânzania Tailândia Togo Trindade e Tobago Tunísia Turquia Uganda Emiratos Árabes Unidos Uruguai Venezuela Vietname Iémen Zâmbia Zimbabwe (112 países e áreas) Países menos desenvolvidos a Angola Bangladeche Benim Butão Burkina Faso Burundi Camboja Cabo Verde Rep. Centro-Africana Chade Comores Congo, Rep. Dem. Djibuti Guiné Equatorial Eritreia Etiópia Gâmbia Guiné Guiné-Bissau Haiti Laos Lesoto Madagáscar Malawi Maldivas Mali Mauritânia Moçambique Mianmar Nepal Níger Ruanda Samoa (Ocidental) Serra Leoa Sudão Tânzania Togo Uganda Iémen Zâmbia (40 países e áreas) Europa do Leste e Comunidade de Estados Independentes (CEI) Albânia Arménia Azerbaijão Bielorrússia Bulgária Croácia República Checa Estónia Geórgia Hungria Cazaquistão Quirguistão Letónia Lituânia Macedónia Moldávia Polónia Roménia Federação Russa Eslováquia Eslovénia Tajiquistão Turquemenistão Ucrânia Usbequistão (25 países e áreas) Países da OCDE Austrália Áustria Bélgica Canadá República Checa Dinamarca Finlândia França Alemanha Grécia Hungria Islândia Irlanda Itália Japão Coreia do Sul Luxemburgo México Holanda Nova Zelândia Noruega Polónia Portugal Eslováquia Espanha Suécia Suíça Turquia Reino Unido Estados Unidos (30 países e áreas) Países de Rendimento elevado b Austrália Áustria Bélgica Canadá Dinamarca Finlândia França Alemanha Grécia Islândia Irlanda Itália Japão Luxemburgo Holanda Nova Zelândia Noruega Portugal Espanha Suécia Suíça Reino Unido Estados Unidos (23 países e áreas) a. A classificação países menos desenvolvidos é baseada na definição da ONU, utilizada desde 1994 (com a lista de países publicada em UN 1996). Senegal foi acrescentado à lista em 12 de Abril de 2001, mas não foi incluído no grupo de países menos desenvolvidos do Relatório deste ano porque a sua integração aconteceu depois de finalizados estes agregados. b. Exclui a República Checa, Hungria, Coreia do Sul, México, Polónia, Eslováquia e Turquia. CLASSIFICAÇÃO DOS PAÍSES 259 Países em desenvolvimento nos grupos regionais Países Árabes Ásia e Pacífico Argélia Barém Djibuti Egipto Jordânia Kuwait Líbano Líbia Marrocos Omã Catar Arábia Saudita Sudão Síria Tunísia Emiratos Árabes Unidos Iémen (17 países e áreas) Ásia Oriental e Pacífico Brunei Camboja China Fidji Hong Kong, China (RAE) Indonésia Coreia do Sul Laos Malásia Mongólia Mianmar Papua-Nova Guiné Filipinas Samoa (Ocidental) Singapura Tailândia Vietname (17 países e áreas) Ásia do Sul Bangladeche Butão Índia Irão Maldivas Nepal Paquistão Sri Lanka (8 países e áreas) 260 América Latina e Caraíbas (incluindo o México) Argentina Baamas Barbados Belize Bolívia Brasil Chile Colômbia Costa Rica República Dominicana Equador El Salvador Guatemala Guiana Haiti Honduras Jamaica México Nicarágua Panamá Paraguai Peru Suriname Trindade e Tobago Uruguai Venezuela (26 países e áreas) Europa do Sul África Subsariana Chipre Turquia (2 países e áreas) Angola Benim Botswana Burkina Faso Burundi Camarões Cabo Verde Rep. Centro-Africana Chade Comores Congo Congo, Rep. Dem. Costa do Marfim Guiné Equatorial Eritreia Etiópia Gabão Gâmbia Gana Guiné Guiné-Bissau Quénia Lesoto Madagáscar Malawi Mali Mauritânia Maurícias Moçambique Namíbia Níger Nigéria Ruanda Senegal Serra Leoa África do Sul Suazilândia Tânzania Togo Uganda Zâmbia Zimbabwe (42 países e áreas) RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 ÍNDICE DOS INDICADORES Indicador Quadros de indicadores A Água, fontes melhoradas população que não usa população que usa Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) desembolsada, líquida em % do PNB donativos líquidos das ONG em % do PNB per capita do país doador aos países menos desenvolvidos total (milhões de dólares) Ajuda pública ao desenvolvimento (APD) recebida (desembolsos líquidos) em % do PIB per capita total Alfabetização de adultos, taxa feminina feminina em % da masculina índice masculina Alfabetização de jovens, taxa feminina feminina em % da masculina índice Altura deficiente para a idade, crianças menores de cinco anos Analfabetismo de adultos, taxa Armas convencionais, transferências exportações quota total importações índice total 3 6, 28 14 14 14 14 14 15 15 15 1, 10, 28 21, 23 23 10 21 10 23 23 10 7 3 19 19 19 19 C Ciências, matemática e engenharia, estudantes do superior em Combustível tradicional, consumo Consumo de cigarros por adulto, média anual Contraceptivos, utilização Crianças que atingem o 5º ano Criminalidade, pessoas vitimizadas assalto suborno (corrupção) crimes de propriedade roubo assalto sexual criminalidade total 10 18 7 6 10 20 20 20 20 20 20 D Desemprego, de longa duração ÍNDICE DOS INDICADORES 4 Indicador feminino masculino Desemprego, taxa média anual feminina em % da masculina jovem jovem, feminina em % da masculina Direitos fundamentais do trabalho, estatuto das convenções Quadros de indicadores 17 17 17 17 17 17 17 27 E Educação, despesa pública em % do PNB em % da despesa pública total pré-primária e primária secundária superior Educação, índice Electricidade, consumo per capita Emissões de dióxido de carbono per capita parte do total mundial Emprego por actividade económica agricultura feminino masculino indústria feminino masculino serviços feminino masculino Energia utilizada, PIB por unidade Escolarização, taxa bruta combinada primário, secundário e superior feminina masculina superior feminina masculina Escolarização, taxa líquida primária feminina feminina em % da masculina índice secundária feminina feminina em % da masculina índice Esperança de vida à nascença feminino masculino Esperança de vida, índice Exportações de bens e serviços 9, 16 9 9 9 9 9 1 18 18 18 24 24 24 24 24 24 18 1, 28 21 21 23 23 10 23 23 10 10 23 23 10 1, 8, 28 21 21 1 13 261 ÍNDICE DOS INDICADORES Indicador Quadros de indicadores alta tecnologia manufacturadas primárias 13 13 13 F Fertilidade total, taxa Fluxos privados, outros Forças armadas índice total 5, 28 15 19 19 H HIV/SIDA taxa de adultos crianças vivendo com mulheres vivendo com 7, 28 7 7 I Importações de bens e serviços Índice de desenvolvimento ajustado ao género (IDG) Índice de desenvolvimento humano (IDH) tendências Índice de pobreza humana (IPH-1) para países em desenvolvimento Índice de pobreza humana (IPH-2) para países seleccionados da OCDE Índice de preços no consumidor, variação média anual Instalações sanitárias adequadas, população com Instrumentos internacionais de direitos humanos, estatuto dos principais Insuficiência de peso, crianças nascidas com Investimento directo estrangeiro, fluxos líquidos 13 21 1 2 3 4 11 6 26 7 15 M Malária, casos Medicamentos essenciais, população com acesso Médicos Medida de participação segundo o género (MPG) Militar, despesa Mortalidade de menores de cinco anos, taxa Mortalidade infantil, taxa Mortalidade materna, taxa registada 7 6 6 22 16 8, 28 8, 28 8 P Participação económica das mulheres legisladoras, funcionárias superiores e gestoras trabalhadores especializadas e técnicas Participação política das mulheres legisladoras, funcionárias superiores e gestoras 262 22 22 Indicador Quadros de indicadores lugares no parlamento ocupados por mulheres mulheres no governo ao nível ministerial ano da primeira mulher eleita ou nomeada para o parlamento ano em que as mulheres receberam o direito de candidatar às eleições ano em que as mulheres receberam o direito de votar Partos assistidos por técnicos de saúde Peso deficiente para a idade, crianças menores de cinco anos Pessoas desempregadas Pessoas deslocadas internamente Pessoas que são funcionalmente analfabetas Pessoas subalimentadas PIB per capita (dólares PPC) taxa de crescimento anual valor mais elevado em 1975-99 ano do valor mais elevado PIB, índice PIB, total em milhares de milhões de dólares PPC em milhares de milhões de dólares EUA População taxa de crescimento anual com 65 anos e mais total com menos de 15 anos urbana 22, 25 25 25 25 25 6 3, 7 17 19 4 7, 28 1, 11, 28 111 11 11 1 11 11 5 5 5, 28 5 5 R Refugiados por país de asilo por país de origem Rendimento auferido, estimado rácio feminino/masculino feminino masculino Rendimento ou consumo, parte 10% mais pobres 20% mais pobres 10% mais ricos 20% mais ricos Rendimento, medidas de desigualdade índice de Gini rácio 10% mais ricos para 10% mais pobres rácio 20% mais ricos para 20% mais pobres Rendimento, privação população que vive com menos de 1 dólar por dia população que vive com menos de 4 dólares por dia população que vive com menos de 11 dólares por dia população que vive com menos de 50% do rendimento médio população que vive abaixo da linha de pobreza nacional 19 19 22 21 21 12 12 12 12 12 12 12 3 4 4 4 3 22 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001 ÍNDICE DOS INDICADORES Indicador Quadros de indicadores S Saúde, despesa per capita (dólares PPC) 6 privada 6 pública 6, 16 Serviço da dívida em % das exportações de bens e serviços 15 em % do PIB 15, 16 Sobrevivência probabilidade à nascença de não ultrapassar os 40 anos 3 probabilidade à nascença de não ultrapassar os 60 anos 4 probabilidade à nascença de ultrapassar os 65 anos feminino 8 masculino 8 Indicador Terapia de reidratação oral, taxa de utilização Termos de troca Trabalhadores contribuindo para a família feminino masculino Tratados ambientais, ratificação Tuberculose, casos Quadros de indicadores 6 13 24 24 18 7 V Vacinação, crianças de um ano contra a tuberculose contra o sarampo 6 6 T Taxa de actividade económica feminina em % da taxa masculina índice ÍNDICE DOS INDICADORES 24 24 24 263 Países e regiões que produziram relatórios de desenvolvimento humano Países Árabes Argélia, 1998, 2000* Barém, 1998 Djibuti, 2000 Egipto, 1994, 1995, 1996, 1997–98 Iraque, 1995 Jordânia, 2000, 2001* Kuwait, 1997, 1998–99, 2000* Líbano, 1997, 1998, 2000* Líbia, 1999 Marrocos, 1997, 1998–99, 2001* Territórios Ocupados da Palestina, 1996–97 Arábia Saudita, 2000* Somália, 1998 Tunísia, 1999 Emiratos Árabes Unidos, 1997 Iémen, 1998, 2000* Ásia e Pacífico Bangladeche, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1998, 2000 Butão, 1999 Camboja, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001* China, 1997, 1999, 2001* Timor Leste, 2001* Índia, 2001* Índia, Arunachal Pradesh, 2001* Índia, Assam, 2001* Índia, Himachal Pradesh, 2001* Índia, Karnataka, 1999, 2001* Índia, Madhya Pradesh, 1995, 1998, 2001* Índia, Maharashtra, 2001* Índia, Orissa, 2001* Índia, Punjab, 2001* Índia, Rajasthan, 1999, 2000* Índia, Sikkim, 2001* Índia, Tamil Nadu, 2001* Índia, Uttar Pradesh, 2001* Indonésia, 2001* Irão, 1999 Coreia do Sul, 1998 Laos, 1998, 2001* Maldivas, 2000* Mongólia, 1997, 2000 Mianmar, 1998 Nepal, 1998, 2000* Paquistão, 2001* Palau, 1999 Papua-Nova Guiné, 1998 Filipinas, 1994, 1997, 2000, 2001* Singapura, 2001* Ilhas Salomão, 2001* Sri Lanka, 1998, 2001* Tailândia, 1999 Tuvalu, 1999 Vanuatu, 1996 Europa e CEI Albânia, 1995, 1996, 1998, 2000 Arménia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Azerbaijão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Bielorrússia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Bósnia, 1998, 1999, 2000 Bulgária, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Bulgária, Sofia, 1997 Croácia, 1997, 1998, 1999 República Checa, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Estónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Geórgia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001* Hungria, 1995, 1996, 1998, 1999 Cazaquistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Quirguistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Letónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Lituânia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Macedónia, 1997, 1998, 1999 Malta, 1996 Moldávia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Polónia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001* Roménia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Federação Russa, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Santa Helena, 1999 Eslováquia, 1995, 1997, 1998, 1999, 2000 Eslovénia, 1998, 1999, 2000 Tajiquistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 Turquia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Turquemenistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000* Ucrânia, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 Usbequistão, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 Jugoslávia, 1996, 1997 América Latina e Caraíbas Argentina, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 Argentina, Província de Buenos Aires, 1996, 1997, 1998, 1999 Argentina, Província de Catamarca, 1996 Argentina, Província de Entre Ríos, 1996 Argentina, Província de Mendoza, 1996 Argentina, Província de Neuquén, 1996 Belize, 1997, 1998 Bolívia, 1998, 2000 Bolívia, Cochabamba, 1995 Bolívia, La Paz, 1995 Bolívia, Santa Cruz, 1995 Brasil, 1996, 1998 Chile, 1996, 1998, 2000 Colômbia, 1998, 1999, 2000 Costa Rica, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 Cuba, 1996, 1999 República Dominicana, 1997, 1999 Equador, 1999 El Salvador, 1997, 1999 Guatemala, 1998, 1999, 2000 Guiana, 1996, 1999–2000* Honduras, 1998, 1999 Jamaica, 2000 Nicarágua, 2000 Panamá, 2001* Paraguai, 1995, 1996 Peru, 1997 Trindade e Tobago, 2000 Uruguai, 1999 Venezuela, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999 África Subsariana Angola, 1997, 1998, 1999 Benim, 1997, 1998, 1999, 2000 Botswana, 1997, 2000 Burkina Faso, 1997, 1998 Burundi, 1997, 1999 Camarões, 1992, 1993, 1996, 1998 Cabo Verde, 1997, 1998 Rep. Centro-Africana, 1996 Chade, 1997 Comores, 1997, 1998, 2001* Costa do Marfim, 1997, 2000 Guiné Equatorial, 1996, 1997 Etiópia, 1997, 1998 Gabão, 1998, 1999 Gâmbia, 1997, 2000 Gana, 1997, 1998, 1999, 2000 Guiné, 1997 Guiné-Bissau, 1997 Quénia, 1999 Lesoto, 1998, 2001* Libéria, 1999 Madagáscar, 1997, 1999 Malawi, 1997, 1998 Mali, 1995, 1998, 1999, 2000 Mauritânia, 1996, 1997, 1998, 2000 Moçambique, 1998, 1999, 2000* Namíbia, 1996, 1997, 1998 Níger, 1997, 1998, 1999, 2000* Nigéria, 1996, 1998, 2000* São Tomé e Príncipe, 1998 Senegal, 1998 Serra Leoa, 1996 África do Sul, 1998, 2000 Suazilândia, 1997, 1998 Tânzania, 1997, 1999, 2001* Togo, 1995, 1997, 1999 Uganda, 1996, 1997, 1998 Zâmbia, 1997, 1998, 1999–2000 Zimbabwe, 1998 Relatórios regionais África Ocidental e Central, 2001* África, 1995 América Central, 1999, 2001* América Latina e Caraíbas, 2001* Ásia do Sudeste, 2001* Ásia do Sul, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001* Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, 1998, 2001* Europa e CEI, 1995, 1996, 1997, 1999 Ilhas do Pacífico, 1994, 1999 Países Árabes, 2001* * Em preparação em Março de 2001. Note: Informação em Março de 2001. Fonte: Preparado pelo Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano. 264 RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 2001